São Judas e Você - Paróquia Santuário São Judas Tadeu

Transcrição

São Judas e Você - Paróquia Santuário São Judas Tadeu
São Judas e Você
FACEBOOK
COMVIDA VINDE: Segundo Encontro Vocacional para jovens que
aconteceu no Santuário e reuniu mais de 100 jovens.
Andresa Teixeira – Que emoção!!!
Acompanhando a Paixão de Cristo do
Grupo Vivarte pela WebTV de São
Judas Tadeu. Está tudo lindo. Parabéns!
fotos: Cidinha Panhoca
fotos: reprodução WebTV São Judas
ENCENAÇÃO PAIXÃO DE CRISTO
Stella Conrado – Parabéns pela iniciativa. É lindo ver esta juventude que busca
a Deus acima de tudo. Que Deus abençoe os padres e religiosos que orientam
estes jovens na caminhada vocacional.
T. Nuzzi
Adriana Cerri - Obrigada por nos dar
forças no nosso dia a dia e ajudar a
conquistarmos nossos ideais.
João Costa – Mais um...Te agradeço,
São Judas Tadeu, por hoje, por ontem.
São Judas Tadeu, rogai por nós! São
Judas Tadeu, rogai por nós... amém...
amém.
Maria Fátima Garcia Cruz - Não fui à
missa, mas meu coração estava lá
presente. Tenho tanto a agradecer...
Zara Gonçalves Neves - São Judas
Tadeu, sempre no meu coração com
toda a fé, amor e confiança. Amém.
INSTAGRAM
Pe. Damião Silva fazendo divulgação
do Santuário São Judas Tadeu na Rádio
Capital AM 1040 no programa do Eli
Corrêa.
ENVIE SUA MENSAGEM! ELA PODE SER PUBLICADA NESTA PÁGINA!
Av. Jabaquara, 2.682 – Jabaquara – CEP 04046-500 – São Paulo/SP
twitter.com/saojudas28
facebook.com/saojudastadeu
instagram.com/santuariosaojudastadeu
Luzia Dionizia - Casei nesta igreja!
Saudades!
Danúbia Menezes - São Judas
Tadeu, rogai por nós!
fotos: Cidinha Panhoca
cila
foto: Pris
Falcoon Fal – Te amo, querido São
Judas Tadeu! Pra mim todo dia é dia de
São Judas Tadeu!
foto: reprodução
Santuário é um lugar
“santo”, um lugar de encontro
com Jesus Cristo, principalmente no Sacramento da Confissão, na oração, na Eucaristia. Santuário é lugar de encontro de irmãos que vivem e
testemunham a mesma fé. É
um lugar de renovação de ânimo e forças para a missão nas
comunidades e junto à família,
trabalho, enfim, nossa missão
na sociedade e no mundo de
hoje. A Paróquia/Santuário
São Judas Tadeu está se preparando, sempre e cada vez
melhor, para acolher você, devoto e devota de São Judas Tadeu, de qualquer parte do nos-
so imenso Brasil.
Mais do que falar do
amor de Deus, queremos que
você sinta-se acolhido e amado por Jesus Cristo neste Santuário. Portanto, além de nossas Pastorais com seus diversos agentes, nos esforçamos
para ajudar as necessidades
dos que precisam, para resgatar sua dignidade de ser filho
e filha de Deus. Espero, com
todos os funcionários, colaboradores e voluntários, continuar ajudando e servir bem todos os que procuram a Obra
Social São Judas Tadeu e seus
serviços. Fé e obras aqui caminham juntos!
Neste mês, teremos a
oportunidade de renovar o dom
precioso da fé, que, de graça,
recebemos de Deus, mas que
precisa ser nutrida e renovada
constantemente. Teremos em
Junho na Liturgia da nossa Igreja, a Festa da Ascensão do Senhor (no dia 1º), o Domingo de
Pentecostes (dia 08), a
Santíssima Trindade (dia 15),
Corpus Christi (dia 19), a Festa
do Sagrado Coração de Jesus
(dia 27) e do Coração Imaculado
de Maria (dia 28), e de São
Pedro e São Paulo Apóstolos,
dia do Papa (dia 29).
Que este mês de Junho
seja favorável para a renovação
de nosso amor e nossa fé e que
nos traga um novo vigor para
continuar e nos encorajar a sermos verdadeiras testemunhas de
Jesus Cristo!
Como devotos colaboradores e paroquianos de São
Judas Tadeu, continuemos sempre prontos a acolher a Palavra
de Deus, em meio às alegrias e
esperanças, tristezas e angústias de nosso tempo. Que juntos
continuemos sendo Comunidade construtora do Reino de
Deus.
São Judas Tadeu, Apóstolo escolhido por Jesus e enviado
em missão, interceda por nós.
