Livro de resumos - Observatório Nacional
Transcrição
Livro de resumos - Observatório Nacional
XV COLÓQUIO BRASILEIRO DE DINÂMICA ORBITAL 29 de novembro a 02 de dezembro, 2010 Teresópolis, Rio de Janeiro, Brasil Comissão Organizadora Alejandro Martín Leiva (OAC / Argentina) Annelisie Aiex Corrêa (StarOne / RJ) Antônio Fernando Bertachini de Almeida Prado (INPE / SP) Eduardo Schirlippe Goes Leandro (DMAT-UFPE / PE) Elbert Einstein Nehrer Macau (INPE / SP) Fernando Virgilio Roig (ON / RJ) – Presidente Jorge Márcio Ferreira Carvano (ON / RJ) Luiz de Siqueira Martins Filho (UFABC / SP) Maria Cecília França de Paula Santos Zanardi (FEG-UNESP / SP) Sylvio Ferraz Mello (IAG-USP / SP) Apoio Ministério da Ciência e Tecnologia / Observatório Nacional (ON) Patrocínio Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) Organização Meta Marketing e Eventos Ltda. Local Hotel Alpina, Teresópolis, RJ Homenagem: Rodolpho Vilhena de Moraes Em 2010, o Dr. Rodolpho Vilhena de Moraes completou 70 anos, dentre os quais dedicou 47 à vida acadêmica, colaborando na formação de engenheiros, matemáticos e físicos e no fortalecimento e criação de cursos de pós-graduação. Graduou-se como Licenciado em Matemática pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1962), fez o mestrado em Matemática no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (1968), o doutorado em Dinâmica Orbital e Mecânica do Vôo no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (1978), e o pós-doutorado em Engenharia Aeroespacial na The Texas University at Austin, EUA (1987). Foi Professor Titular do ITA, onde atuou durante 32 anos (1963-1995) nos Departamentos de Matemática, de Astronomia, e de Mecânica do Vôo e Orbital. Neste período ministrou aulas na graduação, pós-graduação e em cursos de extensão, foi coordenador de curso, membro da congregação, chefe de departamento, além de orientar diversos trabalhos de conclusão de curso, projetos de iniciação científica, dissertações de mestrado e teses de doutorado. Aposentou-se como Professor Assistente Doutor do Departamento de Matemática da UNESP-Guaratinguetá, onde atuou desde 1995 até 2010. Neste período ministrou aulas nos diversos cursos de graduação do campus, auxiliou na criação e fortalecimento da área de Dinâmica Orbital e Planetologia junto ao curso de pósgraduação em Física, foi chefe do Departamento de Matemática e membro da Congregação do Campus, foi membro de conselhos de curso, comissão de pesquisa, e de órgãos colegiados da reitoria da UNESP. Orientou diversos projetos de iniciação científica, trabalhos de conclusão de curso e dissertações de mestrado, e hoje orienta 3 teses de doutorado. Ao longo da sua carreira, publicou 35 artigos em periódicos indexados e 19 capítulos de livros, formou 27 mestres e 6 doutores, orientou mais de 80 trabalhos de conclusão de curso e iniciação científica, participou de mais de 60 eventos científicos de sua área de atuação, assim como em diversas atividades de extensão, incluindo cerca de 200 bancas examinadoras, organização de eventos científicos, e atividades de divulgação junto à Universidade Aberta à Terceira Idade da UNESP-Guaratinguetá e o Grupo de Dinâmica Orbital e Planetologia. Atualmente, o Dr. Vilhena de Moraes é Professor Colaborador no programa de pós graduação do INPE, na área de Engenharia e Tecnologia Aeroespaciais, onde atua como docente e orientador, e Pesquisador Visitante Nacional Senior junto à UNIFESP-São José dos Campos. É pesquisador 1C do CNPq, coordenador do Projeto Temático Encontros Próximos em Dinâmica Orbital, patrocinado pela FAPESP, e revisor de periódicos internacionais. Em 2010, recebeu o prêmio The Technical Achievement Award, ICNPAA, pelo conjunto de suas obras. O Colóquio Brasileiro de Dinâmica Orbital dedica esta XV edição do evento ao Dr. Vilhena de Moraes, como uma merecida homenagem em reconhecimento e agradecimento por todos os seus anos de dedicação à ciência e à formação de novos pesquisadores nesta área. 1 Índice Programa ............................................................................................. Apresentações Orais ............................................................................. 3 7 Painéis – Astrofísica do Sistema Solar ............................................. 35 Painéis – Dinâmica do Sistema Solar ............................................. 41 …......................................................... 69 Painéis – Engenharia Espacial Painéis – Exoplanetas …....................................................................... 85 ........................................................... 91 Painéis – Mecânica Celeste Painéis – Mecânica Orbital e Controle …....................................... 105 …...................................................... 133 …...........…...................................................... 141 Painéis – Sistemas Dinâmicos Lista de participantes Programa Segunda feira – 29/11 12h00 - 13h50 Inscrições 13h50 - 14h00 Abertura Sessão 1: Engenharia Espacial – Chair: A. F. Bertachini de A. Prado 14h00 - 15h00 Palestra convidada Visão de futuro para o Programa Espacial Brasileiro – Sergio L. de Andrade Silva (INPE, Brasil) 15h00 - 15h30 Apresentação oral A permanent magnet Hall-Effect plasma thruster for Near-Earth triple asteroid exploration – José Leonardo Ferreira (UnB, Brasil) 15h30 - 16h00 Apresentação oral Um altímetro laser para a missão russo-brasileira ao asteroide triplo 2001 SN263 – Antônio Gil Vicente de Brum (UFABC, Brasil) 16h00 - 16h30 Intervalo Sessão 2: Mecânica Espacial e Controle – Chair: M. Cecília F. P. S. Zanardi 16h30 - 17h30 Palestra convidada Optimization of spiral low-thrust transfers between given orbits – Alexander A. Sukhanov (IKI-Russian Academy of Sciences, Rússia) 17h30 - 18h00 Apresentação oral Optimal trajectories for Earth-Moon flight with moderate flight time – Sandro da Silva Fernandes (ITA, Brasil) 18h00 - 19h00 Apresentação especial Stability analysis of the L4 equilibrium point in the Circular Planar Restricted Three Body Problem perturbed by radiation pressure – Rodolpho Vilhena de Morais (UNIFESP, Brasil) Confraternização Terça feira – 30/11 Sessão 3: Mecânica Celeste – Chair: Elbert E. N. Macau 08h00 - 09h00 Palestra convidada Methodologies for the global description of the neigborhood of the collinear libration points – Josep-Maria Mondelo (Universitat Autònoma de Barcelona, Espanha) 09h00 - 09h30 Apresentação oral 3 Planetary satellite orbiters: Applications for Europa – Jean Paulo dos Santos Carvalho (FEG-UNESP, Brasil) 09h30 - 10h00 Apresentação oral Stacked central configurations – Antonio Carlos Fernandes (UNIFEI, Brasil) 10h00 - 10h30 Intervalo Sessão 4: Sistemas Dinâmicos – Chair: A. Martín Leiva 10h30 - 11h00 Apresentação oral Transporte no mapa padrão não twist – Iberé Luiz Caldas (IF-USP, Brasil) 11h00 - 11h30 Apresentação oral Barreiras robustas naturais em um modelo hamiltoniano de duas ondas Caroline Gameiro Lopes Martins (ITA, Brasil) 11h30 - 12h00 Apresentação oral Comparison of indicators of chaos based on the deviation vectors – Nicolás Pablo Maffione (FCAGLP-UNLP, Argentina) 12h00 - 14h00 Almoço Sessão 5: Mecânica Celeste – Chair: Fernando V. Roig 14h00 - 15h00 Palestra convidada Central configurations and Chazy-Wintner-Smale conjecture – Alain Albouy (IMCCE-Observatoire de Paris, França) 15h00 - 15h30 Apresentação oral Finitude e bifurcações de configurações centrais no problema dos N corpos – Jean Fernandes Barros (UEFS, Brasil) 15h30 - 16h00 Apresentação oral Model and numerical study of two-body tethered satellites near L2 of the Restricted Three Body Problem – Teresinha de Jesus Stuchi (IF-UFRJ, Brasil) 16h00 - 19h30 Painéis – Sessão 1: Todas as áreas Quarta feira – 01/12 Sessão 6: Dinâmica do Sistema Solar – Chair: A. Delson Conceição de Jesus 08h00 - 09h00 Palestra convidada Formation and evolution of our solar system: some hints for understanding the great diversity of extra-solar systems – Alessandro Morbidelli (Observatoire de la Côte d'Azur, França) 09h00 - 09h30 Apresentação oral 4 Masses of long period comets derived from non-gravitational orbital perturbations – Andrea Laura Sosa Oyarzábal (Fac. Ciencias-UdelaR, Uruguai) 09h30 - 10h00 Apresentação oral Revisitando o cenário de captura de Tritão – Érica Cristina Nogueira (UFF, Brasil) 10h00 - 10h30 Intervalo Sessão 7: Dinâmica do Sistema Solar – Chair: Ana Paula M. Chiaradia 10h30 - 11h00 Apresentação oral A origem do objeto 2004 XR190 a partir do disco espalhado primordial – Rodney da Silva Gomes (ON, Brasil) 11h00 - 11h30 Apresentação oral On the existence of a distant solar companion and its possible effects on the Oort Cloud and the observed comet population – Julio Ángel Fernández (Fac. Ciencias-UdelaR, Uruguai) 11h30 - 12h00 Apresentação oral On the first ν6 anti-aligned librating asteroid family of Tina – Valerio Carruba (FEG-UNESP, Brasil) 12h00 - 14h00 Almoço Sessão 8: Astrofísica do Sistema Solar – Chair: Sylvio Ferraz Mello 14h00 - 15h00 Palestra convidada Links between meteorites – Maria Eugenia Varela (ICATE-CONICET, Argentina) 15h00 - 15h30 Apresentação oral Is the ordinary chondrites paradox over? – Thais Mothé Diniz (OV-UFRJ, Brasil) 15h30 - 16h00 Apresentação oral 298 Baptistina and its family: An observational and dynamical study – Daniela Lazzaro (ON, Brasil) 16h00 - 19h30 Painéis – Sessão 2: Todas as áreas Quinta feira – 02/12 Sessão 9: Astronomia Dinâmica e Planetária – Chair: Ernesto Vieira Neto 08h00 - 09h00 Palestra convidada Os exoplanetas CoRoT – Sylvio Ferraz Mello (IAG-USP, Brasil) 09h00 - 09h30 Apresentação oral 5 Dynamics of equilibrium rotation of super-Earths – Nelson Callegari Júnior (IGCE-UNESP, Brasil) 09h30 - 10h00 Apresentação oral Identifying two planets in coorbital motion through radial velocity analysis Cristian Andrés Giuppone (OAC-UNCor, Argentina) 10h00 - 10h30 Intervalo Sessão 10: Astronomia Dinâmica e Planetária – Chair: Luiz de S. Martins Filho 10h30 - 11h00 Apresentação oral Evolução dinâmica do sistema CoRoT-7 atribuída ao efeito de maré – Adrián Rodríguez Colucci (IAG-USP, Brasil) 11h00 - 11h30 Apresentação oral Ocultações para o estudo de objetos do Sistema Solar – Roberto Vieira Martins (ON, Brasil) 11h30 - 12h00 Apresentação oral Estudo da estrutura espiral da galáxia baseado nos arranjos de órbitas estelares – Thiago Correr Junqueira (IAG-USP, Brasil) 12h00 - 12h10 Encerramento 6 APRESENTAÇÕES ORAIS 7 PALESTRA CONVIDADA VISÃO DE FUTURO PARA O PROGRAMA ESPACIAL BRASILEIRO Sergio L. de Andrade Silva Coordenação de Engenharia e Tecnologia Espacial, INPE, Brasil O Programa Espacial Brasileiro está focado em estabelecer um conjunto de missões com aplicações relacionadas diretamente às necessidades nacionais, com especial ênfase na Amazônia e as regiões equatoriais. Esta palestra apresenta uma visão geral sobre o atual cenário dos próximos satélites que serão desenvolvidos pelo INPE em colaboração com a industria nacional. O patrimônio é descrito brevemente, dando-se ênfase ao escopo dos projetos vindouros. Apresentam-se também as estimativas de investimentos. Em forma introdutória, discutimos a visão de como o INPE pretende ser colocado no cenário global de observação da Terra, juntamente com a abordagem para o compartilhamento de veículos espaciais e dados em termos de cooperação internacional. APRESENTAÇÃO ORAL A PERMANENT MAGNET HALL- EFFECT PLASMA THRUSTER FOR NEAR EARTH TRIPLE ASTEROID SYSTEM EXPLORATION J. L. Ferreira1, I. Soares Ferreira1, B. S. Moraes1, P. Gessini1, A. Sukhanov2, O.C. Winter3, D. C. Mourão3 1Plasma Laboratory , University of Brasília, Brazil Brazillian National Institute for Space Research, Brazil 3São Paulo State University, Brazil 2 Spacecraft exploration of Small Solar System bodies has been performed by several countries with increasing frequency in the last twenty years. Since their historical beginning on the sixties, most of Solar System missions have been based on gravity assist trajectories very much depending on planet orbit positioning relative to the Sun and the Earth. The consequence of gravity assist maneuvering use was always the narrowing of the mission launch window. Today, Solar System icy bodies in situ exploration requires less dependence on gravity assist maneuvering and new high precision low thrust navigation methods. The main difficulty in reaching these minor 9 bodies is related to their specific orbits with high eccentricity and inclination. Good examples of use of low thrust plasma thrusters for small solar system bodies are Deep Space 1 mission to comet Borelly (2000). Smart 1 transfer orbit mission from earth to the moon and the cases of Hayabusa, a sample return mission to Itokawa asteroid (2005) and the on going Dawn mission to asteroids Ceres and Vesta. These small bodies are primitive left over building blocks of the Solar System formation process and their exploration and research can solve several questions such as the origens of water and life on Earth. These mission cam be accomplished by using low thrust trajectories with spacecraft propelled by plasma thrusters with total thrust below 0.5 N and specific impulse below 2500 s. In their work we will show the brazillian contribution to the development of electrical propulsion engines foreseen to be used in future low thrust trajectory missions to a near earth triple asteroid system 2001 SN 263. We will show a particular new design in which a permanent magnet hall thruster (PHALL) is proposed for a medium size spacecraft mission with relative low power consumption. PHALL I and II , plasma source characterization, are presented toghether with the effect of plasma plume energy and flow velocity parameters. Based on this parameters a figure of merit for PHALL was constructed and compared to computer calculated low thrust transfer requirements to reach a triple asteroid system 2001 SN 263. Insertion of the spacecraft into Venus and Earth gravity assist trajectories to reach the asteroid system is also analysed. Maneuvering in the earth sphere of influence is also analysed as example of PHALL potential use. APRESENTAÇÃO ORAL UM ALTÍMETRO LASER PARA A MISSÃO RUSSO-BRASILEIRA AO ASTEROIDE TRIPLO 2001 SN263 A. G. V. de Brum1, A. Hetem Jr.1, A. Fenilli1, C. P. F. Francisco1, C. R. de Lima1, D. Mourão4, E. Figueiredo5, F. Madeira1, F. C. Cruz6, I. da S. Rego1, J. I. B. Camargo3, M. Assafin2, R. Vieira Martins3 1 CECS/Engenharia Aeroespacial, UFABC, Brasil 2 Observatório do Valongo/UFRJ, Brasil 3 Observatório Nacional/MCT, Brasil 4 FEG/UNESP, Brasil 5 IAG/USP, Brasil 6 IFGW/UNICAMP, Brasil A missão ASTER planeja enviar em 2015 uma nave ao espaço profundo para encontrar-se com o sistema asteroidal triplo recentemente descoberto, 2001-SN263. A realização da missão possibilitará o desenvolvimento de tecnologias e expertise fundamentais para a emancipação e consolidação das atividades espaciais no país, ao mesmo tempo que contribuirá para a investigação da dinâmica e da astrofísica deste 10 sistema de características únicas. Dentre os instrumentos científicos selecionados para voar na missão, um altímetro laser será utilizado para fornecimento de dados de apoio à navegação, na fase da missão em que a nave deverá ser manobrada para atingir maior proximidade com o sistema asteroidal. Adicionalmente, o altímetro laser também deverá ser utilizado no mapeamento das características relativas à forma e topografia dos asteróides, bem como composição, a ser conduzida durante a fase de maior proximidade da nave com o sistema triplo. O ALR (ASTER Laser Rangefinder) deverá ser desenvolvido em uma configuração reduzida, em termos de tamanho e potência. O comprimento de onda deverá ser adequado à melhor refletividade do pulso transmitido e detectividade do pulso refletido, que é função da composição do asteróide, da inclinação do feixe incidente, dentre outros. Instrumentos utilizados em missões anteriores, tais como o LIDAR (missão Hayabusa) e o NLR (missão NEAR-Shoemaker) são os pontos de partida para este desenvolvimento. Neste trabalho são apresentadas as características iniciais desejadas para o instrumento, juntamente com propostas para o seu desenvolvimento, construção e qualificação espacial em parceria entre a academia, institutos de pesquisa e empresas do setor aeroespacial nacional. PALESTRA CONVIDADA OPTIMIZATION OF SPIRAL LOW-THRUST TRANSFERS BETWEEN GIVEN ORBITS Alexander Sukhanov Space Research Institute (IKI), Moscow, Russia Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), São José dos Campos, SP, Brasil A spiral power-limited transfer between given orbits in an arbitrary gravity field is considered. A simple and effective method for optimization of the transfers of this type is suggested. The method is based on linearization of the motion near arcs of reference orbits. The performance index, the optimal thrust vector and the state vector of the transfer trajectory are found in an explicit form. Any desired optimization accuracy may be achieved by increasing amount of the reference arcs. An iterative calculation procedure of the method is described. The suggested method allows calculation of three types of transfers, such as follows: − transfers from a given state vector to a given orbit with optimal entry position into the final orbit; − transfers from a given orbit to a given state vector and obtaining an optimal start position from the initial orbit; 11 − transfers between two given orbits and obtaining optimal initial and final positions of the transfer trajectory. All of the three transfer types are considered. The suggested method is also applicable to the case of a partly given final orbit; for instance, only the final orbital energy may be given with other parameters of the final orbit free; these parameters are chosen optimal by the method. A small modification of the suggested method makes it also applicable in the case when the thrust direction is subject to constraints. These constraints may be caused by simplification of the spacecraft design and/or attitude control. Two cases of the constraints are considered: radial thrust and thrust orthogonal to the radius. As is mentioned above the method was developed for any gravity field. Two special cases of the field are considered in more details in the paper, namely field of the two-body problem and field taking into consideration the oblateness of the central body. The solution of the problem takes a simpler form in these cases and becomes analytical for the two-body problem. Various examples demonstrate high effectiveness of the method. The applicability, convergence, fastness and some disadvantages of the suggested optimization method are discussed. APRESENTAÇÃO ORAL OPTIMAL TRAJECTORIES FOR EARTH-MOON FLIGHT WITH MODERATE FLIGHT TIME S. da Silva Fernandes Departamento de Matemática, Instituto Tecnológico de Aeronáutica, Brasil In this paper, the problem of transferring a space vehicle from a circular low Earth orbit (LEO) to a circular low Moon orbit (LMO) with minimum fuel consumption is considered. It is assumed that the propulsion system delivers infinite thrusts during negligible times such that the velocity changes are instantaneous, that is, the propulsion system is capable of delivering impulses. The class of two impulse trajectories is considered: a first accelerating velocity impulse tangential to the space vehicle velocity relative to Earth is applied at a circular low Earth orbit and a second braking velocity impulse tangential to the space vehicle velocity relative to Moon is applied at a circular low Moon orbit. The minimization of fuel consumption is equivalent to the minimization of the total characteristic velocity which is defined by the arithmetic sum of velocity changes. The optimization problem has been formulated using the patched-conic approximation or a simplified version of the planar circular restricted three-body problem (PCR3BP). In the patched-conic approximation model, the parameters to be 12 optimized are two: initial phase angle of space vehicle and the first velocity impulse, the flight time and the second velocity impulse are determine from the two-body dynamics. In the PCR3BP model, the parameters to be optimized are four: initial phase angle of space vehicle, flight time, the first and the second velocity impulses. In both cases, the optimization problem has been solved using a gradient algorithm in conjunction with Newton-Raphson method, considering several final altitudes of a clockwise or counterclockwise circular low Moon orbit for a specified altitude of a counterclockwise circular low Earth orbit which corresponds to the altitude of the Space Station. The results are compared to the ones obtained by Miele and Mancuso who used the sequential gradient-restoration algorithm for solving the optimization. APRESENTAÇÃO ESPECIAL STABILITY ANALYSIS OF THE L4 EQUILIBRIUM POINT IN THE CIRCULAR PLANE RESTRICTED THREE BODY PROBLEM PERTURBED BY RADIATION PRESSURE R. Vilhena de Moraes1, J. K. S. Formiga2,3, T. J. Stuchi3,4 1 Instituto de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal de São Paulo, São José dos Campos-SP, Brasil 2 FATEC-SJC, São José dos Campos -SP, Brasil 3 INPE, São José dos Campos -SP, Brasil 4 IF/UFRJ, Rio de Janeiro -RJ, Brasil We present a fourth order normal form for systems with three degrees of freedom based on the Lie-Hori-Birkhoff theory which can be applied to any Hamiltonian system with three or two degrees of freedom. The construction was completely analytical using the MATHEMATICA software. We apply this construction to analyze the nonlinear stability region of the motion in the neighborhood of the L4 Lagrangian point of the circular planar restricted three body problem perturbed by radiation pressure. This is done using an Arnold theorem in a version by Kovalev and Savchenko. The results consider the radiation emitted by one or the two primaries. We also consider resonant conditions. PALESTRA CONVIDADA METHODOLOGIES FOR THE GLOBAL DESCRIPTION OF THE NEIGHBORHOOD OF THE COLLINEAR LIBRATION POINTS 13 Josep-Maria Mondelo Universitat Autònoma de Barcelona, Espanha Since 1978, when NASA launched the ISEE-3 spacecraft, Lissajous and Halo– type trajectories around the collinear equilibrium points have been considered in the trajectory design of space missions. Most libration point missions launched up to present [4] consist essentially of a single nominal trajectory and a transfer trajectory to it. The Genesis mission [7] has been the first one to make use of an heteroclinic connection. The use of homoclinic and heteroclinic phenomena allows to envisage more complex missions, like low–energy transfers to the Moon [11] and the Petit Grand Tour to the moons of Jupiter [5]. It is interesting to have a complete description of the trajectories in the neighborhood of the collinear libration points, together with their invariant manifolds. This would enable the development of software tools for the systematic design of complex missions like the ones previously mentioned. It is also interesting that this description reaches high energies, so that the invariant manifolds make the neighborhood of the primaries accessible. A strategy to obtain this description is: • To develop synthetic representations [9] of the different kinds of libration point trajectories, in order to handle them efficiently. • The use of numerical methods, in order to overcome the convergence restrictions of semi–analytical ones [12, 3, 6, 8, 10, 1]. The talk will be dedicated to the previous two points, accounting for some recent developments in the computation and continuation of homoclinic connections [1] and their use as cycler trajectories in the Earth–Moon system [2]. [1] E. Barrabés, J. M. Mondelo, and M. Ollé. Nonlinearity, 22(12):2901–2918, 2009. [2] J. Casòliva, J. M. Mondelo, B. F. Villac, K. D. Mease, E. Barrabés, and M. Ollé. To appear in Journal of Guidance, Control, and Dynamics, 2010. [3] E. Castellà and A. Jorba. Cel. Mech. Dyn. Astron., 76(1):35–54, 2000. [4] D. Dunham and R. Farquhar. Libration point missions, 1978–2002. In G. Gómez, M. Lo, and J. Masdemont, editors, Libration Point Orbits and Applications, 2003. [5] G. Gómez, W. S. Koon, M. W. Lo, J. E. Marsden, J. Masdemont, and S. D. Ross. Nonlinearity, 17(5):1571–1606, 2004. [6] G. Gómez and J. M. Mondelo. Phys. D, 157(4):283–321, 2001. [7] K. Howell, B. Barden, R. Wilson, and M. Lo. Advances in the Astronautical Sciences, 97:1665–1684, 1998. [8] A. Jorba. Nonlinearity, 14(5):943–976, 2001. [9] J. M. Mondelo, E. Barrabés, G. Gómez, and M. Ollé. Advances in the Astronautical Sciences, 129:1153–1168, 2008. Proceedings of the 2007 AAS/AIAA Astrodynamics Specialist Conference, Mackinac Island, Michigan, August 19-23. 14 [10] E. Olmedo. On the parallel computation of invariant tori. PhD thesis, Universitat de Barcelona, 2007. [11] J. Parker and M. W. Lo. Advances in the Astronautical Sciences, 123:2067– 2086, 2006. [12] C. Simó. On the analytical and numerical approximation of invariant manifolds. In D. Benest and C. Froeshlé, editors, Modern methods in Celestial Mechanics, pages 285–330. Editions Frontières, 1990. APRESENTAÇÃO ORAL PLANETARY SATELLITE ORBITERS: APPLICATIONS FOR EUROPA J. P. S. Carvalho1, A. Elipe2, R. Vilhena de Moraes3, A. F. B. A. Prado4 1 UNESP- Univ Estadual Paulista, Brazil. 2 Universidad de Zaragoza, Spain 3 Instituto de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal de São Paulo, Brazil 4 Division of Space Mechanics and Control – INPE, Brazil The dynamics of orbits around a planetary satellite, taking into account the gravitational attraction of a third-body and the non-uniform distribution of mass (J2, J3 and C22) of the planetary satellite is studied. The conditions to get frozen orbits are presented. Low-altitude, near-polar orbits are very desirable for scientific missions to study the satellites, such as the Jupiter's moon Europa. However, previous research has shown that a spacecraft in a low-altitude, near-polar orbit around Europa will have an impact in a relatively short time. Here, using a double-averaged analytical model, we found orbits with constant orbital element in average. Using an approach with the simple-averaged problem, frozen orbits valid for long-periods of time are found. A comparison between the averaged models, simple and double, is presented. APRESENTAÇÃO ORAL STACKED CENTRAL CONFIGURATIONS A. C. Fernandes1, 2 1 2 Depto de Matemática e Computação, UNIFEI, Brasil Partially Supported by CAPES, port. n° 1 15/07/2010 15 Will be present the Newtonian problem of n-bodies, the classical solutions, the homographic solutions and its link with central configurations. The aim of the presentation is the following result: We prove that, for non–collinear configurations, the only possible planar central configuration for the 5–body problem for which it can be removed one body such that the remaining four bodies are already in a central configuration is obtained with four bodies of equal masses at the vertices of a square and the fifth body of arbitrary mass at the center of the square. This result is an answer to a question posed by Hampton in 2005. In Hampton, M.: Stacked central configurations: new examples in the planar five–body problem. Nonlinearity 18, 2299–2304 (2005). APRESENTAÇÃO ORAL TRANSPORTE NO MAPA PADRÃO NÃO TWIST J. D. Szezech, Jr.,1 I. L. Caldas,1 S. R. Lopes,2 R. L. Viana,2 and P. J. Morrison3 1 Instituto de Física, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brazil Departamento de Física, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brazil 3 Department of Physics and Institute for Fusion Studies, The University of Texas at Austin, Austin,USA 2 O mapa padrão não twist surge como uma aproximação em vários sistemas dinâmicos com equilíbrio não monotônicos. O transporte lagrangiano nesses sistemas pode ser estudado a partir desse mapa. No trabalho a ser apresentado estudamos o transporte através da região sem cisalhamento após a quebra da última linha invariante do mapa. Esse transporte varia com os parâmetros de controle e essa variação pode ser interpretada a partir da alteração do emaranhado homoclínico presente na região estudada. Referência: Transport Properties in Area-Preserving Nontwist Maps. J.D, Szezech Jr., I.L Caldas, R. L. Viana, P. J Morrison, Chaos , 19, 0431081 (2009). 16 APRESENTAÇÃO ORAL BARREIRAS ROBUSTAS NATURAIS EM UM MODELO HAMILTONIANO DE DUAS ONDAS Caroline G. L. Martins1,2, F. A. Marcus3, I. L. Caldas3, R. Egydio de Carvalho1 1 UNESP – Rio Claro, Brasil Depto. de Física, ITA, Brasil 3 Instituto de Física, USP, Brasil 2 O efeito de barreiras de transporte em sistemas Hamiltonianos é um assunto de interesse global em diferentes ramos da física [1, 2]. W. Horton introduziu um tipo de modelo Hamiltoniano com duas ondas, relevante para o transporte de partículas em física de plasmas [3]. A Hamiltoniana descreve ondas de deriva, originadas por E^B em plasmas não-uniformes, se propagando em um campo magnético toroidal e em um campo elétrico radial. O modelo tem sido explorado para descrever conjuntos de estocasticidade para partículas de testes impulsionadas por essas ondas de deriva em Tokamaks. O modelo tem sido aplicado em vários trabalhos como, por exemplo, para analisar resultados obtidos em experimentos [4, 5]. Partículas altamente energéticas que constituem o plasma quando confinadas em Tokamak podem ser dirigidas para a parede da câmara através destas ondas de deriva, danificando o equipamento e prejudicando o confinamento. Este trabalho apresenta uma solução particular [6, 7] para os números de onda que conserva as barreiras robustas naturais presentes neste modelo Hamiltoniano, barreiras estas denominadas Toros Robustos [8]. [1] P. J. Morrison, Rev. Mod. Phys. 70(2), 5 (1998). [2] D. F. Escande, Phys. Rep. 121, 165 (1985). [3] W. Horton, Plasma Phys. Contr. Fus. 27, 937 (1985). [4] F.A. Marcus, I. L. Caldas, Z. O. Guimarães-Filho, P. J. Morrison, W. Horton, Yu. K. Kuznetsov, and I. C. Nascimento, Phys. Plasmas 15, 112304 (2008). [5] Horton, Plasma Phys. 23, 1107 (1981). [6] Caroline G. L. Martins, F. Alberto Marcus, I. L. Caldas , R. Egydio de Carvalho, “Robust Tori in a Double-Waved Hamiltonian Model”, Physica A (2010) (Aceito). [7] Caroline G. L. Martins, F. Alberto Marcus, I. L. Caldas , R. Egydio de Carvalho, “Blocking Radial Diffusion in a Double-Waved Hamiltonian Model”, Journal of Physics: Conference Series (2010) (Submitted). [8] Caroline G. L. Martins, R. Egydio de Carvalho, I. L. Caldas, M. Roberto, J. Phys. A 43, p. 175501 (2010). 17 APRESENTAÇÃO ORAL COMPARISON OF INDICATORS OF CHAOS BASED ON THE DEVIATION VECTORS N. P. Maffione1,2, L. A. Darriba1,2, P. M. Cincotta1,2, C. M. Giordano1,2 1 2 Grupo de Caos en Sistemas Hamiltonianos, FCAGLP, Argentina Instituto de Astrofísica La Plata, CONICET--CCT La Plata, Argentina The aim of the present work is to study the reliability of several chaos indicators that are based on the evolution of the deviation vectors. In order to perfom this study we make several experiments on mappings, including the Lyapunov Indicator (LI), the Mean Exponential Growth factor of Nearby Orbits (MEGNO), the Smaller Alignment Index (SALI), the Fast Lyapunov Indicator (FLI), the Dynamical Spectra of stretching numbers (SSN) and the corresponding Spectral Distance (SD) and the Relative Lyapunov Indicator (RLI), on a variant of Froeschlé's 4D symplectic mapping and two coupled standard mappings. We also run some preliminary tests on flows. Using the simple model of HénonHeiles, the Orthogonal Fast Lyapunov Indicator (OFLI) and the Generalized Alignment Index (GALI) were included in the previous list for a new comparison. PALESTRA CONVIDADA CENTRAL CONFIGURATIONS AND THE CHAZY-WINTNER-SMALE CONJECTURE A. Albouy1, V. Kaloshin2,3 1 CNRS Observatoire de Paris, France Math. Department, PennState University, USA 3 Math. Department, University of Maryland, USA 2 We show that the number of relative equilibria of the 5 body problem is finite, except perhaps if the masses satisfy certain algebraic relationships. The 6th Smale problem for the 21st century is the finiteness of number of planar central configurations for any combination of positive masses. The problem was posed by Chazy in 1918, then by Wintner 1941. Hampton and Moeckel resolved it in 2004 when n = 4. We begin by proving their result in a simpler way. 18 APRESENTAÇÃO ORAL FINITUDE E BIFURCAÇÕES DE CONFIGURAÇÕES CENTRAIS NO PROBLEMA DOS N-CORPOS Jean Fernandes Barros DEXA, UEFS, Brasil Expomos uma nova técnica para contar configurações centrais e estudar bifurcações de configurações centrais no problema dos n-corpos. Esta técnica é inspirada no Método de Vincent, via transformações de Möbius, para separar raízes de equações polinomiais, conjuntamente, com a Regra de Sinais de Descartes. APRESENTAÇÃO ORAL MODEL AND NUMERICAL STUDY OF TWO-BODY TETHERED SATELLITES NEAR L2 OF THE RESTRICTED THREE BODY PROBLEM Stuchi, T. J,1 Baião, M.F.2 1 2 IF/UFRJ, Rio de Janeiro -RJ - Brasil OV/UFRJ, Rio de Janeiro - RJ - Brasil This talk analyses the dynamic evolution of satellites formed by two masses connected by a cable–tethered satellites. We derive the Lagrangian equations of motion in the neighborhood of the collinear equilibrium points, especially for the L2, of the restricted problem of three bodies. The rigid body configuration is expanded in Legendre polynomials up to fourth degree. We present a rather detailed numerical study of the influence of the parameters such as cable length, mass ratio and initial conditions in the behavior of the tethered satellites. The equation for the collinear equilibrium point is derived and numerically solved. We have also determined the linear nature of the equilibrium points and a preliminary study of the non-linear periodic orbits around them. The numerical applications are focused on Earth-Moon and Sun-Earth systems. However, the general character of the equations allows applications to the L1 equilibrium and obviously to systems other than these. 