Edição nº 498 - Março/2011

Transcrição

Edição nº 498 - Março/2011
Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Goiânia, 2ª quinzena de março de 2011 - Ano XXII N. 498
Prefeitura confirma parceria na Semana de Cultura e Cidadania
e propõe ação conjunta de educação no trânsito
Prefeito Paulo Garcia e reitor Wolmir Amado selam a parceria pela semana de Cidadania
Programada para os dias 23 a 25 de maio, a 7ª Semana de Cultura e
Cidadania da PUC Goiás caminha para se constituir em grande sucesso, em sua proposta de prestar serviços, gratuitamente, à sociedade
goiana, e ultrapassar os 300 mil atendimentos nesses três dias. Mais
uma grande parceria foi confirmada, ampliando o quadro de serviços
e assegurando a presença de muitos visitantes. A Prefeitura de Goiânia, que desde a primeira edição colabora com a semana, confirmou
a parceria para a sétima edição. O anúncio foi feito prefeito Paulo
Garcia na sua primeira visita oficial, no cargo, que fez à PUC Goiás,
no dia 15 deste mês, quando levou grande parte de seus auxiliares. E
ainda fez uma sugestão, acatada de imediato: o apoio da universidade na realização de uma ampla campanha de educação de trânsito,
para sensibilizar a sociedade para a gravidade que todos enfrentam
no dia-a-dia, com muitas mortes diante do desrespeito às normas, em
especial à faixa de pedestre e aos limites de velocidade. Pág. 3
Agetop vai levar o altar do papa João Paulo II para o Memorial do Cerrado
governador Marconi Perillo.
Com a iniciativa, a Arquidiocese
de Goiânia e a PUC Goiás, com
o apoio do Governo do Estado,
por meio da Agetop, querem celebrar a beatificação de João Paulo II, que ocorre em maio deste
ano, e resgatar o 20º aniversário
da visita papal à capital goiana.
Na reunião na Agetop, o reitor
estava acompanhado do pró-reitor de Administração, Daniel Barbosa, e do chefe de gabinete, Lorenzo Lago.
O altar que acolheu o papa
João Paulo II em sua visita a Goiânia, que atualmente se encontra nas dependências do Estádio
Serra Dourada, será transferido e
instalado no Memorial do Cerrado, no Campus II da PUC Goiás.
A sua remoção e restauração para
o novo local, acertada no dia 15
deste mês pelo reitor Wolmir
Amado (foto) com o presidente
da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme
Rincon, já foi autorizada pelo
No mês das mulheres, PUC Goiás
destaca papel de suas gestoras
Vice-reitora Olga Ronchi
As mulheres têm um papel
importante na PUC Goiás, ocupando cargos de direção nos
mais diversos níveis, como ges-
toras, professoras, dirigentes de
unidades e técnicas da instituição. Como exemplo, na equipe
da Reitoria, formada por nove
membros, elas são maioria: cinco
(Vice-reitoria e pró-reitorias de
Graduação, de Pós-Graduação e
Pesquisa, de Extensão e Apoio
Estudantil e de Desenvolvimento Institucional). Na direção dos
departamentos e cursos isolados,
os homens são maioria: 14 x dez;
nas secretarias dos departamentos, há inversão: 14 mulheres x
sete homens.
Para registrar o mês dedicado
às mulheres, as jornalistas Belisa
Monteiro, Carla Lacerda e Carla
de Oliveira, da Divisão de Comunicação, entrevistaram as cinco
principais gestoras da universidade. Páginas 6 e 7
Laboratório Alex Istar doa material
O Centro de Estudos e Pesquisas Biológicas da PUC Goiás recebeu do Laboratório Halex Istar a
doação de camundongos utilizados na alimentação de serpentes e
material. Dentre esses, caixas plásticas de acondicionamento para
ratos, caixas grandes e pequenas,
grade para caixas grandes e para
caixas pequenas, bebedouros, bicos e tambores grandes de inox
para lavagem e desinfecção das
caixas, além de grades e Vitagold,
a vitamina essencial à saúde do
plantel de roedores em biotérios.
A pró-reitora de Pós Graduação
e Pesquisa, professora Sandra de
Faria, reforçou a importância dos
materiais e animais doados. “A
PUC Goiás ressalta o belo gesto de
doação e agradece a parceria e o
bom relacionamento de aproxima-
damente 20 anos entre a universidade e o Halex Istar”, afirmou. A
pró-reitora (foto) visitou o CEPB
no dia 11 deste mês e conferiu,
com o coordenador do Centro,
Hélder Lúcio Rodrigues Silva, os
itens doados pelo laboratório.
EXCELÊNCIA PUC NO ENSINO
Goiânia, 2ª quinzena de março de 2011
Família PUC
Isabel Cristina Carvalho Medeiros Francescantonio
A professora Isabel Cristina,
que proferiu a aula inaugural do
semestre do Curso de Biomedicina da PUC Goiás, é graduada na
área pela PUC Goiás (1980) e em
Medicina pela UFG (1984). Espe-
Flávia Martins Nascente
Nova coordenadora do Laboratório da Área de Saúde (LAS),
a professora Flávia Martins Nascente é graduada em Biomedicina
Roberto Cintra Campos
Mestre em Arquitetura pelo
convênio com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em
2007, o professor Roberto Cintra
Campos, graduado em Arquitetura e Urbanismo pela PUC Goiás
em 1980, assumiu em fevereiro
a direção do Departamento de
Artes e Arquitetura. Ele coordenou o curso de Arquitetura
e Urbanismo e o laboratório de
Informática do Departamento, e
leciona as disciplinas ‘Projetos’,
Folha PUC 498 - 2
cialista em Laboratório Clínico
(1997) e com mestrado em Ciências Ambientais e Saúde (2005),
ambos pela PUC Goiás, realizou
estudo laboratorial em crianças
obesas, enfatizando o controle
parental na definição da dieta
das crianças.
É médica do Centro de Especialidades Médicas de Goiânia,
professora dos departamentos
de Biomedicina e Medicina da
PUC Goiás, coordenadora das
ligas acadêmicas, orientadora da
Liga Acadêmica de Bioquímica
Clínica e leciona no módulo ‘Bioquímica Clínica’.
Goiana de Rubiataba, casada
com o professor Paulo Luiz Carvalho Francescantonio, diretor
do Departamento de Medicina,
eles têm uma filha, Isadora. Ela
ingressou na PUC Goiás em 1982.
pela PUC Goiás (2001) e em Farmácia-Bioquímica pela Faculdade
Objetivo, de Goiânia (2006). É especialista em Citopatologia Ginecológica também pela PUC Goiás
e mestre em Medicina Tropical
pela UFG (2010), onde trabalhou
com a avaliação do perfil de parasitemia por hemocultura seriada em
indivíduos portadores da doença de
Chagas, infectados cronicamente
pelo “Trypanosoma cruzi”.
Professora Assistente I, lotada no Departamento de Biomedicina da PUC Goiás, onde ministra as disciplinas “Bioquímica
Básica”, “Bioquímica Clínica” e
“Biofísica”, ela ingressou na PUC
Goiás em 2009. Natural de Pires
do Rio, é casada.
‘Desenho Projetivo’, ‘Projetos
de Arquitetura e Urbanismo’ e
‘Expressões gráficas’, além de
ter ministrado aulas no curso de
Design. Especialista em Computação Gráfica pela PUC Goiás, ele
completa este ano 30 anos de magistério na universidade.
Goianiense, casado com a engenheira Ana Cristina Rodovalho
Reis, dois filhos – engenheiro civil
Gustavo Reis Campos, graduado pela PUC Goiás, e acadêmico
de Computação na PUC Goiás
Guilherme Reis Campos –, eles
tem uma empresa em comum, a
Reis e Campos Arquitetura e Engenharia. Os pais Isaías Borges
Campos e Dávia Cintra Borges
prestigiaram a posse.
Já publicou artigos em revistas
especializadas e pretende editar a
sua dissertação de mestrado, sobre “Não-lugares: condomínios
horizontais fechados em Goiânia.
1990-2006”
Mauro Meira de Mesquita
É graduado em Biomedicina
pela PUC Goiás (1987) e mestre
em Ciências Ambientais e Saúde
também pela PUC Goiás (2006),
quando realizou a avaliação da
prevalência de talassemia alfa em
uma população com anemia microcítica e hipocrômica. O professor Mauro Mesquita tem vasta experiência nos diferentes setores do
Laboratório de Análises Clínicas
e Banco de Sangue. Coordenou o
Laboratório da Área de Saúde de
2002 a janeiro deste ano e atualmente é o coordenador do Laboratório de Análises Clínicas da Santa
Casa de Misericórdia de Goiânia.
Natural de Urutaí (GO), 45
anos, casado com Jullieny Francis
Pedrosa, que faz o Curso de Nutrição na PUC Goiás, com quem tem
dois filhos (Mauro Júnior e Bruno
Pedrosa Mesquita), ele ingressou
na PUC Goiás em 1990.
Marcelo Granato de Araújo
Carioca de nascimento, mas
criado em Goiás, 50 anos, o professor Marcelo Granato de Araújo começou o curso de Arquitetura na Universidade Federal do
Rio de Janeiro, onde conheceu a
sua mulher, Fernanda Marques
Vieira, mas o concluiu na PUC
Goiás, em 1986. Nesse ano ingressou como professor na Católica, foi coordenador pedagógico
e em 1994 concluiu o mestrado
pela UFRJ, com dissertação sobre
durabilidade das edificações. Leciona representações e desenho
técnicos, área de Geometria, nos
dois primeiros anos dos cursos
de Arquitetura e Urbanismo e de
Design. Em fevereiro ele deixou
a direção do Departamento de
Artes e Arquitetura, em mandato
de quase quatro anos.
