O AMIGÃO do Pastor

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O AMIGÃO do Pastor
O AMIGÃO do Pastor
Um Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo - VOL. 19 - Nº 06 JUN/09
POR QUE A IGREJA
ESTÁ FUGINDO
DE SUAS
RESPONSABILIDADES?
Wayne J. Edwards
A diluição da doutrina e da teologia, no
esforço de alcançar as últimas gerações,
também enfraqueceu nossa missão de levar
a Palavra inteira ao mundo inteiro. Assim,
não só deixamos de alcançar os nãofrequentadores de igreja—porque
escondemos tanto o evangelho verdadeiro
atrás de frases de efeito, acrósticos e
análises impulsionadas pelo desejo do
público que não temos mais nenhuma “boa
notícia” para lhe transmitir—como, ao
mesmo tempo, afastamos da igreja os que
costumavam frequentá-la. Isso aconteceu
quando abandonamos os métodos que o
próprio Deus usou para incentivar o
crescimento e maturidade espiritual das
pessoas—incluindo
nossa
responsabilidade de cumprir a Grande
Comissão.
Os crentes de hoje se contentam em
defender suas casas e famílias em vez de
permitir que Deus use tudo e todos para
causar uma diferença no mundo. Parece
que os crentes da atualidade estão mais
interessados em conseguir todas as
bênçãos que Deus lhes prometeu do que
serem canais para as bênçãos de Deus ao
mundo.
Com isso, a igreja está perdendo
oportunidades magníficas de anunciar o
evangelho a uma sociedade que nunca
esteve mais pronta a ouvir a verdade. Uma
escritora americana, Marva Dawn, afirma
que “enquanto os pesquisadores estão
descobrindo que os boomers (geração pósSegunda Guerra) estão em busca de
autoridade moral, centenas de pastores
estão jogando a autoridade deles pela
janela”.
Assim, por não se diferenciar do
mundo, a igreja de hoje não está fazendo
diferença nenhuma no mundo. Ao
considerar as batalhas que nós, os crentes,
lutamos nos últimos 40 anos, entristeço-me
ao ver que os soldados cristãos de nossa
geração deixaram a bandeira de nosso
Senhor cair na desonra. Igual à família de
Ló, a geração atual de cristãos acostumouse ao estilo de vida descomprometido
desse mundo tenebroso. Os crentes de
hoje aproveitam tanto a liberdade
individual, as oportunidades econômicas,
os prazeres e as diversões da sociedade
quanto os não-crentes.
Onde está o clamor por restauração?
Quanto à vida cristã em particular, os
crentes da atualidade parecem amar mais o
entretenimento, os rituais e o
“marquetismo” religioso do que ao Senhor
Jesus e o viver de acordo com sua Palavra.
A verdade é que, por termos abaixado
nossos padrões, permitimos que a bandeira
da cruz fosse desonrada.
No entanto, a maior infelicidade para
nosso Deus é que seu povo não está
implorando para que alguém hasteie a
bandeira novamente.
A evidência irrefutável de estarmos nos
aproximando mais de Deus em nossa
adoração, nosso caminhar e nosso
testemunho seria nossa capacidade de ver
este mundo do jeito que ele realmente é, e
não pelo que gostaríamos de acreditar que
fosse. Quando agirmos assim, então
estaremos prontos a ir aonde formos
mandados, e fazermos o que nos for
ordenado, e promover uma grande
diferença. Mas como isso não está
acontecendo na igreja e por meio dela, a
única conclusão que podemos tirar é que a
glória de Deus se apartou da maioria das
igrejas de hoje.
A coisa triste é que, em sua maioria, os
crentes estão de tal modo ocupados em
manter a máquina ministerial funcionando
que nem percebem a falta do Espírito Santo.
A razão de estarmos confusos sobre o
que a igreja deve ser e fazer nos dias de
hoje deve-se ao fato de termos esquecido o
que significa ser o Corpo de Cristo.
Muitos cristão tentam encaixar a igreja
naquilo que acham que ela deveria ser e
fazer. Na década de 70, foi exatamente essa
previsão que o filósofo cristão Francis
Schaffer fez para a década de 90.
Schaffer
chamou
isso
de
“individualismo radical”—cada um adora o
Deus de seu conceito e não o Deus da
Bíblia, que nos foi revelado por meio de
Jesus Cristo. O famoso escritor puritano J.
I. Packer deu a isso o nome de “religião
balneário”—filosofia segundo a qual Jesus
está sempre pronto a atender nossas
orações, e a igreja é um local para fazermos
novos amigos; não há preocupações com a
doutrina verdadeira, teologia ou quaisquer
outros assuntos primordiais à fé; sem
interesse em missões, testemunho ou se o
culto é agradável a Deus. Segundo Packer,
a única preocupação dos “igrejeiros” é
saber como a igreja irá suprir as
necessidades deles!
Conceito antigo
Esse conceito carnal sobre a igreja não
foi lançado pela geração atual. Na verdade,
até certo ponto, a igreja sempre lutou
contra ela. Acontecia na igreja de Corinto, e
foi por isso que o apóstolo Paulo “fechou o
tempo” com aqueles irmãos em sua primeira
carta, ao tratar do que chamou de
comportamento carnal deles—divisão em
pequenos grupos por causa de
preferências individuais, discussão sobre
quem era o melhor pregador ou pastor—
exatamente como acontece hoje.
Paulo advertiu que esse tipo de
comportamento não somente revelava falta
de crescimento espiritual, mas que, por
andarem “segundo os homens” (1Co 3:3),
os corintos não eram, no testemunho por
Cristo, diferentes dos não-salvos.
Foi nos Grandes Reavivamentos do
século 18 que uma grande mudança
ocorreu na doutrina da igreja, e cujos
resultados continuam afetando as igrejas
da atualidade. Aquele foi o século dos
grandes reavivamentos, quando o Espírito
Santo se moveu na igreja de maneiras até
então desconhecidas, e milhares de
pessoas foram extraordinariamente salvas
em campanhas evangelísticas através da
Europa e, depois, América do Norte.
Mas em vez de dar glórias a Deus pelas
coisas majestosas que realizava, o ser
humano se pôs a matutar em como
reproduzir os mesmos resultados usando
outros métodos e técnicas, na esperança de
manter o reavivamento aceso.
(Pulpit Helps)
O AMIGÃO do Pastor
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JESUS ESTÁ
VOLTANDO, COMO
AFIRMA EM CENTENAS
DE VERSÍCULOS
C. H. Spurgeon
Editorial
Prezado leitor,
Tenho visto alguns jovens dizendo que
o SENHOR os chamou para o ministério.
Amém por isso. Mas ouvi que, numa certa
denominação, os Pastores iniciantes não
recebem menos que dois mil Reais; o que
também é bom, pois o servo de DEUS deve
ser sustentado com dignidade. Porém,
como a maioria dos Pastores que têm
muitos anos de ministério não chegam a
receber esse salário, e mesmo no serviço
secular a maioria das pessoas também não,
temo que alguns dos “chamados” almejem
a boa condição financeira antes de tudo.
Mas conheço um jovem Pastor que deixou
um emprego com um salário de três mil
Reais, com todos os benefícios de uma
grande empresa, para assumir o ministério
num lugarejo que nem está no mapa, para
ganhar inicialmente quinhentos Reais. Para
entrar no ministério, temos que estar
dispostos antes de tudo a “sofrer as
aflições” e nos dedicarmos completamente
ao pastorado (II Tm.2:3-4). Começando por
aí, o SENHOR abençoará. Boa leitura!
Pr. Cleber rodarte Neves
Existe um grande motivo para vivermos
como peregrinos e estrangeiros neste
mundo: Cristo está voltando.
A igreja primitiva nunca se esqueceu
disso. Eles não ansiavam e aguardavam o
retorno do Senhor elevado ao Céu? Da
mesma maneira que as doze tribos, aqueles
irmãos esperavam, dia e noite, pelo
Messias.
No entanto, a esperança da igreja
arrefeceu. Apareceram tantos falsos
profetas anunciando a volta de Cristo que a
igreja passou a acreditar que ele não
retornará. Com isso, os crentes começam a
negar ou deixar em banho-maria a
maravilhosa doutrina da segunda vinda de
seu Mestre.
O fato de haver tantos falsos profetas
não deveria nos levar a duvidar da Palavra
verdadeira de nosso Senhor Jesus. A
frequência dessas falsidades deveria ser
uma prova de que a verdade está na base
de tudo.
Suponhamos que um amigo seu esteja
muito doente, e os médicos avisaram que
ele não resistirá por muito tempo; a morte
chegará logo. Nas suas visitas ao amigo,
você fica de coração na mão, com medo de
ouvir que ele se foi; no entanto, ele
continua vivo. As previsões erradas dos
médicos não indicam que seu amigo não irá
morrer; ele pode morrer quando você
menos esperar.
