PROJETO Campo de Marte pode dar lugar a um - Sinduscon-SP

Transcrição

PROJETO Campo de Marte pode dar lugar a um - Sinduscon-SP
visite: www.sindusconsp.com.br
INOVAR E
CONSTRUIR
Programas
visam a evolução
do setor
Nº 42
PROJETO
Campo de Marte
pode dar lugar a um
novo parque em SP
Ano 5
janeiro / fevereiro 2006
ENTREVISTA
Hugo Marques Rosa
revela os caminhos
da internacionalização
Presidente
João Claudio Robusti
Vice-presidentes
Sergio Tiaki Watanabe (Financeiro)
Cedric Poli Veneziani
Eduardo May Zaidan
Ely Flávio Wertheim
Francisco Antunes de Vasconcellos Neto
Iskandar Aude
João Batista de Azevedo
João de Souza Coelho Filho
José Antonio Marsiglio Schuvarz
José Carlos Molina
José Romeu Ferraz Neto
Luiz Antonio Messias
Maristela Alves Lima Honda
Diretores regionais
Delfino Paiva Teixeira de Freitas
Edson Antonio Coghi
Hilton Hugo da Silva Fabbri
José Batista Ferreira
Luiz Bonifácio Urel
Márcio Escatêna
Ralph Ribeiro Junior
Ricardo Yamauti
Rosana Zilda Carnevalli Herrera
Representantes - Fiesp
Titulares:
Eduardo Capobianco
Sergio Porto
Suplentes:
Artur Quaresma Filho
Iskandar Aude
Assessoria de Imprensa
Rafael Marko - (11) 3334-5662
Nathalia Barboza - (11) 3334-5647
DIRETOR: Nabil Cury
EDITOR RESPONSÁVEL: Jayme Brener
REDAÇÃO: Ernesto Zanon e
Rodrigo Barneschi
(Ex-Libris Comunicação Integrada),
com colaboração das Regionais:
Alexandre Branco (Sorocaba),
Bete Gáspari (Presidente Prudente),
Cristiane Bononi (Santo André),
Giselda Braz (Santos),
José Carlos Ducatti (São José dos Campos)
Mônica Monteiro (Campinas),
Ricardo Carvalho (Ribeirão Preto),
Sabrina Magalhães (Bauru)
SUPLEMENTO QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO:
EDITORA RESPONSÁVEL: Elenita Fogaça
Nathalia Barboza (revisão)
[email protected]
COMUNICAÇÃO:
Marcelo da Costa Freitas/Chefe de Arte;
Sanders Caparroz Giuliani/Editoração
Eliane Gomes da Silva, Givanildo A. T. Silva/
Web; Silene Marchi/Secretária
PUBLICIDADE:
(11) 3334-5673/5674
[email protected]
[email protected]
[email protected]
ENDEREÇO:
Rua Dona Veridiana, 55
CEP 01238-010 São Paulo-SP
editorial
Esperanças de um
novo pacote
No momento do fechamento desta edição, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva acabava de
anunciar um pacote de estímulo à construção. Se de
um lado as medidas ficaram aquém do esperado, de outro
certamente poderão ajudar a reduzir o déficit habitacional, se bem administradas.
Caso haja o repasse aos preços da redução do IPI dos materiais na cadeia
produtiva, o custo da construção formal de uma habitação poderá ser reduzido em
cerca de 1,2%.
Esperamos que a mesma redução do IPI não se preste para a população de baixa
renda autoconstruir informalmente novas unidades ou melhorar as já existentes,
sem gerar novos empregos e perenizando a favelização. Por isso, o pacote precisa
ser complementado com medidas como o direcionamento de pelo menos 75% dos
recursos destinados à habitação para a construção de novas unidades pelo setor
formal e produtivo. Também há a expectativa de que a maior parte do R$ 1 bilhão
do FNHIS seja aplicado na erradicação das favelas construídas sobre palafitas,
levando seus moradores para novos conjuntos habitacionais.
Espera-se que o governo continue estudando a adoção de novas medidas, como
a redução da carga tributária das empresas da construção e o crédito consignado
imobiliário. E que direcione o máximo de recursos para o setor formal de
construção de habitações de interesse social.
Quanto à destinação de R$ 8,7 bilhões de recursos da Poupança ao
financiamento imobiliário, a esperança é de que esse volume recorde sirva
para os bancos baixarem mais os juros e aumentarem os prazos dos
financiamentos, beneficiando segmentos de renda cada vez menor.
João Claudio Robusti
Presidente do SindusCon-SP
[email protected]
Centro de Atenção ao Associado
fone (11) 3224-0566, tecle 8
FOTOLITO E IMPRESSÃO:
Editora Referência
Tiragem desta edição: 9 mil exemplares
As opiniões dos colaboradores não refletem
necessariamente as posições do SindusCon-SP
[email protected]
www.sindusconsp.com.br
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
3
sumário
6
CAPA
Construção civil mostra que
pode aumentar arrecadação
do INSS para ser incluída no
Supersimples
12
PROJETO
Prefeitura de São Paulo pode
transformar o Campo de Marte
em um novo centro de lazer
NOSSAS 6 ÚLTIMAS EDIÇÕES
edição 41
dezembro
de 2005
edição 40
novembro
de 2005
14
ENTREVISTA
Hugo Marques da Rosa, presidente
da Método Engenharia, mostra
como internacionalizou a empresa
edição 39
outubro
de 2005
26
edição 38
setembro
de 2005
CAPA
Programas visam inovação do
setor para a produtividade
31
32
QUALIDADE
Em ritmo de muito trabalho,
CTQ encerrou 2005 e prepara
pauta para 2006
edição 37
agosto
de 2005
NOTAS
Confira as notícias que
movimentam o mercado
edição 36
julho
de 2005
CAPA
6
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
A
o mostrar que pode aumentar a arrecadação do
Instituto Nacional de
Seguridade Social (INSS)
entre 15% e 17,1% para o
setor, a construção civil ficou muito
próxima de ser incluída no Supersimples, o regime tributário previsto no substitutivo ao projeto da Lei
Geral de Pequena e Microempresa,
que deverá ser votado nos primeiros meses de 2006 pelo Congresso
Nacional. A Comissão Especial que
examinou a proposta aceitou a inclusão do setor, já que estudo reali-
zado pela GVconsult demonstra
que o INSS só tem a ganhar com a
medida.
“Em reunião realizada com o ministro da Fazenda, Antonio Palloci,
no final de dezembro, o governo demonstrou, diferentemente do que vinha ocorrendo em outras ocasiões,
que aceita incluir a construção no
Supersimples, desde que a medida
não afete o equilíbrio entre receita e
despesa para os cofres públicos”, explica João Claudio Robusti, presidente do SindusCon-SP. Ele lembra que
o estudo da GVconsult indica que “a
>>
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
7
tendência é de aumento na
arrecadação, diante da possibilidade de trazer para a
formalidade parte significativa da mão-de-obra que
hoje está no mercado informal e pela qual o INSS irá
responder num futuro não
muito distante”.
Segundo o IBGE, 59%
das empresas do setor
eram informais em 2003.
As companhias devidamente formalizadas, mesmo respondendo por apenas 39% do faturamento
naquele ano, assumiram
63% da arrecadação do setor. “Trata-se de uma gran-
8
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
de injustiça fiscal”, diz
Robusti. Com base nos
últimos dados disponíveis do IBGE, a
GVconsult considerou
dois cenários: O primeiro prevê a inclusão
no Supersimples apenas das empresas formais da construção,
com até 29 empregados. A arrecadação do
INSS no setor cresceria
15%. Apesar de cada
uma das empresas recolher menos, uma parcela maior do total dos tributos arrecadados irá para o
INSS, na repartição final.