Fernanda, que também leciona na PUC Goiás, é graduada
em Arquitetura pela UFRJ, que
concluiu em 1985, por onde tem
mestrado na área, com dissertação sobre conforto ambiental no
espaço urbano.
Marcelo e Fernanda têm três
filhos: Danilo, que faz Música na Universidade Estadual
de Campinas; Guilherme, que
ingressou neste ano no curso
de Psicologia da PUC Goiás; e
Marcos, de nove anos.
Benedito Lemes Borges Filho
Goianiense, casado, quatro filhos e duas netas, o cerimonialista
Benedito Lemes Borges Filho, conhecido como Borjão, pela sua estatura física e voz potente, fez aniversário no dia 8 deste mês. “Graças
a Deus nasci no dia da mulher”,
destaca. É o caçula e o único homem
de nove irmãs, uma das quais religiosas, da Congregação de Jesus
Crucificado, já falecida.
Estudou no Colégio Ateneu
Dom Bosco e no Liceu de Goiânia,
e fez um curso técnico de Administração no Colégio Sena Aires; atuou
como executivo de vendas de laboratórios de medicamentos e foi
diretor-administrativo da Comurg
na gestão do prefeito Pedro Wilson, seu amigo.
Católico praticante e profundo
conhecedor da Bíblia, tem os cursos
de Liturgia e Biblista, da Catedral de
Goiânia, é ministro da Eucaristia e
foi presidente, em dois mandatos,
do Conselho Regional de Leigos, da
CNBB, quando criou várias unidades na região. Por 25 anos foi assíduo na Missa Arquidiocesana aos
domingos, às 8h30 , na Catedral Metropolitana, presidida pelo arcebispo, agora transferida para as 11h30.
Atuou na Sociedade Goiana
de Cultura, mantenedora da PUC
Goiás, de 1992 a 1996, quando se
licenciou para trabalhar na Prefeitura de Goiânia; em seguida,
retornou à universidade, e atualmente está lotado na Assessoria de
Cerimonial e Eventos, ligada ao Gabinete da Reitoria, sendo o mestre
de cerimônia das colações de grau
da PUC Goiás.
Folha PUC 498 - 3
Prefeitura de Goiânia confirma parceria e quer
participação da PUC Goiás na educação de trânsito
O prefeito Paulo Garcia quer a PUC Goiás apoiando as ações educativas no trânsito
A Prefeitura de Goiânia confirmou a parceria com a PUC
Goiás na realização da 7ª Semana de Cultura e Cidadania, que
acontecerá de 23 a 25 de maio
deste ano, em espaços diversos
da instituição, com numerosos
serviços gratuitos à população.
O prefeito Paulo Garcia, que esteve na manhã do dia 15 deste
mês, na universidade para uma
reunião de trabalho com a equipe da Católica, já para definir a
participação da Prefeitura nesse
importante evento, elogiou a iniciativa, que desde a sua primeira
edição tem o apoio do Executivo
Municipal. Aproveitou a ocasião
para sugerir o envolvimento da
universidade em sua preocupação com a promoção da vida,
dizer dos números assustadores
de vítimas de acidentes de trânsito, especialmente de jovens, e
propôs já começar, pela semana,
um amplo trabalho educativo
na área. “A PUC Goiás vai dar
credibilidade à nossa ação em
defesa da vida, de convivência
mais harmoniosa no trânsito, de
respeito às leis de trânsito, à faixa do pedestre e aos limites de
velocidade”, disse.
O reitor Wolmir Amado
anunciou que a meta da semana é de 300 mil atendimentos à
população, para superar os 280
mil atendimentos de 2010, o envolvimento de cinco mil pessoas
nesse trabalho, entre professores, servidores e alunos, além de
voluntários e a própria comunidade. Nesses três dias, conforme
informou, a PUC Goiás coloca
todo o seu quadro de pessoal e
estrutura, como museus e centros de esportes, à disposição da
sociedade, para prestar serviços
gratuitos nas mais diversas áreas
do conhecimento. Citou, como
exemplo, os minicursos, consultorias, serviços jurídicos e à
saúde, apresentações culturais e
artísticas, lançamentos de livros,
e inclusive brinquedos para as
crianças.
Aproximação
O reitor registrou e agradeceu
a primeira visita oficial do médico Paulo Garcia, como prefeito
de Goiânia, à PUC Goiás, e de
sua equipe de auxiliares, e disse
da importância dessa integração
e maior aproximação das duas
instituições. Explicou que esse
encontro, para discutir parcerias,
vai resultar em mais benefícios
para a comunidade, ao referir-se, especificamente, à Semana
de Cultura e Cidadania da PUC
Goiás, que sempre contou com o
apoio e a participação da Prefeitura Municipal, ampliando essa
prestação de serviços gratuitos à
população.
O prefeito agradeceu a acolhida fraterna e calorosa, ressaltou
a oportunidade de estreitamento
dos laços e seus resultados para
a população. “A semana é uma
atividade gigantesca, que atende a toda a população” e que,
por isso, a Prefeitura se sentia
engrandecida com a participação, ao confirmar a parceira na
realização dessa iniciativa. Destacou ser um momento de aproximação com a comunidade e de
ajudar a tornar mais brilhante o
trabalho da PUC Goiás.
Houve a apresentação
dos integrantes das duas equipes: pela PUC Goiás, a vice-reitora Olga Ronchi, os pró-reitores
de Graduação, Sônia Margarida;
de Pós-Graduação e Pesquisa,
Sandra de Faria; de Extensão e
Apoio Estudantil, Márcia Alencar; de Desenvolvimetno Institucional, Helenisa Gomes; de
Administração, Daniel Barbosa;
de Comunicação e diretor geral
da UCG TV, Eduardo Rodrigues;
de Saúde e diretor geral da Santa
Casa de Misericórida de Goiânia,
Sérgio Machado; e o chefe de Gabinete, Lorenzo Lago. Pela Prefeitura de Goiânia, os secretários
de Educação, Neyde Aparecida;
de Assistência Social, Célia Valadão; de Finanças, Dário Campos;
de Governo, Iram Saraiva Júnior;
de Cultura, Kleber Adorno; de
Saúde, Elias Rassi; de Esporte e
Lazer, Luiz Carlos Orro; e de Planejamento, Urbanismo e Fiscalização, Roberto Elias Fernandes;
os assessores especiais da Juventude, Cairo Salim, e de relações
com o Legislativo, Darci Acorsi;
os presidentes da Companhia
Metropolitana de Transportes
Coletivos, José Carlos Xavier
(Grafite), da Companhia de Urbanização de Goiânia, Luciano
de Castro, e da Agência Municipal de Trânsito, Miguel Tiago; e
o chefe de Gabinete do Prefeito,
Osmar Magalhães, dentre outros.
Providências e elogios
Na seqüência, foram
discutidos detalhes da parceria,
como cada órgão da Prefeitura
de Goiânia vai contribuir para
o êxito da 7ª Semana de Cultura e Cidadania da PUC Goiás, e
alguns auxiliares já anunciaram
algumas providências. A secretária de Educação, Neyde Aparecida, comunicou ter conseguido
20 ônibus para o transporte de
professores e alunos para participarem do evento, além da participação de professores em oficinas e minicursos. O secretário de
Saúde, Elias Rassi, disse que 2011
será um ano especial para Goiânia, citando a 7ª Semana de Cul-
tura e Cidadania da PUC Goiás,
a reunião anual da Sociedade
Brasileira para o Progresso da
Cidade e o Congresso Nacional
de Saúde, para o qual já solicitou
o apoio e a participação da Universidade; e o secretário de Esporte e Lazer, Luiz Carlos Orro,
que aproveitou para agradecer
a participação da PUC Goiás no
sucesso das Olimpíadas Escolares, que reuniram mais de cinco
mil atletas de todo o País e foram realizadas em dezembro de
2010 no centro poliesportivo da
universidade, no Campus II, que
elogiou como uma das melhores
praças esportivas do Brasil.
O secretário Darci Acorsi anunciou que vai propor ao
presidente da Câmara Municipal, vereador Iram Saraiva, que
realize uma sessão itinerante
durante a 7ª Semana de Cultura
e Cidadania da PUC Goiás, para
mostrar como funciona o Legislativo Municipal. O secretário
de Planejamento, Roberto Elias,
solicitou sugestões e propostas
nas áreas de engenharia e arquitetura; o chefe de Gabinete
do Prefeito, Osmar Magalhães,
disse que está completando 35
anos como professor da PUC
Goiás; o secretário de Finanças,
Dário Campos, informou ter feito o curso de Economia na PUC
Goiás; o secretário de Cultura,
Kleber Adorno, confirmou a
parceria com a universidade na publicação da coleção
“Goiânia em prosa e verso”; e
o presidente da AMT, Miguel
Tiago, disse ter feito o curso
de Direito na PUC Goiás e lecionado em seu Departamento
de Ciências Jurídicas.
Primeira reunião geral
A PUC Goiás promoveu,
no dia 14 deste mês, a primeira reunião geral para avaliar os
preparativos para a 7ª Semana
de Cultura e Cidadania. Checagem e andamento dos trabalhos, apresentação do programa, definição de prazos e ações
com monitores foram alguns dos
pontos discutidos com as 44 subcomissões que a organizam.
O reitor Wolmir Amado,
que presidiu a reunião, ressaltou o protagonismo social da
PUC Goiás e o apoio dos parceiros. “A comunidade externa
tem apoiado muito, pois traz
recursos financeiros e humanos; são pessoas que reforçam
e ampliam o evento”, afirmou.
“Essa semana deve superar o número de atendimentos. Toda a universidade se
prepara com muita antecedência para orientar as cinco
mil pessoas envolvidas. São
atividades que atendem a comunidade mais carente”, disse a pró-reitora de Extensão,
Márcia Alencar. O número de
atendimentos tem crescido a
cada edição: saltou de 20 mil,
na sua primeira, para 280 mil
no evento de 2010.