Só porque os falsos profetas anunciam:
“Eis, aqui a data”, “Eis, ali o dia” e Cristo
não aparece, não significa que sua gloriosa
JUN/09
volta nunca acontecerá.
Não sou profeta. Não tenho ideia do
que acontecerá no ano que vem. O que sei
sobre este ano já me basta. Não entendo as
visões de Daniel nem de Ezequiel. Já me é
bastante ensinar as palavras simples que
encontro em Mateus, Marcos, Lucas, João
e nas cartas de Paulo.
Não conheço muitas pessoas que se
converteram a Deus por meio das
intricadas discussões sobre o Armagedom
e outras coisas interessantes. Tenho
certeza que as discussões de “profecias”
são bastante proveitosas, mas me
pergunto se são tão proveitosas aos
ouvintes e leitores quanto são para os
pregadores e editores.
Imagino que entre os religiosos de
alguma espécie, as explicações infundadas
de profecias feitas por certos estudiosos
satisfazem uma necessidade que nos
irreligiosos é suprida pelas novelas e
romances.
O ser humano tem gana de saber o
futuro, e alguns eclesiásticos exploram
esse gosto deturpado e profetizam sobre o
que está por vir.
Não sei o que acontecerá no futuro, e
nem quero saber. Porém uma coisa
anuncio, porque tenho certeza que irá
acontecer: Jesus voltará. Ele garante isso
em centenas de versículos. As cartas de
Paulo e de Pedro falam muito sobre a
segunda vinda de Cristo, e as cartas de
João praticamente não falam de outra coisa.
Os mais fiéis dos fiéis sempre viveram
na esperança da segunda vinda. Enoque
foi um desses, pois ele profetizou sobre a
vinda da Filho do Homem. Houve um outro
Enoque que estava sempre falando sobre a
segunda vinda, e pedia: “Vem, Senhor
Jesus!”
(Sword of the Lord)
O AMIGÃO do Pastor
Um Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo
Batista, Fundamentalista
Expediente: Editor Chefe: Pr. Jaime King. Editor: Pr. Cleber Rodarte Neves. Assistentes: Ana Lúcia de Almeida Rodarte, Patrícia
Elaine King. Arte: Pr. Cleber Rodarte Neves. Assinaturas: O jornal AMIGÃO do Pastor é sustentado por assinaturas e ofertas
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expressando necessariamente a posição dos editores deste periótico.
O AMIGÃO do Pastor é um ministério da Editora Maranata.
O AMIGÃO do Pastor
JUN/09
AMÉM, FARAÓ
Um pastor de “fôlego comprido” estava
fazendo conferências em uma igreja. Para
agravar a situação, cada vez que ele fazia
uma observação importante durante a
mensagem, um membro da igreja respondia
com um “amém” ou “é isso aí, pastor”, o
que levava o pregador a dobrar o fôlego e
deslanchar em outra dissertação
quilométrica.
Num dos cultos, o pastor da igreja
decidiu inserir um “amém, faraó!” entre
algumas frases da mensagem. O
conferencista não entendeu bem, no
entanto, depois de vários “améns”,
terminou seu longo sermão.
Após o culto, e quando todos haviam
se retirado, o conferencista perguntou ao
pastor da igreja: “O que exatamente você
quis dizer com seus “amém, faraó”?
A resposta foi rápida: “Estava dizendo
pra você deixar meu povo ir!”
(Pulpit Helps)
GENTE HIPÓCRITA
“Não vou à igreja porque tem muita
gente hipócrita lá.” Quantas vezes vocês já
escutou isso?
Os hipócritas estão em todos os
lugares. Moram em seu bairro, fazem
compras no mesmo supermercado que
você. É verdade que existem hipócritas nas
igrejas.
No entanto, se a pessoa estivesse se
afogando e o salva-vidas fosse um
hipócrita, será que ela recusaria sua ajuda?
Se sua casa estivesse pegando fogo,
recusaria a ajuda de um bombeiro hipócrita?
Quem usa a desculpa da hipocrisia para
não frequentar a igreja, irá passar a
eternidade no Inferno. Ah, e por falar nisso,
o Inferno está cheio de hipócritas.
Existe muita gente hipócrita na igreja?
Não se acanhe—sempre há lugar pra mais
um.
(Croft M. Pentz)
tudo pronto para o domingo, certo?”
O velhinho era um cristão sincero, mas
sem muita energia física. Sua resposta ao
pastor era sempre a mesma: “Dei uma boa
disfarçada”.
Quando o idoso já havia descido a rua,
a caminho de casa, o jovem pastor e a
esposa pegavam o aspirador e terminavam
a limpeza (sem nunca contar a ninguém).
Infelizmente, “dar uma boa disfarçada”
é pratica normal para muita gente, inclusive
cristãos.
“Disfarçar” significa que você finge que
está trabalhando, mas não está. Significa
que você tem emprego, mas não trabalha.
Significa que você se contenta com as
coisas pela metade ou, na melhor das
hipóteses, mal feitas.
Certamente o Senhor Jesus merece
nosso
entusiasmo,
sinceridade,
autenticidade, integridade, lealdade,
devoção e persistência. O que estiver
abaixo disso não se encaixa no perfil de um
servo de Deus, temente, devoto a Jesus e
seguidor da Bíblia.
É melhor pôr mãos à obra para a glória
de Deus do que viver disfarçando sem fazer
nada.
(Shelten Smith)
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“Porque Deus não nos deu o espírito de
temor, mas de fortaleza, e de amor, e de
moderação” (2 Timóteo 1:7).
espirituais, pois “o deus deste século cegou
os entendimentos [ou pensamentos] dos
incrédulos” (2Co 4.4).
Contudo, pelo milagre do novo
nascimento, recebido pela fé em Cristo, o
crente é transformado “pela renovação do
vosso entendimento (Rm 12.2). Na verdade,
“temos a mente de Cristo” (1Co 2.16).
O potencial de uma mente renovada,
que honra a Jesus, submissa à Bíblia é
extraordinário. Primeiro, Jesus disse:
“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu
coração… e de todo o teu pensamento”
(Mateus 22:37). Segundo, é preciso ter fé
implícita na Palavra de Deus: “Não
pergunteis… Ó néscios e tardos de
coração para crer tudo o que os profetas
disseram!” (Lc 12.29; 24:25). O crente deve
se “revestir… de humildade” (Cl 3:12) e
disciplinar sua mente—ou seja, “cingindo
os lombos do vosso entendimento, sede
sóbrios” (1Pe 1:13). Juntamente a isso deve
ser desenvolvido o pensamento maduro—
”adultos no entendimento”(1Co 14:20).
Esse potencial está implícito na grande
verdade de que em Cristo “estão
escondidos todos os tesouros da
sabedoria e da ciência” (Cl 2:3). Nós,
então, devemos levar “cativo todo
entendimento à obediência de Cristo” (2
Co 10:5).
Certamente não devemos permitir que
nossa mente resida nas “vãs imaginações”
daqueles que se dizem “sábios” (Rm 1:2122) na “sabedoria deste mundo” (1Co 2:6).
Foi a nós, e não a eles, que Deus deu uma
“mente sã”!
(Days of Praise Daily)
Embora os intelectuais humanistas
desprezem o intelecto dos cristãos, a
verdade é que apenas os que nasceram de
novo conseguem entender as verdades
O livro a ser lido não é aquele que
pensa por você, mas aquele que faz você
pensar. Neste caso, nenhum livro se iguala
à Bíblia.
(James McCosh)
TEMOS A MENTE
DE CRISTO
Henry M. Morris
BOA DISFARÇADA?
Um velhinho muito querido foi
contratado para limpar a pequena igreja da
qual era membro. O pagamento
correspondia a três ou quatro horas de
serviço por sábado.
Geralmente o pastor se despedia do
velhinho ao término da limpeza e
perguntava algo assim: “O irmão deixou
“Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e
profanos e às oposições da falsamente chamada ciência; A qual professando-a alguns,
se desviaram da fé…” (1 Tim. 6:20,21)
O AMIGÃO do Pastor
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OS CONSELHOS FINAIS
DE PAULO AOS
PASTORES
Pr. David Arnold
Victor Hugo afirmou: “O que um homem
diz, seja verdade ou mentira, tem mais
influência sobre as pessoas, e seus
destinos, do que o que ele faz”. Em
2Timóteo 4, lemos as recomendações finais
de Paulo ao jovem pastor Timóteo. No v.6 o
apóstolo fala de seus últimos dias aqui no
mundo, afirmando que “está próximo o
tempo da minha partida”, como se a morte
estivesse à sua porta. Depois da audiência
preliminar com Nero, Paulo aguardava na
prisão a audiência final e, então, a morte
por decapitação.
