Lepera régio

Transcrição

Lepera régio
Jornalistas
JORNAL DOS JORNALISTAS
AGOSTO 2010 - número 330
elegem nova
direção
da FENAJ
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Plebiscito vai traçar
os rumos da
Campanha Salarial
de Jornais e Revistas
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André Freire
Sindicato solicita
audiência para
debater crise
na TV Cultura
Participação expressiva dos jornalistas paulistas na eleição da Fenaj.
A Chapa 1, de Celso Schröder, venceu a disputa em São Paulo e obteve
a maioria dos votos no país.
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O trabalho dos profissionais de imprensa nas eleições
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UNIDADE
AGOSTO 2010
A
2
eleição para a renovação da direção
da Federação Nacional dos Jornalistas
(Fenaj) representa grande exercício de
democracia sindical que se renova e
fortalece desde 1983. Foi naquele ano,
durante o 19º Congresso Nacional dos
Jornalistas, realizado em Guarapari
(ES), que a categoria aprovou a eleição direta e voto secreto como método
para a escolha de sua direção nacional. A primeira eleição direta aconteceu nos dias 25 e 26 de abril e o eleito foi o jornalista Audálio Dantas, ex-presidente do Sindicato de São Paulo.
Naquele período, a sociedade ainda vivia sob o regime militar, comandado
pelo general João Figueiredo e a decisão
dos jornalistas representou mais que um
avanço nas relações sindicais. Significou
um protesto político e um passo em
direção a redemocratização do país.
Em pleno regime democrático, a função atual da Fenaj frente aos ataques
que sofre a profissão, é a de aprofundar a organização dos sindicatos e
ampliar a interlocução com outros setores sociais para, praticamente, refundar a profissão de jornalista no Brasil.
Não é necessário, entretanto, enumerar os ataques que a profissão foi alvo
nos últimos anos. Tampouco, explicitar os setores que pensam em obter
vantagens com a desregulamentação.
Eles já são por demais conhecidos.
O fato é que os jornalistas precisam
estabelecer um acordo político entre
suas entidades e as forças progressistas da sociedade para criar novo marco regulatório para o setor, que mantenha a organização profissional e a
liberdade de imprensa como direito
dos jornalistas e não propriedade empresarial. Assim, estamos frente ao dilema de superar um trauma passado
e construir o alicerce para o futuro.
O grande momento para estabelecer
as bases desse verdadeiro pacto entre profissionais se dará durante o 34º
Congresso Nacional dos Jornalistas, a
ser realizado em Porto Alegre (RS) entre
os dias 18 e 22 de agosto. Nesse encontro, os jornalistas brasileiros devem estabelecer as bases de sua atuação nos pró-
Órgão Oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais
no Estado de São Paulo
Rua Rego Freitas, 530 - sobreloja CEP
01220-010 - São Paulo - SP * Tel: (11)
3217-6299 - Fax: (11) 3256-7191
ximos anos, principalmente quanto aos
passos a serem tomados para a reconquista da necessidade de formação universitária para o exercício profissional,
ou seja, a aprovação da PEC do diploma.
Para dar esse importante passo é necessário equacionar a situação daqueles que, outrora exercendo de maneira
ilegal a profissão, agora, com a decisão do STF -, adquiriram o direito legal de exercer este trabalho. Assim,
é preciso que os sindicatos resolvam
que tipo de relação querem ter com
esse grupo de profissionais. Serão ou
não aceitos em nossas organizações?
O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
acredita que a missão central de toda entidade sindical é a de representar todos
os profissionais que, verdadeiramente,
atuem na profissão. Entendemos que
um jornalista diplomado, que é proprietário de um veículo de comunicação e
contrata outros jornalistas para trabalhar em sua empresa, não deve ser representado pelo Sindicato. A questão
não se resume apenas a ter o diploma
ou não, mas, também, a forma como se
deve ser exercido o trabalho jornalístico. Portanto, aqueles que trabalham na
legalidade e com seriedade devem ser
nossos aliados contra os aproveitadores.
A proposta se assemelha a uma anistia
aos culpados do passado para que, a partir da compreensão desta realidade, possa ser construída uma nova relação social
e profissional que reorganize a profissão
com base na formação universitária, na
existência de um conselho de classe para
registrar os profissionais e uma entidade sindical cada vez mais representativa.
Só com esta combinação de atores será
possível evitar os erros do passado que,
fosse por falta de fiscalização, vontade
política do governo ou fraqueza da categoria frente ao patronato, fizeram com
que uma lei conquistada a duras penas
se tornasse letra morta, mesmo tendo
passado 40 anos de vigência. Corrigir
esta situação é uma missão que os jornalistas profissionais, os Sindicatos e a
Fenaj assumem publicamente.
Diretoria do Sindicato
E-mail: [email protected]
site: www.jornalistasp.org.br
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou do Sindicato.
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente
José Augusto de Oliveira Camargo (Guto)
Secretário Geral
André Luiz Cardoso Freire
Secretário de Finanças
Kepler Polamarçuk
Secretário do Interior
Alcimir Antonio do Carmo
Secretária de Cultura e Comunicação
Rose Nogueira
Secretária de Relações Sindicais
e Sociais
Evany Conceição Francheschi Sessa
Secretário Jurídico e de Assistêncial
Paulo Leite Moraes Zocchi
Secretária de Ação e Formação Sindical
Telé Cardim
Secretária de Sindicalização
Márcia Regina Quintanilha
CONSELHO DE DIRETORES
Suely Torres De Andrade
Luigi Bongiovanni
José Aparecido Dos Santos (Zezinho)
Cláudio Luís De Oliveira Soares
Candida Maria Rodrigues Vieira
Luiz Francisco Alves Senne (Kiko)
Ari De Moura
Wladimir Miranda
Lílian Mary Parise
DIRETORES REGIONAIS
Bauru - Rodrigo da Silva Ferrari
Campinas- Agildo Nogueira Júnior
Oeste Paulista-Sèrgio Barbosa
Piracicaba- Martim Vieira Ferreira
Ribeirão Preto- Aureni Faustino de Menezes
Santos-Carlos Alberto Ratton Ferreira
São José do Rio Preto- Daniele Jammal
Sorocaba- José Antonio Rosa
Vale do Paraíba,Litoral Norte
e Mantiqueira - (Diretor adjunto do Interior)
Edivaldo Antonio Almeida
COM.REG.E FISC. EXERC. PROF.