Aprecio quando ele próprio diz
em sua Carta: “Que a misericórdia, a paz e o amor sejam concedidos em abundância a vocês
(São Judas, versículo 2). Que
Maria, nossa mãe, rogue por todos e nos ajude a levar a Palavra de Jesus a todos os corações. Estarei rezando por você
e sua família!
Pe. Sérgio
Hemkemeier,scj Pároco e Reitor
da Paróquia/
Santuário São
Judas Tadeu
EXPEDIENTE - A Revista São Judas é uma publicação mensal do Santuário São Judas Tadeu. Av. Jabaquara, 2.682 – Jabaquara – São Paulo/SP –
CEP 04046-500 - Tel: (11) 3504-5700 / 5072-9928
Pároco e Reitor: Pe. Sérgio Hemkemeier, scj. Diretor: Pe. Damião da Silva, scj. Realização: PASCOM/Santuário São Judas Tadeu (Marli Amaro, Marcos,
Érika Takahashi, Marcelo Alves e Anderson Guedes). Jornalista Responsável: Priscila Thomé Nuzzi – MTb nº 29753 L. 131 F. 26. Colaboração Revisão:
Fernanda Buniotto e Maria Angélica Cunha. Diagramação: Sidnei da Cunha – www.sidneicunha.com.br . Contato: [email protected]
foto: Priscila T. Nuzzi
Eis, a cada dia tu te humilhas, como quando do trono real desceste no seio da Virgem;
cada dia desces do seio do Pai sobre o altar nas mãos do sacerdote.
E como aos santos apóstolos apareceste em verdadeira humanidade, assim agora te
mostras a nós no pão consagrado; e como eles com os olhos físicos viam apenas tua humanidade, mas, contemplando-te com os olhos da fé, criam que tu eras Deus, assim também
nós, vendo pão e vinho com os olhos do corpo, vemos e firmemente cremos que teu santíssimo
sangue e corpo são vivos e verdadeiros.
De tal maneira tu, Senhor, estás sempre presente com teus fiéis assim como tu dizes:
"Eis, estou convosco até o fim dos tempos".
São Francisco de Assis
2
Revista São Judas
Junho 2014
toral e isso se concretizou e eu
também fui! Fui cheio de expectativas, de esperança, pedi demissão do meu emprego e fui!
Só que chegando lá, me deparei
com um desemprego terrível,
procurei, busquei e não achei
nada.
Comecei a ficar triste e
angustiado, pensando: “Pôxa
vida, tinha o meu emprego em
São Paulo e arrisquei tudo num
lugar em que eu não sabia como
era a vida!”
Esta situação se arrastou
por meses, até que apareceu a
Junho 2014
oportunidade em um concurso
público. Lembrei-me das graças
que São Judas Tadeu já tinha me
concedido anteriormente e pedi
a intercessão dele a Deus para
que me ajudasse a conseguir a
aprovação nesse concurso. Fiz
a prova confiante, até que finalmente chegou o dia do resultado, eu tinha passado, tinha conseguido a aprovação! Portanto,
mais uma vez, agradeço a São
Judas Tadeu e a Nosso Senhor
Jesus Cristo por esta graça
alcançada!
Fábio Tadeu Pereira Jordão
Revista São Judas
3
foto: reprodução
foto de São Judas: Priscila T. Nuzzi
Olá pessoal do Santuário
São Judas Tadeu, eu venho por
meio deste e-mail expressar o
meu agradecimento a São Judas
Tadeu por uma graça alcançada.
Muito obrigado São Judas Tadeu, muito obrigado Senhor Jesus por esta graça, obrigado a
todos, se quiserem, podem publicar esta graça no site, muito
obrigado!
Há sete meses me mudei
da cidade de São Paulo para o
Litoral Norte. Tinha o meu emprego em São Paulo, minha família queria se mudar para o li-
foto: reprodução
O ser humano naturalmente tem necessidade de falar, de
uma companhia, de alguém que
o escute, pois não nascemos
para vivermos como ilha, isolados ou distantes.
Ao longo da História, a
humanidade procurou desenvolver métodos, formas, ferramentas, para pôr em prática aquilo
que está no interior de cada um
de nós, isto é, o desejo de comunicar-se. E essas ferramentas tem se aprimorado cada dia
mais, sobretudo, nas últimas três
décadas.
Percebemos a quantidade
de aparelhos celulares, de modelos diversos, que enchem nossos olhos quando passamos diante das diversas lojas espalhadas pelas cidades. Temos ainda
os computadores, que cada vez
mais se tornam menores, facilitando o transporte e o manuseio,
com belíssimas telas e teclados,
acessíveis a muitas pessoas por
um preço que “cabe no bolso”
de qualquer um... mas tudo isso
tem um “preço”.
