Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 335 – agosto 2014

Transcrição

Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 335 – agosto 2014
CEDIDA PELA CML
REPORTAGENS
Página 40
ALBUFEIRA
OLHÃO
FERREIRA DO ALENTEJO
ALCANEDE
MIRANDELA
GUARDA
BOMBEIROS PORTUGUESES
COM NOVA CASA
Página 10
Página16
Páginas 18 e 19
Página 34
Página 35
Página 36 e 37
PUB
Agosto de 2014
E dição : 335
A no : XXXII
1,25€
D irector : R ui R ama da S ilva
INEMBombeiros garantem 68%
SINTRA
Página 9
Página 11
PREVENÇÃO NO PARQUE NATURAL
Páginas 20 e 21
Página 27
Página 13
PRAIAS
BRAGANÇA
ALVALADE DO SADO
Compromisso
com o futuro
Segurança
garantida
Solidariedade
entre bombeiros
SEGURANÇA
2
AGOSTO 2014
O valor da missão
iz-se com alguma frequência que os portugueses estão a perder a capacidade de sonhar. Mas, entre eles, há um grupo, os bombeiros, que teimam em manter-se disponíveis para
sonhar e para concretizar, ainda por cima, para
bem de todos.
Só assim se percebe que, apesar da crise e
das vicissitudes que ela tem provocado nos cidadãos e nas instituições, mesmo assim, haja
quem queira contornar esses obstáculos e lute
por sonhos e pela sua concretização.
Trata-se de um verdadeiro sinal de contradição que, sem dúvida, constitui também um verdadeiro catalisador numa sociedade descrente
das suas capacidades de pensar e agir.
O carácter voluntário do desempenho da esmagadora maioria dos bombeiros acresce a
tudo isso. E tem suscitado na sociedade portuguesa atitudes, posturas e decisões, também
por vezes de pólos diferentes, que atestam, ora
um respeito e admiração dignas de nota, ora
alguma indiferença e afastamento assente na
lógica de que, se não for assim, alguém, sabe-se lá quem, cuidará de arranjar alternativa.
No primeiro caso, cumpre-se o dever de reconhecer o papel importante que os bombeiros voluntários têm desempenhado na comunidade,
na sua função social imprescindível, não só na
prestação do socorro mas também, sublinhe-se,
no cuidar de colmatar, ou até substituir, outras
entidades, nomeadamente o próprio Estado, na
satisfação de outras funções, junto da população
escolar, dos idosos ou dos cidadãos em geral.
Todas as associações e corpos de bombeiros,
sem excepção, nasceram da vontade das respectivas populações, seja através da decisão
das suas instituições autárquicas, no caso de
sapadores e municipais, seja na organização e
Foto: Marques Valentim
D
congregação espontânea de vontades e recursos locais. Essa é a legitimidade e valia que ninguém pode por em causa.
A história de muitas destas instituições, quase maioritariamente centenárias ou perto disso,
continua patente na memória de muitos dos
seus elementos mais velhos, alguns felizmente
ainda vivos, ou vertida em registos e testemunhos escritos e fotográficos que atestam o passado, todas as vicissitudes, dificuldades e, também, momentos de alegria e satisfação pelo
dever cumprido.
Só uma atitude egoísta e também o desconhecimento por esse historial pode explicar a
indiferença com que alguns, particularmente
em meio urbano, encaram a acção dos bombeiros e o seu carácter eminentemente voluntário.
É certo que, quando o cidadão, que pensa assim, quando um dia precisa deles naturalmente
muda de opinião.
Os bombeiros voluntários têm um valor intrínseco que se traduz numa componente económica e numa componente social. A segunda
está mais que explicada, demonstrada e reconhecida. A primeira componente assenta num
conjunto de questões traduzidas na necessidade de garantir sustentabilidade económica dos
bombeiros e da sua missão. É neste domínio
que ao longo dos tempos, infelizmente, as coisas nem sempre têm corrido bem. Trata-se de
uma responsabilidade a que as comunidades,
as autarquias e o próprio Estado nem sempre
corresponderam como seria justo e legítimo esperar.
VIDADEBOMBEIRO49.BLOGSPOT.PT
[email protected]
O
Foto: Sérgio Santos
O
In Memoriam
s incêndios do verão 2013 ficam inscritos na história dos bombeiros de Portugal, como uns dos
mais negros episódios de uma longa e profícua existência.
Há cerca de um ano, Portugal chorava com os seus
bombeiros a trágica morte de oito valorosos soldados
da paz.
Em memória de Pedro Rodrigues, António Ferreira,
Ana Rita Pereira, Cátia Pereira, Bernardo Cardoso,
Bernardo Figueiredo, Daniel Falcão e Fernando Reis,
importa lembrar que pereceram no combate às chamas, sucumbiram no campo de batalha, quando
cumpriram a nobre missão de socorrer e proteger
pessoas que não conheciam, bens que não eram
seus.
De forma abnegada, voluntária, estes homens e
mulheres, ainda que conscientes do perigo e de todos os riscos que corriam, não hesitaram, foram,
mesmo sabendo que podiam não voltar… e infelizmente não voltaram!
Ações de solidariedade, campanhas várias, homenagens, mas também análises, inquéritos, debates
mais as trocas de argumentos e de acusações permitiram, pelo menos, alertar a sociedade para a realidade dos bombeiros e despertar a tutela, entidades
públicas e privadas para investimentos na segurança
dos operacionais.
Nunca tanto se falou de proteção individual, uma
questão que sendo fundamental nem sempre foi
prioritária. Esta é sem dúvida uma conquista de cada
um daqueles soldados da paz, o legado que deixaram
aos milhares de homens e mulheres que todos os
dias cumprem o lema “Vida por Vida”.
Podemos dizer que, de certa forma, o voluntariado e a gratuitidade de muito o que os bombeiros fazem, tem servido de justificativo muito
utilitário para a desresponsabilização das várias
entidades.
Daí que, agora, mais uma vez, se fale numa
nova lei de financiamento que, para além de todos elogios e reconhecimentos acessórios, de
facto, responda com efectividade e rigor às necessidades dos bombeiros.
A acção dos bombeiros é quantificável, é desdobrável nas diferentes componentes e esses
custos têm que ser garantidos. Há estudos feitos nesse sentido. A Liga dos Bombeiros Portugueses tem-se desdobrado na demonstração
disso, ciente de que o esforço desenvolvido pelas próprias associações e corpos de bombeiros
tem que ser compensado devidamente pelas
respectivas comunidades, autarquias e Estado.
De uma vez por todas, a complexidade do socorro e os custos acrescidos para a sua efectivação não podem continuar a onerar os orçamentos dos próprios bombeiros. Tudo isso deve ser
financiado do exterior, precisamente pelos beneficiários, sejam seguradoras, cidadãos, sociedade em geral.
No passado, misturou-se sempre o carácter
voluntário dos bombeiros com o custo efectivo
da sua acção. Hoje, temos a oportunidade de
mudar essa perspectiva. De um lado, está a disponibilidade das mulheres e homens para a
missão. Do outro, está o custo que incontornavelmente a missão implica e que será impensável, nem em parte, continuar a imputá-lo aos
mesmos, ou seja, aos bombeiros. O valor da
missão exige que assim seja.
Artigo escrito de acordo
com a antiga ortografia
Importa, um ano depois da tragédia, prestar também tributo aos muitos feridos que, em vários pontos do País, foram, igualmente colhidos pela ira das
chamas, nomeadamente Nuno Pereira, dos Voluntários de Carregal do Sal, que durante meses travou
uma violenta batalha pela vida, sempre amparado
pelo sonho de poder regressar ao quartel.
Estes voluntários, mesmo confrontados com a fatalidade e o sofrimento, recusam arrepiar caminho,
insistem antes em fazer mais e melhor em prol do
seu semelhante… Afinal, de que matéria serão feitos
estes bravos soldados do bem?
Ainda que recusem o estatuto de heróis, a verdade
é que não é bombeiro quem quer, mas sim quem
pode!
Sofia Ribeiro
Blogue atinge milhão de visitantes
blogue “vidadebombeiro49.blogspot.com”
atingiu em pouco mais de
ano e meio um milhão de
visitantes. A informação
chegou-nos recentemente,
motivo para endereçarmos
um forte abraço ao seu administrador José
Filipe Jesus por esse “feito”.
Os blogues e portais existentes têm sido
um instrumento fundamental de contacto
entre bombeiros, constituindo uma oportunidade muito especial de, aproveitando
as novas tecnologias de informação, in-
cluindo as redes sociais, assegurar canais
privilegiados de informação e troca de opiniões.
José Filipe Jesus, entretanto, colocou
nas redes sociais uma nova página, “facebook.com/vidadebombeiro49”, que já conseguiu congregar 25 mil “likes”.
CRUZ DE MALTA
O
Extinto o corpo de bombeiros
Corpo de Bombeiros Voluntários de
Cruz de Malta, Lisboa, foi extinto
por decisão da Autoridade Nacional de
Proteção Civil (ANPC), após um período
conturbado de vários anos.
Assim, foi determinada a “cessação
imediata e definitiva de toda a atividade daquele corpo de bombeiros, designadamente o transporte de doentes,
incluindo o encerramento das respetivas instalações operacionais e a proibição de circulação dos veículos operacionais que detém”.
Segundo o parecer que sustentou a
decisão “o CB não efetua atividade operacional no âmbito do socorro e salvamento”. Por outro lado, a AHBV de Cruz
de Malta não tem regulamento interno
nem quadro de pessoal em vigor”. Acresce que, “não existindo planos de instrução aprovados, torna-se inútil qualquer
instrução que, porventura, fosse ministrada aos bombeiros que o CB hipoteticamente tivesse, uma vez que se torna impossível garantir que esta corresponde,
sequer, aos mínimos exigidos”.
3
AGOSTO 2014
O
s bombeiros portugueses são
um bom exemplo de proatividade. Ao longo do tempo, rapidamente, têm vindo a corresponder a todas as situações que a vida
em sociedade vai criando e que implicam novas respostas e novas ferramentas.
Ainda outro dia, numa associação
onde estive, encontrei uma maca rodada, equipamento hoje com certeza
impensável e há muito obsoleto mas
que, na altura, constituiu um recurso
importante, e até inovador, no socorro às populações. Hoje, olhar para
ela suscita-nos um sorriso mas, também, a memória e o respeito pelo esforço e o engenho das gerações que
Foto: Marques Valentim
Corresponder a novos desafios
nos antecederam e que marcaram o
arranque e o desenvolvimento sucessivo de novas técnicas de socorro.
Cada geração de bombeiros tem ficado marcada pela boa gente que a
constitui e, também, tem sido marcada por novos meios, novas práticas e,
com elas, têm partido para novos desafios, novas especialidades e novas
dinâmicas. E as marcas de tudo isso
ficam como registo e testemunho.
Dentro de anos, quem cá estiver,
ao olhar para as viaturas que hoje
utilizamos mas que nessa altura já
estarão no museu vai poder ter a noção de tudo isso.
A história dos bombeiros é, sem
dúvida, o repositório dos desafios e
das etapas de inovação e desenvolvimento por que lutaram e que alcançaram. Tantas vezes, feita com muitos obstáculos de vária ordem pela
frente, mas também animados e determinados pelas vantagens e resultados obtidos com novas ferramentas.
Mas, para além dos próprios
meios, os bombeiros tem sabido
também acolher e despertar por iniciativa própria para novos domínios
de ação.
Este ano, mais do que nunca, a par
do combate aos incêndios florestais e
da resposta às disciplinas de socorro
que desempenham ao longo de todo
o ano, os bombeiros estão a corres-
ponder à necessidade de garantir a
segurança diária dos milhares de banhistas das praias do litoral e das
praias fluviais.
Há praias neste país onde neste
momento a segurança dos banhistas
é assegurada apenas pelos bombeiros. Para garantir essa missão, inclusive, os bombeiros ainda têm procurado os apoios necessários, seja municipais, de juntas de freguesia ou de
mecenas privados locais. É um domínio em que os bombeiros, tradicionalmente, sempre se empenharam
nalgumas zonas balneares do país.
Domínio que, agora, tem vindo a ser
reforçado com mais bombeiros, com
novos meios de socorro empregues e
mais zonas vigiadas, seja no litoral
ou nas muitas praias fluviais que têm
sido criadas no interior do país.
Os bombeiros, mais uma vez, fazendo jus aos seus pergaminhos e às
suas capacidades, a corresponderem
a novos desafios, identificados em
função das necessidades que vão detetando, também aqui por antecipação. Prevenir, prevenir sempre, a
bem de todos. E, por isso cabe elogiar as mulheres e homens que este
ano, mais uma vez, tudo fazem para
garantir a segurança dos nossos concidadãos, muitos deles em gozo de
merecidas férias mas, seja onde estiverem, sempre protegidos pelos
bombeiros.
4
AGOSTO 2014
ELEIÇÕES NA LBP
Entrevista aos dois candidatos
N
a próxima edição, em Setembro, contamos inserir uma entrevista a cada um dos cabeças de
lista das candidaturas à Liga dos
Bombeiros Portugueses.
Em 19 de Agosto enviámos às
duas candidaturas a proposta para
que cada entrevista possa corresponder a uma bateria de perguntas
comuns a enviar-lhes até 1 de setembro próximo.
As duas entrevistas terão cha-
mada de 1.ª página e incluirão
duas páginas, uma ímpar e outra
par, com duas fotos, totalizando 8
mil carateres, incluindo espaços.
Foi solicitado que as respostas
sejam enviadas ao [email protected]
até 15 de setembro próximo. Foi
também solicitada indicação de
data em que poderá ser feita a
captação das fotos que acompanharão cada uma das entrevistas.
Reiteramos a disposição para
que a inserção das referidas entrevistas, pese embora o carácter jornalístico das mesmas, garanta a
igualdade de tratamento aos dois
candidatos.
PONTA DELGADA
Açores pode acolher campeonato de manobras
O
s Concursos Nacionais de
Manobras da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) podem vir a realizar-se nos Açores
em 2015, na sequência do desafio lançado pelo presidente da
confederação, comandante Jaime Marta Soares, durante as
comemorações do 135.º aniversário da Associação Humanitária
de Bombeiros Voluntários de
Ponta Delgada, S. Miguel.
O presidente do conselho
executivo da LBP falava durante
a sessão solene perante o secretário Regional da Saúde do
Governo dos Açores, Luís Cabral, e do presidente da Câmara
Municipal de Ponta Delgada,
José Manuel Bolieiro, na sequência de contactos já realizados, quer com o presidente do
Serviço Regional de Proteção Civil, capitão José Dias, quer com
as Associações de Ponta Delgada e Ribeira Grande, participantes nos concursos de manobras
anteriores.
Jaime Soares lançou o desafio
ao Governo Regional dos Açores
e à Câmara Municipal de Ponta
Delgada, para apoiarem a realização dos concursos de manobras, defendendo a iniciativa
como “mais uma oportunidade
para estreitar as relações entre
os bombeiros portugueses.
Durante a sessão solene, 4
cadetes ascenderam a estagiários e 18 destes foram promovidos a bombeiros de 3ª, sendo
6 mulheres.
Decorreu ainda a entrega de
medalhas de assiduidade e outras distinções, nomeadamente, a 3 elementos do Quadro de
Honra e aos membros da equipa de manobras, pelo excelente trabalho feito em apenas 3
anos.
As personalidades já referidas e outras, autarcas, milita-
res, dirigentes associativos e familiares de bombeiros, tiveram
como anfitriões, o presidente da
direção, professor Vasco Garcia,
o presidente da assembleia-geral, Miguel Arruda, o comandante Emanuel de Sousa, bem
como os restantes elementos do
comando e dos órgãos sociais
da instituição.
No dia anterior à sessão solene, e integrado no programa
comemorativo do 135º aniversário, os Bombeiros de
Ponta Delgada organizaram
um concorrido seminário que
contou também com a presença do comandante operacional dos Açores, vice-almirante Augusto Ezequiel, e do
presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, capitão
José Dias. O seminário, designado por “Bombeiros XXI”, inclui quatro exposições. As
duas primeiras, do foro jurídico, foram realizadas pelos advogados Manuel Coelho da
Silva e Sofia Mateus sobre,
respetivamente, “Bombeiros:
APÓS INSISTÊNCIA DA LBP
O
Vigilância médica
alargada às regiões autónomas
Ministério da Administração Interna decidiu alargar aos bombeiros
voluntários das Regiões Autónomas
dos Açores e da Madeira o programa de
vigilância médica já em curso no continente desde o ano transato.
Aos 30 mil bombeiros do continente
abrangidos passam a somar-se mais
789 dos Açores e 610 da Madeira.
No ano transato, no último trimestre
e ainda numa fase inicial de arranque
do programa foi possível fazer exames
a 1806 bombeiros. Este ano está previsto abranger 8000 bombeiros. Até à
data foram já examinados 4349 destes.
O ministro Miguel Macedo acolheu, assim, a
proposta que a Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP) vinha fazendo há muito no sentido de
alargar o programa de vigilância aos bombeiros
da Madeira e dos Açores.
“Entendemos sempre que ser bombeiro tanto
vale para o continente como para as regiões au-
voluntariado e contratação” e
“Organização do tempo de
trabalho nas AHBV”.
A terceira intervenção coube ao diretor deste jornal, Rui
Rama da Silva, sobre “Os
Bombeiros e a Comunicação
Social”. E, a fechar o encontro,
interveio o presidente da LBP,
comandante Jaime Soares, so-
bre “Bombeiros de Portugal:
Um projeto com futuro”.
A presença do presidente da
LBP na Ilha de S. Miguel, Açores, incluiu também uma visita
aos Bombeiros de Ribeira
Grande onde, ainda, pode contactar com dirigentes dos Voluntários de Vila Franca do
Campo e da Povoação.
CENTRO LUSITANO DE ZURIQUE
PETROGAL
Apoio entregue
Maior desconto
garantido
A
tónomas, razão pela qual há muito que vínhamos alertando para a necessidade de tratar todos por igual”, sublinha o presidente da LBP,
comandante Jaime Marta Soares.
O programa de vigilância médica dos bombeiros está a ser acompanhada pela LBP com o
suporte financeiro do Ministério da Administração Interna.
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) assinou
com a Petrogal no passado
dia 1 de agosto a atualização do protocolo anterior
com novos descontos.
Assim, o desconto para
Portugal Continental passa
de 0,06 para 0,07 euro/litro, IVA incluído, de combustível sobre o preço de
referência GALP em território nacional à data do abastecimento.
No caso dos Açores e Madeira, o desconto é de
0,0075 euros/litro sobre o
preço de referência GALP
nas duas regiões autónomas
à data do abastecimento.
O
Centro Lusitano de Zurique, Suíça, enviou à Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) um donativo de 4.430,12 euros, destinado a apoiar a ação social da confederação.
A entrega foi feita pelo vice-presidente da instituição, Jorge Rodrigues, ao presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares,
em singela cerimónia realizada na sede da confederação, em Lisboa.
A verba em causa foi obtida pelo Centro Lusitano de Zurique no
âmbito das suas atividades solidárias que incluem, também, o tradicional “Cantar das Janeiras”.
5
AGOSTO 2014
LEI DE FINANCIAMENTO
Liga e Governo já negoceiam
A
Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP), reuniu este mês com o secretário de Estado da Administração
Interna, João Almeida, para definir a
metodologia a seguir para a elaboração do documento base que irá servir
de base legislativa ao futuro modelo
de financiamento das associações humanitárias e corpos de bombeiros.
Nesta reunião ficaram definidos os pilares em que assentará a futura legislação, assim como, a calendarização
das várias reuniões para dar continuidade ao trabalho e aprofundamento
destas matérias. Estima-se que estes
trabalhos estejam concluídos até Dezembro do corrente ano. Já em julho,
o secretário de Estado da Administra-
ção Interna, tinha afirmado que a revisão da Lei de Bases da Proteção Civil e a futura Lei de Financiamento
dos bombeiros das associações e corpos de bombeiros são as prioridades
para o segundo semestre deste ano.
“As duas prioridades para o segundo
semestre do ano são a revisão da Lei
de Bases da Proteção Civil e a Lei de
Financiamento dos bombeiros, algo
muito importante para a sustentabilidade dos bombeiros”, afirmou. O secretário de Estado considerou também que a situação do transporte de
doentes é “muito preocupante”, referindo que deve ser resolvida o mais
rapidamente possível.
PC
OS MOSQUETEIROS
Grupo “Os Mosqueteiros”,
em parceria com a Liga dos
Bombeiros Portugueses, e com
o apoio da TVI, termina na próxima semana a campanha de
angariação de apoios destinados à aquisição de equipamentos de proteção individual (EPI)
para o combate a incêndios florestais destinados aos bombeiros.
Não obstante, ainda faltarem alguns dias para o final da
campanha, segundo uma fonte da organização, já é possível fazer um balanço muito
positivo da adesão dos portugueses à iniciativa.
Dentro de dias serão divulgadas as 45 associações de bombeiros contempladas com o
produto da campanha.
A campanha baseou-se na
venda de um íman, por cinquenta cêntimos, nas diferentes lojas “Intermarché”, Bricomarché” e “Roady”, espalhadas
pelo país. Este grupo de distribuição conta com 297 pontos
de venda sediados em 183 concelhos. O grupo baseia-se numa
estrutura de 243 empresários
independentes que são donos e
Fotos: Marques Valentim
O
Campanha com balanço positivo
responsáveis pela gestão integral de cada um desses pontos.
Para assinalar o início da iniciativa em 1 de agosto, e que
termina no próximo dia 31, “Os
Mosqueteiros” ofereceram já 25
equipamentos desse tipo, cinco
por cada, às Associações de
Bombeiros Voluntários da Covilhã, Alcabideche, Estoril, Miranda do Douro e Valença, face aos
danos humanos e económicos
sofridos no ano passado no
combate aos fogos.
A oferta decorreu na sessão
de apresentação da campanha,
realizada nas instalações dos
Bombeiros de Alcabideche, na
presença do presidente da Liga
dos Bombeiros Portugueses,
comandante Jaime Marta Soares, dos embaixadores da campanha e apresentadores da TVI,
Manuel Luís Goucha e Isabel
Silva, e dos dirigentes e comandos das associações contempladas.
DECLARAÇÕES POLÉMICAS NA CMTV
A
s federações distritais de bombeiros de Viana do Castelo, Vila Real
e Viseu, continuam a exigir explicações por parte da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) sobre a
veracidade das declarações produzidas pelo jornalista do Correio da Manhã, Manuel Catarino. Segundo redator principal daquele diário, “diz-se
nos corredores da ANPC que à regra
dos 30, junta-se a regra dos 3V”, porque os bombeiros de Viseu, Viana do
Castelo e Vila Real, estarão, refere o
jornalista, “mal organizadas”.
Logo após o comentário feito na televisão, no dia 30 de junho, as três
federações de bombeiros pediram
explicações à Autoridade sobre a veracidade desta situação. Também a
Liga dos Bombeiros Portugueses tornou pública a sua indignação perante
Federações querem resposta clara da ANPC
tal situação, tendo o seu presidente,
Jaime Marta Soares, demonstrado
publicamente a total solidariedade
com os bombeiros dos três distritos e
sublinhando que tem “total confiança” nos bombeiros portugueses.
Numa nota posterior, tornada pública
no final de julho, as três federações”
congratularam-se” com a posição assumida pela Liga mas exigem saber
se as estruturas portuguesas de
bombeiros ao nível local e nacional,
estão “claramente do mesmo lado” e
“repudiam com veemência” as declarações do jornalista Manuel Catarino.
Em reação a esta nota, que foi
também enviada para o presidente
da ANPC, o General Grave Pereira escreveu a Joaquim Marinho, o presidente da Federação de Bombeiros do
Distrito de Viseu, lamentando desde
logo o facto de ter tido conhecimento
deste descontentamento através de
um comunicado enviado à comunicação social. “Começo por manifestar a
minha gratidão pelo gesto tido. Mas
também o meu forte desapontamento por tê-lo feito quando era já do conhecimento público, e portante também do meu”, lê-se na carta enviada
por Grave Pereira. Já sobre a alegada
referência aos 3V, e sem nunca fazer
referência diretamente a esta designação, Grave Pereira diz que a declaração do jornalista além de merecer o
“absoluto desacordo” da autoridade,
“ não merece a mínima consideração”. O presidente da ANPC vai mais
longe, e diz que “abusando do seu
estatuto de jornalista e usando o ecrã
como tribuna, se permite sem qualquer escrutínio, e a coberto de supos-
tas fontes credíveis veicular informação (…) que não tem aderência à realidade institucional” que se vive na
ANPC. A terminar, Grave Pereira diz
fazer votos que as relações “que
sempre se pautaram pela clareza e
frontalidade” possam evitar a repetição destas situações que denomina
de “desagradáveis.
Na resposta, as federações de Viana do Castelo, Vila Real e Viseu dizem
que continua em aberto a “parte
substantiva da questão”. Na nota tonada pública no final do mês passado, e enviada à nossa redação, os
presidentes das três federações sublinham que a posição tomada não
questiona a LBP mas sim a ANPC.
“Sobre isto, o “silêncio da Autoridade
Nacional de Proteção Civil só vem
avolumar a convicção de que esta es-
trutura não se adequa à realidade do
tempo que vivemos nos Bombeiros
Voluntários, em Portugal”, lê-se na
nota. “A ser verdade a história dos
3V, a ANPC demonstra ilusão de conhecimento e excesso de familiaridade, o que redunda em desrespeito
pelos que no terreno são o garante
de um sistema de proteção e socorro
de elevada qualidade e baixo custo,
assente no altruísmo do voluntariado”, acrescenta. Para que tudo fique
claro, as três federações dizem que
aguardam que a ANPC se pronuncie”,
sublinhando que não têm dúvidas de
que a LBP se irá empenhar em “catalisar essa pronúncia”. A nota é assinada pelos três presentes: Luís Brandão Coelho, Fernando Queiroga e
Joaquim Rebelo Marinho
Patrícia Cerdeira
6
AGOSTO 2014
Honrar a História, apoiando a museologia
Pesquisa/Texto:
Luís Miguel Baptista
S
ão cada vez mais os responsáveis por associações
e corpos de bombeiros
que procuram a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) para o
apoio em assuntos do foro histórico e/ou museológico.
Tal facto fica a dever-se à dinamização, desde 2012, do Núcleo de História e Património
Museológico da Confederação,
mas também ao acervo existente, sem o qual seria difícil
darmos a devida resposta
àqueles que nos procuram.
Na verdade, a LBP orgulha-se
de dispor, entre o seu património, de uma colecção museológica bastante versátil, criada e
sucessivamente aumentada durante mais de 50 anos, resultante, na sua esmagadora
maioria, de doações feitas por
insignes bombeiros de Portugal
e suas famílias, uma vez que
muitos deles manifestaram, em
vida, a vontade de lhe legar os
respectivos pertences, testemunhos de época que potenciam o conhecimento histórico e
a compreensão do passado.
Por outro lado, muitas foram
as direcções e comandos que
ao longo do mesmo período tomaram a iniciativa de proceder
a significativas ofertas.
Estamos, portanto, na presença de duas situações comportamentais que traduzem o
respeito e a confiança depositada na Liga dos Bombeiros Portugueses, além do interesse de
todos e de cada um em ver o
nome da sua associação e do
seu corpo de bombeiros exposto para a posteridade, por intermédio de uma ou mais peças
museológicas.