A tendência é de
aumento na
arrecadação, já
que trará para
formalidade a
mão-de-obra que
hoje está no
mercado informal
No segundo caso, o cenário é ainda mais positivo, com uma arrecadação
17,1% maior. Isso ocorreria
caso todas as 170 mil informais do setor aderissem ao
regime. “Esta é uma hipótese que deve ser levada
em consideração, uma vez
que a contribuição média
mensal de cada uma delas
será de apenas R$ 102,24”,
aponta o presidente do
SindusCon-SP. A maior
parte das empresas do setor é de micro e de pequeno porte. “A diminuição
da carga tributária e dos
encargos será
um estímulo
para que saíam
da informalidade”, completa.
Fantasmas Ainda baseado
no estudo realizado pela GVconsult, Robusti
mostra que outro temor do
INSS – de que,
no Simples, os
trabalhadores da
construção civil
contribuiriam
com pouco e
depois se aposentariam,
agravando o
Em 2005, entrou em tramitação no Condéficit do órgresso o Anteprojeto de Lei Geral das Micro
gão – também
e Pequenas Empresas. A partir de uma séé infundado.
rie de mudanças administrativas e na legis“Na verdade,
lação fiscal e trabalhista, o anteprojeto dá um
a pequena ditratamento diferenciado às micro e pequeferença será
nas empresas do país. A simplificação de
procedimentos e, particularmente, a redução
coberta e ulda carga tributária dessas empresas seriam
trapassada
poderosos indutores da formalização. O ancom os novos
teprojeto se diferencia da legislação do Simrecursos que
ples já existente, por ser mais amplo. Ele
ingressarão
abrange tributos das três esferas de poder e
por conta do
um número maior de setores econômicos –
estímulo à fora construção civil, inclusive. O Anteprojeto
malidade.
foi votado na Comissão Especial que trata
Hoje, além de
do assunto em 13 de dezembro de 2005 e
1,4 milhão de
seguiu para a Câmara como o Projeto de Lei
trabalhadores
com registro
em carteira, a
construção civil ocupa civil empregou 5,94 mimais de 3,1 milhões de in- lhões de pessoas, sendo
que 28,3% delas eram emformais”, diz.
Os dados da Pesquisa pregados sem carteira assiNacional por Amostra de nada (1,7 milhão) – trabaDomicílios (PNAD), reali- lhadores que não contribuzada pelo IBGE, mostram íam de forma alguma para
que, em 2003, a construção a previdência –, e 43,5% tra-
Entenda o Supersimples
Complementar (PLC) Nº 123,
de 2004, para votação no início deste ano.
De acordo com o PLC, já
consideradas as complementações de votos da Comissão
Especial, as micro e pequenas empresas da construção civil
que realizam obras de engenharia em
geral, inclusive sob a forma de subempreitada, seriam enquadradas na categoria
de prestadoras de serviços.
A tributação do Simples Nacional, que seria única e a alíquota de contribuição, varia
conforme a faixa de receita bruta das empresas, até o máximo de R$ 2,4 milhões de
receita bruta anual, apurada nos últimos 12
meses anteriores ao recolhimento.
balhavam por conta própria (2,6 milhões) – uma
parcela da força de trabalho
com reduzida contribuição
previdenciária.
Segundo a mesma pesquisa, do total de ocupados na construção civil, >>
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
9
apenas 29%, ou 1,7 milhão
de pessoas (entre empregados e empregadores)
contribuíam para a Previdência Social. Cerca de 4,2
milhões de trabalhadores
ou quase 71% da mão-de-
obra ocupada no setor,
não tinha participação
no sistema previdenciário. Embora nunca
tenha contribuído, esse contingente terá direito a uma aposenta-
Além de 1,4 milhão
de trabalhadores
com registro em
carteira, a
construção civil
também ocupa
mais de 3,1 milhões
de informais
doria mínima de um salário, a partir dos 65 anos.
“A redução dessa disparidade entre o setor formal e o informal, e o aumento da cobertura previdenciária das pessoas
ocupadas na construção
civil passa, sem dúvida,
pelo combate à sonegação, pela redução da carga tributária e diminuição da burocracia, por estímulos à formalização
das empresas”, diz Robusti.
10
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
11
PROJETO
Campo de Marte pode virar
centro de lazer
Rodrigo Barneschi
Prefeitura de
São Paulo apóia
transformação de área
verde na Zona Norte
em espaço aberto
à população
12
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
São 2,1 milhões de metros
quadrados encravados em uma
região nobre da maior metrópole do país. Embora próximo ao
centro e à conturbada marginal
do Tietê, o Campo de Marte
conserva certo ar de tranqüilidade, bastante familiar aos 2,1
milhões de habitantes da zona
norte. Não por acaso, o espaço,
atualmente um aeroporto para
pequenas aeronaves, pode se
tornar o mais novo parque público da capital paulista.
A idéia de transformar o
Campo de Marte em uma grande área de lazer não é nova,
mas ganhou força recentemente, com a disposição do prefeito de São Paulo, José Serra, em
reaver a área, sob responsabilidade do Ministério da Defesa
desde a Revolução Constitucionalista de 1932. Em encontros
com o vice-presidente da República e atual ministro da Defesa,
José Alencar, e com o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Serra cobrou a devolução do
espaço ao município.
A Prefeitura já entregou ao
Ministério da Defesa, ao Com a n d o d a A e ro n á u t i c a e à
Infraero, que administra o ae-
roporto, um esboço de projeto
para, além de recuperar o controle do local, utilizar 500.000 m²
– quase metade do Parque do
Ibirapuera – para a construção
de um novo parque de convivência social na região. Ainda não
existe uma definição sobre o uso
do terreno, mas é certo que ele
será aberto ao público.
Regina Monteiro, diretora de
Meio Ambiente e paisagem urbana da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), aponta uma perspectiva: “É uma
área ociosa, com 60% de vegetação. Poderia servir para drenagem das chuvas, mas a construção de um parque temático
de aviação também está nos
planos”, diz. A hipótese de acabar com o aeroporto está descartada, pois a Prefeitura o
considera fundamental para o
turismo de negócios.
Com o objetivo de aproveitar
todo o potencial do Campo de
Marte, um projeto antigo poderia ser aproveitado. O projeto
Respira São Paulo, de 1979, é fruto da tese de graduação da arquiteta Vera Cecília Leme e prevê um novo uso para o local. A
maquete foi apresentada no ano
passado na 6ª Bienal de Arquitetura de São Paulo. A arquiteta defende que sua tese possa
servir como ponto de partida
para as pretensões da Prefeitura de São Paulo.
O Respira São Paulo tem
como foco a transformação do
Campo de Marte, a 8 km do marco zero da metrópole, em um
centro cultural e de convivência.
Tomando por base a carência da
Zona Norte em ambientes de recreação, o projeto propõe um
parque multiuso, com espaços
para cultura, esportes e lazer.
Vera Cecília Leme, que atualmente vive na Itália, entende
Vera Cecília Leme: cultura à população
que 100.000 m² são o bastante
para construir espaços destinados à recreação infantil e
exercícios, restaurante, bar e
café, livraria, laboratório de
marcenaria, anfiteatro, biblioteca pública, piscinas e quadras esportivas, além de um
lago. Pelo projeto, todas as instalações estariam devidamente adequadas para oferecer
cultura à população por meio
da produção e exposição de
artes plásticas, teatro, cinema,
dança e música.