4
Revista São Judas
Diante dessa facilidade em
adquirir um aparelho eletrônico,
podemos nos deparar com alguns problemas quando esses
mesmos benefícios não são bem
utilizados. E o maior deles seria
esquecer-se das pessoas com as
quais convivemos, nos debruçando sobre a tecnologia que
agora está ao nosso alcance e
fechando o horizonte das nossas relações.
Certamente, já ouvimos
por aí que, existem pessoas que
passam horas diante de um
computador ou celular, mergulhados na internet, enviando
mensagens etc.. A tecnologia
que seria uma ferramenta para
aproximar as pessoas, muitas
vezes, é justamente o que separa, distancia.
Quando não bem usada, a
tecnologia nos faz trocar as pessoas pelas coisas ou assim dizendo, pelas máquinas. Pesso-
Junho 2014
as que vivem na mesma casa e
não se encontram, que possuem
diversas comunidades virtuais,
mas não conseguem participar
da pequena comunidade que se
chama família.
O ser humano, desde sempre, sente necessidade de falar,
mas ao mesmo tempo está carente de alguém que possa ouvilo. Portanto, ouvir alguém de
perto é melhor do que escutá-lo
no viva voz de um celular. Escutar alguém pode ser o único
remédio que muitos precisam
para serem “curados”.
Que possamos comunicar
as maravilhas que Deus fez em
nós, mas também ouvir aquelas
que Ele realizou nos outros. Comunicar é um presente, mas
ouvir é um dom.
Fr. Agnaldo Aparecido Gonzeli, scj
foto: reprodução
Caro devoto de São Judas
Tadeu, é comum ouvirmos, durante a Quaresma, muitas pessoas falando sobre jejum, dizendo que ofertarão tal alimento a
Deus como forma de penitência. Para a maioria de nós, penitência está associada ao pecado, ao sofrimento, e talvez por
isso ao ouvirmos falar de jejum,
a primeira reação é geralmente negativa. É necessário entendermos a importância do
jejum na espiritualidade católica. Não se trata apenas de
abstinência, e sim de
autocontrole, de liberdade.
“Liberdade?”, você pode
perguntar, “mas liberdade não é
fazer o que eu tenho vontade?”.
Bem, sim e não. Para entender
melhor, vamos nos lembrar de
Jesus no deserto da Judéia,
quando sofreu as tentações do
inimigo, mais especificamente da
primeira tentação: transformar
as pedras em pães para aliviar
a sua fome. É claro que Jesus
tinha esse poder, e também
acredito ser óbvio que ele tivesse fome após quarenta dias em
jejum. Ou seja, ele tinha poder e
também vontade. Então por que
Jesus se recusou a fazer a transformação quando o inimigo o
desafiou? Exatamente por isso,
porque é livre! Nem o seu corpo nem o seu orgulho e muito
menos o diabo determina como
ou quando Jesus deve agir.
Nosso jejum deve aspirar
ser como o jejum de Jesus. Serve para nos colocar de volta ao
controle, para nos libertar completamente de nossos corpos e
vontades, e nos submetermos
apenas à vontade de Deus. E
mesmo assim continuamos livres, pois Deus Pai em sua misericórdia nos concedeu o livrearbítrio, nos dando o poder de
aceitar ou não os seus planos
para cada um de nós.
O jejum é muito mais do
que simplesmente abster-se de
comida. Trata-se de ter o controle sobre os instintos e o corpo, e não se deixar ser controlado por eles, e, por isso, ser verdadeiramente livre. Quando
compreendido como instrumento poderoso de espiritualidade
que é, o jejum passa a ser um
exercício de plenitude e consciência de si mesmo e, por isso,
parte fundamental no caminho
para a paz e felicidade que tanto buscamos.
Erika e Marcos Takahashi
Nosso jejum deve
aspirar ser como o
jejum de Jesus.
Junho 2014
Revista São Judas
5
6
Revista São Judas
amigo e ou de cultivar uma amizade? A amizade é algo que brota gratuitamente sem muitos esquemas, numa relação de conhecimento recíproco de doação, confiança e partilha num
encontro de vidas e histórias.
Naturalmente entre os jovens há
uma pré-disposição para se cultivar a amizade e isso deve ser
alimentado, contudo, sabemos
que não é possível ser amigo de
muitas pessoas, pelo menos no
sentido pleno da amizade.
O próprio Cristo expressa
a nós o profundo sentido da relação entre amigos: “Já não vos
chamo de servos, mas amigos”
(Jo 15, 15). Querendo dizer que
pelo vínculo constituído com os
seus discípulos, concretiza-se
uma relação entre amigos, ou
seja, não há estranheza ou indiferença entre os mesmos, mas
sim, um movimento de vidas que
se doam e se comprometem
entre si.