(CORFEP)
Douglas Amparo Mansur, Vítor Ribeiro,
José Eduardo De Souza. Suplente: Alan
Rodrigues (Diretor adjunto de comunicação)
Hugo Arnaldo Gallo Mantellato, Katia Maria
Fonseca Dias Pinto, Orlando De Arco e
Flexa Neto e Fernanda De Freitas
Oeste Paulista
R. Pedro de Olveira Costa,64 Sbs da CUT
CEP. 19010-100 Tel. (18) 3901-1633
E mail. [email protected]
Tânia Brandão, Priscila Guidio Bachiega,
Danilo Augusto Maschio Pelágio, Fernando
Sávio Rodrigues Dos Santos, Hércules
Farnesi Da Costa Cunha e Sergio Ricardo
Guzzi
Piracicaba
Pça. José Bonifácio,799 sala 22
CEP.13400-120 Tel.(19) 3434-8152
E mail – [email protected]
Vanderlei Antonio Zampaulo, Luciana
Montenegro Carnevale, Paulo Roberto
Botão,Ubirajara Toledo,Poliana Salla Ribeiro
e Fabrice Desmont’s Da Silva
Ribeirão Preto
R. Dr Américo Brasiliense,405 sala 404
CEP.14015-050 Tel.(16) 3610 – 3740
E mail – [email protected]
Firmino Luciano Piton,Eduardo Augusto
Schiavoni, Antônio Claret Gouvêa e Tadeu
Queiroz Da Silva
Santos
R.Martin Afonso,101 6° and
CEP.11010-061 Tel (13) 3219 – 4359
E mail- [email protected]
Joaquim Ordonez Fernandes De Souza,
Reynaldo Salgado,Eraldo José Dos Santos
Glauco Ramos Braga, Emerson Pereira
Chaves,Marcelo Luciano Martins Di Renzo
e Pedro Figueiredo Alves Da Cunha
Sorocaba
R.Cesario Mota,482
CEP.18035-200 centro Tel.(15) 3342 -8678
E mail. [email protected]
Adriane Mendes, Fernanda De Oliveira
Cruz, Regivaldo Alves Queiroz, Emídio
Marques e Marcelo Antunes Cau
São José do Rio Preto
R.Major Joaquim Borges de Carvalho,497
CEP.15050 -170 Vila Angélica
Tel. (17) 3211 – 9621
E mail – [email protected]
Jocelito Paganelli, Rubens Cárdia Neto, Luiz
Roberto Montagna Zanatta, Sérgio Ricardo
Do Amaral Sampaio, Cássia Morgon
Fernandes e Antonio Carlos Ribeiro
Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira
R.Cons Rodrigues Alves,203 casa 02
Cep.12209-540 Tel.(12) 3241-2686
E mail – [email protected]
Jorge Silva, Sirlene Santana Viana, Neusa
Maria De Melo,Rita De Cássia Dell’ Áquila e
Fernanda Soares De Andrade
CONSELHO FISCAL
José Donizeti Costa, Marcelo Carlos Dias
dos Santos, Dulcimara Cirino, Carlos
Eduardo Luccas (suplente) e Simone De
Marco Rodrigues (suplente)
COMISSÃO DE ÉTICA
Denise Fon, Roland Marinho Sierra, Antonio
Raimundo Chastinet Pontes Sobrinho, Alcides
Rocha, Flávio Tiné, Fernando Jorge, Dr. Lúcio
França ,Cristina Charão, Antonio Funari Filho
e Padre Antonio Aparecido Peres
DIRETORIAS DE BASE
Bauru
R. Primeiro de Agosto,447 sala 604E
CEP. 17010-011 Tel.(14) 3222-4194
E mail – [email protected]
Marcelo De Souza Carlos, Ieda Cristina
Borges, Sergio Luiz Bento, Karina Fernanda
Prado Grin e Flavio Augusto Melges (Tuca
Melges)
Campinas
R. Dr Quirino, 1319 9° and
CEP . 13015-082 Tel (19) 3231-1638
E mail – [email protected]
EXPEDIENTE
Diretor responsável:
Rose Nogueira (MTb 9736/SP) Editor: Simão
Zygband (MTb 12.474/SP) Diagramação:
Rubens M. Ferrari (MTb 27.183/SP) Reportagem: Ana Paula Carrion (MTb 8842/RS)
Depto. Comercial: Fone (11) 3217-6299
Colaborador: Eduardo Ribeiro (Moagem)
Impressão: Foma Certa Fone (11) 3672-2727
Tiragem:10.000 exemplares.
Conselho Editorial: Jaqueline Lemos, Luiz
Carlos Ramos, Laurindo (Lalo) Leal Filho,
Carlos Mello, Assis Ângelo, Renato Yakabe e
Adunias Bispo da Luz.
O
s jornalistas de São Paulo
deram uma demonstração
de maturidade e determinação política ao participar das eleições para a escolha da nova
diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) para o triênio 2010/2013
e que elegeu Celso Schröder, da Chapa 1,
“Virar o Jogo! Em defesa do Jornalismo e
do Jornalista” como presidente.
Em São Paulo, 695 eleitores da Capital
e Interior sufragaram seus votos nas urnas
e, independentemente da chapa escolhida,
número expressivo de profissionais de imprensa, aposentados ou não, decidiu marcar posição sobre o que pretendem sobre
os destinos do seu órgão de representação
em nível nacional.