“Para a minha tese de graduação, procurei um tema ligado
à realidade, um projeto que pudesse melhorar a qualidade de
vida da população. Como o
Campo de Marte tem um amplo terreno não-aproveitado,
concluí que era o espaço ideal
para a construção de um parque”, explica a arquiteta. Depois de 27 anos, ela defende
que o projeto, “não perdeu a relevância”.
A l i g a ç ã o e n t re S a m b ó dromo, Parque do Anhembi e
Palácio das Convenções seria
realizada por meio de uma passarela com 6 m de largura e 300
m de comprimento. Seriam
construídos três estacionamentos, pontos de ônibus e postos
de informação.
O primeiro aeroporto de SP
Inaugurado em 1920, o Campo de
Marte foi a primeira infra-estrutura
aeroportuária da capital paulista, ainda
na época em que pouca coisa havia entre o rio Tietê e o Parque Estadual da
Cantareira, a então maior floresta urbana nativa do mundo. Situado entre o
Sambódromo,oAnhembieoPaláciodas
Convenções, na Zona Norte, tem ainda
importância destacada, totalizando a
cada mês cerca de oito mil pousos e decolagens de aviões de pequeno porte –
Congonhas, o principal do país, é três
vezesmaismovimentado.
Com operação restrita aos segmentos de aviação executiva, de táxi
aéreo e escolas de pilotagem, o espaço abriga ainda o Aeroclube de São
Paulo, o Serviço Aerotático das Polícias Civil e Militar e órgãos ligados ao
Ministério da Defesa. Além disso, concentra a maior frota de helicópteros do
Brasil, com seis mil pousos e decolagens mensais.
Já na inauguração, foram construídos um hangar da antiga Força Pública e uma pista para pouso e decolagem. A pista atual tem dimensões de
1.600 m x 45 m e existem 25 vagas
para o estacionamento de aeronaves.
O terminal de passageiros pode receber até 45 mil pessoas por ano.
O aeroporto foi administrado pelo
município até a Revolução Constitucionalista de 1932, quando passou à intervenção do Governo Federal. Ocupada pelo Exército durante o embate
em que foram derrotados os insurgentes paulistas, a área é alvo de disputas judiciais desde então.
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
13
ENTREVISTA
Um
lá
pé
for
A Método Engenharia, uma das três maiores
empresas do país voltadas apenas ao setor privado,
é uma das primeiras construtoras brasileiras a dar
passos rumo à internacionalização. Com 32 anos
de mercado, atua no Uruguai, Argentina e Chile, por
meio de uma joint venture. Nesta entrevista, o
presidente da empresa, Hugo Marques da Rosa,
fala da estratégia de levar a companhia a apostar no
mercado internacional, que hoje já representa cerca
de 20% do faturamento.
14
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
ra
Ernesto Zanon
Notícias da Construção – De que
forma a Método foi para o exterior?
Hugo Marques da Rosa - O primeiro empreendimento fora do
Brasil ocorreu onze anos atrás,
em Punta Del Leste, no Uruguai,
quando criamos a Método del
Uruguay Ingeniería S.A. Lá a
empresa participou de uma
grande obra do setor hoteleiro,
que gerou vários outras menores
na mesma cidade. Em Montevidéu, participamos, em um primeiro momento, da incorporação do Torres Del Puerto, junto
a uma empresa local. Mais recen-
temente, tomamos parte da restauração do Hipódromo Nacional de Maroñas, onde nosso cliente era uma concessionária, que
nos contratou também para
obras de várias casas de apostas
interligadas em toda a região de
Montevidéu. Fomos responsáveis pela construção do Hotel
Calcino Manara em Finta Del
Este.
Ainda no Uruguai, outra obra
importante foi a restauração da
sede do Jornal El Dia, um v
erdadeiro patrimônio histórico
daquele país. Nossos negócios
>>
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
15
prosperaram tanto que a Método, em 2002 e 2003, foi a empresa com maior volume de obras.
Hoje estamos trabalhando com
três projetos residenciais: um na
capital uruguaia e dois em Punta
Del Este.
E nos outros países?
A partir desta experiência, começamos a prospectar em outros
mercados. Em 2005, formalizamos
a constituição de uma empresa na
Argentina, a Método Ingeniería .
Fomos responsáveis pela ampliação do Hotel Mendonza e participamos da construção do Iguazu,
na mesma província argentina, em
projetos que envolveram investimentos de US$ 28 milhões.
Estamos participando de mais
dois projetos em fase de
maturação e que devem se
viabilizar a partir de 2006.
Que outros países estão em vista?
Temos uma terceira experiência
no Chile, onde preferimos nos
unir numa joint venture com a
Inversiones San Jorge, uma tradicional empresa local. Constituímos a ISJ Método. O primeiro
empreendimento é de nosso próprio sócio.
O que levou a Método a buscar
estes mercados?
A economia brasileira anda de
lado nos últimos 23 anos. Não
enxergamos um novo ciclo no
curto prazo. As expectativas criadas neste período foram frustrantes. Passamos então a buscar
outros mercados, como parte da
estratégia da empresa, para reduzir as flutuações internas, nas
quais o nível de atividade econômica se aquece, começa a crescer, mas sofre em seguida de períodos de estagnação, com reduções superiores às imaginadas. A
construção civil é o setor que
16
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
mais rápido responde aos estímulos da economia. É uma sanfona que cresce e encolhe o tempo todo. Fomos em busca de um
crescimento mais sustentável.
Por que a América do Sul?
Olhamos para o mundo em busca de oportunidades, mas
visualizamos nestes países mais
próximos boas chances de avançar. Acreditamos demais na recuperação, por exemplo, da economia argentina, onde houve
um grande desmantelamento de
todo o setor de engenharia. O
Chile é a economia mais sólida
da região. Apesar de ser um país
pequeno, oferece ótimas oportunidades. E o Uruguai serviu para
nossa aprendizagem. Iniciamos
nossas operações lá e obtivemos
bons resultados. Com o que conseguimos ali, ficou mais fácil ir
para a Argentina, um país, que
– por tradição – tem muitas relações comerciais com o Uruguai, tanto no fornecimento de
mão-de-obra especializada como
de matérias primas.
Quanto as operações no exterior
representam para o faturamento
da Método?
Nosso objetivo é que representem 30% do negócio, mas acredito que chegaremos neste patamar somente em 2007. Em
2006, devemos ainda ficar na
casa dos 20%.
Como este avanço de empresas
brasileiras em países vizinhos
pode ajudar a economia local?
Tudo depende de conseguirmos
financiamentos junto ao BNDES.
Se conseguirmos viabilizar, vamos levar, além de materiais e
equipamentos, mão-de-obra especializada para fora. Estamos
participando de dois projetos na
Argentina, que estão em fase de
definição da equação financeira.
Se fecharmos um pacote como
imaginamos, vamos levar arquitetos, projetistas e fornecedores,
como fabricantes de ar condicionado e de elevadores. Estes setores ainda não se voltaram para
o exterior, mas temos qualidade
para isso. É uma questão de tempo para a indústria brasileira da
construção civil se firmar lá fora.
Em que outros países a Método
acredita que há potencial para
se investir?
Já fizemos prospecções nos
Emirados Árabes, verificando a
possibilidade de algumas ações
mais pontuais. Sabemos que
também há oportunidades na
Venezuela e Panamá, além do
Paraguai. Por conta de uma obra
no aeroporto de Confins, em Minas Gerais, onde estamos construindo os hangares da Gol, fomos convidados a participar de
um projeto para uma empresa
aérea no Caribe. Lá o desafio é
grande: estamos concorrendo
com empresas dos Estados Unidos e Europa.