As últimas palavras de alguém
normalmente denotam seus verdadeiros
valores e identidade. Enquanto fazia os
preparos de seu próprio funeral, William
Carey, pai das missões modernas, instruiu:
Quando eu tiver partido, não falem nada
sobre o dr. Carey. Falem apenas sobre o
Salvador do dr. Carey”. Martinho Lutero
deu o último suspiro recitando o Salmo
68:20: “O nosso Deus é o Deus da
salvação; e a JEOVÁ, o Senhor, pertencem
as saídas para escapar da morte”. George
Whitfield saiu deste mundo dizendo:
“Senhor Jesus, cansei-me em tua obra,
mas não de tua obra”.
Em suas últimas palavras, o apóstolo
Paulo também desvenda seu coração e
valores. São palavras tão reveladoras e
aplicáveis aos pastores de hoje quanto
foram ao jovem Timóteo. Paulo instruiu
sobre cinco verdades.
1. “Pregues a palavra”, ou seja, “o
conjunto inteiro das verdades reveladas”.
Charles Spurgeon escreveu em sua obra
“Lições aos meus alunos” (Editora PES):
“Somente o ministério do ensino edifica as
igrejas”. Embora nosso povo necessite de
inspiração, precisa de instrução bíblica mais
do que qualquer coisa. Provérbios 28.18
afirma: “Não havendo profecia, o povo se
corrompe; mas o que guarda a lei, esse é
bem-aventurado”. O termo “profecia”
refere-se à verdade revelada de Deus na
Bíblia, e “se corrompe” significa “vive
como louco”.
Sem a pregação da Palavra, o caos toma
conta. É a Palavra de Deus que mantém as
coisas unidas. O ensino de Francis
Schaeffer são relevantes para o século em
que vivemos: “Se queremos ter respostas
para o século 21, precisamos não somente
de um Deus vivo, mas também de um Deus
que fala!”
2. “Sê sóbrio” (v.5). A ideia é ser
cuidadoso, cauteloso, e estar atento em
tudo o que se relaciona às atitudes
pessoais. Ser disciplinado e ter
autocontrole. A palavra grega para
autocontrole tem sua raiz em um vocábulo
que significa “apoderar-se” ou “agarrar”.
Um repórter perguntou a D. L. Moody que
tipo de gente lhe causava mais problemas.
Moody respondeu rapidinho: “Tenho mais
problemas com D. L. Moody do que com
qualquer outra pessoa”. Provérbios 25.28
afirma: “Como a cidade derribada, que
não tem muros, assim é o homem que não
pode conter o seu espírito”.
3. “Sofre as aflições” (v.5), ou seja,
“esteja pronto a aguentar as maldades,
injustiças e dificuldades”. O ministério
pastoral talvez não exija tanto fisicamente
quanto outras profissões, mas “seca” você
emocionalmente. Isso acontece quando
trabalhamos com gente. Embora possam ser
bênçãos, as pessoas também podem
despedaçar o coração do pastor. Paulo faz
referência aos que o abandonaram quando
ele mais precisava de amigos, e acrescenta:
“Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceume” (2Tm 4.17). A lição fica: quando as
pessoas se afastam, Deus se aproxima!
4. “Faze a obra de um evangelista”.
Você não tem de se tornar um pregador
itinerante, mas precisa ter a essência de um
evangelista, tanto na mensagens quanto
nos métodos. Certo pastor estava sentado
num restaurante e ouviu alguns fregueses
reclamando da falta de guardanapos. Ele
pensou com seus botões: “Senhor,
reclamamos da falta de guardanapo,
quando o mundo tem falta de pão.” Alguém
sentenciou: “Muitos pastores são
zeladores de aquários em vez de
pescadores de homens—e, geralmente,
passam o tempo roubando os peixes uns
dos outros.” A ordem de Cristo à igreja, em
Mateus 28.18-20, é mais necessária do que
nunca.
5.”Cumpre o teu ministério” (v.5).
Devemos perseverar e completar o que
Deus nos chamou a fazer. James J. Corbert,
campeão de pugilismo do passado,
comentou sobre suas vitórias: “Quando
seus pés estão tão cansados que você
precisa se arrastar para o meio do ringue,
lute mais round. Quando seus braços estão
tão cansados que você mal consegue
levantar a guarda, lute mais um round.
Quando você anseia que seu oponente o
mande a nocaute, lute mais um round. A
pessoa que luta mais um round nunca é
derrotada”.
JUN/09
A EXISTÊNCIA DE DEUS
Um árabe e um cristão estavam
acampados juntos no deserto. O árabe
perguntou: “Você pode ver Deus? Como
você sabe que ele veio ao mundo? Você
chegou a vê-lo? Você o tocou?”
Enquanto dormiam, um camelo entrou
no acampamento e roubou a comida dos
dois. Na manhã seguinte, o árabe se
levantou primeiro e, notando o “roubo”, foi
correndo contar ao cristão: “Um camelo
roubou nossa comida ontem à noite”.
O cristão foi rápido: “Como você sabe
que era um camelo? Você tocou nele?”
O árabe respondeu: “Não”.
“Então como você sabe que era um
camelo?”, insistiu o cristão.
“Porque vi suas pegadas na areia”,
explicou o árabe.
Com lágrimas nos olhos, o cristão
respondeu: “É por isso que eu sei que
Deus veio ao mundo—suas pegadas estão
nas areias do tempo”.
(Minister´s Manna)
Assim, meu colega pastor, pregue a
palavra, seja sóbrio, sofra as aflições, faça a
obra de um evangelista e cumpra o seu
ministério! “Portanto, meus amados
irmãos, sede firmes e constantes, sempre
abundantes na obra do Senhor, sabendo
que o vosso trabalho não é vão no
Senhor” (1Co15:58).
(Pr. David é pastor da Igreja Gulf Coast
em Flórida, EUA)
DESTINO SEGURO
Spurgeon era pobre, contudo se casou
com uma moça rica. Alguém perguntou à
noiva por que ela se casaria com um rapaz
tão pobre. Será que ela não sabia de onde
ele vinha?
“Não, não sei de onde ele vem, mas seu
para onde ele vai, e quero ir com ele.”
(Minnister´s Manna)
O AMIGÃO do Pastor
JUN/09
NÃO HAVERÁ MAIS
GRANDES
REAVIVAMENTOS
Dr. John R. Rice
“Não dizeis vós que ainda há quatro
meses até que venha a ceifa? Eis que eu
vos digo: levantai os vossos olhos e vede
as terras, que já estão brancas para a
ceifa” (João 4:35).
“Não
haverá
mais
grandes
reavivamentos” é a difamação espalhada
hoje em dia contra Deus, a Bíblia e o
Cristianismo. Mas consideremos algumas
coisas.
1. Quem diz isso
Os ateus, para começar. O ser humano
ficou muito esclarecido e não se deixa mais
enganar pelos evangelistas que pregam
sobre a queda do homem, que avisam que o
Inferno espera quem rejeita a Cristo como
Salvador.
Os modernistas também afirmam isso.
Somos espertos demais, dizem, para aceitar
a autoridade da Bíblia. Chega desse
negócio de nascimento virginal,
ressurreição, segunda vinda; não há
julgamento nem inferno nem necessidade
de novo nascimento—não haverá mais
grandes reavivamentos.
Os pastores e crentes nominais,
mundanos, dizem a mesma coisa. Não
querem mais saber de evangelistas
criticando os membros da igreja, gente
abastada que dança, bebe, diz palavrões,
adultera e faz apostas por dinheiro. Não
vão criar confusão por causa do
nascimento virginal de Cristo,
evolucionismo ou ensino religioso nas
escolas. “As pessoas não aguentam mais
isso”, argumentam. Então, nada de
evangelistas e grandes reavivamentos!
Muitos cristãos fiéis, consagrados,
dizem a mesma coisa e, desse jeito, acabam
ajudando a espalhar a mentira diabólica.
Quem são eles? São pastores resignados e
derrotados que nunca choram quando
pregam, nunca agonizam em oração
pedindo o reavivamento. “Não haverá mais
grandes reavivamentos”, concordam.
A verdade, porém, é que esse tipo de
gente nunca foi reavivada—pessoas que
raramente levam alguém a Cristo, nunca
atacam o pecado com todo o vigor como os
pregadores da Bíblia fizeram, nunca pregam
sobre o Inferno ou o Dia do Julgamento,
nunca buscam se revestir do poder do Alto
como fizeram, e conseguiram, os cristãos do
Novo Testamento, como foi comprovado
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em Wesley, Finney, Moody e Torrey!
Como
poderiam
sofrer
um
reavivamento—homens que nunca
passaram dias em jejum nem noites em
oração? Como alguém que nunca perdeu
um amigo nem o trabalho nem o lar nem a
reputação por causa de Cristo iria ser
reavivado? Pastores bonachões, que nunca
suaram nem choraram nem negaram a si
mesmos, que nunca foram chamados de
tolos nem de fanáticos nem de
sensacionalistas nem de encrenqueiros e
nunca foram acusados de estar “querendo
se aparecer”—como poderiam experimentar
o reavivamento?
