O AMIGÃO do Pastor
Transcrição
O AMIGÃO do Pastor
O AMIGÃO do Pastor Um Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo - VOL. 19 - Nº 06 JUN/09 POR QUE A IGREJA ESTÁ FUGINDO DE SUAS RESPONSABILIDADES? Wayne J. Edwards A diluição da doutrina e da teologia, no esforço de alcançar as últimas gerações, também enfraqueceu nossa missão de levar a Palavra inteira ao mundo inteiro. Assim, não só deixamos de alcançar os nãofrequentadores de igreja—porque escondemos tanto o evangelho verdadeiro atrás de frases de efeito, acrósticos e análises impulsionadas pelo desejo do público que não temos mais nenhuma “boa notícia” para lhe transmitir—como, ao mesmo tempo, afastamos da igreja os que costumavam frequentá-la. Isso aconteceu quando abandonamos os métodos que o próprio Deus usou para incentivar o crescimento e maturidade espiritual das pessoas—incluindo nossa responsabilidade de cumprir a Grande Comissão. Os crentes de hoje se contentam em defender suas casas e famílias em vez de permitir que Deus use tudo e todos para causar uma diferença no mundo. Parece que os crentes da atualidade estão mais interessados em conseguir todas as bênçãos que Deus lhes prometeu do que serem canais para as bênçãos de Deus ao mundo. Com isso, a igreja está perdendo oportunidades magníficas de anunciar o evangelho a uma sociedade que nunca esteve mais pronta a ouvir a verdade. Uma escritora americana, Marva Dawn, afirma que “enquanto os pesquisadores estão descobrindo que os boomers (geração pósSegunda Guerra) estão em busca de autoridade moral, centenas de pastores estão jogando a autoridade deles pela janela”. Assim, por não se diferenciar do mundo, a igreja de hoje não está fazendo diferença nenhuma no mundo. Ao considerar as batalhas que nós, os crentes, lutamos nos últimos 40 anos, entristeço-me ao ver que os soldados cristãos de nossa geração deixaram a bandeira de nosso Senhor cair na desonra. Igual à família de Ló, a geração atual de cristãos acostumouse ao estilo de vida descomprometido desse mundo tenebroso. Os crentes de hoje aproveitam tanto a liberdade individual, as oportunidades econômicas, os prazeres e as diversões da sociedade quanto os não-crentes. Onde está o clamor por restauração? Quanto à vida cristã em particular, os crentes da atualidade parecem amar mais o entretenimento, os rituais e o “marquetismo” religioso do que ao Senhor Jesus e o viver de acordo com sua Palavra. A verdade é que, por termos abaixado nossos padrões, permitimos que a bandeira da cruz fosse desonrada. No entanto, a maior infelicidade para nosso Deus é que seu povo não está implorando para que alguém hasteie a bandeira novamente. A evidência irrefutável de estarmos nos aproximando mais de Deus em nossa adoração, nosso caminhar e nosso testemunho seria nossa capacidade de ver este mundo do jeito que ele realmente é, e não pelo que gostaríamos de acreditar que fosse. Quando agirmos assim, então estaremos prontos a ir aonde formos mandados, e fazermos o que nos for ordenado, e promover uma grande diferença. Mas como isso não está acontecendo na igreja e por meio dela, a única conclusão que podemos tirar é que a glória de Deus se apartou da maioria das igrejas de hoje. A coisa triste é que, em sua maioria, os crentes estão de tal modo ocupados em manter a máquina ministerial funcionando que nem percebem a falta do Espírito Santo. A razão de estarmos confusos sobre o que a igreja deve ser e fazer nos dias de hoje deve-se ao fato de termos esquecido o que significa ser o Corpo de Cristo. Muitos cristão tentam encaixar a igreja naquilo que acham que ela deveria ser e fazer. Na década de 70, foi exatamente essa previsão que o filósofo cristão Francis Schaffer fez para a década de 90. Schaffer chamou isso de “individualismo radical”—cada um adora o Deus de seu conceito e não o Deus da Bíblia, que nos foi revelado por meio de Jesus Cristo. O famoso escritor puritano J. I. Packer deu a isso o nome de “religião balneário”—filosofia segundo a qual Jesus está sempre pronto a atender nossas orações, e a igreja é um local para fazermos novos amigos; não há preocupações com a doutrina verdadeira, teologia ou quaisquer outros assuntos primordiais à fé; sem interesse em missões, testemunho ou se o culto é agradável a Deus. Segundo Packer, a única preocupação dos “igrejeiros” é saber como a igreja irá suprir as necessidades deles! Conceito antigo Esse conceito carnal sobre a igreja não foi lançado pela geração atual. Na verdade, até certo ponto, a igreja sempre lutou contra ela. Acontecia na igreja de Corinto, e foi por isso que o apóstolo Paulo “fechou o tempo” com aqueles irmãos em sua primeira carta, ao tratar do que chamou de comportamento carnal deles—divisão em pequenos grupos por causa de preferências individuais, discussão sobre quem era o melhor pregador ou pastor— exatamente como acontece hoje. Paulo advertiu que esse tipo de comportamento não somente revelava falta de crescimento espiritual, mas que, por andarem “segundo os homens” (1Co 3:3), os corintos não eram, no testemunho por Cristo, diferentes dos não-salvos. Foi nos Grandes Reavivamentos do século 18 que uma grande mudança ocorreu na doutrina da igreja, e cujos resultados continuam afetando as igrejas da atualidade. Aquele foi o século dos grandes reavivamentos, quando o Espírito Santo se moveu na igreja de maneiras até então desconhecidas, e milhares de pessoas foram extraordinariamente salvas em campanhas evangelísticas através da Europa e, depois, América do Norte. Mas em vez de dar glórias a Deus pelas coisas majestosas que realizava, o ser humano se pôs a matutar em como reproduzir os mesmos resultados usando outros métodos e técnicas, na esperança de manter o reavivamento aceso. (Pulpit Helps) O AMIGÃO do Pastor Página 2 JESUS ESTÁ VOLTANDO, COMO AFIRMA EM CENTENAS DE VERSÍCULOS C. H. Spurgeon Editorial Prezado leitor, Tenho visto alguns jovens dizendo que o SENHOR os chamou para o ministério. Amém por isso. Mas ouvi que, numa certa denominação, os Pastores iniciantes não recebem menos que dois mil Reais; o que também é bom, pois o servo de DEUS deve ser sustentado com dignidade. Porém, como a maioria dos Pastores que têm muitos anos de ministério não chegam a receber esse salário, e mesmo no serviço secular a maioria das pessoas também não, temo que alguns dos “chamados” almejem a boa condição financeira antes de tudo. Mas conheço um jovem Pastor que deixou um emprego com um salário de três mil Reais, com todos os benefícios de uma grande empresa, para assumir o ministério num lugarejo que nem está no mapa, para ganhar inicialmente quinhentos Reais. Para entrar no ministério, temos que estar dispostos antes de tudo a “sofrer as aflições” e nos dedicarmos completamente ao pastorado (II Tm.2:3-4). Começando por aí, o SENHOR abençoará. Boa leitura! Pr. Cleber rodarte Neves Existe um grande motivo para vivermos como peregrinos e estrangeiros neste mundo: Cristo está voltando. A igreja primitiva nunca se esqueceu disso. Eles não ansiavam e aguardavam o retorno do Senhor elevado ao Céu? Da mesma maneira que as doze tribos, aqueles irmãos esperavam, dia e noite, pelo Messias. No entanto, a esperança da igreja arrefeceu. Apareceram tantos falsos profetas anunciando a volta de Cristo que a igreja passou a acreditar que ele não retornará. Com isso, os crentes começam a negar ou deixar em banho-maria a maravilhosa doutrina da segunda vinda de seu Mestre. O fato de haver tantos falsos profetas não deveria nos levar a duvidar da Palavra verdadeira de nosso Senhor Jesus. A frequência dessas falsidades deveria ser uma prova de que a verdade está na base de tudo. Suponhamos que um amigo seu esteja muito doente, e os médicos avisaram que ele não resistirá por muito tempo; a morte chegará logo. Nas suas visitas ao amigo, você fica de coração