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NOVOS PROJETOS ERASMUS MUNDUS REFORÇAM
COOPERAÇÃO ENTRE EUROPA E AMÉRICA LATINA
Foi no passado mês de julho que a Comissão Europeia divulgou os resultados de seleção de projetos
apresentados por vários consórcios de instituições de ensino superior ao abrigo de mais uma convocatória
do Programa Erasmus Mundus.
A convocatória para apresentação de projetos incluía dois lotes específicos para a América Latina,
abrangendo, no total, os seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba,
El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Perú, Uruguai
e Venezuela. Para cada um dos lotes geográficos, foram aprovados três projetos de cooperação que
preveem a mobilidade de um mínimo de 600 estudantes, investigadores e membros de pessoal académico
e administrativo de instituições destes países. O orçamento atribuído pela Comissão Europeia para a
implementação destes projetos ronda os 20 milhões de euros.
A Comissão Europeia informou já as
Universidades sobre os resultados
das últimas candidaturas ao
programa Erasmus Mundus Ação
2. Uma vez mais, a Universidade
do Porto viu renovada a confiança
por parte da Agência, que lhe
atribuiu a coordenação dos dois
projetos que apresentou para os
lotes ACP e da América Latina.
Esta confiança vem aumentar
ainda mais a responsabilidade da
Universidade do Porto. Estamos,
porém, certos de que com a
colaboração e empenho de todos
continuaremos a fazer progressos
no reforço da cooperação entre
a Europa e a América Latina, e
entre a Europa e os países do ACP.
Quero por isso, como coordenador
destes projetos, agradecer toda a
colaboração das universidades e
organizações que são nossos parceiros
nestes consórcios.
A Universidade do Porto coordena um destes projetos – o projeto BABEL (“Building Academic Bonds
between Europe and Latin America”) -, tendo a Universidade Federal do Rio de Janeiro como instituição
co-coordenadora na América Latina. Contrariamente ao que acontecia no projeto EBW II, o projeto
BABEL tem vagas disponíveis também para estudantes e investigadores que não estão inscritos nas
instituições parceiras do consórcio, alargando desta forma a possibilidade, a muitas centenas de
estudantes, de beneficiarem de uma mobilidade internacional na Europa. Mais informações acerca do
O futuro da cooperação entre a União
projeto BABEL estarão muito brevemente disponíveis no website oficial do consórcio: http://babel.
Europeia e os países terceiros vai passar
a partir de 2014 pelo “Erasmus for All”, o
up.pt.
novo programa europeu para a Educação,
Formação, Juventude e Desporto que,
Os restantes projetos aprovados pela Comissão Europeia, que preveem igualmente a atribuição
no período 2014-2020, disporá de 19 mil
de bolsas de mobilidade, são o projeto MundusLindo, coordenado pela Universidad de Valladolid;
milhões de Euros para o desenvolvimento das
o projeto Preciosa, coordenado pela Universita degli Studi di Padova; o projeto EULALinks,
suas iniciativas. Prevê-se que, destes fundos,
coordenado pela Humboldt Universität zu Berlin; o projeto Lamenitec, coordenado pela
cerca de 1.8 mil milhões de Euros venham a
apoiar a cooperação internacional, beneficiando
Mondragon Unibertsitatea; e o projeto Peace, coordenado pela Uppsala Universitet. Mais
135.000 estudantes em programas de mobilidade
informações acerca destes projetos podem ser consultadas através do website da Agência
internacional da EU para os países não membros
Executiva da Comissão Europeia para a gestão do programa Erasmus Mundus: http://
e destes para a UE, durante os 7 anos de vigência do
eacea.ec.europa.eu/erasmus_mundus/.
programa.
Todos estes projetos constituirão, certamente, peças fundamentais no percurso de
O novo programa visa reorganizar sob uma mesma
designação - “Erasmus for All” - a enorme diversidade de
consolidação das boas relações existentes entre estas duas regiões e permitirão
programas e ações hoje existentes na UE, numa arquitetura
a centenas de estudantes, investigadores e docentes apostar na sua formação,
que pretende racionalizar recursos e aumentar a eficiência das
realizando um período de intercâmbio, ou formação integral, numa prestigiada
políticas. Esta nova designação pretende aproveitar melhor em
universidade europeia.
benefício da UE a grande visibilidade internacional que adquiriu a
marca “Erasmus”.
No que se refere aos programas de cooperação internacional no Ensino
Superior da UE, estes caracterizam-se ainda, segundo a CE, pela existência
de diferentes instrumentos e procedimentos para implementar objetivos e
ações semelhantes, os quais, por via disto, não aproveitam da melhor forma
os recursos que são afetados às políticas e dificultam o acesso dos potenciais
beneficiários. A UE financia atualmente 5 programas de cooperação com
países terceiros: o Erasmus Mundus, o Tempus, o Alfa, o Edulink (estes dois
últimos com incidência na América Latina e nos países ACP) e o programa de
cooperação com os países industrializados.
