Comunidade quilombola Invernada Paiol de Telha: corpo, dança e

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Comunidade quilombola Invernada Paiol de Telha: corpo, dança e
ENGRUPEdança 2011
ISSN 1982-2863
Comunidade quilombola Invernada Paiol de Telha: corpo, dança e religião
Gislaine Gonçalves, Renato Rangel, Larissa Michelle Lara (GPCCL, PEF – UEM)
Resumo
Este artigo retrata a dança de orixá não apenas como forma de expressão corporal e suas
relações com a cultura afro-brasileira, mas também como meio de resistência a uma posição
culturalmente imposta ao negro e suas tradições. A comunidade quilombola Invernada Paiol de
Telha, no município de Guarapuava-PR, foi tomada como campo investigativo, em especial, as
danças realizadas pela Cia. de Música e Dança Afro Kundun Balê, existente há cinco anos na
comunidade, que assume a responsabilidade de consolidar formas gestuais articuladas com a
religião do candomblé. A inserção em campo traz como recorte o corpo que dança, que reza,
que brinca e que vive nesse momento a retomada do candomblé na comunidade, não como
religião imposta a ela, mas como prática escolhida e reconhecida por esses atores sociais. O
estudo aponta para a consolidação da dança de orixá como meio fundamental no processo de
valorização da cultura afro-brasileira por meio de ações que buscam transcender o espaço da
comunidade.
Palavras-chave: Candomblé, Festa, Corpo, Dança.
Abstract
This article depicts the orixá´s dance not only as a form of body language and its relations with
the african-Brazilian culture, but also as a means of resistance to a culturally imposed on the
black position and its traditions. The quilombo Invernada Paiol Telha in the city of GuarapuavaParaná State, was taken as an investigative field, especially the dances performed by the
Company of African Music and Dance Kundun Balê has existed for five years in the community
that takes responsibility for consolidate gestural forms articulated with the religion of
candomble. The integration brings the field cut the dancing body, who pray, who plays and who
lives at this point in the resumption of Candomblé community, not as a religion imposed on it,
but as practice chosen and recognized by these social actors. The study points to the
consolidation of the orixá’s dance as a fundamental means in the process of valuing africanBrazilian culture through actions that seek to transcend the space community.
Keywords: Candomblé, Party, Body, Dance.
Introdução
A comunidade Invernada Paiol de Telha foi escolhida para essa investigação por ser a única
comunidade que apresenta uma ligação das práticas corporais com a religião afro-brasileira, de
forma organizada e compromissada com a comunidade. Rompe com o preconceito e procura
incentivar a educação e os valores intrínsecos à religião do candomblé como ferramentas
necessárias à conquista do seu espaço na sociedade. A pesquisa de campo, com observação do
cotidiano da comunidade e dos ensaios da Cia de música e dança Kundun Balê, bem como, sua
organização e relações com a comunidade, deu-se em dois momentos de inserção, sendo o
primeiro em um período de cinco dias em dezembro de 2010 e o segundo em vinte dias no mês
de julho de 2011, quando foram realizadas entrevistas semi-estruturadas e anotações em
diário de campo.
Localizada no município de Guarapuava-PR, conforme a “Nova cartografia social dos povos e
comunidades tradicionais do Brasil” (2009), a comunidade quilombola Invernada Paiol de Telha
Fundão possui quatro núcleos, denominados como: Núcleo Barranco, Núcleo Pinhão, Núcleo
Assentamento e Núcleo Guarapuava. A pesquisa em questão teve como ponto de partida o
núcleo do assentamento, localizado a 35 km da cidade de Guarapuava com 26 famílias
descendentes de negros (quilombolas) e aproximadamente 30 famílias sem terras assentadas
pelo INCRA;
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A estrutura de trabalho da comunidade baseia-se na agricultura familiar, na criação de gado
leiteiro, horta comunitária, produção de pães, bolachas e queijos caseiros. Toda a produção,
além de subsidiar a alimentação básica das famílias, é vendida para uma feira em Guarapuava,
onde muitos possuem empregos , assim como nas colônias alemãs Dado o fato de o
assentamento ser formado por católicos, protestantes e membros do candomblé, o convívio
não é pacífico. Encontramos três lideranças que lutam pelo assentamento, e, entre essas
lideranças, destacamos a Cia. de Música e Dança Afro Kundun Balê.