na mão, com medo de ouvir que ele se foi; no entanto, ele continua vivo. As previsões erradas dos médicos não indicam que seu amigo não irá morrer; ele pode morrer quando você menos esperar. Só porque os falsos profetas anunciam: “Eis, aqui a data”, “Eis, ali o dia” e Cristo não aparece, não significa que sua gloriosa JUN/09 volta nunca acontecerá. Não sou profeta. Não tenho ideia do que acontecerá no ano que vem. O que sei sobre este ano já me basta. Não entendo as visões de Daniel nem de Ezequiel. Já me é bastante ensinar as palavras simples que encontro em Mateus, Marcos, Lucas, João e nas cartas de Paulo. Não conheço muitas pessoas que se converteram a Deus por meio das intricadas discussões sobre o Armagedom e outras coisas interessantes. Tenho certeza que as discussões de “profecias” são bastante proveitosas, mas me pergunto se são tão proveitosas aos ouvintes e leitores quanto são para os pregadores e editores. Imagino que entre os religiosos de alguma espécie, as explicações infundadas de profecias feitas por certos estudiosos satisfazem uma necessidade que nos irreligiosos é suprida pelas novelas e romances. O ser humano tem gana de saber o futuro, e alguns eclesiásticos exploram esse gosto deturpado e profetizam sobre o que está por vir. Não sei o que acontecerá no futuro, e nem quero saber. Porém uma coisa anuncio, porque tenho certeza que irá acontecer: Jesus voltará. Ele garante isso em centenas de versículos. As cartas de Paulo e de Pedro falam muito sobre a segunda vinda de Cristo, e as cartas de João praticamente não falam de outra coisa. Os mais fiéis dos fiéis sempre viveram na esperança da segunda vinda. Enoque foi um desses, pois ele profetizou sobre a vinda da Filho do Homem. Houve um outro Enoque que estava sempre falando sobre a segunda vinda, e pedia: “Vem, Senhor Jesus!” (Sword of the Lord) O AMIGÃO do Pastor Um Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo Batista, Fundamentalista Expediente: Editor Chefe: Pr. Jaime King. Editor: Pr. Cleber Rodarte Neves. Assistentes: Ana Lúcia de Almeida Rodarte, Patrícia Elaine King. Arte: Pr. Cleber Rodarte Neves. Assinaturas: O jornal AMIGÃO do Pastor é sustentado por assinaturas e ofertas voluntárias. Escreva para o endereço abaixo para maiores informações. Ofertas podem ser enviadas através de ordem de pagamento na conta número 295-4, agência 0103, oper. 003, da Caixa Econômica Federal ou cheque nominal à Editora Maranata. Correspondência: Caixa Postal 74, 37270-000 Campo Belo - MG. Telefone e Fax: (0xx 35) 3832-2704. E-mail: [email protected] Aviso: Os editores do Amigão do Pastor, somente se responsabilizam pela publicação de artigos que solicitarem previamente aos seus autores. A responsabilidade pelos artigos assinados é dos seus próprios autores, não expressando necessariamente a posição dos editores deste periótico. O AMIGÃO do Pastor é um ministério da Editora Maranata. O AMIGÃO do Pastor JUN/09 AMÉM, FARAÓ Um pastor de “fôlego comprido” estava fazendo conferências em uma igreja. Para agravar a situação, cada vez que ele fazia uma observação importante durante a mensagem, um membro da igreja respondia com um “amém” ou “é isso aí, pastor”, o que levava o pregador a dobrar o fôlego e deslanchar em outra dissertação quilométrica. Num dos cultos, o pastor da igreja decidiu inserir um “amém, faraó!” entre algumas frases da mensagem. O conferencista não entendeu bem, no entanto, depois de vários “améns”, terminou seu longo sermão. Após o culto, e quando todos haviam se retirado, o conferencista perguntou ao pastor da igreja: “O que exatamente você quis dizer com seus “amém, faraó”? A resposta foi rápida: “Estava dizendo pra você deixar meu povo ir!” (Pulpit Helps) GENTE HIPÓCRITA “Não vou à igreja porque tem muita gente hipócrita lá.” Quantas vezes vocês já escutou isso? Os hipócritas estão em todos os lugares. Moram em seu bairro, fazem compras no mesmo supermercado que você. É verdade que existem hipócritas nas igrejas. No entanto, se a pessoa estivesse se afogando e o salva-vidas fosse um hipócrita, será que ela recusaria sua ajuda? Se sua casa estivesse pegando fogo, recusaria a ajuda de um bombeiro hipócrita? Quem usa a desculpa da hipocrisia para não frequentar a igreja, irá passar a eternidade no Inferno. Ah, e por falar nisso, o Inferno está cheio de hipócritas. Existe muita gente hipócrita na igreja? Não se acanhe—sempre há lugar pra mais um. (Croft M. Pentz) tudo pronto para o domingo, certo?” O velhinho era um cristão sincero, mas sem muita energia física. Sua resposta ao pastor era sempre a mesma: “Dei uma boa disfarçada”. Quando o idoso já havia descido a rua, a caminho de casa, o jovem pastor e a esposa pegavam o aspirador e terminavam a limpeza (sem nunca contar a ninguém). Infelizmente, “dar uma boa disfarçada” é pratica normal para muita gente, inclusive cristãos. “Disfarçar” significa que você finge que está trabalhando, mas não está. Significa que você tem emprego, mas não trabalha. Significa que você se contenta com as coisas pela metade ou, na melhor das hipóteses, mal feitas. Certamente o Senhor Jesus merece nosso entusiasmo, sinceridade, autenticidade, integridade, lealdade, devoção e persistência. O que estiver abaixo disso não se encaixa no perfil de um servo de Deus, temente, devoto a Jesus e seguidor da Bíblia. É melhor pôr mãos à obra para a glória de Deus do que viver disfarçando sem fazer nada. (Shelten Smith) Página 3 “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação” (2 Timóteo 1:7). espirituais, pois “o deus deste século cegou os entendimentos [ou pensamentos] dos incrédulos” (2Co 4.4). Contudo, pelo milagre do novo nascimento, recebido pela fé em Cristo, o crente é transformado “pela renovação do vosso entendimento (Rm 12.2). Na verdade, “temos a mente de Cristo” (1Co 2.16). O potencial de uma mente renovada, que honra a Jesus, submissa à Bíblia é extraordinário. Primeiro, Jesus disse: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração… e de todo o teu pensamento” (Mateus 22:37). Segundo, é preciso ter fé implícita na Palavra de Deus: “Não pergunteis… Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!” (Lc 12.29; 24:25). O crente deve se “revestir… de humildade” (Cl 3:12) e disciplinar sua mente—ou seja, “cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios” (1Pe 1:13). Juntamente a isso deve ser desenvolvido o pensamento maduro— ”adultos no entendimento”(1Co 14:20). Esse potencial está implícito na grande verdade de que em Cristo “estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Cl 2:3). Nós, então, devemos levar “cativo todo entendimento à obediência de Cristo” (2 Co 10:5). Certamente não devemos permitir que nossa mente resida nas “vãs imaginações” daqueles que se dizem “sábios” (Rm 1:2122) na “sabedoria deste mundo” (1Co 2:6). Foi a nós, e não a eles, que Deus deu uma “mente sã”! (Days of Praise Daily) Embora os intelectuais humanistas desprezem o intelecto dos cristãos, a verdade é que apenas os que nasceram de novo conseguem entender as verdades O livro a ser lido não é aquele que pensa por você, mas aquele que faz você pensar. Neste caso, nenhum livro se iguala à Bíblia. (James McCosh) TEMOS A MENTE DE CRISTO Henry M. Morris BOA DISFARÇADA? Um velhinho muito querido foi contratado para limpar a pequena igreja da qual era membro. O pagamento correspondia a três ou quatro horas de serviço por sábado. Geralmente o pastor se despedia do velhinho ao término da limpeza e perguntava algo assim: “O irmão deixou “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência; A qual professando-a alguns, se desviaram da fé…” (1 Tim. 6:20,21) O AMIGÃO do Pastor Página 4 OS CONSELHOS FINAIS DE PAULO AOS PASTORES Pr. David Arnold Victor Hugo afirmou: “O que um homem diz, seja verdade ou mentira, tem mais influência