Regras para construção e classificação de

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Regras para construção e classificação de
REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E
CLASSIFICAÇÃO DE EMBARCAÇÕES DE AÇO
PARA NAVEGAÇÃO EM MAR ABERTO
2001
BUREAU COLOMBO BRASIL
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Esta edição das REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE EMBARCAÇÕES DE AÇO
PARA NAVEGAÇÃO EM MAR ABERTO, data do ano 2001, e constitui em uma revisão das Regras anteriores, emitidas originariamente em 1992 e revistas, pela última vez, em 1999.
Publicações do Bureau Colombo:
1. “Regras para Construção e Classificação de Embarcações de Aço que Operam na Navegação Interior” - Emitido em 1985. Totalmente revisada em 2000.
2. “Regras para Construção e Classificação de Embarcações de Aço que Transportam GLP na
Navegação Interior” - Emitido em 1989. Totalmente revisado em 2001.
3. “Regras para Construção e Classificação de Embarcações de Fibra de Vidro” - Emitido em
1987.
4. “Regras para Classificação de Conteiners” - Emitido em 1987.
5. “Regras para Construção e Classificação de Balsas para Serviço Off-Shore” - Emitido em
1988.
6. “Regras para Construção e Classificação de Embarcações de Alumínio” - Emitido no ano de
2000.
7. “Manual para Classificação de Sistemas de Mergulho” - Emitido em 1999.
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REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE
EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA NAVEGAÇÃO EM MAR ABERTO
ÍNDICE
TOMO I – GENERALIDADES
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SEÇÃO 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS .........................................................................................
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SEÇÃO 2 - CLASSIFICAÇÃO E SÍMBOLOS DE CLASSE ........................................................
2.1 - CLASSIFICAÇÃO .......................................................................................................
2.2 - SÍMBOLOS DE CLASSE ............................................................................................
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SEÇÃO 3 - VALIDADE DA CLASSIFICAÇÃO ..........................................................................
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SEÇÃO 4 - EMBARCAÇÕES CONSTRUÍDAS, REPARADAS OU MODIFICADAS
SOB FISCALIZAÇÃO E REGRAS DO BC ..............................................................
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SEÇÃO 5 - DETALHAMENTO E TIPOS DE VISTORIAS PARA EMBARCAÇÕES ........................
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SEÇÃO 6 - ESCOPO DAS DIVERSAS VISTORIAS .................................................................
6.1 - PRIMEIRA VISTORIA DE RECLASSIFICAÇÃO (04 ANOS) ............................................
6.2 - VISTORIAS DE RECLASSIFICAÇÃO, SUBSEQÜENTES
REALIZADAS A CADA QUATRO ANOS .......................................................................
6.3 - VISTORIA INTERMEDIÁRIA ........................................................................................
6.4 - VISTORIAS ANUAIS ...................................................................................................
6.5 - INSTRUÇÕES GERAIS ...............................................................................................
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TOMO II : ESTRUTURA
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SEÇÃO 1 - GENERALIDADES E DEFINIÇÕES .........................................................................
1.1 - VALIDADE .................................................................................................................
1.2 - ESTABILIDADE .........................................................................................................
1.3 - VIBRAÇÕES MECÂNICAS .........................................................................................
1.4 - RUÍDO ......................................................................................................................
1.5 - DOCUMENTOS DE PROJETO SUBMETIDOS À APROVAÇÃO .....................................
1.6 - DEFINIÇÕES E SIMBOLOGIA .....................................................................................
1.7 - MEMÓRIAS DE CÁLCULO .........................................................................................
1.8 - SISTEMA DE UNIDADES ............................................................................................
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SEÇÃO 2 - DIMENSIONAMENTO E DETALHES ESTRUTURAIS ...............................................
2.1 - GENERALIDADES .....................................................................................................
2.2 - FLANGE SUPERIOR E INFERIOR DO CASCO .............................................................
2.3 - VÃO SEM APOIO ......................................................................................................
2.4 - FIXAÇÕES DE EXTREMIDADES .................................................................................
2.5 - LARGURA COLABORANTE DO CHAPEAMENTO.........................................................
2.6 - RESISTÊNCIA À FLAMBAGEM ..................................................................................
2.7 - RIGIDEZ DAS CAVERNAS E VIGAS GIGANTES ..........................................................
2.8 - DETALHES DE CONSTRUÇÃO ...................................................................................
2.9 - AVALIAÇÃO DAS CONCENTRAÇÕES DE TENSÕES ..................................................
2.10 - MARGENS PARA CORROSÃO E CONTROLE DA CORROSÃO ..................................
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SEÇÃO 3 - CARREGAMENTOS DE PROJETO .........................................................................
3.1 - GENERALIDADES .....................................................................................................
3.2 - CARREGAMENTO EXTERNO DEVIDO AO MAR .........................................................
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3.3 - CARREGAMENTO DEVIDO ÀS CARGAS TRANSPORTADAS
EM CONVESES DE COMPARTIMENTOS HABITÁVEIS ................................................
3.4 - CARREGAMENTOS NAS ESTRUTURAS DE TANQUES ...............................................
3.5 - VALORES DE PROJETO PARA COMPONENTES DE ACELERAÇÃO............................
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SEÇÃO 4 - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL .............................................................................
4.1 - GENERALIDADES .....................................................................................................
4.2 - MOMENTOS FLETORES LONGITUDINAIS VERTICAIS E
FORÇAS CORTANTES VERTICAIS ............................................................................
4.3 - MÓDULOS DE SEÇÃO E MOMENTOS DE INÉRCIA ....................................................
4.4 - VERIFICAÇÃO DAS TENSÕES DE CISALHAMENTO ...................................................
4.5 - MOMENTOS FLETORES ADMISSÍVEIS EM ÁGUAS
TRANQÜILAS E FORÇAS CORTANTES......................................................................
4.6 - NAVIOS COM GRANDES ABERTURAS DE CONVÉS...................................................
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SEÇÃO 5 - CHAPEAMENTO DO FUNDO E DO COSTADO ........................................................
5.1 - GENERALIDADES.......................................................................................................
5.2 - CHAPEAMENTO DO FUNDO ......................................................................................
5.3 - CHAPEAMENTO DO COSTADO ..................................................................................
5.4 - CHAPEAMENTO EXTERNO DE SUPERESTRUTURA ...................................................
5.5 - REFORÇOS NO FUNDO À VANTE ..............................................................................
5.6 - REFORÇOS NA REGIÃO DE CADASTES, PÉS-DE-GALINHA E BOLINAS......................
5.7 - ABERTURAS NO CHAPEAMENTO EXTERNO..............................................................
5.8 - PORTAS DE PROA ....................................................................................................
5.9 - PORTAS LATERAIS E DE POPA .................................................................................
5.10 - BORDAS-FALSAS.....................................................................................................
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SEÇÃO 6 - CONVESES ..........................................................................................................
6.1 - CONVÉS RESISTENTES ............................................................................................
6.2 - CONVESES INFERIORES...........................................................................................
6.3 - CONVESES DE HELICÓPTEROS ...............................................................................
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SEÇÃO 7 - ESTRUTURA DO FUNDO ......................................................................................
7.1 - FUNDO SINGELO ......................................................................................................
7.2 - FUNDO DUPLO ..........................................................................................................
7.3 - ESTRUTURA DO FUNDO DA PRAÇA DE MÁQUINAS
NA REGIÃO DA INSTALAÇÃO PROPULSORA PRINCIPAL ...........................................
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SEÇÃO 8 - CAVERNAS ...........................................................................................................
8.1 - ESTRUTURA TRANSVERSAL .....................................................................................
8.2 - LONGITUDINAIS..........................................................................................................
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SEÇÃO 9 - VAUS DE CONVÉS E REFORÇOS DE CONVÉS ......................................................
9.1 - GENERALIDADES......................................................................................................
9.2 - VAUS E SICORDAS ...................................................................................................
9.3 - PÉS-DE-CARNEIRO.....................................................................................................
9.4 - CANTILEVERS ..........................................................................................................
9.5 - VIGAS LIMITES DE ESCANTILHÕES...........................................................................
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SEÇÃO 10 - ANTEPARAS ESTANQUES À ÁGUA .....................................................................
10.1 - GENERALIDADES ....................................................................................................
10.2 - ESCANTILHÕES.......................................................................................................
10.3 - TÚNEL DO EIXO .......................................................................................................
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SEÇÃO 11 - TANQUES ...........................................................................................................
11.1 - GENERALIDADES ....................................................................................................
11.2 - ESCANTILHÕES .......................................................................................................
11.3 - TANQUES DE SERVIÇO.............................................................................................
11.4 - PORÕES DE CARGA PARA ÁGUA DE LASTRO ........................................................
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11.5 - TANQUES PARA ÓLEO VEGETAL ...........................................................................
11.6 - TANQUES INDEPENDENTES......................................................................................
11.7 - TANQUES DE ÁGUA POTÁVEL..................................................................................
11.8 - ANTEPARAS-DIAFRAGMA .......................................................................................
11.9 - TESTE DE ESTANQUEIDADE ...................................................................................
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SEÇÃO 12 - RODA DE PROA, CADASTE, PÉS-DE-GALINHA E TUBO TELESCÓPICO ..............
12.1 - RODA DE PROA ......................................................................................................
12.2 - CADASTE ................................................................................................................
12.3 - PÉS-DE-GALINHA ....................................................................................................
12.4 - TUBO TELESCÓPICO ELÁSTICO ..............................................................................
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SEÇÃO 13 - LEME E APARELHO DE GOVERNO ....................................................................
13.1 - GENERALIDADES ....................................................................................................
13.2 - FORÇA DO LEME E MOMENTO TORCIONAL ...........................................................
13.3 - ESCANTILHÕES DA MADRE DO LEME.....................................................................
13.4 - ACOPLAMENTOS DO LEME......................................................................................
13.5 - PORTA DO LEME E MANCAIS DO LEME ..................................................................
13.6 - MOMENTO DE ESCOAMENTO DE PROJETO DA MADRE DO LEME..........................
13.7 - ESBARROS E DISPOSITIVOS DE FIXAÇÃO DO LEME ..............................................
13.8 - TUBULÕES ENVOLVENDO HÉLICES ........................................................................
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SEÇÃO 14 - SUPERESTRUTURAS E CASARIAS ...................................................................
14.1 - GENERALIDADES ...................................................................................................
14.2 - CHAPEAMENTO LATERAL E CONVESES DE
SUPERESTRUTURAS NÃO EFETIVAS......................................................................
14.3 - ANTEPARAS EXTREMAS DE SUPERESTRUTURAS
E PAREDES DE CASARIAS .....................................................................................
14.4 - CONVESES DE CASARIAS .....................................................................................
14.5 - CASARIAS COM APOIO ELÁSTICO...........................................................................
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SEÇÃO 15 - ESCOTILHAS ....................................................................................................
15.1 - GENERALIDADES ...................................................................................................
15.2 - BRAÇOLAS E SICORDAS DE ESCOTILHAS .............................................................
15.3 - TAMPAS E VAUS DE ESCOTILHAS...........................................................................
15.4 - ABERTURAS DIVERSAS EM CONVESES DE BORDA-LIVRE
E EM CONVESES E SUPERESTRUTURAS................................................................
15.5 - ESCOTILHAS DE PRAÇAS DE MÁQUINAS E DE CALDEIRAS ...................................
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SEÇÃO 16 - EQUIPAMENTO .................................................................................................
16.1 - GENERALIDADES ....................................................................................................
16.2 - NUMERAL DO EQUIPAMENTO .................................................................................
16.3 - ÂNCORAS ...............................................................................................................
16.4 - AMARRAS ...............................................................................................................
16.5 - PAIOL DE AMARRAS................................................................................................
16.6 - EQUIPAMENTO DE AMARRAÇÃO E ATRACAÇÃO ....................................................
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SEÇÃO 17 - LIGAÇÕES SOLDADAS ....................................................................................
17.1 - GENERALIDADES ...................................................................................................
17.2 - PROJETO E DIMENSIONAMENTO ............................................................................
17.3 - CÁLCULOS ..............................................................................................................
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201
202
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SEÇÃO 18 - EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
.......................................................................
18.1 - GENERALIDADES ...................................................................................................
18.2 - DETALHES ESTRUTURAIS ......................................................................................
18.3 - PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO ...........................................................................
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235
235
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SEÇÃO 19 - ACABAMENTO E INSTALAÇÃO ........................................................................
19.1 - ANTEPARAS ENTRE PRAÇAS DE MÁQUINAS E DE CALDEIRAS .............................
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239
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175
175
19.2 - FORRAÇÃO ............................................................................................................
19.3 - VIGIAS E JANELAS .................................................................................................
19.4 - EMBORNAIS, DESCARGAS SANITÁRIAS E SAÍDAS D’ÁGUA ...................................
19.5 - TUBOS DE SUSPIRO, TUBOS DE TRANSBORDAMENTO
E TUBOS DE SONDAGEM ........................................................................................
19.6 - VENTILADORES ......................................................................................................
19.7 - ESTIVA DE CONTAINERS ........................................................................................
19.8 - ARRANJOS DE PEAÇÃO EM GERAL .......................................................................
19.9 - CONVESES PARA CARROS ....................................................................................
19.10 - MEIOS DE SALVATAGEM E DISPOSITIVOS PARA LANÇAMENTO..............................
19.11 - MASTROS ..............................................................................................................
19.12 - APARELHOS DE CARGA E ELEVAÇÃO ..................................................................
19.13 - ACESSO A GRANDES TANQUES E GRANDES PORÕES DE CARGA
DE GRANELEIROS .................................................................................................
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SEÇÃO 20 - ACOMPANHAMENTO DOS SERVIÇOS NO ESTALEIRO .......................................
20.1 - RESPONSABILIDADE PELA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS ........................................
20.2 - ABERTURAS E BORDAS DE CHAPAS .....................................................................
20.3 - PEÇAS ESTRUTURAIS TRABALHADAS A FRIO ........................................................
20.4 - POSICIONAMENTO FORÇADO .................................................................................
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SEÇÃO 21 - NAVIOS PETROLEIROS .....................................................................................
21.1 - GENERALIDADES ....................................................................................................
21.2 - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL .................................................................................
21.3 - CHAPEAMENTO DO COSTADO, DO CONVÉS E DO TETO DO FUNDO DUPLO...........
21.4 - LONGITUDINAIS DO COSTADO E LONGITUDINAIS DO CONVÉS ...............................
21.5 - RESISTÊNCIA DE VIGAS E GIGANTES .....................................................................
21.6 - ANTEPARAS LONGITUDINAIS E TRANSVERSAIS ESTANQUES A ÓLEO....................
21.7 - ANTEPARAS DIAFRAGMA........................................................................................
21.8 - ESCOTILHÕES ........................................................................................................
21.9 - DETALHES ESTRUTURAIS DAS EXTREMIDADES DO NAVIO .....................................
21.10 - NAVIOS PARA O TRANSPORTE DE CARGA SECA OU ÓLEO .................................
21.11 - PEQUENOS NAVIOS PETROLEIROS.........................................................................
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SEÇÃO 22 - REGRAS ADICIONAIS COMPLEMENTARES PARA NAVIOS-TANQUE .................
22.1 - GENERALIDADES ...................................................................................................
22.2 - DEFINIÇÕES E REGRAS BÁSICAS ..........................................................................
22.3 - DOCUMENTOS ESPECÍFICOS PARA ANÁLISE E APROVAÇÃO ................................
22.4 - BOMBAS DE CARGA E SEUS ACIONADORES .........................................................
22.5 - REDE DE CARGA ....................................................................................................
22.6 - AQUECIMENTO DE TANQUES ..................................................................................
22.7 - REDES DE VAPOR PARA DESGASEIFICAÇÃO.........................................................
22.8 - SISTEMA DE ESGOTO E LASTRO ............................................................................
22.9 - ALAGAMENTO E DRENAGEM DE COFERDAMES ....................................................
22.10 - FACILIDADES DE LASTRO DENTRO DA ÁREA DE CARGA ......................................
22.11 - VENTILAÇÃO E DESGASEIFICAÇÃO.......................................................................
22.12 - TUBOS DE SONDAGEM E ABERTURAS DE OBSERVAÇÃO ....................................
22.13 - INSTRUMENTOS FECHADOS DE MEDIÇÃO DE NÍVEL DE LÍQUIDO .........................
22.14 - PROTEÇÃO CONTRA CENTELHAS DE DESCARGAS
DE MOTORES E CALDEIRAS..................................................................................
22.15 - RESFRIADORES DE MOTORES .............................................................................
22.16 - EQUIPAMENTO DE COMBATE A INCÊNDIO.............................................................
22.17 - NAVIOS-TANQUE PARA O TRANSPORTE DE GASES
LIQUEFEITOS SOB PRESSÃO ................................................................................
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SEÇÃO 23 - NAVIOS DE PASSAGEIROS .............................................................................
23.1 - GENERALIDADES ....................................................................................................
23.2 - DOCUMENTOS PARA APROVAÇÃO .........................................................................
23.3 - ANTEPARAS ...........................................................................................................
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277
277
23.4 - PORTAS EM ANTEPARAS .......................................................................................
23.5 - CONVÉS DE ANTEPARAS .......................................................................................
23.6 - FUNDO DUPLO ........................................................................................................
23.7 - ABERTURAS NO CHAPEAMENTO DO COSTADO .....................................................
23.8 - MATERIAIS PARA DISPOSITIVOS DE FECHAMENTO ESTANQUE .............................
23.9 - ARRANJOS PARA ALAGAMENTOS CRUZADOS .......................................................
23.10 - TUBULAÇÃO .........................................................................................................
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282
282
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283
283
283
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SEÇÃO 24 - REBOCADORES
.............................................................................................
24.1 - GENERALIDADES ....................................................................................................
24.2 - CADASTE ...............................................................................................................
24.3 - SUPERESTRUTURAS, ALBOIOS E DESCIDAS .........................................................
24.4 - GAIUTAS DA PRAÇA DE MÁQUINAS E DA PRAÇA DE CALDEIRAS ..........................
24.5 - VENTILADORES E SUSPIROS .................................................................................
24.6 - APARELHO DE REBOQUE .......................................................................................
24.7 - EQUIPAMENTO ........................................................................................................
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285
285
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285
285
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SEÇÃO 25 - NAVIOS PESQUEIROS ....................................................................................
25.1 - GENERALIDADES ...................................................................................................
25.2 - CADASTE ................................................................................................................
25.3 - CHAPEAMENTO DO COSTADO E DA BORDA-FALSA ...............................................
25.4 - CONVÉS RESISTENTE E CONVÉS DE CASTELO .....................................................
25.5 - ESCOTILHAS PARA PEIXE E DESCIDAS ..................................................................
25.6 - PRAÇAS DE MÁQUINAS E DE CALDEIRAS ..............................................................
25.7 - EQUIPAMENTO .......................................................................................................
25.8 - FACILIDADES PARA ELIMINAÇÃO DE DETRITOS E DE ÁGUA ..................................
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289
289
289
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290
290
290
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SEÇÃO 26 - DRAGAS
........................................................................................................
26.1 - GENERALIDADES ...................................................................................................
26.2 - PLANOS E DOCUMENTOS PARA APROVAÇÃO .......................................................
26.3 - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL ..................................................................................
26.4 - CHAPEAMENTO DO COSTADO E DO FUNDO ...........................................................
26.5 - CONVÉS .................................................................................................................
26.6 - ESTRUTURA DO FUNDO ..........................................................................................
26.7 - CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS DE DEPÓSITOS E POÇOS .........................................
26.8 - CAIXA DE QUILHA ...................................................................................................
26.9 - CADASTE E LEME ...................................................................................................
26.10 - BORDA-FALSA E TRANSBORDAMENTO DO ESPAÇO DE ESPAÇO ........................
26.11 - EQUIPAMENTO .....................................................................................................
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295
295
295
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296
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300
300
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SEÇÃO 27 - CHATAS-PONTÕES
.......................................................................................
27.1 - GENERALIDADES ...................................................................................................
301
301
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SEÇÃO 28 - NAVIOS PARA NAVEGAÇÃO EM ÁGUAS RASAS
..........................................
28.1 - GENERALIDADES ....................................................................................................
28.2 - CHAPEAMENTO DO COSTADO E DO FUNDO ..........................................................
28.3 - ANTEPARAS ESTANQUES À ÁGUA E ANTEPARAS DE TANQUES ............................
28.4 - ESCOTILHAS ...........................................................................................................
28.5 - EQUIPAMENTO ........................................................................................................
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303
303
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304
SEÇÃO 29 - REGRAS ESPECIAIS PARA DIQUES FLUTUANTES
.........................................
29.1 - GENERALIDADES ....................................................................................................
29.2 - DOCUMENTOS PARA APROVAÇÃO..........................................................................
29.3 - MATERIAIS ..............................................................................................................
29.4 - DIMENSÕES PRINCIPAIS E DEFINIÇÕES .................................................................
29.5 - RESISTÊNCIA TRANSVERSAL .................................................................................
29.6 - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL ..................................................................................
29.7 - RESISTÊNCIA DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS ........................................................
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29.8 - ESTABILIDADE E BORDA-LIVRE ..............................................................................
29.9 - INSTALAÇÕES DE MÁQUINAS E PLANTA ELÉTRICA ................................................
29.10 - SISTEMAS DE TUBULAÇÃO E EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
CONTRA INCÊNDIO ..............................................................................................
29.11 - TESTES .................................................................................................................
!
SEÇÃO 30 - REGRAS, INSTRUÇÕES E PROCEDIMENTOS PARA CLASSIFICAÇÃO
E TESTES EM AÇOS COM CARGA SOB PRESSÃO .........................................
30.1 - INTRODUÇÃO ..........................................................................................................
30.2 - DOCUMENTOS PARA APROVAÇÃO...........................................................................
30.3 - REGRAS ESPECIAIS ...............................................................................................
30.4 - MATERIAIS ..............................................................................................................
30.5 - PROJETO ................................................................................................................
30.6 - CONSTRUÇÃO E EQUIPAMENTO .............................................................................
30.7 - OBSERVAÇÕES GERAIS .........................................................................................
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313
313
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TOMO III : MÁQUINAS
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SEÇÃO 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS ...................................................................................
1.1 - PLANOS DE CLASSIFICAÇÃO....................................................................................
1.2 - VISTORIAS PERIÓDICAS ...........................................................................................
323
323
323
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SEÇÃO 2 - INSTALAÇÕES DE MÁQUINAS PROPULSORAS E AUXILIARES E DE
MÁQUINAS ALTERNATIVAS A VAPOR ................................................................
2.1 - PROPÓSITOS E CONDIÇÕES DE CLASSIFICAÇÃO ....................................................
2.2 - PROCEDIMENTOS INICIAIS ........................................................................................
2.3 - DESENHOS A SEREM APRESENTADOS ...................................................................
2.4 - SUPERVISÃO DA CONSTRUÇÃO E DA INSTALAÇÃO .................................................
2.5 - LINHA DO EIXO ..........................................................................................................
2.6 - MANIVELA ................................................................................................................
2.7 - EIXO INTERMEDIÁRIO ................................................................................................
2.8 - CONES DE PROTEÇÃO DO EIXO ...............................................................................
2.9 - PARAFUSOS PARA LIGAÇÃO DO EIXO PROPULSOR .................................................
2.10 - PRESSÕES DE PROVAS .........................................................................................
2.11 - SOBRESSALENTES .................................................................................................
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SEÇÃO 3 - TURBINAS ...........................................................................................................
3.1 - ROTORES E DISCOS..................................................................................................
3.2 - CARCAÇAS ...............................................................................................................
3.3 - PROVA DE VELOCIDADE...........................................................................................
3.4 - CONTROLE DE CONTACTO DAS ENGRENAGENS ......................................................
3.5 - REGULADORES DE VELOCIDADE .............................................................................
3.6 - LIGAÇÕES DE VAPOR ...............................................................................................
3.7 - MATERIAL FUNDIDO PARA AS CARCAÇAS ...............................................................
3.8 - DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA ...............................................................................
3.9 - ESPECIFICAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO ...................................................................
3.10 - SOBRESSALENTES ................................................................................................
3.11 - EIXOS.......................................................................................................................
3.12 - VELOCIDADE E PALHETAS ......................................................................................
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SEÇÃO 4 - MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA ................................................................
4.1 - PARTIDA POR BATERIA ............................................................................................
4.2 - PRESSÕES DE PROVAS ..........................................................................................
4.3 - EQUIPAMENTOS AUXILIARES ...................................................................................
4.4 - CARTER ....................................................................................................................
4.5 - REGULADOR DE VELOCIDADE .................................................................................
4.6 - EMBASAMENTO .......................................................................................................
4.7 - PRESSÃO DOS CILINDRO..........................................................................................
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4.8 - PLANOS DE DETALHES ...........................................................................................
4.9 - REFRIGERAÇÃO DE MOTORES ................................................................................
4.10 - COMPRESSOR DE AR ............................................................................................
4.11 - EIXOS DE MANIVELAS ............................................................................................
4.12 - BRAÇOS DO EIXO DE MANIVELAS ..........................................................................
4.13 - EIXOS DE TRANSMISSÃO E PROPULSÃO ...............................................................
4.14 - MOTORES ABAIXO DE 130 HP .................................................................................
4.15 - EIXO DE HÉLICE.......................................................................................................
4.16 - SOBRESSALENTES ................................................................................................
4.17 - PRECAUÇÕES NOS TUBOS E TAMPAS ..................................................................
4.18 - PEÇAS QUE PRECISAM DE PROVAS ......................................................................
4.19 - PRECAUÇÕES NA PRAÇA DE MÁQUINAS ...............................................................
4.20 - PRECAUÇÕES COM OS MOTORES .........................................................................
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SEÇÃO 5 - HÉLICES .............................................................................................................
5.1 - DESENHOS A SEREM SUBMETIDOS ........................................................................
5.2 - FIXAÇÃO ...................................................................................................................
5.3 - AJUSTAGEM PERFEITA .............................................................................................
5.4 - SOBRESSALENTES ..................................................................................................
5.5 - CÁLCULOS DOS ESTOJOS .......................................................................................
5.6 - HÉLICES DE PÁS INDEPENDENTES E INTEIRIÇOS ....................................................
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SEÇÃO 6 - TUBULAÇÃO E BOMBAS .....................................................................................
6.1 - GENERALIDADES.......................................................................................................
6.2 - BOMBAS DE PETROLEIRO..........................................................................................
6.3 - REDES DE PETROLEIRO ...........................................................................................
6.4 - SUSPIROS ................................................................................................................
6.5 - TUBO-LADRÃO ..........................................................................................................
6.6 - SONDAGEM MANUAL ...............................................................................................
6.7 - ESGOTAMENTO DE FUNDO DUPLO ..........................................................................
6.8 - REDES .....................................................................................................................
6.9 - BOMBAS E AQUECEDORES DE ÓLEO ......................................................................
6.10 - MATERIAIS NOVOS .................................................................................................
6.11 - PROVA DE CANALIZAÇÃO .......................................................................................
6.12 - PRECAUÇÕES COM AS REDES...............................................................................
6.13 - EMBORNAIS.............................................................................................................
6.14 - DRENOS .................................................................................................................
6.15 - BOMBAS DE ALIMENTAÇÃO ....................................................................................
6.16 - REDE DE VAPOR.....................................................................................................
6.17 - BOMBAS DE REDE DE LUBRIFICAÇÃO ...................................................................
6.18 - TUBOS DE AÇO, COBRE, LATÃO, CHUMBO E PLÁSTICO .........................................
6.19 - VÁLVULAS ..............................................................................................................
6.20 - CONEXÕES .............................................................................................................
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SEÇÃO 7 - REFRIGERAÇÃO ................................................................................................
7.1 - REDE DE SALMOURA ...............................................................................................
7.2 - BOMBAS DE CIRCULAÇÃO........................................................................................
7.3 - ISOLAMENTO DAS CÂMARAS ...................................................................................
7.4 - GASES DE REFRIGERAÇÃO .....................................................................................
7.5 - EXAME DO PROJETO ................................................................................................
7.6 - VENTILAÇÃO DAS PRAÇAS ......................................................................................
7.7 - SOBRESSALENTES ..................................................................................................
7.8 - TERMÔMETRO ..........................................................................................................
7.9 - DRENAGEM ..............................................................................................................
7.10 - FORRO DE MADEIRA ..............................................................................................
7.11 - PRESSÕES DE PROVAS..........................................................................................
7.12 - CLASSIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS......................................................................
7.13 - CAPACIDADE DE REFRIGERAÇÃO...........................................................................
7.14 - VÁLVULAS DE DESCOMPRESSÃO ..........................................................................
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SEÇÃO 8 - SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO E ALAGAMENTO
.....................................
8.1 - APLICAÇÃO...............................................................................................................
8.2 - BOMBAS DE INCÊNDIO .............................................................................................
8.3 - TOMADAS DE INCÊNDIO E MANGUEIRAS .................................................................
8.4 - EXTINTORES PORTÁTEIS ..........................................................................................
8.5 - ESPUMA ..................................................................................................................
8.6 - EXTINTORES PORTÁTEIS ..........................................................................................
8.7 - SISTEMAS FIXOS DE CONTROLE A INCÊNDIO ...........................................................
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SEÇÃO 9 - EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ...................................................
9.1 - GENERALIDADES .....................................................................................................
9.2 - SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO ...................................................................................
9.3 - LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS .............................
9.4 - CONDUTORES E CABOS............................................................................................
9.5 - DEFINIÇÕES SOBRE A INSTALAÇÃO..........................................................................
9.6 - BITOLA PADRÃO DOS CONDUTORES ........................................................................
9.7 - FATOR DE SERVIÇO .................................................................................................
9.8 - MARCAÇÃO DE CABOS ............................................................................................
9.9 - ESCOLHA DO CONDUTOR ........................................................................................
9.10 - CORRENTE ADMISSÍVEL EM REGIME PERMANENTE ..............................................
9.11 - CORRENTE DE CURTO CIRCUITO ............................................................................
9.12 - CAPAS E ISOLAMENTOS DOS CONDUTORES E CABOS .........................................
9.13 - APLICAÇÃO DE CABOS ...........................................................................................
9.14 - INSTALAÇÃO DOS CONDUTORES E CABOS ............................................................
9.15 - MÁQUINAS ELÉTRICAS ROTATIVAS..........................................................................
9.16 - QUALIDADE E TAMANHO .........................................................................................
9.17 - GERADORES DE EMERGÊNCIA...............................................................................
9.18 - FUSÍVEL / DISJUNTOR .............................................................................................
9.19 - LIGAÇÃO À TERRA ..................................................................................................
9.20 - LIMITAÇÃO DE VELOCIDADE DOS GERADORES......................................................
9.21 - LIMITAÇÃO DA TEMPERATURA ................................................................................
9.22 - REGULADORES DE TENSÃO ...................................................................................
9.23 - ARRANJOS DE TERMINAIS ......................................................................................
9.24 - MOTORES NA PRAÇA DE MÁQUINAS.......................................................................
9.25 - BOMBAS..................................................................................................................
9.26 - ESPAÇOS REFRIGERADOS ....................................................................................
9.27 - MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA ..................................................................
9.28 - QUADROS ELÉTRICOS-LOCALIZAÇÃO.......................................................................
9.29 - ACESSÓRIOS DOS QUADROS ................................................................................
9.30 - PROTEÇÃO ELÉTRICA..............................................................................................
9.31 - PROTEÇÃO DE QUADROS.......................................................................................
9.32 - APARELHOS DE MEDIDA NOS QUADROS ELÉTRICOS.............................................
9.33 - DISTRIBUIÇÃO .........................................................................................................
9.34 - TRANSFORMADORES .............................................................................................
9.35 - BATERIAS.................................................................................................................
9.36 - FOGÕES, FORNOS E APARELHOS DE AQUECIMENTO ...........................................
9.37 - COMUNICAÇÕES INTERIORES..................................................................................
9.38 - RETIFICADORES.......................................................................................................
9.39 - APARELHOS DE CONTROLE....................................................................................
9.40 - ACESSÓRIOS ..........................................................................................................
9.41 - EXIGÊNCIAS ESPECIAIS PARA AS BALSAS-TANQUE...............................................
9.42 - EXIGÊNCIAS ESPECIAIS PARA EMBARCAÇÕES DE PASSAGEIROS .......................
9.43 - PROVAS DAS MÁQUINAS ELÉTRICAS ROTATIVAS....................................................
9.44 - PROVAS DAS MÁQUINAS ELÉTRICAS ESTÁTICAS...................................................
9.45 - PROVAS DOS QUADROS ELÉTRICOS .....................................................................
9.46 - PROVA DE CABOS ELÉTRICOS................................................................................
9.47 - TESTES FINAIS .......................................................................................................
9.48 - SOBRESSALENTES ................................................................................................
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SEÇÃO 10 - SOLDAGEM.........................................................................................................
10.1 - SOLDAS DE TOPO ..................................................................................................
10.2 - SOLDAS SOBREPOSTAS ........................................................................................
10.3 - TAMPAS ABAULADAS .............................................................................................
10.4 - TÉCNICAS DIFERENTES............................................................................................
10.5 - SOLDA POR FUSÃO ................................................................................................
10.6 - CHAPAS DE ESPESSURAS DESIGUAIS...................................................................
10.7 - PREPARO DAS SUPERFÍCIES .................................................................................
10.8 - COMPOSIÇÃO E FALHAS ........................................................................................
10.9 - DIVISÕES INTERNAS ..............................................................................................
10.10 - PROVAS RADIOGRÁFICAS.....................................................................................
10.11 - SOLDA POR FUSÃO PARA CALDEIRAS ETC. ........................................................
10.12 - CLASSIFICAÇÃO DE ELETRODOS E SOLDADORES ..............................................
10.13 - SOLDAGEM DE CALDEIRAS ..................................................................................
10.14 - RECIPIENTES SOB PRESSÃO ...............................................................................
10.15 - SOLDAGEM DE TUBOS SOB PRESSÃO ACIMA DE 10 kg/cm2.................................
10.16 - SOLDAGEM DE TUBOS SOB PRESSÃO ABAIXO DE 10 kg/cm2 ..............................
10.17 - CONSTRUÇÃO SOLDADA EM GERAL SOB PRESSÃO ACIMA DE 40 kg/cm2............
10.18 - CONSTRUÇÀO SOLDADA SOB PRESSÃO ABAIXO DE 40 kg/cm2 ...........................
10.19 - CLASSIFICAÇÃO DE SOLDADORES .......................................................................
10.20 - QUALIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE SOLDAGEM ...............................................
10.21 - CALDEIRAS E RECIPIENTES SOB PRESSÃO ACIMA DE 40 kg/cm2 ........................
10.22 - TRATAMENTO TÉRMICO DE CORPO DE PROVA E DE CONTRAPROVAS ...............
10.23 - RECIPIENTES PARA PRESSÕES ACIMA DE 40 kg/cm2 ..........................................
10.24 - RECIPIENTES PARA PRESSÕES ABAIXO DE 40 kg/cm2 .........................................
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SEÇÃO 11 - MÁQUINAS DE LEME E MOLINETE .....................................................................
11.1 - MÁQUINAS DE LEME ..............................................................................................
11.2 - MOLINETES ............................................................................................................
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SEÇÃO 12 - CALDEIRAS E RECIPIENTES SOB PRESSÃO .....................................................
12.1 - CONDIÇÕES DE INSTALAÇÃO .................................................................................
12.2 - ESPECIFICAÇÕES DE CONSTRUÇÃO .....................................................................
12.3 - INDICADORES DE NÍVEL DE ÁGUA ..........................................................................
12.4 - INDICADORES DE PRESSÃO....................................................................................
12.5 - VÁLVULAS DE SEGURANÇA ...................................................................................
12.6 - VÁLVULAS DE EXTRAÇÃO DE FUNDO .....................................................................
12.7 - VÁLVULAS DE COMUNICAÇÃO DE VAPOR ..............................................................
12.8 - VÁLVULAS DE ALIMENTAÇÃO .................................................................................
12.9 - SUPERAQUECEDORES E ECONOMIZADORES ........................................................
12.10 - VÁLVULAS DE PASSAGEM ...................................................................................
12.11 - LIGAÇÃO DE ACESSÓRIOS À CALDEIRA ...............................................................
12.12 - ACESSÓRIOS ........................................................................................................
12.13 - PROVA HIDROSTÁTICA ..........................................................................................
12.14 - TAMPAS ................................................................................................................
12.15 - TUBOS PARA CALDEIRA .......................................................................................
12.16 - CARCAÇAS............................................................................................................
12.17 - ABERTURAS E REFORÇOS ...................................................................................
12.18 - EFICIÊNCIA ............................................................................................................
12.19 - CALDEIRAS FLAMATUBULARES ............................................................................
12.20 - ESTAIS EM CALDEIRAS FLAMATUBULARES ..........................................................
12.21 - SUPERFÍCIES ESTAIADAS DE CALDEIRAS FLAMATUBULARES .............................
12.22 - FORNALHAS E CONDUTORES PARA CALDEIRAS FLAMATUBULARES ...................
12.23 - TUBOS PARA CALDEIRAS FLAMATUBULARES ......................................................
12.24 - CABEÇOTES PARA CALDEIRAS FLAMATUBULARES .............................................
12.25 - CALDEIRAS AQUATUBULARES REBITADAS E RECIPIENTES
SOB PRESSÃO REBITADOS...................................................................................
12.26 - CALDEIRAS PARA MÁQUINAS AUXILIARES ............................................................
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TOMO IV : MATERIAIS
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SEÇÃO 1 - FABRICAÇÃO E ENSAIO DE MATERIAIS................................................................ 433
1.1 - APLICAÇÃO .............................................................................................................. .433
1.2 - EXIGÊNCIAS APLICÁVEIS DOS FABRICANTES........................................................... 433
1.3 - EXIGÊNCIAS GERAIS RELATIVAS AOS MATERIAIS .................................................... 433
1.4 - CONDIÇÕES GERAIS DE TESTES ............................................................................ 434
1.5 - IDENTIFICAÇÃO E MARCAÇÃO DOS PRODUTOS ...................................................... 435
1.6 - DOCUMENTOS REFERENTES AOS TESTES E CERTIFICADOS ................................. 436
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SEÇÃO 2 - ENSAIOS MECÂNICOS .........................................................................................
2.1 - APLICAÇÃO................................................................................................................
2.2 - MÁQUINAS DE TESTES E PESSOAL TÉCNICO ..........................................................
2.3 - RETIRADA E CONFECÇÃO DE CORPOS DE PROVA ..................................................
2.4 - TESTE DE TRAÇÃO ...................................................................................................
2.5 - TESTES DE IMPACTO.................................................................................................
2.6 - ENSAIOS MECÂNICOS EM TUBOS ............................................................................
2.7 - INSTRUÇÕES PARA O TESTE DE DOBRAMENTO, TESTE DE DUREZA
E TESTE DE QUEDA DE PESO .................................................................................
2.8 - REPETIÇÃO DE TESTES.............................................................................................
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437
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444
SEÇÃO 3 - CHAPAS, PERFIS E BARRAS DE AÇO ..................................................................
3.1 - REGRAS GERAIS .....................................................................................................
3.2 - AÇOS NAVAIS COMUNS E DE ALTA RESISTÊNCIA ....................................................
3.3 - AÇOS ESTRUTURAIS EM GERAL ..............................................................................
3.4 - CHAPAS PARA CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO .................................................
3.5 - AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICOS...........................................................................
3.6 - CHAPAS REVESTIDAS (CLAD) ...................................................................................
3.7 - AÇOS PARA SOLICITAÇÃO NA DIREÇÃO DA ESPESSURA ........................................
3.8 - PEÇAS ACABADAS FEITAS DE CHAPAS ...................................................................
3.9 - AÇOS PARA AMARRAS..............................................................................................
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SEÇÃO 4 - TUBOS DE AÇO ..................................................................................................
4.1 - REGRAS GERAIS ......................................................................................................
4.2 - TUBOS DE AÇO FERRÍTICO SEM COSTURA .............................................................
4.3 - TUBOS DE AÇO FERRÍTICO COM COSTURA (SOLDADOS) ........................................
4.4 - TUBOS DE AÇO INOXIDÁVEL AUSTENÍTICO ..............................................................
4.5 - ACESSÓRIOS DOS TUBOS........................................................................................
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SEÇÃO 5 - FORJADOS ..........................................................................................................
5.1 - REGRAS GERAIS ......................................................................................................
5.2 - FORJADOS PARA CONSTRUÇÃO NAVAL ...................................................................
5.3 - FORJADOS PARA CONSTRUÇÃO DE MÁQUINAS EM GERAL ....................................
5.4 - FORJADOS PARA EIXOS DE MANIVELAS ..................................................................
5.5 - FORJADOS PARA ENGRENAGENS............................................................................
5.6 - FORJADOS PARA TURBINAS......................................................................................
5.7 - FORJADOS PARA CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÕES......................
5.8 - FORJADOS EM AÇOS RESISTENTES A BAIXAS TEMPERATURAS .............................
5.9 - FORJADOS EM AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICOS ..................................................
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REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E
CLASSIFICAÇÃO DE EMBARCAÇÕES
DE AÇO PARA NAVEGAÇÃO
EM MAR ABERTO
TOMO I
BUREAU COLOMBO BRASIL
REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
DE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA
NAVEGAÇÃO EM MAR ABERTO
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18
BUREAU COLOMBO BRASIL
REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
DE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA
NAVEGAÇÃO EM MAR ABERTO
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TOMO I - DISPOSIÇÕES GERAIS................................. SEÇÃO 1
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19
SEÇÃO 1
DISPOSIÇÕES GERAIS
1.1 - O Bureau Colombo é uma Sociedade Classificadora de Navios genuinamente brasileira. Formada por
técnicos brasileiros, procede a classificação das embarcações dentro dos padrões técnicos consagrados e
compatíveis com as suas próprias regras.
1.2 - O Bureau Colombo, doravante denominado BC, é uma sociedade estabelecida com o propósito de
classificar navios e embarcações, doravante chamados embarcações, de qualquer tipo, tamanho e local de
operação, abrangidas pelas presentes Regras.
1.3 - As presentes Regras tem o fim precípuo de classificar embarcações marítimas com casco de aço,
propulsionados ou não, e para navegação de Mar Aberto. Para as embarcações que tenham peculiaridades
que recomendem requisitos adicionais, inclusive a diminuição do escantilhão, tais como rebocadores, barcos
de pesca, barcos de suprimentos, barcos de estimulação, barcos para Navegação Interior, dragas, barcos
para passageiros etc., os citados requisitos serão tratados em capítulos a parte nestas regras ou em outros
livros específicos.
1.4 - As presentes regras poderão ser usadas por quem as desejarem, independentemente de licença específica do BC, porém toda e qualquer conseqüência do uso das mesmas, uso devido ou indevido, ficará inteiramente por conta e risco do usuário, não podendo em hipótese alguma o BC ser responsabilizado pelas
ocorrências advindas.
1.5 - O BC escolhe os titulares dos seus cargos técnicos e administrativos, representantes, vistoriadores
exclusivos ou não exclusivos, com o maior critério possível; entretanto, em hipótese alguma, poderá o BC ser
responsabilizado pelo uso indevido, por ação ou omissão, recomendações, negligência resultantes do uso
indevido do contido em seus documentos oficialmente expedidos, por si ou por qualquer dos seus servidores
ou colaboradores, de qualquer natureza.
Deste modo, as conseqüências do uso das regras do BC serão de inteira e exclusiva responsabilidade
do usuário, ainda que para obter tais informações e recomendações, para embarcações classificadas ou não
pelo BC, tenha o usuário pago todas as taxas devidas.
1.6 - Os honorários que incidirão sobre os serviços prestados pelo BC serão os constantes de tabelas próprias. Sempre que as circunstâncias recomendarem, tais taxas poderão ser alteradas.
1.7 - A interpretação das regras de classificação de embarcações do BC e de outros documentos pertinentes
é de inteira responsabilidade do BC, sendo destituída de qualquer valor técnico ou legal qualquer interpretação
de terceiros.
1.8 - O BC se reserva o direito de alterar as regras que julgar por bem, estabelecendo um prazo para a
satisfação das mesmas, compatível com a sua importância. O não cumprimento das alterações publicadas
implicará no cancelamento automático da classe da embarcação, ainda que a devida comunicação não tenha
sido feita explicitamente pelo BC ao Armador ou usuário de suas regras.
As alterações normais das regras, entretanto, terão um prazo de seis meses, após a sua publicação,
para que entrem em vigor. As alterações cujo propósito seja apenas de um aprimoramento das regras, e não
impliquem em comprometimento da segurança das embarcações, só se aplicarão às novas embarcações a
serem classificadas.
1.9 - O BC sempre respeitará todas as normas e regulamentos em vigor expedidos pelas autoridades nacionais, bem como os regulamentos e convenções internacionais a qual pertença a bandeira da embarcação
BUREAU COLOMBO BRASIL
REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
DE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA
NAVEGAÇÃO EM MAR ABERTO
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TOMO I - DISPOSIÇÕES GERAIS ................................ SEÇÃO 1
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20
classificada. Em caso de inadvertida colisão entre as regras do BC e os acima citados regulamentos e
convenções, prevalecerão estes últimos.
1.10 - Os regulamentos do BC são baseados na experiência e nas recomendações de caráter nacionais, de
modo que o dimensionamento de qualquer peça ou componente de uma embarcação e sua qualidade sejam
fácil e rapidamente verificadas. Deste modo, recomenda-se aos projetistas que executem os cálculos racionais de cada componente da embarcação e, como tal, se responsabilizem pelo seu dimensionamento, como
prevê a legislação, e não se apóiem única e exclusivamente nos dimensionamentos expedidos das regras.
Sempre que um cálculo racional indicar que um determinado escantilhão poderá ser diminuído, inclusive
pelo uso de materiais mais resistentes do que os recomendados pelas regras, o BC estará pronto a receber
os citados cálculos racionais detalhados, e aceitá-los, se os mesmos forem convincentes.
1.11 - A classificação de uma embarcação abrange o seu casco, os equipamentos de máquinas e convés e as
instalações elétricas, e tem como objetivo precípuo a segurança das embarcações.
1.12 - Quando o interessado desejar, o BC estará pronto a certificar uma classe especial à embarcação onde
os requisitos de economicidade e conforto serão analisados e acrescidos aos de segurança.
1.13 - A embarcação classificada pelo BC deverá ter a sua construção acompanhada, desde o início, pelo BC,
e todos os materiais e equipamentos empregados deverão ser testados, analisados e vistoriados pelo BC
antes de sua aceitação e emprego na embarcação. Em situações particulares, o BC estudará a classificação
de embarcações cujo acompanhamento de sua construção e sua classificação tenham sido realizadas por
outra classificadora de reconhecido gabarito técnico. Para embarcações construídas sem formal classificação, o BC poderá fazer um estudo acurado, e se as circunstâncias indicarem que a embarcação é segura para
um determinado serviço, expedirá um certificado correspondente. Nestas duas últimas circunstâncias os
certificados de classificação terão as anotações adequadas em que ficarão claras as circunstâncias em que
a classificação foi concedida, como ver-se-á adiante, nos significados dos símbolos de classificação.
1.14 - As regras do BC procurarão, sempre, especificar claramente a norma que se deva obedecer, no que diz
respeito à qualidade dos materiais a serem empregados, bem como os códigos a serem seguidos na construção dos componentes das embarcações.
No caso do projeto da embarcação ter sido elaborado com base em normas e códigos diferentes dos
especificados pelo BC, o mesmo estará pronto a analisar as normas empregadas e recomendar a classificação da embarcação, se o resultado dos estudos indicar uma equivalência entre as normas exigidas e as
seguidas.
1.15 - Fica claramente esclarecido que o BC não age como segurador, consultor de engenharia, construtor,
empreiteiro, etc e, como tal, não assume as responsabilidades inerentes a tais funções, embora as qualificações de seus profissionais o habilitem a julgar e responder, com proficiência, as questões inerentes a
tais cargos.
1.16 - Na eventualidade de uma discordância de caráter técnico entre um cliente e um representante do BC,
a parte discordante poderá, e deverá, interpor um recurso por escrito ao escritório central do BC, no Rio de
Janeiro. Se da análise da representação, a parte a pelante não tiver razão, de acordo com o julgamento final
e irrecorrível da direção do BC, as eventuais despesas decorrentes dos estudos serão cobradas ao apelante.
1.17 - No caso em que a embarcação não tiver propulsão própria, o BC emitirá, obrigatoriamente, os certificados de adequabilidade das máquinas existentes, se assim entender o BC que os referidos equipamentos são
seguros e adequados.
1.18 - Todo e qualquer equipamento ou máquina que existir a bordo, ainda que não exigido pelas regras do BC,
terá que ser submetido à classificação, desde que estejam em utilização, e cujos tipos e localização tenham
influência na segurança da embarcação e/ou de sua carga.
1.19 - Os certificados de classe são emitidos privativamente pela Diretoria do BC, devendo os mesmos serem
mantidos a bordo. O BC mantém um livro com o registro das embarcações por ele classificadas, onde figurarão o símbolo de classe e o calado correspondente à borda-livre de verão, bem como as restrições impostas
à embarcação.
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DE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA
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TOMO I - DISPOSIÇÕES GERAIS................................. SEÇÃO 1
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1.20 - Para os equipamentos construídos em série por fabricante de reconhecido conceito técnico, e para os
quais se torne impraticável um acompanhamento da fabricação de cada componente, tais como: motores
diesel auxiliares, motores diesel de propulsão até 1000 HP, compressores, bombas, etc, o BC, em caráter
excepcional, dispensará (visto ser “impraticável”) o acompanhamento formal da fabricação de tais equipamentos, entretanto, os desenhos normais onde estejam claramente discriminadas as características dos componentes principais, inclusive com a qualidade dos materiais empregados, deverão ser submetidos ao BC.
Somente após tais análises os equipamentos poderão ser aceitos, se o BC se satisfizer com as informações
contidas nos citados desenhos. Especial atenção deverá ser observada para os fabricantes que ainda não
tiverem os seus produtos cadastrados e aceitos pelo BC.
1.21 - Para as âncoras, amarras e eletrodos de solda elétrica e oxi-acetileno, além dos testes requeridos
pelas regras, só poderão ser usados aqueles cujos fabricantes estejam cadastrados tecnicamente pelo BC.
1.22 - Sempre que ocorrer uma avaria ou acidente com uma embarcação classificada, o BC deverá ser
comunicado da ocorrência, a fim de recomendar e acompanhar os reparos necessários.
Nenhuma docagem, ainda que apenas para uma simples limpeza do casco, poderá ser realizada sem a
notificação prévia ao BC, que se reserva o direito de fazer as inspeções que julgar pertinentes.
A falta das comunicações de avaria e docagem poderá acarretar a suspensão da classificação, a qual só
será restabelecida após o cumprimento das exigências a serem feitas pelo BC, inclusive uma nova docagem.
1.23 - Se do interesse do Armador, para que a classificação seja suspensa ou encerrada durante a vigência da
mesma, será necessária uma formal solicitação por escrito, ao BC, pelo Armador, bem como a devolução dos
certificados originais de classificação.
1.24 - O BC cobrará taxas estabelecidas em tabelas próprias para todo e qualquer serviço que prestar relativo
a classificação e vistorias realizadas.
Se for do interesse do Armador, as inspeções poderão ser realizadas fora das horas normais de trabalho,
e por mais de um vistoriador, havendo, nestes casos, uma cobrança adicional de taxas. Todas as despesas de
viagem e estadias dos vistoriadores serão também cobradas à parte.
Nenhum servidor ou contratado pelo BC poderá receber, a qualquer título, indenizações, passagens, etc
diretamente dos clientes, para execução dos serviços prestados pelo BC.
Nenhum serviço será cobrado sem a devida apresentação das faturas correspondentes.
1.25 - O BC, quando requisitado e autorizado por uma nação, poderá também expedir, em seu nome, certificados de borda livre, de arqueação, de segurança da navegação e de tração estática .
1.26 - Todas e quaisquer informações chegadas ao BC através de carta, memoriais, desenhos, especificações
e similares, relativos às embarcações e seus componentes, serão tratadas confidencialmente, sendo pois, as
citadas informações, para o uso exclusivo do BC, e como tal, não poderão ser passadas a terceiros em época
alguma, inclusive não podendo ser cedidas aos órgãos oficiais ou governamentais a qualquer título, exceto
para cumprir sentença judicial.
1.27 - Todos os principais equipamentos, materiais, componentes e simuladores de uma embarcação, depois
de passarem pelas inspeções e testes exigidos pelas regras e outros documentos do BC, deverão receber a
marca do sinete do BC, acrescida dos dados pertinentes também puncionados onde seja possível e cabível.
Tais marcas só poderão ser apostas pelos vistoriadores à vista dos desenhos correspondentes, e previamente
aprovados pelo BC, e para a embarcação em questão.
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DE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA
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TOMO I - CLASSIFICAÇÃO E SÍMBOLOS
DE CLASSE ............................................................... SEÇÃO 2
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SEÇÃO 2
CLASSIFICAÇÃO E SÍMBOLOS DE CLASSE
2.1 - CLASSIFICAÇÃO
2.1.1 - As presentes regras do BC servem como base para a classificação e construção das embarcações de aço para a navegação costeira, de pequena cabotagem, de alto mar e de apoio marítimo e,
além disto, devem ser levadas em consideração todas as outras regras ou publicações especiais
desenvolvidas pelo BC.
Entendem-se por Navegação de Mar Aberto aquelas definidas pela NORMAM-01/2000.
2.1.2 - A classificação compreende a estrutura (casco) da embarcação, suas instalações de máquinas e equipamentos, incluindo toda a instalação elétrica.
2.1.3 - Os certificados de classe serão emitidos pelo responsável técnico do BC e devem permanecer
a bordo. O registro da classificação constará também do arquivo do BC.
2.2 - SÍMBOLOS DE CLASSE
2.2.1 - Símbolo de classe - A embarcação que for construída de acordo com as regras do BC e,
concomitantemente, tiver a sua construção supervisionada pelo BC, e sem qualquer restrição ao
tráfego, receberá símbolo +BC A-100 para casco e +BC ME para máquinas, equipamentos e de
eletricidade (se as tiver) e com a indicação do calado a que se refere.
2.2.2 - Se a classificação tiver sido seguida por outra sociedade de reconhecido gabarito técnico, os
símbolos acima receberão as barras que se seguem: BC A-100 e BC ME.
2.2.3 - Para embarcações existentes, em que a construção não seguiu as formalidades normalmente
exigidas por uma sociedade classificadora, e à vista dos estudos que o BC procederá, analisando os
desenhos de construção e fazendo as vistorias e levantamentos necessários, será atribuída uma
classificação especial, se o resultado dos estudos realizados levarem à conclusão de que a embarcação atende aos requisitos de segurança exigidos para o seu emprego em um determinado tráfego
e com um correspondente calado máximo. Neste caso os símbolos serão BC A-100 e BC M, sem a
Cruz de Malta.
2.2.4 - Em seguida aos símbolos pertencentes, haverá um símbolo tal como A-100-4. Este algarismo
4, no caso, significa o intervalo de tempo, em anos, que uma classificação é válida, tanto para o
casco como para máquinas, e não necessariamente iguais para o casco e máquinas, de uma mesma
embarcação, podendo o mesmo ser menor do que 4.
Assim, poderá haver embarcação com classificação do casco válida para 4 anos e máquinas para 3
anos. Estes símbolos poderão ser alterados com o decorrer da idade da embarcação e baseados em
fatos como por exemplo, tipo de embarcação (ainda em fase experimental), idade, estado de conservação, etc.
2.2.5 - As embarcações construídas em caráter experimental receberão, em acréscimo, o símbolo E,
que poderá ser suprimido, tão logo o BC julgue ter acumulado substancial experiência com tal tipo de
embarcação.
2.2.6 - As embarcações que tiverem restrições ou exigirem requisitos adicionais, para mais ou para
menos, receberão anotações aos símbolos anteriormente descritos, como a seguir. As recomendações, as exigências complementares, ou diminuição das mesmas, serão constantes dos capítulos
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DE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA
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TOMO I - CLASSIFICAÇÃO E SÍMBOLOS
DE CLASSE ................................................................ SEÇÃO 2
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especiais para cada tipo de embarcação, e destas regras. Assim existem as classes:
P - para barcos de pesca
Fc - “ferries” para veículos
B - para barcaças ou chatas
Pet - petroleiros
S - barcos de suprimento para atividades
junto a poços de petróleo no mar
R - rebocadores
Et -barcos de estimulação para atividades junto
a poços de petróleo no mar
Fp - “ferries” para passageiros
C - cargueiros
D - dragas
Deste modo teremos, por exemplo, os seguintes símbolos para casco e máquinas, respectivamente:
BC A-100-4-P ou BC ME-3-Fp, que aqui são apresentados com finalidade didática.
2.2.7 - CLASSE ESPECIAL - O BC está preparado para, qualquer tipo de embarcação, expedir o
certificado de qualidade (cujo símbolo é C.Q.) que será acrescido aos símbolos previamente
indicados.
Para a obtenção de tal certificado, a construção deverá seguir determinados padrões técnicos de
economicidade e conforto, além das normas de segurança, que serão estabelecidas previamente
para cada caso em particular, antes dos desenhos serem submetidos à aprovação, e de comum
acordo com as exigências do Armador. De um modo geral, serão estabelecidos padrões para os
seguintes pontos:
a) Coeficiente propulsivo mínimo, com o cálculo completo e racional da propulsão, baseado em
provas de tanque com modelos propulsionados. Cálculo da influência dos acessórios do casco
(“bolina, lemes, eixos telescópicos, túneis dos propulsores transversais “bow-thruster e steerthruster”);
b) Consumo específico máximo para os motores principais de propulsão;
c) Geradores de eixo;
d) Nível máximo de ruído admissível, quer em compartimentos habitáveis, quer na praça de máquinas;
e) Padrões de temperatura máxima nas praças de máquinas;
f) Índice de iluminação, onde cabível, e para trabalhos com iluminação artificial;
g) Diferencial mínimo de temperatura interior e exterior dos compartimentos habitáveis, com o respectivo grau de umidade, devido à utilização de equipamentos de ar condicionado;
h) Proteção catódica adequada;
i) Qualidade das tintas empregadas a bordo, método de pintura, número de demãos e espessura de
cada camada de tinta;
j) Área mínima dos compartimentos habitáveis (camarotes, alojamentos, salas de estar etc.), proporcional ao número de tripulantes;
k) Qualidade do isolamento térmico para baixa temperatura (congelamento de pescado). Sistemas
especiais de congelamento rápido e intenso;
l) Cálculo de cavitação dos hélices;
m) Cálculo racional das estruturas, de modo a diminuir o peso do casco;
n) Cálculo racional da força de tração estática (BOLLARD PULL);
o) Estabelecimento dos índices de simultaneidade no cálculo do balanço elétrico; e
p) Preservação ecológica.
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TOMO I - VALIDADE DA CLASSIFICAÇÃO ................ SEÇÃO 3
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SEÇÃO 3
VALIDADE DA CLASSIFICAÇÃO
3.1 - A estrutura (casco) e a instalação de máquinas geralmente têm idêntica duração de classificação. Ela se
mantém válida quando a embarcação é submetida a todas as vistorias normais e eventuais, satisfeitas pelo BC.
3.2 - Caso a embarcação não esteja à disposição na época devida para vistorias, a classificação ficará
suspensa.
3.3 - A classificação estabelecida pelo BC só é válida para respectiva navegação na borda-livre respectiva.
3.4 - Qualquer avaria de embarcação coberta pela classificação deverá ser informada, pelo Armador, para que
uma vistoria seja procedida pelo BC, a fim de verificar se a embarcação pode permanecer com a mesma
classificação ou sofrer redução de sua classificação ou, ainda, restrição das condições operacionais e de
navegação.
3.5 - Caso sejam necessários reparos, e eles forem executados conforme exigido pelo BC, a embarcação
será reclassificada, e a condição original de classificação será restabelecida.
3.6 - Todos os certificados de classificação devem ser devolvidos ao BC, caso o Armador resolva não mais
classificar a embarcação.
3.7 - Caso a embarcação seja classificada por um período, a duração da classificação permanecerá válida
desde que nesse período sejam feitas as vistorias de rotina. Porém, nos certificados de classificação, aparecerá a notação “embarcação desativada temporariamente”.
3.8 - Após a reativação da embarcação, uma vistoria específica deve ser realizada e, se necessário, uma
Prova de Mar será realizada.
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TOMO I - EMBARCAÇÕESClique
CONSTRUÍDAS,
aqui para REPARADAS
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OU MODIFICADAS SOB A FISCALIZAÇÃO E
REGRAS DO BC ......................................................... SEÇÃO 4
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SEÇÃO 4
EMBARCAÇÕES CONSTRUÍDAS, REPARADAS OU MODIFICADAS
SOB A FISCALIZAÇÃO E REGRAS DO BC
4.1 - Todos os documentos técnicos da embarcação deverão ser submetidos ao BC para aprovação em, pelo
menos, três vias.
4.2 - Planos já aprovados e que necessitem modificações antes de sua execução devem ser submetidos ao BC.
4.3 - O BC, durante a construção, emitirá relatórios de acompanhamento dos sistemas fiscalizados.
4.4 - A realização de testes em equipamentos e materiais deve ser avisada com antecedência estipulada pelo BC.
4.5 - Todos os planos e documentos da embarcação submetidos à aprovação, receberão um carimbo e uma
anotação de aprovação ou visto do BC.
4.6 - Materiais para construção, novos e, ainda, para substituição de peças sobressalentes, devem ser testados conforme as regras do BC.
4.7 - Equipamentos para o casco e a instalação de máquinas, sujeitos a teste, serão examinados pelos
vistoriadores do BC, com base nos planos e documentos aprovados.
4.8 - A construção da embarcação e a montagem dos equipamentos e sistemas de máquinas e da instalação
elétrica serão fiscalizadas e testadas pelos vistoriadores do BC, conforme regras específicas.
4.9 - A embarcação, quando for concluída, será submetida às prova de cais e de mar, bem como a de
estabilidade, para verificação do seu desempenho.
4.10 - Basicamente, deverão ser enviados para classificação os seguintes desenhos, os quais deverão seguir
uma numeração racional e conter o número do casco e/ou nome da embarcação, Armador e Estaleiro Construtor:
4.10.1 - PLANOS DO CASCO
a) Seção mestra,
b) Planos das seções longitudinais,
c) Plano de conveses,
d) Plano de chapeamento externo,
e) Plano estrutural de fundo,
f) Plano estrutural das anteparas longitudinais e transversais e dos tanques,
g) Plano de linhas,
h) Cálculos do Módulo da Seção Mestra, referidos ao convés e ao fundo, com o cálculo do numeral da
embarcação,
i) Plano dos Pés-de-Carneiro,
j) Plano estrutural de proa e da popa,
k) Planos de arranjo e estrutural do eixo propulsor, telescópicos, pé-de-galinha e buchas de apoio,
l) Plano estrutural da rabeta e cadaste, onde aparecem as folgas do hélice (clara),
m) Plano estrutural da superestrutura,
n) Plano estrutural da borda falsa,
o) Plano de portas estanques, tampas de escotilha, braçolas e de todos os fechamentos de passagens
do casco e da superestrutura,
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TOMO I - EMBARCAÇÕES
CONSTRUÍDAS,
REPARADAS
OU MODIFICADAS SOB A FISCALIZAÇÃO E
REGRAS DO BC ......................................................... SEÇÃO 4
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p) Plano de segurança,
q) Cálculo de borda livre e de flutuabilidade em avaria,
r) Plano de ventilação,
s) Plano detalhado do sistema de fundeio, amarração e reboque, inclusive com defensas, monelha, etc.,
t) Plano de arranjo geral,
u) Desenho do leme e madre do leme,
v) Plano de trim e cálculos de estabilidade,
w) Planos e especificações de todos os equipamentos de força (guinchos, molinetes, guindastes, rolo
de popa, turcos etc.), suas fundações e meios de fixação ao casco,
x) Curvas hidrostáticas,
y) Desenho da bolina e verdugo,
z) Outros desenhos do casco que o BC julgar necessários.
4.10.2 - PLANOS DE MÁQUINAS ELETRICIDADE
a) Planos de arranjo das máquinas e equipamentos de eletrônica e eletrônica,
b) Planos esquemáticos de todos os sistemas de redes e seus componentes transportadores de
fluidos e sólidos em pó,
c) Planos estruturais do eixo e dos acessórios de propulsão detalhados, inclusive com os cálculos de
vibrações,
d) Plano das fundações de todos os equipamentos, inclusive com o dimensionamento dos parafusos e
seus cálculos,
e) Desenho completo de hélice, com as características dimensionais, acompanhado do cálculo estrutural,
f) Cálculo estrutural detalhado da redutora,
g) Cálculo dos principais membros estruturais dos motores diesel e compressores,
h) Desenho dos acoplamentos flexíveis e rígidos, com as características dos mesmos,
i) Desenho esquemático de todas as redes elétricas de força e iluminação,
j) Cálculo do balanço elétrico,
k) Cálculo da corrente de curto-circuito,
l) Desenho do quadro elétrico, com as características de todos os seus componentes, e
m) Plano detalhado do sistema de combate a incêndio.
4.11 - A lista precedente de desenhos é apenas indicativa, e, deste modo, o BC poderá fazer exigências
adicionais de desenhos e cálculos, conforme a necessidade do caso.
4.12 - Nos desenhos, onde for apropriado, deverão ser claramente indicadas as folgas entre eixos e buchas,
e suas tolerâncias, os apertos das interferências entre eixos e camisas. Para todos os componentes principais deverão ser indicadas, claramente, as especificações dos materiais empregados.
4.13 - O BC deverá ser avisado, com antecedência, para qualquer teste a ser realizado nas instalações dos
fabricantes dos equipamentos, para que os possa acompanhar. Caberá ao construtor ou ao fabricante prover
o local dos testes, e providenciar uma cópia do desenho a ser aprovado pelo BC.
4.14 - O fabricante de equipamentos ou o construtor deverá prover todas as facilidades, meios, pessoal e
instrumental, a fim de possibilitar as vistorias do BC, quer no local da construção da embarcação, quer na
fábrica dos equipamentos.
4.15 - Os vistoriadores, devidamente credenciados pelo BC, deverão ter livre acesso a qualquer dependência
onde a construção da embarcação e de seus componentes estiverem sendo executados, em qualquer hora
em que os trabalhos estejam sendo realizados, inclusive fora das horas normais do expediente e nos sábados, domingos e feriados. É conveniente que os vistoriadores do BC estejam sempre acompanhados de um
representante categorizado do estaleiro ou do fabricante dos equipamentos, durante as inspeções.
As agendas das provas de cais, mar e estabilidade deverão ser submetidas ao BC, com uma antecedência mínima de trinta (30) dias das suas realizações, para as suas aprovações pelo BC.
4.16 - Em cada desenho deve constar, além do título e de outras informações pertinentes, o tipo da embarcação, a sua classe, o número do casco e as suas dimensões principais. As alterações de cada plano deverão
ser lançadas claramente e assinaladas de modo destacado.
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TOMO I - EMBARCAÇÕESClique
CONSTRUÍDAS,
aqui para REPARADAS
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OU MODIFICADAS SOB A FISCALIZAÇÃO E
REGRAS DO BC ......................................................... SEÇÃO 4
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4.17 - O BC se reserva o direito de exigir desenhos adicionais para fins de aprovação, de acordo com a
necessidade a ser julgada pelo mesmo.
4.18 - Ao fim dos testes e vistorias, o BC expedirá os certificados de classificação, com as eventuais restrições, e à vista dos resultados obtidos durante a construção. O mesmo se aplicará para os casos de reparos
e transformações das embarcações.
4.19 - As embarcações que não forem construídas sob a fiscalização e pelas regras do BC, e submetidas à
classificação BC, devem observar o mesmo procedimento descrito de 4.1 a 4.10. Com base nos relatórios de
admissão à classificação emitidos pelos vistoriadores do BC, os certificados de classificação serão emitidos.
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TOMO I - DETALHAMENTO E TIPOS DE VISTORIAS
PARA AS EMBARCAÇÕES ........................................ SEÇÃO 5
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SEÇÃO 5
DETALHAMENTO E TIPOS DE VISTORIAS PARA AS EMBARCAÇÕES
As embarcações classificadas pelo BC devem ser submetidas às seguintes vistorias:
· Vistorias anuais de casco, máquinas e eletricidade, em intervalos de doze 12 (doze) meses, a partir da
classificação inicial da embarcação;
· Vistorias intermediárias em embarcações com mais de 10 (dez) anos de uso;
· Vistorias em seco;
· Vistorias para reclassificação, de casco, máquinas e eletricidade, de acordo com a classificação
inicial da embarcação;
· Vistorias de extensão de classe, quando a reclassificação não pode ser realizada no prazo original;
· Vistorias de classificação contínua, quando a reclassificação for conveniente ao Armador, através
várias vistorias durante o período de classificação sem paralisar a embarcação;
· Vistorias especiais para equipamentos ou sistemas;
· Vistorias de avarias;
· Vistorias eventuais, caso haja necessidade, conforme direito do BC.
Sempre que houver uma vistoria de qualquer natureza e forem feitas exigências de reparos e/ou substituições, deverá haver nova vistoria até o fim do prazo concedido pelo vistoriador, para o cancelamento das
exigências.
5.1 - Quando qualquer prazo para a realização de uma vistoria se vencer e a embarcação estiver em viagem,
o mesmo será prorrogado automaticamente até a chegada ao primeiro porto, onde impreterivelmente uma
vistoria deverá ser realizada, e sem a qual a classe da embarcação será suspensa.
5.2 - Em qualquer caso ou circunstância o único responsável pela realização das vistorias será o Armador, o
qual deverá solicitá-las ao BC com o devido tempo, especialmente quando se tornar necessária a viagem do
vistoriador.
5.3 - Quando o Armador desejar uma maior rapidez nas vistorias poderá solicitar a presença de mais de um
vistoriador, havendo conseqüentemente acréscimo nas taxas.
5.4 - A seguir serão relacionados os principais equipamentos e componentes das embarcações que deverão
ser inspecionados em cada vistoria. Tal relação é básica e não limitativa, cabendo ao vistoriador se estender
além do relacionado, se as circunstâncias indicarem tal necessidade e tendo-se em vista a idade da embarcação, o seu estado de conservação, o seu tipo fora do usual, etc. Poderá ainda o BC, em vista do clima
citado, diminuir o intervalo de duração das vistorias de classificação, porém, sempre respeitando os certificados já expedidos e em vigor.
5.5 - Quando uma embarcação for tirada do tráfego em caráter permanente, o Armador poderá solicitar ao BC
um adiamento das vistorias a vencerem. Quando a embarcação voltar ao tráfego, entretento, terão que ser
realizadas vistorias a serem determinadas e programadas pelo BC.
5.6 - Quando em uma embarcação se pretender realizar alterações, especialmente as que afetem a segurança da mesma, os planos com as alterações e os cálculos pertinentes deverão ser enviados ao BC com a
devida antecedência para a análise e a devida aprovação. Nenhuma obra de alteração deverá ser iniciada sem
a aprovação formal do BC. O não cumprimento destas exigências implicará no cancelamento da classe.
5.7 - Em toda e qualquer vistoria, o vistoriador deverá lançar no certificado de classificação as anotações e
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TOMO I - DETALHAMENTO E TIPOS DE VISTORIAS
PARA AS EMBARCAÇÕES ........................................ SEÇÃO 5
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exigências feitas, bem como o “nada a observar” para os equipamentos e componentes achados em ordem,
podendo para tal usar folhas complementares anexadas aos certificados de classificação. Ao fim de cada
folha adicional deverá ser feito o registro de que uma folha foi anexada.
De toda e qualquer anotação feita pelo vistoriador deverá ser remetida cópia ao escritório central do BC,
o qual providenciará uma comunicação ao Armador com a retificação das anotações; entretanto, as exigências feitas pelo vistoriador deverão ser imediatamente cumpridas, a menos que o Armador interponha recurso
perante o escritório central do BC, no prazo máximo de 72 horas após ter recebido a comunicação, para tanto
poderão ser utilizados registros postais telegrama ou fax.
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TOMO I - ESCOPO DAS DIVERSAS VISTORIAS ...... SEÇÃO 6
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SEÇÃO 6
ESCOPO DAS DIVERSAS VISTORIAS
6.1 - PRIMEIRA VISTORIA DE RECLASSIFICAÇÃO 4 (QUATRO) ANOS
6.1.1 - CASCO
6.1.1.1 - A embarcação deverá ser docada ou içada em carreira com altura de picadeiro suficiente para
que o fundo possa ser inspecionado.
6.1.1.2 - Os seguintes itens deverão ser observados:
a) Medidas das espessuras dos chapeamentos das obras vivas, sendo aceito o mapeamento feito por
ultra-som;
b) Todas as válvulas de fundo e de descarga para o mar, mesmo acima da linha d’água, deverão ser
desconectadas, abertas e revisionadas e testadas;
c) Todas as caixas de mar deverão ser inspecionadas;
d) Todos os anodos de sacrifício deverão ser substituídos;
e) Em embarcações sem duplo fundo os estrados ou coberturas de porão deverão ser retirados para
inspeção interna do chapeamento;
f) O casco deverá ser limpo antes da inspeção, porém, pintado somente após a inspeção;
g) No caso de haver duplo fundo, será realizada inspeção de alguns compartimentos, sendo a quantidade
inspecionada proporcional ao seu estado de conservação, a critério do vistoriador;
h) Todos os tanques de lastro e de óleo lubrificante deverão ser limpos para inspeção interna. Assim
como para os peak-tanks;
i) Para os tanques de óleo combustível será aceitável uma inspeção visual passada da porta de visita.
Poderão ser dispensadas a limpeza e a vistoria interna, a critério do vistoriador;
j) Os tanques usados como tanque de óleo combustível e de lastro deverão ser limpos e inteiramente
inspecionados.
k) Nos tanques em que o inspetor entrar, deverão ser inspecionadas as chapas de proteção que ficam
em baixo dos tubos de sondagem;
l) Serão testadas as aberturas externas, portas estanques, tampas de escotilhas, vigias etc., com jato
d’água ou com jato de ar comprimido. Todos os atracadores e meios de fechamento das acima
citadas aberturas serão inspecionadas, bem como as borrachas de vedação;
m) As inspeções internas dos tanques poderão ser feitas com a embarcação flutuando;
n) O molinete, os guinchos e as máquinas de convés serão inspecionados em funcionamento;
o) A borda livre será inspecionada e verificada;
p) Todos os equipamentos de segurança e salvatagem serão inspecionados em detalhes;
q) As anteparas estanques terão as suas espessuras medidas;
r) Uma redução de até 25% (vinte e cinco por cento) na espessura original do chapeamento será aceita;
s) As amarras e âncoras deverão ser arriadas e tratadas. O tornel será desemperrado, os elos patentes abertos e inspecionados. A âncora terá uma tolerância de até 20% (vinte por cento) do diâmetro
do elo;
t) Todos os bujões de fundo deverão ser retirados;
u) O leme será inspecionado e o seu bujão retirado. As folgas entre a camisa e a bucha da madre
lubrificada a água serão medidas e deverão estar compreendidas entre 0,4 e 1,0 mm, a menos que
haja outra indicação nos desenhos de construção. A folga do pino inferior deverá ser medida, se
existente;
v) Os tanques de óleo deverão ser desgaseificados;
w) Todos os suspiros deverão ser inspecionados e as bolas de vedação e telas contra chama revisionadas.
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6.1.2 - MÁQUINAS
6.1.2.1 - Todas as máquinas principais e auxiliares deverão ser testadas em condições de pleno funcionamento. Nestes testes estarão incluídos os manômetros, termômetros, pirômetros, vacuômetros, indicadores de rpm, alarmes etc., isto é, todos os componentes de monitorização, indicação e controle
existentes, não só junto dos equipamentos como os existentes a distância por exemplo, os existentes
no console de comando ou estações de ré.
Deverão ser anotadas as pressões e temperaturas de funcionamento dos principais equipamentos, e
onde houver anomalias deverão ser feitas as correções e reparos.
6.1.2.2 - A análise dos livros de registro de ocorrências na máquina deverá ser feita, pois os mesmos
darão indicações de como os equipamentos vêm sendo tratados e mantidos.
6.1.2.3 - Motores Diesel Principais e Auxiliares.
a) Se os motores diesel tiverem mais de 10 mil horas de funcionamento, deverão ser abertos completamente e inspecionados com medidas de folgas, ovalização, etc., e as substituições das peças
desgastadas deverão ser feitas;
b) Todos os parafusos de fixação e acoplamento deverão ser inspecionados;
c) Para os motores diesel com menos de 10 mil horas de funcionamento deverão ser desmontados para
inspeção um cilindro completo (mancal, biela, pistão, válvulas) para cada 4 cilindros do motor. Se as
condições apresentadas nos componentes desmontados não forem satisfatórias o número de cilindros a serem abertos ficará a critério do vistoriador;
d) Deverá ser passado o flexímetro nos MCP’s.
6.1.3 - EQUIPAMENTOS DE MÁQUINAS EM GERAL
a) Nas redutoras, deverá ser selecionado um mancal para abertura e inspeção;
b) Os acoplamentos flexíveis deverão ser inspecionados, visualmente;
c) Os dentes das engrenagens redutoras serão inspecionados pelas janelas de visitas;
d) A catraca será posta em funcionamento;
e) Bombas e filtros - Estes equipamentos serão postos em funcionamento e serão medidas as pressões.
Se houver indicação de mau funcionamento, batidas ou excessivo ruído, deverão ser abertos para
inspeção e substituição das peças desgastadas;
f) Trocadores de calor - Deverão ter anodos de zinco, ser inspecionados e receber teste de pressão;
g) Máquina de leme - Deverá ser testado o tempo de acionamento do leme de um bordo a outro e
conferido com as especificações. Deverão ser verificados vazamentos;
h) Sistema de ar comprimido - Serão testados a capacidade e o tempo de enchimento das garrafas e, se
julgado necessário, serão abertas para inspeção. As garrafas de ar deverão ter espessura de parede
medida ou testada com pressão igual a 1.25 vezes a pressão de trabalho, o mesmo acontecendo com
as redes de ar comprimido;
i) Todas as juntas de expansão das redes de descarga dos motores diesel deverão ser externamente
inspecionadas;
j) Todo o sistema de trator de proa ou popa (bow ou stern-thruster), deverá ser inspecionado, tanto
flutuando como a seco;
k) Eixos propulsores - Os eixos deverão ser retirados para inspeção. Especial atenção deve-se ter para
a região da gaxeta, verificando-se se a camisa não apresenta desgaste de modo que a sua espessura
tenha valor inferior o exigido pela regra. As folgas nos mancais do telescópico e pés-de-galinha deverão ser iguais ou menores que 4,5 + (D / 270) mm, sendo D em mm, para lubrificação a água. Nos
sistemas fechados lubrificados a óleo é necessário ter certeza do perfeito funcionamento dos vedantes.
Antes da desmontagem dos eixos propulsores deverão ser medidas as folgas internas das buchas
(superior, inferior e laterais). O eixo deverá estar encostando (folga 0) nas faces inferiores das buchas.
Após a montagem da linha de eixo, com o navio flutuando, e antes de ser feito o acoplamento do eixo
propulsor, deverá ser verificado o alinhamento. Quando existirem eixos intermediários, deverá ser
medida a carga de cada mancal. As chavetas deverão ser inspecionadas, no cônico do eixo e na
região entre o cônico e o início da camisa de bronze, para verificação de possível corrosão e rachaduras. Nos eixos revestidos com plástico deve ser examinada a aderência do mesmo. No caso de existir
eixo intermediário, este e seu mancal devem ser inspecionados. Os rasgos de chavetas deverão ser
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examinados para detecção de rachaduras.
l) Deverão ser medidas as flexões dos eixos de manivela dos MCP‘s em todos os cilindros e compradas
com as recomendações do fabricante.
m) Se existir o mancal de escora, independente do MCP, eledeve ser aberto e as folgas medidas;
n) Os hélices deverão ser inspecionados para verificação de avarias e rachaduras. Os hélices de passo
controlável deverão ter seus mecanismos inspecionados para verificação de desgastes, bem como
deve ser feito teste hidráulico dos vedantes. Todos os mecanismos de acionamento dos hélices de
passo controlável devem ser verificados e testados desde o comando até o servo-motor;
o) Os purificadores de óleo deverão ser testados.
6.1.4 - SISTEMAS DE COMBATE A INCÊNDIO
Os sistemas de combate a incêndio deverão ser cuidadosamente inspecionados, tais como, ampolas
das baterias de CO2 ou HALON. O seu sistema de acionamento (cabos, roldanas e alavancas), a carga
em si, igualmente.
Os extintores portáteis de incêndio, de qualquer tipo, deverão ser pesados para verificação da carga.
As mangueiras de incêndio, válvulas, hidrantes, cones, aplicadores de névoa, “sprinklers”, detetores de
incêndio, sinais de alarme, campainhas deverão ser testados e postos em funcionamento. Deverão ser
verificados os alarmes, machados, caixas de primeiros socorros, quadros de instruções, etc.
6.1.5 - INSTALAÇÃO ELÉTRICA
a) Todo o sistema de fiação, relés, chaves de partida, deverá ser vistoriado, tanto quanto possível, sem
desmontagens;
b) Todos os quadros elétricos, quadros de distribuição, conexão etc, deverão ser examinados;
c) Os motores elétricos com mais de 2 HP deverão ter a resistência de isolamento medida;
d) Os alternadores ou geradores deverão ter as resistências de isolamento medidas e tendo valor igual ou
superior a 1000 vezes a tensão de trabalho, em ohms;
e) Os alternadores deverão ser testados com as cargas máximas possíveis. Deverão ser postos em
paralelo e verificar se as cargas estão equitativamente distribuídas;
f) A chave da corrente inversa deve ser vistoriada;
g) Os equipamentos elétricos e de navegação que sejam fundamentais à segurança, tais como: sonar,
radar, eco-sonda, eco batímetro, transrecptores normais e de balsa, rádio-goniômetro, agulha magnética, agulha giroscópica, barômetro, piloto automático, luzes de sinalização e navegação, deverão ser
testados.
6.1.6 - PARTE GERAL
a) Todos os sobressalentes exigidos pelo BC para a classe deverão ser verificados se existem a bordo;
b) Para as embarcações com propulsão elétrica, o valor da resistência do isolamento será em Megohms
de: 3 x voltagem de serviço / [kVA (do motor) + 1000]
6.2 - VISTORIAS DE RECLASSIFICAÇÃO SUBSEQÜENTES REALIZADAS A CADA 4 (QUATRO) ANOS
6.2.1 - As vistorias de reclassificação passadas a cada 4 anos terão as exigências semelhantes à
primeira vistoria de reclassificação, complementada por crescente intensidade nas inspeções do casco,
fundo, tanques em geral, coferdans e membros estruturais (gigantes, cavernas, escoas, hastilhas, etc.).
A intensidade e acréscimo ficará a critério do vistoriador e resultante do estado geral de conservação da
embarcação. Assim, quanto pior for o estado de conservação maior será a intensidade das medições.
6.2.2 - A partir de 12 anos de vida da embarcação, isto é, na terceira reclassificação, os membros
estruturais efetivos, tais como conveses e anteparas onde tenham revestimento térmico, como no caso
de frigoríficas, serão abertas janelas para medida de espessura do chapeamento, se outro meio não
puder ser usado.
6.2.3 - A partir, e inclusive, da terceira reclassificação será tomada especial atenção com as espessuras
do chapeamento que fiquem sob trocadores de calor, caldeiras, motores e equivalentes e onde a temperatura mais elevada é fator de aceleração da corrosão.
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6.2.4 - Nas vistorias de reclassificação deve-se tomar especial atenção para as reduções de espessura
por corrosão na estrutura do casco central 0,5 L da embarcação. Como recomendação, os seguintes
níveis de redução serão aceitos:
a) Na resistência longitudinal de até 10% de redução no módulo de resistência da seção-mestra.
b) Na resistência local de até 20% das espessuras do chapeamento e membros estruturais.
6.2.5 - A partir da 2ª vistoria de reclassificação a madre do leme deverá ser retirada para acurada inspeção
e os vasos de pressão deverão ser testados com 1.25 da pressão e trabalho.
6.3 - VISTORIA INTERMEDIÁRIA
6.3.1 - As inspeções deverão ser realizadas a cada 2 anos ou na metade do prazo determinado para as
vistorias de reclassificação, que poderá, em casos especiais, ser menor do que 4 anos. Estas inspeções
intermediárias terão um caráter mais brando do que as inspeções de reclassificação e poderão ser
executadas até com 2 anos e meio da data de vencimento da última vistoria de reclassificação. Nestas
vistorias, os seguintes pontos serão obedecidos:
a) Docagem de embarcação;
b) Troca dos anodos de zinco;
c) Limpeza do casco e inspeção das válvulas de fundo;
d) Inspeção do casco, com medidas de espessuras do chapeamento, principalmente na região central
de 0,5 L e cuja extensão, para mais, ficará a critério do vistoriador e dependendo do estado de
conservação do casco. O casco não deverá ser pintado antes de vistoria;
e) Vistoria com medição de folgas e verificação dos vedantes dos eixos propulsores e lemes, sem
necessariamente ter que sacá-los, a menos que alguns sintomas indiquem tal necessidade e a
critério do vistoriador;
f) Verificação do sistema de vedação de todas as aberturas do casco. Verificação da estanqueidade das
portas estanques e similares;
g) Verificação parcial de espessuras do chapeamento na praça de máquinas;
h) Inspeção das âncoras, amarras e mordentes;
i) Inspeção geral de funcionamento das máquinas, equipamentos de convés e de eletricidade;
j) Inspeção dos aparelhos e equipamentos de segurança, eletrônicos e de navegação;
k) Inspeções em tanques de fundo duplo internamente. Também em alguns tanques de óleo diesel sem
a necessidade de entrada nos mesmos, porém com eles vazios. O montante dos tanques a ser
inspecionado ficará a critério do vistoriador e baseado no estado de conservação dos tanques vistoriados.
6.4 - VISTORIAS ANUAIS
6.4.1 - Vistoria em seco para embarcações com mais de 12 (doze) passageiros, acrescida de vistorias
semelhantes às intermediárias. A vistoria em seco poderá ser prorrogada por até 6 (seis) meses.
6.4.2 - Nas embarcações, as escotilhas, portas-estanques e instalações de governo devem ser
inspecionadas uma vez por ano.
6.5 - INSTRUÇÕES GERAIS
6.5.1 - Sempre que uma vistoria for realizada, como, por exemplo, vistoria de avaria, de borda livre e
outras, o que for inspecionado servirá como satisfação à vistoria mais próxima a vencer.
6.5.2 - Todo e qualquer laudo, vistoria e certificado tem como único propósito propiciar meios para que a
embarcação em questão cumpra as regras e determinações emanadas do BC a fim de que a classe seja
mantida. Deste modo, tais documentos não deverão ser usados como defesa, subsídio ou elemento de
comprovação para outros fins. Assim, o BC não responderá ou fará justificativa de seus laudos para
atender interesses, senão os de manutenção da classe das embarcações. Assim o BC não entrará em
polêmica com qualquer firma, companhia ou entidade, oficial ou não.
6.5.3 - Ao solicitar a classificação de uma embarcação ou de qualquer dos seus componentes, o requerente, aceitará, sem restrições, todas as normas e procedimentos constantes, das presentes regras.
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SEÇÃO 1
GENERALIDADES E DEFINIÇÕES
1.1 - VALIDADE
Estas Regras se aplicam a navios construídos em aço, com comprimento L não superior a 100m, e cujo
pontal P não seja menor que L/18. Podem ser aceitas exceções, se for constatado que a resistência estrutural, a rigidez e a segurança do navio são equivalentes às definidas por estas Regras.
1.2 - ESTABILIDADE
Parte-se do princípio de que a estabilidade do navio seja adequada e atenda às exigências da D.P.C.
(Diretoria de Portos e Costas, Organização da Marinha do Brasil). Uma análise de estabilidade é efetuada,
dentro do escopo da classificação, exclusivamente para navios com símbolo + (cruz-de-malta). A análise da
estabilidade independentemente daquela classificação só será realizada quando solicitada pelo Armador, pelo
Estaleiro, ou pela D.P.C.
1.3 - VIBRAÇÕES MECÂNICAS
As condições mais freqüentes de operação da embarcação não devem estar próximas das correspondentes às freqüências de ressonância do seu casco e de seus componentes estruturais. Assim, devem ser
minimizadas as forças de excitação provenientes do sistema de propulsão e das flutuações de pressão de
água devido ao movimento do hélice ou atuando na proa da embarcação, bem como a cavitação no hélice ou
em outros apêndices.
Caso não se consiga eliminar forças críticas de excitação, deve-se adotar critérios de projeto, adequado,
ainda durante os primeiros estágios do projeto, obtidos a partir de uma análise teórica de problema. A fadiga
deve ser considerada no projeto.
1.4 - RUÍDO
Devem ser tomadas precauções para manter o nível de ruído ambiental o mais baixo possível, principalmente nos compartimentos habitáveis. Devem ser obedecidos os regulamentos concernentes às limitações
de nível de ruído estabelecidas pela D.P.C. ou pelos sindicatos de marítimos, caso existentes.
1.5 - DOCUMENTOS DE PROJETO SUBMETIDOS À APROVAÇÃO
1.5.1 - Para a análise da concordância com as Regras, os desenhos e memórias de cálculo mencionados no Tomo I, Seção 4, item 4.10, devem ser submetidos ao BC em três vias, antes de sua utilização na
construção ou na modificação da embarcação, além daqueles que, eventualmente, forem julgados necessários.
Detalha-se, a seguir, o conteúdo de alguns destes documentos:
a) Seção Mestra - Os planos seccionais transversais (seção mestra, outras seções típicas) devem
conter todos os dados necessários sobre escantilhões da estrutura transversal e longitudinal do
casco.
b) Plano das Seções Longitudinais - Os planos das seções longitudinais devem conter todos os
detalhes necessários sobre os escantilhões dos elementos estruturais longitudinais e transversais
do casco e sobre a localização das anteparas estanques e os suportes dos conveses, localização
de superestruturas e casarias de convés, bem como a fixação dos mastros de cargas e turcos de
botes no casco.
c) Plano de Conveses - Os planos dos conveses devem mostrar os escantilhões da estrutura dos
mesmos, comprimento e boca das escotilhas de carga, aberturas acima da praça de máquinas e de
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caldeiras e outras aberturas de convés. Para cada convés, deve ser informado qual carregamento de
convés originado pela carga foi assumido na determinaçào dos escantilhões do convés e seus suportes. Além disso, devem ser informados detalhes sobre eventuais carregamentos originados por
empilhadeiras e containers.
d) Plano Estrutural do Fundo - Deve conter desenhos do fundo simples e duplo, mostrando o arranjo
das hastilhas e longarinas, bem como a subdivisão, estanque ao óleo e à água do fundo duplo. Para
embarcações graneleiras e mineraleiros, deve ser informada a máxima carga no fundo duplo.
e) Plano do Chapeamento Externo - Deve conter desenhos da expansão do chapeamento, contendo
detalhes completos sobre a localização e o tamanho das aberturas e desenhos das caixas de mar.
f) Plano estrutural das anteparas longitudinais e transversais dos tanques - Deve conter os desenhos das anteparas tranversais, longitudinais e diafragmas, bem como de todos os limites de tanques, com detalhes sobre as densidades dos líquidos, a altura dos tubos-suspiro e as pressões de
ajuste das válvulas de alívio de pressão / vácuo, se existentes.
g) Cálculo do Módulo da Seção Mestra - Todos os documentos exigidos para o cálculo dos momentos fletores longitudinais e, onde necessário, dos momentos torcionais. Estes, devem incluir a distribuição de massa para as condições de carga considerada e a distribuição dos valores seccionais
transversais (módulos de seção e momentos de inércia) sobre o comprimento do navio. O Manual de
carregamento, conforme Seção 4, item 4.1.6.
h) Cálculo da Borda-Livre e de Flutuabilidade em Avaria - Detalhes sobre os dispositivos de
fechamento de todas as aberturas do convés exposto nas posições 1 e 2, de acordo com a ICLL,1966,
e do chapeamento externo, tais como, escotilhas, aberturas de carga, portais, janelas e escotilhões
laterais, ventiladores, aberturas de montagem, portas de visita, descargas sanitárias e embornais.
Para o estabelecimento da flutuabilidade em condições de avaria, deve ser elaborado um plano de
controle de avaria com detalhes sobre a subdivisão estanque, aberturas fecháveis nas anteparas
estanques, arranjos transversais de alagamento e vazão através das aberturas, e um plano mostrando o arranjo e localização de todas as aberturas nas anteparas estanques.
i) Desenho do Leme e da Madre do Leme - Os desenhos de leme devem conter detalhes sobre a
velocidade do navio e os materiais dos mancais a serem empregados.
j) Planos e Especificações de Todos os Equipamentos de Força - Especificações de guinchos, molinetes,
guindastes, paus-de-carga, rolos-de-popa, turcos, etc., bem como os desenhos das suas bases
(jazentes) e os detalhes sobre os carregamentos a serem transmitidos aos elementos estruturais; e
k) Dispositivos de Peação e Estiva - Desenhos contendo detalhes sobre a estiva e a peação da carga,
como, por exemplo, para containers e para veículos automotores.
1.5.2 - Os desenhos mostrando o arranjo e o escantilhão dos elementos estruturais devem conter detalhes sobre os materiais empregados e sobre as juntas soldadas ou rebitadas.
1.5.3 - Para embarcações projetadas para finalidades especiais, devem ser também submetidos à aprovação os documentos referentes às peculiaridades da embarcação que possam comprometer a sua
resistência e segurança.
1.5.4 - Quando um documento já aprovado for modificado, deve ser novamente submetido à aprovação,
antes de sua utilização na construção ou na modificação da embarcação.
1.6 - DEFINIÇÕES E SIMBOLOGIA
As seguintes definições de símbolos e termos deverão ser consideradas (na ausência de outras
especificações) quando aparecerem nas Regras.
1.6.1 - Comprimento L - É a distância, em metros, ao nível da linha de carga estimada de verão, da
parte de vante da roda de proa à parte de ré do cadaste do leme ou poste do leme, ou ao centro da
madre do leme, se não houver cadaste do leme (Lpp). Quando Lpp for menor que 96% do comprimento
medido na linha de carga de verão correspondente ao maior calado D (LLWL), L não deverá ser menor
que LLWL. Quando Lpp for maior que 97% de LLWL, L não necessitará ser maior que LLWL. Em navios
com forma incomuns de popa, o comprimento L será alvo de considerações especias.
1.6.2 - Boca B - É a maior boca moldada da embarcação, em metros.
1.6.3 - Pontal P - É a distância vertical, em metros, medida ao lado, no meio do comprimento L, desde
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a linha de base moldada até a parte superior dos vaus do convés contínuo mais elevado. Nos locais onde
a superestrutura for considerada efetiva, P deve ser medido até o convés da superestrutura, para efeito de
cálculos dos escantilhões da embarcação.
1.6.4 - Calado D - É a distância vertical, em metros, medida ao lado, no meio do comprimento L, desde
a linha de base moldada até a linha de carga de verão.
1.6.5 - Espaçamento entre Cavernas (a) - É o espaçamento medido entre as bordas moldadas de
cavernas adjacentes.
1.6.6 - Coeficiente de Bloco CB : Coeficiente de bloco moldado no calado de carga D, baseado no
comprimento L, definido pela Regra. (CB = Desloc. Moldado (m3 ) no calado D / L x B x D)
1.6.7 - Convés de Borda-Livre - É o convés no qual está baseado o cálculo de borda-livre. Normalmente, é o convés contínuo mais alto, dotado de meios permanentes de fechamento de todas as aberturas.
1.6.8 - Convés das Anteparas - É o convés mais alto até onde as anteparas estanques à água se
estendem e são tornadas efetivas.
1.6.9 - Convés Resistente - É o convés ou as partes de um convés que forma o flange superior da
estrutura longitudinal resistente viga-navio.
1.6.10 - Conveses Expostos - São todos os conveses e as partes de conveses abertos passíveis de
serem atingidos pela água do mar.
1.6.11 - Conveses Inferiores - Partindo do convés contínuo superior, os conveses inferiores são denominados 2o convés, 3o convés, e, assim, sucessivamente.
1.6.12 - Conveses da Superestrutura - Partindo do convés contínuo superior, todos os conveses superiores são denominados 2o convés da superestrutura, 3o convés da superestrutura, e, assim, por diante.
1.7 - MEMÓRIAS DE CÁLCULO
O BC também aceita, para aprovação, memórias de cálculo utilizando critérios de projeto nacional do
navio, mesmo quando realizados através de programas de computador. Nestes casos, as condições para a
aprovação do programa de computador e do próprio cálculo devem ser tratados com o BC.
1.8 - SISTEMA DE UNIDADES
Nestas Regras, a unidade de medida de cada dimensão, força, potência, etc., é indicada entre colchetes: [ ]. Assim, por exemplo:
[m]
= metros
KN/m2] = quilo-Newton por metro quadrado
[t/m3]
= toneladas por metro cúbico
[nós]
= nós
[mca]
= metros de coluna d’água (unidade de pressão)
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ESTRUTURAIS ............................................................ SEÇÃO 2
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SEÇÃO 2
DIMENSIONAMENTO E DETALHES ESTRUTURAIS
2.1 - GENERALIDADES
2.1.1 - Esta Seção contém definições e regras de utilização das fórmulas nas Seções seguintes, bem
como indicações relativas aos detalhes estruturais.
2.1.2 - Tensões Admissíveis
Nas seções seguintes foram estabelecidas as tensões admissíveis em adição às fórmulas para o cálculo do módulo de seção e as áreas seccionais transversais das almas de cavernas, vaus, vigas, reforços,
etc., que podem ser utilizadas na determinação dos escantilhões dos elementos por meio de cálculos
de resistência direta. As tensões admissíveis podem ser aumentadas em até 10% quando forem feitas
análises de tensão exata de acordo com métodos de cálculo aprovados, por exemplo, quando o método
de elementos finitos é aplicado ou quando a prova é apresentada por medições realizadas.
2.1.3 - Painéis de Chapas Sujeitos a Pressão Lateral
Nas fórmulas para painéis de chapas sujeitas a pressão lateral fornecidas nas Seções seguintes, considerou-se um painel de chapa não curvada com relação b/a ³ 2,24.
Para painéis de chapas curvas e/ou painéis de chapas, tendo uma relação de lados inferior a b/a = 2,24,
a espessura pode ser reduzida para o seguinte valor:
t = 1,05 . a.
√ p . k . f1 . f2 + t
k
f1 = ( 1 - a / 2r ) ;
f 1 min. = 0,75
f2 =
r
a
b
p
tk
=
=
=
=
=
√ 1,1 - 0,5 . ( ba )²
; f2max = 1,0
raio de curvatura em [m]
largura menor do painel de chapa
largura maior do painel de chapa
carga de projeto aplicada [ kN/ m2 ]
margem de corrosão
2.1.4 - Fator de Material ( k )
O fator de material nas equações das seções seguintes, deve ser igual a 1,0 para aço naval comum, e
para outros aços usar a fórmula k = 295 / (σy + 60), onde σy é a tensão de escoamento do material em
[N/mm2]
2.2 - FLANGE SUPERIOR E INFERIOR DO CASCO
2.2.1 - Todos os membros estruturais longitudinais contínuos até yo abaixo do convés resistente e até yu
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TOMO II - DIMENSIONAMENTO E DETALHES
ESTRUTURAIS ............................................................ SEÇÃO 2
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acima da linha de base, são considerados flange superior e inferior, respectivamente.
2.2.2 - Sendo o flange superior e/ou inferior feito de aço naval comum, sua extensão vertical yo = yu =
0,1D. Em navios com elementos estruturais longitudinais contínuos acima do convés resistente, deve
ser aplicado um pontal fictício D’ = eB + e’ D
eB = distância entre o eixo neutro da seção mestra do navio e a linha de base, em [m]
e’D = (vide Seção 4, item 4.3.4.1)
2.2.3 - Se for utilizado aço naval de alta resistência para o flange superior e/ou inferior, o módulo de seção
mestra relativo ao convés ao lado e/ou à linha de base pode ser reduzido tomando em consideração o
fator de material k definido na Seção 2, item 2.1.4.
2.2.4 - A extensão vertical dos flanges superior e inferior, respectivamente, não deve ser menor que:
y = e.(1-n. k)
; y min. = 0,1.D ou 0,1.D’
e
= distância do convés ou da linha de base ao eixo neutro da seção mestra. Para navios com
elementos estruturais longitudinais contínuos acima do convés resistente, ver Seção 4, item 4.3.4.1
n = W(a) / W, onde:
W(a) = Módulo de seção real do convés ou do fundo e
W = Módulo de seção do convés ou fundo, conforme esta Regra.
2.3 - VÃO SEM APOIO
2.3.1 - Reforços
O vão, sem apoio, m, é o comprimento do reforço entre duas vigas de apoio ou seu comprimento,
incluindo as fixações de extremidade (borboletas).
2.3.2 - Elementos de Antepara Corrugada
O vão, sem apoio, m, dos elementos de antepara corrugada é o seu comprimento entre o fundo e
qualquer convés ou o seu comprimento entre vigas verticais ou horizontais. Na conexão dos elementos
de anteparas corrugadas aos elementos tipo caixa, de rigidez comparativamente baixa, a altura dos
mesmos deve ser incluída no vão m, a menos que seja de outra forma provado por cálculos.
2.3.3 - Elementos estruturais gigantes
O vão, sem apoio, m, de elementos gigantes deve ser determinado de acordo com a Fig. 2.1, dependendo do tipo da fixação de extremidade.
Em casos especiais, a rigidez das vigas conectadas deve ser levada em consideração quando da determinação do vão das vigas.
Figura 2.1
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2.4 - FIXAÇÕES DE EXTREMIDADE
2.4.1 - Definições
Para a determinação dos escantilhões de vaus, reforços e vigas longitudinais, os termos “engastamento”
e “apoio simples” serão utilizados. O engastamento será assumido onde, por exemplo, os reforços estão
rigidamente conectados às outras peças por meio de borboletas. O apoio simples será assumido se, por
exemplo, as extremidades dos reforços são chanfradas ou os reforços estão conectados somente ao
chapeamento. Ver, também, item 2.4.3.
2.4.2 - Borboletas
2.4.2.1 - Dimensionamento
O dimensionamento de borboletas orienta-se pelo módulo da seção exigido para o perfil. Quando perfis
de diferentes módulos de seção são conectados um ao outro, o dimensionamento da borboleta será
orientado pelo módulo do perfil de menor seção transversal.
2.4.2.2 - Espessura
A espessura das borboletas não deve ser menor que:
t1 = 1,2 .
t2 = 1,2 .
√W+1
[mm] , para borboletas sem flange
√ W-1
[mm] , para borboletas com flange
3
3
tmin. = espessura da alma do perfil de menor seção transversal, em [mm]
W
= módulo de seção do perfil de menor seção transversal, em [cm3 ]
a) A espessura das borboletas em tanques não deve ser menor que a espessura mínima definida pela
Regra para qualquer estrutura de tanque, qual seja:
t min. = (5,3 + 0,02.L). k 1/2 [mm]
L
k
= comprimento da embarcação, em [m] e
= ator de material, definido na Seção 2, item 2.1.4
b) Adicionalmente, para os tanques de carga (óleo) de navios petroleiros de somente um convés contínuo,
e de pelo menos duas anteparas longitudinais contínuas na região dos tanques de carga, que transportem óleo a granel com ponto de fulgor não excedendo 60°C (utilizando o “closed cup test”), e cuja
pressão de vapor Reid seja inferior à pressão atmosférica, a espessura das borboletas não pode ser
menor que a espessura mínima definida por esta Regra, ou seja, o menor dos seguintes valores:
tmin. = (5,3 + L/26). k 1/2 [mm] ou
tmin. = 6,2 . k 1/2 [mm]
L
k
= comprimento da embarcação, em [m]
= fator de material, definido na Seção 2, item 2.1.4
c) Nos casos a) e b) acima, as borboletas deverão ser flangeadas caso sua espessura seja inferior a t,
conforme definido em 2.4.2.2.
2.4.2.3 - Comprimento das Abas
O comprimento das abas das borboletas soldadas não deve ser menor que:
m = 16 x ( 10 x W / t1 ) 1/2 [mm] ; m min. = 100 mm
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W
t1
= módulo de seção do perfil de menor seção transversal, em [cm3]
= espessura da borboleta não flangeada, conforme definido em 2.4.2.2, em [mm]
Obs: O comprimento da aba, m, é o comprimento da ligação soldada.
2.4.2.4 - Escantilhões
Os escantilhões das borboletas (espessura, comprimento da aba) bem como sua relação com perfis,
podem ser obtidos nas tabelas do Anexo.
2.4.2.5 - Espessura da Garganta de Solda
A espessura a, de garganta da solda, deve ser determinada de acordo com a Seção “Juntas de Solda”
(Seção 14)
2.4.2.6 - Largura do Flange
Utilizando-se borboletas flangeadas, a largura do flange deve ser determinada de acordo com a seguinte
fórmula:
b = 40 + W/30 [mm];
b não deve ser menor que 50 mm e não necessita ser maior que 90 mm.
2.4.2.7 – Aresta Livre
O comprimento da aresta livre de borboleta não flangeada não deve exceder 40 t
2.4.3 - Extremidades Chanfradas de Reforços
Os reforços podem ser chanfrados nas extremidades, caso a espessura do chapeamento suportado
pelos reforços não seja menor que:
t=c.
√ p . a (m - 0,5 a)
[mm]
σ
y
p
m
a
σy
c
=
=
=
=
=
carregamento de projeto, em [kN/m2 ]
vão sem apoio do reforço, em [m]
espaçamento dos reforços, em [m]
tensão de escoamento do material do chapeamento, em [N/mm2]
15,8 para anteparas estanques e 19,6 para outros casos.
2.4.4 - Elementos de Antepara Corrugada
Nos locais de apoio dos elementos de antepara corrugada, deve haver uma perfeita transmissão das
forças na chapa de face, mediante arranjo de intercostais, vigas ou hastilhas. Estes elementos deverão
estar alinhados com as faces (ver Fig. 2.2).
2.5 - LARGURA COLABORANTE DO CHAPEAMENTO
2.5.1 - Elementos estruturais comuns
Geralmente, o espaçamento dos elementos estruturais comuns (cavernas, longitudinais e reforços) pode
ser tomado como largura colaborante do chapeamento.
2.5.2 - Elementos estruturais gigantes (transversais e longitudinais)
2.5.2.1- Largura Colaborante
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A largura colaborante do chapeamento de elementos gigantes pode ser determinada de acordo com a
tabela seguinte, considerando o tipo de carregamento:
m/e
0
1
2
3
4
5
6
7
≥8
e m1 / e
0
0.36
0.64
0.82
0.91
0.96
0.98
1
1
e m2 / e
0
0.2
0.37
0.52
0.65
0.75
0.84
0.89
0.9
e = largura do chapeamento suportado, obtido pela soma das metades dos espaçamentos entre vigas
gigantes de um lado e do outro do elemento considerado.
e m1 - deve ser aplicado quando as vigas são carregadas por cargas distribuídas uniformemente ou,
então, por não menos que 6 cargas concentradas igualmente espalhadas.
e m2 - deve ser aplicado quando as vigas são carregadas por 3 ou menos cargas concentradas.
Obs: Por meio de interpolação, podem ser obtidos valores intermediários. O comprimento m, a ser
utilizado na tabela, pode ser tomado como o vão sem apoio, no caso de vigas simplesmente apoiadas,
ou 60% do vão sem apoio, onde as vigas são engastadas em ambas as extremidades.
Figura 2.2
2.5.2.2 - Área Seccional Transversal Colaborante
A área seccional transversal colaborante de chapas não deve ser menor que a área seccional transversal
da barra de face.
2.5.2.3 - Largura Colaborante do Chapeamento
A largura colaborante do chapeamento dos painéis de chapa sujeitos a tensões de compressão agindo
transversalmente aos reforços deve ser determinada de acordo com 2.6.2.2 para λ‘ = 0,8 λ . Não se pode,
no entanto, tomar para esta largura um valor maior que o obtido por 2.5.2.1.
2.5.2.4 - Módulo da Seção
Onde o ângulo a entre a alma dos reforços ou das vigas e o chapeamento associado é menor que 75°, o
módulo requerido da seção deve ser multiplicado pelo fator λ/senα
2.5.3 - Cantilevers
Onde os cantilevers são montados em cada caverna, a largura da chapa colaborante pode ser tomada
como o espaçamento de caverna.
Onde os cantilevers são montados em um espaçamento maior, a largura da chapa colaborante da seção
transversal respectiva pode ser aproximadamente tomada como a distância da seção transversal até o
ponto no qual a carga está atuando, no entanto, não maior que o espaçamento dos cantilevers.
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2.6 - RESISTÊNCIA À FLAMBAGEM
2.6.1 - Resistência à Flambagem dos Painéis de Chapas Isotrópicas (almas de elementos estruturais gigantes)
2.6.1.1 - Fórmulas
A resistência à flambagem deve ser comprovada de acordo com as fórmulas seguintes:
a) tensão crítica de compressão
σlki = K x σe [N/mm2 ]
b) tensão crítica de cisalhamento
τki = K x σe [N/mm2 ]
σe = 18,6.(100. t/b) 2 [N/mm2]
t
b
K
= espessura da chapa, em [mm]
= largura do painel da chapa, em [mm]
= fator de flambagem de acordo com a tabela 2.1.
Tabela 2.1
2.6.1.2 - Quando as tensões de cisalhamento e normal estão atuando simultaneamente, deve ser calculada a tensão combinada ideal com a seguinte fórmula:
σvki =
σ1
=
τ
=
σ1ki , τki =
σ12 + 3.τ 2
1+ ψ
4
σ1
3 ψ
+ (
σ1ki
4
tensão de compressão [N/mm2 ]
tensão de cisalhamento [N/mm2 ]
definidos em 2.6.1.1
σ1 2
τ
) + ( )2
σ1ki
τki
[N/mm2 ]
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ψ
σvki
σvki
=
=
=
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definido na tabela 2.1
σ1ki
onde τ = 0
1,732.τki
onde σ1 = 0
2.6.1.3 - A tensão combinada reduzida com relação à tensão combinada ideal pode ser determinada pela
fórmula seguinte e pode, também, ser tomada a partir da seguinte tabela para os 3 grupos de aço para
construção naval (235, 315, 355 N/mm2 de tensão de escoamento):
σvk = σy.[1 − (0,25 −
σvki [ N / mm2 ]
235
σp 2
).(
) ]
12.σy σvki
[N/mm2 ]
σvk [ N / mm2 ] para aço com escoamento mínimo de [ N / mm2 ] :
235
315
355
< 196
σvki
σvki
σvki
196
196
σvki
σvki
215
203
σvki
σvki
235
208
σvki
σvki
245
210
σvki
σvki
255
212
σvki
σvki
275
215
264
σvki
295
218
271
290
345
222
283
307
390
225
290
318
490
229
299
332
590
231
304
339
785
232
309
346
980
233
311
349
1470
234
313
352
≥ 1960
235
315
355
σy = tensão de escoamento do material do chapeamento, em [N/mm2 ]
σp = limite de proporcionalidade do material do chapeamento, em [N/mm2] (ver 2.6.1.4)
Tabela 2.2
Obs.1) Quando calculando o fator α e a tensão de Euler σe, o valor ideal bi = 2bD deve ser utilizado, ao
invés de b, onde bD < 0,5.b é a largura da zona de compressão. Isto, porém, não é permitido para o
cálculo do fator de flambagem K para a determinação da tensão de flambagem, onde as tensões de
cisalhamento e a tensão de referência σe estão simultaneamente atuando.
(σe = definido em 2.6.1.1 ) α = a / b
2.6.1.4 - Fator de Segurança Contra Flambagem
O fator de segurança contra flambagem deve ser calculado de acordo com:
νB =
σVk
σ12 + 3.τ 2
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A espessura das chapas e os espaçamentos dos reforços, respectivamente, devem ser determinados de
forma que o fator de segurança contra flambagem não seja menor que:
νB = c para σvki ≤ σp
νB
σp
σp
σp
σp
c
=
=
=
=
=
=
c
=
c
=
c.[1/c +(1 -1/c).(σp / σvki ) 2 ] para σvki > σp
limite de proporcionalidade do aço utilizado, em [N/mm2 ]
196 [N/mm2 ], onde σ = 235 [N/mm2 ]
255 [N/mm2 ], onde σy = 315 [N/mm2 ]
285 [N/mm2 ], onde σy = 355 [N/mm2 ]
1,4 para chapeamento com espessura original de projeto, incluindo a margem de corrosão
definida em 3.10.1
1,2, para chapeamento com espessura original de projeto reduzida (sem margem de corrosão, devido à aplicação de proteção anticorrosiva efetiva)
1,0, para chapeamento cuja margem de corrosão já foi perdida por corrosão, resultando em
uma espessura t-tk (ver 2.10.1).
2.6.2 - Resistência à Flambagem de Painéis de Chapas Ortotrópicas
A prova de resistência à flambagem, por exemplo, dos painéis de chapas reforçadas longitudinal ou
transversalmente entre duas anteparas transversais, pode ser efetuada pelas fórmulas abaixo.
Onde a tensão de compressão é constante sobre a largura do painel b, as seguintes fórmulas se aplicam:
para
A Ny
⇒ σ1ki = 2.N.(1+ Nx.Ny ).β
4
.≥
... 1 .....
B Nx
para
A Ny
A
B
4
< 1 .⇒
....
.... σ1ki = N.[2 + Nx.( A ) 2 + Ny.( B ) 2 ].β
B Nx
[N/mm 2 ]
[N/mm 2 ]
N = 0.186.t3 / (t m .B2 ) [N/mm2 ]
Nx
A
B
a
b
Jx
=
=
=
=
=
Jy
=
tm
Fx
t
β
=
=
=
=
1,096.10 5.Jx
=
+1
b.t 3
Ny
1,096.10 5.Jy
=
+1
a.t 3
comprimento do painel de chapa, em [m]
largura do painel da chapa, em [m]
espaçamento dos reforços transversais, em [mm]
espaçamento dos reforços longitudinais, em [mm]; obs: A, B, a, b = vide fig. 2.3
momento de inércia dos reforços longitudinais, em [cm4], incluindo a largura colaborante do
chapeamento
momento de inércia dos reforços transversais, em [cm4], incluindo a largura colaborante do
chapeamento
t x ( 1 + F x / t x b) espessura incrementada da chapa, em [mm]
área seccional do longitudinal, em [mm2]
espessura do chapeamento, em [mm]
(F x +b.t) / (F x + b m . t)
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Figura 2.3
2.6.2.2 - A largura de chapeamento colaborante b, de reforços sujeitos à compressão, pode ser determinada através das seguintes fórmulas:
> 0.70
λ
bm / b
> 0.70
1.0
e < 1.291
1.474 - 0.677 x λ
≥1.291
1 / λ2
λ = 1,05
E
K
=
=
b
t
σy
E.K
2,06 x 105 [N/mm2 ], para aços
fator de flambagem fornecido na Tabela 2.1
2.6.2.3 - A tensão de flambagem reduzida σvk pode ser determinada por 2.6.1.3. O fator de segurança
contra flambagem pode ser obtido de 2.6.1.4, acrescido de 10% (seu valor para um painel de chapa
ortotrópica de dimensões A x B deve ser 10% superior ao valor para um painel de chapa isotrópica de
dimensões a x b).
2.6.3 - Resistência à Flambagem de Barras-Face de Elementos Estruturais Gigantes
A espessura das barras-face não deve ser menor que:
t=
b
σd
=
=
b. σD
240
largura, sem apoio, da barra face (b = metade da largura das barras-face simétricas)
tensão de compressão máxima, em [N/mm2].
2.6.4 - Resistência à Flambagem dos longitudinais
2.6.4.1 - Dentro de 0,6 L, a meia-nau, a relação da altura da alma para a espessura da alma e da largura
da barra-face para a espessura da barra-face, respectivamente, dos longitudinais compreendidos no
flange superior e inferior do casco, não deve exceder os seguintes valores:
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a) barras chatas:
b
s
t
b) cantoneiras, seções T, perfis bulbo:
- alma:
- barra-face:
s
bs
bf
ts
tf
k
k
=
=
=
=
=
=
= 60 .
√k
s
b
f
t
√k
s
b
t
= 19,5 .
= 19,5 .
√k
f
altura da alma, excluindo a espessura da barra-face
largura livre da barra-face, excluindo a espessura da alma
espessura da alma
espessura da barra-face
fator de material de acordo com a Seção 2, item 2.1.4
1.0, para aço naval comum
2.6.4.2 - Fora de 0,6 L, a meia nau, bem como fora do flange superior inferior do casco, as relações
podem ser excedidas em 10%.
2.6.4.3 - Dentro de 0,6 L, a meia-nau, os perfis longitudinais compreendidos no flange superior e inferior
do casco devem ser verificados quanto à segurança contra a flambagem torcional, da seguinte forma:
σki = j.σ
σkio ≥ σp . (1-y/e) [N/mm2]
σπ
y
e
eD
eB
=
=
=
=
=
σkio =
limite de proporcionalidade do aço empregado, de acordo com 2.6.1.4
distância desde o perfil até o convés ao lado, ou até a linha de base, respectivamente
eD ou eB , se é um perfil localizado no flange superior, ou no inferior do casco, respectivamente
distância do convés ao lado até o eixo neutro da seção mestra
distância da linha de base até o eixo neutro da seção mestra
2,06.10 6
Jp
[Jy.(
b S 2 JD
) +
]
m
26
[N/mm 2 ]
para perfis com flange ou bulbo
Jp
=
momento polar de inércia do longitudinal, excluindo a largura colaborante do chapeamento
com relação ao ponto C, em [cm4 ], (vide Fig. 2.4)
Jp
=
J’x + Jy [cm4 ] ;
Jx
=
momento de inércia do longitudinal, excluindo a largura colaborante do chapeamento no eixo
x, em [cm4]
d em [cm]
f
Jy
=
=
J’x = Jx+ d2.f [cm4]
(vide Fig. 2.4)
área seccional do perfil, em [cm2]
momento de inércia do longitudinal, excluindo a largura colaborante do chapeamento no eixo y,
em [cm4]
Para perfis assimétricos (por exemplo, cantoneiras), Jy deve ser substituído por a. Jy. O fator a deve ser
obtido da seguinte tabela:
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bs / bf
1.0
1.5
2.0
3.0
4.0
6.0
12.0
∞
a
0.25
0.36
0.47
0.56
0.62
0.70
0.85
1.00
=
=
=
=
=
=
Jd
b
t
m
σkio
j
i
j
t
a
σkip
constante torcional = 1/3 Σ b. t3 , em [cm4]
bS ou bf, em [cm] ver Fig. 2.4
ts ou tf , em [cm] ver Fig. 2.4
vão, sem apoio, do perfil, em [cm]
8.104.(ts/bs)2 [N/mm2], para barras chatas
fator, dependendo da razão de engastamento do perfil na chapa associada, como segue:
i
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
1
j
4
3.1
2.3
2.0
1.8
1.7
1.4
i
2
5
10
20
50
100
∞
j
1.22
1.1
1.06
1.05
1.03
1.02
1.0
=
=
=
=
=
0,5.(ts/t)3 .a/bs . [1/(1-σkio /σkip)
1.0, caso i seja negativo
espessura da chapa à qual o perfil está associado, em [cm]
espaçamento dos longitudinais, em [cm]
7,5.105 .(t/a)2 [N/mm2 ]
Para barras chatas que obedeçam os requisitos de 2.6.4.1, a), não é exigida uma prova especial da
segurança contra a flambagem torcional.
Figura 2.4
2.6.4.4 - Dentro de 0,6 L, a meia-nau, os momentos de inércia (incluindo a largura colaborante do
chapeamento dos longitudinais compreendidos no flange superior e inferior do casco), não devem ser
menores que:
Jm1= 64. (m/a)2.a.t3 [cm4 ], para t/a ≤ 1,41. (k)1/2
Jm2= 128.m 2.a.t.c [cm4 ], para t/a > 1,41. (k)1/2
“m” e “a” em [m]
t
= espessura de Regra da chapa na qual o perfil está associado, em [cm]
c
= 1,0, para o aço naval comum
c
= σy /235 para o aço naval de alta resistência, onde:
σy = limite de escoamento superior mínimo, em [N/mm2 ]
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2.7 - RIGIDEZ DAS CAVERNAS E VIGAS GIGANTES
O momento de inércia dos vaus gigantes e sicordas, bem como de vigas gigantes que estão apoiando
outras vigas gigantes, não deve ser menor que: J = c.W. m [cm4 ]
c
c
W
m
=
=
=
=
4,0, se ambas as extremidades estão simplesmente apoiadas
2,5, se uma ou ambas as extremidades estão engastadas
módulo de seção do elemento estrutural considerado, em [cm3]
vão, sem apoio, do elemento estrutural considerado, em [m].
2.8 - DETALHES DE CONSTRUÇÃO
2.8.1 - Elementos longitudinais
2.8.1.1 - Continuidade
Todos os elementos longitudinais tomados em consideração para o cálculo do módulo de seção da
seção-mestra, devem ser contínuos ao longo do comprimento exigido a meia-nau e serem gradualmente
reduzidos até às espessuras finais exigidas.
2.8.1.2 - Descontinuidades de Resistência
Devem, tanto quanto possível, ser evitadas as descontinuidades bruscas de resistência dos elementos
longitudinais. Devem ser estabelecidas transições suaves onde os elementos longitudinais de escantilhões
diferentes são conectados uns com os outros.
2.8.1.3 - Borboletas Terminais de Transição
Nas extremidades das anteparas longitudinais devem ser instaladas borboletas terminais de transição
de dimensões adequadas.
2.8.2 - Elementos estruturais gigantes
2.8.2.1 - Descontinuidades de Resistência
Quando vigas gigantes montadas no mesmo plano estão conectadas umas com as outras, devem ser
evitadas grandes descontinuidades de resistência. A altura da alma da viga menor deve, em geral, não
ser inferior a 60% da altura da alma maior.
2.8.2.2 - Transição entre Barras-face
A transição entre as barras-face com dimensões diferentes deve ser gradual. Em geral, a transição não
deve exceder 1:3. Nas interseções, as forças atuando nas barras-face devem ser apropriadamente transmitidas.
2.8.2.3 - Apoio das Extremidades das Barras-face
De modo a permitir a transmissão das forças atuantes, as barras-face devem ter suas extremidades
apoiadas nas quinas. Para o apoio das barras-face dos cantilevers, ver fig. 2.5.
Mediante aprovação do BC, os reforços das almas nas quinas podem ser omitidos, caso o ângulo da
quina seja maior que o valor de a min obtido das seguintes fórmulas:
α min = 180 - β;
σy
ts
σ
b
=
=
=
=
sen β = (0,65.σy . ts)/ (σ.b.c)
tensão de escoamento superior mínima do material, [N/mm2]
espessura da alma, em [mm]
tensão normal na barra-face, em [N/mm2]
largura da barra-face, em [mm]
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c
c
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= 1,5, para barra-face simétrica
= 3,0, para barra-face não simétrica
Caso sen β resulte um valor superior a 1, não é necessário reforço na alma.
2.8.2.4 - Barras-face dos Cantilevers de Configuração Arredondada
As barras-face dos cantilevers de configuração arredondada devem ser fixadas conforme mostrado na
Fig. 2.6, isto é, as borboletas contra flambagem devem ser montadas na metade do comprimento do
arco e no ponto de transição entre a parte reta e a arredondada da barra-face.
Figura 2.5
2.8.2.5 - Reforços ou Borboletas Contra Flambagem
Para evitar que as barras-face flambem, devem ser colocados reforços ou borboletas contra flambagem
adequadamente espaçados. O espaçamento destes elementos contra flambagem não deve exceder
12.b (b = largura da barra-face).
F igura 2.6
2.8.2.6 - Reforços das Almas - As almas devem ser reforçadas para evitar a flambagem (ver também 6)
2.8.2.7 - Furos de Alívio
A localização dos furos de alívio deve ser de forma que a distância entre a borda do furo até a barra-face
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não seja menor que 0,3 vezes a altura da alma. Na região de elevadas tensões de cisalhamento, os furos
de alívio nas almas devem ser evitados tanto quanto possível.
2.8.3 - Quinas no Teto do Fundo Duplo
As quinas no teto do fundo duplo devem ser conforme mostrado na Fig. 2.7
Figura 2.7
2.9 - AVALIAÇÃO DAS CONCENTRAÇÕES DE TENSÕES
As tensões concentradas devido a aberturas relativamente pequenas em conveses, anteparas, gigantes,
etc., devem, em geral, atender ao seguinte critério:
σk ≤ f. σy
f
f
= 1,0 para aço naval comum
= 0,9 para aço de alta resistência
Onde as concentrações de tensões não são avaliadas pela análise dos elementos finitos, elas podem
ser determinadas pela multiplicação da tensão básica com o fator de entalhe k. Para vários tipos de
aberturas, os fatores de entalhe são dados nas Figuras 2.8 e 2.9.
2.10 - MARGENS PARA CORROSÃO E CONTROLE DA CORROSÃO
2.10.1 - Margens para Corrosão
2.10.1.1 - Requisitos para os Escantilhões
Os requisitos para os escantilhões das Seções 2.10.1.2 até 2.10.2.4 exigem as seguintes margens para
corrosão tk:
t’
t’ [mm]
tk [mm]
t’ ≤ 10
1,5
10 < t
0,1. t’+ 0,5; máximo 4,0 mm
= espessura do material requerida pela Regra, excluindo tk
2.10.1.2 - Conveses Limítrofes de Tanques
Para os conveses limítrofes de tanques, e tetos de tanques, tk ≥ 2,5mm
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2.10.1.3 - Estruturas em Espaços Secos
Para estruturas em espaços secos, a margem para corrosão será a metade da obtida em 2.10.1.1, mas
não inferior a 1 mm.
Figura 2.8 – Fator de entalhe ak para aberturas arredondadas
2.10.2 - Controle de Corrosão
2.10.2.1 - Autorização para Redução da Espessura do Material - Quando for adotada uma proteção
efetiva contra a corrosão, pode ser dada a autorização para a redução da espessura do material dos
seguintes valores ! tk:
a) ambos os lados protegidos: ! tk
b) apenas um lado protegido : ! tk
= tk ; max. 2
[mm]
= 0,5 . tk ; max. 1 [mm]
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2.10.2.2 - Indicações nos Desenhos
Nos desenhos submetidos à aprovação, devem ser indicadas a espessura requerida pelas Regras e a
redução de espessura devido à proteção. Deve ser submetido, juntamente com o desenho, a descrição
do sistema de proteção. Estes documentos devem permanecer a bordo da embarcação.
2.10.2.3 - Redução de Espessura para Elementos Estruturais Sujeitos a Tensões de Compressão
A redução de espessura para elementos estruturais submetidos a tensões de compressão só é permissível caso seja comprovada adequada resistência à flambagem, conforme definido em 2.6.1.4.
Figura 2.9 - Fator de entalhe αk para aberturas retangulares
com cantos arredondados
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SEÇÃO 3
CARREGAMENTO DE PROJETO
3.1 - GENERALIDADES
Esta Seção contém informação referente aos carregamentos de projeto para a determinação dos
escantilhões do casco. A menos que de outra forma estabelecida nas Seções seguintes, os carregamentos dados nesta Seção devem ser utilizados nas fórmulas das Seções seguintes ou em cálculos de
resistência.
3.1.1 - Centro de Carregamento - Define-se o Centro de Carregamento da seguinte maneira:
a) Para chapa horizontal : é a superfície da chapa situada entre os reforços;
b) Para chapa não horizontal, com reforços horizontais: é o espaçamento entre os reforços, situado
acima do suporte inferior da chapa, ou da borda inferior da chapa onde ocorreu variação na sua
espessura;
c) Para chapa com sistema de reforço vertical: é o ponto médio da superfície da chapa, ou seja, situado
a meia altura entre os suportes da chapa; e
d) Para enrijecedores e vigas: é o centro do vão m .
3.2 - CARREGAMENTO EXTERNO DEVIDO AO MAR
3.2.1 - Carregamento em Convés Exposto - Devem ser tratados como conveses expostos todos os
conveses possíveis de serem atingidos pelas águas do mar conforme definido na Seção 1, item 1.6. Para
os conveses expostos de superestruturas e casarias, ver o item 3.2.4.
3.2.1.1 - Fórmula
O carregamento dos conveses expostos deve ser determinado pela seguinte fórmula:
L . H . ca
PD = 2,373 –––––––––––– [kN/m2 ]
D . (10 + z )
L
H
D
z
ca
=
=
=
=
=
comprimento, em [m]
calado, em [m]
pontal, em [m]
distância vertical entre o convés exposto e a linha d’água do calado máximo, em m]
coeficiente adimensional obtido da seguinte tabela, e conforme mostrado na Figura 3.1
Posição longitudinal do convés
ca
R
0 ≤ x /L ≤ 0,1
1,1
NM
0,1 ≤ x /L ≤ 0,8
1,0
V
0,8 ≤ x /L ≤ 1,0
(2,5 . x / L) - 1
x = distância do convés, a partir da perpendicular a ré (PPAR), em [m].
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3.2.1.2 - Conveses Resistentes e do Castelo
Em conveses resistentes que também são conveses expostos, e nos conveses do castelo, o carregamento não pode ser inferior a:
PDmin = 8
[kN/m2]
3.2.1.3 - Transporte de Carga que Cause Carregamento Superior ao Padrão
a) Caso no convés exposto seja previsto o transporte de carga que resulte em carregamento superior ao
determinado em 3.2.1.1, os escantilhões devem ser determinados pelo carregamento maior (ver, também, 3.3).
b) Para cargas transportadas no convés com altura de estiva inferior a um metro, pode ser requerido um
aumento, no carregamento do convés, do seguinte valor:
pz = 10 (1 - hs ) [kN/m2 ]
hs = altura de estiva da carga, em [m]
Figura 3.1
3.2.2 - Carregamento nos Costados do Navio
O carregamento externo ps, sobre os costados do navio, deve ser determinado de acordo com as
seguintes fórmulas:
a) Para elementos cujos Centros de Carregamento estão localizados abaixo do calado da linha d’água
de verão (LWL), o maior dos dois seguintes valores:
Z2
ps = 10 . z2 + 0,2373 . (1 – ––––– + b) . L
2.H
ps = 0,2373 (1 + b) L . χ
[kN/m2]
[kN/m2]
b) Para elementos cujos Centros de Carregamento estão localizados acima do calado da linha d’água de
verão:
10
ps = 0,2373 (1 + b) ––––––– . L . χ
10 + z 1
[KN/m2]
Nas fórmulas acima:
L
= comprimento, em [m]
LWL = linha d’água correspondente ao maior calado H, ou calado de verão
z1 ,z2 = distância vertical, em [m], entre LWL e o Centro de Carregamento do elemento, z1, acima da
LWL e z2, abaixo de LWL
b
= obtido da tabela abaixo, onde x é o mostrado na Fig. 3.1
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Posição longitudinal
b
OBS
0 ≤ x /L ≤ 0,2
1 - 5 x/L
*
0,2 < x /L < 0,8
0
0,8 ≤ x /L ≤ 1,0
10 (x/L - 0,8)
**
* b não necessita ser superior a 0,5
** b não necessita ser superior a 1,5
χ = coeficiente para a inclinação das cavernas, aplicável somente na região de proa onde 0,8 ≤ x/L ≤ 1,0.
É obtido da seguinte maneira (ver Fig.3.2):
α
χ
α ≤ 18°
1,0
18°< α ≤ 30°
0,9 + tan2 α
α > 30°
0,73 + 1,5 tan2 α
Figura 3.2
3.2.3 - Carregamento no Fundo da Embarcarção
O carregamento externo pB, no fundo da embarcação, deve ser determinado pela fórmula:
pB = 10 . H + 0,2373 . L . (0,5 + b)
H
L
b
[KN/m2]
= calado, em [m]
= comprimento, em [m]
= obtido em 3.2.2
3.2.4 - Carregamento Sobre os Conveses da Superestrutura e Casarias
O carregamento sobre os conveses expostos e parte dos conveses expostos de superestruturas e
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casarias deve ser determinado como segue:
PDA = PD . n
PD
n
n
h
=
=
=
=
[KN/m2]
carregamento de acordo com 3.2.1.1
(1 - h/10), n min = 0,5
1,0, para o convés do castelo
altura do convés acima do pontal D, em [m].
Para conveses de casarias, o valor assim determinado pode ser multiplicado pelo fator
b’
(0,7 . ––– + 0,3)
B’
b’
B’
= largura da casaria, em [m]
= maior boca do navio na posição considerada, em [m]
Exceto para convés do castelo, o carregamento mínimo é:
PDAmin
= 4
[KN/m2]
Para conveses expostos do tijupá, o carregamento não deve ser menor que:
p = 2,5
[KN/m2]
3.3 - CARREGAMENTOS DEVIDO ÀS CARGAS TRANSPORTADAS E CARREGAMENTO EM CONVESES
DE COMPARTIMENTOS HABITÁVEIS
3.3.1 - Carregamento Sobre Conveses de Carga
3.3.1.1 - Fórmula
O carregamento sobre os conveses de carga deve ser determinado pela seguinte fórmula:
pL = pC . (1 + a V )
pC
h
aV
[KN/m2]
= carregamento previsto devido à carga, em [KN/m ]. Caso não se tenha o peso previsto da carga, devese adotar, para conveses intermediários, p = 7.h, sendo que p não pode ser inferior a 15 [KN/m2]
= altura média do convés intermediário, em [m]. Na região das tampas de escotilha, deve-se levar
em consideração o aumento da altura da carga.
= fator adimensional da aceleração, obtido da seguinte maneira:
a
V
=F.m
F = 0,11 .vo / (L)1/2
vo
L
m
= velocidade máxima da embarcação em águas tranquilas, em [nós]; vo não pode ser tomado com
valor menor que ( L ) 1/2 [nós]
= comprimento, em [m]
= coeficiente fornecido na tabela abaixo, onde x é a variável definida em 3.2.1.1, ou seja, é a
distância horizontal da PPAR até o centro de gravidade do porão de carga.
Posição do CG do porão
m
0 ≤ x /L ≤ 0,2
mo - ( mo - 1) 5. x/L
0,2 ≤ x /L ≤ 0,7
1,0
0,7 ≤ x /L ≤ 1,0
1 +
m1 - 1
0,3
mo = (1,5 + F)
m1 = (3,5 + F)
x
. (
– 0,7)
L
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3.3.1.2 - Carga de Madeira e Coque
Para a carga de madeira e coque, o carregamento sobre o convés deve ser determinado pela seguinte
fórmula:
p L = 5 . h s . (1 + a V)
[ KN/m2 ]
h s = altura de estiva da carga, em [ m ]
a V = fator da aceleração definido em 3.3.1.1
3.3.1.3 - Cargas Concentradas
O carregamento devido a cargas concentradas p (por exemplo, no caso de containers), deve ser determinado como segue:
p = pE (1 + a V)
[KN]
a V = fator da aceleração definido em 3.3.1.1
3.3.1.4 - Pressão Horizontal de Carga a Granel no Convés
A pressão horizontal de carga no convés devido a carga a granel deve ser obtida da seguinte fórmula:
pLh = ph ( 1 + a V)
ph
ρ
h
n
ϕ
[ KN/m2 ]
= 9,81 . ρ . h . n [ KN/m2 ]
= densidade da carga estivada, em [ t/m3 ]
= altura do ponto mais alto da carga, apartir do convés, em [m], supondo que o porão esteja
completamente cheio
= tg2 (45° - ϕ /2)
= ângulo de repouso da carga em graus
3.3.2 - Carregamento Sobre o Teto do Fundo Duplo
O carregamento no teto do fundo duplo deve ser determinado como segue:
G
p i = 9,81 . ––– . h . ( 1 + a V )
V
G
V
h
aV
[ KN/m2 ]
= peso da carga no porão, em [t]
= volume do porão, em [m3 ], excluindo escotilhas
= altura do ponto mais alto da carga acima do teto do fundo duplo, em [m], supondo que o porão
esteja completamente cheio
= fator da aceleração definido em 3.3.1.1; para a sua obtenção, considera-se “x” como a distância
horizontal da perpendicular a ré até o centro de gravidade do porão.
3.3.2.1 - Minério Estivado em Forma Cônica
Para o carregamento de teto do fundo duplo com minério estivado em forma cônica, o carregamento p
deve ser acordado junto ao BC. Deve ser consultada também a Seção relativa aos reforços para embarcações de carga pesada, graneleiros e mineraleiros, na parte relativa a carregamentos em porões
que permanecem parcialmente vazios.
3.3.3 - Carregamento Sobre os Conveses de Compartimentos Habitáveis (alojamentos,
compartimentos de serviço, etc.)
O carregamento do convés em áreas de alojamento e de serviços é:
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p = 3,5 . (1 + a V)
[ KN/ m2 ]
a V = fator de aceleração definido em 3.3.1.1
3.3.3.1 - Carregamento em Conveses de Compartimentos de Máquinas
O carregamento em conveses de compartimentos de máquinas é:
p = 8 . (1 + a V) [ KN/m2 ]
a V = fator de aceleração definido em 3.3.1.1
3.3.3.2 - Forças Concentradas Devido a Equipamentos Instalados
Forças concentradas devido a equipamentos instalados, etc., também devem ser consideradas em 3.3.3
e 3.3.3.1.
3.4 - CARREGAMENTOS NAS ESTRUTURAS DE TANQUES
3.4.1 - Pressão de Projeto para Tanques Cheios
A pressão de projeto para condições de serviço é o maior dos seguintes valores:
p1 = 9,81. h1. ρ . (1+aV) + 100 pV
[ KN/m2 ]
, ou
p1 = 9.81. ρ . [h1. cos 20°+ (b/2 + y) . sen 20°] + 100 pV [ KN/m2 ]
h1
ρ
ρ
aV
b
y
pV
= distância do centro de carga ao topo do tanque, em [m]
= densidade do líquido, em [ t/m3 ]
= 1,0 [ t/m3 ], para água doce e água do mar
= fator da aceleração, definido em 3.3.1.1
= largura do tanque, em [m]
= distância do centro de carga ao plano vertical longitudinal do tanque, em [m]
= pressão de ajuste da válvula de alívio de pressão, se a válvula de alívio de pressão for colocada, em [bar]
p V min = 0,2 [bar] (= 2,0 [mca]), para tanques de carga de petroleiros (consulte, também, o BC a respeito deste carregamento).
3.4.1.1 - Máxima Pressão Estática de Projeto
A máxima pressão estática de projeto é:
p2 = 9,81 . h2
[KN/m2]
h2 = distância do centro de carga ao topo do transbordo ou do ponto a 2,5m acima do topo do tanque, aquele que for maior. Tubos de suspiro dos tanques de carga dos petroleiros não devem ser
considerados como tubos de transbordo.
Para tanques equipados com válvula de alívio de pressão e/ou para tanques destinados ao transporte
de líquidos de densidade superior a 1t/m3, a altura h2 é, pelo menos, medida ao nível da seguinte distância hp, acima do topo do tanque:
hp = 2,5 . ρ [m ca (coluna d’água em m)], ou
h p = 9,81. pV [m ca], onde pV > 0,25.r
p V = pressão, definida em 3.4.1, em [ KN/m2 ]
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3.4.2 -
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Pressão de Projeto para Tanques Parcialmente Cheios
Para tanques que podem ser enchidos parcialmente entre 20% e 90% da sua altura, a pressão de projeto
não deve ser menor que:
200
pd = ( ––– + 1). f. ρ + 100. pV [ KN/m2 ]
L
L
f
f
f
pV
= comprimento da embarcação, em [m]
= comprimento livre do tanque (medido no sentido longitudinal da embarcação), em [m], para o
projeto dos membros estruturais das anteparas transversais limítrofes do tanque.
= boca livre do tanque (medido, portanto, transversalmente à embarcação), em [m], para o projeto
dos membros estruturais das anteparas longitudinais limítrofes do tanque
= o maior dos dois valores anteriores, para o projeto do piso horizontal e teto, limítrofes do tanque.
O valor de f é a distância entre anteparas limítrofes ou entre elas e anteparas-diafragma
= pressão, definida em 3.4.1, em [KN/m2]
3.5 - VALORES DE PROJETO PARA COMPONENTES DE ACELERAÇÃO
3.5.1 - Componentes de Aceleração
As fórmulas seguintes podem ser tomadas como base para o cálculo dos componentes de aceleração
devido aos movimentos do navio. Para navios de 50 m de comprimento e acima, as fórmulas são baseadas em um nível de probabilidade Q = 10-B
a) Aceleração vertical
az = ±ao.
1 + (5,3 −
45 2 x
0,6 1,5
) ( − 0,45) 2 (
)
L
L
CB
b) Aceleração transversal
ay = ±ao.
x
z
0,6 + 2,5.( - 0,45) 2 + k.(1+ 0,6.k ) 2
L
B
c) Aceleração longitudinal
ax = ±ao.
0,06 + A 2 − 0,25. A
; onde
A = (0,7 −
L
z 0,6
+5 )⋅
1200
L
CB
Os componentes de aceleração consideram os seguintes componentes de movimento:
1- Aceleração vertical (vertical à linha de base) devido à arfagem, caturro e jogo.
2- Aceleração transversal (vertical ao costado do navio) devido ao jogo, caturro, guinada e deriva, incluindo a componente da gravidade do jogo.
3- Aceleração longitudinal (na direção longitudinal) devido ao avanço e caturro, incluindo a componente
da gravidade do caturro.
ax, ay e az são as acelerações máximas adimensionais (isto é, relativas à aceleração da gravidade
g) nas respectivas direções x, y e z. Para finalidades de cálculo, elas devem ser consideradas atuando
separadamente.
x
z
ao
L
vo
= distância, partindo da perpendicular de ré, em [m] (ver 3.2.1.1)
= distância vertical da linha d’água do navio até o centro de gravidade do elemento considerado, em
[m], com sinal positivo, acima da linha d’água e sinal negativo, abaixo da linha d’água.
= 0,2 . Vo / \/L + 0,2373
= comprimento da embarcação, em [m]
= velocidade máxima em águas tranquilas, em [nós]
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k = 13.GM/B
B = boca da embarcação, em [m]
GM = altura metacêntrica, em [m]
k min = 1,0
C B = coeficiente de bloco (ver 1.6.6)
3.5.2 -Aceleração Combinada
Aceleração combinada ab em uma direção dada, pode ser determinada por meio da elípse de aceleração conforme Fig. 3.3 (por exemplo, plano y - z).
Figura 3.3
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TOMO II - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL ..............
SEÇÃO 4
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SEÇÃO 4
RESISTÊNCIA LONGITUDINAL
4.1 - GENERALIDADES
4.1.1 - Aplicabilidade desta Seção
Para embarcações das categorias I até IV, de acordo com 4.1.2, os escantilhões da estrutura longitudinal do casco devem ser determinados em função do cálculo de resistência longitudinal. Para embarcações que não pertençam a estas categorias, ou seja, em geral para navios de comprimento inferior a 65
metros, a área da seção transversal do convés resistente na região de 0,4L, a meia-nau, deve ser
determinada de modo a obedecer aos requisitos estabelecidos em 4.3.2, para o valor mínimo do módulo
de seção na seção-mestra.
4.1.2 - Categorias de Embarcações
Para fins de aplicação desta Seção, definem-se as seguintes categorias de embarcações:
Categoria I - Todas as embarcações contendo grandes aberturas no convés, de acordo com 4.6.1.2,
independentemente de seu comprimento.
Categoria II - Embarcações que eventualmente poderão transportar carga não homogênea, onde a
carga e o lastro poderão estar não uniformemente distribuídos. Embarcações cujo projeto leva em conta
uma distribuição não uniforme de carga ou de lastro, pertencem à Categoria IV.
Categoria III - Navios-tanque para produtos químicos ou para gás liquefeito. Se possuírem comprimento
inferior a 65 metros, e seu projeto levar em conta uma distribuição não uniforme de carga ou de lastro,
pertencerão à Categoria IV.
Categoria IV - Embarcações cujo arranjo permite apenas pequenas variações na distribuição de carga
e de lastro, como por exemplo, embarcações de passageiros e embarcações previstas para um padrão
de serviço fixo e regular, e cujo Manual de Carregamento (ver 4.1.6) fornece informações suficientes.
Além disto, nesta categoria estão abrangidas as exceções mencionadas para as Categorias II e III.
4.1.3 - Simbologia
k
C*B
CB
x
=
=
=
=
vo
Jy
eB
eD
WB
WD
S
MT
MSW
=
=
=
=
=
=
=
=
=
MWV =
QT
=
fator de material, de acordo com a Seção 2 (Item 2.1.4)
Coeficiente de bloco da condição real de carregamento ou lastro considerado.
Coeficiente de bloco, definido na Seção 1, 1.6
distância, em [m], entre PPAR e a posição na qual deve ser calculado o momento fletor e/ou
a força cortante
velocidade máxima do navio, em [nós], para o calado máximo em águas tranquilas
momento de inércia da seção mestra, em [m4 ], em relação ao eixo horizontal
distância, em [m], entre o eixo neutro da seção mestra e a linha de base
distância, em [m], entre o eixo neutro da seção mestra e o convés ao lado
módulo da seção mestra, em [m3 ], relativo à linha de base
módulo da seção mestra, em [m3 ], relativo ao convés ao lado
primeiro momento da área seccional considerada, em [m3 ], relativo ao eixo neutro
momento fletor total no mar, em [kN . m]
momento fletor em águas tranquilas, em [KN . m], na condição de lastro e/ou carregamento
considerado
momento fletor vertical devido a onda, de acordo com 5.2.2, em [kN . m] (sinal positivo para
alquebramento, negativo para tosamento)
força cortante total no mar, em [kN]
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QSW =
QW
σP
τP
L
B
D
H
=
=
=
=
=
=
=
!
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68
força cortante em águas tranquilas, em [kN], na condição de lastro e/ou carregamento considerado
força cortante devido a onda, em [KN]
tensão longitudinal admissível, em [N/mm2]
tensão de cisalhamento admissível, em [N/mm2].
comprimento da embarcação (ver Seção 1, 1.6), em [m]
boca da embarcação (ver Seção 1, 1.6), em [m]
pontal da embarcação (ver Seção 1, 1.6), em [m]
calado da embarcação (ver Seção 1, 1.6), em [m]
4.1.4 - Cálculo de Momentos Fletores em Águas Tranquilas e de Forças Cortantes em Águas
Tranquilas
Para as condições de lastro e carregamento considerados, deve ser feito o cálculo dos momentos
fletores em águas tranquilas. Em caso de uma distribuição não uniforme de carga ou de lastro deve ser
determinada, também, a curva das forças cortantes em águas tranquilas.
4.1.4.1 - Condições de Carregamento
O cálculo dos momentos fletores e das forças cortantes em águas tranquilas deve ser executado para as
seguintes condições de carregamento:
a) Condição de início de viagem
b) Condição de final de viagem; e
c) Condições intermediárias
Para a determinação dos escantilhões da estrutura longitudinal, devem ser utilizados os valores máximos em águas tranquilas dos momentos fletores e das forças cortantes, calculados para as condições
de carregamento a), b), c). Ver também 4.1.5
4.1.5 - Condições de Carregamento
4.1.5.1 - Condições Básicas
Em geral, devem ser investigadas as seguintes condições de carregamento:
- distribuição homogênea de carga;
- distribuição desigual (alternada) de carga (se prevista);
- condições de lastro (leve, carregado);
- condições de carregamento no porto;
- embarcação flutuando pronta para a docagem; e
- condições transitórias durante o descarregamento ou o carregamento;
4.1.5.2 - Embarcações de Carga Seca, Graneleiros, Ferries, Ro-Ro, etc.
- condições especiais de carregamentos, tais como “containers”, cargas no convés, carregamento leve,
etc., onde aplicável; e
- condições de carregamento para rotas especiais
4.1.5.3 - Petroleiros
- condições relativas à limpeza de tanques ou outras condições de operação que diferem significativamente das condições de lastro.
4.1.5.4 - Embarcações-Tanque para Produtos Químicos
- as mesmas condições dos petroleiros, onde aplicável;
- condições de carregamento de carga de alta densidade ou de carga aquecida; e
- condições para carregamentos de carga segregada.
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4.1.5.5 - Embarcações Transportadoras de Gás-Liquefeito
- as mesmas condições dos petroleiros, onde aplicável;
- condições de tanques parcialmente cheios;
- condições onde produtos de densidades significativamente diferentes são transportados simultaneamente; e
- condições de porto para as quais tenha sido aprovada uma alta pressão de vapor.
4.1.5.6 - Outros Tipos de Embarcações e Embarcações Especiais
Para outros tipos de embarcações e para embarcações especiais, pode ser exigido que outras condições de carregamento, de acordo com o serviço pretendido, sejam investigadas.
4.1.5.7 - Embarcações de Projeto de Formas Não Convencionais ou com Grandes Aberturas no
Convés
Embarcações de projeto e de formas não convencionais ou possuindo grandes aberturas no convés
poderão exigir uma análise complexa de tensões, a ser realizada pelo Bureau Colombo.
4.1.6 - Instruções para Carregamento
4.1.6.1 - Aprovação do Manual de Carregamento
Um Manual de Carregamento deverá ser preparado e submetido à aprovação do Bureau Colombo, para
os navios de categorias de I até IV, conforme definido em 5.1.2. Este Manual deverá ser fornecido ao
comandante d a embarcação, de modo a lhe transmitir uma orientação de como carregar e lastrar a
embarcação, de maneira a não comprometer a sua segurança. Todas as informações constantes do
Manual definitivo, a ser entregue ao comandante, devem ser baseadas nos dados finais da embarcação.
4.1.6.2 - Conteúdo do Manual de Carregamento
O Manual de Carregamento deve conter as seguintes informações:
- as condições de carregamento, de início e de final de viagem, que foram utilizadas para o projeto da
embarcação;
- dados sobre os valores admissíveis de momento fletor em águas tranquilas, forças cortantes em
águas tranquilas e, onde aplicável, limitações devido aos esforços torsionais e laterais (como, por
exemplo, para embarcações com grandes aberturas de convés, de acordo com 4.6.1.1, e cargas
laterais devido a cargas dinâmicas ocasionadas pela massa do carregamento atuando na direção
transversal à embarcação, bem como cargas dinâmicas torsionais; estas cargas devem ser consideradas na determinação dos momentos fletores em águas tranquilas);
- dados adicionais sobre os momentos fletores em águas tranquilas e sobre as forças cortantes em
águas tranquilas, conforme definido em 4.1.4 e 4.1.5); e
- dados sobre os carregamentos locais permitidos, como por exemplo, nos conveses, no teto do fundo
duplo e nas escotilhas.
4.1.6.3 - Instrumento de Medição de Carregamento
Para as embarcações das categorias I, II e III (ver 4.1.2) deverá, além do Manual de Carregamento, e a
critério do Bureau Colombo, ser submetido também um Instrumento de Medição de Carregamento que,
por meio digital (programa de computador) ou analógico, permita ao comandante da embarcação verificar
rapidamente, a partir de valores de carregamento medidos a bordo, que não estão sendo excedidos os
valores admissíveis para o momento fletor em águas tranquilas, para a força cortante em águas tranquilas, e para as cargas laterais e torsionais em águas tranquilas, quando aplicável, em qualquer condição
de carregamento ou lastro.
A quantidade e a posição dos pontos de medição de carregamento, bem como os valores admissíveis
acima mencionados deverão ser submetidos ao Bureau Colombo.
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4.2 - MOMENTOS FLETORES LONGITUDINAIS VERTICAIS E FORÇAS CORTANTES VERTICAIS
4.2.1 - Momentos Fletores Longitudinais Verticais
Os momentos fletores totais longitudinais, no mar, devem ser determinados de acordo com a seguinte
fórmula:
M T = MSW + M
Wv
[kN . m]
4.2.2 - Momentos Fletores Verticais Devido a Onda
4.2.2.1 - Momento Fletor Vertical a Meia - Nau
O momento fletor vertical, a meia-nau, devido a onda, deve ser determinado através da seguinte fórmula:
MWv = 0,0203 . c1 . L3 . B [kN . m]
c1
c1
C*B
=
0,25 (C*B + 0,7), em alquebramento
=
0,27 (C*B + 0,7), em tosamento
não pode ser tomado com valor inferior 0,6
4.2.2.2 - Distribuição do Momento Fletor Sobre o Comprimento L
O momento fletor, em onda, deve ser distribuído sobre o comprimento L de acordo com as seguintes
fórmulas:
M
W v(x)
=M
Wv
O fator CM está plotado na Fig. 4.1
x
CM =
L
0,45
CM = 1
CM =
1- x
L
0,40
para x < 0,45
L
para 0,45 ≤ x
L
≤ 0,60
para x > 0,60
L
Figura 4.1
.C M
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4.2.2.3 - Navios de forma ou projeto não convencionais ou com velocidade v igual ou superior
a 1,6.(L)1/2
Para navios de forma ou projeto não convencionais, e para navios com velocidade v ≥ 1,6.(L)1/2, o Bureau
Colombo pode exigir um procedimento de cálculo especial para a determinação do momento fletor
vertical devido a onda, bem como para a sua distribuição ao longo do comprimento, em que serão
levados em conta, inclusive, os movimentos de arfagem e caturro.
4.2.3 - Forças Cortantes Verticais
A força cortante vertical, no mar, na respectiva seção x considerada, deve ser determinada pela seguinte
fórmula:
Q
T(x)
=Q
SW(x)
+ Q
W(x)
[kN]
Q SW(x) e Q W(x) devem ser somados independentemente de seus sinais.
4.2.4 - Forças Cortantes Verticais Devido a Onda
4.2.4.1 - Fórmula
A força cortante vertical devido a onda deve ser determinada pela seguinte fórmula:
___
M Wv
Q W (x) = ––––– CQ [k N]
L
___
M Wv = valor médio absoluto dos momentos fletores devido a ondas nas condições de alquebramento e
tosamento, em [kN . m] a meia nau, conforme calculado por 4.2.2
CQ = fator de distribuição ao longo do comprimento para a força cortante devido a onda, obtido da Fig.
4.2, em função de x/L
Figura 4.2
4.2.4.2 - Navios de Projeto e Formas Não Convencionais
Para navios de projeto e formas não convencionais, o Bureau Colombo poderá exigir um procedimento
de cálculo especial para as forças cortantes verticais devido a onda.
4.3 - MÓDULOS DE SEÇÃO E MOMENTOS DE INÉRCIA
4.3.1 - Módulo Mínimo da Seção - Mestra em Função dos Momentos Fletores Longitudinais
4.3.1.1- Exigências
A exigências definidas em 4.3.1.3, 4.3.2 e 4.3.3, para os módulos da seção-mestra geralmente se
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aplicam a todas as seções transversais, dentro de 0,4.L a meia-nau. Se, entretanto, o cálculo dos
momentos fletores longitudinais mostrar que a faixa dos momentos fletores longitudinais máximos totais
excede 0,4.L a meia-nau, as exigências de 4.3.1.3 também devem ser aplicadas para as seções fora de
0,4.L, onde ocorra aquele momento fletor máximo.
4.3.1.2 - Casos Especiais
Em casos especiais (navios sem corpo paralelo, por exemplo) poderão ser admitidas exceções ao
estabelecido em 4.3.1.1, desde que se prove que em nenhuma seção da embarcação esteja sendo
excedida a tensão longitudinal admissível σ p .
4.3.1.3 - Módulo de Seção na Seção - Mestra Relativo ao Convés ou ao Fundo
O módulo da seção-mestra relativo ao convés ou ao fundo não deve ser menor que:
W = 10-3 . MT / σp
[m3]
MT = valor absoluto do momento fletor total máximo no mar em [kN . m] dentro de 0,4 L a meia nau
conforme 4.2.1
σp = 15. L1/2 / K [N/mm2 ]
4.3.2 - Módulo Mínimo da Seção-Mestra Relativo ao Convés ao Lado e ao Fundo
O módulo da seção-mestra relativo ao convés ao lado e ao fundo não pode ser menor que o seguinte
valor:
W min = 0,95.k.C.L2 .B.(CB + 0,7).10-6 [m3 ]
C
C
CB
= 10,75 - [(300 - L)/100] 1,5 , para L ≥ 90 [m]
= (L/25) + 4,1, para L < 90 [m]
= não pode ser tomado com valor inferior a 0,6
4.3.3 - Momento de Inércia da Seção-Mestra
O momento de inércia da seção-mestra em relação ao eixo horizontal não deve ser menor que:
J = 3.10-2.W.L/k [m4]
W deve obedecer a 4.3.1.3 e a 4.3.2
4.3.4 - Cálculo do Módulo da Seção-Mestra
4.3.4.1 - Fórmulas
O módulo de seção do fundo WB e o módulo de seção do convés WD devem ser determinados pelas
seguintes fórmulas:
JY
JY
WB = ––––
[m3]
WD = ––––
[m3]
eB
eD
Condutos contínuos e braçolas de escotilhas longitudinais podem ser considerados na determinação do
módulo de seção da seção-mestra, desde que eles sejam eficazmente suportados por anteparas longitudinais ou sicordas bem reforçadas. O módulo ideal de seção do convés deve, então, ser determinado
pela seguinte fórmula:
JY
W’D = ––– [m3 ]
e’ D
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e’ D = z . (0,9 + 0,2 . y/B) [m]
z
y
= distância, em [m], a partir do eixo neutro da seção-mestra até o topo do elemento estrutural
contínuo.
= distância, em[m], a partir da linha de centro até o topo do elemento estrutural longitudinal
contínuo.
Deve ser estabelecido que e’D > eD .
Para navios com escotilhas múltiplas, ver 4.3.5
4.3.4.2 - Áreas Seccionais Consideradas
No cálculo do módulo da seção-mestra, devem ser levadas em consideração as áreas seccionais de
todos os elementos longitudinais contínuos. Grandes aberturas com comprimento acima de 2,5m ou
largura acima de 1,2m, devem ser deduzidas das áreas seccionais utilizadas no cálculo do módulo de
seção. O mesmo prevalece para os recortes, quando é aplicada soldagem com escalope. Aberturas
menores (portas de visita, furos de alívio, recortes para drenagem e escalopes para soldagem de bainhas
longitudinais de chapas) não necessitam ser deduzidas, quando a soma das suas larguras e da largura
de suas áreas de sombra não reduza o módulo de seção no convés e no fundo em mais de 3%, e desde
que a sua altura em elementos longitudinais não exceda 25% da altura da alma do elemento para
escalopes (além disto, a altura máxima destes é 75mm).
A soma, sem dedução, de aberturas menores em uma seção transversal na área do fundo ou do convés
de 0,06 (B - b) (onde b = largura total das grandes aberturas) pode ser considerada equivalente à redução
acima no módulo de seção em 3%. A largura da área de sombra será obtida desenhando-se duas linhas
tangentes com um ângulo de abertura de 30 graus (vide Fig. 4.3).
No caso de aberturas maiores podem ser exigidos reforços locais, reforços estes que serão tratados
individualmente nas Seções seguintes.
Figura 4.3
4.3.4.3 - Limite de Redução do Módulo da Seção-Mestra
Tendo sido reduzidas as espessuras de elementos longitudinais contínuos do flange superior e inferior
que servem como limites de tanques de óleo e lastro, por ter sido adotado um sistema efetivo de proteção
contra corrosão, esta redução do módulo da seção-mestra não poderá reduzi-lo em mais de 8%.
4.3.4.4 - Embarcações com Mais de Uma Escotilha na Mesma Seção
4.3.4.4.1 - Para a determinação do módulo de seção-mestra, pode-se utilizar como área seccional
efetiva a percentagem da área da seção transversal do chapeamento situado entre as escotilhas mostrado na Tabela 4.1, desde que haja pés-de-carneiro nas interseções dos reforços longitudinais situados
entre as aberturas de escotilhas (sicordas) com as cavernas gigantes.
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Fixação da extremidade do
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Posição
reforço longitudinal
Áreas seccional efetiva da fiada
do chapeamento longitudinal
em [%]
Ambas as extremidades
Fora da linha de centro
60
Na linha de centro
50
Uma extremidade
Fora da linha de centro
40
efetivamente fixada
Na linha de centro
30
Fora da linha de centro
20
Na linha de centro
10
efetivamente fixadas
Nenhuma extremidade
efetivamente fixada
Tabela 4.1
4.3.4.4.2 - Para que a extremidade do reforço longitudinal seja considerada efetivamente fixada, é preciso que o deslocamento longitudinal f do ponto de fixação, em relação à parte lateral da embarcação, e
devido à ação de uma força longitudinal PL, não exceda o valor de 10mm (ver figura 4.4).
PL = 7,5 . FL [kN]
FL = área da seção transversal completa do reforço longitudinal, em [cm2 ]
4.3.4.4.3 - O valor obtido na Tabela 4.1 pode ser aumentado em 30% quando for fixada uma antepara
longitudinal ao reforço longitudinal situado entre as escotilhas, ou quando a efetividade deste reforço for
aumentada por outro meio equivalente.
4.3.4.4.4 - Quando for usado o cálculo direto para se avaliar a efetividade do reforço longitudinal entre
escotilhas, deve ser utilizado o seguinte momento fletor longitudinal padronizado.
2px
M(x) = 3,75 . 104 (1 - cos ————) WD [kN . m]
L
4.3.4.4.5 - Quando a efetividade do reforço longitudinal entre escotilhas tiver sido determinada aproximadamente, conforme definido em 4.3.4.4.1 e em 4.3.4.4.2, a tensão total devido à flexão da viga-navio,
sem qualquer redução, deve ser utilizada no cálculo das tensões compostas devidas a carregamentos
localizados e à flexão da viga-navio para a determinação dos escantilhões do mencionado reforço.
4.3.5 - Módulos de Seção Fora de 0,4 L a Meia-Nau
Devem ser determinadas as tensões longitudinais nas seções fora de 0,4 L a meia-nau, em conexão
com o cálculo dos momentos fletores admissíveis em águas tranquilas, de acordo com 4.2.4.1.A segurança contra a flambagem dos flanges superior e inferior do casco deve ser comprovada (ver, também,
Seção 6, 6.2.2 e Seção 6, 6.1.5.2).
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Observação (1): Os momentos fletores devem ser introduzidos de acordo com a regra para sinais indicada
no item 4.1.3
Figura 4.4
4.4 - VERIFICAÇÃO DAS TENSÕES DE CISALHAMENTO
4.4.1 - Tensões de Cisalhamento Admissíveis
O cisalhamento no costado e nas anteparas longitudinais, devido a força cortante QT (x), de acordo com
4.2.3 não deve exceder 110/k [N/mm2].
4.4.2 - Resistência à Flambagem
As anteparas longitudinais devem ser examinadas com relação à flambagem, conforme Seção 2, 2.6. O
fator de segurança contra flambagem pode ser 10% menor que aquele dado na Seção 2, 2.6.1.4.
4.4.3 - Cálculo das Tensões de Cisalhamento
4.4.3.1 - Navios com Mais de Duas Anteparas Longitudinais e Navios com Casco Duplo
A distribuição das tensões de cisalhamento pode ser calculada através de procedimentos de cálculo
aprovados pelo Bureau Colombo. Para navios com mais de duas anteparas longitudinais e navios com
casco duplo, pode ser exigida a aplicação de tal procedimento de cálculo, especialmente quando a
distribuição do carregamento no sentido transversal do navio é desigual.
4.4.3.2 - Navios sem Anteparas Longitudinais
Para navios sem anteparas longitudinais, a distribuição das tensões de cisalhamento no costado pode
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ser determinada pela seguinte fórmula:
QT (x) . S
τ = ––––––––––
2 . Jy . t A
[ N/mm2 ]
QT (x) = força cortante vertical, em [kN] conforme 4.2.3 na seção considerada
Para navios com projeto e formas convencionais, pode ser utilizado para todas as seções o coeficiente S/Jy determinado para a seção mestra
τ A = espessura do costado, em [mm], na seção considerada.
4.4.3.3 - Navios com Duas Anteparas Longitudinais
Para navios com duas anteparas longitudinais, a distribuição de tensões de cisalhamento no costado
e nas anteparas longitudinais pode ser determinada pelas seguintes fórmulas:
τ
AS
AL
Q T(x) . S . α
τ = ––––––––––––
Jy . t
[ N/mm2 ]
AS
α = 0,16 + 0,08 –––
AL
para o costado
AS
α = 0,34 - 0,08 ––––
AL
para anteparas longitudinais
= espessura do costado ou do chapeamento de antepara longitudinal, em (mm), na seção considerada
= área seccional do chapeamento do costado, em [cm2], dentro do pontal D
= área seccional do chapeamento de antepara longitudinal, em [cm2], dentro do pontal D
4.4.3.4 - Tensões de Cisalhamento Introduzidas pela Escoa na Antepara Longitudinal
ou no Costado
Onde as escoas nas anteparas transversais são apoiadas nas anteparas longitudinais ou no costado, as
forças de apoio destas vigas devem ser consideradas quando da determinação das tensões de cisalhamento
no costado ou nas anteparas longitudinais. A tensão de cisalhamento introduzida pela escoa na antepara longitudinal ou no costado pode ser determinada pela seguinte fórmula:
PSt
τ St = ––––––
bSt . t
[ N/mm2 ]
PSt = força de apoio da escoa, em [kN]
bSt = largura da escoa, incluindo a borboleta de extremidade (se existir), em [m], no ponto de apoio
τ
= espessura do chapeamento de antepara longitudinal ou do costado, em [mm], no ponto considerado.
A tensão de cisalhamento adicional τst deve ser somada à tensão de cisalhamento devida à flexão
longitudinal na seguinte área:
0,5 [m], em ambos os lados da escoa na direção longitudinal do navio
0,25 vezes largura da escoa, acima e abaixo da escoa.
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4.4.4 -
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Correção da Curva de Força Cortante em Águas Tranquilas
4.4.4.1 - Carregamento Alternado
No caso de carregamento alternado, a curva convencional de força cortante pode ser corrigida de acordo
com a transmissão direta de forças pela estrutura longitudinal do fundo nas anteparas transversais. Vide
Fig.4.5.
Figura 4.5
4.4.4.2 - Cálculo das Forças de Apoio da Grelha do Fundo nas Anteparas Transversais
As forças de apoio da grelha do fundo nas anteparas transversais podem ser determinadas por cálculo
racional de grelha ou aproximadamente, conforme 4.4.4.3.
4.4.4.3 - Soma das Forças de Apoio da Grelha do Fundo nas Anteparas Limites de Ré e de
Vante
A soma das forças de apoio da grelha do fundo nas anteparas limites de ré e de vante do porão considerado pode ser determinada pelas seguintes fórmulas:
∆Q = u . P - v . H* [kN]
P
= carga ou lastro, em [t], no porão considerado, incluindo eventuais conteúdos dos tanques de
fundo dentro da parte plana do fundo duplo.
H* = calado, em [m], no centro do porão
u,v = coeficiente de correção para carga e empuxo, como segue:
u = 10 . χ . m . b . h / V [kN/t]
v = 10 . χ . m . b [kN/m]
B
χ = ––––––––––
2,3 (B + m)
m
b
h
V
=
=
=
=
comprimento da parte plana do fundo duplo, em [m]
largura da parte plana do fundo duplo, em [m]
altura do porão, em [m]
volume do porão, em [m 3]
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4.5 - MOMENTOS FLETORES E FORÇAS CORTANTES ADMISSÍVEIS EM ÁGUAS TRANQUILAS
4.5.1 - Momentos Fletores Admissíveis em Águas Tranquilas
Para navios de projeto e formas convencionais, o momento fletor admissível em águas tranquilas, para
uma seção dentro do comprimento L, pode ser determinado pelas seguintes fórmulas:
M
SW (x)
= MT(x) - M
Wv(x)
[kN . m]
M W(x)
σ p(x) =
é tomado o menor valor de MT(x) = σp(x) .WD(a) (x) .103 [kN . m] e/ou
MT(x) = σp(x) .WB(a) (x) .103 [kN . m]
vide 4.2.2.2
tensão de flexão longitudinal admissível, em [N/mm2], como segue (vide, também, Fig. 4.6):
σ p(x)
σ p(x)
σ p(x)
(1/k). (75 + 250.x / L),
para x / L ≤ 0,3
150 / k,
para 0,3 ≤ x / L ≤ 0,7
(1/k). [150 - 250 (x / L-0,7)] , para 0,7 ≤ x / L ≤ 1,0
MT(x)
=
=
=
=
Em casos especiais, pode se admitir uma tensão maior nas extremidades da embarcação se a análise
detalhada das tensões, de acordo com 4.2.2.3, tiver sido realizada por métodos reconhecidos de cálculo, tal como o de elementos finitos.
W D(a) (x) = módulo de seção real no convés, em [ m3], na posição x.
W B(a) (x) = módulo de seção real do fundo, em [m3 ], na posição x.
Na região entre x / L = 0,3 até x / L = 0,7, o momento fletor admissível em águas tranquilas não deve
exceder o valor calculado para x / L = 0,5.
Figura 4.6
4.5.2 - Força Cortante Admissível em Águas Tranquilas
A força cortante admissível em águas tranquilas, para uma seção transversal dentro do comprimento L,
pode ser determinada pela seguinte fórmula:
Q
SW(x)
=Q
T(x)
-Q
W(x)
[kN]
Q W(x) vide 4.2.4.1
Q T(x) = força cortante admissível total, em [kN], para a qual a tensão de cisalhamento admissível
τp= 110/k (N/mm ) será alcançada porém não excedida em qualquer ponto da seção considerada.
4.6 - NAVIOS COM GRANDES ABERTURAS DE CONVÉS
4.6.1 - Generalidades
4.6.1.1 - Caracterização
Um navio é considerado como tendo grandes aberturas de convés se uma das seguintes condições se
aplica a uma ou mais aberturas de escotilha:
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a) (bL / BM) > 0,6
bL
=
mL
BM
mM
=
=
=
!
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SEÇÃO 4
PÁGINA .....................................................................
79
e/ou
b) (mL/ mM) > 0,7
largura de escotilha; no caso de escotilhas múltiplas, bL é a soma das larguras das escotilhas individuais
comprimento da escotilha
largura do convés medida no comprimento médio da abertura de escotilha
distância entre os centros das fiadas transversais de convés em cada extremidade de escotilha. Onde não existam quaisquer outras aberturas de escotilhas além daquelas em consideração, mM será especialmente considerado.
4.6.1.2 - Verificação das Tensões Combinadas
Em complemento às exigências de 4.2, para navios com grandes aberturas de convés, devem ser
verificadas as tensões combinadas devidas às flexões vertical e horizontal, à torção e ao carregamento
transversal. Para esta finalidade, deve ser calculada uma tensão nominal total como um valor de referência, a qual é composta de valores individuais de tensão.
4.6.2 - Tensões Combinadas
4.6.2.1 - Para a determinação dos elementos estruturais longitudinais do flange superior do casco, as
tensões individuais no convés resistente devidas às flexões vertical e horizontal, à torção e ao carregamento transversal, devem ser compostas na tensão nominal total pela fórmula seguinte:
2
σ nom = σ SW + σ Tor(s) + σ 2Wv + σ 2Wh + σ Q
+ σ 2Tor(W)
σSW
σWv
σWh
M Wh
=
=
=
=
MSW / (WD .103 ) [N/mm2 ] (tensão devida ao momento fletor em águas tranquilas)
MWv / (WD .103 ) [N/mm2 ] (tensão devida ao momento fletor vertical devido à onda)
MWh / (WZ .103 ) [N/mm2 ] (tensão devida ao momento fletor horizontal devido à onda)
momento fletor horizontal devido à onda, como segue:
M Wh = 1,25 . L 9/4 . (H + 0,3B).CB . (F+0,2).CM
F
CM
Wz
σQ
MQ
=
=
=
=
=
W1
=
[N/mm 2 ]
[kN . m]
0,164.vo /(L)1/2 = número de Froude
vide 4.2.2.2
módulo de seção, em [m3 ], na seção considerada, em relação ao eixo vertical
MQ / (10. W1) [N/mm2 ]
momento fletor em relação ao eixo z, em [kNm], o qual tensiona a viga formada pelo costado,
fiada do convés e braçola longitudinal da escotilha, devido a atuação da pressão externa da
água, conforme Seção 4, 4.2.2
menor módulo de seção, em [m3], da fiada do convés longitudinal incluindo o costado adjacente às escotilhas, na região das braçolas transversais, em relação ao eixo vertical. Quando calculando W1, todos os elementos estruturais longitudinais contínuos, dentro de 0,2 D
abaixo da linha de convés, podem ser incluídos. As braçolas longitudinais de escotilhas
somente podem ser incluídas se forem prolongadas suficientemente além das extremidades
das escotilhas.
Para navios porta-containers, com escotilhas com comprimento de aproximadamente 14m, σQ e σTor
podem ser determinados pelas seguintes fórmulas:
σQ = (H3 /D+ 0,0593. D. L). m2 L [ N/mm2 ]
7,2 . W1 . 103
σTor = mL . MTor / [ 6,4.(1+δ).D.W1.103 ] [ N/mm2 ]
σTor
=
tensão devida à torção do navio, consistindo de uma parcela estática σTor (s) e outra induzida
pela onda σTor (W)
!
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MTor
MTor
M Tor(w)
M Tor(w)
n
=
=
=
=
=
C WL
δ
δ
δ
=
=
=
=
λ1
=
λ2
=
λ3
=
l4
=
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80
momento torcional;
0,075.L.(B.CWL)3 + M Tor(w) [kN . m)
momento torcional estático;
50.n1/2.B [ kN . m]
número de containers de 20 pés (T.E.U.). Para navios que não são equipados com guias
de containers, n pode ser tomado como 0,01 x deslocamento, em [kN]
coeficiente da área de linha d’água correspondente ao calado máximo
0 (zero), quando é instalada uma escotilha
(3.λ2 + λ4 )/(2.λ3) , quando duas escotilhas são instaladas uma ao lado da outra
[ λ1 . λ2 + 1/6 . λ4 (λ1 + 2 . λ2 ) +λ22 ] / [ λ1 .λ2 + 1/6 . λ3 ( λ1 + 2 . λ2 )] , quando três escotilhas
são instaladas uma ao lado da outra
largura da escotilha central, dividida pelo momento de inércia em relação ao eixo vertical
da fiada de convés transversal entre duas escotilhas centrais
largura da escotilha (no caso de três escotilhas uma ao lado da outra, largura da escotilha
externa), dividida pelo momento de inércia em relação ao eixo vertical da fiada de convés
transversal entre as escotilhas (externas)
comprimento da escotilha, dividido pelo momento de inércia em relação ao eixo vertical da
sicorda entre as escotilhas
comprimento da escotilha, dividido pelo momento de inércia em relação ao eixo vertical da
fiada de convés (incluindo o costado) adjacente à escotilha.
4.6.2.2 - Limite da Tensão Nominal no Convés Resistente
A tensão nominal total no convés resistente não deve exceder o seguinte valor:
σ
nom
= 225 / k [ N/mm²]
Para obedecer a este critério de tensão combinada, recomenda-se, para efeito de aproximação na determinação dos escantilhões, que o módulo de seção exigido em 4.3.1.3, para o momento fletor vertical
total, seja aumentado em 10%
4.6.3 - Comprovação de Tensões por Análise Especial de Tensões
Quando as tensões no convés resistente, devidas à torção e/ou carregamento transversal, excedem os
seguintes valores limites, será exigida uma análise especial de tensões por cálculo racional. Caso
contrário, a análise de tensão, conforme definida em 4.6.2, será suficiente.
Valores limites de tensão:
σ Tor(s) + σ Tor(s) ≤ 130 / k [N/mm2 ]
σ Q ≤ 110 / k [N/mm2 ]
!
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COSTADO .................................................................. SEÇÃO 5
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SEÇÃO 5
CHAPEAMENTO DO FUNDO E DO COSTADO
5.1 - GENERALIDADES
5.1.1 - Orientações Específicas
5.1.1.1 - Fundo Reforçado a Vante
Conforme a Seção 5, item 5.5
5.1.1.2 - Reforços do Chapeamento do Costado nas Extremidades de Superestruturas
Conforme a Seção 14
5.1.2 - Definições
k
PB
PS
n1
n1
σB
σB
=
=
=
=
=
=
=
τK
c
a
b1
D
=
=
=
=
=
D’
=
H
L
B
=
=
=
fator de material, conforme a Seção 2, item 2.1.4
carregamento sobre o fundo, em [ kN/m2 ],conforme a Seção 3, 3.2.3
carregamento sobre os costados, em [ kN/m2 ], de acordo com a Seção 3, item 3.2.2
8,1 para cavernamento transversal
6,5 para cavernamento longitudinal
tensão normal longitudinal máxima no fundo [ N/mm2 ]
10-3 .M T / WB , conforme a Seção 4, item 4.3.1.3. Para uma primeira aproximação, σB pode
ser tomado como 120/k [ N/mm2 ].
acréscimo na espessura devido à corrosão, de acordo com a Seção 2, item 2.10
1 + 3 (a/b1 ) 2
espaçamento entre cavernas (ver 1.6), em [m]
maior largura do painel de chapa.
pontal (ver 1.6), em [m]. Para navios com troncos contínuos ou braçolas contínuas, o pontal
fictício
eB + e’D deve ser usado em vez do pontal da regra D; para eB e e’D , ver Seção 4, itens 4.1.3
e 4.3.4.1
calado (ver item 1.6), em [m]
comprimento (ver item 1.6), em [m]
boca (ver item 1.6), em [m]
5.2 - CHAPEAMENTO DO FUNDO
5.2.1 - Chapeamento Dentro de 0,4 L, a Meia-Nau
5.2.1.1 - Espessura
A espessura do chapeamento do fundo não deve ser menor que:
t = n1.a.
p B .k
16,5 + L
(1 +
50
L
D
) + tk
300 25
[mm]
!
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A espessura não pode ser inferior à espessura crítica definida em 5.2.2, nem à espessura nas extremidades fornecida em 5.2.3.1.
5.2.2 - Espessura Crítica de Chapa
Para navios para os quais a comprovação de resistência longitudinal é exigida, a espessura não deve ser
menor que a espessura crítica da chapa, conforme as seguintes fórmulas:
t crit = 2,14.a. σ DB
[mm],
para
cavernamento
transversal
t crit = 1,30.a. σ DB
[mm],
para
cavernamento
longitudinal
σDB = tensão máxima de compressão no fundo devido à flexão longitudinal em [ N/mm2 ]
5.2.3 - Chapeamento do Fundo Fora de 0,4 L a Meia-Nau
5.2.3.1 - Espessura
A espessura das extremidades para 0,1.L, a partir da PPAR, e para 0,05.L, a partir da PPAV, respectivamente, não deve ser menor que o maior valor obtido das seguintes fórmulas:
[mm ]
t 1 = 1,36.a. p B .k + t k
t 2 = (1,425 - 0,0095.L). L.k
t 2 = 0,95. L.k
t 2max. = 16
L
tk
[mm]
[mm ]
para
para
L .....
≥ 50
L < 50
[m]
[m]
[mm]
não necessita ser tomado maior que 12.D.
= margem para corrosão
5.2.3.2 - Redução Gradual das Espessuras
As espessuras devem ser gradativamente reduzidas, partindo das espessuras a meia-nau, até as espessuras nas extremidades obtidas de 5.2.3.1; entretanto, elas não devem ser menores que t1, tomando em
consideração o espaçamento de cavernas real na posição considerada.
As espessuras exigidas para o fundo reforçado, a vante, conforme 5.5.4, devem ser observadas.
5.2.4 - Fiada do Bojo
5.2.4.1 - Escantilhões
A espessura da fiada do bojo, dentro da parte curva, deve ser a mesma que a do chapeamento do
costado, onde o cavernamento transversal é adotado para os costados. Quando for adotado o cavernamento
longitudinal para o fundo e costados, ela deve ser a mesma do chapeamento do fundo.
A largura da fiada do bojo não deve ser menor nem maior que:
b min = 800 + 5.L [mm]
b max = 1800 [mm]
5.2.4.2 - Fiada do Bojo Não Reforçada por Longitudinais
5.2.4.2.1 - Tensão Axial Crítica
σ lki = 1,27.105 (t’/r) [N/mm2 ]
!
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t’
t
r
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= t - t k [mm]
= espessura da chapa, em [mm]
= raio do bojo, em [mm] - ver fig. 5.1
Figura 5.1
5.2.4.2.2 - Pressão Externa Crítica
p ki = 1,9.10 5.(
m
t' 2  t' m
t' 
) . +