As eleições em São Paulo, realizadas nos
dias 27, 28 e 29 de julho, foram marcadas
também por episódios de intransigência e
autoritarismo de alguns (poucos) órgãos
de imprensa, que impediram a votação
dentro de suas instalações, como foi o
caso da TV Bandeirantes em São Paulo e
da TV Tribuna de Santos. No entanto, esta
atitude não foi suficiente para ofuscar o
brilho da votação.
É importante ressaltar também a maneira democrática que transcorreram as
eleições entre as chapas concorrentes que,
inclusive chegaram a assinar nota conjunta, durante o pleito, contra a arbitrariedade
ocorrida na TV Bandeirantes.
Resultados oficiais
Os resultados, divulgado já na tarde do
dia 30, apontaram a vitória da Chapa1 de
Celso Schröder com um total de 415 votos
contra 267, da Chapa 2, além de 4 votos
em branco e 9 nulos.
A Chapa 1 saiu vencedora da disputa tanto nas urnas da Capital (204 votos), quando
no Interior (211). Já a Chapa 2 obteve 180
votos na Capital e 87 no Interior. Houve 3
votos em branco e 7 nulos na Capital, totalizando 395 votos. No interior houve 1 voto
em branco e 2 nulos, totalizando 301.
Para o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São
Paulo e atual secretário geral eleito da
Fenaj, José Augusto Camargo (Guto), a
eleição poderia ter obtido uma votação
ainda maior expressiva, mas “infelizmente,
houve dificuldades como impedimento de
entrada de urnas nas TVs Bandeirantes, na
Capital e Tribuna, em Santos”.
Foram eleitos por São Paulo e também
fazem parte da nova diretoria eleita da
Fenaj a diretora de Sindicalização, Márcia
Quintanilha (como vice-presidente da Regional Sudeste), o diretor do Interior, Alcimir do Carmo (Departamento de Relações
Internacionais) e o secretário geral, André
Freire (Departamento de Imagem).
Em nível nacional, A Chapa 1 obteve
2.952 votos contra 1.371 da Chapa 2, de
um total de 5.014 votantes. O resultado
oficial foi divulgado no dia 6 agosto.
Quadro de votação - SP/Brasil
CHAPA 1
CHAPA 2
Brancos
Nulos
TOTAL
Capital
204
180
3
7
394
Interior
211
87
1
2
301
Total SP
415
267
4
9
695
Outros estados
2.537
1.104
75
35
3.751
Total Brasil
2.952
1.371
79
44
4.416
Eleitores votam em urna instalada na sede do Sindicato
PEC do Diploma foi adiada
mais uma vez no Senado
No último mês, jornalistas brasileiros têm concentrado esforços para
que a Proposta de Emenda Constitucional 33/09, do senador Antônio
Carlos Valadares (PSB/SE) sobre a
retomada da obrigatoriedade do diploma seja votada em caráter de urgência no Senado.
A expectativa era de que a mesma
fosse votada em agosto, após o recesso parlamentar. A PEC foi incluída na
pauta mas não chegou a ser apreciada
e agora volta ao plenário somente em
setembro.
A orientação da Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Diploma é para que os apoiadores intensifiquem contatos com os parlamentares
buscando apoio à aprovação da PEC.
PEC 386/09
A Comissão Especial na Câmara dos
Deputados que discute o restabelecimento da exigência de diploma para
jornalistas aprovou no mês de julho, o
substitutivo do relator, deputado Hugo
Leal (PSC-RJ), à Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 386/09, de autoria
do jornalista e deputado Federal, Paulo
Pimenta (PT/RS).
“Ganhamos uma batalha importante, mas a guerra ainda não terminou”,
disse o então presidente da FENAJ,
Sérgio Murillo de Andrade. Segundo
ele, a Federação e os Sindicatos irão
fazer gestões junto aos líderes de bancadas para que o substitutivo do deputado Hugo Leal seja incluído na pauta
do esforço concentrado da Câmara.
UNIDADE AGOSTO 2010
A Fenaj e a missão de
refundar o jornalismo
Participação
Chapa 1 vence
as eleições
para a Fenaj
em São Paulo
Guto Camargo
E ditorial
Inscrições para o Vladimir
Herzog continuam abertas
As inscrições para o 32º
Prêmio Vladi­
mir Herzog de
Anistia e Direitos Huma­nos
de 2010 se encerram no dia
27 de agosto (exceto livro-reportagem, cuja data é até o dia
30). Desde 2009, o concurso
tem in­
corporado categorias
especiais, além das oficiais,
que elegem temas relacionados à violação de direitos humanos. Nesta
edi­ção o tema será “Saúde como direito do
cidadão”. A cerimônia de premiação está
marcada para o dia 25 de outubro, no Tuca.
A inscrição para o prêmio
Vladimir Herzog é aberta a
todos os jornalis­tas profissionais brasileiros registrados
no Ministério do Trabalho e
Emprego (Mtb). Todas as informações sobre a premiação,
podem ser acessadas no site
do Sindicato (www.sjsp.org.br) e no do
Instituto Vladimir Herzog www.premio­
vladimirherzog.org.br
3
UNIDADE
AGOSTO 2010
A
4
campanha eleitoral de 2010 que elegerá
o presidente da República, governadores,
senadores e deputados, federais e estaduais está aberta e junto com ela oportunidades de trabalho para profissionais de comunicação.
Produção de programas televisivos, radiofônicos, assessoria de imprensa e profissionais de web são utilizados
como ferramentas para ajudar a eleger um candidato.
Por entender a importância do profissional de comunicação e, sobretudo, o jornalista na campanha
eleitoral, o Unidade procurou os coordenadores de
campanha dos principais candidatos ao governo de
São Paulo, Aloizio Mercadante (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), respectivamente o vereador José
Américo Dias e o deputado estadual Sidney Beraldo.
Após vários contatos telefônicos e também por intermédio de e-mail com o assessor de imprensa do deputado Sidney Beraldo, Antônio Luiz Magalhães, Unidade não obteve retorno, apesar
da insistência. Por este motivo, ouviu apenas José Américo, que como jornalista tem passagens
pelo Diário do Comércio, Folha de S. Paulo, entre outras.
