743o ANIVERSÁRIO DA FREGUESIA DO LUMIAR DIA

Transcrição

743o ANIVERSÁRIO DA FREGUESIA DO LUMIAR DIA
Director: Nuno Roque
BOLETIM INFORMATIVO DA JUNTA DE FREGUESIA DO LUMIAR
Série II . N.o 24 . Abril 2009 . Trimestral . Distribuição gratuita
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EDITORIAL
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CORREIO DOS
FREGUESES
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ESPAÇO PÚBLICO
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HISTÓRIAS DE VIDA
NO LUMIAR
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743o ANIVERSÁRIO DA FREGUESIA DO LUMIAR
ACÇÃO SOCIAL
12
CULTURA
17
EDUCAÇÃO
21
CENTRO DE ARTES
E FORMAÇÃO (CAF)
22
DESPORTO
DIA INTERNACIONAL DA MULHER
B O L E T I M D A J U N TA D E F R E G U E S I A D O L U M I A R
Ficha Técnica
Editorial
BOLETIM INFORMATIVO
Série II . No 24 . Abril 2009
Propriedade:
Director:
Junta de Freguesia do Lumiar
Estrada da Torre, no 19
1759-293 Lisboa
Nuno Roque
Produção Editorial:
Concipio - Atelier de Design, lda.
Produção gráfica:
Arlindo Silva - artes gráficas, lda.
Rua Major João Luís de Moura
Centro Empresarial de Famões
Pav. BE 1685-253 Famões
Periocidade:
Trimestral
Distribuição:
Gratuita
Tiragem:
Depósito Legal:
NUNO ROQUE
Presidente da
Junta de Freguesia do Lumiar
Noticias vindas a público referem pretender a Empresa Municipal de Urbanização de Lisboa (EPUL), com
a conivência do actual executivo Camarário regressar
ao palacete e pavilhões da Quinta dos Lilazes, donde
saiu em 2002 por determinação do então Presidente da
Câmara Municipal de Lisboa (C.M.L.), para que aquelas
instalações fossem destinadas a actividades culturais.
No local (palacete) encontra-se desde 2003 a Academia
Portuguesa da História, Instituição de renome nacional e internacional, que muito prestigia esta zona da
Cidade / Freguesia do Lumiar, tendo o pavilhão do
jardim sido destinado à Junta de Freguesia, para o
desenvolvimento de actividades culturais, sendo fundamental para o desenvolvimento da Universidade da
Terceira Idade, criada pela Junta nas exíguas instalações da Alameda das Linhas de Torres.
Considerando a importância das referidas instalações
para o desenvolvimento da cultura na nossa área
geográfica, apresentou o Presidente da Junta, recomendação na Assembleia Municipal de 21 de Abril de
2009, o qual foi aprovada por todas as forças políticas,
tendo também a Assembleia de Freguesia, aprovado
em 16 de Abril, Moção de idêntico teor. Espera-se que o
Sr. Presidente da C.M.L., Dr. António Costa, e a Administração da EPUL, recentemente empossada, cumpram
a deliberação da Assembleia Municipal de Lisboa e
Moção de idêntico teor aprovada na Assembleia de
Freguesia.
De destacar a comemoração do 743º Aniversário da
Freguesia do Lumiar, criada em 2 de Abril de 1266, que
teve como orador convidado o Prof. Doutor Carlos
Margaça Veiga, que efectuou excelente comunicação
sobre o tema: “O Lumiar versus Lisboa em dois tempos
de crise do poder real: 1383-1385 e 1438-1439”.
Não esquecemos a comemoração em 8 de Março, do
dia Internacional da Mulher, em que a Jornalista Dra.ª
Helena Ramos, brindou a assistência com uma muito
aplaudida alocução.
Temos desenvolvido ao longo destes primeiros meses
do ano de 2009, à semelhança dos anos anteriores diversas actividades em benefício da população da nossa
área geográfica, no âmbito: da Acção Social, Cultura,
Desporto, Educação, Espaços Verdes e manutenção do
Espaço Público. Continuaremos a desenvolver a nossa
acção, em ordem a melhorar a qualidade de vida da
população que aqui reside ou tem a sua actividade
laboral.
Finalmente considero de referir o importante acto
eleitoral, das eleições para o Parlamento Europeu, que
teremos em 7 de Junho de 2009, onde a Junta se irá
empenhar para que seja proporcionado aos eleitores
da nossa Freguesia, as melhores condições para o exercício do direito de voto.
20 000
12862298/98
EXECUTIVO DA JUNTA DE FREGUESIA
Presidente (PPD/PSD):
Pelouros:
Dr. Nuno Roque
Coordenação Geral, Acção Social,
Habitação e Urbanismo,
Recursos Humanos, Segurança,
Tráfego e Infraestruturas Viárias.
Secretário (PPD/PSD):
Pelouros:
Eng. Carlos Alberto Pereira da Costa
Áreas Ajardinadas,
Saneamento e Higiene Urbana,
Iluminação pública.
Tesoureiro (CDS-PP)
Pelouros:
Dra. Maria Clara Ferreira da Silva
Gestão Financeira,
Toxicodependência.
Vogal (PPD/PSD):
Pelouros:
Dr. Rui Caeiro Pereira
Cultura, Juventude.
Vogal (PPD/PSD):
Dra. Maria Isabel dos Prazeres
P. N. Pereira
Educação
Pelouros:
Vogal (PPD/PSD):
Pelouros:
Eng. Ricardo Francisco M. Pacheco
Ambiente, Património,
Informática/Internet.
Vogal (PPD/PSD):
Pelouros:
Dr. Miguel Gonçalves
Desporto, Comércio, Turismo.
www.jf-lumiar.pt
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Correio dos Fregueses
2009
Um Olhar, pelos Jardins do Lumiar
As andorinhas serenas
Pedindo para eu versar…
Vão deixando algumas penas
Pelos jardins do Lumiar!
Enfeitei minha passagem
Com as rosas a perfumar…
Entre o verde da folhagem
Pelos Jardins do Lumiar!
Mal a manhã se adivinha
Que em versos vi a sonhar…
Vem a primeira andorinha
Pelos jardins do Lumiar!
Já o chão se abre em flor
Com rosas a desabrochar…
Espalhadas p’lo criador
Pelos jardins do Lumiar!
Ó risonha Primavera
Luz das noites sem luar…
Todo o mundo te espera
Pelos jardins do Lumiar!
A Primavera na vida
Se eu pudesse prolongar…
Mas passa tão de fugida
Pelos jardins do Lumiar!
José Batista Vaz Pereira
Os moradores na Freguesia do Lumiar
dispõem de um espaço no Boletim para
a publicação dos seus textos e questões.
As cartas envidadas devem ser dactilografadas e devidamente identificadas,
não podendo exceder 20 linhas.
A direcção do Boletim reserva-se o direito de publicar os textos e só transcrever os trechos que considerar mais
importantes, de acordo com o espaço
disponível.
As cartas devem ser enviadas para:
Boletim Informativo / Correio dos Fregueses
Junta de Freguesia do Lumiar
Estrada da Torre, 19
1750-293 Lisboa
Recenseamento Eleitoral
Em 27 de Agosto de 2008 foi publicada em Diário da República a Lei n.º
47/2008, que introduziu a quarta alteração à Lei n.o 13/99, de 22 de Março.
Esta Lei veio alterar algumas regras da
organização e funcionamento do recenseamento eleitoral, no sentido da
simplificação e modernização de procedimentos, nomeadamente através
da inscrição automática dos cidadãos.
Assim, com a entrada em vigor da
presente lei há que ter em atenção o
seguinte:
1. A inscrição e transferência dos cidadãos nacionais residentes no território nacional processa-se automaticamente através da plataforma do
cartão do cidadão e dos sistemas de
identificação civil e militar.
2. As Comissões Recenseadoras não
terão de proceder à inscrição dos
eleitores nacionais.
3. No entanto, os eleitores já inscri-
tos no recenseamento eleitoral (noutra Freguesia), podem efectuar a sua
transferência para a Freguesia do Lumiar, desde que possuam o seu Bilhete
de Identidade válido e que a área de
residência seja a do Lumiar.
4. A inscrição voluntária (e transferência), ao abrigo do princípio de reciprocidade, de cidadãos estrangeiros,
legalmente autorizados a residir em
Portugal, continua a ser feito junto
das Comissões Recenseadoras ou do
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
5. Para assegurar estes mecanismos
foi criado o SIGRE (Sistema de Informação e Gestão do Recenseamento
Eleitoral). O cartão de eleitor deixará
de existir uma vez que o n.o de inscrição no recenseamento eleitoral é
automaticamente atribuído por esta
aplicação, quer para cidadãos nacionais, quer para cidadãos estrangeiros.
6. As alterações de morada, mesmo
que dentro da área geográfica da Freg-
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uesia, deixam de ser efectuadas na
Comissão Recenseadora da Junta de
Freguesia do Lumiar.
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Espaço Público
Pavilhão do Jardim da Quinta dos Lilazes
Recomendação aprovada na Assembleia Municipal de 21 de Abril de 2009, por todas as forças políticas
Considerando que presentemente consta que com a anuência da Câmara Municipal de Lisboa a EPUL, pretende retomar as referidas instalações e efectuar construção de novos edifícios em terrenos da Quinta dos Lilazes que foram
requalificados para lazer da população.
Considerando que o actual Presidente da Câmara Municipal de
Lisboa, afirmou publicamente, no Salão Nobre da Sede do Município, quando da assinatura de Protocolo com a Anafre relativamente às instalações que esta Associação ocupa presentemente no Palácio da Mitra, que o Pavilhão do Jardim da Quinta
dos Lilazes iria ser entregue à Junta de Freguesia do Lumiar.
A Assembleia Municipal de Lisboa, na sua reunião de 21 de
Abril de 2009, delibera recomendar à Câmara Municipal de
Lisboa o seguinte:
1. Que sejam mantidos os compromissos assumidos quanto
às antigas instalações da Empresa Pública de Urbanização
de Lisboa (EPUL) na Quinta dos Lilazes serem destinadas a
actividades culturais e no local não sejam construídos novos
edifícios.
2. Que seja elaborado protocolo com a Junta de Freguesia do
Lumiar para a cedência do Pavilhão do Jardim da Quinta dos
Lilazes para nele serem desenvolvidas actividades culturais.
3. Mais delibera enviar esta recomendação ao Sr. Presidente
da Câmara Municipal de Lisboa e à Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL).
Moção do mesmo teor foi aprovada na Assembleia de Freguesia do Lumiar realizada em Abril de 2009.
Tendo em atenção a importância do Pavilhão do Jardim da
Quinta dos Lilazes, para desenvolvimentos de actividades
culturais apresentou o Presidente da Junta do Lumiar, Dr.
Nuno Roque, na Assembleia Municipal de 21 de Abril de 2009
a Recomendação com o seguinte teor:
Considerando que a Sede da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) saiu em 2002 do Palacete e Pavilhões,
da Quinta dos Lilazes por determinação do então Presidente
da Câmara Municipal de Lisboa.
Considerando que aquelas instalações desde 2002, ficaram
destinadas a actividades culturais.