O grupo Kundun Balê possui em sua formação alguns integrantes que participam efetivamente
do culto religioso aos orixás do candomblé, o que pudemos verificar em alguns espaços do
barracão de ensaios onde são cultuadas os Orixás Exu, Iansã e Oxalá, além de práticas
religiosas cotidianas de alguns membros do grupo, como o hábito de fazer oferendas. O grupo
é formado por crianças, jovens e pais descendentes de quilombolas, tendo completado 5 anos,
em 2011, de lutas pela valorização da cultura afro-brasileira.
Para entendermos o cotidiano dos adeptos do candomblé nessa comunidade faz-se necessário
a compreensão da própria religião, que tem como alicerce a crença nas divindades
denominadas orixás e como desenvolvimento o culto a eles, que predispõe um determinado
rito e preceitos. Os orixás representam os elementos da natureza, como a terra, a água, o
fogo, o ar e os metais. Cada orixá corresponde a uma dessas forças e pode variar em número
de acordo com o rito, bem como em nomenclatura, sendo adotada na comunidade o rito de
Keto (nação africana cujo rei seria Oxóssi - senhor das matas), o que não significa ser o orixá
da casa1 que, nesse caso, é de Iansã – senhora dos ventos e das tempestades.
Nesse sentido, as danças aos orixás2 servem como mecanismo de reverência e integração do
corpo físico às energias da natureza, de modo que sua expressão corporal tende a manifestar
estilos próprios, mas que possuem uma essência comum. A dança, no candomblé3, para o
grupo Kundun Balê, ajuda a revelar suas origens, bem como determina as formas de luta por
seus direitos, trazendo subsídios para divulgação da cultura afro-brasileira por meio de suas
apresentações e participações em eventos pelo Paraná, assim como por outros Estados
brasileiros. Tem por meta levar às outras comunidades quilombolas a cultura afro-brasileira
que muitos desconhecem que herdaram de seus antepassados. Ainda, busca a garantia da
inserção das crianças e jovens na escola e nas universidades da região, a exemplo de alguns
integrantes que cursam a faculdade de Educação Física e História, pois entende que nenhum
integrante pode estar fora desses espaços, condição essencial para seu desenvolvimento e
aprimoramento.
O contexto do candomblé na comunidade
O processo da inserção da religião do candomblé na comunidade foi secundário à formação do
Kundun Balê que procurou, desde sua fundação, resgatar a valorização do negro e seu espaço
na sociedade. Para tanto, foi fundamental a introdução da dança de orixá, assim como as
histórias dos orixás, a musicalidade, os cantos, sendo, aos poucos, contextualizados na
comunidade, o que para muitos significava uma afronta às religiões tradicionais existentes no
quilombo. Para se dançar a dança de orixá não é necessário pertencer à religião, fazer
1
A casa refere-se ao templo onde são realizadas os cultos e as festas. No caso dessa comunidade, é o
próprio barracão de ensaio do kundun Balê.
2
A dança aos orixás representa a dança realizada durante o culto do candomblé.
3
A dança de orixá é a maneira artística da dança que representa os orixás.
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oferendas, nem mesmo estar emanado pelas forças advindas da relação do homem com seu
orixá, conforme se preconiza na religião, mas é preciso compreender a representação de cada
orixá, tal qual um ator faz ao interpretar um personagem.