Ninguém vive solitariamente, sendo que a natureza
humana que se recusa à solidão,
parece sempre procurar um
“apoio” que se encontra e se
realiza nos meandros da constituição de vínculos de amizade,
isto é, na segurança do coração
Junho 2014
de um terno amigo. Podemos
dizer que a nossa juventude de
hoje rejeita a solidão e isso é
muito positivo na medida de um
bom discernimento no cultivo
das relações com os outros, na
busca de uma amizade sincera
e verdadeira. O jovem que tem
amigos se torna mais criativo e
forte, pois a amizade é uma semente resistente que brota e floresce nos corações. A amizade
não se improvisa, por isso deve
ser bem cultivada, pois ela sempre nos levará a contemplar o
universo do outro, trazendo em
si uma responsabilidade para
com aquele que cativamos.
Devemos considerar ainda que a partir da amizade profunda que cultivarmos com o
próprio Deus, brotará em nós o
desejo de cultivar outros amigos,
pois essa mesma amizade é um
dom, ou seja, um transbordamento do amor de Deus em cada
um de seus filhos. Por isso, não
perca tempo em redescobrir e
cultivar o valor das verdadeiras
amizades, pois “quem encontrou
um amigo encontrou um tesouro”,
sendo assim, cuide bem do seu.
Fraterno abraço e até a próxima!
Frater José Ronaldo de Castro
Gouvêa, scj
foto: reprodução
Caro leitor, em nosso último bate papo, na edição anterior da Revista São Judas, partilhávamos sobre a importância
das relações interpessoais, que
vão além dos contatos virtuais
que vivenciamos em nossa realidade cotidiana. Alargando a
nossa reflexão, e não fugindo
desta vertente, queremos ampliar o nosso horizonte batendo um
papo sobre o tema da amizade,
isto mesmo, tendo presente que
a partir das nossas relações
abre-se a possibilidade de construirmos laços com outrem, vínculos que nos faz sentir bem pelo
fato de se ter um amigo.
Mesmo sendo uma palavra pronunciada com facilidade
e frequência, o significado da
amizade é bem profundo. A
amizade se traduz no relacionamento que as pessoas têm de
afeto e carinho por outra, um
sentimento de lealdade, confiança e proteção. Em um sentido
amplo, amizade compreende-se
por um relacionamento
humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição, abarcando uma gratuidade ao ponto
do altruísmo.
Você já parou para pensar
no profundo sentido de se ter um
foto: reprodução
O Evangelho da ressurreição de Jesus Cristo começa referindo o caminho das
mulheres para o sepulcro, ao alvorecer do
dia depois do sábado. Querem honrar o corpo do Senhor e vão ao túmulo, mas encontram-no aberto e vazio. Um anjo majestoso diz-lhes: “Não tenhais medo!” (Mt 28,
5). E ordena-lhes que levem esta notícia
aos discípulos: “Ele ressuscitou dos mortos
e vai à vossa frente para a Galileia” (28,
7). As mulheres fogem de lá imediatamente, mas, ao longo da estrada, sai-lhes ao
encontro o próprio Jesus que lhes diz: “Não
temais. Ide anunciar aos meus irmãos que
partam para a Galileia. Lá me verão” (28,
10).
Depois da morte do Mestre, os discípulos tinham-se dispersado; a sua fé quebrantara-se, tudo parecia ter acabado: desabadas as certezas, apagadas as esperanças. Mas agora, aquele anúncio das mulheres, embora incrível, chegava como um
raio de luz na escuridão. A notícia espalhase: Jesus ressuscitou, como predissera... E
de igual modo a ordem de partir para a
Galileia; duas vezes a ouviram as mulheres, primeiro do anjo, depois do próprio Jesus: “Partam para a Galileia. Lá me verão”. A Galileia é o lugar da primeira chamada, onde tudo começara! Trata-se de
voltar lá, voltar ao lugar da primeira chamada. Jesus passara pela margem do lago,
enquanto os pescadores estavam a consertar as redes. “Chamara-os e eles, deixando tudo, seguiram-no” (cf. Mt 4, 1822).Voltar à Galileia significa reler tudo a
partir da cruz e da vitória. Reler tudo – a
pregação, os milagres, a nova comunidade,
os entusiasmos e as deserções, até a traição – reler tudo a partir do fim, que é um
novo início, a partir deste supremo ato de
amor. Também para cada um de nós há
uma “Galileia”, no princípio do caminho com
Jesus. “Partir para a Galileia” significa uma
coisa estupenda, significa redescobrirmos
o nosso Batismo como fonte viva, tirarmos
Junho 2014
energia nova da raiz da nossa fé e da nossa experiência cristã. Voltar para a Galileia
significa, antes de tudo, retornar lá, àquele
ponto incandescente onde a Graça de Deus
me tocou no início do caminho. É desta fagulha que posso acender o fogo para o dia
de hoje, para cada dia, e levar calor e luz
aos meus irmãos e às minhas irmãs. A partir daquela fagulha, acende-se uma alegria
humilde, uma alegria que não ofende o sofrimento e o desespero, uma alegria mansa
e bondosa.
