instituição financeira de crédito, sa
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instituição financeira de crédito, sa
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE CRÉDITO, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 2011 Sofinloc – Instituição Financeira de Crédito, S.A. Rua General Firmino Miguel, nº 5 – 14º • 1600-100 Lisboa Matrícula na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa e Pessoa Colectiva nº 501.370.048 • Capital Social: €40.000.000 Mediador de Seguros nº 411357098 • Inscrito no Instituto de Seguros de Portugal em 17/10/2011 • Agente de Seguros Vida/Não Vida Relatório e Contas 2011 01 Relatório do Conselho de Administração 07 Balanço 08 Demonstração do rendimento integral 09 Demonstração de alterações no capital próprio 10 Demonstração dos fluxos de caixa 11 Notas às demonstrações financeiras 55 Certificação Legal de Contas 57 Relatório e Parecer do Fiscal Único SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Senhores Accionistas, Em cumprimento da Lei e dos Estatutos, o Conselho de Administração submete à vossa apreciação o relatório de gestão, as contas e a proposta de aplicação de resultados referentes ao exercício de 2011 da vossa Sociedade. 0. NOTA INTRODUTÓRIA Em Outubro de 2011 as unidades de negócio de concessão de crédito automóvel e de mediação de seguros da Sociedade foram destacadas por cisão para incorporação por fusão no Banco Finantia, S.A. Nesta base, as demonstrações financeiras agora apresentadas com referência a 31 de Dezembro 2011 não são comparáveis com as do exercício anterior, uma vez que não incluem as actividades cindidas. 1. SITUAÇÃO MACROECONÓMICA 1.1 ENVOLVENTE MUNDIAL EM 2011 E PERSPECTIVAS O ano de 2011 foi marcado por uma performance económica global relativamente frágil. Depois de um crescimento global de 5,2% em 2010, as medidas de austeridade fiscal implementadas pelas economias desenvolvidas e as baixas taxas de crescimento verificadas nas economias emergentes amorteceram o desempenho económico em 2011. O FMI estima que crescimento económico mundial será de 3,8% em 2011, o que é encorajador uma vez que esta performance é alcançada num contexto adverso, afectado por eventos excepcionais de grande impacto tais como o terramoto/tsunami no Japão, a agitação político-social no Médio Oriente e no Norte da África e os choques na oferta de petróleo. O desempenho económico mundial continuou ainda a ser afectado negativamente pelo “crash” imobiliário, pelo endividamento elevado das famílias e dos Estados e pela contracção do crédito concedido pelo sistema bancário. O crescimento dos EUA enfraqueceu em 2011. A mais recente estimativa aponta para 1,8%, reflectindo a transição lenta da procura pública para a procura privada, os problemas associados às dívidas soberanas e ao sector bancário na zona Euro e os efeitos dos eventos excepcionais mencionados no parágrafo anterior. Para 2012 o FMI prevê um crescimento idêntico de 1,8%, o que pode ser considerado positivo, uma vez que elimina a hipótese de uma recessão em W (double-dip). A Zona Euro teve o seu crescimento económico a evoluir a duas velocidades em 2010, com os países do Norte a crescer fortemente (liderados pela Alemanha) e as economias periféricas a contrair e foi incapaz de evitar que os problemas financeiros e económicos dos países periféricos se alastrassem a toda a Zona Euro. A Alemanha viu o crescimento do seu PIB abrandar de 3,6% em SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 -1- 2010 para cerca de 3,0% em 2011. A Grécia e Portugal, duas das economias periféricas mais problemáticas, ambas objecto da intervenção pela Troika, contraíram respectivamente -5,0% e 1,5%. A Irlanda, também submetida à assistência financeira do FMI, cresceu de forma muito modesta (0,4%). No geral, estima-se que a Zona Euro cresça 1,6% em 2011, uma taxa de crescimento inferior ao ocorrido em 2010 (1,9%). Para 2012 o desempenho da economia global depende em grande parte do desempenho dos EUA, da Zona do Euro e dos BRICs. Enquanto que a Zona Euro está a implementar medidas rigorosas de austeridade que, de acordo com as estimativas do FMI, irão implicar uma contracção económica nesta região de -0,5%, a economia dos EUA começa a mostrar alguns sinais de retoma com a indústria e a mineração a mostrar lucros em alta e o emprego a aumentar. No sector imobiliário as expectativas apontam para a estabilização depois de quedas anuais sucessivas de preços e volumes de transacções. No respeitante aos BRICs, as projecções indicam crescimento económico, sendo que os receios de sobreaquecimento económico e respectiva inflação ainda se mantêm. Em 2012 o FMI prevê taxas de crescimento de 3,0% para o Brasil, 7,0% para a Índia, 3,3% para a Rússia e 8,2% para a China. Em termos globais para as economias emergentes, o FMI estima uma taxa média de crescimento de 6,2% em 2011 e de 5,4% em 2012. 1.2 CONJUNTURA ECONÓMICA NA PENÍNSULA IBÉRICA Em 2011 Portugal iniciou a implementação de medidas rigorosas de austeridade, destinadas a corrigir os desequilíbrios macroeconómicos e as vulnerabilidades estruturais da sua economia. Depois de ter crescido 1,3% em 2010, prevê-se uma contracção da economia portuguesa estimada em -1,5% em 2011. As projecções apontam para que a economia continue a contrair-se em 2012, em resultado dos efeitos da consolidação orçamental do Estado, da desalavancagem financeira e de um abrandamento acentuado da procura externa. O desemprego continuará a aumentar e a tendência dos preços deverá ser crescente por força do aumento dos impostos indirectos. O crescimento estimado para 2012 é de -1,8%. Em 2013, espera-se que o PIB volte a crescer (1,2%), liderado pelas exportações e alavancado pela melhoria do enquadramento económico global. A Espanha registou um crescimento do PIB de 0,7% em 2011. Esta economia, que também se insere nas economias periféricas da Zona Euro com problemas, foi fortemente afectada pela crise global, especialmente pela desaceleração do comércio mundial, pelo impacto da crise das dívidas soberanas e pela degradação das condições de financiamento e de confiança. É provável que a consolidação orçamental em curso enfraqueça a procura interna e aumente o desemprego. Várias medidas de redução do défice estatal foram adoptadas e prevê-se que os objectivos a este nível sejam alcançados até 2015. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 -2- 2. O SECTOR DO CRÉDITO AO CONSUMO EM PORTUGAL E ESPANHA O mercado ibérico de viaturas ligeiras novas experimentou uma redução de 20% em 2011 relativamente a 2010, tendo sido matriculadas 963 mil unidades contra 1.254 mil em 2010. Devido às condições adversas do mercado, conjuntamente com a implementação de políticas de aprovação de crédito mais exigentes, a produção anual alcançou durante o ano de 2011 um montante de € 19 milhões. No que respeita à actividade exercida em Portugal, o montante global do crédito destinado à aquisição de meios de transporte concedido em 2011 pelos membros da ASFAC, ascendeu a cerca de € 1,2 milhões ou seja menos 22,5% face a 2010. Relativamente a Espanha, os últimos dados disponíveis, pela ASNEF (Janeiro a Setembro de 2011) apontam para uma quebra de 4,45% face ao período homólogo de 2010 no montante total de crédito concedido para aquisição de automóveis. 3. ACTIVIDADE DA SOFINLOC 3.1. ÁREA COMERCIAL A angariação de negócios continuou a ser feita primordialmente através dos canais de comercialização de automóveis, incluindo os concessionários das marcas e os comerciantes de automóveis no mercado secundário (multimarcas). A força de vendas encontrava-se distribuída por 7 agências, das quais 6 em Portugal e uma em Madrid. Em 2011 a produção de novos financiamentos em Espanha foi residual. Sobre a actividade em Portugal, merece destaque o seguinte: Os novos contratos outorgados em Portugal atingiram € 19 milhões de valor financiado. O produto Crédito, especialmente dirigido ao segmento de clientes particulares e profissionais liberais para a aquisição sobretudo de viaturas ligeiras usadas e muito usadas, representou cerca de 81% da produção total, atingindo os € 15,4 milhões. O Leasing e a Locação representaram no seu conjunto cerca de 19% do total, produtos que financiam fundamentalmente a aquisição de viaturas novas e semi-novas. - A grande maioria dos contratos originados em 2011 foi celebrada com clientes particulares (88%), os demais clientes são empresas de pequena e média dimensão. - Em 2011, a produção incidiu principalmente no segmento de viaturas ligeiras (comerciais e mistas) e de todo-o-terreno. - O valor financiado médio por contrato foi de € 10.205, cerca de 10% abaixo do valor correspondente do ano anterior (€ 11.257). - O prazo inicial médio das operações, ponderado pelo valor financiado, foi de 66 meses, contra 65 meses em 2010. Por intervalos de prazo verificou-se a predominância dos contratos com prazos superiores a 5 anos, que representaram 65% do total financiado, enquanto as operações até 3 anos pesaram 5% e as contratadas por períodos entre 3 e 5 anos representaram 30% do total. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 -3- - Importante complemento da actividade de crédito foi a de colocação de seguros. Os produtos comercializados compreendem o seguro de protecção ao crédito (vida e desemprego), o seguro automóvel associado ao financiamento (seguro auto financiamento) e o seguro automóvel sem financiamento associado (seguro auto extra-financiamento), este último essencialmente ligado às vendas resultantes do cross-selling. O volume de comissões gerado por esta actividade em 2011 foi de cerca de € 3,3 milhões. 3.2. EVOLUÇÃO E ESTRUTURA DAS PRINCIPAIS RUBRICAS DO BALANÇO O crédito a clientes em balanço cifrou-se em € 185 milhões em 31 de Dezembro de 2011. Cerca de 85% do saldo de crédito a clientes no final do exercício (€ 158 milhões) estava financiado por passivos financeiros associados a activos transferidos, ou seja, através de operações de securitização. No final do exercício encontravam-se activas as seguintes operações de securitização, todas em fase de amortização: (i) o LTR6 com € 67,0 milhões; (ii) o LTR7 com € 52,6 milhões e (iii) o LTR8 com 78,5 milhões. No exercício de 2011 foi exercida a clean-up call da operação LTR 5. 3.3. CONTROLO DE CRÉDITO E SISTEMAS Na área de cobranças de Portugal é de salientar que os valores entrados para cobrança activa (valor das rendas não recebidas automaticamente), reduziram em cerca de 16.2% face ao ano de 2010. A actividade do Departamento de Cobranças culminou com um rácio (valores cobrados/novos valores a cobrar entrados) de 94% (2010: 93%). No que se refere à área de recuperação de equipamentos e contencioso de Portugal, este departamento recebeu em 2011 um menor número de processos para recuperação, com um capital outstanding (valores vencidos e vincendos) de € 17,5 milhões, menos 32% que o registado em 2010 (€ 25,9 milhões em 2010). O valor cobrado por esta área em 2011 foi de € 15,2 milhões. Na área de cobranças telefónicas/externas de Espanha, é de salientar que os valores entrados para cobrança activa (valor das rendas não recebidas automaticamente), foi cerca de 30% menos que em 2010. O rácio deste Departamento (valores cobrados/novos valores a cobrar entrados) foi de 89% em linha com o registado em 2010. No que se refere à área de recuperação de equipamentos e contencioso de Espanha, este departamento recebeu em 2011 um número menor de processos face ao ano anterior. Do ponto de vista dos sistemas, a área de Sistemas de Informação (SI) teve como objectivos a eficiência operacional, a implementação das novas exigências introduzidas pelas Entidades Reguladoras e a redução de custos operacionais de actividade. Em todas as decisões de planeamento procurou-se uma adequada coordenação com as áreas de negócio de forma a garantir a SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 -4- missão dos SI como parceiro fiável junto de todos os stakeholders envolvidos. Entre os principais projectos executados em 2011 incluem-se um programa de redução de custos com a revisão/renegociação de todos os contratos de manutenção em vida e vários projectos de integração dos sistemas de FrontOffice e BackOffice usando a tecnologia Oracle SOA Suite. Durante o ano foram adaptados os sistemas às novas regras regulatórias de reporting e de sistemas de pagamentos. Finalmente foi enriquecido o Plano de Continuidade de Negócio (PCN) com o seu alargamento a novos departamentos e a adopção das recomendações da Comissão Nacional de Supervisores Financeiros. 3.4. EVOLUÇÃO DA QUALIDADE DO CRÉDITO Os rácios de incumprimento do crédito apresentam uma evolução negativa em virtude, principalmente, da redução da carteira de crédito, sendo contudo de salientar o aumento da cobertura por provisões e colaterais do crédito com atraso superior a 90 dias de 127,5% em 2010 para 145,8% em 2011. 4. AVALIAÇÃO E GESTÃO DE RISCOS A política de avaliação e gestão de riscos da Sofinloc, que abrange os Riscos de Crédito, Mercado, Liquidez e Operacional, encontra-se descrita nas Notas às Demonstrações Financeiras. 5. PERSPECTIVAS FUTURAS Com uma melhor coordenação das políticas económicas a nível europeu, é de esperar uma evolução económica positiva em 2012. No entanto, dado o processo rigoroso de austeridade e ajustamento estrutural que Portugal atravessa, prevemos que a Sociedade continuará a ser confrontada por condições financeiras adversas, nomeadamente com restrições ao financiamento de médio e longo prazo. Neste contexto, continuaremos a focar-nos na prestação de serviços, dando menos relevância às actividades intensivas em capital e funding, sendo que a actividade de Crédito Especializado deverá retomar o seu crescimento quando os mercados de securitização reabrirem. 6. RESULTADOS E SUA APLICAÇÃO O Resultado do exercício cifrou-se num lucro de € 931.382,86, para o qual se propõe a sua transferência para resultados transitados após o reforço obrigatório das reservas legais. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 -5- ANEXO I AO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 1. Lista de accionistas em 31/12/2011 a que se refere o nº 4 do artº. 448º do Código das Sociedades Comerciais: Accionista Banco Finantia, S.A. % capital social 100 2. Lista de accionistas que deixaram, durante o ano de 2011, de ser titulares de participações de pelo menos um décimo do capital social, a que se refere o nº 4 do art 448º do Código das Sociedades Comerciais: n.a. ANEXO II AO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Adopção das Recomendações do Financial Stability Forum (FSF) e do Committee of European Banking Supervisors (CEBS) relativas à Transparência da Informação e à Valorização dos Activos O Banco de Portugal, através das Cartas Circular nº46/08/DSBDR e nº97/08/DSBDR, de 15 de Julho e 3 de Dezembro, respectivamente, adoptou as recomendações do Financial Stability Forum (FSF) e do Committee of European Banking Supervisors (CEBS) sobre a publicação de um conjunto de informações tendo em vista um melhor conhecimento da situação financeira das instituições financeiras em geral, e dos bancos em particular. Esta informação tem como objectivo cumprir com os requisitos exigidos de divulgação. I. MODELO DE NEGÓCIO 1. Descrição do modelo de negócio A descrição da estratégia e do modelo de negócio da Sociedade é apresentada no Relatório de Gestão o qual é parte integrante do Relatório e Contas 2011. 2., 3., 4. e 5. Actividades desenvolvidas e contribuição para o negócio No corpo do Relatório de Gestão apresenta-se informação acerca da estratégia e objectivos das áreas de negócio da Sociedade e sua evolução. II. RISCOS E GESTÃO DOS RISCOS 6. e 7. Descrição e natureza dos riscos incorridos O Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras (veja-se Nota 33. Gestão dos riscos da actividade) apresentam uma descrição de como a Função de Gestão dos Riscos se encontra organizada no seio da Sociedade, assim como informação sobre os riscos incorridos pela Sociedade e mecanismos de gestão para a sua monitorização e controlo. III. IMPACTO DO PERÍODO DE TURBULÊNCIA FINANCEIRA NOS RESULTADOS 8. Descrição qualitativa e quantitativa dos resultados Os principais impactos provocados pelo actual período de turbulência financeira são descritos no Relatório de Gestão. Foi adoptada uma descrição qualitativa atendendo a que se nos afigura desproporcionado e não quantificável a mensuração dos efeitos relacionados apenas com a turbulência financeira atendendo a que foi acompanhada por fortes perturbações no mercado das matérias primas e do preço do petróleo com reflexos em vários domínios da economia nacional e internacional. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2010 -1- 9. e 10. Desagregação dos “write-downs” A Sociedade não está exposta a produtos e instrumentos afectados pelo período de turbulência, nomeadamente commercial mortgage-backed securities, residential mortgage-backed securities, colateralised debt obligations e asset-backed securities. 11. e 12. Comparação dos impactos entre períodos Não aplicável. 13. Influência da turbulência financeira na cotação das acções da Sociedade Não aplicável. 14. Risco de perda máxima Na Nota 33 das demonstrações financeiras “Gestão dos Riscos da Actividade” é divulgada informação sobre as perdas susceptíveis de serem incorridas em situações de stress do mercado. 15. Responsabilidades da Sociedade emitidas e resultados Não aplicável. IV. NÍVEIS E TIPOS DAS EXPOSIÇÕES AFECTADAS PELO PERÍODO DE TURBULÊNCIA 16. Valor nominal e justo valor das exposições Na Nota 35 das demonstrações financeiras apresentam-se os activos e passivos financeiros evidenciando o valor de balanço e o respectivo justo valor. 17. Mitigantes do risco de crédito Na Nota 33 das demonstrações financeiras “Gestão dos Riscos da Actividade” é divulgada informação referente à gestão do risco de crédito 18. Informação sobre as exposições da Sociedade Não aplicável. 19. Movimentos nas exposições entre períodos Não aplicável. 20. Exposições que não tenham sido consolidadas Não aplicável. 21. Exposição a seguradoras e qualidade dos activos segurados Não aplicável. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2010 -2- V. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E MÉTODOS DE VALORIZAÇÃO 22. Produtos estruturados Não aplicável. 23. Special Purpose Entities (SPE) e consolidação Não aplicável. 24. e 25. Justo valor dos instrumentos financeiros Veja-se ponto 16 do presente Anexo. Nas políticas contabilísticas referem-se as condições de utilização da opção do justo valor, bem como as técnicas utilizadas para a valorização dos instrumentos financeiros VI. OUTROS ASPECTOS RELEVANTES NA DIVULGAÇÃO 26. Descrição das políticas e princípios de divulgação A política de divulgação de informação de natureza contabilística e financeira da Sociedade visa dar satisfação a todos os requisitos de natureza regulamentar, sejam eles ditados pelas normas contabilísticas ou pelas entidades de supervisão e de regulação do mercado. Adicionalmente, procura alinhar as suas divulgações pelas melhores práticas do mercado atendendo, por um lado, à relação de custo/benefício na captação da informação relevante e, por outro, dos benefícios que a mesma poderia proporcionar aos diversos utilizadores. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2010 -3- ANEXO III SOFINLOC – INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE CRÉDITO, S.A. Relatório sobre a Estrutura e as Práticas de Governo Societário (“RGS”) 29 de Fevereiro de 2012 RGS Introdução A Sofinloc – Instituição Financeiro de Crédito, S.A. (doravante designado abreviadamente por “Sofinloc” ou “Sociedade”) optou por incluir em separado ao Relatório de Gestão, referente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, um anexo inteiramente dedicado ao Governo das Sociedades. A Sociedade tem desenvolvido um esforço contínuo para incorporar os princípios do bom governo societário – equidade, deveres de cuidado e transparência, competência técnica e alinhamento interno e deveres de lealdade e responsabilização – em simultâneo com a adopção das práticas que permitem assegurar os objectivos dos melhores modelos de Governo Societário ‐ separação de funções, especialização da supervisão, controlo financeiro e de gestão, monitorização e controlo de riscos e conflitos de interesse. 1 RGS ÍNDICE I. Estrutura e Práticas Societárias II. Assembleia Geral III. Órgãos de Administração e Fiscalização IV. Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização V. Política de Remuneração dos Colaboradores com Funções de Controlo VI. Política de Remuneração dos Colaboradores 2 RGS I. Estrutura e Práticas de Governo Societário Modelo Adoptado O modelo de governo societário adoptado pela Sociedade estrutura‐se segundo uma das três modalidades previstas no Código das Sociedades Comerciais – conhecido como o Modelo Latino ou Monista: ‐ A gestão da Sociedade compete ao Conselho de Administração composta por 3 (três) administradores. ‐ As competências de fiscalização estão atribuídas ao Fiscal Único, cujas responsabilidades incluem a fiscalização da administração, a vigilância do cumprimento da Lei e dos Estatutos pela Sociedade e a verificação das contas. ‐ A Assembleia Geral é constituída pelos Accionistas com direito a pelo menos um voto e delibera sobre as matérias que lhes são especialmente atribuídas pela Lei ou pelos Estatutos, incluindo a eleição dos órgãos sociais, a aprovação do relatório de gestão e das contas do exercício e a distribuição de resultados, entre outros. 3 RGS II. Assembleia Geral A Assembleia Geral é o órgão máximo da sociedade e representa a universalidade dos accionistas, competindo‐lhe eleger os membros dos órgãos de administração e fiscalização, aprovar a alteração do contrato de sociedade, deliberar sobre o relatório e contas e proceder à apreciação geral da administração da Sociedade e, em geral, sobre todas as matérias que lhe sejam especialmente atribuídas pela Lei ou pelos Estatutos. A Mesa da Assembleia Geral é composta por: Presidente: António Artur Ferreira Secretário: Ricardo Couto Encontra‐se em curso o mandato dos membros eleitos da Mesa da Assembleia Geral para o triénio 2010‐2012. A cada 100 acções ordinárias corresponde um voto, podendo os Accionistas titulares de acções em número inferior ao limite exigido pelos Estatutos agruparem‐se de forma a completar o número mínimo exigido. Cada acção tem o valor nominal de 1 (um) Euro cada. 4 RGS III. Órgãos de Administração e Fiscalização Conselho de Administração O Conselho de Administração é o órgão responsável pela gestão da actividade da Sociedade, sujeito às decisões da Assembleia Geral e à intervenção do Fiscal Único nos termos da Lei e dos Estatutos, competindo‐lhe deliberar sobre todas as matérias relacionadas com a administração da Sociedade. Os Administradores são eleitos pela Assembleia Geral por períodos de 3 (três) anos, podendo ser reeleitos por uma ou mais vezes. A Assembleia Geral tem poderes para a todo o tempo destituir qualquer um dos administradores nomeados. O Conselho de Administração designa de entre os seus membros um presidente, o qual terá voto de qualidade. O Conselho de Administração deve reunir pelo menos trimestralmente e o Presidente ou quaisquer dois administradores têm poderes para convocar uma reunião do Conselho de Administração. O Conselho de Administração, nos termos dos Estatutos deverá ser composto por um mínimo de três e um máximo de quinze membros. No presente mandato, o Conselho de Administração é composto por 3 (três) membros. A composição actual do Conselho de Administração é: Presidente: António Guerreiro Vogais: Maria Luisa Antas Pedro Santos Segue um breve resumo da experiência de cada um dos membros do Conselho de Administração: António Guerreiro: Fundador do Banco Finantia. Antes de 1987, António foi Vice‐ Presidente do Chase Manhattan Bank em Lisboa. Antes de 1985, tinha sido Senior Investment Officer do World Bank e da International Finance Corporation (EUA). Na década de 70, António trabalhou ainda no Banco Lar Chase no Rio de Janeiro e anteriormente na DCI e na Cimianto, em Lisboa. É membro do Conselho de Disciplina da Associação Portuguesa de Bancos e dos Conselhos Consultivos do Harvard Clube de Portugal, do ISEG, da Ordem dos Economistas e da Inter‐American Culture and Development Foundation (Washington, EUA). Licenciou‐se em 5 RGS Finanças pelo ISEG (Portugal) e obteve um MBA pela Harvard Business School (EUA). Maria Luisa Antas: Pedro Santos: Integrou o Banco Finantia em 1989 e é actualmente responsável pelas áreas de Operações, Legal, Compliance, Marketing e de Recursos Humanos do Grupo. Anteriormente, foi Senior Counsel do Inter‐American Development Bank (EUA) na área de project finance da América Latina. Entre 1981 e 1983, Luisa foi Sub‐ Secretária de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e Sub‐Secretária de Estado Adjunta do Ministro para os Assuntos Parlamentares. Luisa é licenciada em Direito pela Universidade de Lisboa e obteve um Mestrado em Direito pela Harvard Law School (EUA). Integrou o Banco Finantia em 1993 e actualmente é responsável pelo Controle Financeiro e Sistemas de Informação do Grupo, tendo anteriormente desempenhado funções semelhantes no Banco Central Hispano (actualmente pertencente ao Banco Santander) em Portugal. Pedro é licenciado em Engenharia Industrial pela Universidade Nova de Lisboa e participou em diversos cursos de executivos na Cornell University e na Wharton School of Finance (EUA). Órgão de Fiscalização A fiscalização da Sociedade compete ao Fiscal Único que terá um suplente, podendo qualquer deles ser uma sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências do órgão de fiscalização são as que decorrem da Lei. Fiscal Único O Fiscal Único é a PricewaterhouseCoopers & Associados, S.R.O.C, membro da rede internacional da PwC, uma das maiores na prestação de serviço de auditoria internacionais, representada por José Manuel Henriques Bernardo ou António Alberto Henriques Assis e tem como suplente o Dr. Jorge Manuel Santos Costa, R.O.C. . As competências do Fiscal Único são as que decorrem da Lei, competindo‐lhe em especial: ‐ supervisionar a condição económica e financeira da Sociedade; ‐ verificar a observância das leis e regulamentos aplicáveis; ‐ elaborar anualmente relatório sobre a sua acção fiscalizadora e dar parecer sobre o relatório, contas e propostas apresentadas pela administração. O mandato actual do Fiscal Único termina em 2012 6 RGS Divulgação dos honorários do ROC Durante o exercício de 2011, a Sofinloc contratou serviços à Rede[1] PwC (Portugal e Estrangeiro) cujos honorários ascenderam a € 170.192, com a seguinte distribuição pelos diferentes tipos de serviços prestados: Euros 2011 2010 Serviços de revisão legal de contas 121.192 101.700 Outros serviços de garantia de fiabilidade 49.000 49.000 Consultoria fiscal ‐ ‐ Outros serviços que não de revisão ou auditoria ‐ ‐ Total 170.192 150.700 Serviços de revisão legal de contas Inclui os honorários cobrados pela PwC no âmbito da auditoria e da revisão legal das contas da Sociedade e outros serviços associados à revisão legal das contas. Outros serviços de garantia de fiabilidade Inclui os honorários cobrados pela PwC no âmbito da prestação de serviços que dadas as suas características estão associados ao trabalho de auditoria e devem em muitos casos ser prestados pelos auditores estatutários, nomeadamente: emissão de cartas conforto e pareceres sobre temas específicos (sistema de controlo interno, provisões económicas e outros serviços permitidos de natureza contabilística). Serviços de consultoria fiscal Inclui os honorários cobrados pela PwC no âmbito do apoio fiscal prestado à Sociedade na revisão das obrigações fiscais. Outros serviços que não de revisão ou auditoria Inclui os honorários cobrados pela PwC no âmbito dos serviços que não de revisão ou auditoria que são permitidos de acordo com as regras de independência definidas. 7 RGS IV. Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização Enquadramento No modelo estatutário adoptado pela Sociedade, os membros dos órgãos sociais terão direito a remuneração, salvo se deliberado diversamente. A fixação da remuneração dos órgãos sociais, excepto a do Revisor Oficial de Contas externo (que é definido pelo Conselho de Administração), é da competência da Assembleia Geral que poderá delegar essa competência a uma Comissão de Remunerações especialmente eleita para o efeito. Na presente data não se encontra constituída uma Comissão de Remunerações. A política de remunerações da Sociedade assenta nas Recomendações aprovadas pelas entidades de supervisão nacionais e no plano da União Europeia, adaptadas à natureza da actividade desenvolvida pela Sociedade e à sua dimensão e ainda em observância, nomeadamente, das novas regras e recomendações em matéria de remunerações de órgãos sociais de instituições de créditos nos termos do Aviso nº 10/2011 de 12 de Janeiro, do Banco de Portugal. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, veio impor um novo conteúdo obrigatório para as políticas de remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização das entidades de interesse público, como é o caso da Sociedade, e tornou imperativa a divulgação das remunerações individuais dos membros dos referidos órgãos. A Sociedade alinhou a sua política de remunerações dos seus órgãos sociais com estas novas regras e recomendações procurando alinhar o interesse dos órgãos de administração e fiscalização com os interesses a longo prazo da Sociedade. Estando a Sociedade inserida num Grupo de empresas os membros do Conselho de Administração poderão exercer cargos de administração em outras sociedades do Grupo Finantia com remuneração, não auferindo qualquer remuneração enquanto membros do Conselho de Administração da Sociedade. Processo de aprovação da política de remuneração Aprovação A actual política de remuneração dos órgãos sociais da Sociedade em vigor foi aprovada pela Assembleia Geral de 24 de Março de 2010 sob proposta do Conselho de Administração. Política de Remuneração Transcreve‐se de seguida, com as necessárias adaptações, a proposta da política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização a ser incluída na ordem de trabalhos para aprovação pela Assembleia Geral da Sociedade. 8 RGS “Considerando o disposto no artigo segundo da Lei nº 28/2009 de 19 de Junho, que dispõe que o órgão de administração ou a comissão de remunerações das entidades de interesse público submetam anualmente à aprovação da Assembleia Geral uma declaração sobre a política de remuneração; Considerando que, nos termos da mesma Lei, a Sofinloc é considerada uma entidade de interesse público; Vem o Conselho de Administração submeter à aprovação da Assembleia Geral: Remuneração dos membros do Conselho de Administração A política de remuneração dos membros do Conselho de Administração da Sofinloc deve ter em consideração a situação económica e os níveis de desempenho obtidos pela instituição, as perspectivas de crescimento e rendibilidade sustentável da mesma e as responsabilidades e o mérito individual de cada membro. Os membros do Conselho de Administração poderão ser remunerados tendo em consideração o relevo da função que desempenham, não devendo a remuneração incluir nenhuma componente variável cujo valor dependa do desempenho ou do valor da instituição. Os membros do Conselho de Administração que desempenhem funções executivas em órgãos de administração de sociedades do grupo podem também ser remunerados pelas referidas sociedades, caso em que deverão ser aplicados os princípios acima referidos. As componentes fixa e variável da remuneração devem estar adequadamente equilibradas, a fim de permitir a aplicação de uma política plenamente flexível sobre o componente variável da remuneração. A componente variável da remuneração deve ter em conta o desempenho obtido pela Sofinloc no ano a que se refere bem como a longo prazo e o desempenho individual de cada membro dão Conselho de Administração. Propõe‐se que os membros dos órgãos sociais não auferirão qualquer remuneração Remuneração dos membros do Fiscal Único A remuneração do Fiscal Único não deve incluir nenhum componente cujo valor dependa do desempenho ou do valor da instituição. Competirá ao Conselho de Administração fixar, se aplicável, a remuneração do Fiscal Único “ Montante anual da remuneração auferida durante o ano de 2011 pelos membros dos órgãos de administração e fiscalização, de forma agregada e individual Não foi auferida qualquer remuneração, fixa ou variável, ou qualquer outro benefício pelos membros dos órgãos de administração e de fiscalização da Sociedade. 9 RGS Informação sobre o modo como a remuneração dos membros do Órgão de Administração é estruturado de forma a permitir o alinhamento dos interesses daqueles com os interesses da Sociedade Conforme acima referido, os membros do Conselho de Administração não auferem pela Sociedade qualquer remuneração, quer fixa ou variável, sendo remunerados por outras sociedade do Grupo Banco Finantia em que desempenham funções de administração ou de gerência. As políticas de remuneração vigentes nas sociedades pertencentes ao Grupo Banco Finantia obedecem a critérios de alinhamento da responsabilidade e desempenho individual de cada administrador ou gerente, conforme aplicável, com os resultados obtidos pela sociedade a curto prazo, bem como tendo em consideração a extensão de riscos assumidos por cada sociedade e a perspectivas de riqueza e sustentabilidade a longo prazo. Órgão competente para realizar a avaliação de desempenho dos Administradores Executivos A avaliação de desempenho dos administradores é assegurada pela Assembleia Geral, tendo em consideração a política de remunerações aprovada. Critérios predeterminados para a avaliação de desempenho dos Administradores Executivos Não aplicável. A importância relativa das componente variáveis e fixas da remuneração dos Administradores Executivos, assim como os limites máximos para cada componente. Não aplicável. Manutenção de acções da Sociedade pelos membros do Conselho de Administração atribuídos em virtude de esquemas de remuneração variável Na presente data não se encontra em vigor nenhum programa de atribuição de acções como forma de remuneração variável. Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários Não existem sistemas de prémios anuais além para além da remuneração variável (quando aplicável) já descrita na política de remunerações acima nem benefícios não pecuniários relevantes considerados como remuneração. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e ou de pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e ou participação nos lucros foram concedidos Não foi paga remuneração sob a forma de participação nos lucros ou de pagamento de prémios. 10 RGS Indemnizações pagas ou devidas a ex‐membros executivos do órgão de administração relativamente à cessação das suas funções durante o exercício Não foram pagas nem são devidas quaisquer indemnizações a antigos membros do Conselho de Administração relativamente à cessação das suas funções. Instrumentos Jurídicos existentes para efeito de atribuição de indemnizações e compensações em caso de destituição, com justa causa Não faz parte da política da Sociedade celebrar com os Administradores nomeados acordos específicos para efeitos de atribuir, em caso de destituição antes do termo do respectivo mandato, compensações ou indemnizações ou quantias para efeitos de garantir a não concorrência durante um determinado período. Assim, serão aplicáveis nestas situações as disposições constantes do Código das Sociedades Comerciais que dispõem que apenas no caso de destituição sem justa causa de um administrador este terá direito a ser indemnizado pelos lucros cessantes, isto é, por aquilo que auferiria até ao fim do mandato. Montantes pagos a qualquer título por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo Sociedade Cargo Presidente da Comissão Executiva Remuneração Total António Guerreiro Banco Finantia, S.A. € 190.419,10 Maria Luisa Antas Banco Finantia, S.A. Membro da Comissão Executiva € 155.419,10 Pedro Santos Finantia Serviços, Lda. Gerente € 127.419,10 Principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, com indicação se foram sujeitas a apreciação pela Assembleia Geral Os benefícios de pensões ou de reforma antecipada que beneficiam os membros do Conselho de Administração encontram‐se sujeitos à aplicação das regras do regime geral da Segurança Social. Estimativa do valor dos benefícios não pecuniários relevantes considerados como remuneração não abrangidos nas situações anteriores Os Administradores não auferem benefícios não pecuniários relevantes considerados como remuneração. Existência de mecanismos que impeçam a celebração de contratos que ponham em causa a razão de ser da remuneração variável O grau de supervisão da actividade do Conselho de Administração pelo Fiscal Único e pela Assembleia Geral são mecanismos adequados a assegurar o objectivo acima descrito. 