O candomblé nasce na comunidade com a dança, com a música e a alegria já incutida nos
atores, sendo essa transição do profano ao sagrado o novo desafio. Nessa perspectiva, Lara
nos aponta que:
[...] Pensar na dança como uma das formas de reencontro do humano
consigo e com os outros, seja nos espaços sagrados, seja na vida profana,
é algo desafiante e, talvez, sejam estes desafios que conduzam a novos
encadeamentos [...] (LARA 2008, p.23).
As crianças foram os primeiros a integrarem o grupo, seguidos pelos jovens e suas mães.,As
aulas de percussão motivaram boa parte dos jovens, bem como as aulas de dança de cunho
afro; o grupo procura trazer novos elementos culturais que possam contribuir nesse processo
de formação de seus integrantes, visando ampliar os seus referenciais de vida e cultura, a
exemplo de aulas como ioga, de diversos ritmosde danças e aulas de teatro. Aos poucos, o
Grupo foi integrando mais componentes que passaram a se envolver cada vez mais com suas
vidas, orientando sempre para o estudo.
A relação da dimensão afro como elemento chave no grupo Kundun Balê favoreceu o resgate
de suas formas próprias de cultura, uma vez que os integrantes desse grupo sentiram a
necessidade de (re)significar sua identidade a partir da escolha de seu próprio nome,
reafirmando as tradições africanas. Para tanto, diversos nomes afro e seus significados foram
apresentados ao grupo, fazendo com que crianças, jovens e adultos se orgulhassem de seu
nome que é mais do que apenas um nome artístico, mas a representação de sua identidade, a
exemplo de Evanildo que hoje é reconhecido como Luba, que significa aquele que acredita nas
plantas ou de Eliete, reconhecida por Afixirê, que significa mulher bonita.
A importância do grupo para a comunidade é percebida na fala de Afixirê ao responder se o
Grupo Kundun Balê favorece alguma forma de mudança na sociedade com relação à cultura
afro-brasileira.
Eu acho que sim, é tirar aquela historia de que negro é coitadinho que tem de
estar num nível a baixo. É uma forma de mostrar que o negro tem uma coisa
própria e que é diferenciado de todas as outras pessoas e que é bonito. E então,
eu acho que tem essa vantagem. O grupo... ele mostra a força que o negro tem
através da música da dança4.
Essa mudança está diretamente relacionada às apresentações artísticas do grupo, no qual
procura enfatizar nas danças de orixás, a representação das possibilidades do homem
potencializadas pelas divindades, numa relação com a ancestralidade advinda dos próprios
integrantes..Da mesma forma que lhes eram apresentadas a cultura afro, a curiosidade e a
vontade de aprender mais sobre essa cultura deu um novo viés ao Kundun que foi o da religião
do candomblé. O primeiro passo foi buscar uma representante legítima da religião na Bahia que
se dispôs a ir até o grupo e a partir das explanações a respeito da religião, pôde então se
aproximar ainda mais e hoje como adeptos da religião, alguns integrantes já estão em
processo de iniciação ao culto para garantir a religião na comunidade como símbolo da luta dos
negros à condição imposta pela hegemonia européia e cultura de branqueamento.
A garantia dessa sobrevivência fica mais evidente nesse processo do grupo, no sentido de
(re)significar a dança nesse contexto, passando de dança de orixá para dança aos orixás, o que
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AFIXIRÊ. Comunidade quilombola Invernada Paiol de Telha. Entrevista concedida a Gislaine Gonçalves. Guarapuava,
jul. 2011.
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representa uma nova configuração da dança, pela inclusão de mais um elemento que é a
representatividade do orixá pela dança, deixando de lado a dança coreografada, os gestos
ensaiados, para uma vivência mais emotiva relacionada a um corpo livre das dominações que
determinam padrões, cultuando em festa a cada orixá. A compreensão do sagrado possibilita
novas experiências na relação dos conhecimentos da vida profana com o sagrado e, no caso
dessa comunidade, a (re)significação. “O ingresso no mundo do sagrado ocorre pela condição
de retorno ao profano e vice-versa, quando os ritos assumem um papel fundamental”( LARA,
2008, p.44).