José Américo, jornalista, vereador e líder
da bancada do PT na Câmara Municipal de
São Paulo é coordenador de Comunicação
da campanha do candidato ao governo do
Estado de São Paulo, Aloizio Mercadante
da Coligação União Para Mudar formada
pelo PT, PCdoB, PDT, PR, PRB, PSDC,
PTN, PRP, PTdoB e PRTB.
Unidade: Quantos jornalistas trabalham na campanha do candidato ao governo do estado de São Paulo, pelo PT, Aloizio Mercadante?
José Américo: O Partido dos Trabalhadores trabalha com cerca de 30 jornalistas
diplomados incluindo os profissionais da
produtora de marketing, assessoria de imprensa e web. Fora isso, temos no campo
publicitário, profissionais que são oriundos da categoria.
Unidade: Na sua avaliação o profissional de comunicação tem peso na campanha eleitoral?
José Américo: Com certeza, a presença
do jornalista profissional numa campanha
eleitoral é fundamental. Ele agrega habilidade profissional com consciência ética.
Unidade: É uma realidade que muitos
profissionais de comunicação tomaram
gosto pelo mercado e hoje trabalham basicamente com campanhas eleitorais?
José Américo: Isso é verdade. Muitos
marqueteiros são oriundos do jornalismo.
João Santana, o responsável pelo marke-
ting da Dilma, candidata a presidência da
República, é um dos melhores do Brasil
e também veio do jornalismo. Durante o
impechament do Collor, ele era chefe da
sucursal da Revista IstoÉ, em Brasília.
Assim como ele poderia citar muitos.
Mas independente disso, o jornalista, sem
ser marqueteiro, é muito importante para a
campanha eleitoral porque exerce pressão
positiva para a divulgação de um candidato
nos veículos de comunicação.
Unidade: Como é realizado o trabalho
junto às redações?
José Américo: O profissional faz contatos com a imprensa, envia press releases,
avisa sobre as atividades que serão realizadas,
organiza coletivas e entrevistas exclusivas.
Na campanha de Mercadante estamos trabalhando com duas estratégias. Temos uma
equipe que acompanha o candidato e outra
que antecipa a divulgação de suas atividades
no estado, que é o trabalho de assessoria de
imprensa. O objetivo é valorizar a agenda do
candidato e a mídia é fundamental para isso.
Unidade: As eleições de 2010 trouxeram um novo componente que é o embate
virtual. Como você analisa o trabalho feito
na web e nas redes sociais?
José Américo: Neste campo o PT trabalha com dois instrumentos: o site oficial do Mercadante e a Rede Mercadante,
que abre espaço para o twitter, facebook e
orkut. A web é fórmula que agrega todos
simpatizantes do candidato que desejam
participar ou ajudar na campanha. É uma
espécie de ponto de encontro virtual da
militância, onde é possível dar sugestões
ao programa de governo.
As campanhas do PT sempre foram de
participação e a internet é um espaço privilegiado para isso. O lançamento da candidatura Mercadante foi transmitida com
grande participação de internautas.
Unidade: E os meios tradicionais,
TV e Rádio?
José Américo: Estes ainda são determinantes na campanha eleitoral. O horário político e os debates ainda têm muito
peso e são predominantes na disputa. A
web está com bastante inserção, mas não
cumpre papel decisivo, serve mais como
instrumento de mobilização.
Unidade: A mídia ainda tem alguma
resistência ao PT?
José Américo: Eu acho que alguns órgãos
de comunicação ainda têm e a manifestam
claramente. O Brasil é dominado por uma
imprensa muito conservadora que coloca
a militância política acima do seu dever de
informar. Esses setores da mídia procuram
esconder a campanha estadual, o que é favorável ao adversário. E quando passam a
informação relacionada ao PT selecionam o
conteúdo.
Isso não acontecesse só com o Mercadante. Acontece também com a Dilma que têm
coberturas pela grande mídia completamente desproporcionais. Para eles, o importante
não é informar e sim fazer a cabeça do eleitor. Essa atitude é péssima para o jornalismo.
Graças ao sistema democrático brasileiro
nós temos o horário político e os debates,
que permitem certo equilíbrio na disputa eleitoral. Quando cito que existe uma imprensa
militante no país, é óbvio que também há os
que cumprem com o papel de informar. Mas,
mesmo assim, com maior atenção à disputa
nacional do que a estadual, o que acaba beneficiando o candidato mais conhecido.
Unidade: Enquanto jornalista, como
você se sente trabalhando na coordenação
de comunicação da campanha de Aloizio
Mercadante?
José Américo: Eu sou um jornalista
com passagem por vários cargos de comunicação e hoje tenho uma atividade política como vereador e como líder do PT
na Câmara, mas procuro manter sempre o
vínculo com a profissão.
Acredito que a condição de jornalista
me ajudou muito no exercício da política
porque me permite entender a característica da comunicação, embora minha tarefa
na campanha do Mercadante seja mais de
dirigente político, mas com minha formação, posso coordenar e supervisionar o
trabalho realizado por esses diversos profissionais já mencionados aqui.
(Ana Paula Carrion)
Conheça os jornalistas que são candidatos
O site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou os profissionais de comunicação
que concorrem a cargos públicos nas eleições de 2010. Veja a relação abaixo:
DEPUTADO FEDERAL
Aldo Rebelo (PCdoB); Mario Berti Filho (PCB); Antonio Sérgio Pitton (PSB); Vicente
Caprino (PSB); Magda Zamat (PSB); Raul Christiano (PSDB); Thiago Floreio (PSOL);
Altair Gouveia (PV); Deise Mara do Nascimento (PV); Fausto Lopes Fº(PV); Francisco
José Behr (PV) e Jaime da Rocha (PV)
DEPUTADO ESTADUAL
Fabiano Gomes dos Santos (PCdoB); Rubens MassashiIto (PDT); Oswaldo Barbosa Junior (PMDB); Fernando Girao (PMN); Armando Barreto (PP); Amarildo de Oliveira
(PPS); Conceição Figueiredo (PPS); José Jantalia (PR); Clovis Sobrinho (PRP); Otavio
Demasi (PSB); Deuzeni Pimentel (PSC); Marlene Rodrigues (PSC); José Ursilio de Souza
e Silva (PSDB); Sebastião de Oliveira (PSDC); Adeir Cupertino (PSL); Ciro José Pinheiro
Netto (PSL); Jesse Nunes (PSL); Galeno de Amorim Jr (PT); Rafael Agostini (PT); Reinaldo Nunes (PT); Rui Falcão (PT); José Roberto de Camargo (PT do B); Luiz Carlos Corrêa
(PTN); Nelson Pereira dos Santos (PTN) e Cleia de Moraes (PV).