sobre as pessoas, e seus destinos, do que o que ele faz”. Em 2Timóteo 4, lemos as recomendações finais de Paulo ao jovem pastor Timóteo. No v.6 o apóstolo fala de seus últimos dias aqui no mundo, afirmando que “está próximo o tempo da minha partida”, como se a morte estivesse à sua porta. Depois da audiência preliminar com Nero, Paulo aguardava na prisão a audiência final e, então, a morte por decapitação. As últimas palavras de alguém normalmente denotam seus verdadeiros valores e identidade. Enquanto fazia os preparos de seu próprio funeral, William Carey, pai das missões modernas, instruiu: Quando eu tiver partido, não falem nada sobre o dr. Carey. Falem apenas sobre o Salvador do dr. Carey”. Martinho Lutero deu o último suspiro recitando o Salmo 68:20: “O nosso Deus é o Deus da salvação; e a JEOVÁ, o Senhor, pertencem as saídas para escapar da morte”. George Whitfield saiu deste mundo dizendo: “Senhor Jesus, cansei-me em tua obra, mas não de tua obra”. Em suas últimas palavras, o apóstolo Paulo também desvenda seu coração e valores. São palavras tão reveladoras e aplicáveis aos pastores de hoje quanto foram ao jovem Timóteo. Paulo instruiu sobre cinco verdades. 1. “Pregues a palavra”, ou seja, “o conjunto inteiro das verdades reveladas”. Charles Spurgeon escreveu em sua obra “Lições aos meus alunos” (Editora PES): “Somente o ministério do ensino edifica as igrejas”. Embora nosso povo necessite de inspiração, precisa de instrução bíblica mais do que qualquer coisa. Provérbios 28.18 afirma: “Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado”. O termo “profecia” refere-se à verdade revelada de Deus na Bíblia, e “se corrompe” significa “vive como louco”. Sem a pregação da Palavra, o caos toma conta. É a Palavra de Deus que mantém as coisas unidas. O ensino de Francis Schaeffer são relevantes para o século em que vivemos: “Se queremos ter respostas para o século 21, precisamos não somente de um Deus vivo, mas também de um Deus que fala!” 2. “Sê sóbrio” (v.5). A ideia é ser cuidadoso, cauteloso, e estar atento em tudo o que se relaciona às atitudes pessoais. Ser disciplinado e ter autocontrole. A palavra grega para autocontrole tem sua raiz em um vocábulo que significa “apoderar-se” ou “agarrar”. Um repórter perguntou a D. L. Moody que tipo de gente lhe causava mais problemas. Moody respondeu rapidinho: “Tenho mais problemas com D. L. Moody do que com qualquer outra pessoa”. Provérbios 25.28 afirma: “Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito”. 3. “Sofre as aflições” (v.5), ou seja, “esteja pronto a aguentar as maldades, injustiças e dificuldades”. O ministério pastoral talvez não exija tanto fisicamente quanto outras profissões, mas “seca” você emocionalmente. Isso acontece quando trabalhamos com gente. Embora possam ser bênçãos, as pessoas também podem despedaçar o coração do pastor. Paulo faz referência aos que o abandonaram quando ele mais precisava de amigos, e acrescenta: “Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceume” (2Tm 4.17). A lição fica: quando as pessoas se afastam, Deus se aproxima! 4. “Faze a obra de um evangelista”. Você não tem de se tornar um pregador itinerante, mas precisa ter a essência de um evangelista, tanto na mensagens quanto nos métodos. Certo pastor estava sentado num restaurante e ouviu alguns fregueses reclamando da falta de guardanapos. Ele pensou com seus botões: “Senhor, reclamamos da falta de guardanapo, quando o mundo tem falta de pão.” Alguém sentenciou: “Muitos pastores são zeladores de aquários em vez de pescadores de homens—e, geralmente, passam o tempo roubando os peixes uns dos outros.” A ordem de Cristo à igreja, em Mateus 28.18-20, é mais necessária do que nunca. 5.”Cumpre o teu ministério” (v.5). Devemos perseverar e completar o que Deus nos chamou a fazer. James J. Corbert, campeão de pugilismo do passado, comentou sobre suas vitórias: “Quando seus pés estão tão cansados que você precisa se arrastar para o meio do ringue, lute mais round. Quando seus braços estão tão cansados que você mal consegue levantar a guarda, lute mais um round. Quando você anseia que seu oponente o mande a nocaute, lute mais um round. A pessoa que luta mais um round nunca é derrotada”. JUN/09 A EXISTÊNCIA DE DEUS Um árabe e um cristão estavam acampados juntos no deserto. O árabe perguntou: “Você pode ver Deus? Como você sabe que ele veio ao mundo? Você chegou a vê-lo? Você o tocou?” Enquanto dormiam, um camelo entrou no acampamento e roubou a comida dos dois. Na manhã seguinte, o árabe se levantou primeiro e, notando o “roubo”, foi correndo contar ao cristão: “Um camelo roubou nossa comida ontem à noite”. O cristão foi rápido: “Como você sabe que era um camelo? Você tocou nele?” O árabe respondeu: “Não”. “Então como você sabe que era um camelo?”, insistiu o cristão. “Porque vi suas pegadas na areia”, explicou o árabe. Com lágrimas nos olhos, o cristão respondeu: “É por isso que eu sei que Deus veio ao mundo—suas pegadas estão nas areias do tempo”. (Minister´s Manna) Assim, meu colega pastor, pregue a palavra, seja sóbrio, sofra as aflições, faça a obra de um evangelista e cumpra o seu ministério! “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (1Co15:58). (Pr. David é pastor da Igreja Gulf Coast em Flórida, EUA) DESTINO SEGURO Spurgeon era pobre, contudo se casou com uma moça rica. Alguém perguntou à noiva por que ela se casaria com um rapaz tão pobre. Será que ela não sabia de onde ele vinha? “Não, não sei de onde ele vem, mas seu para onde ele vai, e quero ir com ele.” (Minnister´s Manna) O AMIGÃO do Pastor JUN/09 NÃO HAVERÁ MAIS GRANDES REAVIVAMENTOS Dr. John R. Rice “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa” (João 4:35). “Não haverá mais grandes reavivamentos” é a difamação espalhada hoje em dia contra Deus, a Bíblia e o Cristianismo. Mas consideremos algumas coisas. 1. Quem diz isso Os ateus, para começar. O ser humano ficou muito esclarecido e não se deixa mais enganar pelos evangelistas que pregam sobre a queda do homem, que avisam que o Inferno espera quem rejeita a Cristo como Salvador. Os modernistas também afirmam isso. Somos espertos demais, dizem, para aceitar a autoridade da Bíblia. Chega desse negócio de nascimento virginal, ressurreição, segunda vinda; não há julgamento nem inferno nem necessidade de novo nascimento—não haverá mais grandes reavivamentos. Os pastores e crentes nominais, mundanos, dizem a mesma coisa. Não querem mais saber de evangelistas criticando os membros da igreja, gente abastada que dança, bebe, diz palavrões, adultera e faz apostas por dinheiro. Não vão criar confusão por causa do nascimento virginal de Cristo, evolucionismo ou ensino religioso nas escolas. “As pessoas não aguentam mais isso”, argumentam. Então, nada de evangelistas e grandes reavivamentos! Muitos cristãos fiéis, consagrados, dizem a mesma coisa e, desse jeito, acabam ajudando a espalhar a mentira diabólica. Quem são eles? São pastores resignados e derrotados que nunca choram quando pregam, nunca agonizam em oração pedindo o reavivamento. “Não haverá mais grandes reavivamentos”, concordam. A verdade, porém, é que esse tipo de gente nunca foi reavivada—pessoas que raramente levam alguém a Cristo, nunca atacam o pecado com todo o vigor como os pregadores da Bíblia fizeram, nunca pregam sobre o Inferno ou o Dia do Julgamento, nunca buscam se revestir do poder do Alto como fizeram, e conseguiram, os cristãos do Novo Testamento, como foi comprovado Página 5 em Wesley, Finney, Moody e Torrey! Como poderiam sofrer um reavivamento—homens que nunca passaram dias em jejum nem noites em oração? Como alguém que nunca perdeu um amigo nem o trabalho nem o lar nem a reputação por causa de Cristo iria ser reavivado? Pastores bonachões, que nunca suaram nem choraram nem negaram a si mesmos, que