11 RGS V. Política de Remuneração dos Colaboradores com Funções de Controlo A Sociedade, enquanto empresa do Grupo Banco Finantia apoia‐se nas funções desenvolvidas pelos colaboradores com funções de controlo do Banco Finantia, S.A. ‐ gestão de riscos, de “compliance” e de auditoria interna ‐ estando esses departamentos dimensionados de forma apropriada para garantir um desempenho eficaz das respectivas responsabilidades, sendo salvaguardado a independência e o acesso à informação para cada instituição em particular. Assim, os colaboradores que exercem as funções de controlo na Sociedade são remunerados pelo Banco Finantia, S.A., de acordo com as políticas de remuneração existente para os colaboradores do Grupo Banco Finantia, com algumas especificidades, salientando‐se de entre todas que a componente fixa da respectiva remuneração deverá representar em qualquer situação a proporção mais elevada da remuneração total destes colaboradores. Existem, porém, algumas especificidades a essa “política geral” que permitem adequar a avaliação do desempenho desses colaboradores aos objectivos específicos das funções exercidas, garantir o desempenho das suas competências de forma objectiva e para salvaguarda efectiva da independência face às áreas funcionais sujeitas a sua avaliação e controlo: a) a avaliação de desempenho dos colaboradores que exercem funções de controlo é efectuada directamente por membros do Conselho de Administração; b) os critérios de atribuição de remuneração variável deverão basear‐se primordialmente em critérios “qualitativos” de desempenho e de resultados de cumprimento das obrigações e deveres decorrentes da própria função, não estando sujeito aos resultados quantitativos de qualquer área de negócio da Sociedade 12 RGS VI. Política de Remuneração dos Colaboradores Modo como a remuneração é estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses dos colaboradores com os interesses de longo prazo da Sociedade, bem como sobre o modo como é baseada na avaliação do desempenho e desincentiva a assunção excessiva de riscos A política de remuneração dos colaboradores da Sociedade tem em consideração os seguintes objectivos: (i) Atrair e reter profissionais de talento (ii) Responder com flexibilidade às condições do mercado de trabalho (iii) Encorajar e motivar os colaboradores a desenvolver desempenhos superiores que permitam à organização obter resultados acima da média; (iv) Necessidade de observar e cumprir as regras e procedimentos internos da Sociedade. A remuneração dos colaboradores inclui sempre uma componente fixa, que tem que ser adequada às funções desempenhadas pelo colaborador e estar alinhada com as condições de mercado. A política de remuneração da Sociedade inclui a possibilidade de atribuição de uma remuneração variável vinculada não apenas às metas de desempenho individual de cada colaborador mas ao resultado e perspectivas da própria Sociedade, balizada com uma conjuntural e de estratégia de negócio, a curto e longo prazo. O processo utilizado na definição da política de remuneração Historicamente a Sociedade tem efectuado a avaliação da “performance” individual de cada colaborador com uma periodicidade anual, efectuada durante o trimestre seguinte ao encerramento do exercício anterior. De forma a alinhar a política de remuneração da Sociedade com os princípios, recomendações e regulamentação em vigor está em curso uma análise interna, com o envolvimento da administração e dos departamentos de recursos humanos e de compliance para avaliar a possibilidade de implementar mecanismos de avaliação de desempenho para efeitos de atribuição de remuneração variável mais alargados no tempo. Desta forma, pretende a Sociedade não cingir-se a avaliação do desempenho do colaborador tendo por base resultado anual da Sociedade, além dos critérios qualitativos e nãofinanceiros referidos. Importa ressalvar que perante a situação económico-financeira actual, aos riscos actuais e futuros do negócio, à estratégia e perspectivas, tem sido política da Sociedade a contenção de atribuição de remunerações variáveis. O processo de avaliação de desempenho individual tem como objectivos: (a) determinar o grau em que o Colaborador atende aos padrões de comportamento exigidos pelo cargo que desempenha e funções atribuídas 13 RGS (b) aferir se o Colaborador respeita as regras e procedimentos implementadas na Sociedade, designadamente as relativas ao controlo interno; (c) a qualidade do trabalho e reconhecer o bom desempenho e o cumprimento dos objectivos delineados; (d) analisar os pontos fortes e fracos do colaborador (e) indicar as necessidades de formação profissional. De acordo com cada função e grau de responsabilidade são avaliadas as respectivas dimensões comportamentais, como por exemplo, entre outras: (i) Gestão de Execução (ii) Sentido Crítico (iii) Sentido de Responsabilidade (iv) Liderança (v) Delegação (vi) Planeamento e Organização (vii) Resolução de Problemas (viii) Trabalho em Equipa (ix) Orientação para os Resultados (x) Competência Técnica (xi) Conhecimento do Negócio (xii) Domínio de Línguas (xiii) Aspirações do colaborador (xiv) Necessidade de Formação Dependendo do cargo e funções desempenhadas o processo de avaliação poderá integrar uma componente de auto-avaliação do próprio colaborador. Comunicação de Processo de Avaliação de Desempenho Está implementado na Sociedade um processo formal de Avaliação dos Colaboradores que, possibilite a análise dos critérios pré-definidos para avaliação do desempenho e para atribuição de remuneração variável, se aplicável, que constam do Manual do Colaborador disponível na Intranet da Sociedade, bem como a definição de medidas que promovam a melhoria contínua do desempenho. Todo o processo é desenvolvido via uma plataforma informática desenvolvida para o efeito. O início do processo de avaliação é comunicada a cada colaborador através de uma mensagem de e-mail, referindo a sua organização, data de início e de termo do processo de avaliação. 14 RGS Órgãos competentes da instituição para realizar a avaliação do desempenho individual dos colaboradores Os resultados da avaliação deverão ser objecto de reunião/análise entre o Responsável de cada Departamento e o colaborador antes da avaliação ser submetida ao Departamento de Recursos Humanos. Com base no processo de avaliação acima descrito a Administração, sob proposta do Responsável de cada Departamento e do Departamento de Recursos Humanos, faz uma análise das remunerações em vigor no Grupo em função dos objectivos delineados, podendo aprovar promoções e/ou revisões salariais para certos colaboradores. As promoções e as revisões salariais baseiam-se sempre na “performance”, mérito e atitude do colaborador (conforme apresentados na Avaliação de Desempenho relativa ao ano findo), no nível salarial comparado de funções idênticas na organização e no mercado e no desempenho e resultados da própria Sociedade. A relação entre a remuneração fixa e variável e limites à remuneração variável A política de remuneração do Grupo Banco Finantia pode incluir a atribuição de remuneração variável destinada a premiar a performance dos seus colaboradores em função dos objectivos fixados pela Sociedade e para cada uma das suas áreas de actividade, tendo ainda em consideração as próprias condições de mercado e o desenvolvimento da actividade da Sociedade, atendendo à conjuntura actual e perspectivas de futuro A componente fixa da remuneração representa em qualquer situação a proporção mais elevada da remuneração total. Existe uma política flexível quanto à remuneração variável, considerando os critérios da sua atribuição, incluindo a possibilidade de não pagamento de qualquer remuneração variável. Os critérios de definição da remuneração variável, bem como os critérios para diferimento do respectivo pagamento e o período de diferimento mínimo A forma como é atribuída a remuneração variável, bem como a sua periodicidade e forma de pagamento, variam em função de múltiplos critérios e objectivos, que poderão ser qualificados como critérios qualitativos e critérios quantitativos. Quanto à apreciação dos critérios qualitativos é inevitável algum grau de subjectividade no julgamento da “performance” de cada colaborador. É ponto assente, no entanto, que deverão ser explicitados tais critérios e objectivos, pelo menos numa base anual, de forma a fornecer linhas de orientação aos diferentes departamentos sobre o que se entende por performance média, boa e excelente. Os critérios qualitativos a considerar na atribuição da remuneração variável são os resultantes do processo de avaliação anual do desempenho acima indicados. Em cada área de negócio (ou outra actividade em que seja possível estabelecer algum tipo de quantificação significativa) poderão ser fixados um ou mais objectivos, mínimos de receitas, comissões ou lucros (ou outra medida aplicável), apropriados para a área em questão (critérios quantitativos). Em função do grau de cumprimento dos objectivos fixados, serão determinados bónus ou “pools” de bónus a distribuir pelos colaboradores elegíveis da respectiva área. 15 RGS A Administração reserva-se o direito de proceder à atribuição de prémios sempre que o desempenho e os resultados da Sociedade e as condições do mercado o justifiquem. Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários Para além do que ficou atrás mencionado, não existem outros sistemas de prémios anuais ou quaisquer outros benefícios não pecuniários relevantes. 16 ANEXO IV AO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros O presente anexo é elaborado de acordo com a Norma Regulamentar do ISP n.º 15/2009,e contém informação respeitante à actividade de mediação de seguros ou de resseguros desenvolvida pela Sociedade. a) Descrição das políticas contabilísticas adoptadas para reconhecimento das remunerações, incluindo os métodos, quando aplicável, utilizados para determinar, nos termos da Norma Contabilística e de Relato Financeiro (NCRF) 20 ou da International Accounting Standard (IAS) 18, consoante o regime aplicável, a fase de acabamento de transacções que envolvam a prestação de serviços ao longo do período de vigência do contrato de seguro, excepto se essa informação já se encontrar descrita noutra nota, caso em que deve ser explicitamente identificada; As políticas contabilísticas da Sociedade são descritas na Nota 2 das notas explicativas às demonstrações financeiras. b) Indicação do total das remunerações recebidas desagregadas por natureza (numerário/espécie) e por tipo (comissões, honorários e outras remunerações); Durante o exercício de 2011 foram recebidas comissões, em numerário, no montante de m€ 3.252 c) Indicação do total das remunerações relativas aos contratos de seguro por si intermediados desagregadas por ramo «Vida», fundos de pensões e conjunto dos ramos «Não vida», e por origem (por empresas de seguros, outros mediadores e clientes); O total das comissões foram originadas por empresas de seguros podendo ser desagregadas em ramo “Vida” (m€ 1.617) e ramos “Não vida” (m€ 1.635). Sofinloc – Instituição Financeira de Crédito, S.A. Rua General Firmino Miguel, nº 5 – 14º • 1600-100 Lisboa Matrícula na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa e Pessoa Colectiva nº 501.370.048 • Capital Social: €40.000.000 Mediador de Seguros nº 411357098 • Inscrito no Instituto de Seguros de Portugal em 17/10/2011 • Agente de Seguros Vida/Não Vida d) Indicação da existência de níveis de concentração, ao nível de empresas de seguros, outros mediadores e clientes, iguais ou superiores a 25% do total das remunerações auferidas pela carteira; Duas empresas de seguros excedem o nível de concentração de remunerações de 25%. e) Valores das contas «clientes» no início e final do exercício, assim como o volume movimentado no ano, aplicável para os mediadores de seguros que movimentem fundos relativos a contratos de seguros; No início do exercício, o valor das contas de “Clientes” ascendia a m€ 637, sendo que no final do exercício ascendia a m€ 0. O volume movimentado no ano ascendeu a m€ 11.731. O saldo final das contas “Clientes” é justificado pela suspensão da actividade de mediação de seguros ocorrida no 4 trimestre de 2011. f) Contas a receber e a pagar desagregadas por origem (tomadores de seguro, empresas de seguros, outros mediadores e clientes); Não aplicável g) Indicação dos valores agregados incluídos nas contas a receber e a pagar segregados por: i) Fundos recebidos com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios de seguro; Não aplicável ii) Fundos em cobrança com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios de seguro; Não aplicável iii) Fundos que lhe foram confiados pelas empresas de seguros com vista a serem transferidos para tomadores de seguro, segurados ou beneficiários; Não aplicável iv) Remunerações respeitantes a prémios de seguro já cobrados e por cobrar; Não aplicável SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 -2- v) Outras quantias com indicação da sua natureza; Não aplicável h) Análise da idade das contas a receber vencidas à data de relato mas sem imparidade e das contas a receber individualmente consideradas com imparidade, bem como os factores que o mediador de seguros ou de resseguros considerou na determinação dessa imparidade; Não aplicável i) Informação acerca de eventuais garantias colaterais detidas a título de caução e outros aumentos de crédito e, salvo se impraticável, uma estimativa do seu justo valor; Não aplicável j) Transmissões de carteiras de seguros em que tenha participado durante o exercício, com indicação dos valores envolvidos; Não aplicável (ver nota abaixo na alínea k)) k) Contratos cessados com empresas de seguros nos termos do artigo 45.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 359/2007, de 2 de Novembro, e indicação de eventuais indemnizações de clientela; Decorrente da operação de cisão -fusão realizada nos termos da alínea c) do artigo 118º do Código das Sociedades Comerciais, foi destacada por cisão do património da Sofinloc Instituição Financeira de Crédito, S.A. toda a actividades de mediação de seguros, a qual foi incorporado por fusão no Banco Finantia, S.A., com efeitos a 1 de Outubro de 2011, tendo ocorrido a transmissão automática de todos os direitos e obrigações decorrentes da actividade de mediação de seguros para o Banco Finantia, S.A.. l) Breve descrição da natureza de obrigações materiais, incluindo passivos contingentes, e quando praticável uma estimativa do seu efeito financeiro, excepto se essa informação já se encontrar descrita noutra nota, caso em que deve ser explicitamente identificada. Não aplicável SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 -3- Demonstrações Financeiras 7 Balanço 8 Demonstração do rendimento integral 9 Demonstração de alterações no capital próprio 10 Demonstração dos fluxos de caixa 11 Notas às demonstrações financeiras 55 Certificação Legal das Contas 57 Relatório e Parecer do Fiscal Único SOFINLOC Demonstração do Rendimento Integral dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 milhares EUR Notas 2011 2010 Juros e rendimentos similares 5 63.130 101.338 Juros e encargos similares 5 (50.589) (85.496) 12.541 15.842 - - Margem Financeira Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões 6 3.286 4.486 Encargos com serviços e comissões 6 (2.048) (3.394) Resultados em operações financeiras 7 (1.442) (16) Resultados de alienação de outros activos 8 (372) (362) Outros resultados de exploração 9 6.584 10.198 18.549 26.754 Proveitos operacionais Custos com pessoal 10 (5.419) (8.422) Gastos gerais administrativos 11 (7.901) (10.388) Depreciações e amortizações 17, 18 e 19 (881) (1.199) (14.201) (20.009) 15 e 25 (9.467) (3.922) Imparidade de outros activos financeiros 13 6.643 (3.395) Imparidade de outros activos 16 (8) (158) 1.516 (730) Custos operacionais Provisões para riscos de crédito Resultado antes de impostos Impostos correntes 20 (183) (175) Impostos diferidos 20 (402) 1.167 931 262 - - 931 262 Resultado líquido do exercício Outro rendimento integral do exercício Total do rendimento integral do exercício As Notas explicativas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 -8- SOFINLOC Demonstração de Alterações no Capital Próprio dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 Reservas e Resultados transitados Capital milhares EUR Resultado líquido do exercício Total do Capital Próprio Saldos a 1 de Ja neiro de 2010 100.000 1.884 (2.221) 99.663 Resultado líquido do exercício - - 262 262 Total do rendimento integral do exercício - - 262 262 Aplicação do resultado - (2.221) 2.221 - - (2.221) 2.221 - 100.000 (337) 262 99.925 Resultado líquido do exercício - - 931 931 Total do rendimento integral do exercício - - 931 931 Aplicação do resultado - 262 (262) - (60.000) - - (60.000) (60.000) 262 (262) (60.000) 40.000 (75) 931 40.856 Saldos a 31 de Dezembro de 2010 Redução de capital (ver Nota 37) Saldos a 31 de Dezembro de 2011 As Notas explicativas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 -9- SOFINLOC Demonstração dos fluxos de caixa dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 milhares de EUR Notas 2011 2010 Fluxos de caixa das actividades operacionais Juros e proveitos recebidos 62.425 101.103 (44.064) (86.768) 3.977 4.493 (1.654) (3.394) 433 589 (13.692) (18.929) 7.425 (2.906) Aplicações em instituições de crédito (36.000) 38.000 Crédito a clientes 116.503 301.325 4.808 6.276 (8.277) (18.078) (140.489) (312.876) (6.154) - (62.185) 11.741 (490) (141) (62.674) 11.600 - - 29.563 6.460 Juros e custos pagos Serviços e comissões recebidas Serviços e comissões pagas Recuperação de créditos previamente abatidos Pagamentos de caixa a empregados e a fornecedores Variação nos activos operacionais: Outros activos e passivos operacionais Variação nos passivos operacionais: Recursos de instituições de crédito Passivos financeiros associados a activos financeiros transferidos Outros passivos operacionais Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais, antes de impostos Impostos sobre os lucros pagos Fluxos de caixa das actividades de investimento Compra de activos financeiros disponíveis para venda Venda de activos financeiros disponíveis para venda Compra de imobilizações 18 e 19 (120) (1.740) Venda de imobilizações 18 e 19 296 1.349 29.738 6.069 30.000 - - (25.000) 30.000 (25.000) - - (2.936) (7.331) Fluxos de caixa das actividades de financiamento Emissão de obrigações de caixa Reembolso de obrigações de caixa Fluxos de caixa líquidos de actividades de financiamento Efeitos da alteração da taxa de câmbio em caixa e seus equivalentes Variação líquida em caixa e seus equivalentes Caixa e equivalentes no início do exercício 31 9.276 16.607 Caixa e equivalentes no final do exercício 31 6.340 9.276 (2.936) (7.331) As Notas explicativas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 10 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 1. Bases de apresentação A Sofinloc – Instituição Financeira de Crédito S.A. (“Sofinloc”), é uma sociedade de capitais privados, constituída em 28 de Janeiro de 1983, com a denominação inicial de Sofinloc – Sociedade Financeira de Locação, S.A. A Sociedade começou a sua actividade em Março de 1983 e inicialmente tinha como objecto a realização de todas as operações e a prestação dos serviços legalmente consentidos às sociedades de locação financeira mobiliária. Em Outubro de 2003, a Sociedade alterou a sua denominação para Sofinloc – Instituição Financeira de Crédito, S.A. e o seu objecto social passou ser a prática de operações permitidas aos bancos, com excepção da recepção de depósitos nos termos do Regime Geral de Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras. Em Maio de 2009 a Sofinloc Instituição Financeira de Crédito, SA, Sucursal en España (“Sofinloc Sucursal”) iniciou a sua actividade. Todos os saldos e transacções entre a Sofinloc e a Sofinloc Sucursal foram eliminados no âmbito do processo de combinação das respectivas demonstrações financeiras. Em Outubro de 2011 as unidades de negócio de concessão de crédito automóvel e de mediação de seguros da Sociedade foram destacadas por cisão para incorporação por fusão no Banco Finantia (ver Nota 37). Nesta base, as demonstrações financeiras agora apresentadas com referência a 31 de Dezembro 2011 não são comparáveis com as do exercício anterior, uma vez que não incluem as actividades cindidas. As demonstrações financeiras agora apresentadas reportam-se ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 e foram preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (“NCA”). As NCA correspondem às Normas Internacionais de Relato Financeiro ou International Financial Reporting Standards (“IFRS”) tal como adoptadas pela União Europeia, com excepção das matérias definidas nos nºs 2 e 3 do Aviso nº 1/2005 e nº 2 do Aviso nº 7/2008, do Banco de Portugal, das SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 quais se destaca a valorimetria e provisionamento do crédito concedido, relativamente ao qual se manterá o regime anterior. Estas demonstrações financeiras são consolidadas pelo Banco Finantia, S.A., com sede social na Rua General Firmino Miguel, nº5, 1º, 1600-100 Lisboa, onde as mesmas poderão ser obtidas. Sendo a Sofinloc detida pelo Grupo Banco Finantia as suas operações e transacções são influenciadas pelas decisões do Grupo. As demonstrações financeiras estão expressas em milhares de euros (m€), excepto quando indicado, arredondado ao milhar mais próximo. Estas foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente instrumentos financeiros derivados, activos financeiros ao justo valor através dos resultados, investimentos disponíveis para venda e activos e passivos cobertos, na sua componente que está a ser objecto de cobertura. A Sofinloc optou por não aplicar antecipadamente as normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas, mas sem aplicação obrigatória em 2011, e que se encontram descritas na Nota 3. Actualmente, a Sofinloc encontra-se a avaliar o impacto da adopção destas normas, não tendo ainda completado a sua análise. A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as NCA requer que a Sofinloc efectue julgamentos e estimativas. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativos na preparação das demonstrações financeiras encontram-se analisadas na Nota 4. Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração em 29 de Fevereiro de 2012. - 11 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 2. Principais políticas contabilísticas 2.1. Reconhecimento de juros Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros, mensurados ao custo amortizado e dos activos financeiros disponíveis para venda, são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e custos similares, utilizando o método da taxa efectiva. Os juros dos activos financeiros ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e proveitos similares. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro. Para o cálculo da taxa de juro efectiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (por exemplo opções de pagamento antecipado), não considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios e descontos directamente relacionados com a transacção. No caso de activos financeiros ou grupos de activos financeiros semelhantes para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em resultados são determinados com base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por imparidade. No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, com excepção daqueles classificados como de cobertura do risco de taxa de juro, a componente de juro inerente à variação de justo valor não é separada e é classificada na rubrica de resultados de activos e passivos ao justo valor através de resultados. A componente de juro inerente à variação de justo valor dos instrumentos financeiros derivados de cobertura do risco de taxa de juro é reconhecida nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e custos similares. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 2.2. Rendimentos de instrumentos de capital Os rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando o direito de receber o seu pagamento é estabelecido. 2.3. Rendimentos de serviços e comissões Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos da seguinte forma: (i) os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo, como por exemplo comissões na sindicação de empréstimos, são reconhecidos em resultados quando o acto significativo tiver sido concluído; (ii) os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no período a que se referem; (iii) os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efectiva. 2.4. Crédito e outros valores a receber O crédito e outros valores a receber inclui os créditos concedidos pela Sofinloc, cuja intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data em que o montante do crédito é disponibilizado ao cliente. O crédito e outros valores a receber é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais da Sofinloc relativos aos respectivos fluxos de caixa expiraram, (ii) a Sofinloc transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, ou (iii) não obstante a Sofinloc ter retido parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, o controlo sobre os activos foi transferido. O crédito e outros valores a receber é reconhecido inicialmente ao seu justo valor acrescido dos custos de transacção e é subsequentemente valorizado ao custo - 12 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 amortizado, com base no método da taxa efectiva, deduzido de perdas por imparidade. Provisões O regime de provisionamento do crédito e outros valores a receber corresponde ao definido no Aviso nº 3/95, de 30 de Junho, do Banco de Portugal, com as alterações introduzidas pelo Aviso nº 8/2003, de 30 de Janeiro e pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro, e inclui as seguintes provisões para riscos de crédito: - risco específico de crédito – crédito vencido e créditos de cobrança duvidosa; - riscos gerais de crédito; e - risco-país. A provisão específica para crédito concedido é baseada na avaliação dos créditos vencidos, incluindo os créditos vincendos associados, e créditos objecto de acordos de reestruturação, destinando-se a cobrir riscos específicos, sendo apresentada como dedução ao crédito concedido. A avaliação desta provisão é efectuada periodicamente pela Sofinloc, tomando em consideração a existência ou não de garantias reais, o período de incumprimento e a actual situação financeira do cliente. A provisão para riscos gerais de crédito destinase a cobrir riscos potenciais existentes em qualquer carteira de crédito concedido, mas que não foram identificados como de risco específico, encontrando-se registada no passivo. A provisão para riscos gerais de crédito é constituída com base no disposto na actual versão do Aviso n.º 3/95, de 30 de Junho, do Banco de Portugal, com as alterações introduzidas posteriormente. As provisões para risco-país são constituídas para fazer face ao risco imputado aos activos financeiros e elementos extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco, tendo em consideração os requisitos exigidos nos pontos 1.4.3 a 1.4.7 da Instrução nº 94/96 do Banco de Portugal. As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas pelo Banco de Portugal, o qual classifica os países e territórios segundo o seu grau de risco. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 A Sofinloc procede ao abate de créditos ao activo (write-off’s) das operações que considera irrecuperáveis após concluído o processo de recuperação conforme definido pelas políticas da Sofinloc e quando as provisões estejam constituídas pelo valor total do crédito no mês anterior ao do abate. Os valores dos créditos recuperados são contabilizados como proveitos do exercício em que ocorram. Adicionalmente, e de acordo com as NCA, o valor dos créditos deve ser objecto de correcção de acordo com critérios de rigor e prudência, de forma a que reflicta a todo o tempo o seu valor realizável. Esta correcção de valor (“imparidade”) não poderá ser inferior ao que for determinado de acordo com o Aviso nº3/95, do Banco de Portugal, o qual estabelece o quadro mínimo de referência para a constituição de provisões específicas e genéricas. Imparidade A Sofinloc avalia regularmente a existência de evidência objectiva de imparidade na sua carteira de crédito. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso, num período posterior, o montante da perda estimada diminua. Um crédito concedido a clientes, ou uma carteira de crédito concedido, definida como um conjunto de créditos com características de risco semelhantes, encontra-se em imparidade quando: (i) exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial e (ii) quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável dos fluxos de caixa futuros desse crédito, ou carteira de créditos, que possa ser estimado com razoabilidade. A Sofinloc avalia se existe individualmente para cada crédito significativo evidência objectiva de imparidade. Para esta avaliação e na identificação dos créditos com imparidade numa base individual, a Sofinloc utiliza a informação que alimenta os modelos de risco de crédito implementados e considera, entre outros, os seguintes factores: - 13 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 • A exposição global ao cliente e a existência de créditos em situação de incumprimento; • A viabilidade económico-financeira do negócio do cliente e a sua capacidade de gerar meios capazes de responder aos serviços da dívida no futuro; • A existência de credores privilegiados; • A existência, natureza e o valor estimado dos colaterais; • O envolvimento do cliente com o sector financeiro; • O montante e os prazos de recuperação estimados. Caso seja identificada uma perda de imparidade numa base individual, o montante da perda a reconhecer corresponde à diferença entre o valor contabilístico do crédito e o valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efectiva original do contrato. Caso, para determinado crédito, não exista evidência objectiva de imparidade numa óptica individual, esse crédito é incluído num grupo de créditos com características de risco de crédito semelhantes (carteira de crédito), o qual é avaliado colectivamente – análise da imparidade numa base colectiva. Os créditos que são avaliados individualmente e para os quais é identificada uma perda por imparidade não são incluídos na avaliação colectiva. No âmbito da análise da imparidade em base colectiva, os créditos são agrupados com base em características semelhantes de risco de crédito, em função da avaliação de risco definida pela Sociedade. Os fluxos de caixa futuros para uma carteira de créditos, cuja imparidade é avaliada colectivamente, são estimados com base nos fluxos de caixa contratuais e na experiência histórica de perdas. A metodologia e os pressupostos utilizados para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos regularmente pela Sociedade de forma a monitorizar as diferenças entre as estimativas de perdas e as perdas reais. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 Adicionalmente, embora sem evidência objectiva de imparidade, é ainda avaliada a existência de imparidade para os créditos analisados em base colectiva, considerando a probabilidade de os créditos entrarem numa situação de incumprimento durante um período de emergência, período esse que decorre entre a ocorrência de um evento originador de perda e o momento em que a existência desse evento é percepcionada. Quando os activos financeiros da Sociedade estão com imparidade por perdas de crédito, após terem sido tomadas todas as diligências de cobrança e recuperação dos créditos de acordo com as políticas da Sociedade e quando as expectativas de recuperação desses créditos são muito reduzidas, os valores dos créditos considerados irrecuperáveis são desreconhecidos do balanço mediante a utilização das respectivas provisões para perdas por imparidade. Recuperações subsequentes de quantias anteriormente desreconhecidas são registadas em resultados pela diminuição do montante das perdas por imparidade do período. O crédito concedido é apresentado no balanço líquido da imparidade reconhecida. Caso estejamos perante um crédito com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respectiva perda de imparidade é a taxa de juro efectiva actual, determinada com base nas regras de cada contrato. O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados de um crédito garantido reflecte os fluxos de caixa que possam resultar da recuperação e venda do colateral, deduzido dos custos inerentes com a sua recuperação e venda. Crédito titularizado não desreconhecido A Sociedade não desreconhece do activo os créditos vendidos nas operações de titularização quando: • mantém o controlo sobre as operações; • continua a receber parte substancial da sua remuneração; e, - 14 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 • mantém parte substancial do risco sobre os créditos transferidos. Os créditos vendidos e não desreconhecidos são registados na rubrica Crédito sobre Clientes e sujeitos a critérios contabilísticos idênticos às restantes operações de crédito. Os juros e comissões associados à carteira de crédito titularizada são periodificados de acordo com o prazo da operação de crédito. Os fundos recebidos pela operação de titularização são registados na rubrica Passivos financeiros associados a activos transferidos. Estes passivos são inicialmente registados pelo valor recebido na cessão de créditos, sendo posteriormente valorizados pelo custo amortizado, de forma coerente com a valorização os correspondentes activos e as condições definidas na operação de titularização. 2.5. Activos financeiros disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que: (i) a Sofinloc tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) que são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) que não foram classificados como de negociação, designados ao justo valor através dos resultados, como detidos até à maturidade ou como crédito e outros valores a receber. Estes activos são reconhecidos na data da negociação (“trade date”), ou seja, na data em que a Sofinloc se compromete a adquirir ou alienar o activo. Os activos financeiros disponíveis para venda são inicialmente reconhecidos ao justo valor, incluindo os respectivos custos de transacção. Estes activos são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais da Sofinloc ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) a Sofinloc tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, a Sofinloc tenha transferido o controlo sobre os activos. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 As respectivas variações destes activos são reconhecidas directamente nos capitais próprios, até que os investimentos sejam desreconhecidos ou seja identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais registados em reservas é transferido para resultados. As variações cambiais associadas a estes activos são reconhecidas também em reservas, no caso de instrumentos não monetários, e em resultados, no caso de instrumentos monetários. Os juros corridos de obrigações e outros títulos de rendimento fixo e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são registados em resultados de acordo com o método da taxa efectiva. Os rendimentos de títulos de rendimento variável (dividendos no caso das acções) são registados em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. Imparidade A Sofinloc avalia regularmente se existe evidência objectiva de que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, apresenta sinais de imparidade. Para os activos financeiros que apresentam sinais de imparidade, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados. Um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para instrumentos de dívida, dificuldades financeiras significativas por parte do emitente ou atraso no pagamento de capital e/ou juros, e (ii) para instrumentos de capital, uma descida significativa e continuada do justo valor do instrumento, abaixo do custo de aquisição. Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada em capitais próprios (reserva de reavaliação de justo valor), correspondente à diferença entre o custo de aquisição e o justo valor actual, deduzida de qualquer perda de imparidade no activo anteriormente reconhecida em resultados, é - 15 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 transferida para resultados. Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição se o aumento for objectivamente relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade, excepto no que se refere a acções ou outros instrumentos de capital, em que as perdas de imparidade não podem ser revertidas. 2.6. Compensação de instrumentos financeiros Os activos e passivos financeiros são apresentados no balanço pelo seu valor líquido quando existe a possibilidade legal de compensar os montantes já reconhecidos e exista a intenção de os liquidar pelo seu valor líquido ou realizar o activo e liquidar o passivo simultaneamente. 2.7. Operações de reporte Títulos vendidos com acordo de recompra (“repos”) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de venda acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são desreconhecidos do balanço. O correspondente passivo é contabilizado em valores a pagar a outras instituições financeiras ou a clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de venda e o valor de recompra é tratada como juro e é diferida durante a vida do acordo, através do método da taxa efectiva. Títulos comprados com acordo de revenda (“reverse repos”) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no balanço, sendo o valor de compra registado como empréstimos a outras instituições financeiras ou clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efectiva. conformidade com a política contabilística referida na Nota 2.5. Os títulos recebidos através de acordos de empréstimo não são reconhecidos no balanço. Os títulos recebidos ou dados em garantia nas operações de compra com acordo de revenda (“reverse repos”) e nas operações de venda com acordo de recompra (“repos”) são reconhecidos nas rubricas extrapatrimoniais. 2.8. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas nas demonstrações financeiras pelo seu justo valor na data de contratação da operação. Subsequentemente, as responsabilidades representadas por garantias são mensuradas pelo maior valor entre o valor inicial deduzido de amortizações, calculadas de modo a reconhecer em resultados as comissões recebidas ao longo do período, e a melhor estimativa do custo que seria incorrido para cumprimento de responsabilidade por uma garantia prestada à data de balanço. O aumento de uma responsabilidade por garantia prestada é reconhecido em resultados. No momento do desreconhecimento da garantia, qualquer responsabilidade ainda existente deverá ser reconhecida em resultados. 