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Ano 23 – Nº 164 Julho/Agosto de 2010 Quer ser sócio? A BM&F B OVESPA apresentou em Agosto sua nova campanha para popularização do mercado de capitais “Quer ser Sócio?”. O evento, realizado no Espaço da Bolsa, contou com a participação de representantes de Corretoras; do diretor presidente, Edemir Pinto; ex-presidente Eduardo Rocha Azevedo; do presidente da Ancor, Manoel Félix Cintra Neto, e do Pelé –, que acionaram a campainha, que simboliza o início do Pregão. As peças da campanha destacam a trajetória esportiva de sucesso do ex-jogador de futebol para ilustrar alguns dos principais conceitos do investimento em ações. A campanha faz parte da estratégia da Bolsa para atingir a meta de ter 5 milhões de investidores até 2015. A veiculação dos anúncios inicialmente contemplará as cidades de Belo Horizonte, Campinas e Curitiba, abrangendo TV, rádio, jornais e cinema. O conceito da campanha é educativo. Parte do princípio de que uma ação é um pedacinho de uma empresa e quem a adquire se torna sócio dela. Nesse ponto, entra em cena a carreira esportiva de Pelé, com situações de alta e baixa, para ilustrar o desempenho de uma empresa ao longo do tempo. Em 1958, Pelé estreou como campeão em sua primeira Copa do Mundo. Em 1962, machucou-se e não disputou a final que deu o bicampeonato ao Brasil. Em 1966, na primeira fase da Copa, contundiu-se novamente. Por fim, em 1970, no México, conquistou, em campo, o título de campeão e, posteriormente, foi considerado o Atleta do Século. Dessa forma, uma pessoa que tivesse tornado-se sócia da “Pelé S.A”, no início da carreira do jogador, teria participado de suas conquistas ao longo do tempo, assim como ocorre com o investimento em ações de uma empresa no longo prazo. Também fazem parte da campanha vídeos exclusivos que mostram, de forma simples e interessante, o que são ações, como investir, quais são os fatores de risco desse tipo de investimento e a importância de conhecer a empresa da qual se deseja ser sócio. Além da campanha, a BM&FBOVESPA pretende premiar o investidor de longo prazo. Para isso, lançará o “Fica mais” - um plano de bonificação para quem permanecer com uma ação por um longo período em custódia. Como nos programas de milhagens das companhias aéreas, o aplicador acumulará pontos, que serão trocados por prêmios a cada trimestre e semestre, explicou Edemir Pinto. “Serão distribuídos prêmios em dinheiro, computadores, viagens”. Ano 23 – Nº 164 – Julho/Agosto de 2010 Lei muda regras em Wall Street e na economia 2 Desde operações com cartões de crédito e débito até as envolvendo derivativos serão mais rigorosamente reguladas. Numa cerimônia solene, o presidente Barack Obama aprovou a nova proposta de reforma Dodd-Frank e deu início a uma das mais profundas mudanças desde a Grande Depressão na maneira pela qual o governo regula a indústria financeira. A proposta foi batizada em homenagem ao deputado democrata Barney Frank, de Massachusetts, e ao senador democrata Chris Dodd, de Connecticut, presidentes das principais comissões do Congresso. Eis um resumo do que muda com a lei: Cartão de débito - Antes: Bancos cobravam dos varejistas uma comissão quando um de seus correntistas usava o cartão de débito. - Agora: O Gabinete de Proteção Financeira ao Consumidor, (CFPB) nova agência do governo subordinada ao Federal Reserve e encarregada de supervisionar os empréstimos, terá poder de limitar as comissões cobradas por bancos com ativos superiores a US$ 10 bilhões. Hipotecas - Antes: Para obter um empréstimo, não era preciso provar capacidade de honrar a dívida. - Agora: Credor deve exigir provas da capacidade do solicitante de honrar a dívida. Ele precisa comprovar renda. Hipotecas com juros ajustáveis exigem que o credor revele até que ponto os juros podem aumentar. Adiantamento salarial - Antes: Esses empréstimos de juros altos (de 15% a 30% por duas semanas) oferecidos principalmente para a baixa renda por lojas e sites, eram regulados pela legislação estadual. - Agora: Empréstimos passam a ser regulados no nível federal pelo CFPB. Se o órgão decidir limitar a taxa anual, os bancos não poderão burlar a regra. Financiamento de veículos - Antes: Práticas predatórias de concessão