nunca foram chamados de tolos nem de fanáticos nem de sensacionalistas nem de encrenqueiros e nunca foram acusados de estar “querendo se aparecer”—como poderiam experimentar o reavivamento? Então, a saída mais fácil é acusar a época em que vivemos ou Deus ou afirmar que não haverá mais nenhum grande reavivamento. Mas Deus nunca disse isso. 2. Alegações para a falta de grandes reavivamentos “Estamos no fim dos tempos”, é a tentativa de explicação. Pode ser verdade, mas ninguém sabe quanto tempo falta. De acordo com a Bíblia, o maior reavivamento ainda vai acontecer. “...uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas” irá lavar suas vestes no sangue do Cordeiro na breve Grande Tribulação, quando haverá mais escuridão do que agora (Ap 7.9-14). Então, “assim, todo o Israel será salvo” (Rm 11.25-26), “...uma nação...nascida num só dia” (Is 66.8), no futuro. Cristo retarda sua vinda somente porque não quer “que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pedro 3:9). Então, é claro que ele deseja grandes reavivamentos. O maior de todos está por vir! “O pecado e o mundanismo são tão grandes que não há espaço para reavivamentos”, lamentam alguns. Ah, mas Jesus dá conta desta época perniciosa, como deu conta de todas as outras! Contudo, “onde o pecado abundou, superabundou a graça” (Rm 5:20)! Onde está sua fé? Você acha mesmo que o povo de hoje é mais endurecido do que os adoradores de Baal a quem Elias teve de enfrentar no Monte Carmelo e, ainda por cima, tendo Acabe e Jezabel em seu encalço? Você acha mesmo que sua vizinhança é mais difícil de ser alcançada do que as pessoas que crucificaram Jesus e a quem Pedro, cheio do Espírito Santo, pregou no dia de Pentecostes? “Os incrédulos não vão à igreja”, é outra explicação. E por que iriam? Ninguém encontraria salvação na maioria das igrejas QUE GRACINHAS! A professora da quarta série primária teve de deixar a sala por alguns minutos. Quando voltou, encontrou a classe na mais perfeita ordem. As crianças estavam sentadas em total silêncio. A professora ficou em estado de choque e perguntou: “Isso nunca aconteceu antes. É maravilhoso. Por favor, o que aconteceu? Por que estão assim tão bem comportados e quietinhos?” Depois de muita insistência da professora, a pequena Sarita explicou: “Bom, uma vez a senhora falou que se algum dia voltasse pra classe e a gente estivesse quieto a senhora cairia morta”. (Sword of the Lord) de hoje. O povo nunca foi muito de ir à igreja. A Bíblia não os manda ir à igreja. Não foi isso que Cristo planejou! Seu plano é que a igreja vá pelo mundo. Wesley e Whitefield foram pelo mundo; Moody e Sunday também foram. O nosso problema não são os perdidos, mas os crentes que não obedecem à Grande Comissão e usam a desculpa de que os perdidos não querem saber de ir à igreja. 3. O reavivamento sempre acontece quando estamos dispostos a pagar o preço. Continuação na próxima página O AMIGÃO do Pastor Página 6 ORAÇÃO DE CONVERSÃO QUANDO OS CRISTÃOS FAZEM AS PAZES! Quando o famoso dr. B. H. Carroll, pregador poderoso, estadista sábio, patriota corajoso, fundador do Seminário Teológico Batista do Sul dos Estados Unidos, converteu-se, fez a seguinte oração: Escreva Teu nome em minha cabeça para que eu pense em Ti. Escreva Teu nome em meus lábios para que eu fale de Ti. Escreva Teu nome em meus pés para que eu ande contigo e por Ti. Escreva Teu nome em minhas mãos para que eu trabalhe contigo e para Ti. Escreva Teu nome em meus ouvidos para que ouça a Ti. Escreva Teu nome em meu coração para que eu ame a Ti. Escreva Teu nome em meus ombros para que eu carregue os fardos para Ti. Escreva Teu nome em meus olhos para que eu veja para Ti. Escreva Teu nome sobre mim inteiro para que eu seja completamente Teu— sempre e em todos os lugares. Que maravilha seria para a humanidade e para a glória de Deus se todos nós que experimentamos o novo nascimento fizéssemos essa oração com sinceridade, penitência e humildade. (Dr. Robert G. Lee) Lembro-me de uma campanha evangelística que realizei quando era jovem. Foi numa igreja situada no meio de uma planície, numa encruzilhada de estradas. O templo era mínimo. Havia um corredor formado pelos bancos colocados contra a parede. Todas as noites, tínhamos um bom auditório, e nada mais. Depois de vários cultos sem nenhuma conversão, o pastor me explicou: Há muito tempo, aconteceu uma desavença numa família da igreja, e a congregação tomou partido. Os membros da família não se conversam, e esse corredor no meio do templo divide as facções. As pessoas desse lado não conversam com as pessoas daquele lado. No término de um culto—não sei bem o que aconteceu—as duas pessoas que haviam começado a briga foram à frente e pediram perdão uma à outra. E aí o céu desceu. Tínhamos apenas mais dois cultos. No encerramento do último culto, o pastor ficou comigo à porta daquela pequena igreja. “Olhe bem essa planície toda”, ele disse. As planícies do estado de Nebrasca desaparecem no horizonte. “Não creio que exista uma única pessoa nãosalva em qualquer uma das casas que nossos olhos alcançam”. Deus juntou o pessoal nos últimos dois cultos, e os crentes fizeram as pazes uns com os outros e com Deus. (Will M. Houghton) ORDEM NÃO SE DISCUTE Conta-se que um pastor perguntou ao Duque de Wellington se ele achava mesmo necessário a continuação de missões em outros países. Num tom que deve ter feito o pastor corar de vergonha—e deveria fazer o mesmo com qualquer crente que se atreva a questionar as ordens de Jesus—o Duque de Ferro perguntou ao pastor: “Quais são as suas ordens?” “Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura”, foi a resposta. “Como! Estas são as suas ordens, e o senhor ousa questionar seu cumprimento?” Para alguém cujo primeiro instinto era obedecer a seu superior, questionar-lhe uma ordem era o mesmo que traição. (Sword of the Lord) Aprenda a dizer não. Esta palavra lhe será mais útil do que saber Latim. (Charles Spurgeon) SEPARAÇÃO Charles Spurgeon contou sobre um pastor que jogava baralho. Alguém perguntou a um homem por que ele não frequentava a igreja daquele pastor, já que morava tão perto dela. A resposta: “Não vou lá porque o pastor joga baralho”. “Mas você também joga”, replicou o outro. “Verdade. Mas não quero confiar minha alma a uma pessoa assim. Para guiar minha vida, quer alguém melhor do que eu.” (Minister´s Manna) Os melhores reformadores do mundo são aqueles que começaram a partir de si mesmos. Se tentar definir a Trindade, você perderá a sanidade mental. Se negar a Trindade, você perderá a alma. (Pulpit Helps) JUN/09 “grandes reavivamentos” (da página 5) Eis algumas razões imutáveis para que haja mais grandes reavivamentos. 1. O evangelho ainda é “o poder de Deus para a salvação” (Rm 1.16). Graças a Deus! Ele continuará a convencer e converter quando for pregado com coragem e poder. 2. Ele continua verdadeiro: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós” (At 1.8), e então ganharemos almas para Cristo. Que audácia e perda de tempo querer fazer a obra de Deus sem o poder de Deus! 3. Deus continua respondendo às orações. A oração persistente, contrita, cheia de fé como as feitas no Monte Carmelo, feitas por Moody e Finney, chegam aos ouvidos de Deus! Segundo Crônicas 7.14 continua valendo! 