2.9. Activos não correntes detidos para venda Os activos não correntes detidos para venda são mensurados ao menor de entre o valor do seu reconhecimento inicial e o correspondente justo valor deduzido dos custos de venda, e não são amortizados. As perdas não realizadas com estes activos, assim determinadas, são registadas em resultados na rubrica “Imparidade de outros activos”. A Sofinloc obtém, para estes activos, avaliações regulares efectuadas por peritos. Os títulos cedidos através de acordos de empréstimo não são desreconhecidos do balanço, sendo classificados e valorizados em SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 16 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 2.10. Activos tangíveis e propriedades de investimento Os activos tangíveis da Sofinloc encontram-se valorizados ao custo deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade, se existentes. Despesas directamente atribuíveis à aquisição de bens, ou custos subsequentes, são deduzidos ao valor de balanço ou registados como um activo em separado, conforme seja apropriado, apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Sociedade. Todas as restantes despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. As amortizações são calculadas segundo o método das quotas constantes, às seguintes taxas de amortização que reflectem a vida útil esperada dos bens: Imóveis: 50 anos Mobiliário e máquinas: 5 a 10 anos Equipamento informático: 3 a 4 anos Instalações interiores: 10 anos Viaturas: 3 a 4 anos Outras imobilizações: 4 a 10 anos Os terrenos não são amortizados. Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade, o seu valor recuperável é estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas na demonstração dos resultados. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa estimados futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida útil. Os imóveis designados como propriedades de investimento são imóveis detidos pelo Sofinloc e que se encontram arrendados. Os métodos de valorização e amortização são equivalentes aos referidos para os activos tangíveis. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 2.11. Activos intangíveis Os custos incorridos com a aquisição de software são capitalizados, assim como as despesas adicionais suportadas pela Sofinloc necessárias à sua implementação. Estes custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes activos, que no geral corresponde a um período de três anos. Os custos directamente relacionados com o desenvolvimento de aplicações informáticas pela Sofinloc, sobre os quais seja expectável a geração de benefícios económicos futuros para além de um exercício, são reconhecidos e registados como activos intangíveis. Estes custos incluem as despesas com os empregados directamente afectos aos projectos. As despesas com a manutenção de aplicações informáticas são reconhecidas como custos quando incorridas. 2.12. Locações A Sofinloc classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal cumprindo os critérios definidos no IAS 17 – Locações. São classificadas como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um activo são transferidas para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais. Locações operacionais Os pagamentos efectuados pela Sofinloc à luz dos contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem respeito. Locações financeiras • Como locatário Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no activo e no passivo, pelo custo de aquisição da propriedade locada, que é equivalente ao valor actual das rendas de locação vincendas. As rendas são constituídas (i) pelo encargo financeiro que é debitado em resultados e (ii) pela amortização - 17 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros são reconhecidos como custos ao longo do período da locação, a fim de produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período. • Como locador Os activos detidos no âmbito dos contratos de locação financeira são reconhecidos no balanço e apresentados como créditos concedidos (capital em locação financeira) pelo valor equivalente ao investimento líquido realizado nos bens locados. Os pagamentos a receber da locação (rendas) incluem (i) os juros, que são registados como um proveito, e (ii) as amortizações de capital, que são deduzidas ao valor do crédito concedido a clientes. O reconhecimento dos juros reflecte uma taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido remanescente do locador. 2.13. Passivos financeiros Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal. De acordo com a IAS 39, os passivos financeiros derivados e as vendas a descoberto são classificados como detidos para negociação sendo, como tal, reconhecidos ao justo valor em balanço. Os ganhos e perdas resultantes da variação do justo valor destes instrumentos são reconhecidos directamente em resultados do exercício. À excepção dos passivos financeiros designados ao justo valor através dos resultados, os restantes passivos financeiros não derivados, os quais incluem operações com acordo de recompra (ver Nota 2.7), recursos de instituições de crédito, recursos de clientes, e responsabilidades representadas por títulos, são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transacção incorridos e (ii) subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 Os passivos financeiros são designados ao justo valor através dos resultados sempre que esta designação elimine ou reduza significativamente inconsistências, quanto à sua valorização ou reconhecimento, que de outro modo resultaria da mensuração de activos ou passivos ou do reconhecimento de ganhos e perdas sobre os mesmos em diferentes bases, e quando assim são designados pela gestão, ou quando são avaliados e geridos internamente ao justo valor e a informação de gestão é produzida para a gestão nessa base. A designação ao justo valor uma vez efectuada é irrevogável. Estes passivos são inicialmente designados ao justo valor, sendo os custos de transacção incorridos reconhecidos directamente nos resultados. Subsequentemente, os ganhos e as perdas resultantes das variações do justo valor dos passivos financeiros são reconhecidos em resultados. O montante das variações de justo valor atribuíveis a variações no risco de crédito é determinado como o montante da variação no justo valor que não é atribuível a alterações das condições de mercado. Caso a Sofinloc recompre dívida emitida esta é anulada do balanço e a diferença entre o valor de balanço do passivo e o valor de compra é registado em resultados. 2.14. Provisões São reconhecidas provisões quando (i) a Sofinloc tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação. 2.15. Instrumentos de capital Um instrumento é classificado como instrumento de capital quando não existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal, evidenciando um interesse residual nos activos de uma entidade após a dedução de todos os seus passivos. - 18 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 Os custos directamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são registados por contrapartida do capital próprio como uma dedução ao valor da emissão. Os valores pagos e recebidos pelas compras e vendas de instrumentos de capital são registados no capital próprio, líquidos dos custos de transacção. As distribuições efectuadas por conta de instrumentos de capital são deduzidas ao capital próprio como dividendos, quando declarados. 2.16. Investimentos em filiais Na rubrica de investimentos em filiais são registadas as participações de capital em empresas em que a Sofinloc exerce domínio, participações essas que se revestem de carácter duradouro e são detidas em resultado da existência de ligações de complementaridade com a actividade da Sofinloc. Estas participações encontram-se registadas nas contas individuais da Sofinloc pelo respectivo custo de aquisição. As eventuais desvalorizações de valor significativo e com carácter permanente, identificadas nas participações detidas, são provisionadas. O valor contabilístico da liquidação de uma participada é calculado através da diferença entre o custo de aquisição e a situação líquida da participada à data de liquidação. O diferencial entre o custo de aquisição de uma participada e a situação líquida é assumido como uma perda ou ganho no exercício económico em que foi gerada. Quando a diferença entre o custo de aquisição e a situação líquida já provém de exercícios anteriores, o ganho ou a perda inerente deverá afectar directamente a situação líquida, através da rubrica resultados transitados. 2.17. Benefícios aos empregados A Sofinloc encontra-se sujeita ao Regime Geral da Segurança Social não tendo quaisquer responsabilidades pelo pagamento de pensões ou complementos de pensões de reforma aos seus colaboradores. 2.18. Impostos sobre lucros Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com items que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou substancialmente aprovada em cada jurisdição. Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço e que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem. Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias entre o valor de um activo ou passivo no balanço e a sua base de tributação. Os impostos diferidos activos são reconhecidos apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de absorver as diferenças temporárias dedutíveis. Os impostos diferidos activos não são reconhecidos para as diferenças temporárias tributáveis associadas a investimento em empresas filiais e associadas, na medida em que provavelmente não serão revertidos no futuro. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 19 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 2.19. Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de aquisição, onde se incluem a caixa e as disponibilidades e aplicações em outras instituições de crédito. A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de bancos centrais. 2.20. Reporte por segmentos Um segmento operacional de negócio é uma componente identificável da Sociedade que se destina a fornecer um produto ou serviço individual ou um grupo de produtos ou serviços relacionados, dentro de um ambiente económico específico e que esteja sujeito a riscos e benefícios que sejam diferenciáveis de outros, que operem em ambientes económicos diferentes. Os resultados dos segmentos operacionais são periodicamente revistos pela Gestão com vista à tomada de decisões. A Sociedade prepara regularmente informação financeira relativa a estes segmentos, a qual é reportada à Gestão. Um segmento geográfico é um conjunto de activos e operações localizados num ambiente económico específico que está sujeito a riscos e proveitos que são diferentes de outros segmentos que operam em outros ambientes económicos. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 20 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 3. Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas Novas normas, alterações e interpretações adoptadas pela Sociedade balanço. A Sociedade ainda está a avaliar o impacto total da aplicação desta norma. Não existem normas ou interpretações com entrada em vigor pela primeira vez no exercício iniciado em 1 de Janeiro de 2011 que possam ter um impacto significativo na Sociedade. IFRS 13, 'Mensuração do Justo Valor', tem por objectivo melhorar a consistência e reduzir a complexidade, fornecendo uma definição precisa do justo valor e uma fonte única de mensuração do justo valor e respectivos requisitos de divulgação para utilização transversal nos IFRS. Os requisitos, que são em grande medida alinhados entre IFRS e US GAAP, não alargam o âmbito da utilização do justo valor, mas fornecem orientação sobre como ele deve ser aplicado, onde a sua utilização já é exigida ou permitida por outras normas. A Sociedade ainda está a avaliar o impacto total da aplicação do IFRS13. Novas normas, alterações e interpretações já emitidas mas sem aplicação obrigatória no exercício iniciado em 1 de Janeiro de 2011, e que não foram adoptadas antecipadamente IFRS 9, ‘Instrumentos Financeiros’, versa sobre a classificação, mensuração e reconhecimento de activos e passivos financeiros. Esta norma foi emitida em Novembro de 2009 e Outubro de 2010, e substitui partes do IAS 39 relacionadas com a classificação e a mensuração dos instrumentos financeiros. O IFRS 9 requer que os activos financeiros sejam classificados em duas categorias: (i) mensurados ao justo valor e (ii) mensurados ao custo amortizado, sendo esta determinação efectuada no reconhecimento inicial. A classificação depende do modelo de negócios da entidade para a gestão dos seus instrumentos financeiros e das características dos fluxos de caixa contratuais dos instrumentos. Para os passivos financeiros, a norma retém a maioria dos requisitos do IAS 39. A principal alteração é que, em casos onde a opção do justo valor é seguida para os passivos financeiros, a parte da alteração de justo valor devido a risco de crédito da entidade é reconhecida em outro rendimento integral, em vez de em resultados, excepto se tal originar um desbalanceamento contabilístico. A Sociedade ainda está a avaliar o impacto total da aplicação do IFRS 9. IFRS 12, 'Divulgações de interesses em outras entidades' inclui os requisitos de divulgação para todas as formas de interesses em outras entidades, incluindo empreendimentos conjuntos, associadas, Entidades com Finalidade Especial e outros veículos fora do SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 IAS 19, 'Benefícios aos empregados' foi alterada em Junho de 2011, mas não é esperado qualquer impacto na Sociedade. IAS 28 (2011): O actual IAS 28 ‘Investimentos em Associadas’ orienta a contabilização de associadas e a aplicação do método de equivalência patrimonial. As alterações ao IAS 28 resultam do projecto do IASB do IFRS 11 ‘Empreendimentos conjuntos’, que substitui o actual IAS 31 ‘Interesses em empreendimentos conjuntos’. De acordo com o IFRS 11, os interesses conjuntos são classificados como operações conjuntas ou como joint ventures e as joint ventures deverão ser contabilizadas de acordo com o método da equivalência patrimonial. O IASB deciciu incorporar a contabilização de joint ventures no IAS 28 (2011) uma vez que o método de equivalência patrimonial é requerido quer para os investimentos em associadas quer para as joint ventures. A Sociedade ainda está a avaliar o impacto total da aplicação do IAS 28 (2011). Não existem outras normas ou interpretações que, não sendo ainda aplicáveis, seja de esperar que tenham um impacto significativo na Sociedade. - 21 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 4. Principais estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiras As NCA estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho de Administração efectue julgamentos e faça estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas e julgamentos utilizados pela Sofinloc na aplicação dos princípios contabilísticos são apresentados nesta nota, com o objectivo de melhorar o entendimento da sua aplicação e da forma como esta afecta os resultados reportados pela Sofinloc e a sua divulgação. Considerando que em algumas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adoptado pelo Conselho de Administração, os resultados reportados pela Sofinloc poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera que as escolhas efectuadas são apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira da Sofinloc e o resultado das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes. A análise efectuada de seguida é apresentada apenas para um melhor entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras alternativas ou estimativas possam ser mais apropriadas. Imparidade dos activos disponíveis para venda financeiros A Sofinloc determina que existe imparidade nos seus activos disponíveis para venda quando existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo valor. A determinação de uma desvalorização continuada ou de valor significativo requer julgamento. No julgamento efectuado, são avaliados entre outros factores, a volatilidade normal dos preços dos títulos e as actuais condições de mercado. Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de técnicas de SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 valorização, os quais requerem a utilização de pressupostos ou julgamentos na definição de estimativas de justo valor. Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas poderão resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados da Sofinloc. Perdas por imparidade no crédito sobre clientes e em outros activos A Sofinloc efectua a revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de imparidade, conforme referido na Nota 2.4. O processo de avaliação de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida é sujeito a estimativas e julgamentos. Este processo inclui factores como a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros quer do momento do seu recebimento. Metodologias alternativas e a utilização de outros pressupostos e estimativas poderiam resultar em níveis diferentes de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados. Justo valor dos instrumentos financeiros O justo valor baseia-se em cotações de mercado ou, na ausência destas, em preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado e em metodologias de avaliação, que têm subjacente técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o valor temporal, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade. Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor. Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias, pressupostos ou julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderá - 22 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 originar resultados financeiros diferentes dos reportados. Impostos sobre lucros A Sofinloc encontra-se sujeita ao pagamento de impostos sobre lucros em Portugal e Espanha. A determinação do montante global de impostos sobre os lucros requer determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas transacções e cálculos para os quais a determinação do valor final de imposto a pagar é incerto durante o ciclo normal de negócios. Adicionalmente é de referir que a reversão de diferenças temporárias dedutíveis resulta em deduções na determinação de lucros tributáveis de períodos futuros. Contudo, os benefícios económicos na forma de reduções nos pagamentos de impostos fluirão para a Sociedade somente se ela obtiver lucros tributáveis suficientes contra os quais as deduções possam ser compensadas. Nesta base, a Sociedade reconhece activos por impostos diferidos somente quando for provável que lucros tributáveis estarão disponíveis contra os quais as diferenças temporárias dedutíveis possam ser utilizadas. Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período. As Autoridades Fiscais Portuguesas e Espanholas têm a atribuição de rever o cálculo da matéria colectável durante um período de quatro e quinze anos, respectivamente. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria colectável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração, de que não haverá correcções significativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações financeiras. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 23 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 5. Margem financeira milhares EUR Juros e rendimentos similares Juros de crédito titularizado não desreconhecido Juros de activos financeiros disponíveis para venda Juros de crédito não titularizado Juros de disponibilidades e aplicações em instituições de crédito Comissões recebidas associadas ao custo amortizado Juros e encargos similares Juros de passivos financeiros associados a activos transferidos Juros de recursos de instituições de crédito Juros de passivos subordinados Juros de responsabilidades representadas por títulos Comissões pagas associadas ao custo amortizado Outros juros e custos similares 31.12.2011 31.12.2010 38.506 9.020 7.051 5.451 3.102 69.945 16.025 7.255 3.939 4.174 63.130 101.338 (38.506) (1.148) (395) (3.748) (6.023) (769) (69.945) (1.423) (425) (2.364) (10.584) (755) (50.589) (85.496) 12.541 15.842 6. Resultados de serviços e comissões milhares EUR Rendimentos de serviços e comissões Mediação de seguros Encargos de serviços e comissões Despesas de legalização Por serviços bancários prestados por terceiros Despesas na recuperação de equipamento Outros custos de serviços e comissões 31.12.2011 31.12.2010 3.286 4.486 3.286 4.486 (760) (681) (122) (485) (1.771) (935) (256) (432) (2.048) (3.394) 1.238 1.092 Conforme referido na nota 37, a actividade de mediação de seguros foi, com efeitos a 1 de Outubro de 2011, transferida para o Banco Finantia S.A. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 24 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 7. Resultados em operações financeiras Em 31 de Dezembro de 2011, o saldo desta rubrica inclui o montante negativo de m€ 1.169 relativo a operações efectuadas com instrumentos derivados com o Banco Finantia para a cobertura do risco de taxa de juro da carteira de crédito. O saldo remanescente, m€ 273 (negativos) relaciona-se com o exercício da clean-up call da transacção LTR Finance nº 5, conforme referido na Nota 23. 8. Resultados de alienação de outros activos milhares EUR Proveitos Mais-valias em bens de locação financeira Mais-valias na alienação de outros activos tangíveis Custos Menos-valias em bens de locação financeira Menos-valias na alienação de outros activos tangíveis 31.12.2011 31.12.2010 2.931 24 2.955 5.135 146 5.281 (3.256) (71) (3.327) (5.560) (83) (5.643) (372) (362) As rubricas Mais-valias e Menos-valias em bens de locação financeira referem-se aos resultados obtidos na venda ou relocação de bens resultantes de rescisões de contratos de locação financeira. 9. Outros resultados de exploração milhares EUR Proveitos Comissões de gestão de activos securitizados Comissões de cobrança Reembolso de despesas Comissões de rescisão de contratos Rendimento de imóveis Outros proveitos de exploração Custos Outros impostos Outros custos 31.12.2011 31.12.2010 2.177 2.443 156 68 71 1.990 6.905 5.885 2.605 176 40 247 1.575 10.528 (253) (68) (321) (238) (92) (330) 6.584 10.198 As comissões de gestão de activos securitizados passaram, a partir de 1 de Outubro de 2011 a ser proveitos do Banco Finantia, S.A., no âmbito da operação de cisão/fusão (ver Nota 37). SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 25 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 No exercício de 2010 a amortização das mais e menos valias geradas na venda dos créditos aos veículos de titularização era reconhecida em outros resultados de exploração, sendo em 2011 apresentada na margem financeira. 10. Custos com pessoal milhares EUR Remunerações Encargos sociais obrigatórios Outros custos 31.12.2011 3.769 885 765 5.419 31.12.2010 5.751 1.310 1.361 8.422 O valor das remunerações atribuídas aos órgãos de gestão e fiscalização da Sofinloc, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, foram de m€ 173 e m€ 243, respectivamente. O número de pessoal por categorias, no final dos exercícios de 2011 e 2010, pode ser analisado como segue: 31.12.2011 Quadros superiores Quadros médios Outros quadros 21 13 44 78 31.12.2010 57 59 104 220 A variação do número de pessoal em 2011 é, também, explicada com o processo de cisão/fusão da actividade conforme referido na Nota 37. 11. Gastos gerais administrativos milhares EUR Seguros, serviços judiciais e contencioso Serviços de cobrança externa Avenças e honorários Serviços especializados Comunicações Outros fornecimentos e serviços SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 31.12.2011 31.12.2010 2.536 1.424 954 800 675 1.512 2.589 2.588 1.061 1.225 812 2.113 7.901 10.388 - 26 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 12. Caixa e bancos milhares EUR 31.12.2011 Caixa Disponibilidades sobre instituições de crédito no país Depósitos à ordem Banco Finantia, S.A. Outras instituições de crédito no país Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro Depósitos à ordem 31.12.2010 2 2 4.612 1.172 7.599 56 5.784 7.655 554 1.619 6.340 9.276 13. Activos financeiros disponíveis para venda milhares EUR Obrigações de emissores estrangeiros Juros a receber Imparidade de títulos (ver Nota 2.5) 31.12.2011 31.12.2010 33.138 71 (22.780) 118.868 1.623 (63.746) 10.429 56.745 Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a carteira de activos financeiros disponíveis para venda é composta por títulos não cotados relacionados com as operações de securitização do Grupo. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 27 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 O movimento associado às provisões para perdas por imparidade para títulos é o seguinte: milhares EUR Saldo em 1 de Janeiro Dotações do exercício Reversões do exercício Transferências Utilizações Saldo em 31 de Dezembro 2011 2010 63.746 8.599 (15.242) (30.465) (3.858) 60.351 9.293 (5.898) - 22.780 63.746 A rubrica de transferências diz respeito às provisões para perdas por imparidade para títulos no âmbito da cisão com o Banco Finantia. 14. Aplicações em instituições de crédito milhares EUR Depósitos a prazo Juros a receber 31.12.2011 31.12.2010 138.000 47 102.000 712 138.047 102.712 A 31 de Dezembro de 2011 esta rubrica refere-se a depósitos junto do Banco Finantia International, Ltd. e de outros bancos nacionais nos montantes de m€ 128.000 e m€ 10.000, respectivamente (2010: m€ - e m€ 90.000). A 31 de Dezembro de 2010 o saldo desta rubrica incluía o montante de m€ 12.000 referente a depósitos junto do Banco Finantia, S.A. A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é efectuada na Nota 33. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 28 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 15. Crédito a clientes milhares EUR Créditos não titularizados Capital em locação financeira Financiamento de vendas a crédito 31.12.2011 31.12.2010 14.679 7.707 15.319 48.517 22.386 63.836 61.509 95.425 109.317 458.198 156.934 567.515 Crédito e juros vencidos 179.320 67.561 631.351 164.249 Total crédito concedido 246.881 795.600 1.425 665 9.119 2.766 (63.964) (147.791) 185.007 659.694 Créditos titularizados não desreconhecidos Capital em locação financeira Financiamento de vendas a crédito Comissões associadas ao custo amortizado (líquidas) Juros a receber Provisões para riscos de crédito Conforme referido na Nota 1, os valores de 2011 referentes ao Financiamento de Vendas a Crédito não são comparáveis com os de exercício anterior uma vez que não incluem os saldos cindidos, nos termos da Nota 37. A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é efectuada na Nota 33. As provisões para financiamento especializado compreendem Provisões para Crédito Vencido e de Cobrança Duvidosa. Adicionalmente, a Sociedade dispõe ainda de Provisões para Riscos Gerais de Crédito no montante de m€ 2.700 (2010: m€ 9.385), dos quais m€ 2.228 (2010: m€ 8.230) se referem a crédito titularizado. O valor de crédito titularizado é relativo a créditos detidos por veículos de securitização constituídos no âmbito das operações de securitização. Em 31 de Dezembro de 2011, o montante bruto dos créditos securitizados ascende a m€ 198.094. Os passivos associados a operações de securitização estão registados na rubrica “Passivos financeiros associados a activos transferidos” (ver Nota 23). SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 29 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 A 31 de Dezembro de 2011, o crédito concedido por prazos residuais, não incluindo os créditos e juros vencidos apresenta a seguinte distribuição: milhares EUR 31.12.2011 31.12.2010 Rendas e Valores residuais Vincendos Até 1 ano De 1 a 5 Anos Mais de 5 9.766 77.920 10.419 8.977 100.195 32.064 Juros Vincendos Até 1 ano De 1 a 5 Anos Mais de 5 (156) (7.971) (2.089) (207) (9.934) (6.459) 87.890 124.636 O saldo da rubrica de crédito a clientes é analisado como segue, tomando em consideração a devida alocação do capital vincendo associado a contratos com prestações em atraso: milhares EUR Crédito sem atrasos 31.12.2011 31.12.2010 136.479 494.508 Crédito com atrasos inferiores a 90 dias 34.715 121.664 Crédito com atrasos superiores a 90 dias 75.687 179.428 246.881 795.600 1.425 9.119 665 2.766 Crédito a clientes (valor bruto) 248.971 807.485 Provisões para riscos de crédito (63.964) (147.791) 185.007 659.694 Comissões associadas ao custo amortizado líquidas Juros a receber Adicionalmente às provisões para riscos de crédito a clientes atrás referida, o justo valor dos colaterais associados aos créditos com imparidade ascende a m€ 31.642 e a m€ 53.192 em 2011 e 2010 respectivamente. O justo valor do colateral associado ao crédito ao consumo com atrasos inferiores a três meses acima referido ascende a m€ 29.573 e m€ 38.947 em 2011 e 2010, respectivamente. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 30 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 O justo valor do colateral é determinado com base em técnicas de valorização vulgarmente utilizadas para a valorização dos respectivos activos (sobretudo veículos automóveis). Em períodos subsequentes, o justo valor é actualizado com base no preço de mercado ou índices de activos semelhantes. O montante bruto do crédito com atrasos até 90 dias apresenta o seguinte detalhe: milhares EUR 31.12.2011 31.12.2010 Crédito com atrasos até 30 dias Crédito com atrasos entre 30 e 60 dias Crédito com atrasos entre 60 e 90 dias 22.005 7.705 5.005 84.438 24.244 12.982 Total 34.715 121.664 O valor bruto de crédito a clientes com imparidade numa base individual (de acordo com a política contabilística referida na Nota 2.4) e o justo valor dos respectivos activos detidos como colateral ascende em 31 de Dezembro de 2011 a m€ 549 e m€ -, respectivamente (2010: m€ 234 e € 237). O valor das provisões para risco de crédito é calculado tendo também em consideração o justo valor do colateral afecto aos contratos, em conformidade com o referido na política contabilística descrita na Nota 2.4. Os movimentos ocorridos na rubrica de provisões para riscos de crédito são os seguintes: milhares EUR Saldo em 1 de Janeiro Dotações do exercício (Créditos não titularizados) Reversões do exercício (Créditos não titularizados) Dotações do exercício (Créditos titularizados) Reversões do exercício (Créditos titularizados) Transferências Utilizações Saldo em 31 de Dezembro 2011 2010 147.791 20.150 (10.646) 5.014 (18.841) (71.272) (8.231) 141.396 23.291 (19.601) 19.024 (11.518) (4.802) 63.964 147.791 Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2011, a Sofinloc tem m€ 2.700 de provisões para riscos gerais de crédito (31 de Dezembro de 2010: m€ 9.385), as quais de acordo com as NCA são apresentadas no passivo (ver Nota 25). O valor das provisões para risco específico de crédito é calculado tendo também em consideração o justo valor do colateral afecto aos contratos, em conformidade com o referido na política contabilística descrita na Nota 2.4. De acordo com a Carta-circular n.º 47/07/DSBDR do Banco de Portugal, a constituição de provisões para activos cedidos em operações de titularização ao abrigo do Aviso nº3/95 (“Créditos titularizados”) deixou de ser registada contra resultados da instituição cedente para passar a corrigir o montante do passivo associado a activos titularizados (ver Nota 23). No exercício de 2011 a rubrica transferências inclui o montante de m€ (78.639) referente às provisões específicas transferidas no âmbito do processo de cisão/fusão (ver Nota 37). SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 31 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 Durante o exercício de 2011, a Sociedade efectuou recuperações de crédito no montante de m€ 433 (2010: m€ 589). Os contratos renegociados que caso contrário se encontrariam em atraso ou com imparidade totalizam em 31 de Dezembro de 2011 m€ 169 (31 de Dezembro de 2010: m€ 405). 16. Activos não correntes detidos para venda Esta rubrica e os respectivos movimentos ocorridos no ano 2011 e 2010 são analisados como segue: milhares EUR Saldo em 1 Janeiro 2010 Imóveis Equipamento Total 378 220 598 - 1.448 1.448 Alienações (65) (1.529) (1.594) Imparidade - (32) (32) 313 107 420 Adições - 1.275 1.275 Alienações - (1.072) (1.072) Imparidade - (116) (116) 313 194 507 Adições Saldo em 31 Dezembro 2010 Saldo em 31 Dezembro 2011 O equipamento classificado como activos não correntes detidos para venda resulta de activos recebidos por recuperação de créditos. Durante o exercício de 2011 foram constituídas dotações para imparidade de activos recuperados no montante de m€ 8 e de m€ 81, para contratos não securitizados e securitizados, respectivamente (2010: m€ 158 para contratos não securitizados). No exercício de 2010 as mais e menos valias não realizadas de activos não correntes detidos para venda eram reconhecidas como outros resultados de exploração, tendo o respectivo comparativo sido alterado para cumprir com a apresentação de 2011. 17. Propriedades de investimento Em 31 de Dezembro de 2011, o saldo desta rubrica é composto por imóveis que a Sofinloc arrenda a entidades do Grupo, no montante bruto de m€ 4.887 (2010: m€ 3.258) e amortizações acumuladas de m€ 1.509 (2010: m€ 1.454), das quais m€ 54 foram efectuadas em 2011 (2010: m€ 86). No decorrer do exercício de 2011 foi transferido de outros activos tangíveis (ver Nota 18) para propriedades de investimento o montante bruto de m€ 1.629, relativo a imóveis arrendados ao Banco Finantia, S.A. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 32 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 18. Outros activos tangíveis Esta rubrica e os respectivos movimentos ocorridos no ano 2011 e 2010 são analisados como segue: Mobiliário e material Equipamento informático Imobilizado em curso 31.12.2011 31.12.2010 9.892 5.838 3.392 628 651 - 20.401 18.415 Aquisições - 30 - 78 - 48 156 207 Abates/Alienações - (2) (31) (147) - - (180) (663) (1.629) - - (151) - - (1.780) 2.442 8.263 5.866 3.361 408 651 48 18.597 20.401 3.384 5.114 3.298 423 538 - 12.757 12.410 365 198 56 104 21 - 744 893 Abates/Alienações - (2) (31) (86) - - (119) (506) Transferências - - - (119) - - (119) (40) Saldo final 3.749 5.310 3.323 322 559 - 13.263 12.757 Valor líquido 4.514 555 39 86 92 48 5.334 7.644 milhares EUR Imóveis Viaturas Outras imobilizações Custo de aquisição: Saldo inicial Transferências Saldo final Amortizações acumuladas: Saldo inicial Amortizações do exercício 19. Activos intangíveis Esta rubrica e os respectivos movimentos ocorridos no ano 2011 e 2010 são analisados como segue: Outros activos intangíveis 31.12.2011 31.12.2010 1.102 7 1.109 993 Aquisições - - - 116 Abates/Alienações - - - - 1.102 7 1.109 1.109 976 7 983 763 83 - 83 220 - - - - 1.059 7 1.066 983 43 - 43 126 milhares EUR Software Custo de aquisição: Saldo inicial Saldo final Amortizações acumuladas: Saldo inicial Amortizações do exercício Abates/Alienações Saldo final Valor líquido SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 33 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 20. Impostos O imposto sobre o rendimento reportado nos resultados de 2011 e 2010 analisa-se como segue: milhares EUR 31.12.2011 31.12.2010 Imposto corrente Imposto do exercício (187) (105) 4 (70) (183) (175) 82 675 (484) 492 (402) 1.167 (585) 993 Relativo a exercícios anteriores Imposto diferido Origem e reversão de diferenças temporárias Prejuízos fiscais reportáveis Total do imposto reconhecido em resultados Os activos e passivos por impostos diferidos reconhecidos em balanço em 2011 e 2010 podem ser analisados como segue: 31.12.2011 milhares EUR Activos 31.12.2010 Passivos Líquido 113 - 113 8 - Outros 286 Imposto diferido activo/(passivo) 406 Provisões para crédito a clientes Prejuízos fiscais reportáveis Activos Passivos Líquido 282 - 282 8 492 - 492 - 286 224 - 224 - 406 998 - 998 O valor de m€ 8 (2010: m€ 492), diz respeito a diferenças temporárias reconhecidas referentes a prejuízos fiscais reportáveis, os quais têm como prazo máximo de recuperação o exercício de 2014. No fim de cada período de relato, a entidade reavalia os activos por impostos diferidos não reconhecidos, sendo que reconhece previamente um activo por impostos diferidos não reconhecido até ao ponto em que se torne provável que os lucros tributáveis futuros permitirão que o activo por impostos diferidos seja recuperado. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 34 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 O movimento do imposto diferido de balanço em 2011 e 2010 explica-se como segue: milhares EUR 31.12.2011 31.12.2010 Reconhecido em Reconhecido em Resultados Reservas Resultados Reservas Provisões para crédito a clientes 21 - 104 - Comissões ao custo amortizado - - 603 - (484) - 492 - 62 - (32) - (402) - 1.167 - Prejuízos fiscais reportáveis Outros No âmbito da cisão da actividade (ver Nota 37) foram transferidos activos por impostos diferidos no montante de m€ 190 relativos às provisões para crédito a clientes. A reconciliação da taxa de imposto pode ser analisada como segue: 31.12.2011 milhares EUR % Resultado antes de impostos Taxa de imposto estatutária 26,5% Imposto calculado com base na taxa de imposto estatutária Comissões ao custo amortizado Prejuízos fiscais reportáveis Utilização de prejuízos fiscais no exercício Provisões para crédito a clientes Tributação autónoma Imposto de exercícios anteriores Derrama e derrama estadual Outros Imposto sobre os lucros 33,1% Contribuição do sector bancário Imposto reconhecido em resultados SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 31.12.2010 Valor % Valor ( 730) 1.516 26,5% 402 484 ( 369) ( 15) 46 ( 4) ( 42) 502 83 585 n.a. ( 603) ( 492) ( 72) 75 71 29 ( 1) ( 993) ( 993) - 35 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 21. Outros activos milhares EUR 31.12.2011 31.12.2010 930 947 3 3 933 950 (476) (476) 457 474 36 364 - 691 36 1.055 155 221 155 221 1.158 1.055 1.158 1.055 1.806 2.805 Devedores e outras aplicações Devedores diversos IVA a recuperar Provisões para devedores e outras aplicações Proveitos a receber Comissões de gestão de activos securitizados Comissões de intermediação de seguros Despesas com custos diferido Outras despesas com custo diferido Outras contas de regularização Outras operações a regularizar O movimento das provisões para devedores e outras aplicações analisa-se como segue: milhares EUR 2011 2010 476 991 Dotações do exercício - - Utilizações - (515) 476 476 Saldo em 1 de Janeiro Saldo em 31 de Dezembro SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 36 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 22. Recursos de instituições de crédito milhares EUR 31.12.2011 Empréstimos de curto prazo Outras instituições de crédito Operações de venda com acordo de recompra "repos" Banco Finantia, S.A. Juros a pagar 31.12.2010 - 472 5.484 8 13.229 67 5.492 13.768 A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é efectuada na Nota 33. 