Considerando que o Palacete foi destinado à Academia Portuguesa da História, instituição de relevância cultural nacional e internacional.
Considerando que dada a falta na zona do Lumiar, de
equipamentos destinados à Cultura o Pavilhão do Jardim
da Quinta dos Lilazes, foi destinado à Junta de Freguesia do
Lumiar para nela serem desenvolvidas actividades culturais.
Considerando que em 2004, 2005 e 2006, foram efectuadas
reuniões para elaboração e assinatura de protocolo entre a
Câmara Municipal de Lisboa, Junta de Freguesia do Lumiar,
Academia Portuguesa da História e Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL), para cedência das referidas instalações da Quinta dos Lilazes.
Considerando que depois das eleições intercalares de 2007, o Executivo da Câmara Municipal de Lisboa e a Empresa Pública de
Urbanização de Lisboa (EPUL) não deram continuidade às referidas reuniões com vista à assinatura do necessário protocolo.
Demolição do pavilhão degradado nas traseiras da Junta
Depois de diversas diligências da
Junta de Freguesia do Lumiar, finalmente a Câmara Municipal de Lisboa/Direcção Municipal de Projectos e Obras, procedeu à demolição
do Pavilhão degradado nas traseiras
da Junta.
Mercado do Lumiar
No dia 6 de Fevereiro de 2009, o Presidente da Junta de
Freguesia do Lumiar, Dr. Nuno Roque acompanhado da
Vereadora da Câmara Municipal de Lisboa, Dra. Ana Sara
Brito visitaram o Mercado do Lumiar no sentido de tentar
resolver os problemas existentes nesta infra-estrutura.
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Espaço Público
Rotunda no cruzamento das ruas -
Arnaldo Ferreira, General
Vasco Gonçalves, Helena Vaz da Silva, Avenida Álvaro Cabral e Avenida Eugénio de Andrade
Depois de diversas diligências da Junta de Freguesia do
Lumiar e reclamações da população, foi concluída a rotunda das 5 vias no Alto do Lumiar, no cruzamento das
Ruas Arnaldo Ferreira, Rua General Vasco Gonçalves, Rua
Helena Vaz da Silva, Avenida Álvaro Cunhal e Avenida Eugénio de Andrade.
Espera-se que haja mais segurança no local para automobilistas e peões.
Parque de estacionamento subterrâneo no Largo da República
da Turquia
Depois de diversas diligências da Junta de Freguesia do
Lumiar, aguarda-se que a Câmara Municipal de Lisboa,
proceda à abertura do mesmo à população.
Requalificação do espaço sobe o viaduto do Eixo Norte-Sul
Aguarda-se que a Câmara Municipal de Lisboa proceda à
requalificação do espaço sob o viaduto do Eixo Norte-Sul
entre a Avenida Padre Cruz e a Azinhaga da Cidade e
construa o Polidesportivo que foi demolido para implementação do viaduto, o qual é muito necessário para o
desenvolvimento de actividades desportivas.
Jardim Sousa Franco
Jardim de Infância
Dado o Estado de degradação do Jardim Sousa Franco inaugurado em
21 de Setembro de 2008,
a Junta providenciou
junto da CML/EPUL que
se proceda à manutenção
daquele espaço.
Depois de diversas diligências
da Junta de Freguesia do Lumiar aguarda-se que a Câmara
Municipal de Lisboa inicie a
construção do Jardim de Infância da Rua Mário Sampaio
Ribeiro equipamento muito necessário na Freguesia.
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Espaço Público
Histórias de Vida no Lumiar,
pela Prof.ª Doutora Rosa Trindade Ferreira
Memórias de um tempo na Quinta Angeja/Palmela (actual Museu do Traje)
cos, 3ª filha do duque de Palmela, D. Mª José de Sousa
Holstein, herdeira do palácio dos duques no Lumiar. Ainda
em Itália, acompanha os duques nos seus trajectos em
Roma Milão, Turim, onde por intermédio de D. Domingos de Sousa Holstein conhece Afonso XIII rei de Espanha,
visita assídua dos duques. Retorna a Portugal, e ao palácio
do Rato, mas em 1939, quando morre a sua «senhora»,
a duquesa mãe, fica no palácio do Lumiar, ao serviço da
Marquesa de Tancos. Afirma com orgulho (...) “do trabalho
nas cozinhas do palácio que partilhava com dois meus
irmãos, fui promovido a criado de mesa da senhora marquesa que (...) “recebia ilustres personagens, que tive a
honra de conhecer muito bem, os Condes de Barcelona,
o rei de Itália e também o Conde de Paris (...)”. “Mas após
os tempos faustosos da marquesa, o palácio do Lumiar foi
encerrado durante trinta anos, depois da Primeira Grande
Guerra, quando a minha senhora deu abrigo a umas
freiras belgas e depois ao embaixador”.
“A família do diplomata precisou de uma criada para as
filhas, e lá estava a minha mulher para prestar serviços
na casa, durante cinco anos” (...) “os mesmos que a família
belga aqui fixou residência até o Sr. Embaixador receber
uma nova nomeação, desta vez na Santa Sé, em Roma”.
As portas do palácio foram encerradas de novo, até ali ser
instalado, durante dois anos, o Sr. Peter, director da Shell,
e a seguir do embaixador do Canadá”.
Com a sua partida deu-se o regresso da marquesa de
Tancos ao palácio do Lumiar, trazendo consigo, o senhor
Eduardo. Neste regresso, acompanhava-a igualmente D.
Isabel Juliana de Sousa Holstein Campilho, sua sobrinha
e herdeira universal, casada com o engenheiro Campilho.
A História não é feita exclusivamente de eminentes personagens da hierarquia social. Por vezes surge afecta a actos
isolados, discretos, generosos perpetrados por cidadãos
comuns que não esperam ser reconhecidos para lá da sua
lealdade prestada ao serviço de outrem.
O Sr. Eduardo Pinheiro Vasquez, cidadão quase centenário,
é um bom exemplo do que agora afirmamos. Talvez
nós, população do Lumiar e de Lisboa, lhe devamos a
integridade espacial e física do palácio Angeja/Palmela,
espaço condigno de cultura e de lazer instalando hoje o
Museu Nacional do Trajo.
Honra lhe seja feita!
Nasceu na Galiza, em Ponte de Vedra, aos catorze anos
vem para Lisboa servir no palácio dos duques de Palmela,
no Rato, por seis anos. Ao tempo, acompanhava-os nas
visitas ao palácio do Lumiar, por altura das festas de Santa
Rita, desconhecendo que seria nesta residência palaciana
que passaria o resto de toda a sua vida. Permaneceu ao
serviço dos duques no Rato até ser incorporado no serviço
militar do seu país de origem, na Guerra Civil de Espanha.
Ferido em combate na região das Astúrias, Valência e Barcelona, só volta a Portugal quando a guerra acaba, desta
vez para servir a família Palmela na “Conceição Velha”,
em Cascais.
Mas não fica por lá muito tempo, ingressa na Legião Estrangeira, em Itália, apadrinhado pela marquesa de Tan-
A casa anexa ao palácio onde viveu o Sr. Eduardo e família
O Sr. Eduardo e família passam então a residir, por ordem
da marquesa, na casa anexa ao edifício principal perto das
antigas cavalariças, onde eram guardados os cavalos que
o duque de Palmela, trazia da quinta de Alpiarça para as
“corridas do Campo Grande”. Curiosamente, a casa onde a
família passa a habitar possui ainda hoje os vestígios mais
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Espaço Público
antigos de toda a área edificada circundante. Na realidade,
a porta de serventia do Sr. Eduardo, de verga chanfrada,
remonta a épocas anteriores à edificação do palácio pelo
marquês de Angeja, no séc. XVIII, e no interior, ao nível do
piso térreo, podem ver-se exemplares soltos de azulejos
seiscentistas. No piso superior donde o Sr. Eduardo podia
ter uma visão geral, vigilante da envolvente do palácio todas as janelas tinham as tradicionais conversadeiras, em
cantaria antiga, e o bonito soalho em madeira mantém
ainda a sua forma original.
dade pertencia ao Ministério da Cultura estive sujeito
às ameaças da arruaça que vociferava que aquilo era do
povo, enfrentei-os sozinho, não deixei entrar, trancava
tudo, como podia” (…) “às vezes de noite, sentia forçar a
porta, ficava alerta esperava que se fossem embora” (…)
“foi um pesadelo, mas acabaram por desistir”.
“O Ministério da Cultura comprou o palácio e quinta e
fiquei mais ou menos ao serviço dos novos donos” (…) “de
vez em quando ia a Cascais fazer de criado de mesa, e enquanto aguardava o destino que iriam dar à minha vida,
O Sr. Eduardo ao serviço do museu do trajo
Mas a minha narrativa histórico/artística, sobre o acervo
patrimonial da sua antiga casa, embora despertasse interesse no meu interlocutor, não resultou suficientemente
atractiva de modo a desviar o curso do pensamento da
sua própria história de vida, e assim referia (…) “frequentemente assisti às conversas da sobrinha para a tia, sobre
o destino a dar ao palácio. Venceu a proposta da sobrinha,
que ali instalou a família, ficando
as dependências mais nobres, para uso exclusivo da marquesa. Desta forma, todo o resto da família mudou para o
palácio até à morte desta última senhora, altura em que
D. Isabel Juliana resolveu fixar residência no palácio de
Cascais. A restante família também não quis ali ficar, de
modo que me deixaram encarregado de toda a segurança
do palácio”.
“Veio o 25 de Abril e queriam-me tomar isto, tive sorte”
(...) “mesmo depois de ter a placa a dizer que a proprie-
Azulejos soltos do piso térreo da casa do Sr. Eduardo
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Espaço Público
fui assistindo à entrada e saída de vigilantes e polícias que
se candidataram ao lugar que até aí, eu havia ocupado
na segurança do palácio, até que um dia, já após o 25 de
Abril de 1974, recebi um convite para ir almoçar ao palácio
em Cascais”, (…) “chegado lá a srª D. Isabel disse-me: olha
Eduardo ficas com os representantes do Ministério que
ficas tão bem como comigo
(...) “e ficou resolvido eu tomar conta do palácio, sob as
ordens da direcção que me deu liberdade de movimentos, o que muito me impressionou, pois estava habituado
a dar conta de todos os meus passos tanto à marquesa
como à senhora D. Isabel, e «eu gostava que soubessem
que quando (eu) cá não estavam, eu percorria todas as
dependências do palácio, vigiando e fechando as janelas
quando escurecia, e, segundo mandou a senhora directora, Eduardo, daqui para o futuro o senhor fica na porta
principal para receber as visitas todas que vierem aos nossos gabinetes” (…) “um dia, quando recebiam a visita do
doutor Mário Soares, avisei-o de que o chamavam ao telefone e para minha surpresa apresentou-me à comitiva,
como pessoa de grande responsabilidade e disse-me «faça
de conta que é dono disto tudo»”.
“Passaram várias directoras pelo museu mas eu ainda cá
fiquei mantendo os laços que me prendiam à família da D.