de empréstimos se tornaram um problema para os compradores, que se vêem obrigados a assinar “contratos condicionais”. - Agora: O financiamento de veículos não será submetido ao CFPB. Os revendedores de automóveis foram “poupados” pela reforma porque se concluiu que tais financiamentos em nada influenciaram a crise de 2008. Remuneração dos executivos - Antes: A direção das empresas públicas determina a remuneração do seu diretor executivo e dos principais executivos. Tais salários costumam refletir o desempenho da empresa, mas certos estímulos podem incentivar apostas muito arriscadas e oferecer grandes recompensas mesmo que a empresa quebre e os executivos sejam demitidos. - Agora: Acionistas podem determinar a remuneração dos executivos por meio de votos não-vinculantes. O Fed pode definir padrões para políticas de remuneração de executivos consideradas “inseguras e insensatas”. Fundos Hedge/Private Equity - Antes: Os Fundos de Hedge não são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC), e somente “investidores autorizados”, definidos como instituições financeiras ou indivíduos com renda anual de US$ 200 mil ou patrimônio líquido de US$ 1,5 milhão podem investir em fundos de hedge. - Agora: Fundos de Hedge e private equity de volume superior a US$ 150 milhões serão regulados pela SEC. Derivativos - Antes: Os derivativos, apostas no preço futuro de bens ou ativos, são usados como forma de proteção contra mudanças futuras nos preços. Os bancos lançam e comercializam tais derivativos, também conhecidos como swaps. - Agora: Bancos podem negociar swaps de juros, swaps de moeda estrangeira e swaps de ouro e prata, mas devem separar os derivativos mais arriscados, como de energia e “equity swaps”. No lançamento de derivativos os bancos devem reter participação de 5% no risco do instrumento. Os reguladores têm um ano para implementar as mudanças. Agências de classificação - Antes: Avaliam o risco no pagamento de dívidas. Standard & Poor”s, Moody”s e Fitch são as três maiores dos EUA. - Agora: Principais mudanças devem ser anunciadas posteriormente. A SEC tem poder de cancelar o registro caso haja grande número de classificações equivocadas. Antes protegidas pela liberdade de expressão, a reforma expôs as agências a medidas legais por comportamento “negligente e deliberado”. Ano 23 – Nº 164 – Julho/Agosto de 2010 Reunião Ancor-BVMF define projetos em desenvolvimento Na reunião Ancor-BVMF, realizada em Julho/2010, foram debatidos aspectos de Projetos em Desenvolvimento, Riscos Tecnológicos, e Custos Operacionais. Na ampliação da base de investidores foram analisados: Varejo - campanha de popularização do Mercado de Capitais; Internacionalização - Brazil East Invest (Chi-X); DMA 2, 3 e 4 para segmento Bovespa. A diversificação de produtos e modalidades operacionais abrangeu: Programa de BDRs não-patrocinados; Programa de Market Makers; Novos ETFs; Futuro de Ibovespa x futuro de S&P 500. A tecnologia e infra-estrutura de suporte debateu: Nova plataforma de negociação BVMF-CME; Novos data-centers principal e secundário; ampliação da capacidade de processamento e telas de negociação. Na campanha de popularização há iniciativas voltadas para públicos variados como: ✓ Público geral - campanha Educativa em Mídia de Massa (TV, revistas, rádios); TV Educação Financeira; Rádio WEB; Cursos online; Simulação; ✓ Público feminino - Canal de rádio para o website Mulheres em Ação; Ciclo de palestras presenciais; ✓ Público jovem - Desafio BM&FBOVESPA; Dinheiro no Bolso; Patrocínio à Estratégia Nacional de Educação Financeira - ENEF; ✓ Público infantil - Turma da Bolsa e Turma da Bolsa na Escola Na atração de investidores internacionais estão: - Parceria entre BVMF e Chi-X para desenvolvimento de tecnologia que permitirá a negociação de ações brasileiras em moeda estrangeira; - Chi-X: subsidiária da Instinet, brokerdealer norte-americano precursor da negociação eletrônica, operadora de sistemas de negociação na Europa e Canadá; - Público-alvo: investidores estrangeiros, de varejo e institucionais, via sistemas internacionais de home-broker; - Desburocratização do processo de cadastro do investidor estrangeiro no Brasil: proposta elaborada pela BVMF está sendo revisada pelos demais