m  r
r 1,05.r 
[N/mm 2 ]
= vão livre, sem apoio, da fiada do bojo, em [mm], isto é, o espaçamento dos gigantes de fundo;
ver, também, Fig.5.1.
5.2.4.2.3 - Tensões Críticas no Caso de Carregamento Composto
σ ki = σ 1ki 1 −
pa
σL
pa
p ki
[N/mm 2 ]
= pressão hidrostática externa = 10-2 .H [N/mm2 ]
(σ ki /σL) ≥ 1,0
= tensão máxima de compressão devida à flexão longitudinal na região da fiada do bojo, em [N/m2].
5.2.4.2.4 -Escantilhões dos Longitudinais Adjacentes ao Bojo
Vide Seção 8, item 8.2.3.6
5.2.5 - Chapa-Quilha e Fiada Adjacente (Fiada de Resbordo)
5.2.5.1 - Largura
A largura da chapa-quilha não deve ser menor nem maior que:
b min = 800 + 5.L [mm]
b max = 1800 [mm]
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5.2.5.2 - A espessura da chapa-quilha, dentro de 0,7 L, a meia-nau, não deve ser menor que:
t Fk = t + 2,0 [mm]
t = espessura do chapeamento de resbordo, em [mm]
A espessura da chapa-quilha pode ser reduzida em 10%, dentro de 0,15 L das extremidades. Esta
redução não é permitida na região dos jazentes do motor. Em nenhum lugar a espessura da chapa-quilha
deve ser menor que aquela do chapeamento de resbordo.
5.2.5.3 - Barra-quilha
Onde for colocada uma barra-quilha, a fiada de resbordo deve ter os escantilhões de uma chapa-quilha.
5.3 - CHAPEAMENTO DO COSTADO
5.3.1 - Chapeamento Dentro de 0,4 L a Meia-Nau
5.3.1.1 - Espessura
A espessura do chapeamento do costado não deve ser menor que o maior dos seguintes valores.
t = n1.a.
H.k
L
D

.1 +
−
 + tk
1,8 + (6.L)/1000 
600 50 
[mm]
ou
t2 (espessura nas extremidades), conforme 5.2.3
tk = margem para corrosão
5.3.1.2 - Redução das Fiadas
Uma redução das fiadas acima de aproximadamente 0,2.D, a partir da linha de base, pode ser permitida
até a espessura t3, como requerido em 5.3.2, desde que o nível de tensão permita que tal redução seja
feita.
5.3.1.3 - Tensões de Cisalhamento nas Regiões de Grande Força Cortante
Em regiões de grande força cortante, as tensões de cisalhamento devem ser verificadas, de acordo com
a Seção 4, item 4.4.
5.3.2 - Chapeamento do Costado Fora de 0,4 L a Meia-Nau
5.3.2.1 - Espessura
A espessura da chapa nas extremidades, para 0,1 L a partir da PPAR, e para 0,05 L da PPAV, não deve
ser menor que o maior dos dois seguintes valores:
t3 = 1,2.a.(ps.k)1/2 + t k [mm]
ou
t2 conforme o item 5.2.3.1
5.3.2.2 - Redução das Espessuras
As espessuras das chapas devem ser reduzidas na direção das extremidades, de acordo com item
5.2.3.2.
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5.3.3 - Fiada do Cintado
5.3.3.1 - Largura
A largura da fiada do cintado não deve ser menor nem maior que:
b min = 800 + 5.L [mm]
b max = 1800 [mm]
5.3.3.2 - Espessura
A espessura da fiada do cintado, dentro de 0,4 L, a meia-nau, não deve ser, geralmente, menor que a
espessura para o convés resistente. Entretanto, a espessura não deve ser menor que a espessura
exigida para o chapeamento do costado, dentro de 0,4 L, a meia-nau. Dependendo do sistema estrutural
(transversal ou longitudinal), a espessura, dentro de 0,4 L, a meia-nau, não deve ser menor que a espessura, crítica do convés resistente, conforme Seção 6, item 6.1.5.2.
A espessura pode ser gradualmente reduzida na direção das extremidades até à espessura do
chapeamento do costado nas extremidades. Entretanto, a diferença na espessura entre duas chapas
adjacentes não deve ser maior que 10% da espessura do cintado, dentro de 0,4 L, a meia-nau.
5.3.3.3 - Raio de Ligação do Trincaniz com o Cintado
Quando a ligação do trincaniz com o cintado for arredondada, o raio deve ter, no mínimo, 15 vezes a
espessura da chapa.
5.3.3.4 - Em navios excedendo 60m de comprimento não é permitido, em princípio, solda na borda
superior do cintado, dentro de 0,6 L, a meia-nau. Os recortes para embornais e outras aberturas devem
ser cuidadosamente arredondados, sendo evitados quaisquer entalhes.
5.4 - CHAPEAMENTO EXTERNO DE SUPERESTRUTURAS
5.4.1 - Em navios com superestruturas cujo convés é considerado como convés resistente (vide Seção 6,
item 6.1), e onde as superestruturas se estendem por, pelo menos, 0,4 L, a meia-nau, o chapeamento
externo para todo o navio pode ser determinado de acordo com a altura do convés de superestrutura.
Para a transição no convés principal, ver Seção 15, item 15.1.3.
5.4.2 - Quando o convés de uma superestrutura é considerado como convés resistente e uma antepara
extrema da superestrutura se situa dentro de 0,4 L, a meia-nau, a fiada do cintado da superestrutura
deve ter a espessura do convés da superestrutura, mas não deve ser menor que a espessura do
chapeamento do costado. As espessuras restantes do chapeamento externo devem ser determinadas
de acordo com a altura do convés contínuo mais elevado.
5.4.3 - As espessuras do chapeamento externo de superestruturas não efetivas, cujo convés não é
considerado como convés resistente, devem ser determinadas de acordo com a Seção 15.
5.5 - REFORÇOS NO FUNDO A VANTE
5.5.1 - Região de Reforço
5.5.1.1 - Estrutura do Fundo na Parte de Vante
A estrutura do fundo na parte de vante deve ser reforçada nas seguintes regiões, à ré da perpendicular
de vante:
0,25 L, quando a máquina for a meia-nau
0,30 L, quando a máquina for a ré
5.5.1.2 - Navios de Velocidade Superior a 1,6.L1/2 nós
Em navios cuja velocidade excede 1,6.L1/2 [nós], pode ser exigida uma eventual extensão destas regiões
na direção à ré.
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5.5.2 - Arranjo das Hastilhas
Para cavernamento transversal, devem ser montadas, em cada caverna, hastilhas cheias. Onde for
adotado um cavernamento longitudinal ou sistema de longarinas de fundo, o espaçamento de hastilhas
cheias pode ser igual a dois espaços das cavernas transversais.
5.5.3 - Arranjo das Longarinas Laterais
Para cavernamento tranversal, o espaçamento das longarinas laterais não deve exceder L/250 + 0,9 [m]
até um máximo de 1,4 [m]. Onde for adotado o sistema de cavernamento longitudinal ou sistema de
longarina de fundo, a distância entre as longarinas laterais não deve ser superior a dois espaçamentos de
longitudinais.
5.5.4 - Chapeamento de Fundo
5.5.4.1 - As chapas de fundo instaladas, parcial ou totalmente, na parte plana das regiões especificadas
em 5.5.1.1, devem ser reforçadas conforme 5.5.4.2 e 5.5.4.3. O reforço é exigido em toda extensão.
5.5.4.2 - A espessura da chapa deve ser obtida por interpolação entre a espessura exigida, conforme a
alínea a), e a espessura não reforçada (reduzida) nessa região.
a) espessura da chapa
t = 2,5.a.(L.k)1/2. f 2 + ∆ t
f2 = [ 1,1 - 0,5 (b/c)2 ]1/2 ;
[mm]
f2 max = 1,0
b = menor largura do painel de chapa
c = maior largura do painel de chapa
a = espaçamento entre cavernas (longitudinais ou transversais) em 0,2.L a vante, em [m]
Quando a velocidade do navio excede 1,2.L1/2 [nós] ou 10 nós, a espessura da chapa deve ser adicionalmente aumentada em ∆t = 0,5 mm, para cada nó excedendo o maior dos valores acima. O aumento ∆t,
devido a velocidade mais alta, no entanto, não deve ser tomado menor que 0,5 mm e não necessita
exceder 2 mm.
b) reforços: onde for adotado o sistema de cavernamento transversal, a chapa-quilha e o chapeamento do
fundo devem ser reforçados por meio de longitudinais intercostais entre as longarinas laterais.
As longitudinais devem ser prolongadas para vante tanto quanto for possível. Quaisquer recortes nas
longitudinais devem se restringir às passagens necessárias para solda e drenagem
O módulo de seção dos reforços não deve ser menor que:
W = (3 . L - 80). 0,95 [cm3 ]
5.5.4.3 - Prolongamento das Longitudinais de Fundo em Função do Sistema Estrutural Adotado
Se for adotado o sistema de cavernamento longitudinal ou o sistema de longarinas de fundo, as longitudinais de fundo devem ser prolongadas para vante tanto quanto for possível. Para o dimensionamento das
longitudinais, o vão livre não deve ser tomado maior que 1,8 m.
5.6 - REFORÇOS NA REGIÃO DE CADASTES, PÉS-DE-GALINHA E BOLINAS
5.6.1 - O chapeamento no cadaste ou nos pés-de-galinha deve ser reforçado. Chapas conformadas a
quente devem ter, no mínimo, a espessura das chapas de meia-nau, após terem sido conformadas.
5.6.2 - Na região dos pés-de-galinha e dos bossos de eixos, a espessura do chapeamento externo deve
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ser a mesma conforme requerido para a região a 0,4 L a meia-nau. Na região das hastes dos pés de
galinha o chapeamento deve ser reforçado para 1,5 vezes a espessura, a meia-nau.
5.6.3 - No cadaste, nas regiões de união do cadaste do leme com o chapeamento externo, a espessura
do chapeamento externo deve ser igual à espessura dos cadastes e, no mínimo, 1,25 vezes a espessura
do chapeamento externo, a meia-nau.
5.6.4 - Quando as rotações do hélice ultrapassam aproximadamente 300 rpm, devem ser previstos
reforços intercostais acima ou à vante do hélice, para reduzir o tamanho dos painéis do chapeamento do
fundo. Esta providência é particularmente importante no caso de fundos chatos na região do hélice.
As hastilhas do tanque de colisão, acima do propulsor, devem ser reforçadas.
5.6.5 - Bolinas devem ser soldadas ao chapeamento externo de uma maneira que não permitam avarias
no chapeamento, em caso de encalhes. Portanto, no chapeamento externo, devem ser previstas barras
chatas sobrepostas sob as bolinas. Essas barras chatas devem ter solda contínua em todo o contorno.
5.7 - ABERTURAS NO CHAPEAMENTO EXTERNO
5.7.1 - Generalidades
5.7.1.1 - Quando forem cortadas aberturas no chapeamento externo, para janelas ou vigias, buzinas,
embornais, válvulas de costado, etc., elas devem ter bordas bem arredondadas. Se elas excedem 500
mm, na largura, em navios até L = 70m, e 700mm, em navios com comprimento L de mais de 70m, as
aberturas devem ser circundadas por um reforço, que pode ser chapa mais grossa ou chapa sobreposta.
5.7.1.2 - Acima de aberturas no cintado, dentro de 0,4 L, a meia-nau, deve ser prevista, geralmente, uma
chapa reforçada compensando a área seccional da chapa suprimida. Para portas de costado e grandes
aberturas similares, vide 5.8 e 5.9. É exigido reforço especial, na região das aberturas no cintado, nas
extremidades de superestruturas.
5.7.1.3 - O chapeamento externo deve ser reforçado na região dos escovens, na proa.
5.7.1.4 - O chapeamento do fundo deve ser reforçado sob cada tubo de sondagem com uma chapa mais
grossa ou uma chapa sobreposta.
5.7.2 - Ligações de Tubos ao Chapeamento Externo
Tubos de embornais e válvulas de costado devem ser ligados ao chapeamento externo por meio de
flanges soldados. Em vez de flanges soldados, podem ser utilizadas luvas flangeadas de espessura
adequada, caso eles sejam soldados ao chapeamento externo de maneira apropriada. Os desenhos de
construção devem ser submetidos para aprovação.
5.8 - PORTAS DE PROA
5.8.1 - Generalidades
5.8.1.1 - As informações detalhadas e as exigências para o projeto e a construção de portas de proa,
podem ser obtidas com o Bureau Colombo. Fornecem-se, a seguir, algumas informações preliminares.
5.8.1.2 - Portas de proa devem estar situadas acima do convés de borda-livre.
5.8.1.3 - As portas devem ter resistência, pelo menos, igual à da estrutura adjacente.
5.8.1.4 - Quando forem instaladas portas de proa do tipo viseira ou portas repartidas, devem ser colocadas portas internas estanques. Para esta finalidade, pode ser utilizada uma rampa para veículos. Quando a porta de proa conduzir a uma superestrutura longa, a porta interna deve ser parte da antepara de
colisão.
5.8.1.5 - Portas de proa devem ser instaladas de tal forma que assegurem estanqueidade adequada sob
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condições operacionais e proteção adequada das portas internas. Portas de proa conduzindo a compartimentos de superestruturas devem ser instaladas com dispositivos de fechamento estanque ao tempo.
5.8.1.6 - Portas internas devem ser munidas de atracadores e serem estanques ao tempo.
5.9 - PORTAS LATERAIS E DE POPA
5.9.1 - Generalidades - As informações detalhadas e as exigências para o projeto e a construção de
portas laterais e de popa podem ser obtidas com o Bureau Colombo. Fornecem-se, a seguir, algumas
informações preliminares.
5.9.1.1 - Em geral, as portas não devem se estender abaixo da linha-d’água carregada. Em embarcações
de passageiros, a extremidade inferior das portas de casco deve estar acima da linha-d’água de carga.
5.9.1.2 - As portas devem ter resistência, pelo menos, igual à da estrutura adjacente.
5.9.1.3 - As portas deverão, preferencialmente, abrir para fora.
5.9.1.4 - Nos cantos das portas devem ser colocadas chapas de reforço que devem se estender por, pelo
menos, 1,5 espaçamentos de cavernas em cada lado das portas.
5.9.1.5 - As aberturas das portas no casco devem ter cantos arredondados e adequada compensação
deve ser feita, colocando-se cavernas nos lados e longitudinais, acima e abaixo.
5.10 - BORDAS-FALSAS
5.10.1 - A espessura do chapeamento da borda-falsa não deve ser menor que:
t = 0,95 . (0,75 - L/1000). L1/2 [mm]
A espessura do chapeamento da borda-falsa na parte de vante particularmente exposta à água do mar,
deve ser igual à espessura do chapeamento do costado do castelo de proa, conforme Seção 15, item
15.2.1.
Na região de superestruturas acima do convés de borda- livre, à ré de 0,25 L, a partir da perpendicular de
vante, a espessura do chapeamento da borda-falsa pode ser reduzida em 0,5 mm.
5.10.2 - A altura da borda-falsa ou altura da balaustrada não deve ser menor que 1,0m.
5.10.3 - As bordas-falsas de chapa devem ser reforçadas na borda superior por um perfil.
5.10.4 - A borda-falsa deve ser apoiada por prumos montados em cada caverna alternada. Quando os
prumos são projetados, conforme Fig. 5.2, o módulo de seção de suas seções transversais efetivamente
ligadas ao convés não deve ser menor que:
W = 4 . ps . e . m2 [cm3 ]
ps
e
m
= carga, em [kN/m2 ] conforme Seção 3, item 3.2.2 ; p smin = 15 kN/mm2
= espaçamento dos prumos, em [m]
= comprimento dos prumos, em [m]
Os prumos devem ser montados acima dos vaus, borboletas de vaus e intercostais. É recomendado
prever barras chatas na parte inferior, as quais são efetivamente ligadas ao chapeamento do convés.
Particularmente em navios cujo convés resistente é feito em aço de alta resistência, devem ser
estabelecidas transições suaves na ligação de extremidades das barras chatas ao convés.
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Figura 5.2
5.10.5 - Em navios transportando cargas de convés, as bordas-falsas devem ser apoiadas por prumos de
perfil bulbo, os quais devem ser ligados às bordas-falsas sobre seu maior comprimento possível. Sua
ligação ao convés deve ser de resistência adequada. Quando a borda-falsa de vante é reforçada de
acordo com 5.10.1, o espaçamento dos estais deve ser reduzido.
5.10.6 - Na borda-falsa, deve ser estabelecida uma quantidade adequada de juntas de expansão. Na
direção longitudinal, os prumos adjacentes às juntas de expansão devem ser, tanto quanto possível,
flexíveis. É recomendado estabelecer a seguinte quantidade mínima de juntas de expansão n, em função
do comprimento L:
L
n
40
-
60
1-2
80
2
100
2-3
5.10.7 - As bordas-falsas não devem ser cortadas para aberturas nas proximidades das extremidades de
superestruturas. Para evitar fissuras, a ligação das bordas-falsas aos apoios das casarias deve ser
cuidadosamente projetada.
5.10.8 - Quando os estais dos mastros de carga estão ligados às bordas-falsas, as bordas-falsas e os
prumos das bordas-falsas devem ser adequadamente reforçados. Na região de buzinas, a borda-falsa
deve ser reforçada.
5.10.9 - Para a ligação das bordas-falsas com o cintado, deve ser observado o requerido em 5.3.3.4.
5.10.10 - Quando os prumos de borda-falsa são submetidos ao carregamento de containers, bem como
dos dispositivos de estiva e peiação de containers, devem ser observadas as seguintes tensões admissíveis:
σ b = 125 N/mm2
τ = 80 N/mm2
Ver, também, Tomo 2, Seção XIX, item 19.7.3
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SEÇÃO 6
CONVESES
6.1 - CONVÉS RESISTENTE
6.1.1 - Generalidades
6.1.1.1 - Para os graus dos aços, devem ser observadas as exigências da Seção 2.
6.1.1.2 - O convés resistente é:
a) O mais alto convés contínuo, o qual forma o flange superior da estrutura longitudinal principal;
b) Um convés de superestrutura que se estenda na região de 0,4 L, a meia-nau, e cujo comprimento
excede 0,15 L. Conveses de superestruturas com comprimento menor que 12 m não necessitam ser
considerados como conveses resistentes; e
c) Um convés parcial ou o convés de uma superestrutura rebaixada que se estenda na região de 0,4 L, a
meia-nau.
6.1.1.3 - Na região de um convés de superestrutura, que deve ser considerado como um convés resistente, o convés abaixo do convés de superestrutura deve ter os mesmos escantilhões que os do segundo
convés, e o convés abaixo deste convés, os mesmos escantilhões que os do terceiro convés.
As espessuras do chapeamento do convés resistente devem ser prolongadas dentro da superestrutura
por uma distância igual à largura do chapeamento do convés ao lado das escotilhas. Para o reforço do
trincaniz nas transições, ver Seção 14, item 14.1.4
6.1.1.4 - Em navios de projeto convencional, a largura mínima bD do chapeamento do convés resistente
contínuo ao lado das aberturas no convés resistente (escotilha, gaiuta da máquina) de um comprimento
m deve ser tal que b/m ≤ 1/16. Podem ser permitidos desvios dos coeficientes citados, onde a equivalência a navios de projeto convencional, do ponto de vista da resistência longitudinal, torsional e transversal,
seja comprovada por cálculos.
6.1.1.5 - Para navios com uma velocidade de v ≥ 1,6 (L)1/2 [nós], podem ser exigidos reforços adicionais
do convés resistente e do cintado.
6.1.2 - Ligação entre Convés Resistente e Cintado
6.1.2.1 - A ligação soldada entre o convés resistente e o cintado pode ser efetuada por soldas de filete,
de acordo com a Seção 17, tabela 17.1. Quando a espessura da chapa excede aproximadamente
25mm, em vez de soldas-filete deve ser prevista soldagem com penetração total, de acordo com a Seção
17, item 17.2.4. É admissível um chanfro do trincaniz, até 0,65 vezes a sua espessura, na região da
ligação soldada. Em casos especiais, pode também ser exigida uma ligação com penetração total, onde
a espessura da chapa for menor que 25mm.
6.1.2.2 - Quando a ligação do trincaniz com o cintado for arredondada, o raio deve ter, no mínimo, 15
vezes a espessura da chapa.
6.1.3 - Abertura no Convés Resistente
6.1.3.1 - Todas as aberturas no convés resistente devem ter cantos bem arredondados. Aberturas circulares devem ter bordas reforçadas. A área seccional da barra-face de reforço não deve ser menor que:
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f = 0,25 . d . t [cm2 ]
d
t
= diâmetro das aberturas, em [cm]
= espessura do convés, em [cm]
A barra-face de reforço pode ser dispensada, quando o diâmetro for menor que 300 mm e a menor
distância de uma ou outra abertura for, pelo menos, 5 vezes o diâmetro da menor abertura. A distância
entre a borda externa das aberturas para tubos, etc., e o costado do navio, não deve ser menor que o
diâmetro da abertura.
6.1.3.2 - Os cantos das aberturas de escotilhas devem ser circundados por chapas reforçadas que são
prolongadas sobre, no mínimo, um espaçamento de caverna em sentido longitudinal e transversal do
navio. Dentro de 0,5 L, a meia-nau, a espessura da chapa reforçada deve ser igual à espessura do
convés ao lado da escotilha, somada à espessura do convés entre as escotilhas. Fora da região de 0,5
L, a meia-nau, a espessura da chapa reforçada não necessita exceder 1,6 vezes a espessura do
chapeamento do convés ao lado da escotilha.
6.1.3.3 - O raio de arredondamento do canto da abertura de escotilha não deve ser menor que:
r = n . b [1 – (b/B)] ; rmin = 0,1 [m]
n
m
b
B
= m/200 [m] ; nmin = 0,1 [m] ; nmax = 0,25 [m]
= comprimento da escotilha, em [m]
= largura, em [m], da escotilha ou largura total (somatória das larguras) das escotilhas, no caso de
escotilhas múltiplas; b/B não necessita ser menor que 0,4.
= boca da embarcação (ver item 1.6), em [m]
6.1.3.4 - Quando os cantos das aberturas de escotilhas são elípticos ou parabólicos, o reforço, conforme
6.1.3.2, não é exigido, a menos que espessuras maiores nos cantos sejam resultantes do cálculo de
resistência das vigas limites das aberturas de escotilhas.
As dimensões dos cantos elípticos e parabólicos devem ser conforme mostradas na Figura 6.1:
a≥2c
c = r ,conforme 6.1.3.3
Figura 6.1
Quando são utilizados valores menores para a e c, são exigidas chapas inseridas reforçadas, que serão
consideradas em cada caso individual.
6.1.3.5 - Pode ser exigido que as chapas inseridas sejam reforçadas além do requerido em 6.1.3.2 ou
6.1.3.4, onde ocorrem tensões comparativamente altas no convés resistente, devido à flexão longitudinal, torsão e carregamento transversal, como, por exemplo, em navios com grandes aberturas de escotilha em relação à boca do navio.
6.1.3.6 - Nos cantos das gaiutas de praça de máquinas, também podem ser exigidos reforços, conforme
6.1.3.2, dependendo da posição e dimensões da gaiuta.
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6.1.3.7 - Ao dimensionar o chapeamento ao lado das braçolas de escotilhas, deve ser observado o
cálculo de resistência das vigas limites das aberturas de escotilhas.
6.1.3.8 - Quando aberturas são cortadas no convés resistente para ventilação, acessos, etc., geralmente
os reforços devem ser colocados de forma que seja mantida a resistência original do convés. Vide
Seção 4, item 4.3.4.2 com relação às exceções.
6.1.4 - Escantilhões de Convés Resistente para Navios até 65m de Comprimento
Os escantilhões do convés resistente para navios para os quais nenhuma comprovação de resistência
longitudinal é requerida, isto é, em geral para navios com comprimento L ≤ 65m, devem ser tais que a
área da seção transversal do convés resistente dentro de 0,4 L, a meio-navio, seja determinada de modo
a atender os requisitos para o módulo mínimo de seção da seção mestra, definido na Seção 4, 4.3.2.
6.1.5 - Escantilhões de Convés Resistente para Navios Excedendo 65m de Comprimento
6.1.5.1 - Área Seccional de Convés para 0,4 L, a Meia-Nau
6.1.5.1.1 - A área seccional do convés ao lado das escotilhas deve ser determinada de forma que o
módulo de seção da seção-mestra esteja de acordo com os requisitos da Seção 4, item 4.3.
6.1.5.1.2 - Em navios-graneleiros, as áreas seccionais das anteparas longitudinais dos tanques de asas
superiores podem ser incluídas no cálculo do módulo de seção da seção-mestra, caso se estendam por,
pelo menos, a 0,4 L, a meia-nau.
6.1.5.2 - Espessura Crítica de Chapas
6.1.5.2.1 - Quando o convés possuir cavernamento transversal, a espessura da chapa ao lado das
escotilhas não deve ser menor que:
t crit = 2,7.a.
σD
c
L
b1
a
=
=
=
=
=
σD
c
[mm]
tensão máxima de compressão devido à flexão longitudinal, em [N/mm2].
1+3.(a/b1) 2
comprimento da embarcação, em [m] (ver 1.6)
largura do painel da chapa, em [m].
espaçamento entre cavernas, em [m] (ver 1.6)
6.1.5.2.2 - Quando o convés possuir cavernamento longitudinal, a espessura da chapa ao lado das
escotilhas não deve ser menor que:
t crit = 1,35. a . σ D
a
σD
[mm]
= espaçamento entre cavernas, em [m] (ver 1.6)
= tensão máxima de compressão devido à flexão longitudinal, em [N/mm2].
6.1.5.2.3 - Não são permitidas reduções na espessura crítica de chapa, devido à navegação restrita.
6.1.5.3 - Trincaniz
Quando a espessura do chapeamento do convés for menor que aquela do chapeamento do costado,
deve ser instalada uma chapa trincaniz, tendo a largura do cintado e a espessura do chapeamento do
costado.
6.1.5.4 - Espessura Mínima
Após todos os cálculos e eventuais deduções de restrições de navegação, a espessura do convés
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resistente na região de 0,4L, a meia-nau, ao lado das escotilhas, não deve ser menor que o maior dos
dois valores seguintes:
tmin = (4,5 + 0,05. L) k1/2 [mm]
ou
tE calculado em 6.1.5.5
k
k
L
= fator de material, conforme Seção 2
= 1,0, para aço naval comum
= comprimento da embarcação, em [m]
6.1.5.5 - Espessura nas Extremidades da Embarcação
A espessura do chapeamento do convés resistente, na região de 0,1 L das extremidades, não deve ser
menor que:
tE = 1,2.a. p1/2 + tk [mm] ;
tEmin = 0,95. (5,5 + 0,02.L) [mm]
L
p
a
tk
=
=
=
=
comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]
pD ou pL , de acordo com Seção 3, item 3.2.1 ou 3.3.1, tomando-se o maior valor dos dois
espaçamento entre cavernas, em [m]
acréscimo para corrosão (ver Seção 2, 2.10), em [mm]
Na região de 0,1 L das extremidades, a área seccional do convés, fora da região de aberturas, não deve
ser menor que:
FE = 2.B.tE [cm2]
tE
B
= espessura nas extremidades, em [mm]
= boca da embarcação (ver 1.6), em [m]
Entre a área seccional FE e a área seccional exigida em 0,4 L a meio-navio, as áreas devem ser gradualmente escalonadas.
6.1.5.6 - Espessura do Chapeamento entre as Escotilhas
A espessura do chapeamento do convés resistente entre as escotilhas, não deve ser menor que o valor
obtido pelas seguintes fórmulas:
tm1 = 11,4.a
[mm] ou
tm2 = 0,95.(5,0 + 0,02.L) [mm]
L
a
= comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]
= espaçamento entre cavernas, em [m]
6.2 - CONVESES INFERIORES
6.2.1 - Conveses para Suportar Carga
6.2.1.1 - A espessura da chapa não deve ser menor que:
t = 1,20.a. (pL / k) 1/2 + tk [mm]
tmin
tmin
=
=
0,95. (5,5+0,02.L). k [mm], para o segundo convés
5,7 [mm] ,
para os conveses inferiores ao segundo
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L
pL
a
tk
k
=
=
=
=
=
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comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]
carregamento devido à carga, de acordo com Seção 3, item 3.3.1
espaçamento entre cavernas, em [m]
acréscimo para corrosão (ver Seção 2, 2.10), em [mm]
fator de material, conforme a Seção 2; k = 1,0 para aço naval comum.
6.2.1.2 - Deve ser verificada a resistência à flambagem dos painéis de chapa, de acordo com 6.1.5.2,
entretanto, não é exigido um valor mínimo da tensão de compressão σD .
6.2.1.3 - Para a obtenção da espessura do chapeamento entre a abertura de escotilhas e a borda da
embarcação, e do chapeamento adjacente às braçolas de vante e de ré, deve-se levar em consideração
o cálculo de resistência das vigas limites das aberturas de escotilhas.
6.2.2 - Dimensionamento de Conveses para Carregamento sobre Rodas (trailers, carros de passeio, empilhadeiras, etc.)
6.2.2.1 - A espessura do chapeamento de conveses para carregamentos sobre rodas deve ser determinada pela seguinte fórmula:
t = c.(P.k) 1/2 + 1,5
P
Q
n
c
[mm]
= Q/n : carga, em [kN], de roda ou grupos de rodas sobre um painel de chapa de dimensões a x b
(fig.6.2)
= carga por eixo, em [kN]. Para empilhadeiras, Q deve, geralmente, ser o peso total da empilhadeira.
= número de rodas ou grupo de rodas por eixo; no caso de rodas estreitamente espaçadas, estas
podem ser agrupadas em uma única área de contato.
= fator, conforme as fórmulas abaixo (para carregamento sobre rodas somente nas condições de
porto, o fator c pode ser reduzido em 5%, ou seja, deve-se considerar 95% do valor calculado):
1) para b/a = 1
c = 1,9
f 
f
. 3,5 - 4,5. 
F 
F
c = 1,22
0,41.
f
F
para
0<
f
≤ 0,3
F
para
0,3 <
para
0<
para
0,3 <
f
≤ 1,0
F
2) para b/a ≥ 0,25
c = 2,04
f 
f
. 5,4 - 7,2. 
F 
F
c = 1,21 - 0,5.
f
F
f
≤ 0,3
F
f
≤ 1,0
F
3) para valores intermediárioa de a/b o fator “c” é obtido por interpolação direta
k
f
F
a
b
=
=
=
=
=
fator de material conforme Seção 2,
área de contato da roda (ver figura 6.2)
área do painel de chapa (a. b). F não necessita ser maior que 2,5.a2
lado menor do painel de chapa (geralmente, o espaçamento de vaus)
lado maior do painel de chapa
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Figura 6.2
6.2.2.2 - Quando a área de contato das rodas não é conhecida, ela pode ser aproximadamente determinada por:
f
p
= 100. P/p [cm2]
= pressão específica da roda, de acordo com a seguinte tabela:
Tipo de veículo
Pressão específica da roda p [bar]
pneus a ar
pneus de borracha maciça
carros de passeio
2
-
caminhões
8
-
trailers
8
15
empilhadeiras
6
15
6.2.2.3 - Em vaus e sicordas de convés, a tensão não deve exceder 165/k [N/mm2].
6.3 - CONVESES DE HELICÓPTEROS
6.3.1 - Detalhes Estruturais
6.3.1.1 - A zona de decolagem e pouso deve ser dimensionada para o maior tipo de helicóptero que se
espera utilize o convés de helicóptero.
6.3.1.2 - Para determinação de escantilhões, os outros carregamentos (carga, neve/gelo, etc.) devem
ser considerados, simultânea ou separadamente, dependendo das condições de operação esperadas.
Quando estas condições não são conhecidas, os dados contidos em 6.3.2 podem ser utilizados como
base.
6.3.1.3 - As regulamentações seguintes se aplicam às zonas de decolagem/pouso em conveses suportados por pés-de-carneiro ou em conveses de superestruturas e casarias.
6.3.2 - Hipóteses de Carregamento
As seguintes condições de carregamento devem ser consideradas:
6.3.2.1 - LC1: helicóptero peiado no convés, com as seguintes forças verticais atuando simultaneamente:
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a) Carregamento P, da roda e/ou do “skid” atuando nos pontos resultantes da posição de peação e
distribuição das rodas e/ou apoios, de acordo com a construção do helicóptero.
P = 0,75.G [kN]
P
G
f
e
= carregamento uniformemente distribuído sobre a área f de contato, em [kN]
= peso máximo admissível de decolagem, em [kN]
= 30 x 30 cm, para uma única roda ou de acordo com os dados fornecidos pelos fabricantes do
helicóptero; para rodas duplas ou bases “skids” duplos, a ser individualmente determinado de
acordo com as dimensões dadas
= distância entre as rodas ou “skids”, de acordo com os tipos de helicópteros esperados
e
P
P
b) Uma vez e meia o peso do convés de helicóptero Me em [kN]
c) Carregamento p = 2,0 [kN/m2], uniformemente distribuído sobre todo o convés de pouso.
6.3.2.2 - LC2: helicóptero peiado no convés, com as seguintes forças horizontais e verticais atuando
simultaneamente:
a) forças atuando horizontalmente:
H = 0,6 (G + Me ) + W [kN]
G
Me
W
= peso máximo admissível de decolagem, em [kN]
= peso do convés do helicóptero, em [kN]
= carregamento do vento tomando em consideração o helicóptero peiado e carga de convés de
uma altura média de 0,5 m; velocidade do vento vw = 50 m/s.
b) forças atuando verticalmente:
V = 0,5 . G + Me [kN]
G = peso máximo admissível de decolagem, em [kN]
Me = peso do convés do helicóptero, em [kN]
6.3.2.3 - LC3: impacto normal de pouso, com as seguintes forças atuando simultaneamente:
a) Carga da roda e/ou do “skid” P, simultaneamente em dois pontos, em uma região (mais desfavorável)
do convés de helicóptero (zona de pouso + zona de segurança)
P = G [kN]
b) Carregamento p = 0,5 [kN/m2], uniformemente distribuído, tomando em consideração neve ou outros
carregamentos ambientais
c) Peso do convés de helicóptero Me
d) Carregamento do vento, de acordo com a velocidade do vento admitida para operação do helicóptero
(vw ). Caso não se tenham dados, vw = 25 m/s pode ser utilizada.
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98
6.3.3 - Escantilhões dos Elementos Estruturais
6.3.3.1 - As tensões e as forças na estrutura de suporte devem ser obtidas por meio de cálculos diretos.
6.3.3.2 - Tensões admissíveis para reforços, gigantes e fundações:
tração:
compressão:
σy
σVk
νS e νB
tensão devido à flexão: σadm = σy / νS
σadm = σVk / νB
= tensão de escoamento do material
= tensão de flambagem combinada reduzida, calculada conforme mostrado na Seção2, item
2.6.1.3
= fatores de segurança, obtidos da tabela abaixo:
νS
Elementos principais
νB
LC1,LC2
LC3
LC1,LC2
LC3
Reforços (vaus de convés)
1,25
1,1
—
—
Gigantes principais (gigantes de convés)
1,45
1,45
1,45
1,45
Estrutura de suporte (sistemas de pés-de-carneiro)
1,7
2,0
1,7
2,0
6.3.3.3 – A espessura do chapeamento deve ser determinada através das fórmulas do item 6.2.2, onde
o coeficiente “c” pode ser reduzido em 5%.
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TOMO II - ESTRUTURA DO FUNDO ........................... SEÇÃO 7
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SEÇÃO 7
ESTRUTURA DO FUNDO
7.1 - FUNDO SINGELO
7.1.1 - Hastilhas
7.1.1.1 - Generalidades
7.1.1.1.1 - Hastilhas devem ser colocadas em cada caverna. Para a ligação com cavernas, vide Seção
17, item 17.2.6.
7.1.1.1.2 - Em embarcações com pé de caverna, a altura da alma das hastilhas, a 0,1. m das extremidades do comprimento m (definido no item 7.1.1.2.1) deve ser, quando possível, metade da altura requerida
conforme 7.1.1.2.1. A altura da alma das hastilhas no início do arredondamento do bojo, em navios com
grandes pés de caverna, entretanto, pelo menos no ponto médio da meia boca, medido na caverna
respectiva, não deve ser menor que a altura da alma da caverna .
7.1.1.1.3 - Hastilhas de grande altura, particularmente no tanque de colisão à ré, devem ser providas de
reforços contra flambagem.
7.1.1.1.4 - Onde existe uma barra-quilha, e a longarina central não é contínua, as hastilhas devem se
estender de costado a costado.
7.1.1.1.5 - As hastilhas devem ter recortes de dreno para permitir que a água escoe até às admissões de
aspiração de água do porão.
7.1.1.1.6 - A menos que especificado de outra maneira, os seguintes símbolos são adotados.
L
B
D
H
a
k
tk
=
=
=
=
=
=
=
comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]
boca da embarcação (ver 1.6), em [m]
pontal da embarcação (ver 1.6), em [m]
calado da embarcação (ver 1.6), em [m]
espaçamento de cavernas (ver 1.6), em [m]
fator de material, conforme a Seção 2; k = 1, para aço naval comum
acréscimo na espessura devido à corrosão, de acordo com a Seção 2, 2.10.
7.1.1.2 - Escantilhões
7.1.1.2.1 - Hastilhas na Região de Porões de Carga
Fora do fundo duplo, ou em embarcações sem fundo duplo, os escantilhões das hastilhas colocadas
entre a antepara de colisão à ré e a antepara de colisão à vante devem ser determinados de acordo com
as seguintes fórmulas.
O módulo de seção não deve ser menor que:
W = 8,1.(H.a)1/2. m2 [cm3] , para H. a ≤ 3,5
W = 4,3.H.a. m2 [cm3] , para H. a > 3,5
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m
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= vão sem apoio, em [m], geralmente medido ao longo da aresta superior das hastilhas, de costado a costado; mmin = 0,7.B
Em compartimentos que ficam normalmente vazios quando a embarcação está navegando em seu calado máximo, (por exemplo, praças de máquinas, paióis, etc.), o módulo de seção das hastilhas deve ser
aumentado em 65%. Com referência a hastilhas na praça de máquinas, vide, também, 7.3.1.
A altura da alma das hastilhas não deve ser menor que:
h = 55.B - 45 [mm] ; hmin = 180 [mm]
Para embarcações com pé de caverna, vide 7.1.1.1.2
A espessura da alma não deve ser menor que:
t = h/100 + 3 [mm]
7.1.1.2.2 - Fora da praça de máquinas, e a ré de 0,25 L da PPAV, as hastilhas podem ter flanges em vez
de barras-face de barras chatas.
7.1.1.2.3 - Onde a barra-face é cortada na longarina central, a área seccional da conexão soldada não
deve ser menor que a área seccional da barra face.
7.1.1.2.4 - Hastilhas nos Tanques de Colisão
a) A espessura das hastilhas nos tanques de colisão não deve ser menor que:
t = 0,95 (0,035 L + 5,0) [mm]
A espessura, entretanto, não necessita ser maior que o requerido em 7.2.7.2.
b) A altura das hastilhas no tanque de colisão, à vante, acima do topo da quilha da sapata da roda de
proa, não deve ser menor que:
h = 0,06 . D + 0,7 [m]
c) As hastilhas no tanque de colisão, à ré, devem se estender até acima do tubo telescópico.
d) Onde a rotação do propulsor exceder 300 rpm (aprox.), as hastilhas do tanque de colisão, acima do
propulsor, devem ser reforçadas. Particularmente no caso de fundos planos, longarinas adicionais
devem ser instaladas, acima e à vante do propulsor.
7.1.2 - Longarinas
7.1.2.1 - Generalidades
7.1.2.1.1 - Qualquer embarcação de fundo singelo deve ter uma longarina central. Onde a boca, medida
no topo das hastilhas, não exceder 9 metros, uma longarina lateral adicional deve ser colocada, e duas
longarinas onde a boca exceder 9 [m]. Não são requeridas longarinas laterais onde a boca não excede 6
metros.
7.1.2.1.2 - Dentro de 0,25 L da PPAV, o espaçamento das longarinas laterais entre sí e até a longarina
central, não deve exceder 2 x o espaçamento de cavernas normal, conforme Seção 8, item 8.1.1.1.
Onde o sistema estrutural transversal for adotado, o espaçamento não deve exceder 1,4 m (vide, Seção
5, item 5.5.3).
7.1.2.1.3 - As longarinas centrais e laterais devem se prolongar o máximo possível, à ré e à vante. Devem
ser unidas às longarinas de um fundo duplo não contínuo ou se estender neste por 2 espaçamentos de
caverna.
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7.1.2.1.4 - Em embarcações cujo comprimento não excede 40m, perfís (por exemplo, cantoneiras ou
perfís em T) contínuos podem ser colocados sobre as hastilhas, em vez das longarinas laterais intercostais requeridas em 7.1.2.1.1. A área seccional destes perfís deve ser determinada conforme 7.1.2.2.2.
7.1.2.2 - Escantilhões
7.1.2.2.1 - Longarina Central
A espessura da alma, dentro de 0,7 L a meia-nau não deve ser menor que:
t = 0,95 (0,07L + 5,5) [mm]
A área seccional da barra-face, dentro de 0,7 L, a meia-nau, não deve ser menor que:
f = 0,95 (0,7 L + 12) [cm2]
Em direção às extremidades, a espessura da alma, bem como a área seccional da barra-face, podem
ser reduzidas em 10%. Furos de alívio devem ser evitados.
7.1.2.2.2 - Longarinas Laterais
A espessura da alma, dentro de 0,7 L, a meia-nau, não deve ser menor que:
t = 0,95 (0,04 L + 5,0) [mm]
A área seccional da barra-face dentro de 0,7 L, a meia-nau, não deve ser menor que:
t = 0,95 (0,2 L + 6,0) [cm2]
Em direção às extremidades, a espessura da alma, bem como a área seccional da barra-face, podem
ser reduzidas em 10%.
7.2 - FUNDO DUPLO
7.2.1 - Generalidades
7.2.1.1 - Recomenda-se, por razões de segurança, um fundo duplo, a menos que o tamanho (embarcações com comprimento menor que L = 50m) ou tipo da embarcação torne este arranjo inadequado. Para
navios de passageiros, vide Seção 23.
7.2.1.2 - Em tanques profundos e em tanques de colisão à ré e a vante, não há necessidade de se prover
um fundo duplo.
7.2.1.3 - Em embarcações que recebem a borda-livre permissível para carga de madeira no convés, o
fundo duplo deve ser subdividido de forma estanque, dentro de 0,5 L, a meia-nau, pela longarina central
ou pelas longarinas laterais.
7.2.1.4 - Se o fundo duplo não é contínuo, da antepara de colisão à ré até a antepara de colisão à vante,
a chapa marginal e as longarinas centrais e laterais devem ser unidas à estrutura longitudinal do fundo
singelo ou se estender na mesma por 2 espaçamentos de caverna.
7.2.1.5 - Em um arranjo com fundos duplos de alturas diferentes, a continuidade estrutural deve ser
mantida, dentro de 0,6 L, a meia-nau.
7.2.1.6 - As estruturas de fundo de navios que frequentemente tocam o fundo, quando carregam e
descarregam, devem ser reforçadas. Onde o sistema estrutural transversal é adotado, devem ser colocadas hastilhas em cada espaçamento de caverna, e o espaçamento de longarinas laterais deve ser
reduzido à metade do espaço requerido em 7.2.3.1. Em navios estruturados longitudinalmente, recomenda-se adotar o sistema de longarinas do fundo, conforme 7.2.8.5.
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7.2.2 - Longarina Central
7.2.2.1 - Arranjo
7.2.2.1.1 - A altura da longarina central será medida do topo da chapa-quilha à face inferior do teto do
fundo duplo, e não deve ser menor que o valor conforme 7.2.2.2.
7.2.2.1.2 - É recomendável que a longarina central seja estanque à água, pelo menos na região a 0,5 L
a meia-nau, caso o fundo duplo não seja subdividido por longarinas laterais estanques à água.
7.2.2.1.3 - Furos de alívio na longarina central são geralmente permitidos somente fora da região a 0,75
L a meia-nau. Suas alturas não devem exceder a metade da altura da longarina central, e seus comprimentos não devem exceder meio espaçamento de caverna.
7.2.2.2 - Escantilhões
A altura e espessura da longarina central, dentro de 0,7.L a meia nau, não deve ser menor que:
a) Altura:
h = 350 + 45 .B [mm], hmin = 600 mm
Onde anteparas longitudinais laterais são instaladas, à distância entre as anteparas pode ser utilizada
em vez de B, entretanto não menos que 0,8 B.
b) Espessura:
t = 0,95. (h/100 + 1,0) (k)1/2 [mm]
t = 0,95. (h/120 + 3,0) (k)1/2 [mm]
para h ≤ 1200 [mm]
para h ≥ 1200 [mm]
A espessura pode ser reduzida em 10%, para 0,15 L das extremidades.
Para longarinas centrais em praças de máquinas, vide 7.3
7.2.3 - Longarinas Laterais
7.2.3.1 - Arranjo
Deve ser prevista, pelo menos, uma longarina lateral na praça de máquinas e a 0,25 L da proa. Nas
demais partes do fundo duplo, uma longarina lateral deve ser colocada onde a distância horizontal entre
a aresta inferior da chapa marginal e a longarina central exceder 4,5m. Devem ser colocadas duas
longarinas laterais onde a distância exceder 10,5m. As distâncias entre as longarinas laterais entre si e
até a longarina central e até a chapa marginal, respectivamente, não devem ser maiores que:
1,8m, na praça de máquinas, dentro da largura dos jazendes do motor
4,5m, onde uma longarina lateral é colocada em outras partes do fundo duplo
4,0m, onde duas longarinas laterais são colocadas em outras partes do fundo duplo
3,5m, onde três longarinas laterais são colocadas em outras partes do fundo duplo.
Na região reforçada do fundo à vante, as distâncias entre as longarinas laterais devem ser determinadas
conforme Seção 5, item 5.5.3
7.2.3.2 - Escantilhões
7.2.3.2.1 - A espessura das longarinas não deve ser menor que:
t = 0,95 (h/120) (k)1/2 [mm]
h = altura da longarina central, em [mm], conforme 7.2.2.2.
Pode ser requerida prova de resistência adequada à flambagem das longarinas laterais, quando julgado
necessário. Para reforços sob os jazentes do motor, vide item 7.3.
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7.2.3.2.2 - Os escantilhões de longarinas laterais estanques à água e óleo devem, também, estar de
acordo com os requisitos dados em 7.2.7.3.
7.2.3.2.3 - Furos de alívio em longarinas laterais devem ter um tamanho que deixe um restante da chapa
da alma em volta do furo de, pelo menos, 0,2 da altura da alma das longarinas ou do espaçamento de
cavernas. Se os furos forem reforçados com barras chatas, o valor acima pode ser reduzido para 0,15.
7.2.3.2.4 - Na região de fundo reforçado, à vante, conforme Seção 5, item 5.5, quaisquer recortes nas
longarinas laterais devem se restringir às passagens requeridas para solda e drenagem.
7.2.4 - Chapa Marginal
A espessura da chapa marginal, se prevista, deve ser 20% maior que a espessura do teto do fundo duplo,
conforme 7.2.5.1.
7.2.5 - Teto do Fundo Duplo
7.2.5.1 - A espessura do chapeamento do teto de fundo duplo não deve ser menor que o maior valor
obtido das seguintes fórmulas:
t1 = 3,61 . a . (H . k)1/2 + tk
[mm]
t2 = 3,33 . a . (h . k)1/2 + tk
H
h
a
k
tk
=
=
=
=
=
ou
[mm]
calado de verão do navio, em [m]
altura do topo do tubo de transbordamento, a partir do teto do fundo duplo, em [m]
espaçamento de cavernas (ver 1.6), em [m]
fator de material, conforme a Seção 2; k = 1, para aço naval comum
acréscimo na espessura devido à corrosão, de acordo com a Seção 2, 2.10
7.2.5.2 - Se nenhuma forração for colocada sobre o teto do fundo duplo, a espessura determinada
conforme 7.2.5.1 deve ser aumentada de 2mm.
7.2.5.3 - A espessura do chapeamento do teto de fundo duplo nunca deve ser menor que:
t3 = 1,05 . a . (pi . k) 1/2 + tk
pi
a
k
tk
=
=
=
=
[mm]
carregamento no topo do tanque conforme Seção 3, item 3.3.2.
espaçamento de cavernas (ver 1.6), em [m]
fator de material, conforme a Seção 2; k = 1, para aço naval comum
acréscimo na espessura devido à corrosão, de acordo com a Seção 2, 2.10
7.2.5.4 - Para reforços em regiões que poderão receber o impacto de “grab” (caçamba de guindaste para
a descarga de granel sólido), consulte o BC.
7.2.5.5 - Para reforços do teto do fundo duplo na praça de máquinas, vide 7.3.2.4,
7.2.6 - Tanques do Fundo Duplo
7.2.6.1 - Tanques de Óleo Combustível e de Óleo Lubrificante
7.2.6.1.1 - Em tanques do fundo duplo pode ser transportado óleo combustível para o serviço do navio,
cujo ponto de fulgor seja superior a 60oC. Tanques de óleo combustível devem ser separados por coferdams
de tanques de óleo vegetal, tanques de água de alimentação de caldeiras e tanques de água potável.
7.2.6.1.2 - Tanques de óleo lubrificante (especialmente tanques de dreno e/ou circulação) devem ser
separados daqueles contendo outros tipos de óleo (por exemplo, óleo diesel) por conferdams.
7.2.6.1.3 - Quando possível, tanques de dreno de óleo lubrificante ou de circulação devem ser separados
do chapeamento externo.
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7.2.6.1.4 - A longarina central em tanques de óleo deve ser estanque, com exceção de tanques de óleo
estreitos situados nas extremidades da embarcação, se a largura do fundo duplo nesta região não
excede 4 metros, ou em tanques de óleo divididos em três partes por longarinas laterais estanques ao
óleo.
7.2.6.1.5 - Com referência à forração acima de tanques de óleo, vide Seção 19, item 19.2.1.3.
7.2.6.1.6 - Com referência a tubos de suspiro, transbordamento e sondagem, vide Seção 19, item 19.5,
bem como as Regras de Construção para Máquinas.
7.2.6.1.7 - Para tanques destinados a carregar líquidos com temperatura de 80oC e acima, pode ser
exigido um cálculo de tensões a temperaturas elevadas, (ver, também, Seção 11, item 11.1.5).
7.2.6.1.8 - Portas de visita para acesso a tanques de fundo duplo de óleo combustível situados abaixo de
tanques de óleo de carga, não são permitidas, como também nos tanques de óleo de carga e na praça
de máquinas (vide, também Seção 21, item 21.1.12.4).
7.2.6.1.9 - A espessura das estruturas não deve ser menor que a espessura mínima determinada pela
Seção 11, item 11.1.6.
7.2.6.2 - Pocetos de Esgoto
a) Os pocetos de esgoto devem ter uma capacidade maior que 0,2 m3. Porões pequenos podem ter
pocetos menores. Pocetos de esgoto devem ser afastados do chapeamento externo. A Seção 23,
item 23.6.5, deve ser aplicada, analogamente, para navios de passageiros.Com referência a pocetos
de esgoto para navios pesqueiros, vide Seção 25, item 25.8.4.
b) Com referência ao uso de tampas de portas de visita ou tampas articuladas para acesso à pocetos de
esgoto, vide Regras de Construção para Máquinas.
7.2.6.3 - Caixas de Mar
7.2.6.3.1 - A espessura do chapeamento de caixas de mar não deve ser menor que:
t = 3,61 . a . (p . k) 1/2 + tk [mm]
a
p
k
tk
= espaçamento de reforços, em [m]
= pressão de abertura da válvula de segurança, em [m.c.a]; p não deve ser menor que 20 m.c.a. (2
bar) (vide, também, Regras para Construção de Máquinas).
= fator de material, conforme a Seção 2; k = 1, para aço naval comum
= acréscimo na espessura devido à corrosão, de acordo com a Seção 2, 2.10
7.2.6.3.2 - O módulo de seção dos reforços das caixas de mar não deve ser menor que:
W = 5,5 . a . p . m2 . k [cm3]
a
p
k
m
= espaçamento de reforços, em [m]
= pressão de abertura da válvula de segurança, em [m.c.a]; p não deve ser menor que 20 m.c.a. (2
bar) (vide, também, Regras para Construção de Máquinas).
= fator de material, conforme a Seção 2; k = 1, para aço naval comum
= vão, sem apoio, do reforço, em [m]
7.2.6.3.3 - As aberturas de entrada de água do mar no chapeamento externo devem ser protegidas por
grades.
7.2.7 - Fundo Duplo em Sistema Estrutural Transversal
7.2.7.1 - Hastilhas Cheias
a) Recomenda-se colocar hastilhas cheias em cada espaçamento de caverna no fundo duplo, se for
adotada estrutura transversal.
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b) Devem ser colocadas hastilhas cheias em cada caverna:
1- na região do fundo reforçado, à vante, conforme Seção 5, item 5.5.
2- na praça de máquinas
3- sob os jazentes de caldeiras
4- na região de porões de carga, em embarcações previstas para transportar minério.
5- sob anteparas transversais
6- sob pés-de-carneiro e pilares das extremidades de anteparas longitudinais centrais
c) Em anteparas corrugadas, a Seção 2, item 2.4.4 deve ser observada.
d) Na parte restante do fundo duplo, o espaçamento das hastilhas cheias não deve exceder 3,2 metros,
para embarcações de até L = 60 metros, e 2,9 metros, para embarcações de L > 60 metros.
7.2.7.2 - Escantilhões
7.2.7.2.1 - A espessura das hastilhas cheias não deve ser menor que:
t = 0,95 . (h/100 - 1,0) k2 [mm], para h ≤ 1200 [mm]
t = 0,95 . (h/120 - 1,0) k2 [mm], para h > 1200 [mm]
t
h
k
não necessita exceder 16,0 mm.
= altura da longarina central, em [mm],conforme 7.2.2.2
= fator de material, conforme a Seção 2; k = 1, para aço naval comum
Para cada 10% de acréscimo da altura h, conforme 7.2.2.2, a espessura da hastilha cheia deve ser
aumentada de 3%, quando for adotado sistema estrutural transversal. Devem ser colocados reforços
contra flambagem, se necessário, onde a altura da hastilha cheia exceder consideravelmente h, conforme 7.2.2.2.
7.2.7.2.2 - Nos pontos de apoio, a área seccional das hastilhas cheias não deve ser menor que:
fs = (0,314 . H . m2 . e) . k [cm ]
e
m
H
k
= espaçamento das hastilhas cheias, em [m]
= distância entre anteparas longitudinais, se houver, em [m]; m = B, caso não haja anteparas
longitudinais
= calado de verão do navio = calado máximo do navio, em [m]
= fator de material, conforme a Seção 2; k = 1, para aço naval comum
7.2.7.2.3 - No caso de embarcações pequenas nas quais não é requerida uma longarina lateral (vide
7.2.3.1), pelo menos um reforço vertical deve ser colocado em cada hastilha cheia; sua espessura deve
ser igual à das hastilhas e a altura da alma deve ter, ao menos, a décima-quinta parte (1/15) da altura da
longarina central.
7.2.7.2.4 - Hastilhas cheias podem ter furos de alívio. O comprimento de cada furo não deve exceder 0,75
da altura da alma, e o comprimento total dos furos não deve exceder a metade do comprimento da parte
da hastilha situada entre a longarina central e a chapa marginal. A altura dos furos de alívio não deve
exceder a metade da altura da hastilha. A sua distância da longarina central e da chapa marginal,
respectivamente, não deve ser menor que 0,4 da altura da longarina central. Os furos devem ser bem
arredondados, observando um raio mínimo de cerca de um terço (1/3) da altura do furo. Em regiões de
altas tensões de cisalhamento, os furos de alívio devem ser evitados, tanto quanto possível.
7.2.7.2.5 - Se hastilhas cheias são colocadas em cada caverna, em vez de hastilhas abertas, os furos de
alívio podem ser aumentados em 10%, na altura e em 20%, no comprimento.
7.2.7.2.6 - Em regiões do fundo reforçado à vante, conforme Seção 5, item 5.5, as hastilhas cheias
devem ser ligadas ao chapeamento do fundo, do costado e do teto do fundo duplo, por solda de filete
contínua. Quaisquer recortes nas hastilhas cheias devem se restringir às passagens necessárias para
solda e drenagem.
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7.2.7.2.7 - Para reforços de hastilhas em praças de máquinas, vide 7.3.2.2.
7.2.7.3 - Hastilhas Estanques à Água
7.2.7.3.1 - A espessura de hastilhas estanques à água não deve ser menor que o requerido para anteparas de tanques, conforme Seção 11, item 11.2. Em nenhum caso sua espessura deve ser menor que a
requerida para hastilhas cheias, conforme 7.2.7.2.
7.2.7.3.2 - O escantilhão dos reforços de hastilhas estanques à água deve ser determinado pelo definido
na Seção 11, 11.2.3.
7.2.7.4 - Hastilhas Abertas
7.2.7.4.1 - Onde são requeridas hastilhas cheias, conforme 7.2.7.1, hastilhas abertas podem ser
colocadas.
7.2.7.4.2 - Hastilhas abertas consistem em cavernas de fundo, no chapeamento externo, e de cavernas
invertidas, no teto do fundo duplo, ligadas à longarina central e à chapa marginal por meio de borboletas.
7.2.7.4.3 - O módulo de seção das cavernas de fundo não deve ser menor que:
W = 0,76 . a . pB . m2 [cm3 ]
Wmin
pB
m
a
=
=
=
=
W2, conforme Seção 11, item 11.2.3.1
carregamento, conforme Seção 3, item 3.2.3
vão, sem apoio, em [m], medido de borboleta a borboleta.
espaçamento entre cavernas, em [m]
7.2.7.4.4 - Para o cálculo do módulo de seção das cavernas invertidas, em vez de pB , o carregamento pi
do teto do fundo duplo, conforme Seção 3, item 3.3.2, deve ser utilizado na fórmula em 7.2.7.4.3, mas
considerando h, no item 3.3.2, com o valor mínimo da distância do teto do fundo duplo até a linha de
calado máximo. O módulo de seção não deve ser menor que W2 , calculado conforme a Seção 11, item
11.2.3.1.
7.2.7.4.5 - Cavernas de fundo e cavernas invertidas devem ser contínuas, da borboleta da longarina
central à borboleta na chapa marginal. Onde elas são interrompidas na longarina lateral, borboletas
devem ser instaladas em ambos os lados da longarina lateral, para garantir o engastamento da caverna
do fundo e da caverna invertida; vide, também, 7.2.7.6.1.
7.2.7.5 - Borboletas
7.2.7.5.1 - As borboletas devem ser da mesma espessura que as hastilhas cheias, sem correção para a
altura. Suas larguras medidas no teto do fundo duplo, na longarina central e na chapa marginal, devem
ser 75% da altura da longarina central, calculada conforme 7.2.2.2. As borboletas devem ser flangeadas
nas suas arestas livres, onde o vão de cavernas do fundo exceder 1 metro ou onde a altura das hastilhas
exceder 750 mm. A largura do flange deve ser 65 mm, em borboletas com espessura até 10 mm, e 75
mm, para espessuras maiores.
7.2.7.5.2 - Em longarinas laterais, as cavernas de fundo e as cavernas invertidas devem ser suportadas
por barras chatas verticais com a mesma altura das cavernas invertidas.
7.2.7.6 - Escoras
7.2.7.6.1 - Se escoras (ou pés-de-carneiro), conforme 7.2.7.6.2, forem colocadas entre a longarina central, longarinas laterais e chapa marginal, o módulo de Seção das cavernas de fundo e das cavernas
invertidas pode ser reduzido em 40%, permanecendo, portanto, com 60% do módulo
7.2.7.6.2 - A área seccional das escoras ou dos pés de carneiro deve ser determinada pela Seção 9, item
9.3.2, utilizando como carga de projeto o maior dos seguintes valores (o grau de esbelteza l da escora
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deve ser, no máximo, igual a 60):
P = 0,5 . pB . a . m [kN]
ou
P = 0,5 . pi . a . m [kN]
pB
pi
a
m
=
=
=
=
calculado pela Seção 3, item 3.2.3
calculado pela Seção 3, item 3.3.2
espaçamento entre escoras, em [m]
vão, de acordo com 7.2.7.4.3 em [m]
7.2.8 - Fundo Duplo em Sistema Estrutural Longitudinal
7.2.8.1 - Generalidades
Onde se troca de sistema estrutural longitudinal para sistema transversal, deve-se prover continuidade
estrutural ou superposição suficiente. Por exemplo, as longarinas laterais devem ser ligadas com as
longitudinais, e a extremidade de cada longitudinal alternada deve ser unida a chapas intercostais que se
estendem na região de sistema estrutural transversal por, pelo menos, 2 espaçamentos de cavernas.
7.2.8.2 - Longitudinais do Fundo e do Teto do Fundo Duplo
O módulo de seção deve ser calculado conforme Seção 8, item 8.8.2
7.2.8.3 - Hastilhas Cheias
7.2.8.3.1 - Geralmente, o espaçamento de hastilhas cheias não deve exceder 5 vezes o espaçamento
entre as cavernas longitudinais, mas não deve exceder 3,7m.
7.2.8.3.2 - Hastilhas cheias devem ser colocadas em cada caverna nas praças de máquinas, sob a
máquina propulsora principal, bem como nas regiões definidas em 7.2.7.1.
7.2.8.3.3 - Em praças de máquinas, hastilhas cheias devem ser colocadas em cada caverna alternada,
exceto nas regiões definidas em 7.2.8.3.2.
7.2.8.3.4 - Com referência a hastilhas cheias na região do fundo reforçado à vante, a Seção 5, 5.5, deve
ser observada.
7.2.8.3.5 - A espessura de hastilhas cheias deve ser determinada conforme 7.2.7.2.1. Para a área
seccional requerida, 7.2.7.2.2 deve ser observado.
7.2.8.3.6 - As hastilhas cheias devem ser reforçadas em cada longitudinal por um prumo com os
escantilhões das longiatudinais do teto do fundo duplo. A altura do prumo não necessita exceder 150mm.
7.2.8.4 - Borboletas
7.2.8.4.1 - Entre hastilhas, devem ser colocadas borboletas flangeadas, com espessura igual à das
hastilhas, no costado (chapa marginal), em cada espaçamento de caverna, estendendo-se até às longitudinais externas do fundo e do teto do fundo duplo. Sua largura, medida no teto do fundo duplo, deve ser
cerca de 75% da altura da longarina central.
7.2.8.4.2 - Uma borboleta deve ser colocada em cada lado da longarina central, entre as hastilhas, onde
o espaçamentos das hastilhas não excede 2.5m. Onde o espaçamento for maior, devem ser colocadas
duas borboletas em cada lado da longarina central.
7.2.8.5 - Sistema com Longarinas de Fundo
7.2.8.5.1 - Onde longarinas de fundo (gigantes) forem instaladas, em vez de longitudinais do fundo (não
gigantes), o espaçamento de hastilhas pode ser maior que o exigido em 7.2.8.3.1, desde que seja
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comprovada a resistência adequada da estrutura.
7.2.8.5.2 - A espessura da chapa de longarinas de fundo não deve ser menor que:
t = 0,95 (4,0 + 0,04 L).k1/2 [mm] ; tmin = 5,7 . k1/2
[mm]
7.2.8.5.3 - Recomenda-se, nas longarinas de fundo, furos de alívio de forma elíptica. Onde o espaçamento
de hastilhas exceder 3 espaçamentos de cavernas transversais, recomenda-se colocar 2 furos de alívio;
as longarinas devem ser reforçadas com prumos e reforços horizontais contra flambagem.
A razão entre a altura da alma e a espessura da longarina no restante das longarinas, na região dos furos
de alívio (tanto no fundo externo como no teto do fundo duplo), não deve exceder 35. Além disso, essas
fiadas devem ter os módulos de seção exigidos para longitudinais do fundo e do teto do fundo duplo,
respectivamente. No respectivo cálculo, pode ser utilizado, como vão sem apoio, o comprimento dos
furos de alívio. Recortes para drenagem e soldagem nas longarinas devem ser colocados o mais afastado possível do centro dos furos de alívio.
7.2.8.5.4 - Os escantilhões de longarinas de fundo estanques à água ou ao óleo, não devem ser menores
que os exigidos para anteparas de tanques, conforme Seção 11, item 11.2.
7.2.8.5.5 - Onde longarinas do fundo, conforme 7.2.8.5.1, são colocadas também na região de vante do
navio, os seus respectivos espaçamentos e os espaçamentos das hastilhas na região de fundo reforçado, à vante, devem ser determinados, conforme Seção 5, item 5.5.
7.2.8.5.6 - Na região de fundo reforçado, à vante, conforme Seção 5, item 5.5, quaisquer recortes nas
longarinas devem se restringir às passagens necessárias para solda e drenagem.
7.2.9 - Teste de Estanqueidade
7.2.9.1 - Cada compartimento ou tanque de um fundo duplo que deve ser testado quanto à sua
estanqueidade com uma coluna d’água correspondente à pressão máxima de serviço que possa ocorrer;
geralmente, isto corresponde a uma coluna d’água até o ponto mais alto do tubo de suspiro.
7.3 - ESTRUTURA DO FUNDO DA PRAÇA DE MÁQUINAS NA REGIÃO DA INSTALAÇÃO PROPULSORA
PRINCIPAL
7.3.1 - Fundo Singelo
7.3.1.1 - Os escantilhões das hastilhas devem ser determinados conforme 7.1.1.2.1, para o maior vão
sem apoio medido na praça de máquinas, o qual, entretanto, não deve ser adotado menor que 0,7.B (B
= boca da embarcação, em [m] - ver 1.6). Entre as longarinas do jazente (na região do carter), o módulo
de seção pode ser reduzido em até 40%.
7.3.1.2 - A altura das hastilhas, na região dos jazentes do motor, deve ser aumentada, quando possível.
A altura das hastilhas ligadas a cavernas gigantes deve ser similar à altura das longarinas do jazente. Na
região do carter, a altura não deve ser menor que 0,5 . h. A espessura não deve ser menor que:
t = 0,95 (h/100 + 4) [mm]
h = vide 7.1.1.2.1
7.3.1.3 - A espessura das longarinas dos jazentes deve ser determinada conforme 7.3.3.2.1.
7.3.1.4 - Na região das longarinas dos jazentes não é necessária a colocação de longarina central. No
lugar desta devem ser colocados perfís intercostais de docagem. A área seccional destes perfís de
docagem não deve ser menor que:
f = 0,95 (10 + 0,2L) [cm2]
L = comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]
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Não são necessários perfís de docagem onde é prevista uma barra-quilha. Borboletas unindo as hastilhas
à barra-quilha devem ser colocadas em cada lado das hastilhas.
7.3.2 - Fundo Duplo
7.3.2.1 - Generalidades
7.3.2.1.1 - Furos de alívio na região dos jazentes do motor devem ser tão pequenos quanto possível, com
a devida consideração, entretanto, à acessibilidade. Onde necessário, as arestas dos furos de alívio
devem ser reforçadas por meio de barras-face ou nos painéis.
7.3.2.1.2 - Reforços locais devem ser previstos além dos seguintes requisitos mínimos, conforme a
construção e as condições locais.
7.3.2.2 - Hastilhas
Hastilhas cheias devem ser colocadas em cada caverna. A espessura das hastilhas, conforme 7.2.7.2,
deve ser reforçada como segue:
3,6 + N/500 [por cento]; mínimo de 5%, máximo de 15%
N = potência de um motor de propulsão, em [kW].
7.3.2.3 - Longarinas Laterais
7.3.2.3.1 - A espessura de longarinas laterais, sob uma chapa de topo de jazente inserida no teto do
fundo duplo, deve ser igual à espessura das longarinas do jazente acima do teto do fundo duplo, conforme 7.3.3.2.1.
7.3.2.3.2 - Longarinas laterais com a espessura de longarinas de fundo, conforme 7.3.3.2, devem ser
colocadas sob as longarinas de jazentes em toda a altura do fundo duplo. Onde duas longarinas nas
laterais são colocadas em cada lado do motor, uma pode ter metade da altura sob o teto do fundo duplo,
para motores de até 3000 kW.
7.3.2.3.3 - Longarinas laterais sob longarinas de jazentes, devem ser prolongadas nos espaços adjacentes e ligadas à estrutura do fundo. Este prolongamento, à ré e à vante das anteparas da praça de
máquinas, deve ser de 2 a 4 espaços de cavernas, se possível (com instalação de máquinas à ré,
somente à vante da praça de máquinas).
7.3.2.3.4 - Na região do jazente não é requerida longarina central (vide 7.3.1.4).
7.3.2.4 - Teto do Fundo Duplo
Entre as longarinas do jazente, a espessura do chapeamento do teto do fundo duplo, conforme 7.2.5.1,
deve ser aumentada de 2mm. A chapa reforçada deve se prolongar além das extremidades do jazente do
motor, por 3 a 5 espaçamentos de cavernas.
7.3.3 - Jazente do Motor
7.3.3.1 - Generalidades
7.3.3.1.1 - Os seguintes regulamentos se aplicam para motores de baixa rotação. Jazentes para
motores de média e alta rotação, bem como para turbinas, serão considerados especialmente.
7.3.3.1.2 - A rigidez do jazente do motor e da estrutura do fundo, na vizinhança, deve ser adequada para
manter dentro dos limites permissíveis as deformações do sistema, devido a todos os carregamentos.
Em casos especiais, podem ser requeridas comprovações das deformações e tensões.
A deflexão do conjunto do motor com seu jazente, ao longo do comprimento do motor, não deve ultrapassar 1 [mm], no calado da embarcação que resulte a máxima deflexão do jazente. Adicionalmente à
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deflexão do motor + jazente, também devem ser levadas em conta as deflexões dos braços do munhão
do eixo-de-manivelas (“crank webs”), e que pode passar a limitar a deflexão admissível do motor em um
valor muito inferior a 1 [mm].
7.3.3.1.3 - Na fase inicial de projeto dos jazentes, deve ser criteriosamente considerada uma transmissão suficiente das forças transversais e longitudinais.
7.3.3.1.4 - Os parafusos para fixação do motor no jazente devem estar a uma distância, da longarina do
jazente, igual ou menor que 3.d (d = diâmetro dos parafusos de fixação). Onde a distância dos parafusos
for maior, deve ser fornecida prova de equivalência.
7.3.3.1.5 - Em toda a faixa de velocidade da instalação propulsora principal para serviço contínuo, não
devem ocorrer ressonâncias com amplitudes de vibração inadmissíveis; se necessário, devem ser feitas
modificações estruturais para evitar tais freqüências de ressonância. Caso contrário, deve ser prevista
uma faixa de bloqueio. Dentro de -10% a 5% em relação à velocidade nominal de serviço, não é permitida uma faixa de bloqueio. O Bureau Colombo pode exigir uma análise de vibrações e, se necessário,
a medição das vibraçõees.
7.3.3.2 - Longarina de Fundo
7.3.3.2.1 - A espessura de longarinas de fundo, acima do teto do fundo duplo, não deve ser menor que:
t
t
t
= (N/15)1/2 + 6 [mm], para N < 1500 kW
= N/750 + 14 [mm], para N ≤ 7500 kW
= N/1875 + 20 [mm], para N ≥ 7500 kW
N
= potência de um motor de propulsão, em [kW]
7.3.3.2.2 - Onde duas longarinas de fundo são colocadas em cada lado do motor, suas espessuras,
conforme 7.3.3.2.1, podem ser reduzidas de 4mm.
7.3.3.2.3 - As dimensões (largura e espessura) da chapa do topo devem ser suficientes para conseguir
uma fixação e apoio eficiente do motor e, dependendo da altura do jazente e do tipo do motor, rigidez
transversal adequada. A espessura da chapa de topo deve ser aproximadamente igual ao diâmetro dos
parafusos utilizados. A área seccional da chapa de topo não deve se menor que:
FT = N/15 + 30 [cm2], para N ≤ 750 kW
FT = N/75 + 70 [cm2], para N > 750 kW
Quando dois motores de propulsão são instalados, deve ser prevista uma chapa de topo contínua, no
caso dos motores operarem acoplados a um único eixo propulsor.
7.3.3.2.4 - As longarinas do jazente do motor deverão ser suportadas transversalmente através de cavernas gigantes ou anteparas de asa. Os escantilhões das cavernas gigantes devem ser determinados
conforme Seção 8, item 8.1.8.
7.3.3.2.5 - De preferência, devem ser utilizadas soldas com chanfro duplo (k) nas ligações da chapa de
topo com longarinas ou hastilhas com espessuras maiores que cerca de 15mm (vide, também, Seção
17, 7.2.3.
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SEÇÃO 8
CAVERNAS
8.1 - ESTRUTURA TRANSVERSAL
8.1.1 - Generalidades
8.1.1.1 - Espaçamento de Cavernas
8.1.1.1.1 - O espaçamento de cavernas transversais, desde 0,2.L à ré da PPAV até a antepara de colisão
à ré, deve ser determinado através da seguinte fórmula:
ao = L/500 + 0,48 [m]; aoMAX = 1,0 m
8.1.1.1.2 - À vante da antepara de colisão de vante e à ré da antepara de colisão à ré, o espaçamento de
cavernas não deve, geralmente, exceder 600mm.
8.1.1.2 - Definições
k
m
= fator de material, conforme Seção 1; k = 1, para aço naval comum
= vão, sem apoio, em [m], incluindo ligações de extremidades geralmente não menores que
(L/12)1/2.
Entretanto, sob certas condições, o valor mínimo de m pode ser tomado menor que (L/12)1/2, como
segue:
mmin = 2,5m, onde são instaladas escoas suportadas por cavernas gigantes, ou onde cavernas reforçadas (por exemplo, cavernas de arqueação são colocadas em cavernas alternadas, e cujo
módulo de seção é, no mínimo, 2,5 vezes o valor determinado de acordo com 8.1.2.1.1 ou
8.1.5.2.1)
mmin = 2,0m, para cavernas de superestruturas não efetivas, conforme Seção 14, item 14.1.1.
pS
= carregamento, em [kN/m ], conforme Seção 3, item 3.2.2
n
= 0,63 - L/400
a
= espaçamento entre cavernas (ver 1.6), em [m]
L
= comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]
D
= pontal da embarcação (ver 1.6), em [m]
8.1.2 - Cavernas de Porão
8.1.2.1 - Escantilhões
8.1.2.1.1 - O módulo de seção das cavernas de porões não deve ser menor que:
W = k2 . n . a . m2 . pS . f [cm3]
f
h
= [1,4 – (h/0,25). m] 0,95; fmin = 0,9
= altura da borboleta, em [m], acima do topo das hastilhas ou topo do tanque (ver fig. 8.1)
8.1.2.1.2 - As cavernas de porão devem se estender, pelo menos, até o convés mais baixo e, em navios
com mais de 3 conveses, pelo menos, até o convés acima do convés mais baixo.
8.1.2.1.3 - Onde as cavernas de porão são suportadas por um convés estruturado longitudinalmente, as
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cavernas colocadas entre cavernas gigantes devem ser ligadas aos longitudinais adjacentes, por borboletas. Os escantilhões das borboletas devem ser deteminados conforme a Seção 2, item 2.4.2, em
função do módulo de seção das cavernas.
8.1.2.1.4 - Se as cavernas podem ser consideradas como adequadamente engastadas também em suas
extremidades superiores, pode ser permitida uma redução no módulo de seção determinado conforme
8.1.2.1.1. As tensões permissíveis estipuladas em 8.1.2.1.5 devem ser observadas.
Figura 8.1
8.1.2.1.5 - Se os escantilhõs das cavernas principais são determinados por cálculos de resistência, as
seguintes tensões admissíveis devem ser observadas:
tensão de flexão:
σb = 180 N/mm2
tensão de cisalhamento:
τ = 110 N/mm2
tensão combinada:
σ V = σ b2 + 3.τ 2 ≤ 200.k
[N / mm 2 ]
8.1.3 - Cavernas em Tanques
8.1.3.1 - O módulo de seção de cavernas em tanques deve ser aumentado de 10% acima do valor,
conforme 8.1.2.1.1 ou 8.1.5.2.1. O módulo de seção não deve ser menor que o citado na Seção 11, item
11.2.3, para W2.
8.1.3.2 - Em porões que também serão utilizados como tanques de lastro, conforme Seção 11, item
11.4, o módulo de seção das cavernas não deve ser menor que:
W = k . 0,53 . a . m2 . p1 [cm3]
p1 = carregamento, conforme Seção 3, item 3.4.1
Onde os escantilhões das cavernas em tanques são determinados por cálculos de resistência, as seguintes tensões admissíveis devem ser observadas:
tensão de flexão:
σb ≤ 150/k N/ mm2
tensão de cisalhamento:
τ ≤ 100/k N/ mm2
tensão combinada:
σ V = σ b2 + 3.τ 2 ≤ 180 / k
[N / mm 2 ]
8.1.4 - Borboletas Laterais de Tanques e Borboletas do Bojo
8.1.4.1 - A espessura das borboletas laterais dos tanques ou das borboletas do bojo, no fundo duplo, não
deve ser menor que:
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t
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= (0,5 . D + 5,0) . 0,95 [mm] ; tMAX = 14,3 mm
Para navios com 3 ou mais conveses, D não necessita ser maior que L/12.
Para navios de apenas um convés, a espessura deve ser aumentada em 10%.
8.1.4.2 - Borboletas laterais dos tanques ou borboletas do bojo devem ser flangeadas onde o módulo de
seção da caverna exceder 30 cm3. A largura do flange não deve ser menor que 75mm.
8.1.4.3 - Para a ligação de cavernas principais e borboletas laterais de tanques, vide Seção 17, item
17.2.6.1.
8.1.5 - Cavernas de Cobertas (“Tween Decks”) e de Superestruturas
8.1.5.1 - Generalidades
Em embarcações com velocidade maior que 1,6.(L)1/2 [nós], as cavernas do castelo à vante de 0,1.L da
PPAV, devem ter, pelo menos, os mesmos escantilhões que as cavernas localizadas entre o primeiro e
o segundo conveses. Se outras superestruturas ou grandes casarias estiverem dispostas sobre superestruturas, pode ser requerido reforço das cavernas dos espaços abaixo. Para cavernas de cobertas em
tanques, devem ser observados os requisitos de 8.1.3.
8.1.5.2 - Escantilhões
8.1.5.2.1 - O módulo de seção de cavernas de cobertas e superestruturas, não deve ser menor que:
WS = k . 0,76 . a . m2 . pS [cm3]
pS não deve ser menor que pmin = 0,4 . pL . (b/m)2 [kN/m2]
b = comprimento do vau da coberta abaixo da respectiva caverna da borboleta, em [m]
pL = carregamento na coberta; para topos de tanques, p é um carregamento correspondente à metade da distância do topo do tanque ao topo de suspiro, não menor, entretanto, que 12,3 [kN/m2]
a = espaçamento entre cavernas, em [m].
Se nas cobertas for utilizado sistema estrutural longitudinal, pmin não necessita ser considerado para
cavernas de cobertas situadas entre vaus gigantes.
Para cavernas de cobertas ligadas em sua extremidade inferior a vaus gigantes, pmin deve ser multiplicado pelo fator f1 = 0,75 + 0,25.e/a, onde e = espaçamento dos vaus gigantes, em [m] e a = espaçamento
entre cavernas, em [m].
8.1.5.2.2 - Para cavernas de cobertas, o valor W/m2 não necessita ser maior que o das cavernas principais situadas abaixo delas.
8.1.5.3 - Fixação de Extremidade
Cavernas de cobertas e de superestruturas devem estar ligadas às cavernas ou ao convés. A fixação
da extremidade pode ser realizada conforme Fig. 8.2.
Figura 8.2
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8.1.6 - Cavernas no Pique de Vante e na Região da Popa
8.1.6.1 - Cavernas no Pique de Vante
8.1.6.1.1 - O módulo de seção das cavernas no pique de vante não deve ser menor que:
WS = k . 0,76 . a . m2 . pS [cm3]
m
a
= vão, sem apoio, das cavernas, em [m], incluindo as ligações de extremidades. O vão m não deve
ser menor que 2,0 metros.
= espaçamento entre cavernas, em [m]
8.1.6.1.2 - Se o comprimento do pique de vante não excede 0,06 L, o módulo de seção requerido a meio
comprimento do pique de vante é mantido para todo o comprimento.
8.1.6.1.3 - As cavernas dos piques de vante devem ser ligadas às escoas, de modo que seja garantida
suficiente resistência ao cisalhamento.
8.1.6.1.4 - Em navios com comprimento menor que 30 metros, as cavernas do pique de vante devem ter
o mesmo módulo de seção que as cavernas de porões.
8.1.6.1.5 - Em piques utilizados como tanques, o módulo de seção das cavernas do pique de vante não
pode ser menor que o requerido pela Seção 11, item 11.2.3, para W2
8.1.6.2 - Cavernas na Região de Popa
8.1.6.2.1 - As cavernas na região de popa (popa tipo cruzador), inclinadas em relação ao plano transversal, devem ter um espaçamento de não mais que 600mm e se estender até o convés acima do topo do
pique tanque à ré, mantendo os escantilhões de cavernas dos piques tanques de vante.
8.1.6.2.2 - Para suportar as cavernas na região de popa fora do pique de ré, pode ser exigida uma escoa
adicional, caso as cavernas sejam inclinadas consideravelmente e não fixadas verticalmente em relação
ao costado.
8.1.7 - Reforços na Região de Vante e de Ré
8.1.7.1 - Séries de Vaus
8.1.7.1.1 - À vante da antepara de colisão, dentro do pique de vante, e até o convés mais inferior acima
da linha d’água, devem ser previstas séries de vaus (vaus em cavernas alternadas), geralmente com
espaçamento vertical, entre si e até a borda superior das hastilhas e convés do pique, de não mais que
2,6 metros.
Sobre as séries de vaus, devem ser previstas escoas ligadas ao chapeamento do costado, por solda
contínua, e com cada caverna, através de borboletas.
Os escantilhões das escoas devem ser determinados como segue:
Largura
Espessura
b = 75.(L)1/2 [mm]
t = 0,95.(6,0 + L/40) [mm]
8.1.7.1.2 - A área secional fB de cada vau de uma série não deve ser menor que:
fB =
fB =
10.p
95 − 0,0045.λ2
p.λ2
5.10 4
[cm 2 ]
para
λ ≤ 100
[cm 2 ]
para
λ > 100
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λ
m
i
J
p
A
=
=
=
=
=
=
!
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PÁGINA ..................................................................... 115
m/i = grau de esbelteza do vau
vão, sem apoio, do vau, em [cm]
(J/fB )1/2 = raio de giro do vau, em [cm]
menor momento de inércia do vau, em [cm4]
A . pS [kN]
área de carregamento do vau, em [m2]
Se o comprimento do pique de vante não excede 0,06 L, o carregamento a meio comprimento do pique
de vante pode ser aplicado para a determinação dos escantilhões de todos os vaus.
8.1.7.1.3 - No pique de ré, séries de vaus com escoas, geralmente espaçados verticalmente em 2,6
metros, conforme 8.1.7.1.1, devem ser previstas onde a forma do navio o permite.
8.1.7.1.4 - Deve ser evitada solda intermitente nas escoas no pique de ré. Quaisquer recortes devem se
restringir a passagens de solda e dreno.
8.1.7.1.5 - Se os piques de ré são utilizados como tanques, as escoas devem ter flanges ou barras-face
nas arestas internas. As escoas devem formar uma linha contínua de suporte com as travessas da
antepara de colisão (vide Seção 10, item 10.2.3.4).
8.1.7.1.6 - Onde forem colocados conveses perfurados em vez de séries de vaus, seus escantilhões
devem ser determinados como para anteparas-diafragma, conforme Seção 11, item 11.8. Os requisitos
relativos a f B em 8.1.7.1.2, no entanto, devem ser atendidos.
8.1.7.2 - Vaus Gigantes e Escoas
8.1.7.2.1 - Onde vaus gigantes e escoas de suporte forem colocados em vez de séries de vaus, seus
escantilhões devem ser determinados, como segue:
a) Módulo de seção:
W = k . 0,57 . e . m2 . pS . n [cm3]
b) Área seccional nos suportes:
f = k . 0,058 . e . m1 . pS [cm]
e
m
m1
n
=
=
=
=
largura da área suportada, em [m]
vão,sem apoio, em [m], conforme Seção 2, item 2.3, sem considerar as ligações de suporte
similar a m, considerando, entretanto, as ligações de suporte
coeficiente, conforme a tabela seguinte:
Número de ligações de suporte
n
0
1,0
1
0,5
2
0,3
≥3
0,2
Geralmente, o espaçamento vertical entre escoas não deve exceder 2,6 m.
8.1.7.2.2 - Geralmente, os gigantes devem ser ligados entre si por ligações de suporte cuja área seccional deve ser estabelecida conforme 8.1.7.1.2.
8.1.7.3 - Cavernas Gigantes e Escoas em Cobertas (“Tween Decks”) e Conveses de Superestruturas
Em navios com velocidade acima de 1,6 (L)1/2 [nós] ou em navios com um alargamento considerável da
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forma, na proa, escoas e gigantes, conforme 8.1.7.2, devem ser previstas, à vante de 0,2 L da PPAV, na
região de cobertas e superestruturas.
8.1.7.4 - Borboletas Contra Flambagem
8.1.7.4.1 - Entre o ponto de maior boca da embarcação, na linha de calado máximo, e a antepara de
colisão de vante, devem ser previstas borboletas contra flambagem, conforme Fig. 8.3, espaçadas em
não mais de 2,6 metros, verticalmente. A espessura das borboletas deve ser determinada, conforme
8.1.7.1.1. Onde for fornecida prova de segurança contra flambagem, as borboletas contra flambagem
podem ser parcial ou completamente dispensadas.
8.1.7.4.2 - Na mesma região devem ser previstas borboletas contra flambagem, conforme 8.1.7.4.1,
entre cobertas e superestruturas, cuja distância vertical entre si é de 3 [m] ou mais.
8.1.7.4.3 - Se os piques ou outros compartimentos à vante da antepara de colisão de vante serão
utilizados como tanques, devem ser previstas borboletas contra flambagem, conforme 8.1.7.4.1, entre
séries de vaus, conforme 8.1.7.1.
8.1.8 - Cavernas Gigantes na Praça de Máquinas
8.1.8.1 - Arranjo
8.1.8.1.1 - Em praças de máquinas e de caldeiras, devem ser previstas cavernas gigantes. Geralmente,
elas devem se estender até o convés contínuo mais elevado. Onde o pontal for 4 metros, as cavernas
gigantes devem ser espaçadas de 3,5 metros, em média, e, onde o pontal for 14 metros, elas devem ser
espaçadas de 4,5 metros, em média.
8.1.8.1.2 - Para motores de combustão até cerca de 400 kW, as cavernas gigantes devem ser geralmente colocadas nas extremidades de vante e de ré do motor. Para motores de combustão de 400 à 1500
kW, uma caverna gigante adicional deve ser prevista a meio comprimento do motor, e, para motores de
potência maior, pelo menos mais duas cavernas gigantes adicionais devem ser previstas.
Figura 8.3
8.1.8.1.3 - Onde motores de combustão estão instalados à ré, escoas espaçadas de 2,6m devem ser
previstas na praça de máquinas, alinhadas com as escoas do pique-tanque à ré, se houver, ou as
cavernas principais devem ser adequadamente reforçadas. Os escantilhões das escoas devem ser semelhantes aos das cavernas gigantes. Pelo menos, uma escoa deve ser prevista onde a altura até o
convés mais inferior for menor que 4m.
8.1.8.1.4 - Para a estrutura do fundo na praça de máquinas, vide Seção 7, item 7.3.
8.1.8.2 - Escantilhões
8.1.8.2.1 - O módulo de seção das cavernas gigantes não deve ser menor que:
W = k . 0,76 . e . m2 . pS [cm3]
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e
m
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= espaçamento de cavernas gigantes, em [m]
= vão, em [m]; vide Seção 3, 3.3.
O momento de inércia das cavernas gigantes não deve ser menor que:
J
J
c
DU
=
=
=
=
D . (4,5. D - 3,75) . c . 102 [cm4] onde 3 m ≤ D ≤ 10m
D . (7,25 . D - 31) . c . 102 [cm4] onde D > 10m
1 + (DU - 4) . 0,07
altura até o convés mais inferior, em [m].
Os escantilhões das almas devem ser calculados como segue:
altura
espessura
h = 50 . D [mm]; hmin = 250mm
t = 0,95 . h/(32 + 0,03.h) [mm]; tmin = 8,0 mm
8.1.8.2.2 - Navios com pontal menor que 3 metros, devem ter cavernas gigantes com escantilhões de
alma de, pelo menos, 250 x 8mm, e uma área seccional mínima, da barra-face, de 12 cm2.
8.2 - LONGITUDINAIS
8.2.1 - Generalidades
8.2.1.1 - Longitudinais (do fundo e do costado) devem ser contínuas através de hastilhas e gigantes. As
ligações de suas almas com as almas de hastilhas e gigantes devem ser de forma que as forças de apoio
sejam transmitidas. A tensão de cisalhamento permissível, de 100/k N/mm2, não deve ser excedida.
8.2.1.2 - Onde longitudinais do fundo ou do costado são interrompidas em anteparas transversais, borboletas devem passar através das anteparas transversais. Na região dos flanges superior e inferior do
casco, a área seccional das borboletas nas anteparas, deve ser 1,25 vezes a área seccional dos longitudinais. O comprimento da solda ligando borboletas e longitudinais, deve ser cerca de 2 vezes a altura
do perfil, de modo que a área seccional da junta soldada seja, pelo menos, 1,5 vezes a área do perfil.
Podem ser considerados outros projetos equivalentes.
8.2.1.3 - Fora da região dos flanges superior e inferior do casco, as áreas seccionais estipuladas em
8.2.1.2 podem ser reduzidas em 20%.
8.2.1.4 - Onde longitudinais de fundo são interrompidas em hastilhas estanques e anteparas, elas devem
ser ligadas às hastilhas por borboletas da espessura das hastilhas, e com um comprimento de solda nas
longitudinais igual a 2 vezes a altura das longitudinais. Onde as longitudinais são ligadas às hastilhas
estanques ou às anteparas, o comprimento de solda pode ser reduzido. (Para sistema estrutural longitudinal, em fundos duplos, vide Seção 7, item 7.2.8).
8.2.2 - Definições
k
a
m
p
=
=
=
=
=
=
=
=
=
=
σD
=
fator de material, conforme Seção 1 ; k = 1,0, para aço naval comum
espaçamento de longitudinais, em [m]
vão, sem apoio, em [m], conforme Seção 2, item 2.3.3
carregamento, em [kN/m2]
pB , conforme Seção 3, item 3.2.3, para longitudinais de fundo
pS , conforme Seção 3, item 3.2.2, para longitudinais de costado
p1 ou p1', conforme Seção 3, item 3.4.1, para longitudinais de costado, bem como travessas de
anteparas longitudinais laterais, na região de tanques e em porões previstos para serem lastrados.
pd , conforme Seção 3, item 3.4.2, para longitudinais de costado e para travessas de anteparas
longitudinais laterais,em tanques que podem estar parcialmente cheios
pD , conforme Seção 3, item 3.2.1, para longitudinais do convés resistente
pi , conforme Seção 3, item 3.3.2, para longitudinais do teto do fundo duplo, entretanto, não
menor que o carregamento correspondente à distância entre o teto do fundo duplo e a linha do
calado máximo.
tensão normal máxima, devida à flexão longitudinal, em [N/mm2], no nível do convés resistente,
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σB
z
!
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na parte lateral do convés
= tensão normal máxima, devida à flexão longitudinal, em [N/mm2], no fundo
= distância do elemento estrutural à linha de base, em [m].
Se σD e σB são desconhecidas, as tensões admissíveis, devido à flexão longitudinal σP, conforme a Seção
4, item 4.3.1.3, devem ser utilizadas.
8.2.3 - Escantilhões
8.2.3.1 - O módulo de seção de longitudinais do fundo e do convés resistente não deve ser menor que:
W = w . a . m2 . p [cm3]
w
w
n
n
= 83,3 /σadm ; wmin = k . n para 0,4.L a meia-nau
= k.n
para 0,1 L, nas extremidades (proa e popa)
= 0,55, onde devem ser utilizadas, para o carregamento p, as seguintes pressões de projeto devido
à carga e enchimento dos tanques:
pC (Seção 3, 3.3.1)
pi (Seção 3, 3.3.2)
p1 , p1' (Seção 3, 3.4.1)
= 0,70, onde devem ser utilizadas para o carregamento p, as seguintes pressões de projeto devido
a carregamentos externos e carregamentos devido ao movimento de líquidos em tanques parcialmente cheios:
pD (Seção 3, de 3.2.1.1 a 3.2.1.3)
pS , pB (Seção 3, 3.2.2 e 3.2.3)
pd (Seção 3, 3.4.2)
Entre as regiões a 0,4 L, a meia-nau,e 0,1 L das extremidades, w deve ser gradualmente reduzido. As
tensões admissíveis σadm devem ser determinadas conforme as fórmulas abaixo, onde, para σB e σD ,
devem ser utilizadas tensões absolutas.
1) Abaixo do eixo neutro da respectiva seção transversal da embarcação:
σ + σD
L  230