4. Não importa onde, o pecado sempre deixa os corações tristes. famintos e temerosos. O ser humano pode ser conquistado para Jesus, sejam mães que perderam um bebê, pais cujos filhos estão nas drogas, pessoas enfermas, pobres, desiludidas, gente que descobriu que nem a bebida nem o sexo nem o dinheiro nem as noitadas podem satisfazer um coração criado por Deus. AH, SE NÓS PASTORES ESTIVERMOS PRONTOS A PAGAR O PREÇO, TEREMOS MAIS REAVIVAMENTOS! (Sword of the Lord) A SABEDORIA DE SALOMÃO “O que atenta prudentemente para a palavra achará o bem, e o que confia no Senhor será bem-aventurado.” PV. 16:20 JUN/09 O AMIGÃO do Pastor Página 7 NADA A AGRADECER Um pastor me convidou para pregar em sua igreja. Ele disse que precisava ter uma conversa importante comigo e pediu que eu ficasse depois do culto. No domingo de manhã, reuni-me com Rafael e sua esposa no escritório dele. Ao nos cumprimentarmos, exclamei: “Graças a Deus por uma manhã de domingo tão linda”. Rafael respondeu: “Não tenho nada a agradecer. Minha igreja está repleta de críticos e ranzinzas. Sinto-me um fracasso. Meus sermões são ruins”. Nós três perdemos a escola dominical. Quando pastores como Rafael não têm nada a agradecer, eles precisam de amigos que os ouçam, incentivem e apresentem uma nova perspectiva. Críticos. Não sejamos duros demais com as pessoas que nos criticam. Afinal, elas são um lembrete de que nem todo mundo vê as coisas pelo nosso ângulo. Algumas nos criticam para o nosso próprio bem. Consideremos essas pessoas como oposição leal; são críticos construtivos. Alguns críticos esperam o pior e ficam surpresos quando isso não acontece. Eles não gostam de nós, não confiam em nós e, no íntimo, desejam que fracassemos. Essas criaturas rancorosas suspeitam de todo mundo; nós os chamamos de críticos destrutivos. Não esperam nada de bom das pessoas e fazem a festa quando alguém erra. Eu sou grato pelos críticos. Eles nos ajudam a crescer. Críticos não gostam de ser criticados, mas essa é outra história. Ranzinzas. Verdade, sou mesmo agradecido pelos ranzinzas, embora sejam parentes próximos dos críticos. Gente ranzinza fica chateada se você estiver feliz. Os ranzinzas ficam mal se você sorrir num dia de chuva. Rangem os dentes se você enxergar arco-íris e promessas em vez de lama e inconveniências. Não saem do lugar, e pintam a janela de preto para impedir que a luz e a alegria entrem dentro de casa. Os ranzinzas seriam excelentes companheiros se tivessem senso de humor. Deixados à mercê de seus próprios estratagemas, caem no fosso da crítica e atiram palavras desagradáveis nos transeuntes. Gente ranzinza adora andar com pedras nos sapatos e ter um buraco no teto da casa, pois essas coisas provam que a vida é injusta. Alguns de meus companheiros favoritos são ranzinzas moderados. Já percebi que em seus planos, Deus geralmente inclui um ranzinza de mão cheia TRADIÇÃO Um velho ditado diz: “Começamos a criar hábitos, e no fim, os hábitos nos criam”. É fácil deixar a vida cair na rotina e tornar nossas ações mecânicas e sem sentido. Nós nos transformamos em lagartas processionárias. Essas lagartas caminham por árvores em uma longa procissão; uma é o líder e as outras, os seguidores—todas de olhos semi-fechados e a cabeça bem aconchegada na extremidade traseira do predecessor. Jean-Henry Fabre, o famoso naturalista francês, depois de estudar pacientemente essas lagartas, conseguiu atraí-las para um grande vaso de plantas; Fabre obteve sucesso em conectar a primeira lagarta à última, formando, assim, um círculo completo. As lagartas caminharam numa procissão circular que não tinha começo nem fim. O naturalista esperava que, depois de um tempo, elas entendessem a brincadeira, ficassem cansadas da marcha inútil e seguissem em nova direção, mas não aconteceu nada disso. Pela simples força do hábito, o círculo de criaturas vivas continuou rodando pela borda do vaso—rodeando e rodeando no mesmo passo incansável durante sete dias e sete noites. E teriam continuado, caso não tivessem chegado à exaustão e, por fim, morrido de fome. Havia um grande suprimento de comida bem à mão e à frente dos olhos, mas fora do alcance do círculo; as lagartas continuaram pela velha trilha. Seguiam o instinto, o hábito, o costume, a tradição, o precedente, a experiência antiga, o padrão comum, ou seja lá o que for, mas seguiam cegamente. As lagartas confundiram atividade com realizações. Tinham boas intenções, mas não chegaram a lugar nenhum. (Minister´s Manna) em cada igreja. Fracassos. Sou agradecido pelos fracassos porque todos nós já fracassamos em alguma coisa. Aqueles de nós que não conseguem fazer gol nem de pênalti e sem goleiro, servem de exemplo aos que fazem gol até de olhos fechados e do outro lado do campo. Existe uma certa humildade nos fracassos. Quem já fracassou não se ilude mais quanto a si mesmo. Aprendemos que muitos de nossos fracassos aconteceram porque não estudamos ou porque confiamos demais em nossa habilidade de motorista ou falamos quando deveríamos ter ouvido. A confraria dos fracassados tem algo em comum com a dos bem-sucedidos: cada pessoa bem-sucedida já fracassou um dia—é um fracassado que tentou de novo, escreveu outro relatório, mudou de hábito, aprendeu a ouvir conselhos, começou a chegar na hora no trabalho, voltou a estudar, levantou-se do chão mais uma vez. Sermões ruins. Por mais estranho que pareça, sou agradecido pelos sermões ruins, Existem dois tipos de sermões ruins—os dos outros e os seus. Já ouvi mensagens horríveis e preguei alumas piores. As duas experiências me deram a certeza de que existe uma saída melhor. Os sermões ruins me incentivaram a fazer anotações enquanto ouvia. Descobri que a maioria dos sermões “ruins” não era tão ruim assim. A apresentação da Continuação na página 9 O AMIGÃO do Pastor Página 8 ÉPOCA DESFAVORÁVEL À FAMÍLIA? Dr. Hugh Pyle O editor-chefe de uma revista americana afirmou que durante a última campanha eleitoral o público ouviria muito sobre a “família americana”, uma frase que evoca a imagem de um pai, uma mãe e dois ou três filhos. O editor avisa: “Esqueçam isso. Essa família perdeu seu lugar. O número de lares de casais solteiros e sem filhos supera o de lares da consagrada ‘família americana’. E apenas 20% das famílias se encaixam na estrutura tradicional onde o pai é o único provedor.” Ele continua: “Em 1950, 80% dos casais eram casados. Hoje, aproximadamente 50% são casados. Na atualidade, muita gente deixa o casamento para mais tarde, o número de divórcios mais que dobrou, milhões de pessoas coabitam sem o benefício do matrimônio e a porcentagem de mães solteiras foi de 5% em 1960 para 35% hoje. O número de pessoas casadas que se dizem muito felizes é o dobro do número de pessoas que não se casaram”. O casamento tradicional—pai, mãe e filhos—é, de longe, a mais feliz e bem sucedida das uniões. E, naturalmente, este é o plano de Deus! Os pastores e professores deveriam, a todo custo, proclamar essa verdade. Um editor secular acaba provando que o casamento autêntico, planejado por Deus é de longe a melhor estrutura para as crianças em casa, na escola e também para a carreira profissional e a vida social dos cônjuges. Quem tem lares assim têm melhores chances no futuro. Os filhos criados somente pelo pai ou pela mãe têm, de modo geral, desempenho escolar fraco e maiores probabilidades de se tornarem delinquentes e/ou viciados, sofrerem violência e irem mal na vida como um todo. Desse modo, até as pessoas nãocrentes inteligentes são forçadas a admitir que o plano de Deus é o melhor! Algo melhor ainda? Bem superior à família tradicional acima descrita é o lar verdadeiramente cristão onde o casal que se ama decide criar os filhos no conhecimento e serviço de Deus, pois estarão formando uma pequena colônia celestial aqui na terra. Casais assim levam muito a sério os votos matrimoniais e juram fidelidade por toda a vida. Eles se casam na igreja, escolhem músicas sagradas para a cerimônia e chamam um pastor dedicado para fazer a mensagem baseada na Bíblia. Desde o berço, seus filhos entendem que a Bíblia é um livro a ser aprendido, estudado, memorizado e vivido. Geralmente, tendo os pais condições financeiras, essas crianças são enviadas a escolas evangélicas. Seguindo o exemplo dos pais verdadeiramente cristãos, esses filhos apreciam a boa música e abominam o que é