integrantes do BEST (Anbima, Cetip, Febraban); Na questão de Custos Operacionais das Corretoras, foram analisados os custos pagos à BVMF: Pacote Tecnológico Básico; Faixa de Ofertas/Minuto; Portas de Acesso Bovespa e BM&F; Market Data HomeBroker; Sinacor; Estações MegaBolsa; GTS (GLWIN). A BVMF deseja reduzir em média 30% dos custos fixos para as Corretoras em todos esses itens. Certificação de Agentes Autônomos de Investimento Foram 1.461 os profissionais que se inscreveram pra os dois exames de Certificação On-Line promovidos pela Ancor, em Março e em Julho/2010. Os resultados mostrados no quadro ao lado e o percentual de habilitação dão uma idéia do grau de dificuldade das provas. Exames de Certificação On-Line Exames Total Inscritos Total Presentes Habilitados Percentual Editor: Antonio Tofaneto – Programação Visual: J.T.Ribeiro Coordenação Editorial e Gráfica: Tofapress Communications Fone: (0xx11) 5585-3550 – E-mail: [email protected] 31/03/10 12/07/10 Total 716 657 295 44,9% 745 686 376 54,8% 1.461 1.343 671 49,9% 3 Ano 23 – Nº 164 – Julho/Agosto de 2010 Fórum discute o trabalho das Ouvidorias Corretores, BM&FBOVESPA, CVM e Banco Central se reuniram no início de Agosto para discutir o trabalho dos ouvidores, responsáveis por receber as reclamações dos investidores nas corretoras. O Primeiro Fórum das Ouvidorias do Mercado de Capitais analisou uma atividade relativamente nova, criada há praticamente dois anos, diz Izalco Sardenberg, ombudsman da BM&FBOVESPA. O Banco Central regulamentou os ouvidores pela Resolução 3.477, de 2007, mas as estruturas só começaram a ser montadas em 2008. Em 2010, houve nova alteração, pela Resolução 3.849. “Queremos identificar os problemas comuns dessas Ouvidorias recém-criadas”. Um dos pontos discutidos foi o custo dos serviços de Ouvidoria para as pequenas corretoras e a permissão dada pelo BC na Resolução 3.849 para que usem serviços de terceiros para isso. Entidades de classe como a Ancor - Associação Nacional das Corretoras e a própria BM&FBOVESPA podem oferecer Ouvidoria para instituições menores. Há seis meses no cargo de ombudsman, Sardenberg diz que o maior número de reclamações dos investidores se refere a problemas com execução de ordens de compra e venda pelas corretoras. A seguir vêm os problemas com home broker, incluindo lentidão e problemas de funcionamento. E por último a transferência de custódia de uma corretora para outra. Nesse ponto, o problema está sendo resolvido pelo programa de qualidade da bolsa, que deverá estabelecer um prazo para que a corretora transfira a custódia para a nova instituição do cliente. Conta no BC reduz custo de corretora 4 Desde 2009, as instituições não-financeiras como Corretoras e Distribuidoras ganharam a permissão do Banco Central para acessar diretamente o Sistema de Pagamentos do Brasil (SPB) e fazer a liquidação financeira de suas operações. Apesar da autorização, apenas sete instituições menores operam regularmente, ante mais de uma centena de bancos. Outras quatro instituições não-bancárias estão em fase de teste. Mas a perspectiva é de maior mobilização, sobretudo das Corretoras, que tiveram o acesso ao BC facilitado por uma atualização tecnológica do Sistema Integrado de Administração de Corretoras (Sinacor), da BM&FBOVESPA. Mais de 90% das corretoras do País estão ligadas a esse sistema. “O Sinacor+ é um sistema de controle de operações e posições dos clientes que passou por uma atualização tecnológica. Essa nova versão está disponível desde Março mas, no final de Junho, foi ativada a funcionalidade que integra o sistema ao SPB e é denominada SPB/X”, explica Lysias Rodrigues Alves Teixeira, diretor de TI-Serviços Externos da BM&FBOVESPA. Ao fazer essa atualização tecnológica, a Bolsa aproveitou para atender a um pleito da Ancor por um instrumento de acesso direto ao SPB. A Corretora Souza Barros foi a primeira usuária que acessou diretamente o BC em Abril/2010. Segundo o diretor Eduardo Lobo Fonseca, a corretora ainda está trabalhando a 50% da possibilidade no SPB, mas os custos já são 20% inferiores ao que seriam se estivesse pagando bancos pela prestação de serviços. “O acesso direto às contas no BC dá mais garantia e permite prestar um serviço melhor ao cliente. Há