Quer dizer que as empresas brasileiras têm condições de concorrer em condições de igualdade com as européias?
Em 1990, quando tomamos a
decisão estratégica de sair do
país em busca de novas oportunidades, estudamos os mercados
de Portugal e do México. Lamento muito não ter ido para Portugal naquela ocasião. Tenho certeza que, se tivéssemos ido, seríamos muito bem-sucedidos.
Foi um período em que estava
começando um novo ciclo naquele país, em que não havia
grande concorrência. Hoje é quase impossível entrar lá.
Existem outros países fora do
Se conseguirmos
financiamentos junto
ao BNDES, vamos
levar materiais,
equipamentos
e mão-de-obra
para fora
continente em que vale a pena
apostar?
Sim, principalmente os países produtores de petróleo da África, onde
tudo está por ser construído. Há
também as antigas repúblicas soviéticas como o Cazaquistão. Só que,
nestes países, as empresas brasileiras terão que passar por uma grande adaptação cultural. Mas até nesse aspecto as construtoras daqui podem se ajustar mais facilmente que
as americanas. No Brasil, há excelente potencial técnico e o empresário daqui é bastante flexível.
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
17
INFORME PUBLICITÁRIO
EM OBRAS
Ação social nas praias
A construtora Cyrela Brazil Realty
decidiu ir atrás de seus clientes onde
boa parte deles está nesses meses de
verão: nas praias. A empresa lançou o
projeto Verão Alto Padrão Cyrela, com
ações nas melhores praias do litoral
Norte de São Paulo, como Maresias,
SãoSebastião,Santiago,Baleia,ToqueToque, Juquehy e Barra do Una. O projeto alia o marketing à ajuda aos pais
para que localizem crianças perdidas na
areia. Ao chegar às praias, os pais recebem um material de apoio – um kit
formado pela revista infantil Cyrelinha,
um folheto com dicas de verão e um
saco de lixo – no qual consta uma pulseira de plástico para ser preenchida
com os dados das crianças. O mesmo
kit está sendo entregue também nos
aeroportos de Congonhas e Guarulhos,
em São Paulo.
Luxo e sofisticação na Vila Olímpia
O Residencial Urbano, um luxuoso
duplex de 124 apartamentos, localizado entre a Rua Dr. Eduardo de Souza
Aranha e a Avenida Santo Amaro, na
Vila Olímpia, em São Paulo, é mais um
20
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
projeto que está sendo executado pela
Matec Engenharia. Serão 11.140 m² de
área construída, numa torre de 26 andares com três elevadores. O empreendimento conterá 124 apartamentos de 43
m² para um dormitório e de 87 m² para
dois quartos, com a possibilidade de junção de dois apartamentos. O edifício fica
em uma área total de terreno de 1.565 m².
Como atrativos, piscina, ofurô, sauna e
sala de ginástica. O prédio contará com
três subsolos, hall social com pé-direito
duplo e lounge gourmet com cozinha,
copa, adega e sala home-theater. As
obras devem estar concluídas até 30 de
janeiro de 2007.
Alto padrão em Pedizes
A Setin Empreendimentos Imobiliários
lança o Marrion Luxury Edition, um empreendimentodealtopadrãoemPerdizes.São
apartamentoscomquatrosuítesnumaárea
privativa de 294m², além de uma cobertura duplex. Como atrativo, a incorporadora
aponta uma vista privilegiada da cidade de
São Paulo. Na área comum, fitness com
pé direito duplo e vista para a piscina; piscinas recreativas para adultos e crianças,
piscina aquecida com pergolado, sauna
seca com área para descanso, ducha,
playground,solarium,salãodefestascom
lounge e vaga para visitantes. Tudo em
um terreno de 2.196m².
Nova sede da Casa Hope
A Helbor Empreendimentos Imobiliários e a Hélio Borenstein S/A entraram na campanha pela construção da
nova sede da Casa Hope, em um terreno de 3,7mil m², no Planalto Paulista,
em São Paulo. As empresas, além de
patrocinarem as obras de duas salas,
destinam à entidade um porcentual de
cada apartamento ou sala comercial
vendida. Numa ação integrada de responsabilidade social, estimulam parceiros, fornecedores e clientes a ajudar a
instituição, que cuida de crianças carentes portadoras de câncer. Quem quiser colaborar com a Casa Hope pode
conhecer mais sobre o projeto da nova
sede pela internet (www.hope.org.br).
O interessado pode se tornar um sócio-contribuinte, fazendo doações mensais a partir de R$ 20 por mês, doando
bens, alimentos e materiais de papelaria ou atuando como voluntário da instituição. Mais informações pelo telefone (11) 5083-1039.
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
21
REGIONAIS
S ÃO J OSÉ
DOS
C AMPOS
Shoppings alavancam negócios no Vale do Paraíba
AexpansãodosshoppingscentersnoVale
doParaíbavemajudandoosnegóciosdaconstrução civil na região. Em dezembro, a prefeitura de Taubaté firmou parceria com o Taubaté
Shopping para a doação de uma área de 33
mil m² destinadas à ampliação do empreendimento comercial.
O espaço vai proporcionar uma nova fase
de expansão na região, uma vez que demanda investimentos de R$ 55 milhões e a geração de mais de 1.800 novos postos de trabalho. O shopping passará dos atuais 24 mil m²
para 35 mil m² de área construída. Além de
uma nova fachada, duas lojas-âncora e um
hipermercado vão se instalar no empreendimento. No piso superior, haverá uma academia e um estúdio de TV.
O gerente geral do shopping, Adriano
Capobianco, diz que a proposta de ampliação
foi muito bem recebida pela Prefeitura da cidade desde o primeiro momento.
A expansão do shopping se reflete na geração de outros negócios na região. Em
Taubaté, estão previstos investimentos de R$
20 milhões na construção de um centro empresarial e de três torres habitacionais. OutrosR$10milhõesserãoempregadosemduas
torres residenciais. A construção do Teatro Municipal da Cidade deve contar com investimentos de mais R$ 5 milhões.
Outra cidade da região beneficiada recentemente com um novo shopping center foi
Guaratinguetá, que ganhou em novembro o
Buriti Shopping Guará, com investimento de
R$ 25 milhões.
O fenômeno não é um privilégio do Vale
do Paraíba. A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) informa que foram
investidos R$ 1,1 bilhão em novos shoppings
em 2005, em todo o país, o que representa
um crescimento de 10% em relação a 2004.
Foraminaugurados18centroscomerciais.Em
2006 estão previstos mais 14. A Alshop informaaindaquecercade40%dos577shoppings
filiados à entidade estão em expansão. Esse
número envolve cerca de 740 mil postos diretos de trabalho. A indústria de shopping centers
passa por um processo de grande
interiorização.Em1983,somente15%dosempreendimentos estavam fora das capitais.
Hoje, este percentual é de 49%.
S ANTO A NDRÉ
Município cobra taxa de licença ambiental
Santo André é a
primeira cidade do
Estado a centralizar
cobrança da emissão
de licenciamento
ambiental. A taxa estava suspensa
desde janeiro
do ano passado, quando a análise técnica passou a ser feita pelo Semasa (Serviço
Municipal de Saneamento Ambiental), órgão
vinculado à prefeitura da cidade.
A diretora da Regional ABCD do
SindusCon-SP, Rosana Carnevalli, avalia que
a emissão de licenciamento vai gerar morosidade na aprovação de projetos, uma vez que
a autorização para construir um empreendimento pode demorar até um ano. “O
licenciamento ambiental é muito importante
para o crescimento sustentável do município,
mas não pode se transformar em mais um
empecilho para a construção civil”.
