Revista Meaning - Mochileiro das Maravilhas

Transcrição

Revista Meaning - Mochileiro das Maravilhas
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A volta ao mundo em
21 maravilhas
F
ormado em Relações Públicas e Turismo, Daniel Frederico
Thompson de Moura pode ser descrito como um aventureiro. Com a cara e a coragem (e a mochila sempre nas costas),
Daniel já conheceu países como Alemanha, Argentina, Austrália,
Áustria, Bélgica, Chile, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Vaticano. E morou na Espanha,
Inglaterra e Nova Zelândia. Tudo isso com apenas 29 anos.
Mas, entre tantas aventuras, sua mais recente jornada deve
ser a maior de todas: conhecer as 21 finalistas do concurso das
Sete Maravilhas do Mundo Moderno, em uma viagem de seis
meses ao redor do planeta.
O que parece apenas uma viagem de férias é, na verdade, fruto
de um grande planejamento. Idéia na cabeça, Daniel começou
a elaboração de um projeto, nos mínimos detalhes. Com boa
estruturação, o plano chamou a atenção de um dos maiores
portais da internet brasileira, o IG. Desde então, seu site, o
Mochileiro das Maravilhas (www.mochileirodasmaravilhas.com.
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br) é o grande destaque na seção de turismo do portal.
Na página, cujo visual é uma atração à parte, é possível
acompanhar um blog do aventureiro, contando os detalhes da
viagem e dando dicas e endereços úteis para outros mochileiros.
Há o roteiro da viagem, com um cronograma pré-definido,
fotos e vídeos de cada lugar visitado. E você também pode deixar
perguntas e comentários para ele, que responde a cada pergunta
pessoalmente – ainda que do outro lado do mundo.
A viagem
Sua primeira parada será na Espanha, onde conhecerá
Alhambra, uma fantástica fortificação da época da dominação
árabe na península ibérica, localizada na cidade de Granada.
Da Europa para a África, mais precisamente em Mali, onde
fica Timbuktu, cidade fundada no ano 1100 DC. Apesar de
parcialmente destruída pelas areias inclementes do Saara, o local
ainda proporciona visões magníficas.
Luciano Rodrigues
De volta à Europa, mais precisamente à França. Ali, é a vez
da Torre Eiffel. Do outro lado do Canal da Mancha, as fantásticas
estruturas de pedra de Stonehenge. Mais ao leste, Daniel visitará
o Kremlin e a Praça Vermelha. Depois, Alemanha, e o fantástico
Castelo Neuschwanstein, palácio construído na segunda metade
do século XIX e cujo estilo fantástico inspirou Walt Disney a
criar o Castelo da Cinderela.
Depois, uma viagem à era dos gladiadores, com o fantástico
Coliseu na Itália. Em seguida, vai à Atenas, terra da filosofia e da
democracia, na Grécia, onde conhecerá a Acrópole.
De volta à África, o mochileiro desembarca no Egito para
as Pirâmides de Giza. No conturbado Oriente Médio, encontra
a cidade de pedra de Petra, na Jordânia. Europa de novo, no
extremo oriental do continente, na Turquia. Ali, finaliza essa etapa
da viagem com a fantástica Basílica de Santa Sophia.
Avião até a Índia, onde começa a etapa asiática da volta
ao mundo. Ali, conhece o lendário Taj Mahal, um suntuoso
monumento de mármore branco, construído pelo imperador
Shah Jahan em memória de sua esposa favorita, Aryumand Banu
Begam, morta ao dar a luz ao 14º filho do mandatário.
Depois, China, e a mundialmente famosa Grande Muralha. No
vizinho Japão, Daniel conhecerá oTemplo Kyiomizu. A última parada
na Ásia é no Camboja, para conhecer o templo de Angkor Wat.
Chegando à Oceania, o mochileiro vai à Austrália para
conhecer a Opera House, em Sidney. De avião sobre o majestoso
oceano Pacífico, Daniel desembarca no México, para conhecer uma
das jóias da América pré-colombiana, a Pirâmide Chichén Itzá. Aos
Estados Unidos, agora, para visitar a Estátua da Liberdade.
De volta à América do Sul, é a vez de Macchu Pichu, a