Na vida do cristão, depois do Batismo, há também uma “Galileia” mais existencial: a experiência do encontro pessoal
com Jesus Cristo, que me chamou para o
seguir e participar na sua missão. Neste
sentido, voltar à Galileia significa guardar
no coração a memória viva desta chamada, quando Jesus passou pela minha estrada, olhou-me com misericórdia, pediu-me
para o seguir; recuperar a lembrança daquele momento em que os olhos dele se
cruzaram com os meus, quando me fez
sentir que me amava. Hoje, nesta noite,
cada um de nós pode interrogar-se: Qual é a
minha Galileia? Onde é a minha Galileia?
Lembro-me dela? Ou a esqueci? Andei por
estradas e sendas que ma fizeram esquecer.
Senhor, ajudai-me! Dizei-me qual é a
minha Galileia. Como sabeis, eu quero
voltar lá para vos encontrar e deixar-me
abraçar pela vossa misericórdia.
O Evangelho de Páscoa é claro: é preciso voltar lá, para ver Jesus ressuscitado
e tornar-se testemunha da sua ressurreição. Não é voltar atrás, não é nostalgia. É
voltar ao primeiro amor, para receber o fogo
que Jesus acendeu no mundo, e levá-lo a
todos até aos confins da terra. “Galileia dos
gentios” (Mt 4, 15; Is 8, 23): horizonte do
Ressuscitado, horizonte da Igreja; desejo
intenso de encontro... Ponhamo-nos a caminho!
Rádio Vaticano, enviada
por Pe. Walmor Zucco, scj
Revista São Judas
7
Sacrifício é uma expressão comprometedora que desperta certa inquietação quando
a pessoa se vê em vias de
colocá-lo em prática em algum
momento. O sacrifício pode ter
um tom negativo por sugerir
autodestruição, negação da própria vida. A morte e o derramamento de sangue estão na essência do sacrifício que tinha
como fim a relação e a comunhão do homem primitivo com o
“seu Deus”, a partir de uma vida
doada. O mistério de comunhão
deste sacrifício, todavia, não se
revelou com o culto no Templo,
que os profetas já diziam não ser
o sangue de touros e cabritos que
agradaria a Deus, pois eram limitados e apenas cumpriram,
em seu tempo, o seu papel na
História da Salvação. Porém, o
mistério do sacrifício único e
definitivo se revelou no ato da
Cruz de Cristo, que o deixou
como exemplo. Da obstinação
em cumprir o plano de salvação,
Deus demonstrou no Filho o seu
profundo amor pela humanidade. Na Cruz se revela o verdadeiro sacrifício que leva à redenção e à comunhão.
Do sacrifício da Cruz surge o sacrifício do Matrimônio e
da família, que se torna sacramento, na perspectiva do sacrifício de Cristo que amou e se
doou inteiramente pela sua amada esposa, a Igreja. Talvez seja
8
Revista São Judas
Junho 2014
gra com a comunhão
restabelecida. É evidente que o
sacrifício somente se torna comunhão e vida quando o amor o
dinamiza. O sacrifício, portanto,
não é mais uma chave de entendimento com viés negativo, mas
a chave para a realização de um
bem maior. O amor doado, a vida
doada por amor, admite o sacrifício, porém, este, na perspectiva
da comunhão familiar: um que se
doa ao outro para que haja a vitória de todos. Está é indiscutivelmente a lógica do amor!
O sacrifício de Cristo superou todos os outros sacrifícios antigos porque reatou verdadeiramente a comunhão do homem com Deus. O sacrifício na
família, sob a assistência do Espírito de Cristo, leva à comunhão,
além de ser exemplo que transpõe os muros para incentivar outras famílias a viverem a beleza
da comunhão interpessoal.
O mistério do sacrifício na
família é positivo, pois se revela
na mesma dinâmica do amor
doado de Cristo à humanidade.
O sacrifício na família existe
para que haja vida e a superação das realidades de morte;
para que cada um tenha no outro o suporte para crescer; para
que cada um experimente a força do outro naquilo que é chamado por Deus a realizar. Assim, a família encontra o sentido da sua existência. A família
é o lugar de Deus! Lugar de
sacrifício para que exista vida,
e vida em comunhão.