σ adm =  0,8 +
− σB + z ⋅ B
⋅
500
k
D


2) Acima do eixo neutro da respectiva seção transversal da embarcação:
σ adm = (0,65 + 0,0035.L ) ⋅
230
σ + σD
+ σB − z ⋅ B
k
D
8.2.3.2 - O vão m não deve ser tomado menor que 1,8 metros, para longitudinais do fundo dentro da
região de fundo, reforçado à vante, de acordo com a Seção 5, item 5.5.
8.2.3.3 - Em tanques, o módulo de seção não deve ser menor que W2 , conforme Seção 11, item
11.2.3.1.
8.2.3.4 - O momento de inércia de longitudinais de convés e do fundo, na região dos flanges superior e
inferior do casco, dentro de 0,6L, a meia-nau, não deve ser menor que o exigido na Seção 2, item 2.6.4.3.
8.2.3.5 - Com referência à resistência à flambagem de longitudinais, deve ser observada a Seção 2, item
2.6.4.
8.2.3.6 - Na determinação do módulo de seção de longitudinais localizados junto a uma fiada do bojo que
não é reforçada longitudinalmente, a largura r/3 + a/2 deve ser utilizada em vez de a, na fórmula em
8.2.3.1.
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Figura 8.4
Para efeito de segurança contra flambagem, o espaçamento de gigantes deve ser menor que 12 vezes a
largura da barra-face da longitudinal ou, senão, uma borboleta adicional deve ser colocada a meio
espaçamento de gigantes.
8.2.3.7 - O módulo de seção de longitudinais de costado em tanques, não necessita exceder o módulo
de seção de longitudinais do fundo, para o mesmo espaçamento e mesmo vão.
8.2.3.8 - Se os escantilhões de longitudinais forem determinados por cálculos de resistência, a tensão
total resultante das tensões devidas à flexão local e das tensões normais devidas à flexão longitudinal,
não deve exceder.
σt= 230/k [N/mm2]
A tensão de flexão local não deve exceder:
σbm
σbm
= 150/k [N/mm2], para aqueles carregamentos para os quais, conforme 8.2.3.1, o fator n = 0,55
= 120/k [N/mm2], para aqueles carregamentos para os quais, conforme 8.2.3.1, o fator n = 0,70.
8.2.3.9 - Quando escoras, conforme a Seção 7, item 7.2.7.6, são colocadas entre longitudinais do fundo
e do teto do fundo duplo, os módulos de seção das longitudinais podem ser reduzidos em 40%.
8.2.4 - Cavernas Laterais Gigantes
8.2.4.1 - O módulo de seção de cavernas laterais gigantes suportando longitudinais do costado, não deve
ser menor que:
W = 0,57 . k . e . m2 . p [cm3]
e
m
= espaçamento de cavernas laterais gigantes, em [m]
= vão, sem apoio, em [m], conforme Seção 2, 2.3.
Área seccional mínima da alma:
f = 0,058 . k . e . m . p [cm2]
8.2.4.2. - Se as cavernas laterais gigantes estão dimensionadas com base em cálculos de resistência,
as seguintes tensões não devem ser excedidas:
σb
τ
= 140/k [N/mm ]
= 80/k [N/mm ]
tensão combinada: σ V = σ b2 + 3.τ 2 ≤ 180 / k
[N / mm 2 ]
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8.2.4.3 - Em tanques, o módulo de seção e a área seccional não devem ser menores que W2 e que f2,
conforme a Seção 11, item 11.2.3.
8.2.4.4 - Recomenda-se verificar a resistência à flambagem das almas das cavernas laterais gigantes,
quando submetidas a forças concentradas devidas às manobras de atracação e desatracação. A força
induzida por uma defensa na alma da caverna pode ser determinada, aproximadamente, por:
pf =
∆
v
f
∆.v 2
2.f
[kN ]
= deslocamento do navio, em toneladas; não deve ser tomado superior a 105 toneladas
= velocidade de manobra do navio, em [m/s]; a tabela abaixo fornece valores orientativos
= comprimento da defensa, em [m]; a tabela abaixo fornece valores para orientação
∆[toneladas]
f [metros]
v [m/segundo]
∆ ≤ 1000
0,25
0,20
1000 < ∆ ≤ 10000
0,25 + 2,5 - 10 -5 . ∆
0,2 - ∆ . 10 -5
10000 < ∆
0,50
0,10
8.2.4.5 - A tensão de compressão na alma da caverna, devida à ação da força pf, calculada em 8.2.4.4,
pode ser determinada por:
σD =
c
tS
pf .10 3
c.t S
[N / mm 2 ]
= comprimento vertical ao longo do qual estará aplicada a força pf; se desconhecer, usar c = 300
[mm]
= espessura da alma, em [mm]
O fator de segurança contra flambagem não deve ser inferior a vB = 1,2
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CONVÉS ................................................................... SEÇÃO 9
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SEÇÃO 9
VAUS DE CONVÉS E REFORÇOS DE CONVÉS
9.1 - GENERALIDADES
9.1.1 - Definições
k
m
e
p
c
c
a
L
D
=
=
=
=
=
=
fator de material, conforme a Seção 1; k = 1, para aço naval comum
vão, sem apoio, em [m], conforme a Seção 2, item 2.3; não deve ser meor que B/10 ou 1 metro
largura do convés para o qual se dimensiona os reforços, em [m]
carregamento sobre o convés pD , pDA ou p L , em [kN/m2], de acordo com a Seção 3.
0,53
0,72 para vaus, sicordas e gigantes que sejam considerados simplesmente apoiados em uma ou
em ambas as extremidades.
= espaçamento entre cavernas (ver 1.6), em [m]
= comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]
= pontal da embarcação (ver 1.6), em [m]
9.1.2 - Tensões Admissíveis
Se os escantilhões dos vaus, sicordas, ou quaisquer outros reforços forem calculados por cálculo racional, as seguintes tensões não podem ser excedidas:
σb = 150/k [N/mm2]
τ = 100/k [N/mm2]
σ V = σ b2 + 3.τ 2 = 180 k
2
[N / mm ]
9.1.3 - Resistência à Flambagem
Pode ser necessário reforçar os vaus do convés na região de 0,6L, a meia-nau, de modo a aumentar o
momento de inércia, com a finalidade de se obter uma adequada resistência à flambagem dos painéis de
chapa ortotrópica do convés resistente, conforme requerido na Seção 2, item 2.6.2.
9.2 - VAUS E SICORDAS
9.2.1 - Generalidades
O módulo de seção dos vaus e sicordas dos conveses entre 0,25.D e 0,75.D, acima da linha de base,
deve ser determinado pela seguinte fórmula:
W = k . c . a . p . m2 [cm3]
9.2.2 - Longitudinais do Convés Resistente
O módulo de seção de longitudinais dos conveses situados na região de 0,25 D a partir do flange superior
do casco, deve ser calculado pela Seção 8, item 8.2.
9.2.3 - Fixação
9.2.3.1 - Os vaus de convés devem ser conectados às cavernas através de borboletas, de acordo com a
Seção 2, item 2.4.2.
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CONVÉS ................................................................... SEÇÃO 9
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9.2.3.2 - Vaus que se estendem continuamente sobre anteparas longitudinais e sicordas, podem ser
soldados aos prumos de anteparas longitudinais e às almas das sicordas, respectivamente, sem borboletas.
9.2.3.3 - Os vaus podem ser ligados a braçolas de escotilha e vigas, por soldas de filete duplas, se não
houver qualquer outro engastamento. O comprimento de solda não deve ser menor que 0,6 vezes a altura
do perfil.
9.2.3.4 - Em vaus ligados a braçolas e vigas de rigidez considerável (por exemplo, vigas caixão), devem
ser previstas borboletas.
9.2.3.5 - Na região de 0,6 L, a meia-nau, os comprimentos das abas de borboletas em navios de convés
singelo devem ser aumentados em 20%. Os escantilhões das borboletas não necessitam ser maiores
que o módulo de seção das cavernas exigido pela Regra,
9.2.3.6 - Com referência a ligação de longitudinais de conveses a vaus e anteparas, deve-se observar a
Seção 8, item 8.2.1.
9.2.4 - Sicordas e Cavernas Gigantes
9.2.4.1 - O módulo de seção não deve ser menor que:
W = k . c . e . m2 . p [cm3]
9.2.4.2 - Nos pontos de apoio, a área seccional da alma não deve ser inferior a:
falma = 0.048 . p . e . m2 . k [cm2]
9.2.4.3 - A altura da alma da sicorda não deve ser menor que 1/25 do seu vão sem apoio. A altura da alma
de sicordas com recortes de passagens para vaus contínuos, deve ser, pelo menos, 1,5 vezes a altura
dos vaus. Os escantilhões de sicordas de conveses de tanques devem ser determinados conforme
Seção 11, item 11.2.3.
9.2.4.4 - Se uma sicorda não necessita do mesmo módulo de seção ao longo de todos os painéis, os
maiores escantilhões devem ser mantidos sobre os pontos de apoio, e devem ser gradualmente reduzidos até os menores escantilhões.
9.2.4.5 - As fixações das extremidades das sicordas nas anteparas devem ser dimensionadas de modo
que os momentos fletores e forças cortantes possam ser transmitidos. Prumos de antepara sob as
sicordas devem ser suficientemente dimensionados para suportar as forças de apoio.
9.2.4.6 - As barras-face devem ser reforçadas por borboletas contra flambagem, de acordo com a Seção
2, 2.8.2.5. Em sicordas de seção simétrica, elas devem ser colocadas alternadamente em ambos os
lados da alma.
9.2.4.7 - Para sicordas sob o convés resistente alinhadas com ou em continuação de anteparas laterais
de casarias, vide Seção 14, item 14.1.3.2.
9.2.4.8 - Para sicordas limites de aberturas de escotilha, vide item 9.5.
9.2.5 - Estrutura de Suporte de Molinetes e Mordentes
9.2.5.1 - Para as fundações sob molinetes e mordentes, as seguintes tensões admissíveis devem ser
observadas:
σb
τ
= 200/k
= 120/k
[N/mm2]
[N/mm2]
σ V = σ b2 + 3.τ 2 = 220 k
2
[N / mm ]
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9.2.5.2 - As forças atuantes devem ser calculadas para 80% e 45% da carga de rutura nominal da
amarra, como segue:
para mordentes:
80%
para molinetes:
80% sem mordentes
45% com mordentes
Ver, também, as Regras para Construção de Máquinas (Capítulo 3).
9.3 - PÉS-DE-CARNEIRO
9.3.1 - Generalidades
9.3.1.1 - Elementos estruturais nas extremidades superiores e inferiores de pés-de-carneiro, bem como
as fundações, devem ser construídos conforme as forças a serem transmitidas. Devem ser previstas,
geralmente, chapas nas extremidades superiores e inferiores de pés-de-carneiro tubulares. A ligação
deve ser dimensionada de forma que exista, pelo menos, 1cm de área seccional para cada 10 kN de
carregamento.
9.3.1.2 - Pés-de-carneiro, em tanques, e as suas ligações, devem ser verificados quanto às solicitações.
Pés-de-carneiro tubulares não devem ser colocados em tanques.
9.3.1.3 - Pés-de-carneiro tubulares que podem ser danificados nas operações de estiva, devem ter, pelo
menos, as seguintes espessuras:
para da ≤ 300 mm
para da ≥ 300 mm
tw
tw
= 4,5 + 0,015 da [mm],
= 0,03 d [mm],
da
= diâmetro externo do pé-de-carneiro tubular, em [mm]
9.3.2 - Escantilhões
9.3.2.1 - A área seccional de pés-de-carneiro não deve ser menor que:
f =
f =
P
λ
m
i
J
f
10.P
2
117 − 0,0056.λ
P .λ2
6,1.10
[cm 2 ]
[cm 2 ]
4
para
para
λ ≤ 100
λ > 100
= carga, em [kN], = p. A. A carga P é obtida multiplicando-se o carregamento específico de convés, conforme Seção 3, pela área de convés suportada pelo pé-de-carneiro, estendendo-se em
comprimento, de centro a centro dos painéis de sicordas adjacentes e estendendo-se, em largura, de centro a centro dos painéis de vaus adjacentes. Cargas concentradas e cargas de pés-decarneiro situados acima devem ser somados de acordo com seu arranjo.
= m/i = grau de esbelteza do pé-de-carneiro
= comprimento do pé-de-carneiro, em [cm]
= raio de giro do pé-de-carneiro = (J/f)1/2 , em [cm]
= momento de inércia do pé-de-carneiro, em [cm4]
= área seccional do pé-de-carneiro, em [cm2]
9.3.2.2 - O raio de giro de pés-de-carneiro circulares deve ser calculado conforme as seguintes fórmulas:
i
= 0,25.d [cm],
i
= 0,25.
d
da
di
= diâmetro do pé-de-carneiro, em [cm]
= diâmetro externo do pé-de-carneiro, em [cm]
= diâmetro interno do pé-de-carneiro, em [cm].
√ d²
a
para pés-de-carneiro
+ d² [cm],
i
para pés de carneiro tubulares
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9.4 - CANTILEVERS
9.4.1 - Generalidades
9.4.1.1 - Cantilevers suportando sicordas, braçolas de escotilhas, gaiutas e plataformas de convés em
balanço, devem ser ligados a cavernas gigantes, cavernas de porão reforçadas ou anteparas para resistir
ao momento fletor causado pela carga P.
9.4.1.2 - Para a determinação dos escantilhões dos cantilevers e dos elementos estruturais citados na
página anterior, deve-se levar em consideração que o momento fletor no cantilever depende da capacidade de carregamento do cantilever, sendo a capacidade de carregamento dependente da razão da rigidez
do cantilever com a rigidez dos elementos suportados por ele.
Para o cálculo dos momentos fletores em cantilevers e gigantes a eles unidos, é especificado um
método de cálculo simplificado em 9.4.3. A ligação flexível do cantilever com os elementos suportados
não foi considerada neste método de cálculo.
9.4.1.3 - As barras-face devem ser reforçadas por borboletas contra flambagem nas almas, a distâncias
apropriadas (vide, também, Seção 2, 2.8.2).
9.4.1.4 - Os detalhes do cálculo devem ser submetidos para a aprovação, junto com os desenhos de
construção do cantilever. No caso de arranjos simples, cálculos podem ser dispensados.
9.4.2 - Tensões Admissíveis
9.4.2.1 - Para determinar os escantilhões do cantilever, devem ser observadas as seguintes tensões
admissíveis:
a) para cantilevers isolados em grandes distâncias:
tensão de flexão:
σb ≤ 125/k [N/mm2]
b) para vários cantilevers colocados em menores distâncias (por exemplo, em cada caverna):
tensão de flexão:
σb ≤ 150/k [N/mm2]
Em cantilevers de acordo com a) e b), a tensão de cisalhamento não deve exceder 80/k [N/mm2].
tensão combinada
σ V = σ b2 + 3.τ 2 ≤ 180 k
2
[N / mm ]
c) As tensões nas cavernas gigantes não devem exceder os seguintes valores:
tensão de flexão
tensão de cisalhamento
σb ≤ 150/k [N/mm2]
τ ≤ 80/k [N/mm2]
tensão combinada
σ V = σ b2 + 3.τ 2 ≤ 180 k
2
[N / mm ]
9.4.3 - Cálculo do Momento Fletor em Cantilevers
9.4.3.1 - A distribuição de momentos fletores de uma construção em cantilevers se estendendo por 2
conveses, com os carregamentos P1 e P2, em [kN], pode ser calculada de maneira simplificada, conforme as seguintes fórmulas (vide, também, Figura 9.1).
9.4.3.2 - Carregamentos Somente no Cantilever Superior
9.4.3.2.1 - Cantilevers ao Lado de Escotilhas
a) Momento fletor M1' no cantilever superior (corte 1-1):
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M’1 = P1 (b1 - e1 ) [kNm]
b) Momento fletor M’RO na extremidade superior da caverna gigante superior (corte 2-2):
M’RO = P1 . b1 . [1 – (e 0 / h 0)] - M’B . (e 0 / h 0) [kNm]
c) Momento fletor M’B na extremidade inferior da caverna gigante superior (corte 3-3):
2
e 
2 − 3 ⋅  0 
 h0 
M B ' = P1 ⋅ b1 ⋅
e
I ⋅h 
e
4 + 0 u ⋅ 3 − 6 ⋅ u + 4 ⋅  u
Iu ⋅ h0 
hu
 hu





2
[kN.m]



d) Momento de engastamento M’ na extremidade inferior da caverna gigante inferior:
e 
l −  u 
 hu 
MÇ ' = M B '⋅
2
2
Figura 9.1
[kN.m]
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e) Momento fletor M’u na extremidade superior da caverna gigante inferior (corte 5 - 5):

2.eu
M 'Ru = M 'B ⋅1 −
2.hu





[kN.m ]
9.4.3.2.2 - Cantilevers Fora da Região de Escotilhas
Figura 9.2
Os momentos fletores conforme 9.4.3.2.1, devem ser multiplicados pelo coeficiente h1, calculado pela
seguinte fórmula, onde as variáveis são as mostradas na Figura 9.2:

b 
⋅  0,5 − 1 
B
1

η1 =

0,3.I1.h0 b1
I
b 
+
+ 1 ⋅  0,5 − 1 
I 0 .b1
B1 I b1 
B1 
b1
I
+ 1
2.B1 I b1
9.4.3.3 - Carregamento Somente no Cantilever Inferior
9.4.3.3.1 - Cantilevers ao Lado de Escotilhas
a) Momento fletor M” no cantilever inferior (corte 4-4 Fig. 9.1):
M”2 = P2 . (b2 - e 2) [kNm]
b) Momento fletor M” na extremidade inferior da caverna gigante superior:
M”B = a . P2 . b2 [kNm]
O coeficiente σ deve ser retirado do diagrama mostrado na figura 9.3, em função dos valores eu/hu e ε
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Figura 9.3 – Coeficiente σ
c) Momento fletor M”RO na extremidade superior da caverna gigante superior (corte 2-2):
M”RO = M”B . (e0 / h0) [kNm]
d) Momento fletor M” na extremidade superior da caverna gigante inferior (corte 5-5):
M”Ru = β . P2 . b2 [kNm]
O coeficiente β deve ser retirado do diagrama mostrado na figura 9.4, em função dos valores eu/hu e ε
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Figura 9.4 – Coeficiente β
e) Momento de engastamento M”C na extremidade inferior da caverna gigante inferior:
M”C = ϕ . P2 . b2 [kNm]
O coeficiente ϕ deve ser retirado do diagrama mostrado na Figura 9.5,em função dos valores eu/hu e ε
Para cantilevers ao lado de escotilhas, a razão de rigidez deve ser calculada conforme a seguinte fórmula:
ε=
0,9 ⋅ J 0 ⋅ hu
J u ⋅ h0
Figura 9.5 – Coeficiente ϕ
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9.4.3.3.2 - Cantilevers Fora da Região de Escotilhas
a) Se os cantilevers são ligados a elementos estruturais rígidos (por exemplo, vaus limites de escotilhas), deve ser considerado no cantilever superior (corte 1-1) o momento fletor M”1, que pode ser
calculado pela seguinte fórmula:
M”1 = 0,2 . a . P2 . b2 [ 1- (e1/h1) ] [kNm].
b) Os coeficientes a , b e j para os cálculos de momentos fletores M”l conforme a), bem como para os
momentos fletores M”B , M”RU e M”C , conforme 9.4.3.3.1, devem ser determinados pelas figuras 9.3
a 9.5 para a razão de rigidez
ε=
J 0 ⋅ hu
J u ⋅ h0
c) Os momentos fletores, conforme a) e b), bem como conforme 9.4.3.3.1, devem ser multiplicados pelo
coeficiente η2 calculado pela seguinte fórmula:

b 
⋅  0,5 − 2 
B2 
2.B2

η2 =
I ⋅h

I ⋅h  b  I
b 
0,3 ⋅  2 0 + 2 u  +  2  + 2 ⋅  0,5 − 2 
B2 
 I 0 ⋅ b2 Iu ⋅ b2   B2  I b 2 
b2
+
I2
Ib2
9.4.3.4 - Cantilevers Superior e Inferior Carregados Simultaneamente
a) Cantilever superior (corte 1-1). Momento fletor total M1:
M1
M1
= M’1
= M’1 + M”1
[kNm], para cantilevers ao lado de escotilhas
[kNm], para cantilevers fora da região de escotilhas
M’1
M”1
= vide 9.4.3.2.1
= vide 9.4.3.3.2 a)
b) Extremidade superior da caverna gigante superior (corte 2-2). Nesta posição, o maior dos dois momentos, M’RO ou M”RO , prevalece para o direcionamento.
M’RO
M”RO
= vide 9.4.3.2.1
= vide 9.4.3.3.1
c) Extremidade inferior da caverna gigante superior (corte 3-3). Momento fletor total MB :
MB
= M’B + M”B [kNm]
M’B
M”B
= vide 9.4.3.2.1
= vide 9.4.3.3.1
d) Cantilever inferior (corte 4-4). Momento fletor total M2 :
M2
M”2
= M”2
= vide 9.4.3.3.1
e) Extremidade superior da caverna gigante inferior (corte 5-5). Nesta posição, o maior dos dois momentos, M’Ru ou M”Ru prevalece para o dimensionamento.
M’Ru
M”Ru
= vide 9.4.3.2.1
= vide 9.4.3.3.1
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f) Extremidade inferior da caverna gigante inferior (corte 6-6). Nesta posição, o maior dos dois momentos
de engastamento, M’C ou M”C prevalece para o dimensionamento.
M’C
M”C
= vide 9.4.3.2.1
= vide 9.4.3.3.1
9.5 - VIGAS LIMITES DE ESCOTILHAS
9.5.1 - Os escantilhões de sicordas e vaus limites de escotilhas, devem ser determinados com base em
cálculos de resistência. Os cálculos devem se basear nos carregamentos de convés, conforme Seção 3,
item 3.2.
9.5.2 - As vigas limites de escotilhas devem ser dimensionadas de modo que os seguintes valores de
tensão não sejam excedidos:
Braçolas longitudinais e vigas
flange superior e inferior: 140/K [N/mm2]
do convés resistente
ao nível do convés: 70/k [N/mm2]
Todas as outras vigas de escotilhas
flange de tração: 165/k [N/mm2]
flange de compressão: 150/K [N/mm2]
Para braçolas longitudinais contínuas, a tensão combinada que resulta da solicitação longitudinal do
casco e da tensão local da braçola longitudinal, não deve exceder 200/k [N/mm2].
A soma dos valores absolutos das tensões nos cantos de escotilhas não deve exceder os seguintes
valores:
σm + σq ≤ 200/k [N/mm2], para o convés resistente
τ m + τ q £ 240/k [N/mm2], para conveses inferiores
tensão combinada:
σm
σq
σ V = σ b2 + 3.τ 2 ≤ 180 k
2
[N / mm ]
= tensão de flexão na direção longitudinal
= tensão de flexão na direção transversal.
Em nenhuma posição das vigas limites de escotilhas, a tensão de cisalhamento deve exceder
90/k [N/mm 2].
Divergências com os valores acima serão consideradas em casos especiais.
9.5.3 - No cálculo dos módulos de seção e momentos de inércia de vigas limites de escotilhas, geralmente devem ser utilizadas as larguras colaborantes de chapeamento, conforme Seção 2, item 2.5.
9.5.4 - No convés resistente, as braçolas longitudinais de escotilhas devem se estender, pelo menos, 2
espaços de caverna além dos vaus limites de escotilhas, se não houver ligação com sicordas.
9.5.5 - Nos cantos de escotilhas, os flanges inferiores de sicordas e vaus limites de escotilhas devem ser
unidos por chapas diamantes.
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SEÇÃO 10
ANTEPARAS ESTANQUES A ÁGUA
10.1 - GENERALIDADES
10.1.1 - Número de Anteparas Estanques à Água
10.1.1.1 - Todos os navios devem ter uma antepara de colisão à vante, uma antepara de colisão à ré e
uma antepara estanque à água, em cada extremidade da praça de máquinas. Em navios com praça de
máquinas à ré, a antepara de colisão à ré pode substituir a antepara de ré da praça de máquinas.
10.1.1.2 - Incluindo as anteparas, conforme 10.1.1.1, geralmente o número mínimo de anteparas estanques à água, em função do comprimento do navio, não deve ser menor que:
L ≤ 65 metros:
3 anteparas
65 < L ≤ 85 metros: 4 anteparas
L > 85 metros:
5 anteparas
O espaçamento das anteparas estanques à água deve ser o mais uniforme possível e não necessita ser
menor que a boca B do navio.
10.1.1.3 - O número de anteparas estanques à água, conforme 10.1.1.2, pode ser reduzido quando a
resistência transversal for adequada. O número de anteparas estanques à água será anotado no Registro.
10.1.1.4 - Em navios para transporte ocasional, ou permanente, de cargas pesadas (minério de ferro,
fosfato, etc.), o comprimento de porões de carga não deve ser maior que aproximadamente 30 metros.
Em vez de uma antepara transversal, podem ser aprovados outros reforços da estrutura transversal
como, por exemplo, anteparas de asa.
10.1.1.5 - Em navios para os quais deve ser comprovada a flutuabilidade em condição avariada, o número
de anteparas estanques à água será determinado em função das condições do cálculo de estabilidade
avariada.
10.1.2 - Arranjo das Anteparas Estanques à Água
10.1.2.1 - Antepara de Colisão à Vante
10.1.2.1.1 - A antepara de colisão a vante deve estar situada a uma distância de, no máximo, 0,05L’ da
perpendicular de vante. L’ (de acordo com ILLC 1966, MARPOL 73/78, IBC-Code e IGC-Code) é um valor,
em [m], tomado com 96% do comprimento total da embarcação na linha d’ água a 85% do menor pontal
moldado medido desde o topo da chapa-quilha ou como o comprimento medido entre o bordo de ataque
da roda de proa até o eixo da madre do leme naquela linha d’água, caso esta seja maior. Em navios
projetados com ângulo de inclinação de quilha, a linha d’ água sobre a qual este comprimento é medido
deve ser paralela à linha d’ água do calado de projeto.
10.1.2.1.2 - A distância da antepara de colisão à vante, em navios cargueiros, não deve ser maior que
0,08 L’ da perpendicular de vante. Distâncias maiores podem ser aprovadas em casos especiais, mediante solicitação (L’ = ver 10.1.2.1.1).
10.1.2.1.3 - Em navios com parte do casco abaixo da linha de calado máximo estendido além da PPAV
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(por exemplo: uma proa bulbosa), as distâncias, conforme 10.1.2.1.1 e 10.1.2.1.2, podem ser medidas à
partir de uma linha de referência com distância x, a vante da PPAV. Essa distância x deve corresponder
ao menor dos seguintes valores:
a) x = a/2
b) x = 0,015.L’
a = ver Fig. 10.1
L’ ver 10.1.2.1.1
Para navios de passageiros, ver Seção 23, item 23.3.3
Figura 10.1
10.1.2.1.4 - A antepara de colisão à vante deve se estender estanque à água até o convés de borda-livre.
Degraus ou recessos podem ser permitidos se as distâncias indicadas em 10.1.2.1.1 a 10.1.2.1.3 forem
observadas.
10.1.2.1.5 - Em navios com superestruturas longas ou contínuas, a antepara de colisão à vante deve se
estender até o primeiro convés acima do convés de borda-livre. A extensão não necessita ser em linha
direta com a antepara abaixo, se as distâncias em 10.1.2.1.1 a 10.1.2.1.3, observando a exceção em
10.1.2.1.6, forem atendidas, e se os escantilhões da parte do convés de borda-livre, que formam o degrau
ou recesso, não forem menores que os exigidos para uma antepara de colisão à vante. Aberturas com
dispositivos de fechamento estanques podem ser previstas acima do convés de borda-livre na antepara
de colisão à vante e nos já citados degrau e recesso. O número de aberturas deve ser o mínimo possível,
em conformidade com a construção e o serviço do navio.
10.1.2.1.6 - Em navios equipados com portas de proa e rampas inclinadas de proa, que formam parte da
antepara de colisão à vante, acima do convés de borda-livre, a parte da rampa que está a mais de 2,30
metros acima do convés de borda-livre pode estar posicionada à vante dos limites especificados em
10.1.2.1.1. Essas rampas devem ser estanques ao tempo em toda a sua altura.
10.1.2.1.7 - A antepara de colisão à vante, entre o convés de borda-livre e o teto do fundo duplo não pode
ter portas, portas de visita, dutos de ventilação ou aberturas para acesso. Em embarcações de carga
onde houver tubulações perfurando a antepara de colisão a vante, abaixo de convés de borda-livre, devem
ser colocadas válvulas de fechamento diretamente naquela antepara. Quando forem colocadas dentro do
pique de vante, estas válvulas devem ser operadas por controle remoto, de algum ponto acima do convés
de borda-livre. Quando for construído um espaço de acesso fácil, que não seja destinado a carga, adjacente ao pique de vante (por exemplo: compartimento do bow-thruster), as válvulas de fechamento po-
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dem ser instaladas dentro deste espaço, diretamente na antepara de colisão, e não necessitam ser
operadas remotamente. Para navios de passageiros, ver a Seção 23, 23.10.
10.1.2.2 - Antepara de Colisão à Ré
Embarcações com propulsão devem ter uma antepara de colisão à ré. A distância dessa antepara
deve ser, normalmente, pelo menos, 3 espaçamentos de caverna da extremidade de vante do bosso do
tubo telescópico. A antepara de colisão à ré deve se estender até o convés de borda-livre ou até uma
plataforma estanque à água, acima da linha de calado máximo. Para navios de passageiros, vide
Seção 23, 23.3.3.
10.1.2.3 - Outras Anteparas Estanques à Água
10.1.2.3.1 - As demais anteparas estanques à água devem se estender, geralmente, e dependendo do
tipo do navio, até o convés de borda-livre. Se possível, elas devem pertencer a um só plano de caverna.
Onde isto não é possível, as partes de conveses entre as partes da antepara devem ser estanques á
água. Neste caso, devem ser observados 10.2.2.6 e 10.2.3.2.
10.1.2.3.2 - Anteparas de porões utilizados também como tanques de lastro, devem estar de acordo
com os requisitos da Seção 11, 11.4.
10.1.2.3.3 - A resistência de anteparas de porões destinados ao transporte de minério deve estar de
acordo com os requisitos da Seção 22,22.2.
10.1.3 - Aberturas em Anteparas Estanques à Água
10.1.3.1 - Generalidades
10.1.3.1.1 - O tipo e a disposição de portas em anteparas estanques à água devem ser aprovados.
10.1.3.1.2 - Com referência a aberturas na antepara de colisão a vante, vide 10.1.2.1.5 e 10.1.2.1.7.
10.1.3.1.3 - Nas demais anteparas estanques à água, podem ser previstas portas estanques à água.
Elas devem ser portas deslizantes, abaixo da linha do calado máximo. Acima desta linha d’água, podem
ser permitidas portas com dobradiças.
10.1.3.1.4 - Em navios para os quais deve ser comprovada a flutuabilidade em condição avariada, divergindo de 10.1.3.1.3, portas com dobradiças são permitidas em um determinado compartimento, somente acima da linha d’ água mais desfavorável em avaria daquele compartimento.
10.1.3.1.5 - Onde for fornecida a comprovação da flutuabilidade em condição avariada, conforme o Regulamento 27 da Convenção Internacional de Borda-Livre, 1966 (International Load Line Convention, 1966),
portas na antepara entre a praça de máquinas e o compartimento da máquina do leme, devem ser de
acordo com 10.1.3.1.3; portas nas demais anteparas devem ser de acordo com 10.1.3.1.4.
10.1.3.1.6 - Podem ser aprovadas em casos especiais, mediante solicitação, portas com dobradiças
que se estendam abaixo da linha do calado máximo na antepara de colisão à ré. Isto se aplica somente
para portas de compartimentos de acomodações e de serviços.
10.1.3.1.7 - Para portas de anteparas em navios de passageiros, vide Seção 23, 23.4.
10.1.3.1.8 - Portas estanques devem ser suficientemente fortes e de projeto aprovado. A espessura do
chapeamento das portas não deve ser menor que a espessura mínima, conforme 10.2.2.
10.1.3.1.9 - Aberturas nas anteparas para portas estanques devem ser rigidamente estruturadas, de
modo a facilitar montagem adequada das portas e garantir perfeita estanqueidade.
10.1.3.1.10 - Depois de montadas, as portas devem ser submetidas a um teste de funcionamento e
testadas com jato d’água ou com jato de ar mais espuma de sabão, para a verificação de sua
estanqueidade.
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10.1.3.2 - Portas com Dobradiças
Portas com dobradiças devem ser providas com vedação de borracha e atracadores ou outros dispositivos de fechamento adequados que garantam uma pressão de vedação suficiente. Os atracadores e
dispositivos de fechamento devem ser operáveis de ambos os lados da antepara. As dobradiças devem
possuir orifícios alongados. Parafusos e mancais devem ser de material resistente à corrosão. Deve ser
colocado nas portas um aviso indicando que as portas devem ser mantidas fechadas quando a embarcação estiver em viagem.
10.1.3.3 - Portas Deslizantes
Portas deslizantes devem ser cuidadosamente montadas e guiadas propriamente em todas as posições. Não devem ser utilizados materiais sensíveis ao calor em sistemas que penetram nas anteparas
de subdivisão estanques, onde a deterioração de tais sistemas, devido a incêndio, colocaria em risco a
estanqueidade da antepara.O mecanismo de fechamento deve ser operável, seguramente, de ambos os
lados da antepara e de um lugar acima do convés de borda-livre. Se o fechamento da porta não pode ser
observado com certeza, deve ser colocado um indicador que mostre se a porta está fechada ou aberta;
indicadores devem ser instalados nas posições das quais o mecanismo de fechamento é operado.
10.1.3.4 - Penetrações nas Anteparas Estanques à Água
Em todas as penetrações de anteparas estanques, deve-se manter a estanqueidade. Para penetrações
em anteparas de colisão à vante, 10.1.2.1.7 deve ser observado (vide, também, as Regras para Construção de Máquinas).
10.2 - ESCANTILHÕES
10.2.1 - Definições
k
a
j
h
=
=
=
=
cp , cs
=
fator de material, conforme Seção 1 ; k = 1,0 para aço naval comum
espaçamento de prumos, em [m]
vão, sem apoio, em [m], conforme Seção 2, item 2.3.
coluna d’água, em [m.c.a]; distância do centro de carregamento da estrutura a um ponto
situado 1 metro acima do convés de anteparas ou, para a antepara de colisão à vante,
situado 1 metro acima desta antepara. Para a definição de centro de carregamento, ver a
Seção 3, item 3.1.3.
coeficientes obtidos da tabela abaixo:
coeficiente cp e cs
antepara de colisão
de vante
demais anteparas
chapeamento
cp
3,8
2,8
reforços e
elementos
de anteparas
corrugadas
cs: no caso de engasgamento
em ambas as extremidades
3,3
2,6
cs: no caso de uma extremidade
simplismente
apoiada e outra
extremidade engastada
4,4
3,5
cs: ambas as extremidades
simplesmente apoiadas
6,5
5,2
Para a definição de engastamento e simplesmente apoiado, vide Seção 2, item 2.4.
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10.2.2 - Chapeamento de Anteparas
10.2.2.1 - A espessura do chapeamento de anteparas não deve ser menor que:
t = c p . a . ( h . k)1/2 + 1,5 [mm];
t min = 6,0 (k)1/2 [mm] (vide, também 10.2.2.2)
10.2.2.2 - Em embarcações pequenas, a espessura do chapeamento de anteparas não necessita exceder a espessura do chapeamento do costado, para um espaçamento de prumos similar ao espaçamento
de cavernas.
10.2.2.3 - Na região do bojo, a espessura da fiada mais baixa, conforme 10.2.2.1, deve ser aumentada de
2,5 mm. A largura desta fiada deve ser, no mínimo, de 900mm e se estender até aproximadamente
300mm acima do teto do fundo duplo.
10.2.2.4 - Em anteparas estanques à água nas extremidades de praças de caldeiras, a fiada mais baixa
deve se estender, pelo menos, por 600mm acima do estrado. A espessura desta fiada deve ser 2,5mm
maior que o requerido conforme 10.2.2.1.
10.2.2.5 - A antepara de colisão de ré deve ser provida de uma chapa reforçada na região do tubo
telescópico.
10.2.2.6 - Nas partes horizontais das anteparas, como margem de corrosão adicional, o chapeamento
deve ser 1mm mais espesso que o exigido por 10.2.2.1, conforme uma coluna de pressão medida até a
parte horizontal da antepara.
10.2.2.7 - Onde os piques de vante são utilizados como tanques, o chapeamento das anteparas de
colisão, na região dos tanques, também deve ser determinado conforme Seção 11.
10.2.2.8 - Deve ser verificada a resistência à flambagem, de acordo com a Seção 8, 8.2.4.4 e 8.2.4.6, dos
painéis de chapa das anteparas diretamente ligadas ao costado, para as cargas concentradas decorrentes das manobras da embarcação em terminais de carga.
10.2.3 - Prumos
10.2.3.1 - O módulo de seção dos prumos de anteparas não deve ser menor que:
W = k . cs . a . m 2 . h [cm3]
10.2.3.2 - Nas partes horizontais de anteparas, os reforços devem, também, atender às Regras para
vaus (Seção 10).
10.2.3.3 - Onde os piques de vante são utilizados como tanques, os prumos das anteparas de colisão,
na região de tanques, devem, também, ser determinados conforme Seção 11.
10.2.3.4 - Abaixo do convés do pique tanque de vante, devem ser instalados reforços horizontais na
antepara de colisão, espaçados de 2,6 metros, os quais devem ser ligados por borboletas com as
escoas das “séries de vaus” do pique tanque à vante. Tais reforços horizontais devem ter, no mínimo, os
mesmos escantilhões que os maiores prumos.
10.2.3.5 - Os escantilhões das borboletas devem ser determinados em função do módulo de seção dos
prumos, conforme Seção 2, item 2.4.2. Se o comprimento do prumo for 3,5 metros, ou mais, as borboletas devem se estender até o próximo vau ou até a próxima hastilha.
10.2.3.6 - Prumos de antepara, sem borboletas de ligação nas extremidades, devem ser ligados ao
convés, por solda. O comprimento da solda deve ser, pelo menos, 0,6 vezes a altura do perfil.
10.2.3.7 - Se o comprimento dos prumos, entre o convés de antepara e o convés imediatamente inferior,
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for igual ou menor que 3 metros, não será necessário colocar borboletas nas extremidades, conforme o
item 10.2.3.6. Neste caso, os prumos devem se estender até cerca de 25 mm do convés, e ser biselados
nas extremidades.
10.2.3.8 - Prumos de antepara que sejam interrompidos devem ser suportados por enrijecedores horizontais ou prumos inclinados.
10.2.4 - Anteparas Corrugadas
10.2.4.1 - A espessura de anteparas corrugadas não deve ser inferior á definida em 10.2.2.1, onde devese utilizar, no lugar do espaçamento a, o maior dos dois valores, b ou f, definidos em 10.2.4.3, tomado
em [m].
10.2.4.2 - O módulo de seção exigido pela Regra para um elemento de antepara corrugada, deve ser
determinado pela fórmula de 10.2.3.1, onde se utilizará, em lugar do espaçamento a, a largura de um
elemento e, em [m], conforme mostrado em 10.2.4.3. As fixações de extremidade devem estar de
acordo com a Seção 2, item 2.4.
10.2.4.3 - O módulo de seção real de um elemento de antepara corrugada deve ser obtido através da
seguinte fórmula:
W = t . d . (b + f/3) [cm3]
t,d,b,f, e = mostrados na Fig. 10.2; em [cm]
Figura 10.2
Para embarcações de um único convés, deve ser obedecido o definido na Seção 22, 22.2.8.2.
10.3 - TÚNEL DO EIXO
10.3.1 - Generalidades
10.3.1.1 - O eixo e a caixa de gaxetas devem ser sempre acessíveis. Se um ou mais compartimentos
estão localizados entre a antepara de colisão à ré e a praça de máquinas, deve ser previsto um túnel do
eixo estanque à água. O tamanho do túnel do eixo deve ser adequado às necessidades de reparos e
manutenção.
10.3.1.2 - A porta de acesso entre a praça de máquinas e o túnel do eixo deve ser uma porta deslizante
estanque à água, atendendo aos requisitos conforme 10.1.3.3. Para túneis do eixo extremamente curtos, podem ser dispensadas, mediante aprovação especial, portas estanques à água entre o túnel e a
praça de máquinas.
10.3.1.3 - Dutos de ventilação do túnel e saída de emergência devem ser construídos estanques à água,
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até o convés de borda-livre.
10.3.2 - Escantilhões
10.3.2.1 - O chapeamento do túnel do eixo deve ser dimensionado como para uma antepara, conforme
10.2.2.1.
10.3.2.2 - O chapeamento da parte redonda dos tetos de túnel pode ser 10% menor em espessura.
10.3.2.3 - Sob aberturas de escotilhas, o chapeamento do teto do túnel deve ser reforçado em, pelo
menos, 2mm, se não estiver protegido por forração.
10.3.2.4 - O módulo de seção dos reforços do túnel do eixo deve ser determinado conforme 10.2.3.1.
10.3.2.5 - Partes horizontais do túnel devem ser tratadas como partes horizontais de anteparas e como
conveses de carga, respectivamente.
10.3.2.6 - Túneis do eixo em tanque profundos devem ser tratados como tanques, conforme Seção 11.
10.3.2.7 - O túnel deve ser reforçado sob mastros, sob extremidades inferiores de pé-de-carneiro e sob
suportes das extremidades de escotilhas.
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SEÇÃO 11
TANQUES
11.1 - GENERALIDADES
11.1.1 - Subdivisão de Tanques
11.1.1.1 - Em tanques que se estendem por toda a boca do navio, destinados para enchimento parcial,
(como, p.ex, tanques de óleo combustível e tanques de água doce), deve ser colocada, ao menos, uma
antepara longitudinal, que pode ser uma antepara-diafragma.
11.1.1.2 - Se o pique de vante for utilizado como tanque, e se a sua largura exceder o maior dos dois
valores seguintes, 6 metros ou metade da boca da embarcação (ver Seção 1, 1.6), ele deve possuir, ao
menos, uma antepara longitudinal diafragma, completa ou parcial. Se o pique de ré for utilizado como
tanque, deve possuir, pelo menos, uma antepara longitudinal diafragma, completa ou parcial; recomenda-se que a maior largura da superfície líquida não exceda 0,3.B, onde B é a boca da embarcação.
11.1.1.3 - Pique tanques excedendo 0,06 L (L = comprimento da embarcação, conforme 1.6) ou 6
metros, em comprimento, devem ser providos, também, com uma antepara-diafragma transversal.
11.1.1.4 - Para a aplicação de um sistema efetivo de proteção contra a corrosão, ver a Seção 2, item
2.10.2.
11.1.2 - Tubos de Suspiro, de Transbordamento e de Sondagem
Cada tanque deve estar dotado de tubos-suspiro, de transbordamento e de sondagem. Os tubos de
suspiro devem ser conduzidos até acima do convés exposto. O arranjo deve ser de modo a permitir
completo enchimento dos tanques. A altura mínima das suas aberturas acima do convés é de 760mm,
no convés de borda-livre, e de 450mm, em conveses de superestruturas. Vide, também, Seção 19,
item 19.5.
Os tubos de sondagem devem ser conduzidos até o fundo dos tanques. (Vide, também, Livro de Regras
de Construção de Máquinas).
11.1.3 - Pique de Vante como Tanque
O pique de vante não pode ser utilizado como tanque de óleo combustível.
11.1.4 - Orientações Gerais
11.1.4.1 - Onde uma antepara de tanque faz parte de uma antepara principal estanque à água, sua
resistência não deve ser menor que o requerido pela Seção 11.
11.1.4.2 - Com referência a bombas e tubulações, vide também o Livro de Regras para a Construção de
Máquinas. Para tanques no fundo duplo, vide Seção 7, item 7.2.6.
11.1.4.3 - Para tanques de carga de petróleo, ver a Seção 21.
11.1.4.4 - Para porões de carga seca também destinados a serem utilizados como tanques de lastro,
vide 11.4.
11.1.4.5 - Com referência a teste de tanques, vide item 11.9. Para reduções dos escantilhões, no caso de
uma proteção efetiva contra corrosão, ver Seção 2, item 2.10.2.
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11.1.4.6 - Em tanques com ligações cruzadas de alagamento, deve ser considerado o aumento da
coluna de pressão (vide, também Seção 23, item 23.9).
11.1.5 - Tanques para Cargas Aquecidas
Para tanques destinados a carregar líquidos à temperatura de 80oC e acima, pode ser requerido um
cálculo de tensões a temperaturas elevadas. Os cálculos devem fornecer as tensões resultantes na
estrutura do casco, baseando-se em uma temperatura, do mar, de 0oC, e, do ar, de 5oC.
11.1.6 - Espessura Mínima
A espessura em toda a estrutura do tanque não pode ser menor que :
tmin = 0,95 . (5.5 + 0,02 L) (k)1/2 [mm]
L, k = ver item 11.2.1
Com respeito à segregação entre lastro e óleo, deve ser observado o Anexo I, Regulamento 14, da
MARPOL 73/78
11.2 - ESCANTILHÕES
11.2.1 - Definições
k
a
m
tk
L
σy
p
p2
=
=
=
=
=
=
=
=
fator de material, conforme Seção 1; k = 1, para aço naval comum
espaçamento de prumos ou largura do carregamento, em [m]
vão, sem apoio, em [m], conforme Seção 2, item 2.3.
margem para corrosão, conforme Seção 2, item 2.10, em [mm]
comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]
tensão de escoamento material, em [N/mm2]
pressão p1, p2 ou pd , em [kN/m2], conforme Seção 3, tem 3.4.1; prevalece o maior valor.
pressão, em [kN/mm2], conforme Seção 3, 3.4.1.
Para os termos “engastamento” e “simplesmente apoiado”, vide Seção 2, item 2.4.
11.2.2. - Chapeamento de Antepara
11.2.2.1 - A espessura do chapeamento de antepara não deve ser menor que:
t1 = 1,05 . a . (p . k) 1/2 + tk [mm]
t2 = 0,86 . a . (p . k) 1/2 + tk [mm]
11.2.2.2 - A espessura do chapeamento do túnel do eixo em tanques profundos deve ser determinada como
para uma antepara de tanque, mas não deve ser menor que o especificado conforme Seção 10, 10.3.
11.2.3 - Prumos e Vigas
11.2.3.1 - O módulo de seção de prumos e vigas engastados em ambas as extremidades, e que não são
considerados como colaborantes com a resistência longitudinal da embarcação, não deve ser menor
que:
W1 = k . 0,55 . a . m2 . p [cm3]
W2 = k . 0,44 . a . m2 . p2 [cm3]
Onde uma ou ambas as extremidades são simplesmente apoiadas, os módulos de seção devem ser
aumentados em 50%.
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A área seccional das almas das vigas não deve ser menor que:
f 1 = k . 0,05 . a . m . p [cm2]
f 2 = k . 0,04 . a . m . p2 [cm2]
f deve ser aumentada em 50% na região de engastamento, por um comprimento igual a 0,1 . m. Deve
ser verificada a resistência à flambagem das almas, de acordo com a Seção 2, item 2.6.
11.2.3.2 - Se os escantilhões dos prumos e vigas, que não são considerados como membros estruturais
longitudinais, forem determinados por cálculos de resistência, as seguintes tensões não devem ser
excedidas:
a) se submetido ao carregamento p:
σb = 150/k [N/mm2]; τ = 100/k [N/mm2]
σ V = σ b2 + 3.τ 2 = 180 k
[N / mm 2 ]
b) se submetido ao carregamento p2 :
σb = 180/k [N/mm2] ; τ = 120/k [N/mm2]
σ V = σ b2 + 3.τ 2 = 220 k
[N / mm 2 ]
11.2.3.3 - Os módulos de seção de travessas e vigas horizontais que são considerados membros estruturais longitudinais, devem ser determinados conforme Seção 8, 8.2, como para longitudinais.
11.2.3.4 - Os escantilhões de vaus e sicordas de conveses de tanques devem, também, atender aos
requisitos da Seção 9.
11.2.3.5 - Para cavernas em tanques, vide Seção 8, item 8.1.3.
11.2.3.6 - Os escantilhões de prumos de túneis do eixo em tanques profundos não devem ser menores
que o requerido conforme Seção 10, item 10.3.
11.2.3.7 - Os prumos de anteparas de tanque devem ser fixos em suas extremidades por borboletas,
conforme Seção 2, item 2.4.2. Os escantilhões das borboletas devem ser determinados conforme o
módulo de seção dos prumos. Borboletas devem ser colocadas onde o comprimento do prumo excede 2
metros.
11.2.3.8 - As borboletas de prumo devem se estender até o próximo vau, a próxima hastilha ou a próxima
caverna, respectivamente, ou serem suportadas, de outra maneira, em suas extremidades.
11.2.4 - Anteparas Corrugadas
11.2.4.1 - As espessuras do chapeamento de anteparas corrugadas, bem como os módulos de seção
requeridos dos elementos de anteparas corrugadas, devem ser determinados conforme os itens 11.2.2 e
11.2.3, procedendo-se analogamente à Seção 10, item 10.2.4.
A espessura do chapeamento não deve ser menor que tmin , conforme 11.1.6, ou que a espessura obtida
das fórmulas abaixo:
t crit =
b
⋅ σD
823
[mm], se submetido ao carregamento p1
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t crit =
σD
b
b
⋅ σD
872
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[mm], se submetido ao carregamento p2
= tensão de compressão, em [N/mm2]
= ver Seção 10, item 10.4.3
11.2.4.2 - Para as fixações das extremidades, deve ser observada a Seção 2, item 2.4.4.
11.2.5 - Espessura do Chapeamento de Chapas Revestidas (chapas bi-metálicas)
11.2.5.1 - Onde o limite de escoamento do revestimento não é menor que o do material base, a espessura do chapeamento deve ser determinada conforme 11.2.2.1. Esta espessura de chapeamento pode ser
reduzida de 0,5 mm.
11.2.5.2 - Onde o limite de escoamento do revestimento é menor que o do material base, a espessura do
chapeamento não deve ser menor que:
t
A
t1 = 0,57.a.
p.k
+ tk
A
t1 = 0,46.a.
p2 .k
+ tk
A
[mm]
[mm]
= espessura do chapeamento, incluindo o revestimento, em [mm] ?D
= obtido das fórmulas abaixo:
a) para chapas com revestimento de um lado:

tp


A = 0,5.1 − 2.(1 − α ).α +
t


  tp
+
  t
 
2

2.t

t
 + β .(1 − α ). p −  p

 t

t







2 
 


b) para chapas com revestimento em ambos os lados:
A = 0,25 −
tp 
tp 
tp 
tp 
⋅ 1 −  + β ⋅ ⋅ 1 − 
t 
t 
t 
t 
tp = espessura do revestimento, em [mm]
tp


α = 0,5 ⋅ 1 −
⋅ (1 − β )
t


σ yp
β=
σy
σyp = limite de escoamento do revestimento, em [N/mm2]
σy = limite de escoamento do material base, em [N/mm2]
11.3 - TANQUES DE SERVIÇO
11.3.1 - Generalidades
11.3.1.1 - Além dos regulamentos estipulados em 11.1 e 11.2, para tanques de óleo combustível, os
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seguintes requisitos devem ser observados.
11.3.1.2 - Para a armazenagem de óleo combustível, vide o livro de Regras para a Construção de
Máquinas.
11.3.1.3 - As aberturas com tampas estanques ao óleo para inspeção e limpeza, devem ser dispostas
nos topos do tanque ou na parte superior das anteparas de tanque. Se qualquer abertura for necessária
na parte inferior da antepara do tanque, ela não deve ser maior que uma porta de visita.
11.3.1.4 - Tanques instalados perto de caldeiras, devem ser eficientemente isolados contra calor.
11.3.1.5 - Os requisitos seguintes, de 11.3.1.6 até 11.3.1.8, se aplicam somente a tanques destinados
para combustíveis líquidos com pontos de fulgor conforme a Seção 1 do Livro de Regras para a Construção de Máquinas.
11.3.1.6 - Devem ser previstas bandejas para respingos de óleo nas anteparas de tanques debaixo de
acessórios que penetram nas anteparas. Em praças de máquinas e de caldeiras, devem ser previstos
meios convenientes para a drenagem do óleo vazado, se houver algum.
11.3.1.7 - Tanques de óleo combustível devem ser separados por coferdams de tanques de água de
alimentação de caldeira, água potável ou óleo vegetal. (Vide, também Seção 7, item 7.2.6.1)
11.3.1.8 - Para a forração na região dos tanques, deve ser observada a Seção 19, item 19.2.2.2.
11.3.1.9 - Reforços verticais ou elementos de antepara corrugada devem ser apoiados por intermédio de
borboletas contra flambagem ou por vigas horizontais não espaçadas entre si de mais de 3,0 m.
11.4 - PORÕES DE CARGA PARA ÁGUA DE LASTRO
11.4.1 - Onde porões de carga são destinados para água de lastro, a espessura do chapeamento das
anteparas transversais limites, inclusive as partes inclinadas, não deve ser menor que o maior valor
determinado de 11.2.2.1 ou pela seguinte fórmula:
t = 0,92 . a (p20) + t?k [mm]
p20 = pressão, em [kN/mm2], correspondente à distância da borda inferior do chapeamento até a borda
superior da braçola de escotilha, para uma banda de 20 graus.
Os módulos de seção de prumos na região dos tanques laterais inclinadas, inferior e superior, não devem
ser menores que o determinado por 11.2. Os reforços da antepara e os elementos de antepara corrugada,
na região dos porões de carga, devem ser dimensionados para não exceder as seguintes tensões:
a) navio sem banda:
tensão de flexão:
σb ≤ 150/k [N/mm2]
tensão combinada: σ V = σ b2 + 3.τ 2 ≤ 180 k
[N / mm 2 ]
b) para uma banda de 20o :
tensão de flexão:
σ b ≤ 170/k [N/mm2 ]
tensão combinada: σ V = σ b2 + 3.τ 2 ≤ 220 k
[N / mm 2 ]
Em nenhuma circunstância, a tensão de cisalhamento (τ), sozinha, pode exceder 100/k [N/mm2], para
navio sem borda e 110/k [N/mm2], para navio inclinado 20 graus, respectivamente.
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11.4.2 - Em porões de carga previstos para serem cheios de água de lastro até a borda superior da
abertura de escotilha, a colocação de anteparas longitudinais estanques à água ou anteparas-diafragma,
pode ser dispensada. Uma anotação correspondente será feita no Certificado. Deve ser prevista uma
ventilação suficiente, através de suspiros destes porões de carga, inclusive para as escotilhas.
11.4.3 - Para as cavernas, deve ser observada a Seção 8, item 8.1.3.
11.5 - TANQUES PARA ÓLEO VEGETAL
11.5.1 - Além das determinações dos itens 11.1 e 11.2, devem ser observadas as seguintes Regras, para
tanques de óleo vegetal.
11.5.2 - Tanques para óleo vegetal ou líquidos semelhantes, com escantilhões determinados conforme
11.2, devem estar totalmente cheios ou totalmente vazios. Uma anotação correspondente será feita no
Certificado. Caso estes tanques sejam subdivididos conforme 11.1.1.2, os mesmos podem ser parcialmente cheios. Neste caso, sugere-se evitar carregamentos parciais entre 70 e 90%.
11.5.3 - Tanques para óleo vegetal ou líquidos semelhantes devem ser providos com suficiente número de
suspiros para igualar as pressões. Devem ser previstos dutos de expansão de aproximadamente 1% do
volume dos tanques. Aproximadamente 3% do espaço do tanque pode ficar vazio para expansão, se o
tanque está dividido por, pelo menos, uma antepara longitudinal central.
11.5.4 - Outros tanques de carga de óleo devem ser tratados conforme as Regras para petroleiros.
11.6 - TANQUES INDEPENDENTES
11.6.1 - Generalidades
11.6.1.1 - Tanques independentes devem ser adequadamente seguros contra os movimentos do navio.
11.6.1.2 - Não é recomendada a instalação de tanques independentes para óleo em porões de carga.
Onde tais arranjos não podem ser evitados, devem ser tomadas providências para assegurar que a carga
não pode ser danificada por vazamento de óleo.
11.6.1.3 - Acessórios e tubulações em tanques independentes devem ser protegidos por batentes. Ao
redor dos tanques devem ser previstas calhas para drenar o vazamento de óleo.
11.6.2 - Escantilhões
11.6.2.1 - A espessura do chapeamento de tanques independentes não deve ser menor que:
t = 1,1 . a . (p)1/2 + t?k [mm]
11.6.2.2 - O módulo de seção de prumos de tanques independentes não deve ser menor que:
W = c . a . m2 . p [cm3]
c
c
p
= 0,36, se os prumos são engastados em ambas as extremidades
= 0,54, se uma ou ambas as extremidades são simplesmente apoiadas
= pressão, em [kN/mm2], correspondente a uma coluna h, medida da borda inferior do chapeamento
ou do ponto médio do vão m ao topo do transbordamento; a altura do transbordamento não deve
ser menor que 2,5 metros; p = 10 . h
11.7 - TANQUES DE ÁGUA POTÁVEL
11.7.1 - Tanques de água potável devem ser separados de tanques que não contenham água potável,
água de lastro, água destilada ou água de alimentação para caldeiras.
11.7.2 - Arranjos sanitários ou tubulações correspondentes não devem ser colocados diretamente acima
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de tanques de água potável.
11.7.3 - Portas de visita dispostas no topo do tanque devem ter braçolas.
11.7.4 - Tubos para outros líquidos que não sejam água potável devem passar por tanques de água
potável dentro de um tunel de tubo.
11.7.5 - Tubos de suspiro e de transbordamento de tanques de água potável devem estar separados de
tubos de outros tanques.
11.8 - ANTEPARAS-DIAFRAGMA
11.8.1 - A espessura da antepara deve, em geral, ser igual à espessura mínima, conforme 11.2.2.1.
Podem ser requeridos reforços para partes estruturais carregadas. A borda inferior, livre, de uma antepara-diafragma deve ser adequadamente reforçada.
11.8.2 - O módulo de seção dos prumos e vigas não deve ser menor que W, conforme 11.2.3. Como
pressão p, deve ser utilizado o valor pd, conforme seção 3, item 3.4.2.
11.8.3 - Nos piques, prumos devem ser colocados em cada caverna.
11.9 - TESTE DE ESTANQUEIDADE
11.9.1 - Todos os tanques de lastro, de trim, de água de alimentação de água doce e tanques contra
balanço, bem como tanques de óleo, devem ser testados por uma coluna d’ água de 2,5 metros acima do
topo do tanque ou até o nível da linha de calado máximo, se esta linha está a mais de 2,5 metros acima
do topo do tanque. A coluna d’água de teste deve estar, no mínimo, nivelada com o ponto mais alto do
tubo de transbordamento ou suspiro. A coluna de teste para tanques equipados com válvulas de alívio de
pressão e/ou destinados a cargas líquidas com densidade igual ou maior que 1,025 t/m3,deve ser conforme Seção 21, item 21.1.15.4.
11.9.2 - O teste deve ser feito geralmente antes do lançamento e antes da aplicação de pintura, cimento,
e quaisquer outros revestimentos. Se, após o teste, as paredes dos tanques, especialmente paredes de
tanques de óleo, forem perfuradas para passagem de tubos ou por outros motivos, um segundo teste
deve ser feito, a critério do Vistoriador do BC. Este segundo teste pode ser feito com o navio flutuando.
Anteparas e conveses estanques a óleo devem ser inspecionados minuciosamente antes do teste.
11.9.3 - Porões de carga seca que também são utilizados como tanque de lastro, devem ser testados por
enchimento até o ponto mais alto do tubo de transbordamento.
11.9.4 - Tanques independentes devem ser testados por uma coluna d’água de 3m acima do topo do
tanque ou, pelo menos, por uma coluna d’água até o ponto mais alto do tubo de transbordamento ou de
suspiro, o que for mais alto.
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SEÇÃO 12
RODA DE PROA, CADASTE, PÉS-DE-GALINHA
E TUBO TELESCÓPICO
12.1 - RODA DE PROA
12.1.1 - Roda de Proa de Barra
12.1.1.1 - A área seccional de uma roda de proa de barra, abaixo da linha de calado máximo, não deve
ser menor que:
f = 1,25.L [cm2]
L = comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]
12.1.1.2 - A partir da linha de calado máximo, a área seccional da roda de proa de barra pode ser
reduzida em direção à extremidade superior, até 0,75.f.
12.1.2 - Roda de Proa de Chapa
12.1.2.1 - A espessura de roda de proa de chapa soldada não deve ser menor que:
t = 0,08.L + 6 [mm]
L = comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]
12.1.2.2 - A partir de 600mm acima da linha de calado máximo, a espessura pode ser gradualmente
reduzida até 0,8.t, onde t é o obtido em 12.1.2.1.
12.1.2.3 - Roda de proa de chapa e proa bulbosa devem ter chapas-diafragma espaçadas entre si de, no
máximo, 1 metro.
12.1.2.4 - Onde o espaçamento das chapas-diafragma é reduzido a 0,5 metros, a espessura da roda de
proa de chapa pode ser reduzida em 20%.
12.1.2.5 - A proa bulbosa deve ter, geralmente, a espessura que obedeça ao exigido em 12.1.2.1.
12.1.2.6 - Os escantilhões das chapas e reforços na região da proa, em 0,1.L a ré da perpendicular
avante e acima da linha de calado máximo, devem ser verificados para o seguinte carregamento externo:
pe = 1,1 [ 0,4 . v . sen θ + 0,6 (L)1/2 ] 2 [kN/m2]
v
θ
= velocidade máxima do navio, em [nós]
= ângulo entre a direção longitudinal paralela à linha de centro e a linha tangente, na respectiva
linha d’água, no local considerado; vide Fig. 12.1.
a) A espessura do chapeamento não pode ser inferior a:
t = 1,10 . a . (pe) 1/2 + tk [mm]
a
tk
= menor espaçamento entre cavernas (longitudinais ou transversais), em [m]
= margem de corrosão, conforme a Seção 2, 2.10
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b) Reforços:
tensão de flexão:
tensão de cisalhamento:
σb ≤ 0,75.σ y
τ ≤ 0,43.σ y
tensão combinada:
σ V = σ + 3.τ 2 ≤ 0,8.σ y
σ y = tensão de escoamento do material (ver Seção 2)
Figura 12.1
12.2 - CADASTE
12.2.1 - Generalidades
12.2.1.1 - O cadaste do hélice e o cadaste do leme devem ser conduzidos para dentro do casco, em
suas partes superiores, e ligados a ele de maneira conveniente e eficiente. Na região de união com o
cadaste do leme, o chapeamento do casco deve ser reforçado conforme Seção 5, item 5.6. Deve-se dar
a devida atenção ao projeto da forma da popa do navio, espessura do leme e clara do hélice, de modo a
minimizar as forças de excitação produzidas pelo hélice na estrutura do casco.
12.2.1.2 – Para navios com um só hélice, recomenda-se observar as folgas mínimas entre o hélice, o
cadaste e o leme mostradas na Figura 12.2.
12.2.1.3 - Em embarcações com 1 hélice, a parte inferior do cadaste deve se estender para vante por, no
mínimo, 3 vezes os espaçamentos de caverna, a partir da aresta de vante no bosso, e, em outras
embarcações, por 2 vezes espaçamentos de caverna, a partir da aresta de ré do cadaste do leme.
12.2.1.4 - O tubo telescópico deve estar envolto pelas hastilhas ou, quando a forma do navio é muito
estreita, ser reforçado por anéis internos. Onde não é colocada soleira, os anéis internos podem ser
dispensados.
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12.2.1.5 - A espessura de cadastes de chapa, para navios com 2 hélices, não deve ser menor que:
t = 0,07.L + 5,5 [mm]
Figura 12.2
12.2.2 - Cadaste do Hélice
12.2.2.1 - Os escantilhões de cadastes do hélice retangulares e maciços devem ser determinados
conforme as seguintes fórmulas:
m = 1,4.L + 90 [mm]
t = 1,6.L + 15 [mm]
m
t
L
= vão sem apoio do cadaste
= espessura do cadaste
= comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]
12.2.2.2 - Os módulos de seção resultantes dos valores m e t, exigidos conforme 12.2.2.1, devem ser
mantidos onde outras formas de seção são adotadas.
12.2.2.3 - Os escantilhões mínimos de cadastes do hélice fabricados de chapas devem ser determinados conforme as seguintes fórmulas:
m = 50.(L) 1/2 [mm]
t = 2,4.(L) 1/2 [mm]
b = 36.(L) 1/2 [mm]
t
b
m
= espessura (ver Figura 12.3)
= largura (ver Figura 12.3)
= vão sem apoio do cadaste, em [mm]
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Figura 12.3
12.2.2.4 - Onde a configuração da seção transversal difere da Figura 12.3, e para cadastes fundidos do
hélice, o módulo de seção da seção transversal, em relação ao eixo longitudinal, não deve ser menor que:
Wx = 1,2 . L1,.5 [cm3]
12.2.2.5 - A espessura da parede do bosso no cadaste do hélice, na condição acabada, deve ser, no
mínimo, 60% da espessura do cadaste do hélice, conforme 12.2.2.1.
12.2.3 - Cadaste do Leme e Madre do Leme
12.2.3.1 - O módulo de seção do cadaste do leme, em relação ao eixo longitudinal do navio, não deve ser
menor que:
W =
CR ⋅ m
1000
[cm 3 ]
CR = força do leme em [N], conforme Seção 13, 13.2.
m = vão, sem apoio, do cadaste do leme, em [m]
Podem ser requeridos cálculos de resistência do cadaste do leme, levando em consideração a flexibilidade da soleira, onde, devido à sua baixa rigidez na direção y, a soleira não pode ser considerada um
suporte eficiente para o cadaste do leme e onde, consequentemente, tensões de flexão adicionais
podem aparecer no ponto superior de engastamento. A tensão de flexão sB não deve exceder 85 N/mm2.
12.2.3.2 - O diâmetro do eixo de lemes balanceados não deve ser menor que (ver Figura 12.4):
d = 4,4 ⋅ 3
CR ⋅ b ⋅ ( m − b )
m
b = 0,5 . (b1 + b2) [m] (ver Figura 12.4)
m = vão sem apoio, em [m] (ver Figura 12.4)
CR = força no leme, em [N] (ver Figura 12.6)
[mm ]
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Figura 12.4
Com referência a eventuais cálculos de resistência para o eixo do leme, deve ser observado 12.2.3.1.
12.2.4 - Soleira
12.2.4.1 - O módulo de seção da soleira em relação ao eixo z (ver Fig. 12.4) não deve ser menor que:
Wz =
B1
x
k
CR
B1 ⋅ x ⋅ k
80
[cm 3 ]
= força de suporte, em [N], conforme a Seção 13, item 13.3.3. Em lemes com mancais duplos, a
força de suporte, sem considerar a flexibilidade da soleira, é B1 = 0,5 . CR
= distância da respectiva seção transversal do eixo do leme, em [m], que não deve ser menor que
e/2 e, no máximo, igual a e (ver Figura 12.5).
= fator de material, conforme Seção 1.
= força no leme, em [N] (ver Figura 12.6)
12.2.4.2 - O módulo de seção W pode ser reduzido em 15% onde é colocado um cadaste do leme,
conforme 12.2.3.1.
12.2.4.3 - O módulo de seção em relação ao eixo y (ver Figura 12.5) não deve ser menor que:
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Wy = Wz /2, onde não é colocado cadaste ou eixo do leme
Wy = Wz /3, onde é colocado cadaste ou eixo do leme
Figura 12.5
12.2.4.4 - A área seccional na posição x = e não deve ser menor que:
AS =
B1
⋅k
48
[mm ]
12.2.4.5 - A tensão combinada das tensões de flexão e cisalhamento, em qualquer posição, dentro da
distância e, não deve ser maior que:
σ V = σ b2 + 3.τ 2 = 120
σb =
τ=
B1 ⋅ x
Wz ( x )
B1
AS
[N / mm 2 ]
[N / mm 2 ]
[N / mm 2 ]
12.2.5 - Suporte de Lemes Semi-Suspensos
12.2.5.1 - Para o suporte de leme, a distribuição do momento fletor, força cortante e momento torsor,
deve ser determinada conforme as seguintes fórmulas (ver Figura 12.7):
a) momento fletor:
b) força cortante:
c) momento torsor:
Mb = B2 . z [N.m]; Mbmax = Bl . d [N.m]
Q = B2 [N]
MT = B2 . e(z) [N.m]
B2 = força de apoio no suporte do leme, de acordo com a Seção 13, item 13.3.3.
Para a determinação de escantilhões preliminares, a flexibilidade do suporte do leme pode ser ignorada,
e a força de suporte B2 pode ser calculada conforme a seguinte fórmula:
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B2 = CR . (b/c) [N]
CR = força do leme conforme Seção 13, item 13.2.
b, c, d, e, z = ver Figuras 12.5 e 12.6.
Figura 12.6
12.2.5.2 - O módulo de seção do suporte do leme, na direção transversal, em relação ao eixo longitudinal
x, não deve, em qualquer posição, ser menor que:
W( z ) =
Mb ⋅ k
67
[cm 3 ]
12.2.5.3 - Em nenhuma área seccional do suporte do leme, a tensão de cisalhamento devido à força
cortante Q pode ser maior que o seguinte valor:
Q = 48/k [N/mm2]
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Figura 12.7
12.2.5.4 - A tensão combinada em qualquer posição do suporte do leme, não deve ser menor que:
σ V = σ + 3.(τ 2 + τ T2 ) = 120
σb =
τ=
[N / mm 2 ]
[N / mm 2 ]
Q
Ah
τT =
AT
th
Mb
W( z )
k
[N / mm 2 ]
10 3 ⋅ MT
2 ⋅ AT ⋅ t h
[N / mm 2 ]
= área seccional em [mm2], abrangida pelo suporte do leme na posição examinada.
= espessura do chapeamento do suporte do leme.
12.2.5.5 - A espessura do chapeamento do suporte do leme deve ser determinada de modo a atender os
requisitos de 12.2.5.2 até 12.2.5.4. Ela não deve ser menor que:
tmin = 2,4 (L) 1/2 [mm]
12.2.5.6 - Reforços transversais do suporte do leme devem ser conduzidos dentro do casco até o convés
mais próximo, devendo ser em quantidade suficiente e ter a espessura adequada.
12.2.5.7 - Hastilhas cheias, reforçadas, devem ser colocadas alinhadas com os reforços transversais,
para conseguir uma ligação suficiente com o casco. A espessura destas hastilhas deve ser aumentada
de 50% sobre os valores exigidos na Seção 7.
12.2.5.8 - A antepara da linha de centro (diafragma) no pique de ré, deve ser ligada ao suporte do leme.
12.3 - PÉS-DE-GALINHA
12.3.1 - É recomendado que os braços dos pés-de-galinha formem um ângulo, entre si, diferente do
ângulo entre as pás do hélice. Onde é colocado um hélice de 3 ou 5 pás, recomenda-se que o ângulo
seja cerca de 90 graus. Em caso de hélice com 4 pás, é recomendado que o ângulo seja cerca de 70
graus ou 110 graus. É recomendado que os eixos dos braços se interceptem na linha de centro do eixo
propulsor.
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12.3.2 - É recomendado que os braços se estendam através do chapeamento do costado e sejam
fixados de maneira eficiente às cavernas e hastilhas, respectivamente. Caso a fixação seja por solda,
os braços devem ter um flange para soldagem ou uma parte mais espessa na região de soldagem, ou
serem fixados de outra maneira adequada. O reforço do chapeamento do costado, na região de fixação
dos braços, deve obedecer ao definido na Seção 5, 5.6. Observar, também, o exigido na Seção 18,
item 18.2.4.3.
12.3.3 - Os escantilhões de braços sólidos são dependentes do diâmetro do eixo d , como segue:
Espessura: .................................................
Área seccional no pé-de-galinha .................
Comprimento do bosso ..............................
Espessura de parede do bosso ....................
0,44.d
0,44.d
3,00.d
0,35.d
12.3.4 - Pés-de-galinha e bossos do eixo, fabricados de chapas, devem ter a mesma resistência que os
maciços.
12.3.5 - Pé-de-galinha de apenas um braço deve ser motivo de análise de resistência, conforme 12.4.1.b
e de análise de vibrações, conforme 12.4.2. Deve-se ter especial atenção à fadiga.
12.4 - TUBO TELESCÓPICO ELÁSTICO
12.4.1 - Análise de Resistência
Para a determinação dos escantilhões do tubo telescópico protuberante, na região da ligação com o
casco, as seguintes análises de tensões devem ser conduzidas:
a) Carregamento estático: tensões de flexão causadas por carregamentos de pesos estáticos não devem exceder 0,35.σy .
b) Carregamento dinâmico: o carregamento pulsante devido à perda de uma pá do hélice deve ser determinado assumindo que a rotação do hélice é 0,75 vezes a rotação nominal. As seguintes tensões
admissiveis devem ser observadas:
σdzul = 0,4 . σy , para σy = 235 [N/mm2]
σdzul = 0,35 . σy , para σy = 355 [N/mm2]
σy = valor mínimo do limite de escoamento. Para valores intermediários de σ y, entre 235 e 355
[N/mm2], as tensões admissíveis devem ser achadas por interpolação.
Os valores de tensões admissíveis, acima citados, são valores aproximados. Pequenos desvios podem
ser permitidos em casos especiais, levando em consideração a resistência à fadiga do material usado.
12.4.2 - Análise de Vibrações
A freqüência natural de flexão, na rotação nominal, do sistema constituído por tubo telescópico, eixo
propulsor e hélice, não deve ser menor que 1,5 vezes a rotação nominal do hélice. Entretanto, a freqüência
natural não deve ser maior que 0,66 vezes o número de impulsos (número de pás x rotação nominal), e
não deve coincidir com as condições de serviço, nem em caso de perda de uma pá do hélice.
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TOMO II - LEME E APARELHO DE GOVERNO .......... SEÇÃO 13
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SEÇÃO 13
LEME E APARELHO DE GOVERNO
13.1 - GENERALIDADES
13.1.1 - Aparelho de Governo
13.1.1.1 - Cada navio deve ser provido de um aparelho de governo que deve garantir manobrabilidade
adequada.
13.1.1.2 - O aparelho de governo inclui todos os componentes necessários para o governo do navio, do
leme e da máquina do leme, até o posto de comando de governo.
13.1.1.3 - São tratados nesta Seção: madre do leme, acoplamento do leme, mancais do leme e porta do
leme. Para máquinas do leme, vide o Livro de Regras para Navegação Costeira-Máquinas.
13.1.1.4 - O compartimento da máquina do leme deve ser mantido livre de instalações que possam
prejudicar a operação das máquinas do leme principal e auxiliar. Deve estar separado de outros compartimentos por paredes de aço. Com referência à utilização de material não magnético no passadiço, na
região da agulha magnética, devem ser observados os requisitos das administrações nacionais competentes.
13.1.2 - Detalhes Estruturais
13.1.2.1 - Devem ser previstos meios efetivos para suportar o peso da porta do leme, sem pressão
excessiva nos mancais, por exemplo, através de um mancal de escora na extremidade superior da
madre do leme. A estrutura do casco, na região do mancal de escora do leme, deve ser adequadamente
reforçada.
13.1.2.2 - Devem ser previstos dispositivos convenientes, por exemplo, batentes, para impedir que o
leme suba.
13.1.2.3 - A madre do leme deve atravessar o casco em compartimento fechado, estanque, ou em caixas
de gaxetas, que devem ser colocadas acima da linha de calado máximo, para impedir que a água entre
no compartimento da máquina do leme e o lubrificante seja lavado do mancal de escora. Se o topo do
compartimento da madre do leme está abaixo da linha de calado máximo, devem ser previstas duas
caixas de gaxetas.
Em navios navegando em áreas de baixa temperatura, pequenas folgas entre a porta do leme e o casco
do navio podem causar o travamento da porta do leme no casco, por congelamento. É, portanto, recomendado evitar distâncias menores que 1/20 da espessura da porta do leme ou 50mm com o casco,
respectivamente, ou instalar meios convenientes como, por exemplo, arranjos de aquecimento.
13.1.3 - Materiais
13.1.3.1 - Para materiais da madre do leme, pinos do leme, parafusos de acoplamento, etc., observar a
Instrução para Materiais do Bureau Colombo.
13.1.3.2 - Para madres do leme, machos, chavetas e parafusos, materiais com tensão de escoamento
mínimo de 200 N/mm2 e uma resistência à tração menor que 400 N/mm2 ou maior que 900 N/mm2,
geralmente não devem ser utilizados.
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As exigências apresentadas nesta Seção são baseadas no valor de 235 N/mm2, para a tensão de
escoamento do material. Se for utilizado material com tensão de escoamento diferente de 235 N/mm2,
fator kr deve ser determinado da seguinte maneira:
 σy 

k r = 

 235 
σy
kr =
235
σy
σB
0,75
para
para
σ y ≥ 235
σ y < 235
N / mm 2
N / mm 2
= tensão de escoamento [N/mm2] do material utilizado; σy deve ser tomado com valor superior a
0,7.σΒ ou 450 N/mm2, usando-se o menor valor entre os dois.
= resistência à tração do material utilizado, em [N/mm2]
2
13.1.3.3 - Caso sejam utilizados aços com tensão de escoamento acima de 235 N/mm , o Bureau
Colombo pode requerer um cálculo das deformações elásticas da madre do leme. Grandes deformações devem ser evitadas para manter as pressões dos cantos da madre nos mancais dentro dos limites
permissíveis.
13.1.3.4 - As tensões admissíveis fornecidas em 13.5.1 se aplicam a aço naval comum. Na aplicação de
aço naval de alta resistência, podem ser utilizados maiores valores, que serão fixados em cada caso
individual.
13.2 - FORÇA DO LEME E MOMENTO TORCIONAL
13.2.1 - Força do Leme e Momento Torcional para Lemes Normais
13.2.1.1 - A força do leme deve ser determinada conforme a fórmula seguinte:
CR = 132 . χ1 . χ2 . A . (vo . χ3 ) 2 [N2]
A
vo
= área total do leme, em [m2] . Para leme situado dentro de um tubo, (“nozzle rudder”), A deve ser
1,35 vezes a área projetada do tubo (nozzle”)
= velocidade máxima da embarcação, prevista no calado máximo em águas tranquilas, em [nós].
Para velocidades menores que 10 nós, o seguinte valor deve ser utilizado como vo :
vmin
=
(vo + 20) / 3 [nós]
χ1
=
b
At
χ2
=
=
=
Para marcha a ré, deve ser tomada a máxima velocidade a ré, mas não pode ser tomado um valor
inferior a:
va
=
0,5 . vo .
coeficiente, dependendo da razão Λ ; χ1 = (" + 2)/3, onde L não necessita ser tomado maior que
2
Λ
=
b2 / A2t
altura média da área do leme, em [m] (ver Figura 14.1);
A + área da rabeta do leme, se houver, em [m2]
coeficiente, dependendo do tipo ou do perfil do leme, conforme a tabela seguinte:
perfil / tipo do leme
marcha a vante
marcha à ré
série NACA - os perfis de Gottinger
1,1
0,9
leme de chapa
1,1
0,9
perfis vazados
1,35
0,9
leme de alta eficiência
1,7
a ser especialmente considerado
χ3
χ3
χ3
= coeficiente, dependendo da localização do leme ; χ3MAX = 1,05
= 0,9 + 0,3 . (xr / Dp) , para lemes a ré do propulsor
= 1,08 , para lemes situados à ré de um hélice instalado em um tubo (“nozzle”)
!
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χ3
χ3
xr
Dp
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= 0,8 , para lemes situados fora da esteira do hélice
= 1,0 , para lemes em qualquer outra localização, inclusive os situados na esteira do hélice
χ3 não deve ser menor que 1,0 quando a distância entre o propulsor e o cadaste for extremamente
grande
= distância entre a aresta de vante do leme e o plano do propulsor (ver Figura 13.1)
= diâmetro do propulsor (ver Figura 13.1)
Figura 13.1
13.2.1.2 - O momento torcional deve ser determinado pela seguinte fórmula:
QR = CR . r [Nm]
r
c
α
= c . (α - kb ) [m]
= A/b = largura média da área do leme, em [m]; ver Figura 13.1.
= 0,33, para condição de marcha à vante; α = 0,66, para condição de marcha à ré.
Para lemes de alta eficiência, α deve ser considerado especialmente. Se não conhecido, α = 0,4 pode
ser utilizado para a condição de marcha à vante. Para partes de um leme situadas atrás de uma estrutura
fixa, tal como um suporte do leme:
α
α
kb
r min
= 0,25 , para condição de marcha a vante
= 0,55 , para condição de marcha a ré
= fator de compensação = Af /A, onde Af = parte da área do leme situada à vante da linha de centro
da madre do leme (ver Figura 13.1) e A é a área total do leme; k b = 0,08 pode ser utilizado para
lemes não compensados
= 0,1 . c [m], para a condição de marcha à vante.
13.2.2 - Força do Leme e Momento Torcional para Lemes com Recortes (Lemes Semi-Suspensos)
13.2.2.1 - Força do leme CR
A força total do leme CR deve ser calculada conforme 13.2.1.1. A distribuição de pressão sobre a área do
leme, sobre a qual deve ser baseada a determinação do torque e resistência da porta do leme, deve ser
determinada como mostrado a seguir. A área do leme é dividida em duas partes retangulares ou
trapezoidais com áreas A1 e A2 , tais que A = A1 + A2 (veja a Figura 13.2).
A força resultante de cada parte é:
CR1 = CR . (A1 / A ) [N];
CR2 = CR . (A2 / A ) [N]
!
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Figura 13.2
13.2.2.2 - O momento torcional parcial de cada parte é:
Q1 = C1 . r1 [N.m] ;
Q2 = C2 . r2 [N.m]
r1 = c1 . (α - kb1 ) [m] ; r1min = 0,1.c1 [m] , para a condição de marcha a vante
r2 = c2 . (α - kb2 ) [m] ; r2min = 0,1.c2 [m] , para a condição de marcha a vante
kb1 = A1f / A1
kb2 = A2f / A2
c1 = A1 / b1
c2 = A2 / b2
b1 e b2 = alturas média da áreas parciais do leme A1 e A2 (ver a Figura 13.2)
13.2.2.3 - O momento torcional total do leme deve ser calculado para ambas as condições, de marcha à
vante e a ré, conforme a fórmula:
QR = Q R1 + QR2 [N.m]
13.3 - ESCANTILHÕES DA MADRE DO LEME
13.3.1 - Diâmetro da Madre do Leme
13.3.1.1 - O diâmetro da madre do leme, para transmitir o momento torcional, não deve ser menor que:
Dt = 4,2 ⋅ 3
QR
kr
[mm]
QR = ver 13.2.1.2, 13.2.2.2 e 13.2.2.3
k r = ver 13.1.3.2
A respectiva tensão de torção é:
σy
0,5.σ y
[N / mm 2 ]
3
= tensão de escoamento [N/mm2] do material utilizado; σy deve ser tomado com valor superior a
τt =
!
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σB
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0,7.σB ou 450 N/mm2, usando-se o menor valor entre os dois. Deverá ser observado o item
13.1.3.3.
= resistência à tração do material utilizado, em [N/mm 2]
13.3.1.2 - O diâmetro da madre do leme, determinado conforme 13.3.1.1, é decisivo para a determinação
da máquina do leme, do acoplamento do leme, de batentes e do freio.
13.3.1.3 - No caso de máquina do leme mecânica, o diâmetro da madre do leme, no extremo superior,
que é destinado somente para a transmissão do momento torcional devido ao acionamento da máquina
de leme auxiliar, pode ser 0,9.D. A boca quadrada da cana auxiliar não deve ser menor que 0,77.D, e a
sua altura não menor que 0,8.D.
13.3.1.4 - A madre do leme deve estar provida de um travamento contra deslocamento axial. As folgas
axiais admissíveis dependem da construção da máquina do leme e do mancal.
13.3.2 - Reforços da Madre do Leme (Geral)
13.3.2.1 - Se o leme for projetado de modo que tensões adicionais de flexão ocorram na madre do leme,
o diâmetro da madre deve ser aumentado convenientemente. O diâmetro aumentado é decisivo no
dimensionamento do acoplamento. O diâmetro da madre do leme deve ser aumentado, de modo que a
tensão combinada de flexão e torção não exceda o seguinte valor:
σ V = σ b2 + 3.τ 2 ≤ 0,5.σ y
σb =
σb= tensão de flexão, calculada por:
[N / mm 2 ]
10,2 ⋅ M b
[N / mm 2 ]
D13
Mb = momento fletor no mancal guia, devido à força do leme, em [N.m]
τ=
τ = tensão de torção, calculada por:
5,1.QR
D13
[N / mm 2 ]
D1 = diâmetro aumentado da madre do leme, em [cm]. Pode ser determinado pela seguinte fórmula:
D1 = Dt ⋅ 6 1 +
4  Mb
⋅
3  QR