Isabel. Continuei a frequentar o palácio de Cascais, onde
sempre fui recebido com grande carinho pela família”(...),
“mas esta é a minha casa!”.
Sem perder a postura de “grand seigneur”, adquirida no
convívio diário com a gestualidade de membros da aristocracia portuguesa, o Sr. Eduardo despediu-se deste espaço de memória dizendo: os senhores de antigamente
não eram como são agora” “agora são menos exigentes”.
Em abono da verdade, lamentamos que o Sr. Eduardo não
Caminho que conduz à zona poente da quinta
Entrada na zona agrícola da quinta onde vive hoje o Sr. Eduardo
possa ler esta narrativa que o homenageia. Na realidade,
embora ao serviço de uma família de poder e cultura durante quase toda a sua vida numa lhe foi possível aprender a ler.
Registo de imagem do arquivo da Biblioteca do museu
do Trajo.
Chá Dançante – Workshop de Valsa
A arte de dançar a dois pode até estar esquecida pela juventude, mas para um grupo de homens e mulheres do Lumiar,
os ritmos que dão asas aos sonhos dos mais românticos estão longe de ser abandonados.
“A menina dança?” Este foi o mote dos cavalheiros presentes, enquanto as damas esperavam um convite para dançar.
Dia 04 de Dezembro, no Lar Militar da Cruz Vermelha estes
senhores e senhoras reuniram-se para mais uma tarde ao
som da Valsa Vienense e Inglesa, ensinada por um par de
bailarinos profissionais Fábio e Micaela.
046990No final bebeu-se um chá, acompanhado por deliciosos biscoitos e assistimos encantados à exibição de dança,
realizada pelo par de bailarinos que dinamizou o workshop.
Foi o Chá Dançante – Temporada de Inverno, promovido
pela Junta de Freguesia do Lumiar, em parceria com as instituições de idosos da freguesia, que reuniu cerca de 150
pessoas para uma festa em que as damas e cavalheiros reviveram o charme e tradição dos bailes de outrora.
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Acção Social
Baile dos Reis
Musgueira, Carmoteca, Leões de Portugal, Inválidos do Comércio, e Centro de Convívio do Paço do Lumiar. E ei-los
que os janeireiros, do Coro do Sporting Clube de Portugal,
da Carmoteca e do Centro Social da Musgueira, entoaram
os seus cânticos, no desejo de saudar as pessoas da nossa
comunidade, com louvores e palavras amigas, e votos de um
excelente 2009! Bailarico e um Bolo Rei Gigante, animaram os
cerca de 200 convivas, numa tarde em que todos foram REIS!
As Janeiras e os Reis são, dos costumes mais típicos no encerramento das festividades da quadra natalícia. Na passagem
de ano, em que há a lembrança de recordações passadas e se
vive uma nova esperança no ano que começa, existe a necessidade de comunicar com outros os sentimentos de alegria
e o presságio de um futuro melhor. Imbuídos deste espírito
a Junta de Freguesia do Lumiar, promoveu pelo segundo ano
o Baile dos Reis, em parceria com o Cajil, Centro Social da
Passeios Seniores
e outros trabalhos feitos na pedra, maravilharam os nossos
seniores durante 2 horas.
Ao meio-dia partimos para o nosso almoço no Sanguinhal. A
seguir ao almoço, partimos para a próxima visita programada,
ao Museu Municipal do Bombarral, localizado mesmo no centro
da cidade em frente à Câmara. Este foi inaugurado em 1990 e
está situado no Palácio Gorjão. Salas de escultura, medalhística,
arqueologia, pintura e exposições aos artistas locais, fazem parte
do espólio cultural deste museu. Seguimos para o Santuário do
Senhor Jesus do Carvalhal, onde podemos visitar a igreja, onde
se destaca os Sagrados Corações de Jesus e de Maria que datam
do século XIX e a imagem do Senhor Jesus Crucificado. Este Santuário encontra-se no meio de uma vasta paisagem de grande
beleza, que motivou o encanto dos nossos seniores.
ÉVORA
No passado dia 28 de Fevereiro, começou o novo Programa
de 2009 dos Passeios Seniores da Junta de Freguesia do Lumiar. Para o primeiro passeio foi escolhida a cidade de Évora
e o Fluviário de Mora. O pequeno-almoço foi na área de
serviço de Évora e já na cidade a primeira visita deu-se ao
museu Municipal da cidade, onde se encontra um valoroso
espólio de pintura flamenga. Grandes painéis da Virgem da
Glória e representação das cenas da Paixão de Cristo, são
obras a destacar deste museu visitado. Em seguida a visita
foi livre pela cidade.
A partir das 14h30, voltamos todos a reunir e seguimos
para o Fluviário de Mora. Os nossos seniores visitaram pela
primeira vez este local de grande beleza e ficaram encantados com tudo o que viram. Diferentes tipos de habitat
e seres vivos que nele vivem, são aqui apresentados tal e
qual como no seu ambiente natural. O concelho de Mora
mantém uma extensa área protegida e estreita relação de
equilíbrio com a natureza.
BOMBARRAL
No Sábado, dia 28 de Março, realizou-se o segundo passeio
deste ano da Junta de Freguesia do Lumiar ao Bombarral.
Cerca das 10h00 chegamos à Quinta dos Loridos (Jardim
Oriental) e começamos a visita. Budas Dourados, escadaria
central, 700 soldados de terracota pintados à mão, dragões
esculpidos, lagos com peixes koi (conhecida p como carpa),
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Acção Social
Centro de Convívio do Paço do Lumiar
Ao longo dos últimos meses, os utentes de vários convívios da Freguesia têm vindo a participar em encontros
para passeios e actividades de diversão conjunta.
Para além de uma animada tarde de jogos nas instalações
dos Leões do Sporting, realizou-se um passeio pelo Museu
da Marinha, com direito a visita guiada e chocolates para
todos!
Baile de Carnaval
porque a vida corre mal. Mas o coração da gente rebenta
se nele só morar a tristeza”. Por isso, celebre-se a vida e a
alegria, porque o Carnaval esteve no Lumiar!
Meses antes do Carnaval, a azáfama nas instituições de
idosos da nossa freguesia começa a mobilizar os participantes, para os concursos de Carnaval. Os ensaios sucedem-se, praticam-se o desfile, a música e os enredos. No
Lumiar sénior vive-se o Carnaval de forma intensa.
Dia 19 de Fevereiro, realizou-se no Lar Militar da Cruz Vermelha o já tradicional Baile de Carnaval, promovido pela
Junta de Freguesia do Lumiar. O Centro de Convívio do
Paço do Lumiar, os Leões de Portugal, o Centro Social da
Musgueira, o Cajil e os Inválidos do Comércio, trabalharam
animadamente, para no Baile de Carnaval mostrar a alegria
e o brilho contagiantes, próprios desta época festiva. Este
é um Carnaval verdadeiramente popular, que espelha a
força de vontade e iniciativa destas entidades. O programa
foi rico e apostou na música e na animação dos foliões.
Foi uma tarde de “loucura”, de contornos saudáveis, que
invadiu o Lumiar num ambiente de alegria, fervilharam
iniciativas surpreendentes em criatividade e imaginação,
cujas melhores máscaras se encontraram representadas no
desfile individual e colectivo. Este ano, quem levou o título
para casa, na categoria Máscara Colectiva, foi o Centro Social da Musgueira, sob o tema “Os pregões de Lisboa”.
No desfile individual, a competição atingiu níveis de elevada competitividade com as claques dos Inválidos do
Comércio e do Centro Social da Musgueira a torcerem pelos seus finalista. Devido à elevada qualidade das máscaras
a concurso, este ano o júri, pela primeira vez na história
do nosso baile, atribuiu o 1º lugar exequo ao Sr. Coutinho,
mascarado de Pinóquio pelos Inválidos do Comércio, e ao
Sr. Fernando Alves, mascarado de palhaço em representação do Centro Social da Musgueira. Ambos os senhores partilharão o título de Rei de Carnaval do Lumiar 2009. Alves
Redol sintetiza a importância desta festa “Todos precisam
de se divertir. Porque a vida corre bem? Não, quase sempre
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Acção Social
80o Aniversário dos Inválidos do Comércio
enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, terapeutas,
fisioterapeutas, médicos e um grupo de voluntários. A
par dos imensos jardins tratados e devidamente equipados com bancos de descanso onde vários idosos fazem
caminhadas e conversam à sombra das árvores nos dias
de Verão, a pluralidade de espaços marca os Inválidos,
na diversidade de actividades e serviços que a instituição
oferece.
Existem várias salas de estar e de convívio, enfermarias,
gabinetes de enfermagem e médico, ginásio para a fisioterapia, salas de actividades, um serviço de cabeleireiro, bar,
jogos de mesa, etc. Os passeios ao exterior são regulares e
as portas da casa estão sempre abertas.
A Junta de Freguesia do Lumiar, felicita os 80 anos dos
Inválidos do Comércio, congratulando-se por uma Instituição de referência nacional se encontrar sedeada no
Lumiar prestando com a sua actividade um excelente
contributo a Portugal, à Cidade de Lisboa, e à Freguesia
do Lumiar.
Fundada, a 10 de Abril de 1929, por Alexandre Ferreira, os
Inválidos do Comércio são uma Instituição Particular de
Solidariedade Social projectada para acolher os idosos de
então e em particular os homens ligados à actividade comercial o lema foi, personalizar os cuidados e respeitar a
diferença de cada um dos residentes. A história diz que a
Quinta foi adquirida por 300 mil reis e que o conceito foi
trazido do norte da Europa por Alexandre Ferreira, muito
diferente dos tradicionais albergues existentes na época.
A Instituição distinguiu-se pela forma como assumiu os
seus objectivos, verdadeiramente inovadora para a época,
e que hoje se mantêm integralmente válida.
Actualmente a instituição conta com 347 utentes, com uma
idade média de 84 anos e 266 funcionários, um número justificado, pela qualidade e diferenciação dos serviços prestados. Hoje com 12.995 sócios, das mais variadas profissões
e idades, os Inválidos do Comércio possuem uma lista de
espera que ascende aos 1.000 idosos no lar. Gozam de um
espaço único, a Quinta do Outeiro, onde está sedeada a instituição, ocupa cerca de 7 hectares, com jardins e espaços
verdes e em que menos de 10% do espaço é ocupado por
instalações. A casa está dividida em dois sectores principais: o regime geral e a ala residencial. Encontram-se igualmente em funcionamento a valência de apoio domiciliário,
na freguesia do Lumiar, que auxilia 15 utentes.
A acção principal da instituição desenvolve-se no regime
de lar, com uma equipa multidisciplinar composta por
Seminário “O Impacto da Longevidade no Século. XXI”
Organizado pelos Inválidos do Comércio no Laboratório
Nacional de Engenharia Civil em 13/03/2009, o Seminário,
contou com a presença do Sr. Presidente da Junta de
Freguesia do Lumiar, Dr. Nuno Roque, na sessão de abertura e no 1o Painel, com intervenção sobre a responsabilidade autárquica no envelhecimento demográfico.