19 PALESTRA CONVIDADA FORMATION AND EVOLUTION OF OUR SOLAR SYSTEM: SOME HINTS FOR UNDERSTANDING THE GREAT DIVERSITY OF EXTRA-SOLAR SYSTEMS. A. Morbidelli Observatoire de la Cote d'Azur, Nice, France In the last 10 years we have focused our work to reconstruct the evolution of our solar system, from the phase dominated by the interactions of the planets with the proto-planetary nebula up to the current time. We have now build a quite coherent scenario of the solar system evolution that allows us to explain most of its current properties. This scenario will be detailed at this conference. It shows that the current structure of the solar system is due to a sequence of specific "accidents". Thus, we can ask ourselves the question of what would our system look like if some of these "accidents" had not occurred or had they occurred differently. This exercise suggests some venues to explain the great diversity in the structures of the extra-solar planetary systems observed to date. APRESENTAÇÃO ORAL MASSES OF LONG PERIOD COMETS DERIVED FROM NONGRAVITATIONAL ORBITAL PERTURBATIONS A. Sosa1, J.A. Fernández1 1 Depto. de Astronomía, IFFC-UDELAR, Uruguay Non-gravitational forces are due to the anisotropic sublimation of the cometary nucleus ices when the comet enters the inner solar system, being the water the principal volatile molecule within 3 AU from the Sun. These perturbations may play a role in the dynamical evolution of comets approaching the Sun. For orbit determination, the Marsden symmetric model or the Yeomans-Chodas asymmetric model are used to simulate the non-gravitational perturbation. We derived masses for a sample of longperiod comets (orbital periods P > 1000 yr and perihelion distances q < 2 AU; hereafter LPCs) which show a quasi-symmetric light curve (i.e. heliocentric visual magnitud as function of time) with known non-gravitational parameters. The non-gravitational 20 parameters A1, A2, A3 (radial, transverse and normal components), and DT (time offset of the maximum brightness) have been derived by Marsden & Williams and Yeomans & Yeodas from the best-fitting orbital solutions. From the initial sample of LPCs we extracted those with a good quality light curve. We also demanded that the light curve varies smoothly with time (e.g. comets which shows evidence of notorious outbursts were dismissed), as well as both the preand post-perihelion branches of the light curve had enough photometric observations to ensure a good coverage during the most active period of the comet. Based on the whole dataset of observed visual magnitudes and water production rates (compiled from several sources), we studied the correlation between both quantities. By means of the studied correlation between water production rates and visual magnitudes we also extended the method to those LPCs without measured water production rates but known non-gravitational parameters and the required light curve conditions fulfilled . We will discuss here the reliability of the derived masses and its consistency with other physical parameters (gas production rate, fraction of active area). APRESENTAÇÃO ORAL REVISITANDO O CENÁRIO DE CAPTURA DE TRITÃO Nogueira E.C.1,2, Gomes R.S.1 , Brasser R.3 1 2 Observatório Nacional - ON/MCT Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil 3 Observatoire de la Côte d'Azur, França Neste trabalho nós desenvolvemos um procedimento para simular a dinâmica de captura e pós-captura de um satélite planetário durante o período de migração planetária. Nós integramos numericamente as equações de movimento para o problema restrito de três corpos (sistema: planeta-binário) usando o algorítmo Mercury e estudamos o efeito da maré planetária sobre a órbita do satélite capturado. Para este estudo, tomamos como base o Modelo de Nice e, assumimos que os “candidatos a Tritão” poderiam ser membros de sistemas duplos de planetesimais que tiveram encontros próximos com Netuno durante o período de migração planetária. Depois de simularmos o período de migração planetária, nós filtramos os encontros ocorridos entre os planetesimais e Netuno e usamos este resultado para criar condições iniciais para o sistema binário. Em seguida, nós criamos 4 diferentes grupos de sistemas binários com razão de massa igual a 1-0.,1, 1-0.3, 1-1 e 3-1 massas de Tritão. Nós estudamos todos os encontros ocorridos entre o sistema binário e o planeta e selecionamos os satélites capturados com massa igual à massa de Tritão. Depois de analisado o efeito de maré sobre a órbita dos satélites capturados, verificamos quais os satélites apresentam, ao final da evolução, 6R_N < q < 8R_N e 150º < i < 160º e, a 21 partir daí, nós podemos calcular a probabilidade de Tritão ter sido capturado através de um mecanismo de três corpos durante o período de migração planetária. APRESENTAÇÃO ORAL A ORIGEM DO OBJETO 2004 XR190 A PARTIR DO DISCO ESPALHADO PRIMORDIAL Rodney S. Gomes Observatório Nacional, Brasil O objeto transnetuniano 2004 XR190 (Buffy) está localizado além do cinturão de Kuiper clássico, tem uma alta inclinação (46.7°) e uma comparativamente baixa excentricidade (0.106). A origem desta órbita não usual tem sido creditada a perturbações de uma suposta estrela passante, um planeta intruso ou dinâmica ressonante. É um fato conhecido que objetos espalhados podem ser capturados em ressonâncias de movimento médio com Netuno as quais, associadas à ressonância Kozai, produzem oscilações acopladas de alta amplitude da excentricidade e inclinação do objeto capturado. Isto sugere um possível mecanismo para produzir a órbita de 2004 XR190. O problema, no entanto, é que Buffy não se encontra hoje em nenhuma ressonância de movimento médio com Netuno. Neste trabalho, eu apresento evidências de que 2004 XR190 foi no passado um objeto espalhado que durante algum tempo esteve capturado em ressonância 3:8 com Netuno e eventualmente escapou da ressonância enquanto Netuno ainda migrava. Também mostro que a excentricidade e inclinação atuais de 2004 XR190 estão bem de acordo com o esperado se este TNO realmente tivesse sofrido este mecanismo de captura e escape da ressonância. Outras importantes ressonâncias de movimento médio que também poderiam produzir órbitas similares a de Buffy são comparadas. APRESENTAÇÃO ORAL ON THE EXISTENCE OF A DISTANT SOLAR COMPANION AND ITS POSSIBLE EFFECTS ON THE OORT CLOUD AND THE OBSERVED COMET POPULATION J. A. Fernández Departamento de Astronomía, Facultad de Ciencias, Montevideo, Uruguay 22 We analyze the possible existence and detection of a distant massive solar companion. Such an object -if it exists- should be very faint in the visible, so its direct detection might depend on current or future infrared sky surveys, like WISE. Alternatively, its presence could be uncovered through its perturbing effects on nearby objects such as, for instance, Oort cloud comets. The question is whether a massive perturber moving in the Oort cloud can inject a number of extra comets in the inner planetary region large enough to be discernible in the comet sample currently available. We then estimate how putative solar companions of different masses and semimajor axes can perturb nearby Oort cloud comets causing an enhancement of the comet flux along the companion's path. We find that a companion of 5 Jupiter masses (MJ) can produce a signature detectable with the current record of observed new comets, provided that the Oort cloud contains a dense inner core of comets and that the distance of the perturber is smaller than 2 x 104 AU. A one-MJ perturber can produce a signature detectable in the current record only if its distance were smaller than ~2-3 x 103 AU. The sample of discovered new comets is found to be orders of magnitude too small to show to a significant level a signature caused by a Neptune-mass companion at any distance above ~103 AU. We also estimate that the Oort cloud will withstand the steady perturbing effects by a massive solar companion over the solar system age, with only a minor erosion, unless that the companion had a mass > a few MJ, and were at a distance < a few 103 AU. APRESENTAÇÃO ORAL ON THE FIRST ν6 ANTI-ALIGNED LIBRATING ASTEROID FAMILY OF TINA V. Carruba1, A. Morbidelli2 1 FEG-UNESP, Brasil Université de Nice Sophia Antipolis, CNRS, France 2 Asteroid families are groups of bodies identified in the space of proper elements or of frequencies that share a common origin in the collisional break-up of their progenitors. Their dynamical evolution is shaped by the interaction with the local web of mean-motion and secular resonances and by non-gravitational effects such as those called “Yarkovsky” and “YORP”. Thus, obtaining information on their age and original ejection velocity field is generally a difficult task. Recently two families were 23 found to have a large fraction of members in the non-linear secular resonance z1: the Agnia and the Padua families. Conserved quantities of the z1 resonance allowed for a more precise determination of their ages and ejection velocity fields. So far, however, no family was known to be in a linear secular resonance configuration, although individual asteroids were known to be in ν6 anti-aligned librating states. The ν6 resonance occurs when there is a commensurability between the frequency of precession of the pericenter of an asteroid and that of Saturn. As a consequence, in librating states the resonant argument oscillates around a stable point. In anti-aligned librating states the resonant argument oscillates around the stable point at 180o. Here we show that the newly identified Tina family is characterized by having all its members in such a state, making it the only family in the asteroid belt known to be completely embedded in a secular resonance configuration. This rare dynamical configuration limits the maximum eccentricity of Tina members, preventing them from experiencing Martian close encounters, and forming a stable island of a new dynamical type. The current dispersion of asteroid resonant elements suggests that the family should be at least ~2.5 My old, while Monte Carlo simulations including the Yarkovsky and YORP effects suggest that the Tina family should be 170+20-30 My old. PALESTRA CONVIDADA LINKS BETWEEN METEORITES Maria Eugenia Varela ICATE-CONICET, Argentina Non-chondritic meteorites, irons, stony irons and achondritic stones, are widely believed to be debris from differentiated planetesimals. Such parent bodies are believed to have formed very early in the solar system history by fast accretion, melting (e.g., from short-lived radio-isotopes like 26Al) and differentiation into a metallic core and silicate mantle and crust. In this scenario, iron meteorites represent samples of cores, stony irons the border zone between core and mantle and the achondrites the crust of planetesimals [e.g., 1-6)] Iron meteorites forms a highly heterogeneous class of differentiated meteorites. They are widely believed to be the products of smelting processes, either on a planetary scale (planetary iron cores, “igneous irons”) or on a planetesimal surface, small, impact-produced scale (“non-igneous irons” [7]) This model, however, has several serious short-comings [8]. For example, the origin of silicate inclusions -very abundant in IAB and IIICD irons- is a matter of ongoing debates. Their presence contradicts an origin of these irons from a differentiated molten core because immiscible liquid metal and silicate will gravitationally separate very rapidly [1]. Also, their chondritic mineralogy, bulk composition [9-13] as well as the chondritic abundances of lithophile elements indicates that the inclusions have not 24 undergone igneous differentiation. In addition they contain abundantly volatile elements, are rich in 129Xe [14-15] and contain planetary noble gases which are typically present in primitive chondrites [e.g., 16-20]. In addition, rare gases, C and N have several carriers instead of one [21-22] – indicating a relationship with primitive chondrites [e.g.,23]. Most IAB silicates and winonaites are mineralogically similar to chondritic meteorites [12] and a clear relationship is indicated by their identical O isotopic compositions [24]. Also, the silicates in IIE irons very closely resemble H chondrites [25], which strongly suggest a genetic association between H chondrites and IIE irons. In a similar way, the study of the silicate components in CR chondrites and Tucson (an ataxitic iron meteorite) [2] - showing oxygen isotopic similarities - led [26] to propose a common origin for these unique meteorites in a region of the solar nebular undergoing evolutionary changes. Recent compositional (major and trace element) studies of the silicate inclusions in Tucson [27-28] documents co-precipitation of metal and silicates from the solar nebula gas and precipitation of metal before silicates – in accordance with theoretical condensation calculations for high-pressure solar nebula gas [29]. The chondritic connection suggested by [26] appears to be supported as Tucson could be the most metal-rich and volatile-element-poor member of the CR chondrite clan. [1] Fish et al., (1960) Astrophys. J. 132, 243-258; [2] Buchwald, (1975) Handbook of Iron Meteorites. Univ. California Press, Berkeley; [3] Scott and Wasson, (1975) Rev. Geophys. Space. Phys. 13, 527-546; [4] Wasson, (1985) Meteorites - Their Record of Early Solar-System History. Freeman, New York, New York, 267pp; [5] Taylor, (1992) J. Geophys. Res. - Planets 97, 14717-14726; [6] Choi et al., (1995) GCA 59, 593-612: [7] Mittlefehldt et al., (1998) Non-chondritic meteorites from asteroidal bodies. In: Papike J. J. (ed.) Planetary Materials. Rev. Mineral., 36; [8] Kurat (2003) NIPR, Tokyo, 65-66; [9] Bunch et al., (1970) Contr. Mineral. Petrol. 25, 297-340; [10] Bild, (1977) GCA 41, 1439-1456; [11] Wlotzka and Jarosewich, (1977) Smithson. Contrib. Earth Sci. 19, 104-125; [12] Prinz et al., (1983) LPSC XIV, 616-617; [13] McCoy et al., (1993) Meteoritics 28, 552-560; [14] Alexander and Manuel, (1968) EPSL 4, 113-117; [15] Niemeyer, (1979) GCA 43, 843-860; [16] Bogard et al., (1971) GCA 35, 1231-1254; [17] Mathew and Begemann, (1995) GCA 59, 4729-4746; [18] Maruoka, (1999) Geochem. J. 33, 343-350; [19] Matsuda et al., (1999) NIPR, Tokyo, 99-101; [20] Maruoka et al., (2001) MAPS 36, 597-609; [21] Sugiura, (1998) MAPS 33, 393-409; [22] Asame et al., (1999) 24th, NIPR, Tokyo, 1-3; [23] Mostefaoui et al., (2000) GCA 64, 1945-1964; [24] Clayton et al., (1983) Ann. Rev. Earth Planet. Sci. 21, 15–149; 25 [25] Clayton and Mayeda, (1996) GCA, 60, 1999-2017; [26] Prinz et al. (1987) LPSC XVIII, 800-801; [27] Varela et al., (2010) LPSC 41st 1316.pdf; [28] Kurat et al., (2010) MAPS, Submitted; [29] Ebel (2006) in Meteorites and the Early Solar System II, Lauretta D.S and McSween H.Y. (eds.) University of Arizona Press, 253-277. APRESENTAÇÃO ORAL IS THE ORDINARY CHONDRITES PARADOX OVER? T. Mothé-Diniz1, F.L. Jasmin2, J.M. Carvano2, D. Lazzaro2, D. Nesvorny3, A. Ramirez4 1 OV, UFRJ, Brasil Observatório Nacional, Brasil 3 SWRI, USA 4 Universidad de La Serena, Chile 2 Originating from the time of the first spectrophotometric measurements of meteorites and asteroids, the ordinary chondrite paradox has been a recurring topic in planetary science in the past twenty years. Basically it is based on the lack of spectral analogs of the ordinary chondrites (OC) among the Main Belt asteroids, although present among the NEAs. Several hypothesis to account for the paradox have been published, all considering the effect of space weathering and different degrees of resurfacing on the asteroids surfaces. Here we discuss the OC paradox in face of the previous works from the literature, and further investigate this intriguing problem considering that the small-sized population of Main Belt asteroids has not yet been analyzed. We show spectroscopic observations of Main Belt asteroids with a size smaller than 5 km - similar to that of NEAs - performed with the 8-m Gemini telescope. At the same time we perform a statistical analysis of the fraction of spectral analogous to the OCs in the Main Belt and NEA populations using spectra obtained in large spectroscopic surveys. The main result of this work is that the vast majority of the Main Belt Sk- and Sq-class asteroids can be matched to OC meteorites in the visible part of the spectrum, suggesting that a considerable fraction of the OC material in the Main Belt is presently unweathered enough to be comparable to meteorite laboratory spectra. APRESENTAÇÃO ORAL (298) BAPTISTINA AND ITS FAMILY: AN OBSERVATIONAL AND 26 DYNAMICAL STUDY J.M. Carvano1, D. Lazzaro1, T. Mitchenko2, T. Mothé-Diniz3, V. Reddy4, M.J. Gaffey4 1 Observatório Nacional, Brasil 2 IAG-USP, Brasil 3 Observatório do Valongo, Brasil 4 University of North Dakota, EUA Mineralogical and dynamical analysis of members of the Baptistina Asteroid Family (BAF) has revealed a plethora of compositional types suggesting a complex formation and evolution environment. Detailed mineralogy of 16 BAF members shows several distinct surface assemblages including ordinary chondrites, primitive achondrites, basaltic achondrites, carbonaceous chondrites and a dark D-type object. Composition of (298) Baptistina, proposed as the source of K/T impactor by Bottke et al. (2007), is similar to LL-type ordinary chondrites rather than CM2 carbonaceous chondrites as originally thought.Further confirming this result Carvano & Lazzaro (2010) derived an albedo for (298) Baptistina to be 0.347. This albedo, derived from mid-infrared observations, rules out any possibility for the asteroid being the source of the K/T impactor as originally proposed by Bottke et al., (2007). Olivine and Pyroxene spectral bands of some BAF members are also suppressed compared to typical S-type asteroids. We suspect this could be due to the presence of metal as the measured albedo of some BAF members is moderate (0.14-0.33) ruling out the presence of carbon, which typically lowers the albedo. Dynamical analysis using Hierarchic Clustering Method shows that the effects of resonances disperse the family making it nearly impossible to recognize from the background population. Compositional and dynamical evidence suggests that Gaffey S(III) and S(IV) subtype members (including Baptistina) might be related to background S-asteroids from the Flora clan, while the basaltic asteroids might be from Vesta. This leaves only the suppressed single absorption asteroids, which could be compositionally similar to CO3 carbonaceous chondrites or ureilites (depending on their albedo). Based on this we propose three possible mechanisms to explain the compositional diversity and dynamical evolution of the Baptistina asteroid family, a) the S(IV) asteroids including Baptistina are part of an ordinary chondrite parent body with the rest being interlopers, b) a partiallydifferentiated body in which the S(III) and S(IV) subtyes would be genetically-linked and metal would be the suppressing agent, c) parent body with spectrally neutral material (suppresses the bands but has moderate albedo) contaminated with ordinary chondrite material from Flora population. PALESTRA CONVIDADA OS EXOPLANETAS COROT 27 S. Ferraz-Mello IAG, USP, Brasil A missão espacial CoRoT lançada em Dezembro de 2006 e devendo estender-se até o final de 2013 tem como um de seus objetivos a descoberta de exoplanetas. Até agora já foram anunciados 13 exoplanetas descobertos, além de 2 anãs marrons (CoRoT-3b e CoRoT-15b). Os planetas descobertos são em sua maioria do tipo Júpiter quente (como também o são 4 dos 5 planetas até agora anunciados pela missão Kepler e a quase totalidade dos 68 planetas descobertos a partir de telescópios terrenos). Jupiteres quentes são planetas com massas da ordem da massa de Jupiter em órbitas distando menos de 0.1 UA da estrela central. Os demais apresentam grande diversidade: Temos CoRoT-14b, um gigante com massa 7 vezes a massa de Júpiter; CoRoT-9b, un Jupiter em uma órbita similar à de Mercúrio e período 95 dias; CoRoT-8b, um Saturno quente ao redor de uma anã K1; CoRoT-7b, uma super-Terra quente cuja massa é cerca de 8 vezes a massa da Terra em uma órbita colada à estrela central - apenas 4 vezes o raio da estrela. A maior importância dos planetas descobertos por meio de trânsitos e confirmados por medidas de velocidades radiais, é que deles é possível conhecer tanto a massa quanto o raio, e portanto verificar a diversidade de densidade dos Jupiteres quentes descobertos: entre os 0.22 g/cm3 de CoRoT-5b e 7.26 g/cm3 de CoRoT-14b. A observação da estrela CoRoT-7a com o espectrógrafo de alta precisão HARPS (no ESO), revelaram também um segundo planeta de massa pouco maior que o primeiro (13-14 Terras). A análise das velocidades radiais dessa estrela é bastante dificultada pela sua grande atividade. CoRoT-7b está muito próximo a estrela (0.017 AU) e deve sofrer grande influência térmica e gravitacional (marés). A influência gravitacional deve, no passado, ter circularizado a órbita do planeta e sincronizado sua rotação (ressonância spin-orbita). A sincronização produz grande assimetria entre os lados iluminado e escuro do planeta. A temperatura do lado iluminado sobe a 2600 K, o que provoca a fusão das rochas resultando em um oceano de magma que se estima profundo de 60 km. Em contraposição, o lado escuro é muito frio (50 K). Atualmente, ambos os planetas devem ter excentricidades próximas de zero e o calor produzido pela maré no interior de CoroT-7b é insignificante. Mas nas fases imeditamente anteriores à circularização da órbita, o calor dissipado deve ter sido imenso com um fluxo através da superfície superior a 1-10 w/m2, capaz de provocar intenso vulcanismo. APRESENTAÇÃO ORAL DYNAMICS OF EQUILIBRIUM ROTATION OF SUPER-EARTHS N. Callegari Jr.1, T. Yokoyama 1 28 1 Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP – Univ. Estadual Paulista, Departamento de Estatística, Matemática Aplicada e Computação We investigate the dynamics of the rotation of exoplanets around several spinorbit resonant states. We suppose the existence of quadrupole permanent structure of terrestrial-like planets whose translational periods are of the order of a few days. In our model, the equilibrium rotation of the planet is dominated by the torque of the central star on the non-spherical shape of the planet. We show analytically the possibility of chaotic rotation of super-Earths with large equatorial prolateness and eccentric orbits (e.g. e>0.1). In more realistic scenarios (i.e., circular orbits and prolateness close to zero), the domains of 2:1, 3:2 and 1:1 states are regular. We use surfaces of section and spectral analyses in order to numerically confirm our analytical results. We focus our attention on the dynamics of GJ 1214b, CoRoT-7b, GJ 581g. In this work we also present the first results of simulations including the gravitational perturbations of a hypothetical outer planet on the rotation of an inner planet. APRESENTAÇÃO ORAL IDENTIFYING TWO PLANETS IN COORBITAL MOTION THROUGH RADIAL VELOCITY ANALYSIS C. A. Giuppone1, C. Beaugé1 1 Observatorio Nacional de Córdoba, UNC, Argentina In a previous work (Giuppone et al., 2010) we identified three families of periodic orbits (ACR) for two planets in coorbital motion: quasi-satellite (QS) orbits, the classical equilateral Lagrangian points (L4 / L5) and a new regime of asymmetric periodic solutions that we named Anti-Lagrangian solutions. In this presentation our aim is to clarify the conditions for identification of such orbits trough radial velocity analysis. We choose 3 nominal solutions near ACRs with small amplitude of oscillation. From each nominal solution, we generate a synthetic RV curve mimicking the star movement around the barycenter of the system, using a Nbody integrator. Once the synthetic curve is generated, we construct a discrete sampling choosing N observation times ti distributed randomly according to a homogeneous distribution. At each point, we calculate an RV value as a random displacement from the nominal velocity, following a Gaussian distribution with constant variance σ2. The resulting synthetic data set will consist of three columns (ti, Vri, σ) and will be used as input in our orbital fitting procedure. We compare different orbital fits for synthetic data sets: single planet fit, two planets in coorbital motion fit and two planets in a 2/1 Mean-Motion Resonance 29 (MMR). In all sets generated we find that the residuals from two-planets in coorbital motion are almost indistinguishable from those obtained with a single planet, while 2/1 MMR solution leads to higher residuals. APRESENTAÇÃO ORAL EVOLUÇÃO DINÂMICA DO SISTEMA COROT-7 ATRIBUÍDA AO EFEITO DE MARÉ A. Rodríguez Colucci 1, S. Ferraz-Mello1, T. A. Michtchenko1, C. Beaugé2, O. Miloni3 1 2 IAG-USP, Brasil Observatorio Astronômico de Córdoba, UNC, Argentina 3 Universidad Nacional de La Plata, UNLP, Argentina O sistema planetário CoRoT-7 possui duas super-Terras quentes orbitando uma estrela tipo Sol. A configuração orbital atual indica um passado dinâmico fortemente influenciado pelo efeito de maré. Integrando numericamente as equações exatas do movimento, mostramos os processos de decaimento orbital e circularização atribuídos ao efeito de maré no planeta interno. Após a circularização, a maré na estrela é a única fonte responsável pela migração de CoRoT-7b, que pode atravessar o limite de Roche em aproximadamente 1.6 bilhões de anos (dependendo dos parâmetros da dissipação na estrela). A evolução dinâmica devido aos efeitos combinados da interação secular e efeito de maré, pode também ser estudada através da análise das soluções estacionárias das equações médias do movimento. Mostramos que, no plano das excentricidades, é possível obter uma curva que representa o caminho médio seguido pelo sistema durante o processo migratório do planeta interno. APRESENTAÇÃO ORAL OCULTAÇÕES PARA ESTUDO DE OBJETOS DO SISTEMA SOLAR R. Vieira Martins1, M. Assafin2, J.I.B. Camargo1, F. Braga-Ribas1, A.D. de Oliveira2, A.H. Andrei1, D.N. da Silva Neto3, G.B. Rossi1, F.P. Magalhães 1 1 Observatório Nacional/MCT,Brasil Observatório do Valongo/UFR, Brasil 3 Universidade Estadual da Zona Oeste/RJ, Brasil 2 30 As ocultações de estrelas por objetos do Sistema Solar, assim como ocultações e eclipses mútuas, consistem numa excelente ferramenta para conhecer existência e características de atmosferas tênues (da ordem do nanobar) assim como formas e posições precisas (da ordem do milisegundo de arco) dos corpos ocultadores. Há mais de 5 anos, temos participado ativamente em campanhas internacionais envolvendo diferentes tipos de ocultações. Elas abrangem ocultações de estrelas por objetos transnetunianos, satélites de planetas, planetas, fenômenos mútuos (ocultações e eclipses entre satélites de planetas e asteróides e seus satélites). Além disso, temos feito um trabalho sistemático de previsões de ocultações a médio prazo (5 anos) e principalmente a curto prazo (a partir de 30 a 60 dias antes da ocorrência do evento). Este trabalho de ocultações é feito em colaboração com pesquisadores de várias partes do mundo cabendo destacar o Dr. B. Sicardy (Obs. Paris-Meudon), Dr. P. Descamps (IMCCE) e o Dr. F. Marchis (U. Berkeley). Nosso trabalho consiste em observações, redução e análise dos objetos envolvidos em ocultações tanto antes e depois dos fenômenos assim com das ocultações propriamente ditas quando ocorrem no território brasileiro. Entre os resultados já obtidos com a nossa participação, temos: - medida do diâmetro de Caronte; - posição relativa de Plutão-Caronte; - estudo da atmosfera de Plutão; - análise dos asteróides múltiplos 90 Antiope, 121 Hermione, 617 Patroclus, 4492 Debussy; - re-determinação do diâmetro e achatamento de Ceres; - medida do diâmetro e forma do TNO 20000 Varuna; - determinação da deriva em declinação de Plutão e erro na sua distância heliocêntrica; - previsão de ocultações de estrelas por Plutão e seus satélites até 2015; - previsão de ocultações dos maiores TNOs até 2015; - observação e análise dos fenômenos mútuos dos satélites de Urano e Júpiter. APRESENTAÇÃO ORAL ESTUDO DA ESTRUTURA ESPIRAL DA GALÁXIA BASEADO NOS ARRANJOS DE ÓRBITAS ESTELARES T. C. Junqueira1, J. R. D. Lépine1 1 IAG, USP, Brasil Nosso objetivo é estudar a estrutura espiral da nossa galáxia, por meio da análise das órbitas estelares que sustentam a existência de braços. Partimos do princípio de que 31 a estrutura espiral é um fenômeno basicamente controlado pelas órbitas das estrelas no disco galáctico. Estas órbitas apresentam um certo grau de organização, no sentido de que suas características (como sua orientação no espaço) variam de forma lenta e contínua em função do raio galáctico. As regiões de mais alta densidade estelar constituem um poço de potencial gravitacional, o qual damos o nome de braços espirais, ou simplesmente braços quando esses não tem uma forma espiral bem definida. A imensa diversidade de estruturas espirais observadas reflete a grande variedade de arranjos organizados de órbitas estelares que são possíveis. Esta variedade constitui um avanço com relação a teoria clássica dos braços espirais, de Lin e Shu (1969). O que iremos apresentar nesse trabalho são orbitas que produzem excessos de densidades em alguns pontos, excessos estes que alteram as órbitas estelares, por serem perturbações no potencial gravitacional. O potencial obtido a partir da curva de rotação (velocidade orbital em torno do centro galáctico em função do raio galáctico) é o que denominamos por potencial gravitacional ou axissimétrico. Entretanto o que denotamos por perturbação é o potencial gravitacional devido aos braços espirais ou não axissimétricos, geralmente descritos por senoides. Desta forma definimos a equação de Hamilton, obtida para Galáxia, usando um potencial total que é descrito pela soma de dois potenciais (axissimétrico + braços). As órbitas resultantes da aplicação da perturbação devem ser as mesmas que as inicialmente propostas, o que garante longa sobrevivência da estrutura. O conjunto de órbitas é constituído de órbitas fechadas apenas quando estas são observadas num sistema em rotação, com velocidade angular p, dita velocidade de rotação do padrão espiral. Para encontrar tais órbitas fazemos uso da seção de Poincaré, uma das ferramentas mais utilizadas em analises de dinâmica orbital. O progresso no entendimento da natureza dos braços espirais e dos efeitos causadores dos mesmos tem sido muito lento. Raros são os pesquisadores que procuram respostas a questões de base, como por exemplo, quais são as circunstâncias que determinam a velocidade de rotação do padrão espiral. Nosso objetivo no presente trabalho é aprofundar o conhecimento dos parâmetros que definem um conjunto organizado de órbitas, das relações entre estes parâmetros, e das circunstâncias que deram origem a determinadas estruturas espirais. 32 PAINÉIS 33 ASTROFÍSICA DO SISTEMA SOLAR 35 PÔSTER #01 ESTUDO DAS PROPRIEDADES ROTACIONAIS DE NEOS (NEAR EARTH OBJECTS) J. Gonzales1, D. Lazzaro1 1 Observatório Nacional, Brasil Embora a grande maioria dos asteroides tenha órbita entre as de Marte e Júpiter, existe uma população não desprezível de pequenos corpos cuja órbita chega a cruzar a dos planetas internos. Exatamente por essa característica a população dos NEOs – Near Earth Objects – tem órbitas instáveis, com uma vida dinâmica média menor do que a idade do Sistema Solar, precisando, portanto, de ser continuamente re-abastecida de novos objetos, muito provavelmente provenientes do Cinturão Principal de asteroides. O presente trabalho visa identificar as regiões mais plausíveis para a origem dos NEOs a partir do estudo comparativo das propriedades rotacionais das diversas populações do Cinturão Principal. Vamos aqui apresentar estudos estatísticos da distribuição dessas propriedades para conjuntos diversos de objetos, tanto do Cinturão Principal, quanto dos NEOs, e analisar como essas distribuições podem fornecer indícios importantes sobre a formação e evolução da população dos NEOs, a qual conta com cerca de 480 objetos com propriedades rotacionais determinadas, de uma população de cerca de 7200 objetos. Pretendemos incluir nas amostras também dados obtidos pelo grupo tanto no LNA quanto com o novo telescópio do projeto IMPACTON. PÔSTER #02 DEFININDO CLASSES TAXONOMICAS PARA O SDSS-MOC4 E S3OS2 UTILIZANDO O G-MODE P. H. Hasselmann1, J. M. Carvano1, D. Lazzaro1 1 Observatório Nacional, MCT, Brasil A taxonomia de asteroides é uma ferramenta essencial no melhor entendimento da heterogeneidade espectral e no mapeamento da distribuição de composições no Cinturão Principal. Nosso objetivo é desenvolver uma nova taxonomia para a amostra de asteroides dos mapeamentos SDSS e S3OS2 buscando encontrar novos padrões espectrais e definir novas classes além das classes já conhecidas. Para isto decidimos 37 utilizar o Método Estatístico G-mode que discerne as aglomerações no espaço das variáveis significativas de uma amostra. O G-mode foi pela ultima vez utilizado para definir classes taxonômicas de asteroides por Barucci et al. (1987). Sua amostra continha apenas 438 asteroides. Comparado a isto, os resultados dos surveys SDSS-MOC4 e S3OS2 que somam 104,449 e 820 asteroides observados respectivamente, são muito mais robustos. Portanto, trabalhando com uma amostra maior esperamos poder encontrar novas classes. Em linhas gerais, o G-mode funciona da seguinte forma: A primeira parte do método busca o primeiro agrupamento a partir dos três elementos mais próximos no espaço N-dimensional das variáveis da amostra. E depois calcula o parâmetro G para cada elemento em relação ao “baricentro”. Se este parâmetro é menor que o valor limitante q, aquele elemento pertence ao agrupamento. Este procedimento é repetido até sobrar no mínimo três elementos. Na segunda parte, calculam-se as variáveis significativas para a definição das classes, e as distâncias entre os agrupamentos. Por fim, apresentaremos uma descrição detalhada do método, sua implementação e dificuldades computacionais relacionadas com o tamanho da amostra. PÔSTER #03 EFEITO YARKOVSKY EM FAMÍLIAS DIFERENCIADAS W. S. Martins Filho¹, T. Mothé-Diniz¹ 1 Observatório do Valongo, UFRJ, Brasil O projeto tem por finalidade estudar o efeito que variações da densidade, albedo e inércia térmica provocam no Efeito Yarkovsky. Por Efeito Yarkovsky entende-se o efeito da re-irradiação térmica de um corpo, causando alterações em seu movimento orbital, uma primeira referência pode ser encontrada em Peterson(1976). Atualmente atribui-se a este efeito diversos fenômenos conhecidos, tais como o transporte de corpos para ressonâncias e o espalhamento em semi-eixo maior de objetos pertencentes a famílias de asteróides. Asteróides são corpos pequenos, isto é, com diâmetro menor do que 1000 Km, que não possuem potencial para atividade cometária e são remanescentes do processo de formação planetária. Assim, utilizando o formalismo de Vokrouhlický (1998a, 1998b, 1999, 2001) e as equações da variação do semi-eixo maior explicitadas em Bottke et al. (2006), modifiquei as equações a fim de explicitar as propriedades físicas como variáveis, e estudar as consequências dessas variações. Gerei gráficos que demonstram a variação do semi-eixo maior no tempo versus as propriedades físicas. Logo, apliquei esse estudo a uma família de asteróides diferenciada, cujas propriedades físicas de cada membro são distintas, analisando como varia o Efeito Yarkovsky na mesma. 