A tabela de preços para emissão da licença, necessária à obtenção de alvará de
funcionamento, tem como base o número de
horas despendidas na análise e leva em con-
22
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
sideração duas variáveis: o tempo que o profissional leva para fazer a avaliação e o custo pelo tempo de utilização do veículo da
Prefeitura.
Dentro dessas regras – que são as mesmas seguidas pelo Governo do Estado, que
faz o licenciamento ambiental nas demais cidades – o valor mínimo para análise é de R$
53,74 (R$ 37,64 por uma hora técnica; R$
16,10 por uma hora de uso do veículo). Esse
custo sobe proporcionalmente de acordo com
a complexidade da obra. A cobrança passará
a valer ainda neste ano, mas depende da publicação de portaria que detalha as novas regras. O texto está sob análise final da prefeitura de Santo André.
Santo André foi a primeira cidade do Estado a centralizar a emissão do licenciamento
ambiental para empreendimentos, cujo impacto não extrapolam as fronteiras do município.
“Com isso passamos a ter um controle maior
sobre as atividades desenvolvidas no município”, afirma o superintendente do Semasa, Sebastião Ney Vaz Junior.
Empreendimentos que precisam de licenciamento
• Construção em áreas de proteção e recuperação de mananciais;
• Corte de árvores;
• Depósito de material de construção;
• Casas noturnas;
•Empreendimentosqueexijammovimento de terra acima de 3.000 m², associados ou não a edificações;
• Conjuntos habitacionais com mais de
200 habitações ou área de terreno igual
ou maior a 10.000 m²;
• Comércio atacadista de produtos farmacêuticos;
• Complexos hoteleiros;
• Hotéis, motéis e áreas de camping;
• Hipermercados;
• Shopping centers;
• Parques temáticos;
• Atividades de atendimento à saúde;
• Depósito de gás liquefeito de petróleo;
• Sistemas de captação de água;
• Triagem de resíduos.
REGIONAIS
S ANTOS
Investimento em rodovia anima
Baixada e Litoral
Depois da inauguração
da segunda pista da RodoviadosImigrantes,hátrês
anos, os empresários
da construção civil
daBaixadaSantista vivem nova
expectativa de
avanço nos negócios. A Ecovias, concessionária que administra o Sistema Imigrantes, anuncia que em abril terá início a construção da terceira faixa de rolamento da rodovia
Pe. Manoel da Nóbrega, nas duas pistas no
trecho entre São Vicente e Praia Grande.
Logo após a abertura da nova pista da Imigrantes,muitagentepassouapesquisarpreços
de imóveis na região, mas as vendas não se
concretizaram.“Aspessoasperceberamquenão
seriapossívelpassarhorasintermináveisemum
congestionamento na estrada para chegar à
capital e houve o recuo’’, explica João Batista
Azevedo,vice-presidentedoSindusCon-SP. Ele
serefereaogargaloqueaindaexistenaManoel
daNóbrega,principalligaçãodosmunicípiosdo
litoral Sul à Imigrantes.
“Por este motivo, o anúncio da obra na
Manoel da Nóbrega traz otimismo. A estrada
é muito importante e deve alavancar a economia em toda a região’’, diz Azevedo. “Hoje, o
paulistano chega à Baixada em 40 minutos,
em média. Falta apenas facilitar sua locomoção na região”, diz o vice-presidente. Azevedo afirma que os turistas que passaram o
reveillon no litoral Sul, por exemplo, levaram
entre cinco e seis horas só para deixar Praia
Grande e entrar na Imigrantes. ‘‘Esse funil precisa ser eliminado’’.
OdiretordaRegionalSul,RicardoYamauti,
avalia que as obras vão estimular o turismo,
que é uma das principais alavancas da economia da região. “Os empresários vinham reivindicando essa providência já há algum tempo’’,
diz. Ele entende que a obra beneficiará não só
Praia Grande e São Vicente, mas também as
outras cidades da região. ‘‘Ninguém quer comprar uma casa de praia em um local cuja estrada tenha congestionamentos intermináveis. A
facilidade de acesso pesa muito na hora da escolha do imóvel’’, completa.
Yamauti, porém, alerta que, apesar da euforia provocada pelo anúncio de obras na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, ainda há o
gargalo no trecho de São Vicente da Rodovia
dosImigrantes,quedependedaconstruçãode
viadutos. “Para solucionar o problema seria importante investir em um viaduto na Cidade Náutica e outro na Estrada de Ferro”, diz. Ele
acrescenta que também seria preciso construir
duas marginais sobre os canais nesse trecho,
além de passagens para pedestres, como as
existentes na Via Expressa Sul.
R IBEIRÃO P RETO
Falta de esgoto barra
investimentos na cidade
A falta de tratamento
de esgotos na Zona Sul de
Ribeirão Preto está
causando uma série
de problemas para
as empresas
da construção
civil da cidade, já
que a região é considerada uma das
mais importantes para a execução de novos empreendimentos do Estado. Buscar
alternativas é uma das prioridades de atuação da Regional Norte do SindusCon-SP
neste início de 2006.
Os bairros da Zona Sul estão praticamente sem tratamento de esgoto. A estação mais próxima, localizada no distrito de
Bonfim Paulista, não consegue dar conta
do atendimento.
”Estamos paralisados e prejudicados,
assim como toda a população, mas o setor
não está parado. Vamos procurar a Prefeitura para buscar um entendimento. Queremos ajudar na solução, mas a burocracia
tem sido um empecilho”, afirma José Batista Ferreira, diretor da Regional Norte.
“Esperamos em breve alcançar um bom entendimento, que será fundamental para
toda a cidade”, conclui.
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
23
CAPA
Inovar e
construir
A exemplo de outros países, setor busca soluções para avançar
a produtividade e a qualidade
exemplo vem lá da África do Sul. Desde 1969,
esse país possui um sistema de primeiro mundo para avaliar e aprovar as inovações
tecnológicas para a construção civil. Trata-se
do Agrément South Africa, a única entidade a
operar regularmente em países em desenvolvimento.
Esse sistema foi implantado pelo governo, na África do Sul, em função da necessidade de aprovação
de novas tecnologias que surgiam no mercado e precisavam de um organismo que as aprovassem para
fazer parte da cadeia produtiva da construção civil.
Em janeiro deste ano, o especialista no tema Theuns
P. Knoetze, que é químico e gerente do Programa
CSIR Built Enviroment, esteve na Escola Politécnica
da Universidade de São Paulo explicando aos alunos de Engenharia Civil porque o sistema foi adotado na África do Sul e sua eficácia ao longo dos anos,
na palestra “Aprovação técnica – mecanismo para a
introdução de novas tecnologias”.
De acordo com Knoetze, desde que foi aplicada no país, mais de 400 novos produtos foram
O
26
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
introduzidos no mercado da África do Sul e cerca
de 70 tecnologias possuem certificados válidos.
Dos produtos analisados e aprovados pelo organismo, valem destacar:
• sistemas prediais e construtivos, incluindo
sistemas hidrossanitários, forros e painéis;
• produtos betuminosos para rodovias;
• juntas para tabuleiro de ponte;
• aditivos para rodovia.
Para que os novos produtos passem a ter validação para serem aplicados na construção civil, o
Agrément avalia a performance da utilização, seguindo as diretrizes de:
•
•
•
•
•
estrutura;
energia e térmica;
acústica;
estanqueidade;
durabilidade etc.