EXCELÊNCIA PUC NO ENSINO
Goiânia, 2ª quinzena de março de 2011
EXCELÊNCIA PUC NO ENSINO
Goiânia, 2ª quinzena de março de 2011
Folha PUC 498 - 4
Editora da PUCPR quer intercâmbio de publicações
Ana Maria acerta parceria com a pró-reitora Sandra de Faria
A
Editora
Universitária
Champagnat atuou, durante 25
anos, como órgão suplementar
da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Em 2007 passou
por ampla reformulação e em
2009 criou a sua livraria. Agora,
quer novos espaços e novos horizontes, buscando parceiros e
parcerias em todo o Brasil. Com
esse objetivo, a sua diretora, Ana
Maria de Barros, acompanhada da coordenadora do Núcleo
de Produção Editorial, Viviane
Gonçalves Campos, esteve no
dia 10 deste mês, na PUC Goiás,
quando visitou a livraria, a Biblioteca Central ‘Dom Fernando
Gomes dos Santos’ e a Editora
PUC Goiás. Elas foram recebidas,
na instituição, pela pró-reitora de
Pós-Graduação e Pesquisa, professora doutora Sandra de Faria.
Ao assumir, em 2009, a coordenação da Editora da PUCPR,
procurou conhecer o trabalho realizado na área pelas universidades católicas, quando encontrou
a Editora PUC Goiás na internet.
Em fevereiro deste ano, entrou
em contato com o professor Gil
Barreto, propondo um encontro
para maior conhecimento do trabalho de cada uma e já discutir
parcerias. Nessa reunião, apresentou como proposta a criação
de intercâmbio de publicações,
para fortalecimento da área de
pesquisa científica, e de divulgação de material das duas instituições. “Aprendi muito”, afirmou,
ao final da visita à editora e do
diálogo com o seu coordenador.
O professor Gil Barreto considerou o encontro positivo. “Elas
trouxeram muitas idéias e pudemos mostrar o nosso sistema de
produção editorial”, disse.
Champagnat
Com mais de 200 livros publicados em todas as áreas do conhecimento, a Champagnat tem
sua missão, como editora universitária, sempre preservada,
ao difundir o trabalho intelectual
e a produção de conhecimento
científico, filosófico e religioso.
Em 2001, fruto de uma reestruturação, passou à subordinação
do Lumen – Centro de Comunicação da mantenedora, Associação Paranaense de Cultura.
Desde 2005, sua vinculação administrativa foi transferida para
a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCPR. Em 2007,
um projeto de modernização foi
implantado, com a adoção de
melhorias nos processos editoriais e de distribuição, bem como
atualização do parque gráfico.
Em 2008, como parte das comemorações dos 25 anos da Editora Champagnat, destacaram-se
o lançamento do website com
vendas ‘on-line’, de novas coleções de livros e de novos projetos gráficos para as revistas
científicas – dentre as quais duas
consideradas entre as melhores
do País: “Aurora”, da área de Filosofia, e “Fisioterapia em movimento”, ambas temáticas e clas-
sificadas em segundo lugar em
seu campo de atuação; e em 2009
abriu a sua primeira livraria, no
Campus Curitiba da PUCPR.
A editora, tendo como premissa a relevância científica, didática, artística e cultural, visa
com suas obras atender aos interesses de ensino, pesquisa e extensão da comunidade acadêmica da PUCPR, da preservação da
memória regional e da sociedade como um todo. O Plano Editorial atende os segmentos científico, didático e institucional. A
Champagnat é filiada à Associação Brasileira de Editoras Universitárias e à Associação Brasileira de Editoras Científicas,
tem portal, loja virtual e publica
livros, 13 periódicos científicos
e anais de congressos.
Distribuição
A Editora Champagnat decidiu, em 2010, ampliar os canais de distribuição, diante das
dificuldades nessa área num
País de dimensões continentais
como o Brasil. A visita à PUC
Goiás decorreu de uma preocupação estratégica, por ser a
mais nova entre as Pontifícias
Universidades e por seus valores, trabalho realizado na área,
vanguarda de sua editora e sua
localização estratégica.
“O potencial existente é
enorme, podendo coordenar a
distribuição em todo o Centro-Oeste, Norte e Nordeste”, disse. Ana Maria e Viviane viajaram no final da tarde para São
Paulo, onde tinham agendado
um encontro na Editora Saraiva, quando também iriam discutir a questão da distribuição.
Plantio de 47 quaresmeiras na Área 2
Reitor Wolmir e Expedito Francisco, encarregado de obras, vistoriam o plantio
Quarenta e sete mudas de quaresmeira, com flores nas cores rosa
e roxa, foram plantadas na Área
2 da PUC Goiás, a partir da Praça Universitária, na divisa com a
Universidade Federal de Goiás,
em frente à Paróquia Universitária São João Evangelista, e indo,
pela 1ª Avenida, até a sede do Diretório Central dos Estudantes da
PUC Goiás. O plantio começou no
dia 1º deste mês e foi concluído
dois dias depois, em ato coordenado pelo reitor Wolmir Amado,
à frente das equipes da Seção de
Obras e Manutenção, que cortou
a calçada para organizar os novos canteiros, e de Jardinagem
da Seção de Zeladoria e Vigilância, que fez os plantios.
O ato se somou às iniciativas
da Campanha da Fraternidade deste
ano, da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil, lançada oficialmente no dia 9 deste mês e que
tem como tema o meio ambiente.
O plantio, conforme o reitor, enriquece aquele espaço, seu paisagismo, amplia o verde naquela área e
dá maior beleza à esquina.
Com a iniciativa, a PUC Goiás,
por razões de segurança, substituiu as duas árvores comprometidas que existiam naquele local, na
Praça Universitária. Elas colocavam em risco a vida das pessoas
que por ali transitam ou ficavam
no ponto de ônibus, por terem
seus galhos no meio dos fios da
rede elétrica, de alta tensão.
Folha PUC 498 - 5
FIES incentiva a formação de professores para escolas públicas
Programa do Ministério da Educação destinado a financiar a graduação na educação superior de estudantes
matriculados em instituições não gratuitas, o Fundo de
Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES), a
partir deste ano, passa a funcionar em um novo formato.
Agora, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) é o novo agente operador do programa e os
juros caíram para 3,4% ao ano.
Pela Portaria Normativa n. 4, do dia 2 deste mês, assinada pelo ministro Fernando Haddad, os alunos dos cursos
de formação de professores (licenciaturas) que aderirem
ao FIES, se forem atuar em escola pública, para cada mês
trabalhado será abatido 1% do saldo devedor. O reitor
Wolmir Amado elogiou essa iniciativa. “É um reforço aos
cursos de Pedagogia, Letras, Química, Física, Matemática,
Biologia, Educação Física e Filosofia”, ressaltou.
Financiamento
Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que
tenham avaliação positiva nos
processos conduzidos pelo MEC.
A partir de agora, o FIES terá
fluxo contínuo: o estudante poderá solicitar o financiamento
em qualquer período do ano,
de acordo com a sua necessidade. As inscrições são feitas pelo
Sistema Informatizado do FIES
(SisFIES), disponível para acesso
no sítio:
http://sisfiesportal.mec.gov.br/.
Passos para obtê-lo
O primeiro passo para efetuar a inscrição é acessar o SisFIES
e informar os dados solicitados.
No primeiro acesso, o estudante
informará seu número de Cadastro de Pessoa Física (CPF), sua
data de nascimento, um endereço de e-mail válido e cadastrará
uma senha que será utilizada
sempre que o estudante acessar o
sistema. Após informar os dados
solicitados, o estudante receberá
uma mensagem no endereço de
e-mail informado para validação
do seu cadastro. A partir daí, o
estudante acessará o SisFIES e
fará sua inscrição informando
seus dados pessoais, do seu curso e instituição e as informações
sobre o financiamento solicitado.
Após concluir sua inscrição
no SisFIES, o estudante deverá
validar suas informações na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA),
em sua instituição de ensino, em
até 10 dias, contados a partir do
dia imediatamente posterior ao
da conclusão da sua inscrição. A
CPSA é o órgão responsável, na
instituição de ensino, pela validação das informações prestadas
pelo candidato no ato da inscrição.
Com a validação das informações o estudante deverá comparecer em até 20 dias, contados a
partir do dia imediatamente posterior ao da conclusão da inscrição, em uma instituição bancária
vinculada ao FIES para formalizar
a contratação do financiamento.
No ato da inscrição no SisFIES,
o estudante escolherá a instituição bancária, assim como a
agência de sua preferência, sendo a Caixa Econômica Federal
e o Banco do Brasil os atuais
agentes financeiros do programa. Os prazos para validação
da documentação na CPSA e
para comparecimento na instituição bancária começam a
contar a partir da conclusão da
inscrição no SisFIES e não serão
interrompidos nos finais de semana ou feriados. No caso do
término do prazo ocorrer em
final de semana ou feriado nacional, o prazo será prorrogado
para o primeiro dia útil imediatamente subsequente.
Condições de financiamento
Serão três fases para os contratos
do FIES firmados a partir deste ano.
Fase de utilização: durante
o período de duração do curso, o
estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50,00,
referente ao pagamento de juros
incidentes sobre o financiamento.
Fase de carência: após a conclusão do curso, o estudante
terá 18 meses de carência para
recompor seu orçamento. Nesse período, o estudante pagará,
a cada três meses, o valor máximo de R$ 50,00, referente ao
pagamento de juros incidentes
sobre o financiamento.
Fase de amortização: encerrado o período de carência,
o saldo devedor do estudante
será parcelado em até três vezes
o período financiado do curso,
acrescido de 12 meses.
Exemplo
Cita, como exemplo, o caso de
um estudante que financiou todo o
curso com duração de quatro anos.
Durante o curso haverá o pagamento
trimestral de até R$ 50,00. Carência:
nos 18 meses após a conclusão do
curso, o estudante pagará, a cada três
meses, o valor máximo de R$ 50,00.