Sami N. Abraão – Teólogo.
Participa do grupo de dirigente do
ECC São Judas Tadeu e é agente
de pastoral da Paróquia.
foto: reprodução
complicado pensar que na família deva existir sacrifício, pela
dimensão negativa que o relaciona à morte e ao descarte da
vida. Porém, torna-se compreensível o sacrifício quando observamos a vocação familiar em
ação. Sacrifício diário na doação da vida por amor, de um ao
outro. A cruz sacrifical está na
doação do pai que dedica cada
minuto ao trabalho e ao sustento; a mãe que está atenta às
necessidades da família; o filho
que acolhe com disposição as
palavras dos pais. Enfim, são
dinâmicas sacrificiais que geram
a comunhão na família. “A primeira tarefa da família é viver a
comunhão”, diz São João Paulo
II (FC 18), “e para isso o sacrifício surge como sinal de entrega”. Ao mesmo tempo, não raras são outras circunstâncias em
que se exige maior sacrifício de
toda a família: filhos que se perdem nas drogas e nos vícios
desordenados, pais e mães que
se envolvem com álcool, traições
e etc; problemas psicológicos e
morais que atormentam o lar.
Muitas são as cruzes, porém a
vitória sobre elas vem com o
espírito obstinado e amoroso da
vocação familiar: vocação que
assume o Calvário, mas o supera para alcançar a vida.
O mistério do sacrifício se
revela quando tudo isso fica para
trás. A superação da cruz tem o
pressuposto da doação integral
que conduz à comunhão e à felicidade no seio da família. Quando a cruz do sacrifício é superada, não há um só coração que
não se rejubila e um só rosto de
pai, mãe e filhos que não se ale-
foto: reprodução
G. K. Chesterton dizia, no
início do século XX, que os “humanos estavam praticando o
suicídio do pensamento”. Concordo com ele, Cristo. Cada dia
mais, uma sociedade que, na
propaganda política, diz que defende nosso direito de pensar
com liberdade, vai cerceando
nossas opiniões e as estrangula,
a ponto de as pessoas terem
medo de opinar.
Pregadores andam com
medo de pregar contra a exibição do homossexualismo, contra casamento entre pessoas do
mesmo sexo, contra o aborto,
contra novelas abusivas, contra
o uso indiscriminado da pílula,
contra as drogas, contra os traficantes, contra os pecados veiculados em plena luz do dia, contra os abusos da imagem, do prazer, a ostentação do luxo que
ofende, o consumismo desenfreado, a descriminalização da maconha, o salário aviltado, o tra-
balho escravo, o tráfico de
órgãos, a prostituição infantil, os conchavos e
conluios no Congresso à revelia dos eleitores.
Andamos com
medo de pregar contra
as novas Sodomas e
Gomorras do mundo. Muitos,
para não terem de bater de frente com governos e poderes econômicos, combatem os diabos
do inferno e atribuem a algum
demônio o que é maldade nacional, daqui mesmo, perpetrada
por grupos com endereço no Congresso e na internet. Não é o diabo que assina leis permitindo o
aborto ou a morte de anencéfalos.
Não é o diabo que faz campanha
para descriminalizar o uso das
drogas. Não é o diabo que faz
melar e acabar em pizza os
mensalões e outros desvios colossais de verbas do povo. São pessoas a quem interessa permitir
o que lhe convém e permitir o
que as incomoda.
Esses dias, Senhor, mais
uma vez alguém tentou cercear
a liberdade da imprensa e o uso
de crucifixo em salas públicas.
Mas em passeatas de milhões
de participantes, desfilam jovens
nus e ninguém vai preso por
atentado ao pudor. Podem mostrar corpos nus ou em lingeries
sumárias em desfiles, pode mostrar cenas de alcovas a qualquer
hora, mas não se pode, em nome
da democracia, pôr uma cruz
em lugares do Estado quando o
estado nasceu à sombra da cruz
e até chamou-se Vera Cruz.
Querem não ser obrigados a ver
imagens de Ti crucificado, mas
aceitam passivamente que criJunho 2014
anças vejam casais nus na cama
e dentro da casa deles, porque
a sedução vai visitá-los em casa.
Depois usam de filigranas do
Direito para justificar porque
pessoas podem ficar nuas e expor-se na televisão; mas Jesus
nu e torturado numa cruz, não
pode ser visto numa sala de aula.
A quem querem enganar? É claro que o povo não votaria contra. Nem mesmo os evangélicos
que não usam imagens em seus
cultos, mas que não aceitam
isso, porque amanhã também
será proibido ler a Bíblia em público, sob o pretexto de que feriria ouvidos de outros credos.
Penso no meu país onde
os pregadores estão cada dia
mais medrosos, e o que deveriam combater não combatem.