Logo, a Confederação tem todas as razões para se sentir,
também, honrada e duplamente responsabilizada, pela guar-
da do património que lhe foi
destinado, obrigando-se a preservá-lo em adequadas condições físicas, bem como a respeitar a memória e, de modo
especial, o sentir dos seus doadores.
Os bons exemplos, porque
válidos no plano dos objectivos
e da estratégia, não devem ser
colocados de parte, mas antes
divulgados e incentivados. É
nesta perspectiva que vimos
sensibilizando, e fazemo-lo
mais uma vez nesta oportunidade, para que as associações e
corpos de bombeiros do país, à
semelhança da acção das antigas gerações, concorram com
ofertas de material tendentes a
engrandecerem e valorizarem,
nomeadamente do ponto de
vista pedagógico, todo o espaço-museu em que se vê consubstanciada a actividade permanente do NHPM.
Nesta edição do “BP”, damos
a conhecer duas das mais recentes peças que deram entrada no nosso Núcleo, que embora já expostas, depois de intervencionadas, estão ainda a ser
objecto de estudo no que respeita à sua origem. Referimo-nos a uma moto-bomba portátil, da segunda metade do século XX, marca Balcke, sucessora
das primeiras centrifugas de
alta pressão que substituíram
as velhas bombas manuais colocadas sobre veículos de tracção humana, e a um capacete
de couro, cujo interesse reside
exactamente no emblema
aposto na parte frontal. Ambas
estiveram ao serviço de um corpo de bombeiros de natureza
privativa, já extinto, ex-federado da LBP.
Enquadradas numa área para
a qual se perspectiva futuramente outros atractivos, as pe-
ças mencionadas representam
desde já, inclusive pela disposição como se encontram expostas, uma ponte de significação
entre duas realidades distintas
de outrora: a época em que o
abastecimento das bombas era
assegurado pelos aguadeiros,
com recurso ao transporte de
água proveniente dos chafarizes; e outra bastante posterior,
marcada pela influência do
avanço da ciência e tecnologia,
em que o precioso agente extintor poderia ser obtido directamente a partir de diferentes
mananciais e lançado sobre as
chamas mediante condições de
maior rendimento, ao nível do
débito, da pressão e das saídas.
Quanto à primeira realidade,
permitimo-nos destacar, em
termos expositivos, uma antiga
estatueta representativa do
Aguadeiro e três fichas metálicas, de meados do século XIX,
com o cunho do Serviço de Incêndios de Guimarães e da Inspecção Geral dos Incêndios do
Porto, utilizadas por aqueles
que exerciam a actividade de
abastecer as bombas.
Refira-se que as fichas metálicas fornecidas aos capatazes
dos aguadeiros, durante os incêndios, pelas entidades que
superentendiam os serviços,
eram depois trocadas por moeda corrente, satisfazendo assim
o pagamento pela assistência
prestada. Na sua maioria de origem galega, os aguadeiros tinham de acudir aos incêndios
com os seus barris de água,
sendo avisados pelo número de
toques dos sinos das igrejas
que, por sua vez, identificavam
os locais onde ocorriam os sinistros.
É, pois, de pequenas/grandes
histórias, sem esquecer um importante acervo documental em
suporte de papel, que se compõe a colecção museológica da
Liga dos Bombeiros Portugueses, com a qual se pretende ir
mais longe, à luz de dois objectivos primordiais: “divulgar e promover a História dos Bombeiros
Portugueses, subordinada ao
conceito de herança cultural com
repercussão em Portugal e no
Mundo” e “promover o lançamento das bases para a criação
do Museu dos Bombeiros Portugueses, elevado ao estatuto de
infra-estrutura cultural, bem
como de recurso educacional,
turístico e de inclusão social”.
Para o efeito, esperamos poder contar com o apoio e compreensão de todos, a favor de
um projecto que se pretende
moralmente robusto, assente
nas potencialidades intrínsecas
dos bombeiros e das suas estruturas.
Queremos, afinal, desse
modo, em observância ao sentido da própria história das associações e corpos de bombeiros,
deixar a marca de que toda e
qualquer boa iniciativa resulta
sempre do querer e da afirmação colectiva!
Artigo escrito de acordo
com a antiga ortografia
Site do NHPM da LBP:
www.lbpmemoria.wix.com/
nucleomuseologico
BAIÃO
O
Prevenir para proteger dos incêndios florestais
s Bombeiros Voluntários de Baião procuram
promover uma verdadeira resiliência comunitária em torno da prevenção dos incêndios florestais.
Nesse sentido, teve lugar em Baião o “I Prevenir para Proteger - Fórum Local Sobre Incêndios
Florestais”, promovido precisamente por aqueles
associação de bombeiros, onde investigadores,
especialistas e bombeiros apresentaram em
perspetiva a relação da população e a sua vulnerabilidade relativamente aos incêndios. Este
evento contou com a presença de cerca de 70
participantes oriundos de Baião e da região.
Com esta iniciativa em formato de fórum, “pretendeu-se dar a conhecer à população medidas
de auto proteção relativas a incêndios na interface urbano-florestal com o intuito de tornar a comunidade mais resiliente, permitindo a participação do auditório e a interpelação aos oradores”,
como nos sublinhou o adjunto de comando dos
Voluntários de Baião e da comissão organizadora
do evento, Emanuel Sardo Fidalgo.
O encontro foi moderado pelo segundo comandante de Baião, Orlando Rodrigues. Os oradores
convidados integram núcleos de investigação e
instituições relacionadas com a temática do Fó-
rum, nomeadamente a ADAI/Laboratório Especializado em Incêndios Florestais da Universidade
de Coimbra, CEGOT (Universidade do Porto), Associação de Produtores Florestais de Entre Douro
e Tâmega e o Centro de Formação Especializada
em Incêndios Florestais da Escola Nacional de
Bombeiros.
Com esta iniciativa os Bombeiros Voluntários
de Baião pretendem dar início a um ciclo de encontros com periodicidade anual destinados à população onde a problemática dos riscos e a especificidade regional sejam o mote. Uma vez que a
fraca cultura de segurança e a relação da população com os riscos naturais e tecnológicos são
uma fragilidade da nossa sociedade é pertinente
a realização de ações deste género, bem como o
reforço da sua participação cívica.
A sessão de abertura do fórum contou com a
presença do presidente da edilidade, José Luís
Carneiro, do presidente da Federação Distrital de
Bombeiros do Porto, professor José Miranda, do
segundo comandante distrital da ANPC, Sérgio
Barros, bem como do comandante do corpo de
bombeiros, José Costa, do presidente da direção,
Augusto Freixo, e do presidente da assembleia-geral, João Paulo.
7
AGOSTO 2014
TRIBUNAL DE CONTAS DETETA FALHAS
Tutela garante que já
acautelou erros do passado
Foto: Paulo Cunha, OUT11
CAMPANHA BIG/LBP
S
ão demolidoras para o Estado português as
conclusões do relatório do Tribunal de Conta à
gestão da Empresa de Meios Aéreos do Estado
(EMA) que está em fase de extinção. Diz o Tribunal de Contas que apesar de as aeronaves representarem cerca de 99 por cento do valor total do
ativo fixo da EMA “não estão cobertas pelo seguro
desde janeiro de 2011 (como não estavam antes
de 2007), por razões de contenção de custos”.
No documento, que cita o INAC (Instituto Nacional de Aviação Civil), e segundo o qual o seguro não é “obrigatório”, o tribunal liderado por Guilherme de Oliveira Martins, recorda que a 3 de
setembro de 2012 houve um acidente com um
helicóptero Kamov, não segurado, e que em 2007
já se tinha perdido outra aeronave (B3, helicóptero), também não segurada.
“O Conselho de Administração assumiu a necessidade de ter um seguro que custava cerca de
um milhão de euros por ano, contudo, perante a
determinação da tutela política o Conselho de Administração viu-se confrontado com a alternativa
de cortar nos combustíveis ou nos seguros”, lê-se
na resposta enviada pela EMA a esta questão.
Na auditoria o Tribunal de Contas chama ainda
a atenção para o facto de estar registado o valor
individual da aquisição de cada aeronave, sem
decomposição das partes, que têm diferente vida
útil, pelo que as depreciações têm vindo a ser
efetuadas de uma forma global, ou seja a desvalorização é igual para todas as aeronaves. O documento critica ainda a forma como decorreu o
processo de contrato de fornecimento de aeronaves com a empresa Heliportugal, que se atrasou
em parte das entregas, o que penalizou o Estado,
tendo as penalidades por esse atraso sido aligeiradas. Depois, e ainda segundo o documento, os
contratos de manutenção dos helicópteros previam um limiar de horas que se revelou exagera-
do - “em média quase o dobro das horas voadas”
- e nem por isso a empresa renegociou os contratos.
O Tribunal de Contas recomenda por tudo isto
ao Governo “que determine a revisão do sistema
de disponibilização de aeronaves por forma a incluir na contratualização desses serviços a flexibilidade adequada à incerteza das ocorrências
dos fogos florestais”.
Na reação, em comunicado, o Ministério da Administração Interna esclareceu que o atual Governo estabeleceu o seguro como uma das obrigações no concurso lançado em 2012 para operação e manutenção das aeronaves próprias do Estado.
E diz que por isso os B3 já estão cobertos pelo
seguro para o casco.
“Quanto às aeronaves Kamov está neste momento a decorrer novo concurso, que mantém no
caderno de encargos a obrigação do adjudicatário
de contratar o seguro de casco das aeronaves”,
diz o comunicado.
De referir que a EMA, criada em 2007para gerir
os meios aéreos do Estado, deverá estar extinta
em outubro por decisão do atual Governo. Até ao
final do mês deverão ser conhecidos os resultados do concurso público internacional com vista à
privatização da operação e manutenção dos pesados kamov. O governo já tinha lançado um
concurso, mas o lote referente aos helicópteros
pesados acabou por ficar deserto por falta de interessados. O ‘BP’ sabe que o ministério da Administração Interna aposta tudo no concurso que
decorre nesta altura, e cujos resultados deverão
ser conhecidos em breve, porque se não houver
interessados mais uma vez em operar estas aeronaves o governo vê-se obrigado a mudar de estratégia.
Patrícia Cerdeira
BOMBEIROS NO PORTUGAL PORTA A PORTA
Liga faz levantamento dos meios existentes
A
Liga dos Bombeiros Portugueses foi convidada pelo
Instituto da Mobilidade e dos
Transportes Terrestres (IMTT)
a fazer parte de um grupo de
trabalho intitulado “Portugal
Porta-a-Porta”, o qual integra
outras organizações de cariz
solidário e sem fins lucrativo. O
“Portugal Porta-a-Porta” é um
projeto que visa assegurar a
“mobilidade” dos cidadãos em
zonas menos povoadas que
não dispõem de uma rede regular de transportes. Para
identificar os meios existentes
nos corpos de bombeiros que
possam vir a associar-se ao
projeto, a Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP) está a enviar aos seus associados um
formulário elaborado pelo IMTT
que visa fazer um levantamento rigoroso dos meios disponíveis e capazes de vir a servir
este projeto de transporte flexível. Este projeto tem enquadramento legal no Regime Jurídico do Serviço Público de
Transporte de Passageiros”,
que atualmente se encontra
em consulta pública.
Segundo Jaime Marta Soares, presidente do Conselho
Executivo da LBP, algumas associações e corpos de bombeiros dispõem de um parque de
viaturas de transporte de passageiros, o qual se encontra
“subaproveitado” e que pode
ser “rentabilizado” através da
adesão a este projeto com
“vantagens” para os corpos de
bombeiros e suas populações.
Patrícia Cerdeira
Banco mantém intenção
de dobrar apoios
O
Banco de Investimento Global (BIG) mantém a intenção de dobrar os apoios que
tem estado a receber, até meio milhão de euros, no âmbito da parceria estabelecida com a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) para aquisição de equipamentos de
proteção individual para bombeiros (EPI).
Os apoios têm vindo a ser recebidos através da conta NIB 006100500057299750021.
A eles o BIG acrescenta 20 euros por cada conta aberta por novos clientes. As duas
modalidades vigoram até 30 de setembro próximo.
Falta apenas um mês para a conclusão da campanha. Não são ainda conhecidos
valores mas os responsáveis pela campanha manifestam-se otimistas sobre os resultados já obtidos.
Recorde-se que esta campanha teve início na sequência da decisão do BIG em
apoiar os Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal na obtenção de EPI para todos os
seus elementos. Esta oferta encontra-se já concluída.
8
AGOSTO 2014
ÉBOLA
ANPC e INEM
já estabeleceram
procedimentos
INEM realiza exercício
propósito da declaração pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) do estado de
emergência de saúde pública de âmbito internacional, devido ao surto causado pelo Vírus Ébola, a Autoridade Nacional de Proteção
Civil (ANPC), em articulação com a Direção
Geral de Saúde (DGS), e à semelhança do
que já tinha acontecido em 2009 com a Gripe
A, dirigiu-se às associações e corpos de bombeiros dando indicações de como proceder
perante a doença por vírus Ébola. De uma
forma muito sucinta, e depois da Liga dos
Bombeiros Portugueses se ter mostrado
preocupada com os bombeiros como “agentes de proteção e socorro”, a ANPC recomenda os seguintes procedimentos a adotar pelos
bombeiros perante situações suspeitas, seguindo as orientações da Direção Geral de
Saúde:
Introdução
Decorre há algum tempo um surto de
Doença por Vírus Ébola, afetando vários países de África a que está associado uma elevada taxa de letalidade. Em seres humanos, a
principal via de transmissão é por contacto
direto com sangue ou líquidos orgânicos doutros doentes e eventual manipulação de objetos contaminados. Não há evidência epidemiológica de transmissão por via aérea. O
risco de infeção é considerado baixo em visitantes e residentes nos países afetados, desde que não se verifique exposição direta a
pessoas ou animais doentes.
Em Portugal, até ao momento, não foi
identificado nenhum caso desta doença.
A ANPC, através do Comando Nacional de
Operações de Socorro e em estreita ligação
com a Direção Geral de Saúde, através do
seu Oficial de Ligação, acompanha em permanência todo o processo.
Em termos Europeus o CNOS participou
numa audioconferência, tendo convidado
para o efeito a Direção Geral de Saúde, entidade com a competência legal para liderar
todo este processo, cujos Planos, aos mais
diferentes níveis estão disponíveis em www.
dgs.pt.
Tendo em atenção o princípio da precaução,
recomenda-se para o pessoal dos Corpos de
Bombeiros, os seguintes procedimentos:
Foto: Tiago Petinga/Lusa
A
LIGA ACOMPANHA SITUAÇÃO
Caso Suspeito
É considerado caso suspeito de doença por
vírus Ébola um doente que apresente os seguintes critérios clínicos e epidemiológicos:
Critérios clínicos: Febre de início súbito e
pelo menos, mais um dos seguintes sintomas/sinais: Dores musculares, Vómitos,
Diarreia, Dor abdominal; Cefaleias, Hemorragias.
Critério epidemiológico: Viagem, escala ou
residência, nos 21 dias anteriores ao início
dos sintomas na Guiné-Conacry, Libéria, Serra Leoa, Nigéria, ou contacto com doente infetado por vírus Ébola.
O
Instituto Nacional de Emergência Médica
(INEM) realizou recentemente um exercício para testar a sua capacidade de resposta no
âmbito do plano de contingência de atuação
face à infeção por vírus ébola.
O exercício constou da receção de doente
transportado em aeronave medicalizada, no
aeródromo municipal de Cascais, em Tires, e o
seu transporte para a unidade hospitalar de referência, o Hospital Curry Cabral, em Lisboa.
O transporte na aeronave e a evacuação
para o hospital, apesar de simulado, decorreu
no respeito de todas as regras a adotar em
caso idêntico, nomeadamente, a necessidade
do transporte do doente numa câmara de pressão negativa e dos técnicos de socorro envolvidos, incluindo um médico, de envergarem fatos de proteção.
O exercício foi observado no local pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, pelo diretor-geral
de Saúde, Francisco George, e pelo presidente
do INEM, Paulo Campos.
Atuação Perante um Caso Suspeito
Não transportar, de imediato, o “doente”
suspeito que apresente os dois critérios, (clínico e epidemiológico), sem contactar previamente e por telefone:
• A linha Saúde 24 (Telefone: 808 24 24
24) ou o INEM/CODU (Telefone: 800 203
264) e proceder conforme as instruções.
• Reportar ao CDOS.
A Autoridade Nacional de Proteção Civil
emitirá novos critérios de orientação, em função da evolução da situação, em consonância
com as diretivas da DGS.
Patrícia Cerdeira
ALERTA VERMELHO
PARA A SEGURANÇA
AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL
O
Depois do serviço operacional… reabilitamos o bombeiro
elevado grau de exigência das situações a
que os bombeiros respondem impõe a adoção de medidas que assegurem a melhor condição física e psicológica, de cada combatente,
para que mantenha um nível de operacionalidade máximo.
Durante o combate a um incêndio florestal,
todos os bombeiros sofrem o desgaste provocado quer pelo esforço excessivo, quer pela exposição às condições ambientais adversas.
Neste cenário, a ausência de um processo de
reabilitação adequado afeta a futura capacidade operacional e a própria saúde dos bombeiros, tanto no imediato como a médio prazo. No
caso específico dos incêndios florestais, é fundamental que o bombeiro descanse por um período de tempo apropriado, permitindo a recuperação do esforço físico intenso a que a maioria está sujeita, unicamente, no período do verão.
Assim, perante estes factos, o bombeiro deve
ser o primeiro a garantir a sua reabilitação após
as operações de socorro, implementado um
conjunto de possíveis medidas:
• NÃO SE RECUPERA EM MINUTOS. O tempo
de recuperação, tanto física como psicológica,
após o combate a um incêndio florestal, é algo
que varia de indivíduo para indivíduo, e que depende de vários fatores. Não há nenhum bombeiro que consiga regressar ao pleno da sua
operacionalidade sem repousar o tempo mínimo necessário à sua total recuperação física.
• DORMIR PROMOVE A REABILITAÇÃO. Tenha em atenção que dormir é mais benéfico que
apenas descansar para a reabilitação física e
psicológica. Descansar a ver televisão, usar
computador e redes sociais em alternativa a
dormir, principalmente no período noturno, aumenta ainda mais o desgaste;
• INIMIGOS DO SONO REPARADOR. O álcool, o tabaco e a cafeína são inimigos de um
sono reabilitador, pelo que devem ser evitados;
• ALIMENTAÇÃO ADEQUADA PROMOVE A
REABILITAÇÃO. Existem alimentos que promovem uma melhor recuperação muscular após
esforço físico intenso tais como: líquidos (água,
leite ou sumos naturais), vegetais e fruta (por
exemplo laranja, ananás, banana, etc.), hidratos de carbono (pão, massas, etc.) e alimentos
ricos em proteína como frango, ovos e peixe
(estes alimentos, visto serem de digestão mais
difícil, não devem ser consumidos em excesso
imediatamente após o combate).
• A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES DE LAZER. Para muitos bombeiros, o convívio social
(estar com amigos, família e colegas) contribui
para a reabilitação após um combate prolongado. Outros bombeiros preferem realizar atividades individuais no seu período de reabilitação,
como praticar desportos individuais, ler, etc.
A tua reabilitação é importante não apenas
para garantir que amanhã voltas ao serviço
operacional, mas para garantir que, no futuro,
tenhas saúde para continuar no ativo durante
muitos anos. Porque por ti e pelos teus “A primeira vida a proteger é a tua...!”
[email protected]
Equipas de Apoio Psicossocial – Núcleo de
Segurança e Saúde da Direção Nacional de
Bombeiros (ANPC)
9
AGOSTO 2014
INEM ACIONOU QUASE 559 MIL MEIOS DE SOCORRO
O
INEM acionou, no primeiro
semestre do ano, 558.282
meios de socorro de emergência médica, mais 6,1 por cento
do que em igual período de
2013.
Feitas as contas, e segundo
o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no primeiro semestre deste ano foram acionados mais 31.557
meios de socorro do que no
mesmo período de 2013. Do
total apurado, a maior parte
dos meios acionados foram
ambulâncias de socorro dos
bombeiros voluntários, num
total de 382.491, ou seja, 68
por centos dos serviços realizados.
A Cruz vermelha Portuguesa
realizou 17.200 serviços a pedido do INEM.
As ambulâncias de emergência médica realizaram
86.201 serviços, as viaturas
médicas de emergência e reanimação 49.186 e, por fim, as
SIV, as Ambulâncias de Suporte Imediato de Vida, 17.140
serviços. As motos de emergência médica foram ativadas
5.012 vezes durante os primeiros meses do ano, as ambulâncias de transporte inter-hospitalar pediátrico 629 e os helicópteros 423.
Ainda segundo o INEM, foram atendidas uma média de
3.400 chamadas de emergência por dia no primeiro semestre deste ano, num total de
mais de 618 mil contactos. Em
relação ao mesmo período do
ano passado, foram atendidas
mais 34.789 chamadas, o que
representa um aumento de
seis por cento dos contactos
recebidos pelos Centros de
Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica
(INEM).
Janeiro e março foram m
2014 os meses com maior número de chamadas de emergência, enquanto em fevereiro
e abril se registou o menor número.
O INEM salienta em comunicado tornado público que os
meios de emergência destinam-se a ser utilizados “em situações de risco de vida iminente ou quando está em causa uma função vital da vítima”,
devendo, por isso, ser ativados
“com critérios rigorosos”. O
INEM aconselha os cidadãos a
ligarem para o 112 em caso de
acidente ou doença súbita e a
informarem, “de forma simples
e clara”, o número de telefone
do qual estão a ligar, a localização exata e, sempre que possível, com indicação de pontos
de referência, o tipo de situação, o número, sexo e idade
Foto: BV Penela
Bombeiros fizeram 68 por cento dos serviços
aparente das pessoas a necessitar de socorro, bem como das
queixas principais e as alterações que observam.
Patrícia Cerdeira
MOTAS INEM
O
Quatro estão em quartéis
Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) dispõe de nove motas de emergência médica e 4 delas estão
sediados em quartéis de bombeiros.
Recentemente, perfizeram
um ano de atividade duas delas, localizadas nos Bombeiros
Voluntários de Cascais e nos
Bombeiros Voluntários de Leixões. As restantes encontram-se sediadas, em Lisboa, no Regimento de Sapadores Bombeiros, em Coimbra, nas instalações do INEM e, entre julho e
setembro nos Bombeiros Municipais da Figueira
da Foz, no Porto, nas instalações do INEM, em
Braga e Setúbal, nos hospitais locais, e em Faro,
nas instalações da GNR.
As unidades de Cascais e Matosinhos são as
mais recentes. No primeiro caso, o balanço é
francamente positivo dado que permitiu estreitar
ainda mais a relação operacional entre os técnicos de cada uma das entidades, INEM e Voluntários de Cascais, “permitindo até a criação de mais
massa crítica que qualifica e valoriza a prestação
do socorro” defende uma fonte da instituição.
As motas, tripuladas por técnicos de ambulância de emergência do INEM, são meios ágeis para
operação com trânsito citadino e estão equipadas
com disfibrilhação automática externa, oxigénio,
adjuvantes da via aérea e ventilação, equipamento para avaliação de sinais vitais e glicemia
capilar e outros recursos de suporte básico de
vida.
10
AGOSTO 2014
ALBUFEIRA
Novo quartel (ainda) é um sonho
A construção de um novo quartel une
direção, comando e corpo ativo dos
Bombeiros de Albufeira, contudo, ainda que
a realidade obrigue a adiar essa justa
ambição. Por agora, o empenho e a
dedicação de todos têm permitido assegurar
alguns melhoramentos no complexo situado
no coração desta cidade algarvia.
Enquanto o sonho não se concretiza, estes
homens e mulheres dão o seu melhor nos
vários teatros de operações e arregaçam as
mangas na dinamização de inúmeras
iniciativas, numa bem-sucedida política de
proximidade com as populações, que tem
assegurado ganhos para a instituição.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
N
a presidência da direção
dos Bombeiros Voluntários de Albufeira há pouco
mais de um ano, José Rolo, já
se rendeu à causa. Confidencia
que ainda “tropeça” nas siglas,
que se está a familiarizar com
conceitos e preceitos, nada
que, no entanto, obstaculize a
concretização do projeto da sua
equipa determinada em dar
condições de trabalho aos bombeiros, garantir os mais de 40
postos emprego e, assim, continuar a dar uma resposta de
qualidade em matéria de socorro a uma população fixa de cerca de cerca de 31 mil habitantes, a que se juntam durante
todo o ano milhares de turistas.
“Nos períodos mais calmos
Albufeira acolhe 120 mil pessoas, número que ascende aos
400 mil em agosto. Para além
dos turistas estrangeiros, há
cada vez mais portugueses que
se deslocam de automóvel,
transformando as vias que servem a cidade em focos de sinistralidade”, refere o dirigente
dando conta da exigente e
abrangente missão cumprida
pelos operacionais que se desdobram no socorro pré-hospitalar e não descuram o apoio aos
bombeiros dos concelhos vizinhos.
Semanas antes de entregar o
comando a Carlos Coelho, Luís
Zeferino falou ao jornal Bombeiros de Portugal, dos desafios
que todos os dias são colocados
aos cerca de 80 homens e mulheres que integram o contingente, que tem como preocupação maior a “floresta de betão”.
De facto neste território os
incêndios florestais não têm expressão, ao contrário dos urbanos, tendo em conta o elevado
número de unidades hoteleiras
e complexos turísticos quase
sempre lotados.
“Um incêndio numa unidade
hoteleira tem que ser debelado
na hora, sem erros os hesitações e para isso temos que dispor de equipas bem treinadas”,
diz-nos Luís Zeferino, adiantando que Albufeira conta “com um
corpo de bombeiros operacional, com muita formação, devidamente preparado e equipado
para dar resposta às solicitações”.
Esta aposta na qualidade do
socorro prestado tem custos
elevados que obrigam o elenco
diretivo a investir numa “gestão
rigorosa”, algo de complexo,
quando os recursos são poucos.
“Continuamos a aguardar por
um novo modelo de financiamento destas associações” defende José Rolo, até porque por
maiores que sejam as dificuldades, estas casas “não podem
fechar portas”.
“Ninguém imagina uma cidade sem bombeiros. Podemos
encerrar um clube desportivo,
uma associação cultural, mas
não um quartel de bombeiros”,
considera o dirigente associativo, alertando para as dificuldades sentidas, no dia-a-dia, por
muitos dirigentes de norte a sul
do país.
“Importava melhorar a saúde
financeira da instituição, estamos empenhados nisso e sabemos que podemos contar o
apoio de todos, nomeadamente
da Câmara Municipal de Albufeira, das juntas da freguesia,
das empresas da região e da
comunidade geral. As pessoas
estão sempre dispostas a colaborar”, refere José Rolo.
Os Voluntários de Albufeira
muito têm investido em parcerias, numa política de proximidade com a comunidade, com
ganhos para a instituição, que
desta forma vai conseguido renovar o parque de viaturas, adquirir equipamentos e até assegurar algumas obras no quartel.
Neste âmbito a associação
promove desde 2003, a iniciativa “Quartel Aberto”, com o objetivo de dar a conhecer à população e em especial aos jovens albufeirenses, a estrutura
humana e logística de um Corpo de Bombeiros nas áreas da
saúde, incêndios urbanos e florestais, acidentes viação e náuticos, salvamento em grande
ângulo ou no transporte de
doentes.
