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Ano 23 – Nº 164
Julho/Agosto de 2010
Quer ser sócio?
A BM&F B OVESPA apresentou em Agosto sua nova campanha para popularização do
mercado de capitais “Quer
ser Sócio?”. O evento, realizado no Espaço da Bolsa,
contou com a participação de
representantes de Corretoras;
do diretor presidente, Edemir
Pinto; ex-presidente Eduardo
Rocha Azevedo; do presidente
da Ancor, Manoel Félix Cintra
Neto, e do Pelé –, que acionaram a campainha, que simboliza o início do Pregão. As peças da campanha destacam a trajetória esportiva de
sucesso do ex-jogador de futebol para
ilustrar alguns dos principais conceitos do
investimento em ações.
A campanha faz parte da estratégia da
Bolsa para atingir a meta de ter 5 milhões
de investidores até 2015. A veiculação
dos anúncios inicialmente contemplará
as cidades de Belo Horizonte, Campinas
e Curitiba, abrangendo TV, rádio, jornais
e cinema.
O conceito da campanha é educativo.
Parte do princípio de que uma ação é um
pedacinho de uma empresa e quem a
adquire se torna sócio dela. Nesse ponto, entra em cena a carreira esportiva de
Pelé, com situações de alta e baixa, para
ilustrar o desempenho de uma empresa
ao longo do tempo.
Em 1958, Pelé estreou como campeão
em sua primeira Copa do Mundo. Em
1962, machucou-se e não disputou a final
que deu o bicampeonato ao Brasil. Em
1966, na primeira fase da Copa, contundiu-se novamente. Por fim, em 1970, no
México, conquistou, em campo, o título
de campeão e, posteriormente, foi considerado o Atleta do Século. Dessa forma,
uma pessoa que tivesse tornado-se sócia
da “Pelé S.A”, no início da carreira do
jogador, teria participado de suas conquistas ao longo do tempo, assim como
ocorre com o investimento em ações de
uma empresa no longo prazo.
Também fazem parte da campanha
vídeos exclusivos que mostram, de forma
simples e interessante, o que são ações,
como investir, quais são os fatores de
risco desse tipo de investimento e a importância de conhecer a empresa da qual
se deseja ser sócio.
Além da campanha, a BM&FBOVESPA
pretende premiar o investidor de longo
prazo. Para isso, lançará o “Fica mais”
- um plano de bonificação para quem
permanecer com uma ação por um longo
período em custódia. Como nos programas de milhagens das companhias
aéreas, o aplicador acumulará pontos,
que serão trocados por prêmios a cada
trimestre e semestre, explicou Edemir
Pinto. “Serão distribuídos prêmios em dinheiro, computadores, viagens”.
Ano 23 – Nº 164 – Julho/Agosto de 2010
Lei muda regras em Wall Street e na economia
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Desde operações com cartões de crédito e débito até as envolvendo derivativos serão mais rigorosamente reguladas.
Numa cerimônia solene, o presidente Barack Obama aprovou a nova proposta de
reforma Dodd-Frank e deu início a uma
das mais profundas mudanças desde a
Grande Depressão na maneira pela qual
o governo regula a indústria financeira.
A proposta foi batizada em homenagem
ao deputado democrata Barney Frank, de
Massachusetts, e ao senador democrata
Chris Dodd, de Connecticut, presidentes
das principais comissões do Congresso.
Eis um resumo do que muda com a lei:
Cartão de débito - Antes: Bancos cobravam dos varejistas uma comissão quando
um de seus correntistas usava o cartão de
débito. - Agora: O Gabinete de Proteção
Financeira ao Consumidor, (CFPB) nova
agência do governo subordinada ao Federal Reserve e encarregada de supervisionar os empréstimos, terá poder de limitar
as comissões cobradas por bancos com
ativos superiores a US$ 10 bilhões.
Hipotecas - Antes: Para obter um empréstimo, não era preciso provar capacidade de honrar a dívida. - Agora: Credor
deve exigir provas da capacidade do
solicitante de honrar a dívida. Ele precisa
comprovar renda. Hipotecas com juros
ajustáveis exigem que o credor revele até
que ponto os juros podem aumentar.
Adiantamento salarial - Antes: Esses
empréstimos de juros altos (de 15% a
30% por duas semanas) oferecidos principalmente para a baixa renda por lojas e
sites, eram regulados pela legislação estadual. - Agora: Empréstimos passam a
ser regulados no nível federal pelo CFPB.