Então, a saída mais fácil é acusar a
época em que vivemos ou Deus ou afirmar
que não haverá mais nenhum grande
reavivamento. Mas Deus nunca disse isso.
2. Alegações para a falta de grandes
reavivamentos
“Estamos no fim dos tempos”, é a
tentativa de explicação. Pode ser verdade,
mas ninguém sabe quanto tempo falta. De
acordo com a Bíblia, o maior reavivamento
ainda vai acontecer. “...uma multidão, a
qual ninguém podia contar, de todas as
nações, e tribos, e povos, e línguas” irá
lavar suas vestes no sangue do Cordeiro
na breve Grande Tribulação, quando
haverá mais escuridão do que agora (Ap
7.9-14). Então, “assim, todo o Israel será
salvo” (Rm 11.25-26), “...uma
nação...nascida num só dia” (Is 66.8), no
futuro.
Cristo retarda sua vinda somente
porque não quer “que alguns se percam,
senão que todos venham a arrepender-se”
(2 Pedro 3:9). Então, é claro que ele deseja
grandes reavivamentos. O maior de todos
está por vir!
“O pecado e o mundanismo são tão
grandes que não há espaço para
reavivamentos”, lamentam alguns. Ah, mas
Jesus dá conta desta época perniciosa,
como deu conta de todas as outras!
Contudo, “onde o pecado abundou,
superabundou a graça” (Rm 5:20)!
Onde está sua fé? Você acha mesmo
que o povo de hoje é mais endurecido do
que os adoradores de Baal a quem Elias
teve de enfrentar no Monte Carmelo e,
ainda por cima, tendo Acabe e Jezabel em
seu encalço? Você acha mesmo que sua
vizinhança é mais difícil de ser alcançada do
que as pessoas que crucificaram Jesus e a
quem Pedro, cheio do Espírito Santo,
pregou no dia de Pentecostes?
“Os incrédulos não vão à igreja”, é
outra explicação. E por que iriam? Ninguém
encontraria salvação na maioria das igrejas
QUE GRACINHAS!
A professora da quarta série primária
teve de deixar a sala por alguns minutos.
Quando voltou, encontrou a classe na mais
perfeita ordem. As crianças estavam
sentadas em total silêncio.
A professora ficou em estado de
choque e perguntou: “Isso nunca
aconteceu antes. É maravilhoso. Por favor,
o que aconteceu? Por que estão assim tão
bem comportados e quietinhos?”
Depois de muita insistência da
professora, a pequena Sarita explicou:
“Bom, uma vez a senhora falou que se
algum dia voltasse pra classe e a gente
estivesse quieto a senhora cairia morta”.
(Sword of the Lord)
de hoje. O povo nunca foi muito de ir à
igreja. A Bíblia não os manda ir à igreja. Não
foi isso que Cristo planejou! Seu plano é
que a igreja vá pelo mundo.
Wesley e Whitefield foram pelo mundo;
Moody e Sunday também foram. O nosso
problema não são os perdidos, mas os
crentes que não obedecem à Grande
Comissão e usam a desculpa de que os
perdidos não querem saber de ir à igreja.
3. O reavivamento sempre acontece quando
estamos dispostos a pagar o preço.
Continuação na próxima página
O AMIGÃO do Pastor
Página 6
ORAÇÃO DE
CONVERSÃO
QUANDO OS CRISTÃOS
FAZEM AS PAZES!
Quando o famoso dr. B. H. Carroll,
pregador poderoso, estadista sábio,
patriota corajoso, fundador do Seminário
Teológico Batista do Sul dos Estados
Unidos, converteu-se, fez a seguinte
oração:
Escreva Teu nome em minha cabeça
para que eu pense em Ti.
Escreva Teu nome em meus lábios para
que eu fale de Ti.
Escreva Teu nome em meus pés para
que eu ande contigo e por Ti.
Escreva Teu nome em minhas mãos
para que eu trabalhe contigo e para Ti.
Escreva Teu nome em meus ouvidos
para que ouça a Ti.
Escreva Teu nome em meu coração
para que eu ame a Ti.
Escreva Teu nome em meus ombros
para que eu carregue os fardos para Ti.
Escreva Teu nome em meus olhos para
que eu veja para Ti.
Escreva Teu nome sobre mim inteiro
para que eu seja completamente Teu—
sempre e em todos os lugares.
Que maravilha seria para a humanidade
e para a glória de Deus se todos nós que
experimentamos o novo nascimento
fizéssemos essa oração com sinceridade,
penitência e humildade.
(Dr. Robert G. Lee)
Lembro-me de uma campanha
evangelística que realizei quando era jovem.
Foi numa igreja situada no meio de uma
planície, numa encruzilhada de estradas. O
templo era mínimo. Havia um corredor
formado pelos bancos colocados contra a
parede. Todas as noites, tínhamos um bom
auditório, e nada mais.
Depois de vários cultos sem nenhuma
conversão, o pastor me explicou:
Há muito tempo, aconteceu uma
desavença numa família da igreja, e a
congregação tomou partido. Os membros
da família não se conversam, e esse
corredor no meio do templo divide as
facções. As pessoas desse lado não
conversam com as pessoas daquele lado.
No término de um culto—não sei bem o
que aconteceu—as duas pessoas que
haviam começado a briga foram à frente e
pediram perdão uma à outra. E aí o céu
desceu. Tínhamos apenas mais dois cultos.
No encerramento do último culto, o
pastor ficou comigo à porta daquela
pequena igreja. “Olhe bem essa planície
toda”, ele disse. As planícies do estado de
Nebrasca desaparecem no horizonte. “Não
creio que exista uma única pessoa nãosalva em qualquer uma das casas que
nossos olhos alcançam”.
Deus juntou o pessoal nos últimos dois
cultos, e os crentes fizeram as pazes uns
com os outros e com Deus.
(Will M. Houghton)
ORDEM NÃO SE
DISCUTE
Conta-se que um pastor perguntou ao
Duque de Wellington se ele achava mesmo
necessário a continuação de missões em
outros países.
Num tom que deve ter feito o pastor
corar de vergonha—e deveria fazer o
mesmo com qualquer crente que se atreva a
questionar as ordens de Jesus—o Duque
de Ferro perguntou ao pastor: “Quais são
as suas ordens?”
“Ide por todo o mundo, e pregai o
evangelho a toda criatura”, foi a resposta.
“Como! Estas são as suas ordens, e o
senhor ousa questionar seu cumprimento?”
Para alguém cujo primeiro instinto era
obedecer a seu superior, questionar-lhe
uma ordem era o mesmo que traição.
(Sword of the Lord)
Aprenda a dizer não. Esta palavra lhe
será mais útil do que saber Latim.
(Charles Spurgeon)
SEPARAÇÃO
Charles Spurgeon contou sobre um
pastor que jogava baralho. Alguém
perguntou a um homem por que ele não
frequentava a igreja daquele pastor, já que
morava tão perto dela. A resposta: “Não
vou lá porque o pastor joga baralho”.
“Mas você também joga”, replicou o
outro.
“Verdade. Mas não quero confiar minha
alma a uma pessoa assim. Para guiar minha
vida, quer alguém melhor do que eu.”
(Minister´s Manna)
Os melhores reformadores do mundo
são aqueles que começaram a partir de si
mesmos.
Se tentar definir a Trindade, você
perderá a sanidade mental. Se negar a
Trindade, você perderá a alma.
(Pulpit Helps)
JUN/09
“grandes reavivamentos” (da página 5)
Eis algumas razões imutáveis para que
haja mais grandes reavivamentos.
1. O evangelho ainda é “o poder de
Deus para a salvação” (Rm 1.16). Graças a
Deus! Ele continuará a convencer e
converter quando for pregado com
coragem e poder.
2. Ele continua verdadeiro: “Mas
recebereis a virtude do Espírito Santo, que
há de vir sobre vós” (At 1.8), e então
ganharemos almas para Cristo. Que audácia
e perda de tempo querer fazer a obra de
Deus sem o poder de Deus!
3. Deus continua respondendo às
orações. A oração persistente, contrita,
cheia de fé como as feitas no Monte
Carmelo, feitas por Moody e Finney,
chegam aos ouvidos de Deus! Segundo
Crônicas 7.14 continua valendo!
4. Não importa onde, o pecado sempre
deixa os corações tristes. famintos e
temerosos. O ser humano pode ser
conquistado para Jesus, sejam mães que
perderam um bebê, pais cujos filhos estão
nas drogas, pessoas enfermas, pobres,
desiludidas, gente que descobriu que nem
a bebida nem o sexo nem o dinheiro nem as
noitadas podem satisfazer um coração
criado por Deus.