38 O próximo passo será comparar os meus resultados gerados pela simulação com os estudos desenvolvidos por Vokrouhlický et al. (2001, 2006). Poderemos, assim, entender como estas famílias diferenciadas evoluem com o tempo o que permitirá distingui-las no Cinturão Principal, e compreender de que forma são modificados os seus elementos orbitais. PÔSTER #04 EFEITOS TÉRMICOS EM METEORITOS PRIMITIVOS T. Moura-Bastos1, T. Mothé-Diniz1 1 Observatório do Valongo, UFJ, Brasil Asteroides e cometas são corpos remanescentes da formação dos planetas do Sistema Solar. Fragmentos de asteroides que atingem a superfície terrestre são chamados de meteoritos. Uma classe de meteoritos denominada Condito é caracterizada pela preservação de suas propriedades desde a formação, isto é, sofreram pouco ou nenhum aquecimento. Este projeto trata da modelagem termodinâmica de condritos, em específico os carbonáceos CO, CV e CK, com o objetivo de simular o processo de diferenciação e verificar se eventos de aquecimento no Cinturão Principal poderiam transformar meteoritos de uma zona basicamente “primitiva” em corpos diferenciados. Para a modelagem térmica utilizamos o software MELTS desenvolvido por Mark Ghiorso (Asimow e Ghiorso 1998; Ghiorso e Sack 1995) para modelos de processos ígneos. Dada a composição de um meteorito, é possível simular a uma dada temperatura, pressão e fugacidade (fO 2), o aquecimento parcial. Para a composição usamos o banco de dados do programa MetBase de Jörn Koblitz. Para as composições de condritos CO e CV realizamos simulações para pressão e fugacidades distintas. Foram utilizadas fugacidades disponíveis no software e a pressão foi calculada em função do raio do corpo. Quanto à temperatura, foi fixado um intervalo (1000°C a 1620°C), o mesmo utilizado no trabalho Sunshine et al. (2007). Os resultados de Sunshine e colaboradores, produzidos utilizando este mesmo software, foram reproduzidos e a discussão estendida a demais valores de pressão. Em todos os resultados das simulações constatou-se a presença dos minerais olivina e clinopiroxênio. Para algumas fugacidades há também traços de ortopiroxênio. Em especial, as olivinas são ricas em magnésio, o que segundo Sunshine et al. (2007), é um indicativo de diferenciação parcial. Referências: Asimow, P.D. e Ghiorso, M.S. 1998. American Mineralogist 83, 1127-1132. Ghiorso, M.S. e Sack, R.O. 1995. Contributions to Mineralogy and Petrology 119, 197-212. 39 Jarosewich, E. 1990. Meteoritcs 25, 323-337 . Mothe-Diniz, T., Carvano,J.M., Bus, S.J., Duffard,R. e Burbine,T.H. 2008. Icarus 195,277-294 Sunshine, J.M.,Bus, S.J., Corrigan, C.M., McCoy, T.J. e Burbine, T.H. 2007. Meteoritics & Planetary Science 42, Nr 2, 155-170. 40 DINÂMICA DO SISTEMA SOLAR 41 PÔSTER #05 FORMAÇÃO DE EMBRIÕES PLANETÁRIOS UTILIZANDO O PENCIL CODE V. S. Alves1, E. Vieira Neto1 1 Departamento de Matemática, UNESP, Guaratinguetá, Brasil No modelo padrão de formação do sistema solar, a formação de planetas do tipo Terra, em aproximadamente 1 U.A., começa em um último estágio de evolução de um disco proto-estelar de acresção. No início, planetesimais de alguns quilômetros de diâmetro podem ser formados através do simples contato entre eles, sem a necessidade de efeitos gravitacionais, ou então por instabilidade gravitacional no disco de poeira. A colisão entre esses corpos formariam massas intermediárias como os asteróides e cometas até culminar com a formação de um planeta. Uma integração completa usando simulação de N corpos para a acresção de um corpo do tamanho da Terra a partir de planetesimais de escala quilométrica requer a integração simultânea de aproximadamente 1012 corpos por milhões de órbitas, o que está aquém da capacidade computacional atual. Outra forma de realizar essas simulações é utilizando métodos hidrodinâmicos onde a representação clássica dos elementos de massa pode ser representada por variáveis termodinâmicas, como a densidade (ou pressão), de forma que o seu movimento pode ser afetado pela posição de outras partículas próximas, através de gradientes de pressão, além da possibilidade do tratamento de colisões através de choques de elementos fluídos em que a colisão pode transformar velocidades relativas dos fluídos em energia térmica. O Pencil Code é um código de alta ordem de diferenças finitas usado em fluxos hidrodinâmicos compressíveis com campos magnéticos. Ele é altamente modular e pode ser facilmente adaptado para diferentes tipos de problemas. No nosso trabalho estudamos a influencia de diferentes distribuições de tamanhos (raios) de partículas sólidas para a formação dos embriões planetários em um disco de instabilidade de Kelvin-Helmholtz na presença de uma estrela central. A instabilidade de Kelvin-Helmholtz surge da diferença entre a velocidade de dois fluidos e aparece na natureza em diversos fenômenos. Simulamos as distribuições do tipo: n=1/r que representa a distribuição de partículas num sistema após um evento catastrófico; n=1/r2 distribuição após um evento intensamente catastrófico e n=ar+b representado a distribuição num sistema onde houve tempo para formação de partículas maiores por simples contato e adesão entre elas. n é o número de partículas e r é o raio delas. Após simulação e análise dos dados, concluímos que a distribuição linear se mostrou mais favorável à formação por apresentar maior concentração de gás e sólidos em uma determinada região do disco, além de ter apresentado o colapso (adensamento) em menor tempo. 43 PÔSTER #06 O SISTEMA TRIPLO DE ASTERÓIDES 2001SN263: DINÂMICA ORBITAL E REGIÕES DE ESTABILIDADE. R. A. N., Araujo1; O. C., Winter1,2; A. F. B. A., Prado1; A., Sukhanov1 1 INPE, Brasil UNESP-Guaratinguetá, Brasil 2 Sabe-se que a maior concentração de asteróides no sistema solar está entre as órbitas dos planetas Marte e Júpiter, formando o conhecido cinturão de asteróides. No entanto, uma pequena parcela destes pequenos corpos possui órbitas que podem cruzar a órbita do planeta Terra, são os chamados "Near Earth Asteroids" ou NEAs. Dentre os NEAs destacam-se os sistemas de asteróides binários e triplos. Em fevereiro do ano de 2008 foi anunciado que o asteróide 2001SN263 tratava-se na verdade de um sistema triplo de asteróides composto por corpos de aproximadamente 2,0 km, 1,0 km e 0,5 km. Por ser um NEA do tipo Amor, este é o primeiro sistema triplo de asteróide conhecido a sofrer aproximação com a Terra, e a cruzar a órbita do planeta Marte. Outra particularidade deste sistema é que os três asteróides possuem diâmetros e valores de massas próximos, não tendo portanto um corpo maior e bem mais massivo que se destaca como corpo central. Além disso, recentemente o sistema triplo 2001SN263 foi escolhido como alvo da “Missão ASTER” que é a primeira missão brasileira de espaço profundo, o que justifica o maior interesse em conhecer a dinâmica deste sistema. No presente trabalho apresentamos os resultados de estudos numéricos, utilizando o integrador numérico Gauss-Radau, no qual analisamos a dinâmica do sistema devido apenas à perturbação mútua entre os asteróides (problema de 3 corpos), e quando consideramos o sistema perturbado pelo Sol e pelos planetas Terra, Marte e Júpiter (7 corpos). Efeitos devidos á encontros próximos e ressonâncias são discutidos. Apresentamos ainda o estudo das regiões de estabilidade dentro deste sistema. Para isso consideramos nas integrações os 7 corpos citados acima e milhares de partículas espalhadas aleatoriamente nas regiões vizinhas aos asteróides, e então monitoramos as partículas que colidem, ou escapam ou que sobrevivem pelo período de 200 anos, definindo assim regiões de estabilidade e instabilidade dentro deste sistema, e dando uma importante orientação para a futura missão espacial que explorará o sistema. PÔSTER #07 EFEITOS DE TORQUES GRAVITACIONAIS NA DINÂMICA DE ASTERÓIDES MÚLTIPLOS 44 L. A. G. Boldrin1, O. C. Winter1, E. Vieira Neto1, R. S. Gomes2 1 FEG, UNESP, Brasil Observatório Nacional, Brasil 2 Através da sonda espacial Galileu, foi descoberto o primeiro sistema múltiplo de asteróides, sistema este composto pelo asteróide (243) Ida e seu satélite Dactyl (Chapman et al. 1995). Até então, são conhecidos aproximadamente 192 sistemas múltiplos, sendo 8 deles com mais de dois objetos. No ano de 2004, através de observações feitas da Terra, com utilização de óptica adaptativa, foi descoberto o primeiro sistema triplo de asteróides. Trata-se do sistema (87) Sylvia, que é composto pelo asteróide Sylvia e seus dois satélites Rômulo e Remo (Marchis et al., 2005). O estudo dos asteróides múltiplos é uma grande chave para o estudo do passado de nosso sistema solar, visto que os mesmos são remanescentes da formação dos planetas. Partindo dessa motivação, realizamos sobre a dinâmica do sistema (87) Sylvia no qual estudamos, por meio de simulações numéricas, a dinâmica dos satélites de Sylvia perturbados pelo Sol e por Júpiter (Winter et al, 2009). Neste estudo foi mostrado que Rômulo e Remo sofrem fortes perturbações seculares provenientes do Sol e de Júpiter, que poderiam desestabilizá-los. Descobrimos também que o achatamento (J2) do corpo central é de extrema importância na estabilidade dos satélites. Partindo desse resultado, decidimos fazer uma análise mais minuciosa do problema em questão. Para isso, nós realizamos simulações considerando o movimento de atitude do asteróide central. Este movimento de atitude é ocasionado pelos torques causados por seus satélites, Sol e planetas. Apresentaremos neste trabalho uma sucinta abordagem teórica de nosso modelo, alguns testes de nossa ferramenta computacional e um estudo de dois sistemas triplos de asteróides conhecidos. Os sistemas estudados foram (87) Sylvia e (45) Eugenia, e os resultados nos mostrou que o movimento de atitude do corpo central tem pequena influência no movimento orbital de seus satélites. Concluímos também que os principais torques sofridos pelo corpo central são ocasionados pelo Sol e por seu satélite de maior porte. PÔSTER #08 DINÂMICA DOS SATÉLITES DE JÚPITER DURANTE A MIGRAÇÃO PLANETÁRIA P. I. O. Brasil1, T. Yokoyama 2, R. Deienno3, É. C. Nogueira4,5 2 1 Depto. de Física, UNESP- Rio Claro, Brasil Depto. de Estatística, Matemática Aplicada e Computação, UNESP- Rio Claro, Brasil 45 3 Divisão de Mecânica Espacial e Controle - DMC, INPE, S. J. dos Campos, Brasil Grupo de Pesquisa em Astronomia - Observatório Nacional, Rio de Janieiro, Brasil 5 Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil 4 Neste trabalho investigamos a estabilidade de satélites regulares de Júpiter, submetidos a um cenário de migração planetária descrita pelo modelo de Nice. A metodologia utilizada é análoga a adotada para o estudo de satélites de Urano (Deienno e outros), isto é, integramos o modelo e construímos um banco de dados que guarda discretamente toda a dinâmica da migração dos planetas gigantes, bem como os encontros de planetesimais com Júpiter. Através de uma técnica de interpolação reproduzimos tal dinâmica, mas desta vez agregamos os satélites galileanos a Júpiter e também regulares fictícios além de Callisto. A razão de incluir tais fictícios se deve ao fato que o semi-eixo crítico (aC) de Júpiter é 33,4RJ e, no entanto, entre Callisto (a=26,3RJ) e o aC não existe nenhum outro satélite. Assim, desejamos examinar qual seria o último satélite regular de Júpiter capaz de suportar os principais efeitos da migração planetária por um período de 25 milhões de anos. Em nossas integrações numéricas levamos em conta e calculamos a energia dos impactos de planetesimais com satélites. Assim, podemos estimar a quantidade de massa ejetada como detritos destas colisões. Em nossos primeiros experimentos verificamos que o total de detrito gerado está entre 5% e 15% da massa atual de Callisto. Mostramos então que, em geral, Callisto é o satélite regular mais distante de Júpiter a sobreviver aos efeitos da migração e que os fictícios colocados além dele são muito afetados por colisões com planetesimais, entre si e com os galileanos. No intuito de atenuar os valores de excentricidade e/ou inclinação, estamos realizandos testes que utilizam um disco de partículas geradas pelas colisões dos planetesimais em torno da região ~4RJ e ~30RJ, criando um efeito de fricção dinâmica na região habitada pelos regulares. No modelo de Nice, Júpiter quase não tem encontros planetários, então o processo de captura de satélites irregulares sugerido por alguns autores (Nesvorný, D. et al. 2007) não se aplicaria para este planeta. Sendo assim, também mostramos a plena possibilidade de captura de planetesimais, os quais gerariam os atuais satélites irregulares de Júpiter, mesmo que este não tenha muitos encontros planetários. Alguns dos elementos orbitais dos satélites capturados podem ser explicados teoricamente com base num sistema médio onde a ressonância de Kozai-Lidov desempenha papel de destacada importância. Agradecimentos: FAPESP (processos: 2008/56961-0 e 2006/04997-6) CNPq (processo:306276/2007-0) 46 PÔSTER #09 POSSIBLE DYNAMICAL ORIGIN OF THE DUST ON THE SURFACE OF IAPETUS C. B. Briozzo1, A. M. Leiva2,3 1 Facultad de Matemática, Astronomia y Física, UNC, Argentina 2 Observatorio Astronómico de Córdoba, UNC, Argentina 3 Instituto de Astronomia Teórica y Experimental, IATE, Argentina It is well known that Iapetus, natural satellite of Saturn, shows a surface with two well defined coloring patterns. Most of the hemisphere in the motion apex direction is dark, with albedo values around 0.04, while the rest of the surface shows much brighter regions with albedo values around 0.5. There are several models which aim to explain this phenomenon, such as complex mechanisms of selective sublimation of the equatorial ice and migration towards the poles (thermal segregation), a possible impact combined with vulcanism, and dynamical channels injecting dust from outside the Saturn-Iapetus system. The last case gained relevance with the discovery in 2009 of a large dust ring around Saturn. Dust particles could be deposited on Iapetus' surface through dynamical mechanisms involving the outer satellite Phoebe, whose orbit lies at least partly inside the new ring, though these mechanisms are still unclear. In this work we implement the three-dimensional Circular Restricted Three-Body Problem to model the motion of dust particles entering the Saturn-Iapetus system. For a range of values of the Jacobi constant corresponding to low energy trajectories, we perform numerical integrations to find the corresponding impact distributions on the surface of Iapetus. The results show asymmetric distributions of deposited dust with features similar to those observed on the satellite. PÔSTER #10 A EVOLUÇÃO ORBITAL UM ANEL DE PARTÍCULAS AO REDOR DA TERRA SUJEITO AS PERTURBAÇÕES GRAVITACIONAIS E NÃO GRAVITACIONAIS C. C. Celestino1, Othon C. Winter2, A. F. B. A. Prado3 1 UFABC- Santo André UNESP – Guaratinguetá 3 INPE - São José dos Campos 2 47 O domínio pelo universo sempre fascinou o homem desde os primórdios dos tempos. Este domínio começou com o “pequeno” espaço ao redor da Terra. Com o avanço da tecnologia espacial, muitas missões surgiram. E com elas o grande aumento de objetos ao redor da Terra aconteceu naturalmente, sendo estes objetos operantes e não operantes. Objetos provenientes da explosão de um satélite, de restos de uma missão espacial, da colisão entre objetos artificiais são alguns exemplos para a contribuição do aumento destes objetos inoperantes. Estes objetos são denominados detritos espaciais. Assim, é relevante o conhecimento do fluxo e da dinâmica destes detritos espaciais que possam afetar o desempenho adequado de missões espaciais. Neste trabalho, primeiramente é feito um levantamento da situação atual sobre o problema de detritos espaciais. Seguindo, é feito um estudo da evolução orbital de um anel hipotético de partículas ao redor da Terra sujeito as diversas perturbações. As perturbações consideradas foram: a pressão de radiação solar, o geopotencial incluindo os coeficientes zonal J2 e o tesseral J22 e a força gravitacional da Lua e do Sol. Os resultados mostram que existem regiões com alta densidade de partículas e outras praticamente sem partículas em função do tempo. Isto sugere que deve haver um tempo de vida médio destas estruturas que possam aparecer no cinturão de partículas ao redor da Terra. PÔSTER #11 STUDY OF COORBITAL SATELLITE AROUND THE LAGRAGIAN POINT L5 OF THE SATURN A. P. M. Chiaradia1, O. C. Winter1, D. C. Mourão1, R. R. Cordero2 1 FEG/UNESP, Guaratinguetá, Brazil 2 UFV, Viçosa, Brazil The main objective of this work is to investigate the stability of the coorbital satellites systems of Saturn. Saturn is the only planet known to have coorbital satellite’s system. Tethys has Telesto oscillating around L 4 and Claypso around L5. Dione has Helene around its L 4 equilibrium point, and recent images from Cassini show the existence of a small satellite around L5 [1], [2]. Mimas and Enceladus have no coorbital satellite know yet. In the previous work the regions of triangular equilibrium lagragian point L4 of the Tethys and Dione have been studied, and also of the Mimas and Enceladus, in the order to investigate the possibility of their existence and also to determine the borders of the stable and unstable regions [3]. In this work, a study is done to the same cases, but around the triangular equilibrium lagragian point L 5. We 48 performed numerical simulations of 50 particles around point L 5 of four satellites cited above taking into account the pertubation of Mimas, Enceladus, Tethys, Dione Titan and the oblateness of Saturn. For that, the expoent Hurst H is used to measure the diffusion of the particles through the potency law [4], [5]. We spread 50 particles around the point L5 of four satellites. The particles were initially given the same orbital parameters as the reference satellites, but offset in longitude. The initial longitudes were uniformly distributed within ±20º around L5 of each satellite, limiting radially between the maximum and minimum possible distance to a tadpole orbit and subdividing the region in other smaller. We performed the integration of these systems for 10,000 yr. The expoent H is calculate with diffusion in major semi-axis, eccentricity and longitude. The results for all cases around L5 have been similar obtained in the regions around L4. References [1] C. D Murray, N. j. Cooper, M. W. Evans, K. Beurle. “S/2004 S 5: A new coorbital companion for Dione”. Icarus, V. 179, Issue 1, p. 222-234, 2005. [2] C.C. Porco et. al. “Cassini Imaging Science: Initial Results on Saturn's Rings and Small Satellites” Science, V. 307, Issue 5713, pp. 1226-1236 , 2005. [3] T. F. F. Rodrigues. “Mapeamento de difusão em satélites coorbitais de Saturno”. Dissertation of master degree in portuguese. FEG/UNESP, Brazil, 93p. 2007. [4] R. R. Cordeiro, L. A. Mendes de Sousa “. Anomalus diffusion in the first-order jovian resonance” Astronomy&Astrophysics, v. 439, p. 375-385, 2005. [5] D. C. Mourão, O.C. Winter, T. Yokoyama, R. R. Cordeiro. “On the stability hypothetical satellites coorbital to Mimas or Enceladus.” Mon. Not. R. Astron. Soc, 372, pp.1614-1620,2006. PÔSTER #12 DISTRIBUIÇÃO ORBITAL E SOBREVIVÊNCIA DE SATÉLITES DE URANO USANDO O MODELO DE NICE I R. Deienno¹, T. Yokoyama ², E. C. Nogueira3,4, N. Callegari Jr.² ¹ Divisão de Mecânica Espacial e Controle - DMC, INPE, Brasil ² Depto. Estatística, Matemática Aplicada e Computação, UNESP - Rio Claro, Brasil 3 Observatório Nacional, Rio de Janeiro, Brasil 4 Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil Durante a migração planetária, os planetas gigantes sofreram importantes encontros próximos. Considerando que os satélites regulares destes planetas são primordiais, estes devem ter sofrido as consequências de todos os encontros entre 49 planetas e planetesimais. Sendo assim, estudaremos a dinâmica de satélites regulares de Urano (atuais e fictícios). Adotaremos o modelo de Nice como padrão de migração. Dada a grande demanda de tempo computacional exigida para conduzir uma integração de satélites regulares inseridos diretamente no modelo de Nice, assim como a caoticidade do problema, primeiramente integramos um modelo onde apenas os planetas estão presentes e terminam sua migração próximos das posições atuais. Durante esta migração construímos um banco de dados com toda a evolução dos planetas e registramos todos os encontros ocorridos. Assim podemos via um interpolador recuperar as posições dos planetas durante a migração. Como os encontros de planetas com planetesimais também foram guardados, podemos agora integrar um sistema de satélites regulares sob a influência da migração e seus encontros, minimizando alguns problemas de tempo computacional e instabilidades. Nossos resultados mostram estatisticamente que Oberon parece estar em uma região limite de estabilidade. Qualquer objeto posicionado além de sua órbita seria facilmente desestabilizado pelos encontros provenientes da migração planetária. De maneira geral, mostramos também que os atuais satélites regulares de Urano resistem ao efeito global dos encontros resultantes da migração, porém, este resultado pode apresentar variações caso planetesimais de massa elevada (comparável à massa de Plutão) estejam presentes em número suficiente no disco primordial. Como subproduto dos efeitos das várias aproximações, obtivemos ainda interessantes capturas de satélites irregulares, e verificamos que a presença dos regulares neste processo é fator fundamental na dinâmica. Agradecimentos: FAPESP (processos: 2010/11109-5, 2008/52927-2 e 2006/04997-6) CNPq (processo:306276/2007-0) PÔSTER #13 CAPTURA Y DISPERSION DE ASTEROIDES POR LA RESONANCIA 3:1 CON JUPITER H. Folonier1, F. Roig2, C. Beauge1 1 Observatorio Astronômico Córdoba, UNC, Argentina 2 Observatório Nacional, Brasil La resonancia 3:1 con Júpiter en el cinturón de asteroides es el límite entre el cinturón interno y el central, siendo asociada con una de las más importantes lagunas de Kirkwood. El fuerte caos que domina la dinámica de la región hace que las órbitas de los asteroides resonantes aumenten drásticamente sus excentricidades en intervalos de 50 cientos de miles de años, siendo posteriormente removidos por encuentros cercanos con los planetas terrestres. No obstante, Roig et al. (2008) muestran que ciertas órbitas de bajas excentricidades pueden ser temporalmente atrapadas por la resonancia, cruzando la separatriz con la ayuda de una fuerza disipativa como el efecto Yarkovsky. Este mecanismo permitiría la transferencia de los asteroides de un lado a otro de la conmensurabilidad, lo que podría explicar la existencia de asteroides basálticos en el cinturón central como los provenientes de la familia de Vesta. En este trabajo analizamos la probabilidad de este fenómeno, integrando numéricamente las órbitas de varias poblaciones de asteroides ficticios. Estudiamos varios sistemas físicos de creciente complejidad, desde el problema restringido planar circular de tres cuerpos (Júpiter en órbita circular), hasta el problema elíptico 3D con Júpiter y Saturno en orbitas perturbadas. La simulaciones fueron realizadas con un código de N-Cuerpos y con el integrador simpléctico de Hadjidemetriou (1991) modificado para incluir el efecto Yarkovsky. En cada sistema y para cada taza de migración estimamos numéricamente la probabilidad de captura y comparamos los resultados con los predichos por la Teoría de Invariantes Adiabáticos (Henrard 1982). En todos los casos mapeamos las regiones del espacio de fase que se corresponden con captura/scattering e intentamos correlacionar las estructuras resultantes con topología de la resonancia y la tasa de migración. Finalmente, comparamos los resultados numéricos con la población de Vestoides a la derecha de la resonancia 3:1. PÔSTER #14 CONFIGURAÇÕES PROPÍCIAS DA CAPTURA DE ASTERODIES BINÁRIOS. CASO NÃO-COPLANAR H. S. Gaspar, E. Vieira Neto, O. C. Winter FEG, UNESP, Brasil Os satélites planetários do Sistema Solar são, basicamente, classificados em regulares e irregulares. A origem dos satélites regulares pode ser explicada pela teoria de formação local através da acreção de matéria do disco circumplanetário remanescente. Por outro lado, a mesma teoria não se aplica aos irregulares, cujas órbitas excêntricas, bem afastadas do planeta e altamente oblíquas são incompatíveis com o modelo de formação local. Atualmente, é bem estabelecido que tais objetos formaramse em outros lugares do Sistema Solar e foram posteriormente capturados, provavelmente, no estágio final de formação dos planetas. Em estudos preliminares, avaliamos numericamente a viabilidade de captura de asteroides binários sob a dinâmica de quatro corpos, considerando Sol, Júpiter e um asteroide binário, restritos à 51 um mesmo plano orbital. Neste trabalho, apresentamos os resultados do estudo de captura de asteroides binários não coplanares. Assim como nos estudos preliminares, do caso coplanar, confirmamos a existência de configurações propícias de capturas no instante da ruptura, como a configuração angular e uma região propícia do espaço a×e. Dentre os novos resultados, destacamos a distribuição de inclinações dos objetos capturados. A distribuição apresenta um número maior de objetos progrados, mas que, no entanto, devem ser removidos ao se considerar outros efeitos não levados em conta em nossas simulações. Por outro lado, dado que a região de estabilidade de objetos retrógrados é maior, um número maior de objetos capturados sobreviveriam a tais efeitos. Deste modo, podemos esperar que a distribuição de inclinações seja mais próxima da real observada. Este estudo se encontra em andamento, e no atual momento, estamos analisando os resultados de simulações realizadas com novos parâmetros, os quais serão apresentados neste evento. PÔSTER #15 SATÉLITES IRREGULARES DE SATURNO E JÚPITER: 12 ANOS DE OBSERVAÇÕES NO OBSERVATÓRIO HAUTE-PROVENCE - PARIS A.R. Gomes Jr.1, M. Assafin1, R.V. Martins2,3, J.I.B. Camargo2, Jean-Eudes Arlot3 1 Observatório do Valongo,UFRJ, Brasil 2 Observatório Nacional, Brasil 3 IMCCE, Observatoire de Paris Os satélites irregulares são substancialmente menores do que os satélites regulares, possuindo em geral órbitas mais distantes, excêntricas e podendo ser retrógradas. Explicar a existência dos satélites irregulares dos planetas gigantes é um importante tópico de estudo em Dinâmica Orbital. No entanto, as órbitas destes satélites são conhecidas com pouca precisão dificultando, por exemplo, o estudo físico destes objetos através da predição de ocultações estelares e de fenômenos mútuos. Por tudo isso é importante determinar órbitas precisas para estes objetos. Um programa de longo prazo de observação de satélites de Júpiter e Saturno, coordenado pelo Dr. Jean-Eudes Arlot do Observatoire de Paris (França), foi realizado entre 1997 e 2008 no telescópio de 1.52m do Observatoire de Haute-Provence, França (OHP). Mais de 3 mil imagens foram obtidas para 19 satélites, dos quais 14 são externos. Para se ter uma idéia, o número de observações correspondentes aos satélites externos representa mais de 10 vezes a quantidade de posições óticas publicadas para estes satélites para o período. Nosso trabalho consistiu na organização e redução astrométrica das imagens CCD obtidas para esses 19 satélites. Para o tratamento dos dados foi utilizado o pacote de redução astrométrica automática PRAIA. Todos as imagens foram previamente 52 calibradas de bias e flat-fields com o pacote IRAF. Foi utilizado o catálogo UCAC2 como referência, com 15 estrelas por imagem em média. Usamos o modelo de primeiro grau para relacionar as coordenadas medidas (x,y) e de catálogo (RA,DEC) no plano tangente. O desvio-padrão das reduções ficou da ordem do erro do catálogo, em torno de 50 mas. Foram geradas efemérides (posições RA, DEC teóricas) para todos os 19 satélites automaticamente identificados nos 3158 campos CCD pelo PRAIA, com o auxílio do pacote NAIF fornecido pelo JPL. Foram utilizadas as teorias orbitais mais recentes (até Novembro de 2009) de cada satélite. Com isso, calculou-se os offsets de posição (RA,DEC) das observações contra as efemérides para todas essas imagens. Além dos 4 satélites Galileanos e de Titã, obtivemos posições para os seguintes satélites externos de Saturno e de Júpiter: Ananke, Carme, Elara, Himalia, Hyperion, Iapetus, Leda, Lysithea, Pasiphae, Phoebe, Sinope, Albiorix, Callirrhoe e Siarnaq. Esses últimos três fracos satélites com magnitudes no visível de 20,5, 20,7 e 20,1, respectivamente, são particularmente de difícil observação, com raras posições publicadas. O número de observações por satélite variou tipicamente de dezenas (satélites raros) a centenas (Phoebe foi o mais observado com 654 imagens). Para eliminar observações ruins com offsets de efemérides excessivamente discrepantes, seguimos critérios baseados no sigma dos offsets, noite a noite. O desvio-padrão resultante dos offsets em relação às efemérides variou de 60 mas a 350 mas conforme o satélite estudado. Ao final, apresentamos uma análise dos offsets de alguns satélites, como Phoebe, em função da longitude (ângulo de posição) na órbita, para se ter uma melhor compreensão da significância de nossas posições para a melhoria das efemérides atualmente estabelecidas para esses satélites. PÔSTER #16 MEGNO MAP FOR IRREGULAR SATELLITES OF SATURN A. M. Leiva1,2, M. M. Moyano1 1 2 Observatorio Astronómico de Córdoba, UNC, Argentina Instituto de Astronomía Teórica y Experimental, IATE, Argentina By implementing the elliptic restricted three-body model we obtain high resolution dynamical maps in the phase space region corresponding to that where Saturn´s irregular satellites are currently found. The nature of the trajectories is characterized by the MEGNO chaos indicator (Cincotta P. and Simó C., 2000), which allows to identify regions of chaotic and quasi-periodiic trajectories much faster than with other indicators (e.g. Lyapunov exponents). The results obtained allow to identify with great detal the boundaries of the regions of regular motion, chaotic motion, and substructures associated to mean motion resonances. 53 PÔSTER #17 DIFUSÃO DE GRUPOS DINÂMICOS NA REGIÃO DAS FAMÍLIAS DE PALLAS E HANSA V. Carruba1, J. F. Machuca1, H. P. Gasparino1 1 FEG, UNESP, Brasil Famílias dinâmicas de asteroides são grupos de objetos identificados nos espaços dos elementos próprios (a, e, sin(i)) (semi-eixo maior, eccentricidade, e seno da inclinação) ou das frequências próprias (n,g,g+s) (frequência de movimento médio n, de precessão do argumento do pericentro g, e da longitude do nodo s). Clumps são grupos menores com um número de objetos grande bastante para ser estatisticamente significativos, mas não grande bastante para ser considerados como famílias. O fato de vários asteroides estarem próximos nos espaços dos elementos próprios ou das frequências próprias não necessariamente garante que o grupo seja o resultado da quebra por colisão de um corpo maior. Efeitos dinâmicos de migração como ressonâncias planetárias de movimento médio ou seculares ou os efeitos Yarkovsky e YORP podem ter causado a temporária aproximação desses corpos, especialmente em regiões caracterizadas pela presença de ressonâncias. Neste trabalho estudaremos a evolução dinâmica devida a perturbações planetárias e efeitos não gravitacionais de membros de famílias e clumps recentemente identificados na região das famílias de Pallas e Hansa (Carruba 2010b). O estudo do número de objetos que são membros de um grupo em funçao do tempo no passado e no futuro deveria permitir estimar a significância estatística dos grupos identificados em Carruba (2010b), assim como foi feito para as famílias e clumps na região de Phocea (Carruba 2010a). PÔSTER #18 URANO E SEUS SATELITES PRINCIPAIS: ASTROMETRIA A PARTIR DE DUAS DECADAS DE OBSERVACOES NO OPD/LNA. F. P. Magalhães1, J. I. B. Camargo1, R. Vieira-Martins1, A. H. Andrei1, M. Assafin2, D. N. da Silva Neto3, F. Braga-Ribas1, A. D. Oliveira2. 