23. Passivos financeiros associados a activos transferidos milhares EUR Passivos por activos não desreconhecidos em operações de titularização (Nota 15) Crédito titularizado interno Capital em locação financeira Financiamento de vendas a crédito Crédito titularizado ao exterior Capital em locação financeira Financiamento de vendas a crédito Juros a pagar Valias associadas à securitização Recuperação de equipamentos Correcções de valor relativas aos activos securitizados (ver Notas 2.5 e 15) 31.12.2011 31.12.2010 67.784 - 115.003 356.703 1.580 128.730 198.094 3.459 203.347 678.512 578 (147) 152 2.499 (833) 3 (40.741) (104.865) 157.936 575.316 A rubrica crédito titularizado interno inclui m€ 7.301 referentes a crédito vencido (2010: m€ 68.571) e na rubrica de crédito titularizado ao exterior contém m€ 33.859 de crédito vencido (2010: m€ 42.426). Ao abrigo da Carta-circular n.º 47/07/DSBDR do Banco de Portugal, a constituição de provisões para activos cedidos em operações de titularização ao abrigo do Aviso nº3/95 deixou de ser SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 37 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 registada contra resultados da instituição cedente para passar a corrigir o montante do passivo associado a activos titularizados (ver Nota 15). As operações de titularização em curso em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 podem ser analisadas como segue: LTR FINANCE Nº 5 Esta operação foi efectuada em Julho de 2004 tendo a venda inicial de créditos ascendido a m€ 142.680, com valor contabilístico de m€ 143.027. Conforme contratualmente previsto as vendas adicionais tiveram uma periodicidade trimestral, tendo terminado em Outubro de 2007. O financiamento desta operação foi efectuado através de um veículo de titularização denominado LTR Finance Nº 5, constituído de acordo com as normas em vigor na Irlanda e registado em Dublin. As características iniciais das seis classes de dívida emitida foram as seguintes: - Classe A Secured Floating Rate Notes, de rating AAA, no montante de m€ 174.700 e com maturidade em Julho de 2015, que vencem juros à taxa Euribor a 3 meses adicionada de um spread de 20 basis points; - Classe B Secured Floating Rate Notes, de rating AA, no montante de m€ 15.600 e com maturidade em Julho de 2015, que vencem juros à taxa Euribor a 3 meses adicionada de um spread de 37 basis points; - Classe C Secured Floating Rate Notes, de rating A, no montante de m€ 16.600 e com maturidade em Julho de 2015, que vencem juros à taxa Euribor a 3 meses adicionada de um spread de 55 basis points; - Classe D Secured Floating Rate Notes, de rating BBB, no montante de m€ 7.500 e com maturidade em Julho de 2015, que vencem juros à taxa Euribor a 3 meses adicionada de um spread de 95 basis points; - Classe E Secured Floating Rate Notes, no montante de m€ 13.072 e com maturidade em Julho de 2015, vencendo juros à taxa Euribor a 3 meses adicionada de um spread de 13%; e - Junior Notes, no montante de m€ 50 e com maturidade em Julho de 2015. As Junior Notes são a classe de dívida mais subordinada e a sua remuneração corresponde ao Excess Spread apurado na operação depois de pagos todos os custos. Esta transacção incluiu ainda três operações de swap de taxa de juro, as quais tiveram como objectivo limitar a exposição dos investidores ao risco de taxa de juro associado aos Receivables. As entidades intervenientes nesta operação foram o Banco Finantia, S.A. e uma entidade externa, tendo os montantes nocionais envolvidos sido de m€ 181.096 para dois dos swaps e de m€ 33.343 para um terceiro. Para o primeiro swap a taxa a pagar pelo Banco Finantia é 3.2541%, sendo a taxa a receber a Euribor a 3 meses. Para o segundo swap, de valor igual ao primeiro, a taxa a pagar pelo Banco Finantia é a Euribor a 3 meses, sendo a taxa a receber de 3.59%. O terceiro swap trata-se de um basis swap cuja taxa a pagar é a Euribor a 3 meses acrescida de um spread de 1.2 basis point, sendo a taxa a receber a FWAIR (“floating weighted average interest rate”). Todos os swaps tiveram início a 1 de Julho de 2004, sendo a maturidade para o primeiro fixada a 25 de Abril de 2012 e para os outros a 25 de Outubro de 2013. Durante o exercício de 2011, a Sofinloc exerceu a clean-up call referente a esta operação de securitização tendo sido recomprados os créditos, de acordo com o que se encontrava contratualmente estabelecido. LTR FINANCE Nº 6 SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 38 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 Esta operação de titularização foi efectuada em Setembro de 2006 por transferência dos créditos titularizados junto do veículo denominado LTR Warehouse para o LTR Finance Nº6, cujo montante ascendeu a m€ 287.862. Para esta nova transacção, e de acordo com o previsto contratualmente, as vendas adicionais tiveram uma periodicidade trimestral, tendo terminado em Novembro de 2009. O financiamento desta operação foi efectuado através do veículo de titularização acima referido, constituído de acordo com as normas em vigor na Irlanda e registado em Dublin. As características iniciais das cinco classes de dívida emitidas foram as seguintes: - Classe A Secured Floating Rate Notes, de rating AAA, no montante de m€ 371.250 e com maturidade em Novembro de 2018, que vencem juros à taxa Euribor a 3 meses adicionada de um spread de 14 basis points; - Classe B Secured Floating Rate Notes, de rating AA, no montante de m€ 35.000 e com maturidade em Novembro de 2018, que vencem juros à taxa Euribor a 3 meses adicionada de um spread de 23 basis points; - Classe C Secured Floating Rate Notes, de rating A, no montante de m€ 30.600 e com maturidade em Novembro de 2018, que vencem juros à taxa Euribor a 3 meses adicionada de um spread de 30 basis points; - Classe D Secured Floating Rate Notes, de rating BBB, no montante de m€ 13.150 e com maturidade em Novembro de 2018, que vencem juros à taxa Euribor a 3 meses adicionada de um spread de 65 basis points; - Classe E Secured Floating Rate Notes, “not rated”, no montante de m€ 25.000 e com maturidade em Novembro de 2018, que vencem juros à taxa Euribor a 3 meses adicionada de um spread de 13%; - Residual Certificate Notes, no montante de m€ 50 e com maturidade em Novembro de 2018. As Residual Certificate Notes são a classe de dívida mais subordinada e a sua remuneração corresponde ao Excess Spread apurado na operação depois de pagos todos os custos. Esta transacção de titularização incluiu ainda duas operações de swap de taxa de juro, as quais tiveram como objectivo limitar a exposição dos investidores ao risco de taxa de juro associado aos Receivables. As entidades intervenientes nesta operação foram o Banco Finantia, S.A. e uma entidade externa, tendo os montantes nocionais envolvidos sido de m€ 296.584 e de m€ 153.416. Para o primeiro swap a taxa a pagar pelo Banco Finantia é a taxa Euribor a 3 meses acrescida de um spread de 1.5 basis points e a taxa a receber de 3.665%. O segundo swap trata-se de um basis swap cuja taxa a pagar é a Euribor a 3 meses acrescida de um spread de 1.5 basis points, sendo a taxa a receber a FWAIR. Todos os swaps tiveram início a 25 de Setembro de 2006, com maturidade para 24 de Novembro de 2018. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 39 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 LTR FINANCE Nº. 7 Em 3 de Fevereiro de 2009, a Sofinloc deu início a uma nova operação de titularização cuja venda inicial de créditos ascendeu a m€ 124.218. O financiamento desta operação foi efectuado através de um veículo de titularização denominado LTR Finance Nº 7 Limited, constituído de acordo com as normas em vigor na Irlanda e registado em Dublin. As características iniciais da estrutura de financiamento desta operação foram as seguintes: - Classe A, de rating AA, num montante máximo de m€ 326.000 (tendo no momento inicial ascendido a m€ 101.230) e com maturidade a 20 de Fevereiro de 2023, que vence juros à taxa fixa de 4 %; - Classe B, sem rating, num montante máximo de m€ 74.000 (tendo no momento inicial ascendido a m€ 22.980) e com maturidade a 20 de Fevereiro de 2023, que vence juros à taxa fixa de 4.5%; - Classe C, sem rating, num montante máximo de m€ 8.000 (tendo no momento inicial ascendido a m€ 2.490, subscrita a um preço de 135,70%) e com maturidade a 20 de Fevereiro de 2023, que vence juros à taxa fixa de 16 %; e - Duas Residual Certificate Notes, no montante de m€ 50 e com maturidade em 20 de Fevereiro de 2023. As Residual Certificate Notes são a classe de dívida mais subordinada e a sua remuneração corresponde ao Excess Spread apurado na operação depois de pagos todos os custos. Tendo em consideração que a maioria dos activos titularizados são de taxa fixa e que a remuneração das classes de dívida emitidas pelo veículo também é fixa, não foram contratados swaps de taxa de juro para esta operação. LTR FINANCE Nº 8 Em Março de 2007 a Sofinloc efectuou uma nova operação de titularização que consistiu em vendas de créditos com periodicidade mensal até atingir o montante de m€ 400.000, tendo a venda inicial de créditos ascendido a m€93.505 (efectuada ao par) e com vendas adicionais com uma periodicidade mensal até Março de 2009. Esta operação denominou-se inicialmente LTR Warehouse II e em Julho de 2009 foi redenominada para LTR Finance Nº 8. O financiamento desta operação foi efectuado através do veículo de titularização acima referido, constituído de acordo com as normas em vigor na Irlanda e registado em Dublin, tendo as suas principais características sido as seguintes: - Senior Revolving Credit Facility, de rating Aaa, no montante máximo de m€ 386.364 (tendo no momento inicial o montante utilizado ascendido a m€ 93.589) e com maturidade em 22 de Março de 2018, que vence juros à taxa Euribor a1 mês adicionada de um spread que até ao dia 22 de Março de 2009 foi de 26 basis points e que desde essa data é de 100 basis points; - Mezzanine Revolving Credit Facility, de rating Aa2, no montante máximo de m€ 13.636 (tendo no momento inicial o montante utilizado ascendido a m€ 3.303) e com maturidade em 22 de Março de 2018, que vence juros à taxa Euribor a 1 mês adicionada de um spread que até ao dia 22 de Março de 2009 foi de 55 basis points e que desde essa data é de 150 basis points; SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 40 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 - Classe B Secured Floating Rate Notes, de rating Baa3, no montante máximo de m€ 54.546 tendo no momento inicial o montante utilizado ascendido a m€ 13.212) e com maturidade em 22 de Março de 2018, que vencem juros à taxa Euribor a 1 mês adicionada de um spread de 65 basis points; - Classe C Secured Floating Rate Notes, “not rated”, no montante máximo de m€ 24.900 (tendo no momento inicial o montante utilizado ascendido a m€ 5.957) e com maturidade em 22 de Março de 2018, que vencem juros à taxa Euribor a 1 mês adicionada de um spread de 13%; e - Duas Residual Certificate Notes, no montante de m€ 50 e com maturidade em 22 de Março de 2018. As Residual Certificate Notes são a classe de dívida mais subordinada e a sua remuneração corresponde ao Excess Spread apurado na operação depois de pagos todos os custos. Esta transacção inclui ainda duas operações de swap de taxa de juro, as quais tiveram como objectivo limitar a exposição dos investidores ao risco de taxa de juro associado aos Receivables. As entidades intervenientes nesta operação foram o Banco Finantia, S.A. e uma entidade externa, tendo os montantes nocionais envolvidos sido de m€ 69.454 e 40.651 m€, respectivamente. Para o primeiro swap a taxa a pagar pelo Banco Finantia é a Euribor a 1 mês acrescida de um spread de 1.5 basis point e a taxa a receber de 4.0681%. O segundo swap trata-se de um basis swap cuja taxa a pagar é a Euribor a 1 mês acrescida de um spread de 1.5 basis point, sendo a taxa a receber a FWAIR. Os spreads de 1.5 basis points acima referidos foram alterados para 3 basis points a partir de 22 de Março de 2009. Todos os swaps tiveram início a 30 de Março de 2007, com maturidade para 22 de Março de 2018. As eventuais valias associadas a estas operações de titularização são reconhecidas em conformidade com a política contabilística enunciada na Nota 2.7. O movimento ocorrido no valor dos créditos titularizados nos exercícios de 2011 e 2010 pode ser demonstrado da seguinte forma: milhares EUR Saldo em 31 de Dezembro de 2009 LTR 5 LTR 6 LTR 7 LTR 8 Total 73.945 432.426 122.634 355.078 984.083 - - 4.365 - 4.365 (32.413) (139.457) (23.948) (114.118) (309.936) 41.532 292.970 103.050 240.960 678.512 Amortizações (11.090) (89.087) (19.233) (79.563) (198.973) Exercício da clean-up call (30.442) - - - (30.442) Transferências (ver Nota 37) - (136.854) (31.234) (82.915) (251.003) Saldo em 31 de Dezembro de 2011 - 67.029 52.583 78.482 198.094 Aquisições de novos créditos Amortizações Saldo em 31 de Dezembro de 2010 SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 41 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 24. Responsabilidades representadas por títulos A 31 de Dezembro de 2011 esta rubrica é analisada como segue: Denominação SOFINLOC CX FRN 10/12 Data de emissão 27-Out-08 Data de reembolso 27-Out-12 Tx nominal Taxa Valor efectiva Nominal Euribor 3m + 2% 3,588% Juros corridos Valor de balanço 130.000 855 130.855 130.000 855 130.855 No exercício de 2011 a Sociedade emitiu adicionalmente m€ 30.000 de obrigações de caixa, adquiridas pelo Banco Finantia, S.A. Em 31 de Dezembro de 2010 esta rubrica é constituída pelas seguintes operações: Denominação SOFINLOC CX FRN 10/12 Data de emissão 27-Out-08 Data de reembolso 27-Out-12 Tx nominal Taxa Valor efectiva Nominal Euribor 3m + 2% 3,032% Juros corridos Valor de balanço 100.000 556 100.556 100.000 556 100.556 Em 31 de Dezembro de 2011, o montante de m€ 394 (2010: m€ 437) referente a custos de colocação das obrigações emitidas pela Sofinloc encontra-se reconhecido na rubrica de encargos de serviços e comissões – por serviços bancários prestados por terceiros em conformidade com a política contabilística 2.1. 25. Provisões Esta rubrica diz respeito às provisões para riscos gerais de crédito (ver Notas 2.4 e 15), cujo movimento pode ser analisado como segue: milhares EUR Saldo a 1 de Janeiro Dotações Reversões Transferências (ver Nota 23) Saldo a 31 de Dezembro 2011 9.385 1.594 (1.631) (6.648) 2.700 2010 924 1.638 (1.406) 8.230 9.385 No exercício de 2011 a rubrica Transferências inclui o montante de m€ (3.678) referente às provisões genéricas transferidas no âmbito do processo de cisão/fusão (ver Nota 37), bem como as dotações líquidas de reversões referentes a crédito titularizado m€ (2.970). SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 42 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 26. Passivos subordinados Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo desta rubrica é composto por 160.000 obrigações de valor nominal unitário de € 125 cada, sendo a data de emissão de 26 de Junho de 2007 e a data de reembolso de 26 de Junho de 2017. Os juros destas obrigações vencem-se trimestral e postecipadamente a 26 de Março, 26 de Junho, 26 de Setembro e 26 de Dezembro, sendo a taxa de juro correspondente à Euribor a 3 meses acrescida de um spread de 1.35%. Estas obrigações foram transferidas para o Banco Finantia nos termos do protocolo da fusão/cisão acordado entre este e a Sociedade (ver Nota 37). 27. Outros passivos milhares EUR Credores e outros recursos Sector público estatal Credores por contratos de op. financ. automóvel Outros credores Encargos a pagar Férias e subsídio de férias Outros encargos a pagar Outras contas de regularização Valores a entregar de contratos titularizados Valores a entregar a seguradoras Outras operações a regularizar 31.12.2011 31.12.2010 2.018 232 195 2.445 2.712 1.554 273 4.539 179 1.073 1.252 639 700 1.339 6.440 219 3.734 10.393 11.246 1.486 5.111 17.843 14.090 23.721 Em 31 de Dezembro de 2011 o saldo da rubrica outras operações a regularizar inclui o montante de m€ 929 (2010: m€ 3.389) de saldos credores de clientes que se encontram por regularizar. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 43 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 28. Capital Em 31 de Dezembro de 2010, o capital social era de 100 milhões de euros, encontrando-se integralmente subscrito e realizado, sendo representado por 100 milhões de acções ordinárias, no valor nominal de um euro cada. Em 30 de Setembro de 2011, a Assembleia Geral da Sofinloc deliberou a redução do capital social da sociedade em m€ 40.000 por extinção de 60 milhões de acções de valor nominal de um euro cada, correspondendo a redução ao valor líquido do património que foi transmitido e incorporado no Banco Finantia, S.A. no âmbito da operação de cisão-fusão (ver Nota 37). 29. Reservas e resultados transitados milhares EUR Reserva legal Outras reservas e resultados transitados 31.12.2011 31.12.2010 3.049 3.023 (3.124) (3.360) (75) (337) A Assembleia Geral da Sofinloc – Instituição Financeira de Crédito S.A. reunida no dia 15 de Abril de 2011 aprovou a aplicação do resultado líquido positivo no montante de m€ 262, destinando-o a Resultados transitados. De acordo com o Artigo 97º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-lei n. 298/92, de 31 de Dezembro, com a redacção que lhe é dada pelo Decreto-lei n. 201/2002, de 25 de Setembro, a Sociedade deve creditar anualmente a reserva legal com pelo menos 10% do lucro líquido anual, até à concorrência do valor mais elevado entre o capital e a soma das reservas livres e dos resultados transitados (nos termos do Artigo 296º do Código das Sociedades Comerciais). Nos termos do Artigo 296º do Código das Sociedades Comerciais, a reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 44 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 30. Rubricas extrapatrimoniais milhares EUR Garantias prestadas Activos dados em garantia ("repos") 31.12.2011 16.298 16.298 42.595 42.595 - 293 293 5.000 5.000 5.000 5.000 27.389 27.389 75.907 75.907 225.036 225.036 714.792 714.792 12.266 749 13.015 12.254 749 13.003 Compromissos perante terceiros Linhas de crédito revogáveis Compromissos assumidos por terceiros Linhas de crédito revogáveis Serviços prestados por terceiros Depósitos e guarda de valores Responsabilidades por prestação de serviços Créditos securitizados sob gestão ("Servicing" ) Garantias recebidas Garantias e avales Aceites e endossos 31.12.2010 A rubrica Activos dados em garantia (“repos”) refere-se ao valor nominal dos títulos vendidos com acordo de recompra (ver Nota 22), operações efectuadas com o Banco Finantia, S.A. 31. Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos de apresentação da demonstração de fluxos de caixa, caixa e equivalentes de caixa compreendem os seguintes saldos com maturidade inferior a 3 meses: milhares EUR Caixa (Nota 12) Disponibilidades em outras instituições de crédito (Nota 12) SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 31.12.2011 31.12.2010 2 6.338 2 9.274 6.340 9.276 - 45 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 32. Transacções com partes relacionadas Os saldos e transacções entre a Sofinloc e suas partes relacionadas podem ser analisados como segue: milhares EUR Activos Disponibilidades em outras instituições de crédito Aplicações em instituições de crédito 31.12.2011 31.12.2010 4.611 128.043 9.037 12.017 5.492 130.855 831 13.296 20.008 100.556 471 Proveitos Juros e rendimentos similares Rendimentos de serviços e comissões Resultado de alienação de outros activos Outros proveitos de exploração 1.862 113 356 71 2.681 525 Custos Juros e custos equiparados Gastos gerais administrativos Resultados em operações financeiras Encargos com comissões 5.291 9 1.170 394 4.211 37 682 Extrapatrimoniais Garantias prestadas Activos dados em garantia " repos" 16.298 42.595 Garantias recebidas 4.566 4.554 Compromissos assumidos por terceiros Linhas de crédito revogáveis 5.000 5.000 27.389 75.907 148.215 714.792 Passivos Recursos de outras instituições de crédito Passivos subordinados Responsabilidades representadas por títulos Outros passivos Serviços prestados por terceiros Depósitos e guarda de valores Responsabilidades por prestação de serviços Créditos securitizados sob gestão ("Servicing" ) SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 46 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 33. Gestão dos riscos de actividade O Comité Financeiro do Grupo Banco Finantia onde se insere a Sofinloc, que reúne mensalmente, é o órgão responsável pela avaliação e monitorização integrada dos vários tipos de risco a que a Sofinloc está sujeita, analisando e propondo metodologias, políticas e procedimentos adequados para o controlo e mitigação dos mesmos, sendo geridos numa óptica de Grupo. Em termos funcionais, a gestão do risco é centralizada no Departamento de Risco/ALM (Assets and Liabilities Management), uma unidade independente dos departamentos de originação, que abrange os diversos tipos de risco: crédito, mercado, liquidez e operacional, com a análise de crédito a ser efectuada pelo Departamento de Crédito. Trata-se de uma estrutura que facilita uma análise transversal e integrada, tendo em consideração a complementaridade das análises e as correlações entre os diferentes riscos. Dentro da área do Financiamento ao Consumo, a componente de gestão do risco de crédito é partilhada com o Departamento de Gestão de Risco, uma unidade mais especializada ao nível da actividade da Sofinloc. Risco de Crédito O risco de crédito, o qual deriva não só da possibilidade de um contraparte entrar em incumprimento como da variação do valor económico de um determinado instrumento devido à degradação da qualidade de crédito, constitui um dos riscos mais importantes para a Sofinloc dada a estrutura do seu activo. A aprovação de qualquer exposição de crédito obedece a um conjunto de princípios e procedimentos internos constantes das Normas de Crédito da Sofinloc, que definem os diferentes níveis de decisão, tendo em conta o montante da exposição e o tipo de produto a ser financiado. Na área do Financiamento ao Consumo, a avaliação do risco de crédito é efectuada mediante um exaustivo processo de análise de risco, incluindo uma hierarquia de níveis de decisão, referências de crédito de agências especializadas e um modelo de scoring. O primeiro nível de decisão é a decisão automática efectuada através do sistema desenvolvido internamente, o Siacc. Tal permite equilibrar a rendibilidade esperada com o consumo de capital para cada operação. A Sociedade dispõe de modelos de scoring de originação, que aplica distintamente às carteiras de Portugal e Espanha, usufruindo de uma larga curva de experiência, tendo em conta que o primeiro modelo de scoring remonta a 1995. Para além de servir de base ao processo de decisão automática (uma proposta de crédito tem de satisfazer um score mínimo para ser aprovada automaticamente, entre outros critérios e filtros), o modelo de scoring atribui a cada proposta uma pontuação a que está associada uma dada probabilidade de perda. Tal permite o cálculo da rendibilidade estimada de cada operação, ajustada pelas perdas esperadas. Caso a operação não seja aprovada automaticamente, esta é sujeita a um nível de decisão superior, onde se incluem o departamento de underwriting, o departamento de análise de risco ou o comité executivo. O perfil de risco das carteiras de crédito é analisado mensalmente no Comité Financeiro, assim como os créditos problemáticos, ao nível do Financiamento ao Consumo (apenas os créditos relativos às alçadas de decisão superiores, dada a granularidade da carteira). Nestas reuniões, é ainda realizada a análise da evolução das exposições, incluindo a análise da carteira de Financiamento ao Consumo que reflecte a revisão do crédito com imparidade, os níveis de incumprimento e respectivos rácios de cobertura e de qualidade, assim como a alocação e consumo de capital. Outros riscos como o risco de taxa de juro, cambial e de liquidez são também analisados. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 47 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 A exposição máxima da Sofinloc ao risco de crédito antes de colaterais pode ser analisada como segue: milhares EUR 31.12.2011 31.12.2010 Disponibilidades em instituições de crédito 6.338 9.274 Activos financeiros disponíveis para venda 10.429 56.745 Aplicações em instituições de crédito 138.047 102.712 Crédito a clientes 185.007 659.694 493 1.529 340.314 829.954 Outros activos Risco de Mercado O risco de mercado ou de preço (taxas de juro, taxas de câmbio, preços de acções, entre outros) define-se como a possibilidade de incorrer em perdas devido a variações inesperadas do preço dos instrumentos ou operações financeiras. No âmbito do processo de controlo e avaliação do risco de mercado a que a Sofinloc está sujeita, é de realçar a existência de uma rotina diária de cálculo do VaR (value at risk) para todo o balanço consolidado. O VaR é calculado numa base consolidada utilizando a abordagem da simulação histórica, com base num histórico de preços de um ano, um período de tempo de um dia e um intervalo de confiança de 99%. Têm sido realizados back tests ao modelo com resultados satisfatórios. Para o ano de 2011, o VaR médio diário foi de € 2.61 milhões (uma subida em relação aos € 1,47 milhões de 2010), o que corresponde a 1,01% dos fundos próprios de base (0,50% em 2010). O VaR médio diário relativo ao risco cambial foi de € 0,61 milhões (€0,96 milhões em 2010) e para o risco de taxa de juro foi de € 2,32 milhões (€ 1,08 milhões em 2010). Exposição ao risco de taxa de juro A exposição às variações das taxas de juro é objecto de cuidadosa e permanente análise. Para os activos do Financiamento ao Consumo estabeleceu-se como princípio orientador a cobertura deste tipo de risco, sendo a mesma assegurada através da contratação de swaps de taxa de juro que permitem o matching das maturidades e prazos de refixação médios das taxas desses activos com os que resultam dos passivos das operações de titularização correspondentes. Exposição ao risco cambial É norma da Sofinloc operar exclusivamente em activos e passivos denominados em euros. Como tal, não se encontra exposta ao risco cambial. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 48 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 Risco de liquidez O risco de liquidez define-se como a possibilidade de uma instituição vir a ser incapaz de satisfazer as responsabilidades exigidas nas datas devidas, devido a uma incapacidade de liquidar activos, obter financiamento ou refinanciar passivos em condições adequadas. A gestão do risco de liquidez é feita de forma global (Grupo), centralizada (Departamento de Tesouraria e Departamento de Risco/ALM), dentro de limites pré-definidos e de acordo com duas vertentes distintas: i) gestão de fluxos de caixa, existindo um sistema de controlo de cash-flows que permite o apuramento e o controlo diário dos saldos de Tesouraria num horizonte temporal alargado e a manutenção de excesso de liquidez que assegure o normal funcionamento do Grupo mesmo em cenários mais adversos; ii) gestão de balanço, de forma a manter os principais indicadores de liquidez dentro dos limites pré-definidos pelo Comité Financeiro. O Departamento de Tesouraria assume o controlo da gestão dos fluxos de caixa, fazendo um reporte diário a pelo menos um membro da Comissão Executiva. O Departamento de Risco/ALM é responsável pela elaboração de todas as análises relativas à gestão do balanço do Grupo. O relatório é apresentado mensalmente ao Comité Financeiro, que é responsável pela definição de toda a estratégia de liquidez do Grupo, bem como pela adopção de medidas de gestão correctivas sempre que os limites estipulados não sejam cumpridos. No que se refere especificamente á actividade de Financiamento ao Consumo, tem-se optado pelo financiamento back-to-back através de operações de securitização, as quais representavam no final do exercício aproximadamente 80% do valor total desses activos. Relativamente aos demais instrumentos de passivo utilizados, a estratégia assenta na diversificação de fontes de financiamento, quer em termos de contrapartes, quer em termos do tipo de operações, havendo a preocupação de respeitar determinados rácios máximos de concentração nos maiores contrapartes. Uma análise sumária da exposição dos portfolios de investimento da Sofinloc por prazos residuais de maturidade é apresentada como segue: milhares EUR 31 de Dezembro de 2011 Caixa e bancos Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Recursos de instituições de crédito Passivos financeiros associados a activos transferidos Passivos subordinados SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 Notas 12 13 14 15 22 23 26 Valor de balanço Até 3 meses de 3 a 12 meses de 1 a 5 anos mais de 5 anos Indeter minado 6.340 10.429 138.047 185.007 6.340 58 138.047 1.293 10.727 125.163 10.371 42.802 5.022 339.823 145.738 10.727 125.163 53.173 5.022 5.492 157.936 - 5.492 931 - 9.180 - 121.537 - 25.864 - 424 - 163.428 6.423 9.180 121.537 25.864 424 - 49 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 milhares EUR Notas 31 de Dezembro de 2010 Caixa e bancos Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Recursos de instituições de crédito Passivos financeiros associados a activos transferidos Passivos subordinados 12 13 14 15 22 23 26 Valor de balanço Até 3 meses de 3 a 12 meses de 1 a 5 anos mais de 5 anos Indeter minado 9.276 56.745 102.712 659.694 9.276 1.623 90.712 3.978 32.272 12.000 450.913 55.122 156.073 16.458 828.427 105.589 32.272 462.913 211.195 16.458 13.768 575.316 20.008 472 2.309 8 29.726 - 411.700 - 123.779 20.000 13.296 7.802 - 609.092 2.789 29.726 411.700 143.779 21.097 Risco operacional O Risco Operacional define-se como o risco de perda resultante de processos internos inadequados, falhas humanas ou de sistemas informáticos, ou de factores externos. A gestão do Risco Operacional tem sido desde sempre uma preocupação do Grupo Finantia, o qual tem desenvolvido uma política de elaboração sistemática de manuais operativos e de responsabilização dos gestores de cada área pelo cumprimento das normas e procedimentos definidos, tendo com objectivo a mitigação deste tipo de risco. Consciente das melhores práticas de mercado, o Grupo tem vindo a intensificar esforços no sentido da implementação de métodos de medição e controle do risco, mais avançados e eficazes, mantendo o processo de levantamento de todos os tipos de risco a que poderá estar sujeito (loss event register e risk control self assessment). De uma forma global, existe uma preocupação de identificação e análise ex-ante dos problemas e riscos, com o objectivo de actuar preventivamente no controlo e mitigação dos mesmos. Isto é particularmente relevante na aprovação de novos produtos financeiros, que está sujeita à análise e respectivo parecer de equipas multidisciplinares transversais aos vários departamentos, bem como a diferentes níveis de autorização. De referir a existência de planos de contingência operacionais e de um Disaster Recovery Plan por forma a assegurar a continuidade do negócio mesmo em situações extremas. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 50 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 34. Gestão do capital Tendo em conta que por gestão de capital se compreende um conceito de maior amplitude que o da rubrica de “capital próprio” que figura no balanço, a Sofinloc estabelece os seguintes objectivos quanto a esta matéria: • Cumprir para com os requisitos de capital definidos pelos reguladores dos sectores bancários onde as diversas entidades da Sofinloc operam; • Assegurar que capacidade de continuidade da Sofinloc é continuamente tida em consideração de modo a que continue a ser dado retorno de investimento e benefícios aos accionistas; e • Manter uma sólida base de capital que apoie o desenvolvimento da sua actividade. O Banco de Portugal exige que cada entidade supervisionada: (a) detenha um nível mínimo de capital regulamentar no valor de € 17.5 milhões, e (b) mantenha um rácio de adequacidade de capital (proporção do total de capital regulamentar face ao total dos activos ponderados pelo risco) igual ou superior ao limite de 8% aprovado, com excepção das entidades que satisfaçam as condições previstas no n.º 1 do artigo 4º do decreto-lei n.º 104/2007. Ao abrigo desta excepção, a Sofinloc encontra-se autorizada pelo Banco de Portugal a apresentar um rácio de solvabilidade igual ou superior ao limite de 6%. O quadro abaixo apresenta a composição do capital regulamentar e dos rácios da Sofinloc para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, tendo a Sofinloc cumprido com todos os requisitos de capital estabelecidos externamente, e aos quais se encontra sujeita. milhões EUR Total do Capital próprio Instrumentos de dívida subordinada Outros acréscimos / (deduções) Total dos fundos próprios Activos ponderados pelo risco Rácio Tier I (%) Rácio de solvabilidade (%) SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 31.12.2011 31.12.2010 40,9 100,0 - 20,0 (18,7) (41,3) 22,2 78,7 229,2 630,5 17,8 15,8 9,7 12,5 - 51 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 35. Justo valor de activos e passivos financeiros registados ao custo amortizado O quadro abaixo apresentado resume os valores de balanço e justos valores dos activos e passivos financeiros não reconhecidos pelo seu justo valor no balanço da Sofinloc: 2011 milhares EUR Valor de balanço 2010 Justo valor Valor de balanço Justo valor Caixa e bancos Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes 6.340 138.047 185.007 6.340 138.047 183.522 9.276 102.712 659.694 9.276 102.712 668.837 Recursos de instituições de crédito Passivos financeiros associados a activos transferidos Responsabilidades representadas por títulos Passivos subordinados 5.492 157.936 130.855 5.492 157.936 130.855 - - 13.768 575.316 100.556 20.008 13.768 575.316 100.556 20.008 O justo valor tem como base os preços de cotação de mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Os principais métodos e pressupostos usados na estimativa do justo valor dos activos e passivos financeiros reconhecidos ao custo amortizado são como segue: Caixa e bancos e aplicações em instituições de crédito: Considerando aos prazos curtos associados a estes instrumentos financeiros, considera-se que o seu valor de balanço é uma estimativa razoável do respectivo justo valor. Crédito a clientes: O justo valor do crédito a clientes é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros, considerando que as prestações são pagas nas datas contratualmente definidas. Recursos de instituições de crédito e Passivos financeiros associados a activos transferidos: Para os recursos de instituições de crédito que apresentam prazos curtos, considera-se que o seu valor de balanço é uma estimativa razoável do respectivo justo valor. Para os recursos de instituições de crédito de médio e longo prazo o seu justo valor é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros, considerando que as prestações são pagas nas datas contratualmente definidas. Responsabilidades representadas por títulos e Passivos subordinados Para os instrumentos onde se adopta a contabilidade de cobertura, o seu justo valor já se encontra reflectido nas demonstrações financeiras. Para os instrumentos remanescentes, o justo valor é baseado em cotações de mercado quando disponíveis, caso não existam é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e juros no futuro para estes instrumentos. SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 - 52 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 Hierarquia do justo valor O IFRS 7 determina que uma entidade deve classificar as mensurações do justo valor baseando-se numa hierarquia do justo valor que reflicta o significado dos inputs utilizados na mensuração, tendo em consideração se esses inputs são observáveis ou não-observáveis. Nessa base, a hierarquia do justo valor apresenta os seguintes níveis: • Nível 1 - preços cotados (não ajustados) em mercados activos para activos ou passivos idênticos; • Nível 2 - inputs diferentes dos preços cotados incluídos no Nível 1 que sejam observáveis no mercado para o activo ou passivo, quer directamente (i.e., como preços) quer indirectamente (i.e., derivados dos preços); e • Nível 3 - inputs para o activo ou passivo que não se baseiem em dados de mercado observáveis (inputs não observáveis). Os activos e passivos mensurados ao justo valor traduzem-se nos activos financeiros disponíveis para venda (ver Nota 13) e o nível na hierarquia do justo valor no qual são categorizados é o nível 2, uma vez que se tratam de títulos não cotados. 36. Reporte por segmentos Dada a natureza da sua actividade e dos seus clientes a Sofinloc centra-se num único segmento de negócio, o Crédito ao Consumo. Em termos geográficos a sua actividade encontra-se desde o exercício de 2011 dividida entre Portugal e Espanha, por via da sua Sucursal, e pode ser analisado como segue: 31.12.2011 milhares EUR Portugal Rédito Activo líquido Investimentos em activos tangíveis Investimentos em activos intangíveis SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 Espanha Total 51.939 14.477 66.416 236.478 115.520 351.998 77 79 156 - - - - 53 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2011 37. Cisão / Fusão No âmbito de uma reestruturação mais alargada do Grupo Banco Finantia que visa (i) concentrar as actividades do Grupo por áreas de negócio, por forma a reduzir as estruturas de custos e (ii) obter sinergias, permitindo oferecer produtos competitivos e com qualidade, com efeitos a 1 de Outubro de 2011, foram destacadas por cisão, da Sofinloc, as unidades de negócio de concessão de crédito automóvel e de mediação de seguros para incorporação por fusão no Banco Finantia. Os activos e passivos destacados podem ser analisados como segue: milhares EUR Activo Caixa e bancos Activos financeiros disponíveis para venda Crédito a clientes Outros activos Total de Activo 3.992 25.429 255.965 7.316 292.702 Passivo Passivos financeiros associados a activos transferidos Provisões Passivos subordinados Outros passivos Total de Passivo SOFINLOC – RELATÓRIO E CONTAS 2011 203.190 3.678 20.000 5.834 232.702 - 54 -