cidade sagrada dos Incas, no Peru. No meio do oceano, a Ilha da
Páscoa, pertencente ao Chile, e seus fantásticos moais, as colossais
e misteriosas estátuas de pedra.
A última etapa da viagem é a pérola brasileira, o Cristo Redentor,
e seus braços abertos sobre a Cidade Maravilhosa. Aqui, sob o sol do
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ao redor do planeta nesse período, foi o meu maior desafio. Por
outro lado, foi uma das partes do projeto que mais me deu prazer,
já que, como turismólogo, essa é a minha grande paixão.
A solicitação de vistos também foi complicada, já que alguns
países exigem datas certas de permanência ou só expedem o visto
com 1 a 3 meses de antecedência à chegada. Com isso, deixei 3
vistos para serem tirados durante a viagem.
Uma outra preocupação foi com as mochilas. Carregar
o mínimo possível era o mais importante para não pagar
excesso de bagagem em vôos internos e para facilitar meu
deslocamento a pé, dentro de trens, barcos. Fora a preocupação
com equipamento de trabalho, como câmeras (fotográfica e
de vídeo), lap top, HD extra, cartões de memória, cabos, etc.
Brasil e tendo aos seus pés uma das cidades mais belas do mundo,
chega ao fim a inesquecível travessia do mochileiro Daniel.
Entrevista
Como surgiu a idéia de uma viagem para conhecer as 21
maravilhas do mundo?
Dar uma volta ao mundo sempre foi meu sonho. Adeqüei isso
à Eleição das 7 Novas Maravilhas do Mundo que ocorreu no ano
passado e apesar de ser válida, foi muito contestada por diversos
fatores. Montei meu projeto baseado nas 21 candidatas.
Você teve que estudar seus destinos, as diferenças culturais
entre os vários países que vai visitar, para não passar
aperto? O que você pode contar de curioso a esse respeito?
Sem dúvida. Esse planejamento é importantíssimo e já faz
parte da viagem. Além de ajudar a evitar imprevistos, faz com
que você aproveite mais a sua estada no local. Quando você já
chega conhecendo algo, as coisas ficam mais fáceis e você ganha
tempo, além de evitar problemas.
Não é fácil mudar, quase que diariamente, de cultura,
idioma, comida, moeda e religião. Sua cabeça e seu corpo têm
que estar preparados e sua mente deve estar aberta a todas as
novas informações que virão, superando o seu cansaço, humor
ou vontade de fazer algo diferente naquele momento.
Acho que o mais interessante foi pensar que hoje eu estaria
no Marrocos comendo o famoso arroz deles, amanhã eu estaria
na Rússia, depois no Egito e em menos de 2 meses no Japão.
Essa sensação é diferente de tudo que já havia vivido e é o maior
combustível para nunca parar.
Quais as maiores dificuldades que você encontrou na fase de
elaboração do projeto?
Elaborar um roteiro de 6 meses adequando geograficamente
a passagem por cada local, o clima e importantes acontecimentos
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Há projetos futuros? Podemos esperar outras viagens do tipo
ou um livro do “Mochileiro das Maravilhas”, por exemplo?
No momento, meu único projeto é fazer com que a viagem
continue dando certo, mas o livro, com certeza, é o primeiro passo
após meu retorno, já que, nele, poderei contar muitos outros
detalhes e histórias dessa aventura que não entraram na coluna
semanal do iG ou no diário de bordo do meu site. Procurarei uma
editora que se interesse pelo tema e tomara que dê certo.
Eu sou um viciado no mundo e quero conhecer tudo que
puder durante minha vida. Para mim, não existe experiência
mais valiosa do que conhecer culturas, pessoas e lugares
diferentes. Isso é um aprendizado diário, abre a cabeça e te faz
ver a vida de uma forma diferente.
Sem dúvida que tenho vontade de fazer outras viagens e
já até tenho temas na cabeça, mas prefiro terminar essa antes
e depois pensar no planejamento de uma próxima, quem sabe
não sozinho dessa vez.

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