“Recebemos, recentemente,
um apoio grande do BPI, que no
âmbito do projeto de responsa-
Ontem como hoje
A história desta instituição fundada a
25 de março de 1977, começa a ser escrita anos antes por Carlos Duque, Manuel dos Santos Serra, José Manuel Batista dos Santos, Saúl do Carmo Coelho,
Abelino dos Santos Jesus e Gui Simões
Grade, os rostos de uma comissão instaladora, para a criação de uma associação
humanitária de bombeiros.
Provisoriamente instalados num velho
edifício da Avenida 25 de abril, o novel
contingente, comandado por Carlos Fernando Duque Alves iniciou a sua atividade com apenas uma viatura, cedida pelo
então Serviço Nacional de Ambulâncias.
Dos registos históricos sobressaem o
dia 25 de março de 1985 quando foi inaugurado o quartel da Quinta da Palmeira e
para o dia 25 de março 1986 com a apresentação pública da fanfarra, hoje símbolo maior dos Bombeiros de Albufeira.
A associação que conta atualmente
oito dezenas operacionais, é posto INEM
e dispõe de cerca de 30 viaturas entre as
quais ambulâncias de socorro, veículos
de combate a incêndios florestais e urbanos, de operações específicas e de reconhecimento e salvamento aquático e ainda viaturas escada e tanque de grande
capacidade.
A Associação dos Bombeiros Voluntários de Albufeira, conta atualmente com
mais de 3100 associados.
bilidade social da empresa, colocou aqui algumas centenas de
voluntários, durante um fim de
semana que pintaram, substituíram o pavimento e ainda colocaram algum mobiliário novo
no quartel”, diz o dirigente, sublinhando a “generosidade do
gesto”
Na verdade as instalações
inauguradas em 1985 já deixaram de reunir condições para
albergar o corpo de bombeiros,
o sonho maior traduz-se na
construção de um novo quartel,
fora do centro da cidade, mas a
realidade económica do país
não permite sequer pensar nesses “luxos”.
“Como também não temos
hipótese de avançar com grandes obras, vamos requalifican-
do como e o que podemos, com
algumas ajudas externas, mas
sobretudo com a prata da casa”,
adianta João Rolo, enfatizando
o “empenho, abnegação organização, sentido de responsabilidade e profissionalismo destes
homens e mulheres sempre dispostos e disponíveis a colaborar
com os projetos da direção”.
Quando a atividade operacional o permite o pessoal “despe”
a farda de bombeiro, e assume
as funções de operário da construção civil:
“O pessoal pinta, impermeabiliza… Faz de tudo usando os
materiais que nos vão sendo
oferecidos. E assim tem sido
possível requalificar muitas das
áreas do quartel”, revela o presidente, anunciando a intenção
de avançar com uma candidatura ao novo QREN, para que
seja possível concretizar obras
de maior envergadura, “trabalhos estruturais que não podem
ser adiados”.
Este é um corpo de bombeiros jovem e estável, que dá garantias à direção e comando,
ainda que a prioridade seja captar mais voluntários, nomeadamente na fanfarra da associação, mas também nas escolas
do concelho para que seja possível começar no presente a assegurar o futuro e a continuidade do trabalho encetado há
mais de 37 anos.
11
AGOSTO 2014
SINTRA
Bombeiros em defesa do parque natural
Há quase duas décadas que os bombeiros
do concelho de Sintra garantem, no verão,
ações de vigilância e prevenção no Parque
Natural Sintra-Cascais, em mais uma bemsucedida missão que tem permitido a
salvaguarda e a preservação de um dos
mais importantes pulmões verdes da Área
Metropolitana de Lisboa.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
O
Parque Natural situa-se
no distrito de Lisboa e
está distribuído pelos
concelhos de Sintra e Cascais.
Estende-se do limite norte do
concelho de Sintra, junto à foz
do rio Falcão, para sul até à Cidadela de Cascais.
Numa destas tardes de verão, uma equipa do jornal Bombeiros de Portugal acompanhou
os operacionais que no concelho de Sintra asseguram ações
de vigilância, numa área extensa que compreende as freguesias de São Pedro de Penaferrim, Santa Maria e São Miguel,
São Martinho, São João das
Lampas e Colares, que, registe-se, tem a totalidade do território inserida em área de parque
natural.
Mais de 14 580 hectares albergam cerca de 900 espécies
de flora autóctone e ainda
grande diversidade de fauna,
nomeadamente mais de 200 as
espécies de vertebrados entre
as quais 33 de mamíferos, mais
de 160 de aves, 12 de anfíbios,
20 de répteis e nove de peixes
de água doce.
Perante tão vasto e rico património natural, as palavras de
ordem são preservação e prevenção. No campo da prevenção sobressai o trabalho dos
bombeiros que a par com o dos
sapadores florestais e os militares têm permitido travar a força
destruidora das chamas, catástrofes como o incêndio de 1966
que provocou danos gigantescos neste ecossistema único.
A par do trabalho desenvolvido pelo município de Cascais, também na área de Sintra, aliás mais vasta, desde
1997, que os bombeiros do
concelho asseguram piquetes
diários na serra, que começaram por ser garantidos por
operacionais de bicicleta, uma
missão penosa tendo em conta
a orologia do terreno, atualmente mais facilitada pela utilização de veículos preparados
para vencer tortuosos caminhos e trilhos.
O jornal Bombeiros de Portugal acompanhou uma dessas
ações na companhia do Comandante Operacional Municipal (COM) Pedro Ernesto, também responsável operacional
dos Voluntários de São Pedro
de Sintra, que a par com os
corpos de bombeiros de Almoçageme, Colares, Sintra garantem o patrulhamento desta
área.
“Todos os anos, de 1 de julho a finais de setembro, das
13 às 21 horas uma viatura tripulada por dois bombeiros,
percorre o parque”, refere Pedro Ernesto sublinhando, contudo, que “em caso de necessidade e por indicação do Comando Distrital de Operações
de Socorro (CDOS) de Lisboa
esta intervenção pode ser
alargada e a força reforçada,
nomeadamente pelas Equipas
de Combate a Incêndios
(ECIN) instaladas nos quartéis”.
Esta intervenção é complementada à noite, das 21 às 7
horas, por militares do Regi-
mento Artilharia Antiaérea de
Queluz e do Centro de Tropas
Comandos e ainda pelos meios
próprios do Monte da Lua que
garantem ações similares nas
sua propriedades, para além
dos postos de vigia que zelam
pela segurança dos parques 24
horas por dia.
Registe-se que esta ação
desenvolve-se ao abrigo de
um protocolo com a Câmara
Municipal de Sintra e que mobiliza muitas dezenas de operacionais, durante cerca de
três meses, prazo que pode
ser alargado, consoante as
exigências climáticas.
Segundo o COM sintrense
este trabalho permite detetar
atempadamente muitas situações e atalha-las numa primeira intervenção.
Muito mudou neste território nos últimos anos e o Parque Natural Sintra Cascais,
criado oficialmente em 1994,
em substituição da até então
designada Área de Paisagem
Protegida, é agora um paraíso
mais vivido, e talvez por isso
mais guardado. A presença de
muitos grupos de caminhantes, desportistas e amantes
da natureza e da vida ao ar livre é um fator positivo que
acaba por facilitar o trabalho
dissuasor dos bombeiros.
Nesta como noutras situações, comunidade e bombeiros dão as mãos na proteção
de um bem que é de todos,
neste caso de um paraíso que
é talvez o maior tesouro natural da Área Metropolitana de
Lisboa.
12
AGOSTO 2014
CARAMULO
LISBOA
Dia municipal assinalado
pela primeira vez
A
Homenagem aos bombeiros falecidos
Capela de S. Marcos, no
Monte de S. Marcos, Tondela, vai receber no próximo domingo, 31, a cerimónia religiosa
em que vão ser homenageados
os quatro bombeiros falecidos
há um ano no combate às chamas bem perto desse templo,
no Caramulo.
A iniciativa de homenagear
os bombeiros, Ana Rita (Bombeiros Alcabideche), Bernardo
(Bombeiros Estoril), Cátia e
Bernardo (Bombeiros Carregal
do Sal), partiu da Zona Pastoral
de Besteiros, Freguesia de San-
tiago de Besteiros, e do seu pároco, padre Manuel António Ro-
cha, com o apoio do Bispo de
Viseu, D. Ilídio Leandro.
FANHÕES
Junta de Freguesia de Fanhões inviabilizou a
realização de um dos dois simulacros, promovidos no âmbito das comemorações do 86.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Fanhões.
Segundo direção e comando da instituição, o
exercício de acidente rodoviário previsto primeiro
para as imediações da junta de freguesia e, depois para Casainhos, não se realizou porque o
presidente da Junta de Freguesia de Fanhões recusou-se acolher a iniciativa com a alegação de
que “estes eventos”, devem ser realizados em
“lugares próprios”, que “não coloquem em causa
pessoas e bens”.
Esta ação/treino foi assim deslocalizada para
Foto: Rui Tomás
A
Junta inviabiliza simulacro
território da União de Freguesias de Santo Antão
e São Julião do Tojal, onde os bombeiros contaram com “total apoio” do executivo.
OVAR
L
isboa assinalou pela primeira vez o Dia
Municipal do Bombeiro, no dia 25 de agosto, data em que se assinala o incêndio do
Chiado.
Esta é uma iniciativa da Câmara Municipal
de Lisboa, em parceria com o Regimento Sapadores Bombeiros (RSB) e as seis corporações de bombeiros voluntários: Ajuda, Beato, Cabo Ruivo, Campo de Ourique, Lisboa e
Lisbonenses.
No período das alocuções o vice-presidente autarquia, o vereador da proteção civil e
comandante do RSB deixaram palavras de
apreço reconhecimento todos os homens e
mulheres que se empenham, diariamente,
na proteção das populações.
No final da cerimónia pública foi depositada uma coroa de flores na lápide evocativa
do incêndio do Chiado ocorrido há 26 anos.
Sérgio Santos
Foto: Marques Valentim
Remoção de coberturas com amianto
O
s Bombeiros Voluntários
de Ovar deram início a um
programa de remoção de placas de fibrocimento, contendo
amianto, existentes no seu
quartel e que cobria um espaço contíguo ao edifício principal.
A operação, a custos da própria instituição, está a ser exe-
cutada por uma empresa especializada, cumprindo todas
as diretivas europeias, assessorada por uma empresa especialista em segurança e higiene no trabalho.
“A saúde e o bem-estar dos
nossos voluntários é uma
preocupação constante da direção desta associação”, apon-
CASCAIS
A
Câmara Municipal de Cascais acaba de
renovar com as cinco associações de
bombeiros voluntários do concelho o protocolo para o transporte adaptado de munícipes existente desde 2003.
O novo protocolo vai implicar um financiamento de 250 mil euros aos bombeiros
para continuarem a garantir o transporte
diário de mais de uma centena de munícipes com mobilidade reduzida.
As marcações para os cidadãos usufruírem deste serviço porta a porta é feito
Renovado protocolo para transporte adaptado
através da Autarquia e canalizadas para a
respetiva associação de bombeiros da
zona.
Este serviço de transporte foi criado pela
Câmara de Cascais em 1991 e, fruto do aumento da procura, alargado aos bombeiros
do concelho conforme o protocolo então
estabelecido e renovado até à atualidade.
A assinatura do novo protocolo contou
com a presença do presidente da edilidade,
Carlos Carreiras, do vereador Frederico Almeida, responsável pelo pelouro da ação
social, da vereadora Paula Gomes da Silva,
dos presidentes das juntas de freguesia de
Cascais - Estoril, Pedro Morais, e da Parede
– Carcavelos, Zilda Costa Silva, e dos dirigentes das cinco associações de bombeiros
subscritoras.
Esta parceria com a Câmara de Cascais,
no âmbito do protocolo, garantiu também
às 5 associações a atribuição de 3 ambulâncias de transporte múltiplo a cada desde
2003, num municipal investimento próximo
dos 600 mil euros.
ta uma fonte da instituição sublinhando que “a remoção que
estamos a promover é prova
cabal disso”.
Perante o esforço financeiro
que a operação implica, a mesma fonte adianta que ”tendo
em conta o objetivo final é
considerada como um bom e
necessário investimento”.
13
AGOSTO 2014
ALVALADE
Foto: Marques Valentim
Solidariedade de bombeiros para bombeiros
E
lementos dos Bombeiros
Voluntários de Pinhal Novo,
dos Voluntários de Sul e
Sueste do Barreiro e do Corpo de
Salvação Pública do Barreiro estão a apoiar operacionalmente os
seus companheiros de Alvalade,
Santiago do Cacém, até final de
setembro.
Fomos lá fazer um primeiro
balanço desta operação, iniciada
em julho, registando as impressões dos visitantes e dos visitados, para concluir que a iniciativa
é já um sucesso e um bom
exemplo de solidariedade de
bombeiros para bombeiros e
para as suas populações.
Após a realização da reportagem sobre esta solução solidária
entre bombeiros, o Corpo de
Bombeiros da Amora aderiu também à iniciativa, passando a integrar a escala dos restantes
corpos de bombeiros.
A iniciativa partiu da Federação de Bombeiros do Distrito de
Setúbal e contou, desde logo,
com o apoio da comandante distrital de socorro (CODIS) da
ANPC, Patrícia Gaspar, e sucessivamente, do CADIS, Elísio Oliveira, e do próprio CONAC, José Manuel Moura.
Tratava-se de reforçar durante
a semana os Voluntários de Alvalade, carecidos de elementos disponíveis nesse período, para garantir o funcionamento de uma
equipa de combate a incêndios
(ECIN) e uma equipa com autotanque (ELAC).
A ideia nasceu e facilmente tomou corpo, fruto da boa articulação entre as associações e os
respetivos corpos de bombeiros
envolvidos.
Aos fins de semana, os ele-
mentos do Barreiro e Pinhal Novo
regressam às suas associações
ficando a atividade operacional
integralmente a cabo dos elementos de Alvalade.
A CP, chamada a colaborar
pela Federação, oferece os bilhetes necessários à rendição semanal dos bombeiros envolvidos na
operação, poupando assim às
suas associações o custo das
deslocações.
A Câmara Municipal de Santiago do Cacém não correspondeu
ao pedido de apoio extraordinário que lhe foi dirigido para garantir a logística da mesma operação, razão pela qual, a alimentação tem sido assegurada com o
esforço dos próprios bombeiros
envolvidos e os apoios que têm
conseguido reunir, quer localmente, quer a partir das próprias
associações envolvidas.
Os Bombeiros Voluntários de
Alvalade cumprem o 12º ano de
vida autónoma. Antes foram
destacamento dos Voluntários de
Santiago do Cacém.
Estão situados no limite sul do
distrito de Setúbal, às portas do
Algarve. Dispõem de 1200 associados, facto que constitui à partida uma enorme mais-valia, se
tivermos em conta que na Freguesia de Alvalade há apenas 2
mil habitantes e que na zona de
intervenção daquele corpo de
bombeiros, composta pelas freguesias de Alvalade, Ermidas e
S. Domingos, apenas totalizam 7
mil. Estão a 40 quilómetros do
hospital mais próximo, precisamente em Santiago. Qualquer
intervenção pré-hospitalar dura
no mínimo 2 horas. Agrava-se
quando é necessário evacuar os
doentes para Beja ou Setúbal.
Os Voluntários de Alvalade
abrangem boa parte do IC1, via
de ligação ao Algarve que tem
vindo a constituir, cada vez mais,
alternativa à A2, onde também
intervêm em segunda linha. O
número de acidentes rodoviários, apesar de tudo, tem diminuído mas a gravidade tem aumentado.
São uma pequena associação
com a maior fatia de área do
concelho de Santiago de Cacém,
364 quilómetros quadrados.
“Quilómetros é connosco”, ouvi
dizer a vários bombeiros de Alvalade.
O presidente da Associação,
João Lança, sublinha que “a população vai ajudando como
pode, não é disso que nos queixamos, mas sim da falta de
meios humanos, não conseguimos contratar ninguém, temos
uma vaga em aberto sem resposta, saíram-nos dois motoristas com carta de pesados e não
conseguimos substitui-los”. O
corpo de bombeiros da Associação de Alvalade tem 20 operacionais. “ “Como saíram 2 perdemos 10 por cento do corpo de
bombeiros”, adianta João Lança.
“Temos uma ambulância de
socorro e uma ambulância de
transporte múltiplo, cada uma,
com 8oo mil quilómetros percorridos a precisar de ser substituídas”, refere o mesmo dirigente
salientando que “não fazemos
mais transporte de doentes por
que não temos pessoal para isso,
razão pela qual em menos de um
ano recusámos serviços de
transporte que nos dariam cerca
de 30 mil euros de receita”.
A solução defendida por todos
os participantes nesta operação
de apoio passará sem dúvida
pela existência de uma equipa de
intervenção permanente (EIP) e
apontam o exemplo bem sucedido pelos Voluntários do Torrão
pela Câmara de Alcácer do Sal
com a criação dessa equipa no
corpo de bombeiros.
O comandante dos Bombeiros
Voluntários de Alvalade, José
Candeias, não tem dúvida em
considerar a operação solidária
em curso como “desafio para todos, para quem vem e para
quem está”.
João Neutel é bombeiro de 3ª
dos Voluntários de Pinhal Novo e
o rosto da participação da sua
Associação neste operação.
Identifica a experiência como
muito positiva e desafiante perante “cenários e estilos diferentes, acessos difíceis, pessoas diferentes, outras mentalidades e
meios, apesar de tudo, suficientes”.
João Costa, bombeiro de 1ª no
Corpo de Salvação Pública do
Barreiro, “viemos com o receio
de estarmos a invadir espaço
alheio e afinal foi o contrário, fomos recebidos de braços abertos, com muita vontade de trabalhar e de aprender com a nossa experiência”.
“Aqui encontrámos menor volume de serviços do que estamos
habituados, mais duração na sua
prestação e numa triangulação
mais difícil de fazer”, sublinha
João Costa.
Pedro Ferreira é chefe nos Voluntários de Sul e Sueste. É o
mais graduado do grupo de bombeiros. Faz um “balanço sempre
positivo e, como graduado, esta
experiência é positiva e diferente
em tudo”.
Esta experiência permitiu
também abater tabus e eliminar
preconceitos antigos. “Habitualmente ninguém quer que se
mexa nos carros, que se conduza
mas aqui houve total abertura,
sem preconceitos, sem reservas
nem pruridos o que constitui um
exemplo e uma lição para nós e
para todo o país”, sublinham
unanimemente os bombeiros visitantes.
O segundo comandante de Alvalade, Miguel Romão, também
não esconde a vantagem em
contar com os seus colegas do
Barreiro e Pinhal Novo. “Só temos bombeiros de 3ª, o contacto
com pessoal mais graduado e
mais conhecedor de outras realidades é muito bom para nós”.
Nas primeiras semanas, “a
sala de formação do quartel foi
espontaneamente aberta e os
momentos de formação têm-se
sucedido, estreitando laços e
competências entre nós, o que é
muito bom”, refere o mesmo elemento de comando.
Eduardo Correia, presidente
da Federação de Bombeiros do
Distrito de Setúbal, assume o sucesso da iniciativa no coletivo.“ É
uma experiência montada e agilizada por um coletivo para a
busca de uma solução concreta
para um problema concreto vivido com uma das nossas associações e, desde logo, com as populações por ela servidas.”
“Fomos sempre contra as
quintas e deste modo estamos a
prová-lo, sublinhe-se, com o
enorme esforço e determinação
das direções, dos comandos e,
em especial, dos bombeiros que
voluntariamente quiseram participar nesta operação”, defende o
mesmo dirigente sublinhando
que “esta experiência inédita é
suportada no que pensamos que
devem ser os apoios cruzados
entre uns e outros desde haja
vontade para isso”.
14
AGOSTO 2014
TERCEIRO MELHOR ANO DA DÉCADA
São Pedro tem dado uma ‘ajudazinha’
s condições meteorológicas
registadas até ao momento
têm sido decisivas para os valores da área ardida e número de
incêndios até ao momento. “Se
é verdade que São Pedro tem
dado uma ‘ajudazinha’”, refere
Jaime Marta Soares, a realidade
também mostra que os bombeiros portugueses estão muito
melhor em termos de “formação”, “integração com outros
agentes, têm “melhores equipamentos” e ”mais recursos humanos”.
Segundo o relatório provisório divulgado pelo Instituto de
Conservação da Natureza e das
Florestas (ICNF), de 1 de janeiro até 15 de agosto, houve
5161 incêndios, dos quais resultaram 8645 hectares de área
ardida, cerca de um quinto da
que ardeu em igual período do
ano passado.
Feitas as contas, até meados
de agosto ardeu menos 87 por
cento do que o valor médio de
área ardida entre 2004 e 2013.
Isto faz com que 2014 seja até
à data o terceiro melhor ano
desde 2004 em termos de área
ardida, só ultrapassado por
2007 (com 5976 hectares) e
2008 (com 8476 hectares).
O número de ocorrências,
5161, está também muito abaixo das 8997 registadas em
2013 e da média dos últimos
dez anos, que é de 13.370. O
documento refere ainda que
houve até agora 142 reacendimentos, menos 760 do que a
média do período entre 20042013.
Os distritos do Porto (com
993 ocorrências), de Lisboa
(com 571) e de Braga (com
452) foram os mais atingidos
pelas chamas desde o início do
ano. “Em qualquer um dos casos as ocorrências são maioritariamente fogachos”, que não
ultrapassam um hectare de
área ardida, lê-se no relatório.
No caso do distrito do Porto, 95
por cento da área ardida até à
Foto: Sérgio Santos
A
data corresponde apenas a um
incêndio que deflagrou em
Aboadela, a 15 de junho.
Questionado sobre o que estará a contribuir para um verão
muito mais calmo - para além
da variante meteorológica, o
presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) afirmou
em declarações ao ‘BP’ que
existem mais e melhores meios,
melhor formação e uma “estratégia musculada”, fatores que
explicam o “menor impacto”
dos incêndios”.
O dirigente disse acreditar
que, se se voltassem a registar
as condições climatéricas de
2013, os bombeiros teriam
“uma intervenção hoje mais
forte, mais musculada”, e que,
garantidamente, não deixariam
que “as coisas acontecessem à
dimensão do que aconteceu no
ano passado”.
Ainda assim, Jaime Marta
Soares ressalvou que “são circunstâncias completamente diferentes”, rejeitando que em
2013, ano em que morreram
vários bombeiros, houvesse
“problemas de incapacidade ou
de incompetência”. “Os mesmos do ano passado são os que
estão no terreno e são aqueles
que estão a dar mostras como é
possível fazer-se melhor do que
já se fez bem e corrigir, por
ventura, o que esteve menos
bem”, observou, reconhecendo
que, este verão, “tem havido
vários dias em que há taxas de
humidade muito mais altas”, situação que permite “algum desafogo e torna menos forte o
fogo quando está a eclodir”.
“Estamos felizes pelo que está a
acontecer”, declarou, notando,
contudo, que “já houve este
ano cerca de seis mil ocorrências” e que os bombeiros têm
“sido capazes de conseguir ter
êxito”. O presidente da alerta,
no entanto, que “a procissão só
agora vai no adro”. Questionado
sobre se este é um verão atípico para os bombeiros, Jaime
Marta Soares declarou que “atípico é quando há mais fogos” e
o que se está a viver é um “verão normal”.
O ministério da Administra-
ção Interna tem vindo a mostrar-se cauteloso na análise aos
números. No final do mês de julho, o secretário de Estado da
Administração Interna, João Almeida, sublinhou hoje que o
Dispositivo Especial de Combate
a Incêndios tem capacidade
para uma “resposta adequada”
às solicitações, independentemente das condições climáticas.
Bombeiro ferido
sem gravidade
Um bombeiro dos voluntários
de Castro D’Aire, distrito de Viseu, ficou ferido quando combatia o incêndio, em floresta,
que atingiu o concelho no passado dia 29 de julho. O jovem
bombeiro sofreu queimaduras
num dos braços, mas sem gravidade, tendo sido transportado
para o hospital de Viseu.
Entretanto, O estado de saúde do bombeiro de 32 anos de
Miranda do Douro que sofreu
queimaduras graves no combate às chamas “evolui favoravelmente”. Segundo Luís Pedro
Martins, do Gabinete de Comunicação do Hospital da Prelada,
no Porto, “o bombeiro encontra-se já em respiração espontânea, tendo sido já retirado o
apoio mecânico de respiração”.
“No que respeita às queimaduras, os ferimentos estão e evoluir favoravelmente “, acrescentou.
Quando deu entrada no Hospital da Prelada, no passado dia
16 de julho, o bombeiro apresentava queimaduras de segundo e terceiro graus em cerca de
50 por cento do corpo.
No combate a este incêndio,
uma viatura dos bombeiros de
Miranda do Douro foi consumida pelas chamas.
Julho foi o mais chuvoso
do século
O mês de julho deste ano foi
o mais chuvoso deste século e o
terceiro com a temperatura
mais baixa, de acordo com o
Boletim Climatológico publicado
na página da Internet do Instituto Português do Mar e da At-
mosfera. O Boletim Climatológico indica que o mês de julho se
caracterizou por valores médios
de temperatura média do ar inferiores ao normal e por valores
precipitação superiores.
De acordo com o Instituto
Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o valor médio da
temperatura média do ar no
mês passado, 21,4 graus Celsius, foi 0,63 (graus) inferior
aos valores normais.
O valor da temperatura máxima em julho de 2014 foi também o terceiro mais baixo deste
século (depois de 2008 e de
2011).
No que diz respeito à temperatura mínima, julho foi o 6
mais baixo deste século (depois
de 2009, 2012, 2011, 2008 e
2007, por ordem dos mais
frios). O IPMA classificou também o mês de julho como muito
chuvoso, com o valor médio da
quantidade de precipitação a
registar 22,8 milímetros tendo
sido superior ao normal (9,0
milímetros).
Os dados indicam também
que julho deste ano foi o oitavo
mais chuvoso desde 1931 e o
mais chuvoso deste século.
Ainda de acordo com o boletim, o menor valor da temperatura mínima (4,7 graus Celsius)
foi registado em Lamas de Mouro, Melgaço, no Parque Natural
da Peneda-Gerês no dia 18 de
julho e a temperatura mais alta
(41,6 graus) em Elvas a 17.
No que diz respeito à chuva,
a maior quantidade de precipitação em 24 horas (72,1 milímetros) foi registada em Cabril,
Lousã, a 6 de julho. A situação
meteorológica em Portugal continental durante grande parte
do mês de julho foi, segundo o
IPMA, caracterizada “pelo anticiclone dos Açores se ter localizado a oeste ou sudoeste do arquipélago, e por uma depressão
térmica ibérica na região central de Espanha”.
Patrícia Cerdeira
FALTA DE RETARDANTES
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), através do seu presidente, comandante Jaime Marta
Soares, lamenta a inexistência em
Portugal de espumíferos e retardantes disponíveis para o combate
a incêndios florestais.
“É uma situação preocupante que
desconhecíamos razão pela qual vamos pedir explicações à Autoridade
Nacional de Proteção Civil sobre
isso”, adianta aquele dirigente sublinhando “não desvalorizar o facto de
ser uma solução particularmente
cara, que poderá não ser aplicada
em todas as situações mas que não
pode deixar de estar disponível para
Foto: Sérgio Santos
A
Liga considera situação preocupante
as intervenções em que se venha a
considerar ser indispensável.
O presidente da LBP considera
como “prioritária a avaliação imediata dessa questão, que não pode esperar por Outubro e que, em abono
da verdade, devia era ter sido colocada em Janeiro ou Fevereiro desta
ano”.