AH, SE NÓS PASTORES
ESTIVERMOS PRONTOS A PAGAR O
PREÇO,
TEREMOS
MAIS
REAVIVAMENTOS!
(Sword of the Lord)
A SABEDORIA DE SALOMÃO
“O que atenta prudentemente para a
palavra achará o bem, e o que confia
no Senhor será bem-aventurado.”
PV. 16:20
JUN/09
O AMIGÃO do Pastor
Página 7
NADA A AGRADECER
Um pastor me convidou para pregar em
sua igreja. Ele disse que precisava ter uma
conversa importante comigo e pediu que eu
ficasse depois do culto. No domingo de
manhã, reuni-me com Rafael e sua esposa
no
escritório
dele.
Ao
nos
cumprimentarmos, exclamei: “Graças a Deus
por uma manhã de domingo tão linda”.
Rafael respondeu: “Não tenho nada a
agradecer. Minha igreja está repleta de
críticos e ranzinzas. Sinto-me um fracasso.
Meus sermões são ruins”. Nós três
perdemos a escola dominical. Quando
pastores como Rafael não têm nada a
agradecer, eles precisam de amigos que os
ouçam, incentivem e apresentem uma nova
perspectiva.
Críticos. Não sejamos duros demais
com as pessoas que nos criticam. Afinal,
elas são um lembrete de que nem todo
mundo vê as coisas pelo nosso ângulo.
Algumas nos criticam para o nosso próprio
bem. Consideremos essas pessoas como
oposição leal; são críticos construtivos.
Alguns críticos esperam o pior e ficam
surpresos quando isso não acontece. Eles
não gostam de nós, não confiam em nós e,
no íntimo, desejam que fracassemos. Essas
criaturas rancorosas suspeitam de todo
mundo; nós os chamamos de críticos
destrutivos. Não esperam nada de bom das
pessoas e fazem a festa quando alguém
erra.
Eu sou grato pelos críticos. Eles nos
ajudam a crescer. Críticos não gostam de
ser criticados, mas essa é outra história.
Ranzinzas. Verdade, sou mesmo
agradecido pelos ranzinzas, embora sejam
parentes próximos dos críticos. Gente
ranzinza fica chateada se você estiver feliz.
Os ranzinzas ficam mal se você sorrir num
dia de chuva. Rangem os dentes se você
enxergar arco-íris e promessas em vez de
lama e inconveniências. Não saem do lugar,
e pintam a janela de preto para impedir que
a luz e a alegria entrem dentro de casa.
Os ranzinzas seriam excelentes
companheiros se tivessem senso de humor.
Deixados à mercê de seus próprios
estratagemas, caem no fosso da crítica e
atiram palavras desagradáveis nos
transeuntes. Gente ranzinza adora andar
com pedras nos sapatos e ter um buraco no
teto da casa, pois essas coisas provam que
a vida é injusta.
Alguns de meus companheiros
favoritos são ranzinzas moderados. Já
percebi que em seus planos, Deus
geralmente inclui um ranzinza de mão cheia
TRADIÇÃO
Um velho ditado diz: “Começamos a criar hábitos, e no fim, os hábitos nos criam”. É
fácil deixar a vida cair na rotina e tornar nossas ações mecânicas e sem sentido. Nós nos
transformamos em lagartas processionárias. Essas lagartas caminham por árvores em uma
longa procissão; uma é o líder e as outras, os seguidores—todas de olhos semi-fechados
e a cabeça bem aconchegada na extremidade traseira do predecessor.
Jean-Henry Fabre, o famoso naturalista francês, depois de estudar pacientemente
essas lagartas, conseguiu atraí-las para um grande vaso de plantas; Fabre obteve sucesso
em conectar a primeira lagarta à última, formando, assim, um círculo completo. As lagartas
caminharam numa procissão circular que não tinha começo nem fim. O naturalista esperava
que, depois de um tempo, elas entendessem a brincadeira, ficassem cansadas da marcha
inútil e seguissem em nova direção, mas não aconteceu nada disso.
Pela simples força do hábito, o círculo de criaturas vivas continuou rodando pela
borda do vaso—rodeando e rodeando no mesmo passo incansável durante sete dias e
sete noites. E teriam continuado, caso não tivessem chegado à exaustão e, por fim, morrido
de fome.
Havia um grande suprimento de comida bem à mão e à frente dos olhos, mas fora do
alcance do círculo; as lagartas continuaram pela velha trilha. Seguiam o instinto, o hábito,
o costume, a tradição, o precedente, a experiência antiga, o padrão comum, ou seja lá o que
for, mas seguiam cegamente. As lagartas confundiram atividade com realizações. Tinham
boas intenções, mas não chegaram a lugar nenhum.
(Minister´s Manna)
em cada igreja.
Fracassos. Sou agradecido pelos
fracassos porque todos nós já fracassamos
em alguma coisa. Aqueles de nós que não
conseguem fazer gol nem de pênalti e sem
goleiro, servem de exemplo aos que fazem
gol até de olhos fechados e do outro lado
do campo.
Existe uma certa humildade nos
fracassos. Quem já fracassou não se ilude
mais quanto a si mesmo. Aprendemos que
muitos de nossos fracassos aconteceram
porque não estudamos ou porque
confiamos demais em nossa habilidade de
motorista ou falamos quando deveríamos
ter ouvido.
A confraria dos fracassados tem algo
em comum com a dos bem-sucedidos: cada
pessoa bem-sucedida já fracassou um
dia—é um fracassado que tentou de novo,
escreveu outro relatório, mudou de hábito,
aprendeu a ouvir conselhos, começou a
chegar na hora no trabalho, voltou a
estudar, levantou-se do chão mais uma vez.
Sermões ruins. Por mais estranho que
pareça, sou agradecido pelos sermões
ruins, Existem dois tipos de sermões
ruins—os dos outros e os seus. Já ouvi
mensagens horríveis e preguei alumas
piores. As duas experiências me deram a
certeza de que existe uma saída melhor.
Os sermões ruins me incentivaram a
fazer anotações enquanto ouvia. Descobri
que a maioria dos sermões “ruins” não era
tão ruim assim. A apresentação da
Continuação na página 9
O AMIGÃO do Pastor
Página 8
ÉPOCA DESFAVORÁVEL
À FAMÍLIA?
Dr. Hugh Pyle
O editor-chefe de uma revista
americana afirmou que durante a última
campanha eleitoral o público ouviria muito
sobre a “família americana”, uma frase que
evoca a imagem de um pai, uma mãe e dois
ou três filhos.
O editor avisa: “Esqueçam isso. Essa
família perdeu seu lugar. O número de lares
de casais solteiros e sem filhos supera o de
lares da consagrada ‘família americana’. E
apenas 20% das famílias se encaixam na
estrutura tradicional onde o pai é o único
provedor.”
Ele continua: “Em 1950, 80% dos casais
eram casados. Hoje, aproximadamente 50%
são casados. Na atualidade, muita gente
deixa o casamento para mais tarde, o
número de divórcios mais que dobrou,
milhões de pessoas coabitam sem o
benefício do matrimônio e a porcentagem
de mães solteiras foi de 5% em 1960 para
35% hoje. O número de pessoas casadas
que se dizem muito felizes é o dobro do
número de pessoas que não se casaram”.
O casamento tradicional—pai, mãe e
filhos—é, de longe, a mais feliz e bem
sucedida das uniões. E, naturalmente, este
é o plano de Deus! Os pastores e
professores deveriam, a todo custo,
proclamar essa verdade.
Um editor secular acaba provando que
o casamento autêntico, planejado por Deus
é de longe a melhor estrutura para as
crianças em casa, na escola e também para
a carreira profissional e a vida social dos
cônjuges. Quem tem lares assim têm
melhores chances no futuro. Os filhos
criados somente pelo pai ou pela mãe têm,
de modo geral, desempenho escolar fraco e
maiores probabilidades de se tornarem
delinquentes e/ou viciados, sofrerem
violência e irem mal na vida como um todo.
Desse modo, até as pessoas nãocrentes inteligentes são forçadas a admitir
que o plano de Deus é o melhor!
Algo melhor ainda?
Bem superior à família tradicional acima
descrita é o lar verdadeiramente cristão
onde o casal que se ama decide criar os
filhos no conhecimento e serviço de Deus,
pois estarão formando uma pequena
colônia celestial aqui na terra.
Casais assim levam muito a sério os
votos matrimoniais e juram fidelidade por
toda a vida. Eles se casam na igreja,
escolhem músicas sagradas para a
cerimônia e chamam um pastor dedicado
para fazer a mensagem baseada na Bíblia.
Desde o berço, seus filhos entendem
que a Bíblia é um livro a ser aprendido,
estudado, memorizado e vivido. Geralmente,
tendo os pais condições financeiras, essas
crianças são enviadas a escolas
evangélicas. Seguindo o exemplo dos pais
verdadeiramente cristãos, esses filhos
apreciam a boa música e abominam o que é
obsceno.