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Cultura
11o Desfile de Carnaval de Lisboa
O 11o Desfile de Carnaval de Lisboa foi organizado
pela Câmara Municipal de Lisboa, pela EGEAC e por
algumas Juntas de Freguesia de Lisboa, entre as quais a
do Lumiar que participou, organizou e marcou presença
com um animado grupo de foliões que enveredaram
belos costumes carnavalescos.
Foi no dia 24 de
Fevereiro que Lisboa
ganhou outra vida…as ruas
da baixa pombalina encheram-se de alegria, cor e animação.
O carnaval tinha chegado à capital e com ele centenas de foliões
desfilavam e divertiam os muitos que assistiam ao desfile.
Comemoração em 8 de Março do Dia Internacional da Mulher
com alocução pela jornalista Dra. Helena Ramos
vos, desporto, cultura, segurança, justiça, comércio e serviços.
O programa, incluiu mesa de honra constituída, pelo Sr. Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, Dr. Nuno Roque, pela
jornalista Dra. Helena Ramos e pela Vogal da Educação Dra.
Isabel Pereira. Seguiu-se o espectáculo do Grupo de Flamenco
Roberto Pajuelo e Cocktail.
A ideia da existência de um Dia Internacional da Mulher
surgiu na viragem do Sec. XX, durante o processo de industrialização e expansão económica que levou aos protestos
sobre as condições de trabalho. Assim o 1.º Dia Internacional da Mulher observou-se nos EUA a 28 de Fevereiro de
1909. Em 1910, a primeira conferência internacional sobre
a mulher ocorreu em Copenhaga, e o Dia Internacional foi
estabelecido no Ocidente, onde foi comemorado até meados de 1920, mas esmoreceu. Foi revitalizado pelo feminismo da década de 60. Em 1975, designado como o Ano
Internacional da Mulher, a Organização das Nações Unidas
começou a patrocinar o Dia Internacional da Mulher.
Na realidade, a mulher não precisa de um dia específico, de
uma data pré-estabelecida, pois estão vivas e são actuantes
todos os dias. Em Portugal, constituem mais de metade
da população e dos eleitores, quase metade da população
activa, mais de metade dos trabalhadores intelectuais e
científicos e a maioria dos contribuintes. No geral, a atitude em relação à mulher, mudou e melhorou, mas em algumas regiões do mundo, infelizmente, ainda encontramos
situações de intolerância e descrédito.
Reconhecendo o importante contributo de senhoras que de
diversas formas têm contribuído para o desenvolvimento da
nossa freguesia, a Junta de Freguesia do Lumiar, comemorou
a data numa cerimónia realizada dia 08 de Março na Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, onde estiveram presentes 100
mulheres residentes, ou que desempenham funções de grande
relevância em prol da comunidade do Lumiar, em áreas tão
diversas como a acção social, educação, movimentos associati-
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Cultura
743o Aniversário da Freguesia do Lumiar
A Freguesia do Lumiar está de parabéns! Nascida a 2 de
Abril de 1266, a Freguesia do Lumiar completou este ano
743 primaveras. A celebração desta data foi no sábado, dia
4 de Abril, no auditório da Biblioteca Municipal Orlando
Ribeiro, em Telheiras, com uma programação ao alto nível
da idade da Freguesia. A cerimónia contou com casa cheia
e com a presença assídua dos já amigos de longa data
do Lumiar, tendo o Presidente da Junta, Dr. Nuno Roque,
referido na abertura da sessão a evolução da área geográfica do Lumiar e os marcos mais relevantes do desenvolvimento da Freguesia ao longo dos séculos.
15h00 – Recepção dos convidados
15h30 – Abertura da sessão pelo Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar,
Dr. Nuno Roque
15h45 – Alocução pelo Prof. Doutor Carlos Margaça Veiga – “O Lumiar versus Lisboa em
Dois Tempos de Crise do Poder Real: 1383-1385 e 1438-1439”
16h15 – Encerramento da cerimónia pelo Presidente da Assembleia de Freguesia do Lumiar,
Dr. Álvares de Carvalho
16h30 – Momento Musical
17h00 – Beberete
18h30 – Missa na Igreja São João Baptista (Largo São João Baptista, Lumiar)
com a participação do Coro da Academia Musical 1º de Junho de 1893
Auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro (Estrada de Telheiras - Antigo Solar da Nora)
O Lumiar versus Lisboa em Dois Tempos de Crise do Poder Real:
1383-1385 e 1438-1439 - Intervenção no Aniversário da Freguesia pelo Prof. Doutor Carlos
Margaça Veiga
feito para o Lumiar1. A proposta do tema enunciado pressupõe todo esse labor de pesquisa crítica do particular, mas
articula as fronteiras da história da localidade a dois outros
planos: à história da cidade de Lisboa e, mais amplamente,
à história de Portugal. A vivência local está permanentemente a projectar-se no âmbito regional e nacional de que
faz parte2. Para tanto foram seleccionados dois contextos
conjunturais em que o território do Lumiar se viu envolvido e adquiriu notoriedade, como é patente em relatos de
A abordagem ao estudo da história local, ao contrário do
que num primeiro momento se possa admitir, reveste-se de
alguma complexidade, sobretudo quando se está em presença de aglomerado humano que desde cedo delineou a
sua personalidade e de forma imparável a foi enriquecendo. Conhecer as suas origens e a gradualidade do processo
de integração de novos elementos no seu perfil é tarefa
árdua e paciente, sendo ainda mais difícil sistematizá-la e
apresentá-la de forma estruturada como recentemente foi
1
De referência indispensável para o conhecimento da história do Lumiar o recente trabalho de Rosa Maria Trindade César Ferreira e Fernando Afonso de Andrade Lemos, Nova Monografia do Lumiar. Lisboa: Junta da Freguesia do Lumiar, 2008.
Sobre o tema ver Jorge Borges de Macedo, “Unidade de poder e diversidade de situação nas áreas regionais em Portugal. Consequências metodológicas”. Primeiras Jornadas de História
Local e Regional (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), coord. Álvaro Matos e Raul Rasga. Lisboa: Edições Colibri, 1993, pp. 11-33.
2
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Cultura
tre D. João, Mestre de Avis e D. João I de Castela, Lisboa
conhecerá novo assédio, por mar e por terra, ao qual as
muralhas resistiram. No entanto, o mesmo não aconteceu
com o seu largo e rico território envolvente, em que a aldeia do Lumiar se inseria. A tentativa de tomar a capital
foi precedida da sua ocupação pelos contingentes militares
estrangeiros entrados pela fronteira beirã. As notícias que
a este respeito dispomos chegaram-nos por Fernão Lopes,
atento não só ao que se passou na capital como em todo o
seus termo. E sobre o Lumiar, legou-nos o seguinte relato
circunstanciado:
“ElRei de Castela que em Santarém estava, havia muito
pouco que enviara Dom Pedro Fernandez Cabeça de Vaca,
Mestre de Santiago, Pero Fernandes de Velasco, seu camareiro-mor, e Pero Rodrigues Sarmento, adiantado mor da
Galiza, e com eles mil lanças de bons homens de armas,
que chegassem ao termo de Lisboa, para dar começo ao
cerco; e não consentissem aos da cidade que se entendessem pela terra a fazer dano nenhum”4.
Note-se que é a um corpo de elite, expresso no alto estatuto social das chefias militares, que é conferida a missão
de desbravar o terreno para o cerco terrestre. Acampados,
com toda a probabilidade já na zona do Lumiar pelas referências que se seguem, lançarão uma investida contra Nuno
Álvares Pereira. As circunstâncias contam-se em breves palavras. A mando do Mestre de Avis, tinha o jovem chefe
militar ido a Sintra e seu termo recolher mantimentos
para abastecer a cidade como prevenção para o esperado
assédio. Sabedores os castelhanos da saída, foram no seu
encalço procurando surpreendê-lo no regresso. Contudo,
quando se aproximaram do local por onde julgavam que
havia de passar já ele se encontrava intramuros da urbe.
Conclui assim Fernão Lopes o extenso relato dos acontecimentos a que dedica um longo capítulo: “pousaram-se no
Lumiar e pelas aldeias ao redor, sem irem mais adiante. E
foi isto aos 8 dias do mês de Fevereiro de 1384”5.
A resposta portuguesa não se fez esperar. Segundo o cronista do condestável, quando ele disto soube, sentiu-o como
um desafio. E bem ao jeito do seu perfil guerreiro de enfrentar e até procurar o inimigo para lhe dar combate, “um
dia saiu pela Porta de Santo Antão com trezentas lanças e
poucos homens de pé e, chegando entre os olivais onde
os castelhanos estavam, concertou suas batalhas para com
eles pelejar”6.
Os castelhanos, ao saberem da vinda de D. Nuno, retrocederam, dizendo Pedro Sarmento e Pedro Velasco “que
cavalgasse logo à pressa e se fosse para seu alojamento”.
Negaram-se ao confronto. Conclui o cronista: “o campo e
a honra ficou por Nuno Álvares”. A expedição, que chegou
aos limites do Lumiar, ficou-se por aqui pois o Mestre de
Avis, conhecendo o ímpeto guerreiro do seu braço direito,
“saiu de Lisboa e ordenou que ele e a sua hoste recolhessem à cidade”. No entanto, este recuo e recusa dos castelhanos não significou abandono do local onde estanciavam,
tornando-se uma presença ameaçadora que importava afa-
primeiro plano da nossa história colectiva, como sejam a
Crónica del Rei Dom João I de Fernão Lopes, a Coronica do
Condestabre, de autor anónimo, e a Chronica do Senhor Rey
D. Afonso V saída da pena de Rui de Pina3. Embora os dois
tempos possam ser considerados sob múltiplos ângulos, é
questão central a profunda crise por que passou o poder
real, tanto entre os anos de 1383 e 1385 como entre 1438 e
1439, sendo por isso referência aglutinadora em qualquer
modalidade de tratamento.
É bem sabido que a conjuntura que em primeiro lugar se
refere resulta fundamentalmente do processo de erosão
de estruturas económicas e sociais da Idade Média, que
podiam não ter atingido o poder real nos termos em que
se verificaram. E com tanta gravidade que fez soçobrar a
dinastia. Na sequência da morte de D. Fernando, da tortuosa regência de D. Leonor Teles de Meneses e das interpretações dadas a cláusulas do tratado de casamento de D.
Beatriz com D. João I de Castela, a coroa de Portugal esteve
na iminência de ser anexada à de Castela. A continuidade
dinástica, que era garante da continuidade do reino, o mesmo é dizer da sua independência, recebeu um golpe profundo. A monarquia hereditária foi interrompida, a anterior estabilidade da instituição real cedeu, com a agravante
de se confrontar com a fractura da estrutura social em que
se apoiava. Com efeito, cindiu-se a união entre os estratos
nobiliárquicos superiores - que se moveram ao sabor de
valores feudais, como a fidelidade, os laços e interesses de
família - e as camadas populares, já detentoras de uma
consciência de identidade colectiva, talvez ainda difusa ou
nebulosa, mas que os acontecimentos e o protagonismo
dissiparão, conferindo-lhe consistência.
Este processo de consciencialização, caldeada no dramatismo da crise, teve o seu preâmbulo no tempo das “Guerras Fernandinas”, que se desenrolaram a partir de 1372.