Amortização: ao final da carência,
o saldo devedor do estudante será
dividido em até 13 anos: 3 x 4 anos
(período financiado do curso) +
12 meses.
PUC Goiás participa do GT
que discute ProUni e FIES
A PUC Goiás, como representante da Associação Nacional de Educação Católica
(ANEC), participa do Grupo
de Trabalho (GT) para a construção de propostas para ampliação e melhorias do Programa Universidade para Todos
(ProUni) e do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES), ambos do
Ministério da Educação.
Representando a ANEC, o
pró-reitor de Administração
da PUC Goiás, professor Daniel Barbosa, esteve na reunião
do GT do dia 2 deste mês, em
Brasília, na sede da ABRUC,
com os representantes das instituições católicas de ensino
superior, que foram apresentadas ao secretário Nacional
de Educação Superior (SESu),
Luiz Cláudio Costa.
A próxima reunião
do GT, com representantes das Comunitárias, Particulares e do
MEC, foi agendada
para o dia 22 deste mês.
Audiência
Após a reunião de
trabalho, todos estiveram em audiência, no
período da tarde, com
o secretário Luiz Cláudio, que apresentou o
novo secretário Nacional de Regulação
dos Cursos Superiores, Luiz
Fernando Massonetto, acompanhado da diretora de Políticas e
Programas de Graduação, Paula Branco Mello. Falaram os
secretários Luiz Cláudio Costa
e Luiz Massonetto e a Diretora
de Graduação, que comentou
O professor Daniel Barbosa (de óculos escuros) representou a ANEC na reunião
sobre o desenvolvimento das
demandas no aperfeiçoamento do FIES.
O coordenador geral de
Comunicação Social do MEC,
Nunzio Briguglio, apresentou propostas de campanhas
nacionais, para o FIES ter
maior conhecimento pelos estudantes. Ele pediu o apoio
das associações nacionais na
perspectiva de aumentar a divulgação em suas redes locais e
regionais de comunicação.
EXCELÊNCIA PUC NO ENSINO
Goiânia, 2ª quinzena de março de 2011
EXCELÊNCIA PUC NO ENSINO
Goiânia, 2ª quinzena de março de 2011
Folha PUC 498 - 6
No Dia Internacional da Mulher, PUC Goiás
destaca o importante papel de suas gestoras
No Dia Internacional da Mulher, a PUC Goiás destacou, em sua página na internet, as suas cinco gestoras,
nessa data marcada pela tragédia, pela coragem e pelo
grito de desabafo, sufocado pela dor. “Há 100 anos, 129
operárias de uma fábrica de tecidos morriam, nos Estados Unidos, pelas mãos do preconceito, sob o jugo de
um mundo que crescia visando o lucro a qualquer preço
em detrimento do ser humano e de direitos universais”,
registrou o ‘site’ da universidade, o “PUC Notícias”, para
ressaltar os avanços, as conquistas e também as dores, o
sofrimento e a desigualdade.
Em um século de luta feminina, “as mulheres asseguraram o direito de escolher, juntamente com os homens, seus governantes, de decidir sobre seu corpo e
sexualidade, sobre o modelo de família que desejam ter,
Gestão e compromisso
Desafios à vista
Foi entre um compromisso
e outro, na agenda apertada da
ganharam espaço no mercado de trabalho e nos centros
de decisões. Já são maioria nas universidades, ocupam
com competência cargos de chefia em grandes empresas e instituições, comandam nações. Mas, ainda hoje,
convivem com a desigualdade, que se manifesta nos salários inferiores aos dos homens, na violência velada,
boa parte das vezes praticadas dentro de casa, na jornada dupla de trabalho”, ressaltou.
Na PUC Goiás as mulheres estão nas salas de aula
como acadêmicas, professoras, servidoras administrativas, pró-reitoras e na Vice-Reitoria. E mesmo diante de tantos desafios, na vida pessoal e profissional,
elas, com o suor e dedicação do seu trabalho, contribuem com a construção de um mundo melhor para
todos: mulheres e homens.
Em um final de tarde, o telefone tocou na Divisão de Comunicação. Motivo: a vice-reitora
Olga Ronchi aguardava a equipe de reportagem para uma
entrevista especial em comemoração ao Dia Internacional
da Mulher. O objetivo: narrar a
trajetória profissional e as principais conquistas femininas nos
últimos anos. Ela destacou uma
característica que está a cada dia
mais comum nas mulheres. “Nas
últimas duas décadas elas têm
assumido o papel de gestoras.
Existe uma profunda renovação
em todas as profissões, há uma
nova configuração na sociedade”, avaliou.
A vice-reitora, que se considera filha da instituição, destacou o compromisso social da
universidade nos projetos de
atendimento e promoção à causa
da mulher e nos diversos trabalhos que contemplam as várias
camadas sociais.
Desde agosto de 2008, a pedagoga mestre em Educação está
à frente da vice-reitoria da uni-
versidade. A trajetória na PUC
Goiás iniciou em 1988, quando
assumiu a assessoria do Programa
de Educação e Cidadania e atuou
como professora concursada
no Departamento de Educação,
onde foi diretora, em 1999.
Uma das fundadoras da
Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati), vinculada
à Pró-Reitoria de Extensão,
Olga passou pela Coordenadoria de Assuntos Estudantis
(CAE) e Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), onde ficou
cinco anos e meio.
hora do almoço, que a atual pró-reitora de Graduação da PUC
Goiás, Sônia Margarida Gomes
Sousa, conversou com o “PUC
Notícias”. “Grandes mudanças ocorreram nestes últimos
100 anos, mas é bom ressaltar
também que o impacto destas
transformações não conseguiu
atingir a todas as mulheres;
ele foi mais expressivo para as
classes média e alta”, assinala,
quando fala sobre o tema do
Dia Internacional da Mulher de
2011 – “Igualdade de acesso à
Educação, Formação, Ciência e
Tecnologia”.
Entre os desafios a serem superados, cita o fato de as mulhe-
res ainda estarem no topo das
estatísticas de violência, baixa
escolaridade, pobreza e desvalorização profissional. “É muito
comum, ainda, mulheres terem
um salário menor do que os homens, mesmo quando ocupam
o mesmo cargo”, exemplifica.
“Pontuar estas diferenças é importante, ainda que num contexto de avanços, para não corrermos o risco de escamotear as
desigualdades”, complementa.
Sobre as múltiplas funções
desempenhadas pelas mulheres
na atualidade – mãe, esposa, profissional -, a pró-reitora lembra
que esta situação acaba sendo
uma exigência do mundo con-
temporâneo, em que os papéis
sociais se tornaram complexos
na medida em que acompanham
o ritmo acelerado do desenvolvimento da sociedade. “Mas esta
multiplicidade não está alheia
ao mundo masculino, não. Hoje
vemos os homens também ajudando em casa, nas tarefas domésticas, na criação dos filhos”,
destaca. “As conquistas alcançadas pelas mulheres produzem mudança também na postura dos homens. Hoje eles são
mais parceiros. Há esta complementaridade de papéis”, conclui a professora Sonia Margarida, doutora em Psicologia Social
pela PUC São Paulo.
Trajetórias que se mesclam
Há 30 anos, Sandra de Faria
chegou à PUC Goiás, na época
Universidade Católica de Goiás.
Dava seus primeiros passos no
mundo acadêmico. Cursou Servi-
Sabedoria na prática
Ela fez graduação em Direito,
tem especialização e mestrado.
Alcançou reconhecimento profissional. Independência financeira.
Mas não perdeu a meiguice, a feminilidade. “Admiro as mulheres
Folha PUC 498 - 7
ço Social e tornou-se especialista
em Política Social. O mestrado e
o doutorado em Serviço Social foram na PUC de São Paulo. Depois
de passar pela Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil, assumiu a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da PUC Goiás.
A sua trajetória profissional
se confunde, em muitos momentos, com a história da própria instituição. Nesse período, acompanhou e fez parte, como mulher e
profissional, dos avanços obtidos
pelo sexo feminino na luta pelos
direitos da mulher.
Ela avalia que o século 20 foi
de conquista, afirmação e garantia de direitos para as mulheres.
Nesse período, frisa, o caminho
rumo à emancipação da mulher
começou a ser trilhado, sobre-
tudo, no Brasil, com a conquista do direito ao voto. “Não dá
para olhar para o século 20 e vê-lo somente como de conflitos. É
também de grandes mudanças e
avanços”, cita.
Sandra pondera que, no Brasil, as conquistas femininas
avançaram, sobretudo, a partir
de 1988, com a nova Constituição, no campo político, civil e
social, mas considera que, no
campo do trabalho, ainda há
muito que avançar para todos
os trabalhadores, especialmente para as mulheres.
Apesar de várias pesquisas
indicarem a feminilização do
mercado de trabalho, embora a
mulher tenha entrado em áreas
impensadas em outras épocas,
como as engenharias, medicina,
de ocupar cargos de gerência, estar na construção civil, esse processo não foi acompanhado das
garantias de direito no trabalho. É
neste campo, avalia a pró-reitora,
que se encontram os principais
desafios a serem vencidos, por homens e mulheres.
E neste cenário, avalia, a PUC
Goiás tem mantido seu compromisso com a garantia de direitos
da sociedade. “Faz parte de nossa
cultura o compromisso histórico
com grupos, movimentos, estudos
e pesquisas voltados para a defesa e garantia de direitos, que nos
educam internamente e que vai
além do compromisso educacional e firma nossa identidade com a
garantia de direitos. Nossa expectativa é ser referência para nossos
alunos”, resume.
Por uma sociedade mais justa
O sotaque já denunciava que a
capital goiana não era de fato sua
terra natal, apesar de viver em
Goiás desde muito jovem. Natural de Conceição do Araguaia
(PA), a professora Márcia de
Alencar Santana, atual pró-reitora de Extensão e Apoio Estudantil, mudou-se para Goiânia em
1972 e atua na PUC Goiás há 21
anos como docente. “É o primeiro cargo de gestão que assumo.