Plebiscito define rumo
da campanha salarial
Os empresários de Revistas e Jornais e de Assessoria de Imprensa da
Capital e Interior mantém postura de
querer achatar os salários dos jornalistas. As propostas sequer recompõem
a inflação medida pelo INPC (5,31%).
Porisso, o Sindicato vai consultar a categoria através de um plebiscito para
definir os rumos da campanha.
Na Capital, os empresários insistem em oferecer apenas 5%, o que
representa ligeiro aumento sobre a
proposta anterior que era de 4,5%.
No entanto, mantém critério já repudiado nas negociações anteriores
de dividir a categoria e pagar reajuste
fixo de R$ 350,00 para os que recebem acima de R$ 7 mil.
Já no Interior, as propostas dos patrões também não são nada animadoras. Eles oferecem índice de 90% do
INPC, ou 4,8%, também abaixo da
inflação. Quanto a Assessoria de Imprensa, os empresários já aceitaram
repor a inflação de 5,31%.
Segundo o presidente do Sindicato,
José Augusto Camargo, a categoria
deve se preparar para enfrentar uma
difícil campanha salarial. “Os jornalistas devem se beneficiar do crescimento que as empresas tiveram em 2009 e
que deve se reproduzir em 2010”. A
diretoria vai intensificar as visitas às
redações, ampliar a mobilização e realizar plebiscito para ouvir a opinião da
categoria. Participe!!!
Denúncias na TV
Santa Cecília e
Jornal da Orla
Sindicato divulga
agenda de curso no
mês de setembro
No mês de julho, a diretoria regional de Santos, Baixada Santista e Vale
do Ribeira do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São
Paulo se reuniu com a direção da TV
Santa Cecília e do Jornal da Orla para
analisar problemas trabalhistas e cumprimento do acordo coletivo.
A denúncia é que a TV Santa Cecília
não cumpre a Convenção Coletiva de
Rádio e TV, recentemente acordada entre
o Sindicato dos Jornalistas e o patronal.
Já o jornal da Orla descumpre a
Convenção Coletiva e faz utilização
excessiva de frilas fixos, estagiários,
colaboradores e efetua pagamento de
salários abaixo do piso.
As diretorias das empresas prometeram tomar providências necessárias, acatando a Convenção Coletiva
e respeitando o pisos da categoria.
O Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo realiza no mês de
setembro o curso de Assessoria de
Imprensa no Serviço Público. Informações podem ser obtidas no Departamento de Formação da entidade
de segunda à sexta, das 9h00 às 12h00
e das 13h00 às 18h00, pelos telefones
(11) 3217 6299 ramais 6233 e 6241 ou
pelo e-mail: [email protected]
Veja a programação:
Assessoria de Imprensa no Serviço Público, no período de 14 a 30 de
setembro, às terças, quartas e quintas,
das 19h00 às 22h30. O docente é o
jornalista e professor Gilberto Lorenzon (jornalista, professor da pós-graduação da Uninove e do curso de
Assessoria de Imprensa do Senac).
A programação completa está no
site, www.jornalistasp.org.br.
Sindicato dos Jornalistas está no Twitter
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo está no Twitter.
Agora as notícias referentes à categoria podem ser acompanhadas por meio
da rede social. O Twitter é uma ferramenta da internet que permite aos
usuários que enviem e leiam mensagens (em textos de até 140 caracteres,
conhecidos como “tweets”), por meio da própria web e também por SMS
(torpedos). Para seguir as notícias do Sindicato acesse http://twitter.com/
JornalistasSP disponível na página da entidade. Participe você também .
Sindicato solicita
audiência para debater
crise na TV Cultura
D
iante das denúncias de que a TV
Cultura de São Paulo pretende
efetuar demissão em massa de
seus funcionários, o Sindicato
dos Jornalistas Profissionais de São Paulo encaminhou no último dia 4 de agosto pedido de
audiência com o presidente da Fundação Padre
Anchieta, João Sayad, para se interar do problema e analisar medidas conjuntas que evitem o
corte de profissionais. A emissora enfrenta uma
crise sem precedentes e, segundo informações,
já efetua cortes pontuais.
A diretoria do Sindicato considera inadmissível que a única TV pública gerida pelo governo
paulista possa sofrer o desmonte que se prenuncia. Recentemente, o Sindicato emitiu nota
de desagravo aos trabalhadores da TV Cultura e
pretende agir para impedir as demissões.
É inaceitável que a atual gestão da TV Cultura,
presidida pelo economista João Sayad, indicado
para o cargo pelo ex-governador e presidenciável
José Serra, não entenda que a emissora é um patrimônio dos jornalistas e de todo povo paulista.
Em seus quadros de funcionários passaram inúmeros profissionais de renome, seja na área técnica
ou no departamento de jornalismo, como é o caso
do jornalista Vladimir Herzog, mártir da resistência
à ditadura militar, assassinado no exercício da chefia de redação da TV Cultura.
Não se pode aceitar que a atual direção da TV
Cultura apenas enxergue o custo da manutenção
da emissora e não leve em conta a relevância social
que a TV pública tem ou os prêmios nacionais e
internacionais que ganhou com sua programação.