O comandante Jaime Marta Soares lamenta que os espumíferos e os
retardantes tenham deixado de ser
adquiridos em 1998 e que “até à
data nada tenha sido debatido e que
só agora, e por acaso, esteja a ser
confrontado com a situação na qualidade de dirigente da Liga”.
15
AGOSTO 2014
SALOC VAI FICAR NO MONSANTO
Câmara garante total operacionalidade
A Sala de Operações Conjunta (SALOC) do
Regimento de Sapadores de Lisboa (RSB)
será transferida a longo prazo para o
Monsanto, onde se situa nesta altura o
Restaurante Panorâmico. Até que o projeto
esteja concluído, e porque os terrenos do
quartel dos sapadores na Avenida Lusíada
já foram vendidos à Espírito Santo Saúde empresa do Grupo Espírito Santo que detém
o Hospital da Luz, contíguo ao edifício, a
câmara de Lisboa está à procura de um
local que sirva de instalação transitória.
Esta é apenas uma das alterações no
dispositivo de quartéis e estações
avançados dos profissionais da capital.
Texto: Patrícia Cerdeira
C
arlos Manuel Castro, vereador com o pelouro da
proteção civil na Câmara
Municipal de Lisboa assegurou
ao ‘BP’ que as instalações alternativas ao fecho do quartel dos
Sapadores, junto ao centro comercial Colombo, ficarão situadas na mesma zona da cidade.
“O quartel vai ficar naquela área
porque tem de dar resposta à
zona norte ocidental da cidade”,
afirmou Carlos Manuel Castro,
referindo-se às instalações alternativas, ainda não conhecidas, que alojarão o quartel da
terceira companhia do Regimento de Sapadores Bombeiros
(RSB). Porque naquela zona da
cidade vivem muitas pessoas, o
autarca assegurou que “haverá
sempre resposta do RSB referente à área de Benfica e de São
Domingos de Benfica”, e por
isso as futuras instalações vão
manter-se próximas do atual
quartel, que também alberga o
Museu do Regimento. “Não colocaremos em causa o tempo de
resposta que o RSB tem de
cumprir, na ordem dos seis minutos e meio, entre o alerta e a
chegada dos primeiros meios ao
local”, garantiu ao nosso jornal.
Nas mesmas instalações está a
Sala de Operações Conjunta
(SALOC), que agrega todas as
entidades que fazem a segurança na cidade de Lisboa, como a
PSP, a Polícia Municipal e a Proteção Civil, e na qual foram gastos cerca de 500 mil euros. “A
SALOC teve a sua importância
inicial, mas neste momento precisa de uma evolução do trabalho que desenvolve”, acrescentou Carlos Manuel Castro indicando que o objetivo é que esta
central se torne “mais abrangente”.
Segundo o responsável da
Proteção Civil, “não haverá problemas” na transferência da
central para outro local, que não
terá de ser instalado no mesmo
espaço físico do futuro quartel.
De forma independente funcionará também o museu do
RSB. “É uma pretensão antiga
que temos na câmara, que o
próprio museu dos bombeiros
tenha uma projeção diferente
daquela que tinha até agora. O
museu tem peças únicas no
mundo e temos consciência
disso”, sublinhou.
Ainda segundo Carlos Manuel Castro, a re-estruturação
dos quartéis em Lisboa remonta a julho do ano passado, altura em que a proposta de re-estruturação dos quartéis dos
Sapadores Bombeiros foi aprovada pelo executivo municipal.
“Há uma necessidade de dar
condições de trabalho aos próprios elementos do RSB que a
maior parte dos quartéis não
tem”, esclareceu. Os quartéis
do Rossio e da Avenida Defensores de Chaves também vão
ser reorganizados, sendo que
as instalações alternativas ficarão no Martim Moniz e no
Arco do Cego, respetivamente.
A câmara prevê que ambos estejam prontos no início de
2016.
Ao que o ‘BP’ apurou, estas
alterações não foram recebidas
de forma pacífica pelos bombeiros e pelos próprios responsáveis operacionais do RSB.
“A câmara antes de vender
tem de dizer aos bombeiros e à
cidade de Lisboa, qual é a alternativa a este quartel”, referiu Fernando Curto. Segundo o
presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, não se pode “interromper
o socorro para fazer um quartel durante um ano. E Até lá?
Vamos ficar onde, num barracão?”, questionou. Num documento a que a agência Lusa
teve acesso, a área registada é
atualmente de 9 mil metros
quadrados, sendo que a área
bruta de construção máxima é
de 29 mil. O terreno que fica
ao lado do Colombo está a avaliado em 15 milhões de euros.
Patrícia Cerdeira
16
AGOSTO 2014
OLHÃO
Dificuldades não comprometem o socorro
São bem conhecidas as contrariedades que
marcam a atividade das associações de
bombeiros voluntários, que afinal são
semelhantes às que atormentam os corpos
profissionais, segundo defende o
comandante dos Municipais de Olhão.
Sobram dificuldades e obstáculos, mas Luís
Gomes não esmorece até porque, afiança,
pode contar com um bem preparado e
motivado efetivo, que inclui uma
importante componente voluntária, que o
responsável operacional garante ser
fundamental para dar resposta às
exigências deste concelho algarvio.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
“O
s Municipais de
Olhão têm um papel
preponderante no
socorro às populações, não
apenas no concelho, mas na região do Algarve, sendo frequentemente chamados a colaborar
com outros corpos de bombeiros”, desta forma o comandante
Luís Gomes faz as “honras à
casa” e dá a conhecer um efetivo que conta com 52 dois profissionais, mais 30 voluntários,
a que o responsável operacional
faz questão de adicionar “40 jovens e crianças que integram a
fanfarra”, que acredita, no futuro, possam assegurar a imprescindível renovação de recursos
humanos.
Fala com clareza das dificuldades de gestão de uma casa
que congrega duas “situações
distintas”, considera que seria
bem mais “fácil” abdicar da
componente voluntária, mas
essa não é, na sua ótica, a estratégia acertada.
Confia no trabalho dos seus
operacionais, não os distingue,
todos são fundamentais para
garantir a proteção e o socorro
dos 45 mil habitantes do concelho e dos muitos que visitam a
região durante todo o ano.
“Olhão tem que apostar no
voluntário, que é sempre uma
mais-valia”, refere o comandan-
te, lembrando que este corpo
de bombeiros, à semelhança
dos voluntários de todo o país,
também nasceu da vontade do
povo, e que, verdadeiramente,
só pode arrogar o estatuto de
municipal há pouco mais de
uma dezena de anos, quando a
Câmara assumiu, de facto, responsabilidades em matéria de
proteção civil
Na verdade todos não são
muitos para fazer face a tamanha atividade, num concelho
onde só “os incêndios florestais
dão pouco que fazer”.
“No verão, torna-se complicada a gestão de recursos tendo em conta o número de ocorrências do litoral ao barrocal…
muitas solicitações dentro e
fora do concelho, sem esquecer
que também integramos o Dispositivo Especial de Combate a
Incêndios Florestais (DECIF)”,
missões que Luís Gomes diz
certificarem “a operacionalidade e a qualidade dos meios,
tanto no aspeto técnico como
operacional”.
O Corpo de Bombeiros Municipais de Olhão nunca deixou de
embarcar no comboio do progresso, investiu sempre na modernização de meios, “acompanhou a evolução” e preparou os
operacionais para os novos desafios.
“Os quartéis nunca estão
bem equipados, pelo menos aos
olhos de um bombeiro, contudo, devo reconhecer que o
quartel de Olhão está, razoavelmente, apetrechado. Na verdade, dispõe do equipamento
adequado à realidade da sua
área de intervenção”, diz-nos o
comandante, destacando o papel da autarquia “sempre disposta e disponível para investir
nos bombeiros”.
“A Câmara Municipal de
Olhão não se demite de responsabilidades e, está sempre
atenta às necessidades deste
corpo de bombeiros, quer apro-
veitando fundos comunitários,
quer com verbas próprias”, destaca Luís Gomes.
A adega no centro da cidade
adaptada a quartel há mais de
20 anos, não dispõem de condições para albergar o corpo de
bombeiros, ainda assim a boa
vontade e o espírito abnegado
dos homens e mulheres que
nele servem, permitem contornar o problema que só será resolvido com a construção de um
novo complexo operacional. O
comandante, bombeiro há 26
anos, diz já ter perdido a conta
ao número de colocações de
primeiras pedras de quartéis
que nunca foi construído, no
entanto não perde a “esperança”, ainda que considere que
esta não é sequer a ocasião
para voltar a abordar a questão, tendo em conta a situação
económica do país e a austeridade que condiciona em muito,
também, a atividade das autarquias.
Congratula-se por “finalmente a formação ter chegado ao
Algarve” e salienta o trabalho
da Escola Nacional de Bombeiros, que permitiu criar uma
nova dinâmica:
“A formação, a instrução e o
treino são basilares, são pilares
fundamentais de sustentação
de qualquer corpo de bombeiros”, e adianta abordando a importância da descentralização
das ações de formação e da
mais-valia das Unidades Locais
de Formação (ULF) de Vila Real
de Santo António e de Monchique. Garante que a política dos
novos responsáveis da escola já
está a ter repercussões “até nos
níveis motivação dos operacionais”.
Estas ações ajudam a mitigar
outras questões, nomeadamen-
te, as decorrentes de uma legislação que trata o bombeiro
municipal como qualquer outro
funcionário público, ignorando
as especificidades, a missão
que cumpre ou os riscos que
corre. Luís Gomes lamenta ser
o único comandante de bombeiros com um efetivo apenas
com bombeiros de 3.ª, “sem
perspetivas de progressão na
carreira, a auferir pouco mais
de 500 euros por mês”.
Os corpos municipais lutam
com estas dificuldades, “injustiças” que tornam complexa a
missão de um comandante,
ainda que Luís Gomes garanta
poder contar com um punhado
de homens e mulheres de fibra,
que recusam render-se ou abdicar da missão de salvar vidas.
As contrariedades não põem
em causa as exigências do presente de um efetivo que investe
em elevados padrões de qualidade no socorro prestado, fazendo jus ao projeto encetado
em 1931 pelo Capitão João Carlos Mendonça, o autarca que
municipalizou os bombeiros de
Olhão, e pelo comandante António do Carmo Bentes.
17
AGOSTO 2014
CONSELHO NACIONAL APROVOU FUTURA SEDE DA LBP
Porto nega unanimidade
Texto: Patrícia Cerdeira
F
oram vários os apelos à
unanimidade em torno da
proposta apresentada pelo
Conselho Executivo da LBP. Em
causa está a troca do terreno
situado em Campolide, adquirido há cerca de 20 anos para a
construção da futura sede, pelo
Palácio de São Cristóvão situado junto ao Lumiar, local para
onde a atual direção da Liga
pretende transferir a sede da
Confederação, atualmente situada na zona de Alvalade. A
proposta acabou por ser votada
por maioria já que José Alberto
Sousa, da federação de Bombeiros do Distrito do Porto, absteve-se, uma posição que de
resto causou algum mal-estar.
O conselheiro questionou por
vária vezes a opção da Liga e
apesar das explicações técnicas
e administrativas dadas em vários momentos pelo presidente
do Conselho Executivo, José Alberto Sousa preferiu abster-se.
Lídio Lopes, membro do Conselho Fiscal da LBP, chegou mes-
mo a afirmar que se os bombeiros não vivessem um “momento eleitoral”, esta proposta da
Liga não causaria tanta “resistência”..
“Não devemos misturar as
coisas pois este poderia ser um
dia histórico para os bombeiros
e assim sê-lo-á pelas piores razões”, disse Também Inácio Esperança, presidente da Federação dos Bombeiros de Évora se
mostrou indignado com tanta
“relutância”, sublinhado que
este lhe parece um “bom negócio” o qual não deve ser afetado
por “querelas eleitoralistas”.
Depois de responder às várias dúvidas levantados por alguns conselheiros, que queriam
saber mais contornos deste negócio, Jaime Marta Soares, admitiu a sua surpresa face à “resistência” de alguns dos presentes perante uma negociação
“bastante favorável”, “realizado
de boa-fé e diretamente” com o
presidente da autarquia António Costa, negócio que conside-
ra irá marcar o futuro da “história dos bombeiros”. Para consubstanciar a opção que exigirá
um investimento estimado pela
Liga entre os “100 a 150 mil euros” para obras de “requalificação” e “adaptação”, o presidente do Conselho Executivo referiu que o terreno de Campolide,
negociado em 1994, custou à
Liga nos últimos 20 anos cerca
de “70 mil euros”, um “valor
exorbitante para um terreno
que nunca foi utilizado”, sublinhou. Ainda segundo Marta
Soares que considerou “respeitáveis” as opções do passado, a
aquisição do Palácio de São
Cristóvão servirá para melhorar
as “condições de trabalho dos
funcionários da Liga, que referiu guardam arquivos nas casa
de banho”, para poder receber
os bombeiros e dirigentes com
mais “dignidade” e, em última
instância, e porque o terreno o
permite, poder transferir para a
futura sede o armazém de fardamentos e, quem sabe, apostar a “longo prazo na construção do museu do bombeiro”.
Segundo estimativas da Liga, e
numa altura em que só falta assinar a escritura, a obra poderá
ter início dentro de dois a três
meses e levará no máximos
dois anos a estar concluída.
José Albuquerque, conselheiro da Federação de Viseu, colocou várias questões sobre o
tema, nomeadamente, onde
“vai a Liga arranjar os 100 a
150 mil euros” previstos para
as obras de requalificação. Na
resposta Jaime Marta Soares
afirmou que apesar do projeto
poder ser financiado pelo QREN,
esta opção faria arrastar no
tempo a conclusão do processo,
razão pela qual não está muito
“inclinado” a recorrer aos fundos comunitários. Informou então o presidente do Conselho
Executivo que já tinha mantido
contactos com o ministro da
Administração Interna com vista ao financiamento da obra por
parte do poder central, situação
que terá sido bem acolhida.
Foto: Rodrigues Marques
Reunido extraordinariamente no passado dia 23 de agosto, na
cidade de Pombal, o Conselho Nacional da Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP) aprovou, como exigem os estatutos, o
Regulamento de Funcionamento e do Ato Eleitoral do 42 Congresso
da LBP, que se realiza em Coimbra no último fim de semana de
outubro. O tema não gerou grande controvérsia, tendo os
documentos iniciais sofrido duas pequenas alterações, mas o
Conselho Nacional acabou por ficar marcado pela discussão em
torno da permuta do terreno de Campolide, cedido à LBP em
direito de superfície pela Câmara de Lisboa, pelo Palácio de São
Cristóvão, onde a instituição pretende instalar a sua futura sede. O
negócio foi votado por maioria porque um dos conselheiros da
Federação do Porto absteve-se para indignação da maioria dos
presentes.
“Farei tudo o que for preciso
para arranjar apoios e uma coisa garanto: não recorreremos
às verbas do Fundo de Proteção
Social do Bombeiro, solução
que já foi utilizada no passado,
e com a qual estou totalmente
contra”.
Da ordem de trabalhos da
reunião de Pombal contou ainda a aprovação da atribuição
de três Fénix.Por proposta das
respetivas associações humanitárias, foi aprovada a atribuição da Fénix de Honra às
associações humanitárias de
Arcos de Valdevez, Lixa e Flavienses.
18
AGOSTO 2014
FERREIRA
Com pouco é
Norteada pelo lema
“Mais Bombeiros” os
Voluntários de
Ferreira do Alentejo,
têm nos
operacionais o seu
maior património e,
nesse sentido, o
projeto da direção e
do comando
determina garantir
as condições de
trabalho e de
segurança, que
permitam aos
soldados da paz
cumprir a nobre
missão de prestar
socorro, de salvar
vidas…
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Sérgio Santos
citações, dentro fora da sua
área de atuação, “operacionais
que, nos mais distintos teatros,
marcam pela diferença”, conforme faz questão de salientar
o presidente.
A entrega deste grupo de homens e mulheres não tem preço, mas tem um valor incomensurável, que só pode ser ressarcido com mais e melhores
meios.
Por isso, não obstante todas
as contingências, tem sido
possível colmatar lacunas, pro-
vando que “afinal com pouco é
possível fazer muito”, como
nos diz Joaquim Camacho dando conta do avultado investimento de cerca de 500 mil euros na ampliação e requalificação do quartel que permitiram
transformar as desadequadas
instalações dos anos 70, num
moderno e complexo operacional.
Esta empreitada, concretizada com fundos comunitários,
algum apoio da câmara municipal, e verbas da instituição per-
mitiram entre outras melhorias,
novos balneários e camaratas,
a criação de uma ala administrativa e de salas de formação e
a instalação de uma central de
comunicações.
“Passamos de uma área de
952 m2 para 1523 m2, o que
permitiu resolver alguns problemas e garantir operacionalidade e conforto aos nosso bombeiros”, frisa o comandante António Gomes.
Agora a prioridade centra-se
na aquisição de uma ambulân-
cia de socorro, bem como de
equipamentos certificados de
combate a incêndios florestais,
que dentro de dias já devem
começar a chegar ao quartel.
Para além das candidaturas
promovidas pela comunidade
intermunicipal e pela Federação
dos Bombeiros do Distrito de
Beja, visando a disponibilização
de novo equipamento, a associação decidiu avançar com
uma campanha de angariação
de fundos que mobilizou e sensibilizou a população.
“O investimento em calças,
dólmen, luvas, botas e t-shirt,
ascende aos 12500 euros, um
enorme esforço financeiro, a
que não podemos fugir”, refere
Joaquim Camacho, alegando
que “quem socorre tem que o
fazer em segurança”.
Os recursos são cada vez
menores, os apoios residuais,
mas esta direção orgulha-se de
conseguir levar esta embarcação a bom porto:
“Resta-nos empenho, dedicação e esforço, porque cada vez
AMIANTO
LBP quer solução urgente
A
Foto: Marques Valentim
O
comandante António Galvão Gomes e o presidente Joaquim Camacho receberam, recentemente o jornal Bombeiros de Portugal no
“novo” quartel de Ferreira do
Alentejo, no distrito de Beja,
que alberga mais de 40 operacionais, que asseguram a proteção e o socorro a uma população de cerca de oito mil pessoas, num território de mais de
640 km2.
Comando e direção acentuam as qualidades humanas e
técnicas dos seus bombeiros,
que na verdade se desdobram
para responder a todas as soli-
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) pretende saber qual a
extensão e o custo previsível da substituição das coberturas de
quartéis de bombeiros feitas de material com amianto na sua composição para reivindicar uma solução urgente para esse problema.
Nos próximos dias, a LBP vai solicitar às associações e corpos de
bombeiros que indiquem, se possuem, ou não, coberturas desse
tipo, qual a extensão, estado de conservação, custo previsível para
a sua remoção e substituição por outra cobertura e informação sobre eventuais operações que já tenham sido realizadas nesse sentido e respetivos custos.
A LBP, após conclusão do levantamento, pretende fazer uma
análise rápida da situação e esquematizar forma de obviar a substituição desse tipo de coberturas e de acautelar os apoios necessários à sua concretização.
19
AGOSTO 2014
DO ALENTEJO
possível fazer muito
temos menos de tudo, vale-nos
a máxima “mais bombeiros”,
que norteia este projeto que
tem como porta-estandarte estes soldados da paz, até porque
sem bombeiros não há associações”, acrescenta Joaquim Camacho.
Direção e comando olham
agora para o exterior onde é
necessário recrutar mais voluntários, uma missão complexa
tendo em conta que os mais jovens parecem não estar sensiblizados para a causa.
“É diminuta a adesão dos jovens aos bombeiros, estamos a
ter dificuldades no recrutamento. Tentamos, por todos os
meios, aliciar novos elementos,
mas sem êxito. Na verdade pre-
cisávamos de muito mais voluntários. Esta é uma lacuna
sentida nos piquetes noturnos e
no verão quando as solicitações
são maiores”, revela o comandante.
Aliás a associação em parceria com os Voluntários de Aljustrel de Cuba e da Vidigueira
apostaram na dinamização de
uma escola conjunta, mas sem
grande resultado.
“Neste momento, o maior desejo é termos mais bombeiros”,
acentua o presidente apostado
em levar os bombeiros às escolas, mas também na dinamização de iniciativas várias que garantem a proximidade com a
comunidade, acreditando que
esse possa ser uma forma de
despertar o voluntariado em
Ferreira do Alentejo.
Reativada em 2013, a Fanfarra dos Bombeiros de Ferreira do
Alentejo é também encarada
como uma espécie de alfobre
de novos bombeiros, mas parece ainda ser prematuro fazer
qualquer tipo de avaliação.
“Está a dar os primeiros passos, mas já teve umas quantas
apresentações que em muito
dignificaram a imagem desta
instituição”, afiança o presidente sublinhando a qualidade dos
cerca de 30 jovens músicos que
integram o agrupamento,
O comandante faz questão
de destacar o valioso contributo
do núcleo local da Juvebombeiro junto das populações, com a
promoção de rastreios nas muitas aldeias e lugares do concelho, bem como a dinamização
de muitas outras iniciativas que
tem permitido angariar fundos
que os operacionais mais jo-
vens aplicam no equipamento
de viaturas.
“Este e muitos outros gestos
e atitudes provam que de facto
esta é uma grande e unida família, que nos enche de orgu-
lho” e que obriga direção e comando a seguir em frente e a
enfrentar os inúmeros obstáculos que se colocam às associações humanitárias de bombeiros.
A fundação
Aos 22 de novembro de 1960, a vila de Ferreira do Alentejo festeja a intenção de dotar o
concelho de um corpo bombeiros e aplaude a iniciativa de um punhado de homens bons que
para história ficam como os fundadores da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários
de Ferreira do Alentejo, nomeadamente Fernando de Vilhena Vasconcelos, José Trindade Simões, José Nunes de Oliveira, Arnaldo dos Santos Moreira, Alberto de Meneses Feio, Eugénio
Francisco do Rosário, José da Rocha Moreira e José de Vilhena Pires de Lima Nunes
A 15 de julho de 1961, foi oficialmente criado o Corpo de Bombeiros tendo como comandante José Maurício Lucas Pereira, coadjuvado pelo ajudante Manuel António Batista.
20
AGOSTO 2014
Segurança dos banhista
De norte a sul do País, os
bombeiros, para além de
muitas outras missões,
garantem, ainda, a
segurança dos banhistas
na orla costeira, nas
piscinas e nas praias
fluviais.
Mergulhadores,
condutores de
embarcações, nadadores
salvadores e socorristas,
devidamente preparados,
treinados e equipados são
cada vez mais um
contributo indispensável
para a redução do número
de acidente e de vítimas
associados à época estival
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
A
falta das respostas da tutela associada a forte determinação em servir
mais e melhor as populações,
levaram dezenas de corpos de
bombeiros de muitos pontos do
país, não só do litoral, mas
também do interior, a assumir
ações de vigilância, patrulhamento e de socorro no mar, nos
rios ou nas piscinas.
No Guincho, em Carcavelos,
na Figueira de Foz, Vagos ou
Cantanhede, entre muitas outras zonas de Portugal, os operacionais voluntários são uma
presença obrigatória nas zonas
balneares.
Em Carcavelos, uma embarcação, um posto de socorro e
patrulhas constantes de dois
operacionais de bicicleta constituem um dispositivo importante
na assistência à praia.
Embora os números de agosto – mês propício a todas as enchentes – ainda não estejam
disponíveis, os registos já dão
conta de cerca de 200 ocorrências, das quais 14 motivaram
evacuações para as unidades
hospitalares, uma das quais
com intervenção da Viatura Médica de Emergência (VMER).
A presença dos operacionais
é, sem dúvida, sinónimo de segurança, fator que os banhistas
têm em linha de conta na escolha deste extenso e sempre lotado areal.
Aos fins de semana e feriados, o Guincho, recebe, há já
duas décadas, a operação
“Praia Segura”, iniciativa dos
Bombeiros Voluntários de Cascais que conta com os apoios da
câmara municipal de Cascais e
do hoteleiro António Muchaxo.
Uma ambulância de socorro,
com uma tripulação constituída
por dois bombeiros e um médico, já assistiram milhares de
banhistas e, em apenas dois casos, e “por mera precaução”,
houve necessidade de transportar as vítimas ao hospital, segundo dados do comando deste
corpo de bombeiros.
Outro caso de sucesso, é o
“Programa de Assistência às
Praias” promovido pelos Voluntários da Figueira da Foz, há já
11 anos, e que visa “contribuir
para a segurança de visitantes
e residentes nas áreas adjacentes às praias, mas também nas
artérias mais concorridas da cidade.
Para além de 25 operacionais
locais, e à semelhança de anos
anteriores, voltam a participar
nesta ação 16 elementos dos
Bombeiros de Gouveia a que
este ano se juntam, outros tantos dos Voluntários de Penacova.
A iniciativa assenta no patrulhamento em bicicleta de duas
equipas de dois bombeiros credenciados em socorrismo e munidos de material de emergência médica e de equipamento
para testes de glicemia e monitorização de tensão arterial, habilitados para prestar cuidados
primários de saúde. Complementarmente, as bicicletas estão, ainda, equipadas com
meios portáteis de extinção de
incêndios. Cada equipa dispõe
também de um rádio emissor-recetor que permite a ativação
de meios complementares, nomeadamente ambulâncias, viatura de desencarceramento ou
pronto-socorro de incêndio.
21
AGOSTO 2014
PRAIAS
as mobiliza muitos operacionais
Estas brigadas estão na rua
todos os sábados e domingos,
das 9 às 18 horas, desde o início do mês de agosto e até ao
próximo dia 7 setembro.
Os números deste ano estão
ainda por apurar, contudo, em
2013 estas equipas prestaram
16 assistências, entre quedas,
queimaduras, atropelamentos e
doenças súbitas. Para além disto, ainda assumiram o papel de
cicerones da cidade prestando
esclarecimentos e indicações a
turistas estrangeiros.
Também em Cantanhede, os
operacionais desdobram-se em
muitas ações em época estival,
nomeadamente, nas praias marítima da Tocha e fluviais de
Olhos de Fervença e Sete Fontes e ainda na piscina do parque
de campismo.
Esta vertente da atividade
dos bombeiros envolve no total
12 elementos, que asseguram
não só a vigilância e o patrulhamento dos areais, como mantém em funcionamento um posto de socorro na Tocha, sendo
que ainda assumem a promoção de campanhas de sensibilização, junto dos veraneantes.
O esforço é grande e exigente, mas o comandante Jorge Jesus faz um balanço “muito positivo” desta ampla e abrangente
intervenção dos bombeiros que
tem permitido “reduzir o número de ocorrências”.
Em Vagos, a ação dos bombeiros centra-se na ria. No âmbito de um protocolo estabelecido com a autarquia, todos fins
de semana e feriados, os voluntários zelam pela segurança dos
veraneantes.
A operação estival é assegu-
rada pelo Grupo de intervenção
Especial do quartel de Vagos,
que integra timoneiros nadadores salvadores e vigilantes.
O comandante Miguel Sá, explica que piquetes de quatro
elementos assume esta missão
apoiados por uma ambulância
de socorro, uma embarcação e
uma moto de água.
Há uns tempos a associação
alugou, ao Património do Estado, um antigo posto da Guarda
Nacional Republicana, devoluto
e em avançado estado de degradação, que os voluntários do
quartel estão a recuperar, mas
que já dispõe das condições mínimas para albergar este dispositivo. Este polo da Vagueira
que se destina à formação dos
operacionais na vertente marítima, no verão assume o estatuto de secção avançada, evi-
tando a sempre onerosa deslocação de meios.