Não tinha ideia da imensidão do
trabalho de extensão desenvolvi-
do na universidade”, afirmou, ao
se referir aos numerosos projetos
da PUC Goiás.
A ligação com os movimentos sociais sempre esteve presente na sua história de vida.
O primeiro contato com a PUC
Goiás, na época UCG, foi como
acadêmica do curso de Geografia, em 1980. A militância iniciou
no movimento estudantil e teve
continuidade na carreira docente: de 2002 a 2004 foi presidente
da Associação dos Professores
(APUC) e de 2004 a 2010 assu-
miu o Sindicato dos Professores
do Estado de Goiás (Sinpro-GO).
Para a pró-reitora, a principal
conquista da mulher foi o respeito
como ser humano. “Há um século não podíamos votar, já que não
éramos consideradas cidadãs”,
observou. A participação no mercado de trabalho e a consciência de
ter direitos também foram vitórias
apontadas por ela. “Existem desafios. A violência doméstica é uma
nódoa para a sociedade e precisamos de mais liberdade para sermos mulheres”, opinou.
que conseguem mostrar que são
plenas, fortes e decididas agindo
com mansidão, sem grandes arroubos”. Aos 48 anos, Helenisa
Maria Gomes de Oliveira Neto
pode dizer que se tornou uma delas. Atualmente ela é pró-reitora
de Desenvolvimento Institucional
(Prodin) da PUC Goiás e consegue
colocar em prática, talvez até sem
saber, os ensinamentos de um livro que aprecia: “Ester”, da Bíblia.
E é preciso mesmo sabedoria
para conquistar, não só o amor
do rei e a liberdade de um povo
– como nos mostram os relatos bíblicos -, mas também vitórias nos
dias de hoje. As demandas são
muitas. Foram muitas. “Cheguei
a pensar em desistir da carreira
profissional”, admite. “Olha, não
é fácil conciliar a profissão com as
responsabilidades de casa, criação
de filhos, marido. Mas pude contar com o apoio e o incentivo da
própria família para continuar”.
As vitórias, consolidadas em casa,
também não tardaram a aparecer
no mundo profissional. Apenas
três anos depois de formar-se
em Direito pela PUC Goiás, em
1985, Helenisa passou na seleção
para ser professora na instituição em que estudou. De 1988,
quando começou a lecionar na
PUC Goiás, até 1999, ela conciliou o magistério superior com
a advocacia. Nesse ano, encarou
novo desafio: assumiu a direção
do Departamento de Ciências
Jurídicas da universidade, onde
ficou por dois mandatos. Novas
conquistas no currículo: em 2007,
diretora-geral da Santa Casa de
Misericórdia e, desde dezembro
de 2010, é a nova titular da Prodin.
“Às vezes fico pensando se, em
alguns momentos, deixei a vida
profissional suplantar a familiar;
se, como mãe, não fiz o suficiente
para os meus filhos. Mas acho que
deu certo, sim”, afirma. A filha
mais velha, Helenisa Helena, 28
anos, formou-se em Odontologia
e hoje faz doutorado; João Luiz
Filho, 23, se forma em Medicina
neste semestre pela PUC Goiás e
o caçula Rubens, 22, faz arquitetura pela Universidade Estadual de
Goiás (UEG) e Engenharia Civil
pela PUC Goiás.
E que mulher a inspirou? “Minha mãe, Maria Helenisa Cândida Gomes. Acredita que, com 48
anos, ela fez Pedagogia, e depois
mestrado em Educação?”, conta a
pró-reitora. Sinal de que realmente o tema do Dia da Mulher deste
ano caminha para ser realidade.
EXCELÊNCIA PUC NO ENSINO
Goiânia, 2ª quinzena de março de 2011
EXCELÊNCIA PUC NO ENSINO
Goiânia, 2ª quinzena de março de 2011
Folha PUC 498 - 8
PUC Goiás implanta programa de boas vindas
Atualmente com alunos de
todos os estados brasileiros e de
16 países, a PUC Goiás implantou no dia 17 deste mês o Programa ‘Welcome day’, para dar boas
vindas aos estudantes estrangeiros matriculados e frequentando
a instituição. Neste primeiro encontro, para dar acolhida calorosa e mostrar rapidamente como
funciona a universidade, foram
recebidos três acadêmicos que
chegaram este ano: Diva Margareth Monteiro, 18 anos, de Cabo
Verde, que já faz o primeiro período do curso de Fisioterapia;
Gabriel Ambrósio, 24 anos, de
Angola, do primeiro período do
curso de Letras; e Simon Dethier,
23 anos, que fará um semestre do
curso de Relações Internacionais,
pois é aluno da graduação nessa
área na Universidade de Liège,
Bélgica. E ainda Jesuíno Carvalho de Alvarenga, 21 anos, da
Guiné Bissau, há um ano na PUC
Goiás, cursando Biomedicina.
Todos agradeceram a acolhida,
disseram estar bem e elogiaram
a iniciativa e a qualidade do ensino ministrado pela PUC Goiás.
O reitor Wolmir Amado
explicou o diferencial da universidade no acolhimento aos
seus alunos estrangeiros, para
que possam melhor se familiarizar com a instituição, com seu
ambiente e com os colegas, e
tenham mais segurança e melhor proveito nesse intercâmbio.
Disse que a PUC Goiás nasceu
estadual, cresceu nacionalmente e agora busca maior espaço
no processo de mundialização,
intensificando esse processo de
abertura para que todos os países enviem seus estudantes para
uma temporada na instituição.
“Esta reunião é o marco de uma
Alunos de Angola, Cabo Verde e da Bélgica são recebidos pela Reitoria
opção da universidade pela internacionalização. Sintam-se em
casa”, afirmou, convidando-os a
que, sempre que passarem “por
aqui venham tomar um cafezinho conosco”.
Intercâmbio
O coordenador de Relações
Internacionais, Luciano Nunes,
discorreu sobre a importância de
receber bem os alunos de outros
países, do processo de internacionalização, do histórico de bom
acolhimento dos estrangeiros e
explicando os procedimentos.
Explicou que quando alguém
chega de fora é fundamental que
seja acolhido devidamente, pois
sempre surgem pequenos contratempos que as pessoas da instituição têm mais facilidade de
resolver. Disse ainda do Programa de Estudantes-Convênio de
Graduação (PEC-G), desenvolvido pelos ministérios da Educação e de Relações Exteriores,
que oferece oportunidades de
formação superior a cidadãos de
países em desenvolvimento com
os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais. São
selecionadas preferencialmente
pessoas inseridas em programas
de desenvolvimento socioeconômico, acordados entre o Brasil e
seus países de origem, quando o
aluno assume o compromisso de
regressar ao seu País e contribuir
com a área na qual se graduou.
Coordenador do curso de Relações Internacionais, o professor
Diego Trindade, que participou
de programas de intercâmbio,
ressaltou que não é comum, nas
demais universidades, os estudantes serem recebidos pelo
reitor para lhes dar boas vindas,
como naquele momento. Disse
que cada um deve procurar se
aproximar dos demais colegas
para uma ajuda mútua e resolver pequenas dificuldades que
surjam, e que essa mobilidade é
uma oportunidade especial, que
deve ser aproveitada ao máximo.
A pró-reitora de Graduação,
Sonia Margarida Gomes Sousa,
disse do significado desse gesto
de boas vindas, de bem acolher
os novos alunos, para que todos
possam se situar na instituição e, dando-lhes visibilidade,
manter contato com os demais
estrangeiros. Defendeu o que
chamou de “anjo da guarda”,
para fazer mediações, aproximações e facilitar a vida de
cada estrangeiro na universidade, superando as dificuldades
da língua e outras com as quais
se defrontem.
Diretora do Departamento
de História, Geografia, Ciências
Sociais e Relações Internacionais,
Elizabeth Bicalho informou da
tradição no HGSR no acolhimento de estudantes estrangeiros e
dos grupos de estudo formados
com a participação deles, pelo interesse que demonstram em conhecer o Brasil, sua história e sua
realidade. A diretora do Departamento de Letras, Lacy Guaraciaba Machado, disse igualmente
dessa experiência de acolher os
estudantes vindos de vários países, citando em especial dos colonizados por Portugal e a facilidade da língua, além de ressaltar a
rica produção literária dessas regiões, com escritores engajados.
Mobilidade permanente
Intitulando-se em mobilidade
permanente há 17 anos, ao se referir à sua nacionalidade italiana
e a chegada ao Brasil, o chefe de
Gabinete da Reitoria, Lorenzo Lago deu as boas vindas e
disse de sua situação similar à
deles, nesse novo contato com
um país diferente do dele,
com uma cultura diferente e
muitos desafios. “Resolvi ficar”, disse, para explicar que
o Brasil tem muito a oferecer.
“Aproveitem bem as oportunidades. O tempo na universidade
é ideal para se conhecer, experimentar”, completou, para falar
da interculturalidade, da abertura global, e encerrar a reunião.
Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China quer intercâmbio
Segunda maior economia
mundial e maior parceiro econômico do Brasil na atualidade, com
negócios em torno de 56 bilhões de
dólares ao ano e investimentos de
20 bilhões de dólares, a China quer
ampliar suas parcerias. Com esse
objetivo, o chairman da Câmara
de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC), Charles Tang, esteve na manhã do dia 17 deste mês
na PUC Goiás. Ele discorreu sobre
o trabalho que realiza, as palestras
que faz pelo País sobre as oportunidades comerciais nesse país
asiático e defendeu maior intercâmbio entre as universidades chinesas e a PUC Goiás. Como explicou, é importante que as pessoas
conheçam e entendam a cultura, a
língua, os costumes e os negócios
com a China.