2
QR = ver 13.2.1.2, 13.2.2.2, e 13.2.2.3
Dt = vide 13.3.1.1
Caso a máquina do leme seja de dois pistões, momentos fletores adicionais podem ser transmitidos por
ela à madre do leme. Estes momentos fletores devem ser levados em conta para a determinação do
diâmetro da madre do leme.
13.3.3 - Análise
13.3.3.1 - Generalidades
A avaliação de momentos fletores, forças cortantes e forças de reação, para o sistema leme-madre do
leme, pode ser executada para alguns tipos básicos de lemes mostrados nas Figuras 13.3 e 13.4.
13.3.3.2 - Dados para a Análise
m10 até m50 = comprimentos das vigas individuais do sistema, em [m]; m corresponde à grandeza e
da Seção 12, item 12.2.4.1 e Figura 12.5.
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J10 até J50
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= momentos de inércia destas vigas, em [cm4 ]
Para lemes apoiados em soleiras, o comprimento m20 é a distância entre a aresta inferior do corpo do
leme e o centro da soleira, e J20, o momento de inércia do pino do leme na soleira.
a) Carregamento na porta do leme (em geral)
pR = CR / (10 3 . m 10 ) [kN/m]
b) Carregamento em leme semi-suspenso
pR 10 = CR2 / (10 3 . m 10 ) [kN/m] ; pR 20 = CR1 / (10 3 . m 20 ) [kN/m]
CR , CR1 , CR2 = ver 13.2.1 e 13.2.2
Z = constante de mola do apoio na soleira ou no suporte do leme
Z = 6,18.J 50 / m 50 3 [kN/m] , para apoio em soleira
J50
m50
Z
fb
=
=
=
=
fb =
J50 =
ft
=
2
FT =
ui =
ti
e
=
=
momento de inércia da soleira em relação ao eixo z
comprimento efetivo da soleira em [m]; corresponde à 50 grandeza e da Seção 12, item 12.2.4.1
1 / (f b + ft ) [kN/m], para apoio no suporte do leme
deslocamento do suporte do leme, em [m], devido à ação de uma força de 1kN no centro b do
suporte
(1,3.d 3 )/ (6,18.Jn ) [m/kN] (valor para orientação)
momento de inércia do suporte do leme em relação ao eixo nx , em [cm4], (ver também a Fig.
13.6)
deslocamento devido à torsão unitária = [e Σ . u / t] / (3,14 . 108 . FT2 ) [m/kN]
seção transversal média do suporte do leme, em [m ]
largura, em [mm], das chapas individuais que compõem a área seccional média do suporte do
leme
espessura nas larguras individuais u i , em [mm]
ver Figura 12.6
13.3.3.3 - Momentos e Forças a Serem Avaliados
13.3.3.3.1 - Devem ser avaliados o momento fletor M e a força cortante Q na porta do leme, o momento
fletor M, no mancal guia, e as forças de reação nos apoios B1, B2 e B3 Estes momentos devem ser
utilizados para a análise de tensões exigida nos itens 13.3.2 e 13.5.1, e na Seção 12, item 12.2.5.
13.3.3.3.2 - Para lemes suspensos, os momentos e forças podem ser determinados da seguinte maneira:

m ⋅ (2.c1 + c 2 )
M b = CR ⋅ m20 + 10

3.(c1 + c 2 ) 

M
B3 =
[N ]
m30
B2 = CR + B3
[N.m ]
[N ]
13.3.4 - Compartimento da Madre do Leme
Se a madre do leme ficar localizada dentro de um compartimento, de tal maneira que neste compartimento ocorram tensões devido a forças causadas pela ação do leme, os escantilhões do compartimento
devem ser tais que a tensão combinada devido à flexão e cisalhamento não exceda 0,35 vezes a tensão
de escoamento do material utilizado.
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13.4 - ACOPLAMENTOS DO LEME
13.4.1 - Generalidades
13.4.1.1 - Os acoplamentos devem ser projetados de forma que eles possam transmitir todo o torque à
madre do leme.
13.4.1.2 - A distância dos eixos dos parafusos das arestas dos flanges não deve ser menor que 1,2
vezes o diâmetro do parafuso. Em acoplamentos horizontais, pelo menos 2 parafusos devem ser colocados avante do eixo da madre.
13.4.1.3 - Os parafusos de acoplamento devem ser parafusos de ajuste. Suas porcas devem ser efetivamente
travadas contra afrouxamento, por exemplo, por chapas de travamento.
13.4.2 - Acoplamentos Horizontais
13.4.2.1
- O diâmetro dos parafusos de acoplamento não deve ser menor que:
d b = 0,62 ⋅
D
n
e
kr
kd
D3 ⋅ kr
kd ⋅ n ⋅ e
[mm]
=
=
=
=
diâmetro da madre do leme, conforme o item 13.3, em [mm]
número total de parafusos (no mínimo, 6 parafusos)
distância média dos eixos dos parafusos ao centro do sistema de parafusos, em [mm]
fator de material da madre do leme, conforme 13.1.3.2 (não devem ser utilizar materiais com
limites de escoamento acima de 650 N/mm2)
= fator de material dos parafusos, calculado como definido em 13.1.3.2 para kr.
13.4.2.2 - A espessura dos flanges de acoplamento não deve ser menor que:
t f = 0,62 ⋅
D3 ⋅ kr
kf ⋅ n ⋅ e
[mm]
tfmin = 0,9 . db
A espessura do flange de acoplamento fora da região dos furos de parafuso não deve ser menor que
0,65.t
D, kr , n, e, d b = ver 13.4.2.1
kf = fator de material do flange de acoplamento; calculado como definido em 13.1.3.2.
13.4.2.3 - Os flanges de acoplamento devem ser equipados com uma chaveta para aliviar os parafusos,
conforme a norma DIN 6885. Esta chaveta pode ser dispensada se o diâmetro dos parafusos for aumentado em 10%.
13.4.2.4 - Flanges de acoplamento horizontal deveriam ser forjados junto à madre do leme. Em flanges
soldados à madre do leme, a madre deve ter um colar de solda com um diâmetro de 1,1.D (mas não
menor que D + 20 mm) e com uma espessura igual à do flange (no máximo, espessura do flange +
5mm).
13.4.2.5 - Para a ligação dos flanges com a porta do leme, vide, também, Seção 17, item 17.2.6.3.
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Figura 13.3
Figura 13.4
13.4.3 - Acoplamentos Cônicos
13.4.3.1 - Acoplamentos Cônicos sem Arranjos Especiais para Montagem e Desmontagem dos
Acoplamentos
13.4.3.1.1 - Acoplamentos cônicos devem ter uma conicidade k, no diâmetro, de 1:18 a 1:12.
k = (d0 - du ) / m , de acordo com a Figura 13.3
A forma do cone deve ser bem exata. A porca e o pino devem ser cuidadosamente travados contra
afrouxamento, por exemplo, conforme mostrado na Figura 13.3.
13.4.3.1.2 - Geralmente, o comprimento m do acoplamento não deve ser menor que o diâmetro d0 da
metade do leme na aresta superior do leme.
13.4.3.1.3 - Para acoplamento entre madre e leme, deve ser prevista uma chaveta de ajuste, cuja área de
cisalhamento não deve ser menor que:
aS =
69 ⋅ QR
d k ⋅ σ yi
[cm 2 ]
QR = momento torcional, em [N.m], calculado conforme 13.2.1.2 e 13.2.1.3
dK = diâmetro da parte cônica da madre do leme, em [mm], na chaveta
σy1 = limite de escoamento do material da chaveta, em [N/mm2]
13.4.3.1.4 - A área da superfície efetiva da chaveta (sem as extremidades arredondadas) entre chaveta e
madre do leme ou acoplamento cônico, não deve ser menor que:
ak =
20 ⋅ QR
dk ⋅ σ y 2
[cm 2 ]
QR , dk = ver 13.4.3.1.3
σy2
= limite de escoamento do material da chaveta, madre ou coplamento, em [N/mm2], devendo
ser tomado o maior valor.
13.4.3.1.4 - As dimensões da porca de aperto devem ser como segue (ver Figura 13.3):
altura ................................
h n = 0,6 . d g
diâmetro externo ................
d n = 1,2 . du ou d n = 1,5 . d g
diâmetro externo da rosca ...
d g = 0,65 . do
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13.4.3.2 - Acoplamentos Cônicos com Arranjos Especiais para Montagem e Desmontagem dos
Acoplamentos
13.4.3.2.1 - Onde o diâmetro da madre excede 200mm, é recomendado que o aperto seja feito com uma
união por montagem hidráulica. Nesses casos, o cone pode ser mais esbelto (k = 1:12 a 1:20).
13.4.3.2.2 - As dimensões da porca hidráulica devem ser como segue:
altura ...................................
h n = 0,7 . dg, para dg < 200 mm
h n = 0,6 . dg , para dg ≥ 200 mm
diâmetro externo ..................
d n = 1,35 dg
diâmetro externo da rosca .....
dg = 0,65 . d o
Uma arruela deve se colocada entre a porca e o fundido do leme, tendo as seguintes dimensões:
espessura ................
0,13 . d g
diâmetro externo ......
1,3 . du ; no mínimo = 1,6 . d g
13.4.3.2.3 - Para a transmissão segura do momento torcional pelo acoplamento entre a madre do leme
e a porta do leme, o comprimento de contato da união e a pressão hidráulica devem ser determinados
pelas seguintes fórmulas:
a) pressão hidráulica requerida:
preq =
QF
dm
m
co
=
=
=
=
10 3 ⋅ QF
1,57
2
⋅ dm
[N / mm 2 ]
⋅ m ⋅ c0
momento de escoamento de projeto da madre do leme, de acordo com 13.6, em [N . m]
diâmetro média do cone, em [mm]
comprimento do cone, em [mm]
coeficiente de atrito, como segue:
co = 0,15, aproximadamente, para uniões de cone hidráulicas
co = 0,18, aproximadamente, para uniões de cone à seco.
Deve ser assegurado que a pressão de prensagem requerida não exceda a pressão de contato admissível
na superfície do material. A pressão de contato admissível deve ser determinada pela seguinte fórmula:
padm =
σy
α
(
0,9 ⋅ σ y ⋅ 1 − α 2
3 +α
)
[N / mm 2 ]
4
= limite de escoamento, em [N/mm2], do material do fundido.
= dm / da (ver Figura 13.3)
O diâmetro externo do fundido não deve ser menor que:
da = 1,5 . dm
Onde ocorrem, no fundido, tensões devido à flexão da madre do leme, o Bureau Colombo pode fixar
menores valores para a pressão de contato ou pode requerer a verificação de que a tensão combinada de
todos os componentes de tensão está abaixo do limite de escoamento do material do fundido.
b) comprimento requerido da união hidráulica:
∆m =
preq ⋅ d m
1− α2 

E ⋅k ⋅
 2 


+ 0,8 ⋅ Rtm ⋅
1
k
[mm ]
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Rtm = rugosidade média, em [mm] , (Rtm = 0.01 mm , aproximadamente)
k = conicidade, conforme 13.4.3.2.1
E = módulo de Young (2, 06 . 105 N/mm2 )
O comprimento mínimo é:
∆mmin = dm / 150 [mm] = ∆m . padm /preq [mm]
Em caso de união hidráulica, a força de prensagem requerida, Pe , para o cone, deve ser determinada
pela seguinte fórmula:
Pe = 3,14 . preq . dm . m . (k/2 + 0,02) [N]
Onde, devido ao procedimento de montagem, ocorre um efeito de prensagem parcial ocasionado pelo
peso próprio do leme, isto pode ser levado em consideração na determinação do comprimento requerido,
desde que submetido à aprovação do Bureau Colombo
13.4.3.2.4 - A pressão requerida para os mancais dos pinos deve ser determinada pela seguinte fórmula:
preq =
0,4 ⋅ B2 ⋅ d 0
2
⋅m
dm
[N / mm 2 ]
B2 =
força de apoio do pino no mancal, em [N]; vide, também, Figura 12.6
dm , m = vide 13.4.3.2.2
d0
= diâmetro do pino, em [mm], conforme Figura 13.3.
13.5 - PORTA DO LEME E MANCAIS DO LEME
13.5.1 - Resistência da Porta do Leme
13.5.1.1 - A porta do leme deve ser reforçada por nervuras horizontais e verticais para que o leme seja
efetivo como uma viga. O chapeamento do leme deve ser adicionalmente reforçado na aresta de ré.
13.5.1.2 - A resistência da porta do leme deve ser verificada por cálculo direto, de acordo com 13.3.3.
13.5.1.3 - Em portas de leme sem recortes, as seguintes tensões não devem ser excedidas:
a) tensão de flexão devido a MR :
b) tensão de cisalhamento devido a Q1:
σb = 110 N/mm2
τ = 50 N/mm2
c) tensão combinada devido à flexão e cisalhamento:
σ V = σ b2 + 3.τ 2 = 120
N / mm 2
MR , Q1 = ver 13.2 e 13.3.3
13.5.1.4 - Em portas do leme com recortes (lemes semi-suspensos), as seguintes tensões não devem
ser excedidas:
a) tensão de flexão devido a MR :
σb = 75 N/mm
b) tensão de cisalhamento devido Q : τ = 50 N/mm2
c) tensão de torção:
τt = 50 N/mm 2
d) tensão combinada devido à flexão e cisalhamento e tensão combinada devido à flexão e torção:
σ V 1 = σ b2 + 3.τ 2 = 100
N / mm 2
σ V 2 = σ b2 + 3.τ t2 = 90
N / mm 2
As tensões devido à torção podem ser calculadas de maneira simplificada, como segue:
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τt = Mt / (2.m.h.t)
t
m, h, t
Mt
CR2
e
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[ N/mm2 ]
2.m.h.t
= mostrados na Figura 13.4; em [cm]. A distância entre as nervuras verticais não deve, a princípio, exceder 1,2.h. Os raios de corte do chapeamento do leme não devem ser inferiores a 4
a 5 vezes a espessura do chapeamento, em nenhum caso inferiores a 50mm.
= CR2 . e [N.m]
= força parcial no leme, em [N], que atua na área parcial da porta do leme A2, situada abaixo da
seção transversal sob consideração.
= braço do momento torcional, em [m]. Distância horizontal entre o centróide da área parcial A2
e a linha de centro da área efetiva da seção transversal considerada - ver a Figura 13.4. O
centróide deve ser assumido como localizado à distância de 0,33. c2 a ré da aresta posterior
da área A2, onde c = largura média da área parcial A2 .
13.5.1.5 - É recomendado manter a freqüência natural do leme totalmente submerso, no mínimo, 10%
acima da freqüência de excitação do hélice (número de rotação x o número de pás).
13.5.2 - Chapeamento do Leme
13.5.2.1 - A espessura do chapeamento do leme deve ser determinada conforme a seguinte fórmula:
t = 1,6 . a . (pR) 1/2 + tk [mm]
A espessura deve, entretanto, não ser menor que a espessura t2 do chapeamento nas extremidades, de
acordo com a Seção 5, item 5.2.3.
pR
= 10.H.CR / (103.A)
H
= calado da embarcação (ver 1.6), em [m]
CR , A = ver 13.2.1.1
a
= menor largura, sem apoio, do chapeamento, em [m]
tk
= margem para corrosão, conforme Seção 2, item 2.10
A influência da razão de aspecto dos painéis do chapeamento deve considerar as informações da Seção
2, item 2.1.3
13.5.2.2 - Na aresta de vante do leme, a espessura do chapeamento deve ser aumentada em 25%.
13.5.2.3 - Para a união do chapeamento lateral do leme com as nervuras, não deve ser adotada solda de
espiga. Onde a aplicação de solda em filetes não é possível, o chapeamento lateral deve ser unido por
meio de solda de bujão em barras chatas soldadas às nervuras.
13.5.2.4 - A espessura das nervuras não deve ser menor que a espessura do chapeamento do leme,
conforme 13.5.2.1.
13.5.3 - Transmissão de Torque para o Leme
13.5.3.1 - Para a transmissão de torque ao leme, o chapeamento, conforme 13.5.2.1, deve ser aumentado em 25% na região do acoplamento. Deve ser colocado um número suficiente de nervuras verticais
nesta região.
13.5.3.2 - Se o torque for transmitido por um eixo prolongado estendido para dentro do leme, o último
deve ter o diâmetro Dt ou D1, o que for maior, em 10% do comprimento da interseção na sua extremidade
superior. Na extremidade inferior, pode ser reduzido gradativamente até o diâmetro de 0,6.Dt (em lemes
suspensos) ou até 0,4 vezes o diâmetro reforçado (para lemes com apoio).
13.5.4 - Mancais do Leme
13.5.4.1 - Na região de mancais, devem ser colocadas camisas e buchas. Se, no caso de navios pequenos, não forem colocadas buchas, a madre do leme deve ser convenientemente aumentada no diâmetro
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da região dos mancais, possibilitanto que a madre seja eventualmente re-usinada após desgaste.
13.5.4.2 - As forças de apoio nos mancais resultam no cálculo direto mencionado em 13.3.3. Como
uma primeira aproximação, a força nos mancais pode ser determinada sem levar em consideração
suporte elástico. Isto pode ser feito como segue:
a) leme normal com 2 suportes: a força no leme (CR) deve ser distribuída nos suportes, conforme suas
distâncias verticais ao centro de gravidade da área do leme;
b) lemes semi-suspensos:
força de apoio no suporte do leme:
B1 = CR.b / c [N]
força de apoio no mancal guia:
B2 = CR – B1 [N]
para b e c, vide Figura 12.6 na Seção 12, item 12.2.5
13.5.4.3 - A área projetada do normal Ab (altura do mancal vezes o diâmetro externo da camisa) não deve
ser menor que:
Ab = B / q [mm2]
B
q
= força de apoio, em [N]
= pressão de contato admissível, conforme a seguinte tabela:
MATERIAL DO MANCAL
q [N/mm2]
Aço com pau de peso ou material sintético de pouca dureza (1)
2,5
Aço com metal patente lubrificado com óleo
4,5
Aço com material sintetico de dureza adequada (1) (2)
5,5 (4)
Aço com bronze (1) (3) ou Aço com aco (1) (4)
7,0
Aço deslizando em materiais de bronze grafitado prensado a quente (1)
7,0
Observações:
(1) aço inoxidável e resistente ao desgaste
(2) material sintético de mancal de tipo aprovado. Para este tipo de revestimento deve ser previsto
suprimento adequado de água para o mancal. A dureza Rockwell do material sintético não deve ser
menor que 80, a 23 oC e 50% de umidade.
(3) de composição aprovada.
(4) pode ser aumentado sob aprovação especial.
Aço inoxidável e resistente ao desgaste, bronze e materiais de bronze grafitado prensado à quente,
têm uma considerável diferençal de potencial para aços sem liga. São requeridas medidas preventivas adequadas para evitar a corrosão.
13.5.4.4 - Geralmente, a altura do mancal deve ser igual ao diâmetro do mancal, mas não deve exceder,
em nenhum caso, 1,2 vezes o diâmetro do mancal. Onde a altura do mancal é menor que o diâmetro,
podem ser permitidas maiores pressões específicas de contato.
13.5.4.5 - A espessura da parede de mancais do pino, na soleira ou no apoio do leme, deve ser aproximadamente 1/4 do diâmetro do pino.
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13.5.5 - Pinos do Leme
13.5.5.1 - Os pinos devem ser projetados para que eles não se afrouxem nem caiam para fora,
involuntariamente.
13.5.5.2 - Os pinos montados através de porcas de aperto ou outro meio manual, devem ter uma conicidade
de 1:8 até 1:12, no diâmetro. Os pinos montados hidraulicamente devem ter uma conicidade de 1:12 até
1:20. O comprimento do alojamento dos pinos, nos fundidos, não deve ser menor que o diâmetro máximo
dos pinos.
13.5.5.3 - Para porcas e roscas, aplicam-se os requisitos conforme 13.4.3.1.5 e 13.4.3.2.2.
13.5.6 - Valores de Referência para Folga nos Mancais
Geralmente, as folgas nos mancais, para material metálico no mancal, não devem ser menores que:
db /1000 + 1,0 [mm] ,
db /500 + 1,0 [mm] ,
para material metálico
para material sintético
db = diâmetro interno da bucha, em [mm]
Para materiais de mancal não metálicos, as folgas devem ser determinadas levando em consideração as
propriedades de estufamento de expansão térmica do material.
13.6 - MOMENTO DE ESCOAMENTO DE PROJETO DA MADRE DO LEME
O momento de escoamento de projeto da madre do leme deve ser determinado pela seguinte fórmula:
QF = 1,25 . 10-4 . Dt 3 . σy [N.m]
Dt
σy
= diâmetro da madre, em [mm], conforme 13.3.1.
= limite de escoamento da madre do leme, em [N/mm2]
Caso o diâmetro real Dta seja menor que o diâmetro calculado Dt, o diâmetro Dta deve ser utilizado. No
entanto, não é necessário tomar Dta com um valor superior a 1,145 . Dt .
13.7 - ESBARROS E DISPOSITIVOS DE FIXAÇÃO DO LEME
13.7.1 - Os movimentos do quadrante ou da cana devem ser limitados em ambos os lados por esbarros.
Os esbarros e suas fundações no casco devem ser de construção robusta, para que o limite de escoamento dos materiais utilizados não seja excedido, ocorrendo o momento de escoamento de projeto da
madre do leme.
13.7.2 - Dispositivos de Fixação do Leme
Cada máquina do leme deve possuir dispositivos que permitam que a posição do leme seja fixada em
qualquer ângulo de giro do mesmo. Estes dispositivos, bem como as fundações, devem ser de construção robusta, para que o limite de escoamento dos materiais utilizados não seja excedido, ocorrendo o
momento de escoamento de projeto da madre do leme como especificado em 13.6.
Em velocidade acima de 12 nós, o momento de escoamento de projeto só necessita ser calculado para
um diâmetro de madre do leme baseado numa velocidade vo = 12 nós.
13.7.3 - Com referência a esbarros e dispositivos de fixação, vide, também, Livro de Regras para Navegação Costeira-Máquinas.
13.8 - TUBULÕES ENVOLVENDO HÉLICES (“PROPELLER NOZZLES”)
O Bureau Colombo poderá fornecer orientação para o projeto de tubulões envolvendo hélices.
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TOMO II - SUPERESTRUTURAS E CASARIAS ........ SEÇÃO 14
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SEÇÃO 14
SUPERESTRUTURAS E CASARIAS
14.1 - GENERALIDADES
14.1.1 - Definições
14.1.1.1 - Para fins desta Seção, castelo, passadiço e tombadilho são superestruturas se o seu
chapeamento de costado é estendido até os seus conveses.
14.1.1.2 - Superestruturas que se estendem na região de 0,4.L, a meia-nau, com comprimento maior
que 0,15 L, são definidas como superestruturas efetivas. Seus chapeamentos laterais devem ser tratados como costado, e seu convés, como convés resistente (vide Seções 5 e 6).
14.1.1.3 - Todas as superestruturas localizadas além de 0,4.L, a meia-nau, ou tendo um comprimento
menor que 0,15.L ou 12 metros, são, para fins desta Seção, consideradas como superestruturas não
efetivas.
14.1.1.4 - Chaminés independentes devem ser consideradas como casarias.
14.1.2 - Dimensões e Materiais
14.1.2.1 - Estruturas nos conveses resistentes devem ser dimensionadas de acordo com as regras para
casarias, se elas estão localizadas fora de 0,4.L, a meia-nau, ou são menores que 0,2.L ou 15 metros,
em comprimento, e se seus lados estão situados a uma distância do costado de, pelo menos, 1,6 vezes
o espaçamento de caverna ao , conforme Seção 8, item 8.1.1.1. Casarias situadas a distâncias menores
do castelo e casarias, na região de 0,4.L, a meia-nau, e excedendo 0,2.L ou 15 metros de comprimento,
devem ser especialmente consideradas.
14.1.2.2 - Na utilização de alumínio deve ser consultado o Bureau Colombo.
14.1.3 - Arranjo de Superestruturas
14.1.3.1 - Conforme a Convenção Internacional de Linha de Carga, 1966, Regra 39, uma altura de proa
mínima é exigida na perpendicular de vante, a qual pode ser obtida por tosamento prolongado até, pelo
menos, 0,15.L, medido a partir da perpendicular de vante ou por um convés de castelo com comprimento
de, pelo menos, 0,07.L. (L = comprimento, definido pelo Artigo 2 (8) da Convenção).
14.1.3.2 - Navios para transporte de madeira no convés, que pretendem obter a respectiva borda-livre de
madeira, devem ter um convés de castelo com a altura exigida, e comprimento de, pelo menos, 0,07.L.
Navios com comprimento menor que 100 metros devem ter, além disso, um convés de tombadilho com
a altura exigida ou um convés interrompido, elevado com casaria.
14.1.4 - Reforços nas Extremidades das Superestruturas
14.1.4.1 - Nas extremidades das superestruturas a espessura do cintado, o convés resistente na largura
de 0,1.B, do costado, e o chapeamento lateral da superestrutura devem ser reforçados como especificado na tabela seguinte. Os reforços devem se estender sobre o comprimento de 4.a 0 à vante e a ré das
anteparas, nas extremidades. Fora de 0,5.L, a meia-nau, não são necessários reforços.
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Reforçamento, em (%)
Tipo de superestrutura
Localização da
Convés resistente
Chapeamento
antepara extrema
e cintado
lateral da
superestrutura
Efetiva, conforme 1.3
Não efetiva, conforme 1.4
na região 0,4.L a meia-nau
50
25
entre 0,4.L e 0,5.L a meia-nau
30
20
na região de 0,4.L a meia-nau
25
10
entre 0,4.L e 0,5.L a meia-nau
20
10
14.1.4.2 - Sob conveses resistentes, na região de 0,6.L, a meia-nau, vigas devem ser instaladas alinhadas com paredes longitudinais com extensão de, pelo menos, três espaçamentos de cavernas além das
partes finais das paredes longitudinais. As vigas devem sobrepor-se às paredes longitudinais por, pelo
menos, dois espaçamentos de cavernas.
14.1.4.3 - Onde uma antepara central é arranjada sob a antepara extrema de uma superestrutura ou
casaria, reforços devem ser instalados na antepara central sob a antepara extrema, em ambos os lados,
conectados ao convés por borboletas.
14.1.5 - Estrutura Transversal de Superestruturas e Casarias
A estrutura transversal de superestruturas e casarias deve ser suficientemente dimensionada através de
um arranjo apropriado de anteparas extremas, cavernas gigantes, paredes de compartimentos e gaiutas
em aço ou por outras medidas.
14.1.6 - Portas em Anteparas Extremas de Superestruturas Fechadas
Todas as aberturas em anteparas extremas de superestruturas fechadas devem ter portas estanques ao
tempo permanentemente instaladas na antepara, com a mesma resistência estrutural da antepara. As
portas devem ser arranjadas de modo que possam ser operadas de ambos os lados. As alturas de
soleiras devem ser determinadas de acordo com a Convenção Internacional de Linha de Carga, 1966.
14.2 - CHAPEAMENTO LATERAL E CONVESES DE SUPERESTRUTURAS NÃO EFETIVAS
14.2.1 - Chapeamento Lateral
14.2.1.1 - A espessura do chapeamento lateral deve ser determinada conforme as seguintes fórmulas:
a) Castelo:
b) Tombadilho:
t = 0,9 . L1/2 [mm]
t = 0,85 . L1/2 [mm]
Onde o espaçamento de caverna difere de ao, as espessuras devem ser modificadas na razão de 1mm
para cada 100 mm de diferença no espaçamento. Onde o espaçamento de cavernas é menor que ao ,
reduções de t não são permitidas fora da região de antepara do pique tanque de ré e de 0,2.L, da proa.
Onde o calado é menor que 0,7.H, as espessuras podem ser reduzidas em 10%, porém, elas não podem
ser menor que 7,5 mm.
Na região de 0,2.L, da perpendicular de ré ou da perpendicular de vante, a espessura do chapeamento
lateral não pode ser menor que:
t = 1,36.a.pS1/2 + 1,5 [mm]
pS
= carregamento, em [kN/m2], conforme Seção 3, item 3.2.2; pS deve ser medido até a borda inferior
da chapa.
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14.2.1.2 - A espessura do chapeamento lateral de superestruturas situadas em níveis mais elevados
pode ser reduzida em 0,5 mm.
14.2.2 - Chapeamento de Convés
14.2.2.1 - A espessura do chapeamento de convés deve ser determinada conforme a seguinte fórmula:
a) Castelo:
b) Tombadilho:
t
t
= 5,0 + 0,03.L (mm)
= 5,0 + 0,02.L (mm)
L = comprimento do navio, em [m] (ver Seção 1, item 1.6)
Onde o espaçamento de caverna difere de ao , as espessuras devem ser modificadas a uma razão de 0,7
mm para cada 100 mm de diferença no espaçamento. Onde o calado é menor que 0,7.H, as espessuras
podem ser reduzidas em 10 %.
14.2.2.2 - Onde superestruturas adicionais são construídas sobre superestruras não efetivas situadas no
convés resistente, a espessura do chapeamento de seus conveses pode ser 10% menor que a espessura conforme 14.2.2.1.
14.2.2.3 - Quando conveses são forrados de madeira, a espessura do chapeamento dos conveses,
conforme 14.2.2.1 e 14.2.2.2, pode ser reduzida em 1mm, porém, não deve ser menor que 5mm.
14.2.3 - Vaus
Os vaus do castelo e de outras superestruturas não efetivas devem ser determinados conforme Seção 9,
item 9.2.
14.2.4 - Cavernas
Para os escantilhões de cavernas de superestruturas, vide Seção 8, item 8.1.5.
14.3 - ANTEPARAS EXTREMAS DE SUPERESTRUTURAS E PAREDES DE CASARIAS
14.3.1 - Generalidades
As seguintes regras são aplicadas para anteparas extremas de superestruturas e paredes de casarias
que protejam aberturas, conforme Regra 18 da Convenção Internacional de Linha de Carga, 1966, e
acomodações e compartimentos de serviço.
14.3.2 - Definições
O carregamento de projeto para determinação dos escantilhões é:
pA = n . c . (b . f - y) [kN/m 2]
n
n
n
n
n
L
= 20 + L/12, para a parte inferior de anteparas frontais desprotegidas. A parte inferior é, normalmente, a parte de cima do convés contínuo mais elevado até o qual o pontal P é medido. Onde a
distância (Pontal menos Calado) exceder de uma altura normal de superestrutura, a parte
inferior de anteparas frontais desprotegidas pode ser definida como 2a. parte, e a parte de cima,
como a 3a. parte.
= 10 + L/12, para 2a. parte de anteparas frontais desprotegidas.
= 5 + L/15, para a 3a. parte e demais partes de anteparas frontais desprotegidas, para anteparas
frontais protegidas e anteparas laterais.
= 7 + L/100 – 8.x/L, para anteparas traseiras à ré de 0,5 L
= 5 + L/100 – 4.x/L, para anteparas traseiras à vante de 0,5 L
= comprimento do navio, em [m] (ver Seção 1, item 1.6)
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 x − 0,45 


b = 1,0 +  L
 CB + 0,2 


2
para
 x − 0,45 


b = 1,0 + 1,5 ⋅  L
 CB + 0,2 


x ≤ 0,45
L
2
para
x > 0,45
L
CB = coeficiente de bloco (ver Seção 1, item 1.6); tomar 0,60 £ CB £ 0,80; para a determinação de
anteparas traseiras à vante de 0,5.L, CB não necessita ser maior que 0,8.
x = distância, em (m), entre anteparas transversais consideradas e a P.P.A.R.. Para o cálculo de
anteparas laterais de casarias, as anteparas devem ser divididas em partes de comprimentos
iguais não menores que 0,15L, e a distância x deve ser medida do centro de cada parte até
P.P.A.R..
f
= 0,1. L . e - L/300 - [1 - (L/150)2] . O fator f pode ser obtido da seguinte tabela, onde L está em metros:
L
f
L
f
L
f
L
f
20
0,89
45
2,96
65
4,42
85
5,72
25
1,33
50
3,34
70
4,76
90
6,03
30
1,75
55
3,71
75
5,09
95
6,32
35
2,17
60
4,07
80
5,41
100
6,61
40
2,57
y
= distância vertical, em [m], da linha de calado de verão até o centro do vau do reforço ou até o
centro do painel de chapas
c = (o,3 + 0.7 b’ / B’)
b’ = largura da casaria na posição considerada
B’ = boca máxima real do navio na altura do convés exposto ao tempo na posição considerada
b’ / B’ não deve ser menor que 0,25.
Para partes expostas de gaiutas de máquinas, c não deve ser menor que 1,0.
Para o carregamento p, devem ser utilizados, no mínimo, os valores da seguinte tabela:
PA min em [kN/m2] para :
L
a
m
Parte inferior de anteparas
Outras
frontais desprotegidas
partes
≤ 50
30
15
> 50
25 + L/10
12,5 + L/20
= espaçamento de reforços, em [m]
= vão sem apoio, em [m]; m deve ser utilizado como altura da superestrutura ou casaria respectivamente, porém, não menos que 2.0m.
14.3.3 - Escantilhões
14.3.3.1 - Reforços
O módulo de seção de prumos deve ser determinado conforme a seguinte fórmula:
W = 0.35 . a . m2 . pA [cm 3]
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Suponha-se que os prumos da parte inferior sejam efetivamente ligados ao convés (inclusive as almas).
Construções equivalentes podem ser aprovados.
O módulo de seção de prumos nas anteparas laterais não necessita ser maior que das cavernas no
convés inferior, quando o espaçamento a e o comprimento m forem iguais.
14.3.3.2 - Espessura do Chapeamento
A espessura do chapeamento deve ser determinada conforme a seguinte fórmula:
t = 0,95 . a . pA2 [mm]
tmin = 5,0 + L/100, para parte inferior
tmin = 4,0 + L/100, para partes superiores, porém não menor que 5 mm
14.4 - CONVESES DE CASARIAS
14.4.1 - Chapeamento
A espessura do chapeamento de conveses livres pode ser 0,5 mm menor que para um tombadilho,
conforme 14.2.2.1 Para conveses protegidos por forração de madeira, vide 14.2.2.3. Dentro de casarias,
a espessura pode ser reduzida em 20%, mas, a espessura do chapeamento não deve ser menor que
5mm.
14.4.2 - Vaus
Os vaus e a estrutura suporte de convés devem ser determinados conforme Seção 9.
14.5 - CASARIAS COM APOIO ELÁSTICO
14.5.1 - Generalidades
14.5.1.1 - Os elementos de apoios elásticos devem ser de tipo aprovado pelo BC. As tensões atuando
nos elementos de apoio predeterminados por cálculos, devem ser comprovadas em testes de protótipo
em banco de provas. A determinação do grau de isolamento contra transmissão de vibrações entre o
casco do navio e a casaria, não é parte deste teste de protótipo.
14.5.1.2 - A altura do sistema de apoio elástico deve ter suficiente espaço entre o convés e o fundo da
casaria, para reparos, manutenção e vistorias. A altura deste espaço deve ser, normalmente, pelo menos, 600 mm.
14.5.1.3 - Na parte fixa da casaria no convés exposto ao tempo, deve ser mantida uma altura de soleiras
de 380mm, como exigida pela Convenção Internacional de Linha de Carga para soleiras de portas de
superestruturas, sem aberturas de acesso para espaços abaixo do convés.
14.5.1.4 - Para tubulações, vide as Regras de Construção para Máquinas, Capítulo 3, Seção 10.
14.5.1.5 - Cabos elétricos devem ser instalados com laços a fim de facilitar o seu livre movimento. O raio
mínimo de curvatura exigido para os respectivos cabos deve ser observado. Prensa cabos devem ser
estanques à água. Outros detalhes, vide Regras de Construção para Instalação Elétrica, Volume II,
Capítulo 4.
14.5.1.6 - As seguintes Regras para determinar os escantilhões de vigas-trilho, elementos de apoio,
dispositivos de segurança, batentes e fundações no casco e fundo de casaria, aplicam-se a navios de
navegação irrestrita. Para navios especiais e navios de navegação restrita, podem ser aplicadas regulamentações especiais.
14.5.2 - Hipóteses de Carregamento
Para fins de dimensionamento, as seguintes hipóteses de carregamento devem ser aplicadas:
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14.5.2.1 - Peso
As forças induzidas pelo peso resultam do peso da casaria completamente equipada, considerando,
também, a aceleração devida à gravidade e a aceleração devida aos movimentos do navio no mar. As
forças induzidas pelo peso devem ser assumidas como atuando no centro de gravidade da casaria.
As acelerações individuais adimensionais az (vertical), ay (transversal) e ax (longitudinal) e a aceleração
resultante adimensional aβ, devem ser determinadas conforme Seção 3, item 3.5, para k = 1,0. Devido à
aceleração resultante aβ , atua a seguinte força:
P = G . aβ . g [kN]
G
g
= peso da casaria completamente equipada, em [t]
= 9.81 [m/s2]
14.5.2.2 - Força de Apoio e Escantilhões
As forças de apoio nas direções verticais e horizontais devem ser determinadas para vários ângulos. Os
escantilhões devem ser determinados conforme os respectivos valores máximos (ver, também, Figura
14.1).
Figura 14.1
14.5.2.3 - Carregamento pela Água e Carregamento pelo Vento
Vide, também, a Figura 14.2.
a) O carregamento pela água devido aos impactos do mar é assumido atuando somente na antepara
frontal, na direção longitudinal. O carregamento teórico, é:
Pwa = 0,5 . pA
[kN/m2]
pA = vide 14.3.2
O carregamento pela água não pode se menor que:
pWa = 25 [kN/m2] na borda inferior da antepara frontal
pWa = 0 na altura do primeiro convés acima do fundo da casaria
b) O carregamento do vento é assumido agindo na antepara frontal e nas paredes laterais. A pressão do
vento deve se considerada como 1 kN/m2 :
Área x pressão do vento = carregamento pelo vento Pwi [kN]
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Figura 14.2
14.5.2.4 - Carregamento do Fundo da Casaria
O carregamento do fundo da casaria é conforme o carregamento do convés no qual a casaria está
localizada. Além disso, devem ser consideradas as forças de apoio que resultam conforme as hipóteses
de carregamento em 14.5.2.1 e 14.5.2.2.
14.5.2.5 - Carregamento nos Vaus e Sicordas
Para o dimensionamento dos vaus e sicordas do convés no qual a casaria está localizada, os seguintes
carregamentos devem ser considerados:
a) Na região abaixo da casaria: carregamento pu pela pressão de altura conforme a distância entre o
convés e o fundo da casaria, em [kN/m2] Na região fora da casaria: carregamento pa conforme Seção
3, item 3.2.1, em [kN/m 2]
b) Forças de apoio, conforme as hipóteses de carregamento em 14.5.2.1 e 14.5.2.2.
14.5.3 - Condições de Carregamento
14.5.3.1 - Para o dimensionamento, as seguintes condições de carregamento devem ser examinadas
separadamente (vide, também, Fig. 14.2):
14.5.3.2 - Condições de Carregamento de Serviço
Forças devido a carregamentos externos.
a) Na direção transversal do navio (plano z - y).
py1 = G . aβ(y) . g + Pwi [kN] ,
pz1 = G . aβ(z) . g
[kN] ,
atuando na direção transversal do navio
atuando verticalmente à linha de base do navio
Pwi = carregamento pelo vento, conforme 14.5.2.3.b
aβ(y) = componente horizontal de aceleração aβ
aβ(z) = componente vertical de aceleração aβ
b) Na direção longitudinal do navio (plano z - x).
px1 = G . aβ(x) . g + Pwa + Pwi
pz1 = G . aβ(z) . g
[kN] ,
[kN] ,
atuando na direção longitudinal do navio
atuando verticalmente à linha de base do navio
aβ(x) = componente horizontal de aceleração aβ , no plano diametral do navio
Pwa = carregamento pela água, conforme 14.5.2.3.a
c) Para dimensionamento dos dispositivos de segurança contra levantamentos da casaria, a força (atuando
para cima) não deve ser menor que determinada pela seguinte fórmula:
pzmin = 0,5 . g . G [kN]
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14.5.3.3 - Condições de Carregamentos Extraordinários
a) Força de colisão na direção longitudinal do navio:
Px2 = 0,5 . g . G [kN]
b) Forças devido à inclinação estática de 45 graus
Pz2 = Py2 = 0,71 . g .G [kN]
Pz2 = força atuando vertical à linha de base do navio
Py2 = força atuando na direção transversal do navio.
c) As possíveis conseqüências de um incêndio nos elementos de apoios elásticos da casaria, devem ser
examinadas (por exemplo, perda dos elementos de borracha, fusão da massa de vedação). Mesmo
neste caso, os elementos de apoio entre o casco do navio e o fundo da casaria devem ser capazes de
suportar a força horizontal Py2 conforme 14.5.3.3.b na direção transversal do navio.
d) Para o dimensionamento dos dispositivos de segurança contra levantamentos de casaria, não deve
ser considerada uma força menor que a força de imersão correspondente a uma altura d’água de 2
metros acima do convés de borda-livre.
14.5.4 - Escantilhões de Vigas-Trilho, Elementos de Apoio e Fundações
14.5.4.1 - Generalidades
a) Os escantilhões desses elementos devem ser determinados conforme as condições de carregamentos estipuladas em 14.5.3. O efeito da deflexão das vigas principais não necessita ser considerado em
caso de deflexões insignificantes que carregam todos os elementos de apoio, simultaneamente.
b) Os cálculos para esses elementos com informações relativas às forças atuantes devem ser submetidos para aprovação.
14.5.4.2 - Tensões Admissíveis
a) As seguintes tensões permissíveis nas vigas-trilho e carcaças de aço dos elementos de apoio e nas
fundações (vaus, sicordas da casaria e do convés no qual a casaria é localizada), devem ser
observadas.
Tensão admissível para:
Tipo de
Condições de carregamento
Condições de carregamento
solicitação
de serviço
extraordinário
0,6.σy ou 0,4.σB
0,75.σy ou 0,5. σB
0,35.σy ou 0,23.σB
0,43.σy ou 0,3.σB
0,75 . σ y
0,9 . σ y
tensão normal σn
tensão de cisilhamento τ
tensão combinada σV
σ V = σ n2 + 3.τ 2
σy = tensão de escoamento
σB = resistência à tração
b) As tensões permissíveis para o dimensionamento de elementos elásticos de apoio dos diferentes
sistemas serão determinadas em cada caso. Dados suficientes devem ser submetidos para a
aprovação.
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c) As tensões nos dispositivos de segurança contra levantamentos não devem exceder os valores especificados em 14.5.4.2.a.
d) Em conexões parafusadas, devem ser observadas as seguintes tensões admissíveis:
Tensão admissível para:
Tipo de solicitação
Condições de carregamento
Condições de carregamento
de serviço
extraordinário
tração longitudinal σn
0,50 . σy
0,80 . σy
pressão projetada pm
1,00 . σy
0,90 . σB
0,60 . σy
1,00 . σy
tensão combinada da tração
longitudinal σn torção τt (devido
ao torque de aperto de
parafuso) e cisalhamento τ
σ V = σ n2 + 3.(τ 2 + τ t2 )
e) Onde esticadores, conforme Norma DIN 82008 (ou outra similar) são utilizados para os dispositivos de
segurança, a solicitação em cada esticador pode atingir a carga de teste (2 vezes a carga nominal).
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SEÇÃO 15
ESCOTILHAS
15.1 - GENERALIDADES
15.1.1- Escotilhas em Conveses de Borda-Livre e de Superestruturas
15.1.1.1 - As escotilhas são classificadas de acordo com sua posição, como segue:
Posição 1: Escotilhas em conveses de borda-livre expostos e em conveses subidos, à ré. Escotilhas
em conveses de superestruturas, expostos, na região de 0,25 L da PPAV.
Posição 2: Escotilhas em conveses de superestruturas, expostos, à ré de 0,25L da PPAV.
15.1.1.2 - Escotilhas que são cobertas por lonas enceradas devem ter braçolas com a seguinte altura
mínima acima do convés:
a) Na posição 1: .................................... 600 mm
b) Na posição 2: .................................... 450 mm
15.1.1.3 - De acordo com a Convenção Internacional de Linhas de Carga, 1966, Regulamento 16 (1), as
escotilhas em conveses expostos que são fechadas de forma estanque ao tempo, com tampas de aço
auto-estanque (como em 15.3.5), podem ter braçolas mais baixas ou também ser construídas sem
braçolas. Deverão ser observadas as exigências especiais de Regulamentos Nacionais concernentes a
escotilhas, tampas de escotilhas, estanqueidade e dispositivos de proteção.
15.1.1.4 - Quanto à limitação do tamanho da escotilha no convés resistente, em relação à largura do
chapeamento do convés ao lado das escotilhas, vide Seção 6, item 6.1.1.4.
15.1.2 - Escotilhas em Conveses Inferiores e Dentro de Superestruturas
15.1.2.1 - Não são necessárias braçolas para escotilhas em conveses abaixo do convés de borda-livre ou
dentro de superestruturas fechadas, estanques ao tempo, a menos que elas sejam exigidas para fins de
resistência estrutural.
15.1.2.2 - Para escotilhas conforme 15.1.1.1, podem ser utilizados estrados de madeira em vez de
tampas ou as tampas podem ser dispensadas.
15.1.2.3 - Se uma escotilha não possui tampas ao nível do convés, as braçolas e tampas abaixo dele
deverão ser refoçadas conforme a maior altura da carga.
15.2 - BRAÇOLAS E SICORDAS DE ESCOTILHAS
15.2.1 - A espessura de braçolas de escotilhas em conveses expostos deve ser de 8,5 mm, em navios
com comprimento L até 30 metros e, pelo menos, 11 mm onde o comprimento L ≥ 60 metros. Valores
intermediários são obtidos através de interpolação.
15.2.2 - Braçolas que tenham altura de 600 mm ou mais deverão ser reforçadas na sua parte superior
com reforço horizontal (perfil bulbo) que deverá ter, no mínimo, uma largura de alma de 180 mm, em
navios com mais de 60 metros de comprimento.
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Em escotilhas cobertas por lona encerrada, o perfil deverá ser posicionado 250mm abaixo da borda
superior da braçola. Caso a braçola tenha altura sem apoio maior que 1,2m, deverá ser previsto um
reforço longitudinal adicional na metade da altura da braçola.
Braçolas transversais de escotilhas expostas particularmente a impactos de águas embarcadas (p.ex.,
em navios sem castelo), devem ser apoiadas e reforçadas de forma eficiente.
15.2.3 - Braçolas longitudinais de escotilhas tendo altura entre 600mm e 900mm, devem ser apoiadas
por estais e borboletas espaçadas não mais de 3,0 metros. Onde a altura das braçolas for superior, o
espaçamento deverá ser reduzido.
15.2.4 - Em navios transportando cargas distribuídas no convés, tal como madeira bruta, carvão e
coque, os estais devem ser espaçados não mais que 1,5 metros. Para containers no convés, vide,
também, Seção 19, item 19.7.3.4.
15.2.5 - Em escotilhas cobertas com lona encerada, as braçolas transversais devem possuir em suas
bordas superiores, barras de apoio ou cantoneiras que proporcionem uma superfície de apoio de, no
mínimo, 65 mm para tampas.
15.2.6 - Os chapeamentos de braçolas devem ser estendidos até a borda inferior dos vaus do convés e
devem ser, ou flangeadas ou reforçadas com barra-face ou meia cana parte inferior.
15.2.7 - A ligação das braçolas ao convés nos cantos de escotilhas deve ser executada com cuidado
especial. Para o arredondamento de cantos de escotilhas vide, também, Seção 6, itens 6.1.3.3 e 6.1.3.4.
15.2.8 - Quanto a braçolas que devem ser dimensionadas com base em cálculos de resistência estrutural, bem como para sicordas, vigas cantilever e pés-de carneiro, vide Seção 9.
15.3 - TAMPAS E VAUS DE ESCOTILHAS
15.3.1 - Hipóteses de Carregamento
15.3.1.1 - O carregamento de projeto pL para cálculo de tampas de escotilhas, deve ser obtido da tabela
seguinte, caso o Armador não exija maiores carregamentos:
Convés
Carregamento pL [kN/m2]
Na posição 1
9,81 . (0,75 + L/100)
Na posição 2
9,81 . (0,57 + L/137,5)
Convés de carga
carregamento conf. Seção 3, item 3.3.1
Observações: L não pode ser considerado inferior a 25m nem superior a 100m.
Para escotilhas nas posições 1 e 2, o carregamento não deve ser menor que o exigido na
Seção 3, item 3.2.1.
15.3.1.2 - Para navios com borda-livre reduzida, com escotilhas nas posições 1 e 2, pode ser exigido um
carregamento maior que aquele fornecido pela tabela acima, em casos específicos.
15.3.1.3 - Quando tampas de escotilhas, nas posições 1 e 2, estão previstas para transporte de carga,
o dimensionamento deve ser feito para o carregamento, conforme Seção 3, item 3.3.1. As tensões
determinadas pelos cálculos não devem ultrapassar 90% dos valores especificados em 3.1, para conveses de carga.
15.3.1.4 - Para tampas de escotilhas de porões de cargas líquidas, devem ser consideradas, para a
condição completamente cheio e uma inclinação de 20o, os seguintes carregamentos.
a) para as vigas primárias arranjadas transversalmente: distribuição triangular de carga, conforme a
Figura 15.1
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pi MAX = 3,42 . b
[kN/m2]
Em escotilhas rentes ao convés (flush), b deve ser substituído pela boca B do navio.
b) para as vigas primárias arranjadas longitudinalmente de acordo com suas distâncias y da linha de
centro, conforme a Figura 15.2:
0 ≤ y ≤ b/2
pi(y) = 1,71 (b + 2y) [kN/m2] , para
c) para reforços e painéis de chapa, o carregamento, conforme a alinea b, nas suas localizações reais,
deve ser utilizado.
Figura 15.1
Figura 15.2
15.3.1.5 - Tampas de escotilhas de conveses de coberta, não previstas para transporte de carga, devem
ser dimensionadas para um carregamento distribuído de 2 kN/m2 ou para uma carga concentrada de 3
kN aplicada em qualquer ponto das tampas.
15.3.2 - Momentos de Inércia e Módulo de Seção
15.3.2.1 - Os módulos de seção de vaus de escotilhas e reforços de tampas de escotilhas de aço,
considerados como simplesmente apoiados em ambas extremidades, não devem ser menores que:
W = C1 . C2 . C5 . a . m2 . pL [cm3]
Os momentos de inércia de vaus de escotilhas e de reforços de tampas de escotilhas de aço, nas
posições 1 e 2, considerados como simplesmente apoiados em ambas extremidades, não devem ser
menores que:
J = C3 . C4 . a . m3 . pL [cm4]
pL
a
m
C1
=
=
=
=
carregamento de projeto,conforme 15.3.1.1 e 15.3.1.2
espaçamento de vaus ou reforços, em [m]
vão sem apoio, em [m]
fator, obtido na seguinte tabela:
elemento
na posição 1 e 2
em conveses de carga
Vaus de escotilhas
1,56
1,22
Reforços de tampas de escotilhas
1,32
0,93
C2 = 1 +
3,2.α − γ − 0,8
7.γ + 0,4
;
C2 não pode ser menor que 1,0
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α
C2
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= m1 / m ; γ = W1 / W (vide, também, Figura 15.3)
= 1,0, para vaus de escotilhas e reforços de tampas de escotilhas com momento de inércia constante ao longo do comprimento
Figura 15.3
C3
C3
= 2,82, para vaus de escotilhas
= 2.22 para reforços de tampas de escotilhas
C4 = 1 + 8.α 3 ⋅
1− β
0,2 + 3 ⋅ β
β
C4
= J1 / J
= 1,0 para vaus de escotilhas e reforços de tampas de escotilhas com momento de inércia constante ao longo do comprimento.
C5
C5
C5
σB
=
=
=
=
σy
= limite de escoamento do aço utilizado, em [N/m2] ; σy = 235 N/m2 para aço naval comum
400/ σB para conveses expostos
235/ σy para conveses de carga
1,0 para aço naval comum
resistência mínima à tração do aço utilizado, em [N/m2];σB = 400 N/mm2 para aço naval comum
15.3.2.2 - A resistência adequada à flambagem de sicordas e vaus de escotilhas, deve ser verificada
conforme Seção 2 , item 2.6.
15.3.3 - Tensões e Deflexões Admissíveis
15.3.3.1 - Onde os escantilhões de tampas e vaus de escotilhas de aço são determinados por meio de
cálculos diretos de resistência estrutural (p.ex. em grelhas) para os carregamentos em 15.3.1.1 e 15.3.1.2,
as tensões e deflexões admissíveis da seguinte tabela não devem ser ultrapassadas:
Nas posições 1 e 2
Em conveses de carga
Elemento
σb
τ
f
σb
τ
σV
Vaus de escotilhas
σB / 5
σy / 4
0,0022. m
σy / 2,0
sy / 2,8
–
σy / 3,5 0,0028. m
σy /1,5
σy / 2,3
σy / 1,3
Vigas ou reforços de tampas
de escotilhas
σb
τ
σB / 4,25
= tensão de flexão
= tensão de cisalhamento
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σV
= tensão combinada, calculada por: σ V = σ n2 + 3.τ 2
f
σB
σy
m
=
=
=
=
deflexão
resistência mínima à tração do aço utilizado, em [N/m2]; σB = 400 N/mm2 para aço naval comum
limite de escoamento do aço utilizado, em [N/m2] ; σy = 235 N/m2 para aço naval comum
vão sem apoio da tampa ou do vau, em [m] (vide Seção 1, item 1.6)
15.3.3.2 - Com os carregamentos conforme 15.3.1.4, não devem ser ultrapassadas as seguintes
tensões:
σb =
τ=
σy
σy
1,45
2,1
σ V = σ b2 + 3.τ 2 =
σy
1,2
15.3.3.3 - Onde os escantilhões de tampas de escotilhas são determinados conforme 15.3.1.5, devem
ser observadas as tensões admissíveis para conveses de carga.
15.3.3.4 - Onde as tampas e vaus de escotilhas são construídos em alumínio, deve ser consultado o
Bureau Colombo. Para as deflexões admissíveis prevalece 15.3.3.1.
15.3.3.5 - As tensões admissíveis especificadas em 15.3.3.1 e 15.3.3.2 aplicam-se a vigas primárias de
seções simétricas. Para secções assimétricas, deve ser comprovada a equivalência da resistência e da
segurança.
15.3.4 - Vaus de Escotilhas
15.3.4.1 - Generalidades
a) Os vaus de escotilhas podem se construídos ou como vaus corrediços ou como vaus removíveis.
Vaus corrediços são deslocáveis na direção longitudinal da escotilha e vaus removíveis são fixados à
braçola longitudinal.
b) Quando utilizadas tampas de escotilha tipo pontão em vez de vaus de escotilha e quarteis de madeira,
elas devem ter seus escantilhões determinados como se fossem vaus de escotilhas.
c) Os escantilhões de tampas de escotilha tipo pontão, em cobertas, podem ser determinados como
tampas de escotilhas de cobertas se eles são construídos como vigas-caixão.
15.3.4.2 - Escantilhões
a) O módulo de seção e o momento de inércia de vaus de escotilhas, simplesmente apoiados em
ambas‘as extremidades, devem ser determinados conforme 15.3.2. O momento de inércia para vaus
de escotilhas é somente exigido nas posições 1 e 2. Para vaus de escotilhas dimensionados por
cálculos diretos de resistência, deve ser observado15.3.3.1.
b) A espessura da alma de vaus de escotilhas não deve ser menor que:
t = 6 + m/2 [mm]
tmin = 7,5 [mm]
m = vão sem apoio do vau, em [m] (vide Seção 1, item 1.6)
c) Geralmente, a altura da alma não deve ser menor que 150 mm em toda extensão.
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d) A largura da barra-face dos vaus deve ser suficiente para garantir um apoio mínimo de 65 mm para as
tampas de escotilha.
e) Vaus nas emendas de tampas de escotilhas devem ter almas até 50 mm de altura ou devem ser
vedadas nas barras-face.
f) As barras-face superiores devem estender-se até as extremidades finais dos vaus. Em vaus corrediços
que são apoiados na borda da braçola, no convés ou em perfis-guia, as barras-face inferiores também
devem ser estendidas aos finais dos vaus.
g) Nas extremidades, as barras-face devem ser soldadas às almas por filete contínuo numa extensão
igual a 1,5 vezes a altura da alma no centro do vau.
h) Na região de 0,1.m das extremidades, a área seccional da alma de vaus de escotilhas não deve ser
menor que:
falma =
pL
a
m
τ
=
=
=
=
5 ⋅ pL ⋅ a ⋅ m
τ
[cm 2 ]
carregamento de projeto,conforme 15.3.1.1 e 15.3.1.2
espaçamento de vaus ou reforços, em [m]
vão sem apoio, em [m]
tensão admissível de cisalhamento, conforme 15.3.3.1, em [N/mm2]
i) Nas extremidades de vaus móveis que são apoiados em cadeiras de cantoneiras duplas, devem ser
soldadas reforços de chapa na alma, tendo uma largura de, no mínimo, 180 mm.
j) Não são permitidos furos de alívio de peso ou para içamento na região de 0,5 metros de ambas as
extremidades.
15.3.4.3 - Arranjo e Dispositivos de Segurança de Vaus de Escotilhas
a) O espaçamento de vaus deve ser igual ao longo de uma escotilha. Onde os espaçamentos forem
desiguais, a diferença deve se tal, que as menores tampas de escotilha não possam ser utilizadas
nos maiores espaços.
b) Os vaus de escotilhas devem ser providos com um eficiente dispositivo para fixá-los em posições.
Pinos de fixação devem ter um diâmetro de, pelo menos, 22 mm.
c) Os vaus devem ter uma superfície de apoio de, no mínimo, 75 mm. Cantoneiras de apoio, devem ter,
pelo menos, espessura de 12 mm. A ligação de apoio à braçola, deve ser proporcional aos vaus de
escotilhas.
d) As extremidades de vaus corrediços devem ser projetadas de forma que eles não caiam quando
movimentados na braçola.
e) Nas braçolas longitudinais, os vaus de escotilhas devem ser apoiados por fortes cadeiras de aço ou
entre cantoneiras duplas. As cadeiras ou uma das duas cantoneiras, devem se estender do reforço
horizontal até o nível do convés ou a braçola deverá ser devidamente reforçada por um prumo externo.
15.3.5 - Tampas de Escotilhas
15.3.5.1 - Escantilhões de Tampas de Escotilhas de Aço
a) A espessura do chapeamento superior de tampas de escotilhas de porões de carga seca não deve ser
menor que:
t = 10 . a [mm]
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A espessura do chapeamento inferior de vigas-caixão fechadas e tampas de escotilhas pontão, não deve
ser menor que:
t = 8 . a [mm]
a = espaçamento de vaus ou reforços, em [m]
tmin = 6,0 mm
tcrit = 1,33 . a . σ d 1/2 [mm]
Onde a tensão de compressão age perpendicular ao menor lado a do painel de chapa.
t crit = 2,66 ⋅ a ⋅
σd
1 + (a / b ) 2
[mm]
σd = tensão teórica máxima de compressão no flange comprimido, em [N/mm2].
b) Para tampas de escotilhas de porões de cargas líquidas, a espessura da chapa não deve ser menor
que o exigido conforme 15.3.5 1.a nem ser menor que os seguintes valores:
t1 = 1,26 ⋅ a ⋅ pi ( y ) ⋅ k + 1,5
[mm]
t1 = 0,92 ⋅ a ⋅ p2 ⋅ k + 1,5
a
p2
p i(y)
k
t min
=
=
=
=
=
[mm]
espaçamento de vaus ou reforços, em [m]
pressão, em [kN/m2], conforme Seção 3, 3.4.1.
vide 15.3.1.4.c
fator de material, conforme Seção 1 ; k = 1,0, para aço naval comum
conforme Seção 11, item 11.2.2.1
c) O módulo de seção e o momento de inércia de reforços de tampas de escotilhas, simplesmente
apoiados em ambos extremos, devem ser determinados conforme 15.3.2.
d) Se for prevista a utilização de empilhadeiras, os escantilhões do chapeamento e dos reforços devem
ser determinados conforme Seção 6, item 6.2.2.
15.3.5.2 - Travamento e Fixação de Tampas de Escotilhas
a) O fechamento e a fixação de tampas de escotilhas devem ser efetuados de maneira a garantir perfeita
estanqueidade. Os elementos de fixação de tampas de escotilhas nas quais devem ser peiadas
cargas, devem, também, ser dimensionados pelo carregamento devido em ângulo de inclinação de
60o. As tensões não devem ultrapassar o limite de escoamento.
b) Os escantilhões dos acessórios de fechamento devem ser suficientemente dimensionados para segurar as tampas contra içamentos e movimentos nas direções longitudinal e transversal devido a ação de
forças de massa. Para determinação dessas forças de massa, devem ser utilizados os seguintes
componentes de aceleração:
na direção longitudinal:
na direção transversal:
na direção vertical:
0,2 . g [m / s 2]
0,5 . g [m / s 2]
a V . g [m / s 2]
aV = vide Seção 3, item 3.3.1.1
As tensões calculadas com base nessas forças não devem ultrapassar os valores fornecidos em
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15.3.3.2. Onde as forças de apoio são distribuídas sobre uma extensão maior, as pressões nominais
de contato nos elementos de apoio não devem ultrapassar os valores admissíveis pn fornecidos na
tabela a seguir. No caso de ponto de apoio e/ou distribuição de pressões desiguais, a pressão igual a
3.pn não deve ser ultrapassada pelos picos de pressões.
Apoio
Pressão de contato nominal admissivel
pn [N/mm 2] quando carregado por:
força vertical
força horizontal
25
40
35
50
Aço sobre aço de
igual dureza
Aço sobre aço com
diferentes durezas
Onde são utilizados materiais de diferentes durezas, a menor superfície de apoio deve ser aquela com
menor dureza. Em qualquer caso, os cantos devem ser bem arredondados na superfície de apoio. Independente do arranjo de um suporte limitador, os apoios de deslizamento devem ser aptos para transmitirem a seguinte força horizontal Ph , na direção longitudinal e transversal:
Ph = 0,3 . PV
PV = força de apoio vertical
c) Dispositivos de fechamento devem ser previstos em cada canto da tampa de escotilha. Isso se aplica,
também, às tampas de escotilha consistindo de vários painéis.
d) Espaçamentos de dispositivos de fechamento maior que 2 metros e, em caso de tampas de escotilhas de tanques, maior que 0,45 metros, devem ser aprovadas particularmente.
15.3.5.3 - Cantilevers e Elementos de Transmissão de Forças
a) Cantilevers e elementos de transmissão de força, que transferem as forças dos cilindros hidraúlicos
das tampas de escotilhas para o casco, devem ser dimensionados para as forças estabelecidas pelo
fabricante. Não devem ser ultrapassadas as seguintes tensões admissíveis:
σb =
τ=
σy
σy
1,45
2,1
σ V = σ b2 + 3.τ 2 =
σy
1,2
b) Os membros estruturais sujeitos à flambagem devem ser verificados na segurança contra flambagem.
O fator de segurança contra flambagem não deve ser menor que 0,9 . nB. Para nB , vide Seção 2, item
2.6.1.4.
c) Deve-se dispensar particular atenção ao projeto estrutural nas regiões onde são introduzidas forças.
15.3.5.4 - Teste de Estanqueidade e Funcionamento
a) As tampas de escotilhas de aço, auto-vedantes, em conveses expostos e no interior de superestruturas abertas, devem ser testadas com jato d’água.
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b) Após a montagem do sistema de tampas de escotilhas, devem ser executados testes do funcionamento na presença do Vistoriador.
15.4 - ABERTURAS DIVERSAS EM CONVESES DE BORDA-LIVRE E EM CONVESES
DE SUPERESTRUTURAS
15.4.1 - Portas de visita e pequenas escotilhas rentes (flush) com o convés, na posição 1 ou em superestruturas abertas, devem ser fechadas estanque à àgua.
15.4.2 - Não sendo parafusadas de maneira estanque à água, elas devem ser de construção robusta,
com fecho tipo baioneta ou rosca. As tampas devem ser apoioadas com dobradiças ou permanentemente ligadas ao convés por uma corrente.
15.4.3 - Outras aberturas em conveses de borda-livre, que não sejam escotilhas e aberturas de praça de
máquinas, somente podem ser arranjadas em superestruturas fechadas ou em casarias estanques ao
tempo ou em acessos com fechamento estanque ao tempo, tendo a mesma resistência estrutural.
15.4.4 - Escotilhas de acesso e escantilhões em partes de conveses de borda-livre, em conveses de
superestruturas fechadas e, em casos especiais, em conveses de casarias, devem ser de construção
robusta. A altura de soleiras de passagem deve ser 600 mm acima de conveses, na posição 1, e 380
mm acima de conveses, na posição 2.
15.4.5 - As portas de acessos fechados devem ser capazes de serem operadas e travadas de ambos os
lados. Elas devem ter fechamento estanque ao tempo por meio de vedações de borracha e atracadores.
15.4.6 - Escotilhões devem ter uma abertura livre de, pelo menos, 600 x 600 mm.
15.5 - ESCOTILHAS DE PRAÇAS DE MÁQUINAS E DE CALDEIRAS
15.5.1 - Aberturas de Convés
15.5.1.1 - As aberturas acima de praças de máquinas e de caldeiras devem ser as menores possíveis.
Na região dessas aberturas, deve ser assegurada uma superfície de resistência transversal.
15.5.1.2 - As aberturas de praças de máquinas e de caldeiras devem ter seus cantos bem arredondados
e, se necessário, ser reforçadas, caso não seja garantida uma distribuição conveniente de tensões
longitudinais pelas paredes longitudinais de superestruras ou casarias. Vide, também, Seção 6, item
6.1.3.
15.5.2 - Gaiutas de Praças de Máquinas e de Caldeiras
15.5.2.1 - As aberturas de praças de máquinas e de caldeiras, em conveses expostos e dentro de
superestruturas abertas, devem ser protegidas por gaiutas de altura suficiente.
15.5.2.2 - A altura de gaiutas, em conveses expostos de navios com calado máximo estrutural, não
deve ser menor que 1,8 metros, em navios de comprimento L até 75 metros, e não menor que 2,0
metros, em navios de L = 100 metros. Valores intermediários devem ser determinados através de
interpolação.
15.5.2.3 - Os escantilhões de reforços, chapeamento e tetos de gaiutas expostas devem ser determimados
como para anteparas finais de superestrutura e casaria, conforme Seção 14, item 14.3.
15.5.2.4 - No interior de superestruturas abertas, as paredes de gaiutas devem ser dimensionadas conforme Seção 14, item 14.3, como para anteparas finais de ré.
15.5.2.5 - A altura de gaiutas em conveses de superestruturas deve ser, no mínimo, 760 mm. A espessura do chapeamento pode ser 0,5 mm menor que a calculada conforme 15.5.2.3; os reforços devem ter
a mesma espessura e uma altura da alma de 75 mm, sendo espaçados de 750 mm.
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15.5.2.6 - A espessura do chapeamento de gaiutas de praças de máquinas e de caldeiras, abaixo do
convés de borda-livre, ou no interior de superestruturas fechadas, deve ser de 5 mm. Em porões de carga
a espessura é de 6,5 mm, com reforços de uma altura da alma de, pelo menos, 75 mm, a mesma
espessura do chapeamento sendo espaçada em 750 mm.
15.5.3 - Portas e Gaiutas de Praças de Máaquinas e de Caldeiras
15.5.3.1 - As portas em gaiutas em conveses expostos e dentro de superestruturas abertas devem ser
de aço, bem reforçadas e articuladas, e capazes de serem fechadas de ambos os lados e mantidas
estanques ao tempo por atracadores e vedações de borracha. Para navios com borda-livre reduzida (Bmenos) ou borda-livre de petroleiros (A), deve ser observada a Regra 26 (1) da Convenção Internacional
de Linhas de Carga, 1966.
15.5.3.2 - As portas devem ter, no mínimo, a mesma resistência que as paredes da gaiuta na qual elas
são fixadas.
15.5.3.3 - A altura de soleiras de portas deve ser 600 mm acima do convés, para a posição 1, e 380 mm
acima do convés, para a posição 2.
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SEÇÃO 16
EQUIPAMENTO
16.1 - GENERALIDADES
16.1.1 - O equipamento de âncoras, amarras e cabos deve ser determinado conforme Tabela 16.2, de
acordo com o númeral do equipamento Z.
16.1.1.1 - O equipamento de fundeio requerido por esta Seção é previsto para âncoras temporárias
dentro de um porto ou área obrigada, para navios aguardando cais, maré, etc. Portanto, o equipamento
não é projetado para manter um navio distante de costa desprotegidas em mau tempo ou para parar um
navio em movimento ou à deriva. Nestas condições, as cargas no equipamento de fundeio aumentam a
níveis que seus componentes podem ser avariados ou inutilizados pelas altas forças energéticas geradas, particularmente em grandes navios.
16.1.1.2 - O equipamento de fundeio exigido por esta Seção é projetado para manter um navio em fundo
de boa garra em condições que evite o arraste da âncora. Em fundo de garra pobre, o poder de garra das
âncoras será reduzido de forma significante.
16.1.1.3 - A fórmula do numeral do equipamento para a determinação do equipamento de fundeio exigido
nesta Seção, é baseada na hipótese de uma velocidade de 2,5 m/s para correnteza, velocidade de vento
de 25 m/s e uma extensão de amarra entre 6 a 10, tal extensão sendo a razão entre o comprimento de
amarra arriada fora e a profundidade da água.
16.1.1.4 - Considera-se que, sob circunstâncias normais, um navio utilizará somente uma âncora e
amarra para a ancoragem.
16.1.2 - Cada navio deve ser equipado com, pelo menos, um molinete. Molinetes e eventuais mordentes
devem corresponder às Regras para Máquinas, Volume II. Para as bases de molinetes e mordentes e as
suas fundações, vide Seção 9, item 9.2.5.
16.1.3 - Para navios com a notação de navegação para serviço costeiro afixado às suas marcas de
classificação, o equipamento pode ser determinado como para a próxima faixa de numeral menor que a
exigida de acordo com o numeral do equipamento Z.
16.1.4 - Para navios com a notação de navegação para serviço em águas rasas afixado às suas marcas
de classificação, o equipamento deve ser determinado observando as disposições da Seção 28, item
28.5
16.1.5 - Para a determinação de equipamento para rebocadores, deve ser observada a Seção 24, item
24.7. Para a determinação de equipamento para barcos pesqueiros, deve ser observada a Seção 25, item
25.7. Para a determinação de equipamentos para barcaças e pontões, deve ser observada a Seção 27.
16.1.6 - Navios construídos sob a fiscalização do BC, que recebem a marcação nos Certificados e no
Registro, necessitam ser equipados com âncoras e amarras, conforme as Regras para Materiais, testadas em máquinas, aprovadas na presença de um vistoriador. Para os navios com a notação de navegação para serviço costeiro afixado às suas marcas de classificação, é suficiente a prova de que as
âncoras e amarras foram adequadamente testadas.
16.1.7 - Para os navios com três ou mais propulsores, pode ser considerada uma redução do peso das
âncoras de proa e do diâmetro da amarras.
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16.1.8 - Navios de alto-mar navegando em águas interiores e rios, devem ter equipamentos de fundeio
também condizentes com os regulamentos das autoridades competentes na respectivas vias navegáveis.
16.2 - NUMERAL DO EQUIPAMENTO
O numeral do equipamento Z é calculado como segue:
Z = D2/3 + 2.h.B + A/10
D
h = f b + Σh
fb
Σh
A
= deslocamento moldado, em toneladas métricas, no calado máximo de verão
= altura efetiva desde a linha de calado máximo de verão até o topo da casaria mais alta,
em [m]
= borda-livre de verão a meia-nau, em [m]
= soma das alturas, em [m], de superestruturas e casarias no convés de borda-livre, com
largura maior que B/4, medida na linha do centro. Eventuais tosamentos devem ser
ignorados. Onde houver uma descontinuidade no convés de borda-livre, na região da
superestrutura ou casaria mais baixa, “h” deve ser medido a partir da posição que ocuparia o convés, caso fosse contínuo, na linha de centro.
= área lateral, em [m2], da vista do perfil do casco, superestruturas e casarias, acima da
linha de calado máximo de verão até a altura h, medido dentro do comprimento L .
Bordas-falsas e balaustradas com tela de 1,5 metros ou mais de altura, devem ser consideradas como
partes de casarias quando da determinação de h e A ; por exemplo, a área A1 mostrada na Figura 16.1,
deve ser incluida em A. Alturas de braçolas de escotilhas e de qualquer carga no convés, como, por
exemplo, containers, não necessitam ser consideradas na determinação de h e A.
Figura 16.1
16.3 - ÂNCORAS
16.3.1 - Duas das âncoras de proa exigidas devem estar sempre prontas para entrar em operação. Onde
são exigidas 3 âncoras de proa, geralmente a terceira âncora deve ser transportada sa bordo como
âncora sobressalente. A âncora sobressalente deve ser estivada de maneira adequada a permitir a
substituição de uma âncora perdida com meios do próprio equipamentos do navio. Só em casos especiais a âncora sobressalente pode ser armazenada em terra ou se pode prescindir desta exigência, por
exemplo, no caso de uma série igual de navios equipados com as mesmas âncoras e amarras, trafegando sempre na mesma rota e considerando-se que, em alguns dos portos ao longo desta rota, disponham-se de certo número de âncoras sobressalentes para o caso de perda. Devem ser observadas
eventuais Regulamentos das autoridades nacionais.
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16.3.2 - As âncoras devem ser de um projeto aprovado. O peso das cruzes de âncoras patente (âncoras
sem cepo), incluindo pinos e acessórios, não deve ser inferior a 60% do peso total da âncora.
16.3.3 - Para âncoras com cepo, o peso total da âncora, incluindo o cepo, deve corresponder aos valores
das Tabelas 16,2, 25.1 ou 25.2, as duas últimas na Seção 25. O peso do cepo deve ser 20% deste peso
total.
16.3.4 - O peso de cada âncora de proa pode variar em até 7% para mais ou para menos do peso
individual exigido, com a condição de que o peso total de todas as âncoras de proa não seja inferior à
soma dos pesos individuais exigidos.
16.3.5 - Onde são utilizadas âncoras especiais aprovadas, como “âncoras de alto poder de garra”, o peso
da âncora pode ser 75% do valor exigido nas Tabelas 16.2, 25.1 ou 25.2. As “âncoras de alto poder de
garra” são aquelas adequadas para o uso no navio, a qualquer momento, e que não exigem ajustagens
prévias ou posicionamento especial no leito do mar. Para obterem aprovação como “âncoras de alto
poder de garra”, devem ser realizados testes satisfatórios em vários tipos de fundo, e a âncora deve ter
um poder de garra de, no mínimo, 2 vezes aquele de uma âncora patente com o mesmo peso.
Os pesos das âncoras a serem testadas devem ser representativos da série completa de tamanhos
previstos para fabricação. Os testes devem ser executados com, pelo menos, dois tamanhos de âncoras
associadas com as amarras apropriadas ao peso. As âncoras a serem testadas e as âncoras patente
para a comprovação devem ter aproximadamente o mesmo peso.
O comprimento da amarra utilizado durante os teste deve ser aproximadamente 6 a 10 vezes a profundidade da água na região dos testes.Os testes devem ser normalmente executados por um rebocador,
entretanto, podem ser aceitos testes tracionando as âncoras da terra (por exemplo, com guinchos
adequados). Três testes devem ser efetuados para cada âncora e tipo de fundo. A tração deverá ser
medida por meio de um dinamômetro e gravada por instrumentos. Podem ser aceitas medições de
tração baseadas na curva rotação/‘bollard pull’ (tração estática) do rebocador. O teste por comparação
com outras âncoras de alto poder de garra previamente aprovados pode ser aceito como fundamento
para aprovação.
O peso máximo de uma série de âncoras assim aprovada pode ser 10 vezes o peso da maior âncora
testada. O dimensionamento da amarra e do molinete deve se baseado no peso não reduzido da âncora,
conforme as tabelas.
16.3.6 - Onde é instalado equipamento de fundeio de popa, o mesmo deve cumprir, em todos aspectos,
as regras para equipamento de fundeio. O peso de cada âncora de popa deve ser, pelo menos, 35%
daquele da âncora de proa. O diâmetro das amarras deve ser determinado das tabelas, conforme o peso
da âncora. Onde é instalado um molinete de popa, devem ser observadas as Regras para a Construção
de Máquinas.
16.4 - AMARRAS
16.4.1 - Os diâmetros de amarra indicados nas tabelas se aplicam a amarras fabricadas com materiais
especificados nas Regras para Materiais, Volume III, Capítulo 6, nos seguintes graus:
Grau K 1a e K 1b
Grau K 2a e K 2b
Grau K 3
(qualidade normal)
(qualidade especial)
(qualidade extra-especial)
16.4.2 - O material de grau K 1a não deve ser utilizado para amarras em combinação com “âncoras de
alto poder de garra”.
16.4.3 - Amarras de graus K 2 e K 3 somente podem ser adquiridas e termicamente tratadas por firmas
homologadas.
16.4.4 - O comprimento total das amarras indicado nas tabelas deve ser dividido em partes aproximadamente iguais para as duas âncoras de proa.
16.4.5 - Para ancorotes, podem ser utilizadas amarras com ou sem malhetes.
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16.4.6 - Para a ligação da âncora com a amarra, podem ser escolhidos elos do tipo “Kenter”, em vez de
manilhas tipo “D”, conforme exigido nas Regras de Materiais, Volume III, Capítulo 6, quando aprovado
pelo BC. No lugar de um adaptador giratório (`forerunner’) pode ser utilizado um supertornel (manilha
giratória) de construção comprovada e aprovada pelo BC. Uma união direta do supertornel com a haste
da âncora só pode ser feita com aprovação especial. Um número suficiente de manilhas e/ou elos tipo
“Kenter”, adequados, deve ser mantido a bordo, para permitir a colaboração da âncora sobressalente em
qualquer momento.
16.4.7 - A fixação das extremidades das amarras com o casco, deve ser de maneira a permitir o
deslizamento da amarra de um local de fácil acesso, fora do paiol de amarras, em caso de emergência.
A fixação das extremidades das amarras no casco deve ter uma resistência que corresponde de 15% a
30% da carga nominal de rutura da amarra (pino de braga).
16.5 - PAIOL DE AMARRAS
16.5.1 - O paiol de amarras deve ter capacidade e altura adequadas para prever uma saída e queda fácil
e direta das amarras através dos tubos de baixada e auto-armazenamento das mesmas. O paiol de
amarras deve ser provido com uma divisão interna, de forma que as amarras de bombordo e boreste
possam ser estivadas totalmente separadas.
16.5.2 - As paredes do paiol de amarra e suas aberturas de acesso devem ser estanques à água, para
evitar que, em caso de paióis, cheios d’água (através dos tubos de baixada do convés de castelo), os
compartimentos adjacentes ao paiol de amarras sejam alagados, o que pode causar avarias nos equipamentos localizados nestes compartimentos.
16.5.3 - Devem ser previstos meios adequados de drenagem do paiol de amarras.
16.5.4 - Onde o paiol de amarras tiver limites comuns com tanques, os escantilhões de seu chapeamento
de prumos devem ser determinados como para tanques, conforme a Seção 11. No caso em que as
paredes não fazem limite com tanques, a espessura do chapeamento deve ser determinada como para
t2 , e o módulo de seção dos prumos como para W2 , conforme Seção 11, itens 11.2.2 e 11.2.3., respectivamente. A distância do centro do carregamento até o topo do paiol de amarras deve ser considerada
como a respectiva pressão a ser utilizada nos cálculos.
16.6 - EQUIPAMENTO DE AMARRAÇÃO E ATRACAÇÃO
16.6.1 - Cabos
16.6.1.1 - Os cabos de reboque e amarração especificados nas tabelas, e o conteúdo dos subparágrafos
seguintes, até 16.6.1.6, são somente recomendações; uma concordância com eles não é uma condição
de classificação. Eventuais regulamentações específicas das autoridades competentes devem ser observadas.
16.6.1.2 - Para cabos de reboque e amarração, podem ser utilizados cabos de aço, como, também,
cabos de fibra natural ou sintética, ou cabos de aço e alma de fibra. As cargas de rutura especificadas
nas tabelas 16.2 e 25.1 são válidas somente para cabos de aço e de fibra natural (manilha). Onde são
utilizados cabos de fibras sintéticas, a carga de rutura deve ser aumentada acima dos valores da tabela.
O aumento depende da qualidade do material utilizado. O diâmetros necessários de cabos de fibra
sintética substituindo cabos de manilha grau 1 podem ser obtidos da seguinte tabela:
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Manilha
Cabos sintéticos
Cabos de fibra sintética
grau 1
poliaminamida (*)
poliamida
poliester
polipropileno
diam. [mm]
diam. [mm]
diam. [mm]
diam. [mm]
diam. [mm]
40
32
40
40
40
44
36
44
44
44
48
40
48
48
48
56
44
48
48
52
64
48
52
52
56
72
56
60
60
64
80
60
64
64
72
88
68
72
72
80
96
72
80
80
88
112
72
88
88
96
Observação: (*) Cabos de camadas regulares de monofilamentos e fibras de poliamido refinado
Tabela 16.1
16.6.1.3 - Onde o ancorote é utilizado conectado a um cabo, deve ser utilizado um cabo de aço.
16.6.1.4 - Os cabos de aço podem ser do seguinte tipo:
a) 144 arames (6 x 24) com 7 almas de fibra, para cargas de rutura de até 500 kN, tipo Standard.
b) 216 arames (6 x 36) com 1 alma de fibra, para cargas de rutura superiores a 500 kN, tipo Standard.
Sendo os cabos de aço armazenados em tambores de guinchos de atracação, podem ser utilizados
cabos com alma de aço, por exemplo:
c) 6 x 19 com 1 alma de aço ; tipo: Seale
d) 6 x 36 com 1 alma de aço ; tipo: Warrington-Seale
16.6.1.5 - Independente da carga de rutura calculada, o diâmetro de cabos de fibra não deve ser menor
que 20 mm.
16.6.1.6 - O comprimento individual dos cabos de amarração, pode ser até 7% menor que aquele fornecido na tabela, com a condição de que o comprimento total de todos os cabos não seja inferior à soma
dos comprimentos individuais necessários. Em grandes navios onde os guinchos de atraxcação são
localizados em um dos bordos, os comprimentos dos cabos de amarração devem ser adequadamente
aumentados. Para cabos de amarração com uma carga de ruptura calculada acima de 500 kN, existem
as seguintes alternativas:
a) A carga de ruptura calculada dos cabos de amarração, especificada na Tabela 16.2, pode ser reduzida
com o aumento do número de cabos de amarração, na condição de que a carga de ruptura de todos
os cabos a bordo do navio não seja inferior ao valor recomendado na Tabela 16.2.. Nenhum dos cabos
de amarração, contudo, deve ter uma carga de ruptura inferior a 500 kN.
b) O número de cabos de amarração pode ser reduzido com o aumento da carga de ruptura dos cabos
de amarração, desde que o produto carga de ruptura calculada x o número de cabos não seja inferior
ao valor estabelecido na Tabela 16.2, contudo, o número de cabos deve ser, pelo menos, 6.
Eventuais regulamentações específicas das autoridades competentes no uso dos cabos de amarração,
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em navios tanques transportando produtos com ponto de fulgor abaixo de 60 graus C, devem ser observadas.
16.6.2 - Guinchos de Atracação, Cabeços e Buzinas
16.6.2.1 - Os guinchos de atracação devem ser dimensionados adequadamente, considerando cabos
de amarração com as cargas nominais de rutura.
16.6.2.2 - As buzinas, cabeços e cunhos devem ser dimensionados de forma a proteger os cabos contra
amassamento excessivo. Eles devem ser de construção apropriada, conforme Normas em vigor. Normas
nacionais, se existentes, devem ser observadas.
16.6.2.3 - Duas posições convenientes para reboque com resistência adequada devem ser arranjadas à
bordo, uma no convés à vante e a outra no convés à ré, em localização apropriada para amarrar o cabo
de reboque.
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TABELA 16.2
ÂNCORAS, AMARRAS E CABOS
Ancora sem cepo
No.
para
Reg.
Numeral
do
Equipamento Z
Amarras com malhetes
Ancora de AncoProa
rote
Quant.
Âncoras de Proa
Amarra ou
cabo p/
ancorote
Peso por
âncora
Compr.
total
d
Diâmetro
d
d
Kg
m
mm
mm
mm
1
2
Cabos recomendados
Compr.
3
Reboque
C Compr. C
Rupt.
Rupt.
Cabos de
Amarração
No.
C
Compr. Rupt.
m
kN
m
kN
m
kN
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
101
up to 50
2
120
40
165
12.5
12.5
12.5
80
65
180
100
3
80
35
102
50 - 70
2
180
60
220
14
12.5
12.5
80
65
18
100
3
80
35
103
70 - 90
2
240
80
220
16
14
14
85
75
180
100
3
100
40
104
90 - 110
2
300
100
247.5
17.5
16
16
85
80
180
100
3
110
40
105
110 - 130
2
360
120
247.5
19
17.5
17.5
90
90
180
100
3
110
45
106
130 - 150
2
420
140
275
20.5
17.5
17.5
90
100
180
100
3
120
50
107
150 - 175
2
480
165
275
22
19
19
90
110
180
100
3
120
55
108
175 - 205
2
570
190
302.5
24
20.5
20.5
90
120
180
110
3
120
60
109
205 - 240
3
660
302.5
26
22
20.5
180
130
4
120
65
110
240 - 280
3
760
330
28
24
22
180
150
4
120
70
111
280 - 320
3
900
357.5
30
26
24
180
175
4
140
80
112
320 - 360
3
1020
357.5
32
28
24
180
200
4
140
85
113
360 - 400
3
1140
385
34
30
26
180
225
4
140
95
114
400 - 450
3
1290
385
36
32
26
180
250
4
140
100
115
450 - 500
3
1440
412.5
38
34
30
180
275
4
140
110
116
500 - 550
3
1590
412.5
40
34
30
19
305
4
160
120
117
550 - 600
3
1740
440
42
36
32
190
340
4
160
130
118
600 - 660
3
1920
440
44
38
34
190
370
4
160
145
119
660 - 720
3
2100
440
46
40
36
190
405
4
160
160
120
720 - 780
3
2280
467.5
48
42
36
190
440
4
170
170
121
780 - 840
3
2460
467.5
50
44
38
190
480
4
170
185
122
840 - 910
3
2640
467.5
52
46
40
190
520
4
170
200
123
910 - 980
3
2850
495
54
48
42
190
560
4
170
215
124
980 - 1060
3
3060
495
56
50
44
200
600
4
180
230
125
1060 - 1140
3
3300
495
58
50
46
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645
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180
250
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REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
DE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA
NAVEGAÇÃO EM MAR ABERTO
TOMO II - EQUIPAMENTO ........................................ SEÇÃO 16
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Ancora sem cepo
No.
para
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Numeral
do
Equipamento Z
Amarras com malhetes
Ancora de AncoProa
rote
Quant.
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Âncoras de Proa
Cabos recomendados
Amarra ou
cabo p/
ancorote
Peso por
âncora
Compr.
total
d
Diâmetro
d
d
Kg
m
mm
mm
mm
m
kN
m
kN
6
7
8
9
10
11
12
13
5
1
2
Compr.
Reboque
3
C Compr. C
Rupt.
Rupt.
Cabos de
Amarração
No.
C
Compr. Rupt.
m
kN
14
15
16
1
2
3
4
126
1140 - 1220
3
3540
522.5
60
52
46
200
690
4
180
270
127
1220 - 1300
3
3780
522.5
62
54
48
200
740
4
180
285
128
1300 - 1390
3
4050
522.5
64
56
50
200
785
4
180
305
129
1390 - 1480
3
4320
550
66
58
50
200
835
4
180
325
130
1480 - 1570
3
4590
550
68
60
52
220
890
5
190
325
131
1570 - 1670
3
4890
550
70
62
54
220
940
5
190
335
132
1670 - 1790
3
5250
577.5
73
64
56
220
1025
5
190
350
133
1790 - 1930
3
5610
577.5
76
66
58
220
1112
5
190
375
134
1930 - 2080
3
6000
577.5
78
68
60
220
1170
5
190
400
135
2080 - 2230
3
6450
605
81
70
62
240
1260
5
200
425
136
2230 - 2380
3
6900
605
84
73
64
240
1355
5
200
450
137
2380 - 2530
3
7350
605
87
76
66
240
1455
5
200
480
138
2530 - 2700
3
7800
632.5
90
78
68
260
1470
6
200
480
139
2700 - 2870
3
8300
632.5
92
81
70
260
1470
6
200
490
140
2870 - 3040
3
8700
632.5
95
84
73
260
1470
6
200
500
141
3040 - 3210
3
9300
660
97
84
76
280
1470
6
200
520
142
3210 - 3400
3
9900
660
100
87
78
280
1470
6
200
555
143
3400 - 3600
3
10500
660
102
90
78
280
1470
6
200
590
144
3600 - 3800
3
11100
687.5
105
92
81
300
1470
6
200
620
145
3800 - 4000
3
11700
687.5
107
95
84
300
1470
6
200
650
146
4000 - 4200
3
12300
687.5
111
97
87
300
1470
7
200
650
147
4200 - 4400
3
12900
715
114
100
87
300
1470
7
200
660
148
4400 - 4600
3
13500
715
117
102
90
300
1470
7
200
670
149
4600 - 4800
3
14100
715
120
105
92
300
1470
7
200
680
150
4800 - 5000
3
14700
742.5
122
107
95
300
1470
7
200
685
151
5000 - 5200
3
15400
742.5
124
111
97
300
1470
8
200
685
152
5200 - 5500
3
16100
742.5
127
111
97
300
1470
8
200
695
153
5500 - 5800
3
16900
742.5
130
114
100
300
1470
8
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705
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REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
DE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA
NAVEGAÇÃO EM MAR ABERTO
Ancora sem cepo
No.
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Numeral
do
Equipamento Z
Quant.
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Amarras com malhetes
Ancora de AncoProa
rote
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Âncoras de Proa
Cabos recomendados
Amarra ou
cabo p/
ancorote
Peso por
âncora
Compr.
total
d
Diâmetro
d
d
Kg
m
mm
mm
mm
m
kN
m
kN
6
7
8
9
10
11
12
13
132
117
102
300
5
1
2
Compr.
Reboque
3
C Compr. C
Rupt.
Rupt.
Cabos de
Amarração
No.
C
Compr. Rupt.
m
kN
14
15
16
1470
9
200
705
1
2
3
4
154
5800 - 6100
3
17800
742.5
155
6100 - 6500
3
18800
742.5
120
107
300
1470
9
200
715
156
6500 - 6900
3
20000
770
124
111
300
1470
9
200
725
157
6900 - 7400
3
21500
770
127
114
300
1470
10
200
725
158
7400 - 7900
3
23000
770
132
117
300
1470
11
200
725
159
7900 - 8400
3
24500
770
137
122
300
1470
11
200
735
160
8400 - 8900
3
26000
770
142
127
300
1470
12
200
735
161
8900 - 9400
3
27500
770
147
132
300
1470
13
200
735
162
9400-10000
3
29000
770
152
132
300
1470
14
200
735
163
10000-10700
3
31000
770
137
300
1470
15
200
735
164
10700-11500
3
33000
770
142
300
1470
16
200
735
165
1150012400
3
35500
770
147
300
1470
17
200
735
166
12400-13400
3
38500
770
152
300
1470
18
200
735
167
13400-14600
3
42000
770
157
300
1470
19
200
735
168
14600-16000
3
46000
770
162
300
1470
21
200
735
Observações::
d1
= diâmetro de amarra grau K1 (qualidade normal)
d2
= diâmetro de amarra grau K2 (qualidade especial)
d3
= diâmetro de amarra grau K3 (qualidade extra especial)
C.rupt. = carga de ruptura
Comp. = comprimento
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DE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA
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DE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA
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TOMO II - LIGAÇÕES SOLDADAS ......................... SEÇÃO 17
PÁGINA ..................................................................... 201
SEÇÃO 17
LIGAÇÕES SOLDADAS
17.1 - GENERALIDADES
17.1.1 - Documentação do Projeto
17.1.1.1 - A forma e escantilhões de juntas soldadas e, em caso de prova por cálculo, também a eficiência de solda (grau de qualidade de solda, grau de entalhe), devem ser apresentados em todos os desenhos e outros documentos (lista de peças, planos de solda, planos de testes). Em casos especiais, por
exemplo, onde materiais especiais são utilizados, não somente o processo de soldagem, materiais de
enchimento e sequência de passos, devem ser dados, mas, também, onde necessário, detalhes de
algum tratamento subsequente.
17.1.1.2 - Todos os símbolos e abreviaturas utilizados na identificação de ligações soldadas devem ser
explicados conforme estas Regras ou Normas reconhecidas.
17.1.2 - Materiais e Soldabilidade
17.1.2.1 - Somente materiais tendo soldabilidade comprovada podem ser utilizados na construção de
estruturas soldadas (vide Seção 1). Deve ser dada atenção a possíveis exigências em relaçãao à homologação do aço e para quaisquer recomendações feitas pelo fabricante.
17.1.2.2 - Para aços navais comuns, graus A, B, D, e E, que tenham sido testados pelo BC, a soldabilidade
é considerada como comprovada. Nenhuma providência além daquelas constantes destes regulamentos
para soldagem necessita, portanto, ser tomada.
17.1.2.3 - Aço naval de alta resistência grau AH/DH/EG, que tenha sido homologado pelo BC conforme
as Regras de Materiais, Seção 6, teve sua soldabilidade examinada e, com a condição de que seu
manuseio está em acordo com a prática normal de construção naval, pode ser considerado como
aprovado.
17.1.2.4 - Aços estruturais de alta resistência (temperados e revenidos), de grão fino, aços estruturais
resistentes a baixa termperatura, aço inoxidável e outros aços estruturais (ligados) requerem aprovação
especial do BC. Prova de soldabilidade do aço respectivo deve ser apresentada em conjunto com o
procedimento de soldagem e o material a ser depositado.
17.1.2.5 - Peças de aço ou forjado devem atender às exigências das Regras de Materiais, Seção 6, e
testes requeridos pelo BC. O conteúdo de carbono de componentes para estruturas soldadas não deve
exceder 0,23% (análise de peças não excedendo 0,25% de carbono).
17.1.2.6 - Como estipulado no Seção 6 das Regras de Materiais, ligas de metal leve exigem testes pelo
BC. Prova de sua soldabilidade deve ser apresentada juntamente com o procedimento de soldagem e o
material a ser depositado.
17.1.2.7 - O material a ser depositado deve satisfazer ao metal a ser soldado e ser aprovado pelo BC.
Onde são utilizados materiais de enchimento com propriedades mecânicas diferentes (menores) do
metal base (com consentimento do BC), este fato deve ser levado em consideração no dimensionamento
das ligações soldadas.
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DE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA
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TOMO II - LIGAÇÕES SOLDADAS ......................... SEÇÃO 17
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17.1.3 - Fabricação e Testes
17.1.3.1 - O grau de qualidade da solda de ligações soldadas sem prova por cálculo de valência (vide
17.1.1.1), depende da importância da ligação soldada para a estrutura completa, e sua localização no
elemento estrutural (localização relativa à direção principal de solicitação) e sua solicitação depende de
detalhes quanto ao tipo, extensão e maneira de testar . Onde é exigida prova de resistência em serviço,
vide indicações em 17.3.3.5 (tabela de casos de entalhe).
17.2 - PROJETO E DIMENSIONAMENTO
17.2.1 - Princípios Gerais de Projeto
17.2.1.1 - Durante o estágio de projeto as ligações soldadas devem ser planejadas para que sejam
acessíveis durante a fabricação, sejam localizadas na melhor posição de soldagem e permitam que
sejam seguidas as sequências de soldagem apropriadas. As ligações soldadas e sequência de soldagem
envolvida devem ser planejadas para permitir que as tensões residuais de solda sejam mantidas à um
mínimo, a fim de que não ocorra nenhuma deformação excessiva. Ligações soldadas não devem ser
superdimensionadas; vide, também, 17.2.5.2.
17.2.1.2 - Quando ligações soldadas forem planejadas, deve primeiro ser estabelecido que tipo e grau de
solda é previsto, para que solda de penetração total, no caso de cordões de solda HV ou DHV (K),
possam ser perfeitamente executadas sob as condições estabelecidas pelas limitações do processo de
fabricação envolvido. Não sendo este o caso, um tipo mais simples de cordão de solda deve ser selecionado
e sua (possivelmente menor) resistência levada em consideração no dimensionamento.
17.2.1.3 - Juntas soldadas em vigas perfis e, em particular, aquelas utilizadas em processo de montagem de blocos, devem ser, sempre que possível, localizadas fora das áreas de grandes solicitações por
flexão. A localização de ligações soldadas em quinas de barras-face deve ser evitada.
17.2.1.4 - Ligações soldadas altamente solicitadas, sujeitas, portanto, a testes, devem ser, por isso,
projetadas de maneira que os testes não-destrutivos apropriados possam ser utilizados (radiografia,
ultra-som e métodos de detecção de trincas), a fim de que uma inspeção confiável possa ser realizada.
17.2.1.5 - Características específicas do material, tais como o valor de resistência (menor) de material
laminado na direção transversal (vide 17.2.2.6) ou o amolecimento do alumínio trabalhado à frio, são
fatores que devem ser levados em consideração quando forem feitos o projeto e o dimensionamento de
ligações soldadas. Assegurando-se que a resistência à flexão seja comprovada, chapa com revestimento metálico depositado ou laminado pode ser utilizada da mesma maneira como chapas maciças.
17.2.1.6 - Nos casos onde diferentes tipos de materiais são utilizados juntos e em contato com a água
do mar ou outro meio eletrolítico, por exemplo, ligações soldadas feitas entre aços carbono e inoxidável,
como são encontradas nos revestimentos resistentes ao desgaste nos propulsores orientáveis ou nos
revestimentos das madres do leme, o resultado da diferença em potencial faz crescer extremamente a
susceptibilidade à corrosão e deve, por isso, merecer especial atenção. Onde possível, tais soldadas
devem ser posicionadas em locais menos sujeitos ao risco de corrosão (tais como no lado de fora dos
tanques) ou especiais medidas de proteção contra corrosão devem ser tomadas, tais como pintura ou
proteção catódica.
17.2.2 - Detalhes de Projeto
17.2.2.1 - Todas as ligações soldadas em elementos estruturais principais devem ser projetadas de
maneira tal que as interrupções ao fluxo de tensões se reduzam ao mínimo possível, sem entalhes
internos ou externos, sem diferenças de rigidez e sem impedimentos quanto a expansões (vide, também, Seção 2. item 2.8). Isto também se aplica para a soldagem de elementos estruturais secundários
a elementos principais, cuja chapa exposta ou bordas de barras-face devem ser mantidas tão livres
quanto possível de conexões soldadas. Emendas em peças longas, tais como bolinas, balaustradas,
proteções contra batidas laterais, etc., que são ligadas a estruturas principais, devem ser, por isso,
soldadas ao longo de toda sua área seccional.
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17.2.2.2 - Elementos estruturais de dimensões diferentes devem ser conectados observando-se transição suave destas dimensões. Onde vigas e perfis de alturas variadas estão envolvidos, as barras-face ou
bulbos devem ser chanfrados ou devem ser rasgados e alargados, ou suas almas devem ser comprimidos até se igualarem às alturas. O comprimento da área de transição deve ser, pelo menos, 2 x a
diferença de alturas. Se as espessuras da chapa nas ligações, em elementos estruturais principais,
diferem de mais que 3mm, a chapa de maior espessura deve ser chanfrada a uma razão de, pelo menos,
1:3; vide Fig. 17.1 ou, conforme a tabela de casos de entalhe, (vide 17.3.3.5.). Diferenças de espessura
de até 3mm podem ser igualadas no cordão de solda.
Soldagem de Chapas de Diferentes Espessuras
Figura 17.1
17.2.2.3 - Peças de aço fundido ou forjado às quais chapas ou outros elementos de espessura relativamente pequena são unidas, como mostrado na Fig. 17.2, devem possuir adoçamento (seções de espessuras gradualmente reduzidas) ou barras-face forjadas ou fundidas. Para ligação de pés-de-galinha ao
bosso ou ao chapeamento, vide Seção 5, item 5.6, e 12, item 12.3. Consultar a Seção 13, item 13.4,
considerando-se a necessidade de aumento de espessura do colar da madre do leme através de passos
de solda ou de flange de acoplamento. A solda entre a madre do leme e o acoplamento deve ter penetração total em toda a sua seção transversal.
Soldagem de Peças de Aço Fundido ou Forjado
Figura 17.2
17.2.2.4 - Concentrações locais de soldas ou distâncias insuficientes entre cordões devem ser evitadas.
Soldas de topo, localizadas uma próxima da outra, devem ser afastadas, no mínimo, de:
50 mm + 4 x a espessura da chapa
Soldas-filete localizadas próximas entre sí ou próximas à soldas de topo devem ser espaçadas, no
mínimo, de:
30 mm + 2 x a espessura da chapa
É recomendado que a largura de chapas a serem substituídas (tiras) seja, no mínimo, de 300 mm ou 10
x a espessura da chapa, prevalecendo o maior valor. Ao soldar reforços em chapas, barras-face, apoios
de montagem ou componentes similares, é exigido o seguinte tamanho mínimo.
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D min = 170 + 3 (t - 10) ³ 170 mm
D
t
= diâmetro (caso seja circular) ou comprimento da peça inserida, em [mm]
= espessura da chapa, em [mm]
A chapa inserida deve ter cantos arredondados com raio mínimo de 50 mm.
17.2.2.5 - Recortes para passagem de solda (posterior) de topo ou filete em cruzamentos devem ser
arredondados (raio mínimo 25 mm ou 2 x a espessura da chapa, o que for maior) e, particularmente em
casos de solicitação predominantemente dinâmica, devem ter cantos adoçados (Fig. 17.3) forma simples forma melhorada.
Recortes para Passagem de Solda
Figura 17.3
Em cruzamento de cordões de solda já finalizados, antes da montagem não é necessário recorte para
passagem de solda, contanto que seu excesso seja removido antes da montagem.
17.2.2.6 - Em casos de solicitações locais elevadas, é recomendado utilizar chapa de espessura maior
em vez de chapa sobreposta. Se, porém, chapas sobrepostas são inevitáveis, as bordas destas chapas
devem ser soldadas com solda-filete contínua, de garganta a = 0,3 x a espessura da chapa sobreposta.
Em vigas sujeitas a flexão, a garganta da solda-filete nas extremidades das chapas sobrepostas em
regiões conforme mostrado na Fig. 17.4, deve ser de 0,5 x a espessura da chapa sobreposta, porém, não
deve exceder a espessura da chapa à qual a chapa sobreposta é soldada. É recomendado que as
soldas-filete frontais sejam suavizadas com inclinação de 45 graus ou menos.
Quando for exigida a comprovação da resistência em serviço, as formas das extremidades de chapas
sobrepostas devem corresponder às indicações da tabela de casos de entalhe (vide 17.3.3.5). Chapas
sobrepostas com largura maior que 30 x a sua própria espessura devem ser ligadas à chapa-base através
de soldas-bujão espaçadas de, não mais que 30 x a sua espessura, de acordo com a Seção 4.10.
Soldagem nas Extremidades de Chapas Sobrepostas
Figura 17.4
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17.2.2.7 - Chapas ou outros laminados utilizados em elementos estruturais que se interceptam e que
estão sujeitos a tensões residuais de soldagem e/ou tensões na direção da espessura, devem contar
com apropriadas tecnologias de projeto e técnicas de construção, para eliminar o risco de fratura lamelar
resultante da anisotropia do material laminado. Tais medidas incluem, entre outras, a seleção de tipos
apropriados de cordões de solda tendo o volume mínimo possível e uma adequada sequência de soldagem,
objetivando a redução de contração transversal; a distribuição de tensões em uma maior superfície de
chapa através da solda por deposição; ou a ligação de fibras de um componente estrutural carregado
transversalmente como é o caso, por exemplo, de ligações de trincaniz-cintado, conforme mostrado na
Fig. 17.11.
No caso de solicitação muito grande na direção transversal (por exemplo, através da adição de tensões
de constração em ligações de solda HV ou DHV(K) de grande volume expostas a grandes tensões de
carga), é recomendado que a chapa de aço utilizada possua capacidade de suportar carga na direção da
espessura (grau de pureza melhorado, redução de área mínima garantida em corpos de prova de tração,
retirados na direção transversal)
17.2.2.8 - Sempre que possível, deve ser evitada soldagem em áreas trabalhadas a frio com uma expansão residual excedendo 5% (*) onde são utilizados aços estruturais susceptíveis à recristalização após
trabalho a frio. Se a soldagem em áreas trabalhadas a frio não pode ser evitada (por exemplo, no caso
de chapas-apoio soldadas na região curva de barra-face), para aços estruturais e graus comparáveis de
aços estruturais (tais como, grau de qualidade 2 e 3, conforme DIN 17000), os seguintes raios mínimos
de dobramento internos devem ser respeitados.
Espessura da chapa
Raio mínimo de dobramento (interno)
até 6 mm
1 x espessura da chapa
6 a 8 mm
1,5 x espes. da chapa
8 a 12 mm
2 x espes. da chapa
12 a 24 mm
3 x espes. da chapa
24 mm
5 x espes. da chapa
Quando outros aços ou outros materiais são utilizados e existirem dúvidas quanto ao raio mínimo de
dobramento a ser utilizado, este deve ser estabelecido experimentalmente. Se necessário, devido à
necessidade de ajustagem, maiores raios mi’nimos de dobramento devem ser aplicados.
Observação (*):
Expansão E na parte externa da região tensionada: E= 100 / (1+ 2.r/t) [%]
r = raio interno de dobramento
c = espessura da chapa
17.2.2.9 - Solda resistente a desgaste e corrosão, depositada nas superfícies de mancais de madres de
leme, pinos, etc, etc., deve ser feita em forma de colar, cujo diâmetro excede a espessura das partes
adjacentes do eixo, de, no mínimo, 20 mm. Depois da soldagem, as regiões de transição para as partes
de diâmetro menor do eixo devem ser usinadas utilizando-se grandes raios, a fim de remover qualquer parte
do metal-base que possa ter tido suas características modificadas (como resultado da soldagem) na região
côncava em volta do colar. Verificar qualquer proteção contra corrosão que possa ser necessária.
17.2.3 - Solda de Topo
17.2.3.1 - O tipo de abertura utilizada para juntas soldadas de topo depende do material envolvido, da
espessura do componente, do processo de soldagem utilizado, do efeito de entalhe admissível (grau de
entalhe de acordo com a resistência operacional comprovada) e da qualidade de solda exigida. Tipos de
aberturas utilizadas em combinação com um processo de soldagem particular (tal como soldagem feita
de um só lado ou solda eletroescória), requerem exame e aprovação durante revisão do processo como
um todo. Veja o item 17.2.2.2, para união de componentes de espessuras diferentes.
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Solda Depositada em Madres do Leme
Figura 17.5
17.2.3.2 - Para todas as emendas de topo que devem ser soldadas de ambos os lados, a raiz da solda
deve ser escarnada e pelo menos um passe de solda deve ser acrescentado. Se a solda é feita unilateralmente, medidas adequadas (tipo de abertura, processo de soldagem e mesmo a utilização de ‘backing’
removível de material cerâmico, etc.) devem ser tomadas para obter uma penetração total e controle
adequado. Se as condições acima não podem ser preenchidas, por exemplo, em soldas de topo somente acessíveis por um lado e o material cobre-juntas (‘backing’) ou cobre-junta fundido tiver que permanecer no local, como mostrado na Fig. 17.6, na prova por cálculos, somente 90% da resistência do metalbase, no caso de análise geral de tensão ou o valor respectivo, no caso de prova de resisência em serviço
de acordo com 17.3.3.5, deve ser empregado.
Soldagem por um só lado, utilizando-se
materiais cobre-junta
Figura 17.6
17.2.3.3 - Os chanfros mostrados na Fig. 17.7 devem ser utilizados para a soldagem de chapas com
revestimento metálico. Nas ligações de uma chapa com revestimento metálico à uma chapa de aço
naval (aço carbono ou baixa liga), estes tipos de chanfros serão aplicados.
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Tipos de abertura para a soldagem de
chapas com revestimento metálico
Figura 17.7
17.2.4 - Ligações de Quina, ‘T’ e Duplo ‘T’ (forma de cruz)
17.2.4.1 - Juntas de quina, ‘T’ e duplo ‘T’ (forma de cruz) podem ser executadas analogamente a soldas de
topo ou como soldas de penetração total HV ou DHV (K), mostradas na Fig. 17.8, como soldas HV ou DHV
(K) com uma falha de raiz definida f, mostradas na Fig. 17.9 ou como soldas HY ou DHY (raiz de face K)
com um intervalo de raiz c, mostradas na Fig. 17.10. Quando é exigida prova de resistência em serviço, o
tipo de solda utilizada depende do grau de entalhe dado no item 17.3.3.5. Para o cálculo das dimenses
exigidas, a falha de raiz f e o intervalo de raiz c devem ser levados em consideração [a = t - (f + c)].
Solda de penetração total HV ou DHV (K) depois da preparação da raiz
Figura 17.8
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Solda HV com solda de filete e solda DHV (K) com uma falha de raiz “f”
definida f = 1/t ; f MAX = 3 mm.
Figura 17.9
Soldas HV com soldas de filete e soldas DHV (K) (face de raiz K)
com intervalo de raiz ‘c’ e falha de raiz `f’ definida; f = 0,2.t ; f MAX = 3 mm.
Figura 17.10
17.2.4.2 - Onde soldas de quina niveladas são aplicadas (como no caso das juntas trincaniz-cintado) ou
se juntas ‘T’ forem feitas em forma de ligação composta de 3 membros, as formas dos chanfros mostradas em 17.11 devem ser utilizadas com a chapa vertical chanfrada para reduzir os riscos de fratura
lamelar.
Juntas soldadas de quina nivelada ou ‘T’
Figura 17.11
17.2.4.3 - Se a direção principal de solicitação em ligações ‘T’ está na direção do plano horizontal
mostrado na Fig. 17.12 (por exemplo, com chapeamento) e a conexão da alma for de significação
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secundária, exceto nos casos de solicitação predominantemente dinâmica, ligações de 3 membros,
como mostrado na Fig. 17.12, podem ser utilizadas (vide, também, itens 2.2 e 4.10). A dimensão
exigida a é obtida também da tabela 17.1 ou por cálculos, conforme o item 17.3.
Juntas ‘T’ fabricadas como uma ligação de
três membros sobre uma chapa base
Figura 17.12
17.2.5 - Soldas de Filete
17.2.5.1 - Em princípio, soldas filete devem ser previstas em ambos os lados. Exceções (por exemplo,
no caso de vigas-caixão de esforço cisalhante principal na direção do cordão de solda) estão sujeitas a
aprovação individual em cada caso. A espessura de solda de filete a (vide item 17.19) pode ser obtida da
tabela 17.1 ou por cálculo conforme o item 17.3. Para detalhes de solda de filete de chapas sobrepostas,
vide item 17.2.2.6; para ligações trincaniz-cintado, vide Seção 6, item 6.1.2 e, para ligações de borboletas, vide o item 17.3.2.7 e a Seção 2, item 2.4.2. As espessuras relativas de solda de filete dadas na
tabela 17.1 são válidas para aço comum de construção naval e de alta resistência. Em geral, eles
podem ser aplicados para ligas de alumínio, contando que a resistência ao cisalhamento do material da
solda utilizado seja, pelo menos, igual à resistência de ruptura do metal-base. Quando este não for o
caso, a dimensão a deve ser acrescida, a menos que prova por cálculo for apresentada. O acréscimo
necessário deve ser estabelecido durante a aprovação do processo. Isto também é aplicado para aços
de alta resistência e outros metais não ferrosos.
17.2.5.2 - A espessura de solda-filete não deve exceder 0,7 x a espessura do componente mais fino a ser
soldado (em geral, espessura da alma). A espessura mínima de solda-filete deve ser:
amin =
t1
t2
t1 + t 2
3
[mm], mas não menor que 3 mm.
= espessura mínima de chapa (por exemplo, espessura da alma), em [mm]
= espessura máxima de chapa (por exemplo, espessura do flange), em [mm].
17.2.5.3 - A seção transversal de solda-filete a ser considerada apresenta soldas planas de lados iguais,
fundidas ao metal base. Onde é exigida prova de resistência em serviço, dependendo do grau de entalhe,
pode ser necessário um trabalho mecânico subsequente (usinagem do entalhe). A solda deve penetrar
até o centro teórico da raiz.
17.2.5.4 - Quando processos de soldagem automáticos, que tenham um grau de penetração excedendo
o centro teórico da raiz, são utilizados, operando sob condições mais regulares e controláveis, a grande
profundidade de penetração pode ser levada em conta na aprovação das dimensões da solda de filete.
A fórmula a profundida de = a +
2.(emin )
3
[mm ]
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deve ser determinada para todo processo de soldagem que toma por base o detalhe da Fig. 17.13 e o
valor mínimo e deve ser fixado na aprovação do processo. A espessura mínima de solda-filete baseada
no centro teórico da raiz, é um limite que deve ser observado em qualquer circunstância.
Soldas de filete de penetração profunda
Figura 17.13
17.2.5.5 - Quando for feita soldagem sobre “shop primers” particularmente susceptíveis à formação de
poros, pode ser exigido um acréscimo de até 1mm na dimensão a, dependendo do processo de soldagem
envolvido. Isto é válido particularmente nos casos onde dimensões mínimas de solda de filete estão
envolvidas. Todo caso onde for exigido um acréscimo em dimensões, será previsto individualmente,
sendo o tipo e a magnitude da solicitação levados em consideração na avaliação dos efeitos dos `shop
primers’. Esta regra se aplica analogamente aos processo de soldagem nos quais uma penetração
insuficiente é provável ocorrer.
17.2.5.6 - Nas regiões de grandes esforços dinâmicos (por exemplo, na ligação de vigas transversais e
longitudinais do jazente do motor às chapas-face na região dos parafusos de fixação), devem ser utilizadas soldas-filete contínuas, reforçadas em ambos os lados, vide tabela 3 e Seção 7, 7.3.3.2.5 contanto
que não sejam previstos cordões de soldas HV ou DHV (K) na região. A espessura de filete a na região
deve ser 0,7 x a espessura do componente mais fino.
17.2.5.7 - Solda-filete intermitente pode ser feita como solda em cadeia e, conforme o caso, com recortes ou em escalão (Fig. 17.14), conforme a tabela 17.1. Em áreas que contêm água, nos fundos de
tanques de óleo, assim como em outras àreas e espaços vazios sujeitos a corrosão (por exemplo,
leme), somente devem ser utilizadas soldas-filete contínuas ou intermitentes em cadeia, com recorte.
Onde grande concentração de tensão ocorre em áreas do chapeamento (por exemplo, em áreas do
fundo à vante), nenhum recorte de solda (escalope) é permitido, e deve ser utilizada solda contínua,
principalmente onde a solicitação for de natureza dinâmica.
A espessura das soldas de filete intermitentes “au” deve ser estabelecida conforme a seguinte fórmula
ou calculada conforme o item 17.3.2.5, em relação à razão de espaçamento b/m selecionada:
au = (1,1. a . b) / m [mm]
a
b
b
b
m
= espessura de solda de filete exigida, em (mm), para soldagem de filete contínua, conforme tabela
17.1 ou calculado conforme 17.3.2.4
= espaçamento
= e + m , no caso de solda em cadeia com e sem recorte
= 2. (e + l) , no caso de solda intermitente em escalão
= comprimento da solda de filete.
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A razão de espaçamento b/m não deve exceder 4. O intervalo máximo não soldado (b-m , no caso de
solda em cadeia, com ou sem recorte, ou (b-2.m)/2 , no caso de solda em escalão), não deve exceder
25 vezes a espessura mínima do elemento a ser soldado.
Soldagem intermitente: em cadeia com recortes, em cadeia e em escalão
Figura 17.14
17.2.5.8 - As extremidades de vigas e reforços devem ser soldadas ao chapeamento e, conforme o caso,
ao flange, por meio de solda intermitente, como mostrado na Fig. 17.15, para um comprimento mínimo
igual altura h da viga ou reforço. Na região de borboletas, os escalopes só serão permitidos na linha de
prolongamento da borda-livre da borboleta. Extremidades livres de reforços devem ser ligados, onde
possível, à chapas de interseção, vaus ou almas de perfis, para evitar esforços puntiformes na chapa.
Caso contrário, os perfís devem ser chanfrados e soldados continuamente em um comprimento mínimo
de 1,7. h. Soldas de topo em flanges devem ter o flange soldado à alma por um comprimento mínimo
igual à largura do flange, para ambos os lados da ligação.
Soldas intermitentes nas extremidades de vigas e reforços
Figura 17.15
17.2.5.9 - Sobreposição de ligações de solda de filete deve ser evitada, sempre que possível, e não é
permitida quando envolvidos elementos estruturais sujeitos a grandes solicitações. Quando elementos
estruturais sujeitos a baixas solicitações estão envolvidos (mas não em tanques para líquidos e gases
inflamáveis), pode ser dada aprovação para ligações sobrepostas, se elas correm paralelas à direção
principal da solicitação. A largura das ligações sobrepostas deve ser 1,5.t+15 mm (onde t = espessura
da chapa mais fina). Se os cálculos não indicarem outros valores, o valor a da espessura da solda filete
deve equivaler a 0,4 vezes a espessura da chapa mais fina, mas não será menor que a espessura
mínima de solda de filete indicada no item 17.2.5.2. Soldas de filete devem ser contínuas em ambos os
lados e fechadas em seu contorno.
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17.2.5.10 - No caso de soldas-bujão, as aberturas oblongas devem ser orientadas preferivelmente na
direção da solicitação principal. As distâncias entre aberturas e o comprimento das mesmas podem ser
estabelecidas analogamente a 17.2.5.7, correspondendo ao espaçamento b e comprimento de solda de
filete m, em caso de soldas intermitentes, assim como a espessura de solda de filete au. As aberturas
devem equivaler a, pelo menos, 2 vezes a espessura da chapa, e as extremidades das aberturas devem
ser arredondadas. Chapas-esbarro ou perfis devem ter, pelo menos, a espessura das chapas sobrepostas e devem estender-se sobre ambos os lados de 1,5 x a espessura da chapa, mas não mais que 20
mm. Onde possível, deve ser feita somente a solda de filete essencial, e os espaços remanescentes
devem ser preenchidos com um composto para enchimento adequado. Soldas de bujão positivo (“lug
joint welding”) não são permitidas.
17.2.6 - Ligações Soldadas de Componentes Estruturais Individuais
17.2.6.1 - Ligações soldadas entre as extremidades de seções e chapas (por exemplo, nas extremidades de cavernas) podem ser efetuadas no mesmo plano ou ser sobrepostas. Se nenhum cálculo específico é exigido (vide 17.3.2.6), as ligações podem ser feitas conforme a Fig. 17.16.
d ≥ 1,75.h
d ≥h
m2 ≥ 0,67.h
d ≥ 1,5.h
m1 ≥ 0,75.h
m2 ≥ 0,33.h
d ≥ 1,5.h
m1 ≥ 0,5.h
m2 ≥ 0,5.h
Ligações soldadas entre extremidades de perfís e chapas
Figura 17.16
Onde as ligações estão no plano da chapa, é vantajoso utilizar um cordão HV, com solda filete. No caso
de ligações sobrepostas entre as extremidades de perfis e chapas, a solda de filete deve ser contínua em
ambos os lados e fechadas em seu contorno. A dimensão “a” exigida deve ser calculada conforme
17.3.2.6. O limite mínimo da espessura de solda-filete não deve ser menor que o calculado conforme
17.2.5.2.
17.2.6.2 - Bossos e Braços de pés-de-galinha não fundidos como uma única peça, devem ser fundidos
com barras-face para soldagem, conforme 17.2.2.3, e soldados conforme Fig. 17.17. Não é permitida
soldagem nos braços de pés-de-galinha com um só braço na região do chapeamento do casco. Barrasface para soldagem, forjadas ou fundidas, devem ser previstas.
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Pés-de-galinha sem e com barras-face fundidas para soldagem
Figura 17.17
17.2.6.3 - Se não forem utilizadas barras-face de aço com flanges para soldagem, as barras-face de
acoplamento horizontais de lemes devem ser ligadas ao corpo do leme por meio de chapas de espessura decrescente, como mostrado na Fig. 17.18. Em caso de dúvida, a prova da ligação deve ser submetida por meio de cálculos. Deve ser levada em conta a capacidade reduzida de flanges para suportar
esforços de acoplamento na direção da espessura. No caso de lemes suspensos com espessura de
barra-face de acoplamento excedendo 60 mm, só podem ser utilizadas barras-face com flanges para
soldagem forjados ou fundidos.
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Barras-face horizontais de acoplamento de lemes
Figura 17.18
t = espessura da chapa conf. Seção 13, item 13.5.3.1, em [mm]
t' = d
3
+5
t' = 3 ⋅ d
[mm ]
para d < 50mm
[mm]
para d ≥ 50mm
17.3 - CÁLCULOS
17.3.1 - Análise Geral de Tensões em Soldas-Filete
17.3.1.1 - Definição de Tensões
Para fins de cálculo, são definidas as seguintes tensões em uma solda-filete (vide, também, Fig. 17.19):
σ
τ
τη
= tensão normal atuando verticalmente à superfície calculada do cordão de solda a . m
= tensão de cisalhamento no plano da superfície calculada do cordão de solda atuando verticalmente à direção do cordão de solda
= tensão de cisalhamento no plano da superfície calculada do “cordão de solda e atuando paralelamente à direção do cordão de solda.
Por razões de equilíbrio σ = τ para o flanco de solda mostrado, verticalmente à superfície do cordão de
solda (hachurado, na Figura 17.19). Entretanto, a tensão normal, sozinha, nunca deve exceder τadm,
conforme o item 17.2.1.8.
17.3.1.2 - Tensão Equivalente
Onde tensões orientadas diferentemente ou tensões normal e de cisalhamento estão agindo simultaneamente em um cordão de solda, a tensão equivalente deve ser calculada pela seguinte fórmula:
2
σ V = σ x2 − σ x ⋅ σ y + σ y2 + 2.τ xy
σx
σy
τxy
= tensão normal na direção x
= tensão normal na direção y
= tensão de cisalhamento no plano x - y.
Quando aplicada às condições mostradas na Fig. 17.19, a fórmula para tensão equivalente deve ser:
σ V = σ 2 + 2.(τ 2 + τ η2 )
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Figura 17.19
17.3.2 - Determinação das Tensões
17.3.2.1 - Soldas-Filete Solicitadas por Forças Normal e Cortante
Soldas de flanco e frontal são consideradas como sendo iguais para fins de análise de tensão. Em vista
disto, tensões normal e de cisalhamento são calculadas como segue:
σ =τ =
P
Σ (aη ⋅ mη )
aη = espessura da solda de filete
mη = comprimento da solda de filete
Para uma junta, conforme Fig. 17.20, resulta:
σ =
P1
τη = σ ⋅
A=
[N / mm 2 ]
2.(a1 ⋅ m1 + a2 ⋅ m2 ) ⋅ 10 2
P2
⋅ (1 + A )
P1
[N / mm 2 ]
2 ⋅ e ⋅ [(a1 / m2 ) + (a2 / m1 )]
a1 + a2
Figura 17.20
!
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Tensões nas soldas filete de flanco:
σ =
P2
[N / mm 2 ]
2.(a1 ⋅ m1 + a2 ⋅ m2 ) ⋅ 10 2
τη = σ ⋅
P
P1
⋅ (1 + A ⋅ 2 )
P1
P2
[N / mm 2 ]
P , P im [N]
P1 , P2 em [N]
a1 , m1 , a2 , m2 em [cm]
Tensões equivalentes:
a) Solda filete frontal
2
P 
σ V = σ ⋅ 1 + 2 ⋅  2  ⋅ (1 + A )2
 P1 
[N / mm 2 ]
b) Solda-filete de flanco
2
P  
P 
σ V = σ ⋅ 1 + 2 ⋅  1  ⋅ 1 + A 2 
P1 
 P2  
2
[N / mm 2 ]
a1 = a2 = a, sendo o maior dos seguintes valores tomado como espessura exigida para solda-filete:
2
aexig
P 
P1 ⋅ 1 + 2 ⋅  2  ⋅ (1 + A)2
 P1 
=
2 ⋅ σ Vzul ⋅ (m1 + m2 ) ⋅ 10 2
[cm]
ou
2
aexig =
P 
P
P2 ⋅ 1 + 2 ⋅  1  ⋅ (1 + A ⋅ 2 )2
P
P1
 2
2 ⋅ σ Vzul ⋅ (m1 + m2 ) ⋅ 10 2
Figura 17.21
[cm]
!
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Para uma ligação, como mostrado na Fig. 17.21, resulta:
σ MAX =
τη =
Tensão equivalente:
P2
2
2 ⋅ 10 ⋅ m ⋅ a
P1
+
3 ⋅ P1 ⋅ e
2
10 ⋅ m ⋅ a
[N / mm 2 ]
2 ⋅ 10 2 ⋅ m ⋅ a
σv =
[N / mm 2 ]
2
P2
[N / mm 2 ]
.u
2 ⋅ 10 2 ⋅ m ⋅ a
A espessura da solda-filete exigida é:
aexig =
P2
2
2 ⋅ 10 ⋅ m ⋅ σ Vadm
⋅u
[cm]
2
P 