Recorde-se a invasão de Henrique II de Castela, a sua entrada em Lisboa sem resistências, em 23 de Fevereiro de
1373, por D. Fernando não ter capacidade militar para se lhe
opor. Depois, o rei castelhano, robustecido com as tropas
da sua frota que entraram pelo Tejo, cercou a capital e
incendiou a sua área mais próspera, a Rua Nova dos Mercadores, as freguesias da Madalena e de S. Julião e toda a
judiaria grande, isto é, toda a parte baixa que se encontrava
em plena expansão económica. Desta humilhação, nunca
antes sofrida, decorreria a decisão do monarca português
de lhe levantar nova muralha protectora, dada a insuficiência da velha cerca moura, para tanto mobilizando todo o
povo citadino e dos seus arredores. O envolvimento na edificação, em defesa própria e contra um inimigo concreto,
constituiu importante contributo para sedimentar a consciência de identidade, para além de conferir à cidade nova
fisionomia. A partir de 1375, o essencial da malha urbana
passava a estar envolvida por espesso pano de muralhas,
ao longo das quais se erguiam setenta e sete torres e se
rasgavam trinta e oito portas. Volvidos nove anos, agora
já no contexto da disputa pela posse da Coroa travada en3
Utilizaram-se as seguintes edições: Crónica Del Rei Dom Joham I de Boa Memoria e dos Reis de Portugal o Decimo, Parte Primeira escrita por Fernão Lopes. Reprodução facsimilada da
edição do Arquivo Histórico Português (1915) preparada por Anselmo Braamcamp Freire. Prefácio por Luís F. Lindley Cintra. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1977. Estoria da
Dom Nuno Alvrez Pereyra. Edição crítica da “Coronica do Condestabre” com introdução, notas e glossário de Adelino de Almeida Calado. Coimbra: Por Ordem da Universidade, 1991.
Chronica do Senhor Rey D. Affonso V de Rui de Pina. Introdução e revisão de M. Lopes de Almeida. Porto: Lello & Irmão – Editores, 1977.
4
Crónica Del Rei Dom Joham I…Cap. LXXI
5
Idem, ibidem.
6
Estoria de Dom Nuno Alvrez Pereyra…Cap. XXIIII.
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Cultura
não deixaram de atingir um grau de gravidade que colocou
o reino numa situação pré - insurreccional, muito próxima
do eclodir da guerra civil. E, no seu desfecho, o Lumiar
será palco de um dos seus momentos decisivos. Rememoremos o acontecido. Com efeito, D. Duarte acabou os seus
dias com aos 48 anos incompletos, em 10 de Setembro
de 1438, no convento de Cristo, em Tomar, vitimado pela
peste. Deixava como sucessor o príncipe D. Afonso (futuro
Afonso V), que apenas contava 6 anos de idade, para além
de mais quatro filhos vivos. Por hábito consuetudinário,
imediatamente se procedeu ao alçamento régio do herdeiro, de cujo cerimonial foi incumbido o infante D. Pedro,
irmão mais velho do rei finado, a pedido da rainha viúva,
D. Leonor de Aragão. Do acto público passou-se ao acto
privado da abertura do testamento de D. Duarte, que no
tocante ao governo determinava que a rainha “sem ajuda
doutra pessoa”, ficava in solidum com os seguintes atribuições: testamenteira da sua alma; tutora e curadora de
seus filhos; “Regedor do reino”; herdeira de todo os bens
móveis8. Esta concentração de poderes suscitou diferenças
de opinião assim enunciadas por Rui de Pina: que pertencia
aos três estados decidir sobre a regência; que a rainha só
se devia ocupar da educação dos filhos: que deviam ser os
irmãos a reger o reino, referindo-se aos infantes D. Pedro,
D. Henrique e D. João; que o reino não devia ser regido por
mulher e ainda por cima estrangeira. Esta razão, apesar de
vir em último lugar no elenco do cronista, era a que mais
pesava na discordância. Estava bem viva na memória de
todos a crise do poder real anterior, decorrente do enlace
matrimonial de D. Beatriz com D. João I de Castela. Na
nova conjuntura, a menoridade do herdeiro abria a porta
às ambições dos irmãos da Rainha D. Leonor de Aragão, já
manifestadas relativamente a Castela onde se passava também uma situação de menoridade régia. Havia a consciência
de que importava consolidar a dinastia recém eleita, colocando na regência um infante directamente descendente da Casa
de Avis. Confrontada com as divergências, a rainha anuiu à
proposta de convocação de Cortes, na expectativa de ver sancionado o testamento pelos três estados, convocando-as para
Torres Novas. Nas vésperas da abertura (10 de Novembro 1438)
abordou D. Pedro e propôs-lhe a partilha do poder nas seguintes condições: ela reservaria para si a educação do príncipe
herdeiro e irmãos, acumulando com o governo da fazenda;
D. Pedro encarregar-se-ia da justiça com o título de “Defensor e Regedor por El-Rei”, isto é, deteria duas das mais
importantes funções régias: o poder judicial e o militar9.
Emergiu a poderosa facção da alta nobreza, que se opôs e
exigiu o respeito integral do testamento. Sabia que D. Pedro era um defensor das prerrogativas do poder real, que,
a verificar-se a regência de D. Leonor, mais facilmente seria
manipulado, e, para mais, era muito estimado pelo terceiro
estado. As duas facções, a nobiliárquica e a do braço popular, afrontaram-se com violência nos debates das cortes,
mantendo posições irredutíveis, só ultrapassadas com a
apresentação de um “Regimento do Reino”, pelo Infante
D. Henrique. Propunha uma divisão do exercício do poder
por três personalidades, que, depois de aceite, ficou assim
distribuído: à rainha competia a tutoria e curadoria (edu-
star já que ainda não havia forças suficientes para os repelir definitivamente. Os acontecimentos são assim relatados
por Fernão Lopes:
“Vendo o Mestre como aqueles capitães de Castela estavam
de sossego no Lumiar, havia já bem quinze dias, e tão perto da cidade que vinham dali algumas vezes escaramuçar
perto da muralha”, falou com o Mestre de Santiago, com
Nuno Álvares e com todos os do seu conselho, “dizendo
que lhe parecia que era bem de irem pelejar com eles”. Não
foi difícil recolher a unanimidade dos pareceres para “se
pôr em obra”. Os castelhanos, sabedores da decisão pelos
espiões que tinham no terreno, abandonaram apressadamente o local, fragmentando-se em duas unidades, uma
que demandou a vila de Alenquer e outra a de Torres Vedras, ambas dentro do termo de Lisboa. Mais uma vez se
recusaram ao combate frontal. Importante para o conhecimento do quotidiano de um acampamento castrense é a
referência dada
pelo cronista de que os portugueses não só encontraram a
aldeia desocupada como se depararam com “as panelas ao
fogo e espetos de carne, que não tiveram vagar de comer
com a pressa da sua partida”7.
Mas o Lumiar conheceu, neste contexto bélico, um segundo momento de ocupação, agora já do próprio rei invasor,
D. João I, rei de Castela, e das suas tropas. Com efeito, deixando a aldeia do Bombarral em que num primeiro momento se instalou, pôs-se a caminho de Lisboa para reunir
as suas forças à frota que aguardava. Foi uma marcha lenta, com paragens em várias povoações até chegar “a uma
grande e espaçosa aldeia que chamavam o Lumiar, a uma
légua da cidade”. Aqui decidiu fixar o seu acampamento,
enquanto outros contingentes “pousavam por outras aldeias de muitas e boas que há por essa comarca”. Desta vez
não houve nenhuma investida portuguesa, provavelmente
pela desproporção de forças e necessidade de concentração de energias na defesa da capital, e, do lado castelhano,
poucas vezes saíram para fazerem escaramuças. E foi do
Lumiar que D. João I de Castela partiu para o cerco de Lisboa, quando, a 29 de Maio de 1384, lhe chegou a notícia de
que a sua armada, de 40 galés, entrara no Tejo.
O envolvimento da aldeia nos acontecimentos da crise de
1383-1385 fica-se por aqui. Lisboa sofrerá um longo e doloroso cerco de fins de Maio a meados de Setembro daquele
ano de 1384. O reino vencerá as forças do rei que pretendia o trono de Portugal no campo de Aljubarrota em 14
de Agosto de 1385. Confirmara-se pelas armas a eleição do
Mestre de Avis como rei de Portugal nas Cortes reunidas
em Coimbra em 6 de Abril anterior. A continuidade do reino ficava assegurada pela ascensão de nova dinastia, que
recebia o nome de Avis, abrindo-se um novo período em
que o poder real se foi consolidando através de muitos
feitos de que já somos conhecedores.
2. Se sobre a conjuntura abordada há um saber generalizado, o mesmo não acontece com a crise do poder real
que sobreveio à morte do rei D. Duarte, entre os anos de
1438 e 1439, agora decorrente de uma situação de menoridade régia. Os contornos são diferentes da anterior, mas
7
8
9
Crónica Del Rei Dom Joham I…Cap. LXXV.
Chronica do Senhor Rey D. Affonso V…, cap. III.
Chronica do Senhor Rey D. Affonso V…cap. XII.
15
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Cultura
D. Estêvão de Aguiar, o qual lhe prometeu um contingente
militar. Enquanto isto a rainha passou a desenvolver outra
estratégia: impedir a reunião das cortes, ameaçando não estar
presente e impedir também a presença do príncipe. D. Pedro
saiu de Coimbra em meados de Outubro de 1439, acompanhado por 1.800 cavaleiros e 2.600 peões, em que se integrava
a sua hoste pessoal e partidários da sua causa. Ao passar por
Alcobaça incorporou 500 homens postos à disposição pelo
abade. O destino era Lisboa. Ao aproximar-se deteve-se alguns
dias no Lumiar. Foi neste local que se decidiu o seu futuro e
o do reino. Os membros da Câmara vieram ao seu encontro,
pedindo-lhe que aguardasse a publicação de um novo acordo
no qual lhe conferiam o regimento “in solidum”, antes das
cortes, elaborado por uma comissão de doze homens e que
foi tornado público no refeitório do convento de S. Domingos.
No dizer de Rui de Pina “logo com vozes e sinais de todos foi
sem contradição aprovado e consentido”. D. Pedro hesita em
aceitá-lo. Os representantes da capital respondem-lhe com a
exibição de cartas das cidades e vilas do reino a dar o seu
consentimento. Era todo o reino que o queria como regente14.
cação) do príncipe, juntamente com a administração da fazenda e concessão de ofícios em colaboração com D. Pedro;
a D. Pedro era confiada a defesa do reino, com o título de
Defensor; a justiça entregue ao conde Arraiolos, D. Fernando,
filho do conde de Barcelos, que viria a ser duque de Bragança e um dos apologistas do testamento régio. O documento
sobre a distribuição de poderes era minucioso quanto ao seu
exercício, para acautelar as prerrogativas reais. Ao encerrarem as cortes o regimento entrou imediatamente em vigor10.
Se serviu para a saída de um impasse, a sua aplicação foise revelando um fracasso, demonstrando a sua precariedade
relativamente aos anseios profundos das camadas populares.