“Esta é mais uma despesa
para a associação, mas que se
justifica pois os nossos operacionais necessitavam de uma
área de formação com condições tanto para as sessões teóricas, como para as práticas e
na Vagueira, dispomos dessas
condições”, refere o comandan-
te adiantando a mais-valia deste complexo no apoio aos banhistas, que trocam o agitação
da praia pela quietude da ria.
“São raras as ocorrências,
essas surgem mais na orla costeira, a que acorremos sempre
que acionados pelos meios do
Instituto de Socorros a Náufragos”, revela o Miguel Sá.
De facto, esta é uma missão
assumida com o empenho e o
profissionalismo, que afinal são
a imagem de marca dos bombeiros de Portugal, nas mais
distintas operações de socorro
e de proteção, no transporte de
doentes, no combate aos incêndios, no abastecimento de água
às populações na desobstrução
de vias ou cortes de árvores.
Prontidão, sempre!
BOMBEIROS ALERTAM PARA OS PERIGOS DAS ARRIBAS
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) apela aos banhistas
para que cumpram as regras de segurança relativamente à
proximidade das arribas do litoral.
“Não há sombra que pague uma vida” sublinha o presidente
da LBP, comandante Jaime Marta Soares, apelando “ para que
os portugueses e os estrangeiros que nos visitam não transformem um período de férias numa tragédia”. Apela ainda, “ para
que as autoridades, pese embora o esforço e a visibilidade que
têm dado aos avisos, mesmo assim, como puderem, reforcem-nos e sensibilizem ainda mais as pessoas para os perigos que
correm”.
Os bombeiros admitem que a questão, não sendo nova con-
Foto: Luís Forra/Lusa
A
“Não há uma sombra que pague uma vida”
tudo, ganha agora nova atualidade ao saber-se que, por exemplo, só no litoral do Algarve há 75 praias em risco de derrocada
sem que da parte dos banhistas, apesar dos avisos existentes
nos locais, isso implique um comportamento defensivo.
Os bombeiros estão naturalmente preocupados com a eventual repetição da tragédia ocorrida há cinco anos na Praia Maria
Luísa, no Algarve e tudo farão para que tal não se repita. Porém, para isso é necessário que os próprios banhistas se previnam e não se exponham ao perigo da forma como têm feito.
O concelho de Albufeira é o que têm mais praias com arribas
em risco (24), seguindo-se os concelhos de Lagoa (17), Vila do
Bispo (11), Portimão (9), Aljezur (7), Lagos (5) e Silves).
22
AGOSTO 2014
SALVATERRA DE MAGOS
Vento forte dificulta operações
U
m grande incêndio deflagrou no dia 15 de
agosto em Marinhais, no concelho de Salvaterra de Magos tendo chegado a atingir duas
frentes.
O forte vento que se fazia sentir no local levou
a rápida propagação das chamas para a localidade vizinha de Glória do Ribatejo, conforme pode
testemunhar a equipa “BP” no local. A autoestra-
da A13 e a linha ferroviária de Vendas Novas foram cortadas.
Estiveram neste teatro de operações cerca de
180 operacionais apoiados por 51 veículos dos
corpos de bombeiros de Santarém e grupos de
reforço de Lisboa, Leiria e Portalegre. três meios
aéreos e equipas locais da GNR.
Sérgio Santos
CANTANHEDE
N
Nascimento inesperado
o passado dia 5 de agosto,
às 10.58h., os Bombeiros de
Cantanhede receberam do Centro Orientação Doentes Urgentes (CODU) o alerta para assistência a um parto. Chegados ao
local, o Tripulante de Ambulância de Socorro (TAS), Luís Filipe
Silva e a motorista da viatura
INEM, Leonor Torres, depararam-se com uma criança já
nascida, do sexo masculino,
com apenas 24 semanas de
gestação, um bebé prematuro,
com cerca de 30 centímetros e
não mais que 700 gramas.
Os Bombeiros de Cantanhe-
de, apesar da surpresa, começaram a efetuar os devidos procedimentos, tais como o corte
do cordão umbilical, a estimulação do pequeno feto, que se encontrava pouco reativo, aspiração de secreções, administra-
ção de oxigénio e aquecimento
corporal.
Uma vez que a criança era
prematura, exigindo cuidados
especiais, foi solicitado o apoio
da VMER (Viatura Médica de
Emergência e Reanimação),
que rapidamente se dirigiu ao
local e acompanhou o transporte para o Hospital Pediátrico de
Coimbra, onde uma equipa médica especializada recebeu o
pequeno bebé.
Os Bombeiros de Cantanhede
aguardam, agora, ansiosamente pela visita do menino ao
quartel.
BELAS
U
m incêndio em mato deflagrou no dia 12 de
agosto na localidade de Albogas, concelho de
Sintra tendo atingido duas frentes devido ao forte
vento que se fazia sentir.
A rápida mobilização e ataque musculado dos
Incêndio junto a habitações
Mais um parto em ambulância
a madrugada do dia 4 de
agosto, três elementos dos
Bombeiros de Fátima fizeram o
parto de uma linda menina, de
2480 quilogramas, a caminho
do Hospital de Leiria, dentro da
ambulância INEM.
As bombeiras de 2.ª Cláudia
e Salomé Frazão e o bombeiro
de 1.ª Rui Costa Pereira responderam á ocorrência com “muita
calma e concentração, mostrando conhecimento, responsabilidade e temperança”, assente na formação investida no corpo de bombeiros, como sublinham comando e direção.
“Foi antes de entrar na A1 e
tudo se desenrolou muito depressa. Trabalhámos com calma, em conferência com o
CODU e tudo correu bem.
Quando a VMER chegou ao local
a menina já estava nos braços
da mãe”, conta Rui Costa Pereira, chefe da equipa que ainda
afirma emocionado:
“Foi um momento único!”.
Por seu turno, Salomé Frazão
faz questão de desejar à família
“as maiores felicidades”, agradecendo à pequena Jéssica “a alegria de ver a
vida aparecer!”
U
m incêndio eclodiu no dia 14 de agosto numa
zona de mato em Linda-a-Velha provocando
algumas preocupações devido a proximidade de
habitações.
O forte vento que se fazia sentir no local difi-
cultou a intervenção dos 62 operacionais apoiados por 16 veículos dos corpos de bombeiros do
Dafundo, Algés, Carnaxide, Linda-a-Pastora e
Barcarena.
Sérgio Santos
RÉGUA
Combate a incêndio urbano
BRAGANÇA
M
cerca de 100 operacionais apoiados por trinta
veículos dos corpos de bombeiros do concelho de
Sintra, Loures e Odivelas facilitaram a extinção
das chamas.
Sérgio Santos
DAFUNDO
FÁTIMA
N
Intervenção musculada
Jovem resgatado da barragem
antém-se internado em estado
crítico que, há pouco mais de
uma semana, Cinco operacionais
dos Bombeiros de Bragança resgataram, com vida, da barragem de
Castanheira um jovem de 18 anos,
natural de Vinhais.
Isaque Baptista, Paulo Ferro,
António Leal, Marcolino Cepeda e
José Rodrigues foram os bombeiros que se lançaram à água, depois de um alerta inicial dado por
um jovem cadete, presente no local.
Paulo Ferro, um dos primeiros
operacionais a chegar ao local. não
hesitou em atirar-se à água, mas António Leal,
Marcolino Cepeda e José Rodrigues chegaram
logo depois, e, com equipamento apropriado, foi
possível localizar o jovem, submerso já há vários
minutos. Paulo Ferro mergulhou a mais cinco metros e conseguiu puxar a vítima, já inconsciente.
Transportado até à margem, a equipa do INEM,
O
ajudada pelos bombeiros, conseguiu, após mais
alguns minutos, retomar a pulsação do jovem.
Os bombeiros acreditam que as temperaturas
frias e o estado de hipotermia em que ficou ajudaram o corpo a “abrandar” o seu ritmo, consumindo menos oxigénio, o que permitiu recuperar
os sinais vitais.
s Bombeiros Voluntários do Peso da Régua,
foram chamados nos últimos dias, de madrugada, para um incêndio urbano em Sermanhã,
freguesia de Sedielos. Foram deslocados para a
ocorrência 4 veículos e 14 Operacionais, que depararam com uma habitação totalmente tomada
pelas chamas e muitas dificuldades no
combate,”devido aos estrondos dos cabos elétricos que constantemente atrasavam o combate e
a segurança de todos os Bombeiros” conforme
nos referiu o comandante António Fonseca. Até
às sete da madrugada o combate às chamas foi
efetuado sem a presença do piquete de urgência
da fornecedora de energia elétrica.
“A habitação de grandes dimensões não era a
residência oficial dos moradores, que por motivos
de trabalho apenas pernoitavam de vez em quando naquela quinta”, explicou António Fonseca.
A ação dos bombeiros, cujos trabalhos de rescaldo foram dados por concluídos já de manhã,
teve o apoio da GNR do Peso da Régua e posteriormente da Policia Judiciária de Vila Real.
23
AGOSTO 2014
F
BARCELINHOS
CERVA
Bombeiros bisam
Praticantes de “canyoning” resgatados
ilipe Silva e Carlos
Araújo, bombeiros de
Barcelinhos, foram novamente parteiros de
uma menina que não
quis esperar nem pelo
fim de gestação nem
pelo Hospital de Braga
para nascer. “Foi mesmo
ali na ambulância, no
acesso à entrada da
A11”, no lugar de Lamaçães, Alvelos.
O relógio marcava 11.44h. quando caiu nos Bombeiros de Barcelinhos o alerta para uma mulher, de 31 anos, em trabalho de
parto. Coube a Filipe Silva e Carlos Araújo o trabalho que viria a ser
de parto.
“Estávamos já na estrada nacional, perto da entrada da auto-estrada, quando a mãe disse que ia nascer”, conta Filipe Silva, o
“parteiro” de serviço, cabendo a Carlos Araújo a tarefa de cortar o
cordão umbilical. Segundo dados obtidos junto do CODU, que acionou para o local a VMER de Braga, “o parto correu bem e a VMER
não teve que intervir”, pois os bombeiros já tinham feito “tudo e
bem”.
“É sempre uma alegria”, diz Carlos, que, pela segunda vez, assim como Filipe, foi interveniente num nascimento numa ambulância.
Após o parto, mãe e filha foram transportadas para o Hospital de
Braga encontrando-se de plena saúde.
A menina, cujo nascimento estava previsto para 30 de setembro,
chama-se Vitória e é a primeira filha do casal, Liliana Gomes e
Victor Simões.
Nuno Cerqueira
PORTO
Simulacro de matérias perigosas
O
Corpo de Bombeiros de Cerva resgatou
este mês dois praticantes de “canyoning” no Rio Poio, Cerva, Ribeira de Pena.
No primeiro regaste o alerta foi dado por
um dos elementos do grupo, cerca das 22
horas.
A equipa de resgate conseguiu chegar ao
local, de escarpas e difícil acesso, perto das
24 horas. Ao chegarem ao local os bombeiros deparam-se com um jovem de 24 anos
que terá caído, tendo alegadamente apenas
torcido um pé. Após o resgate, que terminou por volta das 4 horas da madrugada, o
jovem foi transportado ao Hospital de Vila
Real.
Neste caso, a equipa de resgate integrou
bombeiros de Cerva, concelho de Ribeira de
Pena, da Cruz Branca de Vila Real, da GNR,
o comandante municipal de Ribeira de Pena
e a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de Vila Real.
No segundo caso, o Corpo de Bombeiros
de Cerva resgatou um turista espanhol,
também no Rio Poio. O resgate ocorreu
desta vez durante a tarde. Um jovem de 28
anos feriu-se ao saltar para o rio, tendo sofrido um traumatismo no braço esquerdo.
O alerta foi dado aos bombeiros através
da central CODU por volta das 18 horas,
tendo sido um dos elementos do grupo a
pedir ajuda. A equipa de pré-hospitalar
conseguiu chegar ao local 45 minutos depois de vencer as escarpas existentes no
local. Após o resgate, a vítima foi transportada para o Hospital de Vila Real. No local
estiveram três viaturas dos Bombeiros de
Cerva.
O “canyoning” é um desporto de aventura que consiste na descida de cursos de
água com fortes declives, utilizando cordas
e recorrendo a saltos para transpor obstáculos, proporcionando uma sensação de
descoberta e aventura. O Rio Poio é o local
indicado para a atividade de “canyoning”,
sendo, aliás, considerado um dos “ex-líbris”
para essa prática em Portugal.
GUARDA
U
Exercício mostra novas ferramentas
m simulacro realizado no Parque
Urbano do Rio Diz, na Guarda,
permitiu aos bombeiros locais, Voluntários Egitanienses, demonstrar
capacidades e competências e adequá-las a novos meios e ferramentas
obtidas recentemente.
O exercício, integrado no programa
do 138.º aniversário da instituição,
centrou-se particularmente no domínio do salvamento e desencarceramento com recurso a uma viatura especial de intervenção com características “roll-off”. Com base num chassi
único torna-se possível operar com a
viatura, equipada com contentores
específicos e suscetíveis de troca
num espaço de tempo reduzido, em
função das diferentes missões a que
seja chamada.
Referimo-nos a este tipo de viatura
noutra local da presente edição. Publicámos, também, uma foto da mesma no “Bloco de Notas” da edição de
julho.
SEVER DO VOUGA
Treino seguido de ação real
N
o passado dia 12 de agosto o Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto (BSB) participou num simulacro envolvendo matérias perigosas no centro comercial “Dolce Vita”, no Porto.
O simulacro teve como cenário um veículo com transporte de
matérias perigosas a granel, com um depósito de 200 litros de
substancia gasosa, tóxica, corrosiva e com propriedades comburentes. O veículo sinistrado sofreu uma rutura no deposito, libertando para atmosfera o gás e provocando uma vitima inconsciente
(motorista).
Perante esta situação o centro comercial acionou o seu plano
emergência interno, ativando os meios necessários para fazer face
à ocorrência. Foram solicitados, através do 112, o Batalhão de
Sapadores Bombeiros do Porto (BSB), a PSP e o INEM.
O BSB atuou com o seu Veiculo de Proteção Multirriscos Especial
no salvamento da vítima e no controlo da fuga.
No entender do BSB, estes exercícios são importantes porque
conferem rotinas aos elementos das equipas de segurança das
entidades e permitem uma melhor coordenação entre os vários
agentes de proteção civil.
Texto e fotografias Subchefe António Oliveira
O
s Bombeiros Voluntários de Sever
do Vouga têm vindo a realizar diversos exercícios de salvamento em
grande ângulo na sequência da obtenção de formação e de equipamentos
específicos para aquela missão.
Um desses exercícios decorreu na
Barragem da Ermida. E, mal sabiam os
bombeiros que poucos dias depois seriam chamados para intervir numa
ação real naquele preciso local.
O simulacro permitiu aos bombeiros
por à prova e demonstrar todos os conhecimentos adquiridos, fazendo frente a um cenário particularmente complexo como é o do interior da central de
uma barragem. Conforme nos referiu o
comandante dos Voluntários de Sever
do Vouga, Sebastião Lourenço, “a operação serviu para treinar, não só os
bombeiros, mas também os elementos
da segurança da própria barragem”.
Entre outros aspetos, conforme nos
adiantou aquele responsável, “este simulacro revestiu-se de um grau de exigência bastante elevado, quer pela
profundidade de 12 metros a que foi
feito, quer pela falta de pontos de
amarração, neste caso feita com recurso a uma máquina pesada, e ainda ao
facto de ter-se realizado durante a noite”.
24
AGOSTO 2014
SINTRA
BATALHA
Acidente multivítimas em exercício
A
colisão de uma carrinha com uma viatura ligeira de passageiros junto de um parque infantil em São João das Lampas, foi o cenário pelos Bombeiros de Sintra criado para testar as
equipas de socorro e os novos equipamentos de
intervenção em acidentes com várias vítimas.
Esta ação de treino envolveu vários meios dos
“Mosteiro14” mobiliza 24
Voluntários de Sintra, Montelavar e São Pedro de
Sintra que em conjunto desenvolveram ações de
desencarceramento, extração de vítimas, estabilização e já no posto de triagem foram avaliadas,
triadas e priorizadas e evacuadas para as unidades hospitalares.
Sérgio Santos
AGUDA
s Bombeiros Voluntários da
Aguda participaram na semana cultural que decorreu entre 25 de Julho e 2 de Agosto na
freguesia de Serzedo, concelho
de Vila Nova de Gaia.
A Freguesia levou a efeito a
sua semana cultural, convidando como habitualmente todas
as associações e coletividades a
realizarem no decurso da mesma, uma demonstração ou
atuação relacionada com a essência de cada uma delas.
Os Bombeiros Voluntários da
Aguda, mais uma vez disseram
presente, realizando no
dia da abertura um exercício
/ simulacro de acidente rodoviário (atropelamento).
O principal objetivo do simulacro foi, em tempo real, explicar o desenrolar de toda a ação,
sensibilizando a população presente para os cuidados a ter
quando é confrontada com um
acidente de viação, desde a importância de um correto alerta
até á preciosa colaboração que
os populares podem ter num local de acidente, como apoio ás
equipas de emergência.
Para o encerramento, nada melhor que uma
demonstração por parte da equipa de salvamento
e desencarceramento do CB Aguda, que participou no campeonato nacional em Leiria, onde
mais uma vez de uma forma pedagógica foi explicado á população em que consiste o desencarceramento. Antes de mais explicar o porquê dos
A
equipa de salvamento em grande ângulo dos
Voluntários da Batalha, em colaboração com
a direção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória
realizou um exercício de resgate denominado por
“Mosteiro 14”.
A queda de um visitante nos terraços superiores do mosteiro, levou a intervenção desta equipa
especializada que sem pontos de fixação na estrutura efetuou o resgate entre as cópulas, escadas e outros espaços conseguiu retirar a vítima
com o apoio de uma maca de do veículo escada
dos municipais de Leiria.
Este exercício envolveu 24 operacionais e sete
veículos dos Bombeiros da Batalha e Municipais
de Leiria, e teve como finalidade o teste da equi-
pa de resgate e respetivos procedimentos de trabalho numa edificação histórica, conforme realçou o comandante Fernando Oliveira.
Sérgio Santos
LOULÉ
A
bombeiros necessitarem de efetuar manobras especificas para extração da vitima, o que aos olhos
dos leigos pode ser entendido como uma perda
de tempo. No final, após a explicação dada, os
presentes verificaram tratar-se de enorme ganho, quer em tempo como em qualidade de vida
para a vitima.
Bombeiros investem na prevenção
Câmara Municipal de Loulé, a
Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e os bombeiros algarvios assinalaram recentemente
no Barranco do Velho, em plena
Serra do Caldeirão, o arranque do
pré-posicionamento de meios para
combate a incêndios no interior do
concelho durante o período estival.
Assim, durante os meses de
agosto e setembro, períodos mais
críticos e de maior esforço na resposta, aquela zona contará com a
presença dos bombeiros, integrados na brigada de combate do sota-vento criada no âmbito do dispositivo coordenado pela ANPC, num
total de 12 operacionais e três veículos.
A partir do Centro Comunitário
do Barranco do Velho, passa a posicionar-se a força de bombeiros para
o combate a incêndios florestais no
concelho de Loulé em particular,
mas também suscetível de intervir
em todo o interior da serra algarvia
e cujos custos são cobertos pela
Câmara Municipal de Loulé.
Foto: CMLoulé
O
Demonstração de capacidades
25
AGOSTO 2014
CARA NOVA ATÉ AO FINAL DO ANO
A
Escola Nacional de Bombeiros
(ENB) vai investir cerca de 200
mil euros na reabilitação do seu polo
de formação da Lousã, devendo as
obras estarem concluídas antes do
fim do ano. Segundo o presidente da
ENB, José Ferreira, a Câmara Municipal da Lousã vai custear a intervenção em cerca de 30 mil euros, correspondentes à contrapartida de 15 por
cento de financiamento nacional do
projeto, que será candidatado aos
fundos comunitários.
Para que esta intervenção seja
possível, foi assinado um protocolo,
no passado dia 30 de julho, entre a
ENB e a autarquia da Lousã com vista
à requalificação do Centro de Formação Especializado em Incêndios Florestais (CFEIF). As obras passam pela
criação de mais salas de aula, impermeabilizações no edifício principal,
ampliação do hangar para acolher
mais viaturas e equipamentos e substituição da sua cobertura, e adaptação de dois pavilhões em dormitórios
com capacidade para albergar 60 formandos.
Foto: Victor Hugo Fernandes
Polo da Lousã da ENB vai para obras
O CFEIF funciona há vários anos
junto ao aeródromo da Chã do Freixo,
em terrenos e instalações cedidas
pela autarquia local, ao abrigo de
“uma parceria de sucesso” entre a
ENB e a autarquia, como salientou
João Almeida, o secretário de Estado
da Administração Interna, presente
na cerimónia.
As obras de modernização irão decorrer entre agosto e dezembro, sem
implicar alterações da atividade formativa, esclareceu o presidente da
ENB. Manteremos o plano de formação até final do ano”, garantiu o responsável.
Por seu turno, o presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, salien-
tou que as obras permitirão “dar mais
dignidade e qualidade” ao funcionamento deste polo da Escola Nacional
de Bombeiros. Aproveitando a ocasião, Luís Antunes, autarca do PS, criticou “a falta de apoio do Estado” aos
corpos de bombeiros municipais, tendo pedido o empenho de João Almeida na busca de uma solução. “A bola
está agora do lado da Associação Nacional de Municípios Portugueses
(ANMP)”, respondeu o governante,
aludindo aos trabalhos de uma comissão, que integra a ANMP, criada
para “encontrar a solução” que vise a
sustentabilidade financeira dos corpos de bombeiros.
Patrícia Cerdeira
PENELA
Operacionais ganham equipamentos
O
s Bombeiros Voluntários de
Penela equiparam os seus
homens com equipamento de
proteção individual (EPI) usado,
mas de qualidade e a um custo,
praticamente, nulo.
Os 64 fatos “Nomex” foram
obtidos junto de uma corporação de bombeiros da Suíça e já
foram distribuídos a cada bombeiro de Penela. Este equipamento destina-se à proteção
individual dos bombeiros no
combate a incêndios urbanos
ou industriais, no desenvolvimento de operações de desencarceramento (acidentes de
viação), em sinistros relacionados com intempéries, entre outros.
Como se trata de equipamento imprescindível mas muito
dispendioso, o comando dos
Voluntários de Penela partiu em
busca desses equipamentos
junto de bombeiros de vários
países onde a substituição desse equipamento em prazo certo
é um imperativo. Foi assim que
surgiu a oportunidade.
“Penela, devido às suas características demográficas, tem
uma baixa incidência de incêndios urbanos, assim, com o reforço de material novo e usado,
vamos ficar perfeitamente equipados nesta matéria”, refere o
segundo comandante António
Simões Lima.
“Como tem vindo a ser hábi-
to, o comando entende que,
quando a corporação “abraça”
uma nova área de intervenção,
deve, necessariamente, disponibilizar os veículos, o respetivo
EPI e formação específica aos
bombeiros, como foram exemplos passados com a criação
das equipas SGA (Salvamento
em Grande Angulo) e BREC
(Busca e Salvamento em Estruturas Colapsadas) e, mais re-
centemente, a atualização do
EPI para Incêndios Florestais”,
explicou o segundo comandante António Lima.
Segundo o mesmo responsável, “a chegada do novo veículo
para combate a incêndios urbanos (VUCI) exigiu também a
procura de equipamento adequado e formação própria dos
bombeiros para este tipo de
viatura, o que acontece, no
caso da formação, há um ano, e
o equipamento também já foi
obtido”.
A aquisição do equipamento
e o seu transporte, em circunstâncias normais implicaria um
investimento de 40 mil euros.
Contudo, nada disso aconteceu.
Por isso, “o comando, direção,
corpo ativo e penelenses em
geral, deixam um honroso
agradecimento à boa vontade e
perseverança de todos os que
idealizaram e concretizaram
este projecto, em especial à sócia da corporação de Penela,
Carla Cristina Janota, emigrante na Suíça, que foi intermediária audaz entre bombeiros portugueses e suíços e à transportadora TIR: Viagens e Transportes Aljuriça Lda, empresa
sediada em Olho-Cadima-Cantanhede, que muito gentilmente garantiu o transporte desta
desejada mercadoria”
BELMONTE
CARCAVELOS
Autarquia investe em segurança
ECIN com alarme pessoal
O
s Bombeiros de Belmonte
receberam, recentemente,
50 pares de botas de combate a
incêndios em espaços naturais,
oferecidos pela Câmara Municipal de Belmonte, conforme
aprovado em reunião do executivo.
Com esta medida, está dado
mais um passo na proteção individual dos bombeiros do município, processo esse, iniciado
em junho com a entrega de 50
fatos de combate a incêndios
florestais oferecidos pelas freguesias do concelho e pelas
empresas Intermaché, Mini
Preço e Construções – Fortunato Canhoto & Filhos Lda.
Também com o apoio da
campanha “Vamos Entregar 1€
aos Bombeiros Portugueses”
realizada em agosto do ano
passado, os Bombeiros de Bel-
SANTARÉM
monte adquiriram meia centena de máscaras filtrantes para
incêndios florestais.
Findo processo, os Voluntários do Concelho de Belmonte
não esquecem os agradecimentos às entidades que investiram
na segurança dos operacionais,
aliás essencial para um bom desempenho da missão dos bombeiros.
Voluntários têm novos EPI
O
s Voluntários de Santarém
receberam no final de julho
90 Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) florestais, ao
abrigo do protocolo de cooperação entre as federações de
bombeiros dos distritos de Santarém, Portalegre e Évora.
O corpo de bombeiros apresentou os novos equipamentos
em formatura geral, numa cerimónia que serviu também para
oficializar a promoção ao posto
máximo da carreira de bombeiro do subchefe José Saragaço e
da promoção a bombeiros de
3.ª dos elementos Paulo Nunes,
Cristiano Rijo, Mariana Beja,
Maria Silva e Ricardo Domingues.
A
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de
Carcavelos e S. Domingos de
Rana decidiu equipar cada um
dos elementos da ECIN integrada no DECIF-2014 com um
alarme pessoal de segurança
(APS), normalmente utilizado
no equipamento de proteção individual para combate a incêndios urbanos.
Para o comandante Paulo
Santos, este sensor de movimento eletrónico que deteta a
paragem dos movimentos do
corpo de um bombeiro, “ativa
um alarme sonoro automaticamente, o que possibilita a rápida deteção do bombeiro em
caso de acidente no combate a
incêndios, neste caso florestais”.
26
AGOSTO 2014
TORRES VEDRAS
Organização doa equipamentos aos bombeiros
Texto e foto: Eunice Francisco
(Jornal Badaladas)
Ao contrário da grande maioria dos
corpos de bombeiros do país, os combatentes de Torres Vedras partem este
ano para a frente de fogo com equipamentos individuais de proteção mais
apropriados para os incêndios florestais.
Acabaram de receber um total de
120 pares de botas, 140 máscaras
para proteção das vias aéreas e luvas
para combate específico a incêndios
florestais e todo o equipamento de
proteção individual para o fogo urbano, no valor de 70 mil euros.
Uma doação feita pela organização
internacional Pró Vida, que em Torres
Vedras escolheu apoiar também a APECI, no âmbito do seu projeto de responsabilidade social.