6 ⋅ P1 ⋅ e 
 + 2⋅ 1 
u = 1 +
P 

m ⋅ P2 
 2

2
17.3.2.2 - Ligações de Solda-Filete Solicitadas por Momentos Fletores e Forças Cortantes
As tensões no engastamento de uma viga (na Fig. 17.22, um vão “cantilever” é dado como exemplo), são
calculadas como segue:
a) Tensão normal devida à flexão:
σ (z) =
M
⋅z
JS
[N / mm 2 ]
;
σ MAX =
σ MAX =
M
⋅ eu
JS
M
⋅ eo
JS
[N / mm 2 ]
[N / mm 2 ]
se
se
eu > eo
eu < eo
b) Tensão de cisalhamento devida à força cortante:
τ (z) =
Q ⋅ SS ( z )
10 2 ⋅ J S ⋅ Σa
τ MAX =
Q ⋅ SSMAX
2 ⋅ 10 2 ⋅ J S ⋅ a
[N / mm 2 ]
[N / mm 2 ]
M
= momento fletor no local da ligação soldada, em [N.m]
Q
= esforço cortante no local da ligação soldada, em [N]
JS
= momento de inércia da ligação soldada em relação ao eixo x, em [cm4]
SS (z) = momento estático da seção de solda sob consideração, em [cm3]
z
= distância do eixo neutro, em [cm]
a
= espessura da solda filete, em [cm]
!
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Figura 17.22
c) Tensão equivalente
σMAX na região da barra-face, τMAX na região do eixo neutro e tensão equivalente σV não devem exceder os
limites permitidos dados em 17.3.2.8, em nenhum ponto. A tensão equivalente σV deve ser calculada na
ligação alma-barra face.
tensão equivalente:
σV = σ 2 + 2 ⋅ τ 2
17.3.2.3 - Ligações de Solda-Filete Solicitadas por Momentos Fletor e Torsor e Forças Cortantes
Para tensões normal e de cisalhamento resultantes da flexão, vide item 17.3.2.2. A tensão de torsão
resultante do momento torsor MT deve ser calculada como segue:
τT =
MT
Jd
aMAX
MT = momento torsor, em [N.m]
Jd = momento torsor de inércia da ligação
Jd =
aMAX
η
[N / mm 2 ]
3
A
1
⋅ Σ an3 ⋅ bn ⋅ η
3 n
[cm 4 ]
= espessura máxima da solda-filete, em [cm]
= fator de seção transversal, conforme a seguinte tabela:
A tensão equivalente composta dos três componentes (flexão, cisalhamento e torsão) deve ser calculada pela seguinte fórmula:
σ V = σ 2 + 2.(τ 2 + τ T2 )
[N / mm 2 ]
onde τ ou τ T não possuem a mesma direção
σ V = σ 2 + 2.(τ + τ T )2
[N / mm 2 ]
onde τ ou τ T possuem a mesma direção
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17.3.2.4 - Ligações Contínuas de Solda-Filete entre a Alma e Barra-Face de Vigas Sujeitas à
Flexão.
A prova de tensões deve ser feita na região das forças cortantes máximas. Tensões longitudinais normais não necessitam ser levadas em consideração. Para ligações duplas de solda filete contínuas, a
tensão de cisalhamento deve ser calculada como segue:
τ=
Q
S
Q ⋅S
[N / mm 2 ]
2 ⋅ 10 2 ⋅ a ⋅ J
J
= força cortante no ponto sob consideração, em [N]
= momento estático da área seccional transversal do flange (ligado por solda à alma) em relação
ao eixo neutro da viga, em [cm3]
= momento de inércia da seção da viga, em [cm4]
a
= espessura da solda-filete, em [cm] ; a deve ser: a =
Q ⋅S
2 ⋅ 10 2 ⋅ J ⋅ τ adm
[cm
17.3.2.5 - Ligações de Solda Filete Intermitente entre a Alma e Barras-Face de Vigas Sujeitas à
Flexão
Figura 17.23
Tensão de cisalhamento (ver Figura 17.23)
τ=
m
b
α
Q ⋅ S ⋅α
b
2 ⋅ 10 ⋅ a ⋅ J m
2
[N / mm 2 ]
⋅
= comprimento da solda-filete
= distância entre os centros dos cordões de solda
= 1,1 : fator de concentração de tensão que leva em conta o acréscimo em tensão de cisalhamento
nas extremidades do cordão m da solda-filete
A espessura de solda-filete deve ser:
a = 1,1 ⋅
Q ⋅S
2
2 ⋅ 10 ⋅ J ⋅ τ adm
⋅
b
m
[cm]
17.3.2.6 - Ligações por Solda-Filete em Perfis Sobrepostos
a) Perfis ligados por duas soldas-filete de flanco (vide Figura 17.24):
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Figura 17.24
Tensão de cisalhamento:
τη =
τ=
2⋅M
a ⋅ d ⋅ (m1 + m2 )
Q
[N / mm 2 ]
[N / mm 2 ]
2
2 ⋅ 10 ⋅ a ⋅ d
A tensão equivalente é:
2
σV =
2 ⋅ (τ η2
+τ
2
 2⋅M 
2
 Q 
 +
=
⋅ 


2
a⋅d
 2 ⋅ 10 
 m1 + m2 
2
[N / mm 2 ]
M
= momento fletor a ser transmitido, em [N.m]
Q
= força cortante a ser transmitida, em [N]
d, m1 ,m2 em [cm]: vide Figura 17.24
a
= espessura da solda-filete, em [cm]
Como a influência da força cortante pode geralmente ser desprezada, a espessura de solda fica definida
como:
aexig =
2 2 ⋅M
d ⋅ (m1 + m2 ) ⋅ σ Vadm
[cm]
, ou para
a=
2 2 ⋅W
d ⋅ (m1 + m2 )
[cm]
W = módulo de seção do perfil, em [cm3]
b) Perfis ligados por meio de duas soldas-filete de flanco e duas soldas-filete frontais (soldagem em todo
o contorno como mostrado na Fig. 17.25):
τη =
τ=
M
2 ⋅ ⋅FT ⋅ a
[N / mm 2 ]
Q
2
10 ⋅ a ⋅ (2 ⋅ d + m1 + m )
[N / mm 2 ]
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Figura 17.25
Ft = centro da área retangular envolvida pela solda, em [cm2]
Ft = (d − a) ⋅
m1 + m 2
−a
2
m1 + m 2
2
M
=
a ⋅ d ⋅ (m1 + m 2 )
; se a < d , então
τη
τ+
Ft = d ⋅
[N / mm 2 ]
Q
m + m2

10 2 ⋅ a ⋅ d ⋅  2 + 1
d




[N / mm 2 ]
A tensão equivalente é:
σ V = 2 ⋅ (τ η2 + τ 2 =


M
2

⋅ 

a⋅d
 m1 + m2 
2




Q

+

m1 + m2  2 
10 
2 +
d



2
[N / mm 2 ]
Como a influência da força cortante pode geralmente ser desprezada, a espessura de solda filete fica
definida por:
aexig =
2 ⋅M
d ⋅ (m1 + m2 ) ⋅ σ Vadm
[cm]
d, m1 , m2 em [cm], conforme Fig. 17.25.
, ou para
a=
2 ⋅W
d ⋅ (m1 + m2 )
[cm]
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17.3.2.7 - Ligações com Borboletas
Ligação por borboleta com a distribuição da tensão resultante
do momento M e da força cortante Q
Figura 17.26
Onde perfis são ligados por borboletas, conforme Fig. 17.26, a tensão de cisalhamento média é:
τ=
M
a
d
3⋅M
[N / mm 2 ]
4 ⋅ a ⋅ d2
= momento de engastamento, em [N.m]
= espessura da solda filete, em [cm]
= comprimento da superposição, em [cm]
A espessura exigida da solda-filete deve ser calculada à partir do módulo de seção do perfil, como segue:
aexig= 1,1.W / d 2 [cm]
W = módulo de seção do perfil, em [cm3]
17.3.2.8 - Tensões Admissíveis
As tensões admissíveis para vários materiais sob condições de solicitação, principalmente estáticas,
são dadas na tabela abaixo. Os valores listados para aços de alta tensão e ligas de alumínio, são
baseados em que os valores de resistência do metal da solda utilizado são, pelo menos, tão altos quanto
os do metal-base. Se este não for o caso, o valor a calculado deve ser aumentado (vide, também, item
17.2.5.1).
Material
Limite de escoamento
ou 0,2% do limite
Tensões admissíveis [N/mm 2]
[N/mm ]
Tensão
equivalente σVp
Tensão de
de cisilhamento τVp
aço naval comum NF 24 (1)
235
160
110
aço navais de alta HF 32
315
205
145
resistência
HF 36 (2)
355
225
160
aço de alta
St E 47
460 - 430 (3)
285
200
resistência
St E 70
685
410
290
ligas de
Al Mg (3)
80
50
35
alumínio
Al Mg 4,5 Mn
125
80
50
2
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Observações:
(1) Válido, também, para aço estrutural grau St 37, conforme DIN 17100
(2) Válido, também, para aço estrutural grau St 52-3, conforme DIN 17100
(3) Em relação à espessura.
17.3.3 - Prova de Resistência em Serviço
17.3.3.1 - Generalidades
No caso de ligações de solda que estejam sujeitas, principalmente, à solicitação dinâmica, a tensão
admissível deve ser determinada conforme a faixa de ciclo de tensão, do espectro de tensão, razão do
limite de tensão e grau de entalhe. A forma geométrica da ligação de solda é caracterizada pelo grau de
entalhe. A graduação também é associada à incidência de entalhes internos significantes (falhas de
soldagem).
17.3.3.2 - Faixa de Ciclos de Falha, Espectro de Tensão e Razão do Limite de Tensão
As séries de ciclo de falha N 1 a N 3, que dependem do número de ciclos de tensão, foram estabelecidas
como segue:
Faixa de ciclo de falha
No. de ciclos de tensão
N1
> 2 . 10 4
≤ 2 . 10 5
N2
> 2 . 10 5
≤ 2 . 10 6
N3
> 2 . 10 6
Três espectros de tensão padronizados, A, B, e C, são definidos como indicativos da frequência em que
um nível definido de tensão superior é alcançado ou excedido (vide Fig. 17.27).
A: espectro de linha reta, nível de tensão superior mínimo aproxima-se da tensão média constante σm
(espectro de tensão típico de carregamento no mar)
B: espectro parabólico (distribuição normal)
C: espectro retangular, tensão superior máxima permanece constante ao longo de toda a faixa.
O espectro de linha reta deve ser geralmente utilizado com a faixa de ciclos de falha N3.
O espectro de tensão que pode ser previsto sob condições operacionais, pode ser grosseiramente
classificado dentro dos três espectros de tensão padronizados A, B, e C.
Figura 17.27
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σn
σoMAX
σuMAX
σm
=
=
=
=
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tensão superior alcançada ou excedida “n” vezes
tensão superior máxima (tensão limite) da faixa de tensão
tensão negativa máxima (tensão limite) da faixa de tensão
0,5.(σoMAX+ σuMAX) = tensão média constante
A razão de tensão-limite χ é a razão dos valores absolutos da menor tensão-limite para a maior tensãolimite. Conforme Fig. 17.28, a razão da tensão-limite χ resulta, por exemplo:
χ=
τ uMAX
τ oMAX
ou
χ=
σ uMAX
σ oMAX
A razão de tensão-limite c é negativa na faixa de tensão alternada, e positiva na faixa de ondulação.
17.3.3.3 - Grupos de Tensão
A fim de estabelecer as tensões admissíveis básicas, σONF , σOHF , relacionadas à razão-limite de tensão
χ = - 1, foram estabelecidos os seguintes grupos de tensão B 1 a B 6:
Espectro de
Série de ciclo de tensão
tensão
N1
N2
N3
A
B1
B2
B3
B
B2
B3
B4
C
B4
B5
B6
Figura 17.28
17.3.3.4 - Tensões Admissíveis para Aços Estruturais
a) A tensão admissível básica τOHF (tensão admissível equivalente ou normal) para aço naval comum (aço
NF), em relação aos graus de entalhe KO - K4, pode ser obtida da seguinte tabela:
!
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Grau de entalhe
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KO
K1
K2
K3
K4
Tensão admissível básica [N/mm2]
para χ = - 1
Grupo de tensão
B1
160
160
160
160
150
B2
160
160
160
150
100
B3
160
160
150
120
75
B4
150
140
120
90
55
B5
120
105
90
65
40
B6
85
75
65
45
30
b) Tensões admissíveis básicas para aços navais de alta resistência podem ser calculadas pela seguinte
fórmula:
σOHF = σONF . (1+ c2 . y)
y
y
c
= 0,28, para HF 32
= 0,40, para HF 36
= fator extraído da seguinte tabela:
Grau de entalhe
c
KO
1,0
K1
0,8
K2
0,6
K3
0,4
K4
0,2
c) Para razões de tensões-limite diferentes de χ =-1, as tensões admissíveis podem ser obtidas da
seguinte tabela.
Razão de tensão limite
Tensão média (1)
Tensão admissível σVp
Faixa de tensão alternativa
tensão
σo . 5/ (3 - 2 . χ )
1- < χ < 0
compressão
σo . 2/ (1 - χ )
faixa de ondulação
tensão
σo . 5 / {3 - χ.[ 3 – (7.σo / σz )]}
0<χ<+1
compressão
σo . 2?/ {1- χ.[1 – (2.σo / σz )]}
σoMAX + σ uMAX)
Observação: (1) Tensão média σm?. 0,5 . (σ
σ ONF ou σ OHF deve ser utilizado ao invés de σ o .
A tensão admissível σVp não deve exceder o valor máximo da tensão admissível básica σONF ou σOHF,
conforme os itens 17.3.3.4.a e 17.3.3.4.b, nos casos onde a razão de tensão-limite é diferente de χ = -1.
σz
= tensão de ruptura como segue:
σz
σz
σz
= 400 N/mm2, para aço naval comum NF 24
= 440 N/mm2, para aço naval de alta resistência HF 32
= 490 N/mm2, para aço naval de alta resistência HF 36.
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d) A tensão de cisalhamento admissível deve ser determinada conforme a seguinte fórmula:
τp = σVp / (2)1/2
17.3.3.5 - Ligações Soldadas - Grau de Entalhe
Nas tabelas das páginas finais desta Seção, as ligações soldadas são listadas conforme suas características de efeito de entalhe, e são fornecidos os projetos de solda envolvidos e os métodos de testes
utilizados. Os graus de entalhe nos quais é baseada a prova de resistência à fadiga, significam:
Grau de entalhe KO
Grau de entalhe K1
Grau de entalhe K2
Grau de entalhe K3
Grau de entalhe K4
=
=
=
=
=
efeito baixo de entalhe
efeito moderado de entalhe
efeito médio de entalhe
efeito intenso de entalhe
efeito muito intenso de entalhe
Nenhuma representação é dada de um grau de entalhe W = sem efeito de entalhe no metal-base não
influenciado. Bordas expostas, cortadas a maçarico, devem estar livres de entalhes e as bordas devem
ser esmerilhadas levemente. Os tipos de ligações não listados analogamente e, neste caso, cordões HY
e DHY em soldas de aço, devem ser tratados como soldas filete.
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Tabela 17.1
Ligações por solda de filete
Componentes estruturais a serem soldados
1- Barra quilha e roda de proa ao casco
2- Roda de proa de chapa a reforços centrais e a
chapas diafragma
3- Chapeamento do leme a reforços do leme
4- Estrutura do fundo, no caso de cavernamento transversal
Hastilhas a chapa quilha
a longarina central
a chapeamento do casco ou do teto do fundo duplo
idem, para a região reforçada do fundo a vante ou
no pique de ré
idem, para jazente do motor
ao invólucro do tubo telescópico
a barras face
idem, em praça de máquinas e sob caldeiras
a longarinas laterais
a chapa marginal ou a chapa do bojo
a reforços
idem, no pique de ré
Longarina central a chapa quilha ou a barra quilha
a barras de face
ao chapeamento do teto do fundo duplo
Longarina lateral ao chapeamento do casco ou
do teto do fundo duplo
idem, na região do jazente do motor
a barras de face
Hastilhas abertas
Cavernas de fundo ao chapeamento do casco e
do teto do fundo duplo
Borboletas a longarina central e chapa marginal
a cavernas de fundo e cavernas do teto do fundo duplo
Chapa marginal a chapeamento do casco e teto do fundo duplo
Teto do fundo duplo ao chapeamento do casco
Borboleta do bojo ao chapeamento do casco e chapa marginal
5- Estrutura do fundo, no caso de cavernamento longitudinal
Hastilhas a longarina central
a chapa marginal ou a chapa do bojo
a chapeamento do casco ou do teto do fundo duplo
idem, para o comprimento, nos extremos, de 15% do vão livre
idem, na região do fundo reforçada a vante
6- Jazente do motor de propulsão
Vigas longitudinais e transversais, uma com a outra,
assim como ao chapeamento do casco, do teto do fundo
duplo e as barras de face
a chapas base (3)
idem, ao lado dos parafusos de fixação (3)
a borboletas e reforços
Vigas longitudinais do mancal de escora ao teto do fundo duplo
7- Cavernas
Cavernas transversais ao chapeamento do casco
idem, na região de 0,15.L da proa
idem, no pique de ré
Longitudinais ao chapeamento do casco e ao teto do fundo duplo
Cavernas e longitudinais gigantes ao chapeamento do casco
e a barras face
Garganta (1)
A (2)
B (2)
x
x
x
x
C (2)
0,70
0,24
0,24
*
0,30
0,15
0,15
0,30
0,35
0,15
0,15
0,20
0,15
0,40
0,12
0,30
0,40
0,12
0,35
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
0,15
0,30
0,12
x
0,12
0,30
0,15
0,40
0,40
0,30
x
x
x
0,30
0,30
0,15
0,25 (*)
0,30
x
x
x
x
x
0,40
0,50
0,70
0,30
0,40
0,12
0,15
0,30
0,15
x
x
x
x
x
x
x
x
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REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
DE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA
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TOMO II - LIGAÇÕES SOLDADAS ......................... SEÇÃO 17
PÁGINA ..................................................................... 232
Componentes estruturais a serem soldados
idem, em ligação a “cantilevers” – devem ser tratadas
como “cantilevers”
Convés intermediário e cavernas de superestrutura ao
chapeamento do casco
idem, em tanques de óleo e água
8- Reforços do fundo à vante
Longitudinais e vigas longitudinais ao chapeamento do casco
9- Caixas de mar, no lado da água
idem, no lado oposto
10- Bolina ao chapeamento do casco
11- Conveses
Trincaniz ao cintado (convés resistente)
Outros conveses ao chapeamento do casco
Braçolas de casarias, divisões e ventiladores de conveses
12- Vaus e longitudinais de convés
Vaus a conveses
a conveses de tanques
Longitudinais de conveses a chapa dos conveses
Vau gigante a chapa do convés (caso este possua
cavernamento longitudinal)
idem, para os comprimentos das extremidades
iguais a 0,15 x vão livre
a barras face
13- Sicordas e sicordas de escotilha
A conveses e barras face, no comprimento de 0,15 x vão livre,
próximo a suportes (anteparas, pilares, etc.)
A conveses e barras face, nas partes restantes
14- Pilares a conveses, no topo e na base
15- Cantilevers ao chapeamento do casco, conveses e barras face
nas extremidades de cantilevers a sicordas ou braçolas
a reforços
16- Anteparas suporte
Chapeamento ao teto do fundo duplo, de anteparas e de conveses
a prumos
17- Superestruturas e casarias
Anteparas extremas e laterais a chapeamento do casco e
de conveses (parte inferior)
a chapeamento de conveses (parte superior)
a prumos
18- Anteparas estanques e anteparas de tanques
Chapeamento a chapeamento do casco, do teto do fundo
duplo, do convés e de anteparas
Prumos de antepara a chapeamento de antepara
a chapeameno em 0,15 do vão dos prumos, nas
extremidades sem borboleta
Vigas horizontais e verticais nas anteparas: ver elementos
de suporte primário dos tanques
Antepara diafragma ao chapeamento adjacente
a prumos
a prumos, no pique de ré
19- Aberturas e tampas de escotilha
Braçolas ao convés
idem, nos cantos das aberturas
a reforços longitudinais
a reforços verticais e a borboletas
a perfis da braçola e barras face
a barras face nas extremidades e a chapas diamante
Almas dos vaus de abertura de escotilha a barras face
Garganta (1)
A (2)
B (2)
x
x
x
x
x
x
x
0,12
0,15
0,15
x
x
x
x
x
0,15
x
x
0,25
0,15
x
x
x
x
x
x
0,25
0,12
x
x
0,35
0,25
0,12
x
x
x
0,40
0,12
x
x
x
0,18
x
x
0,12
0,15
0,30
0,50
0,30
0,12
C (2)
x
0,40
0,30
0,40
0,25
0,15
0,40
0,35
0,50
0,12
0,40
0,12
0,30
0,40
0,50
0,30
0,12
0,30
0,50
0,12
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
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REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
DE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA
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TOMO II - LIGAÇÕES SOLDADAS ......................... SEÇÃO 17
PÁGINA ..................................................................... 233
Componentes estruturais a serem soldados
idem, nas extremidades de alma + 100 mm de solda
a reforços
Barras face sobre flanges superiores
Reforços das tampas de escotilha ao chapeamento e barras face
idem, a 0,15 do vão dos reforços, nas extremidades
Tampas de escotilha, soldas de filete estanques a água e a óleo
idem, solda de filete estanque ao tempo, lado exposto ao tempo
idem, lado interior
20- Elementos de suporte primário de tanques
(vigas centrais e laterais de fundo e de convés, gigantes de fundo,
de costado, de antepara e de convés, escoas)
Almas de vigas ao chapeamento do casco, de anteparas
e de conveses
idem, em 0,15 do vão da viga nas extremidades
a vigas interceptadas
a barras de face
idem, em 0,15 do vão da viga nas extremidade
a reforços
Garganta (1)
0,25
0,12
0,12
0,12
0,18
0,30
0,30
0,15
A (2)
B (2)
x
x
x
x
x
x
x
x
C (2)
x
x
0,18
0,30
0,30
0,12
0,18
0,12
x
x
x
x
Observações:
(1) Garganta básica de soldas de filete a/t o para soldas de filete duplas contínuas
(2) Tipo A = solda intermitente em cadeia
Tipo B = solda intermitente com recortes
Tipo C = solda intermitente em escalão
Para soldas intermitentes em espaços úmidos e em fundos de tanques de óleo, observar o item 17.2.5.7
(3) Para chapas de grande espessura devem ser usadas juntas de topo com chanfro simples ou juntas
de topo com chanfro duplo
(*) a/t o = 0,30 onde o espaçamento de hastilhas exceder três vezes o espaçamento de cavernas transversais.
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TOMO II - EXECUÇÃO DOS TRABALHOS ............. SEÇÃO 18
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SEÇÃO 18
EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
18.1 - GENERALIDADES
18.1.1 - Exigências aos Estaleiros e Oficinas
18.1.1.1 - Estaleiros e oficinas devem ter instalações e equipamentos adequados que possibilitem o
manuseio apropriado de materiais dos processos de fabricação dos diferentes componentes estruturais,
etc. O BC se reserva o direito de examinar as respectivas instalações e equipamentos ou exigir modificações ou restringir o nível da fabricação ao potencial disponível.
18.1.1.2 - Estaleiros e oficinas devem ter à sua disposição pessoal com qualificação suficiente. Devem
ser informados ao BC os nomes e áreas de responsabilidade de todo o pessoal da fiscalização interna e
de controle de qualidade. O BC se reserva o direito de requerer provas de qualificação.
18.1.2 - Controle de Qualidade
18.1.2.1 - Controle de Qualidade no Estaleiro
Todos os componentes e elementos estruturais devem ser acompanhados durante a construção até a
sua conclusão pelo pessoal do controle de qualidade para verificar que a execução dos trabalhos, o
dimensionamento, etc., é satisfatório e dentro dos padrões de prática em construção naval.
18.1.2.2 - Após os controles internos e eventuais correções, os componentes e elementos estruturais
devem ser apresentados ao inspetor do BC para as vistorias. As peças devem ser apresentadas em
seções adequadas e acessíveis, normalmente sem pintura.
18.1.2.3 - O inspetor pode rejeitar componentes e partes que forem inadequadamente inspecionadas
pelo controle de qualidade e pedir a sua reapresentação após controle interno melhor e/ou após as
devidas correções.
18.2 - DETALHES ESTRUTURAIS
18.2.1 - Especificações para a Fabricação
18.2.1.1 - Todos os detalhes significativos concernentes à qualidade e funcionalidade dos componentes
em questão devem constar nas especificações de fabricação (desenhos de construção, etc.). Isto, inclui, além dos escantilhões - onde relevante - itens, por exemplo, tolerâncias permissíveis, acabamentos
de superfície e métodos especiais de fabricação envolvidos, bem como requisitos de testes e exigências. Para detalhes de juntas e conexões, vide Seção 18, item 18.1.1.
18.2.1.2 - Se, devido à falta ou insuficiência de detalhes nas especificações, a qualidade ou funcionalidade do componente não pode ser garantida ou é duvidosa, o BC pode requerer melhoramentos apropriados. Isto, inclui o fornecimento de peças adicionais (por exemplo, reforços) mesmo que estas não
tenham sido exigidas na aprovação de desenhos ou se - como resultado de detalhamento insuficiente
nos desenhos - as exigências não podiam ser feitas.
18.2.2 - Recortes e Bordas de Chapas
18.2.2.1 - Aberturas, penetrações e outros recortes nos elementos estruturais principais (chapeamento
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externo, conveses, vigas longitudinais do flange inferior ou superior, etc.), devem ser arredondados por
raios suficientemente grandes (vide, também, Seção 6, item 6.1.3).
18.2.2.2 - As bordas expostas de recortes, cantos de escotilhas, etc., devem ser preparadas apropriamente
e estar isentas de entalhes. Cortes de maçarico irregulares não devem ser igualados com solda. Eventuais entalhes devem ser normalmente esmerilhados. Os cantos de recortes não devem ter cantos vivos;
em regiões altamente tensionadas, cantos e bordas devem ser arredondados.
18.2.2.3 - Bordas cortadas a maçarico ou a tesoura não devem ter cantos vivos, e devem ser acabadas
conforme 18.2.2.2; entalhes por recortes irregulares devem ser esmerilhados. Particularmente, a borda
superior da fiada do cintado e, analogamente, juntas soldadas, mudanças de áreas seccionais ou outras
descontinuidades, devem ser acabadas cuidadosamente.
18.2.3 - Deformação a Frio
18.2.3.1 - Para deformação a frio (dobramento, flangeamento, repuxamento) de chapas, o raio médio da
curvatura não deve ser normalmente inferior a 3 x t (t = espessura da chapa), mas, pelo menos, 2 x t.
Com relação à soldagem em regiões formadas a frio, vide Seção 18, item 18.2.2.8.
18.2.3.2 - Ao rebaixar chapas e perfis, a altura do ressalto não deve ser menor que 4 x a espessura da
chapa ou da alma, e o raio de dobramento não menor que 2 x a espessura da chapa ou da alma.
18.2.3.3 - Para evitar trincas, rebarbas de corte à maçarico ou à tesoura, devem ser removidas antes da
deformação à frio. Depois da deformação à frio, todos os componentes estruturais e, em particular, as
extremidades de dobras (bordas de chapas) devem ser examinadas quanto a trincas. Exceto em casos
onde trincas nas bordas são desprezíveis, todos os componentes trincados devem ser rejeitados. Não
é admissível reparo por solda.
18.2.4 - Montagem e Alinhamento
18.2.4.1 - A utilização de força excessiva deve ser evitada durante a montagem de componentes estruturais individuais ou de seções. Tanto quanto possível, grandes distorções de componentes estruturais
devem ser corrigidas antes de prosseguir a montagem.
18.2.4.2 - Vigas, vaus, reforços, cavernas, etc., que são interrompidos por anteparas, conveses, etc.,
devem ser alinhados acuradamente. No caso de componentes críticos, devem ser feitos furos de controle, onde necessário, que devem ser fechados por solda, posteriormente.
18.2.4.3 - Caso necessitem ser realizados alinhamentos e desempenos a calor, após a soldagem, isto
deve ser feito sem prejudicar as características dos materiais empregados. Em caso de dúvidas podem
ser pedidos testes de procedimento.
18.3 - PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO
18.3.1 - Generalidades
18.3.1.1 - Para reduções de espessura no caso do uso de um sistema eficaz de proteção contra corrosão, vide Seção 21, item 21.1.14. Detalhes referentes à proteção contra corrosão para tanques de carga
constam da Seção 21, itens 21.1.10 e 21.111.
18.3.1.2 - Espaços ocos como aqueles em vigas-caixão, suportes de tubo, etc. permanentemente fechados e estanques ao ar, conforme padrões da construção naval, não necessitam ser conservados internamente. Na montagem, esses espaços devem ser limpos e secos.
18.3.2 - Revestimentos
18.3.2.1 - Superfícies de chapas e perfis devem ser desenferrujados, limpos e secos, antes de serem
aplicados revestimentos conforme as instruções dos fabricantes.
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TOMO II - EXECUÇÃO DOS TRABALHOS ............. SEÇÃO 18
PÁGINA ..................................................................... 237
18.3.2.2 - A Norma sueca SIS 055900 pode ser utilizada como guia na avaliação do grau de enferrujamento
e de qualidade. Onde não acertada uma outra preparação de superfícies, prevalece, no mínimo, o grau de
preparação Sa 2-1/2.
18.3.2.3 - Revestimentos, inclusive as pinturas da base submersa do navio, não podem ser hidrolisáveis
ou saponificáveis.
18.3.3 - Proteção Catódica
18.3.3.1 - A proteção catódica pode ser ou pela utilização de anodos de sacrifício ou pela previsão de
uma proteção de corrente impressa. Existem limitações, entre outras, para tanque de óleo de carga
(vide Seção 21, item21.1.10.). Quanto a limitações para proteção por corrente impressa, vide Regras
para Instalação Elétrica.
18.3.3.2 - Uma sobreproteção devida a potencial muito baixo deve ser evitada. No caso de combinações
com proteção catódica, o revestimento não deve ser suscetível a carregamento catódico. A vizinhança
imediata ou direta dos anodos tem que ser protegida.
18.3.4 - Pilhas Galvânicas
18.3.4.1 - Onde materiais de potenciais diferentes são ligados juntos em uma solução eletrolítica como,
por exemplo, água do mar, deve ser evitada a corrosão por contato.
18.3.4.2 - Além da seleção de combinações de materiais mais conveniente, a utilização de isolamento
adequado, um revestimento adequado e a utilização de proteção catódica são possíveis meios de evitar
corrosão de contato.
18.3.5 - Período de Acabamento no Cais
18.3.5.1 - Se o casco está carregado com correntes de dispersão durante o período de acabamento no
cais, por exemplo, soldagem elétrica, anodos de sacrifício suficientemente dimensionados devem ser
pendurados ao redor do navio e ligados eletricamente ao casco.
18.3.5.2 - Correntes previstas, como aquelas causadas por fornecimento não apropriado de corrente
contínua para o navio, para soldagem elétrica e iluminação auxiliar unipolar, devem ser eliminadas através da previsão de cabos de retorno de tamanho adequado, apropriadamente localizados.
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TOMO II - ACABAMENTO E INSTALAÇÃO ............. SEÇÃO 19
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SEÇÃO 19
ACABAMENTO E INSTALAÇÃO
19.1 - ANTEPARAS ENTRE PRAÇAS DE MÁQUINAS E DE CALDEIRAS
19.1.1 - Generalidades
19.1.1.1 - Praças de caldeiras devem, geralmente, ser separadas de praças de máquinas adjacentes por
anteparas. A menos que essas anteparas sejam estanques à água ou anteparas de tanques, conforme
as Seções 10 e 11, os escantilhões calculados de acordo com o item 19.1.2 são suficientes.
19.1.1.2 - Os bojos devem ser separados um do outro de tal modo que nenhum óleo possa passar do
bojo da praça de caldeiras para o bojo da praça de máquinas. Aberturas em antepara devem ter portas
articuladas.
19.1.1.3 - Onde uma ligação estreita entre praça de máquinas e de caldeiras for vantajosa, com respeito
a supervisão e segurança, podem ser dispensadas anteparas completas quando as condições nas
Regras de Construção para Máquinas.
19.1.2 - Escantilhões
19.1.2.1 - A espessura de portas estanque à água, de anteparas divisórias, não deve ser menor que 6,0
mm. A espessura das partes restantes pode ser 5,0 mm.
19.1.2.2 - Plataformas e conveses abaixo das caldeiras devem ser estanques à água, com espessura
de, pelo menos, 6,0 mm, e devem ser suficientemente suportadas.
19.1.2.3 - Devem ser colocados prumos espaçados de 900mm. O módulo de seção dos prumos não
deve ser menor que:
W = 12 . m [cm 3]
m = vão sem apoio do prumo, em [m]
Onde o espaçamento dos prumos se desvia de 900 mm, o módulo de seção deve ser corrigido em
proporção direta.
19.2 - FORRAÇÃO
19.2.1 - Cobros
19.2.1.1 - Nos porões de navios para carga seca devem ser colocados cobros (forração de madeira) de
bordo a bordo, com espessura de:
38 mm, em navios onde o comprimento do porão m’ é menor que 20 metros
50 mm, em navios onde m’ é de 20 à 55 metros
63 mm, em navios onde m’ é maior que 55 metros
Para navios com fundo duplo vide, também, o item 19.2.1.5 e a Seção 7, item 7.2.5.
19.2.1.2 - Em fundos singelos e sobre os bojos, os cobros devem ser removíveis para manter o chapeamento
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do fundo sempre disponível à inspeção.
19.2.1.3 - Cobros sobre fundos duplos devem ser colocados sobre sarrafos de, no mínimo, 12,5 mm de
espessura, deixando um espaço livre para drenagem da água ou vazamentos de óleo para os pocetos.
Os cobros podem ser colocados diretamente no chapeamento do duplo fundo, se deitados em uma
massa anticorrosiva e vedante.
19.2.1.4 - Recomenda-se colocar cobros duplos sob aberturas de escotilhas.
19.2.1.5 - Portas de visita devem ser protegidas por uma braçola de aço soldada ao redor das aberturas
dotadas de tampas de madeira ou aço ou outro meio de proteção adequado.
19.2.2 - Sarretas e Sarretas em Anteparas Estanques
19.2.2.1 - Sarretas abertas nos costados de navios para carga seca podem ter espessura menor que a
dos cobros. As mesmas somente podem ser dispensadas com o consentimento do Armador. As sarretas
devem ser instaladas em porões a partir da borda superior do bojo ou do topo do duplo fundo, respectivamente, em cobertas à partir do convés até a borda inferior das borboletas dos vaus. O espaço livre entre
sarretas adjacentes não deve exceder 250 mm.
19.2.2.2 - Onde tanques são destinados para líquidos com temperatura de 40 oC e mais, seus limites
com porões de carga devem ser forrados. Em paredes verticais, sarretas abertas são suficientes, exceto
em porões destinados a carregar granel. Essa forração pode ser dispensada com o consentimento do
Armador.
19.3 - VIGIAS E JANELAS
19.3.1 - As vigias e janelas, incluindo seus vidros, no chapeamento externo e nas extremidades de
anteparas, devem ser de resistência adequada. Normas como ISO, DIN ou outras para vigias e janelas,
servem como orientação. Outros tipos devem ser aprovados.
19.3.2 - Abaixo do convés de borda-livre e em superestruturas fechadas no convés de borda-livre, devem
ser previstas vigias do tipo pesado ou meio-pesado. Em navios de tipo A e tipo B com borda-livre reduzida, vigias e janelas que imergem na condição avariada devem ser do tipo fixo.
19.3.3 - As bordas inferiores de vigias no chapeamento externo devem estar situadas acima de uma linha
paralela ao convés de borda-livre, cujo ponto mais baixo está localizado, pelo menos, 0,025.B ou 500mm
acima da linha de calado máximo de verão ou de verão, para madeira.
19.3.4 - Vigias e janelas em casarias no convés de borda-livre devem ter tampas de combate permanentes, caso na casaria existam aberturas de acesso para espaços abaixo do convés de borda-livre,
desprotegidas.
19.4 - EMBORNAIS, DESCARGAS SANITÁRIAS E SAÍDAS D’ÁGUA
19.4.1 - Embornais e Descargas Sanitárias
19.4.1.1 - Devem ser colocados embornais em número e tamanho suficientes para prover drenagem
eficaz da água em convés exposto ao tempo e no convé de borda-livre dentro de superestruturas e
casarias fechadas, estanques ao tempo, para fora. Conveses de carga e conveses dentro de superestruturas fechadas, devem ser drenados para pocetos de esgoto. Embornais de superestruturas e casarias
que não são fechadas estanques ao tempo, também devem conduzir para fora.
19.4.1.2 - Embornais drenando espaços abaixo da linha de calado máximo de verão, devem estar ligados
a tubos protegidos que devem conduzir a pocetos de esgoto.
19.4.1.3 - Onde tubos de embornais são conduzidos para fora, a partir de espaços abaixo do convés de
borda-livre e de superestruturas e casarias fechadas, estanques ao tempo, eles devem ser equipados
com válvulas de retenção do tipo automático (válvulas de tempestade), capazes de serem operadas de
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uma posição sempre acessível, acima do convés de borda-livre. Devem ser previstos indicadores mostrando se a válvula está aberta ou fechada na posição de controle.
19.4.1.4 - Onde a distância vertical da linha de calado máximo de verão à extremidade interna do tubo de
descarga excede 0,01.L, a descarga pode ter duas válvulas de retenção automáticas sem dispositivo de
fechamento, desde que a válvula interna esteja sempre acessível para exame, isto é, uma das válvulas
deve estar situada acima da linha de calado máximo tropical ou de compartimentagem.
19.4.1.5 - Onde a distância vertical mencionada em 19.4.1.4 excede 0,02.L, uma única válvula de retenção automática, sem dispositivo de fechamento, pode ser aceita. Esta vantagem prevalece para compartimentos abaixo do convés da borda-livre em navios para os quais é requerido um cálculo de flutuabilidade
para a condição de avaria.
19.4.1.6 - Quando a extremidade exterior do tubo de descarga estiver a mais de 450mm abaixo do
convés da borda-livre ou menos que 600 mm acima da linha de calado máximo de verão, e a extremidade
interior, dentro de um espaço acima do convés de borda-livre, será suficiente uma válvula automática de
retenção, a menos que exigido de outra forma em 19.4.1.3. Esta válvula pode ser omitida se for instalado
um tubo de descarga de parede espessa.
19.4.1.7 - Exceto em praças de máquinas principais e auxiliares, desguarnecidas, entradas do mar e
descargas relacionadas ao serviço das máquinas podem ser controladas localmente. Os controles
devem ser prontamente acessíveis e devem estar dotados de indicadores mostrando se as válvulas estão
abertas ou fechadas.
19.4.1.8 - Todas as válvulas de fundo e costado, incluindo as de costado requeridas em 19.4.1.2 a
19.4.1.7, devem ser de aço, bronze ou outro material tenaz aprovado. Ferro fundido cinzento não é
aceitável. As tubulações devem ser de aço ou material similar (vide, também, Regras para Construção de
Máquinas).
19.4.1.9 - Embornais e descargas não devem ser previstos, acima da linha de calado leve, na região dos
turcos para as baleeiras salva-vidas, mas meios que impedem a descarga de água para dentro das
baleeiras devem ser previstos. A localização de embornais e descargas também deve ser levada em
consideração quanto ao arranjo de escadas de portaló e elevadores para práticos.
19.4.2 - Saídas de Água
19.4.2.1 - Navios com borda-falsa contínua devem ter saídas de água de acordo com o abaixo definido.
19.4.2.2 - A área mínima de saídas d’água para cada lado do navio deve ser calculada para navios Tipo B,
com tosamento padrão ou mais, como segue:
F = 0,7 + 0,035. m
F = 0,07. m
[m 2]
[m 2]
, para m ≤ 20 metros
, para m ≥ 20 metros
m = comprimento das bordas-falsas contínuas entre as superestruturas, em [m] ; mmax = 0,7. L
A área mínima das saídas d’água em bordas-falsas em conveses de superestruturas não deve ser menor
que 50% da área calculada conforme as fórmulas acima. Se a borda-falsa é maior que 1,2 metros em
altura, a área requerida deve ser aumentada de 0,004 metros 2, por metro de comprimento, para cada 0,1
metro de diferença em altura. Se a borda-falsa é menor que 0,9 metros em altura, a área pode ser
diminuída na mesma proporção.
19.4.2.3 - Em navios sem tosamento, a área calculada conforme 19.4.2.2 deve ser aumentada de 50%.
Onde o tosamento for menor que o normal, o aumento deve ser determinado por interpolação.
19.4.2.4 - Para navios do Tipo B, com borda-livre reduzida, a área de saídas de água no convés de bordalivre exposto deve ser determinada, como segue:
a) Onde é colocada uma combinação de bordas-falsas contínuas e balaustradas, as balaustradas devem
ser colocadas por, no mínimo, 50% do comprimento das partes expostas do convés de borda-livre;
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b) Se forem colocadas bordas-falsas contínuas, a área das saídas d’água deve ser, no mínimo, 25% da
área total de borda-falsa, se a borda-livre for reduzida por não mais que 60% da diferença em bordalivre (B - A). Se a redução da borda-livre for maior, a área das saídas d’água deve ser, no mínimo, 33%
da área total de borda- falsa.
19.4.2.5 - Para navios com braçolas longitudinais de escotilhas contínuas, as áreas calculadas conforme
acima devem ser aumentadas como segue:
(largura de escotilha) dividida pelaboca do navio
área F dividida pela área da borda-falsa
40 %
20 %
75%
10 %
19.4.2.6 - Em navios com superestruturas abertas, devem ser previstas saídas d’água adequadas que
garantam drenagem apropriada.
19.4.2.7 - Na região de troncos nas partes expostas do convés de borda-livre, devem ser colocadas
balaustradas abertas em, no mínimo, metade do comprimento.
19.4.2.8 - As bordas inferiores de saídas d’água devem estar tão perto do convés quanto possível. 2/3 da
área de saída d’água calculada devem ser prevista perto do ponto mais baixo da curva de tosamento.
19.4.2.9 - As aberturas nas bordas falsas devem ser protegidas por balaustres ou barras verticalmente
espaçadas de não mais que 0,23 metros. Se forem instaladas portinholas, devem ser previstas folgas
amplas para evitar emperramento. As dobradiças devem ter pinos e buchas de material inoxidável.
19.5 - TUBOS DE SUSPIRO, TUBOS DE TRANSBORDAMENTO E TUBOS DE SONDAGEM
19.5.1 - Cada tanque deve ser dotado de tubos de suspiro, tubos de transbordamento e tubos de sondagem. Em geral, tubos de suspiro devem ser conduzidos até acima do convés exposto. Para o arranjo,
vide, também, Regras para construção de Máquinas, Capítulo 3, Seção 10. A altura do convés ao ponto
onde a água pode ter acesso, deve ser, no mínimo, 760 mm no convés de borda-livre e 450 mm, em
convés de superestrutura.
19.5.2 - Para tanques que podem ser bombeados ou cheios através de ligações fechadas pelas instalações de terra, os tubos de suspiro devem ser considerados também como tubos de transbordamento. A
área seccional livre destes tubos de suspiro deve ser, no mínimo, 1,25 x a área seccional dos tubos de
enchimento.
19.5.3 - Onde tais tubos passam por conveses expostos, conveses de anteparas ou divisórias estanques, sua espessura deve ser suficiente para permitir soldagem eficiente e proteção quanto a danos
mecânicos. Peças de penetração podem ser utilizadas como passagens. As partes dos tubos de suspiro que passam através do convés exposto devem ter uma espessura de, no mínimo, 8 mm, e tubos de
sondagem, se eles são conduzidos até acima do convés exposto, uma espessura de, no mínimo, 5 mm.
Tubos aumentados devem se estender até, no mínimo, 230 mm acima do convés exposto.
19.5.4 - Devem ser previstos dispositivos de fechamento adequados para tubos de suspiro, de transbordamento e de sondagem; vide, também, Regra para Construção de Máquinas, Seção 3, Seção 10. Onde
são transportadas cargas no convés, os dispositivos de fechamento devem ser sempre prontamente
acessíveis. Em navios para os quais devem ser feitos cálculos de alagamento, as extremidades dos
tubos de suspiro devem estar acima da linha d’água de avaria na condição alagada. Caso elas imerjam
em estágios intermediários do alagamento, estas condições devem ser examinadas separadamente.
19.5.5 - Imediatamente abaixo do teto do fundo duplo ou topo de tanque, devem ser cortados furos nas
hastilhas e longarinas, bem como em vaus, etc., para acesso livre do ar aos tubos de suspiro. Além
disso, todas as hastilhas e longarinas devem estar providas de recortes para dreno que permitam que o
óleo e água atinjam as sucções das bombas.
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19.5.6 - Tubos de sondagem devem se estender até diretamente acima do fundo do tanque. O chapeamento
deve ser reforçado sob o tubo de sondagem.
19.5.7 - Tubos de sondagem para tanques de óleo devem ter uma distância de, pelo menos, 100 mm do
costado.
19.6 - VENTILADORES
19.6.1 - Generalidades
19.6.1.1 - A altura das braçolas de ventiladores no convés de borda-livre exposto, convés subido e em
convés de superestruturas expostos, à vante de 0,25 L da roda de proa, deve ser, no mínimo, 900 mm.
19.6.1.2 - Em conveses de superestruturas expostos, à ré de 0,25 L da roda de proa, a altura da braçola
não deve ser menor que 760 mm.
19.6.1.3 - Ventiladores de porões de carga não devem ter nenhuma ligação com outros espaços.
19.6.1.4 - A espessura das chapas de braçolas deve ser 7,5 mm,em área seccional da abertura livre até
300 cm 2, e 10 mm, em área seccional livre maior que 1600 cm . Valores intermediários devem ser
interpolados. Espessuras de 6 mm são, geralmente, suficientes, dentro de superestruturas não permanentemente fechadas.
19.6.1.5 - A espessura dos postes de ventilação deve ser, no mínimo, igual à espessura das braçolas
indicada em 19.6.1.4.
19.6.1.6 - A espessura de postes de ventilação com área seccional livre maior que 1600 cm2 deve ser
aumentada conforme as solicitações esperadas.
19.6.1.7 - Geralmente, recomenda-se que as braçolas e postes passem através do convés e sejam
soldadas ao chapeamento do convés por cima e por baixo. Onde braçolas e postes são soldados no
chapeamento do convés, devem ser adotadas solda de filete duplo (externo e interno) com filetes de
a+0,5.to , conforme Seção 17, item 17.2.5.
19.6.1.8 - Braçolas e postes particularmente expostos a ondas do mar devem ser ligados eficientemente
à estrutura do navio.
19.6.1.9 - Onde a espessura do chapeamento do convés for menor que 10 mm, deve ser colocada uma
chapa sobreposta ou uma chapa inserida de, pelo menos, extensão de aproximadamente 2 x o comprimento e largura da braçola.
19.6.1.10 - Para reforço do convés resistente na região de braçolas e postes, vide Seção 6, item 6.1.3.8.
19.6.1.11 - Onde um vau é cortado por braçolas de ventiladores, devem ser colocados intercostais para
manter a resistência do convés.
19.6.1.12 - Os ventiladores em praças de máquinas e caldeiras devem ser arranjados de modo que
nenhum gás possa se acumular debaixo do convés, entre os vaus.
19.6.2 - Dispositivos de Fechamento
19.6.2.1 - As aberturas principais de entrada e exaustão dos sistemas de ventilação devem ser providas
de dispositivos de fechamento facilmente acessíveis e estanques ao tempo. Em navios de até 100
metros de comprimento, os dispositivos de fechamento devem ser permanentemente fixados.
19.6.2.2 - Para postes de ventiladores que excedem 4,5 metros de altura, acima do convés de borda-livre
ou de conveses de superestruturas expostos, à vante de 0,25.L da roda de proa, e para postes de
ventiladores excedendo 2,3 metros de altura, acima de conveses de superestruturas expostos, à ré de
0,25.L da roda de proa, os dispositivos de fechamento estanques ao tempo são requeridos somente em
casos especiais.
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19.7 - ESTIVA DE CONTAINERS
19.7.1 - Generalidades
19.7.1.1 - Com relação ao símbolo de classificação de navios equipados para transporte de containers,
vide Seção 1.
19.7.1.2 - Todas as partes para a estiva e peação de containers devem atender às regras para a estiva e
peação de containers a bordo de navios. Todas as partes destinadas a serem soldadas ao casco do
navio e às tampas de escotilhas devem ser de materiais que atendam às Regras para Materiais, inclusive
no que respeita aos testes.
19.7.1.3 - Todos os equipamentos no convés e nos porões, inclusive suas peças de estiva e peação
essenciais para a segurança do navio, que devem ser acessíveis no mar, como equipamento de combate
à incêndio, tubos de sondagem, etc., não devem se tornar inacessíveis devido aos containers.
19.7.1.4 - Para transmitir as forças das peças de estiva e peação ao casco do navio, devem ser previstas
ligações soldadas, adequadas, e reforços locais nos elementos estruturais (vide, também 19.7.2 e 19.7.3).
19.7.1.5 - As braçolas de escotilhas devem ser reforçadas nas regiões das ligações das escoras transversais e longitudinais do sistema de guias celulares de estiva. Não é permitido que o sistema de guias
celulares de estiva seja ligado a bordas salientes do chapeamento do convés na região de aberturas de
escotilhas. Devem ser evitados cortes a maçarico ou solda, particularmente nos arredondamentos de
cantos de escotilhas.
19.7.1.6 - Onde o teto do fundo duplo, conveses ou tampas de escotilhas estão solicitados por containers,
devem ser previstas subestruturas adequadas, como intercostais, vigas de meia altura, etc.. Eventualmente, deve ser aumentada a espessura do chapeamento. Para peças soldadas de reforço local, vide
Seção 17, item 17.1.2.6.
19.7.2 - Hipóteses do Carregamento
19.7.2.1 - Os escantilhões das subestruturas para containers devem ser determinados na base dos
pesos brutos admissíveis dos containers (peso do container + carga), conforme recomendação ISO,
caso em que não existam planos de carregamentos definidos com peso diferido dos mencionados.
19.7.2.2 - Onde os escantilhões das subestruturas para containers são determinados por outros pesos
que os estipulados em 19.7.2.1, o peso admissível total por local de estiva de container entrará no
certificado. Geralmente o peso total admissível não deve ser menor que 50% do peso padrão.
19.7.2.3 - Os carregamentos estipulados em 19.7.2.1 e 19.7.2.2 devem ser aumentados conforme Seção
3, item 3.3.1
19.7.2.4 - Os escantilhões das subestruturas para peças de estiva e peação de containers devem ser
determinados de acordo com as regras para estiva e peação de containers em navios.
19.7.3 - Tensões Admissíveis
19.7.3.1 - Para tampas de escotilha na posição 1 e 2, solicitadas por containers, devem ser observadas
as tensões admissíveis e deflexões, conforme Seção 15, 15.3.3.
19.7.3.2 - As tensões em subestruturas para containers e de peças de estiva e peação no teto do fundo
duplo, em conveses e em tampas de escotilhas de conveses de carga, não devem exceder os seguintes
valores:
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σb =
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σy
1,45
;
σ V = σ b2 + 3 ⋅ τ 2 =
τ=
σy
σy
2,1
1,2
σy = tensão de escoamento do material.
19.7.3.3 - Onde o sistema de grelhas do fundo duplo é solicitado com cargas concentradas por containers,
as tensões na estrutura do fundo devem ser calculadas para estas cargas concentradas, bem como para
carregamentos do fundo. As tensões especificadas naquele parágrafo não devem ser ultrapassadas.
19.7.3.4 - Onde outros elementos estruturais do casco, por exemplo, cavernas, vaus, anteparas, braçolas
de escotilha, estais de borda falsa, etc., estão solicitados com cargas de containers e de peças de
estiva e peação de containers, estes elementos devem ser reforçados, onde necessário, para que as
tensões reais não excedam as admissíveis conforme as respectivas Seções.
19.8 - ARRANJOS DE PEAÇÃO EM GERAL
Olhais e furos de peação devem ser arranjados de modo a não enfraquecer indevidamente os elementos
estruturais do casco. Particularmente, devem ser fixadas peias e cavernas em regiões com pequeno
momento fletor da caverna. Onde necessário, o perfil das cavernas deve ser reforçado.
19.9 - CONVESES PARA CARROS
19.9.1 - Generalidades
19.9.1.1 - Com relação ao símbolo de classificação de navios equipados para o transporte de carros, vide
Seção 1. Eventuais Regras adicionais das respectivas Autoridades Administrativas podem ser observadas (Portarias).
19.9.1.2 - Estas Regras se aplicam a conveses móveis e removíveis para carros que não fazem parte da
estrutura do navio.
19.9.1.3 - As seguintes informações devem ser incluídas nos planos a serem submetidos para aprovação:
a) escantilhões dos conveses para carros
b) pesos dos conveses para carros
c) número e pesos dos carros que se pretende estivar nos conveses
d) carregamento das rodas e distância das rodas
e) ligação dos conveses para carros com a estrutura do casco
f) dispositivos de movimentação e levantamento dos conveses para carros.
19.9.1.4 - Conveses para carros, de acordo com estas Regras, podem ser de aço naval ou dos seguintes
materiais, em conformidade com as Regras para Materiais:
a) aço estrutural R St 37-2 e St 52-3 ou similar
b) ligas de alumínio resistente à água do mar.
19.9.2 - Hipóteses de Carregamento
19.9.2.1 - A espessura do chapeamento deve ser determinada de acordo com a Seção 6, item 6.2.2.
19.9.2.2 - Para determinação dos escantilhões dos demais componentes dos conveses, devem ser
utilizados os seguintes carregamentos:
a) carregamento uniforme distribuído resultante do peso do convés e número máximo de carros a serem
transportados. Este carregamento não deve ser menor que 2,5 kN/m2
b) carregamento de roda (P).
Se todas as rodas de um eixo estão em cima de uma sicorda ou vau, o carregamento do eixo deve ser
uniformemente distribuído em todas as rodas.
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Se nem todas as rodas de um eixo estão sobre uma sicorda ou vau, os seguintes carregamentos de roda
devem ser utilizados:
P = 0,5 x o carregamento no eixo, para 2 rodas por eixo
P = 0,3 x o carregamento no eixo, para 4 rodas por eixo
P = 0,2 x o carregamento no eixo, para 6 rodas por eixo
19.9.2.3 - Para determinação dos escantilhões dos dipositivos de suspensão do convés, o carregamento
de roda, no caso de 4 e 6 rodas por eixo, como indicado em 19.9.2.2, não necessita ser considerado.
19.9.3 - Chapeamento
19.9.3.1 - A espessura do chapeamento deve ser determinada conforme as fórmulas indicadas na Seção
6, item 6.2.2. Onde é utilizado alumínio, deverá ser consultado o Bureau Colombo.
19.9.3.2 - A espessura de madeira compensada deve ser determinada levando em consideração um fator
de segurança 6 contra ruptura do material. Onde chapas de compensado, suportadas somente em dois
lados, estão solicitadas por carregamentos concentrados, pode ser utilizada, como largura colaborante
do chapeamento, 1,45 x o vão sem apoio.
19.9.4 - Tensões Admissíveis
19.9.4.1 - Em reforços e vigas de aço, bem como nos elementos estruturais dos dispositivos de suspensão solicitados por carregamentos, como indicado em 19.9.2, não devem ser ultrapassadas as seguintes tensões admissíveis:
Tensões normais e de flexão (tração e compressão):
Tensão de cisalhamento:
s ≤ 95 / k [N/mm 2]
τ ≤ 55 / k [N/mm2]
Tensão combinada:
σ V = σ 2 + 3 ⋅ τ 2 = 110 / k
[N / mm 2 ]
k = fator de material, conforme Seção 1; k=0,72, para St52-3; k=1,0, para aço naval comum e
para RSt37-2.
Em componentes estruturais solicitados por carregamentos exclusivamente em porto, como, por exemplo, rampas, as tensões admissíveis estabelecidas acima podem ser aumentadas de 70%.
19.9.4.2 - Onde são utilizadas ligas de alumínio, as tensões admissíveis podem ser determinadas multiplicando-se as tensões admissíveis acima, pelo fator 2/kA1 (kA1 = fator de material, para alumínio).
19.9.5 - Deflexões Admissíveis
19.9.5.1 - A deflexão de vigas solicitadas aos carregamentos estipulados em 19.9.2, não deve exceder
f = m / 250; (m = vão sem apoio da viga).
19.9.5.2 - Deve ser mantida uma distância segura entre as vigas de um convés carregado e o topo dos
carros estacionados no convés de baixo.
19.9.6 - Flambagem e Tombamento
19.9.6.1 - A resistência à flambagem de vigas deve ser provada conforme Seção 2, item 2.6., se requerida.
Em componentes estruturais solicitados por carregamentos exclusivamente em portos, como, por exemplo,
rampas, o fator de segurança contra flambagem, como indicado na Seção 2, item 2.6.1.4, pode ser
reduzido de 10%.
19.9.6.2 - A segurança contra tombamento deve ser provada, se requerida.
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19.10- MEIOS DE SALVATAGEM E DISPOSITIVOS PARA LANÇAMENTO
19.10.1 - Assume-se que o arranjo e a operação das embarcações salva-vidas e outros meios de salvatagem
estejam conforme os Regulamentos da Convenção SOLAS 1974 e/ou das autoridades competentes.
19.10.2 - O dimensionamento e teste de embarcações salva-vidas, com seus dispositivos de lançamento, e de outros meios de salvatagem, não faz parte da classificação. Entretanto, é parte da classificação
e aprovação, a estrutura do casco na região dos dispositivos de lançamento, levando-se em consideração as forças dos dispositivos acima. É parte da classificação, também, a inspeção dos meios de
salvatagem e seus dispositivos de lançamento, com respeito à sua condição e funcionamento apropriado, dentro do escopo das vistorias para renovação da classe. Para navios para os quais o BC foi autorizado pela administração competente a emitir os certificados de segurança de construção ou de equipamento, bem como em todos os casos em que o BC foi solicitado a aprovar os dispositivos de lançamento, serão aplicadas as Regras para Construção e Teste de Dispositivos de Lançamento de Meios de
Salvatagem.
19.11- Mastros
19.11.1- Generalidades
19.11.1.1- Desenhos de mastros, subestruturas, suportes de mastro e ligações com o casco, devem ser
submetidos para aprovação.
19.11.1.2 - Para mastros de sinalização de aço com uma resistência mínima de rutura à tração de 400
N/mm2, que devem ser projetados para suportar somente meios de sinalização (luzes de navegação,
sinais de bandeiras, sinais diversos e antenas), são aplicáveis os requisitos de 19.11.2. e 19.11.3.
19.11.1.3 - Componentes individuais soltos devem atender aos Regulamentos para Construção e Testes
de Aparelhagem e Manuseio da Carga. Eles devem ser testados pelo BC.
19.11.2- Mastros Estaiados
19.11.2.1- Mastros estaiados podem ser construídos como mastros simplesmente apoiados ou como
mastros apoiados e engastados várias vezes.
19.11.2.2- O diâmetro de mastros de aço estaiados no suporte mais alto deve ser, no mínimo, 20mm,
para cada 1m de comprimento dos mastros. O comprimento m do mastro é medido como a distância do
suporte mais alto até o ponto de estaiamento. A parte do mastro acima do ponto de estaiamento não
deve exceder m/3. Tais mastros podem ter seu diâmetro gradualmente reduzido até 75%, do ponto de
estaiamento até o suporte mais alto. A espessura dos mastros não deve ser menor que 1/70 do diâmetro, e deve ser, pelo menos, 4 mm.
19.11.2.3- Cabos de aço para estais devem ser fortemente galvanizados. Recomenda-se a utilização de
cabos de aço compostos de um número mínimo de arames grossos, por exemplo, cabos construídos de
uma alma de fibra e 6 pernas de 7 fios, com uma tensão de rutura de 1570 N/mm2. Onde mastros são
estaiados, à vante e à ré, por um estai em cada bordo do navio, devem ser utilizados cabos de aço com
uma tensão de rutura de 1570 N/mm2 e com escantilhões como indicado na tabela seguinte:
h = altura do ponto de estaiamento no mastro acima
do ponto de fixação do pé do estai [m]
6
8
10
12
14
18
Diam. do cabo [mm]
14
16
18
20
22
24
Tam. nominal da manilha, esticador luva de cabo
2,5
3
4
5
6
8
Utilizando cabos de aço conforme a tabela acima, as seguintes condições devem ser atendidas:
a
não menor que 0,15. h
b
não menor que 0,30. h
a
não maior que b
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a
b
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= distância dos pés dos estais à seção transversal, passando pelo ponto de estaiamento
= distância dos pés dos estais à seção longitudinal, passando pelo ponto de estaiamento no
mastro.
Outros arranjos de massame fixo devem ser equivalentes.
19.11.3- Mastros Não Estaiados
Mastros não estaiados podem ser construídos completamente engastados ou suportados em dois ou
mais conveses. Os escantilhões de mastros de aço não estaiados devem ser conforme a seguinte
tabela:
Compr. do mastro mm [mm]
D x t [mm]
6
8
10
12
14
160 x 2
220 x 4
290 x 4,5
360 x 5,5
430 x 6,5
mm = comprimento do mastro, do suporte mais alto ao topo
D = diâmetro do mastro no suporte mais alto
t
= espessura do mastro.
O diâmetro do mastro pode ser gradualmente reduzido para metade do diâmetro D na altura de 0,75.mm.
19.12- APARELHO DE CARGA E ELEVAÇÃO
19.12.1- A determinação dos escantilhões e verificação de aparelhos de carga e elevação, incluindo
mastros e postes com massame fixo, em navios, não é parte da classificação. Faz parte da classificação a aprovação da estrutura do casco na região da aparelhagem de carga e elevação, levando em
consideração as forças induzidas ao casco pelos equipamentos.
19.13- ACESSO A GRANDES TANQUES E GRANDES PORÕES DE CARGA DE GRANELEIROS
Para conseguir acesso seguro para vistorias e manutenção, devem ser adotadas medidas especiais em
grandes tanques e porões de carga de petroleiros e graneleiros.
19.13.1- Acesso a tanques
19.13.1.1- Tanques e subdivisões de tanques, com comprimento de 35 metros e acima, devem ter, pelo
menos, 2 escantilhões de acesso e escadas, tão afastados quanto possível.
19.13.1.2 - Tanques menores que 35 metros de comprimento devem ter, pelo menos, 1 escotilhão de
acesso e escada.
19.13.1.3 - As aberturas livres dos escotilhões não devem ser menores que 600 x 600 mm e não devem
ter obstruções que prejudiquem o acesso.
19.13.1.4 - Quando um tanque é subdividido por uma ou mais anteparas-diafragma, devem ser previstos,
no mínimo, 2 escotilhões que sirvam com as respectivas escadas para dar acesso a todas as subdivisões do tanque.
19.13.2- Acessibilidade dentro de tanques
19.13.2.1- Anteparas-diafragma devem ter aberturas de passagens de, pelo menos, 600x800 mm.
19.13.2.2 Onde a altura da estrutura do fundo excede 1,5 metros, deve ser instalada uma passarela com
balaustradas, com largura mínima de 600mm através de todo o comprimento e largura do tanque. As
passarelas elevadas devem ser facilmente acessíveis por meio de escadas e passarelas. Alternativamente, podem ser arranjadas aberturas de passagem de 600 x 800mm em hastilhas e longarinas com
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uma altura de soleira de não mais que 600mm. Devem ser previstos degraus e corrimãos. Em estruturas
do fundo com menos de 1,5 metros de altura, devem ser previstos arranjos adequados.
19.13.2.3- As balaustradas devem ser de 900 mm de altura e ter corrimão e barra de proteção intermediária.
19.13.3- Construção de Escadas
19.13.3.1- Escadas devem ser inclinadas a mais de 70 o (setenta graus).
19.13.3.2- Os lances de escada não devem ultrapassar 9 metros de comprimento.
19.13.3.3- Devem ser previstas plataformas para descanso.
19.13.3.4- A largura dos degraus deve ser de, pelo menos, 400 mm.
19.13.3.5- Os degraus devem ser igualmente espaçados de uma distância máxima de 300mm.
19.13.3.6- Os degraus devem ser formados de duas barras quadradas de aço (22 x 22 mm, canto para
cima).
19.13.3.7- As escadas devem ter balaustradas em ambos os lados.
19.13.4- Acesso a porões de carga
19.13.4.1- A abertura livre de escotilhões de acesso deve ser de, pelo menos, 600 x 600 mm.
19.13.4.2- Braçolas de escotilhõs de acesso com altura maior que 900 mm devem ter, também, degraus
no lado de fora.
19.13.5- Acessibilidade dentro de porões de carga
19.13.5.1- Porões de carga devem ser providos com, no mínimo, duas escadas tão afastadas quanto
possível. Se possível, estas escadas devem ser arranjadas diagonalmente, partindo da linha de centro
do navio.
19.13.5.2- Escadas devem ser projetadas e arranjadas de modo que sejam minimizados os riscos de
avaria pelo equipamento de movimentação de carga.
19.13.5.3- Escadas quebra-peito podem ser permitidas, desde que elas sejam arranjadas em cima, uma
da outra, em linha com outras escadas para as quais elas dão acesso, e que posições de descanso
sejam previstas, separadas de, não mais, que 9 metros.
19.13.2.3- Construção de Escadas
A construção de escadas deve ser como descrito em 19.13.3. Entretanto, arranjos e resistência devem
ser adequados para os tipos de carga passíveis de serem transportados.
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NO ESTALEIRO ........................................................ SEÇÃO 20
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SEÇÃO 20
ACOMPANHAMENTO DOS SERVIÇOS NO ESTALEIRO
20.1 - RESPONSABILIDADE PELA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS
O estaleiro deve assegurar, atraves de supervisão cuidadosa, perfeita execução de serviços correspondentes aos planos aprovados pelo Bureau Colombo.
20.2 - ABERTURAS E BORDAS DE CHAPAS
Todas as aberturas em peças estruturais devem ser bem arredondadas. O raio de arredondamento não
deve ser inferior à espessura da chapa.
Em pontos altamente solicitados, o raio de arredondamento deve ser de, pelo menos, 3 vezes a espessura da chapa.
Aberturas maiores no convés de passagem e no convés resistente, dentro de 0,7.L, a meio-navio, devem
ter um raio de arredondamento de, pelo menos, 10 vezes a espessura da chapa.
Todas as bordas de chapa devem ser cuidadosamente alisadas. Deve ser tomado cuidado especial para
evitar ou remover entalhes.
Devem ser previstos furos de drenagem (escalopes) para evitar que água de chuva, de vazamento ou
residual, se acumule em cantos ou em bordas de chapas.
20.3 - PEÇAS ESTRUTURAIS TRABALHADAS A FRIO
Quando chapas forem trabalhadas a frio (por exemplo, por flangeamento ou dobramento), o raio de
curvatura não deve ser inferior a duas vezes a espessura da chapa. Se possível, o raio de curvatura deve
ser igual a, pelo menos, três vezes essa espessura.
Quaisquer rebarbas devem ser removidas antes do trabalho a frio.
As peças trabalhadas a frio, particularmente nos limites de pontos trabalhados a frio, devem ser verificadas
quanto a trincas incipientes.
20.4 - POSICIONAMENTO FORÇADO
Na montagem e no posicionamento forçado de peças estruturais, devem ser evitadas grandes tensões
locais.
Devem ser evitados posicionamentos forçados ao término de soldagens e rebitagens.
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TOMO II - NAVIOS PETROLEIROS ........................... SEÇÃO 21
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SEÇÃO 21
NAVIOS PETROLEIROS
21.1 - GENERALIDADES
21.1.1 - Aplicação
21.1.1.1 - As determinações seguintes se aplicam a petroleiros com máquina à ré, um convés resistente
contínuo e, pelo menos, duas anteparas longitudinais contínuas na região dos tanques de carga, transportando óleo, à granel, com um ponto de fulgor (teste de cuba fechada) não excedendo 60 oC e cuja
pressão de vapor Reid está abaixo da pressão atmosférica.
21.1.1.2 - Para efeito desta Seção, óleo significa petróleo em qualquer forma, inclusive óleo crú, produtos refinados, lama de óleo, resíduos e outros produtos líquidos que apresentam riscos semelhantes.
21.1.1.3 - Para efeito desta Seção, óleo crú significa qualquer óleo encontrado naturalmente no solo,
tratado ou não, para o tornar transportável, e inclui:
a) óleo crú do qual certas frações destiladas podem ter sido removidas, ou
b) óleo crú ao qual certas frações destiladas podem ter sido adicionadas.
21.1.2 - Símbolos de Classe
21.1.2.1 - Se medidas (construtivas especiais, separação de tubulações, revestimento de tanques, etc)
permitem o transporte simultâneo de vários óleos e produtos de petróleo, a seguinte anotação será feita
no Certificado: “Adequado para o transporte de diversos produtos de petróleo.”
21.1.2.2 - Navios destinados para transportar alternativamente líquidos, a granel, com ponto de fulgor
(teste de cuba fechada) não excedendo 60oC, e carga seca.
21.1.2.3 - Navios petroleiros destinados a transportar líquido, a granel, com ponto de fulgor (teste de cuba
fechada) acima de 60 oC ou cuja densidade excede 1,025 toneladas/metro3, ou líquidos de propriedades
diferentes, que apresentem riscos diferentes da classificação de líquidos mencionados em 21.1.1.2,
serão especialmente considerados como navios-tanque para carga especial. Estes navios podem ter a
anotação Navio-Tanque Especial, Navio-Tanque para Asfalto, Navio-Tanque para Óleo Comestível, NavioTanque para Vinho, etc., afixada ao símbolo de classe.
21.1.3 - Flutuabilidade
Com respeito à comprovação de flutuabilidade avariada, para petroleiros com mais de 150 metros de
comprimento, vide a Convenção de Linha de Carga, 1966.
21.1.4 - Projeto Estrutural
21.1.4.1 - Fundo, teto do fundo duplo e convés resistente devem ser longitudinalmente estruturados. Os
costados e anteparas longitudinais devem ser igualmente reforçados longitudinalmente.
21.1.4.2 - Os corpos de vante e de ré, fora da região de tanques de carga, podem ser estruturado, tanto
longitudinal como transversalmente.
21.1.4.3 - Na transição da estrutura longitudinal e transversal, será mantida adequada continuidade de
resistência.
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21.1.5 - Tamanho dos Tanques de Carga
A largura livre da boca de tanques de carga não deve exceder 0,6.B, e o comprimento livre do tanque de
carga não deve exceder 0,1.L ou 15 metros. O maior comprimento pode ser adotado. O comprimento
livre é a distância entre anteparas transversais, considerando as anteparas- diafragma. Deve ser observada a Regra 24 da Convenção Internacional para Prevenção de Poluição por Navios, 1973, com relação às
limitações nacionais relevantes, se existirem.
21.1.6 - Arranjo e Divisão dos Compartimentos
21.1.6.1 - Generalidades
21.1.6.1.1 - As determinações constantes de 21.1.6.2 e 21.1.6.9 à 21.1.6.12 aplicam-se somente a
navios de AB (Arqueação Bruta = “Gross Register Tons” ) 500 e acima.
21.1.6.1.2 - Exceto como definido abaixo, os termos utilizados nesta Seção têm a seguinte definição,
em conformidade com a Regra 3, Capítulo II-2, SOLAS 1974:
a) Área de carga - significa tanques de carga, compartimentos para tanques de carga, cofferdams,
compartimentos de bombas de carga, tanques de lastro, bem como outros tanques e compartimentos
adjacentes a tanques de carga e a área acima destes compartimentos;
b) Convés de carga - significa um convés aberto dentro da área de carga:
(i) que forma o topo superior de um tanque de carga, ou
(ii) acima do qual são instalados tanques de carga, escotilhões de tanques, escotilhões para limpeza
de tanques, aberturas de sondagem e furos de inspeção, bem como bombas, válvulas e outros acessórios necessários para carga e descarga.
21.1.6.2 - Praças de máquinas de Categoria A devem ser localizadas à ré dos tanques de carga e
tanques de borra, e isoladas deles por cofferdams, compartimentos de bombas de carga ou tanques de
óleo combustível; eles devem ser localizados, também, à ré de tais compartimentos de bombas de carga
e cofferdams, mas não condicionalmente à ré dos tanques de óleo combustível. Mas, a parte inferior do
compartimento de bombas pode formar recessos dentro de praças de máquinas para instalação de
bombas, caso a altura do recesso, em geral, não ultrapasse 1/3 do pontal acima da quilha. Em caso de
navios de até 25.000 toneladas de DWT, onde se pode demonstrar que, por razões de acesso e arranjos
satisfatórios de tubulação, isto é impraticável, o BC pode permitir um recesso com altura até à metade
do pontal acima da quilha.
21.1.6.3 - Tanques de carga devem ser divididos por cofferdams de todos os compartimentos situados
fora da área de carga.
21.1.6.4 - Os seguintes compartimentos podem servir como cofferdams: compartimentos de bombas
sem conexão direta com praças de máquinas, corredores e compartimentos de acomodações, tanques
de óleo combustível, espaços vazios e compartimentos similares. A distância livre entre anteparas de
cofferdams deve ser, no mínimo, 600 mm.
21.1.6.5 - Quando compartimentos estanques à gás se limitam, canto a canto, à tanques de carga, eles
devem ser separados, por cofferdams, dos tanques de carga. Nesses cantos podem ser permitidas
chapas diagonais. Se esses cofferdams forem acessíveis, eles devem ter ventilação, caso contrário, eles
devem ser preenchidos com uma massa adequada.
21.1.6.6 - Em navios especiais transportando produtos e substâncias, de acordo com 2.4, podem ser
exigidos cofferdams entre tanques de carga e tanques de óleo combustível, devido aos riscos apresentados e propriedades especiais desses produtos. Onde são transportados somente líquidos não perigosos, com um ponto de fulgor (teste de cuba fechada) acima de 60oC, e sem riscos, devidos a outras
propriedades dos produtos, podem ser dispensados os cofferdams. A seguinte observação será anotada
no Certificado: “Não adequado para líquidos com pontos de fulgor de 60°C e abaixo; faltam
cofferdams na parte de vante e/ou de ré do navio.”
21.1.6.7 - Se nos fundos duplos forem arranjadas quilhas-duto para tubos, deve ser observado o seguinte:
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a) Quilhas-duto para tubos não podem ter ligações diretas com praças de máquinas;
b) No mínimo, duas aberturas de acesso com tampas estanques à água devem ser previstas, espaçadas
da distância máxima possível entre si. Uma destas aberturas pode conduzir para dentro do compartimento de bombas de carga. Outras aberturas devem levar ao convés aberto.
c) Deve ser prevista ventilação mecânica adequada para uma quilha-duto para permitir suficiente ventilação antes do acesso.
21.1.6.8 - O efeito de instalações de aquecimento em compartimentos adjacentes deve ser observado.
Compartimentos contendo fornalhas, caldeiras, máquinas propulsoras ou instalações elétricas pelas
quais possam ser inflamados vapores de óleo, devem ser separados de compartimentos contendo tubulações e bombas de carga por anteparas estanques à gás. Se compartimentos de bombas forem iluminados através de janelas com vidros nas anteparas, estas devem ser protegidas efetivamente contra
danos mecânicos e devem ser previstas com tampas de combate fortes, fixadas do lado da praça de
máquinas. As janelas devem ser construídas de modo que o vidro e a vedação não sejam prejudicados
pelas deformações elásticas do navio. O vidro e a tampa de combate devem ter a mesma resistência que
a antepara, e não devem comprometer a integridade da antepara. A janela deve apresentar a mesma
proteção contra incêndio e fumaça que a antepara intacta.
21.1.6.9 - Compartimentos de acomodações, estações principais de controle de carga, estações de
controle e compartimentos de serviço, devem estar situados à ré de todos os tanques de carga, tanques
de borra, compartimentos de bombas de carga e cofferdams que separam tanques de carga ou tanques
de borra de praças de máquinas de Categoria A. Qualquer antepara separando um compartimento de
bombas de carga, incluindo a entrada para o compartimento de bombas, de compartimentos de acomodações e de serviço, bem como estações de controle, deve ser construída conforme o tipo A-60. Onde
considerado inevitável, acomodações, estações de controle, compartimentos de máquinas outros que
aqueles da Categoria A e compartimentos de serviço, podem ser permitidos à vante de todos os tanques
de carga, tanques de borra, praças de bombas de carga e cofferdams, se for previsto um padrão de
segurança equivalente e uma disponibilidade apropriada de dispositivos de combate à incêndio atendendo às exigências do BC.
21.1.6.10 - Onde as instalações de um posto de comando acima dos tanques de carga é comprovadamente
inevitável, ele deve ser utilizado exclusivamente para a navegação e ser separado por um compartimento aberto com uma altura de, no mínimo, 2m acima do convés dos tanques de carga.
21.1.6.11 - Devem ser previstos dispositivos que protejam as áreas de acomodações e de serviço, de
vazamentos de óleo no convés. Isto pode ser conseguido por uma braçola contínua, permanente, de
altura adequada (aproximadamente 150 mm, não menor que 50 mm acima da borda superior do cintado),
se estendendo de bordo a bordo. Instalações de carregamento pela popa devem ser especialmente
consideradas.
21.1.6.12 - Para paredes frontais a tanques de carga de superestruturas e casarias contendo compartimentos de acomodações e de serviço, aplicam-se as seguintes Regras que prevalecem, também, para
paredes laterais de superestruturas e casarias, em uma região de 5 metros à partir da parede frontal das
mesmas, com exceção de entradas para passadiço:
a) Nas paredes não podem ser previstas portas, exceto para compartimentos, tais como, estações de
controle de carga e paióis que não têm acesso a compartimentos de acomodações e de serviço. Onde
tais portas foram previstas, devem ser isoladas as paredes dos respectivos compartimentos, do tipo
A-60. Tampas de aço parafusadas para montagem e desmontagem de máquinas podem ser previstas
nas paredes;
b) Janelas em tais paredes devem ser fixas, com exceção de janelas no passadiço, que podem ser aptas
para serem abertas;
c) Janelas no nível do convés de carga devem ser previstas com tampas de combate, internas, de aço ou
outro material equivalente.
21.1.7 - Superestruturas
21.1.7.1 - Conforme Regra 39 da Convenção de Borda-Livre, 1969, uma altura mínima de proa é exigida
na perpendicular de vante, a qual pode ser obtida através de tosamento, à partir de 0,15.L (da perpendicular de vante) ou por um castelo de, pelo menos, 0,07.L em comprimento.
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21.1.7.2 - As gaiutas de praças de máquinas e de caldeiras devem ser protegidas por um tombadilho ou,
alternativamente, por uma casaria de altura e resistência equivalente à do tombadilho desprotegido. As
anteparas da extremidade do tombadilho devem ser determinadas conforme Seção 15.
21.1.7.3 - Aberturas para portas em anteparas de extremidade devem ser dotadas de dispositivos de
fechamento estanque ao tempo. A altura das soleiras deve ser, no mínimo, 380mm. As respectivas
exigências da Convenção de Borda-Livre devem ser observadas.
21.1.8 - Passarela e Borda-Falsa
21.1.8.1 - Deve ser prevista uma passarela fixa e contínua, de ré para vante, entre superestruturas (ou
casarias) de ré, da meia-nau e vante. A parte de vante de uma passarela entre castelo e passadiço (ou
casaria da meia-nau) pode ser suspensa se não houver acomodações no castelo. Onde não houver
passadiço (ou casarias da meia nau), e todos os compartimentos de acomodações e de serviços estiverem localizados na popa, a passarela de ré para vante pode ser suspensa completamente. Mas, devem
ser previstos arranjos adequados para dar acesso seguro à parte de vante do navio. Devem ser observados os respectivos regulamentos das autoridades nacionais competentes.
21.1.8.2 - Anteparas não devem se estender mais que a metade do comprimento do convés exposto.
Onde trunks são arranjos entre as superestruturas, um corrimão aberto deve ser instalado.
21.1.9 - Ventiladores
21.1.9.1 - Ventiladores para compartimentos sob o convés de borda-livre, devem ser de construção forte
ou eficientemente protegidos por superestruturas e outros meios equivalentes.
21.1.10- Proteção Catódica
21.1.10.1- Sistemas de corrente impressa e anodos de magnésio não são permitidos em tanques de
óleo de carga. Não há restrição a anodos de zinco.
21.1.10.2- Se forem instalados em tanques, eles devem ser fixados seguramente à estrutura. Devem ser
submetidos desenhos mostrando a localização e a fixação.
21.1.10.3- Anodos de alumínio somente serão permitidos em tanques de carga em locais onde a energia
de queda potencial não exceda 275 N.m. A altura de queda do anodo será medida do fundo do tanque ao
centro do anodo. Como peso, deve ser utilizado o peso do anodo instalado, incluindo acessórios de
montagem e inserções. Se os anodos de alumínio estiverem localizados em superfícies horizontais ou
um pouco acima, como em travessas de anteparas e escoas de não menos de 1m de largura e dotadas
de flange ou barra-face na vertical se projetando pelo menos 75 mm acima da superfície horizontal, a
altura de queda do anodo pode ser medida desta superfície. Anodos de alumínio não devem ser localizados sob escotilhas de tanques ou aberturas para lavagem dos tanques, para evitar que peças metálicas
possam cair nos anodos, a menos que eles estejam protegidos pela estrutura adjacente.
21.1.10.4- Os núcleos dos anodos devem ser de aço naval ou outro aço soldável e devem ser de suficiente rigidez para evitar ressonância. Eles devem ser de madeira para que suportem os anodos, mesmo
quando estiverem gastos. Os núcleos devem ser fixados à estrutura através de solda contínua de seção
adequada. Deve ser observado que a soldagem não foi utilizada em regiões de entalhes que aumentam
a concentração de tensões. Alternativamente, eles podem ser fixados por parafusos a suportes separados, utilizando, pelo menos, 2 parafusos com contra-porcas. Além disso, podem ser aceitas fixações
mecânicas patentes, aprovadas.
Quando inserções de anodos ou suportes são soldados à estrutura, eles devem ser arranjados de modo
que as soldas fiquem fora de pontos de aumento de tensão. Recomenda-se que os suportes nas extremidades de um anodo não sejam fixados a itens separados passíveis de se moverem independentemente. Além disso, serão aceitas fixações mecânicas patentes, aprovadas.
21.1.11- Tintas à Base de Alumínio
Tintas à base de alumínio não podem ser utilizadas em tanque de carga, conveses de tanques na região
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de tanques de carga, compartimentos de bombas, cofferdams e outras regiões onde podem se acumular
gases inflamáveis.
21.1.12- Aberturas nos Tanques
21.1.12.1- Abertura em tanques como, por exemplo, aberturas para limpeza de tanques, bujões de
ulagem ou sondagem e aberturas de inspeção, não podem ser arranjadas em espaços fechados.
21.1.12.2- Bujões de ulagem e sondagem e aberturas de inspeção devem ser instalados tão alto quanto
possível, por exemplo, na tampa dos escotilhões. As aberturas devem ter tampas estanques ao óleo,
que fecham automaticamente, após o término da operação de sondagem. As tampas podem ser de aço,
bronze ou latão, mas não de alumínio. No uso de tampas feitas de plástico reforçado com vidro ou outro
material sintético, deve ser observado H.
21.1.12.3- Onde são previstas aberturas de convés para ligações de cabos para levantar andaimes, deve
ser observado o seguinte:
a) O número e posição dos furos no convés deve ser aprovado.
b) Os furos podem ser fechados através de bujões de aço, bronze, latão ou material sintéico, mas não de
alumínio. O material utilizado deve ser adequado para todos os líquidos a serem transportados.
c) Bujões de metal devem ter roscas finas. Devem ser mantidas transições lisas das roscas nas bordas
superior e inferior do chapeamento do convés.
d) Onde serão utilizados bujões de material sintético, deve ser comprovado junto ao BC que os bujões
mantêm um selo estanque a gás, efetivo até o fim dos primeiros 20 minutos do teste do fogo padrão,
como definido Capítulo II-2, Parte A, Regras 3 (b), SOLAS 74, supondo que a parte superior é exposta
às chamas.
e) Devem ser mantidos, pelo menos, 10% do número total de bujões, como sobressalentes.
21.1.12.4- Dentro de tanques de carga não podem ser instaladas portas de visita para o fundo duplo.
Recomenda-se que, geralmente, o acesso a tanques de fundo duplo localizados sob tanques de óleo de
carga, seja previsto por dutos à partir do convés aberto ou através de portas de visita em uma quilha-duto
para tubos, conforme 21.1.6.7. Onde são transportados somente líquidos não perigosos em tanques de
carga, portas de visita podem ser instaladas em casos especiais no chapeamento do fundo duplo, desde
que aprovadas pela Administração, mas não em tanques de fundo duplo de óleo combustível.
21.1.13- Espessura Mínima
Todas as partes estruturais de tanques de carga não podem ter uma espessura menor que:
t = 5,5 + L/25 [mm] , para elementos estruturais principais e estruturas restantes
tmin = 6,5 (k)1/2
Não é permitido reduzir a espessura mínima para serviço restrito.
21.1.14- Proteção Contra Corrosão
21.1.14.1- Onde for aplicada uma proteção efetiva contra corrosão, a espessura dos elementos estruturais protegidos pode ser reduzida.
21.1.14.2- Para elementos estruturais também solicitados à compressão, a espessura pode ser reduzida somente comprovando resistência adequada a flambagem.
21.1.14.3- Nos desenhos à serem submetidos para aprovação, devem ser indicadas, tanto as espessuras reduzidas previstas como as espessuras exigidas pelas Regras de Construção. Os desenhos devem, também, ser colocados a bordo do navio.
21.1.14.4- Juntamente com os desenhos, devem ser submetidas, também, uma descrição do sistema
previsto de proteção contra corrosão, bem como as particularidades de sua adequabilidade para os
respectivos campos de aplicação.
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21.1.15- Teste dos Tanques de Carga
21.1.15.1- Tanques de carga e cofferdams devem ser, se possível, testados por coluna d’água, antes do
lançamento ou no dique seco. As anteparas de tanques de carga e cofferdams devem ser testadas, no
mínimo, de um lado. Os testes devem ser executados antes da aplicação da primeira de mão de tinta.
O teste por coluna d’água pode ser feito, também, após o lançamento, quando o teste na carreira ou no
dique não for possível.
21.1.15.2- Para tanques de carga, é exigida uma coluna d’água de 2,5 metros acima do topo dos tanques. Para cofferdams, uma coluna d’água até o topo das aberturas de acesso é suficiente.
21.1.15.3- Mediante acordo, pode ser executado um teste combinado por ar comprimido e coluna d’água,
em vez de um teste completo de coluna d’água conforme,21.1.15.1 e 21.1.15.2. O teste de estanqueidade
por ar comprimido deve ser executado na carreira. A pressão do ar não pode exceder 0,2 bar. Devem ser
observados os procedimentos de segurança a fim de reduzir a um mínimo os riscos de acidente.
21.1.15.4- Tanques de carga dotados de válvulas de alívio de pressão e/ou destinados ao transporte de
cargas com uma densidade de mais que p = 1,025 t/m 3 serão testados com uma coluna d’água acima
do topo do tanque de, no mínimo:
hp = 2,5 . r ou pV
ρ
pV
[m] (adotar o maior valor)
= densidade do líquido, em [t/m3]
= pressão de ajuste da válvula de alívio de pressão, em [bar], se a válvula de alívio de pressão for
instalada; pVmin = 0,2 [bar] , para tanques de carga de petroleiros ( vide Seção 3, item 3.4.1).
21.2 - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL
21.2.1 - Os cálculos de momentos fletores longitudinais e forças cortantes, bem como o de módulo da
seção mestra, devem ser realizados conforme Seção 4.
21.3 - CHAPEAMENTO DO COSTADO, DO CONVÉS E DO TETO DO FUNDO DUPLO
21.3.1 - A espessura do chapeamento do fundo, convés e teto do fundo duplo deve ser determinada para
obter o módulo de seção mestra exigido conforme Seção 4. Além disso, as espessuras do chapeamento
do costado, do convés e teto do fundo duplo não podem ser menores que o exigido conforme Seção 5,
Seção 6 e Seção 7, respectivamente.
21.3.2 - Para reforços nas extremidades das superestruturas, vide Seção 14, item 14.1.4.
21.3.3 - As espessuras dos chapeamentos não podem ser menores que as espessuras mínimas conforme e as espessuras t1 e t2, conforme, respectivamente.
21.4 - LONGITUDINAIS DO COSTADO E LONGITUDINAIS DO CONVÉS
Os escantilhões de longitudinais do costado e de longitudinais de convés devem ser determinados
conforme a Seção 8, item 8.2. Os módulos de seção não podem ser menores que W2, definido na Seção
11, item 11.2.3.1.
21.5 - RESISTÊNCIA DE VIGAS E GIGANTES
21.5.1 - Generalidades
21.5.1.1 - As vigas e gigantes devem ser reforçadas por reforços verticais e horizontais. Na região de
0,1.m (m = vão livre da viga ou gigante), a partir do suporte, o espaçamento dos reforços não deve ser
maior que 60.t (t = espessura da alma). Na região com tensões elevadas as almas devem ser reforçadas
por reforços instalados, paralelos à barra-face. Vigas longitudinais devem ser reforçadas longitudinalmente.
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21.5.1.2 - Borboletas contra flambagem devem ser espaçadas não mais que 12.b (b = largura da barraface) ou 3 metros e instaladas, também, nas extremidades de borboletas de gigantes. As barras-face
devem ser adicionalmente suportadas por borboletas contra flambagem nos arredondamentos, bem como
em linha com as barras-face das travessas.
21.5.1.3 - Borboletas colocadas nos cantos de gigantes e borboletas contra flambagem colocadas em
longitudinais devem ter uma transição suave nas suas extremidades inferiores.
21.5.1.4 - As gigantes devem ser particularmente reforçadas para resitir a carregamentos atuando verticalmente em suas almas, quando navios são carregados e descarregados ao largo.
21.5.1.5 - Passagens de dreno de óleo e de ar, o menor possível, e bem arredondadas, devem ser
previstas para facilitar eficiente drenagem e ventilação dos vapores. Perto dos pontos de engastamento
dos reforços e vigas, bem como das extremidades das borboletas, não podem ser colocadas aberturas,
nem para passagens de solda.
21.5.2 - Análise de Tensões
21.5.2.1 - Uma análise de tensões tridimensional deve ser feita para vigas e gigantes para as condições
de carregamento resultantes do arranjo de tanques e dos calados. Os cálculos para longarinas e gigantes transversais devem ser executados, no mínimo, para as seguintes condições de carregamento:
a) tanque central cheio, tanques laterais vazios, calado H1 = D/4 (ver Fig. 21.1.a)
b) tanque central cheio, tanques laterais vazios, calado H2 = HMAX (ver Fig. 21.1.b)
c) tanque central cheio, tanques laterais vazios, pressão externa conforme banda de 20 graus, 1ado do
convés imerso.
d) tanques laterais cheios, tanque central vazio, calado H3 = Hmin na condição de lastro (ver Fig. 21.1.d);
d) tanques laterais cheios, tanque central vazio, calado H4 = HMAX na condição de lastro, H4min = H/3
(H= calado de verão)
As condições de carregamento, conforme Fig. 21.1, se aplicam analogamente para navios petroleiros
com 3 e mais anteparas longitudinais e/ou casco duplo.
21.5.2.2 - No caso das condições de carregamento b) e e), os seguintes carregamentos dinâmicos
externos devem ser adicionados à pressão de água resultante do calado:
a) Para o costado do navio:
pd = (10.po ) / (10+z1)
pd = po . [1- (z2 / 2.H)]
[kN/m2] , acima da linha d’água
[kN/m2] , abaixo da linha d’água
H = calado H2 ou H4 , em [m]
po
z1
z2
= pD (carregamento de conveses expostos ao tempo, calculado como mostrado na Seção 3, item
3.2.1.1)
= distância vertical desde a linha d’água até a viga ou gigante, medida para cima da linha d’água,
em [m]
= distância vertical desde a linha d’água até a viga ou gigante, medida para baixo da linha d’água,
em [m]
b) para o fundo
pd = po / 2 [kN/m2]
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Figura 21.1
21.5.2.3 - Os carregamentos internos dos líquidos devem ser determinados conforme as fórmulas para
p’1 , conforme Seção 3, item 3.4.1. Como pressão mínima de abertura das válvulas de alívio de pressão,
deve ser adotada 7 a 0,2 bar.
21.5.3 - Escantilhões
21.5.3.1 - Sob as hipóteses de carregamento conforme 21.5.2. os seguintes valores de tensão não
devem ser excedidos nos gigantes transversais e nas vigas de anteparas:
tensões de flexão e axiais normais:
tensõesde cisalhamento:
tensão combinada:
σx
σz
σx
τ
= 180/k [N/mm2]
= 100/k [N/mm2]
σ V = σ x2 + σ z2 − σ x ⋅ σ z + 3 ⋅ τ 2 = 200 / k
[N / mm 2 ]
= tensão na direção longitudinal da viga
= tensão vertical à direção longitudinal da viga.
Os valores de tensão conforme, não devem ser excedidos pelo carregamento através de p2 conforme a
Seção 3, item 3.4.1
21.5.3.2 - Em longarinas e sicordas, a tensão combinada resultante da flexão local da viga e flexão
σS (σ
σS = limite de escolongitudinal do casco do navio sob carregamento do mar, não pode exceder 0,9.σ
amento do material).
21.5.3.3 - A resistência à flambagem de vigas e gigantes deve ser verificada. Ver Seção 2, item 2.6.
21.5.3.4 - A espessura de alma de vigas longitudinais de convés reforçado longitudinalmente não pode
ser menor que:
t = 1,33 ⋅ a ⋅ σ D ⋅ 1 − z1 
eo 

