Ademar de Barros

Transcrição

Ademar de Barros
Índice
Ademar de Barros .......................................... 6
Agatha Christie ............................................... 8
Albert Sabin .................................................. 10
Burt Lancaster............................................... 11
Carlos Drummond de Andrade ................. 12
Carmem Miranda ......................................... 13
Chacrinha.......................................................15
Elvis Presley .................................................. 17
Erico Veríssimo ............................................ 19
Federico Fellini ............................................. 20
Flávio Cavalcanti ..........................................21
Frank Sinatra ................................................. 22
General Costa e Silva ................................... 24
Grande Otelo ................................................ 25
Jardel Filho ....................................................26
João Figueiredo.............................................27
João Goulart .................................................. 28
João Paulo I ................................................... 29
Jorge Amado .................................................30
Josef von Sternberg .....................................32
Louis Armstrong ..........................................33
Luis Eduardo Magalhães ............................. 35
Lyndon Johnson ........................................... 36
Nelson Gonçalves ........................................ 37
Nelson Rodrigues ......................................... 38
Paulo Francis ................................................. 39
Piolin .............................................................. 40
Pixinguinha....................................................41
Procópio Ferreira ......................................... 42
Salvador Dali .................................................43
Sergei Eisenstein ..........................................44
Stanislaw Ponte Preta .................................. 45
Walter Clark ................................................... 46
Walter Matthau .............................................47
Apêndice
Adolpho Bloch .............................................48
Assis Chateaubriand .................................... 49
Dwight Eisenhower ..................................... 51
Florence Griffith Joyner ............................. 52
Tom Jobim ....................................................53
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(1901-1969)
Governador de São Paulo
Filho de grandes fazendeiros da cidade de São Manoel,
interior de São Paulo, Ademar Pereira de Barros nasceu em
Piracicaba, também no interior paulista, no dia 22 de abril de
1901. A política parece que corria no sangue da família. Seus
irmãos também exerceram cargos políticos. Antônio Emídio
de Barros Filho foi suplente do Senador Lino de Matos, em
1956, e Geraldo Pereira de Barros Deputado Federal de 1963 a
1967, ambos pelo Partido Social Progressista (PSP).
Formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, em 1923, e logo
viajou para a Alemanha onde permaneceu por quatro anos, estudando na Universidade Popular de Berlim. De volta ao País, fixou residência no Rio de Janeiro e trabalhou no Instituto
Oswaldo Cruz até julho de 1932, quando explodiu a Revolução Constitucionalista de São
Paulo. Com a derrota do movimento, exilou-se no Paraguai e depois na Argentina, estreitando
relações com os líderes da Revolução de 1932, que se rearticulavam contra o governo provisório de Getúlio Vargas.
Retornou ao Brasil e filiou-se ao Partido Republicano Paulista (PRP) e, em 1934, foi indicado para concorrer a uma vaga na Assembléia Constituinte de São Paulo. Mesmo encontrando
resistência de opositores da família Barros em São Manoel, foi eleito. Participou da elaboração
da Constituição de São Paulo e permaneceu como Deputado Estadual, adotando uma posição
contrária à de Getúlio Vargas. Em 1936, afastou-se para articular sua candidatura à presidência
da república nas eleições previstas para 1938. Mas um golpe militar, comandado por Vargas,
em 1937, implantou o Estado Novo, cancelando as eleições e suprimindo os partidos políticos. Ademar de Barros, então, perdeu seu mandato como Deputado, mas acabou sendo escolhido por Getúlio Vargas como interventor de São Paulo.
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Reprodução
Ademar de Barros
Em 1941, diante de uma série de acusações sobre desvio de dinheiro público, Vargas decidiu
substituir Ademar de Barros por Fernando Costa, ministro da Agricultura. Ademar, então,
ingressou na União Democrática Nacional (UDN) visando às eleições de 1945. Percebendo
que a UDN não lhe daria sustentação para concorrer ao governo do estado, Ademar de Barros
funda o Partido Republicano Progressista (PRP), lança candidatura para as eleições de 1947 e
elege-se para o período de 1948 a 1951. Lança-se, mais uma vez, à presidência da república e
termina as eleições em terceiro lugar, perdendo para Jânio Quadros.
Decidido a enfraquecer seu adversário, Jânio consegue com que Ademar seja condenado em
um processo sobre a compra irregular de automóveis Chevrolet na época em que era governador. Ademar consegue fugir para o Paraguai, depois seguindo para Bolívia, onde permaneceu até
1956, quando o Supremo Tribunal Federal lhe concedeu habeas corpus. De volta ao País, em 1957,
elegeu-se prefeito de São Paulo e utilizou sua administração para fundamentar bases para concorrer às eleições presidenciais de 1960. Foi derrotado, mais uma vez, por Jânio Quadros.