uma dinâmica melhor dos negócios”, afirma. Ano 23 – Nº 164 – Julho/Agosto de 2010 Lerosa e Isoldi unem operações Duas tradicionais corretoras de valores, a Lerosa e a Isoldi, uniram suas operações que eram geridas por famílias tradicionais do mercado. A família Isoldi atua no mercado desde 1930, inicialmente como representante da então Bolsa Oficial de Valores de São Paulo. Com a criação da Bovespa, tornou-se corretora em 1967 e com presença forte no Sul do país por meio de um escritório em Florianópolis. Já a Lerosa, que deve assumir o comando das operações depois da união, começou também como representante da Bolsa no início dos anos 60 e foi transformada em corretora em 1968 e é comandada por João Roberto Lerosa Filho, herdeiro do fundador. Lerosa Filho tem planos ambiciosos. Além da associação com a Isoldi, promoveu uma grande reestruturação na empresa da família; transferiu a sede do tradicional centro da cidade para a efervescente Avenida Juscelino Kubitschek. Também investiu na diversificação de atividades, com a criação de uma gestora de recursos, a Lerosa Investimentos, que pretende atuar no Brasil e no Exterior; tem ainda uma empresa de viagens, a Lerosa Passagens e Turismo. Para corretores do setor intermediador, a movimentação segue a tendência de maior profissionalização e concentração das Corretoras a partir da entrada de grandes competidores locais e estrangeiros. Com a desmutualização da Bolsa, que financiava muitas das atividades das corretoras, várias despesas pesadas, como tecnologia e marketing, passaram a ser assumidas pelas empresas, que se tornaram pouco lucrativas. O processo de ajuste só não é mais agressivo porque, com a venda das ações da Bovespa e da BM&F, os corretores ficaram capitalizados. Alguns estão investindo no negócio, modernizando sistemas, estruturas, para tentar ganhar mercado e se estabilizar; outros preferiram transferir suas operações, ou foram alienadas. CVM eleita para comitê da Iosco A CVM - Comissão de Valores Mobiliários foi eleita para integrar o Comitê Executivo da Iosco - Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários para um mandato de dois anos. A entidade reúne as principais autoridades reguladoras de mercados do mundo. A escolha ocorreu em votação no início do mês, durante conferência anual da Iosco, em Montreal, no Canadá. A CVM se candidatou a uma das nove vagas preenchidas por votação dos membros do Comitê de Presidentes da organização, e foi o único representante da América Latina eleito na votação. Esse comitê terá entre suas atribuições a análise final e a preparação das recomendações para adotar a nova estrutura organizacional da entidade. Em nota, a CVM afirmou que sua indicação para membro da entidade representa o reconhecimento da importância que o mercado de capitais brasileiro vem adquirindo nos últimos anos. O Comitê Executivo da Iosco tem a função de supervisionar as operações e tomar as decisões necessárias para que os objetivos da entidade sejam alcançados. Criada em 1983, a Iosco conta com cerca de 130 membros de mais de 80 países, que são responsáveis pela quase totalidade da capitalização do mercado de valores mobiliários mundial. A organização tornou-se o principal fórum internacional para as autoridades reguladoras dos mercados de valores e de futuros. 5 Ano 23 – Nº 164 – Julho/Agosto de 2010 Cadastro único do investidor A Ancor em parceria com a C&M Software está desenvolvendo estudos para a implantação do cadastro único do investidor. O projeto INVID fará a validação e qualificação do cadastro no “Back-Office Ancor” que deverá contar com uma equipe especializada no tratamento dos cadastros enviados para a análise. Ela será a responsável pela operacionalização dos cadastros e documentos, e pela aplicação e avaliação dos padrões de segurança. A parceria prevê: ✓ C&M Software, responsável pelos aspectos técnicos do sistema, hospedagem e operacionalização do mesmo em regime 7x24x365 no seu site principal e back-up; ✓ Ancor, responsável pela comercialização, representação do setor, relaciona- mento e conhecimento aos reguladores; Segundo dirigentes da Ancor e da BM&FBOVESPA, o Cadastro Único do Investidor será da maior relevância para as seguintes ações que envolvem o fortalecimento