No âmbito do novo programa “Erasmus for All”, os programas de mobilidade
entre a Europa e os países terceiros serão, ao que sabemos, inspirados no
atual programa Erasmus, sendo as bolsas atribuídas com base em acordos
inter-institucionais. Os financiamentos destas mobilidades terão em conta as
prioridades temáticas e geográficas da política externa da União Europeia.
Projeto financiado com o apoio da Comissão Europeia. Esta comunicação reflete apenas as opiniões do autor.
A Comissão não pode ser responsabilizada por qualquer uso que possa ser feito das informações nela contidas.
António Marques Coordenador do Projeto EBWII
Erasmus Mundus no Brasil: associação de antigos alunos
O Programa Erasmus Mundus tem-se assumido ao longo dos últimos anos, no
Brasil, como uma referência no que diz respeito a oportunidades de formação
académica no estrangeiro e são centenas os estudantes, investigadores e
docentes que procuram informações sobre os projetos existentes.
Por esta razão, e num trabalho próximo com a Associação de Alunos e
Antigos Alunos Erasmus Mundus (EMA), um grupo de ex-alunos Erasmus
Mundus brasileiros tomou a iniciativa de desenvolver um website
(http://erasmusmundusnobrasil.webs.com), funcionando como uma
representação do programa no Brasil e constituindo um ponto de
referência e informação aos brasileiros interessados em candidatar-se
ao programa.
Aí estão disponíveis
informações gerais sobre o
Programa, diversas ligações
de interesse para os potenciais
candidatos, incluindo as listas
completas de cursos (Ação 1) e
projetos (Ação 2) aprovados em
cada ano, perguntas frequentes
e ainda vários contactos de
representantes do programa no Brasil.
Além disso, o website permite subscritores,
que poderão receber a newsletter desta
associação e ter acesso a vários conteúdos
de grande utilidade sobre o ensino superior
e intercâmbio.
CONFERÊNCIA DA EAIE 2012
De 11 a 14 de setembro, Dublin (Irlanda) vai ser o palco para a realização de mais uma
edição da conferência da EAIE - “European Association for International Education”. O tema
da conferência deste ano é “Repensar a educação, remodelar a economia”, considerando
o papel crucial da educação para a manutenção da sustentabilidade económica dos países.
Representantes do ensino superior em todo o mundo reunir-se-ão na maior conferência de
ensino superior internacional da Europa, com o objetivo de discutir ideias, assimilar novas
técnicas, políticas de debate e ainda ficar ciente dos mais recentes tópicos da área do ensino e
da economia.
A Conferência da EAIE 2012 oferece um espaço para
extensas discussões sobre desafios e oportunidades para
todos os envolvidos. Todos os participantes poderão assistir
ou participar em sessões, workshops, diálogos dinâmicos,
visitas pelos campus de várias universidades irlandesas, e
ainda eventos de networking.
Esta será, sem dúvida, uma excelente oportunidade para
estabelecer ou aprofundar os contactos já existentes com
instituições do ensino superior de todo o mundo. No caso da
parceria EBWII, são várias as instituições de ensino superior
que estarão presentes na conferência.
Informações detalhadas sobre o evento estão disponíveis através do website
http://www.eaie.org/home/conference/dublin.html.
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Bolseiro a Silva Teixeira
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No início do ano de 2010 um amigo
de trabalho comentou comigo sobre
o programa Erasmus Mundus e que
havia um processo em andamento para
a candidatura de estudantes. Nesta
época, eu estava no final do segundo
ano de doutoramento em Ciência e
Engenharia de Materiais e foi com
muita alegria que descobri que, entre
as instituições participantes, estavam a
UFSC e também a TUDresden.
Eu já havia estado em Dresden
(Alemanha) em 2009 visitando as
instalações da TUDresden e também
de alguns institutos de pesquisas.
Portanto, já sabia que lá se encontra
um dos principais grupos de pesquisas
do mundo na minha área de estudo
(materiais com efeito magnetocalórico).
Candidatei-me imediatamente. Depois
de um curto período de tempo, saiu
o resultado positivo para a minha
aprovação.
Rapidamente a minha vida mudou. Tive
que deixar para trás o meu quotidiano,
a família, os amigos e o trabalho para
iniciar um novo modo de viver, numa
nova cidade, num país diferente. Com
um povo de hábitos diferentes. A
referência que tinha da Alemanha era
de que, ainda hoje, este país preserva
um pouco da reputação de não gostar
de estrangeiros e de não ser um povo
amigável. No entanto, já nos primeiros
dias essa referência logo se dissipou.
Isto porque durante o período de 10
meses que estive em Dresden, conheci
uma cidade cheia de histórias de
superação e pessoas muito solidárias.
Dresden é uma das cidades que foram
devastadas durante a segunda guerra
mundial e que os seus habitantes
corajosamente reconstruíram e ainda
trabalham em prol disto. Lá fiz inúmeros
e grandes amigos. Amigos para a vida
toda que tornaram esta etapa da minha
vida, uma feliz experiência.
Profissionalmente a experiência foi tão
ou ainda mais valiosa. Na TUDresden
realizei estudos da língua alemã e pude,
neste curto período de tempo, aprender
um pouco do idioma e conhecer mais
sobre a cultura deste fantástico povo.
