a era da busca pela excelência na administração das - NIV-1

a era da busca pela excelência na administração
das grandes, médias e pequenas organizações, bem
como a adoção de programas de Qualidade Total e
valorização cada vez mais acentuada do ser
humano, torna-se necessário estabelecer estratégias
para vencer os desafios que possam impedir ou
bloquear, de alguma maneira, os desenvolvimentos,
preparando-as para o século XXI.
Vários modelos de Administração surgiram
nestas últimas décadas, mas os que mais têm atraído a
atenção dos empresários são os da gestão participativa.
A Sociocracia como modelo de gestão
participativa para a tomada de decisões é a maneira
pela qual a qualidade dos resultados está estruturada
no desempenho acima da média, através de
processos de aprendizado contínuo e motivação
eficiente e eficaz.
Eng. Dr. Gerard Endenburg
O Eng. Gerard Endenburg, holandês, nascido
em 14 de abril de 1933 na cidade de Rotterdam,
assumiu em 1968 a direção geral da empresa
Endenburg Elektrotechniek, onde começou, em
1970, a fazer experiências com um modelo de
Administração, o Método Sociocrático.
Em 1975 publicou seu livro "Sociocratie, un
redelijk ideaal" (Sociocracia, uma idéia viável), e
em 1977 fundou o Centro Sociocrático da Holanda
com o objetivo de coordenar e encorajar a
implantação do sistema sociocrático.
Em 1981, publicou seu segundo livro
"Sociocratie,
de
organisatie
van
de
besluitvorming" (Sociocracia, a organização da
tomada de decisão).
Na Universidade de Twent, em 1992, obteve
seu título de Doutor, com a dissertação "Sociocratie
ais social ontwerp" (Sociocracia-como projeto
social).
O Método Sociocrático
A Sociocracia é a resposta européia às
técnicas americanas e japonesas de Administração
Participativa.
Até a atualidade o que se tinha como forma
de decisão era a autocracia e a democracia
trabalhando isoladamente. A Sociocracia, porém,
inovou trabalhando tanto com a minoria, como com
a maioria, permitindo que todos participem
igualmente das decisões.
O Modelo Sociocrático do Eng. Gerard
Endenburg se baseia em quatro regras
fundamentais, a saber:
1. O princípio do consentimento governa
as decisões
A tomada de decisões é realizada por
consentimento, que é a ausência de objeções a uma
determinada idéia.
As razões e os argumentos oferecidos são
de importância principal; a decisão é tomada
quando cada participante dá o seu consentimento.
Os argumentos em que as pessoas se baseiam
neste método de trabalho são o que define a decisão
e não a relação de quantidade de votos de quem
está no poder. S u r g e m aqui os interesses
individuais e coletivos sobrepondo-se ao direito
de cada um e sua equivalência na igualdade de
posições. Nada impede a aplicação de outros
métodos de decisão conjuntamente, desde que
e s t e j a m de a c o r d o com o m é t o d o do
consentimento.
2. Baseia-se em círculos formados por
funcionários de um determinado setor
Cada membro da organização pertence, no
mínimo, a um círculo, onde todos os integrantes
têm o mesmo poder decisorio.
O círculo inclui o líder funcional - Supervisor
- e a tomada de decisões por consentimento
normalmente ocorre em reuniões especialmente
programadas.
As reuniões de círculo decidem acerca de
tópicos políticos relevantes aos objetivos do
trabalho do círculo, e sempre dentro dos parâmetros
da sua autoridade.
3. Hierarquia dos Círculos
A instalação dos círculos começa pelo topo e
depois se espalha pelos outros níveis da organização.
Quando a hierarquia de círculos existe, cada
círculo é representado no próximo círculo maior
por um líder - Gerente ou Supervisor - além de
um ou mais representantes do círculo, eleitos por
consentimento.
4. Eleição do chefe e representante de cada
círculo
Após reunião aberta há escolha das pessoas
responsáveis pelaestruturadocúculo.Nãoexiste voto secreto.
Estrutura da Organização Sociocrática
A estrutura organizacional proposta pelo
método sociocrático é formada por departamentos
que são chamados círculos, a começar pela direção
da empresa - Círculo Geral - e pelos Círculos
Departamentais e Setoriais.
A relação de dependência entre eles ultrapassa
a organização formal, pois permite que os
representantes sentem-se à mesa do círculo
imediatamente acima e participem das decisões.
Dessa forma, os membros dos círculos cuidam
da organização como um todo, para que se possa
atingir o mais alto grau de eficácia, conduzindo-a
a um estágio de maturidade mais avançada e, daí
então, a um processo de autogestão.
Por que Sociocracia?
O método sociocrático é a alternativa para
empresários, executivos e empreendedores que
estejam buscando respostas concretas e atuais para
as questões organizacionais.
Assim é proposto, com relação ao Método
Sociocrático:
"- O que propicia?
• Liberar as forças de auto-organização,
dando à empresa uma forma adequada ao novo
contexto competitivo e à economia globalizada.
• Implantar uma estrutura em que as
informações possam fluir nos dois sentidos,
descendente e ascendente, viabilizando a liderança,
a delegação e o controle em todos os níveis.
- Que necessidades atende?
• Agiliza o processo produtivo em suas
unidades de negócio.
• Estrutura e dirige o empowerment em sua
empresa, facilitando o esforço gerencial.
• Satisfaz os seus clientes, oferecendo-lhes
uma empresa voltada às suas necessidades e
expectativas.
• Orienta a participação efetiva de todos para
poder continuar dirigindo a sua empresa.
- Que resultados pode trazer?
• Flexibilidade e rapidez de resposta.
• Criatividade através da organização.
• Aumento da capacidade para resolver
problemas.
• Espaço para iniciativas pessoais com rápida
correção dos rumos.
• Ampliação da motivação pessoal.
• Crescimento pessoal e profissional.
• Metas claras, viáveis e compromissadas.
• Aumento do número de decisões acertadas."
Modelo Sociocrático Método de Sucesso
Alicerçado em duas décadas de experiências,
com resultados comprovados na Europa, Estados
Unidos, Canadá e Brasil, o Método Sociocrático vem
alcançando ganhos de produtividade de até 40%.
Na Cooperativa Agropecuária Holambra,
localizada a 140 quilômetros de São Paulo, foi
implantado esse método de administração e no
parecer de Hendricus de Wit, Diretor da
Cooperativa, a mudança foi uma questão de
sobrevivência, pois era considerado como "um
grande paizão", porque os associados vinham, na
sua maioria, da Holanda.
Na opinião de Kees Schoenmaker, principal
executivo da empresa Klaas Schoenmaker e Filhos, quando
percebeu que a distância entre seus diretores estava
comprometendo a saúde financeira da empresa, que era
tão paternalista que nem organograma tinha, descobriram
também que a hora de mudanças havia chegado.
Aqui temos um grande exemplo da funcionalidade e praticidade do modelo sociocrático, que
é colocado em prática, fundamentado em razões,
argumentos e propostas devidamente comprovados
e consentidos.
Concluindo, pode-se dizer que a Sociocracia
é importante para qualquer organização,
independente de seus objetivos sociais, podendo
constituir-se em um instrumento de recuperação e
revitalização das empresas nesta virada do século.