O reitor Wolmir Amado apresentou a universidade e discorreu
sobre sua estrutura funcional, suas
atividades, seus projetos e sua presença na sociedade goiana, sempre procurando dar respostas às
demandas sociais. Como exemplo,
citou que a PUC Goiás implantará,
no segundo semestre deste ano, o
curso de Mandarim em seu centro
de línguas, o Católica Idiomas, a
partir de quando passará a oferecê-lo anualmente.
Feira de Cantão
A CCIBC é uma organização
não governamental, independente, sem fins lucrativos, mantida pe-
los membros associados e eventos
que realiza, e foi criada por sugestão do ex-primeiro vice-ministro
e ex-ministro de Relações Exteriores, Wu Xueqian, em 1986. Seu
objetivo é promover intercâmbios
e cooperações no campo econômico e cultural e fomentar a amizade
entre os povos das duas nações.
Na visita à PUC Goiás, acompanhado do embaixador Jardiel
Ferreira de Oliveira, que morou
durante 16 anos na Ásia e atualmente é conselheiro da CCIBC, e
do representante em Goiás, Sérgio
do Carmo, Tang divulgou e estimulou a participação na Feira de
Cantão, que representa oficialmente
no Brasil e é realizada duas vezes ao
ano. Informou que está organizando
uma missão empresarial para a próxima edição dessa que é considerada
a maior feira de negócios do mundo,
com mais de 55 mil estandes e 150 mil
tipos de produtos em exposição. Será
em abril.
A PUC esteve representada ainda pela pró-reitora de Graduação,
Sonia Margarida Gomes Sousa;
chefe de Gabinete, Lorenzo Lago;
diretores dos departamentos de
Administração, Irineu Gomes,
de Ciências Contábeis, Brasilino
Ferreira Neto, e de História, Geografia, Ciências Sociais e Relações
Internacionais, Elizabeth Bicalho,
e coordenadores do curso de Relações Internacionais, Diego Trindade; e da Assessoria de Relações
Internacionais, Luciano Nunes.
Folha PUC 498 - 9
Liga acadêmica discute síndromes metabólicas
de seleção para participação na
Ladem, que deve ser aplicada em
abril. Podem participar acadêmicos dos cursos da área de saúde e
outras áreas que possam contribuir com o trabalho da Liga.
Alunos do Curso de Medicina
da PUC Goiás (foto) participaram
do terceiro curso introdutório
da Liga Acadêmica de Doenças
Endócrino-Metabólicas (Ladem),
que terminou no dia 24 de fevereiro. Durante essa semana,
eles assistiram a palestras e discutiram sobre diabetes, síndromes metabólicas, disfunções da
tireoide e obesidade, entre outras. Essas disfunções chamam
a atenção pelo número cada vez
maior de pessoas que sofrem
desses males e cada dia mais
cedo. São problemas que afetam
diretamente a qualidade de vida
das pessoas e que, muitas vezes,
passam despercebidos em sua
fase inicial. Hábitos de vida e
alimentares inadequados podem
agravar o quadro, levando ao desenvolvimento de doenças que
exigem controle minucioso.
Tutora de Endocrinologia
do Departamento de Medicina
da PUC Goiás, a professora Isabel Cristina Carvalho Medeiros
Francescantônio destaca que a
participação na liga é enriquecedora para os alunos e um dos
requisitos obrigatórios para sua
manutenção é a realização de
trabalho de extensão junto à comunidade. O curso funciona
como preparatório para a prova
Cuidar da própria saúde
As síndromes metabólicas e
o diabetes são o foco principal
dessas apresentações. A professora destaca que outro objetivo é
chamar a atenção dos estudantes
para sua própria saúde, hábitos
desenvolvidos durante o período de estudo, quase sempre
pouco saudáveis. “Vamos pedir
uma reflexão, que olhem para a
própria saúde. Eles vivem um
ritmo frenético, alimentam-se
de forma errada. É preciso arrumar tempo para se exercitar e se
alimentar na hora certa”, alerta.
Isabel Francescantônio lembra
ainda que a intenção é realizar
um amplo trabalho em toda a
PUC Goiás, chamando a atenção
de toda a comunidade acadêmica para os cuidados com a saúde.
Professora convidada da PUC
Goiás, de Endocrinologia e Metabologia, Ana Paula Meireles de
Melo falou sobre a tireoide e as
síndromes relacionadas a ela.
Uma das diretoras da Ladem,
Ludmila Inácio Nunes informa que
serão abertas 20 vagas para participação na liga. Os integrantes vão
trabalhar no desenvolvimento de
ações de promoção da saúde junto
à população. As horas de participação no curso e nas atividades de
extensão poderão ser computadas
como hora extracurricular científica.
Para a aluna do segundo módulo de Medicina, Nathália Cruvinel, de 20 anos, a participação
tem sido proveitosa. “Mesmo
não tendo cursado a disciplina
ainda está sendo interessante,
porque os professores são claros
e objetivos”, diz.
Reitor leva chocotones a creche
PUC Goiás participa de audiência
pública sobre segurança
A coordenadora-geral do Instituto Dom Fernando (IDF) da
PUC Goiás, Maria Luiza Moura
Oliveira, participou, no dia 25
de fevereiro, de uma audiência
pública, na Assembléia Legislativa do Estado, com o tema
“Segurança com Cidadania: em
defesa dos Direitos Humanos da
sociedade e dos profissionais da
Segurança Pública”. A audiência
foi proposta pelas comissões de
Direitos Humanos e Segurança
Pública da Assembleia Legislativa, presididas pelos deputados
Mauro Rubem e Major Araújo,
respectivamente.
Maria Luiza explica que o
desaparecimento de crianças e
adolescentes é um tema que vem
sendo acompanhado pela PUC
Goiás, principalmente a partir dos
casos dos sete adolescentes de Luziânia (GO), mortos pelo pedreiro
Adimar Jesus da Silva, entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010.
“Essa audiência alcança o conjunto de temas que o IDF trabalha.
Fomos apoiar essa iniciativa das
comissões”, assinala, frisando
ainda que se trata de uma linha
de atuação que a universidade
acompanha e participa.
Um dos fatos motivadores da
audiência foi a Operação Sexto
Mandamento, deflagrada pela
Polícia Federal no dia 15 de fevereiro, que prendeu 19 militares
goianos acusados de participação em grupo de extermínio. Eles
teriam atuado no Estado nos últimos 10 anos, vitimando, inclusive,
mulheres e crianças sem relação
com crimes. Durante o evento, foi
consenso, entre os participantes, a
necessidade de uma reformulação
nos processos de formação e promoção de policiais e de um novo
modelo de segurança pública,
pautado pela cidadania e integração das forças policiais.
Participantes
Participaram da audiência,
representantes da Secretaria Especial de Direitos Humanos da
Presidência da República, Secretaria Nacional de Segurança
Pública do Ministério da Justiça,
Conselho de Defesa dos Direitos
da Pessoa Humana, Ministério
Público de Goiás, Ordem dos
Advogados do Brasil – Seção
Goiás, Governo de Goiás, por
suas Polícias Civil e Militar, e
Prefeitura de Goiânia.
O reitor Wolmir Amado (foto)
visitou, no dia 11 de fevereiro, o
Centro de Educação Infantil Santa Úrsula (Ceisu) para doar 480
unidades de chocotones às 130
crianças que são atendidas pela
instituição, localizada no bairro
Colina Azul, em Aparecida de
Goiânia. Construído há quase
16 anos pelas irmãs ursulinas –
congregação religiosa de origem
italiana -, o Ceisu sempre contou
com o apoio da PUC Goiás. A família do reitor, inclusive, é uma
das mantenedoras da entidade,
que ainda recebe auxílio das famílias italianas. “Estas famílias
adotam uma ou mais crianças e
passam a contribuir financeiramente com a entidade”, explicou,
destacando ainda o trabalho filantrópico realizado pela PUC Goiás.
“Mensalmente
encaminhamos
doações de ovos e carnes, produzidos a partir do Departamento de
Zootecnia, não só para esta creche,
mas também para outras instituições, como hospitais e centro para
idosos”, detalhou Wolmir.
A professora Sueli Amado
lembrou que a entidade conta
também com assistência pedagógica e até médica. “Há sete
anos, coordenamos um trabalho
que teve por objetivo contribuir
com a formação pedagógica do
professor. Desta forma, o Ceisu
passa a oferecer para as crianças
não apenas um cuidador, mas um
profissional com curso superior”,
assinalou. “E na área de saúde
também há avanços. Pelo menos
uma vez por semana, um pediatra
atende na creche”, informou.
Os representantes da PUC
Goiás foram recebidos pela diretora da unidade, irmã Simone
Matias, e pela presidente da Associação do Ceisu, irmã Giovanna Radice. Durante o périplo pela
entidade, que atende crianças de
dois a cinco anos nos turnos matutino e vespertino, eles também
conferiram as melhorias do espaço, que hoje conta com amplas
salas de aula, brinquedotecas,
refeitório, dormitório, banheiros
adaptados e área de lazer.
EXCELÊNCIA PUC NO ENSINO
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EXCELÊNCIA PUC NO ENSINO
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Folha PUC 498 - 10
HISTÓRIAS DE VIDA
José Carlos da Purificação de Alecrim
Vento vivo
por Carla Lacerda
Conheça um pouco da história de vida de José Carlos Purificação
de Alecrim, 24 anos, estudante do segundo semestre do curso de Educação Física da PUC Goiás e atleta paraolímpico.
Afafafafafafafafafafafafaf…
Rum rumrumrumrumrumrumrum...
Afafafafafafafafafafafafaf…
Rum rumrumrumrumrumrumrum...
“Vamboooora, Zezinho, se não você vai chegar atrasado!”
Das janelas do ônibus, os colegas de escola de Zezinho, José Carlos Purificação de Alecrim na certidão de nascimento, observavam o
jovem baiano cruzar as ruas da capital de Goiás. Quarenta minutos
correndo. Com mochila nas costas. E com muito gosto, frise-se.