Cotidiano e festa: o corpo e suas relações com o candomblé
O entendimento de festa no contexto do candomblé está intimamente ligado às práticas
corporais ritualísticas configuradas por ações, tempo, espaço e formas próprios. Para Paiva,
[...] O corpo se comunica através de semiótica instaurada no âmbito da
sensibilidade e da percepção, calcada nesse aparato sensorial uno e não dividido
em partes fisiológicas.A percepção é fato total e não privilégio de um olho/visão.
Através dessa construção simbólica sensível, conhecimento e saber se articulam,
encontrando na corporeidade seu agente fundamental.[...] (PAIVA 2009, p.74).
A comunicação do corpo no candomblé não se limita às festas e às danças aos orixás. Ela está
nas gestualidades do rito, na iniciação, no cuidar de seu orixá, na relação hierarquizada de
cada casa, nas rezas, nos manejos com as ervas, enfim, como candomblé em sua totalidade.
Para a comunidade Paiol de Telha, esse processo está apenas se iniciando, com o aprendizado
das ervas, seguido da iniciação de dois membros da comunidade e com a primeira
representação festiva e simbólica que foi a fogueira de Xangô - divindade Yorubá que
representa o elemento fogo; na natureza simboliza o trovão e, na mitologia, a justiça.
Para que esta celebração acontecesse foi necessário a preparação do espaço físico, no caso, o
barracão de ensaio e da própria ritualística da festiva que pressupõe oferendas aos orixás, e
preceitos que foram cumpridos nos cinco dias que antecederam a festa. No dia da festa, pela
manhã, seguiram-se as oferendas aos orixás, com pausa para o almoço. À tarde foi preparada
a fogueira de Xangô. Os atabaques também foram levados para junto da fogueira, quando a
ritualística se iniciou aos integrantes do grupo. Foi solicitado que escrevessem em um pedaço
de papel tudo que não representasse coisas boas em seu dia a dia, o que, de maneira
simbólica, seria queimado na fogueira. Depois dois dos membros do grupo foram convidados a
retirar uma pedra da fogueira em brasa, como prova de coragem e fé. Feito isso, o rito festivo
se encerrou com um jantar em homenagem ao orixá Iansã, antecedido por cânticos desse
orixá, mantendo os corpos sentados a fim de não se permitir nenhuma manifestação do orixá
no momento, haja vista que isso só deve acontecer após a iniciação dos membros do grupo e a
formalização do espaço de ensaio como terreiro, o que demandará novos esforços e rituais.
Considerações finais
[...] A nova sociedade só surgirá, se os descendentes destes homens, a quem foi
negada a humanidade, se reapropriarem de si próprios....O oprimido necessita,
portanto, reavaliar o seu papel como sujeito histórico, para desmistificar a
ideologia que apregoa a superioridade de uma cultura sobre outras, e
principalmente, se habituar à denúncia do discurso, que afirma a sua inferioridade,
e justifica a dominação e a violência dos povos colonizadores.[...](SILVA, 2004,
p.54-55).
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Ao discutir a dança de orixá como elemento de retomada dos aspectos culturais afro-brasileiros
e também como forma de buscar ações que visam transcender o espaço da comunidade
quilombola, compreendemos que um grupo organizado pode levar, por meio de seu potencial
artístico, a percepção dos reais anseios que as comunidades quilombolas buscam revelar em
suas lutas e desejos de reconhecimento e dignidade.
Percebemos que ações que envolvam a comunidade de forma organizada e que atuem como
interlocutora dessas vozes silenciadas são bem vindas. Tais ações perpassam por políticas de
inclusão não pelo fato dos quilombolas do Paiol serem descendentes de negros, mas por
entendermos que esses moradores, de forma direta ou indireta, sofrem de preconceito e
carecem de oportunidades.