Se o órgão decidir limitar a taxa anual, os
bancos não poderão burlar a regra.
Financiamento de veículos - Antes: Práticas predatórias de concessão de empréstimos se tornaram um problema para os
compradores, que se vêem obrigados a
assinar “contratos condicionais”. - Agora:
O financiamento de veículos não será submetido ao CFPB. Os revendedores de automóveis foram “poupados” pela reforma
porque se concluiu que tais financiamentos
em nada influenciaram a crise de 2008.
Remuneração dos executivos - Antes: A
direção das empresas públicas determina
a remuneração do seu diretor executivo e
dos principais executivos. Tais salários costumam refletir o desempenho da empresa,
mas certos estímulos podem incentivar
apostas muito arriscadas e oferecer grandes
recompensas mesmo que a empresa quebre e os executivos sejam demitidos. - Agora: Acionistas podem determinar a remuneração dos executivos por meio de votos
não-vinculantes. O Fed pode definir padrões
para políticas de remuneração de executivos
consideradas “inseguras e insensatas”.
Fundos Hedge/Private Equity - Antes:
Os Fundos de Hedge não são regulados
pela Comissão de Valores Mobiliários
(SEC), e somente “investidores autorizados”, definidos como instituições financeiras ou indivíduos com renda anual de
US$ 200 mil ou patrimônio líquido de US$
1,5 milhão podem investir em fundos de
hedge. - Agora: Fundos de Hedge e private
equity de volume superior a US$ 150 milhões serão regulados pela SEC.
Derivativos - Antes: Os derivativos, apostas no preço futuro de bens ou ativos, são
usados como forma de proteção contra
mudanças futuras nos preços. Os bancos
lançam e comercializam tais derivativos,
também conhecidos como swaps. - Agora:
Bancos podem negociar swaps de juros,
swaps de moeda estrangeira e swaps de ouro
e prata, mas devem separar os derivativos
mais arriscados, como de energia e “equity
swaps”. No lançamento de derivativos os
bancos devem reter participação de 5% no
risco do instrumento. Os reguladores têm
um ano para implementar as mudanças.
Agências de classificação - Antes: Avaliam o risco no pagamento de dívidas.
Standard & Poor”s, Moody”s e Fitch são as
três maiores dos EUA. - Agora: Principais
mudanças devem ser anunciadas posteriormente. A SEC tem poder de cancelar o
registro caso haja grande número de classificações equivocadas. Antes protegidas
pela liberdade de expressão, a reforma
expôs as agências a medidas legais por
comportamento “negligente e deliberado”.
Ano 23 – Nº 164 – Julho/Agosto de 2010
Reunião Ancor-BVMF define projetos
em desenvolvimento
Na reunião Ancor-BVMF, realizada em
Julho/2010, foram debatidos aspectos
de Projetos em Desenvolvimento, Riscos
Tecnológicos, e Custos Operacionais.
Na ampliação da base de investidores foram analisados: Varejo - campanha de popularização do Mercado de
Capitais; Internacionalização - Brazil
East Invest (Chi-X); DMA 2, 3 e 4 para
segmento Bovespa.
A diversificação de produtos e modalidades operacionais abrangeu: Programa
de BDRs não-patrocinados; Programa de
Market Makers; Novos ETFs; Futuro de
Ibovespa x futuro de S&P 500.
A tecnologia e infra-estrutura de suporte
debateu: Nova plataforma de negociação
BVMF-CME; Novos data-centers principal
e secundário; ampliação da capacidade
de processamento e telas de negociação.