Apreciam a literatura boa e saudável e
são guiados a prezar a leitura e a ganhar
conhecimentos do ponto de vista do
Senhor. Então, desde a meninice sabem
interpretar a mídia à luz da Palavra de Deus.
Esses filhos aprendem, ainda bem
pequenos, a ser prudentes e recatados.
Sabem instintivamente e pela experiência
que a Palavra de Deus tem as respostas
para todos os questionamentos
importantes.
Em consequência, atendem e são fiéis a
igrejas fundamentalistas, firmadas na Bíblia,
que ensinam o viver santo e separado deste
mundo. Existem milhares desses jovens em
nossas faculdades e seminários!
Para criar filhos assim, os pais têm de ser
amorosos, gentis, fiéis e diligentes. Uma
verdade provada e comprovada!
(Sword of the Lord)
LÁGRIMAS
INESQUECÍVEIS!
Certa vez o dr. Theodore L. Cuyler foi à
Escócia em busca de alguém que tivesse
conhecido o pastor Robert Murray
McCheyne. Depois de um tempo, foi
apresentado a um homem idoso.
“O senhor poderia me citar alguns
escritos de McCheyne?”, perguntou Cuyler.
“Não me lembro de nada”, foi a
resposta.
“Lembra-se de algumas frases que ele
usava?”
“Esqueci-me de todas elaS”, respondeu
o idoso.
“O senhor não se lembra de nada,
absolutamente nada, sobre ele?”
“Ah”, foi a exclamação, “agora a
pergunta é outra. Lembro-me,sim. Uma vez,
quando eu era criança, estava brincando na
calçada e o dr. McCheyne se aproximou,
colocou a mão na minha cabeça e disse:
‘Jim, meu filho, estou indo visitar sua
irmãzinha doente’. Então, olhando bem
dentro dos meus olhos, acrescentou: ‘Jim,
estou preocupado com sua alma’. Não me
lembro dos escritos nem das mensagens
dele, mas, dr. Cuyler, ainda sinto o tremor de
suas mãos e ainda posso ver as lágrimas em
seus olhos”.
(Sword of the Lord)
JUN/09
RESMUNGONA
Uma crente idosa vivia reclamando que
o pastor não a visitava com frequência. Um
dia, ele explicou-lhe: “Irmã, estou ocupado
demais tentando alcançar os perdidos que
vivem entre nós e, por isso, não posso
gastar muito tempo com os salvos. Mas eu
lhe prometo que quando estivermos no
Céu, irei visitá-la todas as manhãs e passar
uns mil anos com a senhora!”
(Sword of the Lord)
GANHADOR DE ALMAS
Russel Anderson, multimilionário
presidente de treze empresas, estava
testemunhando de Jesus num condomínio
de apartamentos de aluguel. O síndico o
colocou para fora e ordenou: “Não volte
mais aqui”.
Russel ficou muito bravo, pois queria
falar de Jesus ali. No dia seguinte, ele
comprou o condomínio inteiro só para
testemunhar a quem ele quisesse.
(Minister´s Manna)
Para a maioria das pessoas, um bom
sermão é aquele que atravessa sua cabeça
e atinge outras pessoas.
(Sword of the Lord)
“Semeais muito, e recolheis pouco;
comeis, mas não vos fartais; bebeis,
mas não vos saciais; vestis-vos, mas
ninguém se aquece; e o que recebe
salário, recebe salário num saco
furado.! (Ageu 1:6)
JUN/09
SÓ SE CASAM COM
PARENTES?
Um senhor de oitenta anos perguntou a
uma amiguinha se ela queria se casar com
ele. A menina, gentilmente, recusou o
pedido e explicou que na família dela as
pessoas só se casavam com parentes.
O cavalheiro pediu uma explicação, e
recebeu. “Se o senhor fosse meu parente,
poderíamos nos casar, mas não somos.
Meu pai se casou com minha mãe, meu avô
se casou com minha avó, e todos os meus
tios se casaram com as minhas tias. Então,
como o senhor vê, não podemos nos casar,
porque não somos parentes.”
(Sword of the Lord)
DESPREZO PELA
BÍBLIA
O homem despreza a Bíblia porque ela
revela quem ele é. A Bíblia nunca bajula,
nunca se desculpa, nunca elogia o ser
humano por suas qualidades naturais e,
geralmente, zomba de sua sabedoria.
Mesmo quando a pessoa alcançou o topo
do galho mais alto da árvore do
conhecimento e, de lá, curva-se diante dos
aplausos da multidão, o velho Livro parece
olhar e dizer: “A sabedoria do homem é
tolice para Deus”.
(Jarrete Aycock)
Deus aceita obediência sem emoção,
mas não emoção sem obediência.
(Maltbie D. Babcock)
O AMIGÃO do Pastor
“nada a agradecer” (da página 7)
mensagem pode sofrer por causa do
nervosismo do orador ou pelas
expectativas exageradas da congregação
que acha que todos os pastores devem ser
um Rui Barbosa no púlpito. Claro que há
sermões de doer e o suplício termina só
quando o pregador diz “amém”. Uma de
minhas mensagens foi tão ruim que me
escondi atrás da igreja até que todos se
retirassem.
A solução? Passei a evitar alguns
assuntos porque mutilava a coisa inteira.
Também aprendi a fazer mensagens mais
curtas. É impressionante como o número de
sermões ruins diminui quando falo alguns
minutos a menos que o normal. Não vou
nem mencionar aqueles sessenta minutos
de puro horror que levaram homens
barbados a levantar os braços e apontar
para seus relógios.
Não se espantem com minha lista de
“agradecimentos. Paulo ensinou um
princípio inusitado aos efésios: “Dando
sempre graças por tudo” (5:20). Em todas as
circunstâncias, existe sempre alguma coisa
pela qual agradecer—aprendemos a ter
paciência quando um pneu estourou, a
exercitar a fé na sala de espera de um
hospital, a desenvolver novas habilidades
quando perdemos o emprego.
Na véspera de sua crucificação, Jesus
deu graças (Mt 26.27-28). Não era gratidão
pela dor que sofreria, mas pelo que sua
morte significaria para a humanidade
perdida—a remissão dos pecados. É por
isso que agradecemos a Deus pelo dia em
que o Filho do Homem morreu.
Paulo e Silas apanharam e foram
jogados numa masmorra pelos governantes
da cidade de Filipos (At 16). Ao escrever
sua carta aos filipenses, Paulo começou
com a frase: “Dou graças ao meu Deus
todas as vezes que me lembro de vós” (1:3).
Isso aconteceu porque a história não
terminou com uma surra. Na última metade
do capítulo, Paulo está agradecido pelo
milagre que mudou tudo (At 16.25-40).
Garanto a todos os Rafaéis que sofrem
com as palavras duras que recebem—o
ponto final de sua história não é colocado
pelas críticas nem pelos ranzinzas nem
pelos fracassos. Algumas portas irão se
abrir. Existe um Deus que ouve na
escuridão e que pode, com um movimento
rápido, transformar a amargura em alegria.
Afinal, você tem alguns motivos de
gratidão, não é mesmo?
(Jack Williams)
“O coração de mãe é a sala de aula da
criança”.
(Henry Ward Beecher (1813-1887)
Página 9
DA ESCURIDÃO...UM
RAIO DE SOL!
Lindsay Terry
Realizei uma jornada fascinante ao
entrevistar compositores de mais de
duzentas canções evangélicas, e pesquisar
a história de um grande número de cânticos
cujos autores foram para o Céu há muito
tempo. Compartilhar essas histórias com
inúmeros auditórios e em livros tem sido
uma bênção contínua.
O estudo que fiz de nossos hinos
clássicos, cânticos evangélicos e corinhos
teve início na faculdade. Naquela época,
inscrevi-me numa classe de “hinologia”
numa universidade cristã e fui totalmente
cativada pelo assunto. Em pouco tempo,
comecei a buscar qualquer compositor que
pudesse achar, só para conversar sobre o
maravilhoso “dom” que Deus lhe havia
dado. Minha primeira entrevista foi com
Mosie Lister, na Flórida. Ele se tornou um
dos maiores compositores de música de
todos os tempos.
Nascido da opressão e do sofrimento
humano
Lembro-me que um fato básico tornouse proeminente em minha pesquisa. A
maioria dos hinos antigos, que se tornam
muito significativos para os cristãos do
mundo todo, nasceram como resultado do
sofrimento e da opressão—alguns bem
severos e outros nem tanto. Em muitas
ocasiões, uma combinação de sofrimento e
estudo da Palavra de Deus fez nascer uma
canção de grande significado. De modo
geral, os compositores viveram períodos
escuros em suas vidas—tempos cruéis—e
daquelas sombras brotaram um raio de sol,
um cântico!