σD
z1
eo
[mm ]
= tensão de compressão máxima, em [N/mm2] , no plano do convés
= distância vertical do centro do painel de alma considerado ao convés, em [m]
= distância do eixo neutro da seção mestra ao convés, em [m].
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21.5.3.5 - A espessura de alma de longarinas do fundo reforçadas longitudinalmente não pode ser menor
que:
t = 1,33 ⋅ a ⋅ σ B ⋅ 1 − z2 
eo 

σB
z2
eo
[mm ]
= máxima tensão de compressão no plano do fundo, em [N/mm2]
= distância vertical do centro do painel de alma considerado à linha base, em [m]
= distância do eixo neutro da seção mestra à linha base, em [m].
Quando é prevista a docagem do navio sob as longarinas, deve ser comprovado que os escantilhões são
suficientes para os carregamentos da docagem.
21.5.3.6 - Travessas
A área seccional das travessas não pode ser menor que:
fk =
fk =
λ
m
i
J
p
p
10 ⋅ p
95 − 0,0045 ⋅ λ2
p ⋅ λ2
5 ⋅ 10 4
[cm 2 ]
[cm 2 ]
,
,
para λ ≤ 100
para λ > 100
=
=
=
=
=
m/i = grau de esbeltez
vão sem apoio, em [cm]
raio de giração = (J / fk )1/2 [cm]
menor momento de inércia, em [cm4]
carregamento p1, p’1 ou pD, em [kN/m2], conforme Seção 3, item 3.4. Como primeira aproximação,
= A.p [kN], onde A = área suportada por uma travessa, em [m2]
fk deve ser determinado definitivamente para a força p, resultando do cálculo da resistência transversal do
gigante.
21.6 - ANTEPARAS LONGITUDINAIS E TRANSVERSAIS ESTANQUES A ÓLEO
21.6.1 - Generalidades
21.6.1.1 - As anteparas devem ser reforçadas por prumos ou travessas, combinadas com vigas ou
gigantes horizontais e verticais ou estruturas equivalentes.
21.6.1.2 - Anteparas de cofferdams devem ser estanques ao óleo. Se elas formam limites de tanques de
carga, devem ter a mesma resistência que as anteparas de tanques de carga. Se elas formam limites
de tanque de armazenamento, seus escantilhões devem ser determinados conforme a Seção 10. Em
outros casos, são suficientes escantilhões como para anteparas comuns estanques à água, conforme a
Seção 10.
21.6.1.3 - Anteparas longitudinais podem ter aberturas dentro de cofferdams, exceto nas fiadas reforçadas, superior e inferior. Fora da região dos tanques de carga, as anteparas não devem terminar abruptamente; deve ser prevista uma transição gradual com as longarinas e sicordas adjacentes.
21.6.1.4 - Anteparas longitudinais corrugadas só podem ser corrugadas na direção horizontal. As fiadas
superior e inferior das anteparas longitudinais, conforme 21.6.2.2, não podem ser corrugadas.
21.6.1.5 - Para comprovação de suficiente resistência à flambagem de anteparas longitudinais, vide
Seção 4, item 4.4.2. Como primeira aproximação, a espessura crítica das fiadas superiores das anteparas longitudinais reforçadas longitudinalmente pode ser determinada conforme o item 21.5.3.4 ou 21.5.3.5
(ver, também, o item 21.1.14.1)
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21.6.2 - Escantilhões
21.6.2.1 - Definições
k
a
e
m
p
p2
= fator de material, conforme a seção 1; k =1 para aço naval comum
= espaçamento dos prumos, em [m]
= espaçamento, em [m], entre vigas e gigantes entre si, do fundo ou convés e das anteparas,
respectivamente
= vão sem apoio, em [m], conforme a Seção 2, item 2.3
= carregamento p1 , p’1 ou pd, em [kN/m2] , conforme Seção 3, item 3.4. Prevalece o maior valor.
= pressão em [N/m2] , conforme a Seção 3, item 3.4 “engastado” ou “simplesmente apoiado” = ver
a Seção 2, item 2.4
21.6.2.2 – Chapeamento
a) A espessura do chapeamento não pode ser menor que:
t1 = 1,13.a.(p.k)1/2 + 1,5
[mm] para anteparas transversais
t1 = 1,20.a.(p.k)1/2 + 1,5
[mm] para anteparas longitudinais
t2 = 0,92.a.(p2.k)1/2 + 1,5 [mm]
tmin = ver item 21.1.13
b) As fiadas superior e inferior das anteparas longitudinais devem possuir uma largura de, no mínimo,
0,1.D, e suas espessuras não podem ser menores que:
0,75xespessura do chapeamento do convés, para a fiada superior do chapeamento
tmin =
tmin =
0,75 x espessura do chapeamento do fundo, para a fiada inferior do chapeamento
c) A espessura do chapeamento de anteparas corrugadas não pode ser menor que:
tcrit = b / (68.k1/2), onde b = largura da barra face da corrugada
21.6.2.3 – Prumos
a) O módulo de seção de prumos de antepara e de elementos de antepara corrugada de anteparas
longitudinais e transversais, bem como de travessas e elementos de anteparas transversais considerados engastados em ambas as extremidades, não pode ser menor que:
W1 = 0,55.k.a.m2.p [cm3]
W2 = 0,44.k.a.m2.p2 [cm3]
Onde uma ou ambas as extremidades forem simplesmente apoiadas, o módulo de seção deve ser
aumentado em 50%. Para elementos de antepara corrugada, a largura do elemento e (mostrado na
Figura 10.4) deve ser utilizada, ao invés de a (vide, também a Seção 10, item 10.2.4)
b) O módulo de seção de travessas em anteparas longitudinais deve ser determinado como para cavernas longitudinais, conforme a Seção 8, item 8.2, mas não pode ser menor que W2 no item 21.6.2.3.a.
c) Onde os escantilhões de prumos e vigas que não fazem parte dos elementos estruturais longitudinais
ou transversais são determinados conforme cálculos de resistência, os seguintes valores de tensão
não devem ser ultrapassados:
quando solicitado pelo carregamento
p: σb = 150/k [N/mm2] ; τ = 100/k [N/mm2]
quando solicitado pelo carregamento
p2: σb= 185/k [N/mm2] ; = 120/k [N/mm2] ;
σ V = σ b2 + 3.τ 2 = 220 / k
[N / mm 2 ]
d) Para prumos e vigas que são parte de elementos estruturais transversais ou longitudinais, deve ser
observado, adicionalmente, o item 21.5.3.
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e) A fixação da extremidade de prumos de antepara por borboletas deve ser executada conforme a
Seção 2, item 2.4. As borboletas devem ser determinadas pelo módulo de seção dos prumos. As
borboletas devem ligar os prumos com a viga adjacente, ou se extender até a próxima caverna ou vau.
f) Para a fixação das extremidades de elementos de anteparas corrugadas deve ser observada a Seção
2, item 2.4.3
g) A espessura da alma dos prumos não deve ser menor que a espessura mínima definida no item
21.1.13.
h) A travessa mais inferior de uma antepara transversal não deve ser colocada a uma distância maior que
300 mm das extremidades superiores das borboletas dos longitudinais do fundo.
i) Os prumos devem ser contínuos nas vigas. Eles devem ser ligados às almas das vigas para que a força
de suporte possa ser transmitida observando τzul = 80/k [N/mm2]
21.6.2.4 - Vigas nas anteparas
a) As seguintes fórmulas só [podem ser utilizadas para a determinação dos escantilhões como uma
primeira aproximação. posteriormente, deve ser realizada uma análise de tensões para o sistema de
vigas. para tensões admissíveis, ver 21.6.2.3.3.
b) Vigas horizontais e verticais não formando um anel fechado com vigas do fundo e convés ou com
escoas:
W1=0,83.k.e.m2.p [cm3]
W2=0,66.k.e.m2.p2 [cm3]
c) Para vigas verticais e horizontais em anteparas transversais formando um anel fechado com vigas do
fundo e do convés ou com escoas:
W1=0,55.k.e.m2.p [cm3]
W2=0,44.k.e.m2.p2 [cm3]
d) Vigas em anteparas longitudinais devem ser determinadas pela análise de tensões definida no item
21.5.2.
21.7 - ANTEPARAS-DIAFRAGMA
21.7.1 - Generalidades
21.7.1.1 - A área de perfuração em anteparas-diafragma deve ser aproximadamente 5 a 10% da área da
antepara.
21.7.1.2 - As fiadas superior e inferior de uma antepara central executada com uma antepara-diafragma
devem ser determinadas conforme o item 21.6.2.2.2. Na região destas fiadas devem ser evitadas grandes aberturas. A antepara central deve ser executada da maneira que transmita a tensão de cisalhamento
entre fundo e convés.
21.7.2 - Escantilhões
21.7.2.1 - A espessura da chapa de anteparas-diafragma transversais deve ser dimensionada de modo a
suportar as forças induzidas pelo chapeamento do costado, as anteparas longitudinais e longarinas. A
tensão de cisalhamento não pode exceder 100/k [N/mm2]. Além disto, os painéis de chapeamento
devem ser verificados com respeito à sua resistência contra flambagem. Em nenhum caso a espessura
do chapeamento pode ser menor que a espessura mínima definida no item 21.1.13.
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21.7.2.2 - Prumos e vigas devem ser determinados como para uma antepara estanque ao óleo, com uso
do valor de pressão pd , conforme a seção 3, item 3.4.2, para a pressão p.
21.8 - ESCOTILHÕES
21.8.1 - Escotilhões de Tanques
21.8.1.1 - O número e tamanho de escotilhões deve ser limitado ao mínimo possível para o acesso e
ventilação.
21.8.1.2 - Onde serão cortadas aberturas no convés para escotilhões, as aberturas devem ser, de preferência, elípticas, com o seu eixo maior na direção longitudinal do navio. Longitudinais do convés devem
ser contínuas na região de escotilhões, dentro de 0,4.L, a meia-nau; onde isso não é possível, deve ser
compensada a área seccional cortada.
21.8.1.3 - As braçolas de escotilhões devem ter uma espessura de, pelo menos, 10 mm.
21.8.1.4 - Tampas de escotilhões devem ser de aço com espessura de, pelo menos, 12,5 mm. Quando
a sua área é maior que 1,2 [m2], devem ser previstos reforços. As tampas de escotilhões devem possuir
fechamento estanque a óleo.
21.8.1.5 - Em petroleiros pequenos as espessuras mínimas, conforme 21.8.1.3 e 21.8.1.4, de 10 mm,
para as braçolas de 12,5 mm para as tampas, podem ser menores, quando isso pode ser justificado pelo
tamanho ou reforços adicionais dos escotilhões.
21.8.1.6 - Outros tipos de tampas de escotilhões estanques ao óleo podem ser aprovados, desde que
sua equivalência possa ser demonstrada.
21.8.1.7 - Tampas de escotilhões, de material plástico estanque ao óleo, reforçado com fibra de vidro,
podem ser aprovadas, desde que os seguintes determinações sejam atendidas:
a) O laminado deve ser auto-extinguível.
b) Um protótipo de uma tampa deve ser submetido a um teste de fogo padrão, conforme SOLAS, 1974,
com as chamas atingindo, pelo lado inferior, por 20 minutos, a uma temperatura máxima de 79 oC. A
tampa protótipo deve ser capaz de reter as chamas durante os primeiros 20 minutos, do teste de fogo
padrão.
c) Um protótipo de uma tampa deve ser submetido a um teste no qual pode ser demonstrado que a
tampa continua estanque nas condições da limpeza dos tanques com vapor. A tampa não deve se
deformar no teste.
d) As peças plásticas das tampas devem ser fabricadas por oficinas homologadas pelo BC e sob fiscalização, conforme as Regras de homologação do BC.
e) Um protótipo de cada tamanho de tampas fabricadas deve suportar um teste de pressão com, pelo
menos, 28 [kN/m2].
f) Deve ser comprovado que as tampas fabricadas em série têm as mesmas resistências e qualidades
daquelas que foram submetidas aos testes de protótipo.
g) O dispositivo para abrir e fechar as tampas deve ser de maneira que a tampa só possa ser travada na
condição completamente fechada ou completamente aberta. Uma placa indicadora com a seguinte
indicação deve ser fixada na tampa: “Tampas não fechadas devem ser travadas na posição
totalmente aberta.”
A instalação de tampas de escotilhões de plástico reforçado com fibra de vidro também deve ser aprovada pela autoridade nacional responsável para conferir a borda-livre.
21.8.2 - Outros Escotilhões
Escotilhões para compartimentos outros que tanques de carga situados no convés resistente, em uma
caixa ou no convés do castelo, também dentro de superestruturas abertas, devem ter tampas de aço
estanques ao tempo, com resistência conforme a Seção 15, item 15.3.
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21.9 - DETALHES ESTRUTURAIS DAS EXTREMIDADES DO NAVIO
21.9.1 - Generalidades
21.9.1.1 - Nos seguintes regulamentos é pressuposto que o fundo no corpo de vante e de ré do navio
(parte a vante da antepara de cofferdam à vante e parte à ré da antepara à ré) é estruturado transversalmente. Outras construções, quando comprovada a equivalência, podem ser aprovadas.
21.9.1.2 - Para os piques de vante e de ré, prevalecem as Regras da Seção 8, item 8.1.7.
.
21.9.2 - Corpo de Vante (Proa do navio)
21.9.2.1 - Hastilhas devem ser colocadas em cada caverna. Os escotilhões devem ser determinados
conforme a Seção 7, item 7.1.1.2.4.
.
21.9.2.2 - Cada longitudinal do fundo, alternada, deve ser estendida para vante, quando consecutivamente possível, por uma longarina lateral intercostal, de mesma espessura e, no mínimo, a metade da altura
das hastilhas. A largura de seus flanges deve ser, no mínimo, de 75 mm.
21.9.2.3 - Os costados podem ser estruturados transversal ou longitudinalmente, conforme Seção 8.
.
21.9.3 - Corpo de Ré (Popa do navio)
21.9.3.1 - Entre a antepara do cofferdam de ré e a antepara do pique de ré, a estrutura do fundo deve ser
conforme a Seção 7.
21.9.3.2 - Os costados podem ser estruturados transversal ou longitudinalmente, conforme Seção 8.
21.10 - NAVIOS PARA O TRANSPORTE DE CARGA SECA OU ÓLEO
21.10.1 - Generalidades
21.10.1.1 - Para navios no contexto deste parágrafo, construídos para o transporte de carga seca ou
óleo, prevalecem as Regras desta Seção, bem como as Regras relevantes para o transporte da respectiva carga seca.
21.10.1.2 - Carga seca e carga líquida com um ponto de fulgor (teste de cuba fechada) de 60 oC e abaixo,
não podem ser transportadas simultaneamente, com exceção de sobras de óleo de carga e água contaminada por óleo de carga, quando carregadas em tanques de borra, atendendo 21.10.3.
21.10.1.3 - Antes de empregar o navio para o transporte de carga seca, toda a área de carga deve ser
limpa e desgaseificada. Através da limpeza e repetidas medidas da concentração de gases, deve-se
assegurar que durante o transporte da carga seca não poderão ocorrer concentrações perigosas de
gases na área de carga.
21.10.1.4 - Na região dos porões de carga para óleo, devem ser evitados, tanto quanto possível, espaços
vazios onde possam se formar gases explosivos.
21.10.1.5 - Aberturas utilizadas para operações de carga e descarga ou estiva de carga seca, não são
permitidas em anteparas e conveses separando tanques de óleo de carga de outros compartimentos, a
menos que meios alternativos aprovados sejam previstos para assegurar integridade equivalente no que
se refere à divisão e estanqueidade.
21.10.2 - Reforços
21.10.2.1 - Cavernas
a) Os escantilhões de cavernas nos porões de carga para óleo devem ser determinados conforme a
Seção 8, item 8.1.3.2. Borboletas contra flambagem, conforme, devem ser colocadas em intervalos
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adequados.
b) Em porões de carga parcialmente cheios pode ser exigido um reforço das cavernas, dependendo da
razão de enchimento.
21.10.2.2- Anteparas de Porões de Carga
a) Os escantilhões de anteparas de porões de carga devem ser determinados conforme 21.2.8, bem
como conforme as Regras para navios petroleiros. Sua resistência deve, também, atender às exigências da Seção 11, item 11.4.
b) Em porões de carga parcialmente cheios pode ser exigido um reforço de anteparas, dependendo da
razão de enchimento.
21.10.2.3- Escotilhas
a) Os escotilhões das tampas de escotilhas devem ser determinados conforme a Seção 15, com especial atenção ao parágrafo 15.3.1.3
.
b) Em porões de carga parcialmente cheios, pode ser exigido que as tampas de escotilha sejam reforçadas, dependendo da razão de enchimento e da localização do navio.
c) Os escantilhões das braçolas de escotilhas devem ser verificados para o carregamento, conforme a
Seção 15, item 15.3.1.5
d) A forma e tamanho das tampas de escotilha e o sistema de vedação devem ser adaptados um ao
outro de modo a se evitar vazamentos causados por possíveis deformações elásticas das escotilhas.
21.10.3- Tanques de Borra (Slop-tanks)
Tanques de borra devem ser circundados por cofferdams alagáveis. Um cofferdam pode ser dispensado
onde um compartimento de bombas, um tanque de óleo combustível ou um tanque de carga destinado
exclusivamente para óleo de carga ou água de lastro, seja localizado adjacente ao tanque de borra. Para
ventilação de tanques de borra, vide Regras de Construção para Máquinas
.
21.11- PEQUENOS NAVIOS PETROLEIROS
21.11.1- Generalidades
21.11.1.1- Pequenos navios petroleiros são aqueles com emnos de 100 metros de comprimento. Podem
ser estruturados longitudinal ou transversalmente ou, ainda, pode ser adotado um sistema combinado
com os costados do navio estruturado transversalmente e o fundo e o convés resistente, longitudinalmente. Para o convés resistente, o sistema longitudinal é recomendado.
21.11.1.2- O convés resistente pode se estender de bordo a bordo ou pode consistir de um convés
principal e de um convés em caixa mais elevado. No caso de navios com conveses em caixa, os valores
admissíveis de L/D para as diferentes regiões de navegação devem ser relacionados ao seguinte pontal
ideal D:
D’= D + (htrunk . btrunk / B)
L
D
hrunk
btrunk
=
=
=
=
comprimento do navio, em [m] (ver Seção 1)
pontal do navio, em [m] (ver Seção 1)
a altura da caixa acima do convés principal, em [m]
largura (boca) da caixa, em [m]
21.11.1.3- Duas anteparas longitudinais estanques ao óleo ou uma antepara central estanque a óleo
pode ser instalada, e devem se estender continuamente através de todos os tanques de carga, de
cofferdam a cofferdam.
21.11.1.4- O comprimento livre dos tanques de carga não pode ser maior que 7 + 0,1.L [m] (vide, também, o item 21.1.5.)
21.11.1.5- Para navios petroleiros com mais de 24 metros de comprimento, deve ser fornecida a com-
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provação de altura de proa suficiente, conforme 21.1.7.
21.11.1.6 - Uma caixa de suficiente altura pode servir como passarela, conforme 21.1.8
21.11.2 - Vigas Principais
21.11.2.1- O módulo de seção e a área seccional da alma dos seguintes elementos estruturais principais, formando anéis fechados de suporte, longarina central, longarina lateral, gigantes do fundo, cavernas gigantes, vigas em anteparas e escoas na região de tanques de carga, devem satisfazer às seguintes exigências mínimas:
W1 = k . c . e . m2 . p [cm ]
W2 = conforme 21.6.2.3.a
f1 = 0,061.k.e.m.p [cm2]
f2 = 0,040.k.e.m.p2 [cm2]
c = 0,9 - 0,002.L
k, e, m, p , p2 : conforme o item 21.6.2.1.
21.11.2.2- Se os elementos estruturais principais em 21.11.2.1 não formam anéis fechados e são simplesmente apoiados em uma ou ambas extremidades, seus módulos de seção e áreas seccionais de
alma, conforme 21.11.2.1, devem ser aumentados em 50%.
21.11.2.3- Os escantilhões dos vaus gigantes para estrutura longitudinal devem ser determinados conforme 21.11.8.
21.11.2.4- Deduções para navegação restrita não podem ser feitas para elementos estruturais principais.
21.11.3- Estrutura Transversal
21.11.3.1- Escantilhões
a) O módulo de seção de cavernas na área de tanques de carga não pode ser menor que:
W1 = k . c . a . m2 . p [cm3] ou
W2 = conforme 21.6.2.3.a
k e p conforme 21.6.2.1
c = 0,7, sem escoa ou apenas com escoa
c = 0,6, com duas ou mais escoas e cavernas gigantes colocadas em cada gigante do fundo. Onde
não existe caverna gigante, deve ser adotado c = 0,7, mesmo onde 2 ou mais escoas são
previstas.
m = vão, sem apoio, da caverna, em [m]; m, m1, m2, m3, conforme Fig. 21.2 .
b) Os escantilhões do perfil da caverna devem ser mantidos ao longo de todo o pontal D.
21.11.3.2- Fixação das Extremidades e Conexões
a) Nas extremidades das cavernas transversais devem ser previstas borboletas flangeadas, conforme a
seção 2, item 2.4.2. A borboleta de bojo deve contornar o bojo e ser conectada à longitudinal adjacente ao fundo. A borboleta da extremidade superior da caverna deve ser conectada à longitudinal adjacente ao convés.
b) Onde o vão sem apoio é considerável, chapas ou borboletas devem ser instaladas para suportar a
caverna contra flambagem. As cavernas devem ser conectadas às escoas por chapas ou borboletas
se estendendo até à barra-face da escoa, para que a força de suporte possa ser transmitida.
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21.11.4- Convés
21.11.4.1- Os escantilhões do convés resistente devem ser determinados conforme Seção 6. A espessura do chapeamento não pode ser menor que:
tcrit = 103.a / (85-0,15.L) [mm] , onde é adotada estrutura longitudinal
tcrit = 103.a / (65-0,2.L) [mm] , onde é adotada estrutura transversal
A espessura do convés não pode ser menor que a espessura mínima definida no item 21.1.13, ou que as
espessuras t1 e t2 , definidas no item 21.6.2.2.a.
Figura 21.2
21.11.4.2 - Para navios de convés caixa, o dimensionamento do convés será baseado no pontal ideal D’,
definido no item 21.11.1.2. A espessura do chapeamento de convés assim obtida se aplica para o convés
principal e para o convés caixa. Onde a espessura obtida para o convés excede a do fundo, contanto que
o sistema estrutural e o espaçamento de cavernas seja igual no fundo e no convés, o valor médio das
duas diferentes espessuras será usado para o convés e o fundo.
21.11.4.3 - O chapeamento lateral da caixa deve ser da mesma espessura do chapeamento do costado
nas extremidades, levando em consideração o espaçamento da caverna, entretanto, não pode ser menor
que a espessura mínima, conforme 21.1.13, nem que as espessuras t1 e t2 , definidas no item 21.6.2.2.a.
21.11.4.4 - O reforço do chapeamento da lateral da caixa deve ser similar ao do convés. Os gigantes
devem ser determinadas conforme 21.11.8, como vaus gigantes, com um vão igual à altura da caixa. O
módulo de seção não deve ser menor que o dos vaus gigantes a eles conectados.
21.11.5 - Chapeamento do Costado
A espessura de chapeamento do costado deve ser determinada conforme a Seção 5. Para navios com
convés-caixa, a espessura se baseará no pontal ideal D’, definido no item 21.11.1.2. A espessura do
chapeamento do costado não pode ser menor que as espessuras t1 e t2 , definidas no item 21.6.2.2.a.
21.11.6 - Longitudinais
21.11.6.1 - O módulo de seção deve ser determinado conforme a seção 8, item 8.2 , e não pode ser
menor que W2 , definido no item 21.6.2.3.a
21.11.6.2 - Entre 0,2 L da PPAV e a antepara de vante do cofferdam, as longarinas do fundo, entre a
longarina central e a antepara longitudinal lateral e o costado, devem ser aumentadas de 60%, na altura.
Devem ser instaladas gigantes de fundo adicionais da mesma altura, entre as gigantes normais.
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21.11.7- Vaus
Os escantilhões dos vaus devem ser determinados conforme Seção 9. O módulo de seção não pode ser
menor que W1 ou W2 , definidos no item 21.6.2.3.a
21.11.8 - Vaus Gigantes para Estrutura Longitudinal no Convés
O módulo de seção e a área seccional da alma de vaus gigantes, na região de tanques de carga, não
deve ser menor que:
W1 = k . c . e . m 2 . p [cm3]
W2 = conforme 21.6.2.3.a
f 1 = 0,061 . k . e . m . p [cm 2]
f 2 = conforme 21.11.2.1
k, e, c, m : conforme 21.11.2.1
p
= carregamento de convés pD, conforme Seção 3, item 3.2.1.1, ou a pressão p’1, conforme a Seção
3, item 3.4.1
Lista de Compostos Número 1
Óleos
Óleo crú
Óleo crú contendo misturas
Óleo diesel
Óleo de aquecimento (óleo combustível)
Óleo isolante
Óleo mineral
Óleo lubrificante e misturas
Óleo de motor
Óleo Spindle
Óleo de turbina
Destilados
Gasóleo
Gasolina e misturas de gasolina
Combustíveis de turbina à gás
Gasolina pesada
Emulsões asfálticas
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Lista de Compostos Número 2
Nome dos Compostos
Temp. Ponto Dens.
ignição d e
t/m³
0°
Fulgor
°C
Nome dos Compostos
Acetona
540
-19
0,79
Álcool n-decilico
Acetato de isopentila
380
25
0.87
Ftalato de diisobutila
Acetato de n-pentila
375
37
0.88
Diisobutilcetona
32
0.86
Diisobuteno
Acetato de sec pentila
Álcool pentílico
300
38
0.81
4-Hidroxi, 4 metilpentanona
Álcool n-pentílico secundário
340
34
0.81
Diciclopentadieno
Álcool isopentílico secundário
30
0.82
Dietil benzeno
Álcool tert-pentilico
30
0.81
Dietileno glicol
tert-Pentenos
Ponto
de
Fulgor
°C
285
82
0,83
160
1.04
49
0.81
>-7
0.72
388
640
58
0.93
0.98
395
56
0.87
225
124
1.12
82
0.91
195
107
0.95
glicol monotubutilico
299
116
0.98
190
96
1.03
Eter dietileno glicol dietilico
436
100
1.05
Eter dietileno glicol monobutilico
Acetato de isobutila
420
18
0.87
Acetato de eter dietileno
370
Acetato de sec-butila
Dens.
t/m³
32
Álcool benzilico
Acetato de n-butila
Temp.
ignição
°C
22
0.88
Eter dietileno glicol monoetilico
19
0.86
Acetato de eter dietileno
glicol monoetilico
110
1.01
Álcool isobutilico
430
27
0.80
Eter dietilenoglicol monometilico
93
1.02
Álcool n-butílico
365
29
0.81
Acetato de eter dietileno
Álcool sec-butílico
390
24
0.81
Filato de diisoctila
Álcool tert-butílico
470
glicol monometilico
Ftalato de bitilbenzilia
1-4 Butanidiol
> 395
gama Butirolactona
> 500
82
1.04
204
0.98
11
0.79
Ftalato de dioctila
188
0.99
199
1.12
Dipenteno
237
45
0.85
> 65
1,0-1,05
Eter difenilico
620
115
1.07
98
1.14
Dipropileno glicol
138
1.02
Cumeno
420
31
0.86
Eter dipropileno glicol monometilico
85
0.95
Ciclohexano
260
- 18
0.78
Alcool dodecilico
> 100
0.84
Ciclohexanol
300
68
0.95
Dodecilbenzeno
1306
0.86
p-Cimeno
435
47
0.86
Dodecilfenol
163
0.94
iso Decanol
260
96
0.83
2-Etoxietanol
235
40
0.93
n-Decanol
285
82
0.83
Acetato de 2-etoxietila
380
49
0.97
Acetato de etila
460
-4
0.9
Latex
1.1
Alcool etílico
425
25
0.76
Acetato de metila
475
- 10
0.93
Etil benzeno
432
15
0.87
Alcool metilico
455
11
0.79
Etil ciclo hexano
262
35
0.79
Metil pentil cetona
533
49
0.82
2-Etil hexanol
270
75
0.83
Metil etil cetona
505
-1
0.81
143
1.32
Metil isobutil cetona
340
31
0.8
460
Carbonato de eteno
Etileno glicol
410
111
1.11
Eter metil tert-butilico
- 28
0.74
0.85
2-Metil 1-penteno
>7
0.68
61
0.90
N-Metil 2-pirrolidona
91
1.03
88
0.94
Acetato de metilpentila
43
0.86
37
0.97
Alcool metil pentilico
41
0.81
49
1.01
Melaco
Eter etilenoglicol metilbutilico
Eter etileno glicol monobutilico
244
Acetato de eter etileno
glicol monobutilico
Eter etilenoglicol monometilico
285
Acetato de eter etileno
glicol monometilico
1.45
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Nome dos Compostos
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Temp. Ponto Dens.
ignição d e
t/m³
0°
Fulgor
Nome dos Compostos
Temp.
ignição
°C
°C
Eter etilneno glicol monofelinico
Ponto
de
Fulgor
Dens.
t/m³
°C
121
1.11
Monano
126
0.91
154
1.15
206
30
0.72
Alcool monilico
74
0.83
Monilfenol
140
0.94
Acido 2-etilhexanoico
glicol monobutilico
310
Formamida monometilico
Furfurol
391
65
1.13
Octano
220
13
0.70
Glicerina
400
160
1.26
Octanol - todos isomeros
270
75
0.83
n-Heptano
220
-4
0.60
Parafina
245
199
0.9
74
0.82
n-Penteno 2)
285
< 20
0.63
Hepteno (isomeros mistos)
260
<0
0.72
isoPenteno 2)
420
< 20
0.62
n-Hexano
260
- 22
0.66
n-Penteno 2)
< 20
0.65
1-Hexeno
260
- 23
0.66
isoPenteno 2)
< 20
63
0.82
Perclorpetileno
63
0.92
Petrolato
18
0.91
Nafta de petroleo 1)
1.20
0,5,5 trimetil 2-ciclo hexe
Heptanol - todos isomeros
1-Hexanol monometilico
4-Metil 2-4 pentanodiol
Formato de isobutila
322
Acido latico
0.64
1.63
60
0.82-0.88
0.63-0.88
1-ona
Alfa-Pineno
Polipropilenoglicois
32
> 260
0.86
berta Tricloroetano
1.0
Fosfato de tricresila
1.44
225
1.16
Propanal
207
< 20
0.81
(contem - oito isomeros)
Acetato de isopropila
460
4
0.87
Tridecanol
118
0.85
Acetato de n-propilico
430
10
0.89
Trietilbenzeno
111
0.87
Alcool isopropilico
395
12
0.79
Trietilenoglicol
166
1.13
Alcool n-propilico
405
15
1.80
Triisopropanolamina
160
1.02
Propilenoglicol
420
99
Eter propilenoglicol monoetilico
371
1.04
1,2,4-Trimetilbenzeno
54
0.88
0.90
Tripopileno glicol
141
1.02
Eter propilenoglicol monoetilico
38
0.92
Eter tripopileno glicol monometilico
121
0.97
Tetramero de propeno
78
0.76
Fosfato de trixilenila
232
1.16
40
0.74
terebentina
15
0.87
Solução de nitrato de amonio ureia
1,1- Dioxido de tetrahidritiofeno
177
1,27
Solução de fosfato de amonio ureia
Óleo “Tall”
182
0.93
Destilação de petroleo
Trimero de propeno
Nafta solvente
500
Tetrahidronaftaleno
384
71
0.97
faixa de dest 220-330 0.C
Tolueno
535
6
0.87
Vinho
1.33
Xileno
alfa-Tricloproetano
220
33
0.86
< 1.30
< 1.30
232
40
0.8- 1.0
1
465
25
0.87
1) Onde a pressão de vapor Reid for maior que a atmosférica, a ORIENTAÇÃO do item 21.1.1.3 deve ser
observada;
2) A pressão de vapor Reid se situa acima da pressão atmosférica. A ORIENTAÇÃO do item 21.1.1.3
deve ser observada.
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TOMO II - REGRAS ADICIONAIS COMPLEMENTARES
PARA NAVIOS-TANQUE ........................................ SEÇÃO 22
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SEÇÃO 22
REGRAS ADICIONAIS COMPLEMENTARES
PARA NAVIOS-TANQUE
22.1 - INTRODUÇÃO
Essas regras adicionais se aplicam a navios-tanque para o transporte de líquidos ou gases inflamáveis,
ou que sejam perigosos ou nocivos à saúde. São regras originadas e adaptadas de regras internacionais
e nacionais, vigentes.
22.2 - DEFINIÇÕES E REGRAS BÁSICAS
Os navios-tanque, de uma maneira geral, podem ter os tanques solidários à estrutura ou independentes
dela.
22.2.1 - Categorias das Cargas
As principais cargas para o transporte em navios-tanque são divididas em 3 categorias:
a) Gases comprimidos e liquefeitos sob pressão
b) Substâncias líquidas inflamáveis
c) Substâncias corrosivas
22.2.2 - Sistema de Carga e Áreas Perigosas
O sistema de Carga da Embarcação e suas áreas perigosas compreendem:
a) Tanques de carga
b) Espaços contíguos aos tanques de carga
c) Cofferdams
d) Compartimentos de Bombas de Carga e de Compressores de Gás
22.3 - DOCUMENTOS ESPECÍFICOS PARA ANÁLISE E APROVAÇÃO
Além dos planos comuns a todas as embarcações com propulsão, os navios-tanque exigem a apresentação dos documentos a seguir mencionados.
22.3.1 - Embarcações Destinadas ao Transporte de Gases
a) Planos dos tanques de gás liquefeito, arranjo e detalhes do tipo de carga a ser transportada e a
pressão de vapor máxima.
b) Planos das redes e tubulações de gás liquefeito, arranjo das bombas de carga e compressores de
gás, incluindo os prime-movers (acionadores).
c) Planos das tubulações das redes de gás, das válvulas de alívio de pressão.
d) Planos das redes de esgoto e lastro na área de carga.
e) Planos dos equipamentos e sistema de ventilação dentro dos espaços da área de carga.
f) Planos dos equipamentos de deteção de gás para carga a ser transportada.
g) Plano de localização dos medidores para os tanques de carga.
h) Plano e descrição do procedimento de carga e descarga do gás.
i) Plano de localização das válvulas de alívio e das válvulas de comando à distância, com seu modo de
operação; e
j) Plano de arranjo do sistema de gás inerte e descrição do mesmo.
22.3.2 - Embarcações Destinadas ao Transporte de Líquidos Inflamáveis
a) Planos dos Tanques de Carga
b) Planos das redes de carga, arranjo das bombas de carga, incluindo os seus acessórios.
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PARA NAVIOS-TANQUE ........................................ SEÇÃO 22
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c) Planos de equalização de pressão, incluindo quebra-chamas e linhas coletoras de gás dos tanques de
carga.
d) Planos dos equipamentos de sondagem, medição de nível ou verificação de conteúdo dos tanques de
carga.
e) Planos de sistema de esgoto e lastro, dentro da área de carga.
f) Planos do sistema de ventilação/exaustão, dentro da área de carga, e
g) Diagrama de desenhos de válvulas de comando à distância e seu modo de operação.
22.3.3 -Embarcações para o Transporte de Outros Líquidos Perigosos, em Adição aos 2 Itens
Anteriores
a) Detalhes do tipo e propriedades da carga;
b) Cálculo e detalhes das válvulas de segurança; e
c) Descrição dos procedimentos de carga e descarga.
22.4 - BOMBAS DE CARGA E SEUS ACIONADORES:
a) As máquinas que acionam as bombas de carga, de preferência, devem ser instaladas fora da área de
carga. Pode-se abrir exceções para acionadores hidráulicos ou elétricos, desde que comprovadamente
seguros.
b) Os sistemas de penetração em anteparas da praça de bombas ou anteparas acima do convés, por
eixos de acionamento de bombas, devem ser estanques ao gás ou produto.
c) As bombas de carga no convés devem ser instaladas entre os coferdames de vante e de ré.
d) As bombas de carga abaixo do convés devem ser instaladas em praças de bombas separadas dos
outros espaços da embarcação por anteparas estanques ao gás, e devem ser equipadas com alarme
de nível de porão.
e) As praças de bombas e seus acessos devem se localizar na área de carga, e não podem se
intercomunicar com praças de máquinas ou outros espaços contendo fontes de ignição.
f) As bombas de carga (bombas de deslocamento positivo) devem ser equipadas com dispositivo de alívio
de pressão. A descarga dos mesmos deve ser recirculada para o lado de aspiraço das bombas.
g) As bombas de carga devem ser paradas de fora da praça de bombas.
h) O débito das bombas deve poder ser regulado de fora da praça de bombas.
i) Devem ser providos manômetros nos postos de controle de bombas e de carga, para monitorar as
pressões das bombas.
22.5 - REDE DE CARGA
22.5.1 - Instalação das Redes
a) Os sistemas de canalização de carga devem ser permanentemente instalados e completamente
separados dos demais sistemas de canalizações. Eles não devem, em geral, se estender além da
área de tanques de carga.
b) As redes de carga devem ser instaladas de modo que a carga remanescente nos tubos possa ser
drenada para os tanques de carga. As bombas e filtros de carga, em praças de bombas abaixo do
convés, devem ser dispostos de modo que possam ser, sempre, drenados.
c) As redes de enchimento de tanques de carga devem passar tão próximas quanto possível do fundo do
tanque.
d) Devem ser providos, conforme necessário, tubos corrugados de expansão, curvas de expansão ou
outros meios aceitáveis de compensação.
e) Podem ser instaladas redes de carga abaixo do convés nos tanques de carga, se uma válvula de
interceptação operável no convés for localizada nos tanques que elas servem. Além disso, deve haver
válvulas de interceptação na praça de bombas, em cada tubulação que vá para os tanques.
f) As tubulações de carga devem ser unidas preferivelmente por soldagem.
22.5.2 - Válvulas, Acessórios e Equipamentos
a) As conexões de mangueiras devem ser equipadas com dispositivos de fechamento feitos de aço
fundido, açoou outros materiais tenazes, e providos de proteção contra abertura não autorizada.
b) As válvulas de interceptação devem ter indicadores para mostrar quanto estão abertas. As hastes de
operação de dispositivos de fechamento, dentro de tanques de carga, devem passar através do teto do
tanque de maneira estanque a óleo.
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PARA NAVIOS-TANQUE ........................................ SEÇÃO 22
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c) Os dispositivos de fechamento operados hidráulica ou pneumaticamente devem ser providos com
meios de operação de emergência. Bombas manuais e tubulações diretas das válvulas individuais
podem ser reconhecidas como meios de operação de emergência.
22.6 - AQUECIMENTO DE TANQUES
Os sistemas de aquecimento de tanques devem ser separados dos outros sistemas de aquecimento do
navio, o que pode ser obtido, por exemplo, por um trocador de calor na área de carga.
22.6.1 - Válvulas e Acessórios para Aquecimento de Tanques
As redes de vapor em tanques de carga individuais devem ser equipadas com válvulas de interceptação,
roscadas. Isto não se aplica a tanques de carga aquecidos por uma fonte de vapor externa ao navio.
22.6.2 - Recirculação de Condensado
O condensado das serpentinas de aquecimento deve ser recirculado para o sistema de água de alimentação através de tanques de observação. Os tanques de observação de condensado devem ser providos
com meios de suspiro suficientes. Os tubos de suspiro, em navios para o transporte de líquidos inflamáveis com ponto de fulgor inferior a 60 oC, devem ser equipados com corta-chamas.
22.6.3 - Aquecimento de Tanques por Meio de Fluidos Especiais
Os sistemas de aquecimento que utilizem líquidos especiais para troca de calor estão sujeitos a combinações especiais.
22.7 - REDES DE VAPOR PARA DESGASEIFICAÇÃO
Devem ser equipadas com válvulas de interceptação roscadas.
22.8 - SISTEMA DE ESGOTO E LASTRO
O diâmetro interno dos tubos de esgoto deve ser, no mínimo, de 50 mm. Deve ser provido um sistema
especial de bombeamento de esgoto, situado dentro da área de carga, para bombeamento dos porões
da praça de bombas de carga. Deve ser possível também bombear os porões de praças de bombas de
carga que sejam inacessíveis devido a circusntâncias especiais. O equipamento necessário deve ser
capaz de ser operado de fora da praça de bombas.
22.9 - ALAGAMENTO E DRENAGEM DE COFERDAMES
Os coferdames devem ser equipados com uma válvula de fundo operável do convés, por meio da qual
eles possam ser alagados. Eles devem, também, poder ser alagados por meio de um sistema de
canalizações fixo no coferdam, derivado da rede de incêndio, usando uma mangueira com acoplamentos
Storz. Os coferdames só podem ser drenados usando-se bombas situadas na área de carga.
22.10 - FACILIDADES DE LASTRO DENTRO DA ÁREA DE CARGA
Os sistemas de lastro para tanques de carga ou tanques especiais de água de lastro dentro da área de
carga devem ser independentes dos sistemas de redes a vante e a ré dos coferdames. A água de lastro
pode ser aspirada do exterior por uma rede que passe através do coferdam. Esta rede pode ser equipada
com uma válvula de interceptação roscada e pode ser conectada às bombas de carga. O propósito disto
é evitar a descarga, pela borda, de água ou líquidos inflamáveis. Os espaços e tanques de lastro, a vante
da área de carga, podem ser alagados ou esgotados usando-se a rede de incêndio.
22.11- VENTILAÇÃO E DESGASEIFICAÇÃO
22.11.1- Ventilação de Praças de Bombas, Espaços de Tanques de Carga e Espaços Vazios na
Área de Carga
Praças de máquinas e coferdames devem ser providos com meios efetivos de ventilação. Estes sistemas não podem ser conectados com sistemas de ventilação de outros espaços do navio.
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A ventilação das praças de bombas deve ser efetuada por ventiladores de extração. O ar fresco pode ter
suprimento natural e deve ser introduzido por cima da praça de bombas.
As praças de bombas de carga devem ter ventilação forçada (ventiladores de descarga) assegurando,
pelo menos, 20 trocas de ar por hora.
O duto de aspiração deve terminar próximo ao fundo da praça de bombas. As tomadas e descargas de
ar devem ser situadas na área de carga. Elas devem terminar tão altas, acima do convés, e tão longe
das aberturas dos suspiros dos tanques de carga, quanto possível.
Devem ser providos arranjos que permitam que o suprimento de ar para a praça de bombas seja efetivamente
interrompido do convés, em caso de incêndio.
As aberturas no convés devem ser equipadas com uma tela.
As aberturas para ar, de coferdames, espaços de tanques de carga e vazios, devem ser equipadas com
quebra-chamas, e situadas dentro da área de carga.
22.11.2- Ventilação de Tanques de Carga
As aberturas de ventilação em tanques devem estar, pelo menos, 50mm acima do nível de líquido aprovado. O suspiro de tanques de carga deve ser efetuado apenas por meio de dispositivos limitadores de
pressão/vácuo, aprovados, que sirvam para as seguintes funções:
a) Suspiro de grandes volumes de ar ou gás, durante o carregamento, evitando, assim, pressão ou
vácuo, inadmissíveis.
b) Passagem de pequenos volumes de ar ou gás, durante a viagem, através de válvulas de pressão/
vácuo.
A ventilação para espaços de carga deve ser adequada ao tipo de navio-tanque e de carga. É feita
diferenciação entre ventilação controlada (sistema fechado), na qual permite-se que misturas de gás ou
ar entrem nos tanques ou saiam dos mesmos após serem alcançadas determinadas pressões, e ventilação aberta.
A ventilação pode ser separada para cada tanque, ou vários tanque podem ser servidos por um coletor
comum. A área livre das aberturas equalizadores de pressão deve ser, pelo menos, 1/3 da área da rede
de enchimento associada. Deve ser fornecida prova de que as resistências ao escoamento, nas velocidades de escoamento selecionadas, não resultem em pressão excessiva nos tanques.
A área de seção reta das redes de ventilação deve ser determinada de acordo com o débito de carga
máximo, com um fator de segurança de 1,25.
As misturas de gás devem ser dirigidas verticalmente para cima.
Devem ser providos coletores de suspiro com meios seguros de drenagem e desgaseificação.
Cada tanque deve poder ser efetivamente desgaseificado. Podem ser usados ventiladores portáteis para
este fim.
22.12- TUBOS DE SONDAGEM E ABERTURAS DE OBSERVAÇÃO
As praças de bombas, os coferdames e os espaços vazios, devem ser providos com tubos de sondagem. Estes devem atravessar o convés de modo estanque a óleo, e devem terminar suficientemente
altos, acima do convés, para assegurar que a carga não se derrame durante as sondagens.
Devem ser montadas, permanentemente, aberturas de observação com visores de vidro na tampa do
tanque de carga. Elas devem poder ser fechadas de modo estanque à água por uma tampa ou flaps.
Quando a abertura para equalização de pressão for usada para determinar o nível de líquido, o quebrachamas só poderá ser levantado de 80 oC. Ele deverá ser auto-fechável, quando liberado.
Os corta-chamas devem ser equipados com tampas. Aberturas nestas, podem ser reconhecidas como
aberturas para ventilação durante a viagem.
22.13- INSTRUMENTOS FECHADOS DE MEDIÇÃO DE NÍVEL DE LÍQUIDO
Os instrumentos fechados de medição de nível de líquido são sujeitos à aprovação.
O projeto de equipamentos para retirada de amostras de tanques sob pressão deve assegurar que as
misturas de gases não escapem durante a retirada de amostras.
22.14- PROTEÇÃO CONTRA CENTELHAS DE DESCARGAS DE MOTORES E CALDEIRAS
As redes de descarga de motores diesel devem ser equipadas com corta-chamas.
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Os condutores de descarga de caldeira e cozinha devem ser equipados com meios adequados para
evitar a descarga de centelhas.
22.15- RESFRIAMENTO DE MOTORES
Os requisitos dos motores resfriados a ar devem ser levados em consideração ao se projetar a ventilação
da praça de máquinas. As aberturas de tomadas de ar devem ser localizadas a, pelo menos, 1m da área
de carga.
22.16- EQUIPAMENTO DE COMBATE A INCÊNDIO
Os extintores de incêndio portáteis, em navios-tanques, devem ter uma capacidade de, pelo menos, 12
kg de pó seco para classes de incêndio A, B, C, D e E.
Em navios-tanque deve haver, pelo menos, 4 extintores de incêndio portáteis, a vante e a ré, no convés,
na região dos coferdames. Deve haver, ainda, um extintor portátil na praça de bombas e outro na praça
de caldeiras.
Em navios-tanque para o transporte de cargas inflamáveis são suficientes dois extintores de incêndio
portáteis para a área de carga.
22.17- NAVIOS-TANQUE PARA O TRANSPORTE DE GASES LIQUEFEITOS SOB PRESSÃO
22.17.1- Pressão de Vapor e Temperatura de Projeto
No cálculo da espessura de parede mínima, a pressão de vapor média, numa temperatura de referência
de 40oC, deve ser usada nas fórmulas como “pressão de trabalho máxima admissível”.
Além da proteção contra a radiação solar, pode ser necessário também um resfriamento efetivo por um
sistema de borrifo de água para as superfícies de tanques de carga expostas a essa radiação. Esse
sistema deve evitar que a carga seja aquecida acima da temperatura de referência de 40 oC.
Quando a carga for resfriada abaixo da temperatura ambiente, a temperatura de referência deverá ser
tomada como a máxima temperatura na qual a carga pode ser mantida com certeza durante a viagem.
22.17.2- Portas de Visita e Domos
Os vasos de pressão devem, normalmente, ter domos.
Os acessórios dos vasos de pressão de gases devem ser fixados aos domos ou a algum outro ponto na
parte superior do vaso, e acima do convés aberto, na área de carga. Eles devem ser protegidos contra
avarias, e de modo que não possam ocorrer tensões perigosas devidas a vibrações ou expansão.
Os vasos de pressão de gases devem ter, pelo menos, uma abertura de acesso na sua parte superior.
As tampas das portas de visita devem ser localizadas, tão altas quanto possível, acima do nível do
líquido mais elevado no vaso, e situadas acima do convés aberto, qualquer que seja a posição de instalação dos vasos de pressão.
22.17.3- Dispositivis de Fechamento
Deve ser possível isolar as redes de enchimento e de descarga dos vasos de pressão por meio de dois
dispositivos de fechamento localizados diretamente no domo. O primeiro dispositivo deve ser uma válvula
de fechamento rápido ou de fluxo excessivo. Nas redes de enchimento pode ser aceita uma válvula de
interceptação no lugar da válvula de fechamento rápido ou de fluxo excessivo.
Além disso, uma válvula de fechamento rápido, com comando à distância, deve ser instalada na conexão
para a rede de terra. Deve ser possível liberar as válvulas de fechamento rápido da estação de carregamento e de dois pontos bem espaçados no convés.
22.17.4- Válvulas de Segurança
Os vasos de pressão de gases com capacidade abaixo de 20 m3 devem ser equipados com, pelo,
menos, uma, e aqueles com capacidade igual ou superior a 20 m3, com, pelo menos, duas válvulas de
segurança de mola, independentes entre si. As válvulas de segurança devem ser localizadas no ponto
mais alto do espaço de gás do vaso de pressão. Deve ser evitado que carga líquida se colete nos tubos
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de admissão para as válvulas de segurança, mesmo com o navio jogando, em mau tempo.
As válvulas de segurança, operando simultaneamente, devem ser capazes de descarregar a quantidade
de ar resultante, sem que a pressãao de trabalho máxima admissível (pressão de projeto) no vaso seja
excedida em mais de 20%.
As válvulas de segurança devem ser ajustadas para responder a não menos que 1,1 vezes a pressão do
projeto.
São recomendados meios para isolar temporariamente uma válvula de segurança de cada vez. Desse
modo, pelo menos a metade da área total de seção reta das válvulas deve permanecer positivamente
efetiva.
Quando vários vasos de pressão de gases tiverem sido grupados para serem servidos por válvulas de
segurança comuns, os tubos de conexão entre os vasos de pressão só poderão ser equipados com
dispositivos de fechamento que sejam fixos na posição aberta, protegidos contra fechamento.
22.17.5 - Instrumentação e Prevenção de Extravazamento
Os vasos de pressão de gases devem ser providos com equipamento para medir a temperatura média no
espaço de líquido.
Os vasos de pressão de gases devem ser providos com manômetros e conexões para manômetros de
teste.
Os manômetros devem ser instalados na posição de controle de carga e descarga, e devem ter uma
marca vermelha indicando a pressão de trabalho dos vasos. Além disso, deve ser provido um sistema de
alarme que responda, tão logo a pressão máxima admissível (pressão de projeto) esteja sendo excedida
nos vasos de pressão.
Os vasos de pressão de gases devem ser equipados com indicadores de nível de líquido com precisão
não inferior a ± 0,5%.
Cada vaso de pressão de gases deve ser equipado com um instrumento fechado de medição de conteúdo. Quando os instrumentos não forem montados diretamente nos tanques, deverão ser providas válvulas de isolamento. Deve, também, haver um alarme que dê um sinal sonoro e visual quando o tanque
estiver 86% cheio.
Cada vaso de pressão de gases deve ser provido com um meio automático de proteção contra
extravazamento, que evite que o tanque seja cheio em mais de 92%. Os tempos de fechamento desse
dispositivo devem ser ajustados de modo a evitar martelamento líquido excessivo nas redes.
Instrumentos adicionais de medição de conteúdo de projeto semi-fechado (tubos verticais), dos quais os
líquidos possam escapar para a atmosfera, não podem ter quaisquer aberturas com diâmetro superior a
1,5 mm.
22.17.6 - Isolamento, Refrigeração e Pinturas de Proteção
Os isolamentos de vasos de pressão de gases devem ser feitos de materiais não inflamáveis que não
desenvolvam quaisquer gases tóxicos ou inflamáveis, quando aquecidos às temperaturas de serviço.
Quando os gases liquefeitos transportados requerem uma instalação de refrigeração, as mesmas deverão corresponder aos Regulamentos para Classificação e Construção de Instalaçães de Refrigeração,
devendo seu projeto ser baseado numa temperatura ambiente de 40°C.
Os vasos de pressão de gases devem ser protegidos, no seu exterior, por revestimentos de pintura
contra a corrosão pela água do mar. Em recipientes não isolados devem ser aplicadas tintas refletoras de
calor.
22.17.7 - Nível Máximo de Enchimento e Placa Indicadora
Os vasos de pressão não devem ser cheios em mais de 92% na temperatura de referência da carga.
Cada vaso de pressão deve ter uma placa indicadora contendo os seguintes detalhes: nome do fabricante, número de série, ano de construção, volume geométrico em m 3 , pressão de projeto e pressão de
teste, em kg/cm2 , número de certificado, ano e mês do teste e, também, a seguinte advertência: “Este
tanque não deve ser cheio com gás liquefeito com temperatura abaixo de .... graus C.”
A pressão de vapor e a temperatura de referência, de acordo com 22.1.2, devem também ser inscritas.
As placas devem poder ser lidas do convés.
Todas as conexões de entrada e saída em vasos de pressão de gases devem ser providas com placas
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permanentes e facilmente legíveis, para indicar sua função, e que devem indicar, também, se as conexões terminam no espaço de líquido ou de gás. Tais placas podem ser dispensadas nas conexões para
válvulas de segurança, manômetros e indicadores de nível de líquido.
22.17.8 - Bombas de Carga e Compressores de Gás
As bombas de carga e os compressores de gás devem ser equipados com válvulas de segurança, cujas
linhas de extração devem ser conectadas às dos vasos de pressão, ou então levadas ao ar aberto,
separadamente.
22.17.9 - Canalizadores, Válvulas e Acessórios
22.17.9.1- Instalações de Redes de Carga e Descarga e Outras Canalizações para Gases liquefeitos
Sempre que possível, devem ser usadas conexões de tubos, soldadas. Os únicos tipos de acoplamentos
descartáveis admissíveis são luvas metálicas, roscadas, de união metálica ou acoplamentos flangeados
de selagem confiável. Não são permitidas caixas de gaxetas de expansão.
As redes contendo gás liquefeito devem ser instaladas no convés. Elas não devem passar através de
qualquer espaço do navio, além das praças de compressores e bombas de carga.
Quando necessário, as canalizações, válvulas e acessórios devem ser isolados, devendo, em particular,
ser obtido um isolamento adequado para os componentes do casco do navio.
22.17.9.2 - Válvulas, Acessórios e Equipamentos
Deve ser possível fechar as redes de carga e descarga por meio de dispositivos de fechamento e flanges
cegos. As seções de redes e mangueiras, que possam ser isoladas em ambas as extremidades, devem
ser providos com equipamentos que permitam uma redução de pressão segura, por exemplo, permitindo
que os gases descarreguem para a rede de descarga das válvulas de segurança. A fim de monitorar as
pressões nas redes de carga e descarga, devem ser istalados manômetros com uma marca vermelha
para a pressão de trabalho máxima admissível nos pontos de conexão de mangueira ou nas posições de
controle das operações de carga e descarga. Canalizadores, válvulas e acessórios devem ser providos
com placas permanentes e facilmente legíveis, para identificar sua função. As placas devem indicar,
ainda, se as redes transportam gás ou líquido.
22.17.9.3 - Redes de Extração de Válvulas de Segurança
As redes de extração de válvulas de segurança de vasos de pressão de gases etc., devem ser conectadas
a tubos coletores. A descarga para o ar livre deve ser tão alta quanto possível, mas, no mínimo, 3 metros
acima do convés aberto. A descarga deve ser equipada com uma tela protetora.
A área de seção reta total dos tubos coletores deve ser suficiente para comportar, com segurança, a
quantidade de gás.
No projeto das seções retas dos tubos coletores aos quais as válvulas de segurança de vários vasos de
pressão de gases serão conectadas, é admissível reduzir em 10%, a área de seção reta total, no caso
de dois tanques conectados, e em 10%, para cada tanque adicional, com uma redução global máxima
de 50%. As redes de extração devem der arranjadas de modo a evitar que líquidos se coletem nas
mesmas.
As aberturas de descarga de gás devem ser suficientemente distantes das aberturas de descarga de
gases de motores, chaminés, tomadas de ventilação para praça de máquinas e acomodações, bem
como de portas de praças de máquinas, acomodações e oficinas. Além disso, elas devem ser projetadas
de modo que os gases descarreguem para cima.
22.17.10 - Ventilação e Desgaseificação
22.17.10.1 - Ventilação de Praça de Bombas, de Compressores de Gás e Coferdames
As praças de bombas e de compressores, e os coferdames, devem ser providos com meios de ventilação independentes dos outros sistemas de ventilação do navio. Para as praças de bombas e de com-
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pressores, são requeridas, pelo menos, 20 trocas de ar por hora. Deve ser assegurado que misturas de
gás/ar possam ser removidas confiavelmente dos porões.
As portas para as praças de bombas de carga e de compressores devem ser providas com placas de
aviso, salientando que a entrada nesses espaços só é permitida após os mesmos terem sido ventilados
por, pelo menos, 15 minutos. Os espaços nos quais estejam instalados tanques de carga devem ter
duas aberturas de ventilação equipadas com quebra-chamas. A ventilação pode ser efetuada por ventiladores portáteis.
22.17.10.2 - Desgaseificação
Os vasos de pressão e sistemas de redes devem poder ser desgaseificados com segurança.
22.17.11 - Equipamentos de Segurança Adicionais
22.17.11.1 - Sistemas de Detecção de Gás e Alarme
Os espaços contendo vasos de pressão de gases, bombas de carga e compressores de gás, e outros
espaços nos quais gases de carga possam se acumular, devem ser providos com um sistema de detecção
de gás e alarme que responda, tão logo uma concentração de 30% do limite inferior de exploração (limite
de ignição) seja excedida. Os pontos de amostragem do sistema devem ser dispostos de modo a
detectar escapes de gás. Os indicadores devem ser localizados no passadiço e, em caso de necessidade, também em outra posição de controle adequada.
22.17.11.2 - Sistema de Borrifo de Água
Deve ser provido um sistema de borrifo de água para vasos de pressão de gás, não isolados, que se
estendam acima do convés.
22.17.12 - Regras Especiais para o Transporte de Substâncias Corrosivas
22.17.12.1 - Bombas de Carga, Redes de Carga e de Esgoto
As redes de carga devem ser unidas preferivelmente por soldagem. Apenas conexões flangeadas ou
roscadas, de selagem confiável, devem ser usadas como conexões descartáveis. As conexões devem
ser providas, quando necessário, com proteções contra borrifos.
As redes de carga devem ser marcadas para distinguí-las de outras redes.
Devem ser usadas redes e bombas separadas para cargas cuja mistura possa resultar numa reação
perigosa. Esta separação deve, também, ser mantida quando as redes atravessarem tanques de carga.
22.17.12.2 - Aquecimento de Tanques e Monitoragem de Temperatura
Os meios de aquecimento e de resfriamento devem ser compatíveis com a carga sendo transportada.
Não podem ser usados água ou vapor para cargas que reajam com a água. Os sistemas de aquecimento
ou resfriamento devem trabalhar a uma pressão superior à máxima pressão possível no tanque de carga.
Quando houver perigo devido a desvios de temperatura, deverá haver um sistema de alarme automático.
Os circuitos de aquecimento ou resfriamento para cargas corrosivas devem ser projetados como segue:
a) como um circuito separado dos outros serviços do navio, ou
b) resfriamento ou aquecimento externo do tanque, ou
c) instalação de um sistema de monitoragem para detecção de carga no meio de aquecimento ou de
resfriamento. Este sistema deve ser localizado dentro da área de carga.
22.17.12.3 - Equipamento de Lavagem por Água
Os espaços nos quais estejam instalados tanques para cargas agressivas devem poder ser lavados com
água, a fim de diluir rapidamente pequenos derramamentos de carga.
22.17.12.4 - Prevenção de Extravazamento
Cada tanque de carga deve ser provido com um meio automático para evitar que seja cheio além de 96%
(para ácido nítrico, 95%).
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SEÇÃO 23
NAVIOS DE PASSAGEIROS
23.1 - GENERALIDADES
23.1.1 - As Regras das Seções se aplicam a navios de passageiros, a menos que mencionadas de outra
forma nesta Seção. As várias Regras especiais para navios de passageiros contidas nas Regras para
Construção de Máquinas devem ser observadas.
23.1.2 - Um navio de passageiros, como definido nesta Seção, é um navio transportando mais de 12
passageiros que não façam parte da tripulação, que não sejam o Comandante do navio e nem crianças
de menos de um ano de idade.
23.1.3 - A notação Navio de Passageiros será afixada ao Símbolo de classe somente nos navios que
atendam às exigências desta Seção.
23.1.4 - Navios de passageiros que, devido à sua concepção total, são somente adequados para operação em rotas definidas (por exemplo, Serviço em Águas Rasas) não podem, em nenhum caso ser
designados com uma notação de navegação mais ampla no Símbolo de Classe, mesmo se a resistência
do casco for suficiente para uma extensão de serviço (por exemplo, k). Neste caso, isto pode ser
expresso no Certificado pela adição da seguinte anotação: “A resistência dos elementos estruturais
do casco atende à notação de navegação ... .”
23.2 - DOCUMENTOS PARA APROVAÇÃO
Os seguintes documentos devem ser submetidos em adição àqueles especificados na Seção 1.
a) Prova de flutuabilidade em condição de avaria, conforme Parte B, Capítulo II-I, SOLAS, 1974, para
designação da marca de distinção (1 via);
b) Desenhos mostrando o arranjo de aberturas em anteparas estanques, no chapeamento do costado e
em anteparas e conveses expostos e desenhos mostrando os dispositivos de fechamento de tais
aberturas (3 vias); e
c) Plano de controle de segurança em caso de avaria, contendo todos os dados essenciais para manter
a flutuabilidade (3 vias)
23.3 - ANTEPARAS
23.3.1 - A compartimentagem do navio por meio de anteparas transversais consegue-se pelos cálculos
de alagamento. O menor espaçamento das anteparas transversais estanques à água (comprimento de
avaria) deve ser, no mínimo, 0,03.L + 3,05 metros ou 10,67 metros, o que for menor
23.3.2 - A antepara de colisão de vante deve ser situada a não mais de 0,05.L + 3,05 metros, e a não
menos de 0,05.L da PPAV, medido na linha da compartimentagem.
23.3.3 - Onde a antepara de colisão de ré não se estender até o convés das anteparas, não deve ser
diminuído o grau de compartimentagem estanque.
23.3.4 - A caixa de gaxeta do eixo propulsor não deve ser localizada em um compartimento contendo
equipamento necessário para a segurança do navio que, em caso de alagamento deste compartimento,
não possa mais funcionar.
23.3.5 - O número de aberturas em anteparas estanques à água deve ser o mínimo possível, de acordo
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com o projeto e operação apropriada do navio. Dispositivos de fechamento adequados e aprovados
devem ser previstos para estas aberturas.
23.3.6 - Portas, portas de visita ou aberturas de acesso não são permitidas na antepara de colisão
abaixo da linha marginal e em anteparas transversais estanques à água, separando um porão de carga
de outro ou de um tanque de combustível. É chamada a atenção para as determinações especiais do
Regulamento 113, Capítulo II-1, SOLAS, 1974 e da Resolução IMO A.323 (IX) para navios Ro-Ro. A
utilização de chapas removíveis em anteparas é somente permitida na praça de máquinas.
23.4 - PORTAS EM ANTEPARAS
23.4.1 - O número de portas em anteparas estanques à água deve ser o mínimo possível, de acordo com
o projeto e operação apropriada do navio.
23.4.2 - O tipo e a colocação das portas de anteparas estanques à água, bem como seus controles,
devem atender ao Regulamento 13, Capítulo II-I, SOLAS, 1974.
23.4.3 - Portas acionadas mecanicamente devem fechar confiavelmente dentro de 60 segundos contra
uma inclinação de 15 graus. O tempo de fechamento também deve ser calculado para que pessoas
passando pela porta possam passar com segurança. Isto é, em geral, assegurado se o tempo de
fechamento for, no mínimo, 20 segundos. Dispositivos manuais de fechamento de portas devem ser
projetados para que as portas possam ser fechadas contra uma inclinação de 15 graus e que o tempo de
fechamento, com o navio sem inclinação, não excederá 90 segundos.
23.4.4 - Antes de serem instaladas, portas de anteparas estanques à água devem ser testadas junto
com seus batentes com uma pressão correspondente a uma coluna d’água até a altura do convés de
anteparas. Após a instalação, as portas devem ser testadas com jato d’água ou com sabão, quando a
estanqueidade é submetida a um teste de funcionamento.
23.5 - CONVÉS DE ANTEPARAS
23.5.1 - Todas as aberturas do convés das anteparas devem fechar estanques ao tempo, caso estejam
protegidas por superestruturas estanques ao tempo.
23.5.2 - Deve ser assegurado, em conveses de anteparas protegidos por superestruturas estanques ao
tempo, que a água não possa penetrar dentro de compartimentos não alagados, se o convés de anteparas emergir devido à inclinação em uma condição avariada. Para não permitir, nesses casos, o
espalhamento da água, no convés de anteparas, sobre grandes áreas, devem ser colocadas anteparas
de asas laterais estanques à água acima das anteparas principais de compartimentagem e, se possível,
alinhadas com elas. Onde isso não é possível, o convés de anteparas entre estas deve ser efetivamente
estanque à água para evitar que a água penetre dentro de compartimentos não avariados através do
convés de anteparas.
23.6 - FUNDO DUPLO
23.6.1 - Um fundo duplo deve ser instalado estendendo-se da antepara do pique de vante até a antepara
do pique de ré, tanto quanto possível, e de acordo com o projeto e serviço apropriado do navio. Em
qualquer caso, um fundo duplo, conforme Regulamento 10, Capítulo II-I, SOLAS, 1974, deve ser previsto.
23.6.2 - O fundo duplo deve proteger o navio até a curvatura do bojo. para isto, a linha de interseção do
costado com a chapa marginal não deve estar em nenhum lugar mais baixo que um plano horizontal,
passando através do ponto de interseção da linha de caverna da seção mestra com uma linha diagonal
transversal inclinada 25 graus em relação à linha de base e cortando a linha de base à distância B/2 da
linha de centro do navio.
23.6.3 - O duplo fundo não necessita ser colocado na região de tanques profundos quando a eficiência da
compartimentagem não for prejudicada por isso.
23.6.4 - Se as hastilhas estanques à água não estiverem alinhadas com as anteparas transversais
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principais, isto deve ser considerado para a compartimentagem estanque à água. Com o consentimento
do BC, desvios de determinação de colocação de longarinas estanques à água no fundo duplo, na região
de 0,5.L, a meia-nau, são possíveis se isto for exigido pelo cálculo de estabilidade avariada.
23.6.5 - Os fundos de pocetos de esgoto devem ser situados a uma distância de, no mínimo, 460 mm da
linha de base. Somente acima do plano horizontal determinado em 23.6.2., fundos de pocetos de esgoto
podem ser estendidos até o chapeamento do costado. Inserções para a profundidade de pocetos de
esgoto também podem ser concedidas em túneis de eixos e em quilhas-duto.
23.7 - ABERTURAS NO CHAPEAMENTO DO COSTADO
23.7.1 - O número de aberturas no chapeamento do costado deve ser reduzido ao mínimo possível, de
acordo com o projeto e o serviço apropriado do navio.
23.7.2 - Todas as aberturas no chapeamento do costado devem ser munidas com dispositivos eficientes
de fechamento, apropriados para seu uso e posição de colocação.
23.7.3 - Vigas e olhos de boi abaixo da linha de flutuação devem estar de acordo com as determinações
da Regra 14, Capítulo II-1, SOLAS, 1974 e com a Regra 23, LLC, 1966.
23.7.4 - Portas no chapeamento do costado, abaixo do convés de compartimentagem, devem ter dispositivos de fechamento estanques à água. O seu ponto mais baixo não deve ser abaixo da linha de
anteparas de compartimentagem mais alta.
23.7.5 - As aberturas internas de rampas de lixo, etc., devem ter tampas eficientes. Se essas aberturas
internas estão abaixo da linha de flutuação, as tampas devem ser estanques à água e, em adição,
dotadas de dispositivos automáticos de retenção dos dutos da rampa acima da linha de anteparas de
compartimentagem mais alta. Arranjos equivalentes podem ser aprovados.
23.8 - MATERIAIS PARA DISPOSITIVOS DE FECHAMENTO ESTANQUE À ÁGUA
Os materiais utilizados devem ser aprovados. Para aberturas e dispositivos de fechamento no chapeamento
do costado, nas anteparas estanques à água, em paredes de tanques e conveses estanques à água,
podem ser utilizados somente materiais com alongamento mínimo de 10%. Chumbo e outros materiais
sensíveis ao calor não podem ser utilizados para elementos estruturais, pois que, uma vez destruídos,
podem prejudicar a estanqueidade à água do navio ou de anteparas.
23.9 - ARRANJOS PARA ALAGAMENTOS CRUZADOS
23.9.1 - Onde o cálculo de estabilidade avaliada exige a instalação de arranjos para alagamento cruzado
para evitar alagamentos assimétricos inadmissivelmente grandes, estes arranjos devem ser, de preferência, automáticos. Dispositivos não automáticos para alagamentos cruzados devem ser operados de um
lugar acima do convés de anteparas. As áreas seccionais dos arranjos de alagamento cruzado devem
ser dimensionadas para que o tempo de equilíbrio não exceda 15 minutos. Devem ser observados atentamente os efeitos de arranjos de alagamento cruzado para a estabilidade em estágios intermediários de
alagamento.
23.9.2 - Na determinação dos escantilhões de anteparas de tanques que se estendem até o convés de
anteparas e no arranjo de tubos de suspiro nestes tanques, ligados através de arranjos para alagamentos cruzados, deve ser considerado o aumento na altura de pressão que pode ocorrer na inclinação
máxima devido a avarias no lado imerso.
23.10 - TUBULAÇÃO
23.10.1- Para penetrações de tubos em anteparas estanques à água, deve ser observado 23.3.5.
23.10.2- Onde as extremidades de tubos estão abertas em compartimentos abaixo do convés de anteparas ou em tanques, os arranjos devem ser de maneira que sejam evitados alagamentos de outros compartimentos ou tanques em qualquer condição de avaria. Os arranjos são considerados seguros contra
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alagamento se tubos que passam por dois ou mais compartimentos estanques forem colocados dentro
de uma linha paralela à linha de anteparas de compartimentagem situada à 0,2.B do costado do navio (B
é a maior boca do navio na altura da linha de anteparas de compartimentagem).
23.10.3 - Onde as tubulações não podem ser colocadas mais distantes que 0,2.B do costado do navio,
a estanqueidade das anteparas deve ser mantida intacta pelos meios estabelecidos em 23.10.4 a 23.10.6.
23.10.4 - Tubulações de esgoto devem ter válvulas de retenção na antepara estanque à água, através da
qual o tubo é conduzido até o poço de sucção ou no próprio poço de sucção.
23.10.5 - Tubulações de lastro e de combustível para esvaziamento e enchimento de tanques devem ter
dispositivos de fechamento na antepara estanque à água, através da qual o tubo leva à extremidade
aberta do tanque. Estes dispositivos de fechamento devem ser operados de uma posição, sempre acessível, acima do convés de anteparas, e equipados com indicadores (fechado/aberto).
23.10.6 - Onde tubos de transbordamento de tanques situados em diferentes compartimentos estanques à água estão ligados a um sistema comum de transbordamento, estes devem ser conduzidos bem
acima do convés de anteparas antes que sejam ligados ao sistema comum, ou dispositivos de fechamento devem ser instalados em cada tubo de transbordamento. Os dispositivos de fechamento devem
ser operados de uma posição, sempre acessível, acima do convés de anteparas. Estes dispositivos de
fechamento devem ser instalados na antepara estanque à água do respectivo compartimento do tanque
e soldados na posição aberta. No caso em que as penetrações desses tubos de transbordamento
estejam colocadas com uma altura e são na linha de centro que, em nenhuma condição de avaria nem
em caso de inclinação máaxima durante condições intermediárias de avaria, podem ficar abaixo da linha
d’água, não precisam ser colocados dispositivos de fechamento.
23.10.7- Os dispositivos de fechamento descritos em 23.10.4 e 23.10.5 devem ser evitados pela instalação adequada das tubulações. A colocação destes dispositivos somente é permitida pelo BC em
casos especiais.
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SEÇÃO 24
REBOCADORES
24.1 - GENERALIDADES
24.1.1 - Rebocadores construídos de acordo com as Regras desta Seção terão a notação Rebocador
afixada ao seu Símbolo de classe.
24.1.2 - A estrutura do casco de rebocadores com potência de máquina propulsora excepcionalmente
alta deve ser considerada especialmente.
24.2 - CADASTE
A área seccional do cadaste maciço deve ser 20% maior que o exigido conforme A Seção 12, item
12.2.2. Para cadastes fabricados de chapa, a espessura do chapeamento do cadaste do propulsor deve
ser aumentada em 20% acima do exigido naquele item. O módulo de seção Wz da soleira, na direção
transversal, deve ser acrescido de 20% acima do módulo determinado conforme Seção 12, item 12.2.2.4.
24.3 - SUPERESTRUTURAS, ALBOIOS E DESCIDAS
24.3.1 - Os alboios, descidas e superestruturas devem ser providos com fechamento estanque ao tempo.
24.3.2 - Deve ser prevista na praça de máquinas uma saída de emergência que possa ser utilizada em
qualquer inclinação do navio. A tampa com fechamento estanque ao tempo deve poder ser aberta facilmente por dentro e por fora. O eixo da tampa deve estar na direção transversal do navio.
24.4 - GAIUTAS DA PRAÇA DE MÁQUINAS E DA PRAÇA DE CALDEIRAS
24.4.1 - A altura de gaiutas expostas de praças de máquinas e de caldeiras não pode ser menor que
900 mm. Onde a altura de gaiutas for menor que 1,8 metros, as tampas de gaiutas devem ser de uma
construção especialmente reforçada.
24.4.2 - A espessura do chapeamento das paredes e topos de gaiutas não pode ser menor que 5,0 mm.
A espessura das braçolas não pode ser menor que 6,0 mm. As braçolas devem se estender, se possível,
até a borda inferior dos vaus.
24.4.3 - Os reforços de gaiutas devem ser unidos aos vaus do topo da gaiuta e se estender até a borda
inferior das braçolas.
24.5 - VENTILADORES E SUSPIROS
Ventiladores e suspiros devem ser protegidos e com suas aberturas tão altas quanto possível, acima do
convés.
24.6 - APARELHO DE REBOQUE
24.6.1 - Generalidades
24.6.1.1 - Rebocadores devem ser equipados com um aparelho de reboque que ofereça a maior segurança possível contra emborcamento.
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24.6.1.2 - O gato de reboque deve ser colocado tão baixo quanto possível. A construção do gato de
reboque deve permitir que ele se ajuste em cada direção do cabo de reboque, conforme 24.6.2.3.
24.6.1.3 - O gato de reboque deve ser previsto com um dispositivo adequado garantindo o desengate do
cabo em caso de emergência, tanto no passadiço como nas vizinhanças do gato. Estas estações de
desengate devem ser arranjadas com completa visibilidade do gato de reboque.
24.6.1.4 - Os dispositivos de desengate podem ser acionados mecânica, hidráulica e pneumaticamente.
Um dispositivo de segurança deve garantir que um desengate não intencional seja evitado.
24.6.1.5 - Um dispositivo de desengate mecânico deve ser projetado de modo que a força de acionamento
do desengate necessário não exceda 150 N, junto ao gato de reboque, e 250 N, no passadiço, quando o
gato está submetido à carga de teste PL.
24.6.1.6 - No caso de dispositivo de desengate mecânico, o cabo de desarme deve ser guiado sobre
roldanas. Caso necessário, o desengate deve ser possível com a utilização de todo o peso do corpo,
puxando o dispositivo para baixo. O guiamento do cabo de desarme deve ser projetado para isso.
24.6.1.7 - Para um dispositivo de desengate pneumático, deve ser previsto, adicionalmente, um dispositivo de desengate mecânico completo.
24.6.1.8 - Na instalação de guinchos de reboque, devem ser observadas as Regras para Construção de
Máquinas.
.
24.6.1.9 - Em adição aos documentos listados, devem ser submetidos, para aprovação, desenhos das
seguintes partes do aparelho de reboque:
a) Gato de reboque
b) Dispositivo de desengate
c) Subestruturas para os gatos de reboque e dispositivos de desengate, bem como para guinchos de
suspensão e guinchos de reboque, se existentes.
24.6.2 - Dimensionamento
24.6.2.1 - Para dimensionamento dos aparelhos de reboque, a carga de teste PL deve ser determinada
dependendo da máxima tração do cabo de reboque T, como segue:
T [kN]
PL [kN]
até 500
2.T
de 500 a 1500
T+500
acima de 1500
1,33.T
24.6.2.2 - O gato de reboque, a base do gato de reboque, suas subestruturas e o arranjo de desengate
devem ser dimensionados para uma carga de teste PL até 500 kN, com consideração da direção do cabo
de reboque de uma posição de través, em um bordo até outro, passando pela popa, e uma inclinação do
cabo de reboque de 60 graus para cima, em relação à linha horizontal, e para uma carga de teste PL ,
acima de 500 kN, com consideração na direção do cabo de reboque de uma posição de través em um
bordo até o outro, passando pela popa, e uma inclinação do cabo de reboque de 45 graus, para cima, em
relação à linha horizontal.
24.6.2.3 - Para as cargas conforme 24.6.2.1 e 24.6.2.2, as seguintes tensões admissíveis não podem
ser excedidas:
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Solicitação
Tensão admissível
Compressão e flexão-compressão em vigas de produto
aberto ou consistindo de vários membros
σ = 0,72.σy
Tração e flexão-tração compressão e flexão tração
em vigas caixão simples e tubos
σ = 0,83. σy
Cisilhamento
τ = 0,48.σ y
Tensão combinada
σV = 0,85. σy
σy = limite de escoamento do material, em [N/mm2]
24.6.3 - Testes
O teste de aparelho de reboque deve ser executado de acordo com os Regulamentos para a Construção
e Teste de Aparelhos de Reboque,
.
24.7 - EQUIPAMENTO
24.7.1 - O equipamento de fundeio e amarração (âncoras e amarras), bem como os cabos recomendados, devem ser determinados conforme a Seção 17.
24.7.2 - A âncora de esteira e o cabo de reboque, especificados na Tabela 17.2, não são exigidos para
rebocadores.
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SEÇÃO 25
NAVIOS PESQUEIROS
25.1 - GENERALIDADES
25.1.1 - As Regras das Seções 1 a 22 se aplicam a navios pesqueiros, a menos que mencionado de
outra forma nesta Seção.
25.1.2 - Navios pesqueiros construídos de acordo com as Regras desta Seção terão a notação Navio
Pesqueiro afixada ao seu Símbolo de classe.
25.2 - CADASTE
A área seccional do cadaste maciço deve ser 20% maior que o exigido conforme Seção 12, item 12.2.2.
Para cadastes de chapas fabricadas, a espessura do chapeamento do cadaste do propulsor deve ser
aumentada 20% acima do exigido na Seção 12., item 12.2.
25.3 - CHAPEAMENTO DO COSTADO E BORDA-FALSA
25.3.1 - Em todos os navios pesqueiros o chapeamento do costado, acima da fiada do bojo, deve ser 0,5
mm mais espesso que o exigido pela Seção 5.
25.3.2 - São exigidos os seguintes reforços adicionais para pesqueiros de arraste lateral:
25.3.2.1 - A espessura da fiada no cintado deve ser aumentada de, no mínimo, 3 mm na região dos
braços de arraste. Recomenda-se, também, aumentar a espessura do cintado, entre os braços de
arraste de vante e de ré, de 1 a 2 mm;
25.3.2.2 - Na região em que estão situados os poleames dos braços de arraste de ré, durante o içamento, o chapeamento do costado, acima da metade da curvatura do bojo, deve ser reforçado em 50% em
relação ao exigido;
25.3.2.3 - Na região correspondente aos braços de arraste de vante, o chapeamento do costado, acima
da curva superior do bojo, deve ser reforçado em 50% em relação ao exigido.
25.3.2.4 - As costuras de solda na borda inferior da fiada do cintado e da borda superior do bojo devem
ser protegidas por perfís meia cana, estendendo-se do braço de arraste de vante ao de ré, e com outros
perfís de meia cana arranjados entre as primeiras ou diagonalmente a elas, para que os cordões de
soldas (ou cabeças de rebites) não possam ser desgastados pelos cabos de arraste;
25.3.2.5 - Na região de chapeamento do costado reforçado sob os braços de arraste de ré, devem ser
colocadas cavernas intermediárias que devem ser ligadas ao convés e às hastilhas, ou suportadas por
uma escoa na borda inferior das chapas reforçadas. O módulo de seção das cavernas entre as quais
estão instaladas;
25.3.2.6 - As bordas-falsas no lado de operação devem ser 2mm mais espessas e, sob os braços de
arraste, 3mm mais espessas que o exigido pela Seção 5, item 5.10. Na região do gato de desarme, a
espessura da borda falsa deve ser, no mínimo, 10,0 mm.
25.3.3 - Onde é previsto um fundo singelo, a espessura da chapa-quilha e da fiada de resbordo deve ser
adequadamemte reforçada na praça de máquinas e praça de caldeiras. Além disso, em praças de
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caldeiras o fundo deve ser coberto com cimento, continuamente, da longarina central até às anteparas
longitudinais dos tanques de combustível.
25.3.4 - Devem ser previstas bolinas de altura e comprimento adequado (vide, também, Seção 5.6.5)
25.4 - CONVÉS RESITENTE E CONVÉS DE CASTELO
25.4.1 - Os escantilhões do convés resistente devem ser determinados conforme Seção 6. A espessura
do chapeamento do convés deve ser, no mínimo, 6,5 mm e, sob o forro de madeira, 5,5 mm.
25.4.2 - A rampa em navios pesqueiros de arraste de popa deve ser de resistência suficiente. Recomenda-se a utilização de chapas de, pelo menos, 12 mm de espessura. A espessura exigida para o
chapeamento do costado a 0,05.L das extremidades. Recomenda-se colocar chapas de desgaste ou
chapas reforçadas naquelas partes da rampa e laterais que estão sujeitas a desgaste extremo.
25.4.3 - Os escantilhões do convés do castelo devem ser determinados conforme Seção 14, item 14.2.
A espessura do chapeamento do convés deve ser, no mínimo, 7,0 mm, e, sob forração de madeira, 6,0
mm.
25.4.4 - Sob guinchos de arraste, braços de arraste, molinetes e cabeços centrais, devem ser instalados vaus e subestruturas de resistência adequada. A espessura do chapeamento deve ser aumentada
para 7,5 mm, mesmo se for instalada forração de madeira.
25.5 - ESCOTILHAS PARA PEIXE E DESCIDAS
25.5.1 - A altura da braçola de escotilhas para peixe, acima da superfície superior do convés de madeira,
deve ser de 600 mm, em conveses de borda-livre, e 300 mm, em conveses de superestruturas, e sua
espessura não menor que 8 mm e, para escotilhas maiores, 10,0 mm. Para escotilhas niveladas com o
convés, vide Seção 15, item 15.1.1.3.
25.5.2 - A altura da braçola de descida, acima da superfície superior de convés de madeira, deve ser 600
mm, em conveses de borda-livre, e 300 mm, em conveses de superestruturas.
25.6 - PRAÇAS DE MÁQUINAS E DE CALDEIRAS
25.6.1 - Para a altura de gaiutas expostas de praças de máquinas e de praças de caldeiras, vide Seção
24, item 24.4. O chapeamento das paredes de gaiutas e topos de gaiutas não deve ser menor que 7,0
mm. A espessura da braçola não deve ser menor que 8,0 mm. Onde a altura de casarias é 1,80 metros
e acima, a espessura do topo da gaiuta pode ser 6,5 mm.
25.6.2 - As braçolas devem se estender, sempre que possível, até a borda inferior dos vaus.
25.6.3 - Com relação a portas em praças de máquinas e praças de caldeiras, vide, Seção 15, item
15.5.3.
25.7 - EQUIPAMENTO
25.7.1 - Generalidades
25.7.1.1 - Cada navio pesqueiro deve ser provido com equipamento de fundeio projetado para operação
rápida e segura em todas as condições de serviço previsíveis e para segurar o navio fundeado. O equipamento de fundeio deve constar de âncoras, amarras e molinetes ou outro equipamento semelhante para
descer e levantar a âncora e segurar o navio fundeado.
25.7.1.2 - Se forem instaladas âncoras de alto poder de garra, deve ser observada a Seção 16, item
16.3.5
25.7.1.3 - As duas âncoras de proa devem ser ligadas a amarras e instaladas em escovéns.
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25.7.1.4 - Para amarras de diâmetro até 16mm, podem ser utilizadas amarras com elos não estaiados,
de acordo com DIN 766 (ou Normas similares), em vez das amarras com elos estaiados exigidas, desde
que compatíveis com a carga de teste.
25.7.1.5 - As âncoras e amarras exigidas, bem como os cabos recomendados (vide, também, Seção 16,
item 16.6), devem ser determinados de acordo com o númeral de equipamento L, em atendimento às
disposições da Seção 16.
a) Para embarcações de z > 720, aplica-se a Tabela 16.2
b) Para embarcações de z < 720, aplica-se a Tabela 25.1 Embarcações equipadas de acordo com a
Tabela 25.1 recebem o índice F afixado ao número de registro de equipamento no Certificado e no
Registro.
c) Para navios pesqueiros com comprimento L = 40 metros, com notação de serviço costeiro afixada ao
Símbolo de classe, as âncoras e amarras exigidas, bem como os cabos recomendados (vide, também, Seção 16, item 16.6) devem ser determinados de acordo com o item 25.7.3 e com a Tabela
25.2. Recomenda-se prover cada embarcação com, pelo menos, 4 cabos de amarração, dois dos
quais com comprimento de cerca de 2.L. Os valores de carga de ruptura estabelecidos nas Tabelas
são válidos para cabos de aço e de fibras naturais (cabos de manilha, Grau 1). Cabos de fibras
sintéticas de igual diâmetro podem ser utilizados no lugar de cabos de manilha. Navios equipados de
acordo com a Tabela 25.2 recebem a notação de serviço costeiro afixada ao seu número de registro
de equipamento no Certificado e no Registro.
25.7.1.6 - Se, por razões especiais, navios pesqueiros forem equipados com equipamento de fundeio
menor que o exigido em 25.7.1.5, deve-se obter aprovação especial em cada caso. Estes navios recebem a notação “Equipamento de fundeio especial” anotada no Certificado e no Registro.
25.7.2 - Emprego de Cabos de Ac,o no Lugar de Amarras
25.7.2.1 - Para navios com comprimentos entre 30 e 40 metros, a amarra de uma âncora pode ser
substituída por cabo de aço (vide, também, 25.7.2.3).
25.7.2.2 - Para navios de L < 30 metros, a amarra de ambas as âncoras pode ser substituída por cabos
de aço (vide, também, 25.7.2.3).
25.7.2.3 - Se cabos de aço forem instalados em vez de amarras, deve ser observado o seguinte:
a) O Comprimento dos cabos de aço deve ser, no mínimo, igual a 1,5 x o comprimento tabelado de
amarras. A resistência à ruptura deve ser, no mínimo, a resistência tabelar de amarras Grau K l;
b) Um pequeno comprimento de amarra deve ser montado entre a âncora e o cabo de aço com um
comprimento de 12,5 metros ou a distância entre a âncora na posição estivada e o guincho. Prevalece
o menor valor;
c) Devem ser instalados guinchos para cabos que atendam às Regras para Molinetes;
d) Cabos de guinchos para traineiras podem ser utilizados como cabos de âncora. O guincho da traineira deve atender às Regras para Molinetes (ver as Regras para a Construção de Máquinas).
25.7.3 - Equipamento para Notação K (Serviço Costeiro)
25.7.3.1 - Generalidades
Para navios pesqueiros com comprimento L > 40 metros, as âncoras e amarras, bem como os cabos
recomendados (vide, também, Seção 16, item 16.6) devem ser determinados de acordo com 25.7.1.5.a)
e b), e para navios com comprimento L ≤ 40 metros, de acordo com 25.7.1.5.c) e Tabela 25.2.
25.7.3.2 - Navios com Comprimento L > 20 metros
a) Para navios com comprimento L > 20 metros, o comprimento deve ser determinado utilizando o
seguinte numeral.
m = comprimento de superestruras individuais e casarias, em [m], dentro do comprimento L
h = altura de superestruturas individuais e casarias na linha de centro do navio [m]
Casarias com uma largura de menos que B/4 podem ser ignoradas;
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b) Para navios de comprimento entre 30 e 40 metros, a amarra de uma âncora pode ser substituída por
cabo de aço (ver item 25.7.2.3)
c) Para navios de L < 30m, as amarras de ambas as âncoras podem ser substituídas por cabos de aço
25.7.3.3 - Navios com Comprimento L < 20 m
a) Para navios com comprimento L ≤ 20m, o equipamento deve ser determninado da Tabela 25.2 para o
comprimento L;
b) As amarras podem ser substituídas por cabos de aço (vide, 25.7.2.3);
c) Para segunda âncora de proa, a âncora pode ser substituída por um cabo de manilha ou cabo de fibra
sintética. A resistência do cabo de manilha não deve ser menor que a resistência da amarra. O cabo
de fibra sintética de, no mínimo, mesmo diâmetro pode ser utilizado em vez do cabo de manilha.
Devem ser previstos meios adequados de segurar navio fundeado (guincho de cabo, cabeço) e para
suspender a âncora (tambor de cabo ou saia de cabo de um guincho de cabo ou de um guincho de
arraste). Devem ser observadas as Regras para Construção de Máquinas.
25.7.3.4 - Para navios com âncoras de 60 kg ou menos, se aplicam o seguinte:
a) Também para primeira âncora podem ser utilizados cabos de manilha ou fibra sintética. O comprimento do cabo deve ser, no mínimo, 1,5 x o comprimento exigido da amarra. O diâmetro do cabo deve
ser obtido da Tabela 25.2 coluna 12;
b) Entre a âncora e o cabo deve ser previsto um pequeno comprimento de amarra, de acordo com 5.7.2.3 b;
c) Em vez do guincho de cabo exigido de acordo com 25.7.2.3 c, podem ser previstos outros meios
adequados para segurar o navio fundeado e para suspender a âncora (por exemplo, cabeço, saia de
cabo no guincho de arrasto ou guincho de cabo), por solicitação do Armador. O guincho pode ser
dispensado se for provado por experiência que a âncora pode ser descida e suspensa à mão sem
expor a tripulação a nenhum perigo;
d) Para navios com L ≤ 10 metros, não é exigido um guincho
25.8 - FACILIDADES PARA ELIMINAÇÃO DE DETRITOS E DE ÁGUA
25.8.1 - A bordo de todos os navios pesqueiros deve ser assegurado que todos os tipos de detritos e
água acumulados no processo de captura possam ser descarregados ou levados para fora sem perigo
para o navio. A bomba de esgoto deve ser de capacidade suficiente.
25.8.2 - Onde compartimentos de processamento de peixe são localizados abaixo do convés exposto,
os detritos e água acumulados durante o processamento devem ser descarregados para fora através de
bombas adequadas ou, transportadores helicoidais. Recomenda-se que as respectivas saídas no
chapeamento do costado sejam localizadas tão perto quanto possível do convés exposto. As aberturas
de descarga devem ter dispositivo de fechamento. Onde a rede de descarga for elevada acima do convés
exposto, pode ser colocada numa válvula de retenção de portinhola. Onde as bombas aspiram, também,
de fora, deve ser previsto um dispositivo de bloqueio que evite que a água seja bombeada para o convés
intermediário.
25.8.3 - Tampas auxiliares de conveses de processamento de peixe devem ser instaladas tão alto quanto
possível. O ponto mais baixo de aberturas internas não deve ficar ao nível d’água em inclinações de
menos que 15 graus, com o navio totalmente carregado. Em adição às tampas estanques para estas
aberturas auxiliares, recomenda-se a instalação de tampas de retenção, articuladas.
25.8.4 - Nos porões de peixe devem ser arranjados pocetos de esgoto (caixa de lama) especialmente
grandes, equipados com um arranjo para lavagem das sucções de esgoto. Este arranjo de lavagem deve
ser seguro contra acionamento não intencional.
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TABELA 25.1
EQUIPAMENTO DE ANCORAS, AMARRAS E CABOS PARA NAVIOS PESQUEIROS
No
Numeral de
para
Equip.
Reg.
Z
Âncora de Proa
Quant. Peso por
âncora
Amarras de elos estaiados
Cabos de Amarração
âncoras de proa (1)
recomendados
Compr.
total
Diâmetro
d
1
d
2
Quant.
Compr.
d
Carga
de
3
ruptura
kg
mm
mm
mm
mm
m
kN
1
2
3
4
6
7
8
9
14
15
16
101
até 30
2
70
137.5
11
11
11
2
40
25
102
30-40
2
80
165
11
11
11
2
50
30
103
30-50
2
100
192.5
11
11
11
2
60
30
104
50-60
2
120
192.5
12.5
12.5
12,5
2
60
30
105
60-70
2
140
192.5
12.5
12.5
12,5
2
80
30
106
70-80
2
160
220
14
12.5
12,5
2
100
35
107
80-90
2
180
220
14
12.5
12,5
2
100
35
108
90-100
2
210
220
16
14
14
2
110
35
109
110-110
2
240
220
16
14
14
2
110
40
110
110-120
2
270
247.5
17.5
16
16
2
110
40
111
120-130
2
300
247.5
17.5
16
16
2
110
45
112
130-140
2
340
275
19
17.5
17,5
2
120
45
113
140-150
2
390
275
19
17.5
17,5
2
120
50
114
150-175
2
480
275
22
19
19
2
120
55
115
175-205
2
570
302.5
24
20.5
20,5
2
120
60
116
205-240
2
660
302.5
26
22
20,5
2
120
65
117
240-260
2
780
330
28
24
22
3
120
70
118
280-320
2
900
357.5
30
26
24
3
140
80
119
320-360
2
1020
357.5
30
26
24
3
140
85
120
360-400
2
1140
385
34
30
26
3
140
95
121
400-450
2
1290
385
36
32
28
3
140
100
122
450-500
2
1440
412.5
38
34
30
3
140
110
123
500-550
2
1590
412.5
40
34
30
4
160
120
124
550-600
2
1740
440
42
36
32
4
160
130
125
600-660
2
1920
440
44
38
34
4
160
145
126
660-720
2
2100
440
46
40
36
4
160
160
Ver obsevações após a Tabela 25.2
!
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REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
DE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA
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TOMO II - NAVIOS PESQUEIROS .......................... SEÇÃO 25
PÁGINA ..................................................................... 294
TABELA 25.2
ÂNCORAS, AMARRAS E CABOS DE NAVIOS PESQUEIROS
EM OPERAÇÃO COSTEIRA
No
Compr.
Numeral
para
L
do Equip.
Reg.
ZF
Âncora de Proa
Amarras de elos
Cabos de Amarração
âncoras de proa (1)
Quant.
Peso Compr.
por
m
recomendados
Diâmetro
Compr. Carga
Diâmetro
total
d
kg
m
mm
mm
m
kN
mm
1
d
2
Total
Ruptura
d4
d5
mm
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
10
até 6
—-
1
10
4xL
6.0 (2)
6.0(2)
35
10
—
12
102
6-8
—-
1
20
33.0
8.0(2)
8.0(2)
40
15
—
14
103
8 - 10
—-
1
30
38.0
8.0(2)
8.0(2)
55
20
—
16
104
10 - 12
—-
1
50
45.0
10.0(2)
10.0(2)
65
25
—
18
105
12 - 14
—-
2
60
95.0
11.0
11.0
80
25
—
18
106
14 - 17
—-
2
80
110.0
11.0
11.0
100
30
10
20
107
17 - 20
—-
2
95
110.0
12.5
12.5
120
30
10
20
108
20 - 40
até 270
2
110
137.5
12.5
12.0
35
10
—
22
109
20 - 40
270 - 300
2
140
165.0
14.0
12.5
180
35
10
22
110
20 – 40
300 - 330
2
180
165.0
14.0
12.5
200
40
10
22
111
20 – 40
330 - 360
2
210
220.0
16.0
14.0
225
45
10
24
112
20 – 40
360 - 400
2
250
220.0
16.0
14.0
225
45
10
24
113
20 – 40
400 - 500
2
300
247.5
17.5
16.0
225
45
10
24
114
20 – 40
450 - 500
2
370
247.5
19.0
17.5
250
50
12
26
115
20 - 40
acima de 500
2
440
275.0
22.0
19.0
250
55
12
26
Observações :
d1 = diâmetro da amarra Grau K 1 (qualidade normal)
d2 = diâmetro da amarra Grau K 2 (qualidade de alta resistência)
d3 = diâmetro da amarra Grau K 3 (qualidade especial)
d4 = diâmetro do cabo de aço 6 x 24, tensão nominal de ruptura 1570 N/mm2
d5 = diâmetro de cabos de poliamida de construção normal e de cabos de manilha (Grau 1)
(1)
Amarras de elos não estaiados, conforme DIN 766, de, no mínimo, a mesma carga de teste, podem
ser tomadas em lugar de amarras de elos estaiados de até 16 mm de diâmetro.
(2)
Amarras de elos não estaiados, conforme DIN 766.
Para navios pesqueiros equipados conforme Tabela 25.1, o índice F será adicionado ao Número de
Registro.
Para navios pesqueiros equipados conforme Tabela 25.2, o índice K será adicionado ao Número de
Registro.
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DE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA
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TOMO II - DRAGAS .............................................. SEÇÃO 26
PÁGINA ..................................................................... 295
SEÇÃO 26
DRAGAS
26.1 - GENERALIDADES
26.1.1 - Dragas, como definido nesta Seção, significam dragas, dragas-depósito, chatas, chatas-depósito e embarcações similares que podem ser sem ou com auto-propulsão e que são destinadas à dragagem
comum (por exemplo, draga de caçamba, dragas de sucção, draga de garras, etc.). Dragas destinadas
à dragagem não usual e navios de formas diferentes devem ser considerados especialmente.
26.1.2 - As Regras das Seções 1 a 20 se aplicam às dragas desta Seção, a menos que mencionado de
forma diferente. Se a notação de navegação W (águas rasas) for afixada ao Símbolo de classe, os
módulos de seção das cavernas, vaus e sicordas de conveses expostos ao tempo, espessura ou áreas
seccionais de outros elementos estruturais transversais e longitudinais e módulo mínimo de seção conforme Seção 4, item 4.3, podem ser reduzidos de 15%.
26.1.3 - Dragas com uma faixa restrita de serviço exclusivamente operando em águas nacionais devem
atender ao máximo possível as exigências da Convenção Internacional de Borda Livre. A altura do convés
das braçolas de acesso devem ser, no mínimo, 300 mm.
26.1.4 - Dragas que trabalham em conjunto com outras embarcações devem ter verdugos reforçados.
26.1.5 - As espessuras de elementos principais estruturais expostos à abrasão por mistura de detritos e
água, por exemplo, onde são empregados métodos especiais de carga e descarga, devem ser adequadamente reforçadas ou, mediante aprovação pelo BC construídos de materiais especiais resistentes à
abrasão.
26.1.6 - Em dragas com espaços de depósito fechados devem ser tomadas medidas construtivas convenientes para evitar o acúmulo de mistura gás/ar inflamável em cima da lama de dragagem. As Regras de
Instalação Elétrica devem ser observadas.
26.2 - PLANOS E DOCUMENTAÇÃO PARA APROVAÇÃO
Para comprovar conformidade com as Regras, os seguintes desenhos e documentos devem ser submetidos em três vias adicionais aos estipulados na Seção 1.
a) Plano de Arranjo Geral mostrando, também, o arranjo do equipamento de drenagem;
b) Anteparas de espaços de depósitos longitudinais e transversais com informações relativas à densidade do detrito e altura de transbordamento;
c) Arranjo de escantilhões de subestruturas fixados ou integrados aos elementos estruturais principais,
tais como, póticos, estais, etc. ou suas fundações, fundações de máquinas e bombas de dragagem,
portinholas de fundo e suas articulações, equipamento de posicionamento e outros equipamentos e
dispositivos de dragagem, com suas fundações;
d) Cálculos de resistência longitudinal nas condições de carregamento mais desfavorável para embarcações de 100 metros de comprimento e mais. Cálculos de torção podem ser exigidos.
26.3 - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL
26.3.1 - Para dragas aplicam-se, geralmente, as exigências de resistência longitudinal conforme Seção 4.
26.3.2 - Para dragas-depósito e chatas-depósito de menos de 100 metros de comprimento podem ser
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TOMO II - DRAGAS .............................................. SEÇÃO 26
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exigidos cálculos de resistência longitudinal em casos especiais.
26.3.3 - No cálculo de módulo de seção mestra de acordo com a Seção 4, item 4.3, a área seccional
líquida para todos os elementos de resistência longitudinal de uma quilha-duto entre portinholas do fundo
de boreste podem ser levadas em consideração.
26.3.4 - As extremidades de espaços de depósito, devem ter transições cuidadosas dos elementos
estruturais longitudinais para as regiões adjacentes.
26.4 - CHAPEAMENTO DO COSTADO E FUNDO
26.4.1 - A espessura do chapeamento do fundo de dragas que operam encalhada ou nas quais
encalhamentos podem ocorrer, deven ser aumentada de 20% acima do valor exigido na Seção 5.
26.4.2 - Se forem previstas portinholas de fundo na linha de centro da embarcação ou poços para equipamentos de dragagem (escadas de caçambas, tubos de sucção, etc.), uma fiada de chapa deve ser
colocada em cada lado da abertura, com 50% da largura e espessura da chapa-quilha exigida.
26.4.3 - Extremidades de embarcações com fundo chato não comum devem ter um chapeamento do
fundo até 500 mm acima da linha de carregamento máximo com espessura que corresponde à espessura exigida para o fundo na região de 0,4.L a meia nau. Acima disso, deve ser prevista a espessura
exigida para o chapeamento do costado na região de 0,4.L a meia nau. Reforços conforme 26.4.1 devem
ser eventualmente previstos.
26.4.4 - Cantos de aberturas no fundo para portinholas e poços de equipamentos de dragagem devem ser
executados conforme Seção 6, item 6.1.3.2. Deve-se prestar atenção especial ao detalhamento construtivo e às ligações soldadas nestas regiões.
26.5 - CONVÉS
26.5.1 - A espessura do convés deve ser determinada conforme a Seção 6. Em embarcações com
menos de 100 metros de comprimento, o chapeamento de convés exigido deve ser previsto pelo menos
nas seguintes regiões: acima de praças de máquinas e de caldeiras, na região de gaiutas de máquinas
e de caldeiras, ao lado de todas aberturas de convés excedendo 0,4.B em largura e na região de fundações para equipamento e máquinas de dragagem escadas de caçambas, etc..
Onde é colocada forração de madeira no convés, a espessura do chapeamento exigido de acordo com a
tabela abaixo, em relação ao comprimento L, é suficiente, no caso em que os cálculos de resistência
não exijam espessuras maiores.
L [m]
= 20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100
t [mm]
5
5,5
6
6
6,5
6,6
6,7
6,8
6,9
7
7,2
7,3
7,4
7,5
7,6
7,8
8
26.5.2 - Nas extremidades do espaço de depósito deve ser mantida continuidade da resistência pela
colocação de chapas reforçadas de canto. Os cantos devem ser executados conforme a Seção 6, item
6.1.3.2.
26.6 - ESTRUTURA DO FUNDO
26.6.1 - Fundo Singelo Estruturado Transversalmente
26.6.1.1 - Ao longo de espaços de depósitos e pólos de dragagem na linha de centro, as hastilhas devem
ser dimensionadas conforme a Seção 7, item 7.1.1.2, onde pode ser utilizado mmin = 0,4. A altura destas
hastilhas não pode ser menor que:
h = 45 . B - 45 [mm] ; hmin = 180 mm
26.6.1.2 - Hastilhas, longarinas etc., abaixo de fundações de máquinas e bombas de dragagem devem
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ser suficientemente dimensionadas para os carregamentos adicionais.
26.6.1.3 - Onde hastilhas são adicionalmente carregadas pela pressão de fechamento de portinholas do
fundo, os seus módulos de seção e suas alturas de alma devem ser aumentados correspondentemente.
26.6.1.4 - Onde o vão sem apoio de hastilhas excede 3 metros, uma longarina lateral conforme Seção 7,
item 7.1.2.2.2 deve ser instalada. Prevalece analogamente o definido na Seção 7, item 7.1.2.1.4.
26.6.1.5 - Hastilhas alinhadas com elementos transversais inferiores nos espaços de depósito entre
portinholas do fundo devem, ter nas paredes laterais de espaços de depósito, borboletas flangeadas (ou
com barra-face) com abas simétricas aproximadamente. As borboletas devem se estender até à borda
superior dos elementos transversais.
26.6.1.6 - Hastilhas de dragas que operam encalhadas ou nas quais encalhamentos podem ocorrer,
devem ter reforços verticais contra flambagem garantindo que a tensão crítica de flambagem das almas
seja maior que o limite elástico.
26.6.2 - Fundo Singelo Estruturado Longitudinalmente
26.6.2.1 - O espaçamento de gigantes do fundo não deve exceder 3,6 metros. O módulo de seção e a
área seccional da alma não devem ser menores que:
W = k . c . e . m2 . p
[cm3]
f = 0,061 . k . e . m . p [cm2]
a altura da alma não pode ser menor que a altura das hastilhas, conforme 26.6.1.1.
k
c
e
m
p
=
=
=
=
=
fator de material, conforme Seção 1 ; k = 1,0, para aço naval comum
9 - 0,002.L , para L = 100 metros
espaçamento entre gigantes do fundo ou de anteparas, em [m]
vão sem apoio, em [m] , sem considerar eventuais longarinas
ressão pB ou p1 e p’1 conforme Seção 3, itens 3.2.3 e 3.4; prevalece o maior valor.
26.6.2.2 - As longarinas do fundo devem ser determinadas conforme Seção 8, item 8.2.
26.6.2.3 - Em ambos os lados da longarina central, nas paredes laterais de poços e em paredes laterais
de espaços de depósito, devem ser previstas borboletas entre os gigantes do fundo, caso não exista
uma caixa de quilha que possa ser utilizada como quilha para docagem. Até um espaçamento de
gigantes de 2,5 metros é suficiente a colocação de uma borboleta que se estenda até o próximo longitudinal ou reforço longitudinal. Em espaçamentos maiores devem ser previstas duas borboletas. A espessura das borboletas que devem ser flangeadas ou com barra-face, deve ser, pelo menos, igual à da
espessura das almas de gigantes do fundo, adjacentes.
26.6.2.4 - No caso em que anteparas longitudinais e os chapeamentos do costado são estruturados
transversalmente, borboletas conforme 26.6.2.3 devem ser instaladas em todas as cavernas estendendo-se até o bojo.
26.6.2.5 - Os gigantes de fundo devem ser reforçados com barras chatas verticais em todas as longitudinais. A altura das barras chatas deve ser aproximadamente igual à altura das longitudinais do fundo,
mas não necessita exceder 150 mm.
26.6.2.6 - A estrutura do fundo de dragas que operam encalhadas ou nas quais encalhamentos podem
ocorrer, deve ser dimensionada como segue:
a) O espaçamento dos gigantes do fundo, conforme 26.6.2.1, não deve exceder 1.8m. As almas devem
ser reforçadas conforme 26.6.1.6.
b) O módulo de seção das longitudinais do fundo, conforme Seção 8, item 8.2, deve ser aumentado em
50%.
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26.6.2.7- Os parágrafos 26.6.1.2, 26.6.1.3, 26.6.1.4 e 26.6.1.5 devem ser aplicados analogamente.
26.6.3 - Fundo Duplo
26.6.3.1 - Ao lado de espaços de depósito não necessitam ser previstos fundos duplos.
26.6.3.2 - Em adição às exigências da Seção 7, item 7.2.7, hastilhas cheias devem ser previstas na
região de espaços de depósito que são descarregados através de garras.
26.6.3.3 - Na colocação de borboletas, conforme Seção 7, item 7.2.8.4, devem ser observadas, também,
as Regras conforme 26.6.2.3 e 26.6.2.4, se for o caso.
26.6.3.4 - A estrutura do fundo de dragas que operam encalhadas ou nas quais encalhamentos podem
ocorrer, deve ser reforçada conforme Seção 7, item 7.2.1.6. Se for o caso, pode ser adotado 26.6.2.6,
analogamente.
26.7 - CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS DE DEPÓSITOS E POÇOS
26.7.1 - Os escantilhões das paredes de espaços de depósito e de poços devem ser determinados como
segue:
26.7.1.1 - Chapeamento
A espessura deve ser:
t = 1,26 . a . (p. k)1/2 + 1,5 [mm] ;
tmin = 5,5 + L/25 [mm] ou tmin = 6,5 . k1/2 [mm] , dos dois o maior valor
k
a, am
p
h
r
=
=
=
=
fator de material, conforme Seção 1 ; k = 1,0, para aço naval comum
espaçamento de reforços, em [m]
10 . r . h [kN/m2]
distância da borda inferior do chapeamento ou do centro de carregamento do respectivo elemento até a borda superior de transbordamento, em [m]
= densidade do depósito de dragagem, em [t/m3] ; rmin = 1,2 [t/m3]
26.7.1.2 – Reforços (módulo de seção mínimo)
a) Reforços transversalmente de anteparas longitudinais e reforços de anteparas transversais:
W = 0,68 . k . a . m2 . p [cm3]
b) Reforços longitudinais:
W = k . m1 . m2 . am . m2 . p [cm 3]
m1 , m2
m
k, a, am , p
=
=
=
vide Seção 8, item 8.2.2
vão sem apoio, em [m]
ver item 26.7.1.1
26.7.1.3 - A resistência não deve ser menor que a dos costados do navio. Deve ser dada atenção
especial para a transição adequada e continuidade nas extremidades de paredes longitudinais, espaços
de depósitos e poços. As fiadas do topo e do fundo de paredes longitudinais devem ser estendidas
através das anteparas das extremidades ou borboletas de transição devem ser previstas alinhadas com
as paredes em conjunto com reforços no convés e no fundo. Não é exigido transição especial onde o
comprimento de poços não excede 0,1.L e onde os poços e/ou extremidades de espaços de depósito
são localizados fora de 0,6.L, a meia-nau.
26.7.2 - Em espaços de depósitos com portinholas de fundo devem ser previstas vigas transversais com
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espaçmento menor que 3,6 metros.
26.7.3 - A altura das vigas transversais espaçadas conforme 26.7.2 deve ser, no mínimo, 2,5 x a altura
das hastilhas conforme Seção 7, item 7.1.1.2. A espessura da alma deve ser, no mínimo, igual à espessura do chapeamento do costado. As bordas superior e inferior das vigas transversais devem ter barrasface. A espessura das barras-face deve ser, pelo menos, 50% maior que a espessura exigida para a
alma. Onde as vigas transversais são construídas como vigas- caixão estanques à água, os escantilhões
não devem ser menores que o exigido no item 26.7.1. Na borda superior deve ser prevista uma chapa
com espessura aumentada em, pelo menos, 50%.
26.7.4 - Para aumentar a rigidez das vigas transversais, devem ser previstos reforços verticais espaçados
em não mais que 900 mm.
26.7.5 - As anteparas transversais nas extremidades de espaços de depósitos devem se estender de
bordo a bordo.
26.7.6 - Independentemente do sistema estrutural ser transversal ou longitudinal, devem ser previstas
cavernas gigantes, conforme Seção 21, item 21.11.2, no plano das vigas gigantes, conforme item 26.7.2.
A densidade dos depósitos de dragagem deve ser considerada na determinação dos escantilhões.
26.7.7 - Na altura do convés devem ser previstos vaus gigantes transversais entre as paredes laterais dos
espaços de depósito no plano das cavernas gigantes exigidas em 26.7.6. Os escantilhões devem ser
determinados para os carregamentos reais (como, por exemplo, o carregamento pela força máxima à
tração de dispositivos hidráulicos para o fechamento de portinholas do fundo) como para vaus limites de
escotilhas em conveses de carga, conforme Seção 15, item 15.3. Caso exista uma caixa de quilha, os
vaus gigantes transversais devem ser suportados através de pés-de-carneiro na caixa de quilha.
26.7.8 - Em dragas de caçamba os poços de escadas devem ser isolados no fundo por cofferdams
longitudinais e transversais para evitar que compartimentos adjacentes sejam alagados no caso de
qualquer avaria no casco pelo equipamento de dragagem ou objetos dragados. Os cofferdams devem ser
acessíveis
26.8 - CAIXA DE QUILHA
26.8.1 - Determinação dos Escantilhões
26.8.1.1 - Espessuras do Chapeamento
a) Chapeamento do fundo: Caso a caixa de quilha não possa ser utilizada como quilha de docagem
(vide, também, 26.4.2), prevalecem as exigências para o chapeamento do fundo, conforme Seção 5,
item 5.2.1.3.
b) Chapeamento restante: Fora do espaço de depósito prevalecem as exigências para chapeamento
do fundo, conforme Seção 5, item 5.2.1.3. Dentro do espaço de depósito prevalecem as exigências
para paredes de espaços de depósito, conforme 26.7.1, com reforço de espessura do chapeamento
na parte superior em, pelo menos, 505 mm devido ao maior risco de avarias.
26.8.1.2 - Hastilhas
Prevalecem as exigências dos itens 26.6.1 e 26.6.2.
26.8.1.3 - Reforços
Prevalecem as exigências do item 26.7.1
26.8.2 - Resistência do Elemento Estrutural
26.8.2.1 - No plano dos gigantes exigidos conforme 26.7.5, devem ser previstos gigantes ou hastilhas
abertas para garantir suficiente resistência do elemento estrutural.
26.8.3 - Com relação à adequada e continuidade nas extremidades da caixa de quilha, deve ser observado 26.7.1.3
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TOMO II - DRAGAS .............................................. SEÇÃO 26
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26.9 - CADASTE E LEME
26.9.1 - Para dragas com dois lemes, devido a poços de popa para escadas de caçambas ou tubos de
sucção, determina-se os escantilhões do cadaste conforme Seção 12, item 12.2.1.
26.9.2 - Para dragas com propulsão auxiliar, cuja velocidade no calado máximo não excede 5 nós, deve
ser utilizada a velocidade mínima de 7 nós para a determinação do diâmetro da madre do leme.
26.10 - B0RDA-FALSA E TRANSBORDAMENTO DO ESPAÇO DE DEPÓSITO
26.10.1- Caso o transbordamento do espaço de depósito seja no convés e não através de dutos fechados
para fora do costado, não deve ser prevista uma borda-falsa ao lado dos espaços de depósito. A colocação de uma borda-falsa deve ser evitada, mesmo no caso em que o transbordamento seja através de
dutos fechados. Se, apesar disso, for prevista uma borda-falsa, a mesma deve ter uma abertura contínua
de drenagem para assegurar que o depósito de dragagem transbordando possa escoar livremente, mesmos nos movimentos da draga em ondas.
26.10.2 - Dragas sem notação de navegação restrita devem ter, em cada bordo, um duto de transbordamento em região apropriada e de tamanho suficiente para que o excesso de água possa ser descarregado durante o serviço de dragagem. Se possível, não devem ser feitos recortes na borda superior do
cintado. Caso dutos de transbordamento atravessem o compartimento lateral, esses devem penetrar a
fiada do cintado a uma distância adequada do convés. A espessura de elementos estruturais sujeita à
abrasão pela mistura de depósito de dragagem e água deve ser suficientemente aumentada ou fabricada
de material especial resistente à abrasão, aprovado pelo BC .
26.10.3 - Dragas com notação restrita de navegação podem ter arranjos de transbordamento permitindo
descarga do excesso de água no convés, durante o serviço de dragagem.
26.11- EQUIPAMENTO
26.11.1- O equipamento de âncoras, amarras e cabos deve ser determinado conforme Seção 16. O
equipamento de dragas para serviço restrito deve ser determinado como para embarcações de serviço
costeiro (notação K). Para dragas em serviço em águas rasas, vide Seção 16, item 16.1.4.
26.11.2- O equipamento de dragas sem auto-propulsão deve ser determinado conforme Seção 28, item
28.5.
26.11.3 - Recomenda-se reforçar as amarras de dragas utilizadas para deslocamentos da draga durante
o serviço de dragagem, devido ao maior desgaste.
26.11.4 - Equipamentos de fundeio instalados em adição às exigências conforme 26.11.1 e 26.11.2 (por
exemplo, para deslocamento ou efeitos de posicionamento) só fazem parte da classificação quando a
embarcação recebe a respectiva notação ao Símbolo de Classe.
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DE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA
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TOMO II - CHATAS PONTÕES .............................. SEÇÃO 27
PÁGINA ..................................................................... 301
SEÇÃO 27
CHATAS PONTÕES
27.1 - GENERALIDADES
Ver Livro de Regras do BC para balsas offshore.
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TOMO II - NAVIOS PARA NAVEGAÇÃO EM
ÁGUAS RASAS ....................................................... SEÇÃO 28
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SEÇÃO 28
NAVIOS PARA NAVEGAÇÃO EM ÁGUAS RASAS
28.1 - GENERALIDADES
28.1.1 - Aplicam-se as Regras da Seções 1a 20 para navios para navegação em águas rasas, a menos
que citado de outra forma nesta Seção.
28.1.2 - Navios navegando em águas rasas atendendo às Regras desta Seção, recebem a notação W Operação em Águas Rasas afixada ao Símbolo de classe.
28.1.3 - Como carregamento no convés deve ser utilizado p = 6 [kN/m2] , caso o Armador não exija
carregamento maior.
28.2 - CHAPEAMENTO DO COSTADO E DO FUNDO
28.2.1 - A espessura do chapeamento do fundo, na região de 0,4.L , a meia-nau, deve ser determinada
pela seguinte fórmula:
t = 1,3 ⋅
a
ao
L
D
P
a
L⋅D
⋅
ao
P
[mm]
= espaçamento real entre cavernas, em [m]
= espaçamento entre cavernas definido pela Seção 8, item 8.1.1.1.1 para a região situada desde
0,2.L a ré da PPAV até a antepara de colisão de ré, em [m]
= comprimento do navio, em [m] (ver Seção 1)
= calado do navio, em [m] (ver seção 1)
= potal do navio, em [m] (ver Seção 1)
28.2.2 - Para navios com fundos chatos, a espessura deve ser aumentada de 0,5mm.
28.2.3 - A espessura do chapeamento do costado, na região de 0,4.L, a meia-nau pode ser 0,5 mm
menor que o chapeamento do fundo definido pelo item 28.2.1.
28.2.4 - A espessura, na região de 0,05.L , nas extremidades, pode ser 1,0 mm menor que o valor
calculado pelo item 28.2.1.
28.2.5 - A espessura do chapeamento do costado não deve ser menor que 3,5 mm em nenhuma região.
28.2.6 - Reforços do fundo à vante, conforme Seção 5, não são necessários.
28.3 - ANTEPARAS ESTANQUES À ÁGUA E ANTEPARAS DE TANQUES
28.3.1 - Os escantilhões de anteparas estanques à água devem ser determinados conforme Seção 10. A
espessura do chapeamento não necessita ser maior que a espessura na meia-nau do chapeamento
correspondente do costado com espaçamento de caverna. As espessuras não podem ser menores que
os seguintes valores mínimos:
tmin = 3,5 [mm] , para a fiada mais inferior
tmin = 3,0 [mm] , para as fiadas restantes.
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TOMO II - NAVIOS PARA NAVEGAÇÃO EM
ÁGUAS RASAS ....................................................... SEÇÃO 28
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DE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARA
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28.3.2 - Os escantilhões de anteparas e paredes de tanques devem ser determinados conforme Seção
11. A espessura não deve ser menor que 5,0 mm.
28.4 - ESCOTILHAS