Foi eleito, então, em 1962, para seu segundo mandato como Governador de São Paulo.
Começava mais uma tentativa de consolidar seu nome para as eleições presidenciais de 1965,
mas seus sonhos acabaram diante do golpe militar de 1964. A partir de então, Ademar exerceu
uma série de atividades empresariais.
Em fevereiro de 1970, a Veja publicou uma matéria sobre o roubo de um cofre que pertencia a
Ademar e que estava em poder de uma amiga, chamada Ana Benchimol Capriglioni, no Rio de
Janeiro, a qual ele se referia como “Dr. Rui”. O roubo rendeu à organização Vanguarda Popular
Revolucionária (VRP) cerca de US$ 2,5 milhões. O político negou que o cofre fosse seu.
Ademar de Barros faleceu em Paris, no dia 12 de março de 1979, vítima de um ataque do coração.
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(1890-1976)
Escritora
Agatha May Clarissa Miller, nascida em 15 de setembro de 1890,
em Torquay, Inglaterra, tinha o sonho de se tornar cantora lírica.
Mas a falta de voz aliada à timidez e a pouca disciplina fizeram-na
desistir cedo desse sonho. Como passatempo na adolescência,
passou a escrever contos, sempre incentivada por sua mãe.
Quando seu marido, que lhe deu o sobrenome que a tornaria
conhecida, Coronel Archibald Christie, foi convocado para lutar
na Primeira Guerra Mundial, Agatha Christie alistou-se como
voluntária da Cruz Vermelha. Foi neste período que aprendeu sobre venenos e inspirou-se nos
muitos refugiados políticos belgas que se instalaram na Inglaterra para compor um de seus mais
famosos personagens: o detetive Hercule Poirot.
Apesar de seus livros serem recheados de assassinatos e doses de veneno, Agatha Christie
costumava imaginar suas histórias enquanto passeava pelos jardins de sua casa ou tomava chá.
Seu primeiro livro, O Misterioso Caso de Styles, foi escrito em 1915, depois que sua irmã lhe desafiou
a elaborar uma história policial onde não fosse possível descobrir o criminoso antes do final. Foi
este estilo que a consagrou e a tornou conhecida como a “Rainha do Crime”. Mas o livro só seria
publicada cinco anos mais tarde, em 1920, pois até então havia sido rejeitado por vários editores.
Do casamento com o Coronel, nasceu Rosalind, sua única filha. Mas a união durou apenas 12
anos. Divorciada, planejou uma viagem de descanso pelo Oriente Médio, onde acabou conhecendo o arqueólogo Max Mallowan, com quem casou-se em 1930 e viveu por quase cinqüenta
anos. Alguns de seus livros como Morte na Mesopotâmia, Morte no Nilo e Assassinato no Expresso do
Oriente, foram inspirados nas expedições arqueológicas de seu marido, que ela acompanhava.
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Reprodução
Agatha Christie
Recebeu inúmeras homenagens em sua vida. As mais marcantes foram a Ordem de Dame
Commander do Império Britânico, concedida pela Família Real Britânica, em 1971, quando
passou a ser chamada de Dame Agatha, e sua réplica no Museu de Cera Madame Tussaud.
Seu estrondoso sucesso mereceu dois verbetes no Guinness Records como a mais longa
temporada ininterrupta de uma peça de teatro e como autora com livros mais vendidos. A
peça The Mousetrap (A Ratoeira) estreou em 25 de novembro de 1952 e ainda está em cartaz,
em Londres. Até outubro de 2000, quando entrou para o Guinness, já havia sido apresentada
19.907 vezes, assistida por mais de 10 milhões de espectadores, faturado mais de US$ 33,3
milhões e, em sua longa temporada, foi encenada por mais de 340 atores.
O outro registro no Guinness se deve à estrondosa venda de seus mistérios. Seus livros ultrapassaram dois bilhões de cópias vendidas – um bilhão em inglês e um bilhão traduzidos em mais
de 45 idiomas. Apenas a Bíblia e as obras de William Shakespeare foram mais traduzidas.
Preocupada com a qualidade de sua obra, Agatha Christie quis evitar que seus personagens
protagonizassem novas histórias, mesmo depois de sua morte. Para tanto, em 1940, escreveu Cai o Pano,
onde seu mais famoso personagem, Hercule Poirot, morria vitimado por uma trombose coronária.
A carreira de sucesso do personagem foi tamanha que, na data de sua morte, o jornal norteamericano The New York Times dedicou uma página de seu obituário ao lendário detetive, e o
inglês Daily Telegraph, um editorial em sua homenagem.
O livro só foi publicado em 1975, quando a autora, já com 85 anos de idade, parecia pressentir a proximidade de seu fim. Meses depois, Dame Agatha morre do coração. Ironia do
destino?
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