Na campanha de popularização há
iniciativas voltadas para públicos variados como:
✓ Público geral - campanha Educativa
em Mídia de Massa (TV, revistas, rádios);
TV Educação Financeira; Rádio WEB;
Cursos online; Simulação;
✓ Público feminino - Canal de rádio
para o website Mulheres em Ação; Ciclo
de palestras presenciais;
✓ Público jovem - Desafio BM&FBOVESPA;
Dinheiro no Bolso; Patrocínio à Estratégia
Nacional de Educação Financeira - ENEF;
✓ Público infantil - Turma da Bolsa e
Turma da Bolsa na Escola
Na atração de investidores internacionais estão:
- Parceria entre BVMF e Chi-X para
desenvolvimento de tecnologia que permitirá a negociação de ações brasileiras
em moeda estrangeira;
- Chi-X: subsidiária da Instinet, brokerdealer norte-americano precursor da negociação eletrônica, operadora de sistemas de negociação na Europa e Canadá;
- Público-alvo: investidores estrangeiros, de varejo e institucionais, via sistemas internacionais de home-broker;
- Desburocratização do processo de
cadastro do investidor estrangeiro no Brasil: proposta elaborada pela BVMF está
sendo revisada pelos demais integrantes
do BEST (Anbima, Cetip, Febraban);
Na questão de Custos Operacionais
das Corretoras, foram analisados os custos pagos à BVMF: Pacote Tecnológico
Básico; Faixa de Ofertas/Minuto; Portas
de Acesso Bovespa e BM&F; Market
Data HomeBroker; Sinacor; Estações MegaBolsa; GTS (GLWIN). A BVMF deseja
reduzir em média 30% dos custos fixos
para as Corretoras em todos esses itens.
Certificação de Agentes Autônomos
de Investimento
Foram 1.461 os profissionais que se
inscreveram pra os dois exames de Certificação On-Line promovidos pela Ancor,
em Março e em Julho/2010. Os resultados mostrados no quadro ao lado e o
percentual de habilitação dão uma idéia
do grau de dificuldade das provas.
Exames de Certificação On-Line
Exames
Total Inscritos
Total Presentes
Habilitados
Percentual
Editor: Antonio Tofaneto – Programação Visual: J.T.Ribeiro
Coordenação Editorial e Gráfica: Tofapress Communications
Fone: (0xx11) 5585-3550 – E-mail: [email protected]
31/03/10
12/07/10
Total
716
657
295
44,9%
745
686
376
54,8%
1.461
1.343
671
49,9%
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Ano 23 – Nº 164 – Julho/Agosto de 2010
Fórum discute o trabalho das Ouvidorias
Corretores, BM&FBOVESPA, CVM e Banco Central se reuniram no início de Agosto para discutir o trabalho dos ouvidores,
responsáveis por receber as reclamações
dos investidores nas corretoras. O Primeiro Fórum das Ouvidorias do Mercado de
Capitais analisou uma atividade relativamente nova, criada há praticamente dois
anos, diz Izalco Sardenberg, ombudsman
da BM&FBOVESPA.
O Banco Central regulamentou os
ouvidores pela Resolução 3.477, de
2007, mas as estruturas só começaram
a ser montadas em 2008. Em 2010,
houve nova alteração, pela Resolução 3.849. “Queremos identificar os
problemas comuns dessas Ouvidorias
recém-criadas”.
Um dos pontos discutidos foi o custo
dos serviços de Ouvidoria para as pequenas corretoras e a permissão dada pelo
BC na Resolução 3.849 para que usem
serviços de terceiros para isso. Entidades de classe como a Ancor - Associação Nacional das Corretoras e a própria
BM&FBOVESPA podem oferecer Ouvidoria
para instituições menores.
Há seis meses no cargo de ombudsman, Sardenberg diz que o maior número de reclamações dos investidores
se refere a problemas com execução
de ordens de compra e venda pelas
corretoras. A seguir vêm os problemas
com home broker, incluindo lentidão
e problemas de funcionamento. E por
último a transferência de custódia de
uma corretora para outra. Nesse ponto,
o problema está sendo resolvido pelo
programa de qualidade da bolsa, que
deverá estabelecer um prazo para que a
corretora transfira a custódia para a nova
instituição do cliente.
Conta no BC reduz custo de corretora
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Desde 2009, as instituições não-financeiras como Corretoras e Distribuidoras
ganharam a permissão do Banco Central
para acessar diretamente o Sistema de
Pagamentos do Brasil (SPB) e fazer a
liquidação financeira de suas operações.
Apesar da autorização, apenas sete instituições menores operam regularmente,
ante mais de uma centena de bancos.
Outras quatro instituições não-bancárias
estão em fase de teste.
Mas a perspectiva é de maior mobilização, sobretudo das Corretoras, que
tiveram o acesso ao BC facilitado por
uma atualização tecnológica do Sistema
Integrado de Administração de Corretoras (Sinacor), da BM&FBOVESPA. Mais de
90% das corretoras do País estão ligadas
a esse sistema.
“O Sinacor+ é um sistema de controle
de operações e posições dos clientes que
passou por uma atualização tecnológica.