Até agora os bombeiros ainda só tinham recebido parte do equipamento
prometido pelo Governo, nomeadamente alguns capacetes, faltando a
maior fatia do equipamento necessário
ao combate florestal: fatos (calça e
dólmen), botas, capuzes de proteção
(cógulas), luvas e demais capacetes,
que já não vão chegar a tempo da época crítica dos incêndios, devido a um
atraso nos concursos de adjudicação.
Pelo que esta doação caiu do céu a
uma direção “desgostosa” por ter uma
“deficiência” no que diz respeito ao
equipamento de proteção individual, e
que não esquece “o pandemónio que
foi o ano passado com as histórias de
bombeiros que morreram, de botas
derretidas e de vias aéreas queimadas”, referiu Gonçalo Patrocínio, presidente da direção, no passado dia 17,
data em que os equipamentos foram
entregues aos bombeiros.
“Sempre foi nosso objetivo tentar
colmatar esta falha e iríamos com certeza aplicar algum valor, mas nunca
conseguiríamos chegar a isto”, referiu
o presidente, mostrando-se orgulhoso
“porque se os nossos bombeiros já são
reconhecidos por serem competentes,
altamente profissionais e bem preparados ao nível de equipamentos, era
importante que também estivessem ao
nível de equipamentos de proteção individual”, concluiu aquele responsável.
Grande parte dos bombeiros usa
apenas uma farda, de algodão, e botas
que não são resistentes às chamas.
“Os bombeiros sempre usaram esse
material, era o que havia. Infelizmente
foi preciso morrerem bombeiros na
frente de fogo para finalmente os responsáveis deste país repararem que os
bombeiros não tinham os equipamentos adequados e darem a devida atenção a esta questão”, abrindo concursos
para dotar os corpos de bombeiros
com os equipamentos necessários, refere Fernando Barão, comandante da
corporação.
O comandante regista com agrado o
iniciar do processo, mas lembra que
“isto não pode parar por aqui, é preciso pensar na substituição do material,
porque ele desgasta-se rapidamente e
as associações por si só não têm condições financeiras para o repor. Além
disso, cada bombeiro só tem um equipamento e como é quando ele estiver
a lavar?”, questiona o comandante,
lembrando que está em cima da mesa
a discussão sobre o financiamento dos
corpos de bombeiros. “Que se arranje
uma nova forma das associações terem dinheiro para equipar os seus
bombeiros”, é o que defende.
Entretanto, o restante material
para o combate às chamas a entregar
pelo Estado só deverá chegar no próximo ano. Até lá, os homens e mulheres daquela casa vão continuar a enfrentar as chamas florestais com a
mesma determinação, coragem e empenho de sempre, mas Fernando Barão alerta: “sem nunca quebrar a barreira de segurança, porque não há
pinhal algum que valha a vida de um
bombeiro”.
TAVIRA
Quartel recebe novo veículo florestal
Foto: João Horta
OVAR
O
O
Corpo de Bombeiros Municipais
de Tavira foi reforçado com um
novo veículo florestal de Combate
a Incêndios.
O novo equipamento, chegado
recentemente à corporação de
bombeiros, já está em fase de instrução para melhor conhecimento
de todos os operacionais sobre
suas as características e potencialidades.
A nova viatura vem reforçar a
capacidade do corpo de bombeiros
para o combate a incêndios florestais, fundamental para responder
ao enorme número de situações
desse tipo a que os Municipais de
Tavira são chamados durante o verão, quer na sua zona de intervenção, quer no apoio às associações
e corpos de bombeiros vizinhos.
s Bombeiros Voluntários de Ovar já dispõem
de instalações na Praia do Furadouro através
da cedência das antigas instalações da capitania
local ali existentes.
A cerimónia de entrega e hastear da bandeira
da associação naquele local contou com as presenças, do presidente da Câmara Municipal de
Ovar, Salvador Malheiro, do presidente da assembleia-geral da associação, João Natária, do
presidente da direção, Dinocrato Formigal e do
comandante do corpo de bombeiros, Carlos Borges.
N
Botas com “elevada resistência ao fogo”
s Bombeiros de Cantanhede
receberam, da Associação
para o Desenvolvimento de Aerodinâmica Industrial (ADAI), da
Universidade de Coimbra, dois
pares de “botas protótipo”, um
masculino e um feminino, com
“elevada resistência” ao fogo,
para serem testadas no terreno.
A ADAI em colaboração com a
Lavoro, produtora nacional calçado profissional há mais de 30
anos, tem vindo a estudar o
aperfeiçoamento do novo mode-
A utilização das antigas instalações da capitania será uma mais-valia para dar continuidade ao
apoio assegurado há muito pelos bombeiros aos
banhistas que demandam aquela zona balnear. O
quartel sede dos bombeiros situa-se a cerca de 6
quilómetros do areal mas a enorme procura a que
está sujeito durante o verão, com muitas pessoas
e veículos em circulação, aconselha claramente a
que os bombeiros devam estar mais próximos
para prestar melhor e mais rápido socorro.
A reabilitação do edifício, entretanto, deverá
ser assegurada pela própria associação.
TORRES NOVAS
CANTANHEDE
O
Novo posto no Furadouro
lo de botas e assim contribuir
para a segurança dos operacionais
O “teste operacional”, que
conta com a colaboração de 10
corpos de bombeiros, entre os
quais o de Cantanhede, visa obter indicações “que permitam
avaliar e melhorar o desempenho desta importante peça de
equipamento”.
Promoções e um novo veículo florestal
o dia 8 de agosto, a Associação Humanitária
dos Bombeiros Torrejanos esteve em festa
com a promoção de nove operacionais a bombeiros de 2.ª. Na ocasião, o comandante José Carlos
Pereira felicitou os bombeiros promovidos e relembrou as responsabilidades acrescidas destas
promoções agradecendo a todos o empenho e
dedicação às causas humanitárias desempenhadas por esta associação.
Associaram-se à cerimónia vários elementos
da direção da associação, nomeadamente o presidente Arnaldo Santos que enalteceu a disponibilidade e prontidão de todos os operacionais.
Neste mesmo dia foi colocado ao serviço do
quartel dos voluntários de Torres Novas um Veiculo Florestal de Combate a Incêndios, que apesar de ter uma cabine e chassi de 1990, foi remodelado, e equipado com um sistema de combate
(bomba e tanque) completamente novo. Esta
nova viatura passa a reforçar o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais deste corpo de bombeiros que conta com três ECIN e uma
ELAC.
27
AGOSTO 2014
BRAGANÇA
Bombeiros firmam compromisso com o futuro
Os Bombeiros Voluntários de Bragança preparamse para adquirir um drone, equipamento que
segundo comando e direção assegura um passo em
frente na qualificação da resposta já garantida às
populações do concelho.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
A
s nove horas de distância que,
segundo um tema da banda
Xutos e Pontapés, separava a
capital Lisboa de Bragança, fazem
parte do passado. Se por um lado, a
moderna rede viária, e até uma ponte
aérea encurtaram distâncias, por outro a luta das gentes contra as assimetrias garantiu a chegada, célere,
do progresso pelo menos ao quartel
dos Bombeiros Voluntários de Bragança, desde sempre aberto à receção de novas ideias, conceitos e técnicas.
O pioneirismo é assumido pelo comandante major José Fernandes que
anuncia agora a aquisição de um drone, um pequeno veículo aéreo não
tripulado, comandado remotamente
e munido de uma câmara que não só
capta, mas que também emite imagens em tempo real. Trata-se de um
investimento de cerca de cinco mil
euros e que permitirá apoiar o trabalho dos bombeiros em distintos teatros de operações, conforme faz
A
questão de salientar o porta-voz deste quartel transmontano.
O responsável operacional dos voluntários bragantinos adianta que
este ”zangão” poderá ser uma apoio
importante nas mais distintas missões de reconhecimento, “não apenas nos incêndios florestais”, destacando a mais-valia desta ferramenta
tecnológica na localização de pessoas
desaparecidas, um fenómeno cada
vez mais recorrente entre a população idosa residente nos lugares mais
isolados do território. Refira-se que
os Voluntários de Bragança servem
mais de 35 mil habitantes, 25 mil
concentradas na cidade e os restantes dispersos por mais de uma centena de aldeias.
Já este mês, o jornal Bombeiros de
Portugal esteve no quartel dos Bombeiros de Bragança e confirmou a expectativa com que os cerca de cem
operacionais aguardam a chega do
novo equipamento, por agora ainda
em fase de teste.
Na verdade, esta será apenas mais
uma inovação do quartel onde o compromisso com o futuro há muito foi firmado, nomeadamente com investimentos num sistema de sistema de
georreferenciação e num telefone satélite.
O progresso chega, assim, à Bragança, mas à laia de complemento, num
bem apetrechado complexo operacional, que responde às necessidades e às
exigências de segurança de um grupo
de preparados bombeiros, prontos intervir nos mais distintos cenários.
LAGOS
PORTUENSES
Mais 18 bombeiros
Eleitos órgãos sociais
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Lagos recebeu recentemente mais 18 bombeiros em cerimónia de juramento realizada no quartel e presidida pela presidente da Câmara
Municipal de Lagos, Maria Joaquina Quintans de Matos.
Dos 18 novos elementos do corpo de bombeiros, 7 são mulheres,
facto que corresponde à média nacional de elementos femininos que
neste momento estão a ingressar nas associações de bombeiros.
Conforme foi sublinhado durante a cerimónia, o ingresso de no-
vos elementos é o corolário da conjugação de esforços, quer do
comando, dos formadores, quer dos próprios.
Na cerimónia procedeu-se ainda à entrega de equipamentos de
proteção individual adquiridos pela Associação. Conclui-se com o
tradicional “batismo” dos novos elementos e com um lanche que
reuniu todos os presentes.
A
Associação
Humanitária
Bombeiros Voluntários Portuenses conta com novos corpos sociais, eleitos em assembleia-geral em 15 de julho último, e cuja posse decorreu em
28 do mesmo mês.
A assembleia-geral é presidida por José Pinto Ferreira, tendo como vice, António José Almeida Praça e, como secretário,
Manuel Orlando Ferreira de
Sousa.
A direção é presidida pelo comandante do Quadro Honra
(QH) José Policarpo Rocha Carvalho, tendo como vices, Manuel Filipe Serralva Alves e Ma-
nuel António Silva Vaz, como
tesoureiro, João Manuel Neiva
Antunes, como secretário, Carlos Manuel Amorim Mouta e
como primeiro e segundo secretários, respetivamente, Nelson Gabriel Gomes Coimbra e
Daniel Portela da Cunha.
No conselho fiscal, a presidência é de Ana Maria Couto
Guimarães, a vice-presidência,
de Fernando Pereira Oliveira e o
lugar de secretário, de Rui Pedro Ribeiro Teixeira.
Deste conjunto de dirigentes
fazem parte, entre outros, três
médicos, três enfermeiros, um
advogado e um autarca.
28
AGOSTO 2014
ARRONCHES
“HEAVY RESCUE”
Novo comandante toma posse
Técnicas Avançadas de Elevação
em seminário
P
a cerimónia de realização
de promoções de novos
bombeiros, que decorreu no
Jardim do Fosso durante as
Festas de Verão dos Bombeiros
Voluntários de Arronches,
Nuno Costa foi também empossado pelo comandante operacional distrital de operações
de socorro da ANPC, Belo Costa, como novo comandante,
sucedendo assim a Marco Vieira no cargo.
Na tribuna de honra estavam
presentes a presidente da Câmara Municipal de Arronches, o
presidente da assembleia-geral
dos Bombeiros Voluntários de
Arronches, o comandante distrital, e o representante da Federação de Bombeiros do Distrito de Portalegre.
A mãe do novo comandante,
Maria Emília Costa, foi chamada
para lhe colocar as divisas, perante uma parada de bombeiros
que depositam toda a confiança
e saber no seu novo líder.
Nuno Costa, na sua intervenção, agradeceu à família todo o
apoio prestado no desempenho
da sua missão, e garantiu que
mesmo com as dificuldades que
esta como outras associações
de bombeiros atravessam, vão
dar o melhor pelo seu concelho
e pelo país quando necessário.
O novo comandante afiançou
à população que pode estar
tranquila com os bombeiros da
sua terra, porque, ainda que
voluntários, estes operacionais
exercem com grande sentido de
profissionalismo a missão que
lhes está entregue.
Texto e fotos:
Notícias de Arronches Online
CARVALHOS
Corpo de bombeiros com atividade
BARREIRO
N
Retificação do CSP
a nossa última edição, de julho transato, na página 32, na rubrica “Louvor/Repreensão” é dado um louvor
pela ajuda aos bombeiros
de Alvalade-Sado no período do DECIF 2014.
“Nesse louvor a nossa
denominação está incompleta, podendo induzir os leitores em erro”,
refere a direção da Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários do Barreiro - Corpo de
Salvação Pública.
Assim, “agradecíamos a retificação do lou-
vor para: Aos Voluntário do Barreiro CSP, Sul
e Sueste e Pinhal Novo”. Fica, então, feita a
retificação proposta.
nesse sentido serão realizadas, no mês de outubro, sessões nos corpos de bombeiros de
Portimão, Évora, Moimenta da Beira e Esmoriz.
Sérgio Santos
Foto: Filipe Adão
N
ortugal acolheu no início do
ano as duas primeiras edições do Seminário Internacional de “Técnicas Avançadas de
Elevação” numa parceria entre
os Bombeiros Voluntários de
Odivelas e a “Heavy Rescue
Sweden” uma instituição da
Suécia certificada na formação
nas ações de desencarceramento em veículos pesados.
“Heavy Rescue” é um conceito aplicado a acidentes que envolvem viaturas pesadas de mercadorias ou
passageiros, nomeadamente os camiões, autocarros, comboios e todo o tipo de maquinaria pesada, cuja “necessidade de criação de
espaço para salvamento ou resgate de vidas
humanas requer a utilização de técnicas avançadas de criação de espaço e de estabilização”, adiantou ao “BP” um dos responsáveis
pelas ações já ministradas.
Este tipo de formação está de volta a Portugal, numa visão descentralizada para que este
tipo de formação possa ser recebida pelos operacionais de vários pontos do país, pelo que
A
atividade é uma constante nos Bombeiros Voluntários dos Carvalhos. E, mesmo que em
período com menos ação no combate aos incêndios florestais como é o caso deste mês de agosto, ao contrário do que tem sido normal em anos
anteriores, contudo, não deixaram de desenvolver outras missões.
Apesar da paragem no funcionamento das escolas locais, mesmo assim, receberam as visitas
da Grilinguas e do ATL João Sabichão, mais uma
oportunidade para sensibilizar os mais jovens
para os bons princípios de prevenir os acidentes
e também para mostrar os meios de que dispõem, motivo sempre para despertar a atenção
das crianças.
Os Voluntários dos Carvalhos estiveram também na TVI, no domingo, dia 3, para apoiar a
campanha do “Intermarché” em prol da aquisição
de equipamentos de proteção individual para os
bombeiros.
No espaço comercial “Intermarché” da sua
zona de intervenção, e durante uma semana, desenvolveram a campanha “ajude a equipar o
novo quartel”, e não só. No stan ali montado,
além da venda de diversos artigos, aproveitaram
também para a avaliação da tensão arterial e glicemia do público presente e ainda a angariação
de novos bombeiros, dos 10 aos 44 anos.
29
AGOSTO 2014
MEALHADA
Comandante recebe carta de missão
O
s Bombeiros Voluntários da Mealhada assinalaram no dia 26 de julho, o seu 87.º aniversário. A cerimónia, bastante participada, culminou com a entrega formal da carta de missão ao
novo comandante, Nuno João, com a condecoração de catorze bombeiros, a inauguração de duas
galerias fotográficas e a bênção de duas viaturas.
A intervenção de Jacinto Oliveira, vice-presidente
da Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro, havia, no entanto, de marcar a sessão solene:
“E se de repente o país deixasse de ter bombeiros
voluntários, e o Estado ou as Câmaras tivessem
que pagar o custo da proteção civil no país?”.
As cerimónias começaram com a homenagem
aos bombeiros falecidos, junto do monumento
colocado, há 10 anos, pela Junta de Freguesia da
Mealhada, em frente ao quartel. Seguiu-se a
inauguração de uma galeria com as fotografias
dos três fundadores da associação – Bernardino
Felgueiras, João Saraiva e Augusto Ramalheira –
identificada pelo presidente Nuno Castela Canilho
como “o mais digno e bonito espaço de todo o
quartel”. A seguir, quando era inaugurada a galeria dos presidentes da mesa da assembleia geral,
Nuno Canilho lembrou que “se trata de um gesto
de elementar justiça”, salientando a figura de Manuel Oliveira Andrade, que desempenhou aquele
cargo durante cinco décadas.
Antes da sessão solene foi feita a bênção das
duas viaturas. Uma ambulância de transporte
múltiplo (ABTM), que veio substituir a viatura
destruída num acidente em Fevereiro passado, e
uma viatura de apoio logístico especial, reconvertida nesta função.
Na sessão solene foram entregues medalhas
de Dedicação e Assiduidade a 14 bombeiros da
corporação por 20, 10 e 5 anos de serviço. Nuno
Castela Canilho, presidente da direção, procedeu
à entrega formal da Carta de Missão ao comandante, Nuno Antunes João, que fora empossado
em 19 de abril deste ano.
Na intervenção inicial, e em nome dos sócios,
João Fernandes Pega, vice-presidente da mesa
da Assembleia-geral, elogiou o trabalho da direção e o caráter do comandante, declarando augurar um futuro brilhante para a corporação nos
próximos anos.
Depois do comandante, falou o presidente da
direção, que fez um balanço do último ano e de
todos os momentos particularmente difíceis vividos pelos bombeiros. José Gomes da Costa, em
nome da Liga dos Bombeiros Portugueses, José
Bismarck, Comandante Operacional Distrital de
Aveiro e o presidente da Câmara Municipal da
Mealhada, Rui Marqueiro, também usaram da palavra.
CELORICO DE BASTO
Bombeiros pedem equipa de primeira intervenção
C
erimónias de aniversário
dos Bombeiros Voluntários
Celoricenses marcadas por
“exigências” do presidente da
Associação
Os Bombeiros Voluntários de
Celorico de Basto festejaram no
dia 15 de agosto, o 88.º aniversário ao serviço de pessoas e
bens, numa cerimónia simples
mas cheia de significado, que
teve como programa, a formatura geral com hastear das bandeiras no quartel, a participação na eucaristia, que, seguindo-se uma romagem ao cemitério de Britelo onde foram
homenageados todos os bom-
beiros, dirigentes e associados
falecidos.
As cerimónias ficaram marcadas pelas solicitações feitas
pelo presidente da associação,
Fernando Freitas:
“Nos últimos anos muito tem
sido feito em prol dos Bombeiros Celoricenses mas tenho a
pretensão de criar todas as
condições para ter uma Equipa
Intervenção Permanente. Precisamos de ter capacidade de
resposta no momento em que é
feito o pedido de ajuda sem termos que tocar a sirene”, disse.
O dirigente mostrou-se satisfeito pelo trabalho desenvolvido
pela sua equipa em benefício do
coropor de bombeiros, recordando a inauguração, em dezembro do ano passado, “de
uma obra necessária para o conforto dos bombeiros”, referindo-se aos trabalhos de ampliação e
requalificação do quartel-sede.
O presidente deu ainda conta da
intervenção na secção da Mota e
a aquisição de uma ambulância
nova no valor de 60 mil euros,
tudo investimentos que resultam
“ de um grande esforço financeiro”, reforçou.
Fernando Freitas agradeceu o
empenho do autarca local, Joaquim Mota e Silva, presente nas
cerimónias, pelo apoio constante, #fundamental para que os
múltiplos projetos fossem avante”. Ao mesmo tempo, recordou
os bombeiros falecidos no combate aos incêndios no ano transato.
Durante as cerimónias foi
dado maior destaque à bênção
da nova viatura de socorro
(ABSC), a cargo do Padre Carlos
Macedo, capelão do Corpo de
Bombeiros, e apadrinhada pelo
Vice-presidente da Associação
Humanitária, Casimiro Magalhães Costa.
Na ocasião foi ainda entregue
um crachá de ouro da Liga dos
Bombeiros Portugueses, ao subchefe Albano Mesquita, que conta com mais de 35 anos de bons
e efetivos serviços.
O comandante dos Celoricenses, António Marinho Gomes,
realçou a importância do reforço
de meios, sublinhado contudo
que os seus bombeiros “mos-
tram-se, cada vez mais, capazes
de dar resposta às múltiplas solicitações, quer a nível de recursos humanos quer materiais”.
O responsável defendeu ainda
que “uma equipa de intervenção
permanente seria, de facto, importante para dar resposta aos
pedidos de urgência ainda com
maior celeridade”
A terminar disse ainda ter
“várias projetos que gostaria de
ver realizadas”, antes de terminar a passagem pelo comando
do corpo de bombeiros.
BUCELAS
Comemorações e novas viaturas
A
apresentação de três novas viaturas foi um
dos momentos importantes das comemorações do 123.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Bucelas, que
se realizaram no dia 27 de julho.
O programa festivo que teve como cenário o
centro da vila foi acompanhado por muitos os populares que se juntaram à família dos soldados
da paz para assistirem a bênção e inauguração
de uma nova ambulância de transporte múltiplo
(ABTM), um veículo de comando (VCOT) e um
veículo tanque tático florestal (VTTF), apadrinhados pelas “festas anuais Custódio da Nação”,
“corpos sociais 2011/2012” e o “Monte Serves”
respetivamente.
Nas breves alocuções do presidente da direção
José Ribeiro Falcão e do comandante Rui Máximo
Santos sobraram palavras reconhecimento ao
corpo ativo, pelo trabalho desenvolvido nas várias missões de socorro e ainda agradecimentos
Câmara Municipal de Loures e juntas de freguesia.
A requalificação das instalações e a reorganização do parque de viaturas são apostas da direção e comando, determinados também na valorização às camadas.
No decorrer da cerimónia foi empossado como
ajunto de comando, Salvador Cancela de Abreu
que recebeu os respetivos galões pelos seus familiares, numa cerimónia testemunhada pelo
presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares; o comandante Adelino Gomes
(LBP); o comandante distrital Carlos Mata e Rui
Ferreira da Federação dos Bombeiros do Distrito
de Lisboa.
Sérgio Santos
30
AGOSTO 2014
BARREIRO
Voluntários do Sul e Sueste celebram 120.º aniversário
A
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários do
Sul e Sueste (Barreiro), celebrou no passado dia 23 de julho
o seu 120.º aniversário, tendo
as comemorações decorrido no
dia 27 de julho.
Na sua intervenção, o comandante do corpo de bombeiros, Acácio Coelho, sublinhou a
sintonia existente entre a direção e o comando, em especial
no que concerne à política de
investimentos, manutenção de
equipamentos e gestão de recursos materiais, humanos e financeiros, com reflexos visíveis
no crescimento e na consolidação da capacidade operacional,
colocada ao serviço do Barreiro
e dos barreirenses, do distrito
de Setúbal e do país.
Dirigindo-se ao Corpo de
Bombeiros, apontou um caminho de ainda maior exigência
para o futuro próximo: “agora
que o processo de qualificação
e a aquisição de competências
diferenciadas é dado adquirido,
vamos apostar na manutenção
da forma física dos nossos
bombeiros; de ora em diante,
os candidatos a estagiários serão submetidos a provas físicas
prévias e os bombeiros serão
submetidos a vigilância médico-sanitária regular”.
O presidente da direção,
Eduardo Correia, sublinhou que
a “Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários do Sul e
Sueste e o seu Corpo de Bombeiros são entes vivos e dinâmicos, constituídos por homens e
mulheres, com e sem farda,
que com espírito voluntário e a
máxima abnegação vão contornando as dificuldades do dia-a-dia e ultrapassando os obstáculos mais complexos”.
Na sua alocução, o dirigente
referiu ainda que há dois anos
se iniciou uma nova etapa na
vida do corpo de bombeiros.
Neste tão curto período, o comando, quer em fase interina,
quer após final de dezembro de
2012, já devidamente empossado, encetou os passos e as
ações conducentes ao cumprimento da carta de missão que
lhe havia sido endereçada: “o
Corpo de Bombeiros correspondeu de tal forma que a larga
maioria das metas definidas
para um horizonte de 5 anos
acabaram por ser atingidas em
muito menos tempo, permitindo adaptar o projeto, os objetivos e as estratégias, no sentido
do crescimento e da consolidação que todos sentimos ser necessária e fundamental”, disse
Eduardo Correia, sublinhando
que “para isso contribuiu a nova
forma de gerir, o empenho, a
dedicação, a visão, a astúcia e o
profundo conhecimento da realidade “bombeiros””.
Coube ainda ao presidente da
direção anunciar que, fruto do
trabalho de grande eficácia do
comando do Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste, e do enorme empenho e dedicação do
corpo ativo, ultrapassando todas e quaisquer expectativas
mais otimistas, contudo suportado na base sólida do presente
e em perspetivas muito consistentes para o futuro, por Despacho do Diretor Nacional de
Bombeiros, de 2 julho de 2014,
foi de novo autorizado o alargamento do Quadro de Pessoal do
Corpo de Bombeiros do Sul e
Sueste, passando para CB Tipo
1. Desta forma a estrutura operacional ora homologada compreende o seguinte modelo: 2
Companhias/5 Secções/10 Brigadas/20 Equipas, num total de
120 elementos.
Durante a sessão solene foram, também, entregues diplomas de reconhecimento – Serviço Operacional, aos bombeiros com o maior número de horas de formação/instrução
chefe Pedro Ferreira (grau
ouro), bombeira de 3ª Vanessa
Costa (grau prata) e à bombeira
de 2.ª Filipa Ferreira (grau
bronze. Da mesma forma também foram distinguidos pelo
número de horas de Piquete/
Prevenção o bombeiro de 1.ª
Vítor Santos, e os bombeiro de
3.ª Ângelo Santos e Mário Pólvora. Na sessão, foi ainda atribuído um louvor do comandante ao bombeiro de 2ª Pedro
Martins Mexia pela forma como
orientou e acompanhou a Equipa de Manobras de Cadetes, e
como integrou a Equipa de Salvamento e Desencarceramento
do Corpo de Bombeiros do Sul e
Sueste, contribuindo, com a
sua ação, para o engrandecimento do Corpo de Bombeiros e
almejando, com o seu esforço e
dedicação, constituir-se em
exemplo para os demais elementos.
No decurso da cerimónia, foram ainda condecorados 25
bombeiros com as Medalhas de
Assiduidade da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste e da Liga
dos Bombeiros Portugueses,
nas diversas categorias, bem
como promovidos cinco bombeiros de 2.ª. O oficial bombeiro superior supranumerário do
Quadro de Honra António Manuel dos Reis, que exerceu o
cargo de comandante deste
corpo de bombeiros de julho de
2007 a julho de 2012, foi agraciado pela Liga dos Bombeiros
Portugueses com o crachá de
ouro, pelos seus 35 anos de dedicação à causa.
O dia foi igualmente marcado
pela bênção, batismo e inauguração de uma Ambulância de
SINTRA
A
apresentação de uma viatura específica para
intervenção em catástrofe, batizada em memória de “Joaquim Nunes Lopes”, constituiu momento importante das comemorações do 124.º
aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Sintra, marcadas ainda pela
distinção de elementos os órgãos sociais da instituição com o galardão de mérito da Câmara Municipal de Sintra e medalhas de serviços distintos
grau ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP), nomeadamente, os presidentes da direção, Bento Marques e da assembleia geral, Miguel
Martins. Associaram-se às comemorações, entre
outras individualidades
Marcaram presença na sessão, entre outras individualidades, Domingos Quintas da Câmara
Municipal de Sintra; José Abrantes, da Liga dos
Bombeiros Portugueses; o 2.º comandante distrital André Fernandes; o comandante António
Homenagens e condecorações
Gualdino, da Federação dos Bombeiros Distrito
de Lisboa, bem como representantes da Guarda
Nacional Republicana e associações do concelho.