O Sindicato acredita que o quadro que se criou
em torno da TV Cultura não é compatível com sua
função pública e, insiste, não vai compactuar com
esta atitude, seja com corte de funcionários ou com
interrupção da produção de seus programas.
O Sindicato estuda medidas para garantir
direitos trabalhistas e vai questionar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a legalidade da
dispensa de profissionais em período eleitoral.
Agindo assim, O Sindicato pretende garantir
o caráter público da emissora e seu relevante
papel social.
VIIPREMIO
ABECIP DE
JORNALISMO
CRÉDITO ABERTO PARA A
MELHOR MATÉRIA
UNIDADE AGOSTO 2010
O “peso” do jornalismo
na campanha eleitoral
Ação sindical
2010
Rubens Chiri
E ntrevista
CATEGORIAS
n Financiamento imobiliário
n Fontes de recursos para o
mercado imobiliário
n Responsabilidade social na
construção civil
12 PRÊMIOS E TROFÉUS
Em cada categoria serão
concedidos 4 prêmios: 2 para
imprensa escrita e 2 para mídia
eletrônica.
Para regulamento, ficha de
inscrição e mais informações,
acesse: www.abecip.org.br
INSCRIÇÕES ATÉ
10 DE SETEMBRO DE 2010
ABECIP
Associação Brasileira das Entidades
de Crédito Imobiliário e Poupança
Abecip VII Prêmio Jorn-An. Unidade7/10 1
29/07/10 09:58
5
UNIDADE
AGOSTO 2010
A história
secreta do
braço direito de
Luiz Carlos Prestes
“C
omprovei, remexendo em um quadro antigo de meu
pai, quando fui trocar a moldura, que ele de fato tinha sido
secretário particular de Luiz Carlos Prestes, o dirigente do Partido Comunista Brasileiro. Dentro encontrei uma foto, a única
que resistiu aos tempos da ditadura, que
mostrava o vínculo entre os dois”.
Quem faz este relato é o fotógrafo aposentado Rolando Freitas, que trabalhou na
Última Hora, jornal A Gazeta, TV Excelsior e Estadão, e que somente depois de
completar 30 anos, descobriu que seu pai,
o também jornalista Antonio Aquilino
Freitas, tinha sido homem de confiança de
Prestes. Soube também, já na maturidade,
que ele era conhecido pelo codinome de
“Seu Armando” e que o próprio Prestes
era tratado como “Seu José”.
“Só conheci a história completa de meu
pai na idade adulta. Foi ele que me contou,
já no final da vida, que tinha vínculos com
o PCB. Quando criança, somente me recordo de ter queimado, junto com meu tio
Alberto Freitas, livros, cartas e fotografias
do meu pai, que o comprometiam. Só restou esta foto, que encontrei recentemente
e, por acaso, atrás de um quadro”, disse.
Rolando diz que Aquilino (ou seu Armando), juntamente com a família, refugiou-se na casa de Luiz Carlos Prestes, no
Rio de Janeiro, próximo à lagoa Rodrigo
de Freitas, no bairro de Jardim de Alá,
quando a repressão tornou-se mais intensa e passou a persegui-lo. “Só me lembro
de que meu pai se referia ao dono da casa
como “seu José”. Por uma questão de segurança, jamais se referiu a ele pelo seu
verdadeiro nome”.
A ação de Aquilino, ou Armando, comprova também que o PCB foi apoiador
dos governos de Adhemar de Barros em
São Paulo, Jânio Quadros e João Goulart.
“Encontrei nos arquivos dos jornais fotos
de meu pai em atividades com estes dirigentes”, conta. Como jornalista, Aquilino,
que foi associado do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo trabalhou na Última
Hora, nos Diários Associados, no jornal
Edição Extra e na assessoria de imprensa na secretaria da Saúde do governo de
Franco Montoro em São Paulo.
Acervo pessoal
6
Francisco Lepera, em uma
das últimas fotos
Por Eduardo Ribeiro
J ornal
Rolando (no detalhe) e a foto de seu pai com Prestes (acima, os dois da esquerda) e
com Jânio (abaixo)
ESTREOU, no final de julho, o novo
Diário de S.Paulo, com novo formato
(38 cm de altura), nova composição de
editorias (apenas três – Dia a Dia, Viver
e Esportes – abarcando todas as demais),
um único caderno com 64 páginas e o esforço de fazer um jornal pós-noticioso,
ou seja, apostando em pautas exclusivas e
tratando o noticiário geral com um olhar
mais de análise do que de informação.
Luiz Caversan (ex-Folha de S.Paulo) atuará como consultor até o final das eleições.
SÍLVIA HERRERA deixou o Jornal da
Tarde e foi para a agência Fatto como subeditora. Com sua saída, Klester Cavalcanti,
editor de Cultura/Comportamento do JT,
passou a acumular também as funções de
editor da Revista JT e passou a coordenar os suplementos Imóvel, Construção e
Empregos.
ÉRICA FRAGA está de volta à Folha de
S.Paulo, como repórter especial. Cláudio
Ângelo, editor de Ciência, deixou a sede
do jornal e foi para a sucursal Brasília.
R evista
Jornalismo perde Francisco Lepera, um dos
primeiros perseguidos da ditadura militar
No dia 11 de julho, morreu aos 86 anos,
na cidade de Ribeirão Preto, interior de
São Paulo, o jornalista, ex-vereador e ex-deputado estadual Francisco Luciano Lepera, um dos primeiros políticos perseguidos pela ditadura militar, em 1964.
Lepera era um vigoroso redator. Trabalhou em A Cidade, “O Diário”, “Diário de Notícias” e “Diário da Manhã”, os
dois últimos já extintos. Na década de 40,
tornou-se militante do PCB (Partido Comunista Brasileiro).
Em 1956, elegeu-se vereador pelo PTN
(Partido Trabalhista Nacional). A brilhante
passagem dele pela Câmara de Ribeirão o
levou à Assembléia Legislativa. Em 1958 foi
O vaivém do mercado
eleito deputado estadual pelo PTB (Partido
Trabalhista Brasileiro), com 8.865 votos.