28.4.1 - A altura de braçolas de escotilhas deve ser, no mínimo, 400mm. As braçolas devem ser apoiadas em cada quarta caverna, por estais.
28.4.2 - A espessura das braçolas deve ser determinada conforme as seguintes fórmulas:
a) braçolas longitudinais tm = 4,5 + m/6 [mm]
b) braçolas transversais tq = 2,75 + b/2 [mm]
m
b
= comprimento da escotilha, em [m]
= largura da escotilha, em [m]
28.4.3 - Vaus de escotilha devem ser instalados a uma distância de não mais que 3,0m. O módulo de
seção dos vaus de escotilha não deve ser menor que:
W = p . e . b2 [cm3]
e
b
p
= espaçamento dos vaus de escotilha, em [m]
= vide 28.4.2.
= carregamento do convés, conforme 28.1.4.
A altura da alma dos vaus de escotilha não deve ser menor que:
H = 70 . b [mm]
b
= vide 28.4.2.
Nas extremidades dos vaus a altura das almas pode ser reduzida, mas não deve ser menor que 130mm.
28.4.4 - A espessura de tampas de escotilhas de madeira não deve ser menor que 35 mm. Se o vão sem
apoio das tampas de escotilhas exceder 1,5 metros, a espessura deve ser aumentada proporcionalmente.
28.4.5 - A largura de apoio das tampas de escotilhas nas braçolas não deve ser menor que 40 mm.
28.4.6 - Onde vigas longitudinais de madeira são colocadas apoiando tampas de escotilhas transversais,
o seu módulo de seção não deve ser menor que:
W = 50 . u . e2
e
u
[cm3]
= vide 28.4.3
= vão, sem apoio, da tampa de escotilha, em [m].
28.4.7 - A altura das gaiutas de praças de máquinas e de caldeiras não deve ser menor que 600 mm, e
sua espessura não menor que 3,0 mm. As braçolas não devem ser menores que 350 mm, e suas
espessuras não menores que 4,0 mm.
28.4.8 - A altura de braçolas de descidas não deve ser menor que 300 mm.
28.5 - EQUIPAMENTO
28.5.1 - O equipamento de âncoras, amarras e cabos deve ser determinado conforme a Seção 16.
28.5.2 - O peso da âncora pode ser 60% do valor da Tabela 16.2, da Seção 16. Se o peso das âncoras
for menor que 80 kg., exige-se somente uma âncora.
28.5.3 - O diâmetro da amarra determina-se conforme o peso reduzido da âncora. Para âncoras com
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TOMO II - NAVIOS PARA NAVEGAÇÃO EM
ÁGUAS RASAS ....................................................... SEÇÃO 28
PÁGINA ..................................................................... 305
peso menor que 120 kg., o diâmetro da amarra em aço grau K 1 deve ser calculado conforme a seguinte
fórmula:
d1 = 1,15 . P1/2
[mm]
P = peso da âncora, em [kg]
Na utilização de amarras sem estais, o diâmetro deve ser aumentado em 1,0 mm.
O comprimento da amarra pode ser 70% do valor dado na Tabela 16.2, da Seção 16
Se exigida somente uma âncora, 50% do comprimento de amarra na Tabela 16.2 é suficiente.
28.5.4 - Recomenda-se que o comprimento de cabos de amarração seja 50% do comprimento dado na
Tabela 16.2 (vide, também, Seção 16, item 16.6).
28.5.5 - Navios navegando em águas rasas com este equipamento, recebem o índice K afixado ao
Número de Registro.
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TOMO II - REGRAS ESPECIAIS PARA DIQUES
FLUTUANTES ........................................................... SEÇÃO 29
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SEÇÃO 29
REGRAS ESPECIAIS PARA DIQUES FLUTUANTES
29.1 - GENERALIDADES
29.1.1 - Aplicação
29.1.1.1 - As seguintes Regras se aplicam a diques flutuantes do tipo caixa, no qual as caixas do fundo
e das laterais são contínuas, de vante à ré, e são inseparáveis, bem como a diques flutuantes tipo
pontão, no qual as caixas laterais são contínuas, de vante à ré, e o fundo é formado de pontões não
contínuos que são parafusados nas caixas laterais. Estas Regras se aplicam, também, para diques do
tipo L e pontões flutuantes.
29.1.1.2 - Os dados fornecidos pelo fabricante nas suas Instruções de Operação, com relação à distribuição de peso e carregamentos, devem ser utilizados como base para dimensionamento de elementos
estruturais, a menos que o que segue seja mais rígido.
29.1.2 - Símbolos de Classe
Diques flutuantes que atendem às Regras desta Seção receberão a notação Dique flutuante, indicando, também, a capacidade de levantamento, em toneladas, afixada ao Símbolo de classe.
29.2 - DOCUMENTOS PARA APROVAÇÃO
29.2.1 - Devem ser submetidas, para aprovação, três cópias de cada um dos seguintes planos e documentos:
a) Arranjo geral, mostrando o arranjo dos compartimentos e tanques, desenhos das seções longitudinais
e transversais, mostrando todos os escantilhões, e a posição das vigas longitudinais e transversais e
anteparas estanques à água;
b) Desenhos da caixas laterais com o convés superior e convés de segurança, caixa de fundo ou pontões
não contínuos;
c) Desenhos dos elementos estruturais dos convéses de pontão que transmitem as forças pontãolateral-pontão;
d) Carregamentos admissíveis e deflexões, conforme Instruções de Serviço;
e) Diagramas de bombeamento, mostrando as diferenças de pressão interna e externa sobre toda região
submersa;
f) Cálculos das condições de resistência transversal e longitudinal, bem como de resistência local;
g) Planos das instalações de máquinas e elétricas;
h) Planos dos sistemas de tubulação e dos dispositivos de proteção contra incêndio e de extinção; e
i) Cálculos mostrando a estabilidade do dique suportando um navio.
29.2.2 - Outros documentos podem ser exigidos, se considerados necessários
29.3 - MATERIAIS
29.3.1 - À menos que estabelecido de outra forma, material utilizado para os elementos estruturais
principais do dique deve ser aço naval testado de acordo com as Regras para Materiais. Outros tipos de
aço de menor resistência podem ser utilizados se a soldabilidade do material é garantida nas condições
de estaleiro. Em tais casos, as tensões admissíveis para o dimensionamento dos elementos estruturais
devem ser modificadas em relação à resistência de ruptura do aço utilizado.
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TOMO II - REGRAS ESPECIAIS PARA DIQUES
FLUTUANTES ........................................................... SEÇÃO 29
PÁGINA ..................................................................... 308
29.3.2 - O material utilizado para partes estruturais de menor importância, como plataformas, pontes
móveis, passarelas, etc, pode ser de outro aço com boas propriedades de soldagem se a qualidade do
aço for comprovada por Certificado do fabricante.
29.4 - DIMENSÕES PRINCIPAIS E DEFINIÇÕES
29.4.1 - Comprimento do Dique - O comprimento do dique deve ser medido da antepara extrema de
vante até a antepara extrema de ré.
29.4.2 - Boca - A boca deve ser medida à partir das bordas exteriores das cavernas. A Boca livre é
medida entre as passarelas “cantilever” das paredes laterais.
29.4.3 - Pontal - O pontal é a distância vertical da linha de base até o topo do vau do convés superior.
29.4.4 - Profundidade de Imersão - A distância entre a linha d’água do dique imerso e o topo dos
picadeiros da quilha será definida como Profundidade de imersão acima dos picadeiros de docagem.
29.4.5 - Fundo do Porão - O fundo do dique tipo caixa ou dos pontões não contínuos do dique tipo
pontão serão definidos como Fundo do pontão.
29.4.6 - Convés do Pontão - O Convés do dique tipo caixa ou do dique de pontões não contínuos será
definido como convés do pontão
29.4.7 - Pontal do Pontão - O pontal do pontão é a distância vertical entre o fundo do pontão e o convés
do pontão.
29.4.8 - Convés Superior - O convés superior é o convés estanque à água, contínuo, mais alto que se
estende sobre toda a parede lateral.
29.4.9 - Convés de Segurança - O convés de segurança se estende sobre todo o comprimento da
parede lateral. É um limite estanque à água e ao ar entre o compartimento acima e os compartimentos
de lastro. É arranjado abaixo do convés superior para que, quando todos os compartimentos abaixo dele
estão alagados sem carregamento nos picadeiros de quilha, a flutuação do espaço acima seja suficiente
para manter o dique flutuando com uma suficiente borda-livre em relação ao convés superior (vide, também, 29.8.2).
29.4.10- Lastro Residual e Lastro de Compensação - A água de lastro que sobra nos tanques que as
bombas não conseguem descarregar será definida como lastro residual. A água de lastro, em excesso,
do lastro residual na capacidade nominal de levantamento, será definida como lastro de compensação
(vide, também, 29.6.3).
29.5 - RESISTÊNCIA TRANSVERSAL
29.5.1 - A resistência da estrutura transversal do dique deve ser investigada para 3 (três) condições:
a) Primeira condição: Dique suportando um navio da capacidade nominal de levantamento, emerso até à
borda-livre do convés do pontão. A resistência estrutural deve ser investigada sob o carregamento de
água e a pressão nos picadeiros centrais de docagem;
b) Segunda condição: Dique carregado como em a), mas nenhum carregamento nos picadeiros centrais
de docagem nas extremidades do dique. A resistência transversal deve ser investigada para as transversais carregadas somente pelo empuxo, considerando lastro de compensação uniformemente distribuído;
c) Terceira condição: Dique com navio emerso com a diferença máxima de pressão interna e externa. A
resistência transversal deve ser calculada sob o carregamento da pressão da água e a pressão nos
picadeiros centrais de docagem.
29.5.2 - Nos cálculos, o carregamento dos picadeiros de quilha deve ser carregamento máximo admissível
por m de comprimento de convés especificado nas Instruções de Construção ou de Serviço. Este carregamento deve ser determinado para o navio mais curto cujo deslocamento seja igual à capacidade do
dique.
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FLUTUANTES ........................................................... SEÇÃO 29
PÁGINA ..................................................................... 309
29.5.3 - O carregamento nos picadeiros centrais de docagem será utilizado, mas não deve ser menor
que a resultante da distribuição uniforme de carregamento sobre todo o comprimento do dique:
q = 1,5 ⋅
9,81 ⋅ NH
L
[kN / m ]
NH = capacidade nominal de levantamento do dique, em [t]
L = comprimento do dique, em [m]
29.5.4 - O carregamento nos picadeiros de bojo é derivado da força resultante de uma inclinação do navio
em 3 graus; com isso, o carregamento total dos picadeiros de bojo, em cada lado, é aproximadamente
5% da capacidade nominal de levantamento.
29.5.5 - As tensões nas vigas transversais, no chapeamento e cavernas não podem exceder os seguintes valores:
Tipo de carregamento
aço naval comum (NF 24)
aço St 37-2
Tensão de compressão ou tração, na flexão
σadm = 160 N/mm2
σ adm = 140 N/mm2
Tensão de cisalhamento
τ adm = 100 N/mm2
τ adm = 95 N/mm2
σV = 200 N/mm2
σV = 180 N/mm2
Tensão combinada
A tensão combinada será determinada pela fórmula:
σV = σ 2 + 3 ⋅ τ 2
29.5.6 - Os elementos estruturais devem ser adequadamente reforçados para evitar flambagem (vide,
também, Seção 2, item 2.6).
29.6 - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL
29.6.1 - A resistência longitudinal do dique deve ser calculada para a condição em que o dique suporta o
navio mais curto de deslocamento igual à capacidade do dique. A rigidez do navio docado não será
considerada nesta cálculo.
29.6.2 - Em nenhum ponto do dique a tensão resultante do momento fletor mínimo obtido com o sistema
de bombas do dique deve exceder os seguintes valores:
a) para aço naval comum: σ = 120 N/mm2
b) para aço ST 37-2:
σ = 110 N/mm2
29.6.3 - Onde, entretanto, este momento fletor mínimo é obtido pelo lastro de compensação disponível
e, assim, por níveis desiguais de água nos compartimentos do fundo não contínuos, a condição com o
lastro convenientemente distribuído sobre todo o comprimento do dique também deve ser calculada. A
tensão relacionada ao momento fletor assim calculado não pode, em nenhum caso, deve exceder σ =
140 N/mm 2 (para aço St 37-2).
29.6.4 - O cálculo exigido em 29.6.3 pode ser omitido quando, pelo menos, dois medidores de deflexão
independentes forem instalados e a deflexão máxima indicada não permitir tensões maiores que os
valores indicados em 29.6.3.
29.6.5 - Onde a resistência longitudinal do dique rebocado em águas abertas deve ser considerada, nos
cálculos como base devem ser utilizados os comprimentos e alturas de ondas, dependendo da rota de
viagem e da estação do ano.
29.6.6 - Geralmente, o comprimento de onda deve ser assumido como sendo igual ao comprimento do
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FLUTUANTES ........................................................... SEÇÃO 29
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dique. Outras hipóteses divergentes devem ser comprovadamente adequadas.
29.6.7 - Estes cálculos podem ser baseados nas seguintes tensões admissíveis:
σadm = 180 N/mm2 , para aço naval comum
σadm = 160 N/mm2 , para aço St 37-2
29.6.8 - A resistência à flambagem dos elementos longitudinais deve ser comprovada. Considerando as
tensões conforme 29.6.2, o fator de segurança contra flambagem sB não pode ser menor que o estipulado na Seção 2, item 2.6.1.4. Caso o dique esteja sendo rebocado em águas abertas (tensões conforme
29.6.7), o fator de segurança contra lambagem pode ser reduzido em 10%.
29.7 - RESISTÊNCIA DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS
29.7.1 - Carregamentos
29.7.1.1 - Os elementos estruturais que não são indicados nos cálculos de resistência transversal ou
longitudinal devem ser dimensionados conforme os carregamentos indicados ou locais. Os valores em
29.5.5 devem ser assumidos como tensões admissíveis. A segurança contra flambagem deve ser observada.
29.7.1.2 - Os carregamentos no convés de segurança e nas caixas laterais podem ser obtidos no diagrama de bombeamento.
29.7.1.3 - Onde nenhuma outra exigência é considerada devido a arranjos especiais como a colocação
de cabrestantes, os valores assumidos como carregamentos devem ser, no mínimo,
3,5 kN/m2 , para pontes de ligação na extremidade do dique
5 kN/m2 , para o convés superior
10 kN/m2 , para as plataformas na extremidade do dique.
29.7.3 - Tanques de Serviço
Para tanques de serviço arranjados acima do convés de segurança (tanques de óleo combustível, tanques de água doce, tanques de água potável, tanques de óleo lubrificante e de borra, etc.), aplica-se a
Seção 11.
29.7.4 - Antepara Longitudinal Central
A antepara na linha de centro, suportada nas vigas transversais ou nas anteparas estanques transversais, deve ser calculada como uma viga contínua carregada por uma carga nos picadeiros centrais e pelo
empuxo. Entretanto, concentrados devem ser levados em consideração devido à remoção de picadeiros
entre duas vigas tranversais no caso de um reparo no fundo.
29.7.5 - Guindaste do Dique
29.7.5.1 - Os escantilhões de guindastes de dique devem ser determinados conforme os princípios
estabelecidos pelo BC para a construção e teste de aparelhagem de carga. Eventuais exigências nacionais adicionais devem ser observadas.
29.7.5.2 - O peso total dos guindastes, o carregamento máximo das rodas e a distância dos eixos de
rodas de guindastes de dique arranjados nas caixas laterais, devem ser levados em consideração para o
dimensionamento da subestruturas e devem ser indicados nos planos submetidos para aprovação.
29.8 - ESTABILIDADE E BORDA-LIVRE
29.8.1 - Estabilidade
Suficiente estabilidade na condição mais desfavorável deve ser comprovada. Geralmente, esta condição
será atingida quando o fundo do navio está emerso e o convés do pontão ainda permenece abaixo
d’água. A estabilidade será considerada suficiente com uma altura metacêntrica GM de 1,0 metro. Em
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FLUTUANTES ........................................................... SEÇÃO 29
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razão das possíveis alturas resultantes do centro de gravidade do navio, dependendo do peso do navio,
devem ser incluídos na Instruções de Serviço (se possível na forma de um diagrama). Eventuais exigências nacionais adicionais devem ser observadas.
29.8.2 - Borda-Livre
29.8.2.1 - A borda-livre de segurança do dique completamente imerso não pode ser, em nenhum ponto,
menor que 1,0m, sendo medida da borda superior do convés superior. Penetrações para cabos, etc., na
região da borda-livre de segurança devem ser projetadas para que possam ser fecháveis ou arranjadas
para evitar, com certeza, a entrada de água externa nos compartimentos laterais.
29.8.2.2 - A borda-livre do pontão do dique emerso, suportando um navio da capacidade nominal de
levantamento, será medida da borda superior do convés do pontão, na linha de centro do dique. A bordalivre lateral deve ser suficiente para permitir que os guindastes do dique possam ser transladados de uma
extremidade do dique até à outra, sem submersão do convés do pontão. Eventuais exigências nacionais
adicionais devem ser observadas.
29.9 - INSTALAÇÕES DE MÁQUINAS E PLANTA ELÉTRICA
29.9.1 - Instalações de máquinas, como caldeiras, vasos de pressão, motores auxiliares, bombas, etc.,
essenciais para o serviço do dique, devem ser construídas e instaladas de acordo com as exigências
das Regras para Construção de Máquinas, e serem testadas nas dependências dos fabricantes.
29.9.2 - A planta elétrica deve ser aprovada de acordo com as exigências das Regras para Instalação
Elétrica. Motores, geradores e transformadores com uma potência de 100 kW ou kVa, ou mais, devem
ser testados nas dependências dos fabricantes.
29.10- SISTEMAS DE TUBULAÇÃO E EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
29.10.1- Sistemas de Tubulação
Onde aplicáveis, os sistemas de tubulação devem atender às Regras para Construção de Máquinas. Os
sistemas de tubulação de lastro devem ser arranjados conforme as exigências especiais de serviço do
dique. Deve ser assegurado que cada compartimento de lastro possa ser esgotado por, pelo menos,
duas bombas. Todas as bombas, válvulas de entrada, descarga e distribuição, devem ter controle direto,
além do controle central pela cabine de comando .
29.10.2- Equipamentos de Proteção Contra Incêndio
Onde aplicáveis, os equipamentos de proteção contra e de extinção de incêndio devem estar de acordo
com as Regras para Construção de Máquinas.
29.11- TESTES
29.11.1- Todos os tanques de água doce, água potável, de óleo combustível e óleo lubrificante, bem
como os tanques de borra, devem ser testados com uma coluna d’água de 2,5 metros acima do topo do
tanque.
29.11.2- A estanqueidade de todos os compartimentos de lastro, no pontão e nas paredes laterais, deve
ser testada por um jato forte de água ou por pressão de ar. Em teste com ar comprimido, a estanqueidade
das costuras soldadas essenciais deve ser verificada com sabão. Vide, também, Seção 21, item 21.1.15.3.
29.11.3- Após concluir o dique, devem ser determinadas a borda-livre, o peso leve e a capacidade de
levantamento do dique.
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TOMO II - REGRAS, INSTRUÇÕES
E PROCEDIMENTOS
CLASSIFICAÇÃO E TESTES EM VASOS COM CARGA SOB
PRESSÃO ................................................................ SEÇÃO 30
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SEÇÃO 30
REGRAS, INSTRUÇÕES E PROCEDIMENTOS PARA CLASSIFICAÇÃO
E TESTES EM VASOS COM CARGA SOB PRESSÃO
30.1 - INTRODUÇÃO
As regras a seguir se aplicam a todos os vasos de pressão destinados à operação da instalação propulsora e seus equipamentos e máquinas auxiliares. Aplicam-se, também, a vasos para o transporte de
substâncias perigosas. Estes Regulamentos não se aplicam a vasos com pressão de trabalho mínima
admissível de até 0,5 kg/cm2 manométricos e com capacidade total não superior a 2.000 litros, nem a
vasos destinados a água e óleos, com pressões de trabalho de até 10 Kg/cm2 manométricos e temperaturas de serviço de até 80oC. Tais vasos devem, no entanto, ser submetidos a um teste de pressão pelo
fabricante, de conformidade com a Tabela 30.4. Deve ser emitido um certificado contendo os resultados.
30.2 - DOCUMENTOS PARA APROVAÇÃO
Devem ser apresentados, para aprovação, em três vias, os desenhos e planos dos vasos de pressão
contendo os seguintes detalhes.
a) Uso pretendido e capacidade;
b) Meio a ser transportado, pressões e temperaturas de trabalho;
c) Materiais a serem usados e detalhes sobre a soldagem;
d) Detalhes quanto a tratamento térmico, se necessários; e
e) Dados adicionais necessários para o exame.
30.3 - REGRAS ESPECIAIS
Vasos e aparelhos construídos segundo as normas reconhecidas e testados pelo fabricante, como, por
exemplo, vasos de pressão para água, conforme DIN 4810, e caldeiras de água quente, conforme DIN
4800 a 4804, podem ser aprovados mediante solicitação.
30.4 - MATERIAIS
Os materiais a serem usados para todas as paredes sob pressão de vasos de pressão devem ser
adequados para o fim a que se destinam. São requeridos testes de materiais para as seguintes
partes componentes de reservatórios de ar de partida, vasos com pressões de trabalho ≥ 25 kg/cm2
ou temperaturas de serviço ≥ 300oC, e recipientes de carga para gases liquefeitos ou outras substâncias perigosas:
a) Todas as superfícies sob pressão, exceto pec,as pequenas, como bossos e conexões com diâmetro
interno nominal ≤ 65 mm, bem como sedes de válvulas de reservatórios de ar comprimido forjadas ou
feitas de aço laminado;
b) Flanges forjados para temperaturas de serviço > 300oC e temperaturas de serviço ≤ 300oC, se o
produto de p (kg/cm 2 manométricos) por NW (diâmetro nominal em mm) for maior ou igual a 2500, ou
o diâmetro nominal for maior que 250 mm, com exceção de flanges com NW ≤ 32 mm;
c) Parafusos e roscas de M 30 (roscas métricas de 30 mm) para cima, feitos de aço, com resistência à
traço superior a 50 kg/mm2 , porcas com resistência à tração superior a 60 Kg/mm2 , e parafusos
superiores a M 16, feitos de aços-liga ou aços temperados e revenidos.
A comprovação da qualidade do material de todas as partes deve ser fornecida através de certificados do
fabricante.
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E PROCEDIMENTOS
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30.5 - PROJETO
30.5.1 - Generalidades
Os cálculos de resistência, a seguir, são baseados em requisitos mínimos para condições de trabalho
normais. As espessuras de parede, resultantes, são as espessuras mínimas requeridas. As tolerâncias, para menos, de espessuras contidas no Regulamento para Materiais, devem ser somadas às espessuras calculadas.
30.5.2 - Pressão de Projeto
Em geral, a pressão de trabalho máxima admissível deve ser considerada como pressão de projeto. A
altura estática do fluido deve ser considerada no estabelecimento da pressão de trabalho máxima admissível,
caso aumentem as tensões nas paredes do vaso pressão, em 5% ou mais. No caso de pressão subnormal,
a pressão de projeto deve ser a pressão negativa de 1 Kg/cm2 ou, quando aplicável, a pressão de
resposta das válvulas de segurança de pressão negativa. A pressão de trabalho máxima admissível, a
ser usada no projeto de vasos de pressão de cargas de gás liquefeito, é igual à pressão de projeto.
30.5.3 - Valor Característico de Resistência
O valor característico de resistência deve ser estabelecido em função da temperatura de projeto. Para
aços, o valor característico de resistência para temperaturas de projeto de até 350oC, deve ser tomado
como a tensão de escoamento, ou tensão de prova de 0,2% (valor mínimo), na temperatura de projeto.
Neste caso, os seguintes valores devem, em geral, ser tomados como máximos para o ponto de escoamento a 20oC, para fins de projeto:
0,7 vezes a resistência à tração, para aços sem liga;
0,75 vezes a resistência à tração, para aços-liga; e
0,80 vezes a resistência à tração, para aços de granulação fina.
Para aços que não tenham ponto de escoamento ou tensões de prova de 0,2 % definidos, a resitência
à tração (valor mínimo) na temperatura de projeto deve ser tomada como valor característico de
resistência.
Para metais não ferrosos fornecidos em diversos graus de dureza, deve ser levado em conta que a
resistência à tração pode ser reduzida; os cálculos devem ser baseados na resistência à tração em
estado de recozido macio.
30.5.4 - Temperatura de Projeto
A temperatura de projeto a ser usada é a máxima temperatura superficial de acordo com a Tabela 30.1.
Tipo de Aquecimento
Temperatura de Projeto
Nenhum
Temperatura máxima do fluido de trabalho
Por gases, vapores ou líquidos
Temperatura máxima do fluido de aquecimento
Aquecimento por chama,
elétrico ou por gases de
descarga
Para superfícies não expostas,
mas, pelo
temperaturas máxima do fluído
menos, 250°C
de trabalho + 20oC
Para superfícies expostas, temperatura
máxima do fluído de trabalho + 50oC
Tabela 30.1
30.5.5 - Fator de Segurança “S”
Os seguintes fatores de segurança abaixo constituem uma amrgem de segurança em relação à tensão
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de tração. Aplicam-se a:
a) aço laminado e forjado
S = 1,7, para vasos de pressão, exceto aqueles destinados ao transporte e armazenagem de
líquidos;
S =1,65, para vasos de pressão para gases liquefeitos
b) aço fundido
S = 2,0
c) ferro fundido nodular
S = 3,0
d) cobre e ligas de cobre
S = 4,0
e) alumínio
S = 4,0
f) ferro fundido cinzento
S = 11
30.5.6 - Fator de Enfraquecimento “v”
O fator de enfraquecimento, comumente chamado de eficiência de junta soldada, V, deve ser obtido da
seguinte maneira:
a) usa-se v = 0,85 (que significa Teste de Raios-X parcial nas soldas do casco ou dos tampos) aplicado
nas fórmulas de projeto que serão mostradas a seguir;
b) caso s > 6,35 mm, refaz-se o cálculo usando-se v = 1,00, e, para qualquer espessura encontrada,
será obrigatório o teste de Raios X total.
30.5.7 - Acréscimos de Espessura de Parede
Os acréscimos de espessura de parede (c) devem ser obtidos da Tabela 30.2.
Parte componente sob pressão Espessura de parede [mm]
Parede cilíndrica
Acréscimo de espessura [mm]
< 30
1
aquecimento
-
Placa de extremidade
> 30
2
curva sob pressão interna
≥ 30
1
Os valores do acréscimo devem ser reduzidos de 1mm, para aços inoxidáveis ou
outros materiais resistentes à corrosão.
Tabela 30.2
30.5.8 - Fórmulas de Projeto
a) Carcaças cilíndricas sob pressão interna, para Da / Di ≤ 1,6
s=
s
p
Di
Da
c
v
k
S
=
=
=
=
=
=
=
=
Da ⋅ p
+c
k
200 ⋅ ⋅ v + p
S
espessura da parede, em [mm]
pressão de trabalho máxima admissível, em [kg/cm2]
diâmetro interno, em [mm]
diâmetro externo, em [mm]
acréscimo para corrosão e desgaste, em [mm]
fator de enfraquecimento
valor característico de resistência do material em questão, em [kg/mm2]
fator de segurança
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b) Placas de extremidades curvas sob pressão interna, para R ≤ Da ; r ≥ 0,1.Da ; s/Da ≥ 0,003
s=
s
so
p
Da
c
v
k
S
β
βo
δA
=
=
=
=
=
=
=
=
=
=
=
Da ⋅ p ⋅ β
k
400. ⋅ v
S
so =
Da ⋅ p ⋅ β
+c
k
400. ⋅ v
S
espessura mínima da parede, na parte do flangeamento, em [mm]
espessura mínima da parede, na parte esférica, em [mm]
pressão de trabalho máxima admissível, em [kg/cm2]
diâmetro externo, em [mm]
acréscimo de espessura da parede, em [mm]
fator de enfraquecimento
valor característico de resistência do material em questão, em [kg/mm2]
fator de segurança
coeficiente de tensão do flangeamento ; obtido pela Tabela 30.3
coeficiente de tensão na calota esférica; obtido pela Tabela 30.3
diâmetro da abertura medida ao longo de uma linha traçada através do centro da placa e da
abertura, em [mm]; para aberturas dispostas concentricamente na placa, o maior diâmetro de
abertura.
30.5.9 - Valores de Projeto para Placas de Extremidades Curvas
Forma da
Razão
placa
H/Da
βo
dA / (Da . s)1/2
0
0,5 | 1,0 | 2,0 | 3,0 | 4,0 | 5,0
para
para placas c/ aberturas flangeadas p/ dentro,
placas
p/ fora ou sem reforço ( )
s/ orifício
Curvatura rasa R=Da
0,20
2,9
2,9
2,9
3,7
4,6
5,5
6,5
2,4
R= 0,8 Da
0,25
2,0
2,0
2,3
3,2
4,1
5,0
5,9
1,8
Hemisférica
0,5
1,1
1,2
1,6
2,2
3,0
3,7
4,35
1,1
Curvatura profunda
Coeficientes β e βo para placas de extremidade
Tabela 30.3
Os valores de β, para placas de extremidades sem aberturas, se aplicam, também, a placas curvas com
aberturas, cujas bordas estejam localizadas dentro da calota hemisférica, e cujo maior diâmetro seja dA
4s, ou cujas bordas sejam suficientemente reforçadas. A largura do ligamento entre duas aberturas
adjacentes, não reforçadas, deve ser, pelo menos, igual à soma das metades dos diâmetros das aberturas, medidas ao longo da linha que une os centros das aberturas. Quando não for conseguida a largura
de ligamento assim definida, a espessura da parede da placa deverá ser dimensionada como se não
houvesse o ligamento, ou então as bordas das aberturas deverão ser suficientemente reforçadas.
Quando a placa de extremidade curva for enfraquecida por fiada de aberturas ou de tubos (mais de duas
aberturas ou tubos, se o valor apropriado de), dever-se-á calcular a espessura da parte curva usando-se
o valor apropriado de β0 e o fator de enfraquecimento, v. Este último deve ser determinado pela fórmula
para aberturas na direção longitudinal da Tabela 1, nas direções tangencial e radial. O cálulo deve se
basear no menor valor.
Para placas de extremidades consistindo de seções soldadas, em que a razão H/Da seja menor que
0,25, o valor do cordão de solda não precisa ser levado em consideração quando as costuras radiais
estiverem em ângulos entre 60 graus e 90 graus com o flange.
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30.5.10 - Projeto de Outras Superfícies
O projeto de outras superfícies para as quais não sejam dadas fórmulas nesta Seção, por exemplo,
superfícies planas, deve ser feito de acordo com a prática usual de engenharia. Devem ser usados nos
cálculos, pelo menos, os fatores de segurança dados em 30.5.5. As temperaturas de projeto devem
estar de acordo com 30.5.4.
30.5.11 - Espessura de Parede Mínima
A espessura de parede de carcaças e placas de extremidades de vasos e aparelhos de pressão, soldados, de aço, não deve, em geral, ser inferior a 3mm.
30.6 - CONSTRUÇÃO E EQUIPAMENTOS
30.6.1 - Construção
O enfraquecimento das superfícies por aberturas deve ser devidamente levado em conta. Se necessário,
as bordas das aberturas devem ser adequadamente reforçadas.
A espessura da parede de tubos de derivação deve ser suficiente para absorver, com segurança, tensões
externas adicionais. A espessura de parede de conexões de tubos soldados deve se ajustar à da peça
na qual são soldadas.
Em geral, o preparo de chanfros de extremidades, não estaiadas, de material laminado, a serem soldados na carcaça, não deverá ser feito usinando-os perpendicularmente à direção de laminação da chapa.
Tais placas deverão, sempre que possível, ser ajustadas à carcaça, e mantidas por solda de topo em
perfil U ou de filete duplo.
Os flangeamentos de placas de extremidades curvas não devem ter seu movimento impedido, de maneira inadmissível, por reforços, enrijecedores, etc.
Borboletas de apoio só podem ser fixadas a placas de extremidades curvas que tenham sido suficientemente dimensionadas para tal.
Parafusos articulados devem ser protegidos contra escorregamento.
As partes das superfícies, na região dos apoios, devem ser reforçadas caso uma tensão admissivelmente alta possa ser causada pelas pressões de contacto.
30.6.2 - Válvulas de Segurança
Todo vaso de pressão, ou grupo de vasos, que possa ser isolado, deve ser equipado com uma válvula de
segurança. Neste último caso não devem ser grupados mais de três vasos.
Uma válvula de segurança instalada no espaço de água é considerada satisfatória para tanques de água
de pressão. Pode ser dispensada a válvula de segurança no espaço de ar, se não puder ocorrer no
tanque uma pressão superior à sua pressão de trabalho máxima admissível.
Câmaras aquecidas, que possam ser isoladas, devem possuir uma válvula de segurança. Para espaços
de vapor, isto só é requerido se puder ocorrer nos mesmos uma pressão de vapor superior à pressão de
trabalho máxima admissível.
As válvulas de segurança devem ser de mola e projetadas de modo que não possam ser isoladas.
Controles de pressão e temperatura não são considerados substitutos para as válvulas de segurança.
30.6.3 - Manômetros e Indicadores de Nível
Todo vaso de pressão ou grupo de vasos, que possa ser isolado, deve ser equipado com um manômetro
e um indicador de nível.
30.6.4 - Dispositivos de Fechamento
As redes para os vasos de pressão devem ser equipadas com dispositivos de fechamento no vaso.
Quando vários vasos forem grupados, um dispositivo de fechamento comum será suficiente. Reservatórios de ar de partida e outros vasos de pressão, conectados e desconectados durante o serviço, devem
poder ser isolados individualmente.
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30.6.5 - Aberturas de Inspeção
Os vasos de pressão devem possuir meios para inspeção interna. Para tanto, é, em geral, suficiente uma
abertura de inspeção.
Os vasos de pressão com mais de 2 metros de comprimento devem ter, em cada extremidade, uma
abertura de inspeção ou porta de visita.
Deve ser possível entrar em vasos de pressão com diâmetro interno superior a 800 mm.
Para vasos de pressão contendo substâncias perigosas, por exemplo, gases liquefeitos e gases tóxicos, as aberturas de inspeção e acesso devem ser fechadas por tampas aparafusadas a flange, e não
por tampas retidas por barras.
30.6.6 - Drenagem e Suspiro
Deve ser possível drenar e fazer suspiro dos vasos de pressão. Devem ser providas conexões adequadas
para testes de pressão hidrostática, periódicas.
30.6.7 - Testes, Marcação e Instalação
Os vasos de pressão, prontos, devem ser apresentados ao inspetor para um teste de construção e de
pressão hidrostática. Quanto à pressão de teste, ver tabela 30.4.
No caso de vasos de pressão contendo substâncias perigosas, por exemplo, gases liquefeitos, o BC
reserva-se o direito de requerer um teste especial de estanqueidade a gás.
Em todo vaso de pressão devem ser afixados detalhes sobre o fabricante, número de série, ano de
construção, capacidade e pressão de trabalho máxima admissível nas câmaras de pressão. Para
vasos e aparelhos de pressão menores, é suficiente a indicação da pressão de trabalho.
Os vasos de pressão devem ser instalados de maneira tal que possam ser inspecionados em toda volta,
se possível, e os testes periódicos possam ser executados facilmente. Quando necessário, devem ser
instalados degraus ou escadas no seu interior.
Os reservatórios de ar comprimido devem ser instalados com uma inclinação de 10 graus em relação à
horizontal, e com válvula na extremidade superior.
30.7 - OBSERVAÇÕES GERAIS
1) Todo vaso de pressão com transição cônica deverá ter uma verificação à parte, no sentido de determinar a eventual necessidade de um reforço nessas transições.
2) As juntas soldadas de cascos e tampas sofrerão, no mínimo, uma inspeção por radiografia parcial.
3) Serviços em baixas temperaturas necessitam de material adequado.
4) O uso de peças fundidas deve ser evitado.
5) Tampas elipsoidais ou toroesféricas, possuindo diâmetro menor ou igual a 1800 mm, deverão ser
fabricadas em uma peça única, sem soldas, e, possuindo diâmetro superior a 1800 mm, poderão ser
instaladas por processo de soldagem, desde que as soldas fiquem dentro de um círculo com raio igual
à (0,75 x raio do casco ou tampo).
6) Os tampos elipsoidais ou toroesféricos devem possuir, na seção cilíndrica, gola de comprimento igual
ao maior valor entre (0,015 Di + s) ou 30 mm.
7) O equipamento terá de possuir um sistema que permita sua drenagem completa.
8) O diâmetro mínimo do bocal de um vaso é de 3/4", admitindo-se, excepcionalmente, bocais rosqueados
de 8 1/2", para instrumentação.
9) Os bocais terão as seguintes projeções mínimas:
a) diâmetro menor ou igual a 12" - 200 mm
b) diâmetro maior que 12"
- 250 mm
10) Evita-se o uso de bocais com projeção interna.
11) Equipamentos horizontais com peso, em operação, superior a 20 ton, possuirão placa de teflon para
deslizamento do berço móvel.
12) Os bocais ligados à sucção de bombas terão quebra-vértices.
13) Os seguintes pontos dos equipamentos terão acesso permanente:
- bocas de visita
- válvulas de segurança
- instrumentos
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14) As soldas submetidas a esforços de pressão terão de ser de topo, com penetração total, sendo
executadas preferencialmente pelos dois lados, sendo que, quando isto não for possível, o passe de
raiz terá de ser obrigatoriamente por processo automático.
15) A união dos pescoços nos costados também terá de ser por solda de penetração total.
16) Soldas de tampas e cascos não devem interferir com suporte, bocais ou chapas de reforço. Soldas
que fiquem ocultas por chapas de reforço terão de sofrer radiografia total.
17) A distância mínima entre duas soldas consecutivas quaisquer é de 50mm.
18) As soldas de acessórios só serão obrigatoriamente com penetração total se o equipamento sofrer
tratamento térmico de alívio de tensões.
Item
Pressão de teste
Vasos
Pressão de trabalho
1,5 x pressão de trabalho p, mas, pelo menos,
de
0 a 200 kg/cm2
p + 1 kg/cm2
pressão
> 200 kg/cm2
Pressão de Trabalho + 100 kg/cm2
Abaixo da pressão
2 kg/cm2
atmosférica
Vasos de pressão
Lado de óleo
1,5 x pressão de trabalho p, mas pelo menos,
em redes
5 kg/ cm2
de pressão de óleo
Lado de vapor
1,5 x pressão de trabalho p, mas pelo menos,
combustível
p + 1kg/cm2
Vasos de pressão em
Pressão de trabalho
sistemas de água
4 kg /cm2
cf. DIN 4810
6 kg/cm2
5,2 kg/cm2
7,8 kg/cm2
Resfriadores de ar,
1,5 x pressão de trabalho p, mas,
lado da àgua
pelo menos, 4 kg/cm2
Recipientes de carga p/ gases líquefeitos
e líquidos perigosos
1,5 x pressão de projeto
Vasos de pressão
Tabela 30.4
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TOMO III - CONSIDERAÇÕES GERAIS ........................ SEÇÃO 1
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SEÇÃO 1
CONSIDERAÇÕES GERAIS
1.1 - PLANOS DE CLASSIFICAÇÃO
Para aprovação da construção, devem ser apresentados, em três vias, para análise e aprovação, os
seguintes planos:
1.1.1 - MÁQUINAS - Planos mostrando os arranjos dos jazentes das máquinas e mancais, estojos das
bases de sustentação, dimensões, escantilhões, solda e outros detalhes, inclusive os de fabricação,
devem ser enviados para aprovação. Toda construção soldada deve estar de acordo com os requisitos da
Seção 10. Os planos deverão ser submetidos em três vias.
1.1.2 - ELETRICIDADE - Todos os planos necessários, mostrando localização dos equipamentos, diagramas de distribuição de força e luz, com respectivas cargas, conforme normas do INMETRO, ABNT,
IEEE, etc. Outros requisitos destas regras, quando solicitados, devem ser apresentados. Deve ser usado o Sistema Internacional de Unidades ou em conjunto com outro sistema consagrado. Os planos
deverão ser submetidos em triplicata.
1.2 - VISTORIAS PERIÓDICAS
Em cada vistoria, as seguintes partes devem ser examinadas:
1.2.1 - Bombas manuais cuja eficiência deve ser aprovada.
1.2.2 - Todas as máquinas a vapor, se existirem, quer sejam principais, auxiliares ou especiais, serão
abertas a fim de serem inspecionados os empalhetamentos móveis e fixos das turbinas, rotores, extratores,
cilindros, válvulas, êmbolos, molas de segmento, conectoras, cruzetas, paralelos, patins, hastes de
êmbolos, mancais de sustentação, fixos e móveis, mancais de escora, caixas de válvulas de distribuição, mecanismos de comando de válvulas, eixos de manivelas, pinos, válvulas de garganta, de contorno
e etc., bombas principais e auxiliares, diretamente servindo à máquina propulsora.
1.2.2.1 - Os equipamentos de transferência de calor (condensadores, vaporizadores, aquecedores de
água de alimentação, aquecedores de óleo combustível, refrigeradores de óleo lubrificante e outros)
serão inspecionados em funcionamento, e posteriormente abertos para rigorosa inspeção. Serão também inspecionadas todas as válvulas de admissão, de descarga, de contorno e outras dos citados
equipamentos.
1.2.3 - As engrenagens redutoras das máquinas principais e auxiliares deverão ser abertas e inspecionados
os eixos, acoplamentos, mancais, dentes, engrenagens, pinhões, sistemas de lubrificação, catracas e
seus mecanismos, aparelhos de travamento, etc.
1.2.4 - Bombas - Todas as bombas principais ou auxiliares, de propulsão elétrica ou a vapor, terão
abertas e inspecionadas as distribuições, os êmbolos, hastes, cilindros, válvulas, mancais, turbinas,
impelidores, pratos, eixos, bem como as suas válvulas, torneiras, redes, ralos, filtros, dispositivos de
segurança, sistemas de lubrificação, etc. e outra qualquer parte, a critério do inspetor.
1.2.5 - Todos os eixos (exceto os propulsores) deverão ser inspecionados, bem como os seus mancais
de escora e de sustentação.
1.2.6 - Redes principais e auxiliares - Todas as redes - principais e auxiliares, e especialmente a rede de
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vapor principal, serão inspecionadas e, a critério do inspetor, serão removidas e submetidas a teste
hidrostático a 1,5 vezes a pressão de trabalho, para as redes cuja temperatura de trabalho seja inferior a
427o C.
1.2.7 - Motores de combustão interna - Os motores de combustão interna, principais ou auxiliares, serão
abertos para inspeção dos cilindros, cabeçotes, válvulas, molas de segmento, comando de válvulas,
camisas, jaquetas, êmbolos, hastes, conectoras, eixo de manivela, pinos, cambotas, cruzetas, mancais
fixos e móveis, mancais de escora, bomba de ar de lavagem, supercarregadores, bomba de combustível,
injetores, bomba de lubrificante, sistema de lubrificação, bomba de refrigeração e seus sistemas, engrenagens de inversão de marcha, acoplamentos, sistema elétrico de ignição, válvulas de segurança e
dispositivos de segurança contra explosão no carter, muflas, todas as bombas dependentes e independentes servindo diretamente ao motor e a outras partes que o inspetor julgar necessário. Os motores
serão ainda examinados operando em condições normais de serviço.
1.2.8 - Reservatórios de ar - Os reservatórios de ar serão examinados externa e internamente, bem como
suas válvulas e dispositivos de segurança. Se não se dispuser de meios para o exame interno dos
reservatórios, estes serão testados a uma pressão hidráulica de 2 vezes a pressão de trabalho.
1.2.9 - Eixos propulsores - Os eixos propulsores, quando revestidos completamente com camisas de
bronze, ou que trabalhem dentro de buchas lubrificadas a óleo, serão retirados de 3 em 3 anos para
inspeção. Os outros eixos sem as citadas proteções serão retirados para inspeção de 2 em 2 anos.
1.2.10 - Mancais dos eixos propulsores - Os mancais dos eixos propulsores serão abertos para inspeção
e serão tiradas as folgas dos mesmos.
1.2.11 - Compressores de ar - Os compressores deverão ser abertos e inspecionados os cilindros,
êmbolos, válvulas, hastes de segurança, conectores, mancais, sistema de refrigeração e outras partes,
a critério do inspetor.
1.2.12 - Caldeiras - As instalações de caldeiras principais e auxiliares serão anualmente examinadas
interna e externamente.
1.2.13 - Serão examinados cuidadosamente os tubos d’água do gerador de vapor, cortina d’água, tubulões,
tubos coletores, superaquecedores, economizadores, dessuperaquecedores, carcaças, tubos de gás,
tubos estais das caldeiras flamatubulares, estais da conduta, condutas, fornalhas, espelhos, painéis do
invólucro, isolamentos térmicos, válvulas de segurança, válvulas de comunicação a vapor, válvulas de
extração de fundo, válvulas de contorno, válvulas de retenção, torneiras de rova, indicadores de nível,
aparelhos de ramonagem, portas de visita de tubulões e coletores, bujões dos tubulões e coletores,
aquecedores de ar, controles automáticos, manômetros, pirômetros, periscópio de fumaça, rede de
queima, maçaricos, tijolos refratários, juntas de expansão dos refratários, barro, plástico, paredes divisórias, máquinas de ventilação, tubos ventiladores e outros aparelhos ou acessórios, a critério do inspetor.
Sempre que for julgado necessário, serão dadas provas hidráulicas de 1,5 a pressão de trabalho e,
dependendo dos vazamentos encontrados, serão tirados blocos exploratórios para exame das paredes
dos tubos e posterior retubulação total ou parcial.
Nas caldeiras flamatubulares, será dada especial atenção para rachaduras nas carcaças, avarias nos
espelhos e empeno nas fornalhas, os quais deverão ser medidos com calibres para se constatar os que
deverão ser corrigidos.
Nas caldeiras aquatubulares, especial atenção será dada para a corrosão interna e externa dos tubos e
qualquer flexamento. As paredes refratárias deverão ser substituías quando atingirem um desgaste de
25% ou quando apresentarem formação interna de escória.
As chaminés, caixa de fumaça e juntas de expansão serão examinadas.
1.2.14 - Fundações - As fundações das máquinas principais e auxiliares e especiais, caldeiras, mancais
do propulsor, condensadores e engrenagens redutoras serão cuidadosamente inspecionadas, bem como
os dispositivos de fixação das citadas máquinas, ou equipamentos e as respectivas fundações.
1.2.15 - Equipamento Elétrico - Equipamento Auxiliar - Todos os geradores serão testados sob carga,
funcionando separadamente ou em paralelo. Todas as conexões, aparelhos, medidores, quadros de
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manobra, quadro de distribuição, seccionadoras, caixas de distribuição, réles, disjuntores, chaves e etc.
serão inspecionados.
Todo o equipamento será inspecionado com o objetivo de serem localizadas avarias ou deteriorações. A
fixação será examinada. Entretanto, serão evitadas ao máximo as desmontagens.
A resistência de isolamento dos circuitos será medida entre condutores e dos condutores para terra,
sendo estes valores comparados com os previamente medidos.
Qualquer discrepância nos valores deverá ser examinada, e tomadas medidas corretivas, de modo a ser
restabelecida a resistência ao seu valor admitido.
Nos transformadores, ou equipamentos associados com circuitos vitais que forem imersos em óleo,
deverão ser retiradas amostras do óleo para serem testadas quanto à rigidez dielétrica, acidez e umidade ou, ser for mais conveniente, substituir por óleo novo devidamente certificado.
Todos os geradores e motores associados a circuitos vitais deverão ser abertos para inspeção rigorosa.
A resistência de isolamento, em megohms, deverá ser, no mínimo, igual a: 100 E / ( W 5x 10), onde: E =
Tensão nominal do gerador ou motor, em volts , e W = Potência nominal, em kVA
A resistência de isolamento mínimo do campo dos motores ou geradores excitados separadamente com
tensão menor que a tensão nominal deverá variar de 0,5 a 1 megohm.
1.2.16 - Equipamentos de Propulsão Principal - Serão inspecionados cuidadosamente os anéis de
frenagem.
Serão inspecionadas todas as canalizações de ventilação do enrolamento do estator e as aberturas das
ventilações do rotor, e certificado se estão perfeitamente limpos e desobstruídos.
Serão examinados os isoladores das barras de distribuição de alta tensão, os quais devem estar livres
de poeira ou graxas de modo a evitar centelhamento para a massa.
Serão inspecionados todos os cabos, verificados os suportes dos mesmos e as conexões das armaduras para a massa.
A resistência de isolamento de cada unidade propulsora deverá ser, no mínimo, igual à resistência
exigida. Tais leituras deverão ser registradas e comparadas com as anteriores, e qualquer discrepância
deverá ser objeto de análise e correção.
1.2.17 - Lemes e Aparelho de Governo - Serão inspecionados os lemes interna e externamente. Serão
inspecionados os mancais e tiradas as folgas.
Serão inspecionados máquinas do leme, transmissões, timão, pilotos automáticos e agulhas magnéticas e giroscópicas.
Nas embarcações-tanque, todos os tanques devem ser limpos e desgaseificados antes da inspeção.
Cada tanque de óleo e espaço de ar deve ser provado sob uma coluna d’água até a escotilha de expansão.
1.2.18 - Alarmes;
1.2.19 - Telégrafo da Máquina;
1.2.20 - Quadros elétricos, painéis de distribuição de energia e demarradores;
1.2.21 - Sistema de iluminação; e
1.2.22 - Termômetros, tacômetros, manômetros, pirômetros, amperímetros, voltímetros, wattímetros,
frequencímetros, sincronoscópios, lâmpadas de sincronização, lâmpada de terra e demais instrumentos
indicadores.
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E AUX. MÁQUINAS ALTERNATIVAS A VAPOR ......... SEÇÃO 2
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SEÇÃO 2
INSTALAÇÕES DE MÁQUINAS PROPULSORAS
E AUXILIARES MÁQUINAS ALTERNATIVAS A VAPOR
2.1 - PROPÓSITOS E CONDIÇÕES DE CLASSIFICAÇÃO
A construção e instalação deverá ser feita de acordo com requisitos de classificação e sob a supervisão
dos vistoriadores.
2.2 - PROCEDIMENTOS INICIAIS
O BC deverá receber por escrito, com antecedência, solicitação para supervisão e vistoria.
O pedido de supervisão deve ser feito com antecedência, antes de se iniciar a fabricação e de se fazer os
pedidos de material necessário.
A vistoria de fabricação compreende tanto o ensaio quanto a inspeção dos materiais componentes, que
devem ser devidamente identificados.
2.3 - DESENHOS A SEREM SUBMETIDOS
Para a classificação do equipamento, deverão ser apresentados pelos construtores, em 3 (três) vias,
desenhos das partes mais importantes da máquina tais como: base de máquina, cilindros, camisas,
bielas, hastes, conectoras, mancais e eixos de propulsão, e parafusos de fixação.
Deverão também ser conferidos pelo BC os Pedidos de Compra. Além dos desenhos e dos Pedidos de
Compra, os seguintes dados são necessários: potência indicada (em HP e kW), velocidade em rotações
por minuto (rpm), pressões médias indicadas (em kg/cm2 ou MPa), dados de velocidade crítica, peso
das partes móveis (em kg) e especificação dos materiais a empregar.
Sempre que possível, a especificação dos materiais deve obedecer às Normas Brasileiras (NBR)
registradas no Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO).
2.4 - SUPERVISÃO DA CONSTRUÇÃO E DA INSTALAÇÃO
A supervisão necessária para máquinas a vapor compreende a da construção e a da instalação da
máquina de propulsão.
Os materiais usados na fabricação serão ensaiados conforme as normas contidas na seção sobre
Provas de Materiais.
Salvo casos especiais, todos os forjados para eixos serão controlados.
Para as máquinas com cilindros de alta pressão, de diâmetro superior a 500mm, os seguintes forjados
serão controlados: haste de êmbolo e válvulas, acoplamento de eixo e seus parafusos, parafusos dos
mancais, cruzetas e hastes do excêntrico.
Para as máquinas com cilindros de alta pressão e diâmetros acima de 350mm, serão controlados os
forjados para as conectoras e para as hastes de êmbolo.
Para os casos de substituição de peças forjadas por peças fundidas, estas serão controladas apenas
quando substituírem peças já controladas, como anteriormente citado.
Serão controlados (supervisionados) os tubos para vapor que trabalhem acima de 10 kg/cm2 ou 1 MPa.
Todas as peças de máquinas sujeitas a esforços deverão ser de material adequado e terão folgas condizentes com o serviço a executar, dentro da melhor técnica de Construção Naval.
No caso de carter fechado com volume superior a meio metro cúbico, é obrigatório o uso de válvula de
proteção.
O embasamento da máquina deverá ser rígido e deverá ter um número suficiente de parafusos de fixação,
ligando-o à estrutura da embarcação. Os êmbolos, cilindros e outros elementos da máquina, sujeitos a
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temperaturas elevadas e a pressões de trabalho de elevado valor, deverão ser fabricados com material
adequado.
A prova final de funcionamento será feita na presença de vistoriador encarregado, com todo o equipamento montado, incluindo válvulas de segurança reguladas e, portanto, máquina pronta para funcionar.
2.5 - LINHA DO EIXO
O diâmetro mínimo das linhas de eixo, deverá ser determinado pela seguinte fórmula, considerando o
aço de resistência à tração de 4.200 kg/cm2, ou 420 MPa.
d=
d
D
H
P
R
A
=
=
=
=
=
=
1 3 D 2 ⋅ HP
⋅
A
0,07
diâmetro mínimo da linha de eixos, em [cm]
diâmetro do cilindro de baixa pressão, em [cm]
curso do êmbolo, em [cm]
pressão de trabalho, em [kg/cm2]
relação entre a área circular do pistão de alta pressão e a área do pistão de baixa pressão
valor obtido por interpolação linear, na tabela seguinte
Três Manivelas à 120o
Duas Manivelas em ângulo Reto
Quatro Manivelas eqüidistantes
R
0.20
0.14
0.12
-
A
24.60
26.80
28.70
-
R
0.33
0.20
0.17
-
A
21.20
23.70
24.80
-
R
0.14
0.12
0.09
0.08
A
26.90
28.60
30.40
31.00
2.5.1 - Para eixos de transmissão, reduzir de 5% o valor achado pela expressão dada em 2.5.
2.5.2 - No caso de eixos que suportem simultaneamente torque e esforços axiais, aumentar de 5% o
valor encontrado em 2.5.
2.5.3 - No caso de eixos com duas pontas de propulsão, o dimensionamento poderá ser feito na base de
0,80 do valor dado pela fórmula de 2.5. O diâmetro do eixo de manivelas deverá ser dado integralmente
pela fórmula definida em 2.5.
2.5.4 - As expressões anteriores para o cálculo do diâmetro mínimo, não levam em conta as tensões
devidas à vibração.
2.6 - MANIVELA
2.6.1 - O dimensionamento das manivelas em eixos maciços deverá obedecer às relações.
a) O produto da largura dos laterais da manivela, pelo quadrado da espessura dos laterais, deverá ser
igual ou maior do que dez, vinte e cinco avos do cubo do diâmetro do eixo de manivelas.
b) O produto da espessura, pelo quadrado da largura, deverá ser igual ou maior do que o cubo do
diâmetro do eixo de manivelas.
2.6.2 - A espessura da cambota de manivela mais a ré, no caso de eixos constituídos de partes montadas, será, no mínimo, de 1/1,82 do diâmetro do eixo de manivelas, e sua largura mínima permitida será
1,8 vezes o diâmetro dos furos no lateral da manivela.
Para as manivelas subseqüentes sujeitas a esforços menores (partindo de ré), a espessura poderá ser
reduzida de 5% em cada manivela. Caso seja usada chaveta para fixação das peças, o diâmetro deverá
ser devidamente aumentado para compensar o enfraquecimento pelos rasgos de chaveta.
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2.7 - EIXO INTERMEDIÁRIO
2.7.1 - O diâmetro de eixos intermediários que atravessam as buchas, deverá, no mínimo, ser 10% maior
do que o diâmetro do eixo de propulsão, como calculado em 2.5. No caso de não receber proteção, este
acréscimo deverá, no mínimo, ser de 15%.
2.7.2 - O diâmetro mínimo calculado do eixo de propulsão é dado por:
a) P = 0.007H + (d / 0.95) - para eixos com luva de proteção contra água salgada ou eixos para água
doce.
b) P = 0.10H + (d / 0.95) - para o caso de eixos não protegidos
P
H
d
= diâmetro mínimo calculado, em [mm], do eixo de propulsão;
= diâmetro do hélice, em [mm]
= diâmetro calculado para o eixo intermediário, em [mm], como em 2.7.1.
2.8 - CONES DE PROTEÇÃO DO EIXO
No caso de embarcações de que tenham viagens longas, a camisa de proteção da ponta do eixo terá
uma espessura mínima de: e = 0,04 (127 + P), sendo e a espessura da luva, em mm, e P o diâmetro
do eixo do hélice, em [mm].
Não será permitida a fixação de camisas de proteção por meio de pinos. A fixação deverá ser feita por
contração, e o bronze da camisa deverá ser isento de porosidade e defeitos, devendo resistir ao ensaio
de pressão sob 1 kg/cm2 (0.1 MPa).
2.9 - PARAFUSOS PARA LIGAÇÃO DO EIXO PROPULSOR
Os parafusos de acoplagem para o eixo propulsor terão, no mínimo, um diâmetro dado por: p = (P3/ 2R),
onde:
p = diâmetro dos parafusos, em [mm];
P = diâmetro do eixo, em [mm];
R = BF; e
B = raio da circunferência dos centros dos parafusos .
2.10 - PRESSÕES DE PROVAS
O conjunto de válvulas, o cilindro de alta pressão e camisa, serão ensaiados a uma pressão correspondente à pressão da caldeira com sobrecarga de 50%.
A pressão para ensaio dos cilindros, válvulas e reservatórios de média pressão será, no mínimo, de 3
kg/cm2, devendo, também, resistir à pressão de suas válvulas de escape com excesso de sobrecarga
de 50%.
A pressão mínima de ensaio para o condensador, com tubos e ferragens no lugar, será de 1,5 kg/cm2
(0.15 MPa).
2.11 - SOBRESSALENTES
A lista de sobressalentes recomendada será: - um jogo de anéis para êmbolos; uma quarta parte do
número das molas de êmbolo; dois conjuntos de parafusos de mancais de cruzeta, completos; dois
conjuntos de parafusos do pé da conectora, completos; seis parafusos da tampa do cilindro, completos,
com porca; um conjunto de válvulas para bomba de alimentação; um conjunto de válvulas para uma das
bombas de fundo duplo; um conjunto de parafusos para um dos hélices; seis parafusos completos para
a caixa de válvulas; dois jogos completos de parafusos para mancais principais; chapas e barras de aço
em diferentes bitolas; um calibre de folgas para mancais; chapa fina para calços; parafusos diversos,
com porcas. Além dos sobressalentes acima referidos, outros serão requeridos sempre que a natureza
da embarcação assim o exigir.
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TOMO III - TURBINAS ................................................. SEÇÃO 3
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SEÇÃO 3
TURBINAS
3.1 - ROTORES E DISCOS
Os rotores e discos serão fabricados de forma a que não haja vibração excessiva na faixa de velocidade
de serviço. Todos os rotores serão equilibrados em máquinas de balancear reconhecidamente oferecidas
a uma velocidade igual à combinação da freqüência da máquina e do rotor. As regras dadas a seguir não
levam em conta o problema do deslizamento molecular ou relaxação devido a temperatura elevada, o que
deverá ser previsto pelo fabricante.
Serão consideradas especiais as máquinas em que a temperatura máxima na saída do superaquecedor
exceda a 400oC.
Para o cálculo da seção do disco, será considerado um fator de segurança de 2,5, para a tensão radial,
e de 3, para a tensão tangencial média. Para a tensão tangencial, o fator será 2, para rotor inteiriço e de
2,5 , para não inteiriço, sempre considerada a tensão de escoamento. A tensão tangencial média não
deve exceder o limite de ruptura com um fator de segurança igual a 4.
Para calcular as tensões elásticas, supor a tensão radial igual a zero no broqueado, em rotores maciços.
Se o furo de inspeção é maior do que 0,25 do diâmetro básico dos discos no fundo do rasgo de chaveta,
supor no broqueado para os discos separados.
Considerar tensão igual à tangencial no centro de rotores maciços, se os furos de inspeção não excederem 0,25 do diâmetro básico de apoio dos discos.
3.2 - CARCAÇAS
As carcaças das turbinas serão testadas sob 1,5 vezes a pressão de serviço, e para isso, as carcaças
poderão ser divididas por paredes provisórias para a repartição correta das pressões de prova. Antes da
instalação, a turbina deverá ser provada no limite de sobrevelocidade para operar o regulador de velocidade.
As provas acima deverão ser feitas na presença do Inspetor / Vistoriador do BC para todas as turbinas
principais e para as auxiliares acima de 135 HP.
3.3 - PROVA DE VELOCIDADE
Antes da aceitação final da instalação completa, será feita prova em presença do Inspetor / Vistoriador
para demonstrar operação adequada nas condições de serviço e a ausência de vibrações.
3.4 - CONTROLE DE CONTACTO DAS ENGRENAGENS
Para as unidades de propulsão será feito o contacto dos dentes da engrenagem redutora. Para facilitar a
verificação da área e uniformidade do contacto dos dentes, parte dos dentes de pinhões ou rodas dentadas será pintada com pigmento de cobre ou outra tinta adequada. Recomenda-se verificar o contato dos
dentes dentro de seis meses de operação.
3.5 - REGULADORES DE VELOCIDADE
Todas as turbinas terão reguladores de velocidade que impedirão que as turbinas excedam a velocidade
máxima de projeto por mais de 15%. Quando a lubrificação forçada é empregada, o regulador deverá ter
um dispositivo que corte a alimentação de vapor à turbina no caso de falha no sistema de lubrificação.
Será também exigido que o regulador possa ser disparado à mão. Para turbinas de acionamento de
geradores, ver as regras da seção de equipamento elétrico.
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3.6 - LIGAÇÕES DE VAPOR
No caso em que o vapor é extraído da turbina, haverá dispositivo tal que não possa entrar vapor através
da ligação do extrator.
A alimentação de vapor para turbina de marcha a ré deverá ser feita de forma que esteja imediatamente
à disposição quando o vapor da turbina de marcha a vante esteja cortado. Isso não impede o uso de uma
válvula na linha, ao alcance do local de manobra. O vapor de emergência da turbina de baixa pressão
deverá ser saturado. Para uso de vapor superaquecido, a instalação deverá receber uma aprovação
especial do BC.
3.7 - MATERIAL FUNDIDO PARA AS CARCAÇAS
Carcaças de turbinas e outras peças fundidas, submetidas a pressão, serão fabricadas de material
adequado às temperaturas e pressões usadas. O ferro fundido será aceito para temperaturas abaixo de
230oC. O aço fundido só poderá ser usado onde a temperatura não ultrapasse a 400oC.
Todas as peças fundidas deverão ter suas tensões internas eliminadas por tratamento térmico.
3.8 - DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA
As carcaças terão drenos onde houver acúmulo de água e terão vedação adequada. Em todas as descargas das turbinas haverá uma válvula vigia de descarga. Em cada caldeira auxiliar deverá haver um disparo
de contra-pressão ou outra proteção.
3.9 - ESPECIFICAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO
O material deverá obedecer às indicações aprovadas quando da apresentação prévia do projeto.
Deverão ser remetidas a esta Sociedade, cópia, em duas vias, dos Pedidos de Compra e da especificação
dos materiais para informação dos Peritos. No caso de materiais destinados a instalações onde a
temperatura na saída do superaquecedor é superior a 420oC, as especificações deverão conter a composição química. A não ser no caso das turbinas auxiliares, os seguintes materiais deverão ser aprovados
e inspecionados pelos Peritos, seguindo as regras da Seção de Materiais:
· Forjados em aço, como rodas de turbinas, tambores de rotor, eixos de acoplamentos e parafusos de
acoplamento, pinhões e coroas;
· Peças de aço fundido que tenham seu uso aprovado em substituição aos forjados acima relacionados,
ou para carcaças de turbinas;
· Barras de aço, laminadas a quente, até 180mm de diâmetro, poderão ser usadas quando tenham seu
uso aprovado para substituir qualquer dos forjados acima;
· Chapas de aço para carcaças de turbinas, quando a pressão da carcaça for acima de 40kg/cm2 ou a
temperatura for maior do que 350oC;
· Tubos para vapor para pressões superiores a 10kg/cm2 ;
· O material das palhetas das turbinas deverá ser aprovado para atender às especificações aprovadas.
Os Vistoriadores inspecionarão e testarão o material fabricado sob outras especificações que não as
dadas nestas Regras, desde que tais especificações tenham sido aprovadas juntamente com o projeto
apresentado e que tenham sido claramente indicados nos pedidos de compra que são remetidos para a
informação dos Vistoriadores.
Pinhões, rodas dentadas e acoplamento flexíveis para a redução, serão aceitos com base na inspeção
superficial e na verificação de dureza.
Eixos, rodas dentadas, pinhões, acoplamentos e seus parafusos, serão aceitos por inspeção superficial
e prova de dureza, dependendo de aprovação em cada caso particular, levando-se em conta o tamanho
da unidade, a técnica e o controle do fabricante.
A construção e montagem de todas as turbinas a vapor destinadas à propulsão em embarcações classificadas e turbinas auxiliares de 135HP ou mais, deverão ser feitas de acordo com as regras abaixo, sob
a fiscalização de Peritos do BC.
Turbinas auxiliares menores deverão ser de projeto aprovado e deverão ser equipadas seguindo a boa
técnica, mas o material não necessitará ser aprovado, nem a inspeção será feita na fábrica, cuja garantia
será aceita, dependendo de funcionamento satisfatório após a montagem.
Antes de iniciar a fabricação e de serem feitos os pedidos de compra de material a inspecionar, o BC
deverá ser avisado, por escrito, de que é desejada a vistoria durante a fabricação, devendo ser comunicadas
todas as informações necessárias para a identificação do equipamento a ser vistoriado.
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Os desenhos deverão ser apresentados em quatro vias pelo fabricante, detalhando: Seção Transversal,
Carcaça, Rotor, Redução, Eixo e Mancais do Hélice.
Detalhes do equipamento e todos os dados necessários, como os relativos a material, peso e velocidade
das peças giratórias, velocidades críticas e a potência a ser transmitida, deverão ser apresentados para
verificação dos cálculos do projeto. A descrição da engrenagem de redução deverá conter os diagramas
de cargas dos mancais, detalhes dos eixos, rodas dentadas, formato de dentes, e os dados necessários
para revisão do projeto.
No caso em que seja necessário alterar a técnica de fabricação de engrenagens, tais como aumento de
potência transmitida, de comprimento dos dentes, ou das tensões nos dentes, o projeto receberá estudo
especial. Mudanças em material, técnica de soldagem, tolerância de contração, perfis de dentes, construção da carcaça, lubrificação e distribuição de óleo, ou itens semelhantes, deverão ser apresentados
para efeito de revisão.
3.10 - SOBRESSALENTES
Os sobressalentes e material necessário dependem do tipo de máquina, como também da disposição e
do serviço da embarcação. A lista de sobressalentes em cada tipo e caso deverá ser apresentada para
aprovação, de acordo com recomendação do fabricante.
3.11 - EIXOS
Eixos de aço de 4200kg/cm2 de resistência à tração terá o diâmetro mínimo de:
e = 9,35 ⋅ 3 P / n
[cm]
e =
diâmetro do eixo, em [cm]
P =
potência, em cavalo vapor
n - rotação por minuto na velocidade de regime.
Essa fórmula vale para eixos de embarcações para serviços portuário ou fluvial. No caso de serviço
oceânico, aumentar de 4% e, no caso de eixo de apoio, aumentar mais de 10%.
O caso de material especial será considerado à parte. Para eixos de rodas dentadas, rotores e para
máquinas auxiliares, o diâmetro será:
d = 0,0645 ⋅ 3 G + F
d
G
F
R
Mr
M
=
=
=
-
[cm]
diâmetro do eixo na seção considerada, em [cm]
(1 / 13,7 + 1946 / R ) . Mr2
[ M / (1/2,86 + R/12 )] 2
resistência de escoamento, em [kg/cm2]
momento de torção em regime máximo para serviço contínuo, em [kg.cm]
momento fletor na seção considerada, em [kg.cm]
O diâmetro achado deverá ser multiplicado por 1,10 ou mais, quando rodas ou outras peças são fixadas
por prensagem, por contração ou por chaveta. No caso de propulsão à ré, deverá ser considerado o
momento de torção correspondente.
As fórmulas acima não consideram a ocorrência de esforços à vibração ou de condições perigosas a
serem constatadas pelos dados referentes à velocidade crítica.
O dimensionamento do eixo propulsor e da transmissão, no caso de ser usada turbina na saída da
máquina a vapor alternativa, deriva da fórmula para eixos mostrada em 3.11, usando P como 90% da
potência indicada da máquina alternativa, quando em funcionamento com a turbina, somados a 95% da
potência no eixo da turbina.
As fórmulas anteriores também são válidas para eixos de geradores, motores elétricos e engrenagens
acionados por motores de combustão interna.
A localização e espaçamento dos mancais do eixo de transmissão serão feitos tendo em vista sua
repercussão na seção de baixa velocidade.
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3.12 - VELOCIDADE E PALHETAS
Todas as partes de turbinas e engrenagens deverão ser de material sem defeitos e deverão ter folgas e
ajustes de acordo com a melhor técnica de construção naval. A soldagem deverá seguir as regras do
capítulo correspondente.
Será dada à potência a ré obtida, um valor que dê, à embarcação, controle em qualquer situação normal.
Nestas normas valem as seguintes definições:
Velocidade de regime é aquela em que a turbina pode, pelo projeto, operar continuamente em
serviço. É a velocidade em regime máximo contínuo, e deverá ser usada no cálculo de resistência.
Limite de sobre-velocidade é a velocidade máxima permitida em serviço, e não poderá exceder a velocidade de regime em mais de 15%. É o ajuste máximo do regulador de velocidade.
As palhetas deverão ser projetadas evitando mudanças rápidas de seção, e com uma rigidez tal que
diminua a deformação e a vibração. A área mínima na base da pá será :
S = 45,4 . L . (F / M) . R2 [cm2]
F
L
M
R
S
-
peso de uma palheta, em [kg]
raio do centro de gravidade da palheta, medido até o eixo, em [cm]
tensão mínima à tração do material, em [kg/cm2]
rotação de regime dividida por 1.000;
área mínima na base da palheta, em [cm2]
A fórmula acima considera apenas tensões. A instalação deverá prever a presença de vibrações nas
velocidades de serviço.
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SEÇÃO 4
MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA
4.1 - PARTIDA POR BATERIA
Baterias de acumuladores para a partida de motores principais de propulsão serão dimensionadas de
forma a atender ao número de partidas exigidas para as ampolas.
4.2 - PRESSÕES DE PROVAS
Os cilindros e camisas serão provados com uma pressão máxima. Se for possível uma comprovação
direta por medição de espessura dessas peças, a pressão poderá ser reduzida a 4 kg/cm2. As câmaras
de água deverão ser provadas a uma pressão de 4 kg/cm2. Os cilindros de compressores de ar serão
provados sob 1,5 vezes a pressão máxima. A tubulação dos refrigeradores seguirá a indicação dos
cilindros de compressores.
4.3 - EQUIPAMENTOS AUXILIARES
São necessários os seguintes equipamentos auxiliares mínimos, para motor principal com 130HP ou
mais, podendo haver exceção em embarcações para trabalhos limitados e embarcações à vela com
propulsão auxiliar a motor.
Deverá haver duas bombas de transferência de óleo combustível, e uma delas deverá ser acionada sem
depender do motor principal.
Deverá haver um ou mais compressores de ar para a partida, capazes de carregar as ampolas em uma
hora.
Deverá haver um compressor de emergência com um motor que não precise de ar para partida, além dos
compressores necessários para o enchimento das ampolas.
Deverá haver, pelo menos, um soprador alternativo ou rotativo de lavagem de motor para cada motor de
propulsão de dois tempos.
Poderá ser usada a solda de estanho branca na fixação de conexões, flanges, etc., de material não
ferroso, a tubos da mesma classe de material para temperatura até 900oC, pressão até 7kg/cm2. O ferro
fundido nodular poderá ser usado sob cuidados especiais para temperatura até 340°C.
O uso de plásticos só será permitido em conexões e válvulas para redes de plástico para pressão de 10
kg/cm2 e sob aprovação especial.
Haverá, pelo menos, dois meios de fornecimento de água ou óleo de refrigeração para os motores
principais e auxiliares, compressores, refrigeradores, etc. Um desses meios deverá ter acionamento
independente e poderá ser obtido usando-se uma bomba de tamanho adequado instalada para outros
fins, como para serviços gerais ou, no caso de água doce, uma das bombas de água doce.
4.4 - CARTER
A ventilação de carter fechado será feita por um respirador ou por meio de uma sucção leve de, no
máximo, 25mm de coluna d’água, mas não deverá ser deixada entrada livre de ar no carter.
Deverá ser colocada em carter fechado, válvula de segurança em todos os motores com cilindro com
diâmetro acima de 200mm.
Em geral, será necessário instalar uma válvula na região de cada manivela, devido ao efeito abafado do
carter. Mas, em todos os casos, haverá uma válvula em cada extremidade do carter. A área total livre
das válvulas de segurança será de 12 mm2 para cada decímetro cúbico de volume do carter. As válvulas
deverão ser do tipo de retorno, devendo descarregar rapidamente e fechar imediatamente para evitar
entrada de ar. Os perigos de emissão de chamas deverão ser evitados.
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Deverão ser colocados avisos em lugar visível em cada motor, para desaconselhar a abertura do carter
aquecido antes de 10 minutos após a parada do motor, sendo esse tempo proporcionalmente aumentado
com o tamanho do motor. Também deverá ser desaconselhado religar um motor superaquecido sem
antes eliminar a causa do aquecimento.
4.5 - REGULADOR DE VELOCIDADE
Todos os motores receberão reguladores que não permitirão à velocidade exceder ao valor de regime em
mais de 15%. Para geradores, ver a seção de equipamento elétrico.
4.6 - EMBASAMENTO
O embasamento deverá ser de construção rígida, estanque ao óleo e com um número de parafusos
suficiente para sua fixação à estrutura da embarcação. O projeto estrutural do apoio e fixação dos
motores principais deverá ser apresentado para aprovação.
4.7 - PRESSÃO DOS CILINDROS
Cilindros, camisas, tampas de cilindro, êmbolos e outras peças sob temperatura e pressão elevadas,
serão feitos de material adequado para as tensões e temperaturas. Para o caso de cilindros de 23cm ou
mais de diâmetro, cada cilindro receberá uma válvula de segurança, que deverá operar a não mais de
1,40 vezes a pressão de ignição, em motores reversíveis, em motores com injeção de ar ou motores com
partida a ar comprimido. Em substituição, será aceitável um indicador de pressão como meio de determinar a pressão máxima dos cilindros.
4.8 - PLANOS DE DETALHES
Além dos desenhos especificando a distribuição dos equipamentos na embarcação, eixos, mancais de
popa, tamanhos e tipo dos motores auxiliares e conexões de descarga e sucção das bombas, como
exigido em outras Regras deste livro, também serão apresentados, em quatro vias, os desenhos: conjunto, em corte do motor, embasamento e carter, mostrando o tipo de ventilação e válvulas de segurança,
cilindros com as camisas e refrigeração; cabeçote; êmbolo e bielas; eixos; tirantes; tubulação; ampolas
de ar e compressor de ar, bomba de lavagem, sopradores e supercarregadores, se acionados pelo motor.
No caso de propulsão não direta, fornecer desenhos de: embreagens, caixas de velocidade, geradores e
motores, conforme indicado nas regras para caixas de redução e para equipamento elétrico.
Os desenhos para motores auxiliares incluirão um corte do conjunto, eixos, hastes, bielas e conectores,
tubulação e ampolas de ar.
Os desenhos mostrarão, se forem necessárias, a ventilação do carter e as válvulas de segurança.
Serão fornecidas para todos os motores as seguintes características: o tipo de motor, potência máxima
contínua ao freio, rotações por minuto, pressão máxima de ignição, pressão média indicada, dados para
a velocidade crítica, pesos das peças com movimento alternativo, peso e diâmetro do volante para o
motor. As especificações do material deverão também ser apresentadas.
As Regras, aqui dadas, não consideram o problema da vibração, que deverá ser devidamente previsto
pelo fabricante, de acordo com os elementos da velocidade crítica necessários, conforme item correspondente.
Serão obedecidas, onde couber, as normas para os tipos de equipamento que há na embarcação, como
máquinas elétricas, caldeiras, bombas, etc.
4.9 - REFRIGERAÇÃO DE MOTORES
Deverá ser instalado um indicador de temperatura no retorno da água de circulação em cada motor, bem
como para a informação de que a circulação se mantém adequadamente. Serão instalados drenos na
parte inferior de todas as câmaras de refrigeração e haverá uma válvula de descarga na alimentação para
evitar excesso de pressão.
Serão instaladas, pelo menos, duas admissões independentes de água do mar para as câmaras de
refrigeração ou ao refrigerador.
Na refrigeração do motor pela água do mar serão colocados filtros entre as válvulas de fundo e a admissão das bombas, que poderão sofrer limpeza sem interromper o fluxo de água. Na circulação de água em
emergência também será seguida essa Regra.
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Os tubos de descarga deverão ser refrigerados ou bem isolados. As descargas de cada motor, no caso
de mais de um motor, não deverão ser interligadas, mas deverão ir diretamente à atmosfera. Para haver
tubulações interconectadas, deverá haver um sistema que evite o retorno de gases a um dos motores
que esteja parado.
A tubulação que passar acima da linha d’água e perto dela, deverá ser protegida contra a ação da água.
No caso em que caldeiras aproveitem o calor da descarga de motores, seu arranjo deverá receber
aprovação especial. Não deverá haver a ligação de tubulação de descarga de motores e caldeiras.
4.10 - COMPRESSOR DE AR
A descarga de cada estágio dos compressores de ar para injeção deverá ser dotada de resfriador, de
separadores de água e de óleo, e válvulas de descarga, devidamente dimensionadas. A temperatura de
ar na saída de cada refrigerador não deverá ser maior do que 65oC. Na tubulação do compressor deverá
haver registros que permitam trabalhar alguns cilindros quando outros estiverem parados. A tubulação
deverá ter purgadores e será de aço, sem costura, ou de cobre, também sem costura.
O projeto e a fabricação das ampolas de ar comprimido deverão seguir as prescrições correspondentes destas Regras, em outros capítulos. Mesmo no caso de trim pronunciado, os drenos deverão estar
em condições de operar. Deverá haver disposição tal que permita a limpeza da instalação. Todo o sistema será protegido por válvulas de descarga, e as ampolas que puderem ser isoladas por meio de válvulas
de passagem terão, obrigatoriamente, uma válvula fusível de descarga, para caso de incêndio.
No mínimo, se admitirão duas ampolas de ar de partida para os motores principais. As ampolas, em
conjunto, deverão ser dimensionadas de tal forma que possam dar, pelo menos, seis partidas em cada
motor principal, se forem do tipo de sentido único de rotação.
No caso de terem duplo sentido de rotação, as ampolas, em conjunto, deverão suportar doze partidas
sucessivas de cada motor, sem que seja feito recarregamento das ampolas. Motores que usem ar para
ignição, terão, no mínimo, dois depósitos por navio, que deverão ter a possibilidade de operação em
separado.
4.11 - EIXOS DE MANIVELAS
O diâmetro dos pinos e munhões do eixo de manivelas não deverá ser menor que:
d = 0,0815 ⋅
K
D
I
A
P
R
=
-
3
K 3 + 3,1016 ⋅ L2 + K ⋅ L = 102 ⋅ P / N
A . D2 . I / 0,54
diâmetro interno do cilindro, em [mm]
pressão máxima de ignição, em [kg/cm2]
afastamento entre mancais, em [mm]
potência no freio
rotações por minuto.
O valor acima é válido para aço de 4200kg/cm2 de resistência. Para resistência de 5300kg/cm2, o diâmetro poderá ser reduzido de 15%. Para aços de 6000kg/cm2, a redução poderá ser de 18%. A fórmula
acima é válida para motores com mais de seis cilindros. Para seis cilindros, aumentar de 2%; para cinco
cilindros, 4%; para quatro, 7%; para três, 10%; para dois, 13%; e para monocilindros, 16% .
A pressão máxima de ignição e a potência ao freio deverão ser medidas pelo vistoriador durante teste do
motor. Se ficar demonstrado pelo fabricante, por meio de testes num motor piloto, que o valor previsto de
I não é ultrapassado dentro das tolerâncias de fabricação e de regulagem, não será necessária a verificação do valor de I para os motores fabricados em série, desde que o motor forneça a potência de regime.
As alterações no projeto para obtenção de potência mais elevada ou pressões máximas maiores, não
deverão ser feitas sem a aprovação do BC.
4.12 - BRAÇOS DO EIXO DE MANIVELAS
O dimensionamento dos braços deverá ser feito de forma que o momento fletor não seja menor do que 60%
do momento resistente proporcionado pelo diâmetro mínimo necessário dos pinos e munhões na flexão, ou
seja: d3/2,86 ≤ e2 . m , onde: m = largura efetiva do braço, em [cm] ; e = espessura do braço, em [cm].
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No caso em que as proporções são tais que os pinos e munhões se interceptam, e poderá ser a
distância mínima em diagonal através do braço de manivela.
Para eixos de manivela não inteiriços, e não será menor do que 0,55.d, e m, não menor do que 1,8 vezes
o diâmetro dos furos dos braços. Essas proporções se baseiam no uso de material igual para eixos e
braços, e poderão ser modificadas conforme o tipo do material.
Os braços deverão ser fixados por aquecimento ou por prensagem ao eixo e ao pino e, se for contrapinado
ou enchavetado ao eixo, ele deverá ter um diâmetro aumentado junto ao braço para compensar o rasgo
da chaveta.
4.13 - EIXOS DE TRANSMISSÃO E PROPULSÃO
O menor diâmetro dos eixos de transmissão e propulsão será:
d = 3 P /N
Para uso de 4200 kg/cm2 de resistência à tração, no caso de eixos de transmissão, sendo:
d - diâmetro do eixo, em [cm]
P - potência ao freio na velocidade de regime
N - rotação na velocidade de regime.
Obs.: Para embarcações com 130 HP ou mais, aumentar o valor de d em 4%. No caso de eixos de
propulsão, fazer acréscimo de 10%.
O diâmetro de eixos para volantes não poderá ser menor do que o do eixo de manivelas. No caso de
propulsão em duas frentes, os eixos poderão ser calculados para 75% da resistência, com exceção do
eixo de manivelas, que deverá resistir a toda a força.
O diâmetro de eixos intermediários passando através dos tubos de popa não poderá ser menor do que o
do eixo de transmissão acrescido de 10%, se for em aço com 4200 kg/cm2 de resistência à tração. No
caso do eixo ser atingido por água salgada no interior do tubo, o acréscimo será de 13% do diâmetro do
eixo de transmissão.
4.14 - MOTORES ABAIXO DE 130 HP
Todos os motores de combustão interna para propulsão de embarcações classificadas e motores auxiliares de 130 HP ou mais, deverão ser construídos e montados conforme as regras aqui dadas e acompanhadas pelo vistoriador do BC. Motores auxiliares pequenos deverão ser de construção aceita e deverão ser equipados de acordo com as boas normas comerciais, e não demandarão inspeção na fábrica,
cuja garantia será aceita até confirmação de bom funcionamento na presença do Perito, depois da
montagem.
No caso de motores acionando geradores, ver também as normas para equipamento elétrico. O BC
deverá ser cientificado por escrito de que durante a fabricação será pedida a vistoria. Essa comunicação
será feita antes do início da fabricação e da expedição de pedidos de compra de material a ser aprovado,
e conterá todas as informações necessárias para a identificação da máquina a ser vistoriada.
4.15 - EIXO DE HÉLICE
O diâmetro mínimo para o eixo do hélice não protegido será:
D = ( 1,05 . d ) + ( 0,007 . H )
D
d
-
H
-
diâmetro do eixo do hélice, em [cm]
diâmetro calculado do eixo da transmissão, em [cm], de acordo com o tipo de propulsão, para
aço com a resistência de 4200 kg/cm2
diâmetro do hélice, em [cm].
A extremidade interna do eixo do hélice poderá ser feita cônica no acoplamento, para ficar com o mesmo
diâmetro do eixo a que ele é ligado. Os eixos do hélice deverão ter um cônico preciso na ligação do
hélice, em especial no diâmetro maior do cônico. A chaveta deverá ajustar-se firmemente no rasgo e será
de tamanho suficiente para transmitir o momento de torção, mas não se deverá estender até o broqueado
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da luva ao lado de vante do bosso do hélice. A extremidade de vante do rasgo da chaveta deverá se elevar
gradualmente do fundo do rasgo até à superfície do eixo. Todos os cantos do rasgo deverão ser arredondados e, em geral, dever-se-ão evitar, sempre, concentração de tensões. Para o projeto da chaveta, ver
a seção relativa a hélices.
O comprimento do mancal suporte do hélice não poderá ser menor do que quatro vezes o diâmetro
mínimo do eixo do hélice, a não ser para mancais metálicos, cuja aprovação será feita mediante apresentação do projeto. A espessura das camisas para eixos do hélice ou eixos de tubo próximo aos
mancais de embarcações marítimas não poderá ser menor do que:
e = 0,04 d + 0,5
e
d
-
espessura da camisa, em [cm]
diâmetro mínimo do eixo do hélice, em [cm].
A espessura da camisa contínua entre mancais não poderá ser menor do que 0,75 da espessura e,
obtida na fórmula acima.
A camisa contínua deverá ser fundida de uma só vez ou, se feita em duas ou mais peças, a união das
peças separadas será feita por um método, aceito, de fusão, que, pelo menos, alcance dois terços da
espessura da camisa ou pelo uso de um retentor de borracha.
Se a camisa não se ajusta ao eixo com estanqueidade, entre os mancais, o espaço entre o eixo e a
camisa deverá ser enchido por pressão, com um composto insolúvel, não corrosivo.
As camisas de bronze, quando usadas, deverão ser de boa qualidade, livres de porosidade e de outros
defeitos, e deverão ser submetidas à prova hidrostática sob uma pressão de 1 kg/cm2.
Todas as camisas deverão ser cuidadosamente montadas a quente ou sob pressão, e não deverão ser
fixadas por pinos. Deverá ser usado um método garantido para evitar que a água penetre no eixo, entre a
extremidade de ré da camisa e o bosso do hélice.
Os eixos ocos deverão ser projetados de forma que sua resistência seja equivalente à necessária para
eixos maciços.
O diâmetro mínimo dos parafusos do acoplamento do eixo será, para aço 4200 kg/cm2 à tração, de:
( 2) ⋅
p= E
p
E
p
r
=
=
=
=
E
( p.r )
diâmetro do parafuso, em [cm]
diâmetro mínimo do eixo, em [cm]
número de parafusos em cada acoplamento
raio do círculo de centros dos parafusos, em [cm].
Os parafusos de acoplamento deverão ser ajustados com precisão e onde o acoplamento não é parte do
próprio eixo, deverá ser prevista a ação da força de propulsão em marcha à ré.
4.16 - SOBRESSALENTES
Os sobressalentes e material necessário, dependem do tipo da máquina, como também da sua disposição e do serviço da embarcação. A lista de sobressalentes em cada caso deverá ser apresentada para
aprovação.
Para embarcações com 130 HP ou mais, a lista de sobressalentes será, em geral:
01 tampa de cilindro, completa, com válvulas, molas, etc; 01 pistão completo, com anéis, etc; 01 jogo de
peças do sistema de resfriamento do pistão, correspondentes a um cilindro e sujeitas a desgastes; 01
jogo de ferramentas para um mancal principal de escora do tipo de colar; 01 jogo de parafusos especiais
para um hélice; 1 jogo de mancais para compressor de ar de lavagem, se só houver um único compressor; 01 quarta parte do número total de agulhas dos injetores; 1 jogo de anéis de pistão para um pistão;
01 jogo de casquilhos dos mancais principais com parafusos e porcas; 1 jogo de casquilhos dos
mancais das manivelas com parafusos e porcas; 1 jogo de casquilhos para o mancal da cruzeta completa, com parafusos e porcas, se usado, ou embuchamento de pino, no caso de pistões de tronco; 01 jogo
de peças das bombas de óleo combustível, sujeitas a desgaste; 01 jogo de anéis, para cada tamanho
dos pistões de compressores de ar; 50% das válvulas completas, para os compressores de ar; 01 jogo
de parafusos e prisioneiros, de cada tamanho, para uma tampa completa de motores e compressores;
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01 jogo de parafusos e porcas, para um acoplamento; 1quarta parte das gaxetas especiais usadas ou,
no mínimo, uma de cada tipo e tamanho; 01 jogo de suportes e calibres, para alinhamento do eixo
principal; Uma vez o comprimento da seção mais longa de cada tubo usado em óleo ou ar; Sortimentos
de parafusos, porcas, flanges para tubos, etc; 1 jogo de válvulas de cada tamanho e modelo, para as
bombas de porão, de óleo lubrificante e combustível e de refrigeração; 1 jogo completo de ferramentas
necessárias.
No caso em que o equipamento auxiliar tem dispositivos completos para uso como sobressalentes, não
será necessário manter, em estoque, correspondentes peças sobressalentes. Deverão ser obedecidas
as regras correspondentes a sobressalentes, conforme os capítulos que cobrem os demais equipamentos da embarcação. Farão parte da lista de sobressalentes necessários, para embarcações destinadas
a percursos maiores em regiões remotas, visando a maiores reparos, os seguintes ítens:
- 01 camisa de cilindro, completa, com acessórios; 01 eixo de hélice; 01 hélice; 01 hélice, para cada
mão, ou um jogo de pás de hélice, para cada mão; 01 jogo de parafusos especiais, para um hélice
completo; 01 bucha de rodas dentadas de comando do eixo de válvulas, com uma roda de cada modelo
e tamanho; Um vinte avos do número dos tubos do refrigerador, completos, com virolas, se tiver.
4.17 - PRECAUÇÕES NOS TUBOS E TAMPAS
A disposição dos tubos para o transporte de óleo combustível deverá obedecer às indicações da seção
de Bombas e às que se seguem.
Os ladrões de óleo combustível, drenos de óleo lubrificante e combustível e de aparadores de bombas de
óleo e tanques, serão levados a um compartimento fechado ou a um tanque provido de suspiro e sondagem, e com tubo de sucção para a bomba de transferência de óleo combustível.
No caso em que é usada calha para receber vazamentos dos tanques de óleo, o depósito ou ponto
formado deverá ser drenado para tanque de drenagem ou deverá receber um tubo ligado à aspiração da
bomba de transferência de óleo. Os tubos de enchimento deverão terminar no convés principal, e os
tanques deverão ser ligados à atmosfera por suspiros.
Tanques que não façam parte da estrutura do navio deverão ter seu recolhedor de vazamentos. Tanques
de gasolina não deverão receber indicadores de nível de vidro, que poderão ser usados em outros tanques, desde que protegidos e dotados de válvula em cada ponta.
Tanques de serviço deverão estar em altura suficiente para permitir alimentação do carburador, por bomba ou por gravidade.
No caso em que o combustível é a gasolina, todos os tubos deverão ser de cobre recozido, sem costura,
com curvas flexíveis e uniões feitas de metal de tipo sujeito à aprovação.
Deverá haver válvula em cada extremidade do tubo, entre o tanque e o carburador, e os tubos deverão ser
protegidos mecanicamente e visíveis em todo seu comprimento.
Entre cilindros e o carburador, ou na admissão de ar e sobre todas as bandejas, deverá haver tela
metálica.
Deverá haver filtros na admissão da bomba de injeção de óleo combustível e, no caso dos motores
principais de propulsão, a operação de limpeza desses filtros não deverá interromper o fluxo de óleo ao
motor.
Serão colocadas válvulas de fechamento nos tanques de utilização, que deverão ser manobradas da
praça das máquinas ou, se necessário, pela parte externa da praça de máquinas.
A tubulação da injeção será de tubo sem costura, e as conexões deverão ser do tipo extra-reforçado, em
aço ou em metal não ferroso, conforme aprovado. Deverá ser evitada pressão excessiva no ar de lavagem. Todos os motores terão filtros de óleo lubrificante. Nos motores principais de propulsão, deve haver
filtragem total do óleo. Nos filtros, a operação de limpeza não deverá interromper o fluxo de óleo para o
motor.
A tubulação de óleo lubrificante deverá ser inteiramente separada das demais.
Na lubrificação forçada haverá, sempre, um dispositivo que desligue automaticamente o motor, em caso
de falha na lubrificação.
4.18 - PEÇAS QUE PRECISAM PROVAS
As cópias, em duas vias, dos pedidos de compra de material, deverão ser submetidas ao BC para
informação dos Fiscais, que vistoriarão e aprovarão o material, segundo a seção de materiais. Serão
ensaiadas:
a) peças fundidas e forjadas para todos os motores; eixo de manivela, eixos de engrenagens redutora,
eixos de propulsão, de transporte de hélice, de geradores e motores;
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b) para motores de 300mm, ou mais, de diâmetro dos cilindros: conectoras, bielas e tirantes de
estrutura;
c) para motores de 450mm, ou mais, de diâmetro dos cilindros: cabeçotes, acoplamento de eixo, parafusos de acoplamentos, parafusos de biela e parafusos dos mancais principais;
d) barras de aço laminado a quente, até o diâmetro de 200mm, que poderão ser usadas, se aprovadas,
em substituição às peças forjadas acima relacionadas;
e) tubos sem costura de cobre e de latão, para refrigeradores intermediários e finais, e tubos de cobre
para ar de injeção e de partida;
f) todos os tubos para pressões acima de 10 kg/cm2;
g) ampolas de pressão para ar de injeção e partida. Veja-se a seção de caldeiras.
As peças para fabricação, em série, de motores, serão aceitas através de comprovação da dureza e de
exame superficial, dependendo da técnica e do controle de qualidade na confecção.
4.19 - PRECAUÇÕES NA PRAÇA DE MÁQUINAS
Nas praças de máquinas de motores de combustão interna, toda construção em madeira, a menos de
1,8 metros acima dos cilindros, e a menos de 1,2 metros dos cilindros sem refrigeração, de tubos de
descarga e de silenciosos, deverá ser recoberta com isolamento e metal. Este isolamento deve ter, pelo
menos, 12,5mm de espessura.
4.20 - PRECAUÇÕES COM OS MOTORES
As normas abaixo são aplicáveis a todos os motores a óleo para propulsão e para usos auxiliares. Todas
as peças do motor sujeitas a esforços deverão estar isentas de falhas e suas folgas e ajustes deverão
obedecer à melhor técnica naval. As passagens para água de refrigeração e óleo lubrificante deverão ser
cuidadosamente limpas de areia e de oxidação. A porcas dos mancais principais e das bielas, bem
como de todas as outras partes móveis, deverão ser fixadas por contrapino ou por meio adequado.
Antes da aceitação final da instalação completa, será feita a experiência para verificação de funcionamento.
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SEÇÃO 5
HÉLICES
5.1 - DESENHOS A SEREM SUBMETIDOS
Desenhos dos hélices, incluindo sobressalentes, deverão ser submetidos à aprovação. A fim de possibilitar verificar os escantilhões, à altura de 0,3 do raio, tais desenhos deverão incluir as seguintes informações:
- Tipo do motor propulsor e potência transmitida ao hélice; Velocidade do hélice compatível com a
potência acima; Empuxo; Dados geométricos do hélice (número de pás; diâmetro; passo; espessura
e largura a vários raios; e inclinação.); Natureza e características dos materiais.
5.2 - FIXAÇÃO
Os estojos deverão ser justos no cubo. É obrigatório o uso de um ressalto no estojo, sob o flange da pá.
A rosca das porcas terá um ajuste estanque. Todas as porcas serão fixadas por parafusos contra
desatarrachamento. A chaveta terá um ajuste perfeito no cubo.
Serão protegidos contra a corrosão todos os espaços entre a tampa do cubo, o cubo e o eixo, pelo uso
do enchimento com material adequado. Na parte de vante do hélice haverá sempre um retentor de
borracha. No caso em que o retentor é colocado pelo lado de dentro, deverá haver bastante folga entre a
camisa de proteção do eixo e o cubo. O retentor deverá apoiar firmemente sobre a camisa. Quando o
retentor é colocado externamente, o broqueado de cubo deverá ser enchido com material adequado.
5.3 - AJUSTAGEM PERFEITA
A face do flange deverá sempre se apoiar no cubo, e a folga entre o pino-guia e o furo, e entre a borda do
flange e o seu rebaixo, deverá ser a menor possível.
5.4 - SOBRESSALENTES
Para o material sobressalente necessário, seguir as indicações contidas na Seção referente ao tipo de
propulsão em uso.
5.5 - CÁLCULO DOS ESTOJOS
A Seção mínima da resistência dos estojos de fixação será:
S = f 3 . L / (3,64.A.c.P.p)
p
s
c
L
f
A
P
=
=
=
=
=
=
=
número de estojos na face de acionamento do hélice;
seção mínima de resistência de cada estojo, em [cm2]
raio da circunferência de centros dos estojos;
diâmetro do hélice, em [cm]
diâmetro mínimo, calculado, do eixo de propulsão, acrescido de 5% mais 0,00695 x L;
passo do hélice, em [cm]
número de pás.
5.6 - HÉLICES DE PÁS INDEPENDENTES E INTEIRIÇOS
Para os hélices dos navios de 130 HP ou mais, deverá a fabricação seguir completamente as indicações
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TOMO III - HÉLICES .................................................... SEÇÃO 5
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destas Regras, e sujeitar-se à aprovação prévia do projeto.
Deverá seguir as indicações feitas na seção de Material quanto ao uso de matérias primas para construção dos hélices. No caso de hélices de pás independentes, os ensaios de material serão repetidos para
cada pá.
Para hélices inteiriços, maiores do que 2 metros de diâmetro, em aço ou bronze, serão feitos dois
ensaios de material pertencente a pás opostas. Para hélices menores, bastará um único ensaio.
Todos os hélices serão submetidos à inspeção, estando suspensos para exames de defeitos superficiais e de percussão por martelo.
O material dos parafusos de fixação, das pás das hélices aos respectivos cubos deverá ser de aço do
tipo adequado e devidamente submetido a ensaio de material pelo Vistoriador.
Os hélices serão balanceados de forma a evitar vibração por efeito de massa desequilibrada.
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SEÇÃO 6
TUBULAÇÃO E BOMBAS
6.1 - GENERALIDADES
Para as embarcações que possuírem bombas e sistema de tubulação, deverá ser verificada a operação
eficiente e segura para os serviços a que se destinam. A mão-de-obra de instalação e os materiais
deverão ser inspecionados e estarem de acordo com as regras do BC.
Deverão ser submetidos planos diagramáticos mostrando os seguintes detalhes:
- Arranjo geral de bombas e tubulação;
- Sistema sanitário;
- Sistema de esgoto e lastro;
- Sistema de ventilação, sondagem e transbordo;
- Sistemas de enchimento, transferência e serviço de óleo combustível;
- Sistema de óleo-lubrificante;
- Sistema de bombeamento de óleo de carga;
- Sistema de tubulação de potência hidráulica;
- Sistema de combate a incêndio (veja a Seção 8);
- Sistema de tubulação da máquina do leme; e
- Sistema de tubulação de ar de partida.
Cada um dos planos acima deverá estar acompanhado da respectiva lista de materiais, fornecendo
tamanho, espessura da parede, pressão máxima de trabalho, material e tipo de toda a tubulação, tamanho e material das válvulas e acessórios. Os planos acima deverão ser em triplicata.
6.2 - BOMBAS DE PETROLEIROS
As embarcações de transporte de derivados de petróleo terão bombas de carga projetadas de forma a
evitar centelhamento e ficar localizada em compartimento específico.
Deverá haver o mínimo de vazamento na caixa de gaxeta. No caso de anteparas estanques serem
atravessadas por eixos, deverão ser usados acoplamentos flexíveis entre as bombas e o acionamento.
Nas anteparas será obrigatório o uso de caixa de gaxeta.
A rede do produto transportado será montada completamente separada das demais redes e não poderá
atravessar os tanques de óleo combustível e os compartimentos com máquinas.
No caso de se usar água fluvial para lastro, entre a admissão da água fluvial e a rede de produto transportado, deverá haver duas válvulas de passagem.
Na saída de cada bomba haverá uma válvula de descarga ligada à aspiração. Deverá haver uma conexão
em paralelo em torno da bomba, para ser usada quando se fizer o enchimento através do tubo de
aspiração.
Será instalado, na saída de cada bomba, um indicador de pressão. Se o acionamento for localizado em
outro compartimento, deverá haver indicadores de pressão adicionais, visíveis, na sala de motores.
Será prevista a retirada do vazamento para o fundo duplo na casa de bombas e compartimentos adjacentes. Para esse serviço será usada ou uma bomba de esgoto ou um ejetor, ou a aspiração de uma bomba
de produto transportado ou de dreno. Essa bomba não deverá ser colocada em compartimentos com
máquinas, nem deve a rede atravessá-los. Nesse caso, será usada sempre uma válvula de passagem e
retenção, colocada na aspiração do ramal. Se a aspiração do duplo fundo puder receber pressão do
produto da rede de enchimento, uma válvula adicional de retenção será usada.
Sempre que as hastes de válvulas atravessarem cobertas estanques, serão usadas caixas de gaxetas.
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6.3 - REDES DE PETROLEIRO
Redes sanitárias e de despejos poderão atravessar, acima da linha d’água, os tanques de transporte de
óleo. O número de tubos será mínimo pela combinação do maior número possível de drenos. A rede
dentro do tanque será de tubo de pelo menos, 15 mm de espessura, e todas as uniões serão soldadas.
Na tubulação de descarga acima do tanque será colocada uma válvula de retenção. Todos os acessórios
ligados à rede receberão uma vedação hidráulica ligada à atmosfera. Cada tanque de transporte receberá
um tubo de respiro ligado a um coletor geral, ou receberá uma válvula de descarga tipo pressão e vácuo.
No caso do respiro, sua saída será elevada acima do convés e terá uma válvula de descarga ou um
protetor contra incêndio.
Se o produto transportado tem ponto de fulgor acima de 65oC, poderá ser usado o tubo de respiro para
cada tanque, recurvado e protegido com tela de arame. No caso de haver atmosfera inerte nos tanques
para evitar incêndio, o projeto deverá ser aprovado previamente. Em todas as embarcações deverá haver
ventilação para cada compartimento. Tanques de grande superfície deverão ter, no mínimo, dois suspiros, um dos quais na parte mais alta. Se a superfície for pequena, bastará um suspiro. Os suspiros
deverão ser de tal forma dimensionados que permitam o esvaziamento do tanque sob condições normais. No caso em que ladrões dos tanques entre anteparas estanques diversas se liguem a um coletor
único abaixo do convés principal, deverá ser impedida a inundação a vante ou a ré entre anteparas
estanques, no caso de um acidente.
6.4 - SUSPIROS
Todos os suspiros terão dispositivos de fechamento em caso de emergência. A altura acima do convés
será, no mínimo, de 1m, no caso de convés de borda-livre. No caso de convés com superestruturas,
será, no mínimo, 0,50 metros e, para convés elevado a ré, será de 0,80 metros.
Em geral o diâmetro mínimo para suspiros será de 60mm para tanques de óleo e de 50mm para tanques
de água. Quando não há ladrões, a seção dos suspiros deverá ser igual à da tubulação de transferência,
quando essa operação é feita com bomba. Se houver ladrões, a seção total dos ladrões é que deverá ser
igual à da tubulação de entrada.
No caso de suspiros de água doce estarem dentro da praça de máquinas, deverão estar sempre acima
da linha de carga máxima.
No caso de suspiros de tanques de óleo lubrificante ficarem na praça de máquinas, deverão estar afastados de equipamentos, de forma a evitar transbordamento sobre redes aquecidas ou sobre aparelhagem
danificável.
Devem ser previstos suspiros para tanques de óleo, de forma a evitar incêndio pela combustão do gás.
Os suspiros deverão estar acima do convés e protegidos com tela de arame resistente à corrosão.
Nesse caso, a área livre de passagens pela tela será, no mínimo, igual à seção livre do tubo. Recomenda-se ver também NBR 9787/87 e NBR 9788/87.
6.5 - TUBO-LADRÃO
No caso de tubos-ladrões dando saída pelo bordo de embarcação, eles deverão ser colocados bem
acima da linha de carga máxima.
Serão sempre usadas válvulas de retenção a bordo. Em tanques de fundo que transportam carga seca
em algumas ocasiões, o tubo-ladrão receberá um flange de fechamento que não prejudique a ventilação
no transporte de carga líquida.
6.6 - SONDAGEM MANUAL
Tanques para água doce ou óleo combustível, mesmo quando usarem indicadores de tipo aprovado,
deverão possuir um dispositivo de sondagem manual.
O diâmetro mínimo dos tubos para verificação de nível é de 35mm em todos os tanques que não sejam
acessíveis a qualquer momento.
No caso em que os tubos para verificação de nível terminem abaixo da borda-livre, eles serão fechados
ou por válvulas de gaveta ou por bujão amarrado ao tubo com corrente resistente à corrosão, o que
poderá ser usado em todos os tanques, com exceção dos tanques de óleo. Para tanque de óleo, deverão
ser usadas válvulas de fechamento rápido e auto-operadas.
Sempre será feito um reforço adequado para suportar o choque da vara para medição de nível na chapa
inferior do fundo duplo.
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6.7 - ESGOTAMENTO DE FUNDO DUPLO
Serão obrigatórias duas bombas a motor para esgotamento do fundo duplo. No caso de navios de comprimento menor do que 50 metros, a bomba em duplicata poderá ser substituída por duas bombas
manuais ou ejetores a vapor. A capacidade das bombas de esgoto do duplo fundo, quando usadas
apenas duas bombas, será tal que cada uma dará uma velocidade de 2 metros por segundo na tubulação, cujo diâmetro seja o indicado nestas regras. No caso em que mais de duas bombas são instaladas
na rede, a soma das capacidades deverá ser maior do que o mínimo indicado. Poderão ser computadas
como bombas de esgoto do duplo fundo as de serviço geral, as de esgoto sanitário ou as de lastro.
Deverão ter, então, capacidade, pelo menos, igual à mínima requerida nestas regras e seguir as demais
indicações aplicáveis.
O duplo fundo da praça de máquinas terá obrigatoriamente aspiração ligada diretamente a uma das
bombas de esgoto de duplo fundo, e de dimensões tais que a bomba dê o máximo de capacidade e
opere independentemente do restante da rede.
6.8 - REDES
Não poderá haver vazamento de água ou óleo para os compartimentos de máquinas ou carga, ou entre
compartimentos. As redes de lastro e esgoto deverão ter válvulas independentes nas bombas. As redes
de óleo e de lastro deverão ser desligadas ou fechadas quando tanques fundos forem usados para
transporte de carga seca. Quando no tanque fundo for transportado óleo ou lastro, a rede de esgoto
deverá ser desligada.
A tubulação para lastro ou esgoto que atravessa repartições de transporte de óleo deverá ser de aço.
As redes de esgoto e de lastro serão feitas protegidas por um túnel estanque, usando tubulação reforçada, no caso de passagem através de tanques fundos. Nesse caso, deverão ser instaladas válvulas de
retenção nas extremidades abertas da rede.
Todos os coletores, torneiras e válvulas da rede de esgoto deverão ter fácil acesso nas condições de
serviço. As válvulas da rede de esgoto localizadas na praça de máquinas terão, sem exceção, válvulas
de retenção.
A rede de esgoto deverá ter no duplo fundo da praça de máquinas ralos de fácil acesso, e deverá também
ter ralos entre os coletores e as bombas. A seção aberta dos ralos deverá ser igual à três vezes a seção
do tubo de sucção.
O diâmetro do tubo de sucção principal da rede de esgoto do duplo fundo deverá ser calculado por:
d = 2,5 + (C.Q/6)
d
C
N
Q
P
=
=
=
=
=
diâmetro interno do tubo, em [cm]
comprimento da embarcação na linha da borda-livre, em [m]
boca da embarcação, em [m]
N+P
pontal, em [m]
Serão consideradas, nestas regras, a tubulação destinada a pressão acima de 10 Kg/cm2 e as destinadas a líquidos em geral, com temperaturas superiores a 60oC.
Para fluido abaixo de 10 kg/cm2 e temperatura menor que 60oC, serão dadas as instruções abaixo:
- Deverão ser apresentados detalhes de fabricação, em três vias, do plano geral de tubulação, da
tubulação de óleo combustível, de incêndio, da desgaseificação, alimentação da caldeira de vapor, de
fundo duplo, de controle de banda e trim, de verificação de nível, de carregamento para transporte de
líquidos, de ventilação e de esgoto de aparelhos sanitários.
- Os desenhos deverão ser completos, dando todas as medidas necessárias e todos os estudos estatísticos e dinâmicos de performance, como pressões, tamanho de tubos, válvulas, temperatura, etc.
- No caso de haver serpentinas de aquecimento, e em que o vazamento de óleo possa contaminar a
água de alimentação da caldeira, deverá ser feito um coletor de vazamento para um tanque de inspeção,
antes que haja contato com a alimentação da caldeira.
- Tubulação de óleo e outras redes que atravessem depósitos de óleo deverão ser de aço. As gaxetas
serão todas resistentes ao óleo.
- As válvulas que determinam o uso de diferentes aspirações deverão ficar próximas à antepara em que
a aspiração entra na praça de máquinas e, sempre que possível, acima das calhas para os tanques.
Todos os acessórios, como ralos, válvulas, que sejam examinados periodicamente, receberão bandejas coletoras.
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6.9 - BOMBAS E AQUECEDORES DE ÓLEO
Será obrigatório o uso de bombas de acionamento independente para óleo combustível, cada uma das
quais de tamanho tal que alimente, em separado, os motores sob toda carga. Cada bomba será também
instalada em duplicata. Os ralos na aspiração e na descarga de óleo, deverão ser de forma que um
possam ser limpos sem interrupção do fornecimento de óleo.
Não será permitida a colocação de tanques de óleo combustível sobre o espaço ocupado pelos motores.
A rede de óleo combustível, entre as bombas de serviço será feita de forma a ficar visível. Essa rede terá
uma válvula de descarga, que descarregará no tanque ou na aspiração. A tubulação de pressão será
projetada com tubos sem costura, reforçados, de aço.
Os drenos para aquecedores de óleo serão feitos da mesma maneira que para as serpentinas de aquecimento, se necessário.
6.10 - MATERIAIS NOVOS
Se forem usados materiais ainda não aprovados, eles serão objeto de estudo prévio. Deverão ser seguidas as regras da seção correspondente para os materiais padronizados usuais, para o material elétrico,
para soldagem, recipientes sob pressão e onde sejam cabíveis as recomendações das seções especiais destas regras.
Os pedidos de compra deverão ser remetidos em cópias de duas vias, no caso de materiais que deverão
ser ensaiados durante a fabricação.
6.11 - ENSAIO NA TUBULAÇÃO
Os ensaios serão feitos após o curvamento que for necessário e após a colocação dos flanges.
No caso de tubulação de óleo combustível, a sobrecarga no ensaio será também de 50%, com um
mínimo de 36 kg/cm2, com as tubulações do serviço.
Nas tubulações de transferência, a pressão de ensaio será de 36 kg/cm2. Nas de óleo para transporte, a
sobrecarga será de 50%.
6.12 - PRECAUÇÕES COM AS REDES
Deverá haver proteção mecânica adequada ao sistema de tubulação, incluindo-se válvulas, volantes,
indicadores, etc. A proteção deverá ser removível, para inspeção e rotina de manutenção.
Nenhuma tubulação de água doce deverá atravessar os tanques de óleo. Tanques de água doce não
deverão ser atravessados por tubulação de óleo. Deverá haver especial cuidado em não contaminar o
sistema de água doce com água salgada. Deverá ser evitada a possibilidade de vazamento de tubos na
proximidade de quadros elétricos.
As juntas deslizantes para expansão não poderão ser usadas dentro de porões de carga ou locais de
difícil acesso.
No caso de tubos atravessarem conveses e tampas estanques, as soldas deverão ser feitas em ambos
os lados.
No caso de ligações aparafusadas, a chapa também será rosqueada para dar estanqueidade.
Os tubos que atravessem as anteparas estanques de compartimento de colisão deverão ter válvulas de
passagem. Essas válvulas serão manobradas acima do convés de anteparas e deverão estar com a
carcaça fixada nas anteparas, por dentro do tanque de colisão. Terão indicador que mostrará se a válvula
está aberta ou fechada.
Não é permitido o uso de válvulas de gaveta na antepara estanque de colisão.
Esse tipo de válvula só será permitido em outras anteparas quando estanques e permanentemente
acessíveis para inspeção.
Os drenos de compartimentos acima dos fundos estanques poderão ser descarregados no túnel do eixo
ou outra seção, desde que não excedam 80mm de diâmetro nominal, que possuam válvulas de fechamento rápido auto-operadas e acesso ao compartimento onde é feito o esgoto.
Toda a tubulação que possa ser submetida a pressões maiores que aquelas para as quais foi projetada,
será protegida por válvulas de escape.
No caso em que somente são usadas bombas centrífugas e a pressão não excede à pressão admissível
para o tubo, não será necessário o uso de válvulas de escape para redes de incêndio e de óleo. Redes
diferentes não poderão ter descarga comum.
No caso em que válvulas e caixas de mar são aparafusadas nas chapas, os parafusos deverão ter a
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cabeça embutida em escariado na chapa, ou serão usados estojos fixados em reforço da chapa, conforme as regras correspondentes. Não será permitido o uso de ferro fundido em ligação ao casco das
embarcações, abaixo do convés da borda-livre.
As conexões, entre as válvulas deverão ser robustas e o mais curtas possíveis. As caixas de mar
deverão ser projetadas de forma a não provocar perda de aspiração. As caixas de mar deverão ter ralos
com área livre de 50% acima da válvula. Deverão ser colocadas válvulas na descarga das bombas da
caldeira e do evaporador.
6.13 - EMBORNAIS
Deverão ser instalados, em número suficiente, embornais em todos os conveses.
Não serão aceitos embornais de ferro fundido. No caso em que os embornais conduzem ao duplo fundo,
deverão ter fechamento para os casos de emergência. No caso em que conduzem para o mar, deverão
ter válvulas de segurança no lado interno do casco. A drenagem de água da superestrutura exposta
deverá despejar no mar; na drenagem dos conveses estanques e inferiores, o esgoto se fará no fundo
duplo. As descargas sanitárias levadas ao mar, provenientes de compartimento abaixo do convés principal, deverão ter um dispositivo que não permita o refluxo da descarga. As descargas de lixo deverão ter
tampas estanques, quando situadas abaixo da linha d’água, e deverão ter um dispositivo que evite o
refluxo de material.
6.14 - DRENOS
O sistema de bombeamento no duplo fundo, de lastro, deverá ser capaz de drenar qualquer subdivisão
do navio, mesmo com inclinação de 5 graus. Deverá ser eficiente toda a drenagem dos conveses
estanques.
Poderão ser drenados por bomba manual do paiol das amarras, tanques de colisão e sua cobertura.