O que mais me intriga é que o mesmo
processo acontece hoje em dia! Quero
deixar claro que sofrimento e opressão não
estão ligados a todos os preciosos hinos,
mas isso parece ser verdade com a maioria
deles, começando na Bíblia. Jó perguntou:
“Onde está o Deus, meu Criador, que dá
canções no meio da noite?” Davi, o “doce
cantor de Israel”, defrontou-se com tempos
difíceis, e Deus usou aquelas experiências
para nos presentear com vários salmos.
Autores de hinos antigos
Martinho Lutero, que sofreu grandes
perseguições, é considerado um dos mais
importantes compositores do melhor
período da hinódia na história cristã. Quem
Continuação na próxima página
Página 10
O AMIGÃO do Pastor
JUN/09
“da escuridão” (da página 9)
já não foi abençoado por sua obra “Castelo
forte”?
A história de John Newton (inglês
traficante de escravos) sobre a miséria
humana só pôde ser contada por ele
mesmo, e Newton o fez em suas cartas
bibliográficas amplamente publicadas.
Enquanto era capitão de um navio negreiro,
ele foi tão mau e repulsivo que até os
companheiros de barco o desprezavam.
Certa vez, quando estava completamente
bêbado, Newton caiu do navio; sua
tripulação recusou-se a jogar-lhe uma boia
salva-vidas, e atirou um arpão na água, que
lhe cravou no quadril, e foi assim que o
arrastaram de volta ao barco. O capitão
mancou para o resto da vida. Mais tarde ele
confessou que cada passo era um lembrete
da graça de Deus em sua vida. Seu famoso
hino “A graça de Deus” , composto depois
de ele se tornar pastor na Inglaterra, é o
hino cristão mais conhecido no mundo de
língua inglesa.
Em 1836, Charlotte Elliot, inválida na
Inglaterra, lamentava-se profundamente
porque não conseguiria ajudar na
arrecadação de fundos para a construção
de uma escola para filhas de pastores
pobres. Charlotte resolveu escrever um
poema para inválidos como ela. Foi um
testemunho de sua salvação. Mais tarde, o
poema foi vendido e o dinheiro dado para a
construção. O nome do poema: “Tal qual
estou”.
Joseph Scrieven, recém-formado numa
faculdade da Inglaterra nos meados de
1800, saiu a viajar depois que sua noiva
caiu num lago e afogou-se. Quando estava
no Canadá, Scrieven soube que sua mãe
estava num momento difícil, e escreveu-lhe
uma poesia. Mais tarde, aquela poesia se
tornou um dos hinos mais famosos que já
foram escritos: “Em Jesus amigo temos”.
Compositores de nossa época
No início da década de 60, numa
véspera de ano novo, Gloria Gaither estava
sozinha no escuro da sala de estar, envolta
em agonia e medo. O marido estava
recuperando-se de mononucleose, o casal
era vítima de acusações e desprezo, e Glória
temia pelo futuro da criança que carregava
no ventre. Em sua misericórdia, Deus
substituiu o pânico com a paz, e ela
escreveu a letra do hino “Porque ele vive”.
Darlene Zschech vivia dias sombrios
em 1993. Seu fardo parecia insuportável.
Darlene voltou-se para a Bíblia e inspirada
no Salmo 96, compôs “Cante ao Senhor,
toda terra proclame”.
Don Moen estava num avião,
SÓ IMAGINANDO...
Algum tempo atrás fui à funerária me despedir dos restos mortais de uma velha
conhecida. Alguém bem intencionado havia colocado uma Bíblia bem usada nas mãos da
morta. Parecia apropriado e simbólico. Lembrei-me de como sua face se iluminava na igreja
quando a Bíblia era lida.
Mais tarde, fiquei pensando: E se quando você morresse, alguém pusesse em suas
mãos uma coisa simbolizasse sua vida? Seria um maço de cigarro, uma garrafa de
bebida, uma vara de pescar, as chaves do carro, uma tecla de televisão, uma Bíblia bem
usada, ou uma Bíblia que nunca foi usada?
Só imaginando...
(Sword of the Lord)
encaminhando-se para o funeral de um
sobrinho. O jovem havia morrido num
acidente horroroso de carro. Enquanto lia
Isaías 43.19, que diz: “Eis que porei um
caminho no deserto e rios, no ermo”, Deus
lhe deu um hino maravilhoso de conforto:
“Deus abrirá um caminho”.
Laurie Klein, jovem esposa de um
seminarista, estava estudando a Bíblia certa
manhã, antes de o bebê acordar, e refletia
sobre sua vida confinada em uma casa
mínima à beira de uma estrada. A solidão e
as dificuldades financeiras a levaram a orar:
“Pai, se o senhor quer me ouvir cantar, será
que poderia me colocar nos lábios o que
gostaria de ouvir?” Laurie começou a
dedilhar o violão e de seus lábios saiu: “Eu
te amo, Senhor, e levanto a voz”.
Brian Doerksen mudou-se com toda a
família para Londres (moravam no Canadá)
para assumir o único trabalho que lhe foi
oferecido: ministro de música de uma igreja
pequena. Pouco tempo antes, ele havia
perdido um milhão de dólares e sua casa
num projeto ministerial volumoso. Além
disso, três de seus seis filhos haviam sido
diagnosticados com Síndrome do
Cromossomo X Frágil, uma forma de
retardo mental.
Continuação na próxima página
JUN/09
da escuridão” (da página 10)
Certa manhã, Brian estava caminhando
e orando perto de um estádio quando Deus
lhe disse: “Vem, esta é hora de adoração”, e
junto com a letra veio a melodia
maravilhosa.
Marc Byrd, em desespero profundo e
conta bancária zerada, voltou-se para a
Bíblia e, por uma semana inteira, mergulhou
no livro de Salmos. O resultado dessa
semana deu início ao cântico “God of
wonders” (Deus das maravilhas), que foi
usado em dois voos espaciais para acordar
os astronautas, e percorreu o mundo como
se fosse um meteoro.
Eu poderia contar muitas outras
histórias, mas o espaço não permite. Os
acontecimentos nas vidas dos grandes
compositores e o resultados dos cânticos
dão uma ideia do que minha pesquisa
revela.
Quando Deus intervem
Na maioria dos casos, os compositores
que entrevistei se recusaram a receber
qualquer crédito pelas músicas que criaram.
Uma explicação era: “Não escrevi a música.
Ela estava pronta. Só copiei o que me foi
ditado”. Outros diziam: “Eu escrevia o mais
rápido possível. A música me veio como um
dia de primavera”. Alguns relataram: “Eu
não estava pensando em compor nada. A
música me tomou de assalto”.
Quando me recordo das miríades de
entrevistas em que os compositores fizeram
essas afirmações, e revejo as músicas sobre
as quais conversamos, algo se torna
aparente. Na maioria dos casos, a letra veio
acompanhada de uma melodia de ritmo
lento a moderado que poderia ser cantado
facilmente por qualquer congregação de
adoradores. Não sei o significado exato
disso, mas acredito firmemente que Deus
quer que o adoremos com cânticos de ritmo
e essência que envolvam nosso coração e
alma, e que sejam cantados com
sinceridade e propósito para ele. Deus é o
centro de tudo.
Cante nos sofrimentos e na opressão
No capítulo 16 de Atos, Paulo e Silas se
encontram numa masmorra escura e úmida,
com os pés acorrentados. Haviam sido
acusados injustamente e chicoteados antes
de serem jogados na prisão. À meia-noite,
naquela cela escura, Paulo se vira para Silas
e diz: “Silas, acho que devemos orar”, e
aconteceu uma reunião de oração. E Paulo
continuou: “Silas, acho que devemos
cantar a Deus”. Enquanto cantavam, foi
como se Deus tivesse se juntado a eles,
fazendo o baixo, pois o lugar inteiro tremeu.
O AMIGÃO do Pastor
Acredito que Paulo ficou forte como
nunca—depois do cântico!
As orações e os cânticos trouxeram três
resultados para Paulo e Silas. Eles
ganharam almas para Cristo, receberam
cuidados médicos e ganharam a liberdade.
Não acho que essas coisas teriam
acontecido sem a oração e os cânticos de
louvor na hora do sofrimento.
Pouco antes da crucificação, de um
modo que só entenderemos quando nos
colocarmos diante dele no Céu, Jesus pediu
que os discípulos—no cenáculo—
cantassem em louvor a Deus. A Bíblia
afirma: “E depois de cantarem um hino,
saíram para o monte das Oliveiras”. Acho
que Jesus fortaleceu-se no físico e no
espírito enquanto entoava um cântico de
adoração e louvor ao seu Pai Celeste.
Não importam quais sejam seus
problemas, sofrimentos e opressões, será
bem mais fácil lidar com eles se você louvar
a Deus com cânticos—mesmo que seja no
íntimo do coração.