“Foi um grande avanço naquele país pela necessidade da aprovação de novas tecnologias
que aumentaram a produtividade no setor”, explica o professor da Poli/USP que promoveu a
palestra, Vanderley Moacyr John. Os usos de
blocos de concreto, metal, plástico e lâmpadas
foram destacados pelo palestrante como exemplos de sucesso.
No território brasileiro
No Brasil, a necessidade de ter um organismo que avalie e aprove a entrada de novas
tecnologias para os setor da construção civil é
discutida desde 1998. Foi nessa época que se pensou em criar o Sinat (Sistema Nacional de Avaliações Técnicas), por iniciativa da PBQP-H, programa do Ministério das Cidades.
“O Sinat tem como foco específico a avaliação
de produtos inovadores que ainda não possuem
normas técnicas”, explica a coordenadora-geral do
PBQP-H, Maria Salette de Carvalho Weber.
Maria Salette conta que o Sinat, desde então,
vem sendo estudado e elaborado de forma paulatina para que o sistema atenda às necessidades de
todo o território brasileiro, lembrando que as inovações tecnológicas têm de ser avaliadas e aprovadas por laboratórios técnicos regionalizados,
fora do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).
“Hoje, o IPT desenvolve o regimento do sistema,
classificando o que deve ser avaliado, seus critérios e atribuições, mas isso não significa que quando implantado caberá somente ao instituto a responsabilidade de aprovação”, explica.
Aos construtores interessados em aplicar novas
tecnologias construtivas em suas obras caberá verificar que tais produtos
têm o selo com a aprovação do sistema.
“Mas quem tem de
ir atrás da avaliação técnica são
os fabricantes ou
fornecedores”,
comenta.
O professor
Vanderley John
alerta aos construtores para que não confundam o Sinat com a
Norma de Desempenho –
em processo de finalização – e também com o
Sinat não
substitui
normas
técnicas
daABNT
código de obras. “Trata-se de um sistema que os
completa e não os substitui, muito menos que se
sobressai às normas da ABNT”, adverte.
Carlos Alberto Borges, coordenador da Norma
de Desempenho, compartilha com a opinião do
professor e ressalta: “o Sinat e a Norma de Desempenho são instrumentos de interesse para o País
que se complementam”, diz. Maria Salette confessa que em função de outras prioridades o Sinat
não avançou. “Mas agora, diante do pacote do governo, tenho de acelerar sua implementação”, diz,
referindo-se às medidas de estímulo ao setor, anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
em 7 de fevereiro.
Princípios gerais a serem observados
O princípio fundamental a ser intransigentemente respeitado é a credibilidade do sistema.
O Sinat deve zelar pela transparência em todas
as ações desenvolvidas.
A transparência do sistema depende sobretudo
da representatividade de toda a cadeia produtiva
nas instâncias de decisão do Sinat.
A representatividade nas instâncias deliberativas
do Sinat deve respeitar, obrigatoriamente, os princípios da imparcialidade e da autoridade.
As decisões tomadas nas instâncias deliberativas
do Sinat devem ser objeto de um amplo escrutínio
baseado em múltiplos pontos de vista que resultem
na expressão da diversidade da cadeia produtiva
da construção civil nacional.
Deve ser observado o princípio da provisoriedade dos documentos de aprovação técnica emitidos no âmbito do sistema.
O Sinat precisa observar também o princípio da
precariedade dos documentos de aprovação técnica emitidos no âmbito do sistema.
>>
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
27
>>
Relatório parcial do estudo para definir diretrizes
e ações para a implementação do Sinat
O que é o Sinat e qual o seu escopo?
O Sinat é uma iniciativa de mobilização da comunidade técnica nacional para dar suporte à
operacionalização de um conjunto de procedimentos reconhecido por toda a cadeia produtiva
para a avaliação de novos produtos utilizados na
construção.
A meta que mobiliza a comunidade técnica é o
estímulo à inovação tecnológica, aumentando o leque de alternativas tecnológicas disponíveis para
a produção habitacional e a competitividade do
setor produtivo.
Os objetivos principais do Sinat são reduzir os
riscos na tomada de decisão por agentes
intervenientes em processos de construção que utilizam novas tecnologias e reduzir os riscos dos usuários das edificações construídas utilizando novas
tecnologias.
O escopo do Sinat pode ser sintetizado na
harmonização de procedimentos para a avaliação
de novos produtos para a construção, quando não
existem normas técnicas específicas aplicáveis ao
produto.
O Sinat não deve avaliar produtos que possuem
normas técnicas que descrevam suficientemente
suas especificações e seus procedimentos de aplicação, para os quais a verificação de conformidade com a normalização vigente é a estratégia recomendada.
O escopo do Sinat não pode ser confundido com
a certificação de produtos ou com a concessão de
marcas de conformidade. Os
resultados da avaliação de
novos produtos pelo
Sinat expressam apenas uma opinião tecnicamente fundamentada da aptidão de um
produto atender aos requisitos determinados
por um uso definido e em
condições definidas.
A certificação de produtos
e a concessão de marcas de conformidade implicam a existência e o cumprimento das pres-
28
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
crições de documentação técnica consolidada,
além da implementação e do monitoramento de
sistemas de garantia da qualidade nos processos
de fabricação dos produtos.
O processo de avaliação de novos produtos no
âmbito do Sinat também não pode ser confundido
com o desenvolvimento tecnológico dos produtos.
Objetivo
dosistema
éestimulara
inovação
tecnológica
Diretrizes específicas a serem observadas
A definição destas diretrizes tem por base a experiência internacional, principalmente de sistemas de
avaliação técnica tradicionais e de sucesso como o Avis
Technique, da França, o ABSAC, da Austrália, o EOTA,
da Comunidade Européia, e a Referência Técnica, do
IPT. A avaliação de novos produtos de construção deve
se basear na utilização da abordagem de desempenho:
• descrição dos requisitos técnicos;
• definição das condições de uso;
• demonstração objetiva do atendimento aos
requisitos técnicos.
O processo de avaliação de um novo produto no
âmbito do Sinat deve ser precedido da elaboração
de um Documento de Referência para Avaliação.
O proponente é responsável pela demonstração
do atendimento aos requisitos de desempenho.
Deve ser definido um padrão de estrutura e for-
ma de um Documento de Aprovação Técnica emitido e publicado pelo Sinat:
• descrição técnica rigorosa do produto;
• identificação das condições de uso, dos testes
realizados com o produto e dos resultados obtidos.
O Sinat deve divulgar apenas resultados de produtos de construção aprovados, na forma de um Documento de Aprovação Técnica. Produtos não aprovados no processo de avaliação devem ter seus resultados descritos em relatório técnico de acesso restrito que
justifique as razões da não aprovação. O sistema deve
possuir procedimentos que permitam o retorno de informações em relação ao comportamento em uso de
um produto aprovado.
