Relatório de avaliação de Imóveis
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Relatório de avaliação de Imóveis
VALORAÇÃO DE IMÓVEIS PARA FII SHOPPING CENTERS Shopping Bonsucesso | Parque Shopping Maia Guarulhos, SP P.VAL.LPT.105/15 FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO SHOPPING ATIVO E RENDA – FII Av. Brigadeiro Faria Lima, 1355 – 3º andar 01452-002 São Paulo, SP GENERAL RELATÓRIO DE VALORAÇÃO Guarulhos, SP – Brasil Shopping Bonsucesso Parque Shopping Maia Data do relatório: 23 de fevereiro de 2016 Preparado para: Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO 1. 4 DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS 16 1.1 DEFINIÇÕES 17 1.2 MERCADO DE SHOPPING CENTERS 23 2. DEMANDA PARA INVESTIMENTO 34 2.1 DEMANDA PARA INVESTIMENTO 35 3. SHOPPING BONSUCESSO 3.1 CARACTERÍSTICAS DO IMÓVEL 45 3.2 PLANEJAMENTO URBANO 48 3.3 CONSIDERAÇÕES LEGAIS 49 3.4 ANÁLISE DE DESEMPENHO 50 3.5 CONSIDERAÇÕES DE VALOR 61 3.6 VALORAÇÃO 63 4. PARQUE SHOPPING MAIA 4.1 CARACTERÍSTICAS DO IMÓVEL 72 4.2 PLANEJAMENTO URBANO 76 4.3 CONSIDERAÇÕES LEGAIS 77 4.4 ANÁLISE DE DESEMPENHO 78 4.5 CONSIDERAÇÕES DE VALOR 79 4.6 VALORAÇÃO 81 44 71 SUMÁRIO DE VALORAÇÃO SUMÁRIO EXECUTIVO Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 4 5 SUMÁRIO DE VALORAÇÃO SUMÁRIO DE VALORAÇÃO Data do Relatório 23 de fevereiro de 2016 Destinatário Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII Objetivo Determinação do Valor de Mercado para venda, considerando o Shopping Bonsucesso e o Parque Shopping Maia em seu estado atual. Finalidade Atender as exigências das instruções 516 e 472 da CVM Instrução Conforme proposta P.VAL.LPT.105/15 Objetos Shopping Bonsucesso Parque Shopping Maia Tipo Shopping Center Localização Guarulhos, SP – Brasil Descrição dos Imóveis Shopping Bonsucesso: inaugurado em 5 de maio de 2006. Trata-se de um shopping center de pavimento único e conta atualmente com 114 lojas em operação distribuídas em um único piso, sendo 1 hipermercado, 5 âncoras, 1 cinema com 6 salas, 2 megalojas, 1 loja de lazer e 104 lojas satélites. Parque Shopping Maia: inaugurado em 16 de abril de 2015. Faz parte de um condomínio que engloba um subcondomínio residencial e um condomínio comercial (shopping center). Trata-se de um shopping center verticalizado, com dois pisos de estacionamento e 4 pisos de lojas. Conta atualmente com 174 lojas, sendo 138 lojas em operação. Destas, 5 âncoras, 1 cinema com 11 salas, 1 academia, 4 megalojas, 1 loja de lazer e 126 lojas satélites. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 6 SUMÁRIO DE VALORAÇÃO Shopping Bonsucesso Parque Shopping Maia1 Terreno: 87.932,25 m² 24.160,71 m² Construída: 35.080,86 m² 89.776,97 m² ABL Total: 24.567,92 m² 31.668,62 m² Áreas Titulação Para efeito deste trabalho, assumimos que não há questões relativas à titularidade que possam impedir a venda dos imóveis ou influenciar seus valores de mercado. Condições de Valoração Considerando os empreendimentos em seus respectivos estados atuais. Não foi considerado qualquer potencial remanescente de construção que possa existir nos imóveis e, tampouco, qualquer plano de expansão dos shopping centers. Para o Parque Shopping Maia foi considerado que todas as despesas de comercialização e receitas de cessões de direito referentes às primeiras locações das lojas do empreendimento seriam de responsabilidade e competência da General Shopping Brasil, mesmo após a inauguração do empreendimento. Outras condições foram adotadas conforme consta no corpo deste relatório de Valoração. Data de Valoração 31 de dezembro de 2015 Opiniões de Valor 100 % do empreendimento Shopping Bonsucesso R$ 207.400.000,00 (Duzentos e Sete Milhões e Quatrocentos Mil Reais) 100 % do empreendimento Parque Shopping Maia R$ 425.800.000,00 (Quatrocentos e Vinte e Cinco Milhões e Oitocentos Mil Reais) 1 Áreas referentes ao subcondomínio Parque Shopping Guarulhos. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 7 BASES DE VALORAÇÃO BASES DE VALORAÇÃO Conformidade com as Os procedimentos e metodologias adotados pela CBRE Normas de Avaliação estão de acordo com a norma brasileira para avaliação de bens imóveis – NBR 14.653 (Parte 1 a 4) da ABNT – e com o “Red Book” do RICS (Royal Institution of Chartered Surveyors) da Grã-Bretanha, reconhecida mundialmente e amplamente utilizada em trabalhos de consultoria imobiliária. Além disso, observamos também as recomendações do IVSC (International Valuation Standards Council). Valor de Mercado A avaliação foi preparada com base no “Valor de Mercado” o qual é definido como: “O valor estimado pelo qual um imóvel poderia ser transacionado na data de valoração após tempo apropriado de exposição ao mercado, entre duas partes interessadas, independentes e conhecedoras do mercado, agindo prudentemente e sem compulsão ou interesses especiais.” Metodologia Para este caso, em que se trata de empreendimento do tipo Shopping Center, adotamos os seguintes procedimentos para a formação de nossa opinião: Inspeção detalhada das propriedades objeto do estudo, realizada durante o mês de dezembro de 2015; Análise do mercado geral e local de shopping centers; Análise do histórico/contratos vigentes empreendimentos e de suas situações atuais; dos Análise da perspectiva futura dos empreendimentos. Partindo dos procedimentos mencionados acima, estimamos o desempenho dos empreendimentos, de modo a determinar o seu valor de mercado para a venda. Adotamos algumas premissas para a confecção dos fluxos de caixa elaborados, conforme segue: Valores Históricos: Possíveis valores históricos utilizados em nossas análises foram fornecidos pela administração dos empreendimentos e/ou pelo proprietário dos imóveis, os quais assumimos como Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 8 BASES DE VALORAÇÃO corretos e, desta forma, foram por nós utilizados. Adotamos como indexador para as análises históricas o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo / IBGE. Inflação: Para as projeções apontadas nos fluxos de caixa desconsideramos a inflação que possa vir a existir no período analisado de 10 anos. Adotamos o método do Fluxo de Caixa de Receitas e Despesas Projetadas para a determinação do valor de mercado dos empreendimentos, como segue: Fluxo de Caixa de Receitas e Despesas Projetadas Por esse raciocínio, o valor de mercado é obtido através do valor presente líquido do fluxo operacional projetado para cada empreendimento para um período de 10 anos. As projeções são feitas com base em premissas adotadas, assumindo os valores praticados e/ou contratados nos aluguéis mínimos, complementares e demais receitas, além de considerar níveis de vacância, custos de administração e demais despesas O Fluxo de Caixa projetado foi modelado utilizando-se o software ARGUS Valuation - DCF, versão 15.0.1. Entre os principais fatores deste método, podemos salientar: Fator de Capitalização: Aplicamos fator de capitalização (perpetuidade) no 10º ano com base em valores praticados atualmente pelo mercado imobiliário. Crescimento das Receitas: Assumimos taxas de crescimento diferenciadas e cenários variando de acordo com a previsão de desempenho futuro do empreendimento, eventual situação de concorrência futura e a nossa sensibilidade sobre o potencial do mesmo, entre outros fatores. Taxa de Desconto: Aplicamos taxa de desconto coerente com a prática do mercado, levando em conta o risco/desempenho provável do cenário adotado. Vacância: Os percentuais de vacância utilizados nos fluxos foram estimados de acordo com a vacância atual e histórica, considerando, inclusive, as negociações em andamento para a ocupação das áreas ainda não locadas. Inadimplência: Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII Utilizamos no fluxo de caixa, 9 BASES DE VALORAÇÃO percentuais estimados, os quais foram projetados para os próximos anos. Áreas: As áreas utilizadas foram aquelas constantes nas plantas e projetos recebidos do cliente. Assumimos que as áreas fornecidas pelo cliente estão corretas e refletem ou refletirão a realidade existente no local. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII BASES DE VALORAÇÃO 10 Condições Gerais Certificamos que, de acordo com a nossa melhor prática, os fatos e evidências contidos neste relatório são verdadeiros e estão sujeitos às condições e limitações descritas a seguir. 1. A CBRE declara e garante não ter qualquer controle ou participação, inclusive financeira, nas decisões sobre a locação das áreas dos imóveis avaliados, ressaltando que não existe qualquer garantia de que os valores de aluguel, receitas dos imóveis e/ou despesas projetados serão efetivamente realizados. 2. O laudo de avaliação não faz qualquer tipo de julgamento sobre a capacidade de qualquer locatário específico cumprir sua obrigação de pagar os valores da locação e/ou os custos e taxas relativas à ocupação dos imóveis avaliados. 3. Todas as análises, opiniões, premissas e estimativas deste estudo foram elaboradas e adotadas dentro do contexto de mercado e conjuntura econômica na data da realização deste relatório. Havendo modificações do cenário econômico ou mercadológico, poderá haver alterações significativas nos resultados informados e conclusões deste trabalho. 4. Não foram consideradas quaisquer despesas de venda nem de tributação que possam surgir em caso de alienação dos imóveis. Do mesmo modo não foram consideradas despesas de aquisição em nossa avaliação. 5. Não consideramos qualquer saldo pendente de hipotecas, empréstimos ou quaisquer outras dívidas que possam existir para com os imóveis, sejam em termos de principal ou dos juros relativos aos mesmos. 6. Não consideramos quaisquer acordos entre empresas ou quaisquer obrigações ou outros encargos. 7. Não foram considerados quaisquer incentivos fiscais ou de outra natureza por parte dos governos Federal, Estadual ou Municipal. Foi assumido que os imóveis cumprem os requisitos da legislação em vigor quanto à saúde e segurança, encargos trabalhistas e responsabilidade civil. 8. Todos os cálculos são baseados na análise das qualificações físicas das propriedades em estudo e de informações diversas levantadas no mercado, que são tratadas adequadamente para serem utilizadas na determinação do valor dos respectivos imóveis. Os detalhes da propriedade em que cada avaliação se baseia são os estabelecidos no presente relatório. 9. Diversas premissas adotadas para a elaboração do laudo de avaliação foram (i) passadas para nós pelo proprietário do imóvel; e (ii) elaboradas por terceiros, inclusive fundações, entidades governamentais e outras pessoas, naturais ou jurídicas, públicas ou privadas. Não faz parte do escopo deste trabalho a realização de uma due diligence de tais premissas, inclusive de informações e documentos recebidos de nossos clientes ou terceiros. Deste modo, ao adotá-las como base, a CBRE presume sua veracidade e completude, sem fazer qualquer tipo de verificação prática. 10. Se algum dos dados ou hipóteses em que a avaliação se baseou for posteriormente Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII BASES DE VALORAÇÃO 11 considerado como incorreto, os valores de avaliação também podem ser e devem ser reconsiderados. 11. Todas as medidas, áreas e idades citadas em nosso relatório são aproximadas. 12. Na falta de qualquer informação em contrário, a CBRE assumiu que: (a) Não existem condições do solo anormais nem vestígios arqueológicos presentes que possam afetar adversamente a ocupação, atual ou futura, e o desenvolvimento ou o valor dos imóveis; (b) Atualmente não há conhecimento de materiais nocivos ou perigosos ou tecnicamente suspeitos, que tenham sido utilizados na construção dos imóveis; (c) Os imóveis possuem títulos firmes e alienáveis, livres de qualquer ônus ou restrições; (d) Todas as edificações foram concebidas antes de qualquer controle de planejamento, ou de acordo com a legislação de uso e ocupação, com as devidas licenças de construção, permanente ou direitos de uso existentes para a sua utilização corrente; (e) Os imóveis não são adversamente afetados por propostas de planejamento urbano; (f) Todas as edificações cumprem os requisitos estatutários e de autoridades legais, incluindo normas construtivas, de segurança contra incêndio, salubridade e segurança. 13. A elaboração do laudo de avaliação não configura uma recomendação de compra ou venda do imóvel avaliado, seja pelo valor apontado no laudo, ou por qualquer outro valor. A decisão sobre uma transação de compra e venda do imóvel e sobre o valor a ser transacionado é de responsabilidade da parte compradora e negociação com a vendedora do mesmo. 14. A elaboração do laudo de avaliação não deve ser considerada como uma recomendação de investimento no FII proprietário de parte do imóvel em análise. 15. Ao realizar o laudo de avaliação, a CBRE não está fazendo qualquer tipo de julgamento acerca da capacidade dos envolvidos com os imóveis (Proprietários, Estruturador do FII, Coordenadores, Construtora, Administrador do FII, Administrador do Empreendimento, Auditor etc.) em realizar suas funções adequadamente e competentemente e/ou conforme a projeção do fluxo de caixa do imóvel. Ressaltamos que a CBRE não tem qualquer tipo de controle ou exerce qualquer tipo de influência sobre as decisões tomadas antes, durante e depois da entrega do imóvel avaliado e, portanto, sua responsabilidade fica limitada apenas à elaboração do laudo de avaliação, com base nas informações de mercado disponíveis naquele momento e demais condições informadas neste laudo. 16. O valor de mercado apresentado neste relatório foi determinado com base nas condições de constituição do Fundo de Investimento Imobiliário, no que se refere a particularidades quanto às despesas de comercialização e receitas de cessões de direito referentes às primeiras locações das lojas do empreendimento, as quais seriam de responsabilidade e competência da General Shopping Brasil, mesmo Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII BASES DE VALORAÇÃO 12 após a inauguração do empreendimento. No Fluxo de Caixa elaborado não foram consideradas tais receitas/despesas 17. Recomendamos ao estruturador do FII que tome todas as medidas necessárias para mitigar os riscos imobiliários envolvidos na transação de compra e venda dos imóveis, inclusive prevendo mecanismos de defesa para o FII e seus cotistas. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII BASES DE VALORAÇÃO 13 Pressupostos Gerais Sem prejuízo das demais reservas realizadas pela CBRE no laudo de avaliação, as seguintes premissas devem ser consideradas: 1. No melhor conhecimento da CBRE, todas as informações e documentos recebidos para análise são verdadeiros, corretos, completos e suficientes para elaboração de ambos os documentos apresentados. 