1 Observatorio Nacional/MCT, Brasil Observatorio do Valongo/UFRJ, Brasil 2 54 3Universidade Estadual da Zona Oeste/RJ, Brasil Muito do que conhecemos atualmente sobre o Sistema Solar está baseado em observações a partir do solo, envolvendo desde técnicas de fotometria e astrometria tradicionais até radar e interferometria de linha de base intercontinental (VLBI). Em particular, para os planetas exteriores, sobretudo a partir de Urano, a determinação de órbitas é fortemente dependente de imageamento direto em comprimentos de onda ópticos. No âmbito de uma cooperação entre pesquisadores do ON/MCT e OV/UFRJ, observações de corpos do Sistema Solar vêm sendo realizadas há cerca de 3 décadas no OPD/LNA. A partir de um subconjunto dessas observações, compreendidas entre 1992 e 2010 e que representam uma parcela significativa das respectivas aquisições de imagem via CCD, recuperamos todas aquelas contendo Urano e seus satélites principais. Neste trabalho, apresentaremos um breve histórico deste rico material bem como os procedimentos utilizados para a determinação precisa, entre 0.015" e 0.030", das posições de Urano e de seus satélites ao longo desse período. Com o auxílio do sistema de informação SPICE, estes resultados são confrontados com posições de Urano e de seus satélites principais oriundas de diferentes efemérides. PÔSTER #19 STUDY OF THE NO EXISTENCE OF COORBITAL SATELLITES IN JÚPITER B. Y. P. L. Masago, A. P. M. Chiaradia, D. C. Mourão, O. C. Winter Grupo de Dinâmica Orbital e Planetologia, UNESP, Brazil The main goal of this work is to investigate the no existence of coorbital satellites with the Galilean satellites. In the Jupiter system, the satellites Io-Europa-Ganymede are in the 1:2:4 Laplacian resonances, but without any coorbital satellite detected. Mourão (2005) mapped coorbital regions for these satellites and detected a large unstable region for Europe, a smaller stable region for Io and a wider stable region for Ganymede. We used the integration package of N-body problems in celestial mechanics, Mercury (Chambers, 1999). The Mercury package has been adapted to simulations for the satellite systems of Jupiter. Jupiter was considered the main body. The input data of the Galilean satellites (position and velocity) were given in Cartesian coordinates according to Avdyushev (2004). Simulations were performed over a period of 10,000 years, where particles were placed around each Galilean satellite. Coorbital particles were simulated around each satellite considering the restricted three-body problem. Then, we also simulated the orbits of coorbital particles around each satellite, 55 considering the mutual gravitational interactions among the Galilean satellites. The results were obtained in terms of tadpole and horseshoe orbits in the Jupiterian system. The coorbital particles to the satellites Io–Europa- Ganymede (the three bodies are in Laplacian resonance) are eliminated, while the perturbations of the Galilean satellites did not affect the coorbital particles around the Callisto. About 90% of the particles remained coorbital to Callisto. References: AVDYUSHEV, A. V. A New System of Initial Parameters for Numerical Simulation of the Motion of Jupiter’s Galilean Satellites. Solar System Research, Vol. 38, No. 3, 2004, pp. 238–240. CHAMBERS, J. E. A Hybrid Symplectic Integrator that Permits Close Encounters between Massive Bodies. Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, vol 304, pp793-799, 1999. MOURÃO, D. C. Um estudo sobre a estabilidade de satélites coorbitais. 2005. 146p. PhD. Thesis in Portuguese – National Institute of Space Research, São José dos Campos, Brazil, 2005. PÔSTER #20 ÓRBITAS AO REDOR DOS PONTOS TRIANGULARES NO SISTEMA DE PLUTÃO S. C. Modenutte1, S.M.Giuliatti Winter1, P. M. Pires dos Santos1 1 UNESP, Brasil Em 2005 dois satélites, denominados Nix e Hidra, foram descobertos no sistema binário Plutão-Caronte (razão de massa μ=0,1165). Esses dois satélites, em órbita ao redor do baricentro do sistema, tem razão de massa da ordem de 10 -5 da massa de Plutão. O Problema Circular Restrito de 3-corpos não é um sistema integrável, porém existe um número de soluções particulares, obtidas através da análise de pontos nos quais a partícula tem velocidade e aceleração nulas em um sistema rotacional. Estes pontos são denominados pontos de equílibrio: três são denominados pontos colineares e dois são os chamados pontos triangulares. A estabilidade linear dos pontos triangulares (ou equilaterais) foi estudada por vários autores, verificando-se que para μ > 0,0385 (Murray & Dermott, 1999) esses dois pontos são pontos de equilíbrio instáveis. Nesse trabalho analisamos as órbitas de partículas ao redor desses pontos para os sistemas: 1) Plutão-Caronte-partícula, 2) binário-Nix-partícula e 3) binário-Hidrapartícula. Partículas ao redor dos pontos triangulares do sistema 1 escapam ou colidem com um dos dois corpos massivos, após um deslocamento da ordem de 10 - 4. Partículas 56 ao redor dos sistemas 2 e 3 permanecem coorbital ao satélite. Apresentaremos um estudo preliminar de corpos de diferentes tamanhos ao redor desses pontos nesses tres sistemas analisados. Existe a possibilidade de outros corpos estarem presentes nesse sistema de Plutão, que será analisado em detalhes durante a passagem da sonda New Horizons em 2015. S.C.M. agradece CNPq-PIBIC e SMGW agradece FAPESP e CNPQ pelo apoio financeiro. PÔSTER #21 ESTUDO DA ORIGEM DE SATÉLITES COORBITAIS PELA DISRUPÇÃO D. C. Mourão, O. C. Winter FEG, UNESP, Brasil São conhecidos alguns satélites coorbitais, assim denonimados quando libram em redor de pontos lagrangianos. Saturno é o único planeta a apresentar satélites coorbitais. Dione possui Helene librando em redor de L4 e Polideuces ao redor de L5. Tétis possui Calipso e Telesto ao redor de L4 e L5, respectivamente. Ainda em Saturno, existe o par coorbital Jano-Epimeteu, com massas similares em órbita ferradura. Outras ressonâncias podem ser observadas neste sistema: Dione está em ressonância com Encelado, e Tétis na ressonância com Mimas . Neste trabalho iremos analisar a hipótese para a formação de sistema coorbital através da quebra de um satélite original devido a colisões. Simulamos o seguinte cenário: Um satélite original sofre um pequena colisão que remove alguns fragmentos. Então, um pequeno satélite coorbital é gerado pela evolução dinâmica da nuvem de fragmentos, onde são consideradas interações gravitacionais com outros satélites. Neste trabalho, simulamos a evolução de conjuntos de fragmentos, com diferentes valores de massa, direção e velocidade, a partir da superfície de um satélite, como o gerados por colisão. Aplicamos este estudo aos satélites que possuem coorbitais em Saturno. Os resultados são dados em termos dos valores de velocidade e direção, que os fragmentos devem apresentar inicialmente para possibilitarem a formação de um sistema coorbital. Constatamos que partículas projetadas entre 10 e 15 vezes a a velocidade de ejeção da superfície de Dione e Tétis, a uma direção contrária ao movimento dos satélites são mais favoráreis a entrar em regime coorbital, sendo que apresentaremos alguns exemplos, em que as perturbações entre os satélites de Saturno levaram a partícula a librar em torno dos pontos Lagrangianos. 57 PÔSTER #22 FENÔMENOS MÚTUOS ENTRE OS SATÉLITES GALILEANOS DE JÚPITER A. D. de Oliveira1, R. V. Martins2, F. B. Ribas2,3, M. Assafin1, J. I. B. Camargo2, D. N. Da Silva Neto4, A. H. Andrei2, O. C. Winter5, H. S. Gaspar5, A. Izidoro5, P. M. S. dos Santos5, R. A. N. de Araújo5, R. C. Domingos5, J. C. Sampaio5, L. A. G. Boldrin5, R. Sfair5 1 Observatório do Valongo, UFRJ, Brasil Nacional, Brasil 3 Observatoire de Paris-Meudon, França 4 Universidade Estadual da Zona Oeste/RJ, Brasil 5 UNESP - Guaratinguetá, Brasil 2 Observatório Para uma melhor compreensão da dinâmica do sistema solar é necessário um estudo das órbitas dos satélites dos planetas exteriores. Este estudo é feito através de modelos que requerem dados bem precisos sobre a posição e velocidade orbital destes satélites, com os quais é possível verificar efeitos de perturbações orbitais bem fracas como as devidas às marés. Uma forma de obter estes dados é através da análise da curva de luz, que representa a variação do fluxo de luz em função do tempo, obtida em observações fotométricas durante os equinócios destes planetas quando ocorrem, para um observador na Terra, eclipses e ocultações entre os satélites. Estes Eventos, que tem duração de poucos minutos, são chamados de fenômenos mútuos e, devido a sua importância, campanhas internacionais de observações são organizadas nestes períodos. Para Júpiter os fenômenos mútuos entre os satélites galileanos podem ser observados a cada seis anos e em 2009, no Brasil, houve uma campanha para observações destes eventos no OPD/LNA a partir de uma cooperação entre pesquisadores do ON/MCT, OV/UFRJ, UNESP- Guaratinguetá e UEZO/RJ. Esta campanha obteve um total de 32 eventos observados onde 27 deles envolvem Io, 23 Europa, 8 Ganymede e 6 Calisto, distribuídos em 16 eclipses e 16 ocultações. Com relação à qualidade das curvas obtidas para cada evento, usamos três critérios para classificá-las: a) a dispersão da razão de fluxo Alvo/Calibrador (em magnitudes) dos pontos em relação a queda máxima do fluxo observada no evento; b) a presença de um satélite como calibrador; c) condições do céu. Com base nestes critérios temos 18 curvas boas, 8 razoáveis e 6 que requerem um tratamento especial para redução devido a sua baixa qualidade. Neste trabalho são apresentados os resultados destas observações, assim como o método de redução e análise dos dados. Também é apresentado um modelo numérico para redução da curva de luz que leva em consideração parâmetros como ângulo de fase e penumbra, e que permite uma análise mais detalhada e precisa dos dados com uma 58 estimativa de menos de 1 segundo de precisão para os instantes centrais e de menos de 1 milissegundo de arco para os parâmetros de impacto. PÔSTER #23 ANÁLISE DA REGIÃO EXTERNA DO SISTEMA BINÁRIO PLUTÃOCARONTE P. M. Pires dos Santos, S. M. Giuliatti Winter, R. Sfair UNESP, Brasil O sistema de Plutão é formado pelo planeta-anão e pelos satélites: Caronte, Nix e Hidra, os dois últimos satélites são corpos que foram descobertos em 2005 cujos diâmetros são 88 km e 72 km, respectivamente. A massa total do sistema é de 1,456 x 1022 kg e a razão de massa Caronte/Plutão é de aproximadamente 0,1166 (Tholen et al., 2008). Neste trabalho foram gerados diagramas de semi-eixo maior em função da excentricidade para um conjunto de partículas sob os efeitos gravitacionais de Plutão, Caronte, Nix e Hidra, localizadas inicialmente na região externa do sistema (além da órbita de Caronte). Os efeitos gravitacionais dos satélites Nix e Hidra, como esperado, diminuíram a estabilidade da região externa, sendo que aglomerados de partículas permaneceram no sistema por um período superior a 10 5 períodos do binário, em regiões coorbitais a Nix e Hidra, entre as órbitas destes dois satélites, e além da órbita de Hidra. A análise dos efeitos gravitacionais de satélites hipotéticos, com raio entre 1km e 25km, nas órbitas de Nix e Hidra possibilitou estabelecer um limite superior em tamanho desses corpos que estavam localizados na região externa do sistema. Diagrama de semi-eixo maior em função do raio dos satélite hipotéticos mostraram que satélites com raio menor que 25km podem existir nas regiões coorbital a Nix ou Hidra, sem provocar uma variação nas excentricidades de Nix e Hidra superior a 10 -3. A existência de um sistema de aneis em Plutão ainda não foi confirmada, entretanto se existir um anel este deve ser composto por partículas de poeira. Nossos resultados mostraram a importância dos efeitos da pressão de radiação solar nestes pequenos corpos. A pressão de radiação provocou uma grande variação nas excentricidades das partículas, causando colisões com os corpos massivos do sistema ou ejeções em 220 anos em média, para colisões entre partículas maiores (30 mícron metros de raio) e o planeta, em um sistema constituído por Plutão e Caronte. No sistema formado por Plutão, Caronte, Nix e Hidra, aproximadamente 80% do total de partículas foram ejetadas do sistema em 153 anos em média, para partículas de 30 mícron metros de raio. Os efeitos da pressão de radiação são maiores em partículas de tamanhos menores. 59 Os autores agradecem a Fapesp. PÔSTER #24 ANALISE DA EVOLUÇÃO DINÂMICA E DISTRIBUIÇÃO TAXONÔMICA DOS ASTERÓIDES CRUZADORES DA ORBITA DE MARTE A. O. Ribeiro1, M. Cañada-Assandri2, F. Roig1, R. Gil-Hutton3 1 Observatório Nacional, Brasil Universidad Nacional de San Juan, Argentina 3 Complejo Astronómico El Leoncito - CONICET, Argentina 2 Neste trabalho apresentaremos o estudo da evolução dinâmica de asteróides cruzadores da órbita de Marte da região interna do Cinturão Principal de Asteróides e a distribuição taxonômica desta população. A escolha dos asteróides da região interna se deve pelo fato de que é onde se encontra a maioria dos cruzadores da órbita de Marte. O objetivo deste estudo e avaliar o quanto a distribuição taxonômica de asteróides poderia ser alterada com a contaminação de asteróides oriundos da população de cruzadores de Marte. Para isto identificamos a eficiência de transporte dinâmico de nossa amostra para as regiões de NEO'S e para as regiões intermediaria e externa do Cinturão Principal de Asteróides utilizando uma abordagem numérica onde realizamos extensas simulações cujo objetivo era reproduzir, com a maior precisão possível, a evolução dinâmica dos asteróides cruzadores de Marte em escalas de tempo da ordem de 10 8 anos. Especificamente, nós integrados numericamente a evolução órbital de 3263 partículas de teste com condições inicial reais e um conjunto de 3000 condições iniciais geradas aleatoriamente utilizado o integrador simplético SWIFT SKELL (Duncan et al., 1998 - A Multiple Time Step Symplectic Algorithm for Integrating Close Encounters. AJ 116, 2067–2077). O nosso modelo inclui perturbação gravitacional de todos os planetas (exceto Mercúrio) e a componente diurna do efeito Yarkovsky. Por outro lado compararemos a distribuição taxonômica da amostra de asteróides cruzadores de Marte com as distribuições conhecidas dos NEO'S e das regiões intermediária e externa do Cinturão Principal. A precisão e implicações dos resultados serão discutidas. PÔSTER #25 SHORT TERM DYNAMICS OF INNER SMALL SATURNIAN SATELLITES 60 F. B. Ribeiro1, N. Callegari Jr.2 2 1 IGCE, UNESP, Brasil DEMAC, UNESP, Brasil Several works* show the existence of mean-motion resonances or quasi resonances involving small satellites of Saturn and/or the larger ones, e.g.: 16:15 PanPrometheus, 15:14 Mimas-Methone, 11:10 Mimas-Anthe, 19:16 Pallene-Enceladus, 54:53 Atlas-Prometheus, 70:67 Atlas-Pandora, 3:2 Mimas-Pandora. In general, these commensurability involve unusual large integers when compared to low-order resonances. We show here the first steps of a general study of the dynamics of these resonances, and the significance of them for the stability of the small satellites involved in the resonances. We investigate the resonances numerically by analyzing ensembles of orbits taken around their current positions. Support: Fapesp: 2010/00480-4, 06/58000-2. *Spitale et al. 2006, AJ 132; Jacobson et al. 2008, AJ 135; Cooper et al. 2008, Icarus 195; Hedman et al. 2009, Icarus 199; Hedman et al. 2010, Icarus 207. PÔSTER #26 SATÉLITES IRREGULARES DE JÚPITER: ANÁLISE DA CAPTURA DE ASTERÓIDES BINÁRIOS 1 1 2 S. H. S. Santana , E. Vieira Neto , A. D. C. de Jesus 1 2 UNESP, Brasil UEFS, Brasil Os satélites irregulares são objetos de grande interesse da ciência devido às suas características peculiares. A análise do espectro desses corpos e os valores dos elementos orbitais observados, revela significativa diferença entre esses objetos e os satélites regulares, o que sugerem que a formação desses corpos não tenha ocorrido em conjunto com o planeta hospedeiro mas sim por meio de um processo de captura gravitacional de um objeto inicialmente em órbita heliocêntrica. Neste trabalho mostramos um estudo realizado sobre a formação dos satélites irregulares de Júpiter por meio da ruptura de asteróides binários. Usando condições iniciais do Modelo de Nice para evolução do Sistema Solar e considerando a interação de um sistema de quatro corpos (Sol, Júpiter e asteróide binário), analisamos os casos de capturas de asteróides 61 binários e suas rupturas, provocando trocas de energia de tal forma que um dos membros do binário é capturado permanentemente. Os resultados mostram casos nos quais as configurações finais dos objetos são coerentes com os objetos reais observados. PÔSTER #27 MECANISMOS DE PRODUÇÃO E REMOÇÃO DE POEIRA NO SISTEMA SECUNDÁRIO DE ANÉIS DE URANO R. Sfair1, S. M. Giuliatti Winter1 1 UNESP, FEG, Brasil Concomitante à descoberta de um sistema secundário de anéis ao redor de Urano (Showalter & Lissauer, 2005) surgiu a questão sobre fonte de material para os anéis µ e . Ambos são bastante tenues e formados majoritariamente por partículas micrométricas (de Pater et al., 2006) , que podem ser bastante perturbadas pela Força de Radiação Solar (FRS). Sfair & Giuliatti Winter (2009) mostraram que a combinação da FRS com o achatamento do planeta e a perturbação dos satélites próximos aos anéis resulta na remoção das partículas de poeira através de colisões com estes satélites em uma escala de milhares de anos. Devido à baixa velocidade relativa, a maioria destas colisões não é energética o suficiente para produzir novas partículas. Neste trabalho investigamos o impacto de projéteis interplanetários como método alternativo para repor material para os anéis, seguindo o algoritimo apresentado por Krivov et al. (2002) e considerando uma estimativa para o fluxo de impactantes na região da órbita de Urano. Para o anel µ a fonte mais provável de material é Mab, cuja órbita coincide com o pico radial do anel. Neste caso o satélite produz partículas a uma taxa de 3g/s. Já para o anel o pico radial não coincide com nenhum satélite conhecido, então investiga-se a possibilidade de um conjunto de corpos macrométricos ou pequenos satélites não detectados (r < 5 km) atuarem como fonte de partículas. Entretanto, simulações numéricas mostram que existem restrições quanto à regiões estáveis onde os satélites podem permanacer, assim como o tempo de vida destes corpos hipotéticos. Também é analisada a possibilidade de existirem outros corpos nas proximidades de Mab que poderiam contribuir para a taxa de produção de poeira sem perturbar a órbita do satélite. 62 PÔSTER #28 UM ESTUDO SOBRE A CAPTURA DE TRITÃO POR NETUNO A. F. Silva, O. C. Winter, H. S. Gaspar, E. Vieira Neto Grupo de Dinâmica Orbital & Planetologia, UNESP, Guaratinguetá, Brasil Várias pesquisas vem sendo feitas para compreender a origem dos satélites irregulares dos planetas gigantes. Acredita-se que estes não se formaram junto ao respectivo planeta, como ocorreu com os satélites regulares. Os satélites irregulares tem características diferenciadas, estão bem distantes do planeta, possuem alta excentricidade e muitos tem órbitas retrógradas. Atualmente há alguns modelos de mecanismos de captura que tentam explicar a origem dos satélites irregulares. Em 2006 Agnor e Hamilton apresentaram um mecanismo particular de captura para Tritão, a partir de asteroides binários, sendo que neste mecanismo não foi incluso o efeito gravitacional do Sol. O estudo foi feito através de simulações numéricas do problema de três corpos, onde Netuno era o corpo principal e os outros dois corpos os membros M e m do binário, sendo que M possui massa igual a de Tritão e m possui um décimo desta massa. Eles consideraram apenas o caso plano (inclinação igual a zero) e obtiveram resultados mostrando que Tritão seria um membro de um sistema binário que foi capturado a partir de um encontro próximo com Netuno. No entanto, o trabalho de Gaspar (2009) mostra que o Sol tem grande importância no processo de captura de binários, pois quando a excentricidade do corpo capturado é alta, o Sol expele o membro capturado para fora da esfera de influência do planeta. O presente trabalho foi feito baseado na abordagem de Gaspar (2009) aplicada às condições iniciais hiperbólicas de Agnor & Hamilton (2006). O objetivo aqui é mostrar a influência do Sol no processo de captura de Tritão por Netuno. Fizemos a integração reversa no tempo, sob a dinâmica do problema de três corpos, Sol, Netuno e a partícula. A partir de uma grade de 302.500 pares (a,e) igualmente espaçados, obtivemos 10.304 pares que estão dentro do intervalo da curva obtida, cujos limites em termos de distância radial, r, foram ampliados em relação aos utilizados por Agnor & Hamilton (2006), de r = 0,2 rmaré até r = 1,1 rmaré , onde rmaré é o raio de maré. Obtivemos então 10.304 condições inciais. As condições iniciais do sistema binário foram distribuídas em torno do baricentro do sistema em 10 posições diferentes para cada condição inicial, variando de 0 a 180 graus, aleatoriamente. Consideramos capturados os asteroides que ficaram dentro do raio de Hill do planeta ao final da simulação. Além disto, verificamos também o valor da constante de Jacobi em cada uma das simulações. Os resultados obtidos mostraram que não ocorreram capturas em nenhuma das 103.040 simulações realizadas. Todos os membros dos binários escaparam em um curto período de tempo, em média de 01 ano. Com isso concluímos que as condições iniciais hiperbólicas não são propícias para capturas quando os efeitos gravitacionais do Sol são levados em consideração. 63 O próximo passo deste trabalho é encontrar novas condições iniciais que resultem de fato em capturas permanentes. PÔSTER #29 UMA COMPARAÇÃO ENTRE POSSÍVEIS CENÁRIOS PARA A FORMAÇÃO DINÂMICA DOS OBJETOS CR105, VN112 E SEDNA J. S. Soares1, R. S, Gomes1 1 Observatório Nacional, Brasil Neste trabalho investigamos a formação orbital primordial de objetos componentes da borda interna da nuvem de Oort, com principal ênfase no CR 105, VN112 e Sedna. Podemos encontrar na literatura vários cenários possíveis que descrevem a formação das órbitas destes objetos, porém 02 cenários específicos se mostram mais plausíveis: O cenário da companheira solar de massa planetária (Gomes et. al., 2006) e o cenário da estrela passante (Brasser et. al., 2006). Construímos os resultados a partir dos cenários descritos acima e fazemos uma comparação estatística entre os dois através da utilização de um simulador observacional de corpos transnetunianos com o objetivo de se avaliar qual descreve melhor a formação dinâmica dos objetos pertencentes a nuvem de Oort interna. Estudamos também a possibilidade de que parte da nuvem de Oort interna seja composta por objetos extra-solares que foram capturados pelo Sol em encontros estelares quando o mesmo ainda era componente de um aglomerado estelar imerso, e comparamos este resultado com os modelos descritos anteriormente. PÔSTER #30 UM ESTUDO DO ANEL DE JANO E EPIMETEU: DINÂMICA E IMAGENS O. C. Winter1, A. P. S. Souza1, R. Sfair1, D. W. Foryta2, S. M. Giuliatti Winter1, D. C. Mourão1 1 Grupo de Dinâmica Orbital & Planetologia, UNESP - Guaratinguetá 2 UFPr - Universidade Federal do Paraná 64 É fato que a produção de partículas para anéis planetários através de colisões são aceitas e difundidas dentre o meio científico e a literatura em geral. A ideia básica por trás dessas produções é a existência de impactos de partículas com grande energia cinética em alvos diversos. Tais alvos, por consequência dos impactos, ejetam matéria própria, que dependendo das circunstâncias pode se agregar ao anel na região. Em setembro de 2006, um anel tênue de Saturno foi descoberto com imagens obtidas pela sonda Cassini. Esse anel se localiza entre os anéis F e G, com largura radial de aproximadamente 150000km, coorbital aos satélites Jano e Epimeteu. Simulações computacionais mostram que devido ao fato do anel estar na mesma órbita dos satélites fazem com que o anel seja extinto em apenas uma ou duas dezenas de anos. Além disso, o anel, por ser tênue, impossibilita sua observação em condições que não sejam bem propícias (como no caso das primeiras imagens da Cassini em 2006). O pequeno número de imagens obtidas até hoje, dificulta o seu estudo, porém é pouco provável que as observações tenham sido feitas no justo momento de sua curta vida, como indicam as simulações numéricas do sistema. Por tanto, deve haver algum mecanismo capaz de suprir o déficit de partículas devido à gradual reacretação do material do anel pelos satélites. A proposta deste trabalho é de verificar se colisões de partículas com hiper velocidades são capazes de reabastecer o anel de forma que o mesmo se encontre em um estado estacionário. Para aferir a hipótese levantada sobre a estabilidade do anel,foi desenvolvido um modelo que obtém uma mesma grandeza que a fotometria de imagens é capaz de obter. Essa grandeza é conhecida como I/F, que representa a razão de intensidade captada pelo fluxo solar na região. Com um levantamento bibliográfico e algumas adaptações, foi possível estimar a massa total de fragmentos maiores também produzidos pelas colisões, entretanto não constituindo a poeira encontrada no anel. Porém esses fragmentos maiores também têm a capacidade de produção de partículas para o anel, até mais eficiente que as próprias colisões diretas. Sendo assim, a massa desse cinturão (fragmentos maiores do que os do anel), foi considerada como a do anel. Estimando o tamanho do anel e das partículas é possível obter uma densidade de partículas para o anel. O seguinte passo, é saber qual o processo que ocorre com a radiação na presença das partículas do anel. A incapacidade de observação do anel em qualquer ângulo de fase, indica que o fenômeno decorrente da passagem da radiação pelo anel é condicionado à dependência do ângulo. Durante a pesquisa foi considerado o espalhamento Mie como o mais adequado. Sendo assim, através da modelagem geométrica do problema, associado como o espalhamento Mie, pretende-se obter o valor de I/F e compará-lo com o valor obtido pela fotometria das imagens do anel. PÔSTER #31 CAPTURA Y ESCAPE DE LA RESONANCIA EXTERNA 1:2 CON MARTE T. Gallardo1, J. Venturini1 65 1 Dpto. de Astronomía, Instituto de Física, UdelaR, Uruguay La resonancia externa 1:2 con Marte presenta una dinámica compleja debido a la naturaleza asimétrica y a la presencia de modos forzados variables debido a Marte y Júpiter principalmente. Esto hace que los ángulos críticos asociados a la resonancia presenten comportamientos poco usuales. A pesar de esto es posible distinguir entre asteroides resonantes y no resonantes en función del comportamiento del semieje orbital en función del tiempo. Asimismo es notorio el fenómeno de sticking de la resonancia que hace que los asteroides permanezcan estables en sus semiejes orbitales oscilando por encima o por debajo del valor de la resonancia durante cientos de millones de años. PÔSTER #32 OCULTAÇÕES ESTELARES E A DISTÂNCIA HELIOCÊNTRICA DE PLUTÃO J. I. B. Camargo1, R. Vieira Martins1, M. Assafin2, A. H. Andrei1, D. N. da Silva Neto3, F. Braga-Ribas1, G. B. Rossi1, F. P. Magalhães1 1 Observatório Nacional/MCT, Brasil Observatório do Valongo/UFRJ, Brasil 3 Universidade Estadual da Zona Oeste/RJ, Brasil 2 Ocultações estelares por objetos transnetunianos (TNOs) são eventos que oferecem contribuição significativa ao estudo destes corpos. Isto se deve ao fato de que, através desses eventos, dimensões com precisões da ordem de poucos quilômetros, bem como a eventual detecção de atmosferas tão tênues quanto poucos nanobar, tornam-se possíveis para os TNOs. Ainda, por sua natureza, um tal evento implica em forte vínculo para a posição relativa entre ocultador e ocultado sobre a esfera celeste. Uma consequência disto é poder-se determinar precisamente a evolução, ao longo do tempo, das diferenças entre posições observadas e de efemérides para um dado TNO. Com o auxilio do sistema de informação SPICE e de resultados astrométricos oriundos de ocultações estelares por Plutão entre 2005 e 2010, mostramos que a distancia heliocêntrica de Plutão pode estar subestimada em cerca de 28000 km. 66 PÔSTER #33 EFEITO DO COEFICIENTE J2 NA CAPTURA DE ASTEROIDES BINÁRIOS E. Vieira Neto1, S.H.S. Santana1, A.D.C. de Jesus3, O.C. Winter1, R.S. Gomes2, E.C. Nogueira2, H.S. Gaspar1 1 GDOP, UNESP, Brasil Observatório Nacional, Brasil 3 Depto. de Física, UEFS, Brasil 2 Os planetas gigantes possuem duas classes de satélites. Satélites mais internos com órbitas quase circulares e quase equatoriais, conhecidos por satélites regulares, e os satélites irregulares, que são aqueles mais distantes do planeta, com órbitas mais elípticas e fora do plano equatorial, alguns inclusive são retrógrados. Os satélites irregulares foram formados dinamicamente por captura gravitacional. Existem diversos mecanismos que poderia ter provocado essa captura. Um mecanismo mais recente utiliza a separação de um par de asteroides que em princípio orbitavam o mesmo centro de massa e estavam em órbita heliocêntrica. A separação do binário é provocada pela aproximação ao planeta, acarretando em uma troca de energia no sistema de forma que um asteroide ganha energia e escapa da gravidade do planeta, enquanto que o outro perde energia e fica preso em torno do planeta, se tornando um satélite irregular. Muitos dos asteroides múltiplos que estão sendo encontrados possuem uma forma bem achatada, apresentando um valor relativamente alto do coeficiente J2 do harmônico gravitacional do asteroide principal. Utilizando condições iniciais de asteroides que tiveram encontro com o planeta Júpiter em um cenário do modelo de Nice, integramos numericamente asteroides binários que incluíam em sua dinâmica o efeito do achatamento do asteroide principal e verificamos que a captura dos asteroides ficam melhor posicionados em relação aos satélites irregulares de Júpiter. 67 ENGENHARIA ESPACIAL 69 PÔSTER #34 ESTUDO DA DINÂMICA E DO SISTEMA DE CONTROLE DE UMA VIGA RÍGIDO FLEXIVEL Araújo, C. V.1, Souza, L. C. G.2 , Fenili, A.3 1 UFABC, Brasil DMC, INPE, Brasil 3 CECS, UFABC, Brasil 2 Embora o uso de pequenos satélites artificiais tenha se mostrado um meio rápido, simples e de baixo custo de alcançar o espaço, a conquista do mesmo não será possível sem o emprego de estruturas espaciais flexíveis. Fatores como a limitação de peso por parte dos foguetes lançadores e o aumento das dimensões dos painéis solares, fazem com que a flexibilidade dos componentes estruturais tenha um papel preponderante no projeto do Sistema de Controle de Atitude (SCA). Este trabalho tem como objetivo o estudo da dinâmica e do sistema de controle de uma viga rígidoflexível. Utiliza-se, como modelo experimental o equipamento FlexGage fabricado pela empresa Quanser, o qual representa um satélite artificial com uma estrutura rígida central ligada a um apêndice flexível. Utilizou-se a formulação Lagrangiana para desenvolver dois modelos matemáticos para o sistema. O primeiro possui uma configuração do tipo massa-mola (MM) e o segundo é discretizado através do método dos modos assumidos (MMA). A partir destes dois modelos, aplicou-se a técnica de controle, conhecida como Regulador Linear Quadrático (LQR). O bom desempenho do sistema de controle é função do ajuste das matrizes pesos dados por Q e R, responsáveis por ponderar a ação do controlador e o comportamento dos estados, respectivamente. No projeto do controlador LQR no modelo MM, observou-se através das simulações a dualidade entre as matrizes Q e R (aumentar Q corresponde a diminuir R). No projeto do controlador LQR, para o modelo do MMA, investigou-se a localização dos pólos e a influencia sobre a ação de controle quando aumenta-se o numero de modos de vibração. Com o aumento do numero de modos, observa-se maiores oscilações tanto na velocidade angular como na velocidade do deslocamento flexível, a medida que os pólos se deslocam para a esquerda do eixo imaginário. No estudo da variação dos parâmetros do sistema, observou-se que ao aumentar o comprimento da viga e bem como o número de modos, o sistema se torna não controlado. O critério de desempenho do controlador utilizado para cada um dos modelos consistiu em fazer com que o sistema seguisse uma referência imposta e ao mesmo tempo amortecesse rapidamente as vibrações flexíveis remanescentes. Comparativamente, observou-se que o controlador LQR aplicado ao modelo MMA tem melhor desempenho do que quando o mesmo controlador é aplicado ao modelo MM. Acredita-se que este melhor desempenho esta relacionado ao fato do modelo MMA representar mais fielmente à dinâmica do sistema. Confirmando, que uma dinâmica mais realista, resulta em controlares com melhor desempenho e mais robusto. O 71 próximo passo deste trabalho é implementar experimentalmente do controlador aqui projetado usando o MMA. PÔSTER #35 AST – SENSOR/RASTREADOR DE ESTRELAS AUTÔNOMO. MODELAGEM E SIMULAÇÃO DOS MODOS DE BUSCA E RASTREIO A. G. V. de Brum1, M. L. Selingardi2, M. A. A. Fialho2, N. Borrego3, J. Pinaya4 1 2 CECS/Engenharia Aeroespacial, UFABC, Brasil Divisão de Eletrônica Aeroespacial, INPE, Brasil 3 Wisersoft, Brasil 4 Omnisys Engenharia, Brasil Este artigo trata da abordagem utilizada para solução do problema de determinação autônoma da atitude a bordo de um veículo espacial e em tempo real, com uso de um sistema sensor/rastreador de estrelas. Aqui, são descritos alguns métodos e técnicas utilizadas no desenvolvimento do software para compor o sistema em desenvolvimento no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, com financiamento FINEP, denominado AST (Autonomous Star Tracker). Uma das aplicações desse sistema será a de compor o sistema de controle de atitude de futuros satélites brasileiros (incluindo as parcerias). Como resultado do esforço empreendido, obteve-se um pacote de programas de computador para controlar a operação de um sistema sensor/rastreador de estrelas com as características do AST, juntamente com um ambiente de simulação para testar a operação completa desse sistema, que foi denominado ADAST (Attitude Determination Algorithm Software Test). O software criado emprega um procedimento sistemático de reconhecimento de padrões para identificação de estrelas presentes no campo de visada (CDV) de um sensor de pixel ativo (APS) compondo um sistema fixo de cabeça única. O modo de rastreio foi implementado com utilização da técnica de "predição de centróides". Apenas a parte dos estudos relativa às operações de busca e rastreio de estrelas são discutidas e têm seus resultados apresentados neste trabalho. 