- Achava uma felicidade cortar Goiânia, não via dificuldade, não.
E ele atravessava a cidade, do Setor Vera Cruz, onde morava com
a família, para estudar no Sesi de Campinas, onde fazia o terceiro ano.
Engana-se quem pensa que Zezinho trocava o assento de um coletivo
– vá lá que nunca foi confortável mesmo andar de ônibus em Goiânia
– pela sola do seu sapato simplesmente porque queria economizar
dinheiro. Ele até revertia esta quantia guardada em lanches na escola,
mas este não era seu principal objetivo. Zezinho gostava de correr.
- Eu via pela televisão e achava bonitas as corridas. Sempre tive
esse sonho.
Mas por que correr com mochila nas costas, então, Zezinho? A
caminho da escola? Não é melhor, mais fácil, correr numa pista, treinando mesmo?
As perguntas que talvez você faça agora têm uma resposta bem
pragmática. Correr, assim de maneira despretensiosa, era a única forma de Zezinho ...C-O-R-R-E-R. Parece estranho? Então, para não te
confundir ainda mais, melhor fazermos uso de um recurso bastante
utilizado nos cinemas. Segue flashback!
De volta à infância
Imagine uma criança que não corre. Depois dos quatro anos de
idade, esta foi a realidade de Zezinho. Ele não podia correr. Não podia jogar futebol. Não podia um monte de coisas. E tudo por causa de
um erro médico.
- Estava brincando e caí em cima do meu braço direito. Fraturei o
cotovelo e o ombro. O problema foi que o médico engessou de forma
errada, o que desencadeou processos inflamatórios. Tive que tomar
muito antibiótico; meus ossos ficaram fragilizados com isso, quebravam por qualquer coisa.
Após o episódio - que ocorreu na cidade de Canabrava, no Mato
Grosso, para onde Zezinho, os irmãos mais velhos e os pais haviam
se mudado depois de deixar a Bahia -, o movimento no braço direito
do jovem ficou limitado. Uma frase, então, passou a reverberar por
longos anos em sua cabeça:
- Você não pode correr. Você não pode correr. Você não pode correr.
Em uma oportunidade, o mantra quase foi quebrado. Quase:
- Lembro que uma vez meus pais até deixaram eu jogar futebol,
mas com um aviso. Se me machucasse, eu saía. É não é que caí durante um jogo e quebrei o braço esquerdo!
E assim se passou a infância e adolescência do baiano de Correntina. O tempo, este sim, corria. Por sorte, rápido. Na linha de chegada,
ao invés da certeza do fim do percurso, a expectativa de uma nova
rota. Que se abriu com a mudança de Zezinho e dos irmãos para a
capital goiana, em 2000.
Em Goiânia
Afafafafafafafafafafafafaf…
Rum rumrumrumrumrumrumrum...
Afafafafafafafafafafafafaf…
Rum rumrumrumrumrumrumrum...
“Vamboooora, Zezinho, se não você vai chegar atrasado!”
Depois que começou a correr para ir à escola, Zezinho não parou
mais. Tomou gosto pelo que já gostava. E, agora, não era mais um
simples telespectador dos eventos esportivos. Ele dava as primeiras
passadas. AO VIVO E A CORES. Imagine o Galvão Bueno narrando
o início desta trajetória:
- Zezinnnnnnnnnnnho corre do Setor Vera Cruz a Campinas,
em Goiânia!
- A rrrrrrrrrrevelação juvenil já encara agora um percurso de 20
quilômetros, saindo da capital até Trindade.
- Aos 17 anos, Zezinnnnnnnnnnnnnho começa a participar das
corridas de ruas! Ele quer ganhar um carro como premiação!
Com o microfone - ops, a palavra -, o atleta:
- Quanto mais eu corria, melhor.
- Correr era um sonho de criança. Isso mudou todo o meu psicológico; foi superação mesmo. Cheguei a ser depressivo.
- Quando encontrei o atletismo, foi ótimo porque não tinha como
eu cair, como acontecia no futebol. Eu podia competir.
E, aos 17 anos, conforme anunciado por “nosso Galvão”, Zezinho
começou a participar das corridas de rua em Goiânia. A primeira foi
em agosto de 2004, uma prova de 10 quilômetros.
- Falei prá todo mundo, amigos e parentes, que ia chegar em primeiro lugar e levar o prêmio prá casa, que era um carro. A competição
tinha cerca de dois mil atletas.
E como foi a prova, Zezinho?
- Quando completei dois quilômetros, já estava esgotado. Deu
um desespero ver um monte de mulher me ultrapassando. Primeira
corrida não é fácil, não!
E o resultado?
- Só ganhei mesmo um diploma de participação. E todo mundo
pegou no meu pé perguntando “cadê o carro?” – diz, entre risos.
Zezinho não levou o carro, mas em sua segunda corrida...
- Apareci na capa do jornal “O Popular”. Eu era uma das “cabecinhas” de atletas fotografadas na competição – comenta, também com
jeito matreiro.
Pode até ter sido coisa do acaso, mas depois da discreta aparição
no jornal, a fama começou a correr atrás de Zezinho. Em 2007, ele
protagonizou uma matéria no ‘Globo Esporte’ local.
“A música perde um tecladista, mas o esporte ganha um atleta”.
Tecladista? Como assim? Zezinho não era só um rapaz latino-americano, que antes de correr, vendia jornais aos domingos pelas ruas de
Goiânia? Sim, leitor, você está certo: esta última informação também
é nova, eu ainda não a tinha revelado. Ah, tá, mas eu parei na história
de Zezinho tecladista...
Folha PUC 498 - 11
EXCELÊNCIA PUC NO ENSINO
Goiânia, 2ª quinzena de março de 2011
Pois então: dois anos depois de chegarem a Goiânia, o irmão mais
velho de Zezinho, Leandro, formou uma dupla sertaneja com um colega. Mesmo já com nome de cantor, Leandro preferiu investir em
outra identidade artística: Fernando. Nascia, então, a dupla Lucas e
Fernando, que tocou nos bares da capital e de Aparecida de Goiânia
a partir de 2002. Mas os jovens perceberam que precisavam de um
tecladista nas apresentações...
- Pois é, eu ficava no teclado, mesmo sem saber tocar nada, para
poder ajudar eles. Colocava o disquete no teclado e ficava lá – confessa Zezinho, que também vendia CD’s da dupla.
Quer saber como o ‘Globo Esporte’ descobriu este episódio, veiculado em setembro de 2007? Simples: em agosto do mesmo ano, Zezinho participou dos Jogos Parapanamericamos do Rio de Janeiro – já,
já conto esta história. E, de lá, voltou com uma medalha de bronze
na prova dos 1.500 metros. Os sonhos de Zezinho começavam a se
materializar.
Na elite do esporte
Mais um miniflashback antes de entrarmos no Parapan do Rio.
Depois que desembestou a correr – para a escola no Sesi, nas corridas
de ruas de Goiânia, para Trindade -, Zezinho ouviu um conselho de
um amigo:
- Por que você não corre na pista de atletismo da Católica? – Wanderley Sidney, mais conhecido como “Cowboy”, se referia à universidade da qual era aluno.
E Zezinho foi. E virou cobaia do cowboy, que cursava Educação
Física e começou a treinar o jovem.
- Correr com orientação técnica é outra coisa. Aprendi com o Wanderley a concentrar mente e corpo. Fiz vários testes e ele percebeu que
eu tinha resistência e mantinha velocidade. Meu perfil é para corridas
que a gente chama de meio-fundo – 800 metros e 1.500 metros.
Zezinho começou a aplicar os ensinamentos e a direcionar seus
esforços para o esporte, quando no final de 2005, outro conselho, de
outro amigo, o colocou em competições nacionais.
- Como eu tenho a limitação no braço direito, por causa das sequelas da queda na infância, o Tito Sena – atleta paraolímpico goiano,
cuja conquista mais recente foi a medalha de prata no Mundial de
Atletismo da Nova Zelândia, em janeiro de 2011 - falou pra mim da
categoria T-46 no atletismo. São as provas de corrida em que os atletas
com alguma deficiência no membro superior participam.
Em 2006, então, aos 20 anos, Zezinho participou do Campeonato
Paraolímpico Nacional, em Belém. No fim do mesmo ano, num circuito em Brasília, conseguiu o índice para o Parapan do Rio. Correu os
800 e os 1.500 metros.
- Dos dez atletas que participaram dos 800 metros, no Rio, meu
tempo era o pior. Fiquei entre os últimos na prova.
O jovem não se abalou. Quatro dias depois, competiu nos 1.500
metros.
Afafafafafafafafafafafafaf…
(Agora não tinha mais o ‘rum rumrum’ dos ônibus e carros das
avenidas de Goiânia).
Afafafafafafafafafafafafaf…
“Meu Deus, será que eu vou ganhar?!”
A 300 metros da linha de chegada, Zezinho estava na frente.
Pisadas mais fortes.
Pisadas mais fortes.
Pisadas mais fortes.
Mas eram dos adversários. Zezinho os sentia bem próximos.
- Faltando 250 metros, o mexicano me passou, depois mais um
atleta. Na reta dos 100 metros foi aquele sufoco; o quarto colocado
vindo atrás. Fiquei em terceiro por frações de segundos - conta Zezinho, que conseguiu o bronze no Parapan.
- Foi na raça mesmo, na pressão – complementa o jovem. Depois
daquele resultado ruim nos 800 metros, eu não acreditava que pudesse ganhar.
Pois trate de acreditar, Zezinho! Pode parecer clichê – e realmente
é -, mas o sonho começava a virar realidade.
Depois do resultado, novas conquistas importantes. Também em
2007, Zezinho foi o terceiro colocado no Mundial de Taiwan.