Em vez de combater os hospitais com filas homéricas e esperas inconcebíveis, transformam seus templos em salas de
milagres. Poderiam gastar meia
hora alertando contra o iníquo
sistema de preços para a saúde,
a insuficiência de verbas e outra meia hora curando e orando
por milagres. Mas silenciam contra os “demônios do preço alto”
enquanto expulsam demônios da
dengue, da diarréia e da cefaléia,
doenças que nada têm de demônio e que seriam bem mais fáceis
de curar se não faltassem remédios nos hospitais e se não houvesse as intermináveis filas à espera de uma receita médica.
Quanto a mim, ensina-me
a opinar. Se tiver que pagar o
preço de opinar, pensarei em Ti.
Tu opinavas! E assumias o que
dizias!
Pe. Zezinho,scj - “Ensina-me a
opinar”, Orar sem saber orar.
Revista São Judas
9
10
Revista São Judas
grado Coração de Jesus, estamos evocando a
“Festa do Amor”. É o amor que brota em toda a
sua essência afetiva e emocional. Jesus, verdadeiro homem e verdadeiro Deus, tem um coração plasmado no ventre humano e castíssimo da
Virgem Maria. O Coração de Jesus possui majestade infinita, pois Ele e o Pai são inseparáveis.
Assim, o “Amor” que brota deste Sagrado Coração é infinito e jamais se extingue. Certamente,
pensando neste infinito “Amor” de Jesus, foi que
o Papa Francisco, no início deste ano de 2014,
deu início ao Consistório, pedindo aos cardeais
que o ajudem a refletir sobre a realidade das famílias cristãs nos dias de hoje, pois concluiu que o
maior problema familiar consiste, exatamente, na
falta de amor. Aliás, nosso Pontífice, anteriormente
(Outubro/2013), quando da peregrinação das famílias ao Vaticano, por ocasião do Ano da Fé, afirmou: “Aquilo que pesa mais do que tudo isso é a
falta de amor. Pesa não receber um sorriso, não
ser benquisto. Pesam certos silêncios, às vezes
mesmo em família, entre marido e esposa, entre
pais e filhos, entre irmãos. Sem amor, a fadiga
torna-se mais pesada, intolerável”.
E sempre pensando no amor, continua o
Papa Francisco: “A alegria verdadeira vem da
harmonia profunda entre as pessoas, que todos sentem no coração e que nos faz sentir a
beleza de estarmos juntos, de nos apoiarmos
uns aos outros no caminho da vida”. E prossegue: “é preciso ter um Amor paciente. Só Deus
sabe criar a harmonia a partir das diferenças.
Se falta o amor de Deus, a família também perde a harmonia, prevalecem os individualismos,
se apaga a alegria. Pelo contrário, a família que
vive a alegria da fé, comunica-se espontaneamente, é sal da terra e luz do mundo, é fermento
para toda a sociedade”.
Peçamos ao Sagrado Coração de Jesus que
possamos continuar realizando esta Revista dos
Devotos com muita fé e amor! E que vocês queridos Devotos, sensíveis a este amor, continuem
prestigiando as nossas publicações, fiéis em suas
colaborações como membros efetivos da Família
do Santuário São Judas Tadeu!
Marli Amaro,
coordenadora da PASCOM-Pastoral da Comunicação da
Paróquia/Santuário São Judas Tadeu
Junho 2014
foto: reprodução
Caríssimos devotos e devotas, colaboradores do Santuário São Judas Tadeu, mais um ano
se passou e estamos novamente em clima de festa, comemorando nossos dois anos de publicações
desta nossa querida Revista do Devoto, que já se
tornou um marco em nossas vidas! Alegria, especialmente, para nós que ajudamos a produzir este
periódico mensal que chega aos seus lares sempre recheado de novidades, informações, notícias, acontecimentos e ensinamentos fundamentais
a respeito de nossa fé cristã, do dia a dia de nosso
Santuário, da nossa Igreja Católica, Apostólica,
Romana e que me concede, todos os meses, a
felicidade de manter com vocês este descontraído
dedinho de prosa...
Falando-se em alegria,
não podemos esquecer
que estamos em Junho,
mês sempre muito significativo para nós católicos, pois vamos
vivenciar grandes solenidades da nossa
Igreja – Pentecostes, Santíssima
Trindade, Corpus
Christi – as festas
juninas, nas
quais homenageamos Santo
Antônio
de
Pádua, São João
Batista e os
apóstolos São
Pedro e São
Paulo, além
da festa do
Imaculado
Coração de
Maria e do
Sagrado Coração de Jesus, esta que especialmente, cala fundo nos corações dos Padres de nosso Santuário São Judas Tadeu, a cujo carisma estão consagrados todos os sacerdotes da Congregação dos
Dehonianos.