Sérgio Santos
Transporte Múltiplo (ABTM), à
qual foram atribuídos os nomes
de dois ex-diretores, João Marques Baltasar e António Joaquim Franco Gomes; e ainda de
uma Ambulância de Socorro
(ABSC), à qual foi atribuído o
nome do chefe Fernando Moita.
Durante as cerimónias foi,
ainda, assinado um protocolo
de cooperação entre o Município do Barreiro, a Baía do Tejo,
S.A., a Escola Nacional de Bombeiros e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários
do Sul e Sueste, com vista à
instalação no Parque Empresarial do Barreiro de duas Unidades Locais de Formação, nos
domínios do Salvamento e Desencarceramento
Ferroviário
(SDF), e da Busca e Resgate em
Estruturas Colapsadas (BREC).
Este protocolo permite prosseguir o objetivo estratégico de
descentralização física das infraestruturas de formação, com
especial enfoque em domínios
especializados, facto que foi salientado pelo Secretário de Estado da Administração Interna.
Coube ao presidente da mesa
da assembleia geral, coman-
dante do Quadro de Honra Aníbal Luís, Fénix de Honra da Liga
dos Bombeiros Portugueses,
abrir a sessão que foi presidida
pelo secretário de Estado da
Administração Interna, João Pinho de Almeida e contou com a
presença, entre outras individualidades, do presidente da
Câmara Municipal do Barreiro,
Carlos Humberto de Carvalho;
do presidente da Autoridade
Nacional de Proteção Civil, Major-general Francisco Grave Pereira; do Comandante Operacional do Agrupamento Distrital
Sul, comandante Elísio Oliveira;
do vice-presidente do Conselho
Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Rodeia Machado; da comandante
Operacional Distrital de Setúbal, Patrícia Gaspar; do Secretário Técnico da Federação dos
Bombeiros do Distrito de Setúbal, comandante Rui Laranjeira; do presidente da Escola Nacional de Bombeiros, José Ferreira, e do comandante do Corpo de Bombeiros do Barreiro
(Corpo de Salvação Pública),
comandante José Figueiredo.
31
AGOSTO 2014
LAMEGO
Entrega e abnegação ao bem comum
O
dia de aniversário é sempre um momento especial para os
Bombeiros de Lamego que este ano comemoraram 137 anos
de vida.
A atividade e intervenção junto da comunidade ao longo de todos estes anos, constitui, sem dúvida, um extraordinário exemplo
de abnegação e entrega desinteressada ao bem comum, de todos
aqueles que têm passado pelas fileiras da corporação.
“Os Bombeiros não soçobram perante as dificuldades e estarão
sempre disponíveis para lutar, adquirir novos conhecimentos, mais
e melhor formação, porque eles sabem que do seu trabalho depende a vida dos portugueses”, referiu o comandante Jaime Soares,
presidente da liga dos Bombeiros Portugueses.
Este ano a associação humanitária decidiu atribuir ao corpo de
bombeiros uma nova ambulância para reforçar o parque automóvel.
“Orgulhamo-nos de ter uma corporação bem formada e equipada, por isso apostamos num programa regular de renovação dos
equipamentos, uma vez que o desgaste das viaturas é enorme devido ao elevado número de serviços que temos atualmente”, salientou o presidente da associação, Hélder Santos.
Esta nova viatura, que foi batizada com o nome do sócio e ex-diretor Jorge Rodrigues, vem reforçar um equipamento cada vez
mais necessário à comunidade, devido ao elevado número de
transporte de doentes para o Hospital de Vila Real. “São cerca de
20 transferências diárias, o que poderá originar a indisponibilidade
de ambulâncias no socorro a qualquer acidente que possa surgir.
Essa tem sido a minha grande preocupação e, por isso, esta ambulância veio reforçar uma necessidade premente da nossa corporação”, enfatizou o comandante João Nuno Carvalho.
A Câmara Municipal de Lamego, no âmbito do quadro das suas
competências e responsabilidades, tem assegurado condições de
operacionalidade e de trabalho adequadas aos bombeiros.
“Temos feito esse percurso num processo de colaboração com os
órgãos diretivos da Associação, mas também com amigos, patrocinadores, apoio de fundos comunitários, no sentido de proporcionar
todas as condições de trabalho a estes homens que dedicam o seu
dia-a-dia a ajudar os outros”, salientou Francisco Lopes, presidente
da autarquia.
Estes 137 anos de vida são recheados de registos gloriosos e de
extraordinário valor para toda a comunidade lamecense, os quais
constituem a memória viva de uma intervenção humanitária sempre disponível e de permanente entrega à causa pública, que os
Bombeiros de Lamego sempre souberam, e continuam a saber,
afirmar bem alto, na missão de serviço comunitário que assumem
sem hesitações.
Humberto Costa
CERCAL DO ALENTEJO
Crachá de ouro em aniversário
A
passagem do 39.º aniversário da Associação
Humanitária de Bombeiros Voluntários de
Cercal do Alentejo pautou-se pelo reconhecimento aos soldados da paz.
A habitual romagem ao cemitério seguida de
um imponente desfile apeado e motorizado do
corpo ativo acompanhado pelos aplausos da população. Já no parque de viaturas, no decorrer
da sessão solene o presidente da direção e o co-
mandante falaram dos projetos que visam garantir a sustentabilidade da associação, nomeadamente as parcerias com entidades locais. As
obras no quartel e os investimentos em equipamentos sofram apostas que visam dar melhores
condições aos homens e mulheres que prestam
serviço voluntário nesta instituição e que merecem dos responsáveis da instituição os maiores
elogios.
Na sessão foram distinguidos com medalhas da
Liga dos Bombeiros Portugueses, diplomas e certificados de formações alguns operacionais. Três
novos elementos foram formalmente integrados
nas fileiras dos Voluntários de Cercal do Alentejo,
depois de solenemente juraram o lema “Vida por
Vida”.
A inauguração de um jipe para operações específicas (VOPE) e a entrega do Crachá de Ouro
da confederação dos bombeiros portugueses, ao
bombeiro de 1.º Francisco Lage Contreiras foi um
dos pontos altos da efeméride a que se associaram o presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha; o vice presidente
da LBP, Rodeia Machado; o presidente da federação bombeiros de Setúbal, Eduardo Correia e a
comandante distrital Patrícia Gaspar.
Sérgio Santos
PAREDE
segundo comandante do
corpo de bombeiros da Associação Humanitária de Bombeiros de Parede “Amadeu
Duarte”, José Osório, foi galardoado pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) com o
crachá de ouro por proposta
do conselho de administração
e do comando da instituição. A
distinção foi entregue, a convite do representante da LBP
presente, durante a sessão solene comemorativa do 88.º
aniversário da Associação pelo comandante operacional municipal, Pedro Mendonça, pelo presidente da
instituição, Manuel João Almeida, e
pelo comandante Pedro Araújo.
A atribuição do crachá de ouro da
LBP a José Osório, conforme foi referido na sessão, fica a dever-se, não
só aos seus 33 anos de bombeiros,
mas especialmente ao seu desempenho dessa missão e às diferentes
Fotos: Marques Valentim
O
Segundo comandante distinguido
missões que foi cumprindo sempre
com dedicação e entrega. Em especial, deve referir-se a formação inicial
conjunta dos bombeiros do concelho
de Cascais, cumprida ininterruptamente há mais de década e meia, e
sempre com a participação ativa do
comandante Osório.
Na sessão solene comemorativa
procedeu-se também à promoção de
três estagiários a novos bombeiros,
Mariana Campilho, Luís Tristão e Pedro Pereira, e à entrega de diversas
medalhas de assiduidade.
Na oportunidade, foram apresentadas duas macas e duas mochilas para
ações de prevenção oferecidas pela
coletividade “1.º maio”, de Tires.
A necessidade de uma ambulância
de socorro e a reivindicação da instalação de um posto de emergência do
INEM (PEM) na instituição foram te-
mas centrais de muitas das intervenções, face ao número e crescimento
de pedidos de intervenção pré-hospitalar dirigidos aos Voluntários da Parede todos os dias.
A sessão, presidida pelo presidente da assembleia-geral, António Vilarigues, e pelo comandante municipal, em representação do presidente
da Câmara Municipal de Cascais,
contou também com as presenças,
do vice-presidente da LBP, Rama da
Silva, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, comandante Manuel Varela, do
comandante distrital de socorro da
ANPC, Carlos Mata, da presidente da
União das Freguesias de Parede e
Carcavelos, Zilda Silva e da representante da Junta de Freguesia de S.
Domingos de Rana, Gabriela Capdeville.
32
AGOSTO 2014
LINDA-A-PASTORA
Fotos: Marques Valentim
Homenagem a autarca e dirigente
O
presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Paulo Vista, e o diretor do departamento
da polícia municipal e comandante operacional municipal de
Oeiras, intendente Filipe Palhau, foram homenageados
pela Associação Humanitária de
Bombeiros de Linda-a-Pastora.
A homenagem foi prestada na
sessão solene comemorativa do
123.º aniversário daquela instituição com a atribuição da medalha de serviços distintos,
grau ouro, da mesma.
Antes da sessão procedeu-se
à inauguração de duas viaturas,
uma ambulância de transporte
múltiplo (ABTM) e um veículo
de apoio (VALE). A ABTM foi
custeada integralmente pela
associação enquanto o VALE foi
adquirido com o apoio municipal para substituir outro perdi-
do quando se dirigia, há um
ano, para o fogo do Caramulo.
Neste caso, foi lamentado que
até à data o Estado não tenha
ainda garantido qualquer apoio
para a reposição da viatura. Tal
só foi possível com o apoio da
Autarquia e o esforço da própria
instituição, conforme foi expresso durante a sessão solene,
quer pelo comandante, Jorge
Vicente, quer pela presidente
da direção, Cristiana Alves, estreante naquela função.
A reabilitação realizada nas
camaratas feminina e masculina, com o apoio da Câmara e o
empenho dos próprios bombeiros mereceu também uma visita de todos os presentes àquelas instalações.
Durante a cerimónia foram
atribuídas diversas condecorações, nomeadamente de assiduidade. Neste caso, destaque
para a entrega da medalha de
assiduidade grau ouro da Liga
dos Bombeiros Portugueses ao
antigo dirigente Manuel Dias
Cardoso e à chefe Mafalda Neves, por 25 anos, ao adjunto de
comando, José Carlos Miranda,
e ao bombeiro de 2.ª, Nuno Pires, por 20 anos, e ao bombeiro
de 1.ª, Pedro Silva, por 15 anos
de atividade.
As cerimónias contaram com
a presença, além dos já referidos, do presidente da assembleia-geral da associação e antigo comandante e presidente
da direção, Miguel Antunes, do
vice-presidente da Liga dos
Bombeiros Portugueses, Rama
da Silva, do vice-presidente da
Federação de Bombeiros de Lisboa, comandante Pedro Ernesto, do segundo comandante
distrital da ANPC, André Fernandes, e do presidente da
União de Freguesias de Carnaxide e Queijas, Jorge Vilhena.
SESIMBRA
Três crachás de ouro em aniversário
A
Liga dos Bombeiros Portugueses, por proposta da Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Sesimbra agraciou com o
crachá de ouro Manuel e Joaquim Chagas e António Póvoa, numa cerimónia que constituiu um dos
pontos altos das f comemorações do 111.º aniversário da instituição.
O programa festivo contemplou ainda a entrega de outras distinções e promoções na carreira
de chefes, subchefes e bombeiros de 1.ª.
No decorrer das intervenções o comandante
Ricardo Cruz realçou a capacidade interventiva
do corpo de bombeiros, salientando as estatísticas das missões em que os operacionais estiveram envolvidos, deixando mensagens de agradecimento ao corpo ativo e a escola de cadetes e
infantes. Por sua vez, o presidente da direção falou sobre o trabalho desenvolvido em prol da estabilidade da instituição e, por fim,, agradeceu o
apoio da autarquia sesimbrense.
“Não somos como os outros, somos diferentes!”
foi o lema que acompanhou a formatura do corpo
ativo que acolheu os convidados, nomeadamente o
presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Augusto
Pólvora; o presidente da
Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime
Marta Soares; a comandante distrital Patrícia Gastar; o
comandante Rui Laranjeira
da Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal e
representantes da Marinha
Portuguesa e GNR.
Sérgio Santos
OEIRAS
Jovens aprendem socorro no mar
TORRES VEDRAS
Banda premiada em Espanha
O
A
Banda da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras conquistou recentemente em Zamora, Espanha, um honroso
primeiro lugar no encontro ibérico ali realizado.
Mais de 650 músicos e 8 bandas dos dois países, três de Portugal e cinco de Espanha, animaram, em 26 e 27 de julho
último, o “Primer Certamen Internacional de Bandas de Música Armónica Zamora 2014”.
A formação dos Voluntários
de Torres Vedras alcançou o primeiro lugar da segunda secção
do certame.
Estão de parabéns os músicos e bombeiros, o seu regente
Rui Silva, e a Associação.
s cadetes e infantes dos
Bombeiros Voluntários de
Oeiras participaram, recentemente, num workshop de salvamento em mar numa das praias
do concelho, que permitiu passar
aos mais novos importantes
mensagens e conceitos, bem
como medidas de segurança e
técnicas a adotar no resgate de
vítimas de afogamento.
Esta ação de sensibilização
não descurou a vertente lúdica e
bombeiros de palmo e meio de
lição bem estudada puderam
usufruir de retemperadores banhos de mar.
Os responsáveis por esta es-
cola, acompanhados nesta ação
pelo 2.º comandante Ricardo Silva e pelo presidente da direção
Jóia da Silva, fizeram uma balanço muito positivo da iniciativa.
Sérgio Santos
33
AGOSTO 2014
PORTO
Foto: Ricardo Moutinho
Exercício histórico no Dia da Unidade
N
o dia, 19 de junho de 2014, o
Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto (BSB), comemorou o seu 286º aniversário e realizou a cerimónia de compromisso de honra de 20 novos bombeiros sapadores.
O evento ocorreu na Praça da
Ribeira do Porto e constou de
uma cerimónia com formatura e
de um simulacro histórico.
O Porto oitocentista possuía
uma das grandes companhias de
bombeiros municipais da europa
- Corpo de Salvação Pública – liderada por Guilherme Gomes
Fernandes, Inspetor-geral dos
Incêndios.
Sob a sua égide, esta corporação de bombeiros torna-se uma
força hierarquizada, fortemente
disciplinada e com índices de desempenho muito elevados, alcançando até ao ano de 1900 diversos prémios em competições
internacionais de bombeiros.
Assim o que se presenciou, no
simulacro, foi a reconstituição da
forma como estas forças atuavam aquando da ocorrência de
fogos nas cidades do século XIX,
num tempo onde a eletricidade
era ainda uma miragem; a rede
de águas municipais precária e a
capacidade de resposta ao sinistro dependia da força dos homens e, quando disponíveis, dos
cavalos.
Aquando de um incêndio, o
1.º procedimento a efetuar por
parte da população, era a recorrência à caixa de sinais mais
próxima, a qual tinha um sineiro responsável que dava o alarme com o números de toques
de sino identificadores da localização do sinistro. Foquemo-nos então no que está prestes
acontecer neste dia 7 setembro
de 1894. Na praça da ribeira,
ocorre um incêndio num quiosque de jornais. Neste local e
face ao imenso comércio, à
quantidade de população ali
concentrada e ao tipo de construção, qualquer ocorrência de
incêndio é de risco elevado.
A “caixa de sinais” mais próxima situava-se na igreja de S.
Nicolau, freguesia de Santo Ildefonso, (que ainda hoje lá se
encontra) e o número badaladas correspondente eram cinco.
Imediatamente acorreu ao
local um piquete. Neste dia, e
face à situação de risco elevado, o mesmo era constituído
por: três bombas braçais do
século XIX - tração humana –
que eram transportadas por
uma guarnição de 5 a 9 homens, desde o quartel situado
na praça D. Pedro (atualmente
praça da Liberdade); O Carro
de material n.º 7, puxado a ca-
valo, (que foi utilizado no Congresso de Lyon), para transporte de pessoal, mangueiras e
material diverso, nomeadamente escadas, croques, pás e
gadanhos.
Ao seu comando vem o inspetor-geral dos incêndios, o carismático líder Guilherme Gomes Fernandes. Atrás deste
carro vêm bombeiros com material sapador diverso.
Para além destes, a habitual
presença dos aguadeiros, que
eram obrigados a prestar apoio
aos bombeiros, com o abastecimento de água às bombas,
sendo pagos em função do número de barris.
O controlo da água transportada e o seu pagamento é feito
pelo capataz que certifica com
o seu bastão o atesto dos barris.
Chegados ao sinistro, dá-se
início à montagem das bombas
de picota e socorro das vítimas.
O inspetor Guilherme Gomes
Fernandes dá a ordem para socorrer o dono do quiosque, que
se encontra desmaiado.
Dois bombeiros socorrem a
vítima com uma caixa de medicamentos e uma maca e o inspetor-geral manda avançar
com o ferido para o hospital
Santo António, que será transportado a pé.
A população ajudava os
bombeiros transportando água
para alimentar as bombas no
combate às chamas e disponibilizando vinho - com o objetivo de os ajudar a recuperar forças e matar a sede - pensamento comum na época.
Guilherme Gomes Fernandes
não permitia que os seus ho-
SEVER DO VOUGA
Infantes e cadetes na Base de Ovar
A
escola de infantes e cadetes dos Bombeiros Voluntários de Sever do Vouga
visitaram recentemente a Base Aérea de
Ovar, em Maceda, acompanhada das escolas congéneres dos Voluntários de Oliveira
de Azeméis e Aveiro Velhos. Nesta visita
os jovens bombeiros tiveram a oportunidade de conhecer realidades diferentes
associadas à Força Aérea Portuguesa
(FAP) e outras, ao invés, bem próximas,
como seja a visita aos bombeiros da base.
Caso curioso dado tratar-se da última unidade onde o comandante dos Voluntários
de Sever do Vouga, Sebastião Lourenço,
desempenhou funções até assumir aquele
comando.
A visita à Base de Ovar incluiu também
uma passagem pela sua secção cinotécnica, onde tiveram o prazer de assistir a
uma demonstração de exercícios com
cães. Por fim, foi a visita à zona de atividade do exercício HOT BALDE ali em curso,
no qual estiveram envolvidos helicópteros
de vários países europeus.
No final, antes do regresso em casa, os
infantes confraternizaram num almoço e
ainda tiveram a oportunidade de passar
pela reserva natural de São Jacinto, com a
beleza natural da Ria de Aveiro e das
praias da Costa Azul em primeiro plano.
mens em serviço ingerissem
bebidas alcoólicas por motivos
de segurança, alterando hábitos à muito enraizada entre os
bombeiros.
O Incêndio é extinto com
ajuda de quatro agulhetas de
jato contínuo. Sendo também
utilizada a preciosa agulheta
tipo chuveiro, equipamento especialmente adaptado para o
combate a incêndios em chaminés.
Não fosse a brava e rápida
intervenção do Corpo de Salva-
ção Pública – recém-chegado
do torneio internacional de
Lyon, em França e no qual obteve a medalha de ouro – o pequeno incêndio de hoje poderia
tornar-se catastrófico devido à
proximidade das habitações e
dos variados produtos à venda
altamente inflamáveis.
Depois de concluídos os trabalhos e recolhido o material,
os intervenientes regressam ao
quartel.
Sofia Toscano e subchefe
António Oliveira
AGUDA
O
Bombeiros assinalam
Dia Mundial do Rim
s Bombeiros Voluntários da Aguda, em parceria com a clínica Diaverum Hemo-Atlântico, levaram a efeito no seu
quartel um rastreio à doença renal crónica no mês julho,
numa ação inserida nas comemorações do Dia Mundial do
Rim.
A iniciativa mereceu uma significativa adesão por parte da
população, que superou todas as expectativas da própria organização, ao atingir em apenas 3 horas o rastreio a quase
200 pessoas.
Aproveitando o evento, os profissionais de saúde da clínica
Hemo-Atlântico efetuaram também uma breve sessão formativa junto dos operacionais do corpo de bombeiros da Aguda,
dos Bombeiros dos Carvalhos e dos Bombeiros de Avintes,
tendo como principal objetivo o esclarecimento de dúvidas e
apoio ao serviço diário de transporte do doente hemodialisado. abordando todas as suas especificidades.
Segundo o segundo-comandante dos Voluntários da Aguda,
César Lourenço, “são estas sinergias e espírito de partilha,
que permitem a constante evolução no serviço prestado e
como tal o aumento da qualidade do mesmo junto do utente”.
34
AGOSTO 2014
ALCANEDE
Depois da tempestade… a bonança
O Corpo de Bombeiros de Alcanede nasceu
como seção destacada dos Voluntários de
Santarém mas em 1995 ganhou autonomia.
Mais de 19 anos volvidos, a ainda jovem
associação pode, já, orgulhar-se do
trabalho desenvolvido e da tarimba dos
seus operacionais.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
O
comandante Filipe Regueira recebe a equipa
do jornal Bombeiros de
Portugal fazendo questão de a
conduzir numa visita ao operacional quartel dos Voluntários
de Alcanede, onde nos últimos
anos, muitas mudanças ocorreram.
O atual elenco diretivo, agora no início do segundo mandato, herdou uma situação financeira “complicada”, obras por
concluir e dívidas. Uma “gestão
rigorosa” permitiu, em pouco
mais de três anos, inverter o
rumo. Empenho, entrega e alguns apoios possibilitaram terminar as obras no quartel, suspensas desde 2009.
“Era prioritário dar condições
aos operacionais”, refere o presidente António Batista referindo, no entanto, que continua
por concluir a empreitada nas
áreas sociais.
“Optámos por investir em
equipamentos, viaturas e formação dos nossos bombeiros,
naquilo que fazia realmente falta para garantir o socorro às
populações”, adianta.
Comando e a direção falam a
uma só voz, a bem do desenvolvimento e estabilidade da
instituição criada como a 4.º
seção destacada dos Voluntá-
rios de Santarém, em 1986,
mas que em, apenas, uma década conquistou a autonomia.
Filipe Regueira não esconde
entusiasmo pelo desafio assumido ainda há poucos meses,
sustentado na experiência de
mais de 20 anos de bombeiro,
adquirida nos Voluntários de
Rio Maior, Pernes e nos Municipais de Santarém.
“Segundo Aristóteles, a primeira coisa que deve aprender
aquele que comanda é que não
é possível bem comandar se
antes não se tiver obedecido.
Só se aprende começando por
obedecer, desse modo, para se
comandar bem, é necessário
que obedeça para aprender e
tendo aprendido bem, saberá
ter um bom comando”, defende, salientando, no entanto o
apoio e a confiança que a direção tem concedido à estrutura
de comando.
“Une-nos a firme determinação de trabalhar e a responsabilidade com que o fazemos.
Temos, contudo temos missão
facilitada pois contamos com
uma equipa de confiança, disciplinada, com homens e mulheres com qualidades humanas,
técnicas, humanitárias e sociais”,
Também o presidente da di-
reção, António Baptista, faz
questão de sublinhar esta parceria, bem como a mais-valia
dos recursos humanos, nomeadamente dos 54 voluntários,
mas também dos 11 funcionários e até dos mais de 40 cadetes e infantes, a garantia de renovação do corpo de bombeiros.
As lacunas que no passado
comprometeram a atividade da
instituição foram colmatadas,
segundo revela o responsável
operacional
“Falta-nos apenas aquilo que
falta à generalidade dos corpos
de bombeiros: equipamentos
para incêndios florestais certificados. Em termos de viaturas
não temos necessidades prementes, com a chegada de um
novo tanque ficámos descansados”.
Também em matéria de for-
mação e instrução há um plano
que é cumprido com o máximo
rigor.
“Para além das ações de formação, faço quesão de manter
um programa rigoroso de instrução, que é fundamental para
a troca de impressões, o esclarecimento de dúvidas, o diálogo entre todos os elementos,
em suma um ponto de encontro, importante tanto para o
comando, como para o corpo
ativo”.
Também neste vertente Filipe Regueira dá conta das recrutas e formações conjuntas
com os Voluntários de Pernes,
Santarém e Rio Maior, uma estratégia que permite ganhos
para os operacionais e a redução dos custos para as associações, onde os recursos são
sempre escassos.
Uma das apostas do novo co-
mandante assenta na “alteração do paradigma em matéria
de recrutamento”, com a dinamização de ações junto do
Agrupamento de Escolas de Alcanede e das associações locais.
“Não podemos estar á espera que o voluntariado nos bata
à porta”, defende o responsável
operacional denotando preocupações com a renovação do
corpo ativo, que não pode ficar
dependente apenas da escola
de infantes e cadetes.
Num concelho com quatro
corpos de bombeiros, um deles
um efetivo municipal a consumir a maior fatia do orçamento
da proteção civil sobram poucos apoios da autarquia para as
associações humanitárias. Ainda assim, o comandante salienta a proximidade e o subsídio
mensal garantidos pela Câmara
Municipal de Santarém aos voluntários.
A junta de freguesia de Alcanede está “sempre disponível”
para apoiar e até patrocinar os
projetos da associação, ainda
que com enormes limitações
orçamentais.
“A população de Alcanede
gosta muitos dos seus bombeiros e, em períodos críticos,
sempre se uniu em peditórios e
outras iniciativas que garantissem proventos para a instituição”, diz o presidente da direção.
“Na nossa área de intervenção contamos com cinco mil
pessoas sempre disponíveis e
solidárias”, acrescenta o comandante.
Da mesma forma, também
as empresas da região valorizam o trabalho dos operacionais, garantindo apoios vários.
Ainda recentemente várias pedreiras da região ofereceram à
instituição uma quantidade significativa de pedra que foi posteriormente, rendendo “uma
verba muito interessante”.
Depois da tempestade, a bonança parece ter chegado ao
quartel de Alcanede, onde depois da “casa arrumada”, já é
possível encarar o futuro com
otimismo, até porque ideias,
projetos e vontade de os concretizar não faltam a esta equipa.
35
AGOSTO 2014
MIRANDELA
Associação centenária investe no futuro
F
undada 15 de abril de
1883, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mirandela é, atualmente, exemplo de uma instituição bem-sucedida, mercê do
trabalho da direção, presidida
por Marcelo Lago e do comando
encabeçado por Edgar Trigo.
Recusando “o estender a
mão à caridade” os Voluntários
de Mirandela têm procurado,
sobretudo, nos últimos 14
anos, assegurar as receitas que
lhes permitam libertar-se da
dependência de subsídios municipais ou estatais, criando recursos próprios, como é o caso
da gestão de um Posto de
Abastecimento de Combustíveis, uma “aventura” recente,
mas que, segundo o presidente, poderá assegurar “um encaixe financeiro importante”.
A necessidade de garantir
mais e melhor ao corpo de
bombeiros, obriga a procurar
complementos aos vários serviços prestados à comunidade,
até porque os apoios da autarquia que se traduzem na manutenção de uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP) e
de um pequeno subsídio mensal. “Nunca pedi um subsídio à
Câmara para a compra de viaturas, mas nada falta neste
Com mais de 130 anos de história, a Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Mirandela é, hoje, não obstante alguns percalços, uma
instituição estável a todos os níveis.