Essa nova versão está disponível desde
Março mas, no final de Junho, foi ativada
a funcionalidade que integra o sistema ao
SPB e é denominada SPB/X”, explica Lysias Rodrigues Alves Teixeira, diretor de
TI-Serviços Externos da BM&FBOVESPA.
Ao fazer essa atualização tecnológica,
a Bolsa aproveitou para atender a um
pleito da Ancor por um instrumento de
acesso direto ao SPB. A Corretora Souza
Barros foi a primeira usuária que acessou diretamente o BC em Abril/2010.
Segundo o diretor Eduardo Lobo Fonseca, a corretora ainda está trabalhando
a 50% da possibilidade no SPB, mas
os custos já são 20% inferiores ao que
seriam se estivesse pagando bancos
pela prestação de serviços. “O acesso
direto às contas no BC dá mais garantia
e permite prestar um serviço melhor ao
cliente. Há uma dinâmica melhor dos
negócios”, afirma.
Ano 23 – Nº 164 – Julho/Agosto de 2010
Lerosa e Isoldi unem operações
Duas tradicionais corretoras de valores, a Lerosa e a Isoldi, uniram suas
operações que eram geridas por famílias
tradicionais do mercado.
A família Isoldi atua no mercado desde
1930, inicialmente como representante da então Bolsa Oficial de Valores de
São Paulo. Com a criação da Bovespa,
tornou-se corretora em 1967 e com presença forte no Sul do país por meio de um
escritório em Florianópolis.
Já a Lerosa, que deve assumir o comando das operações depois da união,
começou também como representante
da Bolsa no início dos anos 60 e foi transformada em corretora em 1968 e é comandada por João Roberto Lerosa Filho,
herdeiro do fundador.
Lerosa Filho tem planos ambiciosos. Além da associação com a Isoldi,
promoveu uma grande reestruturação
na empresa da família; transferiu a
sede do tradicional centro da cidade
para a efervescente Avenida Juscelino
Kubitschek. Também investiu na diversificação de atividades, com a criação
de uma gestora de recursos, a Lerosa
Investimentos, que pretende atuar no
Brasil e no Exterior; tem ainda uma
empresa de viagens, a Lerosa Passagens e Turismo.
Para corretores do setor intermediador, a movimentação segue a tendência de maior profissionalização e
concentração das Corretoras a partir
da entrada de grandes competidores
locais e estrangeiros. Com a desmutualização da Bolsa, que financiava muitas
das atividades das corretoras, várias
despesas pesadas, como tecnologia e
marketing, passaram a ser assumidas
pelas empresas, que se tornaram pouco lucrativas.
O processo de ajuste só não é mais
agressivo porque, com a venda das
ações da Bovespa e da BM&F, os corretores ficaram capitalizados. Alguns
estão investindo no negócio, modernizando sistemas, estruturas, para tentar
ganhar mercado e se estabilizar; outros
preferiram transferir suas operações, ou
foram alienadas.
CVM eleita para comitê da Iosco
A CVM - Comissão de Valores Mobiliários foi eleita para integrar o Comitê
Executivo da Iosco - Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários para um mandato de dois anos. A
entidade reúne as principais autoridades
reguladoras de mercados do mundo.
A escolha ocorreu em votação no início do mês, durante conferência anual da
Iosco, em Montreal, no Canadá. A CVM
se candidatou a uma das nove vagas preenchidas por votação dos membros do
Comitê de Presidentes da organização,
e foi o único representante da América
Latina eleito na votação. Esse comitê
terá entre suas atribuições a análise final
e a preparação das recomendações para
adotar a nova estrutura organizacional da
entidade. Em nota, a CVM afirmou que
sua indicação para membro da entidade
representa o reconhecimento da importância que o mercado de capitais brasileiro vem adquirindo nos últimos anos.
O Comitê Executivo da Iosco tem a
função de supervisionar as operações
e tomar as decisões necessárias para
que os objetivos da entidade sejam
alcançados. Criada em 1983, a Iosco
conta com cerca de 130 membros de
mais de 80 países, que são responsáveis pela quase totalidade da capitalização do mercado de valores mobiliários mundial. A organização tornou-se
o principal fórum internacional para as
autoridades reguladoras dos mercados
de valores e de futuros.