Na verdade, ao festejarmos o Sa-
foto: reprodução
O amor recebido
do Coração de
Jesus precisa
circular em nossas
veias, precisar
transbordar de
nossa boca e
irrigar nossos
pensamentos.
Precisamos sentir
como Jesus sente!
Precisamos amar
da maneira dele!
Neste mês, ao contemplarmos o Sagrado Coração de Jesus,
queremos conhecer seus sentimentos para podermos mergulhar no
mistério de seu amor misericordioso. O que move o Coração de Jesus? O que o faz chorar? O que o
faz sorrir? O que sente Jesus diante daqueles que sofrem? De que
forma Ele ama? O que é capaz de
fazer por amor?
Primeiramente precisamos
reconhecer que a humanidade foi
“envenenada” pelo pecado da indiferença, fruto de um relativismo
materialista com rótulo de liberdade, uma falsa liberdade. É como se
colocassem veneno num frasco de
remédio: somos tentados a considerar que os que sofrem precisam
de ajuda, pois eles têm direito a uma
moradia digna, uma educação decente e uma saúde de qualidade,
mas concluímos que infelizmente
nada disso nos cabe e, portanto,
não podemos ajudá-los.
Será que não podemos fazer
nada? Será que fui tomado pela
cegueira do egoísmo a ponto de não
enxergar que existem pequenos
gestos de amor à espera de serem
praticados por mim? Será que não
percebemos que o Coração de
Cristo palpita de amor por cada irmão que passa dificuldades? O que
nos impede de amar concretamente? O que nos impede de irmos visitar os doentes, de socorrer os necessitados, de abraçar os que precisam de consolo? Por que a dor
do outro é apenas do outro e não
minha também? Por que me acho
no direito de me preocupar sempre primeiro comigo?
O Papa Leão XIII, em 1891,
ao final de sua Encíclica Rerum
Junho 2014
Novarum chegou a seguinte conclusão: “Portanto, a Salvação
desejada deve ser principalmente o fruto de uma grande efusão
da caridade, queremos dizer, daquela caridade que compreendia
em si todo Evangelho, e que sempre pronta a sacrificar-se pelo
próximo, é o antídoto mais seguro contra o orgulho e o egoísmo
do século” (Rerum Novarum,
37).
O Sagrado Coração Jesus
que celebramos, sempre foi tomado de um amor incontrolável e particular por cada um de nós. O amor
sempre transbordou de seu Coração, quer seja através do sangue
derramado no Calvário, quer seja
através do Espírito Santo derramado sobre nós. No entanto, esse amor
recebido do Coração de Jesus precisa circular em nossas veias, precisar transbordar de nossa boca e irrigar nossos pensamentos. Precisamos
sentir como Jesus sente! Precisamos
amar da maneira dele!
O Papa tem razão: precisamos de uma Efusão de Caridade,
precisamos de uma Efusão do Espírito que nos leve ao sacrifício pelo
outro. Uma frase famosa de Madre Teresa de Calcutá diz que “o
amor, para ser verdadeiro, tem de
doer. Não basta dar o supérfluo a
quem necessita, é preciso dar até
que isso nos machuque”. Só o Espírito Santo pode nos ensinar a amar
com tamanha radicalidade! Só em
Deus conseguiremos transpor a cerca da indiferença e revelarmos ao
mundo o sagrado e solidário Coração de Jesus!
Vinícius Paiva,
Fundador da Comunidade
Servos de Caná, Rio de Janeiro
Revista São Judas
11
12
Revista São Judas
Junho 2014
ORAÇÃO A SÃO JUDAS TADEU
fotos: arquivo SãoJudas Tadeu
São Judas Tadeu, apóstolo escolhido por Cristo, eu
vos saúdo e louvo pela fidelidade e amor com que
cumpristes vossa missão. Chamado e enviado por
Jesus, sois uma das doze colunas que sustentam
a verdadeira Igreja fundada por Cristo. Inúmeras
pessoas, imitando vosso exemplo e auxiliadas por
vossa oração, encontram o caminho para o Pai,
abrem o coração aos irmãos e descobrem forças
para vencer o pecado e superar todo o mal. Quero
imitar-vos, comprometendo-me com Cristo e com
sua Igreja , por uma decidida conversão a Deus e ao
próximo, especialmente o mais pobre. E, assim
convertido, assumirei a missão de viver e anunciar o
Evangelho, como membro ativo de minha
comunidade. Espero, então, alcançar de Deus a graça
que imploro confiando na vossa poderosa intercessão.
(Faça o pedido da graça a ser alcançada). São Judas
Tadeu, rogai por nós! Amém!
fotos: Cidinha Panhoca e Angélica Cunha