A qualidade dos recursos humanos, acompanhada pelo espírito empreendedor
da direção e do comando permitiram preparar a instituição para enfrentar,
com sucesso, os desafios do presente.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
complexo operacional”, salienta
Marcelo Lago.
Por outro lado, as empresas
da região que noutros tempos
satisfaziam muitas das necessidades da instituição, foram forçadas, mercê da crise nacional,
a racionar apoios. Assim sendo,
houve necessidade de delinear
novas estratégias que permitam assegurar os veículos, os
equipamentos e a formação a
mais de 60 operacionais, bem
como os ordenados das cerca
de três dezenas de funcionários, a estrutura que assegura
a qualidade do socorro prestados a mais de 25 mil pessoas
Marcelo Lago fala de uma
“gestão apertada, rigorosíssima”, a única forma de garantir
a sustentabilidade desta casa.
Refira-se que o dirigente tem
tido uma missão espinhosa,
tendo em conta que desde
1983 já foi chamado a resolver
várias crises, nomeadamente,
em 2000, quando já afastado
da vida da instituição se viu
forçado a voltar para devolver
a estabilidade ao quartel.
“Em 2000 foi confrontado
com uma situação complicada…
dividas e poucas viaturas”, restou a Marcelo Lago arregaçar
as mangas e inverter o processo de declínio.
“O quartel acusava enorme
desgaste e pedia, obras de requalificação, no parque de viaturas existam apenas quatro
ambulâncias, uma escada Magirus, um auto tanque e um
carro antigo de combate a incêndios”, refere, falando com
orgulho da frota que, atualmente, apoia os operacionais,
mas também da requalificação
das instalações, na qual foram
investidas, só no ano passado,
mais de 170 mil euros, sendo
que a associação se prepara
para substituir as caixilharias
de portas e janelas e para intervir no parque de viaturas.
“A nível da região norte não
haverá outro quartel com tão
grande disponibilidade de viaturas de equipamentos. Todo o
tipo de respostas estão cobertas”, afiança o adjunto Luís
Soares, dando conta do enorme esforço da direção para satisfazer as necessidades do
corpo de bombeiros.
Neste âmbito importa também destacar que, a associação avançou com uma verba de
22 mil euros para a aquisição
de equipamentos de proteção
individual para combate a incêndios, para que ainda este
ano pudesse ser garantida a
segurança da ECIN, pois a má
gestão do processo pelas comunidades intermunicipais inviabilizou a disponibilização do
fardamento certificado em
tempo útil.
A formação é, obviamente,
questão prioritária também em
Mirandela. ainda que Luís Soares aponte o dedo à Escola Nacional de Bombeiros pelo “deficit de ações na vertente de
combate a incêndios florestais,
que tardam em chegar ao distrito de Bragança”.
De resto a associação tem
feito de tudo para que “nada
falte aos bombeiros”, pois “há
poucos incentivos para estas
pessoas”, salienta o presidente
defendendo a necessidade de
“a nível local encontrar mecanismos para apoiar e motivar
os bombeiros e que permitam
atrair novos elementos”
O adjunto de comando dá
conta de um amplo trabalho de
captação, nomeadamente nas
escolas, mas também na imprensa e nas associações locais.
Dinamismo é pois a imagem
de marca desta instituição, que
aos 131 anos respira vitalidade
e juventude. O pioneirismo dos
fundadores, nomeadamente,
do presidente Augusto Pereira
Guimarães e comandante Simão Marques Pinheiro continuam a nortear a equipa que
em 2014 continua a escrever a
história da instituição.
36
AGOSTO 2014
GUA
Egitanienses
Bem instalados e equipados
os Voluntários Egitanienses podem ainda
orgulhar-se de um corpo de operacionais
de elite, preparado para responder
às solicitações de um território
com muitos desafios.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
C
onstruído há cerca de
uma década, no âmbito
do programa Polis, o
quartel do Bombeiros Egitanienses, na Guarda, é um
complexo amplo funcional que
tem como mais-valia a operacionalidade à imagem e semelhança dos quartéis alemães
nomeadamente de Fsigburg,
com o qual os voluntários
mantêm, há anos, uma importante parceria.
“Este complexo continua a
dar resposta plena à atividade
do corpo de bombeiros”, garante Luís Borges, o presidente da direção
Esta estrutura, que conta
com 120 bombeiros e 24 funcionários, aposta na formação e na
preparação dos operacionais,
bem como num conjunto apre-
ciável de meios para garantir a
proteção e socorro a cerca de
38 mil habitantes, em 30 freguesias dispersas um território
de mais 600 km2.
“Temos na nossa área de intervenção uma série de desafios, nomeadamente as vertentes urbana e industrial, grande
área do Parque Natural de Serra
da Estrela, mas também neve e
o eminente risco de incêndios
florestais”, refere o comandante
Paulo Sequeira.
A crise do voluntariado parece não ter chegado à Guarda,
facto que o presidente da direção, Luís Borges, atribui à estabilidade social e profissional que
caracteriza um concelho com
uma baixa taxa de desemprego.
Motivar o pessoal mais antigo, fomentar as relações com
os mais novos e ao mesmo
tempo assegurar, todos os
anos, a entrada de novos elementos, são na ótica do presidente pilares importantes para
manter a coesão de um grupo
sempre empenhado e determinado, quer nos mais distintos
teatro de operações, quer no
quartel, onde fazem questão
de apoiar em todas as tarefas,
nomeadamente no trabalhos
de manutenção do complexo.
Os maiores investimentos
desta instituição traduzem-se
em formação, na aquisição de
nos equipamentos e na segurança dos bombeiros.
Este é a todos os níveis um
quartel muitíssimo bem equipado, ainda por estes dias ganhe destaque a viatura coqueluche do quartel: uma viatura
especial de intervenção com
características “roll-off” que
dispõe de vários contentores
com distintas especificidades
que podem usados em vários
teatros de operações.
Para além dos equipamentos, a associação congratula-se
ainda “com muita formação, a
instrução muito mais exigente
do que estabelecida pela legislação”, que é garantida ao efetivo, não só pelos formadores
internos mas também fora de
portas.
“A despesa é grande mas a
direção está sempre disponível
para investir nos seus operacionais” diz o comandante.
Esta uma instituição financeiramente saudável, que tem
como fontes de receita o servi-
ço de transporte de doentes,
os subsídios estatais e um outro apoio pontual.
Os Voluntários Egitanienses
não recebem qualquer verba
da autarquia da Guarda, para
além da comparticipação para
a Equipa Intervenção Permanente (EIP).
“Esta é uma situação que
nos casa algum transtorno, até
porque a autarquia ainda tem
uma divida antiga para com a
associação. Estamos a tentar
avaliar esta situação com o
presidente e acreditamos ser
possível ultrapassar este impasse, até porque não estamos
a pedir qualquer subsídio, mas
37
AGOSTO 2014
ARDA
são exemplo
sim uma compensação para o
serviço que prestamos ao município”, destaca Luís Borges.
Alguns beneméritos insistem, ainda, em colaborar com
a associação, ao contrário das
empresas que nunca deram
muita atenção aos bombeiros,
como acontece em muitas ou-
tra zonas do país, dá conta o
presidente salientando no entanto outras parcerias, nomea-
damente com a Land Rover
que “permitiu recuperar um
antigo veiculo, mas ainda operacional e que muita falta faz à
associação”.
Tudo o resto é muito trabalho dos próprios operacionais
que se desdobram na organização de eventos vários, que
não só permitem aproximar a
comunidade ao corpo de bombeiros, como garantem verbas
importantes para o quartel,
que ainda recentemente foi be-
neficiado com um novo ginásio
e com equipamento diverso,
nomeadamente para equipar
as ambulâncias.
Muito empenho e total abnegação permitem, assim, encarar o futuro com otimismo,
essa é pelo menos a postura de
um punhado de homens de
mulheres que da Guarda dão
um exemplo ao País, honrando
uma instituição que ainda há
poucos dias assinalou 138 anos
de existência.
38
AGOSTO 2014
MESÃO FRIO
Associação promove cortejo de oferendas
PORTO
C
BSB recebe visitantes especiais
aminhamos para um futuro onde a política
educacional de inclusão de crianças e jovens “especiais” na sociedade, passará a ser
uma prioridade básica, bem como, a necessidade do aumento de programas específicos
que atenda às suas necessidades.
No sentido de conquistar a autonomia e
consequente inclusão da criança deficiente na
sociedade e, sendo a figura do bombeiro a
personificação do esforço e luta constante
pela vida, a interação com crianças portadoras
de deficiência é enriquecedora.
Nesse sentido, o Batalhão de Sapadores
Bombeiros do Porto (BSB) recebeu no passado dia 6 de agosto uma visita especial da Unidade de Deficiência do Centro Social Paroquial
de Alfena,
Durante a visita houve a oportunidade de
levar ao conhecimento destes jovens um pouco do histórico e da atividade desenvolvida
diariamente pelo BSB, bem como, uma breve
abordagem sobre as várias viaturas e do fim a
que se destinam.
Foi-lhes dada ainda a oportunidade de assistirem a algumas demonstrações operacionais, tendo a possibilidade de experimentar
algum material de proteção individual e de
combate a incêndios usado pelos operacionais
do Batalhão, momento alto da visita que decerto ficará para sempre na lembrança, que se
traduziu num misto de sensações especiais,
traduzidas em “pequenos gestos que marcam
uma vida”, bem patente no sorriso que aflorou
o rosto de cada um dos visitantes.
São momentos como estes que se tornam
aprazíveis, não só para estes jovens “espe-
A
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de
Mesão Frio (AHBVMF) realizou
no passado dia 27 de julho, o
Cortejo de Oferendas, iniciativa
que contou com o apoio da câmara municipal, das cinco Juntas de freguesia, das instituições e associações concelhias e
da população em geral. Esta
ação teve como objetivo envolver a comunidade com a oferta
de géneros para serem leiloados e conseguir desta forma, angariar fundos
para a aquisição de uma ambulância de transporte múltiplo (ABTM) no valor de 35 mil euros.
O cortejo, que decorreu em simultâneo com a
4.ª edição da Feira do Petisco, Vinhos e Produtos
Regionais, integrou o desfile do corpo ativo e de
todas as viaturas de combate a incêndios, e vários carros alegóricos que percorreram as principais ruas de Mesão Frio com as ofertas que foram desde dinheiro a produtos da terra e outros
bens.
No final foram apurados cerca de 20 800 euros
32 cêntimos, importante verba que na ótica dos
responsáveis da associação humanitária revela
“o espírito forte e prestativo de toda a população, que nunca deixou de ajudar os bombeiros”,
dando conta que este ano a iniciativa permitiu
“angariar mais fundos do que na última edição”.
“Agora a prioridade é a aquisição de uma ambulância que substitua uma mais antiga, com 16
anos de utilização e com mais de 530 mil quilómetros feitos”, revela a mesma fonte.
LEIXÕES
ciais”, como para Batalhão de Sapadores
Bombeiros pelo intercâmbio de sensações
onde todos saímos mais enriquecido enquanto
pessoas e profissionais.
Textos e fotografias GOP\BSB
MINDE
Operacionais em campeonato
O
Bombeiros nas festas
s Bombeiros Voluntários de
Leixões, associaram-se às
Festas dos Pescadores de Matosinhos, que se realizaram nos
dias 18,19 e 20 de julho, marcando presença na Missa em
honra do Mártir São Sebastião, e
na majestosa procissão que percorreu as principais artéria da
cidade. Para além dos homens e
meios do corpo ativo, também a
fanfarra dos voluntários leixonenses abrilhantou o préstito.
SÃO BRÁS DE ALPORTEL
P
A
equipa de Salvamento e Desencarceramento
dos Bombeiros de Minde pelo segundo ano
consecutivo, participou no campeonato nacional
promovido pela Associação Nacional de Salvamento e Desencarceramento, que se realizou em
Leiria.
Este foi, assim, um fim de semana marcado
pela troca de conhecimentos e do agilizar das
técnicas que visam melhorar o socorro das populações.
Fonte dos Voluntários de Minde defende que
“iniciativas desta natureza são importantes por-
que permitem aos operacionais treinar e praticar,
em suma serem melhores”.
Sub Chefe- Mário Salcedas
B.V. Minde
Quinto lugar no BTT mundial
edro Brito, bombeiro de 3.ª do corpo de bombeiros da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de São Brás de Alportel, participou mais uma vez, em representação da Associação e do concelho de São Brás de Alportel, no
Campeonato do Mundo de Bombeiros em BTT
2014, decorrido entre os dias 27 e 28 junho, em
Saint- Croix, Suíça.
O bombeiro português obteve um honroso 5.º
lugar da classificação geral, na categoria Veteranos 2, com o dorsal nº 103. Realizou para essa
conquista, o tempo final de 01h53m27s em circuito XCO Olímpico, com um total de 31.2 quilómetros.
A esse propósito, a Associação dos Bombeiros
de São Brás de Alportel expressa um agradecimento à Câmara Municipal e à Junta Freguesia
“pela atribuição de patrocínios financeiros, assim
como à organização da prova pelo apoio prestado
na estadia”. Ao atleta e bombeiro Pedro Brito, a
Associação “apresenta um efusivo e reconhecido
voto de parabéns pela sua dedicação”.
39
AGOSTO 2014
orque estamos num período
a que erradamente se chama da “época dos incêndios florestais” – como se os incêndios
florestais não existissem durante todo o ano como tem sido
o ano em curso em que na época baixa já aconteceram fogos
onde foram destruídos milhares de hectares de matos e florestas – penso, mesmo assim,
ser este o momento apropriado
para se falar da prevenção que
normalmente não se faz.
De facto, os trabalhos desenvolvidos pelos GIPS da
GNR, aquartelados em Alcaria
– Porto de Mós, têm tido resultados extraordinários nomeadamente no concelho de Alcanena, que conheço melhor. A
sua presença, o seu contacto
pedagógico com as populações
têm sido alvo de todos os elogios, aliás bem merecidos. É
certo que nem todos os proprietários compreendem as razões do interesse da limpeza
dos matos que circundam as
suas habitações e outras construções. Mas quando vêem os
Foto: Paulo Ferro
P
Incêndios florestais, prevenção e limpeza dos terrenos
seus bens em perigos sabem
gritar que os Bombeiros não
chegam a todo o lado. Este trabalho dos GIPS é primordial
para que os meios dos Bombeiros se possam concentrar no
combate aos fogos, em vez de
se dispersarem na defesa das
habitações quando circundados de mato, quantas vezes
até ao telhado.
A lei existe – limpeza de 50
metros em redor das construções – mas muitas vezes não é
respeitada. Daí a razão de tantas aflições que as televisões
exploram em termos mediáticos. E daí também as tragédias
da perda de vidas humanas,
especialmente de Bombeiros
que juraram dar a Vida por
Vida, mas não a Vida por uma
árvore ou por uma casa, com
infelizmente tem vindo a acon-
em agosto de 1994
tecer frequentemente ao longo
dos últimos anos. Por tudo isto
é de louvar o trabalho sistemático dos GIPS/GNR, que como
O
força da autoridade é mais respeitada e com bons resultados.
Seria importante que este
serviço pudesse ser alargado a
todo o país, em sintonia com as
autarquias e com os Sapadores
Florestais Municipais e Associativos na silvicultura preventiva,
começando por limpar lotes
municipais e caminhos rurais,
para darem bons exemplos de
cidadania e facilitar a vida aos
Bombeiros que estão sempre
disponíveis para defender as vidas e bens do seu semelhante.
Mas também as grandes empresas como as Estradas de
Portugal, as concessionárias
das auto-estradas, a REN nos
canais por onde passam linhas
de alta tensão e condutas de
gás, as empresas de telecomunicações nas zonas por onde
passam as suas linhas, a CP e/
ou a REFER junto às linhas ferroviárias, especialmente as
mais abandonadas e até o Estado Português, nas suas florestas, como o caso do Pinhal de
Leiria, poderiam – deveriam –
fazer uma prevenção mais efectiva sempre no sentido da defesa do ambiente, da natureza,
do bem comum e ao mesmo
tempo na defesa e na segurança dos Bombeiros nos combates
desiguais que são obrigados a
travar com o inimigo comum –
o fogo.
O ditado é antigo: Vale mais
prevenir do que remediar, e se
cada um de nós cumprisse a
sua obrigação, tudo seria melhor para todos.
Carlos Pinheiro
09.07.14
Bombeiros
verão começa, com ele chegam as férias
escolares, felizmente a maioria dos jovens ocupa o seu tempo em trabalhos sazonais - alguns muito enriquecedores do ponto
de vista curricular, outros nem tanto mas que
são importantes ajudas nestes tempos conturbados - outros desfrutam das férias depois de um ano exigente a nível académico,
a divertirem-se com amigos, em banhos de
sol e a dar mergulhos nas nossas belas
praias, a viajarem por esse mundo fora e a
voltarem mais ricos culturalmente e com experiências para contar ou simplesmente a
divertirem-se. Confesso que em muitos verões me inclui nestes últimos grupos.
Porém quis escrever este texto, para deixar uma palavra de apreço aos nossos Bombeiros, muitos deles privados de viver o que
acima descrevi mas certamente com uma
realização pessoal enorme, por estarem a
prestar um verdadeiro serviço cívico à comunidade, arriscando em muitas situações as
suas vidas, em prol da segurança dos outros.
Por ter vários amigos que lutam diariamente
por esta causa, fui ganhando cada vez maior
admiração por todos os Bombeiros, mulheres
e homens que abdicam do seu tempo em família, de horas de sono e das merecidas férias. Uma referência também para os dirigentes destas Associações Humanitárias que
tudo fazem, para que haja as melhores condições possíveis para as suas e os seus guerreiros.
Não necessito de deixar palavras de força,
coragem ou determinação pois todos tem esses atributos para dar e vender, deixo um
sentido e profundo : OBRIGADO!
João Rocha
Deputado da Assembleia Municipal
de Cascais
ANIVERSÁRIOS
1 de setembro
Bombeiros Voluntários de Carnaxide . . . . 102
4 de setembro
Bombeiros Voluntários da Ericeira . . . . . . . 83
5 de setembro
Bombeiros Voluntários
de Póvoa de Lanhoso . . . . . . . . . . . . . . . 110
7 de setembro
Bombeiros Voluntários
de Cabanas de Viriato . . . . . . . . . . . . . . . 79
8 de setembro
Bombeiros Voluntários de Folgosinho . . . . . 77
10 de setembro
Bombeiros Voluntários de Alter do Chão . . 66
Bombeiros Voluntários de Castro Verde . . . 32
12 de setembro
Bombeiros Voluntários da Lixa . . . . . . . . 125
Bombeiros Voluntários
de Areosa-Rio Tinto . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
Bombeiros Voluntários de Vimioso . . . . . . . 82
14 de Setembro
Bombeiros Voluntários
de Caldas da Rainha . . . . . . . . . . . . . . . 119
Bombeiros Voluntários de Sacavém . . . . . 117
Bombeiros Voluntários de Góis . . . . . . . . . 58
15 de setembro
Bombeiros Voluntários de Gondomar . . . . 101
Bombeiros Voluntários de Vagos . . . . . . . . 86
Bombeiros Voluntários de Vidago . . . . . . . 47
16 de setembro
Bombeiros Voluntários de Tondela . . . . . . . 90
Bombeiros Voluntários
de Vila Franca das Naves . . . . . . . . . . . . . 18
18 de setembro
Bombeiros Voluntários de Favaios . . . . . . . 99
Bombeiros Voluntários
de Pedrógão Grande . . . . . . . . . . . . . . . . 66
19 de setembro
Bombeiros Voluntários de Almoçageme . . 119
Bombeiros Voluntários
de Figueira de Castelo Rodrigo . . . . . . . . . 77
Bombeiros Voluntários de Cabo Ruivo . . . . 37
Bombeiros Voluntários de Penela . . . . . . . 34
20 de setembro
Bombeiros Voluntários de Leça do Balio . . . 83
22 de setembro
Bombeiros Voluntários de Algés . . . . . . . 112
Bombeiros Voluntários
de São João da Pesqueira . . . . . . . . . . . . 107
23 de setembro
Bombeiros Voluntários
de Carregal do Sal . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
24 de setembro
Bombeiros Municipais do Funchal . . . . . . 126
25 de setembro
Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima . 127
26 de setembro
Bombeiros Voluntários de Cruz de Malta . . 96
27 de setembro
Bombeiros Voluntários da Nazaré . . . . . . . 87
30 de setembro
Bombeiros Voluntários da Malveira . . . . . . 70
Bombeiros Voluntários da Trofa . . . . . . . . . 38
Bombeiros Voluntários de Santana . . . . . . 29
Fonte: Base de Dados LBP
40
AGOSTO 2014
SEGURANÇA
CEDIDA PELA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
MIRANDA DO DOURO
O
Nuno prestes a ter alta
bombeiro dos Voluntários
de Miranda do Douro,
Nuno Magalhães, ferido com
gravidade no combate a um
incêndio em meados de julho
está prestes a ter alta.
O Nuno encontra-se internado no Hospital da Prelada,
foi tratado na unidade de
queimados daquele estabelecimento, onde foi sujeito a
um tratamento intensivo às queimaduras sofridas e a uma
intervenção cirúrgica a uma perna, partida em consequência
do sucedido quando procedia ao combate à chamas. Neste
momento, está a ser sujeito a fisioterapia, podendo ter alta
nos primeiros dias de setembro.
Deste incidente resultaram mais três bombeiros feridos e a
perda total da viatura com que estavam a trabalhar.
Os três bombeiros feridos, António Machado, Frederic Monteiro e Ana Rita, foram sujeitos a vários tratamentos. Entretanto, tiveram alta e já retomaram o serviço no corpo de
bombeiros.
A estes bombeiros, bem como a todos os outros que este
ano já foram vítimas do combate às chamas endereçamos um
forte abraço de solidariedade e de pronto restabelecimento.
LOUVOR/REPREENSÃO
À Associação de Bombeiros Voluntários
Mistos de Amora por se ter juntado à “task-force” solidária de outras três associações
do distrito de Setúbal para com os companheiros de Alvalade.
A alguns processos de contratação de
aquisição de EPI que, pelos vistos, correram
mal, a acabar no relatório preliminar do concurso da ANPC que, segundo os concorrentes, também é difícil de perceber em alguns
dos seus itens.
Bombeiros portugueses
vão ter nova casa
A
Quinta de S. Cristóvão, no Paço do
Lumiar, em Lisboa, será, num futuro
muito próximo, a sede da Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP), ou seja, a
casa dos bombeiros portugueses. A Quinta
foi cedida em regime de superfície pela Câmara Municipal de Lisboa, presidida por António Costa, pelo prazo de 50 anos, prorrogável por sucessivos períodos de 25 anos.
A cedência foi aprovada por unanimidade
na reunião de Câmara de 9 de julho último
e aprovado pela Assembleia Municipal no
dia 29 do mesmo mês.
A decisão da Câmara resulta de uma sucessão de contactos coordenados pelo presidente do conselho executivo da LBP, comandante Jaime Marta Soares, tendo em
conta a conclusão sustentada sobre a inviabilidade de poder vir a aproveitar o terreno
situado na Rua de Campolide, cedido há
anos pela Câmara de Lisboa à Liga e para o
qual chegou a haver estudo prévio.
A imponência da fachada do edifício principal da Quinta de S. Cristóvão, no Largo de
S. Sebastião, ao Paço do Lumiar, caracteriza bem a memória passada de uma zona
histórica da cidade de Lisboa marcada pela
transição rural/urbana de outros tempos e
cuja recuperação e reaproveitamento para
outras funções parece ser agora a aposta
da própria autarquia. Nesse sentido, está
prevista para breve a instalação da Área
Metropolitana de Lisboa num edifício contíguo ao da nova sede da LBP.
A necessidade da adaptação dos espaços
A Crónica
do bombeiro Manel
D
interiores do edifício para as novas funções
é definida pelo comandante Jaime Soares
como “uma aposta importante para a qual
estamos já a tentar obter apoios que nos
permitam realizar as obras sem praticamente custos para a Liga”.
A atual sede da LBP, na Rua Eduardo Noronha, segundo o comandante Jaime Soares, deverá permanecer na posse da confederação e o seu futuro “deverá implicar à
sua volta uma profunda reflexão em que
todos, em conjunto, todos mesmo, deveremos participar e decidir”.
A nova sede da LBP é um sonho mantido
desde 1988, na sequência da saída das instalações arrendadas de então, na Rua Barata Salgueiro, em risco de ruína permanente.
A saída desse local implicou a transfe-
rência para as atuais instalações, entretanto adquiridas, e praticamente coincidente
com a obtenção do terreno municipal da
Rua de Campolide. O aproveitamento deste ficaria progressivamente condicionado,
quer pelo estudo urbanístico imperativo
traçado para o local, quer pelo elevado
custo e pela inadequação do edifício a implantar ali ao funcionamento da própria
Liga.
“Havia que encontrar uma solução e foi
disso que fomos à procura, para a qual trabalhámos e que encontrámos, também
com o apoio inequívoco do presidente da
Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, do vereador Manuel Salgado e de muitos responsáveis e técnicos municipais”,
sublinha o presidente da LBP.
Uma árvore nunca vai valer uma vida
e uma maneira ou de outra sempre andámos aí pelos montes a
apagar fogos. Umas vezes íamos
atrás dele. Outras vezes vinha em
nosso alcance. Como tantos outros,
também apanhei os meus sustos
mesmo nos montes e vales que dizia
conhecer como as palmas da mãos.
Durante anos acho que não se cuidou de dar aos bombeiros o material
que lhes garantisse a segurança nos
fogos na floresta. Nesses tempos,
também, quando o material já existia nem sempre o íamos utilizando
como devido.
Mas os tempos foram mudando, o
pessoal foi tendo mais consciência
da necessidade de acautelar a sua
segurança e a dos companheiros.
Mas a floresta também foi mudando, foi-se tornando mais traiçoeira,
mais perigosa, com mais armadilhas,
como muita manta morta de muitos
anos, zonas completamente fechadas em que o mato quase toca as
copas das árvores. Antes muitas vezes não era assim, o mato servia
para a cama dos animais e depois
para estrumar a terra. Limpar os
montes era aproveitar tudo o que
eles davam e depois ajudava a evitar
também o fogo.
Sempre houve fogo e dificilmente
vai alguma vez ser possível acabar
com ele. Por isso, se temos que viver
com ele é bom que saibamos saber
viver com ele, e isso quer dizer que
nos temos que equipar devidamente
para o combater.
No ano passado por esta altura lamentámos a morte de companheiros
nossos, muitos no despertar da vida e
já sacrificados no braseiro da floresta.
Pensar neles é desejar que a mais
nenhum venha a acontecer o mesmo.
Para isso, é preciso os ditos equipamentos que tardam. Mas cheguem
esses equipamentos mais cedo ou
mais tarde o importante é que com
eles ou sem eles cuidemos sempre da
segurança dos bombeiros. Os equipamentos não resolvem tudo, são importantes mas só por si não garantem
tudo.
Por isso, amigos, na certeza que
sempre apagámos e vamos continuar
a apagar fogos importa que ao dar o
nosso melhor não ponhamos em causa também o que é bom para nós,
para os nossos companheiros do cor-
po de bombeiros e para as nossas famílias, que é a nossa companhia.
Uma árvore, por muito que valha,
nunca vai valer uma vida.
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