obsceno. Apreciam a literatura boa e saudável e são guiados a prezar a leitura e a ganhar conhecimentos do ponto de vista do Senhor. Então, desde a meninice sabem interpretar a mídia à luz da Palavra de Deus. Esses filhos aprendem, ainda bem pequenos, a ser prudentes e recatados. Sabem instintivamente e pela experiência que a Palavra de Deus tem as respostas para todos os questionamentos importantes. Em consequência, atendem e são fiéis a igrejas fundamentalistas, firmadas na Bíblia, que ensinam o viver santo e separado deste mundo. Existem milhares desses jovens em nossas faculdades e seminários! Para criar filhos assim, os pais têm de ser amorosos, gentis, fiéis e diligentes. Uma verdade provada e comprovada! (Sword of the Lord) LÁGRIMAS INESQUECÍVEIS! Certa vez o dr. Theodore L. Cuyler foi à Escócia em busca de alguém que tivesse conhecido o pastor Robert Murray McCheyne. Depois de um tempo, foi apresentado a um homem idoso. “O senhor poderia me citar alguns escritos de McCheyne?”, perguntou Cuyler. “Não me lembro de nada”, foi a resposta. “Lembra-se de algumas frases que ele usava?” “Esqueci-me de todas elaS”, respondeu o idoso. “O senhor não se lembra de nada, absolutamente nada, sobre ele?” “Ah”, foi a exclamação, “agora a pergunta é outra. Lembro-me,sim. Uma vez, quando eu era criança, estava brincando na calçada e o dr. McCheyne se aproximou, colocou a mão na minha cabeça e disse: ‘Jim, meu filho, estou indo visitar sua irmãzinha doente’. Então, olhando bem dentro dos meus olhos, acrescentou: ‘Jim, estou preocupado com sua alma’. Não me lembro dos escritos nem das mensagens dele, mas, dr. Cuyler, ainda sinto o tremor de suas mãos e ainda posso ver as lágrimas em seus olhos”. (Sword of the Lord) JUN/09 RESMUNGONA Uma crente idosa vivia reclamando que o pastor não a visitava com frequência. Um dia, ele explicou-lhe: “Irmã, estou ocupado demais tentando alcançar os perdidos que vivem entre nós e, por isso, não posso gastar muito tempo com os salvos. Mas eu lhe prometo que quando estivermos no Céu, irei visitá-la todas as manhãs e passar uns mil anos com a senhora!” (Sword of the Lord) GANHADOR DE ALMAS Russel Anderson, multimilionário presidente de treze empresas, estava testemunhando de Jesus num condomínio de apartamentos de aluguel. O síndico o colocou para fora e ordenou: “Não volte mais aqui”. Russel ficou muito bravo, pois queria falar de Jesus ali. No dia seguinte, ele comprou o condomínio inteiro só para testemunhar a quem ele quisesse. (Minister´s Manna) Para a maioria das pessoas, um bom sermão é aquele que atravessa sua cabeça e atinge outras pessoas. (Sword of the Lord) “Semeais muito, e recolheis pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe salário num saco furado.! (Ageu 1:6) JUN/09 SÓ SE CASAM COM PARENTES? Um senhor de oitenta anos perguntou a uma amiguinha se ela queria se casar com ele. A menina, gentilmente, recusou o pedido e explicou que na família dela as pessoas só se casavam com parentes. O cavalheiro pediu uma explicação, e recebeu. “Se o senhor fosse meu parente, poderíamos nos casar, mas não somos. Meu pai se casou com minha mãe, meu avô se casou com minha avó, e todos os meus tios se casaram com as minhas tias. Então, como o senhor vê, não podemos nos casar, porque não somos parentes.” (Sword of the Lord) DESPREZO PELA BÍBLIA O homem despreza a Bíblia porque ela revela quem ele é. A Bíblia nunca bajula, nunca se desculpa, nunca elogia o ser humano por suas qualidades naturais e, geralmente, zomba de sua sabedoria. Mesmo quando a pessoa alcançou o topo do galho mais alto da árvore do conhecimento e, de lá, curva-se diante dos aplausos da multidão, o velho Livro parece olhar e dizer: “A sabedoria do homem é tolice para Deus”. (Jarrete Aycock) Deus aceita obediência sem emoção, mas não emoção sem obediência. (Maltbie D. Babcock) O AMIGÃO do Pastor “nada a agradecer” (da página 7) mensagem pode sofrer por causa do nervosismo do orador ou pelas expectativas exageradas da congregação que acha que todos os pastores devem ser um Rui Barbosa no púlpito. Claro que há sermões de doer e o suplício termina só quando o pregador diz “amém”. Uma de minhas mensagens foi tão ruim que me escondi atrás da igreja até que todos se retirassem. A solução? Passei a evitar alguns assuntos porque mutilava a coisa inteira. Também aprendi a fazer mensagens mais curtas. É impressionante como o número de sermões ruins diminui quando falo alguns minutos a menos que o normal. Não vou nem mencionar aqueles sessenta minutos de puro horror que levaram homens barbados a levantar os braços e apontar para seus relógios. Não se espantem com minha lista de “agradecimentos. Paulo ensinou um princípio inusitado aos efésios: “Dando sempre graças por tudo” (5:20). Em todas as circunstâncias, existe sempre alguma coisa pela qual agradecer—aprendemos a ter paciência quando um pneu estourou, a exercitar a fé na sala de espera de um hospital, a desenvolver novas habilidades quando perdemos o emprego. Na véspera de sua crucificação, Jesus deu graças (Mt 26.27-28). Não era gratidão pela dor que sofreria, mas pelo que sua morte significaria para a humanidade perdida—a remissão dos pecados. É por isso que agradecemos a Deus pelo dia em que o Filho do Homem morreu. Paulo e Silas apanharam e foram jogados numa masmorra pelos governantes da cidade de Filipos (At 16). Ao escrever sua carta aos filipenses, Paulo começou com a frase: “Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós” (1:3). Isso aconteceu porque a história não terminou com uma surra. Na última metade do capítulo, Paulo está agradecido pelo milagre que mudou tudo (At 16.25-40). Garanto a todos os Rafaéis que sofrem com as palavras duras que recebem—o ponto final de sua história não é colocado pelas críticas nem pelos ranzinzas nem pelos fracassos. Algumas portas irão se abrir. Existe um Deus que ouve na escuridão e que pode, com um movimento rápido, transformar a amargura em alegria. Afinal, você tem alguns motivos de gratidão, não é mesmo? (Jack Williams) “O coração de mãe é a sala de aula da criança”. (Henry Ward Beecher (1813-1887) Página 9 DA ESCURIDÃO...UM RAIO DE SOL! Lindsay Terry Realizei uma jornada fascinante ao entrevistar compositores de mais de duzentas canções evangélicas, e pesquisar a história de um grande número de cânticos cujos autores foram para o Céu há muito tempo. Compartilhar essas histórias com inúmeros auditórios e em livros tem sido uma bênção contínua. O estudo que fiz de nossos hinos clássicos, cânticos evangélicos e corinhos teve início na faculdade. Naquela época, inscrevi-me numa classe de “hinologia” numa universidade cristã e fui totalmente cativada pelo assunto. Em pouco tempo, comecei a buscar qualquer compositor que pudesse achar, só para conversar sobre o maravilhoso “dom” que Deus lhe havia dado. Minha primeira entrevista foi com Mosie Lister, na Flórida. Ele se tornou um dos maiores compositores de música de todos os tempos. Nascido da opressão e do sofrimento humano Lembro-me que um fato básico tornouse proeminente em minha pesquisa. A maioria dos hinos antigos, que se tornam muito significativos para os cristãos do mundo todo, nasceram como resultado do sofrimento e da opressão—alguns bem severos e outros nem tanto. Em muitas ocasiões, uma combinação de sofrimento e estudo da Palavra de Deus fez nascer uma canção de grande significado. De modo geral, os compositores viveram períodos escuros em suas vidas—tempos cruéis—e daquelas sombras brotaram um raio de sol, um cântico! O que mais me intriga é que o mesmo processo acontece hoje em dia! Quero deixar claro que sofrimento e opressão não estão ligados a todos os preciosos hinos, mas isso parece ser verdade com a maioria deles, começando na Bíblia. Jó perguntou: “Onde está o Deus, meu Criador, que dá canções