Uma de suas principais bandeiras foi a
luta pela sindicalização rural. Participou
de uma greve de trabalhadores do campo
em Santa Fé do Sul, no início dos anos 60,
na qual sofreu agressões da Força Pública
(hoje Polícia Militar) e de jagunços e fazendeiros.
Em 62, Lepera foi reeleito. Ele assumiria
em 63, mas em razão da participação na
greve e por ser taxado de comunista, um
processo no TRE(Tribunal Regional Eleitoral) impediu a posse dele. O deputado
recorreu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e mantinha esperança de reassumir o
cargo. No entanto, em abril de 64, depois
do golpe militar, Lepera fez parte da primeira leva a ter direitos políticos cassados
por dez anos.
Depois do golpe, Lepera não conseguia mais trabalhar no jornalismo e tentou
vender livros, profissão para a qual, reconhecia, não tinha o menor talento.
Retornou à imprensa somente em 1976,
em “O Diário”, indo posteriormente para
o “Diário da Manhã” em 79 e para o “Diário de Notícias” em 80.
Os últimos escritos foram dedicados
ao jornal “A Verdade”, convidado que foi
pelo ex-deputado Wilson Toni e pelo jornalista José Fernando Chiavenatto.
ALFREDO NASTARI está de volta
ao mercado editorial com a sua Nastari
Editora. E seus primeiros lançamentos
são duas revistas italianas que licenciou
para o Brasil: Meridiani, especializada
em turismo; e Riders, em motos. A equipe da Meridiani já está definida e tem
Walterson Sardenberg, o Berg, na Direção
de Redação, Valdemir Cunha, na edição
de Fotografia, e Leda Trota na Direção de
Arte. A publicação será quinzenal e terá
20 mil exemplares de tiragem. As duas
primeiras edições vão se debruçar sobre
Roma e Egito. Quem cuidará do lançamento da Riders será Edson Rossi (ex-Terra e Contigo).
WILSON GOTARDELLO deixou a
Pequenas Empresas e Grandes Negócios
para temporada de estudos na Dinamarca.
FLÁVIA TONIN deixou a DBO
para assumir, em Brasília, a Assessoria
de Comunicação do Conselho Federal de
Medicina Veterinária.
T elevisão
MARÍLIA GABRIELA é a nova âncora do Roda Viva, no lugar de Heródoto
Entre as novidades do mercado, o Moagem de agosto destaca o novo Diário
de S.Paulo, o fim da versão impressa do Jornal do Brasil, a criação da Nastari
Editora, a fusão das agências S2 e Publicom, a morte de Vera Artaxo e os novos
destinos profissionais de Sílvia Herrera, Asdrúbal Figueiró, Edson Porto, Evando
Nogueira e Juliano Nóbrega, entre outros. Boa leitura!
Barbeiro, que assumirá novas funções na
TV Cultura. Ao lado dela estarão como
entrevistadores fixos do programa Paulo
Moreira Leite e Augusto Nunes. Ainda por
lá, registro para as saídas de Pola Galé e
Marcelo Bairão.
HERMANO HENNING, apresentador do SBT Manhã, estreou no Canal
Rural, à frente do Horse Brasil, que vai
ao ar de 2ª a sábado, às 20h30. Henning, a
propósito, tem um haras com mais de 90
cavalos na região de Sorocaba.
O JORNALISMO da TV Gazeta
foi reforçado. Chegaram o apresentador
Gabriel Cruz, o editor de texto Rodrigo
Oliveira, a pauteira Luana Gurgel e a
nova chefe de Reportagem/Pauta, Tonha
Demasi.
ASDRÚBAL
FIGUEIRÓ
(ex-BBC Brasil) e Edson Porto (ex-Época
Negócios) começaram na Rede TV.
COMEÇARAM no SBT Renato Rocha
(ex-TV Gazeta) na Chefia de Reportagem,
Camila Fernandes (ex-R7) na escuta e apuração, e Marcos Cripa (ex-TV Brasil), com
a missão de cuidar da Rede (afiliadas) e do
Núcleo Eleições.
ZEZO CINTRA deixou a TV Brasil
(EBC) e foi fazer campanha política no
estado de Tocantins.
I
nternet
ODAIR DEL POZZO deixou o Terra,
onde por oito meses assinou a Coluna do
Dadá, focada em celebridades.
A gência
COMEÇARAM
na
Agência
Estado o redator Marcelo Galli (AE
Conteúdo) e a repórter de Alimentos
e Bebidas, Suzana Inhesta. A repórter
Ana Conceição foi promovida a editora assistente do AE Agronegócios e
o estagiário Gustavo Uribe, efetivado.
Luís Eduardo Leal deixou a empresa,
após oito anos de casa
A ssessorias
AS AGÊNCIAS de comunicação
Publicom e S2 fundiram suas operações e
criaram a S2 Publicom, empresa que nasce
com uma carteira de 70 clientes, 125 colaboradores e faturamento anual entre R$
20 e 25, o que a posiciona como a quinta
do mercado de comunicação corporativa,
atrás apenas de CDN, FSB, In Press Porter
Novelli e Grupo Máquina.
EVANDO NOGUEIRA (ex-Santander) começou na Volkswagen, como gerente de Imprensa.
JULIANO NÓBREGA deixou a
Secom, do Governo de São Paulo, para trabalhar na campanha de Geraldo Alckmin,
ao Governo de São Paulo.
TÂNIA BERNUCCI retomou seu escritório de comunicação, após temporada
atuando como executiva.
COMEÇARAM na CDN Ana Paiva,
Rodrigo Garutti, Vanessa Jaguski, Andréia
Rodrigues e Juliana Almeida.
SERGIO SALUSTIANO e Renata
Cruz foram para a Textual Novas Mídias.
SORAIA
NIGRO,
Stephanie
Mazzarello, Mirella Miranda, Tiago Lira,
Claudio Hollanda, Karina Nascimento
e Glaucia Ferreira reforçam a equipe da
Holofote.