- Pensa num cabloco como eu, do Centro-Oeste, passar 20 dias
numa ilha da China?
Este era o começo das viagens internacionais. E também do contato com outras culturas.
- Taiwan tem muitos eletrônicos. O trânsito é caótico: são muitas
motos, bicicletas, carros. No fim de semana, tem tanta bicicleta que é
como se uma das pistas fosse totalmente destinada a elas.
E a gastronomia, Zezinho?
- A comida é muito estranha, tempero ruim, carne de cachorro. A
gente praticamente almoçava e jantava só pizza e McDonald’s – revela o jovem.
E para a China ele foi, para a China ele voltou. Em 2007, esteve em
uma das ilhas do País; em 2008, estava na capital Pequim, cidade que
assusta pela quantidade de habitantes: quase 20 milhões.
- 2008 foi o melhor ano da minha vida. Participar de uma Paraolimpíada, correr num estádio lotado com 90 mil pessoas, ouvir e
ver turistas gritando o nome do Brasil... A emoção foi muito grande,
principalmente na abertura e no encerramento do evento. E o Cubo
D’água? (refere-se ao complexo aquático construído para receber as
provas de natação, saltos ornamentais e nado sincronizado). Foi tudo
impressionante. E olha que eu nem ganhei medalha.
Mas ainda há tempo para as novas conquistas. Foram 17 anos sem
poder correr e, em apenas sete, medalhas e índices alcançados para
participar de competições internacionais. Em Pequim, o jovem, que
usa no e-mail o codinome “Vento Vivo”, ficou em 7º lugar na prova
dos 1.500 metros – ele correu a base de remédios, por causa de um
problema no tendão.
- Era uma dor que já me acompanhava há algum tempo. Por causa
do treinamento, há um desgaste natural do tendão e do calcanhar.
Mas, em agosto do ano passado, fiz uma cirurgia – conta.
Renovado, o hoje estudante do segundo semestre do curso de
Educação Física da Pontifícia Universidade Católica de Goiás corre
atrás de uma bolsa de estudo e demais vitórias. 2011 é ano de Pan,
2012, de Olimpíadas, 2016, de Olimpíadas no Rio...
- É um momento de incentivo ao esporte. Quero correr até os 37
anos e ter o estudo como garantia de sustento.
E quem sabe, já em Guadalajara 2011, Zezinho consegue o sonho
de ter uma medalha dourada?
- Em 2007, um mexicano ganhou o ouro no Rio. Lembro que quando fui receber o bronze, um integrante do comitê brasileiro cochichou
no meu ouvido: “No Parapan do México, você dá o troco”.
Nós estaremos aqui, Zezinho, torcendo para o Galvão Bueno narrar esta vitória.
EXCELÊNCIA PUC NO ENSINO
Goiânia, 2ª quinzena de março de 2011
Folha PUC 498 - 12
Campanha da Fraternidade teve lançamento no aterro sanitário
Em cerimônia bem diferente das tradicionalmente organizadas pela Arquidiocese de Goiânia, o arcebispo, dom
Washington Cruz, abriu no dia 9 deste mês a Campanha
da Fraternidade deste ano, que tem como tema “Fraternidade e a Vida no Planeta” e como lema ‘A criação geme
em dores de parto (Rm 8,22)’. A solenidade (foto), realizada nas dependências do Aterro Sanitário de Goiânia, que
recebe 10 toneladas de lixo por semana, reforçou o compromisso da Igreja de se envolver na causa ambiental.
O evento contou com a presença do prefeito Paulo Garcia, que elogiou a iniciativa da Igreja de tomar frente em
uma das maiores preocupações da humanidade no momento: o futuro da vida na Terra.
Mensagem
Mensagem de dom Washington Cruz no lançamento da Campanha da Fraternidade de 2011:
A Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) propõe
a cada ano, através da Campanha da Fraternidade (CF), um
itinerário evangelizador fortemente voltado para a conversão
pessoal e comunitária, em preparação para a Páscoa. Em 2011, a
CF atinge um marco importante
pela 47ª vez!
Os objetivos gerais da CF são
sempre os mesmos e decorrem
da missão evangelizadora que
a Igreja recebeu de Jesus Cristo: em vista do mandamento do
amor fraterno, despertar e nutrir
o espírito comunitário no meio
do povo e a verdadeira solidariedade na busca do bem comum;
educar para a vida fraterna, a
partir da justiça e do amor, que
são exigências centrais do Evangelho; renovar a consciência sobre a responsabilidade de todos
na ação evangelizadora da Igreja, na promoção humana e na
edificação de uma sociedade justa e solidária.
Expediente
Durante esses 47 anos, a CF
passou por três fases distintas:
no início, os temas eram mais relacionados com a renovação da
Igreja (1964 e 1965) e a renovação
pessoal do cristão (1966 a 1972).
Na segunda fase (1973 a 1984),
a preocupação era mais voltada
para a realidade social mediante
a denúncia do pecado social e a
promoção da justiça (Gaudium
ET Spes, Medellín e Puebla). Na
terceira fase (de 1985 até o pre-
sente), a Igreja no Brasil propõe
temas de reflexão e conversão relativos às várias situações sociais
e existenciais do povo brasileiro,
que requerem maior fraternidade.
Neste ano, trataremos do
meio ambiente, da gravidade
do aquecimento global e das
mudanças climáticas – causas
e conseqüências. Tema: “Fraternidade e a Vida no Planeta”;
Lema ‘A criação geme em dores de parto’ (Rm 8,22). Não há
como não se dar conta que esta
campanha está ligada à campanha de 2010. O fator econômico
está, evidentemente, relacionado
com a situação de nosso planeta
hoje. Somos todos moradores de
uma mesma casa, gostando disso
ou não estamos interligados. Não
há como simplesmente virar as
costas e não se importar, afinal se
ocorresse uma catástrofe em nível
global para onde iríamos? Aquecimento global, mudanças geológicas nada mais são do que reações
às nossas ações. A Campanha da
Fraternidade de 2011, de maneira
primorosa como sempre, vem justamente nos alertar desta verdade:
tudo o que fazemos pode prejudicar
ou ajudar a salvar nosso planeta nos
dá a oportunidade de como uma
família sentarmos junto e elaborarmos ações para salvar a nossa casa.
Em cada catástrofe, seja ela
terremotos, inundações ou outras coisas mais, podemos sentir
o planeta gemer, e a humanidade
fazendo o mesmo. E este gemido
tem uma conotação de tristeza
imensa. Ainda estamos em tempo hábil para reverter esta situação. Podemos transformar estes
gemidos de dor em gemidos de
amor e de esperança. Sim podemos iniciar um período de gestação, e após este período em que
nos organizaremos com ações que
ajudem a preservar o meio ambiente, receberemos de volta um
planeta saudável, resgataremos o
planeta que nos foi dado por Deus.
Esta campanha não é uma utopia e sim um alerta de que atitudes
devem ser tomadas, não por uma
minoria, mas por um todo. Este
planeta é nossa casa, precisamos
ser fraternos, gerar ações que nos
levem ao bem comum.
E para reforçar nossas expectativas aos gestos concretos que com
certeza surgirão em nossas paróquias, sociedade através da conversão individual e coletiva nesta
quaresma, sugerimos para nos
estimular ao amor fraterno entre
irmãos e irmãs comprometidos com
o meio ambiente, louvarmos ao Senhor como São Francisco de Assis o
fez por todas as criaturas que fazem
parte da vida planetária.
Que a oração em que São Francisco louva a Deus pelas criaturas
nos inspire novas atitudes e nos ajude a ser transformados pelo Espírito
de Deus de modo a resgatarmos
atitudes de quem cultiva e cuida
do seu jardim, esta obra maravilhosa, que hoje requer socorro
dos autênticos filhos de Deus, e de
todos aqueles que empreendem
ações sinceras e despojadas em
favor do planeta.
Cântico das criaturas
São Francisco de Assis
Altíssimo, onipotente e bom Deus, teus são o louvor, a glória, a honra e toda benção.
Só a Ti, Altíssimo, são devidos, e homem algum é digno de Te mencionar.
Louvado sejas meu Senhor, com todas as Tuas criaturas.
Especialmente o irmão Sol, que clareia o dia e com sua luz nos ilumina.
Ele é belo e radiante, com grande esplendor de Ti, Altíssimo, é a imagem.
Louvado sejas meu Senhor, pela irmã Lua e as Estrelas, que no céu formastes claras, preciosas e belas.
Louvado sejas meu Senhor, pelo irmão Vento, pelo ar ou neblina, ou sereno e de todo tempo, pelo qual às Tuas criaturas dais sustento.
Louvado sejas meu Senhor, pela irmã Água, que é muito útil, humilde, preciosa e casta.
Louvado sejas meu Senhor, pelo irmão Fogo, pelo qual iluminas a noite, e ele é belo e alegre, vigoroso e forte.
Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã a mãe Terra, que nos sustenta e nos governa, e produz frutos diversos, e coloridas flores e ervas.
Louvado sejas meu Senhor, pelos que perdoam por Teu amor e suportam enfermidades e tribulações.
Bem-aventurados os que sustentam a paz, que por Ti, Altíssimo, serão coroados.
Louvado sejas meu Senhor, pela nossa irmã a morte corporal, da qual homem algum pode escapar.
Ai dos que morrem em pecado mortal!
Felizes os que ela achar conforme a Tua Santíssima vontade, porque a segunda morte não lhes fará mal.
Louvai e bendizei ao meu Senhor, e dai-lhes graças e servi-O com grande humildade.
Instituição juridicamente mantida
pela Sociedade Goiana de Cultura - SGC
Folha PUC - Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC
Goiás), produzido pela Divisão de Comunicação Social - Dicom/GR
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Diagramação: Adriano Abreu e Ronniérisson
Reportagem Fotográfica: Wagmar Alves e Weslley Cruz
Impressão: Gráfica da PUC Goiás
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