2. As projeções, estimativas e declarações futuras constantes do laudo de avaliação têm por embasamento, em grande parte, expectativas atuais, estimativas sobre eventos futuros e tendências que afetam ou podem potencialmente vir a afetar os negócios, o setor de atuação, a situação financeira e os resultados operacionais e prospectivos do FII e dos empreendimentos em que investir. Estas estimativas e declarações estão sujeitas a diversos riscos, incertezas e suposições e são feitas com base nas informações de que atualmente dispomos. 3. As palavras “acredita”, “pode”, “poderá”, “estima”, “continua”, “antecipa”, “pretende”, “espera” e expressões similares têm por objetivo identificar projeções, estimativas e declarações futuras. As projeções, estimativas e declarações futuras contidas neste documento referem-se apenas à data em que foram expressas, sendo que não temos a obrigação de atualizar ou rever quaisquer dessas estimativas em razão da ocorrência de nova informação, de eventos futuros ou de quaisquer outros fatores. Essas estimativas envolvem riscos e incertezas e não consistem em garantia de um desempenho futuro. Os reais resultados ou desenvolvimentos podem ser substancialmente diferentes das expectativas descritas nas estimativas e declarações futuras. Tendo em vista os riscos e incertezas envolvidos, as estimativas e declarações acerca do futuro constantes deste documento podem não vir a ocorrer e, ainda, os resultados futuros e desempenho do empreendimento podem diferir substancialmente daqueles previstos em nossas estimativas em razão, inclusive, mas não se limitando, aos fatores de risco descritos neste relatório. 4. A CBRE não assume qualquer responsabilidade, direta ou indireta, (i) pelas assunções feitas em âmbito do laudo de avaliação, inclusive em hipóteses de cenários ideais exemplificativos de possíveis resultados provenientes de operações com os imóveis avaliados, e (ii) pelo retorno do investimento em cotas do FII proprietários dos imóveis. 5. A CBRE não assume qualquer responsabilidade, direta ou indireta, civil ou administrativa, por qualquer tipo de perda ou prejuízo resultante da interpretação de informações contidas neste laudo de avaliação. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 14 DISPOSIÇÕES FINAIS DISPOSIÇÕES FINAIS Independência Ressaltamos que a relação entre a CBRE e o FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO GENERAL SHOPPING ATIVO E RENDA – FII não afeta a independência e a objetividade deste trabalho. Atestamos que não temos interesse presente ou futuro nos imóveis objeto de análise deste trabalho e que nem os honorários ou quaisquer outros custos relacionados à execução desta avaliação estão condicionados a nossas opiniões de valor sobre os imóveis aqui expressas. Conflito de Interesses Não temos conhecimento de qualquer conflito de interesses que possa influenciar este trabalho. Análises do Mercado Todas as análises, opiniões, premissas e estimativas deste estudo foram elaboradas e adotadas dentro do contexto de mercado e conjuntura econômica na data da realização deste relatório. Havendo modificações do cenário econômico ou mercadológico, poderá haver alterações significativas nos resultados informados e conclusões deste trabalho. Elaboração do Relatório Este relatório foi elaborado tomando-se todo o cuidado na coleta, manuseio e divulgação das informações. Entretanto, a CBRE não se responsabiliza pela publicação acidental de informações incorretas. Este relatório não deve ser considerado como uma recomendação de investimentos. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 15 DISPOSIÇÕES FINAIS Responsabilidade Este relatório é de uso exclusivo da parte a quem se dirige e para o fim específico aqui definido, não aceitando qualquer responsabilidade atribuída a terceiros à totalidade ou parte de seu conteúdo. Publicação Nenhuma parte do nosso relatório, nem quaisquer referências, pode ser incluída em qualquer documento, circular ou declaração nem publicadas em qualquer forma sem a nossa autorização prévia por escrito da forma e contexto em que aparecerá. Atenciosamente, Odemir J. R. Vianna, MRICS, RICS RV Luciano P. Tonon Júnior CREA N.º 172.783/D Engenheiro Civil Diretor Consultor Para e em nome de Para e em nome de CBRE Consultoria do Brasil Ltda. CBRE Consultoria do Brasil Ltda. T: + 55 11 5185 4684 T: + 55 11 5185 4684 E: [email protected] E: [email protected] Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS 1 16 DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS 17 1.1 DEFINIÇÕES 1.1.1 LUC LUC, ou Loja de Uso Comercial, é o espaço físico destinado a cada loja comercial, ao qual é atribuído uma dimensão (m² de ABL) e um posicionamento na planta do shopping center, constituindo assim uma unidade de locação. Para identificar cada LUC, geralmente, atribui-se à mesma um código ou número de identificação. 1.1.2 ABL ABL, ou Área Bruta Locável, de um shopping center corresponde à área de lojas disponível para locação no empreendimento, podendo esta estar locada ou vaga, excluindo-se áreas de aluguel temporário como quiosques e merchandising. De forma geral, a ABL de um shopping center pode ser segregada em segmentos diferentes de acordo com o ramo da atividade de cada loja. Neste sentido, podemos adotar a seguinte segmentação: Lojas Âncoras, Megalojas, Vestuário, Artigos do Lar, Artigos Diversos, Alimentação, Conveniência/Serviços e Entretenimento. 1.1.3 Vendas A performance de vendas em shopping centers varia muito não só em função do tipo e localização do empreendimento e da loja, mas também entre os diversos segmentos que compõem a ABL do mesmo. Independentemente disso, o custo que os lojistas têm para estar no shopping (aluguéis, FPP e Condomínio) tem que ser adequado a suas performances de vendas de forma a garantir a viabilidade das lojas. 1.1.4 Receitas Operacionais Tradicionalmente, podemos listar as receitas operacionais como sendo: (i) Aluguel Mínimo (ii) Aluguel Complementar; (iii) Aluguéis Temporários (quiosques e merchandising); (iv) Receitas de Estacionamento; (v) Receitas de Cessão de Direitos; (vi) Outros tipos de receitas. Aluguel corresponde ao valor, em R$, das obrigações contratuais de cada lojista para com o shopping center, a título de locação do espaço ocupado. Tradicionalmente, o aluguel acertado entre o locador e o locatário em um shopping center corresponde a um percentual das vendas do lojista (aluguel percentual). Com isso, o aluguel devido por cada locatário é variável mês a mês. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS 18 A exceção fica para contratos firmados com locatários que não possuam vendas, como por exemplo, agências bancárias, ou com locatários de interesse especial para o shopping, que pagam aluguel fixo. O aluguel percentual contratado com lojistas depende do segmento de lojas a que ele pertence e, de forma geral, podemos identificar os seguintes percentuais usualmente praticados em shopping centers no Brasil: (i) Lojas Âncoras: de 1% a 3% das vendas; (ii) Megalojas: de 3% a 6% das vendas; (iii) Alimentação: de 5% a 8% das vendas; (iv) Lojas Satélites: de 4% a 8% das vendas; (v) Lazer: em torno de 10% a 14% das vendas. Para evitar uma oscilação muito grande dos recebimentos do shopping center a título de aluguel, quase sempre é estabelecido em contrato com os lojistas o conceito de aluguel mínimo. O aluguel mínimo serve para “proteger” o proprietário do shopping contra uma possível má performance ou sonegação dos dados de vendas de lojistas. Desta forma, caso o aluguel devido pelo locatário, em um determinado mês, for inferior ao mínimo, o lojista deverá pagar o valor integral do aluguel mínimo acertado em contrato. Vale lembrar que, em muitos casos, o valor do aluguel mínimo contratado para o mês de dezembro costuma ser o dobro do valor dos outros meses. Por exemplo: O lojista A contratou um aluguel correspondente a 5% de suas vendas, com cláusula de aluguel mínimo mensal de R$ 5.000,00. Situação 1: lojista vende R$ 120.000,00 no mês, ou seja, o aluguel devido é de R$ 6.000. Neste caso, este é tradicionalmente computado pelos shopping centers como sendo R$ 5.000,00 pagos a título de aluguel mínimo somados a R$ 1.000,00 pagos a título de aluguel complementar (também podendo ser chamado de aluguel percentual ou overage). Situação 2: lojista vende R$ 100.000,00 no mês, ou seja, o aluguel devido é de R$ 5.000,00, que corresponde ao valor do aluguel mínimo contratado. Neste caso, é emitida uma fatura ao lojista com este valor para o pagamento do aluguel mínimo. Situação 3: lojista vende R$ 80.000,00 no mês, ou seja, o aluguel a ser pago seria de R$ 4.000,00 caso não existisse um valor de aluguel mínimo acertado. Aqui neste exemplo, também será emitida uma fatura ao lojista com o valor de R$ 5.000,00, ou seja, no valor do aluguel mínimo. Tradicionalmente, no Brasil, a receita de aluguéis mínimos representa a maior parte das receitas dos proprietários de shopping centers, podendo representar, em alguns casos, mais de 90% das receitas totais. Entretanto, principalmente nos grandes centros urbanos, receitas provenientes da exploração de outras atividades, como estacionamento e marketing, podem ser bastante significativas, diminuindo a participação percentual do aluguel mínimo. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS 19 a. Aluguel Mínimo Tradicionalmente, em shopping centers no Brasil, os proprietários tentam manter os valores de aluguéis mínimos contratados com os lojistas muito próximos ao Brake Even Point (vide item 1.1.5) de cada loja. Com isso, o proprietário consegue diminuir os custos de auditoria das lojas e reduzir o risco de evasão do pagamento de aluguel complementar. É comum que contratos de locação com lojistas sejam contratos atípicos, os quais podem apresentar escalonamentos reais (acima da inflação) dos valores de locação ao longo dos anos de vigência de cada contrato. b. Aluguel Complementar Em termos contratuais, o aluguel complementar seria a diferença entre o aluguel percentual que incide sobre as vendas e o aluguel mínimo. De forma geral, no Brasil, como os aluguéis mínimos são bem elevados, o aluguel complementar costuma representar menos de 10% das receitas brutas de um shopping center. c. Aluguéis Temporários Costumeiramente, em um shopping center existem receitas de aluguéis que podem ser consideradas como temporárias. Estas receitas referem-se a receitas de aluguel proveniente da locação de espaços dos “corredores” do empreendimento para quiosques e de espaços de publicidade (merchandising). d. Estacionamento A receita de estacionamento refere-se à exploração comercial das áreas de estacionamento dos shopping centers. e. Cessão de Direitos Este tipo de receita, também conhecido como luvas, refere-se ao valor pago pelo lojista pelo “ponto comercial adquirido”. Este valor é pago uma única vez ao proprietário do shopping center, quando da entrada do lojista no empreendimento, desde que esta seja a primeira locação da ABL correspondente. Uma vez paga a cessão de direitos pelo lojista, este passa a ser o “dono” das luvas da loja e, caso haja troca de lojista, o novo lojista deverá negociar o valor da cessão de direito diretamente com o antigo lojista. Entretanto, caso um lojista esteja inadimplente com suas obrigações com o proprietário do shopping center, é possível que este lojista acorde em sair do empreendimento e abrir mão das luvas do seu ponto comercial, como forma de pagamento das dívidas. Neste caso, o proprietário poderá exigir novamente de um novo lojista o pagamento de luvas para ocupar a área vaga. Tradicionalmente, após as vendas das cessões de direitos para a primeira ocupação das lojas, o valor arrecadado com luvas passa a ser muito pouco representativo no fluxo de receitas de um shopping center. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS 20 Entretanto, em shopping centers já consolidados, com vacância zero, fila de espera de lojistas para entrar no empreendimento e com excelente desempenho de vendas, o valor das cessões de direito podem chegar a valores superiores a R$ 10.000 por metro quadrado de ABL. Vale lembrar que, tradicionalmente, cessões de direitos não são cobradas, ou são cobradas em valores muito inferiores, para a ocupação de lojas de interesse especial, como por exemplo, Lojas Âncoras, Megalojas, Cinemas e algumas lojas satélites de grande importância. A pedido da General Shopping Brasil e conforme contratualmente acordado para a constituição do Fundo de Investimento Imobiliário, para o Parque Shopping Maia, não consideramos as receitas de cessão de direitos, como também as despesas de comercialização das mesmas, provenientes das negociações de aluguel das primeiras locações das LUC’s do empreendimento, mesmo após sua inauguração. f. Outras Fontes de Receita Outras fontes de receitas referem-se a receitas pouco significativas para os proprietários como, por exemplo, aluguéis de antenas, depósitos, taxas de transferência, receitas financeiras etc. g. Receita Bruta Operacional Efetiva Refere-se à somatória das receitas operacionais anteriores mencionadas, considerando ainda a perda de receita com vacância e inadimplência. 1.1.5 Taxa de Vacância Corresponde às LUC`s não locadas no empreendimento. Para empreendimentos novos, costumeiramente, encontramos taxas de vacância mais elevadas nos primeiros anos de abertura do shopping center, sendo que as mesmas vão sendo reduzidas na medida em que os empreendimentos vão se consolidando. 1.1.6 Inadimplência A inadimplência pode ser dividida em dois grupos: recuperável e irrecuperável. A inadimplência recuperável é aquela decorrente do não pagamento das obrigações do lojista na data prevista, mas que são honradas nos meses seguintes, e/ou são recuperáveis através de ações judiciais e/ou retomada do ponto e posterior comercialização. Já a inadimplência irrecuperável é aquela que representa a perda por parte do empreendedor e não é recuperável, nem mesmo após intervenção judicial. A inadimplência, tanto a recuperável como a irrecuperável, varia muito entre os shopping centers. Entretanto, de forma geral, com a boa performance de vendas apresentadas nos últimos anos pelos shopping centers, a inadimplência tem sido muito baixa nestes empreendimentos. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS 21 Para empreendimentos novos, geralmente encontramos inadimplências mais elevadas nos primeiros anos de abertura do shopping center, sendo que as mesmas vão sendo reduzidas na medida em que o empreendimento vai se consolidando. 1.1.7 Ponto de Equilíbrio (Break Even Point) O ponto de equilíbrio, ou break even point, é definido como o valor mínimo que cada lojista deveria vender a fim de superar o aluguel mínimo contratado e começar a gerar aluguel complementar. Ou seja, para o exemplo já anteriormente apresentado neste relatório, para um aluguel contratado de 5% das vendas e um aluguel mínimo de R$ 5.000,00, o break even point desta loja é de (R$ 5.000,00/5%) = R$ 100.000, que corresponde à situação 2 mostrada. 