do mercado de intermediação: 1) Campanha de popularização de investidores; 2) Migração dos poupadores em investidores; 3) Automatização e uniformização do mercado; 4)Aceleração do processo de cadastramento e atualização; 5) Segurança e Credibilidade; 6) Respeito integral às normas da CVM e demais reguladores; 7) Captação da Geração “Y”; 8) Redução dos custos operacionais do mercado; 9) Desoneração das atividades repetitivas; 10) Eliminação dos pontos fracos apontados nas auditorias; 11) Portabilidade. CVM regula atividade dos Analistas 6 A Instrução CVM nº 483 estabelece as regras aplicáveis aos Analistas de Valores Mobiliários e autoriza a Apimec a ser entidade credenciadora dos Analistas do Mercado de Capitais. Assim, o órgão continuará regulando e supervisionando os analistas, mas deixa de registrá-los, cabendo exclusivamente às entidades credenciadoras devidamente autorizadas pela CVM habilitar esses profissionais a exercer a atividade de análise. Também foi divulgada a Deliberação CVM nº 633, que tem por objeto a aprovação de exames para a comprovação de qualificação técnica no processo de credenciamento de analistas de valores mobiliários que diz: “Art. 1º As entidades credenciadoras de analista de valores mobiliários devem aceitar os seguintes exames na aferição da qualificação técnica dos candidatos a analistas: I - Exam 1 do Foundation Level do programa de certificação internacional para profissionais de investimentos organizado por quaisquer dos membros da ACIIA - Association of Certified Interna- tional Investment Analysts; II - Levels I e II do programa de certificação Chartered Financial Analyst organizado pelo CFA Institute; III - Series 86 do programa de qualificação de analistas organizado pela Financial Industry Regulatory Authority. Parágrafo único. Além da aprovação em qualquer dos exames mencionados nos incisos I a III, as entidades credenciadoras devem exigir a aprovação dos candidatos em exames que avaliem o conhecimento do mercado e da legislação nacional. O órgão regulador acredita que tais condições estarão implementadas e a entidade estará autorizada a credenciar analistas, nos termos do novo regime, até a data de início de vigência da norma, que entrará em vigor em Outubro de 2010. A CVM entende que a extinção do registro reduz os custos atualmente inerentes ao exercício das atividades relacionadas à análise de valores mobiliários, uma vez que o interessado passa a se dirigir somente a uma instituição para se habilitar ao exercício da atividade de análise. Ano 23 – Nº 164 – Julho/Agosto de 2010 Perfil do investidor Segundo dados da Bolsa, dos mais de 598 mil investidores com contas ativas, a maior parte têm entre 26 e 35 anos. É, no entanto, a faixa de investidores entre 18 e 24 anos que apresentou o maior crescimento em número de contas (Janeiro/2008 a Dezembro/2009); esse segmento registrou expansão no período de 2,9%. “O jovem está chegando com força total e, por isso, vamos ampliar a comunicação nas redes sociais como Twitter, Facebook, além de aplicativos para smartphone”, diz Verdi Monteiro, diretor de Fomento de Negócios da Bolsa. A fim de entender melhor quem são os 598 mil investidores em ações, a Bolsa encomendou uma pesquisa para a FGV - Fundação Getúlio Vargas. O resultado mostrou que mais da metade dos aplicadores com contas ativas têm volume e giro baixos e ingressaram no mercado acionário após 2007. Foram oito perfis identificados pelo levantamento. Os investidores com volume em custódia e giro alto (acima de R$ 1,5 milhão) estão nos perfis: 1) “A Bolsa é a sua Casa” - formado por investidores que ingressaram no mercado antes de 2007; representam 4,1% das atuais 598 mil contas de pessoas-físicas e 37,1% deles têm entre 50 e 65 anos. 2) “A Bolsa é sua Grande Aposta” onde o perfil dos investidores é semelhante ao anterior; chegaram ao mercado depois de 2007 e também representam 4,1%. 3) “A Bolsa é seu Longo Prazo” - composto por aplicadores que normalmente giram pouco a carteira, representam 8% do total e iniciaram seus investimentos antes de 2007. 