(Pulpit Helps)
“APARTAI-VOS!”
Ted Kyle
“Assim, comeram a Páscoa os filhos de
Israel que tinham voltado do cativeiro,
com todos os que a eles se apartavam da
imundícia das nações da terra, para
buscarem o SENHOR, Deus de Israel” (Esd
6:21).
Esse versículo faz parte do texto que
narra a celebração dos filhos de Israel
quando o Segundo Templo ficou pronto na
terra para onde haviam retornado depois do
exílio por corrupção e desobediência. A
celebração foi feita de modo apropriado:
com a observação da Páscoa.
A Páscoa, um lembrete vivo da
libertação milagrosa que os judeus
receberam ao escapar da maldição de Deus
sobre o Egito—por não ter deixado Seu
povo ir—é também um simbolismo rico e
significativo para os cristãos, pois a Bíblia
não declara em 1Coríntios 5.7 que Cristo é a
nossa Páscoa?
Na verdade, ele é uma Páscoa
extremamente mais importante, pois a
primeira Páscoa defendeu apenas da morte
física, e seu efeito foi temporário. A Páscoa
de Jesus, no entanto, nos protege da morte
espiritual, e seu efeito é eterno.
O que foi exigido daqueles que
participariam da celebração da Páscoa? Que
se apresentassem à mesa com os corações
Página 11
limpos. Isso era mais do que apenas
observar os rituais de limpeza; significava
separar-se da “imundícia das nações da
terra”!
O que, então, Deus pede daqueles que
participam de sua maravilhosa Páscoa—
encontrando vida pela morte de seu Filho?
Separação! “Pelo que saí do meio deles, e
apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis
nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei
para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e
filhas, diz o Senhor Todo-poderoso” (2 Co
6:17-18).
A Bíblia ainda nos adverte: “Não vos
prendais a um jugo desigual com os
infiéis” (2Co 6:14). Embora, certamente, o
texto se refira ao casamente, não é limitado
a ele. Aplica-se igualmente a qualquer
relacionamento ao qual nos prendemos—
seja de família, de negócio ou de amizade.
Jamais devemos achar que temos obrigação
de seguir o caminho do pecado porque
alguém espera que façamos isso.
Um exemplo tristíssimo e um aviso claro
dos perigos de alguém se juntar a um jugo
desigual é encontrado em 1Reis 11.4-5,
onde lemos que depois que o rei Salomão
“amou muitas mulheres estranhas...(v.1),
na velhice “suas mulheres lhe perverteram
o coração para seguir outros deuses; e o
seu coração não era perfeito para com o
SENHOR...edificou...um alto a Quemos, a
abominação dos moabitas...e a Moloque,
a abominação dos filhos de Amom” (1Rs
11:1-7). Ah, como precisamos velar por
nossos corações!
Quem é nosso exemplo? “Porque nos
convinha tal sumo sacerdote (Jesus),
santo, inocente, imaculado, separado dos
pecadores e feito mais sublime do que os
céus...” (Hb 7:26).
Alguém poderá dizer, entretanto, que
nosso Senhor comeu e teve comunhão com
pecadores. Sem dúvida nenhuma! Mas
observem que ele não participou dos
pecados deles, nem fez vistas grossas a
seus erros, nem riu de suas piadas sujas.
Jesus sempre elevava as conversas a seu
patamar, e nunca se abaixava ao nível delas.
Ele contava histórias (parábolas) que
falavam de campos e lares para apresentar
as verdades espirituais a seus ouvintes. Em
tudo isso, ele é nosso exemplo.
Se você anseia pela bênção de Deus em
seu ministério, não toque no que é impuro!
(Pulpit Helps)
Os pais gastam os três primeiros anos
de vida de seus filhos ensinando-os a falar
e andar, e gastam os próximos quinze
ensinando-os a sentar e ficar calados!
(Sword of the Lord)
O AMIGÃO do Pastor
Página 12
A MELHOR DEFESA É
UM BOM ATAQUE
Bob Dasal
“Portanto, ide, ensinai todas as nações,
batizando-as em nome do Pai, e do Filho,
e do Espírito Santo; ensinando-as a
guardar todas as coisas que eu vos tenho
mandado; e eis que eu estou convosco
todos os dias, até à consumação dos
séculos. Amém!”(Mateus 28:19-20).
O Senhor Jesus estabeleceu sua igreja e
deu-lhe a Grande Comissão. Nosso desafio
é cumprir essa ordem no mundo hostil em
que vivemos. Nunca fui um grande atleta,
mas lembro-me de um princípio elementar
do treinador do time de basquete da escola.
Ele acreditava que “a melhor defesa é um
bom ataque”.
Como desempenhar a Comissão em
defesa do evangelho com um ataque
eficiente? Isso foi tentado de várias
maneiras através dos séculos. Algumas
foram boas e eficientes, outras, nem tanto.
A resposta é simples, na verdade. Tem
sido provado, repetidas vezes, que a melhor
maneira de cumprirmos a Grande Comissão
é permitir que o Senhor Jesus (por meio do
Espírito Santo) viva por nosso intermédio a
vida que ele colocou em nós. Ser um
verdadeiro exemplo de cristão diante do
mundo é a evangelização mais eficaz que
existe, porém é mais fácil falar do que fazer.
O mundo, a carne e o diabo procuram
destruir todas as tentativas de anunciarmos
o evangelho.
Qual é a sua abordagem? Muitas igrejas
estão em declínio e acham bom “deixar
como está pra ver como é que fica”. “As
mudanças são inevitáveis” é um ensino
verdadeiro. O difícil é saber a diferença
entre a boa mudança e a mudança ruim.
Os pastores de hoje encaram o desafio
e a oportunidade de obedecer à Grande
Comissão com ferramentas que as gerações
anteriores não possuíram. A oportunidade é
a capacidade de alcançar as pessoas,
através da mídia, de maneiras
O AMIGÃO do Pastor
Caixa Postal, 74
37270-000 Campo Belo - MG
IMPRESSOS
desconhecidas há duas gerações, O
desafio é permanecer fiel ao cristianismo
bíblico e manter o ensino claro e puro.
Muitos pastores e igrejas estão realizando
um excelente trabalho com as novas
ferramentas e os métodos novos, e sem
fazerem concessões ao mundo. Outros se
entusiasmam tanto com o método que
perdem de vista a mensagem . Alguns estão
tão presos a tradições religiosas que, sem
nem pensar, rejeitam qualquer método que
não se encaixe nessas tradições.
Com todo o esforço que a sociedade faz
para desacreditar o Evangelho, temos de
“pregar a palavra” e praticar
verdadeiramente, todos os dias, o
cristianismo bíblico. Quando nosso
caminhar e nossas palavras se combinam, o
inimigo é um adversário vencido, e vivemos
a letra do hino “Vitorioso” (Cantor Cristão,
471). Se o viver e as palavras forem
diferentes, então o ditado “não é a água
fora do barco que o afunda, mas a água que
está dentro dele” torna-se verdaderio.
Nessa época crucial na vida da igreja,
sejamos fiéis! Não será fácil, mas valerá a
pena!
(Pulpit Helps)
NÃO HÁ LUGAR PARA A
MENTE ABERTA
Muitas vezes, os pastores são
acusados de ter a mente estreita porque
insistem em que os crentes deixem tudo
para seguir a Jesus.
Mas tudo na vida é estreito, e o
sucesso só é encontrado quando
atravessamos a porta estreita e andamos no
caminho reto.
Não há lugar para a mente aberta num
laboratório químico. A água é composta de
duas partes de hidrogênio e uma de
oxigênio. E não se pode fazer qualquer
mudança na fórmula, por menor que seja.
Não há lugar para a mente aberta na
música. Só existem oito graus numa oitava.
O maestro habilidoso jamais permitirá que o
primeiro violino toque nem que seja apenas
JUN/09
meio grau fora da nota, acorde e tonalidade
escritos.
Não há lugar para a mente aberta na
aula de matemática. Nem a geometria nem o
cálculo nem a trigonometria permitem
qualquer variação do exato, nem que seja
uma vez. A solução do problema é certa ou
errada—não há tolerância aqui.
Não há lugar para a mente aberta na
biologia. Um resultado diferente em mil
experiências invalida a teoria inteirinha.
Não há lugar para mente aberta nos
esportes. A partida é jogada de acordo com
as regras, sem favorecer ninguém só por
caridade.
Não há lugar para a mente aberta na
oficina. O mecânico diz que os anéis do
pistom têm de se encaixar nas paredes do
cilindro com uma tolerância de menos de
dois milésimos de centímetro. Mesmo que
motorista e mecânico sejam amigos, não
pode haver nenhuma variação aqui, se
quiserem que o motor funcione sem
problemas.
Então, por que, devemos esperar que a
mente aberta governe no reino da fé e
decência?
(Sword of the Lord)

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