E as reacções manifestaram-se com toda a veemência na capital a partir do verão de 1439. O movimento teve um líder, o
infante D. João, que se tornou também o interlocutor entre
os representantes populares e o infante D. Pedro. Num dos
vários encontros que com ele teve, revela a radicalidade da
sua posição, nestes termos: “Conquanto a rainha é mulher
virtuosa e muy discreta e amiga de Deus, nunca vi maior vergonha e abatimento nosso que sermos regidos por ela, pois é
mulher e mais estrangeira”11. Era isto dito quando na capital já
se vivia em clima de insurreição, manifestada em “alvoroços”
e “uniões que pressagiavam a explosão de motins.
A posição de D. Pedro foi bastante cautelosa. Reuniu-se no
Convento do Carmo com gente grada e membros da câmara, pedindo que aguardassem a reunião próxima das cortes
anuais previstas no Regimento. Mas os edis insistiram em
que o poder devia ficar in solidum ou nas mãos do infante ou
nas da rainha. D. Leonor, ao convocar os fidalgos para as cortes, comete a imprudência de, por cartas secretas, os aconselhar a virem armados12. O segredo tornou-se público, o que
ainda mais excitou os ânimos populares. Juntava-se a outras
decisões relativas ao afastamento de damas da sua corte. D.
Pedro, por sua vez, de Camarate, onde habitualmente pousava, escreveu cartas a todas as câmaras do reino prevenindoas de que estivessem “prestes para qualquer movimento e
novidade”. A carta para Lisboa foi afixada à porta da Sé. Foi
uma hábil jogada política de aposta no estrato popular. As
missivas enviadas a todos os municípios, lidas em sessões
camarárias, galvanizou o reino em torno da sua pessoa. Teve
especial impacto a que endereçou à cidade do Porto.
Entre a sucessão de acontecimentos adquire relevância a
reunião da câmara de Lisboa, em que participaram D. Álvaro Vaz de Almada, a quem virá a ser entregue a alcaidaria
do Castelo, e o doutor Diogo Afonso Mangancha, que foi o
jurista de todo o processo. Proferiu um discurso em que
procurou demonstrar não ser legítima a entrega do poder a
uma mulher, bem ao jeito dos que recusavam a regência da
rainha, Deste encontro saiu um texto, conhecido por “Acordo”, no qual era proposta a entrega do poder a D. Pedro nas
Cortes próximas13.
D. Pedro dirigiu-se, entretanto, para Coimbra, cidade de que
recebia o título de duque, para organizar as suas hostes. De
caminho passou por Alcobaça e pediu o apoio do abade,
No dia 31 de Outubro deixou o Lumiar, entrou na cidade e
foi-se hospedar no Paço de S. Martinho, onde seu pai, enquanto Mestre de Avis e Regedor do reino se aposentava.
No dia seguinte, festa de Todos os Santos, dirigiu-se à sé, aí
jurando, com as mãos colocadas nos santos evangelhos e
crucifixo apresentado pelo bispo de Évora, “de bem e lealmente reger e defender estes reinos em nome d’el-rei Dom
Afonso seu senhor, até ser em disposição de os per si poder
reger e defender e que então lhos entregaria livremente”.
As cortes, que se abriram em 10 de Dezembro no Paço da
Alcáçova, sancionaram o juramento, após a arenga justificativa do doutor Diogo Afonso Mangancha. Presente estava o
príncipe D. Afonso – indispensável para a validade das cortes
- trazido pelo o infante D. Henrique, que conseguiu vencer
a resistência de D. Leonor em consentir na sua vinda. As
cortes sancionaram a regência de D. Pedro e confiaram-lhe
também a tutoria e curadoria do futuro rei, subtraindo-a
à rainha. D. Leonor acabou por ser uma protagonista derrotada em todo o processo. O seu destino final será a fuga
para Castela onde acabará por falecer em 1444. Os três infantes, filhos de D. João I, saíram vencedores, embora cada
um a seu modo. D. Pedro assumiu de facto a Regência que
passará a exercer até à maioridade de D. Afonso V em 1446 e
de certo modo prolongada ao aceder ao pedido do sobrinho
para que o auxiliasse na governação. Mas os seus inimigos
não lhe perdoarão. A batalha de Alfarrobeira, em Maio de
1449, na qual perdeu a vida, foi a desforra dos que em 1438-39
se lhe opunham, tendo para tanto denegrido a sua pessoa
perante o jovem Afonso V. D. João, o partidário incondicional do irmão, afirmou-se como um interlocutor e apoiante
da cidade de Lisboa. D. Henrique optou pelo diálogo com a
rainha, de quem nunca se afastou. Foi, em certa medida, um
moderador na crise15.
10
Idem, cap. XV. O Regimento encontra-se publicado em Monumenta Henricina. Coimbra, 1964, vol. VI, pp. 265-269.
Chronica do Senhor Rey D. Affonso V…cap. XXII..
Idem, cap. XXVII:
13
Chronica do Senhor Rey D. Affonso V…cap. XXXII.
14
Idem, cap. XLV.
15
Para além da Crónica que se vem citando, sobre o tema deve-se, por todos, consultar Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes e significado histórico.
Coimbra: Biblioteca Geral da Universidade, Por Ordem da Universidade, 1979-1980, 2 volumes.
11
12
16
B O L E T I M D A J U N TA D E F R E G U E S I A D O L U M I A R
Cultura / Educativa
dade de Letras da Universidade de Lisboa), coord. Álvaro
Matos e Raul Rasga. Lisboa: Edições Colibri, 1993, pp. 11-33.
Utilizaram-se as seguintes edições: Crónica Del Rei Dom
Joham I de Boa Memoria e dos Reis de Portugal o Decimo,
Parte Primeira escrita por Fernão Lopes. Reprodução facsimilada da edição do Arquivo Histórico Português (1915)
preparada por Anselmo Braamcamp Freire. Prefácio por
Luís F. Lindley Cintra. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da
Moeda, 1977. Estoria da Dom Nuno Alvrez Pereyra. Edição
crítica da “Coronica do Condestabre” com introdução, notas e glossário de Adelino de Almeida Calado. Coimbra: Por
Ordem da Universidade, 1991. Chronica do Senhor Rey D.
Affonso V de Rui de Pina. Introdução e revisão de M. Lopes
de Almeida. Porto: Lello & Irmão – Editores, 1977. Crónica Del Rei Dom Joham I…Cap. LXXI Idem, ibidem. Estoria
de Dom Nuno Alvrez Pereyra…Cap. XXIIII. Crónica Del Rei
Dom Joham I…Cap. LXXV. Chronica do Senhor Rey D. Affonso V…, cap. III. Chronica do Senhor Rey D. Affonso V…
cap. XII. Idem, cap. XV. O Regimento encontra-se publicado
em Monumenta Henricina. Coimbra, 1964, vol. VI, pp. 265269. Chronica do Senhor Rey D. Affonso V…cap. XXII.. Idem,
cap. XXVII: Chronica do Senhor Rey D. Affonso V…cap. XXXII.
Idem, cap. XLV. Para além da Crónica que se vem citando, sobre o tema deve-se, por todos, consultar Humberto
Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes e
significado histórico. Coimbra: Biblioteca Geral da Universidade, Por Ordem da Universidade, 1979-1980, 2 volumes.
Que razões para a envolvimento do Lumiar em todos estes
acontecimentos? É manifesto que decorre da sua localização estratégica relativamente a Lisboa, capital do reino e
centro decisório do poder. A então aldeia situava-se (e situase) na principal via de acesso à cidade para quem, vindo
do Norte, nela quisesse entrar. Era um autêntico corredor
que obrigatoriamente tinha de ser seguido até se chegar
às Portas de Santo Antão, aberta na muralha fernandina.
Mas para além de ponto de passagem, a escolha para acantonamento de tropas resulta também da altitude a que se
encontra – chamar-se-á à zona Alto do Lumiar – para mais
à distância de uma légua. Juntava-se a fertilidade da área
regional em que se insere. Aos exércitos era necessária a
alimentação quotidiana obtida, na maior parte das vezes,
através da pilhagem de víveres aos habitantes mais do que
à compra para as “panelas ao fogo e os espetos de carne”.
Das narrativas citadas colhe-se ainda a imagem de que o
Lumiar se apresentava, numa primeira aproximação, como
uma mancha de olivais.
De referência indispensável para o conhecimento da
história do Lumiar o recente trabalho de Rosa Maria Trindade César Ferreira e Fernando Afonso de Andrade Lemos,
Nova Monografia do Lumiar. Lisboa: Junta da Freguesia do
Lumiar, 2008. Sobre o tema ver Jorge Borges de Macedo,
“Unidade de poder e diversidade de situação nas áreas
regionais em Portugal. Consequências metodológicas”.
Primeiras Jornadas de História Local e Regional (Facul-
Biblioteca Mágica da Escola Básica
do 1o Ciclo no 91
adores e responsáveis deste projecto pela selecção da EB1-91,
Dra. Mafalda França, Dra. Márcia Rebelo e Dr. Rui Bernardo.
Bem-haja.
UMA BIBLIOTECA MÁGICA FAZ TODA
A DIFERENÇA.
No passado dia 4 de Março de 2009 foi inaugurada a Biblioteca Mágica da EB1 nº91/J.I. Bairro da Cruz Vermelha
- Agrupamento de Escolas Alto do Lumiar.
O projecto que faz parte de uma iniciativa global a nível
do país, foi realizado pela Multi Mall Management, representada pelo Dr. João Cruz e operacionalizado pelos
Armazéns do Chiado. Os professores, alunos e demais colaboradores desta comunidade educativa agradecem aos cri-
17
B O L E T I M D A J U N TA D E F R E G U E S I A D O L U M I A R
Educativa
Agrupamento de Escolas Prof. Lindley Cintra
a presença do Presidente da Junta e o filho do patrono
Lindley Cintra, terminou o dia com um entusiasmante
momento musical levado a cabo por Raquel Peters, uma
jovem fadista em início de carreira que deixou provado o
quanto o fado lhe vai na alma, no espectáculo de encerramento teve casa cheia.
Realizou-se no passado dia 5 de Março a comemoração do
nascimento do Prof. Lindley Cintra, traduzido no dia do agrupamento de escolas Lindley Cintra. O Prof. João Martins, Presidente do Conselho Executivo do agrupamento, foi o anfitrião
da festa que preencheu o serão do dia do agrupamento.
Numa cerimónia que teve início pela manhã e contou com
Agrupamento de Escolas Prof. Lindley Cintra
As crianças da Componente de Apoio à Família participaram na Semana da Leitura juntamente com a escola do
1º Ciclo nº 31. A referida semana decorreu entre 2 e 6 de
Março e contou também com a participação de professores
e encarregados de educação. As crianças do Apoio à Família
elaboraram um cartaz com dezenas de livros onde citaram
os seus autores, histórias e personagens favoritos.
Universidade de Terceira Idade do Lumiar (UTIL)
ser participante de forma comprometida e num determinado objectivo. Exige disponibilidade, comprometimento,
responsabilidade, e acima de tudo acreditar que a sua colaboração pode fazer a diferença.