Ressaltamos que a valorização do processo de identidade vinculada à origem e ao contexto do
negro em nossa sociedade, no grupo Kundun balê, tem como ponto de apoio a religião que não
se obriga ser de matriz afro-brasileira, mas que dê força e intensifique as questões culturais,
sociais e políticas necessárias às comunidades.
Sabemos que o processo identitário é longo e gradativo, demandando esforços de lideranças e,
principalmente, união e cooperação da comunidade na definição de caminhos orientadores de
sua organização e desenvolvimento. Muitas vezes nos parece que os caminhos percorridos
pelas comunidades quilombolas do Paraná não ajudam nesse processo identitário. Entretanto,
entendemos que eles funcionam como afirmativas de um processo doloroso de nossa história
que deve ser reparado da melhor forma.
Numa sociedade em que apenas a negação está posta, são exemplos como esses, marcados
pelo resgate cultural por meio da dança, da arte e de uma religião não excludente, que tornam
possível
a
construção
de
uma
outra
realidade.
Assim,
fomentar
as
bases
para
o
desenvolvimento de capacidade crítica nessas comunidades (para elas e por elas), que se
afastem do determinismo histórico rumo à emancipação consciente, torna-se uma ação
desejável e profícua para a configuração de seus traços identificatórios, de suas lutas e
resistências no ensejo da garantia de condições dignas de existência.
Referências
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Gislaine Gonçalves. Guarapuava, jul. 2011.
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SILVA, C. D. Negro, qual é o seu Nome?. 2. ed. Belo Horizonte: Mazza, 2004.
Gislaine Gonçalves é professora colaboradora no Departamento de Educação Física da Universidade
Estadual de Maringá e pós-graduanda (mestrado) pelo Programa de Pós-Graduação Associado em
Educação Física UEM-UEL. Integra o Grupo de Pesquisa Corpo, Cultura e Ludicidade (UEM),
desenvolvendo pesquisa em comunidade quilombola no Paraná. E-mail: espaç[email protected].
Gislaine Gonçalves is Assistant Professor in the Department of Physical Education, State University of
Maringá and postgraduate (master) by the Postgraduate Program in Physical Education Associate UEMUEL. She is a member of Group Research Body, cultural and leisure (GPCCL), developing research in
quilombola community in Paraná State. E-mail: espaç[email protected].
Renato Alexandre Rangel é professor do Colégio Sapiens, em Maringá, e pós-graduando (mestrado)
pelo Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física UEM-UEL. Integra o Grupo de Pesquisa
Corpo, Cultura e Ludicidade (UEM), desenvolvendo pesquisa em comunidade quilombola no Paraná. Email: [email protected].
Renato Alexandre Rangel is Professor in the Sapiens Colegy, in Maringá, and postgraduate (master) by
the Postgraduate Program in Physical Education Associate UEM-UEL. He is a member of Group Research
Body, cultural and leisure (GPCCL), developing research in quilombola community in Paraná State. E-mail:
[email protected].
Larissa Michelle Lara é professora adjunto do Departamento de Educação Física da Universidade
Estadual de Maringá, docente no Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física UEM-UEL e
coordenadora local desse Programa, por Maringá, no período de 2009 a 2011. É autora dos livros Corpo,
sentido ético-estético e cultura popular (Eduem, 2011), As danças no candomblé: corpo, rito e educação
(2008) e Organizadora do livro Abordagens socioculturais em educação física (2010). E-mail:
[email protected].
Larissa Michelle Lara is Associate Professor in the Department of Physical Education, State University of
Maringá, professor in the Postgraduate Program in Physical Education Associate UEM-UEL and local
coordinator of this Program, in Maringá, in the period 2009 to 2011. She is author of the books Body,
ethical and aesthetic sense and popular culture (Eduem, 2011) Candomblé dances: body, ritual and
education (2008), and organizing the book Sociocultural approaches to physical education (2010). E-mail:
[email protected].
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