no meio da noite?” Davi, o “doce cantor de Israel”, defrontou-se com tempos difíceis, e Deus usou aquelas experiências para nos presentear com vários salmos. Autores de hinos antigos Martinho Lutero, que sofreu grandes perseguições, é considerado um dos mais importantes compositores do melhor período da hinódia na história cristã. Quem Continuação na próxima página Página 10 O AMIGÃO do Pastor JUN/09 “da escuridão” (da página 9) já não foi abençoado por sua obra “Castelo forte”? A história de John Newton (inglês traficante de escravos) sobre a miséria humana só pôde ser contada por ele mesmo, e Newton o fez em suas cartas bibliográficas amplamente publicadas. Enquanto era capitão de um navio negreiro, ele foi tão mau e repulsivo que até os companheiros de barco o desprezavam. Certa vez, quando estava completamente bêbado, Newton caiu do navio; sua tripulação recusou-se a jogar-lhe uma boia salva-vidas, e atirou um arpão na água, que lhe cravou no quadril, e foi assim que o arrastaram de volta ao barco. O capitão mancou para o resto da vida. Mais tarde ele confessou que cada passo era um lembrete da graça de Deus em sua vida. Seu famoso hino “A graça de Deus” , composto depois de ele se tornar pastor na Inglaterra, é o hino cristão mais conhecido no mundo de língua inglesa. Em 1836, Charlotte Elliot, inválida na Inglaterra, lamentava-se profundamente porque não conseguiria ajudar na arrecadação de fundos para a construção de uma escola para filhas de pastores pobres. Charlotte resolveu escrever um poema para inválidos como ela. Foi um testemunho de sua salvação. Mais tarde, o poema foi vendido e o dinheiro dado para a construção. O nome do poema: “Tal qual estou”. Joseph Scrieven, recém-formado numa faculdade da Inglaterra nos meados de 1800, saiu a viajar depois que sua noiva caiu num lago e afogou-se. Quando estava no Canadá, Scrieven soube que sua mãe estava num momento difícil, e escreveu-lhe uma poesia. Mais tarde, aquela poesia se tornou um dos hinos mais famosos que já foram escritos: “Em Jesus amigo temos”. Compositores de nossa época No início da década de 60, numa véspera de ano novo, Gloria Gaither estava sozinha no escuro da sala de estar, envolta em agonia e medo. O marido estava recuperando-se de mononucleose, o casal era vítima de acusações e desprezo, e Glória temia pelo futuro da criança que carregava no ventre. Em sua misericórdia, Deus substituiu o pânico com a paz, e ela escreveu a letra do hino “Porque ele vive”. Darlene Zschech vivia dias sombrios em 1993. Seu fardo parecia insuportável. Darlene voltou-se para a Bíblia e inspirada no Salmo 96, compôs “Cante ao Senhor, toda terra proclame”. Don Moen estava num avião, SÓ IMAGINANDO... Algum tempo atrás fui à funerária me despedir dos restos mortais de uma velha conhecida. Alguém bem intencionado havia colocado uma Bíblia bem usada nas mãos da morta. Parecia apropriado e simbólico. Lembrei-me de como sua face se iluminava na igreja quando a Bíblia era lida. Mais tarde, fiquei pensando: E se quando você morresse, alguém pusesse em suas mãos uma coisa simbolizasse sua vida? Seria um maço de cigarro, uma garrafa de bebida, uma vara de pescar, as chaves do carro, uma tecla de televisão, uma Bíblia bem usada, ou uma Bíblia que nunca foi usada? Só imaginando... (Sword of the Lord) encaminhando-se para o funeral de um sobrinho. O jovem havia morrido num acidente horroroso de carro. Enquanto lia Isaías 43.19, que diz: “Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo”, Deus lhe deu um hino maravilhoso de conforto: “Deus abrirá um caminho”. Laurie Klein, jovem esposa de um seminarista, estava estudando a Bíblia certa manhã, antes de o bebê acordar, e refletia sobre sua vida confinada em uma casa mínima à beira de uma estrada. A solidão e as dificuldades financeiras a levaram a orar: “Pai, se o senhor quer me ouvir cantar, será que poderia me colocar nos lábios o que gostaria de ouvir?” Laurie começou a dedilhar o violão e de seus lábios saiu: “Eu te amo, Senhor, e levanto a voz”. Brian Doerksen mudou-se com toda a família para Londres (moravam no Canadá) para assumir o único trabalho que lhe foi oferecido: ministro de música de uma igreja pequena. Pouco tempo antes, ele havia perdido um milhão de dólares e sua casa num projeto ministerial volumoso. Além disso, três de seus seis filhos haviam sido diagnosticados com Síndrome do Cromossomo X Frágil, uma forma de retardo mental. Continuação na próxima página JUN/09 da escuridão” (da página 10) Certa manhã, Brian estava caminhando e orando perto de um estádio quando Deus lhe disse: “Vem, esta é hora de adoração”, e junto com a letra veio a melodia maravilhosa. Marc Byrd, em desespero profundo e conta bancária zerada, voltou-se para a Bíblia e, por uma semana inteira, mergulhou no livro de Salmos. O resultado dessa semana deu início ao cântico “God of wonders” (Deus das maravilhas), que foi usado em dois voos espaciais para acordar os astronautas, e percorreu o mundo como se fosse um meteoro. Eu poderia contar muitas outras histórias, mas o espaço não permite. Os acontecimentos nas vidas dos grandes compositores e o resultados dos cânticos dão uma ideia do que minha pesquisa revela. Quando Deus intervem Na maioria dos casos, os compositores que entrevistei se recusaram a receber qualquer crédito pelas músicas que criaram. Uma explicação era: “Não escrevi a música. Ela estava pronta. Só copiei o que me foi ditado”. Outros diziam: “Eu escrevia o mais rápido possível. A música me veio como um dia de primavera”. Alguns relataram: “Eu não estava pensando em compor nada. A música me tomou de assalto”. Quando me recordo das miríades de entrevistas em que os compositores fizeram essas afirmações, e revejo as músicas sobre as quais conversamos, algo se torna aparente. Na maioria dos casos, a letra veio acompanhada de uma melodia de ritmo lento a moderado que poderia ser cantado facilmente por qualquer congregação de adoradores. Não sei o significado exato disso, mas acredito firmemente que Deus quer que o adoremos com cânticos de ritmo e essência que envolvam nosso coração e alma, e que sejam cantados com sinceridade e propósito para ele. Deus é o centro de tudo. Cante nos sofrimentos e na opressão No capítulo 16 de Atos, Paulo e Silas se encontram numa masmorra escura e úmida, com os pés acorrentados. Haviam sido acusados injustamente e chicoteados antes de serem jogados na prisão. À meia-noite, naquela cela escura, Paulo se vira para Silas e diz: “Silas, acho que devemos orar”, e aconteceu uma reunião de oração. E Paulo continuou: “Silas, acho que devemos cantar a Deus”. Enquanto cantavam, foi como se Deus tivesse se juntado a eles, fazendo o baixo, pois o lugar inteiro tremeu. O AMIGÃO do Pastor Acredito que Paulo ficou forte como nunca—depois do cântico! As orações e os cânticos trouxeram três resultados para Paulo e Silas. Eles ganharam almas para Cristo, receberam cuidados médicos e ganharam a liberdade. Não acho que essas coisas teriam acontecido sem a oração e os cânticos de louvor na hora do sofrimento. Pouco antes da crucificação, de um modo que só entenderemos quando nos colocarmos diante dele no Céu, Jesus pediu que os discípulos—no cenáculo— cantassem em louvor a Deus. A Bíblia afirma: “E depois de cantarem um hino, saíram para o monte das Oliveiras”. Acho que Jesus fortaleceu-se no físico e no espírito enquanto entoava um cântico de adoração e louvor ao seu Pai Celeste. Não importam quais sejam seus problemas, sofrimentos e opressões, será bem mais fácil lidar com eles se você louvar a Deus com cânticos—mesmo que seja no íntimo do coração. (Pulpit Helps) “APARTAI-VOS!” Ted Kyle “Assim, comeram a Páscoa os filhos de Israel que tinham voltado do cativeiro, com todos os que a eles se apartavam da imundícia das nações da terra, para