4) “A Bolsa é seu Investimento Planejado”- enquadra aqueles que chegaram à Bolsa mais recentemente. Esse grupo soma 5,2 % dos investidores em ações. Aqueles com volume baixo, giro alto estão no perfil 5) “A Bolsa é seu Passatempo”, com fatia de 1,1% e nele estão os aplicadores há mais tempo no mercado acionário; e 6) “A Bolsa é seu Ganho Rápido” aqueles que recentemente ingressaram no mercado e representam 4,5 % dos investidores. Mas a grande maioria dos investidores (58,3%) com volume e giro baixos estão no perfil 7) “A Bolsa é sua Vacina Antimonotonia”. São novatos nessas aplicações com média de R$ 2,5 mil investidos em ações e giro mensal de R$ 800,00. A maioria deles (30,8%) tem entre 30 e 40 anos, mas 28,1% têm menos de 20 anos. O 8) “A Bolsa é seu Cofrinho” - composta por investidores em ações de antes de 2007, equivale a 14,7% das pessoas-físicas. Bolsa comemora 120 anos A B M&F B OVESPA comemorou, em Agosto, 120 anos de sua fundação no Espaço da Bolsa. Na ocasião, foi inaugurada exposição com 30 painéis que retratam as capas mais importantes do jornal O Estado de S. Paulo, desde a fundação da Bolsa Livre de São Paulo, em 23 de agosto de 1890, com destaque para as principais notícias relacionadas à Bolsa. Os acontecimentos escolhidos vão desde a Proclamação da República, em 1889, até a crise mundial de 2008; passam pela bolha do Encilhamento e a extinção temporária da Bolsa Livre de São Paulo; e englobam as duas Guerras Mundiais, a crise econômica americana de 1929, os embates do petróleo e o pânico de 1987 na Bolsa de Nova York. A economia e o mercado são citados com a criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o nascimento da BM&F, os planos Cruzado e Collor, a implantação do Real. Finalmente, vêem-se as repercussões do programa de popularização de investimento em ações “Bovespa Vai até você”, a criação do Novo Mercado, e o processo de fusão das duas Bolsas paulistas que fez surgir a BM&FBOVESPA. 7 Ano 23 – Nº 164 – Julho/Agosto de 2010 Expo Money - espaço só para mulheres 1.750 pessoas se inscreveram para a 8ª edição Expo Money, maior feira de finanças pessoais do País, de 23 a 25 de Setembro, no TransAmérica Expo Center, em São Paulo. Palestras, debates, stands de bancos, de empresas de capital aberto e de Corretoras de Valores são algumas das atividades programadas para os participantes durante os três dias de evento. Ela contará com novidades como o espaço ‘Money Mulher’, que terá como foco o público feminino. Em 2003, elas representavam apenas 17% do publico da feira. No ano passado, foram 35%. Outra novidade é o ‘Corretor Show Imobiliário e Financeiro’, com atividades voltadas ao aperfeiçoamento dos profissionais desse mercado. Para Robert Dannenberg, diretor da Expo Money, outra programação que deve fazer sucesso é a ‘Clinica Financeira’. O espaço reúne diversos especialistas em orçamento pessoal e auxilia a organizar suas finanças para que posteriormente ocorra a iniciação dos investimentos. “Lançamos esse espaço no ano passado. Atendemos mais de 350 pessoas e, neste ano, reforçamos o numero de especialistas para atendermos mais casos”. “A participação dos jovens sempre foi maioria, mas a cada ano é mais expressiva”, comenta Dannenberg. Novos Associados ■ Renascença DTVM Ltda. Diretoria: Sasa Markus, Waldir Antonio Muniz, Fábio Vinicius Muniz. Al. Santos, 1.940 – 12º andar – São Paulo, SP – CEP 01418-102 Telefone: (11) 3262-3100 – Fax: (11) 3141-1198 Site: www.dtvm.com.br - E-mail: renascenç[email protected] ■ SGA - Agentes Autônomos de Investimentos Sócios: Rubens Vieira Martins Futuro, Laércio Miguel Morato, Mauro Kioto Inone. Av. São Gabriel, 180 - 6º andar – São Paulo, SP – CEP 01435-000 Telefones: (11) 3056-1010 – Fax: (11) 2924-8701 E-mail: [email protected] ■ Marco Aurélio Aredes Bonilha Júnior Av. Dr. Epitácio Pessoa, 59 – apto. 15, Santos, SP – CEP 11045-301 Telefone: (13) 8114-4495 E-mail: [email protected] Novo endereço ■ Atrium S/A Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários comunica seu novo endereço: Rua Dr. Cardoso de Melo, 1.955 – 1º andar, Conj.11 – Vila Olímpia São Paulo, SP – CEP 04548-005. Telefone: (11) 3045-5266 - Fax. (11) 3045-8113 – E-mail: [email protected] Associação Nacional das Corretoras de Valores, Câmbio e Mercadorias ANCOR Rua Libero Badaró, 425 – 8º andar – CEP 01009-905 Tel.: (0xx11) 3242-6322 – Fax: (0xx11) 3107-4881 www.ancor.com.br – e-mail: [email protected]