72 PÔSTER #36 PROJETO E CONTROLE DE UMA PLATAFORMA AEROSTÁTICA COM JATOS DE AR W. L. Campesato1, V. Carrara2 1 Universidade Federal do ABC, Brasil 2 DMC, INPE, Brasil Este trabalho tem como objetivo a implementação de um conjunto de sensores e atuadores para controlar a atitude de uma plataforma sustentada por um mancal aerostático. Este projeto visa implementar um protótipo de um sistema de controle da plataforma usando jatos de ar comprimido, a fim de simular o controle de atitude de satélites empregando atuadores de jatos de gás. Sistemas compostos por estes atuadores são utilizados para deslocamentos com grandes ângulos, normalmente em caráter emergencial, e possuem grande gasto de energia, que neste caso é restrita ao volume do tanque de combustível. Para simular o ambiente espacial, o sistema de controle será implantado numa mesa (plataforma) de mancal aerostático. Uma mesa de mancal aerostático, também chamada de plataforma de mancal a ar, ou ainda mesa ou plataforma de mancal esférico, é um dispositivo no qual uma calota esférica sólida geralmente de aço flutua sobre um colchão de ar comprimido, formado em uma cavidade esférica que se ajusta perfeitamente à calota. A mesa permite simular um ambiente de baixo atrito, semelhante àquele encontrado nas órbitas de satélite em torno da Terra. A mesa utilizada neste projeto foi projetada e construída no INPE para testar o amortecedor de nutação dos satélites SCD1 e SCD2. O mancal desta mesa permite que a plataforma gire livremente em torno do eixo vertical, mas o movimento em torno dos eixos horizontais é limitado em aproximadamente 13° pela base de suporte. Foram fixadas na plataforma oito válvulas pneumáticas direcionais, uma válvula reguladora de pressão, dois reservatórios de ar comprimido, um manômetro, um engate rápido para recarga dos reservatórios, uma bateria de 12 V, uma eletrônica de controle e potência, uma unidade inercial composta por três giroscópios de estado sólido, três acelerômetros e três magnetômetros (um para cada eixo), cabeamento elétrico e tubulações pneumáticas, suportes para alguns componentes, e finalmente massas de balanceamento. Todos os componentes fixados na mesa foram dispostos de maneira a fazer com que o centro de massa da plataforma ficasse o mais próximo possível do centro geométrico da meia-esfera do mancal, reduzindo assim torques residuais devido ao desbalanceamento. Este projeto encontra-se atualmente em fase de implementação, necessitando-se ainda selecionar o processador digital embarcado a ser utilizado (já disponível), integrar funcionalmente os diversos componentes, e implementar a lei de controle em linguagem computacional. Como principal objetivo almeja-se conseguir, ao fim do projeto, um ambiente experimental no qual diversas leis de controle baseadas em jatos de gás e utilizando diversos sensores, possam ser testados, tanto para servir 73 como protótipo a um sistema real embarcado em satélites quanto para experimentações de novas técnicas de controle e também para uso acadêmico. PÔSTER #37 AVALIAÇÃO DO EFEITO DA IONOSFERA E DA TROPOSFERA NA LOCALIZAÇÃO DE PLATAFORMAS DE COLETA DE DADOS NOS PERÍODOS DE ALTA ATIVIDADE SOLAR, DE SECA E DE UMIDADE C.C. Celestino1, A.A. Silva2, W. Yamaguti2, H.K. Kuga3 1 UFABC – Universidade Federal do ABC, Brasil DSE – Divisão de Sistemas Espaciais, INPE, Brasil 3 DMC – Divisão de Mecânica Espacial e Controle, INPE, Brasil 2 O atual Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambiental (SBCDA) vem sendo utilizado para a localização geográfica de plataformas de coletas de dados (PCD). Esta localização geográfica é feita utilizando o desvio Doppler. O software de localização desenvolvido vem sendo testado com plataformas fixas e deverá ser estendido para plataformas moveis. Para melhorar a localização de PCDs, com os seus transmissores, alguns efeitos como a correção devido à ionosfera e à troposfera, estão sendo considerados e testados (Celestino et al., 2007 e Celestino et al., 2008). Neste trabalho é feito à avaliação do erro na localização de PCD considerando o efeito da ionosfera e da troposfera levando em conta os principais fatores destas perturbações, como por exemplo: a alta atividade solar, o período de seca e o período chuvoso. Para os testes dos erros de localização geográfica foram consideradas as passagens dos satélites SCD2, e uma PCD de teste. Os resultados simulados mostram a magnitude destes efeitos e o erro associado à ionosfera e à troposfera na localização geográfica desta PCD. Testes para o caso real estão sendo iniciados para comparar com os resultados simulados. Os resultados preliminares mostram que o efeito combinado da ionosfera e da troposfera pode ser relevante quando se tem as condições de alta atividade, período de seca e chuvoso para a localização geográfica de PCDs. PÔSTER #38 EXPERIMENTO COM GIROMETROS MEMS E COMPONENTES COTS PARA AUXÍLIO NA ESTIMAÇÃO DA ATITUDE DO ITASAT-1 F. Granziera Jr1, M. C. Tosin2 74 2 1 Divisão de Mecânica Espacial e Controle – DMC, INPE Depto. de Engenharia Elétrica – DEEL, Universidade Estadual de Londrina – UEL Este trabalho descreve um instrumento que será embarcado no ITASAT-1 com o intuito de realizar dois testes. O primeiro deles é adquirir dados de girômetros MEMS e combiná-los com dados de atitude do satélite, com o objetivo de melhorar a estimativa da atitude do mesmo. Para tanto será utilizado um Filtro de Kalman para estimar, não só a nova atitude utilizando as velocidades lidas pelos giros, como também seus biases. O segundo objetivo é utilizar na integração do sistema somente componentes eletrônicos comerciais com especificação industrial ou militar (COTS – commercial off-the-shelf), devido ao baixo custo e vasta disponibilidade. Como COTS não são projetados para operação sob radiação são utilizadas técnicas de blindagem com intuito de reduzir a probabilidade de ocorrência de eventos destrutivos no hardware e também técnicas de redundância de software para contornar as inversões de bit das memórias permanentes e voláteis do microcontrolador utilizado. Fisicamente o sistema é composto por quatro giros MEMS posicionados sobre um bloco de alumínio de modo a formar uma base tetraédrica. Os circuitos eletrônicos são acomodados de forma que o invólucro do sistema, construído em alumínio, atue como uma blindagem primária. Foi projetado um sistema de aquisição dos dados completo com filtragem, digitalização e processamento, além da integração de um conversor DCDC de alta eficiência e baixo ruído. O computador de bordo do ITASAT-1 atua como supervisor da experiência e retransmite seus dados processados para as estações em terra. Os dados processados no instrumento não são utilizados como referência para o controle do satélite, embora futuramente, possam ser utilizados no projeto para suprir informações de atitude caso ocorra uma eventual falha de um dos sensores de atitude do satélite. Este trabalho apresenta os conceitos e requisitos do instrumento para a missão descrevendo seu projeto, limites operacionais, problemas e soluções aplicados. Também é descrito um Fitro de Kalman projetado e resultados preliminares de simulação PÔSTER #39 MISSÃO ASTER: PROPOSTA DE ESPECTRÔMETRO INFRAVERMELHO Annibal Hetem1, Decio Mourão2, Antônio Gil Vicente de Brum1, Israel da Silveira Rêgo1, André Fenili1 , Dietmar Foryta 3,Fernando Madeira1, Cícero Ribeiro de Lima1, Othon Winter2, Elysandra Figuerêdo 4, Paulo Fernando Penteado4 75 1 2 CECS, UFABC, Brazil UNESP-Guaratinguetá, Brazil 3 UFPr, Brazil 4 IAG, USP, Brasil Apresentamos uma proposta de instrumentação científica para compor a Missão Aster, cujo objetivo é obter informações do sistema triplo de asteróides 2001 SN263. A proposta é baseada nas demandas científicas e restrições impostas pelas características da experiência, notadamente o ambiente interplanetário. A análise dos espectros, associada a outros parâmetros, permitirão diagnosticar a presença e a composição das espécies minerais e várias outras moléculas que podem estar presentes. A maioria dos minerais interessantes tem características de absorção devidas à vibração eletrônica em seus espectros de reflexão nas bandas infravermelhas. Uma identificação das fases minerais exige uma definição espectral mediana, enquanto que moléculas orgânicas somente podem ser observadas com uma definição mais elevada. O sensor principal do instrumento proposto compõe-se de um espectrômetro com operação na faixa 0.7-2.6 μm, tendo como detector um array linear de fotodiodos de índio-gálio-arsênio (InGaAs). Cada imagem obtida corresponderá a um espectro de uma dimensão espacial, sendo a segunda dimensão espacial obtida pela mudança da posição relativa do asteróide e a sonda, ou sua atitude. A resolução final, na faixa 1-5,5 μm, será da ordem de 17 nm por canal. PÔSTER #40 AVALIAÇÃO PRELIMINAR DAS VARIÁVEIS QUE PODEM INFLUENCIAR NA DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS DE CALIBRAÇÃO DE UMA ANTENA GNSS S. C. M. Huinca1, C. P. Krueger1 1 UFPR-Universidade Federal do Paraná O procedimento de calibração das antenas de receptores de sinais GNSS (Global Navigation Satellite System) consiste em determinar o centro de fase dessa antena. Esse centro é ponto de recepção do sinal vindo do satélite e varia conforme a característica individual de cada antena e com a direção do sinal proveniente de um satélite, ele divide-se em dois elementos o PCO (Phase Center Offset) e o PCV (Phase Center Variation). O PCO é um vetor de deslocamento entre o centro de fase médio e o ARP (Antenna Reference Point) e o PCV consiste de um deslocamento adicional do centro de fase, de caráter sistemático, que é função do ângulo de incidência do sinal GPS. Para obter precisão em um posicionamento sobre a superfície terrestre utilizando métodos de posicionamento GNSS é de suma importância o conhecimento do centro de fase (PCO 76 e PCV) de antenas GNSS envolvidas. Negligenciar, por exemplo, os valores das PCVs na determinação de coordenadas geodésicas precisas de um ponto pode conduzir a erros na coordenada vertical de até 10 cm (MADER,1999). Vendo tal importância e observando a não existência de uma base de calibração de antenas na América Latina, iniciou-se a implantação da BCAL/UFPR que é fruto de um processo de cooperação internacional do Programa PROBRAL (CAPES/DAAD) (Brasil/Alemanha). Essa base de calibração está localizada em Curitiba, estado do Paraná, Brasil, no Centro Politécnico, campus da Universidade Federal do Paraná (UFPR), anexo ao LAGE (Laboratório de Geodésia Espacial). Ela é composta por três pilares denominados de 1000, 2000 e 3000. Cada pilar possui uma base de centragem forçada na superfície superior, visto que ele não pode sofrer nenhuma deformação. O modelo de pilares adotado foi baseado no exemplo de pilares que constituem parte da rede geodésica do Instituto de Geodésia da Universidade de Karlsruhe (TH) e também instruções prescritas pelo IBGE para a execução dos marcos e pilares que compõem o Sistema Geodésico Brasileiro (IBGE, 2006) foram seguidas. Nessa base de calibração aplica-se o método de calibração relativo, o qual consiste em posicionar duas antenas em uma linha de base curta, a antena calibrada como referência e a antena de interesse (MENGE, 2003). São realizadas observações GNSS simultâneas pela estação de referência e pela antena a ser calibrada, onde os parâmetros de calibração (PCO e PCV) são determinados por meio de processamentos das observações GNSS (MADER, 1999). Atualmente nessa base de calibração estão sendo realizados alguns experimentos, onde são determinados parâmetros de calibração de uma mesma antena em diferentes condições climáticas e em diferentes épocas do ano, visando verificar possíveis variações desses parâmetros. Até o momento foram realizados doze experimentos sendo analisadas até o momento: temperatura (máxima, mínima e média) e umidade relativa do ar, variação do efeito do multicaminho e máscara de elevação dos satélites utilizada nas observações. O efeito do multicaminho é caracterizado pela chegada de um ou mais sinais a antena do receptor GNSS além do sinal direto do satélite devido às reflexões em superfícies refletoras próximas da antena e durante o percurso do sinal do satélite ao receptor (BAEBIERI et al., 2006). Esse é um fator limitante nos procedimento de calibração de antenas GNSS. PÔSTER #41 CONTROLE DE ATITUDE DE SATÉLITES ARTIFICIAIS UTIZANDO UM PROCESSADOR DIGITAL DE SINAIS (DSP) A.C. Santana1, L.S. Martins-Filho1, R.O. Duarte2, G. Arantes-Junior3 1 Universidade Federal do ABC, Brasil Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil 3 ZARM, Universidade de Bremen, Alemanha 2 77 Este trabalho consiste do estudo do problema de controle de atitude de satélites artificiais, através da aplicação de versão digital de controladores baseados nas teorias do Regulador Quadrático Linear (LQR) e do Regulador Quadrático Gaussiano (LQG), implementados num Processador Digital de Sinais (DSP). O modelo não linear da dinâmica e cinemática da atitude do satélite é simulado no ambiente MATLAB/SIMULINK de um computador, que recebe o sinal de controle determinado no Processador Digital de Sinais (DSP) conectado ao computador. Pretende-se com esta abordagem reproduzir com realismo problemas de uma implementação num satélite real, tais como comunicação de dados, atrasos, processos de amostragem, etc. O satélite adotado para o estudo é a Plataforma Multi Missão (PMM), desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Nas etapas iniciais, o trabalho mostra a modelagem do problema, incluindo o equacionamento da dinâmica e cinemática de atitude, o projeto do controlador em uma versão preliminar considerando o caso de tempo contínuo, em seguida o desenvolvimento de sua versão discretizada para realização do controle digital, executado por um dispositivo de processamento digital. Antes de simular o sistema completo, é preciso implementar a interface de comunicação DSP-computador, e realizar testes para averiguar a sincronização de entrada e saída de dados, e outros aspectos desse esquema de co-simulação. PÔSTER #42 GUIDANCE AND CAPTURE OF NON-COOPERATING TARGETS USING A FLY-BY APPROACH G. Arantes-Junior1, A. Komanduri1, D. Bindel1, L.S. Martins-Filho2 1 ZARM, Universidade de Bremen, Alemanha 2 Universidade Federal do ABC, Brasil This work aims to study a fly-by approach for guidance and capture of noncooperating targets. Non-cooperative satellites include a vast category of spacecrafts which have lost their control or operational capabilities due to erroneous orbit injection or/and component failure. Space debris and Near-Earth Objects (NEO) belong to those class of non-cooperating targets as well. Space missions like Orbital Express launched in 2007 open up a new era in space on-orbit servicing - which is defined by repair, retrieval, maintenance, and rescue of satellites on orbit. The development of technologies for autonomous rendezvous and docking play an important role for the mitigation of current space debris problem. One of the major 78 challenge involving the rendezvous and docking operation for on-orbit servicing is the capability of the service spacecraft to execute a safe approach with respect to an unstable/uncontrollable target. In this case the target satellite is not able to cooperate with the service satellite during the rendezvous and capture phases. This work focus on the study of guidance functions that can handle a satellite which is possible rotating and lacking the ability to maintain its docking port or grasping fixture align with the end effector of manipulator/docking port of the service spacecraft. The viability and suitability of the fly-by approach are tested through numerical simulations and preliminary sensibility analyzes are performed. The results show that the fly-by method can be considered as an alternative for the guidance function in the case of rendezvous and capture of a non-cooperating target.. PÔSTER #43 STATIC LOAD DISTRIBUTION IN BALL BEARINGS M. Ricci DMC, INPE, Brasil Precise applications, as for example space applications, require a precise determination of the static loading distributions in ball bearings. Models available in literature are approximate and often are not compatible with the desired degree of accuracy. A numerical procedure for internal loading distribution computation in statically loaded, single-row, angular-contact ball bearings, subjected to a known combined radial and thrust load, which must be applied so that to avoid tilting between inner and outer rings, is presented. The numerical procedure requires the iterative solution of Z + 2 simultaneous nonlinear equations – where Z is the number of the balls – to yield exact solution for axial and radial deflections, and contact angles. Numerical results for a 218 angular-contact ball bearing have been compared with those from the literature and show significant differences in the magnitudes of the ball loads, contact angles and extend of the loading zone. This work can be extended to determine the loading on high-speed bearings where centrifugal and gyroscopic forces do not be discarded. The results of this work can be used in the accurate determination of the friction torque of the ball bearings, under any operating condition of temperature and speed. 79 PÔSTER #44 ESTUDO DO MODELO DE CORREÇÃO IONOSFÉRICA NA LOCALIZAÇÃO DE PLATAFORMAS DE COLETA DE DADOS NOS PERÍODOS DE ALTA E BAIXA ATIVIDADE SOLAR A.A. Silva1, W. Yamaguti1, H.K. Kuga2, C.C. Celestino3 1 DSE – Divisão de Sistemas Espaciais, INPE, Brasil DMC – Divisão de Mecânica Espacial e Controle, INPE, Brasil 3 UFABC – Universidade Federal do ABC, Brasil 2 A localização de plataformas de coleta de dados (PCDs) é obtida através de medidas de desvio Doppler, considerando o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais. A ionosfera pode ser considerada uma grande fonte de erro para a localização de plataformas, por ser um meio dispersivo, caracterizado pela formação de íons e elétrons livres. A representação da ionosfera para a localização é medida pelo conteúdo total de elétrons – TEC. Este, por sua vez, tem uma dependência direta com a localização geográfica, a época do ano, a hora do dia, atividades geomagnéticas, entre outras. A partir dessa observação, este trabalho faz uma análise de dois diferentes modelos que descrevem os valores de TEC, levando em conta dois diferentes períodos, o de alta e de baixa atividade solar. Os resultados utilizam dados de desvio Doppler ideais e reais para o satélite brasileiro SCD-2 e representam a localização de plataformas fazendo uso das correções ionosféricas através dos modelos e condições citadas. As análises iniciais indicam que, em período de alta atividade solar, um dos modelos (IONEX) representa melhor a ionosfera, levando a uma melhoria na localização de até 50% em relação ao outro (IRI). Já em períodos de baixa atividade solar, ambos os modelos representam os valores de TEC de forma similar, não havendo mudanças consideráveis na localização das PCDs. PÔSTER #45 COMPARAÇÃO DE DESEMPENHO DE CONTROLE DE MESA MANCAL AEROSTÁTICO COM GIROSCÓPIO E CODIFICADOR ÓTICO Siqueira, R. H.1; Oliveira, D. A.1; Carrara, V.1 1 Depto. de Mecânica Espacial e Controle, INPE, Brasil O girômetro, ou giroscópio, é um dos principais sensores inerciais existentes em 80 um sistema de navegação inercial. O giroscópio efetua medidas da velocidade angular do veículo em relação a um referencial inercial. Entre as diversas tecnologias utilizadas em giroscópios, destacam-se os Giroscópios de Fibra Óptica, ou Fiber-Optic Gyro – FOG, que apresentam elevada taxa de amostragem e baixa deriva. Alguns erros, ou incertezas de medição, que tais giroscópios apresentam, e que são intrinsecamente ligadas às suas características físicas e construtivas, são o “Bias Drift”, desvio ou deriva e o “Random Walk”, equivalente a um movimento browniano oriundo da integração do sinal do giro. Embora possa ser estimada, a deriva de um giro muda com o tempo, exigindo constantes aferições do instrumento. Este efeito pode comprometer a ação do controle de atitude de satélites, uma vez que uma medida nula efetuada pelo giro não mais corresponde a uma velocidade angular nula do veículo, gerando assim um erro de posicionamento do controle em malha fechada. Nesse projeto visou-se a análise do desempenho de um controlador baseado exclusivamente nas medidas do giro e aferido por um codificador ótico (encoder) fixado à mesa, quando comparado a um controlador que usa tanto o giro quanto o próprio codificador. Utilizase neste experimento um controlador digital do tipo PID, que age na mesa por meio de uma roda de reação. Espera-se, com tal procedimento, obter dados que permitam uma melhor medida do desvio, bem como estimativas de como este desvio se comporta com o tempo. São apresentados resultados ilustrativos da comparação efetuada e da estimativa do desvio. PÔSTER #46 CONTROLE DE MOTOR DE PASSO POR MICROPASSO PARA APLICAÇÃO EM PAINÉIS SOLARES Oliveira, D. A.1, Siqueira, R. H. 1, Carrara, V.1 1 Depto. de Mecânica Espacial e Controle, INPE, Brasil O motor de passo, pela precisão de seus movimentos e por permitir o travamento de posição ao energizar-se uma bobina, tornou-se uma das principais ferramentas para a movimentação de painéis solares em satélites. Apesar disso, seu sistema de rotação gera vibrações decorrentes das mudanças de fases do motor, podendo causar perturbações durante sua aplicação. O objetivo desse trabalho é elaborar a análise e o desenvolvimento de um controle de motor de passo por micropasso, visando eliminar as vibrações causadas pelas mudanças das fases, além de obter maior precisão em seu posicionamento. Diferente do sistema de movimentação convencional, onde se energiza cada bobina separadamente numa sequência lógica, o controle por micropasso utiliza uma variação senoidal da tensão durante a troca das bobinas, gerando um movimento praticamente contínuo, de acordo com a resolução da tensão aplicada e das 81 características eletromagnéticas da bobina. Esse controle também permite o posicionamento numa região qualquer entre dois passos consecutivos, quando aplicadas tensões diferentes entre si nas bobinas. As tensões, neste sistema de controle, são geradas por sinais modulados por largura de pulso (Pulse Width Modulation – PWM) providos por um microcontrolador, sendo aplicadas diretamente no motor por meio de transistores. Os testes realizados mostraram que houve melhor precisão no posicionamento, continuidade no movimento de rotação do motor, e eliminação das vibrações geradas pelas trocas das fases. PÔSTER #47 AN OVERVIEW ON DISTRIBUTED CONTROL ARCHITECTURES EMPHASIZING THE INTEGRATED MODULAR AVIONICS (IMA) G.B.S. Tagawa1, M.L.O. Souza2, R.L. Costa3 1 Course of ETE/ Space Mechanics and Control,CMC, INPE, Brazil 2 Division of Space Mechanics and Control,CMC, INPE, Brazil 3 Course of ETE/ Space Mechanics and Control,CMC, INPE, Brazil The use of distributed control architectures as the Integrated Modular Avionics (IMA) in aerospace applications is growing due to its reduced number of hardware such as processors and Line Replaceable Units (LRU), thereby reducing weight and costs. Furthermore, IMA architectures can perform complex reconfigurations in the case of failures and adapt themselves to changes in network functioning or operating modes, what makes its control system very robust. This paper presents an overview on distributed control architectures emphasizing the Integrated Modular Avionics (IMA). To do that, we review the current literature related to such architectures and give an overview of their characteristics. We also introduce the standard ARINC 653 “Avionics Application Software Standard Interface” which specifies the baseline operating environment for application softwares used within IMA. To conclude, we point out the advantages and disadvantages of using Integrated Modular Avionics in relation to current architectures and technologies for aerospace control systems. 82 PÔSTER #48 DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPOS VISANDO O MONITORAMENTO DO NÍVEL DE ÁGUA E DAS CORRENTES EM ÁREAS COSTEIRAS A. R. Viski1, R. M. C. Werlich1, C. P. Krueger1, L. D. D. Ferreira1, S. C. M. Huinca1 1 Universidade Federal do Paraná - UFPR Setor de Ciências da Terra Curso de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas - CPGCG, Curitiba - PR No Brasil quando se trata de investimentos nas áreas de pesquisas aplicadas aos setores de tecnologia, há uma maior incidência em instituições de pesquisas como as universidades e os órgãos do governo. Mesmo com recursos limitados essas instituições, têm constantemente desenvolvido pesquisas e tecnologias em diversas áreas do conhecimento, porém, ainda não tem sido suficiente para atender a necessidade do mercado interno. Com o avanço das pesquisas, o monitoramento por meio de Sistemas de Posicionamento por Satélites (GNSS), tem se tornado atraente, e através dele se tem obtido um melhor controle dos recursos naturais. O Laboratório de Geodésia Espacial (LAGE), localizado no Campus do Centro Politécnico da UFPR está investindo no desenvolvimento de equipamentos de custo reduzido visando o monitoramento contínuo de massas de água do território brasileiro. Dentre os equipamentos desenvolvidos citam-se: plataformas mecânica e automatizada de controle vertical, bóia de deriva, nível digital automatizado e um material isolante eletromagnético. Eles foram construídos buscando-se obter observações com precisão e acurácia. Nas plataformas de controle vertical, bóias são acopladas por meio de um sistema de hastes, compostas por compensadores, os quais têm a função de evitar a influência do meio físico externo à água, por exemplo, as ondulações provocadas pelo vento. Nesta plataforma, foi empregado um outro mecanismo denominado de dispositivo eletromecânico, o qual se ajusta às necessidades do ambiente. Um material isolante eletromagnético foi acoplado na plataforma, com a finalidade de atenuar sinais indiretos que chegam as antenas dos receptores GNSS refletidos pela água. Estas plataformas foram desenvolvidas com mecanismos de precisão, buscando que o erro planimétrico esteja dentro dos padrões exigidos. Visando a obtenção da trajetória descrita pelas correntes d’ água, a bóia de deriva é composta por um sistema pendular, o qual permite manter a antena GNSS o mais próximo possível da direção zenital, obtendo com isso uma melhor qualidade de dados. Na parte inferior do conjunto pendular, foi acoplado um sistema de aletas, que funciona como leme para descrever a trajetória da correnteza com maior grau de confiabilidade. O objetivo do nível digital automatizado é de se obter o nível da água om precisões milimétricas, e sem a influência de pequenas ondulações da água. A análise dos resultados obtidos mostrouse promissora, e deste modo, a viabilidade do emprego destes protótipos no monitoramento de massas d’ água. 83 EXOPLANETAS 85 PÔSTER #49 DINÂMICA SECULAR DOS SISTEMAS DE PLANETÁRIOS PRÓXIMOS À RESSONÂNCIA 3:1 : SATURNO-URANO E 55 CNC B-C A.J. Alves , T.A. Michtchenko IAG, USP, Brasil Este trabalho tem como objetivo a modelagem dinâmica e caracterização de sistemas de planetas múltiplos. Restringimo-nos mais especificamente aos sistemas próximos à ressonância de movimentos médios 3:1. Estudamos os sistemas SaturnoUrano, 55 Cnc b-c. Inicialmente construimos o Hamiltoniano para um sistema nestas condições através da expansão da função perturbadora que se escreve em termos de coeficientes de Laplace. Introduzimos a definição de um parâmetro de proximidade com a ressonância δ descrito primeiramente em Tittermore and Wisdom, 1988. Desenvolvemos programas computacionais que determinassem os termos importantes que compõem a série. Também construimos o integradores numérico de Runge-Kutta de 4ª ordem e aplicamos o Radau 15(Everhart, 1985). A partir do Hamiltoniano construido, primeiramente estudamos o modelo secular e suas soluções especiais e espaço de fase, observando as soluções possíveis em função da Energia. Para o Hamiltoniano Completo, que contém a parte secular e ressonante, fizemos a construção do plano representativo através das curvas de nível. Observamos os diferentes regimes de movimento possíveis através da variação do valor de δ. Concluimos com a construção dos planos paramétricos para classificar os sistemas estudados como estando em regime puramente secular, quasi-ressonante ou ressonante. Comparamos os resultados aos obtidos através da integração das equações do movimento dos sistemas utilizando-nos do integrador Radau 15. PÔSTER #50 ESTABILIDADE DAS ÓRBITAS PLANETÁRIAS NOS SISTEMAS DE ESTRELAS BINÁRIAS Andrade, E. I., Michtchenko, T. A. IAG, USP, Brasil 87 Foi elaborado um critério de estabilidade para órbitas planetárias em sistemas de estrelas múltiplas baseado na esfera de Hill, solução do problema de três corpos restrito, e comparado com outros critérios, o método da máxima excentricidade e do número espectral. Esses critérios foram implementados na construção dos mapas dinâmicos do espaço paramétrico do problema a ser estudado. O novo critério, denominado ADmax, apresentou compatibilidade com os outros critérios e a vantagem de uma simples aplicação, o que levou a construção de um simples modelo que limita a relação entre os elementos orbitais de um planeta para que a órbita seja estável. No presente trabalho são apresentados resultados das comparaçães entre a relação teórica proposta com simulaçães numéricas para verificar a qualidade do modelo, e também feitas comparações com um modelo similar encontrado na literatura, o de Holman e Wiegert (1999). PÔSTER #51 DYNAMICS OF PLANETESIMALS IN TIGHT BINARY SYSTEMS J. Correa Otto, C.A. Giuppone, A. M. Leiva, C. Beaugé Observatório Astronómico, Universidad Nacional de Córdoba, Argentina Although it is believed that approximately half of stars in the solar neighborhood belong to multiple stellar systems, almost 90% of known exoplanets are found around single stars. It is not yet clear whether this discrepancy is due solely to observational bias, or if the process of planetary formation may be seriously impaired even in very wide binary systems. Curiously, however, exoplanets have been detected in very close binary stellar systems, where the gravitational perturbations of the secondary component are so large that accretional collisions among small planetesimals are extremely difficult. Perhaps the most extreme example is g -Cephei where a Jovian-type planet has been detected orbiting the main stellar component with ~2 AU, even though the secondary star has a pericentric distance of only 12 AU. So far, all attempts to understand the accretional history of this extrasolar planet have not been successful, and it is extremely difficult to visualize physical scenarios under which such a massive Jovian planet could form through accretional collisions from a primordial planetesimal swarm. In this communication we present some preliminary results from an ongoing project to understand the dynamics of planetesimal swarms in binary systems. The results presented here focus on two aspects: (i) secular dynamics of small particles immersed in an eccentric precessing gaseous disk, and (ii) resonant dynamics of larger embryos in the outer regions of the disk (~ 4-5 AU). 88 PÔSTER #52 MODELING THE SECULAR EVOLUTION OF MIGRATING PLANET PAIRS T. A. Michtchenko Department of Astronomy, IAG-USP, São Paulo, Brazil It is presently accepted that the migration plays an important role in the dynamical history of planetary systems. Several mechanisms are proposed to be responsible for planet migration; some of these are i) planet interactions with a protoplanetary disk of gas/dust, ii) gravitational scattering and clearing of remnant planetesimal debris by the planets, iii) direct collisions between the planets, and iv) tidal interactions of the planets with a central star, etc. The study of migration is frequently connected to theories of planet formation and is done mainly in the form of numerical simulations. The main problem arising in these investigations is probably a lack of knowledge about the structure of planet-forming gaseous discs and their detailed physical properties. The huge list of unknown parameters requests numerous numerical simulations characterized by high computational costs and introduces uncertainties in the results obtained. In this work we purpose a simple method for a qualitative study of the planet migration, when the detailed knowledge of the dissipative mechanisms, their physical parameters and starting configurations of the systems are unnecessary. Our goal is to establish the main features of the motion of a two-planet dissipative system, exploring the basic concepts of the conservative and dissipative secular dynamics, and investigate the dependence of its motion on the parameters of the problem. The evolution of the two-planet migration system is studied from the point of view of the variation of the general quantities of the secular problem: the mechanical energy, the total angular momentum, the planetary masses and their semimajor axes. In such a way, no particular mechanism is considered, and the results obtained are valid for any migration process. PÔSTER #53 A INTRIGANTE MASSA DE COROT-7B S. Ferraz-Mello1, M. T. Dos Santos1, C. Beaugé2, T. Michtchenko1 1 IAG, USP, Brasil Observatório Astronômico de Córdoba, UNC, Argentina 2 89 Corot-7b foi a primeira Super-Terra com massa e raio medidos, trata-se de um paradigma para o estudo de planetas quentes de baixa massa, pois pode fixar limitações nos modelos de formação e evolução. Portanto, é importante boas determinações para raio e massa: o raio é de 11.000 ± 600 km, inferido através de trânsito, um valor que pode ser melhorado no futuro, mas de magnitude bem definida. A massa, todavia, (4.8 ± 0.8 MT ; Queloz et al. 2009) é incerta devido a estrela Corot-7, K0V e 1.5-G.anos, ser bastante ativa. As variações nas medidas de velocidade radial, método utilizado para se calcular as massas de exoplanetas, são principalmente devidas a atividade estelar e estas seguem o período de rotação da estrela (23.64 dias) de uma maneira muito irregular. Assim Corot-7b é também um paradigma sobre o tipo de problema que podemos enfrentar quando planetas com massas terrestres são descobertos. Um dos objetivos da investigação aqui relatada é usar Corot-7, no qual há um conjunto de 109 excelentes medidas, para explorar técnicas que possam ser usadas em outras Super-Terras que porventura sejam descobertas em estrelas ativas. Este importante problema foi considerado por pesquisadores ligados ao Projeto Corot e diversas soluções foram propostas no intervalo de 2.4 a 8 MT . Existe também neste sistema um segundo corpo, Corot-7c, externo de período ~3.7 dias, cuja massa também é controversa, são apontados valores no intervalo de 8 a 16 MT. Nesta comunicação apresentamos os resultados que independem de qualquer hipótese significativa sobre a atividade estelar e corrobora os valores de ~8 e ~15 MT para Corot-7b e c respectivamente. Estes valores foram obtidos utilizando um filtro passa alta que separa da velocidade radial as contribuições advindas dos planetas daquelas vindas da atividade estelar. 