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Ano 23 – Nº 164 – Julho/Agosto de 2010
Cadastro único do investidor
A Ancor em parceria com a C&M Software está desenvolvendo estudos para a
implantação do cadastro único do investidor. O projeto INVID fará a validação e
qualificação do cadastro no “Back-Office
Ancor” que deverá contar com uma equipe especializada no tratamento dos cadastros enviados para a análise. Ela será
a responsável pela operacionalização dos
cadastros e documentos, e pela aplicação
e avaliação dos padrões de segurança.
A parceria prevê:
✓ C&M Software, responsável pelos
aspectos técnicos do sistema, hospedagem e operacionalização do mesmo em
regime 7x24x365 no seu site principal e
back-up;
✓ Ancor, responsável pela comercialização, representação do setor, relaciona-
mento e conhecimento aos reguladores;
Segundo dirigentes da Ancor e da
BM&FBOVESPA, o Cadastro Único do Investidor será da maior relevância para as
seguintes ações que envolvem o fortalecimento do mercado de intermediação:
1) Campanha de popularização de investidores; 2) Migração dos poupadores
em investidores; 3) Automatização e
uniformização do mercado; 4)Aceleração
do processo de cadastramento e atualização; 5) Segurança e Credibilidade; 6)
Respeito integral às normas da CVM e
demais reguladores; 7) Captação da Geração “Y”; 8) Redução dos custos operacionais do mercado; 9) Desoneração das
atividades repetitivas; 10) Eliminação
dos pontos fracos apontados nas auditorias; 11) Portabilidade.
CVM regula atividade dos Analistas
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A Instrução CVM nº 483 estabelece
as regras aplicáveis aos Analistas de
Valores Mobiliários e autoriza a Apimec
a ser entidade credenciadora dos Analistas
do Mercado de Capitais. Assim, o órgão
continuará regulando e supervisionando
os analistas, mas deixa de registrá-los,
cabendo exclusivamente às entidades credenciadoras devidamente autorizadas pela
CVM habilitar esses profissionais a exercer
a atividade de análise.
Também foi divulgada a Deliberação
CVM nº 633, que tem por objeto a aprovação de exames para a comprovação
de qualificação técnica no processo de
credenciamento de analistas de valores
mobiliários que diz:
“Art. 1º As entidades credenciadoras
de analista de valores mobiliários devem
aceitar os seguintes exames na aferição
da qualificação técnica dos candidatos a
analistas:
I - Exam 1 do Foundation Level do
programa de certificação internacional
para profissionais de investimentos organizado por quaisquer dos membros da
ACIIA - Association of Certified Interna-
tional Investment Analysts;
II - Levels I e II do programa de certificação Chartered Financial Analyst
organizado pelo CFA Institute;
III - Series 86 do programa de qualificação de analistas organizado pela Financial Industry Regulatory Authority.
Parágrafo único. Além da aprovação em
qualquer dos exames mencionados nos
incisos I a III, as entidades credenciadoras
devem exigir a aprovação dos candidatos
em exames que avaliem o conhecimento
do mercado e da legislação nacional.
O órgão regulador acredita que tais
condições estarão implementadas e a
entidade estará autorizada a credenciar
analistas, nos termos do novo regime,
até a data de início de vigência da norma, que entrará em vigor em Outubro de
2010.
A CVM entende que a extinção do registro reduz os custos atualmente inerentes ao exercício das atividades relacionadas à análise de valores mobiliários, uma
vez que o interessado passa a se dirigir
somente a uma instituição para se habilitar ao exercício da atividade de análise.
Ano 23 – Nº 164 – Julho/Agosto de 2010
Perfil do investidor
Segundo dados da Bolsa, dos mais de
598 mil investidores com contas ativas,
a maior parte têm entre 26 e 35 anos.
É, no entanto, a faixa de investidores
entre 18 e 24 anos que apresentou o
maior crescimento em número de contas (Janeiro/2008 a Dezembro/2009);
esse segmento registrou expansão no
período de 2,9%. “O jovem está chegando com força total e, por isso, vamos
ampliar a comunicação nas redes sociais como Twitter, Facebook, além de
aplicativos para smartphone”, diz Verdi
Monteiro, diretor de Fomento de Negócios da Bolsa.
A fim de entender melhor quem são os
598 mil investidores em ações, a Bolsa
encomendou uma pesquisa para a FGV
- Fundação Getúlio Vargas. O resultado
mostrou que mais da metade dos aplicadores com contas ativas têm volume
e giro baixos e ingressaram no mercado
acionário após 2007. Foram oito perfis
identificados pelo levantamento.