Estrutura proposta
A estrutura operacional para o Sinat deve ser ágil e
desburocratizada, porém sem a supressão de qualquer
mecanismo de garantia da confiabilidade do sistema.É
proposta uma estrutura simples para o Sinat, baseada
em três níveis institucionais: o Comitê Coordenador,
o(s) Comitê(s) Técnico(s) e as Organizações Técnicas
Avaliadoras. O Comitê Coordenador, por exemplo,
constitui-se na instância superior do Sinat, e deve possuir as seguintes atribuições:
• elaboração e aprovação do Regimento Interno do Sistema;
• definição de políticas e estratégias do sistema e articulação dos setores da cadeia produtiva para atingir os seus objetivos;
• definição de regras para a constituição de um
Comitê Técnico no âmbito do sistema;
• aprovação da constituição e acompanhamento das atividades de um Comitê Técnico proposto e operacionalizado por um setor da cadeia produtiva da construção;
• definição das regras para o credenciamento e
o descredenciamento de uma Organização
Técnica Avaliadora no âmbito do sistema;
• credenciamento e descredenciamento de uma
Organização Técnica Avaliadora;
• julgamento de recursos a deliberações de instâncias inferiores do sistema;
• operacionalização de um procedimento de
atendimento ao público para receber e encaminhar reclamações de usuários de produtos aprovados no âmbito do sistema;
• monitoramento da eficiência do sistema.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Valorização do trabalhador
Ações do SindusCon-SP para a qualidade de vida nos canteiros
setor de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP desenvolve rotineiramente ações
que objetivam a melhoria da
qualidade de vida nos canteiros de obra, buscando a integração, a
conscientização e a homogeneização
de informações para as empresas do
setor da construção civil. Essa atuação
alia a responsabilidade social de empregados e empregadores não só à utilização de tecnologias avançadas mas
também à valorização do potencial de
cada indivíduo na ampliação de sua
qualidade de vida, à saúde e à segurança do trabalhador e à preservação
do meio ambiente.
Com esta filosofia e objetivos, o
SindusCon-SP vem desenvolvendo há
décadas uma multiplicidade de ações
cujo resultado vai ao encontro do esforço desenvolvido pelas construtoras
no sentido da superação de suas dificuldades, pois elas trabalham com
grande número de operários, próprios
ou terceirizados, que ficam espalhados
simultaneamente em mais de um canteiro de obra.
Esta experiência contribuiu para a
criação de novas ações do SindusCon-
O
30
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
SP, tais como palestras educativas, grupos de trabalho e a formação de um
comitê de estudo sobre normas de segurança e saúde do trabalho, entre outras. Em todas elas, o principal objetivo é contribuir para a diminuição dos
acidentes do trabalho. Sempre preocupado com esta questão, o SindusConSP tem acompanhado as sucessivas
quedas dos índices de acidentes de trabalho (em 1995, a construção civil era
o setor de maior quantidade de óbitos
por acidentes com trabalhadores).
As ações do SindusCon-SP em
busca da excelência em Segurança e
Saúde do Trabalho, em conjunto com
órgãos governamentais e as entidades
representativas dos trabalhadores, têm
movido esse índice para baixo. Nos últimos três anos, observou-se a queda
dos índices em 25,53% no Estado de
São Paulo.
Diante deste resultado, o sindicato lançou, em 4 de agosto de 2005, o
Programa SindusCon-SP de Segurança, buscando cada vez mais a
melhoria da qualidade de vida nos
canteiros de obra de suas associadas
no âmbito estadual.
Este Programa tem o objetivo de
implementar melhorias contínuas dentro das possibilidades das empresas e
de suas efetivas necessidades técnicas,
visando sempre à proteção e à saúde
no seu ambiente de trabalho. O fator
“Prevenção” passa, então, a ser encarado como fator fundamental de
aumento de qualidade e produtividade do setor.
A iniciativa é pioneira na
história do prevencionismo no
setor da indústria da construção. O programa do SindusCon-SP, em parceria com o
Senai-SP, disponibiliza 11 técnicos de Segurança do Trabalho
alocados na capital e nas 9 regionais
do sindicato com o objetivo de orientar
todas as associadas na aplicação dos
procedimentos incluídos na NR 18
(Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil) e demais normas técnicas.
Iniciativado
sindicatoé
pioneirana
construção
A primeira experiência nesse sentido aconteceu no final de 2003, quando o SindusCon-SP, através do Setor
de Relações Capital-Trabalho e em parceria com o Senai, desenvolveu com
sucesso um projeto-piloto na Regional
do sindicato em Bauru.
No primeiro mês de vigência do
programa em nível estadual, foram
contatadas 114 empresas associadas
ao SindusCon-SP, o que resultou em
167 canteiros de obra visitados em
todo o Estado.
Além disso, mais 6 canteiros de
obra receberam a visita do profissional de Segurança do Trabalho na cidade de Bauru, onde o projeto já se encontra em sua quarta etapa.
Hoje, este Programa está em pleno
desenvolvimento, tendo a participação
ativa de todos os parceiros, e com os
empresários e trabalhadores fortemente sensibilizados e motivados.
QUALIDADE
Trabalho incessante
CTQ dará continuidade a debates em prol da qualidade do setor
Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ), do SindusCon-SP,
com seus oito grupos de trabalhos, se empenhou nos encontros que promoveram inúmeros debates em prol da qualidade.
Só no grupo que compõe os trabalhos ligados à normalização, foram inúmeras discussões sobre a Norma de Desempenho, em fase final da elaboração,
além de normas específicas como: NBR
15200 Projeto de Estruturas de Concreto em Situação de Incêndio; NBR 9077
Saídas de Emergências em Edificações;
NBR 12655 Preparo, Controle e Recebimento de Concreto; NBR 5410 Instalações Elétricas de Baixa Tensão etc.
O
Temas polêmicos que envolvem vários atores da construção civil também
mereceram destaques, tais como o fato
de o Instituto Falcão Bauer ter procurado o comitê para comentar sobre os problemas que vêm ocorrendo na EPU – expansão por umidade em cerâmica; os
problemas com as tubulações de cobre,
bem como os impedimentos em torno
do uso de tirantes. O CTQ também concentrou esforços em sustentabilidade e
em questões tributárias e legais, como o
IPI para o setor e a Penhora On-Line.
Alguns eventos realizados em 2005
contaram com a participação do CTQ,
entre eles, o Café da Manhã com o Presidente do SindusCon-SP e membros
do Comasp; o TIC 2005 – II Seminário
de Tecnologia da Informação e Comunicação na Construção Civil; o 77º Enic;
o Seminário Habitação: Desempenho e
Inovação Tecnológica; o 7º Seminário
de Tecnologia de Estruturas – Projetos
e Produção com Foco na Racionalização e Qualidade; o 1º Fórum de Desenvolvimento Sustentável na Construção
e o 11º Prêmio Pini, no qual o comitê
foi homenageado como a “iniciativa
Setorial de Destaque 2005”.
Segundo o coordenador do comitê, o
engenheiro Maurício Bianchi, em 2006,
o CTQ continuará promovendo encontros para debates e discussões de temas
pertinentes à qualidade no setor.
NOTAS
Crescimento 1
Novo presidente
Um incremento significativo no segmento de pré-fabricados e a incorporação da Sical, a maior indústria
de concreto celular autoclavado da América do Sul,
resultaram em um crescimento de 18% no
faturamento da Precon Industrial em 2005 na comparação com o ano anterior. A empresa, que possui mais
de 10 mil pontos-de-venda no país, faturou no ano
R$ 113 milhões e espera, para 2006, dobrar esse número, em decorrência da execução de novos projetos
e como conseqüência de uma reformulação interna
em sua área comercial.
O engenheiro Günter Leitner, 40 anos, é o novo
presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Chapas para Drywall. Nascido na Áustria,
onde graduou-se em engenharia civil, Leitner iniciou sua carreira profissional atuando como engenheiro de obras e posteriormente como responsável técnico por várias construções em seu país. Em
1997, foi contratado pela Doka, uma das líderes
mundiais no mercado de fôrmas e escoramentos,
sendo em seguida transferido para o Brasil como
diretor geral da subsidiária brasileira da empresa.
Em 2002, assumiu o cargo de diretor geral da
Knauf do Brasil, empresa de origem alemã que fabrica chapas, perfis de aço galvanizado e massas
para tratamento de juntas e fixação para drywall.