90 MECÂNICA CELESTE 91 PÔSTER #54 ESTUDO DA DINÂMICA DE CAPTURA POR ARRASTO EM GÁS N.C.S. Araújo1, R.Vilhena de Moraes2, E. Vieira Neto2, O. C. Winter2 1 2 Unesp de Guaratinguetá, Brasil Depto. de Matemática,Unesp de Guaratinguetá, Brasil O estudo da dinâmica da captura gravitacional tem um papel importante em dinâmica orbital. É consenso que os satélites irregulares são corpos que se formaram em regiões distantes de seus planetas e que posteriormente foram capturados pelos mesmos a partir de órbitas heliocêntricas. Vários estudos mostraram que sob a dinâmica do problema de 3 corpos, a captura gravitacional é temporária, ou seja, depois de algum tempo o corpo capturado escapa do planeta. Para a manutenção dessa captura torna-se necessário a atuação de um mecanismo auxiliar para tornar a captura permanente. Existem vários modelos de mecanismos de efetivação da captura, dentre eles, o modelo de captura por arrasto em gás, em que ocorre a dissipação de energia do corpo temporariamente capturado devido ao atrito com uma nebulosa que envolve o planeta, isso faz diminuir a velocidade do mesmo transformando a captura temporária em permanente. Existem teorias que confirmam a existência de uma nuvem de gás ao redor dos planetas no final do processo de formação. Esse disco de gás e poeira remanescente poderia ser suficientemente denso para oferecer uma força de arrasto sob corpos que viessem nele emergir devido a um encontro próximo com o planeta. Assim, a proposta apresentada neste trabalho é estudar, através de métodos numéricos, a influência da dissipação do gás no mecanismo de captura. PÔSTER #55 POSSIBILIDADE DE REDUÇÃO DO LIXO ESPACIAL GEOESTACIONÁRIO ATRAVÉS DAS VARIEDADES INVARIANTES HIPERBÓLICAS DO PROBLEMA RESTRITO E CIRCULAR DE TRÊS CORPOS D. Belloni1, T. Stuchi2, A. A. Côrrea3 1 Observatório do Valongo, UFRJ, Brasil 2 Instituto de Fisica,UFRJ, Brasil 3 StarOne / RJ, Brasil A estrutura de variedades invariantes associadas aos pontos colineares do problema restrito e circular de três corpos nos fornece um esquema geométrico para o 93 entendimento e fenômenos de transporte no Sistema Solar, sistemas de estrelas binárias e seus discos de acreção, sistema formado por galáxia-aglomerado-estrela, etc. Essa estrutura tem sido largamente utilizada no transporte de satélites para missões como SOHO, WIND, etc. Em particular, as variedades instáveis e estáveis correspondentes às órbitas periódicas associadas a esses pontos de libração formam verdadeiros tubos de transporte de matéria, tanto entre corpos do mesmo sistema como de um sistema de um problema restrito e circular de três corpos a outro. O presente trabalho tem como objetivo desenvolver programas eficientes para integração numérica de sistemas dinâmicos, em particular, o sistema associado ao problema restrito e circular de três corpos no plano e a obtenção de secções de Poincaré para um entendimento prévio do espaço de fase. Foram determinadas também as órbitas periódicas de Lyapunov em torno dos pontos de equilíbrio L1 e L2. Pretende-se determinaras órbitas planas em torno da Terra, uma vez que a Órbita Geoestacionária é uma órbita desse tipo. A globalização numérica das variedades invariantes hiperbólicas associadas às órbitas periódicas de Lyapunov permite estudar a possibilidade de cruzamento destas com a vizinhança da órbita geoestacionária, sendo essa a última etapa do trabalho. Se este cruzamento ocorrer teremos um canal de escape para o lixo em direção ao Sol ou para fora do sistema Terra-Sol. PÔSTER #56 SOME ORBITAL CHARACTERISTICS OF LUNAR ARTIFICIAL SATELLITES II J. P. S. Carvalho1, R. Vilhena de Moraes2, A. F. B. A. Prado3 1 UNESP- Univ Estadual Paulista, Brazil. Instituto de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal de São Paulo, Brazil 3 Division of Space Mechanics and Control – INPE, Brazil 2 In this paper we present an analytical theory with numerical simulations to study the orbital motion of lunar artificial satellites. We consider the problem of an artificial satellite perturbed by the non-uniform distribution of mass of the Moon and by a thirdbody in elliptical orbit (Earth is considered). A modeling with the Lie-Hori algorithm to the second order is presented, where we placed the perturbations in different orders of the Hamiltonian to analyze the behavior of the eccentricity. We identified which perturbations should be taken into account to study the lifetime or frozen orbit of a lunar satellite in first approximation. Emphasis is given to the case of frozen orbits. Numerical simulations for hypothetical lunar artificial satellites are performed considering the perturbations combined or isolated. 94 PÔSTER #57 ANÁLISE DE CAPTURA DE BINÁRIOS COM VARIAÇÃO DE MASSAS E ENERGIA DE TROCA E.M.B.A. Cavalcanti1, A.D.C. de Jesus2 1 2 Física, UEFS, Brasil Depto. de Física, UEFS, Brasil A busca de explicações para o sistema de formação de satélites irregulares tem sido tema importante para a comunidade científica desde duas décadas passadas. Dentre as hipóteses existentes, a captura devido a ruptura de um asteróide binário é a única que não depende de período específico da época da evolução do Sistema Solar. Porém, tanto esta hipótese quanto outras dependem do raio de Hill para o estabelecimento das condições de estabilidade da captura. Neste trabalho, analisamos a variação que ocorre no raio de Hill, devido às variações de seus parâmetros definidores. Verificamos que estas variações são significativas e que, portanto, interfere na estabilidade do binário em capturas mais realistas. Um estudo da variação da energia de troca foi realizado a partir das variações das massas dos objetos espaciais envolvidos na captura. PÔSTER #58 SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE FOKKER-PLANCK-KOLMOGOROV PARA A DINÂMICA DE DETRITOS ESPACIAIS A. Delson Conceição de Jesus Departamento de Física, UEFS, Brasil Neste trabalho apresentamos uma solução algébrica da equação de Fokker-PlanckKolmogorov para o caso de uma dinâmica de detritos espaciais, num processo de difusão inicial de partículas durante uma colisão. 95 PÔSTER #59 APLICAÇÃO DA GEOMETRIA ALGÉBRICA A FINITUDE GENÉRICA DAS CONFIGURAÇÕES CENTRAIS DE DZIOBEK T. Dias Universidade Federal Rural de Pernambuco Em 1998 Smale propôs o seguinte problema aos matemáticos deste século: "Considere o problema de n corpos. Para uma escolha real positiva das massas dos corpos, é finito o número de classes de configurações centrais módulo simetrias e homotéticas correspondentes?" O nosso objetivo é demonstrar que para uma escolha "genérica" das massas, o número de classes de configurações centrais de Dziobek é finito. Esta é a resposta ao problema de Smale neste caso particular. Para tanto obtemos uma formulação algébrica que nos permite definir uma variedade quasi-projetiva que contém todos os pontos projetivos que provêm de configurações centrais de Dziobek. A observação crucial é que todos os pontos projetivos desta variedade quasi-projetiva que provêm de uma configuração central de Dziobek estão nas fibras da projeção de uma aplicação regular bastante especial. Mostrando que para nossa escolha das massas obtemos que as fibras desta aplicação regular são finitas, obtemos o resultado. PÔSTER #60 PRODUTOS INFINITOS E FORMULAÇÕES DISCRETAS DA DINÂMICA DE UM FOGUETE L. Miranda1, S. Moreira2 1 Coordenação de Licenciatura em Matemática, IFPI, Brasil 2 Coordenação de Licenciatura em Física, IFPI, Brasil Fazemos uma correlação entre as seqüências de retiradas de partes de uma massa discretamente variável e o movimento linear desta, enfatizando o uso da teoria dos produtos infinitos. 96 PÔSTER #61 DESENVOLVIMENTO DO TORQUE DE PRESSÃO DE RADIAÇÃO SOLAR DIRETA UTILIZANDO QUATÉRNIONS DE ATITUDE G. B. Motta1, M. C. Zanardi1 1 Depto de Matemática, FEG, UNESP – Campus de Guaratinguetá, Brasil O objetivo principal deste trabalho é determinar as componentes do torque de radiação solar direta no sistema de eixos principais de inércia utilizando os quaternions para representar a orientação espacial de um satélite de forma cilíndrica. Estas componentes são necessárias nas equações dinâmicas do movimento rotacional de satélites artificiais, as quais são utilizadas para a propagação analítica ou numérica do movimento rotacional do satélite. O Torque de Pressão de Radiação Solar é gerado pela troca de quantidade de movimento que ocorre no choque dos fótons provenientes do Sol com a superfície do satélite. As principais fontes de radiação no espaço são o Sol e a Terra. Aqui, enfoca-se o Torque de Pressão de Radiação Solar Direta, devido à sua predominância em módulo sobre outros de mesma natureza. Pelo fato da grande distância entre o Sol e o satélite, este torque é praticamente independente da altitude, para satélites de pequena altitude geocêntrica. Aplicações são realizadas para um satélite cilíndrico, com os Momentos de Inércia em relação aos eixos x e y semelhantes e maiores do que o momento de inércia em relação ao eixo z, sendo o eixo z na direção longitudinal do satélite. Com isso, o CM do satélite coincide com o seu centro geométrico. Não se considera a influência da sombra da Terra, admitindo-se que o satélite está sempre iluminado. A variação da ascensão reta e declinação do Sol são assumidas lineares no tempo, devido ao tempo de simulação considerado. Os desenvolvimentos são realizados considerando-se duas superfícies iluminadas: a base (S1) e a superfície lateral parcial (S2). Observa-se que a componente do torque no eixo Oz é nula. Isso se dá devido à simetria geométrica e à distribuição de massa uniforme do satélite. Com isso, o satélite oscila em torno deste eixo. Nota-se também que podemos ter torque nulo dependendo da combinação dos parâmetros de reflexão ou no caso particular de reflexão especular total nas duas superfícies. A variação da magnitude do torque com a altitude em relação à Terra é apresentada, mostrando sua pequena variação para satélites com pequena altitude geocêntrica. 97 PÔSTER #62 ANÁLISE DE ESTABILIDADE DO MOVIMENTO ROTACIONAL DE SATÉLITES ARTIFICIAIS COM QUATÉRNIONS E TORQUE DE GRADIENTE DE GRAVIDADE J. C. Santos1, M. C. Zanardi1 1 Depto de Matemática, FEG, UNESP – Campus de Guaratinguetá, Brasil A análise da estabilidade do movimento rotacional de satélites artificiais é aqui realizada pela aplicação do critério de Routh-Hurwitz. Este critério permite investigar a estabilidade absoluta de sistemas de equações através dos coeficientes da equação característica associada ao sistema de equações linearizado (no caso deste trabalho, o sistema de equações do movimento rotacional), sem que haja a necessidade de determinar as raízes da equação característica. No trabalho se utilizam os quatérnions para descrever a orientação espacial do satélite e nas equações dinâmicas do movimento rotacional é incluído o Torque de Gradiente de Gravidade. O Torque de Gradiente de Gravidade ocorre devido ao gradiente de força gravitacional existente entre diferentes partes do satélite, dependendo da distribuição de sua massa e forma. Este torque é importante quando o corpo não possui simetria esférica na distribuição de sua massa ou quando o eixo de rotação do satélite não se alinha na direção do vetor posição do centro de massa do satélite com relação à Terra. As equações do movimento são descritas pelas 4 equações cinemáticas relacionadas com as 4 componentes do quatérnion de atitude e pelas 3 equações dinâmicas em termos das componentes da velocidade, onde são incluídas as componentes do torque de gradiente de gravidade, totalizando 7 equações. Para a aplicação do critério de Routh-Hurwitz é necessário a linearização do sistema de equações do movimento rotacional em torno da condição de equilíbrio do problema. A determinação dos pontos de equilíbrio foram determinadas pelo Método de Newton Raphson a partir das equações (1) e (2), e para cada ponto de equilíbrio é aplicado o algoritmo anterior para a análise da estabilidade, com o auxílio do software MATLAB. Um algoritmo para o critério de Routh-Hurwitz é apresentado e aplicações são realizadas com os dados reais do Satélite Brasileiro de Coleta de Dados - SCD1. Foram realizadas 673 simulações, sendo 446 para um satélite com características similares ao Satélite de Coleta de Dados Brasileiro SCD1 e 227 para o SCD2. Foram obtidos 132 pontos de equilíbrio para o SCD1 e 52 pontos de equilíbrio para o SCD2, sendo que após a aplicação do algoritmo verificou-se que 2 pontos são estáveis pelo critério de Routh-Hurwitz, sendo que apenas a excentricidade orbital é distinta nestes dois pontos. 98 PÔSTER #63 INSTABILIDADE E BIFURCAÇÕES EM UM PROBLEMA RESTRITO DE N CORPOS G. O. Silva1 1 UFPE,PE, Brasil O estudo das configurações centrais é de grande interesse desde antes dos trabalhos de Maxwell, tal interesse surge nos trabalhos de Euler [1767] e Lagrange [1873] - que com o objetivo de descrever um modelo que representasse o comportamento dos anéis de Saturno, estudou o problema poligonal de n corpos, analisando a estabilidade desta configuração com n massas iguais nos vértices de um polígono regular e uma massa central. Este trabalho foi completamente preenchido e corrigido por Richard Moeckel, em 1994, quando mostrou que a configuração poligonal com massas iguais é instável sempre , e que a configuração poligonal com uma massa central é estável para n maior ou igual a 7 para uma massa central satisfatoriamente grande. Além destes resultados obtidos pelo Moeckel, tem-se também o resultado do Roberts Gareth, que dá uma estimativa assintótica para a massa central a fim de que tenha-se a estabilidade. Em 1985, L.M.Perko e E.L.Walter, mostraram que um polígono com n massas iguais em um sistema de coordenadas rotacionais com velocidade estabelecida é uma configuração central para n maior ou igual a 3. Atraves deste resultado podemos facilmente observar que o polígno com n massas iguais e uma massa central também é uma configuração central pois a força resultante da massa central já é central. No século XVI, o Astrônomo e Filósofo J. Kepler descreveu as leis que regem o movimento do sistema solar, mas apenas no século XVII com Issac Newton é que tivemos a lei fundamental que rege tal movimento, com a lei das forças. O próprio Newton foi responsável pela solução do problema de Kepler, que é o problema de 2 corpos. Que fora completamente solucionado. No entanto apenas no século XIX com o matemático Henri Poincaré, é que tivemos avanços satisfatórios no que tange a solubilidade do problema dos 3-corpos, tendo este observado que tal problema é insolúvel. Buscando soluções especiais, Euler encontrou um tipo específico de solução, considerando que os corpos estão dispostos sobre uma reta, tais soluções são denominadas colineares. Lagrange encontrou as soluções do triângulo equilátero, tendo tal configuração sendo observada em nosso sistema, estando Júpiter em um dos vértives e nos demais conjuntos de corpos do anel de asteróides que circunda o sistema dentro do raio de Júpiter. Devido aos avanços ocorridos na análise matemática, na álgebra e ao surgimento de novas técnicas de análise tais como; a análise de Fourier, representação de funções em séries, representação algébrica de propriedades topológicas, consolidados a partir do século XVIII, é que se pôde obter avanços significativos na compreensão das técnicas de solubilidade de equações diferenciais, especificamente do Sistema Hamiltoniano, que comporta as equações do movimento dos n-corpos. A Teoria das Matrizes, a Álgebra Linear, o aperfeiçoamento da Teoria da Estabilidade provinda dos trabalhos de 99 Liapunov deram a análise matemática os instrumentos que propiciam uma nova abordagem, tendo ai início uma nova matemática que na mecânica celeste veio pelo trabalho de Poincaré. Assim, em 1922 o Astrônomo M. Lindow surge com uma abordagem de representação de funções complexas que possibilita uma transformação adequada das coordenadas e do tempo, no problema circular de 3 + 1 corpos. Agora em 2003, os métodos de representação de funções complexas desenvolvidos por M. Lindow, baseado nas teorias sobre funções elípticas , despertaram o interesse sobre o problema das configurações centrais, possibilitando a descoberta de uma gama de classes de configurações. Aqui propomo-nos a analisar a estabilidade espectral de um caso particular dessas configurações que foram mais uma vez determinadas, antes tinham sido determinadas pelo M.Lindow. Usando técnicas desenvolvidas por R. Moeckel. Análises feitas pelo Roberts Gareth e Simó. Comportamento monótono de funções que expressam as condições de estabilidade. Assim como determinar a análise das bifurcações de configurações centrais no problema restrito de (n+1) corpos, buscando deste modo encontrar a unicidade das posições de m (massa desprezível) podendo fazer a contagem. Tendo deste modo respondido ao 6º problema de Smalle para este caso particular. PÔSTER #64 UM MÉTODO TOPOLÓGICO PARA EXISTÊNCIA DE SOLUÇÕES PERIÓDICAS NO PROBLEMA DOS TRÊS CORPOS A. Soares1,2, E. Leandro2 1 Departamento de Matemática, UFRPE, Brasil Departamento de Matemática, UFPE, Brasil 2 Considere o problema descrito por 3 partículas alinhadas, onde as duas da extremidade tem a mesma massa. Euler (1757) mostrou que certas soluções terminam em colisão tripla. McGehee (1974) regularizou as colisões duplas e mostrou que é impossível regularizar as colisão tripla! Schubart (1956) verificou numericamente a existência das órbitas periódicas que recebem seu nome. Será apresentado uma descrição do sistema dinâmico. Faremos a regularização das colisões duplas (como McGehee). Veremos a reescala de tempo para a colisão tripla se realizar num tempo muito grande, e uma breve justificativa do porque é tão difícil regularizar a colisão tripla. Vamos construir um Conjunto de Wazewski,W, para o fluxo desse sistema Hamiltoniano, agora com as colisões duplas regularizadas e a tripla num tempo infinito. O Conjunto de Wazewski e um ente Topológico, associado a um fluxo, e e dado pela definição: 100 Definição: Seja W um conjunto num espaço topológico, com um fluxo denotado por Considere: ; . Dizemos que W é conjunto de Wazewski se: 1. W é fechado; 2. . Definiremos em W uma função contínua, e mostraremos que a imagem dos estados de entrada simétricos intersectam o conjunto de saída de W num conjunto apropriado, assim construiremos o primeiro quarto da órbita periódica, o restante da órbita é dado por reflexão e translação deste. Veremos que este método pode ser estendido a outros sistemas simétricos de três corpos, como o notório problema da existência da figura 8. Discutiremos uma aplicação do método usado para determinar as órbitas de Schubart ao Problema Isósceles. PÔSTER #65 UM ESTUDO DA LIBRAÇÃO LAPLACIANA R. A. C. Silva1, M. C. Zanardi1, R. Vilhena de Moraes2 2 1 Depto de Matemática, FEG, UNESP – Campus de Guaratinguetá, Brasil Instituto de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal de São Paulo – São José dos Campos, SP,Brasil No presente trabalho é apresentada uma solução intermediária para o estudo do movimento plano, ao redor de um corpo central, de quatro corpos menores, de massas comparáveis satisfazendo: períodos orbitais dos 3 primeiros satélites comensuráveis nas razões 4:2:1, comensurabilidade laplaciana, variação do ângulo crítico laplaciano em torno de um ponto de equilíbrio conhecido, conceito do equilíbrio instantâneo em torno da condição de equilíbrio de Laplace. As novas equações do movimento são obtidas através de transformações canônicas apropriadas respeitando as influências consideradas. O método de Hori é aplicado. Uma aplicação é feita ao movimento dos satélites galileanos de Júpiter. 101 PÔSTER #66 SOBRE SATÉLITES DE CORPOS TRIAXIAIS – CASO DE TITAN T.Yokoyama1, R.Vilhena de Moraes2,3, M. C. Molina1 1 DEMAC, IGCE, UNESP, Brasil 2 FEG, UNESP, Brasil 3 DEM, INPE, Brasil Titan é um satélite de dimensões planetárias e durante a migração planetária o mesmo sofre uma grande quantidade de colisões e encontros próximos com planetesimais. A questão que se coloca é se Titan poderia capturar algum fragmento, mantendo-o como seu satélite. Um exemplo similar já se discutiu no passado com a Lua porém hoje o problema ganhou mais interesse já que existem estudos visando lançar objetos artificiais lunares. Ao contrário de Titan, há vários trabalhos sobre satélites artificiais da Lua. Recentemente foram conseguidos alguns dados sobre os harmônicos do campo gravitacional de Titan. Em principio, a tri-axialidade é mais dominante do que na Lua. Tal como a grande maioria dos grandes satélites regulares, Titan e Lua são corpos rígidos triaxiais e portanto atualmente seus períodos de rotação e os de translação em torno dos primários, estariam sincronizados. Neste trabalho, ao invés de considerar uma única freqüência como se tem feito para a Lua, tomaremos inicialmente os dois movimentos independentes, não necessariamente síncronos. O problema médio é então de três graus de liberdade, no entanto sempre possível de reduzir a dimensões menores deste que a velocidade angular de rotação de Titan seja suficientemente alta. Isto possibilita a eliminação de mais um grau, via von -Zeipel. Mesmo assim, devido a alta atmosfera de Titan (600km), um satélite necessitaria ter uma altura acima desse valor. Assim para alto valor do semieixo, a perturbação de Saturno se torna importante e como as inclinações envolvidas são altas, surge inevitavelmente a ressonância de Lidov-Kozai, o que traz altas excentricidades. Um caso extremo ocorre se a rotação de Titan se tornar muito baixa, surgindo um forte movimento caótico. De maneira geral, na presença de inclinações altas, o movimento tende a ser muito instável, o que não propicia a sobrevivência de possíveis satélites de Titan . Apoio: CNPq, FAPESP. 102 PÔSTER #67 VARIAÇÃO SECULAR DO PLANO NORMAL DE CORPOS RÍGIDOS COM A=B SOB A AÇÃO GRAVITACIONAL DE UM PRIMÁRIO T. Yokoyama1, N.Callegari Jr1 , R.Deienno 1,2 1 Departamento de Estatística Matemática Aplicada e Computação-IGCE,UNESP, Brasil 2 Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE, Brasil Seja inicialmente um corpo rígido R (planeta ou satélite) cuja dinâmica de rotação é dada por uma hamiltoniana em variáveis de Andoyer. Livre de torques este movimento é integrável, mas sob a perturbação de um primário, a dinâmica é outra. Para facilidade, em R vamos tomar o momento de inércia A muito próximo de B. A hamiltoniana pode ser facilmente escrita numa forma F + Q onde Q é a parte perturbada e F é função apenas de dois momentos. Q dependerá em geral de todas as variáveis, momentos e coordenadas e esta representa o torque perturbativo o qual deve ser escrito em variáveis de Andoyer. É suposto que R descreve uma órbita circular, cujo nodo precessiona uniformemente com uma freqüência fixa. Dois graus de liberdade são facilmente eliminados via um von-Zeipel. No caso A=B, mostra-se que mais uma outra coordenada angular de Andoyer é eliminada. Desta forma, prova-se que a sincronização observada na grande maioria dos satélites regulares, só é possível se A ≠ B. Restam ainda dois ângulos, porém por serem nodos, eles só podem aparecer na forma h-h´ e portanto o problema se reduz para um de um único grau de liberdade, o que permite estudar a variação do plano normal com o uso da integral da energia. Assim uma das leis de Cassini (alinhamento dos nodos) é facilmente verificada, mostrando que esta nada mais é do que um ponto de equilíbrio estável do sistema. Na migração planetária ocorrem vários encontros próximos, podendo envolver planetas e também planetesimais de massas da ordem de Plutão. No caso em que há capturas temporárias de corpos de grande massa por um planeta , este estudo se torna interessante. Estamos fazendo algumas explorações preliminares visando obter a variação da obliqüidade dos planetas. Apoio: FAPESP,CNPq 103 MECÂNICA ORBITAL E CONTROLE 105 PÔSTER #68 ESTUDO DE TRANSFERÊNCIAS ORBITAIS CLASSICAS COM APLICAÇÃO DE ALGORITMOS GENÉTICOS Araújo, N. S.1, Santos, D. P. S. 1 1 Divisão de Mecânica Espacial e Controle, INPE, Brasil O estudo e a exploração de ambientes espaciais são prioridades para os países que querem dominar e aprimorar tecnologias espaciais. Planejar e executar manobras em satélites artificiais que orbitam a terra são objetivos importantes nas atividades espaciais. O presente trabalho propõe o estudo de transferências orbitais, através do desenvolvimento de um algoritmo de resolução que utiliza algoritmos genéticos. Para a dinâmica do problema, assumiu-se a modelagem do problema de 2 corpos, fundamentada na mecânica clássica do problema de dois corpos. Nenhuma perturbação é considerada e os corpos envolvidos (Terra e satélite) são considerados como pontos de massa no sistema geocentrico equatorial. As transferências desenvolvidas neste trabalho baseiam-se na transferência de Hohmann, na qual o satélite é deslocado entre duas órbitas circulares e co-planares em um campo gravitacional de força central, por meio de uma órbita elíptica de transferência tangente às órbitas circulares. O veículo espacial parte de uma órbita de baixa altitude (órbita de estacionamento) para uma órbita de alta altitude. Como resultado deste trabalho, espera-se adquirir um maior conhecimento sobre transferências orbitais, além de obter soluções melhoradas em comparação com resultados conhecidos do problema em questão, já que os algoritmos genéticos são comumente utilizados como ferramenta de otimização. PÔSTER #69 UM PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA CONTROLE DE ORBITA E ATITUDE DE SATÉLITES ARTIFICIAIS A. Augusto Neto, S. R. Gomes dos Santos, J. C. R. Da Silva, M. Mendes da Silva ITA, Brazil Os Subsistemas de Controle de Órbita e Atitude de Satélites (AOCS - Attitude and Orbit Control Subsystem) são compostos por conjuntos integrados de hardware e software que são embarcados nos satélites artificiais, com o objetivo de realizar ações 107 de controle de órbita e atitude que permitam manter, ao longo do tempo, o satélite dentro das condições previstas nos objetivos da missão que ele irá realizar. A definição do hardware do AOCS envolve a realização de estudos sobre a dinâmica orbital da missão, cujo principal objetivo é analisar se os equipamentos escolhidos são capazes de realizar as ações previstas para controle de orbita e atitude, dentro das restrições existentes com relação ao consumo de combustível, precisão de apontamento e outros fatores capazes de influenciar o comportamento dinâmico do satélite durante toda a duração da missão. As características do software do AOCS são definidas em função das peculiaridades e da complexidade de cada missão espacial. Elas envolvem não só os requisitos de apontamento e as necessidades de manobras para manter o satélite dentro das características de órbita e atitude previstas para a missão, mas também, os tipos, características e procedimentos utilizados para o controle e estabilização do satélite; a maneira como é feita a comunicação com os outros subsistemas da espaçonave; o hardware escolhido para executar esses procedimentos; as interfaces utilizadas para comunicação entre os diversos componentes utilizados etc. A maneira como as diversas funcionalidades do software são implementadas apresentam importância crucial para o correto funcionamento do satélite. Uma falha ocorrida durante a sua execução em vôo pode levar o sistema a estados onde ocorram anomalias nas ações de controle, que podem causar acidentes e incidentes operacionais com diversos níveis de severidade, podendo comprometer a realização dos objetivos previstos para a missão. Por esse motivo, durante o desenvolvimento do software do AOCS adotam-se procedimentos rigorosos com relação aos princípios de engenharia de software envolvidos e empregam-se diversos métodos, técnicas e ferramentas com o objetivo de garantir a qualidade de software ao longo de todo o processo de desenvolvimento. Nesse sentido, o CMMI-DEV (Capability Maturity Model Integration for Development), que representa atualmente um dos modelos mais eficientes para garantia da qualidade de software, afirma que “a qualidade de um sistema ou produto é altamente influenciada pela qualidade dos processos utilizados no seu desenvolvimento e manutenção”. Atualmente esse modelo encontra grande aplicação no desenvolvimento de sistemas baseados em software utilizados pelo Departamento de Defesa dos EUA, envolvendo os satélites militares e outras aplicações com interface na área espacial. Dentro dessa linha de abordagem, baseada no conceito de qualidade total, verifica-se que a qualidade de um produto deve ser obtida através de todas as etapas do seu processo de sua produção, ou conforme afirmou Ishikawa (1993), “a qualidade deve fazer parte de cada processo”. Este trabalho apresenta uma estratégia voltada para a garantia da qualidade e da confiabilidade de software utilizado para controle de órbita e atitude de satélites artificiais. Ela baseia-se no aperfeiçoamento contínuo dos processos de produção utilizados em todas as etapas do desenvolvimento dos sistemas de software embarcados nos satélites. Para isto apresenta-se uma arquitetura básica para gerenciamento da qualidade desses processos, que se fundamenta em um conjunto das melhores práticas e em algumas normas e padrões amplamente aceitos pelo setor aeroespacial, tais como o 108 CMMI-DEV, as normas ISO 15504, além de normas específicas como a ECSS-E-ST40C-Software, e ECSS-Q-80C-Software Product Assurance, desenvolvidas pela ECSSEuropean Cooperation for Space Standardization. Esta arquitetura tem como foco principal a confiabilidade do software resultante e baseia-se na utilização de técnicas de construção que minimizem a possibilidade da ocorrência de defeitos; permitam detectar e remover os defeitos antes que o sistema seja utilizado, e ainda, na implementação de mecanismos de tolerância capazes de permitir que defeitos e erros remanescentes não resultem em falhas ou estados de operação não recuperáveis. Apresenta-se também uma abordagem conceitual para estruturação das aplicações baseada em uma arquitetura de referência que permite a modelagem das aplicações, de forma a fornecer uma estrutura de software modular, flexível e reutilizável, que pode ser empregada em missões cujo escopo seja diferente, de maneira semelhante ao que ocorre com o conjunto de hardware empregado pela Plataforma Multimissão desenvolvida pelo INPE. PÔSTER #70 ANÁLISE DE MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DE ATITUDE DE SATÉLITES POR MEIO DE MEDIDAS GPS L. Baroni1, H. K. Kuga2 1 UFVJM, campus de Teófilo Otoni, Brasil 2 INPE, São José dos Campos, Brasil Se três ou mais antenas GPS devidamente montadas em uma plataforma e as medições das diferenças dos sinais GPS são coletadas simultaneamente, os vetores das linhas de base formadas entre as antenas podem ser determinados e a orientação da plataforma definida por esses vetores pode ser calculada. Assim, o pré-requisito para a técnica de determinação de atitude baseada nos sistemas GPS é calcular as linhas de base entre as antenas. Para que soluções precisas de atitude sejam obtidas, as medidas de dupla diferença de fase da portadora do GPS são usadas como principal tipo de medida, incluindo todas as combinações independentes entre as posições das antenas. As linhas de base entre as antenas devem ser determinadas em nível milimétrico de precisão. O uso de medidas de fase da portadora leva ao problema de se determinar precisamente o número ambíguo inteiro inicial de ciclos da fase da portadora (ambiguidade inteira). Para aumentar a confiança e acelerar o processo limitando o espaço de busca, há restrições que podem ser estabelecidos a partir do conhecimento prévio da geometria fixa do sistema de antenas. 