1.1.8 Taxa de Esforço A taxa de esforço do lojista corresponde à razão entre o custo de ocupação do locatário com o valor do faturamento de suas vendas em um shopping center. Como custo de ocupação entende-se a soma dos valores de aluguel (mínimo e complementar), custo condominial e FPP (Fundo de Promoção e Propaganda) de cada lojista. Por exemplo, um lojista que pague, em média, R$ 5.000 de aluguel mensal em um shopping, R$ 3.000 de condomínio mensal e R$ 1.000,00 de FPP mensal, tem um custo de ocupação médio mensal no shopping de R$ 9.000,00. Se este lojista possui uma venda média mensal de R$ 60.000,00, sua taxa de esforço corresponde à (R$ 9.000,00/ R$ 60.000,00) = 15%. Ou seja, 15% de suas vendas são destinadas ao pagamento de obrigações para com o shopping. Uma Taxa de Esforço adequada para uma operação em shopping center deveria ser de até 4% para Lojas Âncoras, de até 10% para Megalojas, de até 14% para lojas Satélites e de Alimentação e de até 14% para Cinemas. Se for superior a isso, o lojista pode ter dificuldades em honrar suas dívidas. Se for inferior, pode-se pensar em um possível reajuste do aluguel mínimo contratado pelo mesmo. 1.1.9 Despesas Operacionais As despesas operacionais são aquelas relativas à operação do empreendimento não contempladas pelo custo do condomínio. As despesas dos proprietários podem ser assim divididas: a) Encargos com Lojas Vagas (custo de condomínio + FPP + IPTU); b) FPP (Fundo de Promoção e Propaganda) estatutário ou eventual; c) Taxa de Administração; d) Despesas Diversas. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS 22 Costumeiramente, em shopping centers estabilizados, as despesas com Taxa de Administração e FPP estatutário são as mais significativas, podendo superar os 70% do valor total das despesas. A administração de shopping centers é geralmente feita por empresas especializadas. Em termos gerais, percentuais da Taxa de Administração entre 3% e 5% sobre a Receita Bruta são considerados normais no mercado de shopping center. 1.1.10 Receita Líquida Distribuída A Receita Líquida Distribuída refere-se ao valor correspondente à Receita Bruta Operacional do empreendimento subtraída das Despesas Operacionais e considerando, também, algumas despesas não operacionais tais como: a) Comissões – locações de lojas; b) Custos específicos de manutenção do empreendimento e custos de reposição de ativos que não sejam de responsabilidade do condomínio do shopping center. A Receita Líquida Distribuída representa o resultado financeiro final do empreendimento, ou seja, corresponde ao montante repassado aos proprietários, antes de possíveis impostos devidos. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 23 DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS 1.2 MERCADO DE SHOPPING CENTERS O mercado de shopping centers tem se desenvolvido muito no Brasil nos últimos 20 anos e em termos gerais, a curva de maturação do setor está em franca ascensão. Do ponto de vista de investimento, podemos citar as seguintes vantagens: Existência de ocupantes de boa qualidade; Contratos de longo prazo; Receita potencial em constante crescimento; Baixos custos de administração. É o tipo de investimento interessante para investidores institucionais, uma vez que a administração é normalmente feita por empresas especializadas, contratadas pelos proprietários e a renda líquida é distribuída mensalmente, sendo que quase todas as despesas são pagas pelo próprio empreendimento, não demandando grande know-how destes investidores. O primeiro shopping center brasileiro foi inaugurado em 1966 (o Shopping Center Iguatemi em São Paulo) e, quatro anos mais tarde, entrou em operação o segundo empreendimento deste tipo – Conjunto Nacional Brasília – na Capital Federal. Contudo, foi a partir dos anos 80 que o número de shopping centers no Brasil cresceu de forma acentuada, tendo praticamente dobrado a cada cinco anos até o final da década de 90, quando começou a diminuir o ritmo de crescimento, como mostram os gráficos a seguir. CURVA DE MATURAÇÃO DO SETOR DE SHOPPING CENTERS NO BRASIL TOTAL DE EMPREENDIMENTOS 600 500 Quantidade Total de Shopping Centers 555 N° Shoppings 400 300 200 100 0 66 a 70 71 a 75 76 a 80 81 a 85 86 a 90 Entregue Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 91 a 95 Acumulado 96 a 00 01 a 05 06 a 10 11 a 15 Atualizado em 12/2015 24 DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS CURVA DE MATURAÇÃO DO SETOR DE SHOPPING CENTERS NO BRASIL VOLUME TOTAL ENTREGUE ABL (m²) 16.000.000 ABL Total 14.249.000 m² 14.000.000 12.000.000 10.000.000 8.000.000 6.000.000 4.000.000 2.000.000 0 66 a 70 71 a 75 76 a 80 81 a 85 86 a 90 Entregue 91 a 95 Acumulado 96 a 00 01 a 05 06 a 10 11 a 15 Atualizado em 12/2015 Obs.: A pesquisa contempla shopping centers com, no mínimo, 5.000 m² ABL, já que os exemplos de área menor, invariavelmente, possuem um mercado distinto, muito parecido com aquele de lojas de rua. Além disso, estes shoppings pequenos muitas vezes não possuem áreas de alimentação ou de lazer, ou ainda uma oferta de serviços e estacionamento que possa diferenciá-los das antigas galerias de centros urbanos. Percebe-se que este mercado teve o desenvolvimento mais acentuado no década de 80, com o surgimento de grandes shoppings regionais, MorumbiShopping em São Paulo, o Barra Shopping no Rio de Janeiro, o Center Iguatemi em Porto Alegre, o ParkShopping em Brasília, o Shopping Salvador, dentre tantos outros. início da como o Shopping Barra em Em meados da década de 90, observou-se uma segunda onda de crescimento, impulsionado por fatores específicos, entre eles: Sucesso de alguns empreendimentos realizados na década de 80; A estabilidade econômica oriunda do plano econômico que implantou o Real, a partir de 1994; O aumento da carteira dos Fundos de Pensão que, como consequência, aumentou seus investimentos no setor, contribuindo significativamente para o desenvolvimento de novos empreendimentos. O grande número de inaugurações – quase 200 empreendimentos em 10 anos – elevou o estoque de ABL em mais de 160%, passando de pouco mais de 2 milhões para quase 6 milhões de metros quadrados locáveis. No entanto, a estagnação dos investimentos institucionais no final dos anos 90 levou a uma diminuição da liquidez deste produto e, consequentemente, à redução do número de novos empreendimentos nos início dos anos 2000. Colaboraram também para esta desaceleração o alerta surgido pelo insucesso de alguns empreendimentos mal planejados e a saturação do mercado dos grandes centros. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS 25 A partir de 2005, o setor ganhou novo impulso em virtude do cenário macroeconômico de estabilidade e crescimento que começou a se apresentar, assim como pela demanda de grupos investidores estrangeiros em volume sem precedentes no segmento. Como resultado, ocorreram aquisições de participações em diversos empreendimentos e foram apresentadas previsões de lançamento de uma série de novos projetos, além de expansões e reformas dos existentes. A partir do segundo semestre de 2008, com a deflagração da crise mundial, e durante o ano de 2009, de forma geral, muitos dos novos projetos de shopping centers foram colocados em espera. Apenas projetos que já haviam sido iniciados continuaram a ser desenvolvidos. Muitos dos projetos que estavam em espera foram retomados a partir do ano de 2010, assim como muitos outros surgiram após essa data, culminando com a maior entrega de nova ABL já vista historicamente nos anos de 2011 a 2013. Entre o início de 2011 e o final de 2013, o estoque de ABL no país cresceu cerca de 34%. Neste cenário, principalmente lojas satélites não conseguiram absorver esta nova ABL na mesma velocidade em que novos empreendimentos iam sendo inaugurados, fazendo com que muitos desses novos shopping centers fossem obrigados a abrir suas portas com altas taxas de vacância. Em alguns casos, superior a 30% de suas ABLs. Por este motivo, muitos dos projetos anunciados para 2014 e 2015 foram postergados ou cancelados e, atualmente, a maior parte dos principais players de mercado estão focando seus esforços em ocupar as áreas vagas de seus shopping centers. Em 2015, a entrega de novos empreendimentos atingiu seu menor valor desde 2011, representando cerca de 650.000 m² de ABL. 1.2.1 Classificação de Shopping Centers Segundo o ICSC – International Council of Shopping Centers, os empreendimentos são assim classificados: Vizinhança: (2.800 a 13.900 m² de ABL - população entre 10.000 a 50.000 hab.). É projetado para fornecer conveniência na compra das necessidades do dia-a-dia dos consumidores. Tem como âncora um supermercado apoiado por lojas oferecendo artigos de conveniência. Área primária de 5 minutos; Comunidade: (9.300 a 32.500 m² ABL - população entre 50.000 a 250.000 hab.). O shopping comunitário geralmente oferece um sortimento amplo de vestuário e outras mercadorias. Entre as âncoras mais comuns estão os supermercados e lojas de departamentos e descontos. Entre os lojistas do shopping comunitário algumas vezes encontram-se varejistas de off-price vendendo itens como roupas, objetos e móveis para casa, brinquedos, artigos eletrônicos ou para esporte. Área primária de 5 a 10 minutos; Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS Regional: 26 (37.100 a 74.300 m² ABL – 200.000 a 500.000 habitantes). Este é o mais difundido no Brasil. Prevê a comercialização de uma linha completa de mercadorias, que inclui vestuário, móveis, eletrodomésticos e outras variedades de produtos; É ancorado por uma ou mais lojas de departamento completas (lojas que oferecem linha completa de vestuário, móveis, eletrodomésticos, artigos esportivos, etc.). Área primária de 8 a 24 minutos. Super Regional: (acima 74.300 m² ABL – acima de 500.000 habitantes). Basicamente possui os mesmos serviços do shopping regional, porém com mais variedade e sortimento e um número maior de lojas âncoras. O empreendimento é aglutinado a outros serviços em um master plan amplo que pode envolver atividades como escritórios, hotéis, centro médico e residencial. Área primária de 8 a 40 minutos. No caso da classificação de acordo com o mix do shopping center, a intensa competição no mercado tem produzido segmentações no varejo, resultando em grande variedade de modalidades, altamente especializadas, cada qual tendo como alvo um mercado específico. Existem outros tipos de shoppings, cuja classificação é feita mais em função do "mix" de lojas do que devido a outros fatores, são eles: Power Center: formado basicamente por lojas âncoras (80%) e demais satélites (20%); tal modalidade surgiu no Brasil a partir de 1996 e não está ainda muito difundida; Festival Center: voltado para lazer e turismo. Este tipo de empreendimento é o menos encontrado no Brasil, estando quase sempre localizado em áreas turísticas e basicamente voltado para atividades de lazer e de alimentação, tais como, restaurantes, fast-food, cinemas e outras diversões; Off Price Center: shopping center de descontos, obtidos geralmente através da redução dos custos operacionais (menor luxo). Tem como lojistas varejistas, os quais vendem itens como roupas, objetos e móveis para casa; Factory Outlet Center: conceito parecido com o do Off Price, mas os próprios fabricantes são os proprietários dos pontos de vendas. Consiste em sua maior parte de lojas de fábrica vendendo suas próprias marcas com desconto, além de varejistas. Este tipo de Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 27 DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS empreendimento é o mais difundido no Brasil dentre os shoppings específicos; Especializado: direcionado para um determinado segmento de varejo. Voltado para um mix específico de lojas de um determinado grupo de atividades, tais como moda, decoração, náutica, esportes ou automóveis. 1.2.2 Estoque Existem hoje 555 shoppings centers no Brasil, que somam uma área bruta locável de 14.249.000 m². No entanto, a distribuição do estoque pelo território nacional é bastante heterogênea, como pode ser observado no gráfico a seguir: ESTOQUE TOTAL DE SHOPPING CENTERS NO BRASIL POR REGIÃO Sul 14% Norte 5% Nordeste 17% Centro-Oeste 8% Sudeste 56% 555 SHOPPINGS COM 14.249.000 M² ABL Atualizado em 12/2015 A região Sudeste, pioneira no lançamento de shopping centers no país, continua sendo a principal região em termos de número de empreendimentos em operação e estoque de ABL, pois possui o maior mercado consumidor do país com mais de 85 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE, além de apresentar a melhor infraestrutura entre todas as regiões brasileiras. Além da relação com a população, se adotarmos como parâmetro o produto interno bruto, veremos que aproximadamente 55% do PIB nacional provêm da região Sudeste. Assim encontramos não apenas a região com o maior mercado consumidor como também aquela com maior poder aquisitivo. Ambos os fatores combinados explicam porque o Sudeste concentra aproximadamente 56% da ABL nacional. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 28 DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS a. Sudeste Na região Sudeste, 62% da ABL encontram-se no estado de São Paulo, seguido pelo Rio de Janeiro com 22% do estoque. A região metropolitana de São Paulo merece destaque, representado 36% do estoque do estado, mas vale lembrar que algumas localidades do interior (Campinas, São José dos Campos, Ribeirão Preto e Baixada Santista) possuem estoques maiores do que capitais de outros estados. ESTOQUE TOTAL DE SHOPPING CENTERS NO SUDESTE POR REGIÃO GEOGRÁFICA - DESTAQUE ESTADO DE SÃO PAULO ES 4% MG 12% RMSP 36% SP 62% Outros 19% RJ 22% SJdosCampos 2% Baixada Santista 1% 300 SHOPPINGS COM 7.920.800 M² ABL Campinas 4% Atualizado em 12/2015 MERCADO DE SHOPPING CENTERS - REGIÃO SUDESTE Volume total de shoppings centers por ABL Acima de 75.000 m² 10% 50.001 à 75.000 m² 15% 35.001 à 50.000 m² 25% 5.000 à 15.000 m² 12% 15.001 à 20.000 m² 8% 20.001 à 35.000 m² 30% Atualizado em 12/2015 Cerca de 20% dos empreendimentos em operação na região Sudeste possuem ABL inferior a 20.000 m² e metade dos shoppings podem ser considerados regionais, pois possuem área acima de 35.000 m². Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 29 DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS Como é possível observar pelo gráfico a seguir, o estoque nacional está bastante concentrado em algumas cidades: São Paulo e região metropolitana, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Curitiba e Campinas somam cerca de metade da ABL brasileira. ESTOQUE TOTAL DE SHOPPING CENTERS POR ESTADO 5.000.000 4.000.000 m² ABL 3.000.000 2.000.000 1.000.000 0 SP RJ PR MG RS DF SC BA PE GO CE RN ES MT PA AM SE PB AL MS MA PI RO TO AC AP RR Capital Região Metropolitana Interior Atualizado em 12/2015 O gráfico a seguir mostra a relação de ABL por grupo de 1.000 habitantes em algumas cidades brasileiras. Nota-se que as cidades com os 6 maiores estoques apresentam uma relação bastante próxima, entre 250 e 300 metros quadrados por mil habitantes. Relação de ABL pela população das principais cidades do Brasil 350 ABL (m²) por 1000 habitantes 300 250 200 150 100 50 - População : Fonte - IBGE (dados estimados para 2015) Atualizado em : 12/2015 O gráfico mostra também algumas grandes discrepâncias, como Londrina, no Paraná e Praia Grande, em São Paulo, cujos coeficientes são bem elevados, indicando grande concorrência no setor ou até mesmo uma super-estimativa do potencial local. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 30 DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS 1.2.3 Novo Estoque Em 2015, 21 shoppings centers foram inaugurados e mais 25 sofreram expansões, adicionado aproximadamente 660.000 m² de ABL ao estoque nacional existente. A maior participação no novo estoque ficou para a região Sudeste, que concentrou cerca de 48% da ABL de inaugurações e expansões neste período. ENTREGA ANUAL DE SHOPPING CENTERS NO BRASIL E PREVISÃO DE ENTREGA DE NOVOS ESPAÇOS PARA 2016 - POR REGIÃO GEOGRÁFICA m² de ABL 1.600.000 1.400.000 1.200.000 1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 0 2007 2008 Norte 2009 2010 Nordeste 2011 2012 Centro-Oeste 2013 Sudeste 2014 Sul 2015 2016 Atualizado em 12/2015 Novo Estoque – 2015 Região Empreendimentos Inaugurados Expansões Finalizadas Norte 1 2 Nordeste 8 3 Centro-Oeste 1 3 Sudeste 10 16 Sul 1 1 Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 31 DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS 1.2.4 Desempenho a. Faturamento O faturamento do setor de shoppings apresentou crescimento ao longo dos últimos anos, mesmo com a crise mundial deflagrada no segundo semestre de 2008. De forma geral, pode-se dizer que esta crise não impactou fortemente o setor de varejo no Brasil que, pelo menos no que tange as operações em shopping centers, não teve ou pouco teve suas vendas afetadas pela crise mundial. FATURAMENTO ANUAL DO SETOR DE SHOPPING CENTERS NO BRASIL 160.000.000 140.000.000 120.000.000 Bilhões 100.000.000 80.000.000 60.000.000 40.000.000 20.000.000 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: ABRASCE R$ US$ Atualização 12/2014 b. Aluguéis Em relação aos valores praticados de locação, encontramos no Sudeste os maiores valores praticados e também a maior variação. Isto se explica pela grande quantidade de empreendimentos em diferentes estágios de maturação e perfil consumidor. Obviamente, os valores mais elevados são praticados em empreendimentos prime em estágio avançado de maturação, como os shoppings Iguatemi e Morumbi, em São Paulo, e Rio Sul e BarraShopping no Rio de Janeiro. Nestes empreendimentos, o desempenho médio de vendas é elevado, o que permite alcançar elevados níveis de aluguéis. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 32 DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS Vendas R$/m² ABL/ mês FAIXA DE VALORES DE LOCAÇÃO E VENDA POR M² DE ABL Locação R$/m² ABL/mês 4.000 400 3.500 350 3.000 300 2.500 250 2.000 200 1.500 150 1.000 100 500 50 - 0 Sudeste Sul Nordeste Venda Norte Locação Centro-Oeste Atualizado em 12/2015 c. Receita Líquida A receita líquida distribuída tem apresentado crescimento em todas as regiões, sendo que os empreendimentos do Sudeste possibilitam maiores receitas e retorno ao investidor. O mesmo acontece com o Centro Oeste, alavancado pelo mercado de Brasília, mesmo tendo uma representatividade menor. O Sul aparece em terceiro lugar devido aos valores altos de locação praticados em alguns empreendimentos existentes na região. O Nordeste e Norte possuem os menores níveis devido ao mercado consumidor com menor renda per capita. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 33 DEFINIÇÕES E O MERCADO DE SHOPPING CENTERS Locação R$/m² ABL/ mês FAIXA DE VALORES DE LOCAÇÃO POR M² DE ABL 250 200 150 100 50 Sudeste Sul Nordeste Norte Centro Oeste Atualizado em 12/2015 1.2.5 Oferta Hoje no Brasil a oferta de imóveis para fins de investimento pode ser considerada limitada e concentrada em participações minoritárias, tanto em shopping centers como em imóveis comerciais, tipo escritórios (andares isolados). Até meados de 2006, o volume de transações envolvendo participações em shopping centers foi muito reduzido, concentrado em algumas negociações envolvendo fundos de pensões. No entanto, até o final de 2007 o mercado assistiu a uma série de transações no segmento, seja de aquisição de participações em empreendimentos ou em empresas do setor, sejam elas proprietárias ou administradoras. Com a crise mundial deflagrada no segundo semestre de 2008, o número e volume de transações de compra e venda de participações em shopping centers reduziram-se drasticamente quando comparados ao número e volume de transações que ocorreram nos anos de 2006 e 2007. Atualmente, a principal oferta consiste em participações minoritárias de pequenos proprietários de shopping centers que estão vendendo suas participações para os grandes proprietários. Algumas transações de grandes volumes também têm ocorrido, mas em menor número do que ocorria em 2006 e 2007. Algumas empresas que visam à realização de lucro após o desenvolvimento ou redesenvolvimento de shopping centers têm se mostrado importantes fontes de oferta de shopping centers para venda no país. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 34 DEMANDA PARA INVESTIMENTO 2 DEMANDA PARA INVESTIMENTO Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 35 DEMANDA PARA INVESTIMENTO 2.1 DEMANDA PARA INVESTIMENTO Para analisar o mercado de investimento imobiliário, primeiramente convém identificar os principais grupos atuantes, descritos a seguir. 2.1.1 Investidores Nacionais a. Institucionais Os investidores institucionais nacionais compreendem, basicamente, os fundos de pensão e outras instituições sem fins lucrativos. Em agosto de 2015, havia 261 fundos de pensão no país – a maioria ligada a empresas estatais – os quais possuem cerca de R$ 693 bilhões em investimentos, cerca de 2,5 milhões de participantes ativos, e pouco menos de 4,0 milhões de dependentes.2 O gráfico abaixo mostra a evolução do valor da carteira de investimentos dos fundos de pensão brasileiros, nos últimos 10 anos: Fundos de Pensão Evolução da Carteira de Investimentos 800.000 700.000 R$ (milhões) 600.000 500.000 400.000 300.000 200.000 100.000 4TR05 1TR06 2TR06 3TR06 4TR06 1TR07 2TR07 3TR07 4TR07 1TR08 2TR08 3TR08 4TR08 1TR09 2TR09 3TR09 4TR09 1TR10 2TR10 3TR10 4TR10 1TR11 2TR11 3TR11 4TR11 1TR12 2TR12 3TR12 4TR12 1TR13 2TR13 3TR13 4TR13 1TR14 2TR14 3TR14 4TR14 1TR15 2TR15 3TR15 - Fonte: ABRAPP - Ago/15 De acordo com o tamanho de suas carteiras, os fundos de pensão podem ser classificados em 4 grandes grupos: 2 Consolidado Estatístico. Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar – ABRAPP. Agosto de 2015. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 36 DEMANDA PARA INVESTIMENTO Classe Portfólio Número de Instituições 1 Acima de R$ 10 bilhões 10 2 Entre R$ 1 Bilhão e R$ 10 Bilhões 78 3 Entre R$ 500 Milhões e R$ 1 Bilhão 42 4 Até R$ 500 Milhões 129 O gráfico a seguir apresenta os 20 maiores Fundos de Pensão pelo total de recursos investidos: Maiores Fundos de Pensão por Valor da Carteira de Investimentos Total: R$ 693 Bilhões FUNCEF 12% PETROS 14% PREVI 35% ELETROCEEE 1% FUNCESP 5% FACHESF 1% FUNDAÇÃO ITAÚ UNIBANCO 4% HSBC FUNDO DE CENTRUS PENSÃO TELOS 1% 1% 1% PREVIDÊNCIA USIMINAS 2% FUNDAÇÃO COPEL 2% POSTALIS 2% FAPES 2% REAL GRANDEZA 3% VALIA 4% BANESPREV 3% FUNDAÇÃO ATLÂNTICO 2% FORLUZ 3% SISTEL 3% Fonte: ABRAPP - Ago/15 Estes fundos concentram aproximadamente 70% do total de recursos investidos pelos fundos de pensão brasileiros. Após uma queda nos investimentos imobiliários diretos, iniciada ainda nos anos de 1990, a participação dos investimentos imobiliários na carteira dos fundos de pensão permaneceu baixa, próximo a 3%, até o final de 2010. A partir de então, nota-se um “retorno” destes investidores ao mercado e, hoje, os imóveis representam 5,0% da carteira de investimentos, enquanto os Fundos de Investimento Imobiliário – FIIs somam apenas 0,32%, uma pequena, mas crescente participação, como mostra o gráfico abaixo. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 37 DEMANDA PARA INVESTIMENTO Fundos de Pensão Evolução da Carteira de Investimentos Imobiliários 35.000 6,0% 30.000 5,0% 25.000 R$ (milhões) 4,0% 20.000 3,0% 15.000 2,0% 10.000 1,0% 5.000 IMÓVEIS FII PARTICIPAÇÃO NA CARTEIRA 3TR15 2TR15 1TR15 4TR14 3TR14 2TR14 1TR14 4TR13 3TR13 2TR13 1TR13 4TR12 3TR12 2TR12 1TR12 4TR11 3TR11 2TR11 1TR11 4TR10 3TR10 2TR10 1TR10 4TR09 3TR09 2TR09 1TR09 4TR08 3TR08 2TR08 1TR08 4TR07 3TR07 2TR07 1TR07 4TR06 3TR06 2TR06 1TR06 0,0% 4TR05 - Fonte: ABRAPP - Ago/15 Mais recentemente, mudanças na regulação do setor também trazem alternativas para os fundos de pensão. A resolução 3.792 do Conselho Monetário Nacional, no seu capítulo VI, define os segmentos de aplicação permitidos aos fundos de pensão e acrescenta, além do segmento “Imóveis”, o de “Investimentos Estruturados”, que inclui cotas de fundos de investimento imobiliário. A resolução também estabelece limites para a alocação dos recursos dos fundos de pensão. O quadro abaixo apresenta os limites para investimentos diretos e indiretos no mercado imobiliário3: Segmento Tipo de Investimento Renda Fixa Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) 20% Cédula de Crédito Imobiliário (CCI) 20% Cota de Fundo de Investimento Imobiliário (FII) 10% Investimentos Estruturados Imóveis Limite 8% Além do limite de recursos alocados, há limitação de alocação por emissor: 20% se instituição financeira autorizada pelo BACEN, 10% se companhia securitizadora e 10% no caso de fundo de investimento do segmento investimentos estruturados. Adicionalmente, existe também limite de concentração por emissor, como por exemplo, de até 20% do patrimônio líquido de fundo de investimento do segmento investimentos estruturados. Atualmente, os fundos de pensão detêm cerca de R$ 2,21 bilhões em cotas de fundos imobiliários. 3 Não estão incluídos limites para aplicação em renda variável (mercado de ações), que também podem incluir empresas de base imobiliária. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII DEMANDA PARA INVESTIMENTO 38 b. Property Companies O número de empresas especializadas em investimento imobiliário no Brasil é, tradicionalmente, restrito. São empresas com grande capital e muito exigentes na aquisição dos imóveis, preferindo aqueles com boa localização, dificilmente aceitando imóveis vagos. Além de aquisições para investimento (imóveis alugados), estas empresas têm-se interessado por edifícios inteiros com a finalidade de reformá-los para atualizar suas especificações técnicas e, posteriormente, ofertá-los ao mercado de locação e/ou venda, bem como oportunidades de incorporação com vistas a obter retornos elevados. Operações do tipo built-to-suit com empresas de médio e grande porte dispostas a assinar contratos de locação de longo prazo, embora não muito frequentes, são também potenciais negócios para tal grupo de investidores. As três maiores property companies brasileiras são: BR Properties, São Carlos e Cyrela Commercial Properties (CCP), que são comercializadas na bolsa de valores de São Paulo – BOVESPA – e possuem ativos que somam cerca de R$ 19 bilhões. Seus portfólios são diversificados em termos de tipo de imóvel (escritório, industrial/logística, varejo, shopping centers), sendo que a CCP é mais direcionada para o desenvolvimento/incorporação enquanto as outras duas aliam aquisições de imóveis prontos e redesenvolvimento e/ou reposicionamento de ativos. Nos últimos 10 anos, o mercado de imóveis industriais/logística teve como destaque a GLP que adquiriu em 2014 o portfólio industrial da BR Properties (incorporado da WTorre Properties em uma operação conjunta com BTG Pactual em 2012) e também os imóveis industriais da Prosperitas (antigo portfólio da Braccor) em 2012, se tornando a maior property company no segmento industrial atuante no Brasil, além da CCP, outro importante player deste mercado. Esses players possuem atuação em escala nacional, com foco em empreendimentos para renda, inicialmente com operações do tipo built-to-suit e mais recentemente com grande participação também em desenvolvimento de empreendimentos especulativos. Das transações mais recentes, destaca-se a relevância dos players internacionais Brookfield e Blackstone, com aquisições dos imóveis do Fundo Opportunity ao final de 2014, e de parte da carteira da BR Properties ainda no segundo semestre deste ano. De acordo com os números divulgados, as transações totalizam cerca de R$ 3,8 bilhões, sendo R$ 700 milhões referentes à transação do Opportunity (quatro edifícios de escritórios no Rio de Janeiro) para a Blackstone, e o restante dividido em duas transações para Brookfield (escritórios e varejo em São Paulo e Rio de Janeiro) e Blackstone (imóveis industriais, escritórios e varejo) individualmente. O cap rate estimado para estas transações estaria em torno de 9% a 11% a.a.. Shopping Center O mercado de investimento em shopping centers teve enorme crescimento desde meados da década passada, quando tradicionais grupos nacionais capitalizaram-se através de joint-ventures com fundos internacionais e também através de abertura de capital. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII DEMANDA PARA INVESTIMENTO 39 Atualmente os maiores players neste mercado são BR Malls, Multiplan, Aliansce Shopping Centers, Iguatemi Empresa de Shopping Centers, Sonae Sierra Brasil, Brookfield Shopping Centers, General Shopping e Ancar Ivanhoe Shopping Centers. Todas estas empresas têm atuação nacional e com exceção a Brookfield e Ancar Ivanhoe, todas as demais são listadas na bolsa de valores de São Paulo – BOVESPA. Nesta nova fase dos investimentos em shopping centers, o mercado tem concentrado os esforços no desenvolvimento de novos malls como principal estratégia de crescimento, associada a aquisições progressivas de participações em empreendimentos até atingir o controle. A BR Malls, que possui a maior ABL própria, construiu seu portfólio inicialmente seguindo a estratégia de aquisição de participações minoritárias. c. Fundos de Investimento Imobiliário Os fundos imobiliários, que tomaram força nas economias mais maduras nos anos de 1990, surgiram como forma de ampliar o leque de investidores, antes restrito às instituições com grande disponibilidade de capital e capacidade de gestão do portfólio. Basicamente, estes fundos podem ser de dois tipos: os fundos públicos, listados nas bolsas de valores, e os fundos privados. O primeiro tipo caracteriza-se por uma maior regulamentação, pois é direcionado ao público em geral, enquanto o segundo tipo é mais comumente direcionado a investidores institucionais. No Brasil, os fundos imobiliários foram criados pela Lei 8.668/93 e regulamentado pela instrução CVM nº 472 de 2008. Os fundos estão sujeitos a um regime tributário incentivado (Lei 9.779/99), assim como o cotista (Leis 11.196/05 e 11.033/04). O gráfico abaixo apresenta o histórico de registros de fundos imobiliários na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nos últimos anos: Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 40 DEMANDA PARA INVESTIMENTO Fundos Imobiliários 15.000 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 14.000 13.000 12.000 11.000 10.000 R$ 9.000 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Volume (R$) 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Número de Registros Milhões Registros de Ofertas Públicas Em Análise Número de Registros Fonte: CVM - Dez/15 O salto no volume de registros desde 2009, quando um total de R$ 3,5 Bilhões foi registrado, é notável. Em 2010 e 2012 o recorde foi quebrado, com mais de R$ 9,5 Bilhões e R$ 14 Bilhões em registros. Em 2013 e 2014, houve uma retração no registro de ofertas públicas, para cerca de R$ 10,5 Bilhões e R$ 4,7 Bilhões, respectivamente. Já em 2015, houve cerca de R$ 5,7 bilhões em registros. Nos últimos anos, ficou claro o esforço das instituições financeiras e das entidades ligadas ao mercado imobiliário de aquecer o mercado de fundos imobiliários. Em dezembro de 2015, havia 264 FIIs cadastrados na CVM, com patrimônio líquido de mais de R$ 62 bilhões. O yield do dividendo é calculado sobre o valor atual da cota. Nota-se uma concentração dos retornos entre 10% e 13% a.a., lembrando que o retorno é líquido, pois este tipo de investimento é isento de imposto de renda. d. Pessoas Físicas Este segmento é amplo e diversificado e reúne investidores capazes de decidir rapidamente e que procuram os imóveis como investimento no longo prazo. Nos últimos anos, o crescimento da economia com consequente acumulação de capital e o cenário favorável para investimento em imóveis (queda na taxa de juros), tem permitido maior demanda neste segmento e até aumento no “ticket” médio dos investidores. Em geral, este tipo de investidor se concentra mais em andares de escritórios e pequenos imóveis, com o valor das transações situando-se abaixo da casa dos R$ 5 milhões, muito embora algumas transações possam chegar a R$ 10 milhões e algumas alcancem até R$ 20 milhões. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 41 DEMANDA PARA INVESTIMENTO e. Companhias de Seguro Estes investidores estiveram presentes no mercado devido à necessidade de reserva técnica e muitas vezes compraram imóveis de companhias associadas (caso de seguradoras de bancos). Com a venda e/ou joint ventures com grandes companhias estrangeiras, esses portfólios passaram a exigir modificações. Atualmente, as companhias seguradoras não são mais obrigadas a possuir imóveis como reserva técnica e, portanto, poucas se interessam por novas aquisições. 2.1.2 Investidores Estrangeiros Graças à estabilidade política e econômica dos últimos anos, cada vez mais investidores estrangeiros estão se interessando pelo mercado imobiliário nacional, no qual ainda é possível atingir retornos elevados em comparação aos alcançados em mercados mais maduros. Primeiramente a estratégia de entrada destes investidores foi a aquisição de ou parceria com empresas locais de modo a acelerar a curva de aprendizado no mercado brasileiro. Como consequência, tiveram grande participação nas ofertas públicas de ações (IPOs) de empresas de incorporação ocorridas em 2006/2007 e também em 2008 após a crise de crédito nos mercados desenvolvidos. Desde 2005, aproximadamente US$ 19,4 Bilhões foram investidos por estrangeiros em IPOs. IPOS - DISTRIBUIÇÃO POR ORIGEM DOS INVESTIMENTOS (USD X 1.000) 8.000.000 Total : US$ 19.400 BI 7.000.000 1.9Bi 6.000.000 5.000.000 4.000.000 1.3 Bi 3.000.000 620 MM 5.3 Bi 1.0 Bi 2.000.000 536 MM 2.5 Bi 2.2 Bi 1.000.000 110 MM - 284.MM 2005 2006 2007 2008 74 MM 1.9 Bi 1.0 Bi 141 MM 218 MM 293 MM 2009 2010 Investidor Estrangeiro 2011 2012 Empresas Nacionais 2013 2014 2015 Atualizado em : 12/2015 Apesar da preferência pelo mercado de ações, muitos investimentos diretos ocorreram no período, particularmente no mercado de escritórios. O gráfico abaixo mostra investimento direto por estrangeiros no maior mercado de escritórios brasileiro – São Paulo. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 42 DEMANDA PARA INVESTIMENTO AQUISIÇÕES NO MERCADO DE ESCRITÓRIOS POR TIPO DE COMPRADOR SÃO PAULO / ALPHAVILLE m² Nº de transações 250.000 100 200.000 80 150.000 60 100.000 40 50.000 20 - 00 01 Property Company 02 03 04 Fundos de Pensão 05 06 07 08 Investidor Estrangeiro 09 10 Fundos Imobiliários 11 12 13 Outros 14 15 N° Transações Atualizado em : 12 / 2015 Entre 2005 e 2008 houve grande atividade e em 2009 os efeitos da crise financeira praticamente reduziram a quase zero a participação estrangeira nas aquisições. Esta “parada” foi interrompida em 2010 e nos dois anos seguintes o ritmo das aquisições foi retomado. Em 2013 e 2014, novamente observou-se uma queda na participação estrangeira nas aquisições. São Paulo e Rio de Janeiro mantêm suas posições como os mercados mais demandados para investimento. Ainda assim, observamos que em alguns segmentos de mercado como industrial/logística e shopping centers, investidores estão buscando oportunidades em praticamente todo o território nacional, em regiões com perspectivas de crescimento. No segmento industrial, por exemplo, a demanda é direcionada para os principais polos industriais já consolidados e em crescimento, como as regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Recife. 2.1.3 Retorno Inicial (Initial Yield) A taxa básica de juros (SELIC) tem importante influência na expectativa de retorno inicial de investimentos imobiliários. É sabido que uma SELIC baixa reduz o retorno de investimentos em renda fixa e há uma “migração” de capital para ativos imobiliários. Paralelamente, há maior liquidez no mercado de capitais e os investidores podem “alavancar” suas aquisições a um custo menor. Desde o início da década passada há uma tendência de queda na SELIC e particularmente na segunda metade da década passada a taxa caiu significativamente. Em 2009, a taxa caiu abaixo de 10% pela primeira vez e apesar da elevação em 2010/2011, a taxa real oscilou ao redor de 5% nestes três anos. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 43 DEMANDA PARA INVESTIMENTO A partir do final de 2011, observou-se uma nova queda da taxa, que atingiu 7,25% a.a. em março de 2013. Desde então, o mercado tem visto o aumento da taxa básica de juros, atualmente em 14,25% (dezembro de 2015), em termos nominais. O gráfico a seguir ilustra a evolução histórica da taxa SELIC. TAXA SELIC (META) 20% Meta Selic (%a.a.) 15% 10% 5% 0% ago-15 nov-15 mai-15 fev-15 ago-14 nov-14 mai-14 fev-14 ago-13 nov-13 mai-13 fev-13 ago-12 nov-12 Taxa Real mai-12 fev-12 ago-11 nov-11 mai-11 fev-11 ago-10 nov-10 mai-10 fev-10 ago-09 nov-09 mai-09 fev-09 ago-08 nov-08 mai-08 fev-08 ago-07 nov-07 mai-07 fev-07 ago-06 nov-06 nov-05 mai-06 fev-06 Taxa Nominal Fonte: Banco Central do Brasil Quando se considera o efeito combinado de taxa base de juros em ascensão e incertezas acerca das expectativas de crescimentos de valores locativos e de venda, é de se esperar que isto crie algum impacto no retorno inicial exigido por investidores imobiliários frente ao que vinha sendo praticado nos últimos tempos. Como referência, a tabela abaixo apresenta faixas de yields iniciais nos principais segmentos imobiliários do país. Tipo de Imóvel Rentabilidade Inicial Shopping Center “Prime” 7,5% - 10,5% Shopping Centers 8,5% - 12,5% Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 44 SHOPPING BONSUCESSO 3 SHOPPING BONSUCESSO Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII SHOPPING BONSUCESSO 45 3.1 CARACTERÍSTICAS DO IMÓVEL 3.1.1 Localização O imóvel está localizado à Avenida Juscelino Kubitschek, nº 5308, bairro Jardim Albertina, município de Guarulhos, estado do São Paulo. O mapa de localização está anexado ao Apêndice 3A do presente relatório. 3.1.2 Situação O imóvel está situado no distrito do Bonsucesso do município de Guarulhos, na quadra delimitada pelas Avenidas Juscelino Kubitschek e Jorge Amado. Como referência, o imóvel está a: 1,0 km da Rodovia Presidente Dutra; 1,2 km da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP – Campus Guarulhos); 5,0 km da Rodovia Ayrton Senna da Silva; 10,0 km do Aeroporto Internacional de Guarulhos; 18,0 km do centro de Guarulhos; A planta de situação está anexada ao Apêndice 3A. 3.1.3 Ocupação Circunvizinha O imóvel está localizado no distrito de Bonsucesso, na região leste do município de Guarulhos. A região possui perfil misto entre industrial, comercial e residencial, prevalecendo o uso industrial nos locais próximos à Rodovia Presidente Dutra. No entorno imediato do empreendimento, a ocupação predominante é de indústrias e residências de baixo padrão. Destaque também para a Universidade Federal de São Paulo – Campus Guarulhos, localizada a cerca de 1,0 km do imóvel. 3.1.4 Melhoramentos Urbanos O local é servido por rede de abastecimento de água, de energia elétrica, de esgoto, de comunicações, conservação de vias públicas, limpeza pública, ruas pavimentadas, iluminação pública, coleta de lixo e entrega postal. 3.1.5 Comunicações Quanto à malha de transportes, o imóvel encontra-se próximo à Rodovia Presidente Dutra, importante via de ligação da cidade de Guarulhos com outros bairros da cidade e com a cidade de São Paulo e outros municípios vizinhos. Além disso, a região aguarda a conclusão da obra viária do Trevo do Bonsucesso, cuja reformulação poderá melhorar a fluidez de veículos. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII SHOPPING BONSUCESSO 46 Quanto ao transporte urbano, a região é servida de linhas de ônibus, que ligam a região aos demais bairros de Guarulhos e municípios vizinhos. Quanto ao transporte aéreo, o Aeroporto Internacional de Guarulhos está localizado a cerca de 10 km do imóvel, funcionando com voos domésticos e internacionais. 3.1.6 Descrição O Shopping Bonsucesso foi inaugurado em 5 de maio de 2006. Conta atualmente com 114 lojas em operação distribuídas em um único piso, sendo 1 hipermercado (Tenda Atacado), 5 âncoras (Marisa, Lojas Marabraz, Casas Bahia, Mais Valdir e C&A), 1 cinema de bandeira Circuito Cinemas com 6 salas, 2 megaloja (Centauro e Lojas Americanas), 1 loja de lazer (Pikoki Diversões), e 104 lojas satélites. Além disto, o empreendimento conta com 15 LUCs vagas que totalizam 639,84 m². As fotografias do imóvel estão anexadas ao Apêndice B. a. Instalações e Equipamentos Circulação Vertical 3 elevadores. Sistema de Ar Condicionado Sistema central de ar condicionado com capacidade para 518 TRs. Sistema Hidráulico e de Combate a Incêndio Consumo médio de 5.000 m³, com reserva de 500m³ para combate a incêndio; Rede de sprinklers, extintores e hidrantes. Sistema de Abastecimento de Energia Elétrica Consumo médio de 1 MWh. b. Vagas de Estacionamento O imóvel possui 700 vagas demarcadas, o que representa uma relação de vagas por ABL de cerca de 1:35. 3.1.7 Áreas Não foi realizada a medição do imóvel, porém, como mencionado, nós confiamos nas informações que nos foram fornecidas pela contratante. A área do terreno do imóvel possui 87.932,25 m², sendo que, de acordo com dados fornecidos pelo cliente, o shopping center possui 35.080,86 m² de área construída e 24.567,92 m² de área bruta locável (ABL). De acordo com as informações coletadas junto à Administração, a ABL média do empreendimento nos últimos 12 meses analisados (janeiro a dezembro de 2015) estava distribuída da seguinte forma: Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 47 SHOPPING BONSUCESSO Segmento ABL média 12 meses (m²) Âncoras 13.745,11 Vestuário 4.267,27 Artigos do Lar 20,22 Artigos Diversos 1.063,95 Alimentação 1.284,64 Lazer 1.978,89 Conveniência/Serviços 1.583,93 Lojas Vagas TOTAL 328,57 24.272,57 3.1.8 Estado de Conservação Verificamos no local que, de modo geral, o imóvel encontra-se em bom estado de conservação, não necessitando de reparos emergenciais. 4 3.1.9 Questões Ambientais Nós não realizamos investigações de usos anteriores, no imóvel ou quaisquer adjacentes, para verificar se existe qualquer possibilidade de contaminação de tais utilizações ou locais, ou outros fatores de risco ambientais e, por isso, assumimos que não haja risco nenhum.5 3.1.10 Projetos de Expansão Não nos foram disponibilizados quaisquer dados a respeito de novos projetos de expansão para o imóvel em análise. 4 A CBRE não foi instruída a verificar as condições estruturais das construções ou de suas fundações, nem testamos os equipamentos e serviços anteriormente mencionados. Não temos razões para suspeitar de que exista algum problema sério, mas não podemos responder por esses aspectos e suas possíveis implicações. Nós consideramos apenas a vistoria limitada ao propósito desta avaliação. 5 A CBRE não foi instruída a fazer investigações em relação à presença ou potencial de contaminação do terreno ou edifício ou a presença potencial de outros fatores de risco ambiental. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII SHOPPING BONSUCESSO 48 3.2 PLANEJAMENTO URBANO 3.2.1 Uso e Ocupação do Solo Por se tratar de um imóvel já construído e em funcionamento e por não termos sido instruídos a pesquisar informações legais sobre o uso e ocupação do solo para o imóvel em análise, consideramos que as construções ali existentes estejam em conformidade com a legislação atual, e/ou da época de sua edificação, e que eventuais irregularidades já estejam em processo de regularização. Não temos conhecimento de quaisquer problemas que possam ter impacto negativo sobre o valor do imóvel. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII SHOPPING BONSUCESSO 49 3.3 CONSIDERAÇÕES LEGAIS 3.3.1 Titulação Não foram feitas investigações sobre a situação atual da documentação, considerandose, portanto, como correta e de conhecimento do proprietário. Para este trabalho, assumiremos a ausência de quaisquer dívidas, dúvidas ou ônus que pudessem vir a interferir na determinação do valor de mercado do imóvel. 3.3.2 Dispêndios Não foram feitas investigações sobre a situação atual do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) do imóvel em análise. Para este trabalho, assumiremos que o cliente tem total conhecimento da situação fiscal do imóvel e que não existem quaisquer pendências fiscais em relação ao imóvel que possam impedir ou afetar o seu valor de venda. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 50 SHOPPING BONSUCESSO 3.4 ANÁLISE DE DESEMPENHO Esta etapa do trabalho tem por objetivo analisar o desempenho financeiro do empreendimento, sua performance quanto às vendas, aos aluguéis praticados e outras fontes de receitas e às despesas, o que nos dará subsídios para as análises de valor. Buscamos identificar as informações da maneira mais detalhada possível e em termos gerais, as informações fornecidas foram suficientes para atingir grau de precisão que pode ser considerado aceitável. Os dados aqui expostos provêm do cruzamento das informações prestadas pela administração do Shopping Center e, também, pelo proprietário do empreendimento. Analisamos os dados mensais do shopping center para os últimos 5 anos (janeiro de 2011 a dezembro de 2015). 3.4.1 Vendas Declaradas O gráfico a seguir ilustra a evolução das vendas globais declaradas de operação do empreendimento nos últimos 5 anos analisados: SHOPPING BONSUCESSO ANÁLISE DE PERFORMANCE Vendas Declaradas R$ 400.000.000 350.000.000 300.000.000 250.000.000 200.000.000 150.000.000 100.000.000 50.000.000 Período jan/11 a dez/11 R$ 238.389.997 Crescimento R$ (IPCA) 321.940.480 Crescimento jan/12 a dez/12 263.021.161 10,33% 336.809.360 4,62% jan/13 a dez/13 298.861.377 13,63% 360.455.667 7,02% jan/14 a dez/14 334.365.215 11,88% 379.323.333 5,23% jan/15 a dez/15 326.184.893 -2,45% 339.599.250 -10,47% 0 jan/11 a dez/11 jan/12 a dez/12 jan/13 a dez/13 R$ jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 R$ (IPCA) O quadro a seguir mostra a média do desempenho de vendas por segmento, nos últimos 12 meses: Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 51 SHOPPING BONSUCESSO (R$) Média Atualizada (pelo IPCA) (R$) (R$/m²) Média Atualizada (pelo IPCA) (R$/m²) 17.076.583 17.790.872 1.242 1.294 Megalojas 0 0 - - Vestuário 4.947.412 5.132.277 1.159 1.203 15.105 15.689 747 776 Artigos Diversos 1.504.022 1.566.069 1.414 1.472 Alimentação 2.767.504 2.883.150 2.154 2.244 Lazer 409.941 428.873 207 217 Conveniência/Serviços 461.508 483.008 291 305 VENDAS DECLARADAS Âncoras Média Nominal Artigos do Lar Média Nominal Outros 0 0 - - TOTAL 27.182.074 28.299.937 1.135 1.182 O gráfico a seguir apresenta a variação das vendas por m² durante os 5 anos analisados, atualizadas pelo IPCA: SHOPPING BONSUCESSO ANÁLISE DE PERFORMANCE Vendas Declaradas por ABL R$/m² 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 - ANCORAS MEGALOJAS LOJAS SATÉLITES LAZER MÉDIA DO SHOPPING Nota: Evidentemente, o peso do IPCA sobre os dados de vendas, receitas e despesas pode, em muitas ocasiões, ser mais crítico do que a realidade. Mesmo assim, para esta análise, considera-se que toda a inflação do período tivesse sido repassada incondicionalmente aos preços, mês a mês, e que, como sabemos, não ocorre na realidade. Por isso, procuramos ser coerente em nossas análises, de forma a não penalizar ou beneficiar o empreendimento nas projeções futuras, embasados apenas nos dados históricos convertidos por este índice. 3.4.2 Receitas dos Proprietários a. Aluguel Mínimo O gráfico a seguir ilustra a evolução do faturamento com aluguel mínimo no empreendimento nos últimos 5 anos analisados: Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 52 SHOPPING BONSUCESSO SHOPPING BONSUCESSO ANÁLISE DE PERFORMANCE Aluguel Mínimo R$ 14.000.000 12.000.000 10.000.000 8.000.000 6.000.000 Período jan/11 a dez/11 4.000.000 2.000.000 R$ 7.832.619 Crescimento R$ (IPCA) 10.605.349 Crescimento jan/12 a dez/12 9.232.084 17,87% 11.858.097 11,81% jan/13 a dez/13 jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 10.107.125 9,48% 12.228.573 3,12% 11.271.233 12.172.048 11,52% 7,99% 12.828.204 12.721.952 4,90% -0,83% 0 jan/11 a dez/11 jan/12 a dez/12 jan/13 a dez/13 R$ jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 R$ (IPCA) O quadro a seguir mostra a média do desempenho de faturamento com aluguel mínimo por segmento, considerando os últimos 12 meses analisados: ALUGUEL MÍNIMO Âncoras (R$) Média Atualizada (pelo IPCA) (R$) 255.076 265.728 Média Nominal (R$/m²) Média Atualizada (pelo IPCA) (R$/m²) 19 19 Média Nominal Megalojas 0 0 - - Vestuário 353.427 367.188 83 86 Artigos do Lar 2.423 2.518 120 125 Artigos Diversos 142.908 148.988 134 140 Alimentação 152.129 158.164 118 123 Lazer 52.341 54.553 26 28 Conveniência/Serviços 380.641 396.604 240 250 Outros 0 0 - - TOTAL 1.338.947 1.393.744 56 58 O gráfico a seguir apresenta a variação do faturamento com aluguel mínimo por m² de ABL durante os 5 anos analisados, atualizadas pelo IPCA: Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 53 SHOPPING BONSUCESSO SHOPPING BONSUCESSO ANÁLISE DE PERFORMANCE Aluguel Mínimo por ABL R$/m² 250 200 150 100 50 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 0 ANCORAS MEGALOJAS LAZER LOJAS SATÉLITES MÉDIA DO SHOPPING b. Aluguel Complementar O gráfico a seguir ilustra a evolução do faturamento com aluguel complementar no empreendimento nos últimos 5 anos analisados: SHOPPING BONSUCESSO ANÁLISE DE PERFORMANCE Aluguel Complementar R$ 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 500.000 Período jan/11 a dez/11 R$ 1.422.331 Crescimento R$ (IPCA) 1.929.076 Crescimento jan/12 a dez/12 1.406.940 -1,08% 1.808.251 -6,26% jan/13 a dez/13 jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 1.525.527 8,43% 1.846.629 2,12% 1.674.487 1.500.527 9,76% -10,39% 1.907.948 1.576.048 3,32% -17,40% 0 jan/11 a dez/11 jan/12 a dez/12 jan/13 a dez/13 R$ jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 R$ (IPCA) c. Quiosques & Merchandising Este tipo de receita refere-se ao faturamento do empreendimento a título de locação de quiosques temporários e de espaços destinados à propaganda. O gráfico a seguir ilustra a evolução do faturamento com quiosques e merchandising no empreendimento nos últimos 5 anos analisados: Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 54 SHOPPING BONSUCESSO SHOPPING BONSUCESSO ANÁLISE DE PERFORMANCE Quiosques e Merchandising R$ 1.800.000 1.600.000 1.400.000 1.200.000 1.000.000 800.000 600.000 Período jan/11 a dez/11 400.000 200.000 R$ 783.246 Crescimento R$ (IPCA) 1.057.926 Crescimento jan/12 a dez/12 857.669 9,50% 1.097.714 3,76% jan/13 a dez/13 jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 1.119.452 30,52% 1.347.394 22,75% 1.455.253 1.550.510 30,00% 6,55% 1.651.088 1.615.751 22,54% -2,14% 0 jan/11 a dez/11 jan/12 a dez/12 jan/13 a dez/13 R$ jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 R$ (IPCA) d. Estacionamento A receita de estacionamento aqui considerada refere-se à receita líquida de estacionamento efetivamente distribuída aos proprietários do shopping center, ou seja, corresponde à receita bruta do estacionamento descontada de todas as despesas de operação do mesmo, inclusive da remuneração do operador e de qualquer tipo de acordo de distribuição de valores para o condomínio do empreendimento ou para qualquer outra finalidade, quando cabível. O gráfico a seguir ilustra a evolução do faturamento com estacionamento no empreendimento nos últimos 5 anos analisados: SHOPPING BONSUCESSO ANÁLISE DE PERFORMANCE Estacionamento R$ 4.000.000 3.500.000 3.000.000 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 500.000 Período jan/11 a dez/11 R$ 1.596.160 Crescimento R$ (IPCA) 2.160.344 Crescimento jan/12 a dez/12 2.762.440 73,07% 3.545.124 64,10% jan/13 a dez/13 jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 2.841.598 2,87% 3.433.416 -3,15% 3.262.365 3.312.900 14,81% 1,55% 3.713.253 3.463.835 8,15% -6,72% 0 jan/11 a dez/11 jan/12 a dez/12 jan/13 a dez/13 R$ Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII jan/14 a dez/14 R$ (IPCA) jan/15 a dez/15 55 SHOPPING BONSUCESSO e. Receitas Diversas Em receitas diversas estão incluídas todas as outras receitas do shopping center, as quais podem incluir, entre outras: Receitas de CDU; Taxas de transferência; Recebimentos de pagamentos de juros, multas e moras; Descontos de aluguel (-); Outras receitas em geral. O gráfico a seguir ilustra a evolução do faturamento com receitas diversas no empreendimento nos últimos 5 anos analisados: SHOPPING BONSUCESSO ANÁLISE DE PERFORMANCE Receitas Diversas R$ 800.000 700.000 600.000 500.000 400.000 300.000 200.000 100.000 0 jan/11 a dez/11 jan/12 a dez/12 Período jan/11 a dez/11 R$ 530.232 jan/12 a dez/12 jan/13 a dez/13 jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 jan/13 a dez/13 R$ Crescimento R$ (IPCA) 713.999 584.773 10,29% 748.258 4,80% 357.429 -38,88% 428.749 -42,70% 508.516 411.890 42,27% -19,00% 572.027 421.181 33,42% -26,37% jan/14 a dez/14 Crescimento jan/15 a dez/15 R$ (IPCA) f. Receita Bruta A receita bruta do empreendimento corresponde à receita total gerada pelo shopping center, sendo representada pela soma dos seguintes itens: Aluguel mínimo; Aluguel complementar; Quiosques & Merchandising; Estacionamento; Receitas Diversas. O gráfico a seguir ilustra o desempenho das receitas brutas do empreendimento nos últimos 5 anos. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 56 SHOPPING BONSUCESSO SHOPPING BONSUCESSO ANÁLISE DE PERFORMANCE Receita Bruta R$ 25.000.000 20.000.000 15.000.000 10.000.000 5.000.000 Período jan/11 a dez/11 R$ 12.164.588 Crescimento R$ (IPCA) 16.466.693 Crescimento jan/12 a dez/12 14.843.905 22,03% 19.057.444 15,73% jan/13 a dez/13 jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 15.951.131 7,46% 19.284.762 1,19% 18.171.854 18.947.875 13,92% 4,27% 20.672.519 19.798.767 7,20% -4,23% 0 jan/11 a dez/11 jan/12 a dez/12 jan/13 a dez/13 R$ jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 R$ (IPCA) O gráfico a seguir mostra a composição da receita bruta total do shopping center, considerando o último período de 12 meses analisado. SHOPPING BONSUCESSO ANÁLISE DE PERFORMANCE Composição da Receita Bruta Receitas Diversas 2,17% Aluguel Mínimo 64,24% Estacionamento 17,48% Quiosques e Merchandising 8,18% Aluguel Complementar 7,92% g. Receita Bruta Efetiva A receita bruta efetiva do empreendimento corresponde à receita bruta gerada pelo shopping center, conforme apresentada no item anterior, descontada da perda de receita causada por inadimplemento no empreendimento. O gráfico a seguir ilustra o desempenho das receitas brutas efetivas do empreendimento nos últimos 5 anos. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 57 SHOPPING BONSUCESSO SHOPPING BONSUCESSO ANÁLISE DE PERFORMANCE Receita Bruta Efetiva R$ 25.000.000 20.000.000 15.000.000 10.000.000 Período jan/11 a dez/11 5.000.000 0 jan/11 a dez/11 jan/12 a dez/12 R$ 11.912.770 Crescimento R$ (IPCA) 16.125.048 Crescimento jan/12 a dez/12 14.564.794 22,26% 18.701.861 15,98% jan/13 a dez/13 jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 15.794.967 8,45% 19.092.798 2,09% 18.099.805 18.445.894 14,59% 1,91% 20.590.546 19.270.646 7,84% -6,41% jan/13 a dez/13 R$ jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 R$ (IPCA) 3.4.3 Despesas Operacionais As despesas dos proprietários são aquelas relativas à operação do empreendimento não contempladas pelo custo do condomínio. As despesas dos proprietários podem ser assim divididas: Encargos com Lojas Vagas (custo de condomínio + FPP + IPTU); FPP estatutário; Taxa de Administração; Despesas Diversas. O gráfico a seguir ilustra a evolução das despesas gerais para os empreendedores. SHOPPING BONSUCESSO ANÁLISE DE PERFORMANCE Despesas Operacionais R$ 3.000.000 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 500.000 0 Período jan/11 a dez/11 R$ 1.680.155 Crescimento R$ (IPCA) 2.269.969 Crescimento jan/12 a dez/12 2.080.688 23,84% 2.672.348 17,73% jan/13 a dez/13 jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 2.062.929 -0,85% 2.489.382 -6,85% 1.922.662 1.108.791 -6,80% -42,33% 2.188.284 1.157.619 -12,10% -47,10% jan/11 a dez/11 jan/12 a dez/12 jan/13 a dez/13 R$ Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII jan/14 a dez/14 R$ (IPCA) jan/15 a dez/15 58 SHOPPING BONSUCESSO O gráfico a seguir mostra o histórico da relação entre as despesas e receitas do shopping center. SHOPPING BONSUCESSO ANÁLISE DE PERFORMANCE Despesas Operacionais/ Receita Bruta 20.000.000 18.000.000 16,00% 13,81% 14,02% 12,93% 14,00% 16.000.000 12,00% 10,58% 14.000.000 10,00% R$ 12.000.000 10.000.000 8,00% 8.000.000 5,85% 6,00% 6.000.000 4,00% 4.000.000 2,00% 2.000.000 0 0,00% jan/11 a dez/11 jan/12 a dez/12 Receita Bruta jan/13 a dez/13 jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 Despesas Operacionais/ Receita Bruta Em termos gerais, as despesas totais encontram-se em um patamar em torno de 6% das receitas. 3.4.4 Taxa de Vacância A vacância média do empreendimento no último período de 12 meses analisado (jan/15 a dez/15) foi de 328,57 m² ou 4,01%, considerando a relação área vaga/total satélites. O gráfico a seguir mostra a variação da Taxa de Vacância no empreendimento. m² SHOPPING BONSUCESSO Vacância Histórica 1.800 25,00% 1.600 20,00% 1.400 1.200 15,00% 1.000 800 10,00% 600 400 5,00% 200 0,00% jan-11 fev-11 mar-11 abr-11 mai-11 jun-11 jul-11 ago-11 set-11 out-11 nov-11 dez-11 jan-12 fev-12 mar-12 abr-12 mai-12 jun-12 jul-12 ago-12 set-12 out-12 nov-12 dez-12 jan-13 fev-13 mar-13 abr-13 mai-13 jun-13 jul-13 ago-13 set-13 out-13 nov-13 dez-13 jan-14 fev-14 mar-14 abr-14 mai-14 jun-14 jul-14 ago-14 set-14 out-14 nov-14 dez-14 jan-15 fev-15 mar-15 abr-15 mai-15 jun-15 jul-15 ago-15 set-15 out-15 nov-15 dez-15 - ABL (m²) VACÂNCIA (%) - ABL VAGA/TOTAL SATÉLITES VACÂNCIA (%) - ABL VAGA/TOTAL Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 59 SHOPPING BONSUCESSO 3.4.5 Taxa de Administração A administração do empreendimento está a cargo da General Shopping Brasil sendo que, de acordo com esta, o valor da taxa de administração cobrada dos empreendedores corresponde a 5% da receita líquida operacional. Em termos gerais, percentuais da Taxa de Administração entre 4% e 6% sobre a Receita Bruta Efetiva são considerados normais no mercado de shopping center. 3.4.6 Receita Líquida Operacional e Distribuída A receita líquida operacional do empreendimento corresponde ao valor da sua receita bruta efetiva descontada das despesas operacionais. O gráfico a seguir ilustra a evolução da Receita Líquida nos últimos períodos analisados. SHOPPING BONSUCESSO ANÁLISE DE PERFORMANCE Receita Líquida Operacional R$ 20.000.000 18.000.000 16.000.000 14.000.000 12.000.000 10.000.000 8.000.000 6.000.000 Período jan/11 a dez/11 R$ 10.232.615 Crescimento R$ (IPCA) 13.855.079 Crescimento 4.000.000 jan/12 a dez/12 12.484.106 22,00% 16.029.513 15,69% 13.732.039 10,00% 16.603.416 3,58% 2.000.000 jan/13 a dez/13 jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 16.177.143 17.337.103 17,81% 7,17% 18.402.262 18.113.027 10,83% -1,57% 0 jan/11 a dez/11 jan/12 a dez/12 jan/13 a dez/13 R$ jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 R$ (IPCA) Nos últimos 12 meses, a receita líquida mensal média está em torno de R$ 59,52/m² de ABL total. Em valores corrigidos pela inflação, a distribuição corresponde a uma média de R$ 62,19/m² de ABL por mês. Já a receita líquida distribuída representa o resultado financeiro final do empreendimento, ou seja, corresponde à receita líquida operacional descontada dos valores pagos a título de comissão de locação de lojas e de investimentos realizados pelo empreendedor do shopping center. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 60 SHOPPING BONSUCESSO SHOPPING BONSUCESSO ANÁLISE DE PERFORMANCE Receita Líquida Distribuída R$ 18.000.000 16.000.000 14.000.000 12.000.000 10.000.000 8.000.000 6.000.000 Período jan/11 a dez/11 4.000.000 2.000.000 R$ 9.952.054 Crescimento R$ (IPCA) 13.470.705 Crescimento jan/12 a dez/12 10.818.686 8,71% 13.891.457 3,12% jan/13 a dez/13 jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 11.153.382 3,09% 13.489.830 -2,89% 13.720.175 15.284.423 23,01% 11,40% 15.596.180 15.969.819 15,61% 2,40% 0 jan/11 a dez/11 jan/12 a dez/12 jan/13 a dez/13 R$ jan/14 a dez/14 jan/15 a dez/15 R$ (IPCA) Nos últimos 12 meses, a receita líquida distribuída mensal média está em torno de R$ 52,47/m² de ABL total. Em valores corrigidos pela inflação, a distribuição corresponde a uma média de R$ 54,83/m² de ABL por mês. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 61 SHOPPING BONSUCESSO 3.5 CONSIDERAÇÕES DE VALOR 3.5.1 Raciocínio de Valor a. Fluxo de Caixa Projetado A análise do valor foi feita com base no fluxo de caixa projetado de receitas e despesas, adotando como premissas os valores contratados de aluguéis mínimos das lojas e projeção para as demais receitas do empreendimento, níveis de vacância, inadimplência e despesas do empreendimento, com base no histórico do shopping center e condições do mercado. Os Fluxos de Caixa projetados foram modelados utilizando-se o software ARGUS Valuation - DCF, versão 15.0.1. O Fluxo de Caixa Projetado foi elaborado desconsiderando a inflação no período de análise, ou seja, a projeção é feita em “moeda forte”. O Fluxo considera 100% de participação no empreendimento. Premissas Adotadas Prazo Fluxo de Caixa : 10 anos Taxa Desconto Fluxo de Caixa : 11,50% a.a. (Cenário Neutro) Taxa Capitalização/Perpetuidade (10º ano): 8,50% a.a. (Cenário Neutro) Base de Receitas e Despesas Para a projeção, utilizamos como base a área de ABL atual do empreendimento, de 24.567,92 m². As bases para os aluguéis mínimos, fixos e complementares adotadas foram os dados dos próprios contratos com cada lojista e respectivas performances de vendas, conforme relatório do empreendedor de dezembro de 2015. As demais receitas foram estimadas em: Outras Receitas Ano 1 (R$) Quiosques e Merchandising 1.600.000 Estacionamento 3.700.000 Receitas Diversas 500.000 A vacância foi estimada com base na vacância atual do empreendimento. Adotamos 3% das receitas de locação para os três primeiros anos, 2,5% nos três anos seguintes, e estabilizando em 2%. A inadimplência foi estimada com base na inadimplência atual do empreendimento. Adotamos como valor de inadimplência o valor de 3% das receitas de locação para o ano 1 e 2% a partir do ano 2. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 62 SHOPPING BONSUCESSO O custo de condomínio para as lojas vagas foi estimado conforme custos atuais de condomínio e regras de aporte do empreendedor previstas na convenção de condomínio. A taxa de administração foi estimada com base na taxa de administração atual do empreendimento. Adotamos 5,00% da receita líquida operacional. As demais despesas foram estimadas em: Despesas Diversas Ano 1 (R$) FPP 50.000 Outras Despesas 500.000 Custo de comercialização das lojas: média de 3 aluguéis mensais; Investimentos projetados: R$ 1.970.000 para o Ano 1, e 2,0% da receita líquida operacional a partir do Ano 2 da projeção. O fluxo de caixa apresentou Valor Presente Líquido conforme segue: SHOPPING BONSUCESSO Perpetuidade\Desconto 11,00% 11,50% 12,00% 8,00% 220.200.000 213.100.000 206.300.000 8,50% 214.200.000 207.400.000 200.800.000 9,00% 208.800.000 202.200.000 195.900.000 O fluxo de caixa gerado é apresentado no Apêndice 3C deste relatório. Face às características do empreendimento, localização, desempenho, potencial de crescimento e mercado, acreditamos que o valor de mercado para venda do imóvel em análise, em 31 de dezembro de 2015, esteja em torno de R$ 195.900.000 a R$ 220.200.000. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 63 SHOPPING BONSUCESSO 3.6 VALORAÇÃO 3.6.1 Grau de Fundamentação Para este trabalho, consideramos que a avaliação realizada atingiu o Grau de Fundamentação II, atingindo a pontuação igual a 18, conforme preceitos da NBR14.653/4, item 10.1. A demonstração do enquadramento no grau de fundamentação é feita a seguir: Atividade Grau Pontos Análise operacional do empreendimento III 3 Análise das séries históricas do empreendimento III 3 Análise setorial e diagnóstico de mercado III 3 Taxa de desconto II 2 Escolha do modelo II 2 Estrutura básica do fluxo de caixa III 3 Cenários fundamentados I 1 Análise de sensibilidade I 1 Análise de risco - - GRAU II 18 TOTAL 3.6.2 Opinião de Valor De acordo com as bases estabelecidas, somos de opinião que o valor de mercado para venda do Shopping Bonsucesso, considerando 100% de participação, na data de 31 de dezembro de 2015, está em torno de R$ 207.400.000,00 (Duzentos e Sete Milhões e Quatrocentos Mil Reais). Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 64 SHOPPING BONSUCESSO APÊNDICE 3A | LOCALIZAÇÃO/SITUAÇÃO PLANTA DE LOCALIZAÇÃO PLANTA DE SITUAÇÃO Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 65 SHOPPING BONSUCESSO APÊNDICE 3B | FOTOGRAFIAS FACHADA DO IMÓVEL VISTA EXTERNA – ESTACIONAMENTO Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 66 SHOPPING BONSUCESSO HIPERMERCADO CINEMA Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 67 SHOPPING BONSUCESSO VISTA INTERNA DO MALL VISTA INTERNA DO MALL Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 68 SHOPPING BONSUCESSO VISTA INTERNA DO MALL VISTA INTERNA DO MALL Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 69 SHOPPING BONSUCESSO PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 70 SHOPPING BONSUCESSO APÊNDICE 3C | FLUXO DE CAIXA DESCONTADO Shopping Bonsucesso Guarulhos/SP - Brasil Fluxo de Caixa Projetado Início em 1/1/2016 Para os anos terminados em Receita Bruta Potencial Aluguel Mínimo Absorção e Vacância Receita de Aluguel Mínimo Total Aluguel Complementar Quiosques e Merchandising Estacionamento Receitas Diversas Receita Bruta Potencial Total Vacância Inadimplência Receita Bruta Efetiva Despesas Operacionais Encargos Lojas Vagas Taxa de Administração FPP (Fundo de Promoção) Despesas Diversas Despesas Operacionais Totais Receita Líquida Operacional Custos de Comercialização e Investimentos Comissões de Locação Investimentos Investimentos Programados Custos de Com. e Inv. Totais Receita Líquida Distribuída Ano 1 Dez-2016 _______________ Ano 2 Dez-2017 _______________ Ano 3 Dez-2018 _______________ Ano 4 Dez-2019 _______________ Ano 5 Dez-2020 _______________ Ano 6 Dez-2021 _______________ Ano 7 Dez-2022 _______________ Ano 8 Dez-2023 _______________ Ano 9 Dez-2024 _______________ Ano 10 Dez-2025 _______________ R$13.727.602 (889.774) _______________ 12.837.828 1.519.746 1.600.000 3.700.000 500.000 _______________ 20.157.574 R$13.972.660 (481.843) _______________ 13.490.817 1.497.880 1.680.000 3.811.000 505.000 _______________ 20.984.697 R$14.192.466 (508.678) _______________ 13.683.788 1.512.292 1.747.200 3.925.330 510.050 _______________ 21.378.660 (430.727) _______________ 19.726.847 _______________ (299.774) _______________ 20.684.923 _______________ (303.922) _______________ 21.074.738 _______________ R$14.492.269 (261.169) _______________ 14.231.100 1.517.444 1.799.616 4.043.090 515.150 _______________ 22.106.400 (139.074) (314.971) _______________ 21.652.355 _______________ R$14.913.053 (133.351) _______________ 14.779.702 1.651.160 1.835.608 4.164.383 520.302 _______________ 22.951.155 (280.754) (328.617) _______________ 22.341.784 _______________ R$15.592.276 (299.110) _______________ 15.293.166 1.746.705 1.872.320 4.289.314 525.505 _______________ 23.727.010 (134.365) (340.797) _______________ 23.251.848 _______________ R$15.853.155 (89.846) _______________ 15.763.309 1.896.722 1.909.767 4.417.993 530.760 _______________ 24.518.551 (265.152) (353.201) _______________ 23.900.198 _______________ R$16.497.089 (143.735) _______________ 16.353.354 2.070.061 1.947.962 4.550.533 536.068 _______________ 25.457.978 (227.608) (368.468) _______________ 24.861.902 _______________ R$16.784.339 (337.807) _______________ 16.446.532 2.110.735 1.986.921 4.687.049 541.428 _______________ 25.772.665 (40.094) (371.145) _______________ 25.361.426 _______________ R$16.911.709 (161.355) _______________ 16.750.354 2.211.802 2.026.660 4.827.661 546.843 _______________ 26.363.320 -221.115 (379.243) _______________ 25.762.962 _______________ 913.183 50.000 500.000 _______________ 1.463.183 _______________ 18.263.664 _______________ 958.806 50.000 500.000 _______________ 1.508.806 _______________ 19.176.117 _______________ 977.107 50.500 505.000 _______________ 1.532.607 _______________ 19.542.131 _______________ 1.004.084 51.510 515.100 _______________ 1.570.694 _______________ 20.081.661 _______________ 1.036.374 52.540 525.402 _______________ 1.614.316 _______________ 20.727.468 _______________ 1.079.157 53.591 535.910 _______________ 1.668.658 _______________ 21.583.190 _______________ 1.109.458 54.663 546.628 _______________ 1.710.749 _______________ 22.189.449 _______________ 1.154.670 55.756 557.561 _______________ 1.767.987 _______________ 23.093.915 _______________ 1.177.873 56.871 568.712 _______________ 1.803.456 _______________ 23.557.970 _______________ 1.196.397 58.009 580.086 _______________ 1.834.492 _______________ 23.928.470 _______________ 152.428 1.970.000 _______________ 2.122.428 _______________ R$16.141.236 =============== 76.258 383.522 _______________ 459.780 _______________ R$18.716.337 =============== Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 112.458 390.843 _______________ 503.301 _______________ R$19.038.830 =============== 151.796 401.633 _______________ 553.429 _______________ R$19.528.232 =============== 45.203 414.549 _______________ 459.752 _______________ R$20.267.716 =============== 112.209 431.664 _______________ 543.873 _______________ R$21.039.317 =============== 47.332 443.789 _______________ 491.121 _______________ R$21.698.328 =============== 62.597 461.878 _______________ 524.475 _______________ R$22.569.440 =============== 121.383 471.159 _______________ 592.542 _______________ R$22.965.428 =============== 56.724 478.569 _______________ 535.293 _______________ R$23.393.177 =============== 71 PARQUE SHOPPING MAIA 4 PARQUE SHOPPING MAIA Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII PARQUE SHOPPING MAIA 72 4.1 CARACTERÍSTICAS DO IMÓVEL 4.1.1 Localização O imóvel está localizado à Avenida Bartolomeu de Carlos, nº 230, bairro Jardim Flor da Montanha, município de Guarulhos, estado do São Paulo. O mapa de localização está anexado ao Apêndice 4A do presente relatório. 4.1.2 Situação O imóvel está situado no distrito de Picanço do município de Guarulhos, na quadra delimitada pela Avenida Bartolomeu de Carlos, Rua Dona Tecla e Rua Soldado Aleixo Herculano Maba. Como referência, o imóvel está a: 2,0 km do Bosque Maia; 3,0 km do centro de Guarulhos; 4,0 km da Rodovia Presidente Dutra; 15,0 km do Aeroporto Internacional de Guarulhos. A planta de situação está anexada ao Apêndice A. 4.1.3 Ocupação Circunvizinha O imóvel está localizado entre a região da Vila Rio e de Picanço, em frente ao Hipermercado Carrefour. A região possui perfil misto entre comercial e residencial, prevalecendo o uso residencial de baixa densidade, com alguns lançamentos verticais no entorno do empreendimento. Destaque para o Condomínio Residencial Parque Residence, com 7 torres de apartamentos, localizado atrás do Parque Shopping Maia, com acesso exclusivo ao mesmo. Destaque também para o Bosque Maia, localizado a cerca de 2 km do imóvel. 4.1.4 Melhoramentos Urbanos O local é servido por rede de abastecimento de água, de energia elétrica, de esgoto, de comunicações, conservação de vias públicas, limpeza pública, ruas pavimentadas, iluminação pública, coleta de lixo e entrega postal. 4.1.5 Comunicações Quanto à malha de transportes, o imóvel possui frente para a Avenida Bartolomeu de Carlos, também denominada Avenida Transguarulhense, uma das principais avenidas da região, que ligará as rodovias Presidente Dutra e Fernão Dias. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII PARQUE SHOPPING MAIA 73 Quanto ao transporte urbano, a região é servida de linhas de ônibus, que ligam a região ao centro e aos demais bairros de Guarulhos. Quanto ao transporte aéreo, o Aeroporto Internacional de Guarulhos está localizado a cerca de 15 km do imóvel, funcionando com voos domésticos e internacionais. 4.1.6 Descrição De acordo com informações recebidas do cliente, o imóvel em análise faz parte de um Condomínio Misto (comercial e residencial) sob a denominação de “Parque Guarulhos”, sendo o subcondomínio residencial denominado “Parque Residence” e o subcondomínio shopping denominado “Parque Shopping Guarulhos”. O objeto desta avaliação refere-se exclusivamente ao subcondomínio do shopping center, nomeado Parque Shopping Maia e inaugurado em 16 de abril de 2015. O empreendimento consiste em um shopping center verticalizado, com dois pisos de estacionamento e 4 pisos de lojas. Conta atualmente com 174 lojas, sendo 138 lojas em operação. Destas, 5 âncoras, 1 cinema com 11 salas, 1 academia, 4 megalojas, 1 loja de lazer e 126 lojas satélites. As lojas vagas contabilizam 36 LUCs, com ABL total de 6.124,14 m². Vale destacar algumas lojas em operação/comercilizadas conforme segue: Âncoras: C&A, Renner, Riachuelo, Tok&Stok, Forever 21; Cinema: Cinépolis; Lazer: Neo Geo; Academia: Formula; Megalojas: Livraria da Vila, Le Lis Blanc e Luigi Bertolli; Alimentação: Outback Steakhouse, Bar do Alemão, Starbucks, Divino Fogão, Subway, Bob’s, Mei Mei, Burger King, Montana Express, Spoleto, Griletto, Mania de Churrasco, Big X Picanha, Patronni Pizza, Mc Donald’s, Baked Potato, Seletti, Gendai, Vivenda do Camarão; Serviços: CVC, 5 à Sec, Conexcell Prime, Vip’s Turismo e Câmbio, Casa Lotérica, ; Satélites: Brooksfield, Polo Wear, TNG, Dudalina, Lacoste, Camicado, Vivara, VR, Tommy Hilfiger, Aramis, Calvin Klein, entre outras. As fotografias do imóvel estão anexados ao Apêndice 4B. b. Instalações e Equipamentos Circulação Vertical 8 elevadores; 22 escadas rolantes. Sistema de Ar Condicionado Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII PARQUE SHOPPING MAIA 74 Central de água gelada com 3 unidades de resfriamento de água (chillers), com capacidade nominal de 800 TR cada; 4 torres de resfriamento com ventiladores de velocidade variável; 1 tanque de termoacumulação de água gelada. Sistema Hidráulico e de Combate a Incêndio Esgoto sanitário, Gás Canalizado, Estação de tratamento de Esgoto; Drenagem pluvial com captação da cobertura; Água fria: 2 reservatórios de água potável = 688 m³; Água de reuso: 4 reservatórios = 520 m³ (utilizado para descargas de vasos sanitários e mictórios dos sanitários); Combate a incêndio: Sistema de detecção e alarme de incêndio (SDAI), extintores, hidrantes e sistema de Sprinklers (reserva de 270 m³). Sistema de Abastecimento de Energia Elétrica Distribuição de energia está subdividida em 2 partes distintas (classe de tensão15kV); 5 subestações transformadoras para a alimentação do shopping: o CP-ADM.1: Mezanino do P4 (2 transformadores de 1000kVA cada); o CP-ADM.2: Mezanino do P4 (2 transformadores de 1000kVA cada); o CP-ADM.3: Piso G2 (2 transformadores de 750kVA cada); o CP-ADM.4: Piso G2 (2 transformadores de 1000kVA cada); o CP-CAG: Cobertura (2 transformadores de 1500kVA cada). c. Vagas de Estacionamento O imóvel possui 980 vagas demarcadas, o que representa uma relação de vagas por ABL de cerca de 1:32. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 75 PARQUE SHOPPING MAIA 4.1.7 Áreas Não foi realizada a medição do imóvel, porém, como mencionado, nós confiamos nas informações que nos foram fornecidas pela contratante. A área do terreno do imóvel possui 24.160,71 m², sendo que, de acordo com dados fornecidos pelo cliente, o shopping center possui 89.776,97 m² de área construída e 31.668,62 m² de área bruta locável (ABL). De acordo com as informações coletadas junto à Administração, a ABL do empreendimento será distribuída da seguinte forma: Segmento ABL (m²) Âncoras 6.306,68 Megalojas 1.863,23 Vestuário 5.159,29 Artigos Diversos 2.975,85 Alimentação 3.059,41 Lazer 4.606,15 Conveniência/Serviços 1.573,87 Lojas Vagas 6.124,14 TOTAL 31.668,62 4.1.8 Estado de Conservação Verificamos no local que, de modo geral, o imóvel encontra-se em bom estado de conservação, não necessitando de reparos emergenciais. 6 4.1.9 Questões Ambientais Nós não realizamos investigações de usos anteriores, no imóvel ou quaisquer adjacentes, para verificar se existe qualquer possibilidade de contaminação de tais utilizações ou locais, ou outros fatores de risco ambientais e, por isso, assumimos que não haja risco nenhum.7 4.1.10 Projetos de Expansão Não nos foram disponibilizados quaisquer dados a respeito de novos projetos de expansão para o imóvel em análise. 6 A CBRE não foi instruída a verificar as condições estruturais das construções ou de suas fundações, nem testamos os equipamentos e serviços anteriormente mencionados. Não temos razões para suspeitar de que exista algum problema sério, mas não podemos responder por esses aspectos e suas possíveis implicações. Nós consideramos apenas a vistoria limitada ao propósito desta avaliação. 7 A CBRE não foi instruída a fazer investigações em relação à presença ou potencial de contaminação do terreno ou edifício ou a presença potencial de outros fatores de risco ambiental. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII PARQUE SHOPPING MAIA 76 4.2 PLANEJAMENTO URBANO 4.2.1 Uso e Ocupação do Solo Por se tratar de um imóvel já construído e em funcionamento e por não termos sido instruídos a pesquisar informações legais sobre o uso e ocupação do solo para o imóvel em análise, consideramos que as construções ali existentes estejam em conformidade com a legislação atual, e/ou da época de sua edificação, e que eventuais irregularidades já estejam em processo de regularização. Não temos conhecimento de quaisquer problemas que possam ter impacto negativo sobre o valor do imóvel. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII PARQUE SHOPPING MAIA 77 4.3 CONSIDERAÇÕES LEGAIS 4.3.1 Titulação Não foram feitas investigações sobre a situação atual da documentação, considerandose, portanto, como correta e de conhecimento do proprietário. Para este trabalho, assumiremos a ausência de quaisquer dívidas, dúvidas ou ônus que pudessem vir a interferir na determinação do valor de mercado do imóvel. 4.3.2 Dispêndios Não foram feitas investigações sobre a situação atual do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) do imóvel em análise. Para este trabalho, assumiremos que o cliente tem total conhecimento da situação fiscal do imóvel e que não existem quaisquer pendências fiscais em relação ao imóvel que possam impedir ou afetar o seu valor de venda. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII PARQUE SHOPPING MAIA 78 4.4 ANÁLISE DE DESEMPENHO Por se tratar de empreendimento recém inaugurado, as informações históricas disponíveis não são suficientes para uma análise de desempenho do shopping center. Deste modo, não teceremos comentários a esse respeito. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 79 PARQUE SHOPPING MAIA 4.5 CONSIDERAÇÕES DE VALOR 4.5.1 Raciocínio de Valor a. Fluxo de Caixa Projetado (Base Níveis de Aluguéis Atuais) A análise do valor foi feita com base no fluxo de caixa projetado de receitas e despesas, adotando como premissas os valores já contratados de aluguéis mínimos das lojas, como também projeções de valores de aluguéis mínimos para as áreas ainda vagas e projeções para as demais receitas do empreendimento, níveis de vacância, inadimplência e despesas do empreendimento. Os Fluxos de Caixa projetados foram modelados utilizando-se o software ARGUS Valuation - DCF, versão 15.0.1. O Fluxo de Caixa Projetado foi elaborado desconsiderando a inflação no período de análise, ou seja, a projeção é feita em “moeda forte”. O Fluxo considera 100% de participação no empreendimento. Premissas Adotadas Prazo Fluxo de Caixa : 10 anos Taxa Desconto Fluxo de Caixa : 10,75% a.a. (Cenário Neutro) Taxa Capitalização/Perpetuidade (10º ano): 8,00% a.a. (Cenário Neutro) Base de Receitas e Despesas Para a projeção, utilizamos como base a área de ABL conforme o item 4.1.7 deste relatório. As bases adotadas para a projeção dos aluguéis mínimos foram os dados dos próprios contratos com cada lojista referentes às lojas já locadas e estimativas de valores de locação para as áreas ainda vagas. A pedido da General Shopping Brasil e conforme contratualmente acordado para a constituição do Fundo de Investimento Imobiliário, não consideramos as receitas de cessão de direitos, como também as despesas de comercialização das lojas, provenientes das negociações de aluguel das primeiras locações dos LUC’s do empreendimento, mesmo após a inauguração do shopping center. As demais receitas foram estimadas em: 8 Outras Receitas Ano 1 (R$) Quiosques e Merchandising 1.750.000 Estacionamento 3.760.000 Receitas Diversas 8 -1.400.000 Inclui descontos de aluguel (-) e outras receitas em geral. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 80 PARQUE SHOPPING MAIA A vacância foi estimada em 10% das receitas de locação para o Ano 1, com queda de 1 a 2% ao ano, perpetuada a 2% a partir do ano 8. A inadimplência foi estimada em 10% das receitas de locação para o Ano 1, com queda de 1 a 2% ao ano, perpetuada a 2% a partir do ano 7. O custo de condomínio para as lojas vagas foi estimado conforme custos atuais de condomínio do empreendimento. A taxa de administração foi estimada com base na taxa de administração atual do empreendimento. Adotamos 5,00% da receita líquida operacional. As demais despesas foram estimadas em: Despesas Diversas Ano 1 (R$) FPP 669.566 Outras Despesas 200.000 Custo de comercialização das lojas: média de 3 aluguéis mensais; Investimentos projetados: 2,0% da receita líquida operacional. O fluxo de caixa apresentou Valor Presente Líquido conforme segue: PARQUE SHOPPING MAIA Perpetuidade\Desconto 10,25% 10,75% 11,25% 7,50% 456.700.000 440.700.000 425.300.000 8,00% 441.200.000 425.800.000 411.200.000 8,50% 427.500.000 412.800.000 398.700.000 O fluxo de caixa gerado é apresentado no Apêndice 4C deste relatório. Face às características do empreendimento, localização, desempenho, potencial de crescimento e mercado, acreditamos que o valor de mercado para venda do imóvel em análise, em 31 de dezembro de 2015, esteja em torno de R$ 398.700.000 a R$ 456.700.000. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 81 PARQUE SHOPPING MAIA 4.6 VALORAÇÃO 4.6.1 Grau de Fundamentação Para este trabalho, consideramos que a avaliação realizada atingiu o Grau de Fundamentação II, atingindo a pontuação igual a 15, conforme preceitos da NBR14.653/4, item 10.1. A demonstração do enquadramento no grau de fundamentação é feita a seguir: Atividade Grau Pontos Análise operacional do empreendimento III 3 Análise das séries históricas do empreendimento - - Análise setorial e diagnóstico de mercado III 3 Taxa de desconto II 2 Escolha do modelo II 2 Estrutura básica do fluxo de caixa III 3 Cenários fundamentados I 1 Análise de sensibilidade I 1 Análise de risco - - GRAU II 15 TOTAL 4.6.2 Opinião de Valor De acordo com as bases estabelecidas, somos de opinião que o valor de mercado para venda do Parque Shopping Maia, considerando 100% de participação, na data de 31 de dezembro de 2015, está em torno de R$ 425.800.000,00 (Quatrocentos e Vinte e Cinco Milhões e Oitocentos Mil Reais). Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 82 PARQUE SHOPPING MAIA APÊNDICE 4A | LOCALIZAÇÃO/SITUAÇÃO PLANTA DE LOCALIZAÇÃO PLANTA DE SITUAÇÃO Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 83 PARQUE SHOPPING MAIA APÊNDICE 4B | FOTOGRAFIAS FACHADA DO IMÓVEL CINEMA Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 84 PARQUE SHOPPING MAIA VISTA INTERNA DO MALL VISTA INTERNA DO MALL Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 85 PARQUE SHOPPING MAIA VISTA INTERNA DO MALL VISTA INTERNA DO MALL Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 86 PARQUE SHOPPING MAIA VISTA INTERNA DO MALL VISTA INTERNA DO MALL Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 87 PARQUE SHOPPING MAIA VISTA INTERNA DO MALL ACADEMIA FÓRMULA Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 88 PARQUE SHOPPING MAIA PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII 89 PARQUE SHOPPING MAIA APÊNDICE 4C | FLUXO DE CAIXA DESCONTADO Parque Shopping Maia Guarulhos/SP - Brasil Fluxo de Caixa Projetado Início em 1/1/2016 Para os anos terminados em Receita Bruta Potencial Aluguel Mínimo Absorção e Vacância Receita de Aluguel Mínimo Total Aluguel Complementar Quiosques e Merchandising Estacionamento Receitas Diversas Receita Bruta Potencial Total Vacância Inadimplência Receita Bruta Efetiva Despesas Operacionais Encargos Lojas Vagas Taxa de Administração FPP (Fundo de Promoção) Despesas Diversas Despesas Operacionais Totais Receita Líquida Operacional Custos de Comercialização e Investimentos Comissões de Locação Investimentos Custos de Com. e Inv. Totais Receita Líquida Distribuída Ano 1 Dez-2016 _______________ Ano 2 Dez-2017 _______________ Ano 3 Dez-2018 _______________ Ano 4 Dez-2019 _______________ Ano 5 Dez-2020 _______________ Ano 6 Dez-2021 _______________ R$27.119.292 (4.800.441) _______________ 22.318.851 2.205.904 1.750.000 3.760.000 (1.400.000) _______________ 28.634.755 R$28.904.896 (1.129.165) _______________ 27.775.731 3.534.653 2.314.375 4.466.880 (520.200) _______________ 37.571.439 (1.141.603) (1.878.623) _______________ 34.551.213 _______________ R$29.886.180 (450.077) _______________ 29.436.103 3.921.833 2.661.531 4.734.893 (2.452.476) _______________ 26.182.279 _______________ R$27.856.306 (2.057.043) _______________ 25.799.263 2.961.207 2.012.500 4.136.000 (1.020.000) _______________ 33.888.970 (408.358) (2.300.838) _______________ 31.179.774 _______________ _______________ 40.754.360 (1.578.404) (1.667.897) _______________ 37.508.059 _______________ R$32.423.266 (315.056) _______________ 32.108.210 4.125.263 3.060.761 4.971.637 324.730 _______________ 44.590.601 (1.512.370) (1.449.339) _______________ 41.628.892 _______________ R$34.553.407 (157.675) _______________ 34.395.732 4.329.188 3.519.875 5.170.503 331.224 _______________ 47.746.522 (1.397.629) (1.161.748) _______________ 45.187.145 _______________ _______________ 36.590.918 4.502.454 3.871.863 5.325.618 337.849 _______________ 50.628.702 (1.232.801) (821.867) _______________ 48.574.034 _______________ _______________ 37.914.550 4.699.968 4.065.456 5.485.387 344.606 _______________ 52.509.967 (852.290) (852.290) _______________ 50.805.387 _______________ _______________ 39.841.956 4.883.028 4.228.074 5.649.948 351.498 _______________ 54.954.504 (894.500) (894.500) _______________ 53.165.504 _______________ 3.840.353 1.022.493 669.566 200.000 _______________ 5.732.412 _______________ 20.449.867 _______________ 1.972.321 1.344.261 773.978 204.000 _______________ 4.294.560 _______________ 26.885.214 _______________ 1.816.614 1.509.202 833.272 208.080 _______________ 4.367.168 _______________ 30.184.045 _______________ 1.622.785 1.656.664 883.083 212.242 _______________ 4.374.774 _______________ 33.133.285 _______________ 1.461.941 1.856.534 963.246 216.486 _______________ 4.498.207 _______________ 37.130.685 _______________ 1.244.243 2.032.867 1.031.872 220.816 _______________ 4.529.798 _______________ 40.657.347 _______________ 986.241 2.203.087 1.097.728 225.232 _______________ 4.512.288 _______________ 44.061.746 _______________ 681.832 2.321.732 1.137.436 229.737 _______________ 4.370.737 _______________ 46.434.650 _______________ 715.600 2.429.539 1.195.259 234.332 _______________ 4.574.730 _______________ 48.590.774 _______________ 1.579.790 2.552.916 1.290.706 239.019 _______________ 5.662.431 _______________ 51.058.472 _______________ 1.898 408.997 _______________ 410.895 _______________ R$20.038.972 =============== 537.704 _______________ 537.704 _______________ R$26.347.510 =============== 603.681 _______________ 603.681 _______________ R$29.580.364 =============== 662.666 _______________ 662.666 _______________ R$32.470.619 =============== 254.238 742.614 _______________ 996.852 _______________ R$36.133.833 =============== 568.040 813.147 _______________ 1.381.187 _______________ R$39.276.160 =============== 232.640 881.235 _______________ 1.113.875 _______________ R$42.947.871 =============== 140.787 928.693 _______________ 1.069.480 _______________ R$45.365.170 =============== 51.964 971.815 _______________ 1.023.779 _______________ R$47.566.995 =============== 703.379 1.021.169 _______________ 1.724.548 _______________ R$49.333.924 =============== Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII Ano 7 Dez-2022 _______________ R$36.590.918 Ano 8 Dez-2023 _______________ R$37.914.550 Ano 9 Dez-2024 _______________ R$39.841.956 Ano 10 Dez-2025 _______________ R$44.998.279 (1.974.738) _______________ 43.023.541 4.107.084 4.354.916 5.819.447 358.528 _______________ 57.663.516 (942.613) _______________ 56.720.903 _______________ PARQUE SHOPPING MAIA 90 Composição do Relatório Este relatório de Valoração é composto por um total de 90 páginas, incluindo esta. Fundo de Investimento Imobiliário General Shopping Ativo e Renda – FII