No trabalho experimental, realizado
no Leibniz Institute for Solid State and
Materials Research Dresden – IFW
Dresden, produzi grande parte dos
resultados que irei utilizar na minha
tese. Além disso, juntamente com a
equipe de trabalho do Instituto participei
da produção de dois artigos científicos
que estão em vias de publicação. Pude
também viajar um pouco mais pelo
mundo para falar do meu trabalho,
desenvolvido no Brasil e na Alemanha.
Destaco a minha participação da maior
conferência de magnetismo do mundo,
INTERMAG, que foi realizada em Taipeh
(Taiwan).
Toda a experiência vivida neste instituto
de pesquisa trouxe mais conhecimento
para a minha formação e resultou
substancialmente num positivo salto no
âmbito teórico e experimental da minha
pesquisa. Além do conhecimento de
como se faz ciência em países diferentes
e também em ambientes diferentes. No
Brasil, realizo a minha pesquisa num
laboratório dentro da Universidade e, em
Dresden, o meu trabalho experimental
foi realizado dentro de um instituto
de pesquisas, que difere e muito em
infraestruturas. O meu período de
mobilidade em Dresden serviu também
para estabelecermos uma cooperação
entre os dois grupos de pesquisa,
através do Dr. Oliver Gutfleisch (IFWDresden) e Prof. Paulo A. P. Wendhausen
(UFSC).
Por fim, mas não menos importante,
gostaria de expressar os meus
profundos agradecimentos a todas as
pessoas, de uma maneira em geral,
que participaram desta experiência.
No entanto, tal trabalho não se teria
realizado sem o incondicional apoio que
recebi da equipe do projeto EBW II. Na
UFSC através da equipe gerida pelo Prof.
Lovato, na TUDresden através da Sra.
Kerstin Kruse e no Porto (Portugal), na
coordenação do projeto através da Sra.
Ana Reis.
CONHECER MELHOR...
Universidade Politécnica da Catalunha (Espanha)
INSTITUIÇÕES
EBW II
Universidade Estadual de Campinas
Universidade Federal do Amazonas
Universidade Federal de Minas Gerais
Universidade Federal de Mato Grosso
Universidade Federal do Pará
Universidade Federal de Pernambuco
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Universidade Federal de Santa Catarina
Universidade de São Paulo
Instituto Politécnico de Grenoble
Universidade de Deusto
Universidade de Gent
Universidade de Lund
Universidade do Porto
Universidade Politécnica de Catalunha
Universidade Politécnica de Valência
Universidade Técnica de Dresden
Universidade de Tec. e Economia de Budapeste
Universidade Técnica de Eindhoven
Associação Nacional dos Dirigentes das
Instituições Federais de Ensino Superior
A Universidade Politécnica da Catalunha (UPC) foi fundada em março de
1971. É uma instituição pública dedicada ao ensino superior e investigação,
nas áreas de arquitetura, engenharia e ciência. Tem 23 escolas em 8 cidades
catalãs diferentes (Barcelona, Castelldefels, Igualada, Manresa, Mataró, Sant
Cugat del Vallès, Terrasa, Vilanova i la Geltrú) – uma comunidade de 40.172
membros – e colabora com 2.680 empresas com o objetivo de encontrar
novas soluções tecnológicas e de promover o desenvolvimento profissional.
Fórum das Assessorias das Universidades
Brasileiras para Assuntos Internacionais
Grupo Santander de Universidades
Todas as edições anteriores das Newsletters EBW II
estão disponíveis no website oficial do projeto:
http://ebw2.up.pt
A Universidade oferece programas de doutoramento, bem como outros
programas de pós-graduação, formação contínua e oportunidades de
emprego através de estágios.
A UPC em Barcelona está dividida em 2 campus principais (Campus Norte
e Campus Sul), ambos localizados dos dois lados da Avinguida Diagonal de
Barcelona. Na zona do porto de Barcelona podemos encontrar a Escola de
Barcelona de Estudos Náuticos, a escola mais antiga da Universidade. Um
novo campus está a ser construído, o Campus Diagonal Besòs, que irá estar
focado na área de Engenharia Industrial.
As escolas são também lugares onde os seus membros podem partilhar
interesses, organizar e participar em eventos e encontrar diversas
associações de estudantes, centros desportivos e áreas comerciais.
Em 2009, a UPC obteve reconhecimento para o projeto Barcelona Campus
Conhecimento, um projeto científico reconhecido internacionalmente
que permite a evolução do espaço local através dum modelo baseado no
desenvolvimento sustentável.
Em 2010, tornou-se num Campus Internacional de Excelência graças ao
projeto UPC Campus Energia. O Campus Energia, situado em Barcelona,
reúne pessoas, conhecimento e pesquisa, todos contribuindo para uma
económica sustentável baseada na transformação do sistema de energia.
Estes 2 projetos têm também como objetivo promover a empregabilidade
e o desenvolvimento regional económico: através da sua interação com os
centros de investigação e empresas, a Universidade procura tornar-se um
centro de referência de mérito e recursos.
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