109 Neste trabalho foi implementado e analisado algoritmos de resolução de ambiguidade inteira que permitam determinação de atitude precisa em tempo real utilizando as medidas dadas por receptores GPS, na forma desacoplada, isto é, fazendo a estimação das linhas de base de forma independente entre si, e nas formas acopladas, nas quais são obtidas a orientação do sistema por meio do processamento de ambas as linhas de base. Para a forma acoplada, métodos baseados em ângulos de Euler e quaternions foram testados. Os resultados mostraram que o método LSAST apresentou desempenho semelhante ao LAMBDA quanto ao número de épocas necessárias para resolver as ambiguidades, porém com tempo de processamento significativamente maior. A precisão do resultado final também foi semelhante para ambos os métodos, melhor que 0.1° a 0.2°, quando considerado a estimação desacoplada das linhas de base. PÔSTER #71 TORQUE DEVIDO À FORÇA DE LORENTZ: ANÁLISE DA MAGNITUDE E INFLUÊNCIA NA ATITUDE DE VEÍCULOS ESPACIAIS P. R. S. P. Bento1, M. C. Zanardi2, V. Orlando3 1 Depto de Engenharia Elétrica, FEG, UNESP – Campus de Guaratinguetá, Brasil 2 Depto de Matemática, FEG, UNESP – Campus de Guaratinguetá, Brasil 3 Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – São José dos Campos, Brasil O objetivo deste trabalho é apresentar um modelo para o torque devido à força de Lorentz (torque elétrico) atuante em satélites artificiais e verificar a sua influência no movimento rotacional de satélites artificiais. Muitas análises foram realizadas para avaliar os efeitos do torque devido à força de Lorentz (Torque Elétrico) e mostraram que em princípio este possui valor negligenciável em relação aos demais torques. Entretanto, a necessidade de alta precisão nos resultados de experimentos espaciais de certas missões requer um conhecimento claro do efeito eletrodinâmico conectado a tal torque. A carga elétrica do satélite é a grandeza essencial na determinação da magnitude do torque devido à força de Lorentz. A teoria aqui apresentada é importante para a análise da dinâmica de atitude de satélites artificiais. A influência do Torque Elétrico no movimento rotacional do satélite pode ser determinada pela integração numérica das equações do movimento rotacional, após a substituição das componentes do torque elétrico expressas no sistema principal nas equações de Euler. Neste trabalho o movimento rotacional é descrito pelas equações de Euler e pelas equações cinemáticas em termos dos quatérnions. Os resultados numéricos obtidos são comparados com os resultados já determinados com os outros torques externos. Esta 110 análise poderá ser útil para a análise de missões de satélites brasileiros, principalmente no que se refere à predição e controle de atitude de satélites. PÔSTER #72 MISSÕES DE BAIXO CUSTO PARA NEOS R. E. S. Cabette1, E.E.N. Macau1, C. F. de Melo2, O. C. Winter3 1 INPE– Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Brasil 2 UFABC – Universidade Federal do ABC, Brasil 3 UNESP-Campus de Guaratinguetá, Brasil Neste trabalho, apresentamos um procedimento para gerar trajetórias de baixo custo para interceptar Asteróides Próximos à Terra (NEAs ou NEOS). As transferências são realizadas considerando rotas naturais entre LEOs e a esfera de influência lunar e também por manobras de swing-by com a Lua. A metodologia consiste em inserir a nave em uma trajetória translunar derivada de uma órbita periódica ao redor do ponto de equilíbrio Lagrangiano, L1. A nave é conduzida naturalmente à esfera de influência lunar onde realizará, de maneira controlada, um swing-by com a Lua. Com isso, a nave ganhará energia suficiente para escapar do sistema Terra-Lua e alcançar a órbita de um grande número de NEAs. O ∆VTotal de transferências simuladas a partir desta metodologia são menores do que os de transferências simuladas a partir da aproximação Patched-conics, por exemplo. O tempo de transferência, entretanto, é um pouco maior que o requerido pela aproximação Pachetd-conics. Todavia, em geral, as velocidades da nave em relação aos asteróides são menores quando as trajetórias translunares são consideradas. PÔSTER #73 INFLUÊNCIA DO TORQUE AERODINÂMICO NO MOVIMENTO DE ATITUDE DE SATÉLITES ESTABILIZADOS POR ROTAÇÃO J. E. Chiaradia1, M. C. Zanardi1, H. K. Kuga2 1 Depto de Matemática, FEG, UNESP – Campus de Guaratinguetá, Brasil Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – São José dos Campos, Brasil 2 111 O objetivo deste trabalho é determinar soluções analíticas para as equações do movimento de satélites estabilizados por rotação, incluindo parcelas do torque aerodinâmico. As forças aerodinâmicas são criadas pela colisão das moléculas de ar rarefeito da alta atmosfera com a superfície do satélite e quando o ponto de aplicação desta força não coincide com o centro de massa do satélite surge o torque aerodinâmico. Este torque é predominante em satélites de baixa altitude (com perigeu menor que quatrocentos quilômetros), uma vez que depende da quantidade de moléculas de ar na atmosfera da Terra. A magnitude deste torque está diretamente relacionada com a altitude em que o satélite se encontra em relação à superfície terrestre, dependendo também, entre outros parâmetros, da viscosidade, temperatura, densidade e velocidade do som. Um modelo matemático é apresentado para o torque aerodinâmico e suas componentes são obtidas no sistema fixo no satélite, e introduzidas nas equações do movimento. O valor da densidade atmosférica é obtida utilizando o modelo TD88. As equações do movimento de satélites estabilizados por rotação são descritas em termos do módulo da velocidade de rotação, da ascensão reta e da declinação do eixo de rotação do satélite. Uma solução analítica para estas equações é apresentada, utilizando o método de aproximações sucessivas. A solução é implementada numericamente e comparada com o comportamento real dos Satélites Brasileiros de Coleta de Dados – SCD1 e SCD2. Devido a altitude que estes satélites se encontram, a influência deste torque é muito pequena. PÔSTER #74 DINÂMICA DE COLISÃO ENTRE DETRITOS E VEÍCULOS ESPACIAIS PARA ÓRBITAS ELÍPTICAS G. Cordeiro dos Santos, A. D. C. de Jesus Universidade Estadual de Feira de Santana, Brasil O movimento relativo entre um detrito e um veículo espacial em órbita circular é analisado para manobras de colisão em 3D. As velocidades de colisão encontradas são compatíveis com as dos DE em intervalos de tempo suficientes para a realização das manobras evasivas. A solução desta dinâmica para órbitas elípticas do veículo espacial também foi encontrada por construção de série, dada uma função da velocidade angular no tempo, construída por inferência. 112 PÔSTER #75 ANÁLISE DO ACOPLAMENTO ENTRE O CONTROLE DE ATITUDE E DE TRAJETÓRIA DURANTE MANOBRAS ORBITAIS DE EMPUXO CONTÍNUO A. C. Costa Filho1, E. M. Rocco1 1 ETE Engenharia e Tecnologia Espaciais, INPE, São José dos Campos, SP, Brasil Esse trabalho considera o problema do acoplamento entre o controle de trajetória e controle de atitude em manobras de transferência orbital utilizando um sistema propulsivo capaz de aplicar empuxo contínuo por um longo período de tempo. Os estados de atitude e trajetória são propagados utilizando as equações da dinâmica do movimento. São analisados efeitos no sistema de controle que surgem durante a transferência orbital. É considerado um sistema de controle em malha fechada e propulsão de baixo empuxo com alto impulso específico. Não se está buscando neste trabalho especificar as causas das falhas e/ou perturbações, bem como especificar qual tipo de propulsão contínua deve ser utilizada. Com auxílio de simulações foi possível analisar o desvio na trajetória e avaliar o sistema de controle. O sistema precisa ser modular para poder permitir testes das estratégias de controle de forma separadas e posteriormente acopladas adequadamente. São estudados casos que foram analisados sob diversas condições de configuração. Os resultados mostraram que a utilização do empuxo contínuo pode apresentar vantagens para algumas missões espaciais. Confirmou-se ainda a necessidade de um sistema de controle de trajetória em malha fechada. PÔSTER #76 AN OVERVIEW OF SATELLITE THERMAL CONTROL METHODS AND TECHNIQUES R. L. Costa1, M. L. O. Souza1, G.B.S. Tagawa 1 1 Space Mechanics and Control Division - DMC, INPE, Brazil In any spacecraft, like a satellite, thermal control is completely essential for both efficient operation and physical integrity since the payload, the bus, and their components (mainly electronics), have their correct and even optimal performance within some specific temperature ranges. Great temperature differences are also 113 undesirable because they can damage the satellite optics structure due to thermal expansion and contraction. In this paper, we present an overview of satellite thermal control methods and techniques. It is performed by a thermal control subsystem which the main role is to maintain all satellite components within their required temperature limits. These limits are usually divided between operational and survival limits. Such thermal control subsystem is also responsible for the maintenance of the required temperature gradients among parts. To do that, the paper mentions and discusses the main satellite thermal control methods and techniques such as surface finishes, multilayer insulation (MLI) blankets, radiators, heaters, louvers and heat pipes as well as the satellite thermal environment. This is done by reviewing text books, academic papers and lecture notes. As a result of this overview, a comparison of and some conclusions on different techniques are presented, pointing their pros and cons considering each mission type, and emphasizing the importance of this subsystem. PÔSTER #77 OPTIMAL LOW-THRUST LIMITED-POWER TRANSFERS BETWEEN ARBITRARY ELLIPTIC ORBITS F. C. Carvalho, S. S. Fernandes Departamento de Matemática - Instituto Tecnológico de Aeronáutica In this work, an approximated analytical solution based on average equations is presented for the problem of optimal low-thrust limited-power maneuveurs between arbitrary elliptical coplanar orbits in a Newtonian central gravity field. The optimization problem associated to the general space transfer problem is formulated as a Mayer problem of optimal control theory with Cartesian elements – position and velocity vectors – as state variables. After applying the set of necessary conditions provided by Pontryagin Maximum Principle and determining the maximum Hamiltonian which describes the extremals trajectories, classical orbital elements are introduced through a canonical transformation – Mathieu transformation – defined by the general solution of the canonical system described by the integrable kernel of the maximum Hamiltonian function. The short periodic terms are eliminated from the maximum Hamiltonian through an infinitesimal canonical transformation built through Hori method – a perturbation canonical method based on Lie series proposed by Hori (1966). The new maximum Hamiltonian resulting from the infinitesimal canonical transformation describes the extremal trajectories associated with the long duration maneuvers for simple transfers (no rendez-vous). This new Hamiltonian function has an important feature that makes easy to solve the new canonical equations: it is a quadratic form in 114 the adjoint variables. Closed-form analytical solutions are then obtained for transfers between coplanar coaxial orbits and transfers between coplanar non-coaxial orbits. In both cases, only direct maneuvers (orbits with same direction of motion) are considered. For long duration maneuvers the existence of conjugate points is investigated through the Jacobi condition and the envelope of extremals is obtained considering different configurations of initial and final orbits. Curves representing maneuvers with same fuel consumption for a specified duration, called iso-consumption curves, are then presented for several configurations of initial and final orbits. We note that this analysis has been motivated by the renewed interest in the use of low-thrust propulsion systems in space missions in the last ten years. Two important space missions have made use of low-thrust propulsion systems: NASA-JPL Deep Space One and ESA-SMART1. Low-thrust electric propulsion systems are characterized by high specific impulse and low-thrust capability and have their greatest benefits for high-energy planetary missions. Since the propulsion system works for long periods of time, the analytical solutions provided by the (new) average Hamiltonian function gives us good insights of the real maneuvers. PÔSTER #78 ORBITAL CHANGE DUE CLOSE APPROACH BETWEEN A PLANET AND A PARTICLE J.K.S Formiga1,2, A.F.B.A. Prado2 1 2 Faculdade de Tecnologia, FATEC-SJC, Brasil Depto. de Mecânica Espacial e Controle, INPE, Brasil In this paper we study the close approach between a planet and a particle. It is assumed that the dynamical system is given by two main bodies that are in circular orbits around their center of mass and the particle that is moving under the gravitational attraction of the two primaries. This method has been under study for a long time by several authors (Prado, 2001), where the dynamical system given by the “patchedconics” is used and the motion is assumed to be planar. A series of two-body problems is used to generate analytical equations that describe the problem. Two solutions are considered for the swing-by (clock-wise and counter-clock-wise orbit), to take account the possibility that the particles crosses the line Sun-Planet between the primaries. The goal is to study the orbital change (energy, angular momentum, orbital elements) of the particle after some maneuvers whit the planet desired and to know those values after the close approach. Finally, numerical simulations are performed here for Sun-Jupiter system. 115 PÔSTER #79 DETERMINAÇÃO DA ATITUDE DE SATÉLITES ARTIFICIAIS COM O FILTRO DE KALMAN SIGMA-PONTO E QUATERNIONS DE ATITUDE R. V. Garcia1, H. K. Kuga1, M. C. Zanardi2 1 2 Depto. de Engenharia, INPE, Brasil Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá, FEG/ UNESP, Brasil A proposta principal deste trabalho é estimar a atitude de um satélite artificial, em tempo real, utilizando uma nova abordagem do filtro de Kalman aplicado a sistemas não-lineares. Este processo de estimação conta com a utilização de medidas reais fornecidas por sensores de atitude que estão a bordo do satélite CBERS-2 (ChinaBrazil Earth Resources Satellite). A atitude de um satélite representa como ele está orientado no espaço em relação a um sistema de referencia. Isto não está relacionado apenas ao desempenho do sistema de controle de atitude, mas também a interpretação de informações obtidas por experimentos realizados com o satélite. No caso particular do satélite CBERS-2, os dados de atitude são de fundamental importância no processamento de imagens. Existem diversos métodos para determinação da atitude. A escolha do método depende do tipo de aplicação, da missão, e das necessidades a serem satisfeitas, tais como precisão e processamento em tempo real. No entanto, independente do método de estimação escolhido, um mínimo conjunto de medidas fornecidas por sensores que estão a bordo do satélite são necessárias. Neste trabalho, o modelo das medidas é composto por parcelas não-lineares, sendo necessária a utilização de técnicas especificas de estimação para este tipo de problema. A escolha do Filtro de Kalman Sigma-Ponto como estimador de atitude usa um seleto conjunto de pontos de amostra (sigma-pontos) de forma a mapear mais precisamente a distribuição de probabilidade do que a linearização utilizada pelo filtro padrão (Filtro de Kalman Estendido). Esse fator leva à convergência mais rápida de condições iniciais imprecisas em problemas de estimação de atitude. A representação da atitude do satélite é dada pelos quaternions. O fato de não apresentar singularidades nas equações cinemáticas e a matriz de rotação não depender de funções trigonométricas, confere grande relevância na sua utilização para navegação inercial a bordo do satélite. Os resultados da atitude obtidos pelo Filtro de Kalman Sigma-Ponto com quaternions são transformados em ângulos de Euler de forma que seja possível fazer uma analise física do comportamento da atitude estimada, além da comparação com as atitudes estimadas pelo Filtro de Kalman Estendido e pelo método de Mínimos Quadrados. 116 PÔSTER #80 EFFECTS OF A CLOSE APPROACH WITH A PLANET FOR A CLOUD OF PARTICLES V. M. Gomes1,A. F. B. A. Prado1 1 National Institute for Space Research – INPE Abstract. The idea of the present paper is to study the swing-by maneuver between one of the planets of the Solar System and a cloud of particles. This is what happens when a fragmented comet crosses the orbit of a planet like Jupiter, Saturn, etc. We used the dynamical system that is formed by two main bodies (the Sun and one of the planets of the Solar System) and we assumed that they are in circular orbits around their center of mass and a cloud of particles is moving under the gravitational attraction of these two primaries. The motion is assumed to be planar for all the particles and the dynamics given by the “patched-conic” approximation is used, which means that a series of twobody problems are used to generate analytical equations that describe the problem. The main obejctive is to understand the change of the orbit of this cloud of particles after the close approach with the planet. It is assumed that all the particles that belong to the cloud have semi-major axis a ± da and eccentricity e ± de before the close approach with the planet. It is desired to known those values after the close approach. In particular, we will study the effects of the periapsis distance in this maneuver. PÔSTER #81 CONTROLE DE MANOBRAS AERO-PROPULSIVAS DE UM VEÍCULO ESPACIAL W. Gomes1, E. M. Rocco1, V. Carrara1 1 DMC, INPE, Brasil Em diversas missões de veículos espaciais ou satélites, faz-se necessário a realização de uma manobra orbital. O cumprimento dessa ação possui vários propósitos, como: a necessidade da transferência de um veículo de uma órbita estacionária inicial para uma órbita final da missão, a realização de um encontro (rendezvous) ou interceptação com outro veículo, ou a correção dos elementos orbitais devido às perturbações de órbita. As manobras aeroassistidas utilizam forças atmosféricas para modificar a trajetória e velocidade de um veículo espacial. Diversos 117 trabalhos nessa área mostraram que uma significante redução de combustível pode ser alcançada ao invés da transferência totalmente propulsiva, e consequentemente, esse ganho permite um aumento da capacidade de carga útil do veículo. Um veículo espacial dotado de placas aerodinâmicas controláveis possui a capacidade de alterar sua área projetada e consequentemente as forças aerodinâmicas sofridas. Nesse contexto, é de suma importância que existam estudos a respeito da viabilidade, da eficiência e de como os efeitos aerodinâmicos influenciam o sistema de controle do veículo espacial. Portanto, este trabalho apresenta o estudo e desenvolvimento do modelo de um sistema de controle em malha fechada que comanda o ângulo de inclinação das placas aerodinâmicas de um veículo espacial, durante uma manobra aero-propulsiva na atmosfera superior. Os resultados obtidos evidenciam a diferença do consumo de combustível entre a manobra proposta e uma totalmente propulsiva. PÔSTER #82 CÁLCULO RECURSIVO DE GEOPOTENCIAL DE ALTÍSSIMA ORDEM E GRAU PARA APLICAÇÕES ESPACIAIS N. R. da Silveira 1; H. K. Kuga2; M. C. Zanardi1 1 2 Depto de Matemática, FEG, UNESP – Campus de Guaratinguetá, Brasil Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – São José dos Campos, Brasil Um ponto material sujeito à atração de um campo não-central, no caso a Terra, sofre perturbações devido à distribuição não-esférica e não-simétrica da massa da Terra. Esta distribuição irregular de massa é expressa pelos chamados coeficientes dos harmônicos esféricos do potencial Terrestre (geopotencial), sendo que este potencial é calculado através de um desenvolvimento em série em termos destes harmônicos e de polinômios de Legendre associados com a latitude geocêntrica do Centro de Massa do satélite. O objetivo deste trabalho é analisar um algoritmo numérico adequado para o cálculo do geopotencial de altíssima ordem e grau, e.g. 360 por 360. Utilizam-se equações recursivas, baseadas na soma de Clenshaw, para o cálculo dos polinômios de Legendre completamente normalizados, de alto grau e ordem, com o objetivo de obter rapidez de processamento e precisão numérica. A implementação computacional do algoritmo é realizada, considerando os problemas numéricos decorrentes do alto grau e ordem dos harmônicos esféricos e da singularidade dos pólos. Análises de precisão são descritas salientando o desempenho do algoritmo implementado. Uma vez comprovadas as propriedades numéricas favoráveis, o algoritmo poderá ser utilizado no cálculo do geopotencial, e também para a Missão Espacial Brasileira. 118 PÔSTER #83 SISTEMA DE NAVEGAÇÃO INERCIAL DE BAIXO CUSTO IMU/GPS INTEGRADO POR REDES NEURAIS ARTIFICIAIS E.A. Marques Filho, A. Rios Neto, H.K. Kuga Divisão de Mecânica Espacial e Controle, INPE, Brasil Este trabalho aborda a aplicação de redes neurais artificiais (RNA) em um sistema de navegação inercial de baixo custo auxiliado por GPS. Como o Sistema de Posicionamento Global (GPS) não trabalha em todos os ambientes, ou pode trabalhar de forma inadequada, durante certo intervalo de tempo, desenvolve-se uma solução para prover a falta, temporária, de informações de navegação, explorando a integração de sensores inerciais com o GPS. Sensores inerciais de baixo custo têm, porém, a desvantagem de apresentar um grande e contínuo acúmulo de erros, acarretando baixo desempenho no sistema. Utiliza-se rede neural, neste contexto, para melhorar a solução de navegação dada pelo sistema inercial nos períodos de ausência das informações provenientes do GPS. Apresenta-se uma abordagem para configurar a RNA, quanto aos sinais de entrada e saída, baseada num conjunto simplificado de equações de navegação inercial, bem como seus modos de operação. É abordada uma metodologia para o processamento de dados de treinamento e respectivo algoritmo de treinamento utilizando um filtro de Kalman adaptativo, e proposto um método para apresentação dos padrões de treinamento, com a característica de alternar entre o modo lote, com conjuntos de tamanho fixo, e o modo seqüencial, filtrando os padrões de treinamento individualmente, característica que confere ao método certa capacidade de treinamento em tempo aproximadamente-real. Finalmente, são apresentados os resultados preliminares obtidos, por simulação numérica, de uma aplicação de posicionamento veicular terrestre com dados adquiridos de uma IMU Crossbow CD400-200 e de um receptor GPS Ashtech Z12. Foram testadas situações dinâmicas distintas, e avaliada a grandeza dos erros de predição simulados, que ficaram dentro de uma meta préestabelecida de um erro de 20 metros, em 30 segundos de predição, ou seja, de ausência simulada do GPS. PÔSTER #84 TRANSFERÊNCIA E SINCRONIZAÇÃO DE ÓRBITAS NO ACOPLAMENTO ESPACIAL Narumi Seito 1 , Ijar Milagre da Fonseca 2 e Paulo Moraes Jr 3 119 1 2 DCT, CTA, Brasil DEM, INPE, Brasil 3 IAE, CTA, Brasil Satélites sãos, “morrem”. Quer seja por falta de energia, quer seja por atitude inadequada. Não existe solução implementada para repor esse combustível e, esses satélites caros e capazes ficam inoperantes, mesmo estando íntegros. Existem casos que estão diretamente relacionados com a sua posição, sua atitude, como são os casos de satélites de comunicação, ou satélites de uso militar, os quais necessitam reabastecimento de combustível, necessário para correção de órbita. Pesquisas recentes para encontrar uma solução economicamente viável convergem para plataforma espacial, cuja aplicação seria estender a vida operacional e a prevenção do tempo de vida do satélite. Essa plataforma espacial poderia ser lançada da superfície da terra, estar estacionado em uma determinada órbita ou numa estação espacial, e estar pronto para se deslocar em direção ao satélite defeituoso, capturá-lo e repará-lo. Tecnicamente falando, o “interceptador” (plataforma espacial) para se acoplar ao “alvo” (satélite defeituoso, veículo interceptado) deverá realizar manobras através de transferência e sincronização de órbita – “rendezvous’, antes de haver propriamente o acoplamento do interceptador com o alvo – “docking”. Para se realizar o “rendezvous”, ou seja, colocar o interceptador no mesmo plano orbital, sincronizar e aproximar-se o suficientemente perto do alvo é necessário controlar-se a órbita e, para acoplar-se (docking) ao alvo sem perturbar sua órbita, deve-se controlar a atitude. A tecnologia RV&D (Rendezvous & Docking) é pré-requisito para qualquer atividade espacial que necessite haver integração entre dois veículos no espaço. Dentre essas atividades pode-se destacar, por exemplo, suporte logístico para a Estação Espacial, “in-orbit servicing of the structure”, “in-orbit assembly of the huge space structure”, “and sample return from the moon or planets”. Pode ser dividida em autônoma e não autônoma. A tecnologia RVD autônoma pode ser desmembrada em duas categorias: 1) RVD autônoma e 2) RVD pilotada remotamente. As vantagens que se apresentam para a primeira categoria em relação à segunda, é que a primeira, por não depender da habilidade humana, é mais precisa e melhor realizável, não necessita comunicação contínua com as estações terrestres e pode ser aplicada em vários tipos de espaçonaves. Este trabalho tem aplicação futura no Projeto SARA Orbital em desenvolvimento na Divisão de Sistemas Espaciais do IAE/CTA, bem como para gerar competências para o Brasil atuar na área espacial. 120 PÔSTER #85 UM ESTUDO DE CASO SOBRE OS RISCOS DE COLISÕES ENTRE OS SATÉLITES BRASILSAT/STAR ONE E OUTRAS POTENCIAIS AMEAÇAS EM ÓRBITA GEOESTACIONÁRIA. J.M. Nascimento1, J. Gentina2 1 Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Brasil 2 Instituto de Aeronáutica e Espaço, Brasil As comunicações por satélite têm sido um serviço de abangência mundial que se realiza há mais de 40 anos e representa de longe a maior fatia comercial da indústria espacial, com um faturamento hoje em torno de US 30 bilhões por ano e mais de 35.000 empregados em todo o mundo. A tecnologia de satélite pode ser vista por alguns como um mercado maduro e os operadores de satélites em órbita geoestacionária estão atentando melhor para a estratégia de descarte do satélite quando este chega ao final de sua vida útil. Mas ainda são sistematicamente confrontados com as diretrizes internacionai, destinadas a limitar o acúmulo de lixo orbital, de acordo com os estudos de pesquisadores das mais renomadas instituições internacionais, voltadas às atividades espaciais, que estudam esse problema. Os satélites geoestacionários são todos mais ou menos de mesma concepção e este estudo inclui uma avaliação sobre se os satélites podem oferecer algum tipo de risco de colisão entre si. Os satélites poderiam certamente causar danos graves uns aos outros quando, por ventura, vierem a colidir acidentalmente, mas na realidade, eles são mantidos separados por vários quilômetros. O objetivo desta apresentação é mostrar uma avaliação de risco de colisão entre os satélites da Embratel/Star One e outras ameaças que também ocupam uma órbita geoestacionária. A Embratel/Star One opera com seu próprio segmento espacial de comunicações por satélites geoestacionários, desde fevereiro de 1985, quando foi lançado o Brasilsat A1 , já desativado. Atualmente, a Embratel/Star One opera os satélites da geração B1, B2, B3, B4, C1 e C2, através do CCSE / COCC – Centro de Controle do Segmento Espacial / Centro de Operações e Controle de Comunicações, localizado em Guaratiba, Rio de Janeiro, Brasil. Neste trabalho, foi utilizado uma ferramenta computacional denominada STK – Satellite Tool Kit, da AGI – Analytical Graphics, Inc. juntamente com uma rotina chamada CAT – Conjunction Analysis Tool, para prover uma simulação de propagação de um período de um mês, dos oito satélites Brasilsat/Star One, incluindo os satélites ativos e inativos . Os resultados mostraram que algumas ameaças potenciais à constelação da Embratel envolveram o satélite Geostationary Operational Environmental Satellite (GOES), da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), um AKM Série 5, bem como naves espaciais da série COSMOS, TDRS, ECHOSTAR , INTELSAT e satélites das séries DIRECTV. 121 Como este trabalho destina-se a analisar os riscos de colisão em órbitas geoestacionárias entre os satélites Brasilsat, da Embratel/Star One e outras possíveis ameaças os resultados das simulações de software mostraram que, de fato, “abordagens” envolvendo essa constelação são possíveis e podem ocorrer com frequência, chegando a cerca de no mínimo quatro quilômetros de intervalo entre os artefatos espaciais. Essas ameaças potenciais impõem uma preocupação significativa para as empresas que operam seus segmentos espaciais de comunicações, neste cada vez mais explorado e crescente uso comercial do cinturão orbital, que é realmente o caso da Embratel / Star One. PÔSTER #86 ANÁLISE DO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL EM MANOBRAS DE MUDANÇA DE FASE DECONSTELAÇÕES DE SATÉLITES T. C. Oliveira, E. M. Rocco, A. F. B. A. Prado Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/DMC), Brasil Esse trabalho tem como objetivo atribuir e obter soluções para corrigir a órbita de um veículo espacial que compõe uma constelação de satélites igualmente distribuídos em uma órbita circular equatorial. Constelações de satélites são usadas para diversas aplicações, como comunicação, navegação e observação da Terra. Supõe-se neste trabalho que a configuração da constelação deve ser alterada devido a um erro na fase da constelação, ou seja, a separação angular dos satélites precisa ser modificada, reposicionando os satélites de forma a atender os requisitos da missão. Para isto é necessário utilizar manobras de mudança de fase sem, no entanto, modificar as características das órbitas da constelação tais como a altitude e a inclinação. O algoritmo utilizado para a solução do problema foi desenvolvido com base na resolução do problema de Lambert (Two Point Boudary Value Problem), que basicamente consiste em obter a trajetória que conecta duas posições dadas (pontos terminais) em um dado intervalo de tempo. Assim, a manobra foi definida como sendo bi-impulsiva com impulsos aplicados nos pontos terminais. O efeito da mudança de fase da constelação, além de depender do ângulo de transferência, depende também do tempo gasto nas manobras, de forma que a longitude do ponto sub-satélite pode adiantar (avançar para leste) ou atrasar (retroceder para oeste) afetando assim a cobertura da superfície da terrestre. Portanto, várias combinações de tempo gasto e ângulo de transferência foram simuladas e analisadas neste trabalho. 122 PÔSTER #87 COMPARING THE EXTENDED AND THE SIGMA POINT KALMAN FILTERS PERFORMANCES FOR ORBIT DETERMINATION DYNAMICS MODELING P.C.P.M. Pardal1, R. Vilhena de Moraes1,2, H.K. Kuga1 1 DMC, INPE, Brasil UNIFESP, Brasil 2 The purpose of this work is to compare the extended Kalman filter (EKF) against the nonlinear sigma point Kalman filter (SPKF) for the satellite orbit determination problem, using GPS measurements. The comparison is based on the dynamics model accuracy improvement. The main subjects for the comparison between the estimators are: computational implementation complexity; accuracy; and processing time. Based on the analysis of such criteria, the advantages and drawbacks of each estimator are presented. In this work, the orbit of an artificial satellite is determined using real data from the Global Positioning System (GPS) receivers. In orbit determination of artificial satellites, the dynamic system and the measurements equations are of nonlinear nature. It is a nonlinear problem in which the disturbing forces are not easily modeled. The problem of orbit determination consists essentially of estimating parameter values that completely specify the body trajectory in the space, processing a set of information (measurements) related to this body. Such observations can be collected through a tracking network grounded on Earth or through sensors, like space GPS receivers onboard the satellite. The GPS is a powerful and low cost means that allows computation of orbits for artificial Earth satellites by means of redundant measurements. Throughout an onboard GPS receiver it is possible to obtain measurements (pseudo-ranges) that can be processed to estimate the orbital state. In this orbit determination problem the focus is to improve the dynamical model, which presents highly nonlinear properties, and to know how it affects the performance of the estimators. Therefore, the EKF, the most widely used estimation algorithm, as well as the SPKF, supposedly the most appropriate estimation algorithm for nonlinear systems, performance evaluation is justified. The orbit dynamics modeling can be made more accurate. For instance, the geopotential gravitational model is improved, with its spherical harmonics ranging from an order and degree up to 10 to a higher order and degree up to 30. Also perturbations due to direct solar radiation pressure, and Sun-Moon gravitational attraction are taken into account, in order to improve the model accuracy. In this work, the standard differential equations describing the orbital motion and the GPS measurements equations used in the EKF algorithm need to be placed in a 123 suitable form. They are adapted for the unscented transformation application, so that the SPKF algorithm is allowed to be used for estimating the orbital state. After solving the real time satellite orbit determination problem using actual GPS measurements, through both the EKF and the SPKF algorithms, the results obtained are compared in computational terms such as burden (complexity), accuracy, and CPU time. The aim of this work is to analyze the new nonlinear estimation technique, the SPKF, in an actual orbit determination problem with actual measurements data from GPS, and to compare it with a widely used technique, the EKF, pinpointing the main differences between both the algorithms. PÔSTER #88 EVALUATION THE EFFECT OF PROPULSION SYSTEM FAILURES DURING ORBITAL MANEUVERS USING CONTINUOUS THRUST E. M. Rocco Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE This work considers the problem of controlling the trajectory during orbital transfer maneuvers, using a propulsive system capable of applying continuous thrust for a long period of time. Some non-ideality of the thrusters and their effects on the control system during the transfer orbit were analyzed. Beyond this, failures in the propulsion system were applied to verify the effect in the trajectory and the capacity of the system to maintain the trajectory in the correct path, even when those failures were applied. It was considered a control system in closed loop and low-thrust propulsion with high specific impulse. Through some simulations, it was possible to analyzed the deviation in the trajectory and evaluate the control system. PÔSTER #89 OTIMIZAÇÃO DO VETOR TEMPO-COMBUSTÍVEL PARA UMA TRANSFERÊNCIA ORBITAL DO TIPO 'PATCHED CONIC' F. J. Salazar1, E. E. Macau1, O. C. Winter2 1 Depto. 