Paralelamente, passou a atuar também na diretoria da Associação Drywall.
Crescimento 2
Líder nacional no segmento de registros para irrigação
e destaque nos mercados de saneamento e construção
civil, a Víqua comemorou crescimento de 38% no
faturamento do primeiro semestre de 2005 em relação a
igual período do ano anterior. Em novembro, o recorde
de vendas foi mais uma vez superado – 40% acima do
mesmo período do ano passado. O número contribuiu
para o crescimento de 31% previsto para este ano.
Conformidade
De acordo com o último relatório do Programa
Setorial da Qualidade - Tintas Imobiliárias, as marcas Polycril Massa Acrílica Universo e a Universo
Massa Corrida PVA, da Universo Tintas, atendem
às normas de qualidade do programa e obedecem
aos requisitos mínimos de desempenho de massas
niveladoras para edificações não-industriais.
Nova sede
Em 2006, a Fixtil, empresa especializada na fabricação
de produtos para fixação, passa a atender em sua nova
sede, localizada na zona sul de São Paulo. O diretor comercial, Luis Carlos Lopez, explica que a empresa
ampliou suas instalações e está 100% automatizada, gerando grande integração entre setores e funcionários,
proporcionando total controle de todos os serviços.
Projeto na web
O Ativ Web, software desenvolvido pela Viapol, faz
todo projeto de impermeabilização da construção.
Basta colocar os dados e aguardar o resultado. O
serviço está disponível no site www.viapol.com.br
sem custos.
32
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
Premiação
A princesa real Anne Elizabeth, da Inglaterra, concedeu à JCB o Queen's Award, condecoração que
destaca a performance das melhores empresas no
ano de 2005. O prêmio foi entregue à JCB graças a
seu desempenho na exportação da retroescavadeira
214e no mundo todo. No Brasil, somente no primeiro semestre, as exportações da JCB para países da
América Latina aumentaram 67% em relação a 2004.
Patrocínio
A Universo Tintas patrocina o Centro de Eventos e
Negócios de São Paulo. A fabricante de tintas desenvolveu 18 novas cores da tinta acrílica Polycril especialmente para pintar os ambientes do Centro, que
também recebem a Textura Acrílica Universo e a massa corrida da marca.
Parceiros
A Alcantara Machado Feiras de Negócios,
organizadora da Feicon – Feira Internacional da Indústria da Construção, maior evento da América Latina, e a Reed Exhibitions, organizadora do Batimat –
Salão Internacional da Construção, maior evento do
mundo no setor da construção, firmaram em novembro uma “joint venture” para a realização da Feicon
Batimat. O próximo evento será realizado de 4 a 8 de
abril de 2006, no Pavilhão de Exposições do Anhembi,
em São Paulo.
SIMPÓSIO
Estruturas de concreto
Escola Politécnica organiza simpósio com mais de 400 profissionais
erca de 400 profissionais de entidades empresariais, pesquisadores internacionais e acadêmicos participarão do VI
Simpósio Epusp sobre Estruturas de Concreto, que ocorrerá entre
os dias 8 e 11 de abril, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
(Poli/USP). Organizado pelos departamentos de Engenharia de Estruturas e
Fundações (PEF) e de Engenharia de
Construção Civil (PCC), da Poli, o evento tem como objetivo delinear um quadro de perspectivas e necessidades neste início de século, para subsidiar com
eficácia a ação dos diversos agentes públicos e privados relacionados direta ou
indiretamente ao desenvolvimento das
estruturas de concreto.
C
Segundo o coordenador do simpósio, Túlio Nogueira Bittencourt, estão
previstas dez palestras de especialistas do Brasil, da Europa, dos Estados
Unidos, do Canadá e do Japão. “O
simpósio é um importante fórum de
exposições e debates de tecnologias de
ponta aplicáveis ao projeto, à execução, à recuperação e à manutenção de
estruturas de concreto”, explica. “Haverá ainda áreas especialmente reservadas a estandes de exposição de produtos, equipamentos e serviços oferecidos pelas entidades patrocinadoras
do evento, além de sessões comerciais
para divulgação dos mesmos.” O evento terá ainda sessões técnicas.
Além disso, serão organizados espaços para exposição de pôsteres e
estandes. “O objetivo é congregar e integrar os interessados em estruturas de
concreto, tanto na perspectiva da arquitetura quanto na da estrutura, do
material e do método construtivo”, explica Bittencourt. “O evento é essencialmente técnico, que busca informar
os participantes sobre a evolução do
concreto no Brasil e no mundo.”
Devido ao sucesso da experiência
na edição anterior do simpósio, todo
o processo de envio desde o comprovantes de inscrição até o de resumos e
de trabalhos é feito pela página do
evento na internet. Os membros da comissão científica também poderão enviar as recomendações e avaliações dos
trabalhos desta forma. Outras informações: www.pef.usp.br/VISimp/.
VITRINE
Conforto acústico
○
○
○
Cordão flexível
Especialmente desenvolvidas para
aplicações acústicas em forros, as
Chapas Acústicas Delta Knauf são
ideais para utilização em áreas de
grande freqüência de público, como
restaurantes, escolas, lojas, halls de
hospitais e outros locais de muita
afluência. Dado o seu extraordinário
nível de conforto acústico, são também adequadas a bibliotecas, salas
de reunião e ambientes que exijam
maior nitidez dos sons. Mais informações: 0800 7049922 ou no site
www.knauf.com.br.
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
A SIL Fios e Cabos Elétricos acaba de lançar o
Cordão Flexível Paralelo Marrom, antes fabricado apenas na cor branca. O produto, nas
duas cores, é indicado para rabichos ou para
extensões em geral e é produzido de acordo
com a norma NBR 13249. Mais informações:
(11) 6488-2000 – SAC 0800 55 0008 ou no site
www.sil.com.br.
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Le Pietre
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Em janeiro, a Biancogrês, fabricante de pisos cerâmicos, apresentou a coleção Le Pietre, com seis
linhas, compostas por 14 produtos, marcadas pelas cores mais
neutras, toque rústico e textura
acetinada. O design é assinado
pelas empresas espanholas
Esmalglass e Torrecid e pela italiana Smalticeram, especializadas
em desenvolver os design das cerâmicas e produzir as matériasprimas que compõem o esmalte
das mesmas. Mais informações:
(27) 3348-9000 e no site
www.biancogres.com.br.
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Tecnologia italiana
Sempre em busca de inovações, a Zeloart apresenta sua linha de esquadrias com perfis de bitola 90mm. Trata-se da mais
sofisticada inovação em conceito de esquadrias, desenvolvida com tecnologia italiana, com tipologias que possibilitam
as mais arrojadas combinações em ambientes modernos e sóbrios, com padrão elevado. Mais informações: (11) 55628666 ou pelo site www.zeloart.com.br.
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Alta resistência
A Holcim lança o Silimax, seu mais novo cimento especial, o único a chegar
ao mercado brasileiro produzido a partir de um clínquer com propriedades
de alta resistência a sulfatos (tipo ARS). O produto se destaca por apresentar baixo calor de hidratação e baixo potencial de retração, além de possuir altas resistências inicias. Mais informações podem ser obtidas no site
www.holcim.com.br.
34
REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○

Documentos relacionados

Qualidade em alta - Sinduscon-SP

Qualidade em alta - Sinduscon-SP Eduardo Carlos Rodrigues Nogueira, Eduardo May Zaidan, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Haruo Ishikawa, Jorge Batlouni, Luiz Antônio Messias, Luiz Claudio Minnitti Amoroso, Maristela Alves L...

Leia mais