buscarem o SENHOR, Deus de Israel” (Esd 6:21). Esse versículo faz parte do texto que narra a celebração dos filhos de Israel quando o Segundo Templo ficou pronto na terra para onde haviam retornado depois do exílio por corrupção e desobediência. A celebração foi feita de modo apropriado: com a observação da Páscoa. A Páscoa, um lembrete vivo da libertação milagrosa que os judeus receberam ao escapar da maldição de Deus sobre o Egito—por não ter deixado Seu povo ir—é também um simbolismo rico e significativo para os cristãos, pois a Bíblia não declara em 1Coríntios 5.7 que Cristo é a nossa Páscoa? Na verdade, ele é uma Páscoa extremamente mais importante, pois a primeira Páscoa defendeu apenas da morte física, e seu efeito foi temporário. A Páscoa de Jesus, no entanto, nos protege da morte espiritual, e seu efeito é eterno. O que foi exigido daqueles que participariam da celebração da Páscoa? Que se apresentassem à mesa com os corações Página 11 limpos. Isso era mais do que apenas observar os rituais de limpeza; significava separar-se da “imundícia das nações da terra”! O que, então, Deus pede daqueles que participam de sua maravilhosa Páscoa— encontrando vida pela morte de seu Filho? Separação! “Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso” (2 Co 6:17-18). A Bíblia ainda nos adverte: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis” (2Co 6:14). Embora, certamente, o texto se refira ao casamente, não é limitado a ele. Aplica-se igualmente a qualquer relacionamento ao qual nos prendemos— seja de família, de negócio ou de amizade. Jamais devemos achar que temos obrigação de seguir o caminho do pecado porque alguém espera que façamos isso. Um exemplo tristíssimo e um aviso claro dos perigos de alguém se juntar a um jugo desigual é encontrado em 1Reis 11.4-5, onde lemos que depois que o rei Salomão “amou muitas mulheres estranhas...(v.1), na velhice “suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era perfeito para com o SENHOR...edificou...um alto a Quemos, a abominação dos moabitas...e a Moloque, a abominação dos filhos de Amom” (1Rs 11:1-7). Ah, como precisamos velar por nossos corações! Quem é nosso exemplo? “Porque nos convinha tal sumo sacerdote (Jesus), santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus...” (Hb 7:26). Alguém poderá dizer, entretanto, que nosso Senhor comeu e teve comunhão com pecadores. Sem dúvida nenhuma! Mas observem que ele não participou dos pecados deles, nem fez vistas grossas a seus erros, nem riu de suas piadas sujas. Jesus sempre elevava as conversas a seu patamar, e nunca se abaixava ao nível delas. Ele contava histórias (parábolas) que falavam de campos e lares para apresentar as verdades espirituais a seus ouvintes. Em tudo isso, ele é nosso exemplo. Se você anseia pela bênção de Deus em seu ministério, não toque no que é impuro! (Pulpit Helps) Os pais gastam os três primeiros anos de vida de seus filhos ensinando-os a falar e andar, e gastam os próximos quinze ensinando-os a sentar e ficar calados! (Sword of the Lord) O AMIGÃO do Pastor Página 12 A MELHOR DEFESA É UM BOM ATAQUE Bob Dasal “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!”(Mateus 28:19-20). O Senhor Jesus estabeleceu sua igreja e deu-lhe a Grande Comissão. Nosso desafio é cumprir essa ordem no mundo hostil em que vivemos. Nunca fui um grande atleta, mas lembro-me de um princípio elementar do treinador do time de basquete da escola. Ele acreditava que “a melhor defesa é um bom ataque”. Como desempenhar a Comissão em defesa do evangelho com um ataque eficiente? Isso foi tentado de várias maneiras através dos séculos. Algumas foram boas e eficientes, outras, nem tanto. A resposta é simples, na verdade. Tem sido provado, repetidas vezes, que a melhor maneira de cumprirmos a Grande Comissão é permitir que o Senhor Jesus (por meio do Espírito Santo) viva por nosso intermédio a vida que ele colocou em nós. Ser um verdadeiro exemplo de cristão diante do mundo é a evangelização mais eficaz que existe, porém é mais fácil falar do que fazer. O mundo, a carne e o diabo procuram destruir todas as tentativas de anunciarmos o evangelho. Qual é a sua abordagem? Muitas igrejas estão em declínio e acham bom “deixar como está pra ver como é que fica”. “As mudanças são inevitáveis” é um ensino verdadeiro. O difícil é saber a diferença entre a boa mudança e a mudança ruim. Os pastores de hoje encaram o desafio e a oportunidade de obedecer à Grande Comissão com ferramentas que as gerações anteriores não possuíram. A oportunidade é a capacidade de alcançar as pessoas, através da mídia, de maneiras O AMIGÃO do Pastor Caixa Postal, 74 37270-000 Campo Belo - MG IMPRESSOS desconhecidas há duas gerações, O desafio é permanecer fiel ao cristianismo bíblico e manter o ensino claro e puro. Muitos pastores e igrejas estão realizando um excelente trabalho com as novas ferramentas e os métodos novos, e sem fazerem concessões ao mundo. Outros se entusiasmam tanto com o método que perdem de vista a mensagem . Alguns estão tão presos a tradições religiosas que, sem nem pensar, rejeitam qualquer método que não se encaixe nessas tradições. Com todo o esforço que a sociedade faz para desacreditar o Evangelho, temos de “pregar a palavra” e praticar verdadeiramente, todos os dias, o cristianismo bíblico. Quando nosso caminhar e nossas palavras se combinam, o inimigo é um adversário vencido, e vivemos a letra do hino “Vitorioso” (Cantor Cristão, 471). Se o viver e as palavras forem diferentes, então o ditado “não é a água fora do barco que o afunda, mas a água que está dentro dele” torna-se verdaderio. Nessa época crucial na vida da igreja, sejamos fiéis! Não será fácil, mas valerá a pena! (Pulpit Helps) NÃO HÁ LUGAR PARA A MENTE ABERTA Muitas vezes, os pastores são acusados de ter a mente estreita porque insistem em que os crentes deixem tudo para seguir a Jesus. Mas tudo na vida é estreito, e o sucesso só é encontrado quando atravessamos a porta estreita e andamos no caminho reto. Não há lugar para a mente aberta num laboratório químico. A água é composta de duas partes de hidrogênio e uma de oxigênio. E não se pode fazer qualquer mudança na fórmula, por menor que seja. Não há lugar para a mente aberta na música. Só existem oito graus numa oitava. O maestro habilidoso jamais permitirá que o primeiro violino toque nem que seja apenas JUN/09 meio grau fora da nota, acorde e tonalidade escritos. Não há lugar para a mente aberta na aula de matemática. Nem a geometria nem o cálculo nem a trigonometria permitem qualquer variação do exato, nem que seja uma vez. A solução do problema é certa ou errada—não há tolerância aqui. Não há lugar para a mente aberta na biologia. Um resultado diferente em mil experiências invalida a teoria inteirinha. Não há lugar para mente aberta nos esportes. A partida é jogada de acordo com as regras, sem favorecer ninguém só por caridade. Não há lugar para a mente aberta na oficina. O mecânico diz que os anéis do pistom têm de se encaixar nas paredes do cilindro com uma tolerância de menos de dois milésimos de centímetro. Mesmo que motorista e mecânico sejam amigos, não pode haver nenhuma variação aqui, se quiserem que o motor funcione sem problemas. Então, por que, devemos esperar que a mente aberta governe no reino da fé e decência? (Sword of the Lord)
Documentos relacionados
AMIGÃO Out - Amigão do Pastor
[não publicado no Brasil]. O primeiro capítulo foi intitulado “Um cenário contraditório”, e foi baseado em minha compreensão da Bíblia. De acordo com minhas lembranças a situação do meu país era so...
Leia maisO AMIGÃO do Pastor
Um Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo Batista, Fundamentalista Expediente: Editor Chefe: Pr. Jaime King. Editor: Pr. Cleber Rodarte Neves. Assistentes: Ana Lúcia de Almeida ...
Leia mais