Os investidores com volume em custódia e giro alto (acima de R$ 1,5 milhão)
estão nos perfis:
1) “A Bolsa é a sua Casa” - formado
por investidores que ingressaram no mercado antes de 2007; representam 4,1%
das atuais 598 mil contas de pessoas-físicas e 37,1% deles têm entre 50 e 65 anos.
2) “A Bolsa é sua Grande Aposta” onde o perfil dos investidores é semelhante
ao anterior; chegaram ao mercado depois
de 2007 e também representam 4,1%.
3) “A Bolsa é seu Longo Prazo” - composto por aplicadores que normalmente
giram pouco a carteira, representam 8%
do total e iniciaram seus investimentos
antes de 2007.
4) “A Bolsa é seu Investimento Planejado”- enquadra aqueles que chegaram
à Bolsa mais recentemente. Esse grupo
soma 5,2 % dos investidores em ações.
Aqueles com volume baixo, giro alto
estão no perfil 5) “A Bolsa é seu Passatempo”, com fatia de 1,1% e nele estão
os aplicadores há mais tempo no mercado acionário; e 6) “A Bolsa é seu Ganho Rápido” aqueles que recentemente
ingressaram no mercado e representam
4,5 % dos investidores.
Mas a grande maioria dos investidores
(58,3%) com volume e giro baixos estão
no perfil 7) “A Bolsa é sua Vacina Antimonotonia”. São novatos nessas aplicações
com média de R$ 2,5 mil investidos em
ações e giro mensal de R$ 800,00. A maioria deles (30,8%) tem entre 30 e 40 anos,
mas 28,1% têm menos de 20 anos. O 8)
“A Bolsa é seu Cofrinho” - composta por
investidores em ações de antes de 2007,
equivale a 14,7% das pessoas-físicas.
Bolsa comemora 120 anos
A B M&F B OVESPA comemorou, em
Agosto, 120 anos de sua fundação no
Espaço da Bolsa. Na ocasião, foi inaugurada exposição com 30 painéis que retratam as capas mais importantes do jornal
O Estado de S. Paulo, desde a fundação
da Bolsa Livre de São Paulo, em 23 de
agosto de 1890, com destaque para as
principais notícias relacionadas à Bolsa.
Os acontecimentos escolhidos vão
desde a Proclamação da República, em
1889, até a crise mundial de 2008; passam pela bolha do Encilhamento e a extinção temporária da Bolsa Livre de São
Paulo; e englobam as duas Guerras Mundiais, a crise econômica americana de
1929, os embates do petróleo e o pânico
de 1987 na Bolsa de Nova York.
A economia e o mercado são citados
com a criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o nascimento da BM&F,
os planos Cruzado e Collor, a implantação
do Real. Finalmente, vêem-se as repercussões do programa de popularização
de investimento em ações “Bovespa Vai
até você”, a criação do Novo Mercado, e o
processo de fusão das duas Bolsas paulistas que fez surgir a BM&FBOVESPA.
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Ano 23 – Nº 164 – Julho/Agosto de 2010
Expo Money - espaço só para mulheres
1.750 pessoas se inscreveram para
a 8ª edição Expo Money, maior feira de
finanças pessoais do País, de 23 a 25 de
Setembro, no TransAmérica Expo Center,
em São Paulo. Palestras, debates, stands
de bancos, de empresas de capital aberto
e de Corretoras de Valores são algumas
das atividades programadas para os participantes durante os três dias de evento.
Ela contará com novidades como o
espaço ‘Money Mulher’, que terá como
foco o público feminino. Em 2003, elas
representavam apenas 17% do publico da
feira. No ano passado, foram 35%. Outra
novidade é o ‘Corretor Show Imobiliário e
Financeiro’, com atividades voltadas ao
aperfeiçoamento dos profissionais desse
mercado.
Para Robert Dannenberg, diretor da Expo
Money, outra programação que deve fazer
sucesso é a ‘Clinica Financeira’. O espaço
reúne diversos especialistas em orçamento
pessoal e auxilia a organizar suas finanças
para que posteriormente ocorra a iniciação
dos investimentos.
“Lançamos esse espaço no ano passado. Atendemos mais de 350 pessoas e,
neste ano, reforçamos o numero de especialistas para atendermos mais casos”.
“A participação dos jovens sempre foi
maioria, mas a cada ano é mais expressiva”, comenta Dannenberg.
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