2 Faculdade de Computação Aplicada, INPE, Brasil de Engenharia de Guaratinguetá, UNESP, Brasil 124 Neste trabalho apresentamos um estudo referente à determinação do tempo e combustível ótimos gastos numa transferência orbital de uma sonda em órbita geocêntrica para uma órbita ao redor da Lua. O método utilizado para este problema baseia-se na aproximação conhecida como ’patched conic’, em que, o problema que envolve três corpos: Terra, Lua e sonda, é dividido em dois problemas de dois corpos: Terra - sonda e Lua - sonda. Desta forma, a trajetória seguida pela sonda é separada em dois instantes: o primeiro, quando a sonda está dentro da esfera de influência da Terra, e o segundo quando a sonda ingressa na esfera de influência da Lua. Assim, as trajetórias de escape da Terra e de chegada à Lua como também o tempo e combustível gastos na viagem podem ser determinadas facilmente usando os resultados conhecidos do problema de dois corpos. Desse modo, o vetor ótimo tempo-combustível para esta transfência é determinado utilizando o conceito de fronteira de Pareto. PÔSTER #90 ARTIFICIAL EARTH SATELLITES DYNAMICS IN 2:1 RESONANCE J. C. Sampaio1, R. Vilhena de Moraes2, S. da Silva Fernandes3 1 2 UNESP, Brazil UNIFESP, Brazil 3 ITA, Brazil Synchronous satellites in circular or elliptical orbits have been extensively used in space missions such as navigation, military and scientific missions. The orbital dynamics of synchronous satellites can be very complex. In fact, for instance, when one considers the commensurability between the mean motion of the artificial satellite and Earth's rotational motion, the tesseral harmonics of the geopotential produce multiple resonances which interact resulting significantly nonlinear motions, when compared to non-resonant orbits. In this work, the commensurability between the frequencies of the artificial satellites mean motion with the Earth's rotation motion is studied. The considered resonance is 2:1; in other words, the satellite completes two revolutions while the Earth completes one. The gravitational potential is initially expressed in terms of the keplerian elements. Using Delaunay variables the corresponding dynamical system is put in Hamiltonian form. Once the critical frequency has been chosen, the other periodic terms of the Hamiltonian, including other resonant terms, are considered as terms of short period. The order of the dynamical system is reduced through successive canonical 125 transformations and the final system is solved by numerical integration. Inverse transformations enable express the time behaviour of the keplerian elements. Results show the phase spaces for the critical angles, considering different inclinations for the same eccentricity. The critical angles are considered together and separately in order to find the regular and chaotic regions. PÔSTER #91 ANÁLISE DE DIFUSÃO DE PARTÍCULAS E MANOBRAS ESPACIAIS D. O. Santos¹; A. D. Jesus² 1 2 Universidade Estadual de Feira de Santana, Brasil Departamento de Física, Universidade Estadual de Feira de Santana, Brasil Neste trabalho avaliamos modelos de difusão de partículas na aplicação à dinâmica de detritos espaciais sob ação de forças aleatórias. Consideramos um modelo de difusão de partículas para os momentos iniciais de uma colisão entre detritos e veículos espaciais. Investigamos as condições para manobras evasivas em missões espaciais em torno da terra. PÔSTER #92 ELECTRIC ∆V IN SOLAR ELECTRIC PROPULSION AND FLYBY TOWARDS NEAR-EARTH-OBJECTS D. P. S. Santos1, A. F. B. A. Prado1 1 INPE, Brasil The asteroids that have been leveraged by the gravitational attraction of the nearby planets into orbits that allow them to enter the Earth's neighborhood, are called NEO (Near-Earth-Objects). The need to observe this type of asteroid has been the focus of several studies and this work will be done analysis of trajectories to asteroids using optimization methods to minimize the costs of the mission, and making use of gravitational maneuvers together with solar electric propulsion to gain in velocity of the vehicle. Exploring the high specific impulse and the capacity of the electric propulsion to obtain a Gravity Assisted Maneuver with the Earth after a year of the departure of the 126 spacecraft. Missions for several close asteroids the Earth will be considered. The analysis suggests criteria for the definition of initial solutions demanded for the process of optimization of trajectories. Will be analyzed optimized trajectories of an spacecraft that leaves a low Earth orbit (LEO) and arrives in an asteroid, using ionic propulsion, being able to perform a direct trajectory; Earth flyby (EGA), firth flyby in the Earth and second flyby in Mars (EMGA); firth flyby in the Earth and second flyby in Venus (EVGA). The indirect optimization method will be used in the simulations. PÔSTER #93 BELBRUNO-MILLER MANEUVERS COMPARED WITH LOCAL OPTIMAL TRAJECTORIES S. da Silva Fernandes, C. M. P. Marinho Departamento de Matemática, Instituto Tecnológico de Aeronáutica, Brasil Since the remarkable success of the Hiten mission, Belbruno-Miler (B-M) maneuvers have been considered an efficient way to explore the influence of the Sun to reduce fuel consumption in lunar missions. Its main disadvantage is the long time necessary to reach the Moon. In this work, B-M maneuvers are compared with local optimal trajectories in terms of energy cost and flight time. The problem is formulated as a transfer from a circular low Earth orbit (LEO) to a circular low Moon orbit (LMO). The dynamical model used is the planar bicircular problem. The local optimal trajectories are calculated by means of an algorithm based on gradient and Newton-Raphson methods. The initial guess is given by the patched-conic approximation. This approach will be called inner transfer because the trajectory does not go far beyond the Moon’s orbit. In the case of B-M maneuvers, an impulse is applied to inject the spacecraft into a high eccentric orbit which reaches an apogee between 1 and 1.5 million km. At this point the spacecraft starts to fall back to the Earth-Moon system and is eventually captured by gravitational field of the Moon. Given the initial conditions with respect to the Earth, the Newton-Raphson method is used to perform a target search to the final prescribed LMO. The first guess to solve this boundary value problem is given by an elliptic approximation of the trajectory joining the LEO and the apogee where the spacecraft returns to the Earth-Moon system. 127 PÔSTER #94 ESTUDO DE MANOBRAS EVASIVAS DE VEÍCULOS ESPACIAIS E PARÂMETROS TECNOLÓGICOS R. R. de Sousa1, A. Delson Jesus1 1 Dept. de Física, UEFS, Brasil Neste trabalho estudamos as colisões entre detritos e veículos espaciais com propulsão ideal, em região de atividade espacial. Uma política de manobras evasivas foi estabelecida, a partir dos resultados das simulações numéricas de casos realistas. Uma análise de parâmetros tecnológicos foi realizada, caracterizando um corpo de elementos determinantes das condições de viabilidade da missão espacial. PÔSTER #95 CHARACTERIZATION OF THE ALGORITHMIC WSB ASSOCIATED SETS IN LOW-ENERGY EARTH TO MOON MISSION DESIGN P.A. Sousa Silva1, M.O. Terra1 1 Departamento de Matemática, ITA, Brasil We perform an extensive characterization of initial condition sets generated by the algorithmic definition of the Weak Stability Boundary (WSB). This concept, associated to lunar ballistic capture in the final portion of the earth-moon transfer orbit, was introduced by E. Belbruno (1987 and beyond) in the context of alternative techniques proposed to design low energy transfer orbits, by exploiting the intrinsic nonlinear dynamics of three and four body problems in a more natural way. In this contribution, the investigation focuses on initial conditions in the lunar sphere of influence (SOI). The obtained sets are defined as a function of the osculating ellipse eccentricity for prograde and retrogade initial conditions both considering the moon as a punctual mass and as a massive body with finite radius, revealing the relation between the boundary of stability and the collisional set. We present several dynamical analyses based on relevant criteria established on three-body problem elements in order to clarify the possible applicability of the generated initial conditions in earth-moon transfer orbit design. In the first analysis, the generated initial conditions are classified according to the integral of motion of the PCRTB in order to verify the availability of possible transport channels for mission 128 feasibility. Following, some applicability criteria are established and employed to investigate the retrograde behavior of the full sets of initial conditions regarding two possibilities of transfer mission projects: direct inner transfers and transfer procedures based on a patched three-body approximation. In addition, the stable set is investigated by means of three analysis: permanence within the lunar SOI during a full cycle around the Moon; the position relative to the lunar SOI when the stability classification is performed, and the time interval of a full cycle. Finally, examples of the large diversity of stable behavior are presented and discussed. PÔSTER #96 DYNAMICAL ANALYSIS OF STABLE-UNSTABLE TRANSITIONS IN THE ALGORITHMIC DEFINITION OF THE WEAK STABILITY BOUNDARY IN EARTH TO MOON TRANSFERS P.A. Sousa Silva1, M.O. Terra1 1 Departamento de Matemática, ITA, Brasil The Weak Stability Boundary concept was recently proposed in the context of Earth-to-Moon low energy mission project with the aim of reducing the energetic cost required to stabilize the transfer orbit at the arrival. In this contribution we present a dynamical characterization of the boundary of stability associated to the algorithmic definition. We deal with initial conditions in the lunar SOI and in a restricted annular region around the Moon. In this second case, the stable set is related to ballistic capture to low lunar orbits. Through the performed analysis we are able to detect two main types of transitions. The first one, as expected, is related to transitions associated to the invariant manifold structures of the Lyapunov orbits of the PCR3BP, which are dynamical separatrices of the phase space in the energy manifold. The second type of transition occurs solely as a result of constructive aspects of the algorithmic definition. Often these transitions are grid dependent and related to portions of the boundary that present fractal-like structures. Several different cases will be presented in order to explore the effect of the constructive aspects in the generation of the associated sets and their boundaries. In addition, a modified implementation of the algorithmic definition is introduced considering the finite mean radius of the primaries. As a result, the presence of the lunar collisional set along the boundary of stability is verified, reducing the applicability of such orbits. 129 PÔSTER #97 OTIMIZAÇÃO MULTI-OBJETIVA APLICADA NO ESTUDO DE TRAJETÓRIAS INTERPLANETÁRIAS UTILIZANDO MANOBRAS ASSISTIDAS POR GRAVIDADE EM DIFERENTES PLANETAS F.C.F. Venditti1, E.M. Rocco1, A.F.B.A Prado1, A. Suhkanov1 1 Depto. de Engenharia e Tecnologia Espaciais, INPE, Brasil Este trabalho é um estudo de otimização de trajetórias interplanetárias utilizando manobras assistidas por gravidade em diferentes planetas. Esta manobra consiste em utilizar a gravidade de um planeta para ganhar impulso, ganhando ou perdendo energia, velocidade e momento angular, possibilitando a economia de combustível. Considerase uma metodologia conhecida como Patched Conics, na qual a trajetória é dividida em partes, levando em consideração inclusive a parte intermediária do trajeto. Quando se deseja otimizar mais de um objetivo, sendo eles conflitantes, é necessário utilizar um método de otimização multi-objetiva. Para isso foi utilizada uma metodologia baseada no Critério da Não-Inferioridade (Pareto 1909) e no Critério da Menor Perda (Rocco 2002), capaz de considerar vários objetivos simultaneamente, sem reduzir o problema ao caso da otimização de apenas um objetivo. No caso deste trabalho três objetivos são considerados para serem minimizados: consumo de combustível, duração da missão e tempo de espera para lançamento. Assim, após obter trajetórias utilizando manobras assistidas por gravidade em diferentes planetas, é possível encontrar dentre os resultados, aquele que mais se aproxima de uma solução ótima. PÔSTER #98 ANÁLISE DE MANOBRAS ORBITAIS NÃO IDEAIS COM PROPULSÃO A PLASMA E. P. Ximenes Neto1, A. Delson Jesus2 2 1 Física, UEFS, Brasil Departamento de Física, UEFS A propulsão a plasma é atualmente um dos mecanismos de propulsão mais eficientes para manobras de precisão nas atividades espaciais e vem sendo estudada desde os últimos 50 anos. Além disso, esta propulsão é considerada ótima do ponto de 130 vista de consumo eficiente do combustível. Neste trabalho, investigamos a relação entre os desvios dos elementos que definem a força de propulsão a plasma e os desvios em direção do vetor empuxo para manobras co-planares e não co-planares. PÔSTER #99 ANÁLISE DO ERRO DE APONTAMENTO PARA SATÉLITES ESTABILIZADOS POR ROTAÇÃO M. C. Zanardi1, M. F. Silva1, L. T. F. Sene1, V. Orlando2 1 2 Depto de Matemática, FEG, UNESP – Campus de Guaratinguetá, Brasil Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – São José dos Campos, Brasil O objetivo deste trabalho é analisar o comportamento temporal da atitude de um satélite artificial em relação a um sistema de coordenadas de referência através da análise do erro de apontamento. Para obter a atitude do satélite são utilizadas as equações dinâmicas de Euler, que fornecem a taxa de variação das componentes da velocidade de rotação do satélite, e as equações cinemáticas dos quatérnions de atitude. Componentes dos torques de gradiente de gravidade, aerodinâmico, magnético residual e devido as correntes de Foucault são introduzidas nas equações do movimento, as quais são integradas numericamente. Com a solução numérica em termos dos componentes do quatérnion de atitude e da velocidade de rotação é obtida a orientação do eixo de rotação do satélite através da teoria desenvolvida. Aplicações são realizadas para os Satélites de Coleta de Dados Brasileiros, SCD1 e SCD2. O erro de apontamento é definido como sendo o desvio angular entre o eixo de rotação calculado e o eixo de rotação real, mostrando que este desvio se encontra dentro da precisão requerida pelo INPE para um período de vários dias. A direção do eixo de rotação real é determinada utilizando os dados fornecidos pelo Centro de Rastreio e Controle de Satélites do INPE (CRC) para a ascensão reta e declinação do eixo de rotação. A direção do eixo de rotação calculado pela teoria utiliza os resultados numéricos obtidos para estas mesmas variáveis. São realizadas duas abordagens: a primeira com a atualização diária dos dados de atitude e órbita dos satélites e a segunda sem a atualização diária destes dados. Pelos resultados obtidos nas simulações para o satélite SCD2 observam-se erros de apontamento menores do que os obtidos para o SCD1, em ambas as abordagens. Nas abordagens sem atualização, o erro de apontamento foi maior do que na abordagem com atualização diária dos dados, com a média do erro aumentando para os dois satélites. Saliente-se que apesar da aplicação ter sido realizada para satélites estabilizados por rotação, a teoria pode ser aplicada para qualquer satélite, podendo o movimento 131 rotacional ser analisado através dos resultados numéricos em termos das componentes da velocidade de rotação e do quatérnion de atitude. Os resultados são importantes para auxiliar na predição dos instantes em que seria necessária a atuação do controle de atitude do satélite, de modo a mantê-lo dentro das precisões requeridas na missão. PÔSTER #100 MANOBRAS DE ÓRBITA E ATITUDE DE SATÉLITES ARTIFICIAIS J. B. S. Fonseca1; M. C. Zanardi1; A. F. B. A. Prado2 1 2 Depto de Matemática, FEG, UNESP – Campus de Guaratinguetá, Brasil Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – São José dos Campos, Brasil Quando um satélite é colocado em órbita ele não se mantém em sua órbita nominal por tempo indeterminado. Devido a perturbações ambientais tanto o movimento translacional quanto o rotacional do satélite sofrem alterações ao longo do tempo. Essas alterações podem acarretar danos irreversíveis e conseqüentemente o fim das operações dos equipamentos a bordo do satélite. A resolução desse problema é uma das motivações deste trabalho, que está relacionado com manobras de transferência de órbitas, as quais são utilizadas para manutenção do movimento translacional do satélite, e de manobras de atitude, que são feitas para correção do movimento rotacional de satélites artificiais. Simulações numéricas utilizando métodos clássicos, como transferência de Hohmann, bi-elíptica e de busca direta para órbitas genéricas, foram realizadas. Essas simulações são apresentadas, destacando as vantagens de cada uma delas, procurando sempre a manobra com menor gasto de combustível. Resultados de manobra de atitude são também analisados, utilizando as equações dinâmicas e cinemáticas, incluindo torques propulsivos de pequena magnitude para o controle de atitude. 132 SISTEMAS DINÂMICOS 133 PÔSTER #101 CHIRIKOV DIFFUSION IN THE REGION OF THE (3556) LIXIAOHUA ASTEROID FAMILY F. Cachucho1, G. G. da Silva2, S. Ferraz-Mello2 1 Universidade Cidade de São Paulo, UNICID, Brasil 2 IAG, USP, Brasil Chirikov diffusion theory allows explaining the mechanism of diffusion in the domain of the three-body mean motion resonances (3BMMR). These resonances are formed by a multiplet of resonances and the diffusion in eccentricity in this system is produced by the contribution of weaker resonances of the multiplet. In this communication, we evaluate the diffusion in eccentricity and semi-major axis for one of 3BMMR of the Lixiaohua asteroid family using the Nesvorný-Morbidelli model. The numerical results are obtained for times up to 10 8 years. Moreover, the Chirikov formulation gives a theoretical estimate of diffusion in terms of the Melnikov integral. The theoretical diffusion is evaluated in low eccentricities for solutions inside of the stochastic layer formed around the separatrix of guiding resonance, following Chirikov nomenclature, of the multiplet. This calculation is obtained using the procedure given in Cachucho et al. (Celest Mech Dyn Astron 108:35-58, 2010). PÔSTER #102 ANOMALOUS PARTICLE TRANSPORT IN PLASMAS W. L. C. Façanha1, I. L. Caldas1 1 Instituto de Física, USP, Brasil An important problem in the study of plasma confinement in tokamaks is the anomalous particle transport that occurs as a result of drift waves in the plasma edge. Several evidences indicate that this effect can be, at least partially, explained by the chaotic particle transport, as investigated in this work. The influence of the electric and magnetic field configurations in the formation of convective cells and transport barriers due to nonlinear interactions between the poloidal flow and the resonant waves are studied by means of an almost integrable Hamiltonian model. 135 Using a set of canonical transformations it is possible to obtain simplified equations of motion in the form of action-angle variables and, using those equations, we can obtain area-preserving Poincaré maps to study the particle transport. PÔSTER #103 RESSONÂNCIA DE MOVIMENTOS MÉDIOS DE TRÊS CORPOS E DIFUSÃO G. Gomes¹, F. Cachucho2, S. Ferraz-Mello1 1 Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, USP, Brasil 2 Universidade Cidade de São Paulo/UNICID, São Paulo, Brasil Atualmente na literatura muitos trabalhos investigam a estabilidade de sistemas hamiltonianos perturbados, cujo movimento se dá próximo as suas ressonâncias. Estamos particularmente interessados em sistemas que apresentam seu movimento próximo à ressonância de movimentos médios de três corpos. Neste Trabalho apresentamos um mecanismo geométrico para a Difusão e calculamos a difusão na Região do (3556) Asteróide da família Lixiaohua usando a teoria da difusão de Chirikov e o modelo de Nesvorný-Morbidelli. Em particular investigamos a região da Ressonância (6, 1, -3) considerando apenas a MMR de três corpos indentificada em Nesvorny and Morbidelli (1998). Contudo, a difusão teórica é obtida usando os procedimentos dados em Cachucho et al. (2010). PÔSTER #104 CONTROLLING CHAOTIC TRANSIENT AND THE IMPROVEMENT OF SYSTEM FLEXIBILITY E. Macau1 1 ILAC, INPE, Brasil In this work, we address the problem of how to exploit the dynamics behind a chaotic transient behavior to improve system performance and adaptability to many operational conditions requests. The phenomenon of chaotic transient is explained as due to the presence of a chaotic saddle in the phase space. Different systems operation 136 points can be associated to the set of unstable periodic orbits that exists embedded in the chaotic saddle. A classical control procedure associated with a control of chaos strategy is proposed as a methodology to quickly guide system trajectories among different operation points and to keep the system on a particular operation point. The methodology is applied on an electronic circuit system. PÔSTER #105 SYNCHRONIZING A COMPLEX NETWORK INTO UNSTABLE PERIODIC ORBITS E. Macau1, L.F. Turci1 1 LAC, INPE, Brasil In this work we consider the problem of controlling the dynamical evolution of a complex dynamical network into an unstable periodic orbit. The main goal is to control the synchronized evolution of the network to make it follows a specific reference. We assess the interplay between the synchronization state stability and the controller action to achieve the desired controlled dynamics. An efficient strategy is used us to control the synchronized behavior of the network. It just acts over specific oscillators to smoothly drive the system the desired controlled dynamics. PÔSTER #106 ANÁLISE E COMPARAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO CONTROLE DE UM PENDULO INVERTIDO EM MALHA ABERTA E MALHA FECHADA W. Mahler1, D.P.S dos Santos1 1 Depto. de Mecânica Espacial e Controle, INPE, Brasil Este trabalho objetiva o estudo do pendulo invertido sobre um carro, analisando e comparando o comportamento dinâmico em duas situações: a primeira de um sistema de controle em malha aberta; e a segunda um sistema de controle em malha fechada. O trabalho é desenvolvido em nível de iniciação cientifica e tem como objeto o estudo preliminar de sistema de controle, para a utilização de algoritmo genético na formulação dos métodos de resolução. Foram implementadas as equações diferenciais 137 dos estados (posição, velocidade, aceleração do veículo e angular) do modelo do pêndulo invertido, equação de Ricatti, foi implementado um sistema do tipo LQR (Regulador Linear Quadrático), utilizando a função do Matlab e foram utilizados métodos numéricos para a sua resolução. Os resultados obtidos neste estudo indicam o potencial da utilização do LQR em situações instáveis comparado a um sistema em malha aberta. Foram verificados resultados que favorecem o uso do sistema em malha fechada, pois conseguiu estabilizar os estados por período maior. PÔSTER #107 MULTIPLICAÇÃO DE BARREIRAS PARA O TRANSPORTE CAÓTICO C. G. L. Martins1,2, R. Egydio de Carvalho1, I. L. Caldas3, M. Roberto2 1 UNESP – Rio Claro, Brasil Depto. de Física, ITA, Brasil 3 Instituto de Física, USP, Brasil 2 Neste trabalho abordaremos as curvas meanders que surgem através do processo de reconexão (ou overlap) de cadeias de ressonância [1]. Este processo ocorre apenas em mapas discretos não-twist [2]. As curvas meanders formadas por este processo jogam o papel de barreiras para o transporte caótico no espaço de fases. Introduziremos uma perturbação extra no mapa padrão não-twist [3], e o novo mapa discreto formado será denominado mapa padrão não-twist labiríntico [4]. Esse mapa labiríntico proposto por nós apresenta múltiplos processos de reconexão de cadeias, portanto apresenta múltiplas barreiras para o transporte caótico no espaço de fases. [1] D. del-Castillo-Negrete, J. M. Greene, P. J. Morrison, Physica D 91, 1, (1996). [2] A.J. Lichtenberg and M.A. Lieberman, Regular and Chaotic Dynamics (Springer, New York, 1992). [3] D. Del-Castillo-Negrete and P. J. Morrison, Phys. Fluids A 5, 948 (1993). [4] Caroline G. L. Martins ; R. Egydio de Carvalho; I. L. Caldas; M. Roberto. “Labyrinthic Standard Non-Twist Map”, Journal of Physics A (2010) (Submitted). PÔSTER #108 FORMAÇÃO DE ILHAS MAGNÉTICAS NO EQUILÍBRIO MHD COM INVERSÃO DA CORRENTE ELÉTRICA DO PLASMA 138 C. G. L. Martins 1, F. L. Braga2, M. Roberto1, I. L. Caldas3, R. E. Carvalho4 1 Departamento de Física, Instituto Tecnológico de Aeronáutica 2 Instituto de Física, UNICAMP 3 Instituto de Física, USP 4 Departamento de Estatística, Matemática Aplicada e Computação, UNESP, Rio Claro Neste trabalho é apresentada uma solução analítica da equação de equilíbrio MHD com simetria toroidal, no limite de alta razão de aspecto, com inversão do perfil da componente toroidal da densidade da corrente elétrica do plasma. Tais perfis estão relacionados com um perfil não-monotônico da transformada rotacional, ω, da hamiltoniana que descreve as linhas do campo magnético. Nos locais onde a componente poloidal do campo magnético se anula, há a formação de ilhas magnéticas em torno das superfícies magnéticas com ω = 2pi n/m, onde m(n) determina o número de onda na direção poloidal (toroidal) . O aparecimento destes modos pode afetar o confinamento em tokamaks, conforme já foi observado experimentalmente. Propõe-se investigar sob quais condições de equilíbrio ocorre o aparecimento das ilhas, assim como determinar a largura dessas ilhas. PÔSTER #109 ESCAPE BASINS AND FRACTAL INVARIANT SETS IN THE PLANAR CIRCULAR RESTRICTED THREE-BODY PROBLEM FOR THE EARTHMOON SYSTEM M. O. Terra1, S. C. de Assis1 1 Depto. de Matemática, ITA, Brasil The present contribution investigates the escape basins and the associated fractal invariant sets in the context of the planar circular restricted three-body problem (PCRTBP) for the earth-moon system. The characteristics of escape basins and their boundaries are fundamental in transport processes between regions defined around each primary of the three-body system, both in the context of space mission design and on the study of dynamical evolution of natural systems. Given a value of the integral of motion of the PCRTBP, denoted by C, one of the five possible Hill regions (accessible regions) and respective transport channels are established. Considering an initial condition set around one of the primaries, exits are defined according with the opened necks around the collinear equilibrium solutions. In this contribution, escape basins are obtained considering the primaries as finite bodies with the inclusion of their mean 139 radii. The qualitative dynamical investigation through Poincaré sections is performed in order to elucidate the obtained results. Our analysis reveal the existence of regular and fractal basin boundaries, associated with chaotic saddles and its invariant manifolds. Three main regimes are detected in our analysis as a function of the Jacobi Constant. The first regime, defined for C1>C>C2, three basins coexist, namely, the earth region basin, the lunar collisional set, and the bounded basin of orbits which do not escape. In this case, the fractalization of the boundary of the collisional set and the earth region basin is greatest near the opening of the neck around L1, diminishing as C decreases. In the second region, the second exit opens and the exterior basin arises, competing for the chaotic sea with the collisional and earth region basin. The Jacobi constant dependence of the fractalization of the boundaries is reported. Furthermore, the relation of the basin boundaries and invariant sets of the dynamical system, such as, the manifolds of the Lyapunov orbits and chaotic saddles, is investigated. Finally, the third regime occurs, for C<C3, when the zero velocity curves are absent or almost absent, the analysis of exit was performed as function of the angular sector of escape. Different exit time scales are reported and investigated as a function of the distinct regimes and the presence of stickiness motion around the stability island. 140 LISTA DE PARTICIPANTES 141 Adrian Rodriguez Colucci Aguinaldo C. da Costa Filho Alain J. Albouy Alan Jorge Alves do Carmo Alejandro M artín Leiva Alessandra Ferraz da Silva Alessandro M orbidelli Alex Dias de Oliveira Alexander A. Sukhanov Alexandre Pinho dos S. Souza Altair Ramos Gomes Júnior Álvaro Augusto Neto Ana Paula M arins Chiaradia Anderson de Oliveiro Ribeiro Anderson Renato Viski André Amarante Luiz Andrea Laura Sosa Oyarzábal Anete Soares Cavalcanti Annibal Hetem Junior Antonio Carlos Fernandes Antonio Delson C. de Jesus Antonio F. Bertachini de A. Prado Antonio Gil Vicente de Brum Áurea Aparecida da Silva Bruna Y. Pinheiro Lopes M asago Carlos Bruno Briozzo Caroline Gameiro Lopes M artins Cedeia Vieira de Araujo Cláudia Celeste Celestino Cristian Andrés Giuppone Daniela Lazzaro Danilo Anderson de Oliveira Décio Cardozo M ourão Denilson Paulo Souza dos Santos Diêgo Oliveira dos Santos Diogo Teixeira Belloni Eduardo Andrade Inês [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] 143 USP INPE França USP Argentina UNESP França UFRJ INPE UNESP UFRJ ITA UNESP ON UFPR UNESP Uruguai UFPE UFABC UNIFEI UEFS INPE UFABC INPE UNESP Argentina ITA UFABC UFABC Argentina ON INPE UNESP INPE UEFS UFRJ USP Elbert Einstein Nehrer M acau Erica Cristina Nogueira Erich M onteiro B. A. Cavalcanti Ernesto Vieira Neto Estácio Pimentel Ximenes Neto Evandro M arconi Rocco Fabíola Pinho M agalhães Fernando Cachucho da Silva Fernando Virgilio Roig Filipe Batista Ribeiro Flaviane Cristine Faria Venditti Francisco das Chagas Carvalho Francisco Granziera Junior Francisco Javier Tipán Salazar Gabriel Borderes M otta Gersonilo Oliveira da Silva Gitsuzo de Brito Siqueira Tagawa Giullyano Cordeiro dos Santos Gleidson Gomes Da Silva Helio Koiti Kuga Helton da Silva Gaspar Hugo A. Folonier Iberê Luiz Caldas James Freddy Luis M achuca Jarbas Cordeiro Sampaio Jean Fernandes Barros Jean Paulo dos Santos Carvalho Jean Silva Soares Jorge A. Gonzales Davalos Jorge Correa Otto Jorge Kennety Silva Formiga Jorge M artins Nascimento José Ezequiel Chiaradia Jose Leonardo Ferreira Josep-M aria M ondelo Josué Cardoso dos Santos Julia Venturini [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] 144 INPE ON UEFS UNESP UEFS INPE ON UNICID ON UNESP INPE ITA INPE INPE UNESP UFPE INPE UEFS USP INPE UNESP Argentina USP UNESP UNESP UEFS UNESP ON ON Argentina INPE PlusSat UNESP UnB Espanha UNESP Uruguai Julio Angel Fernández [email protected] Leandro Baroni [email protected] Lossian Barbosa Bacelar M iranda [email protected] Luiz Augusto Guimarães Boldrin [email protected] Luiz Carlos Gadelha de Souza [email protected] Luiz de Siqueira M artins Filho [email protected] M aisa de Oliveira Terra [email protected] M arcos Tadeu dos Santos [email protected] M aria Cecília F. P. S. Zanardi [email protected] M aria Eugenia Varela [email protected] M ário César Ricci [email protected] M ário M . Quintino da Silva [email protected] M arisa Roberto [email protected] Narumi Seito [email protected] Nelson Callegari Júnior [email protected] Nicolas Pablo M affione [email protected] Nilton Carlos Santos Araujo [email protected] Noemi dos Santos Araújo [email protected] Paula C. Pinto M esquita Pardal [email protected] Pedro Henrique A. Hasselmann [email protected] Pedro Ivo de Oliveira Brasil [email protected] Pedro Raphael de Souza P. Bento [email protected] Priscilla Andressa de Sousa Silva [email protected] Pryscilla M aria Pires dos Santos [email protected] Rafael Henrique de Siqueira [email protected] Rafael Lopes Costa [email protected] Rafael Ribeiro de Sousa [email protected] Rafael Sfair de Oliveira [email protected] Regina Elaine Santos Cabette [email protected] Roberta Veloso Garcia [email protected] Roberto Vieira M artins [email protected] Rodney da Silva Gomes [email protected] Rodolpho Vilhena de M oraes [email protected] Rogerio Deienno [email protected] Rosana A. Nogueira de Araujo [email protected] Sandro da Silva Fernandes [email protected] 145 Uruguai UFVJM IFPI UNESP INPE UFABC ITA USP UNESP Argentina INPE INPE ITA CTA UNESP Argentina UNESP INPE INPE ON UNESP UNESP ITA UNESP INPE INPE UEFS UNESP INPE INPE ON ON UNIFESP INPE UNESP ITA Saymon Henrique Santos Santana Sheila Crisley de Assis Stelamarys Caobiano M odenutte Suelen Cristina M ovio Huinca Sylvio Ferraz M ello Tadashi Yokoyama Tatiana A. M ichtchenko Tatiana Coelho de M oura Bastos Teresinha J. Stuchi Thais Carneiro Oliveira Thais M othe Diniz Thiago Correr Junqueira Thiago Dias Oliveira Silva Valdemir Carrara Valerio Carruba Vivian M artins Gomes Viviane Salvador Alves Wagner Frederico Cesar Mahler Walter Silva Martins Filho Wilian Luís Campesato Willer Gomes dos Santos Wilson Luiz da Costa Façanha [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] 146 UNESP ITA UNESP UFPR USP UNESP USP UFRJ UFRJ INPE UFRJ USP UFRPE INPE UNESP INPE UNESP INPE UFRJ UFABC INPE USP
Documentos relacionados
Paulo Leal Ferreira - Instituto de Física Teórica
19 - Nicole Pereira de Lima (UNESP) - Apresentação oral Gravitational capture of small bodies by gas drag developed using hydrodynamic equations The giant planets of the Solar System have two kinds...
Leia mais