Os voluntários são uma mais-valia e um recurso valioso
para as organizações. O seu trabalho deve ser valorizado e
o seu papel enaltecido. Eles fazem-nos acreditar que é possível contribuir para um mundo melhor. Neste sentido, a
Junta de Freguesia do Lumiar salienta a disponibilidade e a
entrega dos 23 professores voluntários da Universidade da
Agradecimento aos Professores Voluntários
Com a vida complicada e agitada dos dias de hoje, é cada
vez mais difícil parar para pensar em oferecer algo aos
outros. Se as pessoas se disponibilizarem para dar voluntariamente um pouco do seu tempo, se cada um se responsabilizar por dar ao outro um pouco de si, a ajuda seria
enorme.
O voluntariado é uma prática universal tão antiga como
a própria humanidade. É um acto de cidadania activa. É
18
B O L E T I M D A J U N TA D E F R E G U E S I A D O L U M I A R
Educativa
âmbito da Universidade, muito apreciado por todos, como
também todas as suas qualidades humanas, salientadas pelos os que com ela tiveram o privilégio de contactar.
Para se perceber melhor o quanto especial era a Professora
Maria Teresa, ficam aqui algumas palavras a seu respeito
escritas pela Professora Ilda Marques: “Há dois anos vi entrar, na sala onde iria ser dada a cadeira de História das
Religiões, uma figura pequenina, débil, que sabia chamar-se
Teresa. Quando encarou a turma e, com um sorriso doce, se
dirigiu aos alunos, a figura pequenina cresceu, e a MULHER
que havia em si chegou a todos nós. Encantou-nos a sua
tolerância, a sua simplicidade, o seu saber, a sua experiência de vida que nos foi transmitida ao longo de dois anos.
Nunca consegui reproduzir qualquer uma das suas
histórias, pois valiam pela forma como ela as contava. Recordo ad eternum o seu sorriso, o leve odor a naftalina dos
fatinhos melhores que guardava para os dias de festa, o
carinho com que sempre se me dirigiu. Volto a pedir-lhe,
como o fiz antes, que estando tão perto d’Ele como está,
peça por todos estes Amigos que nunca a esquecerão.”
Terceira Idade do Lumiar, que voluntariamente ministram
disciplinas, dando assim um forte contributo para que esta
iniciativa seja um sucesso. São eles: Dra. Ilda Maria Marques
(Literatura Portuguesa); Dra. Maria Cristina de Oliveira Silva Ribeiro Soares (Poetas Contemporâneos Portugueses);
Dra. Maria Angelina Pimentel (Inglês: Nível I e II); Francisca
do Rosário Pires V. Paixão Figueira (Francês: Nível I, II e III);
Dra. Maria Antónia Cardoso Sequeira (História de Portugal); Dra. Ana Rosa Ruíz Palma Cunha Bispo (História dos
Descobrimentos e Expansão Portuguesa); Dr. Carlos José
Margaça Veiga (História da Cidade de Lisboa); Dra. Maria
Isabel O. Faria Moita (História da Arte); Dr. Henrique da
Luz Fernandes (História da Música); Prof. Fernando Afonso
de Andrade Lemos (Simbologia e Literatura); Dra. Maria
Vitória Campos (Cidadania: Nível I e II); Dra. Maria da Conceição Freitas de Jesus (Psicologia); Dra. Sandra Maria Silva
Monteiro Leite (Introdução ao Direito); Dra. Maria Teresa
Martins de Almeida (Comunicação Social); Dra. Bárbara Camacho Rodrigues (Geografia); Dra. Adilia Ribeiro Almeida
Santos Silva (Matemática); Eng. Marco Aurélio Machado
Palha (Xadrez); Alcinda Matos Pancadas (Artes Decorativas); Dra. Paula Filomena Fernandes Lourenço de Azevedo
(Desenho); Dr. Luís Miguel Viegas (Tuna); Dra. Rita Margarida Zeferino Ferreira (Teatro); Dra. Maria Georgina Alves
(Tai Chi); António Artur Lopes Monteiro (Ginástica).
Actividades Curriculares e Extracurriculares
Falecimento de Professora da Universidade
Faleceu no dia 12 de Janeiro de 2009 a Dra. Maria Teresa
Paiva Nazareth, Professora de História das Religiões da
Universidade da Terceira Idade do Lumiar.
Maria Teresa entrou para a Congregação das Irmãs de
Santa Doroteia em 20 de Março de 1953. Licenciou-se em
Histórico-Filosóficas pela Universidade de Coimbra. De
1973 a 1978 esteve no Brasil, continuando a sua acção pedagógica no Ensino Médio e fazendo várias pós-graduações
a nível superior. De 1979 a 1984 foi professora de Ciências
da Educação na Universidade de Aveiro. De 1985 a 1992 leccionou em várias escolas oficiais de Lisboa. Nos últimos 30
anos da sua vida dedicou-se essencialmente à “actividade
catequética”. Foi sempre uma característica sua a grande
abertura a tudo o que era novo, descobrindo novas formas
do exercício da cidadania.
A Junta de Freguesia do Lumiar destaca o excelente trabalho voluntário desenvolvido pela Dra. Maria Teresa no
19
B O L E T I M D A J U N TA D E F R E G U E S I A D O L U M I A R
Educativa
tiga capital do jornalismo português, mas que também
o abordou enquanto local da nossa cidade com um rico
património histórico e cultural. Dia 28 de Janeiro fomos
a um museu próximo da Universidade, o Museu Bordalo
Pinheiro, localizado no Campo Grande, e que conta com
uma exposição permanente dedicada inteiramente a esse
grande artista do Século XIX. Integrada na disciplina de Comunicação Social, realizou-se no dia 11 de Fevereiro uma
visita à Escola Superior de Comunicação Social, onde fomos
confrontados com a simpatia e generosidade do jornalista
José Alberto Carvalho, que nos brindou com uma pequena
palestra. Nesse mesmo dia à tarde, fomos até Sintra para
visitar o Museu de Arte Moderna, que inclui uma parte
do vasto espólio da Colecção Berardo. Dia 11 de Março, já
depois das férias de Carnaval, alunos e professores da Universidade foram a Cascais visitar o Museu Condes de Castro Guimarães. Também em Março, no dia 25, visitámos
um dos museus da freguesia do Lumiar, o Museu Nacional
do Traje está instalado no antigo palácio Angeja-Palmela e
integrado no parque do Monteiro-Mor.
No dia 5 de Janeiro, alunos e professores da Universidade
regressaram das férias de Natal com as baterias carregadas
e com uma enorme vontade de estarem novamente juntos
neste espaço de convívio e de aprendizagem. Às disciplinas
curriculares que já funcionavam antes das férias, juntou-se
uma nova sobre os Descobrimentos e a Expansão Portuguesa, ficando assim um total de 26 disciplinas a funcionar.
Neste ano de 2009, já se realizaram diversas actividades
extracurriculares, todas elas com muita participação. No
dia 7 de Janeiro, alunos e professores puderam ver o filme
da Cerimónia Solene de Abertura do actual ano lectivo.
Uma semana depois, foi a vez de uma visita guiada pela
zona do Terreiro do Paço relacionada com a temática do
Regicídio, e que incluiu também uma visita ao Arsenal da
Marinha e à Câmara Municipal de Lisboa. Nesse mesmo
dia à tarde, teve lugar uma visita guiada ao Museu da Electricidade, localizado na margem do vasto Rio Tejo. No dia
21 de Janeiro, realizou-se uma segunda visita promovida
pela Hemeroteca Municipal de Lisboa, a primeira foi a do
Regicídio. Desta vez o tema foi o Bairro Alto enquanto an-
Colégio S. João de Brito
Nacional de Educação, superior provincial e presidente
da C.I.R.P. (Confederação dos Institutos Religiosos de Portugal).
Homem dos três “C” – Competência, Coragem e Coração
– distinguiu-se em todos eles, numa procura constante
da perfeição, na linha do “mais” inaciano, em todos os
campos da sua acção. Foi um combatente infatigável pela
liberdade de ensinar e de aprender.
Com 69 anos de idade e 51 de Jesuíta, faleceu em Lisboa, a 18 de
Março de 2009, O Padre Amadeu
Pinto, Director do Colégio.
Licenciado em Filosofia, em Teologia e em Ciências Políticas e
Sociais, foi pároco, professor do
ensino secundário, membro do
Conselho Directivo da Escola
Secundária de Santiago do Cacém, director pedagógico
dos Colégios das Caldinhas e de São João de Brito, presidente da A.E.E.P. (Associação dos Estabelecimentos de
Ensino Particular e Cooperativo), membro do Conselho
20
B O L E T I M D A J U N TA D E F R E G U E S I A D O L U M I A R
Educativa
Mini-Jogos da Lusofonia – Lisboa 2009
portivo do Alto do Lumiar. As duas cerimónias contaram
com as presenças do Presidente da Junta de Freguesia do
Lumiar, Dr. Nuno Roque e a Vogal para a Educação Dra.
Isabel Pereira.
Mini Jogos da Lusofonia são um torneio entre cerca de
600 alunos das 5 escolas EB1 da Alta de Lisboa (Agrupamento Alto do Lumiar e Pintor Almada Negreiros) em cinco modalidades diferentes: Atletismo, Futsal, Judo, Mini
Andebol e Basquetebol.
A cada escola coube a representação de 2 ou 3 países da
Lusofonia: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal, Sri
Lanka, Brasil, Moçambique, São Tomé, Guiné Equatorial,
Timor, Goa e Macau.
A cerimónia de abertura realizou-se no dia 15 de Abril, às
14h, na Pista de Atletismo Prof. Moniz Pereira, com o desfile das bandeiras dos países lusófonos e das organizações
colaboradoras do evento. A cerimónia de encerramento
realizou-se no dia 19 de Abril de 2009 no Complexo Des-
CAF - Centro de Artes e Formação da Junta de Freguesia do Lumiar
Intercâmbio Internacional
O projecto de Intercâmbio Internacional “Under Construction” teve o seu término no passado mês de Fevereiro com a
realização do intercâmbio de jovens do Alto do Lumiar: ida
a Utrecht na Holanda (22 a 26 de Fevereiro) e recepção do
grupo holandês em Portugal (17 a 21de Fevereiro).
O projecto decorreu no âmbito do programa «Juventude em
Acção», promovido pelo parlamento europeu, tendo sido apoiado pela embaixada dos Países Baixos em Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, Centro Jacques Delors, Casa da Europa do Distrito
de Lisboa e Fundação Aga Khan através do seu projecto K’Cidade.
Na recepção ao grupo holandês foi realizada uma cerimónia
de boas vindas oferecida pelo presidente da Junta de Freguesia
do Lumiar Sr. Dr. Nuno Roque, no salão nobre desta autarquia.
Neste âmbito foram ainda efectuadas visitas à vila de Sintra, Cabo da Roca, Paços do Concelho de Lisboa, Parque das
Nações e realizados ateliês de música, dança, teatro e um
Peddy – paper pela baixa lisboeta.