RENATA COLTRO deixou a
Edelman, após seis anos de casa.
FERNANDA CHIOSSI deixou a MM
Editorial e o atendimento à Iveco.
T elegráficas
O JORNAL DO BRASIL, conforme se especulava havia muito tempo, encerra seu ciclo centenário e deixa de ser
publicado em papel no dia 31 de agosto.
A partir de 1º de setembro só poderá ser
lido na versão digital. A opção é mais uma
tentativa de salvar a marca, coisa em que
poucos acreditam.
AS REDAÇÕES do Grupo Estado
(Estadão, JT e digitais), após anos de reivindicações, comemoram a decisão da
empresa de começarar a compensar os
plantões de final de semana por meio de
folgas, entre 2ª e 5ª.feira.
GALENO AMORIM, ex-diretor do
nosso Sindicato, é um dos candidatos
do PT a deputado estadual. Seu número
é 13.023.
JÁ ESTÃO abertas as inscrições para
o 21º Concurso Comissão Europeia de
Turismo na América Latina, que vai
premiar as melhores matérias feitas no
Brasil sobre destinos turísticos europeus. São seis categorias: Reportagem de
Jornal Impresso, Reportagem de Revista
Impressa, Reportagem sobre Europa,
Reportagem de Televisão, Reportagem
na Internet e Trabalho Fotográfico. Os
trabalhos poderão ser inscritos até 31 de
agosto. Informações pelo [email protected] ou 11-3151-3686.
VÃO ATÉ 30/9 as inscrições para a
28ª edição do Premio de Periodismo Rey
de España, que vai distribuir um total
de U$ 47.700 nas categorias Impressa,
Rádio, Televisão, Fotografia e Jornalismo
Digital. Os trabalhos devem ser feitos em
português ou espanhol. Haverá ainda o 7º
Premio Don Quixote de Periodismo para
a melhor matéria escrita. Informações
pelo www.efe.com.
I
nterior
LUIZ CLÁUDIO ALBA comanda
o programa Planeta Bola nas noites de
2ª.feira pela TV Thathi, de Ribeirão Preto.
O programa destaca os times da cidade e
notícias do futebol mundial.
L ivros
UNIDADE AGOSTO 2010
Fotos: acervo pessoal
M
ilitância
O JORNALISTA Helio Gomyde lançou “Do Tamanho do Infinito” – uma
seleção de alguns de seus melhores contos de amor, já publicados e inéditos. O
autor procura atingir com sua obra tanto
jovens como leitores mais experientes.
Ele pretende doar aos colegas parte da
edição. Contatos através do e-mail jorn.
[email protected]
MÁRCIA GLOGOWSKI lançou
o livro-reportagem Aleijadinho - O
Violoncelo – A Luteria de Dantas-Barreto
(Editora Alaúde).
A RECORD leva para as livrarias
Assalto ao poder, de Carlos Amorim, livro que encerra uma trilogia do autor
sobre o crime organizado, em sequência a Comando Vermelho e CV, PCC –
A irmandade do crime. O prefácio é de
Geneton Moraes Neto.
R egistro
FALECEU dia 3 de agosto, em São Paulo, o advogado Hairton Odir, de 42 anos,
que prestava serviços ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo e que
junto com Amadeu Mêmolo, presidente
da AJAESP, elaborou a defesa do plano de
saúde da categoria PSS (Plano de Saúde do
Sindicato). Ele foi vitimado por um câncer.
7
I magem
Lula, no início da carreira
Marina Silva
Max Nogueira
UNIDADE
AGOSTO 2010
Itamar Assunção
Lula, Luíza Erundina e José Dirceu
(acima) e a fotógrafa
Glória Flügel
Celso Daniel
F
Fernando Moraes
8
Cantor Daniel
az quase trinta anos que Glória Flügel fotografa sem parar – e escolheu fazer retratos. Essa é aquela parte em que a notícia é a cara do sujeito, o olhar
determinado, o que ele pode estar pensando. Caiu como uma luva para os
políticos que, naquele tempo, só podiam entrar na TV sem movimento.
O programa político como conhecemos hoje é mais recente. Veio com a Constituição.
Antes dela os candidatos só podiam entrar com uma foto e um pequeno texto com uma
microbiografia. Era a lei Falcão.
Os panfletos passaram então a ter prioridade nas campanhas.
Era preciso, portanto, ter um bom retrato. Ou melhor, um bom retratista. É assim
que começa a história de Glória, com certeza uma das profissionais que mais retratou
políticos de São Paulo.
“Ninguém quer sair feio na fotografia”, ela diz. “Em 30 anos de retratos aprendi que
você tem que ouvir, ouvir e sentir o jeitão de cada um. Não existe uma luz, maquiagem
ou direção igual para todos. O que tem que aparecer na foto é ele mais por dentro do
que por fora.”
Glória é de Curitiba. Chegou em São Paulo no início dos anos 80 e deu duro como
free-lancer. No estúdio, que funcionava em sua casa no bairro do Pacaembu, clicava
mulheres comuns, que se transformavam em estrelas sob suas lentes. Daí ao retrato e a
ganhar a vida em tempos de campanha política foi um pulo. Hoje tem mais de dez mil
pessoas na sua lista de fotografados, que vão do candidato a vereador de uma pequena cidade do interior até o presidente Lula, passando pela maioria dos candidatos a deputado
estadual e federal, como José Dirceu, Luiza Erundina, Marta Suplicy - além dos artistas.
Como político é supersticioso, tem uma história que cerca o trabalho de Glória: ela é
pé quente, dá sorte. Mas atrás disso tem o que mais se conhece: trabalho e mais trabalho.
Aquela coisa que falam da bom trabalho: 90 por cento de suor e 10 de inspiração.
“Vou conversando até pegar o lado bom de cada um. Aí coloco as minhas luzes. O
olhar brilha absoluto.” Esse é o segredo do retrato. (texto de Rose Nogueira)
Antonio Palocci
Dom Claudio Hummes

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