Em Utrecht, na Holanda o nosso grupo de jovens visitou
Amesterdão, o museu de arte contemporânea e participou
em ateliês diversos. Teve ainda a possibilidade de participar
no Festival de jazz, com a actuação de dois jovens do Centro
de Artes e Formação (CAF).
O intercâmbio permitiu a um grupo de jovens do Alto do
Lumiar e utentes do CAF, conhecer outras culturas, aprofundar as relações inter-pessoais, melhorar a prática da língua
inglesa, adquirir conhecimentos em áreas tão diversas como
a música, teatro, dança, muay thai, rádio, etc.
Este intercâmbio foi concebido pela Fundação Zoey, de Utrecht na Holanda, que convidou a Escola D. José I e a Junta de
Freguesia do Lumiar (Centro de Artes e Formação) para o
implementar junto dos jovens no Alto do Lumiar.
O projecto teve como principal actividade a realização de
um vídeo, onde cada jovem mostra a sua perspectiva europeia através das suas particularidades de cada um ao nível
da família, amigos, escola, trabalho, etc. Realça-se que todo
o trabalho de captação de imagem, som, pós – produção,
foi efectuado pelos jovens sob a orientação dos técnicos.
Este trabalho culminou com duas apresentações dos vídeos
seguidas de debates em cada um dos países.
As relações estabelecidas entre os jovens e o elevado grau
de satisfação dos mesmos merecem o nosso destaque. Neste
sentido, estabeleceu-se a ponte com o escritor Antoine de
Saint – Exupéry “não há senão, um verdadeiro luxo e esse é
o das relações humanas”.
21
B O L E T I M D A J U N TA D E F R E G U E S I A D O L U M I A R
Desportiva
FREGUESIA
Torneio de Basquetebol 3x3
Escola secundária do Lumiar
Escola Secundária
do Lumiar organizou
no dia 17 de Fevereiro de 2009
o Torneio 3x3 de Basquetebol. Com a participação de cerca
de 300 alunos distribuídos por 28 equipas femininas e 33
masculinas em vários escalões etários os jogos decorreram
bem animados e cheios de emoção. A organização esteve a
cargo dos alunos do 12º ano do Curso Tecnológico de Desporto que, uma vez mais, deixaram orgulhosos os seus Professores Cristina Cabrita e Rui Miranda. A Junta de Freguesia
apoiou a iniciativa e esteve representada no encerramento
através dos vogais da Educação e do Desporto Dra. Isabel
Pereira e Dr. Miguel Gonçalves que juntamente com o Presidente do Conselho Executivo da Escola Prof. Carlos Alberto
Mendes distribuíram as medalhas às equipas vencedoras.
DESPORTIVA
Basquetebol e futebol 11
Roque visitou ambos os Clubes, assistindo a jogos das
suas equipas mais representativas, aproveitando a ocasião
para felicitar os respectivos Presidentes de direcção Dr.
Artur Botão e Sr. António Quadros pelo trabalho efectuado e oferecendo algumas bolas sempre necessárias para
as actividades.
A Academia Musical 1º de Junho 1893 e o Recreativo
Águias da Musgueira têm vindo a desenvolver uma actividade desportiva de registar. No Basquetebol e no Futebol 11 respectivamente movimentam cerca de centena e
meia atletas distribuídos pelos diversos escalões etários.
O Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar Dr. Nuno
Torneio de Malha
Com organização da Associação de Residentes de Telheiras
e o apoio da Junta de Freguesia do Lumiar, decorreu no
Alto da Faia mais um Torneio de Malha. Está de parabéns
o Sr. António Vilar e os seus colaboradores pela iniciativa.
22
B O L E T I M D A J U N TA D E F R E G U E S I A D O L U M I A R
Desportiva
O Desporto no 743o Aniversário da Criação da
Freguesia do Lumiar
Desporto da Junta de Freguesia do Lumiar assinalou, uma
vez mais, o aniversário da criação da Freguesia do Lumiar.
As Colectividades da Freguesia aderiram e integraram as
suas actividades na iniciativa. Andebol, Atletismo, Basquetebol, Boxe, Futebol 11, Futsal, Karaté, Ginástica Manutenção, Judo, Ténis, Ténis de Mesa e Xadrez foram as
modalidades praticadas nos dias 2, 3, 4 e 5 de Abril. O vo-
1o Torneio Pioneiros do Chinquilho do R.A.M.
da Colectividade. Mais uma boa actividade do Recreativo
Águias da Musgueira.
O Recreativo Águias da Musgueira, organizou do dia 31
de Janeiro.2009 o 1º Torneio Pioneiros do Chinquilho do
R.A.M.. A Junta de Freguesia do Lumiar apoiou a iniciativa que se realizou no Alto do Lumiar em frente à sede
2o Convívio de Pesca Desportiva
de Pesca Desportiva. A Junta de Freguesia do Lumiar, mais
uma vez, apoiou a iniciativa.
Com cerca de meia centena de participantes decorreu,
com organização da Associação Recreativa Pescadores da
Musgueira Norte, no dia 22 de Março.2009 o 2º Convívio
Campo de Basquetebol
Com a chegada do bom tempo ficam a ganhar os amantes
da modalidade de Basquetebol. O campo de Basquetebol
da rua André de Gouveia foi renovado, tabelas e pintura
novas, vão permitir muitos e bons jogos.
23
ESCOLAS DE DESPORTO DA
JUNTA DE FREGUESIA DO LUMIAR
Escola de Desporto N.º 6 - Boxe
Escola de Desporto N.º 11 - Ginástica de Manutenção
2ª, 4ª e 6ª Feira – 18h30 / 20h30
Senhoras – 2ª e 4ª Feira – 19h00 / 20h00
Sede do Clube Recreativo e Desportivo
Instituto Superior de Educação e Ciências – Edifício E
do Bairro da Cruz Vermelha
Escola de Desporto N.º 1 - Andebol
Colectividade dinamizadora: Grupo Recreativo e
Escola de Desporto N.º 12 – Judo
3ª e 5ª Feira – 20h30 / 22h00
Desportivo do Bairro da Cruz Vermelha
Pista de Atletismo Professor Moniz Pereira
Pavilhão Gimnodesportivo das Escolas Básica
Colectividade dinamizadora:
2,3 e Secundária do Lumiar
Escolas de Desporto N.º 7 e N.º 8 - Futebol 11
Colectividade dinamizadora: Associação de Resi-
Escolas – 2ª, 4ª e 6ª Feira – 18h00 / 19h00
dentes de Telheiras – Andebol
Associação de Residentes do Alto do Lumiar
Infantis – 2ª e 5ª Feira – 18h00 / 19h00
Escola de Desporto N.º 13 – Karaté
Iniciados e Juvenis – 3ª, 4ª e 6ª Feira – 19h00 / 20h30
Escola de Desporto N.º 2 - Andebol
Dos 8 aos 17 anos – 3ª e 5ª Feira – 19h00 / 20h00
Complexo Desportivo do Alto do Lumiar
Infantis / Iniciados – 3ª e 5ª Feira – 19h00 / 20h30
Instituto Superior de Educação e Ciências – Edifício E
Colectividade dinamizadora: Recreativo
Pavilhão Gimnodesportivo das Escolas Básica 2,3 e
Águias da Musgueira
Escola de Desporto N.º 14 – Ténis
Secundária do Lumiar
Horários Variados - Clube de Ténis do Paço do Lumiar
Colectividade dinamizadora: Sporting C.P. – Andebol
Escola de Desporto N.º 9 - Futsal
Colectividade dinamizadora:
Escolas – 2ª e 4ª Feira – 18h30 / 20h00
Clube de Ténis do Paço do Lumiar
Escola de Desporto N.º 3 – Atletismo
Infantis – 2ª e 4ª Feira – 20h00 / 21h00
2ª e 4ª Feira – 18h30 / 19h30
Iniciados – 3ª e 5ª Feira – 19h00 / 20h15
Pista de Atletismo Professor Moniz Pereira
Juvenis – 3ª e 5ª Feira – 20h15 / 21h30
Colectividade dinamizadora: Associação de Mora-
Polidesportivo Coberto do Alto da Faia
dores do Bairro da Cruz Vermelha
Sporting Clube de Portugal – Sala Ténis de Mesa
Colectividade dinamizadora:
Colectividade dinamizadora:
Académico Clube de Ciências
Sporting Clube de Portugal – Ténis de Mesa
Escolas de Desporto N.º 4 e N.º 5 - Basquetebol
Minibasket – 4ª Feira – 19h00 / 20h00
Escola de Desporto N.º 15 – Ténis de Mesa
Dos 6 aos 14 anos – 3ª e 5ª Feira – 17h15 às 18h45
Escola de Desporto N.º 10 - Futsal
Cadetes – 2ª, 4ª e 6ª Feira – 19h00 / 20h30
Escola de Desporto N.º 16 – Xadrez
Infantis – 2ª e 5ª Feira – 19h00 / 20h00
Pavilhão Gimnodesportivo das Escolas Básica
Dos 7 aos 14 anos – 3ª Feira das 17h30 às 19h30
Femininos – 2ª e 5ª Feira – 20h00 / 21h00
2,3 e Secundária do Lumiar
Sede da Academia Musical 1º de Junho de 1893
Sede Centro Social da Musgueira – MEDIATECA
Colectividade dinamizadora: Academia Musical 1º
Colectividade dinamizadora:
Colectividade dinamizadora: MEDIATECA
Academia Musical 1º de Junho de 1893
de Junho de 1893 – Basquetebol
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Escola Básica 1º Ciclo nº 31
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SERVIÇOS
Manhã: 08h00 às 09h00 - Tarde: 17h30 às 19h00
Quinta dos Alcoutins
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800 506 506
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49ª Esquadra (Bº Cruz Vermelha)
Julgado de Paz de Lisboa
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Paróquia do Lumiar
Paróquia do Alto do Lumiar
Paróquia de Telheiras
Intoxicações (Centro Anti-Veneno)
EDP (Assistência técnica)
Lisboa Gás (Fuga de Gás)
Ruptura de água (EPAL)
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Junta de Freguesia
CML - Câmara Municipal de Lisboa
Limpeza Urbana (CML)
Posto do Lumiar
Posto de Telheiras
Brigada de colectores (CML)
Iluminação pública (CML)
Regimento Sapadores Bombeiros (CML)
P.S.P - Polícia de Segurança Pública
19ª Esquadra (Telheiras)
Rua César de Olivveira
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de Segunda a Sexta-feira das 12h00 às 19h00 - Apoio à Família
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Centro de Convívio do Paço do Lumiar
Largo Padre Augusto Gomes Pinheiro, 6
de Segunda a Sexta-feira das 14h30 às 17h30
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Universidade da Terceira Idade do Lumiar
Alameda das Linhas de Torres, 277
de Segunda a Sexta-feira das 10h30 às 13h00
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e das 14h30 às 19h00
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Assistente Social da Junta
Às Terças e Quintas-feiras
das 14h30 às 18h00 na sede da junta
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CAF - Centro de Artes e Formação
R. Maria Margarida, Bairro da Cruz Vermelha
de Segunda a Sexta-feira das 10h30 às 13h00
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Comércio

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