6.15 - BOMBAS DE ALIMENTAÇÃO
Toda a embarcação a motor terá, no mínimo, dois modos de alimentação acoplados à máquina principal.
Haverá, pelo menos, uma bomba independente de alimentação, que deverá ser capaz de alimentar em
separado os motores em regime de trabalho normal.
As bombas de alimentação não poderão ser utilizadas para outras finalidades. Será instalada uma
bomba de emergência, que terá capacidade mínima de 80% das demais e que poderá ser usada para
outros fins. Se as duas bombas de alimentação forem acionadas independentemente, não será necessária a instalação da bomba de emergência.
No caso de embarcações de serviço portuário ou fluvial, bastará uma bomba de acionamento independente e outra acoplada. Se a segunda for independente, poderá ser usada para outros fins ou poderá ser
substituída por um ejetor.
Deverá haver uma bomba auxiliar de acionamento independente, da mesma capacidade, que deverá
substituir, se necessário, a bomba principal, ou funcionar em conjunto com ela.
6.16 - REDE DE VAPOR
Toda a rede de vapor deverá ser dotada de drenagem adequada e deverá prever os efeitos de dilatação.
A disposição da rede auxiliar de vapor será tal que permitirá sempre seu uso imediato nos equipamentos
vitais.
No caso de redes auxiliares a baixa pressão, deverá haver válvulas de segurança para proteção da rede.
A descarga dessas válvulas deverá ser suficiente para evitar sobre pressão. Não será permitido que
redes de vapor ou de descarga atravessem locais de carga. Para redes de turbinas, ver as regras referentes a máquinas a vapor.
6.17 - BOMBAS DE REDE DE LUBRIFICAÇÃO
Se a máquina for lubrificada sob pressão ou por gravidade, será obrigatório haver duas bombas de
circulação de água de refrigeração.
O sistema de lubrificação deverá funcionar com toda eficiência, mesmo com trim máximo de 6 graus e
banda máxima de 16 graus.
A rede de óleo lubrificante deverá ser totalmente separada de outras redes.
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6.18 - TUBOS DE AÇO, COBRE, LATÃO, CHUMBO E PLÁSTICO
Todos os tubos para pressão de serviço acima de 10 kg/cm2 serão ensaiados e controlados pelo Inspetor
do BC. Os tubos para pressão sem costura poderão ser usados para qualquer finalidade. Seu uso será
obrigatório nas redes de óleo combustível de sob pressão, a não ser nos trechos de pequeno comprimento, em conexões flexíveis para queimadores ou injetores diesel.
Em redes de ar comprimido de motores diesel, poderão ser usados tubos sem costuras de cobre e de
aço, soldados por resistência, podendo ser usados para pressão até 23 Kg/cm2 e para temperaturas de
até 340oC. Os tubos de latão sem costura, em geral poderão ser empregados onde a temperatura não
ultrapasse 200oC.
Não poderão ser usados em rede de óleo lubrificante ou óleo combustível ou em rede de incêndio e
esgoto, tubos de plástico rígido. Sua aplicação sob regime especial só poderá ser feita em pressões
abaixo de 10Kg/cm2. Para o cálculo da pressão máxima de serviço de tubo, deverá ser obedecida a
relação:
P = T . A , onde A = (e - d) / [0,5 . (E-C) . (e - d)]
P
e
E
T
C
d
d
= pressão máxima de serviço, em [kg/cm2]. No mínimo, 4 kg/cm2, em tubos de metal não ferroso
e 12 kg/cm2, em aço;
= espessura mínima do tubo, em [cm]
= diâmetro externo do tubo, em [cm].
= tensão máxima permissível, em [kg/cm2]
= compensação para perdas, como corrosão, rebaixamento e rosca; para tubos sem rosca de
metal não ferroso: C=0
= 0,17, para tubos de aço sem rosca e para tubos com rosca de diâmetro até10mm.
= profundidade da rosca, para tubos de diâmetro acima de 10mm
Tabela para coeficiente C
Temperatura em oC
C
30 até 300
0.8
400
0.8
440
0.8
480
0.8
510
1.0
540
1.4
Para tubos plásticos rígidos, a pressão de serviço será de 20% da pressão hidrostática de rutura.
6.19 - VÁLVULAS
Os eixos, discos e redes das válvulas serão fabricados de material resistente à corrosão ou conveniente,
previsto para evitar grimpagem das superfícies em contato.
Os fechamentos das válvulas deverão ser feitos no sentido do ponteiro do relógio, para quem olha de
frente para a extremidade da haste.
No caso de embarcações-tanque que haja um sistema de válvula com controle remoto, não será necessário esse indicador.
Terão tampas presas por parafusos todas as válvulas em ferro fundido, bem como todas as válvulas de
diâmetro maior de 55mm, sujeitas a pressões acima de 10 kg/cm2.
Nesse último caso, as válvulas terão sempre conexões flangeadas. As válvulas restantes poderão ter
tampas presas por rosqueamento.
Cada válvula será submetida a uma pressão de ensaio de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outras igualmente idôneas (NBR 6896/81).
Será obrigatória a indicação, no corpo da válvula, da pressão de serviço, máxima, e do fabricante.
6.20 - CONEXÕES
A não ser que as conexões de tubos sejam soldadas, todas de diâmetro acima de 55mm serão flangeados,
nas redes destinadas a pressão acima de 10 kg/cm2.
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SEÇÃO 7
REFRIGERAÇÃO
7.1 - REDE DE SALMOURA
A rede de salmoura deverá ser testada com pressão mínima de 10 kg/cm2. O ensaio será feito após a
montagem estar completa e a pressão será a de serviços com sobrecarga de 100% .
O ensaio de desempenho (ou de “performance”) da instalação será feito pela refrigeração simultânea dos
compartimentos atendidos pela instalação, até a temperatura especificada no projeto previamente apresentado.
O comportamento do isolamento térmico será então verificado, parando as máquinas de refrigeração e
fazendo o registro das temperaturas internas e externas, de hora em hora, num período de seis horas.
As redes de salmoura, tanques, etc. não deverão ser galvanizadas ou receber outra proteção com zinco,
a não ser que tenham sistema de ventilação ligado à atmosfera.
Deverá haver sempre uma bomba de salmoura em reserva, com funcionamento adequado a toda carga.
No mínimo haverá duas bombas.
As válvulas para salmoura estarão em lugares permanentemente acessíveis.
7.2 - BOMBAS DE CIRCULAÇÃO
As bombas de circulação serão colocadas aos pares, com ligações independentes para as bombas
auxiliares. Sempre serão usadas duas aspirações de água do mar.
7.3 - ISOLAMENTO DAS CÂMARAS
Deverão receber isolamento térmico integral e eficiente, todos os conveses, anteparas, tampas, etc. dos
compartimentos refrigerados. O isolamento será protegido mecanicamente contra avarias, onde for necessário.
Toda rede de tubos e acessórios colocados em compartimentos refrigerados deverão ser protegidos
mecanicamente contra avarias. Essas redes serão, de preferência, colocadas junto à face quente do
isolamento térmico.
Tubos de sucção do fundo duplo da praça de máquinas terão válvulas de pé, e seu isolamento será
removível para inspeção.
Nas anteparas estanques a óleo, construções rebitadas e que limitem compartimentos termicamente
isolados, será sempre feita uma separação de 50mm entre a antepara e o isolamento. Esse espaço,
para qualquer vazamento que houver, será drenado para calhas e fundo duplo, devendo ser ainda ventilado mecanicamente.
No caso dos dutos de ventilação atravessarem anteparas estanques, os dutos terão sempre dispositivo
de fechamento operado em local acima da borda-livre.
7.4 - GASES DE REFRIGERAÇÃO
Os gases de refrigeração de uso autorizado são: dióxido de carbono e tipo freon; a amônia, somente no
caso de sistemas indiretos.
7.5 - EXAME DO PROJETO
O projeto de instalação deverá ser apresentado antes da fabricação, com todas as especificações completas, indicando rede de ar, ventiladores, radiadores, termômetro, esgotos, temperatura mínima de
projeto, lista de sobressalentes, elementos do sistema de condensação, esquemas elétricos, disposição dos elementos, etc.
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7.6 - VENTILAÇÃO DAS PRAÇAS
A sala de máquinas de refrigeração deverá ter boa ventilação e esgoto. No caso de instalação de
amônia, deverá haver plena comunicação para a atmosfera, para escapamento no caso de vazamento de amônia. Deverá ser previsto um sistema de proteção por borrifador d’água, com comando
remoto, por fora da sala de máquinas.
7.7 - SOBRESSALENTES
Deverão fazer parte do estoque de sobressalentes: um conjunto de válvulas de descarga e aspiração
para o compressor de maior potência de cada tipo existente, mais metade do número das redes ou
placas das válvulas com molas ou retentores; um regulador de refrigeração completo, com acessórios para cada tipo usado; um termômetro de cada tamanho e tipo usado para cada oito instrumentos; o mesmo número de manômetros de cada tipo; um conjunto de parafusos de acoplamento e de
mancais de compressor, bomba e ventilador, um de cada tipo e tamanho; um jogo completo de
ferramentas especiais para reparo de todas a partes de equipamento usado; um dispositivo completo para verificação de vazamento; duplicata de todas as gaxetas dos evaporadores; uma quarta
parte de cada tipo de gaxeta dos eixos, retentores dos cabeçotes dos compressores; um jogo de
válvulas de cada tipo dos compressores; duplicatas de todos os discos de ruptura de cada tipo; um
conjunto de cada mancal para cada cinco ventiladores ou fração; um jogo de ferramentas para
alargamento e corte de tubos para todos os tamanhos usados; bujões para fechamento da décima
parte dos tubos de um condensador; sobressalentes da parte elétrica da instalação, de acordo com
as respectivas normas; um motor de ventilador de circulação para cada tipo e tamanho; os sobressalentes necessários para as unidades motoras da instalação.
No caso que seja instalado apenas o número de unidades de refrigeração e bombas de salmoura,
serão necessários os sobressalentes para compressores alternativos: um jogo de gaxetas para o
eixo, até quatro unidades de refrigeração; dois jogos de gaxetas para o eixo, até 7 unidades de
refrigeração e três jogos, para mais de 7 unidades; 1 sobreposto de gaxeta; 3 jogos de substituição
dos componentes das válvulas de manobra de partida; o eixo de manivelas completo com os mancais,
até 7 unidades, e dois eixos, para mais de sete unidades; metade do número de camisas do cilindro,
sendo, no mínimo, duas; metade do número de pistões completos com anéis, pino e válvula de
aspiração, com mínimo de três pistões; metade do número de anéis de pistão, com um mínimo de
três jogos completos; metade do número existente de conjuntos de válvulas dos compressores e, no
mínimo, três jogos completos; metade do número de bielas completas com mancais, buchas e
parafusos, com um mínimo de três; um conjunto de dispositivo de alívio e carga, até 7 unidades
refrigeradoras, e dois, para mais de sete; uma bomba de óleo, com filtro, até sete unidades, e duas
bombas, para mais de sete unidades; e da mesma maneira para: a cesta do ralo de aspiração, os
componentes completos das válvulas de passagem para aspiração e descarga, o conjunto de válvulas de descarga, o nível visual de óleo e suas gaxetas; as chaves de controle de alta e baixa
pressão, o conjunto de bóia; no caso de compressores centrífugos: um jogo de retentor de eixo
completo e o retentor de labirinto, sendo dois de duas unidades, mais um de cada mancal de apoio,
anel de proteção do retentor, mancais, bombas de óleo, jogo de gaxetas, conjunto de bóia completa
de filtro. Para condensador, ter a quinta parte dos tubos de um condensador e um jogo completo de
gaxetas. Para as bombas, ter uma roda de pás com mancais, retentor, etc. Além de mais um jogo
de válvulas completo, para cada tipo e tamanho; e jogos de engaxetamento e de anéis de vedação,
para cada tamanho e tipo, em número de um, até 4 bombas; de dois, até 10 bombas; e três, acima
de 10 bombas.
7.8 - TERMÔMETRO
Todos os tubos de termômetro e de refrigeração serão isolados eficientemente fora dos compartimentos refrigerados, menos em compartimentos com tanques de salmoura ou evaporadores. Todos
os flanges para tubos de termômetro deverão ser de metal não ferroso.
Os tubos para termômetro não terão diâmetro interno inferior a 50mm e deverão ser dispostos de
modo a impedir a entrada de água, evitando futuramente congelamento em seu interior.
Serão aprovados os sistemas de leitura e registro remoto de temperatura, sendo obrigatório, contudo, o uso dos termômetros de bulbo, onde necessário, para comparação periódica.
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7.9 - DRENAGEM
Todos os compartimentos refrigerados serão eficientemente drenados e terão válvulas de retenção na
rede de drenagem.
No caso de drenagem de diferentes compartimentos refrigerados descarregar num único coletor, cada
ramal terá sempre um purgador automático e os ramais de um compartimento abaixo daqueles terão
também válvulas de retenção.
Não será permitida a drenagem de compartimento não refrigerado para dentro dos compartimentos refrigerados.
Os tubos para verificação do nível dos tanques de drenagem em compartimentos refrigerados abaixo de
0oC, terão que ter, pelo menos, 60mm de diâmetro nominal.
7.10 - FORRO DE MADEIRA
As sarretas de madeira deverão ser adequadas ao carregamento. A carga não deverá tocar no silamento
de compartimentos, nem nas serpentinas. Deverá haver folga suficiente entre as sarretas e o isolamento,
para uma boa circulação do ar. Quando a carga é transportada suspensa, não é necessário o uso de
estrado de madeira sobre o piso.
7.11 - PRESSÕES DE PROVAS
O fabricante do equipamento deverá ensaiar todos os tubos, compressores, controles, recipientes e
material sujeito ao refrigerante, no lado de menor pressão, sob uma pressão igual à do projeto, com
sobrecarga de 50%. As conexões e válvulas obedecerão às Normas Brasileiras registradas no Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) ou às de outra entidade reconhecidamente idônea.
A pressão de projeto, no lado de baixa, para diclorodifluormetano (CCl2F2), monoclorodifluormetano
(CHClF2) e para amônia (NH3), é de 10 g/cm 2; para triclorotrifluoretano (C2Cl3F3) e para
tricloromonofluormetano (CCl3F), é de 2 kg/cm2; para o dicloromonofluormetano (CHCl2F), de 28 kg/cm2;
para o diclorotetrafluoretano (C2Cl2F4), de 3,5 kg/cm2; para o dióxido de carbono (CO2), de 70 kg/cm2.
No lado de alta pressão ela é dupla em relação à dada atrás para o CHClF2 e para o NH3; para o CHCl2F,
é de 5 kg/cm2; para o CCl2F2, é de 19 kg/cm2; para CO2, é de 105 kg/cm2; para o C2Cl3F3 e para o
C2Cl2F4, a pressão de projeto e considerada a mesma em ambos os lados.
Os ensaios de pressão do recipiente serão sempre presenciados pelo vitoriador. O ensaio de estanqueidade
dos sistemas primários de refrigeração, será feito depois de completada a montagem e será feito à
pressão de serviço.
O gás para ensaio de estanqueidade poderá ser o próprio gás refrigerante. Não será permitido o ensaio
com ar, gás inflamável ou oxigênio. Não será permitido o uso de CO2 para o ensaio em unidades já
trabalhadas com NH3.
Durante os ensaios, deverão estar em condições de perfeito funcionamento as válvulas de descarga e
outros dispositivos de segurança, menos os discos de ruptura.
7.12 - CLASSIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Desde que a instalação tenha sido classificada pelo BC, serão expedidos certificados mediante vistoria
do equipamento e verificação de performance.
As vistorias anuais, a partir da instalação, constam de verificação e soldagem do isolamento térmico, do
estrado e esgoto dos compartimentos, os fundos duplos correspondentes, limpos, e tubulações verificadas;
os vazamentos verificados, e o fechamento dos coletores de ar que atravessam os compartimentos,
testados.
As serpentinas de refrigeração são examinadas e postas a funcionar. As tubulações, condensadores,
evaporadores, recipientes, etc., são inspecionados. A rede de salmoura, bombas, válvulas, etc., são
verificadas, item por item.
As vistorias bi-anuais são feitas com maior minúcia, e consistem no que é feito na vistoria anual e
também da abertura das máquinas de acionamento, a vapor ou diesel; os equipamentos elétricos de
acionamento e auxiliar são desmontados e sua resistência de isolamento, medida; a performance do
equipamento é comprovada pela verificação da temperatura do compartimento antes do desembarque da
carga, e os registros de bordo são verificados; os compressores são abertos no cabeçote e inspecionados
e as válvulas são verificadas; carter e todos os demais equipamentos, cuidadosamente verificados; é
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verificada a existência dos sobressalentes exigidos.
As vistorias quadrienais incluem adicionalmente ensaios gerais do equipamento: ensaio de estanqueidade
na rede de refrigeração; de pressão na serpentina de salmoura, com, pelo menos, 6,5Kg/cm2; a parte
mecânica de compressão e de acionamento, desmontada e verificada.
Todos os reparos no equipamento de refrigeração e seus acessórios deverão ser previamente comunicados ao BC, e serão acompanhados e aceitos com a aprovação dos peritos.
7.13 - CAPACIDADE DE REFRIGERAÇÃO
A capacidade total das máquinas de refrigeração será tal que possam refrigerar convenientemente, no
tempo adequado, toda a carga a bordo. O número de unidades será, pelo menos, de duas unidades
completas. Cada unidade deverá ser capaz de manter a temperatura necessária nos compartimentos de
carga, quando operada 24 horas por dia, nas condições piores do clima, e mantendo uma unidade
completa, parada, para reserva.
No caso em que o compartimento refrigerado tem menos do que 400m3 de capacidade poderá ser usada
uma única unidade de condensação, acompanhada de um estoque de peças sobressalentes.
Todos os componentes do sistema de refrigeração obedecerão às indicações aplicáveis destas Regras
em outros capítulos.
7.14 - VÁLVULA DE DESCOMPRESSÃO
Cada recipiente sob pressão com gás refrigerante liquefeito, e que possa ser isolado do sistema, será
sempre protegido por uma válvula de descarga regulada para operar na pressão do projeto.
A válvula de descarga poderá aliviar a pressão, primeiramente para a parte de baixa pressão, antes de
descarregar para a atmosfera.
No caso de descarga direta para a atmosfera, poderá ser evitada a perda de gás pelo uso de disco de
ruptura, em série com a válvula de descarga, não podendo a pressão de ruptura do disco, nem o ajuste
da válvula de descarga, ser maior do que a pressão do projeto.
Cada compressor terá na saída uma válvula de descarga ou um disco de ruptura.
Na frente de cada válvula de expansão e solenóide, deverá ser instalado um filtro com tubulações em
derivação, para permitir a limpeza, sem interrupção de serviço.
Todas as válvulas operadas por motor deverão também ter acionamento manual para emergência.
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INCÊNDIO ................................................................. SEÇÃO 8
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SEÇÃO 8
SISTEMAS DE COMBATE A INCÊNDIO
8.1 - GENERALIDADES
Os princípios básicos abaixo constituem o alicerce das regras para construção, proteção contra incêndio, detecção e extinção de incêndio.
1- Divisão do navio em zonas principais verticais com separações térmica e estrutural;
2- Separação térmica e estrutural dos compartimentos habitáveis do resto do navio;
3- Uso restrito de materiais combustíveis;
4- Detecção de qualquer incêndio em sua zona de origem;
5- Contenção e extinção de qualquer incêndio no compartimento de origem;
6- Proteção dos meios de escape ao de acesso para o combate a incêndio;
7- Pronta disponibilidade dos equipamentos de combate a incêndio; e
8- Minimização da possibilidade de ignição de vapores inflamáveis provenientes da carga;
Todo navio deverá ter bombas de incêndio, redes de incêndio, tomadas de incêndio e mangueiras obedecendo no que couber as exigências desta regra.
8.2 - BOMBAS DE INCÊNDIO
8.2.1 - NÚMERO DE BOMBAS
Deverá haver pelo menos duas bombas de incêndio que disponham de unidades de força independentes,
sendo cada uma capaz de fornecer os dois jatos de água exigidos em 8.3.1. Estas bombas de incêndio
deverão ser capazes de alimentar a rede principal de incêndio com valor máximo de pressão tal que não
exceda o valor da pressão para o qual o controle efetivo da mangueira de incêndio possa ser demonstrado.
8.2.2 - TIPO DE BOMBAS
As bombas de incêndio deverão ter acionamento independente. As bombas sanitárias, de lastro, de
esgoto ou de serviços gerais, poderão ser aceitas como bombas de incêndio, desde que não sejam
normalmente usadas para bombeamento de óleo e, se ocasionalmente usadas para transferência de
bombeamento de óleo combustível, os arranjos deverão permitir a sua desconexão da rede de óleo após
a manobra.
8.2.3 - CAPACIDADE TOTAL DAS BOMBAS
As bombas de incêndio exigidas, com exceção da bomba de emergência (se existente), deverão ser
capazes de fornecer uma quantidade de água para combate a incêndio, na pressão estabelecida, não
inferior a 4/3 da quantidade exigida para cada bomba de esgoto indiferente. Quando empregada no
bombeamento de esgoto, entretanto, a capacidade total das bombas de incêndio não necessita exceder
180 toneladas por hora.
8.2.4 - CAPACIDADE INDIVIDUAL DAS BOMBAS
Cada bomba de incêndio (exceto bomba de emergência), deverá ter uma capacidade não inferior a 80%
da capacidade total exigida dividida pelo número exigido de bombas e em qualquer situação, deverá ser
capaz de fornecer, pelo menos os dois jatos d’água requeridos. Estas bombas de incêndio, deverão ser
capazes de suprir a rede principal de incêndio sob condições estabelecidas. Quando forem instaladas
mais bombas do que o requerido, suas capacidades serão objeto de consideração especial.
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8.2.5 - VÁLVULAS DE ESCAPE
Em conexão com todas as bombas de incêndio, deverão ser providas válvulas de escape, desde que haja
possibilidade que a pressão desenvolvida pelas bombas exceda a pressão de projeto das canalizações
de serviço de água, das tomadas e das mangueiras. Estas válvulas deverão ser colocadas e ajustadas
de maneira que evitem pressão excessiva em qualquer parte da rede principal de incêndio.
8.3 - TOMADAS DE INCÊNDIO E MANGUEIRAS
8.3.1 - NÚMERO E POSIÇÃO DAS TOMADAS DE INCÊNDIO
O número e posição das tomadas de incêndio em compartimentos habitáveis, de serviço e de máquinas
deverão ser tais que pelo menos dois jatos d’água não oriundas da mesma tomada, um dos quais deve
ser proveniente de um único comprimento de mangueira, atinjam qualquer parte da embarcação de
acesso normal aos passageiros ou a tripulação enquanto a embarcação estiver navegando. Além disso,
os arranjos devem ser tais que, pelo menos dois jatos d’água atinjam qualquer compartimento de carga,
quando vazio.
8.3.2 - NÚMERO DE MANGUEIRAS
Uma para cada 30m de comprimento da embarcação com união e bocais e um sobressalente, mas em
nenhum caso menos que um total de 5. Este número não inclui mangueiras exigidas para a praça de
máquinas ou de caldeiras.
8.4 - EXTINTORES PORTÁTEIS
8.4.1 - TIPO E CAPACIDADE
Todos os extintores de incêndio portáteis deverão ser de um tipo e projeto aprovados e adequados ao uso
a que se destinam. A capacidade dos extintores com fluido não deverá ser superior a 13,5 litros nem
inferior a 9 litros. Os extintores de outra natureza não deverão ter capacidade superior à de extintores
com fluido de 13,5 litro e portabilidade equivalente, nem capacidade de extinção inferior a de equivalentes
extintores com fluido de 9 litros.
8.4.2 - SUBSTÂNCIA EXTINTORA
Não deverão ser usados extintores de incêndio que contenham uma substância extintora, que quando
armazenada ou quando em uso, desprenda gases nocivos à saúde. Para utilização nas estações-rádio
e nos quadros elétricos, extintores de tetracloreto de carbono ou de substâncias semelhantes, com
capacidade máxima de 1,1 litros, poderão ser permitidos, desde que tais extintores constituam excesso
em relação aos outros requisitos.
8.4.3 - LOCALIZAÇÃO
Deverão ser providos nos compartimentos habitáveis e de serviço extintores, portáteis, cujo número não
deverá ser inferior a 5. Um dos extintores portáteis destinados ao uso em qualquer dos compartimentos
deverá ser instalado junto à entrada dos mesmos.
8.5 - ESPUMA
Um sistema fixo de espuma para combate a incêndio deverá ser capaz de descarregar um quantidade de
espuma suficiente para cobrir com uma quantidade de 15cm a maior área sobre o qual o óleo possa
espalhar-se. Tal sistema deverá ser controlado de uma posição ou de posições, fora do compartimento a
ser protegido, facilmente acessíveis, que não sejam prontamente isoladas pelo irrompimento do incêndio.
8.6 - EXTINTORES PORTÁTEIS
Deverá haver pelo menos dois extintores portáteis descarregando espuma ou outra substância adequada
à extinção de incêndios de óleo em cada local de queima, em cada praça de caldeiras e em cada
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compartimento em que estiver situada uma parte de instalação de óleo combustível. Além disso, deverá
haver pelo menos um extintor do mesmo tipo com uma capacidade de 9 litros para cada maçarico de
queima, não sendo necessário que a capacidade total deste extintor ou extintores adicionais exceda 45
litros para qualquer praça de caldeiras.
REQUISITOS ADICIONAIS PARA EMBARCAÇÕES DESTINADAS
AO TRANSPORTE DE PETRÓLEO E DERIVADOS À GRANEL
8.7 - SISTEMAS FIXOS DE COMBATE A INCÊNDIO
8.7.1 - PRAÇA DE BOMBAS DE CARGA
As praças de bombas de carga deverão ser dotadas de um sistema fixo de combate a incêndio controlado do convés.
8.7.2 - ARRANJO DOS SISTEMAS
Quando um sistema de abafamento do tanque for instalado, deverão ser previstos arranjos que impeçam
os gases de entrar em compartimentos secos. Quando se transportar eventualmente carga mista, as
redes de carga deverão ser dotadas de válvulas de retenção e de interceptação, a fim de evitar contaminação de carga de um tanque para outro.
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TOMO III - EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS ............................................................... SEÇÃO 9
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SEÇÃO 9
EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
9.1 - GENERALIDADES
Nesta seção trataremos das regras a serem seguidas na construção e na instalação dos equipamentos
usados nos navios, e que não se destinam à propulsão dos mesmos.
Os equipamentos elétricos só poderão ser construídos e instalados depois de inspecionados e aprovados pelo BC. Para isto, os planos dos equipamentos e das instalações deverão ser submetidos à aprovação prévia, devendo ser enviados ao BC em 3 vias, contendo os seguintes ítens:
a) Plano geral da instalação de Balanço de Carga;
b) Esquemas dos quadros de distribuição (principal e de emergência), indicando o material das barras
do quadro, e dados dos Sistemas de Proteção e Controle;
c) Unifilares dos circuitos (principais e de emergência), devendo constar nesses esquemas as correntes
máximas, os isolamentos empregados, quedas de tensão, tipos de dielétricos, etc.
d) Planos dos grupos geradores, contendo as seguintes indicações: fabricante, tipo e características de
corrente, material empregado, detalhe dos eixos, tipos de rotores e estatores, velocidades e pesos
das partes móveis, e o plano de ligações.
Qualquer modificação ou aplicação de uma instalação já aprovada pelo BC, só poderá ser feita, temporária e definitivamente, depois de nova inspeção, devendo os novos planos serem submetidos à aprovação do BC. Para embarcações pequenas, usando baixas tensões (60V, CC e 30V, CA), as especificações
desta Seção não se aplicam integralmente.
9.2 - SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
Os sistemas de distribuição a serem empregados são:
9.2.1 - Tensão Constante, em Paralelo
9.2.1.1 - Corrente Contínua
a) com um único condutor, fazendo-se o retorno pelo casco do navio. (Tensões máximas: Força - 500V;
iluminação e aquecimento - 250V).
b) com dois condutores (Tensões máximas: Força 500V; iluminação e aquecimento - 250V).
c) com três condutores, ligando-se o neutro à terra (Tensões máximas: força -500V; iluminação e aquecimento 250V).
9.2.1.2 - Corrente Alternada
a) com dois condutores, monofásica (Tensões máximas: Força 250V; aquecimento 250V).
b) com três condutores, trifásica (Tensões máximas: Força 500V; cozinha 500V; aquecedores 500V;
iluminação 150V).
c) com quatro condutores, trifásica (Tensões máximas: Força 500V; iluminação 250V).
9.2.2 - Corrente constante, em série: usado somente para corrente contínua (Tensão máxima - Força
500V). Em navios petroleiros, ou outros navios que transportem comumente líquidos inflamáveis, não
devem ser usados sistemas de distribuição com retorno pelo casco.
9.3 - LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
Todos os equipamentos elétricos deverão ser instalados em locais protegidos contra choques mecânicos, alagamentos e umidade excessiva. Por outro lado, devem ser instalados longe de depósitos de
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ELÉTRICAS ............................................................... SEÇÃO 9
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inflamáveis e compartimentos suficientemente ventilados, onde não possa haver acúmulo de gases,
vapores inflamáveis e poeira. Quando não for possível instalar os equipamentos elétricos em local que
seria desejável, longe de materiais inflamáveis, deverão ser guardadas, no mínimo, as seguintes distâncias: 0,30 metros na horizontal e 1,20 metros na vertical.
Quando se tratar de motores, nem sempre será possível satisfazer cabalmente às condições do item
anterior. Neste caso, o BC poderá, após exame minucioso da questão, autorizar a instalação, desde que
esta permita uma margem de segurança satisfatória.
Os equipamentos elétricos devem ser instalados em locais que permitam fácil acesso às partes que
necessitam de inspeções, ajustagens ou substituições freqüentes.
Os equipamentos de tensão igual ou superior a 220V, CC., ou a 120V, CA., deverão ter todas as suas
partes energizadas protegidas para evitar contatos acidentais.
Quando se tratar de máquinas elétricas que, necessariamente, terão de ser instaladas em locais não
protegidos, elas deverão ser de um dos seguintes tipos:
· Máquinas semi-fechadas - São aquelas que têm as ventilações protegidas por telas de arame, ou
material semelhante, cujas malhas não excedam 1/2 polegada quadrada.
· Máquinas fechadas - São aquelas construídas com as carcaças totalmente fechadas, não permitindo circulação de ar entre o exterior e o interior, mas não sendo estanques ao ar.
· Máquinas à prova d’água - São aquelas que podem sofrer um jato de água, incidindo diretamente
sobre elas, provenientemente de uma mangueira de 1", numa pressão de 1.05 Kg/cm2, numa distância de 3.0 m, durante 15 minutos, sem permitir que entre água no seu interior.
· Máquinas submersíveis - São aquelas construídas de tal forma que permita uma imersão por 15
minutos, sob uma pressão de 3 pés de água, sem que entre água no seu interior.
· Máquinas à prova de respingos - São aquelas construídas de tal modo que, tomando uma inclinação de 15 graus para qualquer direção, não permitem a entrada de respingos de água que caiam
verticalmente.
· Máquinas auto-ventiladas - São aquelas com ventilação em circuito fechado, sem comunicação
com o meio ambiente.
· Máquinas à prova de explosão - São aquelas construídas de tal maneira que suas carcaças
impeçam a transmissão de chamas, decorrentes de explosões de gases no seu interior, a qualquer
gás que se encontre acumulado no exterior da carcaça.
Todos os motores e geradores elétricos deverão, sempre que possível, ser instalados com os eixos no
sentido longitudinal do navio e deverão funcionar normalmente, com lubrificação adequada, mesmo que
o navio adquira uma banda permanente de 15 graus ou um trim de 5 graus, AV ou AR, ou, ainda, quando
o balanço do navio atinja 22o 30', para cada bordo.
Os mancais devem ser projetados de tal forma que não derramem óleo, quando o balanço atingir 30
graus. Os geradores de emergência deverão funcionar, normalmente, mesmo estando com uma banda
permanente de 22o30'. As partes móveis dos motores e geradores deverão ser balanceadas, a fim de
que, em qualquer velocidade, não apresentem vibrações anormais.
9.4 - CONDUTORES E CABOS
9.4.1 - Definições
As definições que se seguem se aplicam aos termos usados nas especificações de fios e cabos empregados como condutores elétricos.
- Fio : É um corpo de metal estirado, usualmente de forma cilíndrica e de seção circular ou setorial.
- Condutor : É um fio, ou conjunção de fios não isolados entre si, destinado a conduzir corrente
elétrica.
- Fio nú : É um fio sem revestimento de qualquer natureza.
- Fio isolado : É um fio revestido de material isolante, geralmente protegido por uma capa.
- Cabo : a) É um condutor formado por um grupo de fios, ou por um conjunto de grupos de fios, não
isolados entre si; b) É um conjunto de condutores isolados entre si.
- Cabo nú : É um cabo sem revestimento de qualquer natureza.
- Isolamento (de fio ou cabo): É o material aplicado ao redor dos fios ou cabos, e destinado a isolálos eletricamente, entre si, ou da terra.
- Fio isolado componente: É um dos fios isolados que formam um cabo múltiplo.
- Cabo componente: É cada um dos cabos isolados que formam cabo múltiplo.
- Parede isolante: É o isolamento de cada um dos “fios isolados componentes”, ou “cabos componentes” de um cabo múltiplo.
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- Cinta isolante: É o isolamento que, envolvendo todos os “fios isolados componentes”, ou “cabos
componentes” de um cabo múltiplo, os separa elétricamente da terra ou de outros corpos estranhos.
- Enchimento: É o material usado em cabos múltiplos para preencher os espaços entre os fios isolados e cabos componentes, de modo a construir um conjunto de forma desejada.
- Capa: É o invólucro protetor aplicado sobre isolamento dos fios ou cabos. Pode ser de chumbo,
borracha, tecido, etc.
- Armação: É uma proteção suplementar aplicada a certos cabos isolados, constituída de fios não
isolados entre si, que entra na composição de um cabo.
- Seção transversal de um fio: É a área da seção normal ao eixo do fio.
- Seção transversal de um cabo nú e de um cabo singelo: É a soma das seções transversais dos
fios componentes do cabo.
- Seção transversal de um cabo múltiplo: É a seção transversal de cada cabo componente.
9.5 - DEFINIÇÕES SOBRE A INSTALAÇÃO
- O isolamento das emendas e junções dos condutores isolados com papel impregnado será feito com
fita de cambraia, sem o emprego de fita isolante adesiva.
- Nas soldas empregadas nas emendas ou junções, não poderão ser usadas substâncias fundentes
que sejam, pelos seus constituintes, corrosivas ou ácidas.
- Os cabos para transporte de corrente contínua devem ser instalados de modo que os campos magnéticos se anulem. Assim, o par de condutores - positivo e negativo - deve ser instalado mantendo-os
juntos (um condutor adjacente ao outro), a fim de se eliminar os efeitos de um campo magnético
incompensado, a bordo.
- Cada condutor singelo de um circuito de CA deve estar tão próximo do outro quanto possível. Os
condutores de 3 fases devem estar próximos uns dos outros, sem entreferro.
- Usualmente, os cabos armados ou com revestimentos de chumbo devem ser ligados à terra e fazer
bom contato com as caixas de junção, às quais são conectados, tanto por solda como por braçadeiras aparafusadas à armação.
- Os cabos armados de um só condutor para CA devem ser isolados de terra ao longo de seu comprimento, sendo seu revestimento armado ligado à terra somente no meio.
- Os cabos não devem ter emendas entre caixas de junção. As junções de cabos devem ser feitas nas
caixas de junção.
- Os cabos, armados ou não, instalados em locais onde fiquem muito sujeitos a avarias mecânicas,
tais como porões, paióis, locais de passagem de carga etc., devem ser protegidos por eletrodutos
metálicos.
- A bordo, é sempre preferível o emprego de cabos armados, ao invés de cabos não armados, protegidos por eletrodutos metálicos.
- Quando são usados cabos elétricos protegidos por eletrodutos metálicos, os eletrodutos devem ser
eletricamente contínuos e ligados ao casco, devendo ter a superfície interna lisa, sem arestas que
possam causar avarias nos cabos. As seções do eletroduto e suas curvaturas devem ser tais que
permitam uma fácil colocação e remoção dos cabos.
- O raio de curvatura máximo que cada eletroduto pode apresentar deverá ser maior que o menor raio de
curvatura permitido para o cabo que nele vai ser colocado (7 vezes o diâmetro do cabo).
9.6 - BITOLA PADRÃO DOS CONDUTORES
Para os fins de inspeção e aprovação pelo BC, os condutores empregados nos circuitos elétricos serão,
para os casos normais, os constantes da Tabela 9.1, (correspondente aos da bitola padrão AWG American Wire Gauge). As tabelas AWG estão no final desta Seção.
Os condutores serão, assim, identificados pelo número da bitola padrão AWG, ou pela sua seção transversal. Para os casos em que forem empregados condutores especiais, não constantes da Tabela 9.1,
deve-se identificá-los por seus números. Esses diâmetros deverão ser dados em milímetros, de acordo
com a chave abaixo:
a) D > 0,025mm aproximado a centésimos
b) D < 0,025mm aproximado a milésimos onde: D = diâmetro
Nota: A aproximação se fará para o 0,01mm e 0,001mm, para os valores iguais ou superiores a 0,005
e 0,0005mm, respectivamente para, os casos (a) e (b). Nesses casos, o BC aceitará as tolerâncias de
1% e de 0,002mm para mais ou menos, para os diâmetros iguais ou superiores a 0,25 mm e até 0,25
mm, respectivamente.
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Para os condutores estanhados, as tolerâncias nos diâmetros medidos depois da estanhagem serão os
seguintes:
D
Para Mais
Para Menos
até 0.25 mm (exclusive)
0.007 mm
0.002 mm
0.25 e maiores
3%
1%
Quando o isolamento que recobre o fio é de borracha vulcanizada ou sintética, ou de outro material
isolante contendo Sulfatos, o fio de cobre deve ser estanhado para evitar a corrosão do fio.
Considera-se como diâmetro do condutor em um determinado ponto a média de duas medidas tomadas
nesse ponto, segundo duas direções que formem, entre si, um ângulo de 90 graus.
O condutor, quanto à sua constituição, poderá ser de um fio único ou não, isto é, pode ser também
formado pelo encordoamento de um certo número de fios componentes.
Como regra geral, emprega-se o fio único para o condutor de seção transversal até 1 mm2; para os
condutores de seção transversal igual ou maior que 2 mm2, empregam-se vários fios encordoados.
Quanto ao formato, os condutores poderão ser de seção circular ou setorial. Normalmente, nos cabos
múltiplos empregam-se condutores circulares para seções inferiores à de no. 2 AWG (33,63mm2) e
condutores setoriais para seções maiores.
De qualquer maneira, a seção transversal deverá ter uma forma tal que não possa causar avarias no
isolamento.
As tabelas 9.2, 9.3 e 9.5 dão os valores máximos de correntes que podem circular nos condutores,
segundo as suas seções transversais expressas na escala AWG.
A capacidade de um condutor deve ser sempre superior à corrente máxima que possa circular no
circuito de que faz parte.
Neste texto, subentende-se capacidade de um condutor como a capacidade nominal corrigida do condutor. Capacidade nominal corrigida é aquela dada pelas Tabelas 9.2 e 9.3, corrigidas para a temperatura
ambiente (fator de correção dado pelas próprias tabelas).
9.7 - FATOR DE SERVIÇO
O fator de serviço é definido com sendo um fator a ser aplicado à potência nominal, para indicar a carga
permissível que pode ser aplicada continuamente, sob condições específicas. Como tal é impossível
especificar aqui valores para “fatores de serviço” para todos os circuitos. Via de regra, o BC não exige a
aplicação do fator de serviço para os “sub-ramais”, fazendo-o, todavia, para os motores elétricos, de
acordo com a Tabela 9.6.
O BC se reserva no direito de aprovar circuitos em cujos cálculos tenham sido empregados fatores de
serviço, desde que lhe sejam fornecidos todos os elementos justificativos dos cálculos.
Para cada circuito elétrico deve ser considerada, como corrente máxima, a maior corrente que possa
circular nos condutores, atendendo à capacidade dos aparelhos de proteção neles instalados.
Os condutores deverão ser selecionados de modo que sua seção transversal corresponda a uma queda
de tensão máxima de 5%, entre as barras coletoras dos quadros e um ponto qualquer da instalação,
circulando por eles a corrente máxima, em condições normais (Circuitos de força e iluminação). Quando
se tratar de circuitos de rádio, a queda de tensão máxima permitida será de 1 volt, mais 1% da tensão
nas “barras coletoras”, quando os condutores forem principais e a corrente que por eles circule alimente,
também, as baterias.
Quando se determina um condutor independente para carga de baterias de rádio, a queda de tensão
máxima admissível será de 1 volt, mais 1% da tensão nas “barras coletoras”.
Para os circuitos de iluminação, deve ser considerado que cada ponto de luz absorve uma corrente
equivalente à máxima carga que pode ser conectada, sendo a carga mínima admitida, de 60 watts; desta
forma, para lâmpadas especificamente menores que 60 watts, poder-se-á escolher o condutor correspondente à sua carga.
Não se enquadram no que está dito nesse item os circuitos de iluminação de cornijas, painéis e de
lâmpadas piloto.
Os condutores que alimentam os motores de tração, tais como guinchos e guindastes, deverão ser
escolhidos considerando-se os serviços a serem prestados, admitindo-se períodos de trabalho de 30
minutos- atendendo à queda de tensão- baseando-se na potência de freio do motor. Se os períodos de
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funcionamento forem previstos como maiores, diante da potência do freio, condutores adequados deverão ser calculados. Para os cabrestantes e molinetes admite-se um período de trabalho de uma hora, no
mínimo, sempre levando-se em conta a queda de tensão.
O “fator serviço” poderá ser aplicado no cálculo da seção dos condutores que alimentem grupos de
guindastes ou guinchos, considerando-se o serviço a ser executado pelos motores.
A corrente máxima que circulará em um circuito com grupos de motores de guindastes ou guinchos, é
calculada como se segue:
- 2 motores
a) De mesma capacidade:
It = 0,65 (I A+ I B )
b) De capacidade diferente:
( IA> IB)
I t = I A+ 0,30 IB
- 3 motores
a) De mesma capacidade:
I t = 0,5 (I A + IB + IC )
b) De capacidade diferente:
(I A > I B; IA > IC )
I t = I A + 0,25 ( IB + I C )
- 4 motores
a) De mesma capacidade:
I t = 0,4 (I A+ IB + IC + ID )
b) De capacidade diferente:
(I Amaior corrente) I t = IA + 0,2 (I B + I C+ I D )
- 5 motores
a) De mesma capacidade:
b) De capacidade diferente:
I t = 0,36 (I A + IB + I C + I D + IE )
(I A maior corrente) I t = IA + 0,2 (I B + I C + ID + I E )
Os condutores escolhidos deverão ter uma capacidade compatível com a condição permanente da corrente calculada, com aplicação do fator de serviço, corrente essa “consumida” por todos os motores, a
plena carga.
Se os condutores que alimentam os motores de guinchos e guindastes fornecem alimentação para
outros serviços, a corrente considerada para os cálculos desses condutores será a resultante da
superposição das cargas.
Quando se tratar de geradores a serem acoplados em paralelo, o BC, para garantir uma divisão proporcional de cargas, nos casos de potências diferentes e afastamentos diferentes dos quadros de distribuição, exige condutores que resultem na mesma queda de tensão, a plena carga.
Para os circuitos que não sejam os de motores com proteção para sobrecarga, o BC exigirá condutores
cuja capacidade seja, no mínimo, igual à dos elementos de proteção do circuito (fusíveis, disjuntores,
etc.). Essa norma se aplica também às reduções de seção do condutor (em ramificações do circuito, por
exemplo) e, nesses casos, essas ramificações serão protegidas por fusíveis ou automáticos de capacidade adequada, a não ser quando a corrente ajustada para o elemento de proteção do elemento maior
não exceda a capacidade do condutor menor.
9.8 - MARCAÇÃO DE CABOS
O BC exige que todos os cabos múltiplos tenham uma marcação adequada em seus extremos para
distinguí-los dos cabos singelos. Além disso, os cabos múltiplos deverão ter os vários condutores marcados de acordo com a Tabela 9.7.
9.9 - ESCOLHA DO CONDUTOR
Trata-se de determinar a seção adequada do condutor, de acordo com a corrente que vai circular, da
determinação das vantagens de usar cabo singelo ou múltiplo, um cabo somente ou vários em paralelo, do isolamento a ser utilizado, da determinação da queda de tensão etc.
Pelo cabo escolhido deverá poder circular continuamente a corrente nominal, sem aquecimento excessivo.
O calor existente em um cabo elétrico isolado deve-se às perdas no condutor, às perdas dielétricas e às
perdas provenientes das correntes de Foucault e correntes induzidas.
O cabo elétrico sendo percorrido por uma corrente terá sua temperatura elevada, até que esta se estabiliza num valor para o qual o calor dissipado é igual ao calor gerado.
Do que foi dito, concluiu-se que a maior corrente que pode percorrer um condutor depende da temperatura máxima que o condutor pode atingir sem que seja afetado seu isolamento.
É necessário determinar o valor da corrente nominal a circular e, para isto, é preciso conhecer a potência
nominal de cada motor, dos demais aparelhos do circuito, da iluminação, etc., sendo necessário deixar
uma margem para futuros aumentos de carga, devido a modificações introduzidas posteriormente, as
quais, todavia, só poderão ser feitas depois de submetidas a inspeção e aprovação do BC.
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9.10 - CORRENTE ADMISSÍVEL EM REGIME PERMANENTE
As tabelas 9.2 e 9.3 nos dão, para os fios das bitolas padrão AWG, as correntes admissíveis em regime
permanente (corrente nominal do fio), para uma temperatura ambiente de 30oC. (86o F).
Todavia, estes valores de corrente deverão ser corrigidos para a mais alta temperatura dos locais por
onde passará o condutor.
As próprias tabelas 9.2 e 9.3 dão os fatores de correção para a temperatura ambiente. Para os cabos
multi-condutores, empregam-se ainda os seguintes fatores de correção:
Cabos com dois condutores ....... 0,8 e Cabos com 3 ou 4 condutores ...... 0,7
Quando for necessário fazer um agrupamento de cabos, correndo um ao lado do outro, mais um fator de
correção deve ser aplicado ao valor de corrente retirado da tabela 9.2 ou 9.3; este será retirado da tabela 9.8.
9.11 - CORRENTE DE CURTO CIRCUITO
É a corrente cuja duração é inferior a um segundo e que é produzida por um defeito numa parte qualquer
da instalação. Os cabos elétricos devem ser capazes de suportar a mesma corrente de curto circuito
que os demais equipamentos da instalação.
Em geral, os cabos elétricos são capazes de suportar correntes de curto-circuito elevadas sem inconvenientes sérios. A corrente de curto-circuito que pode circular num cabo é limitada pela temperatura
máxima que este cabo pode suportar.
Em geral, pode-se admitir uma temperatura máxima de 120oC nos condutores e de 100o C nas capas de
chumbo dos mesmos.
9.12 - CAPAS E ISOLAMENTOS DOS CONDUTORES E CABOS
Exceto para os cabos previstos claramente nestas regras, o BC exige que todos os condutores tenham
isolamento adequado para tensões de serviço de 600 Volts.
Conforme as condições de emprego e a natureza do material isolante, o isolamento dos condutores
deverá ter uma ou várias coberturas protetoras contra a umidade, o calor, corrosão e contra avarias
mecânicas.
De uma maneira geral, os materiais isolantes deverão ter uma condutibilidade tão baixa que o fluxo de
corrente através dele possa ser desprezado (corrente de fuga). O valor da corrente de fuga, como regra
ampla, determina o material que pode ser empregado como isolante.
Os materiais isolantes são classificados, para efeitos práticos, como segue:
CLASSES DE MATERIAIS ISOLANTES
CLASSE
0
A
B
H
C
MATERIAL
Algodão, seda, papel e materiais orgânicos similares impregnados
e imersos em dielétrico líquido
Algodão, seda, papel e materiais orgânicos similares, impregnados ou
imersos em dielétricos líquidos; materiais moldados ou laminados.
Com “celulose filler”, resina fenólica e outras resinas de propriedades
similares vernizes esmaltados quando aplicados aos condutores.
Mica, amianto, lã de vidro e outros materiais inorgânicos similares,
compostos com materiais de ligação. Uma pequena proporção de
material de classe A poderá entrar na composição para fins
estruturais, somente.
Os mesmos materiais de classe B, com substâncias de ligação
compostas de produtos de silicone ou materiais com produtos
compostos de silicone ou ainda materiais com propriedades equivalentes;
composto de silicone sob a forma de borracha ou resina ou materiais
com propriedades equivalentes. Podem ter, para fins estruturais, somente,
pequeníssima proporção de materiais da classe A durante a fabricação,
se forem essênciais.
Mica, Porcelana, Vidro, Quartzo e materiais inorgânicos similares.
TEMP. MÁX.
DE TRABALHO
90 oC
5 oC
30 oC
80 oC
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Seja qual for o isolamento empregado, ele deverá ser aplicado concentricamente sobre o condutor, ao
qual deverá ficar perfeitamente justa posto; deverá apresentar superfície exterior lisa, cilíndrica, isenta de
lesões, fendas, falhas e outros defeitos.
A resistência de isolamento deverá ser sempre dada em megohms/km e nunca deverá ser menor ou
igual a 1 megohm/km. Para a seleção, de um isolamento, além de atender ao limite de elevação de
temperatura (tabela IX), o BC exige que o material satisfaça, basicamente, às propriedades que se
seguem.
9.12.1 - Mecânicas: tração, compressão, cisalhamento, choque mecânico, porosidade, absorção de
umidade, dureza, fragilidade, manuseabilidade, efeitos de expansão e de contração.
9.12.2 - Elétricas: resistência do isolamento, rigidez dielétrica, resistência ao impulso, perda de potência, resistência ao arco.
9.12.3 - Químicas: estabilidade, resistência aos ácidos, álcalis, óleos, luz solar, e umidade; ponto de
fulgor e de inflamação, combustibilidade.
9.12.4 - Térmicas: resistência térmica, calor específico, amolecimento, temperatura de fusão e viscosidade.
9.13 - APLICAÇÃO DE CABOS
9.13.1 - Cabos com Isolamento de Algodão Envernizado ou de Algodão de Amianto Envernizado - Os
cabos feitos com isolamento de algodão envernizado ou de algodão de amianto envernizado, podem ser
usados por todo navio e devem ser empregados em todos os compartimentos cujas temperaturas ambientes excedem 50oC. Onde for usado isolamento de algodão envernizado, a bitola do fio não deve ser
inferior à do número 12 AWG. Isto torna necessário o uso do fio número 12 AWG nos sub-ramais, em vez
do número 14 AWG. No caso de algodão de amianto envernizado, poderá ser empregado fio número 14
AWG nos sub-ramais. Os cabos feitos com isolamento de algodão de amianto envernizado são conhecidos normalmente como cabos à prova de calor e chama, e são mais próprios para instalação em
lugares de alta temperatura, ou para circuitos em espaços onde a elevada resistência do cabo ao fogo ou
ao superaquecimento poderá reduzir o perigo de acidentes e de danificações.
9.13.2 - Fios e Cabos de Comunicação Interior - Para os circuitos de campainhas de chamada de 25
volts ou menos, nas acomodações dos passageiros e da tripulação, poderá ser usado um fio de campainha de condutor simples, se for devidamente instalado em duto ou calha. Nos aparatos de comunicação
interior, operando em potenciais que excedem 300 volts, tais como alarmes de incêndio, telégrafos,
telemotores, circuitos de sinalização, circuitos de controle, etc, que requerem dois ou mais fios, o cabo
de comunicação interior deve ser blindado com um revestimento de chumbo, ou blindado de acordo com
o descrito nos itens procedentes, exceto os cabos de condutores duplos de iluminação e força que
podem ser substituídos por cabos de condutor duplo de comunicação interior.
Os telefones e sistemas de telefones, com exceção daqueles instalados para a conveniência dos passageiros, e não essenciais para a operação do navio, deverão ter cabos blindados ou com revestimento de
chumbo, como descrito acima.
9.13.3 - Condutores de Aparelhos Portáteis
a) Revestidos de borracha - os condutores de aparelhos portáteis, ferramentas portáteis, à prova d’água
ou não, luzes de sinalização e todos os aparelhos portáteis ou semi-portáteis que estiverem fora das
acomodações de pessoal, deverão ser revestidos de borracha.
b) Blindados - cabos blindados poderão ser usados nas aplicações acima e devem ser empregados
quando o cabo ficar continuamente em contato com óleo.
c) Trançados - os cabos de equipamentos portáteis ou semi-portáteis de posição fixa, tais como luzes
de mesa usadas nas acomodações de pessoal, deverão ter três condutores trançados. Os cabos de
ferro de engomar, ou de outras cargas resistivas, destinados ao uso de passageiros, poderão ser de
dois condutores trançados.
9.13.4 - Cabo com Isolamento Mineral, Revestido de Metal
Pode ser usado em qualquer serviço até 600 volts. O cabo com isolamento mineral, revestido de metal,
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poderá ser usado em circuitos principais, alimentadores, em ramais, em trabalhos tanto expostos com
embutidos, em lugares secos ou úmidos.
Poderá ser usado onde estiver exposto ao tempo ou à umidade contínua, exposto ao óleo, à gasolina ou
outras condições que não tenham um efeito de deterioração no revestimento de metal. O revestimento do
cabo de isolamento mineral, revestido de metal, exposto a condições destruidoras, deve ser protegido
por materiais apropriados para estas condições.
9.14 - INSTALAÇÃO DOS CONDUTORES E CABOS
É impossível fazer neste texto referências a todos os tipos de aplicações de condutores, pois a variedade
é muito grande. O que será dito neste item aplicar-se-á, de uma maneira ampla, a todos os casos em
que são instalados condutores, especificando-se ou ressalvando-se os casos especiais. As aqui mencionadas regras diferem das que são utilizadas em instalações de terra.
A instalação dos cabos deve ser a mais retilínea e acessível possível, evitando-se: Calor excessivo ou
gases; Óleo, condensações e projeção de água, possibilidade de alagamento; Avarias decorrentes de
choque por carga ou armamento; Porões e tanques; Excessivo cruzamento de cabos; e Possibilidade de
formação de ninhos de ratos.
Quando os cabos devem atravessar anteparas ou conveses estanques, o BC exige que isto se faça
através de buchas (prensa-cabos) estanques. Quando atravessam obstáculos não estanques, é exigida
apenas uma bucha para protegê-los dos extremos afiados (Se a chapa tiver uma espessura maior que 1/
", um orifício de passagem arrendondado será satisfatório). Quando os cabos atravessam conveses,
estanques ou não, devem fazê-lo dentro de “tubos de passagem”. Esses tubos deverão ter 25cm de
comprimento, convés abaixo, e 45 cm, convés acima. Isto para proteger os cabos de avarias mecânicas
ou de água acumulada nos conveses.
Os cabos se tiverem que correr ao longo das anteparas, deverão fazê-lo afastados delas, suportados por
calhas suportes ou braçadeiras, a fim de evitar acúmulo de poeira, sujeira ou umidade. Isto também
facilitará inspeções, limpeza e pintura dos cabos, bem como proporcionará melhor manuseio dos cabos.
As calhas suportes ou braçadeiras deverão estar dispostas em intervalos não maiores de 50cm, embora
específicas recomendações possam alterar esses intervalos.
Os cabos revestidos de chumbo não poderão ser dobrados em curvas com raios menores que 8 vezes o
seu diâmetro. O raio de curvatura para as curvas dos cabos sem revestimento de chumbo não poderá
ser menor que 7 vezes o diâmetro dos cabos.
As pontas dos cabos deverão estar seladas para evitar a entrada de umidade durante a instalação.
Assim, quando for aberta uma bobina, selada pelo fornecedor, as pontas dos cabos deverão ser protegidas, pintando-se com um composto apropriado, como vernizes e tinta de asfalto ou material semelhante.
As emendas e junções serão executadas de modo a assegurar um perfeito e permanente contato mecânico e elétrico por meio de um conector adequado ou por meio de solda de estanho. O isolamento das
emendas e junções será feito com fita de borracha (condutores isolados com borracha) ou com fita de
cambraia (todos os tipos de isolamento), de modo a assegurar um isolamento, no mínimo, equivalente
ao original dos condutores; esse isolamento será, então, completo e protegido mecanicamente com fita
isolante adesiva.
O isolamento das emendas e junções dos condutores isolados com papel impregnado será feito com fita
de cambraia, sem o emprego de fita isolante adesiva.
Nas soldas empregadas nas emendas ou junções, não poderão ser usadas substâncias fundentes que
sejam, pelos seus constituintes, corrosivas ou ácidas.
Os cabos para transporte de corrente contínua devem ser instalados de modo que os campos magnéticos se anulem. Assim, o par de condutores - positivo e negativo - deve ser instalado junto (um condutor
adjacente ao outro), a fim de eliminar os efeitos de um campo magnético incompensado, a bordo.
Cada condutor singelo de um circuito de CA deve estar tão próximo do outro quanto possível. Os condutores de 3 fases devem estar próximos uns dos outros, sem entreferro.
Os eletrodutos devem ser instalados de forma a evitar o acúmulo de água de condensação e, conforme
a necessidade, pode-se provê-los com orifícios para ventilação e drenagem. Os eletrodutos e as caixas
de inspeção devem ser eletricamente contínuos e ligados ao casco. Os eletrodutos não devem conter
cabos revestidos de chumbo, sem que tenham um outro revestimento de proteção. Quando tiverem que
atravessar compartimentos sujeitos a grandes variações de temperatura, os eletrodutos devem ser providos de juntas de expansão, para que as contrações e dilatações não provoquen avarias.
A seção de um eletroduto para cabos elétricos é calculada de acordo com a equação abaixo:
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Es / S = 0,5
Es
S
= somatório das seções transversais dos diversos cabos; e
= seção transversal do eletroduto.
Em um mesmo eletroduto não se deve colocar cabos de sistemas de controle, ou de rádio, junto com
condutores de luz e força.
Os cabos de luz e força (de CA ou CC) de sistemas de 600V ou menos, podem ocupar o mesmo
eletroduto, desde que os condutores estejam com isolamento igual ao do cabo de maior tensão.
Não se colocará em um mesmo conduto metálico cabos armados com outros que não tenham uma
proteção igual.
Quando se colocam cabos para circuito CA em um eletroduto metálico, estes devem ser colocados no
eletroduto de forma a evitar o aquecimento do eletroduto por indução.
As conexões dos terminais dos condutores às diversas partes do circuito elétrico devem ser feitas por
meio de conectores de pressão, parafuso de pressão, terminais soldados ou junções flexíveis soldadas,
exceto para os condutores número 8 AWG, ou menores, e condutores de fios trançados de número 10
AWG, ou menores, que podem ser conectados por meio de braçadeiras ou parafusos.
9.15 - MÁQUINAS ELÉTRICAS ROTATIVAS
Máquinas elétricas rotativas devem ser instaladas em locais os mais secos e ventilados possível, onde
não seja possível o acúmulo de gases inflamáveis.
Não devem ser instaladas próximas a canalizações de água ou vapor e devem ser protegidas contra
respingos de água e óleo.
As máquinas elétricas devem ser igualmente protegidas contra avarias mecânicas.
As máquinas elétricas devem estar o mais possível separadas de materiais inflamáveis, devendo haver
uma separação mínima de 0,50 metros entre as partes sob tensão e materiais inflamáveis, quando estas
máquinas não forem blindadas.
Deve haver, no mínimo, uma separação de 50 cm entre um gerador e os objetos que o circundam, para
facilitar o acesso.
Deve haver, também, espaço suficiente para permitir todas as inspeções necessárias durante a operação, a fácil remoção das partes rotativas e demais partes que possam necessitar de reparo.
Devem ser tomadas precauções para ficarem protegidas contra contatos acidentais todas as partes sob
tensão acima de 250V CC ou 130V CA.
Quando se tratar de motor cuja instalação não possa satisfazer às recomendações desta seção, a
alternativa escolhida deverá ser submetida à aprovação do BC. Os eixos das máquinas elétricas devem,
sempre que possível, ser instalados paralelamente ao plano longitudinal do navio, e as máquinas devem
poder funcionar, mesmo com uma banda permanente de 15o , um trim de 5o e um balanço de 22,5o.
Os geradores de emergência devem poder funcionar com uma banda permanente de até 22,5o.
Todas as máquinas elétricas girantes disporão de meio para assegurar uma eficaz lubrificação das
partes que a requerem, sob quaisquer condições de funcionamento do navio, dentro dos limites de
inclinação citados anteriormente.
Motores para montagem em convés aberto deverão ser do tipo à prova d’água ou com forro metálico que
lhes dê a mesma proteção.
Nenhuma máquina motriz de gerador CC ou CA poderá, em hipótese alguma, provocar vibrações no
gerador.
Todos os geradores deverão ter suas carcaças aterradas e deverão ter eficaz contato elétrico com suas
máquinas motrizes, a não ser que estejam ligadas à terra de uma maneira eficaz. Do mesmo modo, os
jazentes dos geradores deverão ser aterrados.
A fim de prevenir os efeitos da corrosão, os parafusos, estojos, porcas, pinos e todas as pequenas
partes, onde sérios perigos podem surgir por efeito da corrosão, devem ser feitos com material resistente
à corrosão ou aço suficientemente protegido contra corrosão.
Todo o equipamento de importância vital ao navio deve ter duas alimentações distintas, devendo essas
serem feitas por cabos distintos, passando por caminhos diferentes, a fim de evitar avarias simultâneas
dos cabos de alimentação (dupla alimentação).
9.16 - QUANTIDADE E TAMANHO
Quanto ao número e tamanho dos geradores, cuidadosas considerações devem ser feitas: se a energia
elétrica é o único meio de assegurar o funcionamento de equipamentos vitais do navio, deve haver, no
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mínimo, dois geradores, e a capacidade de cada um deles deve ser tal que seja capaz de, por si só (isto
é, com o outro gerador parado), suprir toda a demanda de energia necessária para uma operação eficiente do navio, tanto no porto como em viagem.
A capacidade do gerador deve ser, no mínimo, igual à carga máxima requerida pelo navio em viagem,
com todos os equipamentos vitais funcionando.
9.17 - GERADORES DE EMERGÊNCIA
Todos os navios devem possuir um gerador de emergência, acionado por motor diesel, ou um grupo de
baterias de emergência, localizadas em compartimentos acima do plano normal de flutuação, para alimentar as luzes e sistemas de força de emergência.
Motores a gasolina não são recomendados para máquinas acionadoras dos geradores de emergência,
bem como não se deve usar óleo combustível com ponto de fulgor esteja abaixo de 65o.
Os geradores de emergência ou o grupo de baterias de emergência, devem ter capacidade que os
tornem capazes de alimentar todos os circuitos de luz e força de emergência, durante os tempos
previstos na Tabela 9.9. Qualquer que seja a fonte de energia elétrica de emergência, deve ter partida
automática.
9.18 - FUSÍVEL / DISJUNTOR
Os geradores de tensão constante, exceto os alternadores e suas excitatrizes, deverão ser protegidos
contra correntes excessivas, por disjuntores.
Os alternadores deverão ser protegidos, de modo que uma sobrecarga excessiva provoque uma queda
de tensão suficiente para limitar a corrente e a potência de saída, a valores que não possam prejudicá-los
durante um curto espaço de tempo. O BC determinará a necessidade, ou não, de equipamentos automáticos de proteção contra correntes excessivas para os alternadores.
De maneira geral, não se deve usar excitatrizes com proteção contra correntes excessivas, de modo a
não possibilitar o desligamento do alternador devido a aberturas acidentais dos fusíveis ou disjuntores da
excitatriz.
Os geradores de CC, a dois fios, poderão ter proteção contra correntes excessivas num condutor, somente se o dispositivo de proteção é atuado pela corrente total gerada, exceto nos campos “shunt” (os
dispositivos de proteção não deverão interromper os campos “shunt”, porque se o circuito for aberto com
o campo com excitação máxima, uma força eletromotriz muito alta pode ser induzida, rompendo o
isolamento do enrolamento do campo).
Os geradores de CC, a três fios, compound ou de campo shunt, deverão ser equipados com dispositivos
de proteção contra correntes excessivas, um de cada condutor de armadura, de modo a serem atuados
pela corrente total da armadura.
9.19 - LIGAÇÃO À TERRA
Os geradores que operam com uma tensão nos terminais de 150V ou mais, deverão ter suas carcaças
ligadas à terra. Se não forem aterrados, a carcaça deverá estar permanente e eficazmente isolada de terra.
9.20 - LIMITAÇÃO DE VELOCIDADE DE GERADORES
Os geradores de CC, acionados por turbinas, deverão ser protegidos pelos reguladores de velocidade
das turbinas, para que possam ser ligados em paralelo com outros geradores. Esses reguladores de
velocidade deverão atuar, quando operarem no sentido de parar a turbina, abrindo contatos normalmente
fechados, isolando eletricamente os geradores das barras.
9.21 - LIMITAÇÃO DA TEMPERATURA
Todos os geradores elétricos deverão operar dentro dos limites de temperaturas dados nas tabelas 9.10,
para geradores de CC, e 9.11, para geradores de CA.
9.22 - REGULADORES DE TENSÃO
Além dos reguladores de velocidade constante, de que devem estar dotadas as máquinas motrizes dos
alternadores, estes devem estar equipados com reguladores automáticos de tensão, a fim de manter
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constante a tensão nas barras (o BC aceita uma variação máxima de 2,5%).
A regulação de tensão para cada tipo de gerador obedece à seguinte norma:
9.22.1 - Gerador Shunt ou Gerador Shunt Estabilizado - Deve ser projetado de acordo com o regulador de velocidade de sua máquina motriz e do seu próprio regulador, de modo que sua regulação permita
um funcionamento na temperatura correspondente, a plena carga, no qual não possa haver uma elevação
de tensão superior a 8%, quando a carga for gradualmente reduzida de 100% para 20%, e não possa
haver também uma queda de tensão superior a 12%, quando a carga for gradualmente aumentada de
20% para 100%.
Nota: Para o teste, o reostato de campo, para cada condição, deverá ser ajustado para a tensão nominal
no início da prova.
9.22.2 - Geradores Compound - Devem ser projetados de acordo com o regulador de velocidade da
máquina motriz, composição e regulação do gerador, para que, com o gerador funcionando na temperatura a plena carga, e começando com uma carga de 20% para uma tensão dentro de uma tolerância de
1% da tensão nominal, possa alcançar a carga máxima com uma tensão que não ultrapasse 1,5% da
tensão nominal.
Além de satisfazer os requisitos já mencionados, a regulação de um gerador de CC, a 3 fios, deve ser tal
que, quando operando com a corrente nominal, com a tensão nominal, os fios positivo e negativo, e uma
corrente no fio neutro de 25% da corrente nominal do gerador, a diferença resultante da tensão entre o
positivo e o neutro e entre o negativo e o neutro, não deve ser maior que 2% da tensão nominal, entre o
positivo e o negativo.
9.22.3 - Alternadores - Os alternadores serão sempre providos de reguladores automáticos de tensão,
exceto os do tipo compound. As características de tensão dos alternadores, considerando a regulação
de velocidade de suas máquinas motrizes, deverão ser tais que a tolerância máxima de 2,5% da tensão
nominal seja admitida para qualquer carga, desde a condição de sem carga até a carga máxima, mantendo o fator de potência nominal.
No caso de ser aplicada bruscamente uma carga de 50%, ou retirar-se também bruscamente 25% da
carga nominal, a variação máxima de tensão permissível, em qualquer dos dois casos, será de 20% da
tensão nominal, no período máximo de 3 segundos, findos os quais volta a subsistir, para a tensão, a
tolerância de 2,5% do valor da tensão nominal.
9.22.4 - Operação em Paralelo - Considera-se uma operação em paralelo bem sucedida, aquela em
que a carga em qualquer dos geradores não difere de 15%, a mais ou a menos, da carga que lhe ficaria
afeta na divisão proporcional de carga total, segundo a capacidade de cada um dos geradores, na faixa
de 20 a 102% da carga total.
Para a verificação de funcionamento normal em paralelo, deve ser observado o seguinte:
a) Os geradores devem estar na temperatura normal de operação;
b) A velocidade dos geradores deve ser constante, ou levemente decrescente com o aumento da carga;
c) O ponto de partida para o teste deve ser 75% da carga total, com cada gerador funcionando com a
carga que lhe corresponder na divisão proporcional de carga;
d) Para os geradores compound, as quedas de tensão, para uma carga total normal através dos circuitos
de campo série de todos os geradores (incluindo o campo e os cabos para a barra principal), devem
ser igualadas, pela inserção de resistência, se necessário.
No caso de instalação onde a carga não flutua apreciavelmente, geradores shunt sem reguladores de
tensão ou geradores shunt estabilizados, podem ser usados no lugar de geradores compound.
No caso de instalações onde a carga pode flutuar apreciavelmente, geradores shunt com reguladores de
tensão, ou geradores compound, devem ser usados para manter a tensão constante.
A menos que se especifique de outro modo, todos os geradores de CC, a 3 fios, devem ser projetados
para 25% de flutuação.
9.22.5 - Excitatrizes - As excitatrizes dos geradores de corrente alternada deverão ser fabricadas de
modo a que atendam às diversas condições de excitação exigidas pelo gerador.
Todos os reguladores de velocidade constante (quer sejam do tipo hidráulico, quer do tipo de massas),
reguladores de tensão e limitadores de velocidade, devem ser fabricados de modo a operar eficientemente sob quaisquer condições de funcionamento ou de navegabilidade do navio.
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Os motores elétricos deverão operar dentro dos limites de temperatura (Tabelas 9.12, para motores de
corrente contínua e 9.13, para motores de corrente alternada).
Motores situados nas praças de máquinas ou nas praças de caldeiras, excetuando-se os motores de
ferramentas e máquinas portáteis, devem ser projetados e adquiridos, considerando temperatura ambiente de 50o C.
Os motores para ferramentas, motores localizados em compartimentos da máquina do leme ou qualquer
outro compartimento onde o ar de resfriamento não excede, nunca, 40oC, podem ser selecionados na
base de temperatura ambiente de 40oC.
Os motores que são instalados em compartimentos onde a temperatura ambiente excede normalmente
50oC, devem ser considerados como motores especiais e devem ser arranjados de modo que se ajuste
à temperatura ambiente em que vão trabalhar.
Deve ser dada especial atenção à lubrificação adequada para as altas temperaturas de operação.
9.23 - ARRANJOS DE TERMINAIS
Todos os motores, exceto aqueles à prova d’água e de explosão, devem estar providos de caixas de
terminais à prova de respingos, ter as guias de terminais à prova de respingos e presas à carcaça do
motor. As extremidades desses terminais devem estar ajustadas com conectores aprovados, próprios
para uso com os terminais para cabos de entrada.
Todas as conexões com o interior dos motores, assim como o fornecimento da corrente, devem estar
providas de um mecanismo de travamento eficiente.
As guias de motores à prova d’água devem ser trazidas para fora, através de caixas de junção resistentes à pressão da água.
O BC permitirá não haver a caixa de terminais, desde que, e somente neste caso, os terminais sejam
levados diretamente a uma caixa de junção que não esteja a mais do que 1,5m do motor, assim mesmo
se forem satisfeitos os seguintes requisitos:
a) O condutor formar um cabo armado ou estar dentro de um condutor metálico, rígido e flexível;
b) O condutor deve ser, no máximo, número 18 AWG;
c) O condutor deve ser, se dentro de um conduto metálico rígido ou flexível, no máximo, número 10 AWG.
De qualquer maneira, se o condutor estiver num conduto ou for cabo armado, ou tiver qualquer outro
envoltório metálico, deverá haver, sempre uma ligação metálica fazendo continuidade elétrica efetiva, dos
envoltórios e dos cabos. Contudo, os condutos, tubos ou qualquer outro tipo de envoltório, deverão estar
isolados da carcaça do motor.
9.24 - MOTORES NA PRAÇA DE MÁQUINAS
Os motores a serem instalados na praça de máquinas ou outros espaços abaixo do convés, onde
poderão estar sujeitos a danos mecânicos, gotejo de água ou óleo etc., devem ser ou do tipo à prova de
água, ou do tipo de refrigeração fechada, à prova de respingos ou à prova de gotejos. Podem ser do tipo
aberto, protegidos contra gotejo, por capas, especialmente em casos em que as exigências de força e
do serviço requeridos resultarem num motor excessivamente grande, se feito totalmente blindado.
Os motores para trabalho intermitente devem ser selecionados e projetados para a classificação especial sob a qual irão operar.
Nas praças de máquinas, onde a atmosfera pode estar saturada de vapores de óleo, que se acumulariam
nas grades de ventilação dos motores e nos enrolamentos, deve ser dada consideração especial ao uso
de ventilação completamente fechada ou ao encanamento da ventilação nos motores blindados e autoventilados, de modo a impedir o acumulo de óleo nos enrolamentos.
Todos os motores localizados abaixo do piso das praças de máquinas devem ser à prova de água, ou
convenientemente protegidos.
9.25 - BOMBAS
Os motores que operam bombas de cilindro de compressão ou de acoplamento fechado, deverão ter a
extremidade propulsora inteiramente blindada, ou planejada para impedir a entrada de líquido no motor.
Os motores para bombas devem, geralmente, estar providos de um enrolamento de campo “Shunt”,
estabilizado, e para as bombas do tipo centrífugo é recomendado controle de, no mínimo, 10% da
velocidade por campo “Shunt”.
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9.26 - ESPAÇOS REFRIGERADOS
Geralmente recomenda-se que os motores não sejam instalados nestes espaços, mas se isto se der,
deve ser dada consideração especial ao efeito da condensação.
9.27 - MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA
Todos os motores devem ser projetados para tensão, fase e freqüência do sistema de abastecimento. A
construção e o tipo de enrolamento devem ser determinados pelas condições nas quais o motor terá de
operar. Podem ser de indução de rotor enrolado, indução com rotor em curto-circuito, ou do tipo de
comutador síncrono. Motores do tipo em curto-circuito são recomendados para quase todos os usos.
Para se alcançar o maior fator de potência possível, os motores devem ser escolhidos visando a atender
aos requisitos da carga nominal.
Os enrolamentos em delta, abertos, devem ser evitados, no caso de motores de indução de múltiplas
velocidades, por causa das inúmeras dificuldades associadas ao grande número de cabos de condutores.
9.28 - QUADROS ELÉTRICOS - LOCALIZAÇÃO
Os quadros elétricos deverão ser instalados em locais secos, bem ventilados, onde não possa haver
acúmulo de gases, longe de combustíveis e de respingos d’água, e de modo que a ele só tenham acesso
pessoas qualificadas para tal.
Se o quadro tiver de ser localizado em local úmido, mediante aprovação do BC, terá de possuir um
invólucro à prova d’água.
Os quadros elétricos deverão ser instalados de modo a não haver possibilidade de comunicarem chamas, através de centelhas, a materiais facilmente inflamáveis.
Se o quadro tiver algum equipamento ou fiação que seja acessível por trás dele, deverá haver um intervalo
de 35cm entre o equipamento ou fiação e a parede do painel, se o quadro for de 1 painel só, não
excedendo de 1,05 metro de largura ou, no mínimo, de 60cm, se o quadro tiver um painel mais largo ou
tiver mais de um painel.
Se o espaço atrás do quadro tiver acesso somente por um lado, os intervalos dados acima deverão ser
acrescidos de 15cm.
Os espaços atrás dos quadros não deverão ser usados para armazenamento de material de qualquer
espécie.
Se as condições do navio permitirem, os espaços mínimos atrás dos quadros deverão ser aumentados,
a fim de se aumentar a acessibilidade e o espaço de trabalho.
Na frente dos quadros deverão existir corrimãos, a fim de evitar-se acidentais aberturas ou fechamentos
de circuitos, por esbarros de pessoas desavisadas.
Todos os quadros elétricos deverão ser do tipo de frente morta. Às carcaças e molduras dos quadros
elétricos, bem como as estruturas que suportam equipamentos de interrupção de circuitos, devem ser
ligadas à terra.
Todos os envoltórios de instrumentos, relés, medidores e transformadores de instrumentos, devem ser
ligados à terra.
Os secundários dos transformadores dos instrumentos, de corrente ou de potencial, devem ser ligados
à terra.
Todo quadro operando com tensão acima ou igual a 150 volts, em corrente alternada ou 230 volts, CC,
deverá ter, para proteção do operador, um capacho de borracha ou de material de qualidades isolantes
idênticas, colocado na frente e atrás (onde possa o operador estar). Este capacho deverá estar sempre
seco.
Em todos os quadros elétricos deverão ser postos diagramas esquemáticos de ligações. Esses diagramas poderão estar desenhados em plaqueta a ser afixada ao quadro, ou pintados diretamente em parte
visível da chapa de um painel, mas, em qualquer dos casos, o diagrama deverá estar protegido contra
esbarros acidentais, e executado com tinta indelével.
Em todos os painéis e portas de acesso, devem ser colocadas plaquetas indicando a máxima tensão.
Em todos os instrumentos de medida de controle, deverão ser colocadas placas que os identifiquem
claramente.
Também devem ser colocadas placas indicadoras em todos os fusíveis ou interruptores automáticos,
com indicação do circuito e corrente a plena carga.
Os quadros deverão ser construídos de materiais incombustíveis. Esses materiais não deverão absorver
umidade.
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Todos os aparelhos instalados nos quadros obedecerão ao seguinte critério:
a) Fixados diretamente na estrutura dos quadros - sua armação deverá ser de material isolante, com
grande rigidez dielétrica.
b) Fixação não direta à estrutura dos quadros - sua fixação deverá ser feita através de isolamento
entre a armação e o painel ou o que for.
Os materiais isolantes, empregados num e noutro caso, deverão ter as características exigidas para sua
aplicação, características essas imutáveis sob as variações de temperatura a que possa estar sujeito o
quadro.
Todos os elementos componentes dos quadros deverão ter acessibilidade garantida, de modo a permitir,
sob condições difíceis de navegabilidade do navio, substituição e reparos.
Todos os condutores, contatos etc., empregados nos quadros, deverão ter proteção isolante, e não
inflamável, a fim de se evitar a formação de arco. Deverão ser considerados como fazendo parte da
proteção, os intervalos que devem existir entre os condutores, contatos, etc., bem como entre qualquer
um deles e a massa.
Todos os quadros deverão ser construídos de modo que as variadas condições de navegabilidade do
navio não afetem sua operação.
Aplicar-se-ão para os quadros, as mesmas exigências deste regulamento para as máquinas elétricas
girantes, isto é, funcionamento assegurado, quando o navio apresentar uma banda permanente de 5o, e
mesmo quando o balanço do navio atingir um ângulo de 22,5o .
Para os quadros de emergência, exige-se um funcionamento adequado, mesmo com uma banda permanente de 22,5o .
Deverão ser previstas pelo construtor, vibrações e choques, prováveis de ocorrência a bordo, incluindo-se
as vibrações de velocidade crítica, não só do navio, como das diversas máquinas existentes no navio,
isto a fim de que os quadros sejam montados de modo que essas vibrações e choques não venham
prejudicar o funcionamento dos quadros e afrouxar ligações, porcas, parafusos, estojos ou prejudicar os
diversos contatos de chaves, disjuntores, relés etc.
Os quadros elétricos em geral poderão ser divididos em 2 tipos, a saber:
a) De controle local.
b) De controle remoto.
Os quadros do tipo de controle local possuem todas as chaves, barras, medidores e todos os aparelhos,
montados no quadro ou junto a ele.
Os quadros do tipo de controle remoto possuem as barras, chaves, disjuntores e equipamentos semelhantes, em locais distantes deles, usualmente em compartimentos separados, tendo nos quadros apenas os aparelhos de controle de circuitos.
O BC só exige quadros do tipo de controle remoto quando as tensões são superiores ou iguais a 750
volts.
As barras dos quadros elétricos deverão ser, normalmente, feitas no formato de uma barra chata de
cobre. Essas barras deverão ser construídas com base numa densidade de corrente de cerca de 1000
amp/pol 2.
A tabela 9.14 dá as dimensões para as barras horizontais para vários valores de correntes.
Nota: Quando a corrente é maior que os valores encontrados na Tabela 9.14, deve ser construída uma
barra laminada, composta de várias barras finas, separadas umas das outras, de modo a garantir uma
maior superfície radiante.
A capacidade nominal da barra é calculada na base de 50% do fator de carga, para densidades que, sob
condições médias de radiações, dão um aumento de temperatura de cerca de 10oC.
Quando o fator de carga for de 100%, as densidades de corrente devem ser divididas por 2.
Para as barras verticais, os valores de corrente devem ser reduzidos de 15 a 20%.
Todas as extremidades das barras devem ser protegidas contra corrosão e oxidação (Estanhadas ou
proteção similar). As conexões das barras deverão ser mecânicas e a continuidade elétrica garantida por
meio de solda.
Todas as barras coletoras e suas conexões nos quadros serão de cobre e com dimensões tais que não
permitam um aumento de temperatura superior a 40oC acima da temperatura ambiente.
Quando as barras operarem com mais de 2000 amp., o aumento máximo permitido será de 5oC.
As barras coletoras devem poder resistir com segurança aos esforços mecânicos causados pelas variações de temperatura e por correntes de curto-circuito. Onde for necessário, colocar-se-á dispositivos que
permitam a dilatação e contração das barras, sem que disto advenha avarias para as mesmas ou suas
conexões. Deverá existir uma separação mínima de 20mm entre as barras, e de 16mm entre as barras
e a massa, quando as barras não tiverem outro meio isolante a não ser o ar ambiente.
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As barras de equilíbrio e seus interruptores deverão ter uma seção tal que permita a passagem de uma
corrente que seja, pelo menos, metade da corrente a plena carga do gerador.
9.29 - ACESSÓRIOS DOS QUADROS
Todos os quadros elétricos de distribuição deverão estar dotados de meios indicadores de baixas nos
diversos circuitos.
Todos os fusíveis dos quadros deverão estar sempre na frente dos quadros, excetuando-se os quadros
que possuem armação posterior, nos quais os fusíveis podem ser montados na parte posterior, porém
bem separados das barras coletoras e demais partes energizadas.
Interruptores e fusíveis de mesma polaridade devem ser dispostos de maneira tal que, estando o interruptor aberto, o fusível não fique sob tensão.
Todos os instrumentos de medida e lâmpadas piloto ou de terra deverão estar protegidos em cada pólo
isolado por um fusível, situado tão perto quanto possível da fonte de energia.
Quando os instrumentos forem alimentados por um transformador de tensão, com fusíveis no primário e
no secundário, não será necessário proteger os instrumentos e lâmpadas, com fusíveis.
Deve evitar-se que as partes móveis dos disjuntores, chaves e contatores fiquem energizadas quando
estes estiverem abertos.
9.30 - PROTEÇÃO ELÉTRICA
As instalações devem ser protegidas contra as correntes excessivas, a fim de garantir continuidade nos
serviços, segurança para o material e para o pessoal que as conduz.
As correntes de curto-circuito deverão ser consideradas como correntes excessivas, prevendo, cada
aparelho, acidentais ocorrências de correntes de tal natureza.
Os equipamentos de proteção serão usados levando-se em conta certas características da instalação, e
poderão ser: 1- Disjuntores; 2- Chaves automáticas; 3- Chaves manuais; 4- Fusíveis
9.30.1 - Corrente Contínua
9.30.1.1 - Sistemas Unifilares ou a 2 Fios, Sendo um Ligado à Terra - Para cada circuito: um disjuntor
monopolar de intensidade máxima ou um fusível e uma nova chave monopolar, no pólo isolado.
9.30.1.2 - Sistemas a 2 Fios, Sem Ligação à Terra - Para cada circuito: um disjuntor bipolar de intensidade máxima ou um fusível em cada pólo e uma chave bipolar.
9.30.1.3 - Quando Forem Instalados Mais de Um Gerador Alimentando Barras Diferentes, Isto é, Que
Não Possam Operar em Paralelo - Para cada circuito: comutadores multi-direcionais, a fim de que cada
circuito possa ser alimentado por qualquer dos geradores, isoladamente.
9.30.1.4 - Sistemas a 3 Fios
9.30.1.4.1 - Para Cada Circuito com 3 Condutores - um disjuntor bipolar ou um fusível em cada condutor
extremo e uma chave bipolar.3
9.30.1.4.2 - Para Cada Circuito de Saída com 2 Condutores (Tirados de condutor extremo e do condutor
neutro).
a) Com um condutor ligado à terra - um disjuntor monopolar com um fusível e uma chave monopolar
sobre o condutor isolado.
b) Com dois condutores isolados - um disjuntor bipolar ou um fusível em cada pólo e uma chave bipolar.
9.30.2 - Corrente Alternada
a) Sistemas monofásicos - Os mesmos equipamentos mencionados em a), b) e c), para corrente contínua.
b) Para sistemas unifilares ou a dois fios, sendo um ligado à terra - um disjuntor monopolar para intensidade máxima ou uma chave monopolar manual e um fusível no pólo isolado de terra.
c) Para sistemas a três fios - um disjuntor tripolar, com proteção para sobrecarga em cada pólo extremo.
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9.30.3 - Proteção para Geradores - DC
9.30.3.1 - Tipo Shunt
a) Para sistemas unifilares ou a dois fios, sendo um ligado à terra - um disjuntor monopolar de
intensidade máxima, com desarme para inversão de corrente.
b) Para sistemas a dois fios - um disjuntor bipolar de intensidade máxima, com desarme para inversão
de corrente.
c) Para sistemas a três fios - um disjuntor tripolar, com proteção para sobrecarga em cada pólo extremo, devendo haver proteção contra inversão de corrente em um dos condutores extremos.
9.30.3.2 - Tipo Compound Equilibrado - Como no tipo shunt, devendo ser instalada uma chave
monopolar no fio de equilíbrio, de modo que se feche antes do disjuntor e se abra depois dele. O relé
para proteção contra inversão de corrente será conectado no pólo positivo (a conexão de equilíbrio será
ao pólo negativo).
Se o sistema for a três fios, com geradores compound, com enrolamento em série dividido por cada pólo,
deverá haver um disjuntor de cinco pólos (dois polos extremos, dois para os conectores de equilíbrio e
um para o neutro), com relés de intensidade máxima nos pólos extremos e proteção contra inversão de
correntes.
Nota: Nos condutores neutros, para qualquer tipo de gerador (para operação em paralelo ou não), deverá
haver um relé que acione um sistema de alarme, quando houver uma sobrecarga nestes condutores.
9.30.4 - Proteção para Alternador - CA (para cada alternador)
9.30.4.1 - Para Sistemas Trifásicos - um disjuntor tripolar, com réles de intensidade máxima em duas
fases, pelo menos.
9.30.4.2 - Para Sistemas a Três Fios
a) Com o Neutro Isolado de Terra - um disjuntor tripolar, com relés de intensidade máxima nas duas
fases.
b) Com o Neutro Ligado à Terra - um disjuntor tripolar, com relés de intensidade máxima em cada fase.
c) Para Sistemas Trifásicos a Quatro Fios - um disjuntor tripolar, com relés de intensidade máxima
nas três fases. (Neste caso, deverá ser instalada uma chave que isole o neutro do alternador). Se os
alternadores puderem operar em paralelo, seus disjuntores deverão ser equipados com proteção contra inversão de corrente, quando a potência dos alternadores for maior que 135 KVA.
9.30.5 - Proteção de Circuitos - Deste modo, os aparelhos de proteção poderão ter funções específicas
de proteção contra sobrecargas ou contra correntes excessivas, nunca devendo ser usados fusíveis de
320A ou mais, como proteção para sobrecargas. Preferencialmente, devem ser usados disjuntores sempre que a intensidade nominal for maior que 200A. Contudo, fusíveis dessa capacidade poderão ser
empregados como proteção contra correntes de curto circuito. Por outro lado, os disjuntores e as chaves
automáticas, instaladas como proteção contra sobrecargas, terão de ter características de desarme
apropriadas para os sistemas onde estão instalados.
As correntes excessivas são ditas de sobrecargas, quando suas ocorrências não afetam os isolamentos.
As correntes excessivas são ditas de curto-circuito quando suas ocorrências afetam os isolamentos.
Todos os quadros elétricos disporão dos aparelhos de interrupçào de circuitos e de proteção, dados a
seguir:
9.30.5.1 - Geradores de Corrente Contínua
a) Para um gerador instalado:
1- Para sistemas unifilares ou a dois fios, sendo um ligado à terra - um disjuntor monopolar para intensidade máxima ou uma chave monopolar manual e um fusível no pólo isolado de terra.
2- Para sistemas de dois fios - um disjuntor bipolar de intensidade máxima, ou um fusível em cada pólo
e uma chave bipolar manual.
b) Para mais de um gerador instalado, mas que não possam ser ligados em paralelo.
1- Para sistemas unifilares ou a dois fios, sendo um ligado à terra - um disjuntor monopolar para intensidade máxima ou uma chave monopolar manual e um fusível no pólo isolado de terra.
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c) Sistemas Trifásicos
1- Circuitos de 3 fios - Para cada circuito, de um disjuntor tripolar de intensidade máxima ou um fusível
em cada fase e uma chave tripolar.
2- Circuitos de 2 condutores (uma fase e neutro), sendo um ligado à terra - um disjuntor monopolar ou
um fusível e uma chave monopolar no condutor isolado.
3- Circuitos a 2 fios (uma fase e neutro), sendo os dois isolados de terra - um disjuntor bipolar ou um
fusível em cada pólo e uma chave bipolar.
4- Circuitos a 4 fios - um disjuntor tripolar, de intensidade máxima para as três fases ou um fusível em
cada fase e uma chave tripolar.
Os equipamentos de proteção mencionados acima são, também, os exigidos, tanto para os quadros
principais quanto para os de emergência, e constituem, tanto para os quadros principais quanto para os
de emergência, os mínimos aceitáveis.
Os condutores mencionados abaixo não devem ser dotados de fusíveis, nem disjuntores ou chaves
independentes, que não abram os circuitos simultaneamente:
1- Condutores neutros de circuitos a três fios, corrente contínua ou alternada monofásica.
2- Condutores neutros de circuitos trifásicos, a 4 fios.
3- Condutor de retorno de sistemas unifilares.
9.31 - PROTEÇÃO DOS QUADROS
9.31.1 - Generalidades
Os desarmes para sobrecargas dos disjuntores deverão ser ajustáveis. Nos casos não especificados
nessas regras, as proteções contra correntes de curto-circuito serão feitas por disjuntores ou fusíveis.
Com autorização do BC, uma combinação de fusíveis e chaves automáticas poderá ser usada no lugar
dos disjuntores.
A capacidade nominal dos aparelhos de proteção contra corrente de curto-circuito não pode ser menor
que a máxima corrente de curto-circuito que possa ocorrer na instalação no ponto considerado, no
instante da separação dos contatos.
Se o disjuntor fechar contatos pondo em curto equipamentos ou circuitos, sua capacidade nominal não
pode ser menor que a máxima corrente de curto-circuito que possa ocorrer no ponto considerado da
instalação.
Quando a instalação for de corrente alternada, o ponto máximo da assimetria corresponderá ao máximo
valor de corrente de curto-circuito.
Quando os aparelhos de proteção contra correntes de curto-circuito não são projetados para interromper
os circuitos, devem ser projetados para a máxima corrente de curto-circuito que possa ocorrer, levandose em conta o tempo necessário para a remoção do curto-circuito.
Quando os navios forem projetados para possuir auxiliares acionados por motores elétricos, deverão ser
dotados de meios eficazes para garantir um suprimento contínuo de corrente elétrica para os motores
que acionam auxiliares vitais.
Se, em regime de viagem, for necessário acoplar-se dois ou mais geradores para assegurar a alimentação dos circuitos vitais, todos os equipamentos de proteção deverão ser adequados para, numa sobrecarga, interromper primeiramente as alimentações dos circuitos não vitais, permanecendo alimentados
os circuitos vitais.
Poderá, se necessário, ser feito um processo de desconexão de segundos, no mínimo, entre cada
desconexão.
Devem ser dotados de disjuntores ou fusíveis, como proteção para correntes de curto-circuito, os primários dos transformadores de força.
Se dois ou mais transformadores forem instalados de modo a poderem operar em paralelo, deverão ser
instalados meios para corte dos secundários, tais como disjuntores ou fusíveis, ambos de capacidade
nominal não menor que o máximo valor da corrente de curto-circuito que possa ocorrer.
Os circuitos alimentadores das máquinas de leme devem ser dotados de disjuntores, chaves automáticas, fusíveis ou qualquer outro aparelho de interrupção, como proteção para sobrecarga. Serão dotados,
apenas, de um alarme da sobrecarga.
Esses circuitos serão dotados, também, de proteção contra correntes de curto-circuito.
Os circuitos que alimentam equipamentos com proteção para sobrecarga serão dotados, apenas, de
proteção contra correntes de curto-circuito.
As características dos equipamentos de proteção dos motores terão que ser compatíveis com suas
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características de operação, bem como com os serviços prestados pelos motores.
Quando os motores forem de corrente alternada trifásica, deverão ser dotados de equipamentos de
proteção que impeçam seus funcionamentos como motores monofásicos.
Os aparelhos de proteção dos motores elétricos deverão ser construídos e ajustados de modo a permitir
o excesso de corrente normal ocorrido durante o período de aceleração.
Os motores vitais e os motores de potência nominal acima de 1/2 kW, deverão ser dotados de dispositivos de proteção para isolá-los, sempre que ocorra uma falta de tensão. Esse dispositivo será complemento do aparelho de proteção contra sobrecarga que, juntamente com o equipamento de proteção
contra correntes de curto-circuito, faz parte de sua individual e obrigatória dotação de proteção.
Nota: O equipamento de proteção contra correntes de curto-circuito do motor pode ser o mesmo dos
seus condutores de alimentação.
As correntes máximas permitidas a circular indefinidamente pelos aparelhos de proteção dos motores
para serviço contínuo, não poderão ser maiores que 125% da corrente nominal.
Os retardamentos dos aparelhos de proteção deverão ser introduzidos, quando for o caso, de modo que
a interrupção produzida por eles no circuito seja feita antes de ser atingido o limite seguro da temperatura para o enrolamento do motor.
Para os motores de serviço intermitente, as prescrições acima serão atendidas, considerando-se os
fatores de carga dos motores.
Quando não houver indicações, nem elementos ou dados precisos, podem ser tomados como valores de
correntes de curto-circuito, 10, 6, 3 vezes a corrente de plena carga nominal, como correntes de curtocircuito para geradores, motores de CC, e motores de CA, respectivamente.
Não poderão ser utilizados os disjuntores dos geradores como proteções secundárias dos equipamentos de proteção instalados nos circuitos de saída dos quadros elétricos.
O BC permitirá o emprego de disjuntores ou fusíveis como proteções secundárias de disjuntores que não
tenham capacidade nominal igual à máxima corrente de curto-circuito que possa ocorrer no ponto considerado, mas, para isso, esses disjuntores ou fusíveis deverão fazer a interrupção dos circuitos quando a
corrente atingir 90% do valor de corrente para a qual foi ajustado o equipamento de corte principal.
Todos os disjuntores, chaves manuais ou automáticas, serão construídos de modo que, havendo trepidação do navio, esbarros ou quaisquer outros acidentes, permaneçam abertos ou fechados (conforme a
posição imposta pelo condutor).
Os disjuntores, chaves manuais ou automáticas, deverão ser fabricados de modo que seus mecanismos
de manuseio estejam protegidos das partes energizadas e sejam de materiais de alta resistência mecânica. Deverão ser, por outro lado, dotados de abafadores de arco, sempre que as tensões forem de 125V
ou maiores, e as correntes nominais forem de 10 ampéres ou maiores (o material constituinte desses
abafadores terá de ser resistente ao arco). Se forem envolvidos, em todo ou em parte, por capas ou
carcaças metálicas, terão seus envolventes afastados suficientemente das partes energizadas, e se
esses envolventes ficarem expostos aos arcos, terão de ser revestidos de isolamento constituído de
material resistente ao arco.
Os relés de inversão de potência ou de inversão de corrente deverão atuar com correntes na faixa de 5 a
15% da corrente nominal do gerador, com tensões normais nos enrolamentos de tensão, sob quaisquer
temperaturas admissíveis nas condições de trabalho.
Uma queda de tensão igual à metade da tensão aplicada, não deve deixar inoperante o mecanismo de
inversão de corrente, porém poderá alterar a intensidade de corrente invertida necessária para desarmar
o disjuntor (abrir o disjuntor).
Deverão estar marcadas nos disjuntores as ajustagens feitas (a ajustagem para sobrecargas será sempre dada em ampéres).
Os fusíveis empregados como proteção não poderão estar descobertos nas partes que se fundem;
essas partes serão embutidas, a fim de evitar-se que o material fundido possa prejudicar algum material
adjacente ao fusível.
Os fusíveis deverão ser instalados de modo que acidentalmente, por contato ou vibrações, não se soltem
de seus suportes. Cada fusível será dotado, na parte de manuseio, de um isolamento não inflamável, a
fim de proteger a pessoa que o instalará ou substituirá (a mesma regra se aplica aos suportes dos
fusíveis).
Os fusíveis terão gravados na sua estrutura, de modo indelével, sua capacidade e as características que
o identifiquem:
a) Corrente nominal do circuito protegido; e
b) Dimensões do fusível apropriado ou do elemento substituível.
Os fusíveis devem ser adequados para temperatura ambiente de 45oC, e a elevação de temperatura nos
terminais não pode ser maior que a temperatura máxima permitida para os cabos a eles conectados.
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9.32 - APARELHOS DE MEDIDA NOS QUADROS ELÉTRICOS
Os quadros elétricos serão dotados dos aparelhos de medida dados a seguir. Esses aparelhos deverão
ter suas escalas de acordo com o quadro abaixo:
Instrumento
Escala até
Observação
Voltímetros
120 % da tensão nominal do circuito
Limite superior
Amperímetros
150 % da corrente do circuito
Limite superior. Se os amperímetros
forem usados para geradores de
corrente contínua, para operação em
paralelo, devem ter uma escala que
indique, pelo menos, 15% de
inversão de corrente.
Wattímetros
compatível com a instalação
Se forem usados para alternadores
que possam operar em paralelo,
devem ter uma escala que indique,
pelo menos, 15% de inversão
de potência.
Os aparelhos de medida exigidos para os geradores são os que seguem, como indicados:
9.32.1 - Corrente Contínua
a) Geradores que não operem em paralelo - 1 voltímetro e 1 amperímetro, para cada um.
b) Geradores que operem em paralelo - 1 amperímetro para cada 2 voltímetros, sendo um voltímetro
conectado às barras e o outro conectado a qualquer dos geradores, mediante uma chave seletiva.
c) Nos geradores compound, o amperímetro será ligado ao pólo positivo, isto é, ao pólo oposto ao da
conexão do fio de equilíbrio.
d) Se o sistema for a três fios, o amperímetro deverá ser ligado como nos casos anteriores e deverá,
também, ser ligado um voltímetro entre cada condutor e o neutro.
9.32.2 - Corrente Alternada
a) Aternadores que não operem em paralelo - 1 voltímetro para cada um, 1 amperímetro capaz de indicar
a corrente em cada fase (mediante uma chave seletiva), um frequencímetro e um wattímetro.
NOTA: O amperímetro acima poderá ser substituído por um amperímetro em cada fase.
b) Alternadores que operem em paralelo - cada alternador terá um wattímetro, 2 frequencímetros e um
dispositivo de sincronia composto de um sincronoscópio e lâmpadas de sincronia (ou dispositivo
equivalente). Um dos wattímetros será conectado às barras e outro conectado a qualquer dos
alternadores por meio de uma chave seletiva. As ligações dos frequencímetros serão como as dos
wattímetros.
9.33 - DISTRIBUIÇÃO
A distribuição a bordo dos navios será feita por um dos sistemas dados no início desta seção, excetuandose os casos de embarcações de pequeno porte.
Qualquer que seja o sistema de distribuição adotado, terá sempre origem num quadro principal.
A distribuição far-se-á de modo que todos os utilizadores tenham suas alimentações garantidas em
situações normais e, se for um utilizador vital, sua alimentação estará também assegurada através de
um quadro de emergência, numa situação anormal.
Os utilizadores serão alimentados diretamente, por circuitos partindo dos quadros ou serão alimentados
através de painéis de distribuição, de caixas de distribuição, de caixas de derivação ou de caixas de
fusíveis.
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Os circuitos que alimentem os utilizadores terão suas proteções nos quadros ou nos painéis de distribuição, caixas de derivação, caixas de seções ou de fusíveis.
Os cabos dos vários circuitos, para os efeitos desta Regra, serão designados de acordo com o quadro
que se segue:
Cabos
Circuitos
Observações
Alimentadores Partem dos geradores principais ou de emergência, Podem alimentar diretamente
alimentando as barras
Alimentadores Partem dos quadros principais alimentando
Principais
utilizador ou transformador.
Podem alimentar diretamente
painéis de distribuição.
utilizador ou transformador.
Partem de painéis de distribuição, alimentando
Podem alimentar diretamente
caixas de distribuição.
utilizador ou transformador.
Sub-principais Partem de caixas de distribuição alimentando
caixas de derivação.
Ramais
Podem alimentar diretamente
utilizador ou transformador.
Podem alimentar diretamente
utilizador ou transformador.
Sub-ramais
Partem de caixas de fusíveis ou de seções
Cada sub-ramal poderá alimentar
alimentado utilizadores.
mais do que um utilizador se sua
capacidade nominal não exceder
a 15A.
Alimentador
Partem dos quadros principais alimentando
de retorno
quadros de emergência ou vice-versa.
Quando se fizer distribuição de CC, a 3 fios, os utilizadores deverão ser alimentados por um condutor de
polaridade negativa ou positiva e pelo condutor neutro, de modo que a carga fique dividida igualmente
pelos condutores ativos. A divisão das cargas parciais será feita, obedecendo sempre ao que está dito
neste ítem, desde os circuitos alimentadores até os sub-ramais, admitindo-se uma variação de 15%.
Se nessa distribuição, a tensão nominal for maior do que 250V, deverá ser feita conexão do neutro à
terra, em um ou mais pontos. Para que, em situações anormais, a conexão à terra possa suportar as
variações não eqüitativas de carga, será sempre escolhido um condutor de seção transversal compatível
com os geradores.
Se a distribuição for a 3 ou 4 fios, para sistemas de corrente alternada, os utilizadores serão alimentados
ou pelas três fases - utilizadores trifásicos - ou serão alimentados de maneira que haja uma divisão
eqüitativa de carga pelas diferentes fases, permitindo-se uma variação de 15%. O condutor neutro, nessa
distribuição, poderá ser ligado à terra, e essa ligação será feita por meio de uma impedância ou diretamente.
Para que, em situações anormais, a conexão à terra possa suportar as variações não eqüitativas de
carga, será sempre escolhido, para esse fim, um condutor de seção transversal compatível com os
geradores e transformadores do sistema.
Quando se fizer distribuição com retorno pelo casco, os condutores que fazem a ligação ao casco terão
as mesmas seções transversais dos condutores isolados. No caso de CC, os pólos negativos dos
geradores ou dos acumuladores serão conectados ao casco (essas conexões serão feitas em locais de
fácil acesso).
Os circuitos a bordo serão designados de acordo com o serviço que prestam, porém serão também
classificados como principais ou de emergência. Serão chamados de circuitos principais aqueles que
fazem as alimentações normais dos vários utilizadores. Serão chamados de circuitos de emergência
aqueles que partem dos quadros de emergência para os diversos utilizadores vitais.
Os utilizadores vitais podem ser alimentados por um quadro principal ou pelo quadro de emergência.
A alimentação pelo quadro de emergência pode ser feita pelas barras deste quadro alimentadas por
gerador de emergência ou alimentadas pelo quadro principal. Para isso, do quadro principal sairá um
cabo alimentador de retorno conectado às barras do quadro de emergência e este cabo disporá de um
disjuntor, chave ou qualquer dispositivo de desconexão, no painel de emergência do quadro principal.
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Todas as embarcações disporão de tomadas de energia de terra, com a finalidade de permitir que,
quando necessário, a instalação de bordo possa ser alimentada por uma fonte de energia externa (do
cais, de dique ou de outro navio).
Essas tomadas de terra permitirão também o fornecimento de energia para outro navio.
As tomadas de terra estarão ligadas permanentemente ao quadro principal através de um disjuntor ou de
uma chave com fusíveis, para o caso de fornecimento de energia a outro navio. Antes do disjuntor será
conectada uma lâmpada piloto que indicará, quando acessa, que o navio está fornecendo energia elétrica
ou recebendo energia de uma fonte externa.
As dimensões e características do navio determinarão o número de tomadas de terra que deva
existir a bordo.
As tomadas de terra deverão ter dispositivos para proteção dos cabos de ligação, de modo que os
esforços mecânicos sofridos pelos cabos portáteis sejam transmitidos somente às estruturas metálicas
das tomadas de terra.
Cada tomada de terra disporá de uma chave automática com fusíveis, e deve ter, não obrigatoriamente,
uma lâmpada piloto, antes da chave automática, a fim de indicar que a tomada está energizada, isto é,
o navio, através da tomada de terra, cuja lâmpada está acesa recebendo ou fornecendo energia elétrica.
A tomada de terra disporá de um fasímetro conectado antes da chave automática, se a instalação for de
corrente alternada trifásica. Esse fasímetro indicará troca de fases, quando se fizer ligações incorretas
dos cabos portáteis e poderá ser dispensado se houver no quadro principal um fasímetro instalado antes
do disjuntor. Nesse caso, os pólos das tomadas de terra deverão ter marcações em cores (preto, vermelho, e branco), idênticas à marcações que devem dispor os cabos portáteis utilizados.
Esta Regra exige que haja nas praças de máquinas uma distribuição de lâmpadas alimentadas por
circuitos dispostos de maneira que as praças não fiquem às escuras, por uma interrupção qualquer (por
fusíveis ou disjuntores), em ponto intermediário, permanecendo fechado o disjuntor correspondente do
quadro principal.
O que é exigido no ítem anterior para as praças de máquinas, será também exigido para os corredores ou
quaisquer outras vias de acesso às baleeiras de salvamento, quando se tratar de navios de passageiros.
Nos circuitos de iluminação de CA, trifásica, a iluminação em vários pontos de um mesmo compartimento, corredor ou via de acesso, estará alimentada por fases diferentes.
Os transformadores dos sistemas trifásicos de iluminação serão monofásicos, ligados em estrela ou
triângulo, de modo a garantir-se a iluminação, conforme exigido nos dois itens anteriores.
Nos circuitos de iluminação, cada sub-ramal, de capacidade nominal menor ou igual a 15A, não deve
alimentar mais do que 10, 14 e 18 pontos de iluminação, nos sistemas de 24 a 55V, 110 a 127V e 220 a
250V, respectivamente. Nos casos em que se tratar de cornijas ou quaisquer outros grupos muito próximos de lâmpadas, e a máxima corrente de regime não ultrapasse 10A, não se aplica a exigência acima.
Os sub-ramais dos circuitos de iluminação não devem alimentar também circuitos de força ou de sistemas de aquecimento. Todos os compartimentos de carga deverão ter iluminação controlada por chaves
localizadas em compartimento, passagem ou corredor a eles adjacentes. Essas chaves deverão possuir
dispositivos para tratamento quando desligadas.
Todos os motores vitais deverão ser alimentados por sub-ramais próprios e independentes.
Nos passadiços, ou em outro local, bem próximo e de fácil acesso, deverá existir um painel de distribuição para as luzes de navegação, de onde partirão os circuitos de alimentação das diversas luzes,
circuitos esses protegidos no painel, por chaves e fusíveis ou disjuntores. No painel ou em local ao
alcance do pessoal de quarto, deverão existir alarmes, visuais ou audíveis (ou combinação de ambos),
automáticos, para cada lâmpada, a fim de avisar uma falha ocorrida na lâmpada.
Os painéis de distribuição poderão ter alimentação direta dos quadros principais ou através de transformadores, e a alimentação do painel deverá ser feita por dois circuitos alternados, de transferência fácil.
As máquinas de leme deverão ser alimentadas por 2 grupos de cabos diferentes, ambos partindo do
quadro principal ou um partindo do quadro de emergência que tenha alimentação de retorno. Esses
grupos de cabos deverão correr o mais afastado possível um do outro (sempre que possível um por BE e
outro por BB).
a) Os motores deverão ter alimentação pelo quadro de emergência;
b) Todos os cabos deverão ser do tipo adequado para serviço permanente de imersão, capazes de,
juntamente com suas ligações ou conexões, suportar alturas de carga iguais às quotas negativas dos
motores, tendo como plano de referência o convés principal;
c) Os cabos de alimentação deverão ser contínuos, do convés principal aos terminais do motor;
d) Os motores acionadores devem possuir meios para, sob quaisquer condições, serem controlados de
locais acima do convés principal.
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Os motores acionadores de bomba de incêndio devem ter alimentação direta dos quadros, com interrupção
somente pelos quadros, e a alimentação deve ser por dois circuitos alternados, de fácil transferência.
Os sistemas de ventilação das praças de máquinas deverão ser controlados, também, de compartimentos adjacentes, corredores ou conveses.
9.34 - TRANSFORMADORES
Serão considerados aqui os transformadores de capacidades nominais iguais ou superiores a 1 KVA.
As características dos transformadores devem ser tais que, aplicando-se no primário a tensão nominal,
com a freqüência nominal, a elevação de temperatura dos enrolamentos dos transformadores do tipo
seco, durante serviço contínuo, na máxima capacidade para os isolamentos da classe A e B, não deve
ultrapassar de 50 a 70oC, respectivamente.
Devem ser especialmente considerados os transformadores resfriados por meio de óleo ou outro líquido
qualquer. A regulação dos transformadores, mesmo monofásicos, não deve exceder de 5%, para um
fator de potência igual a 0,8.
O BC admite uma tolerância de 0,5%. Os transformadores, além disso, devem ser capazes de, durante
3 segundos, suportar nos terminais de qualquer enrolamento, os efeitos mecânicos e térmicos de correntes de curto circuito.
Os transformadores devem ser localizados em locais afastados de materiais combustíveis ou inflamáveis
de qualquer espécie, e se a tensão aplicada nos terminais dos primeiros for igual ou maior que 250V,
deverão ser instalados de modo que não possam estar sujeitos a contatos acidentais, levando carcaças
metálicas, as quais devem protegê-los de quaisquer outros agentes externos. Essas carcaças devem
ser ligadas à terra.
De acordo com a localização a bordo, um transformador será à prova de jato d’água, de respingos etc.
Sempre que utilizadores vitais tiverem alimentação através de transformadores, estes deverão ser instalados com capacidade e em número suficiente para garantir a alimentação desses utilizadores, mesmo
com um dos transformadores retirado por qualquer motivo.
Se forem usados transformadores monofásicos, tanto para iluminação como para suprimento de utilizadores
vitais, a instalação deverá possuir, pelo menos, um transformador de reserva. A transferência de alimentação para o transformador de reserva deve ser fácil e de rápida manobra. Todos os transformadores
deverão ser construídos para terem seus enrolamentos concêntricos, devendo os núcleos ser ligados à
terra, exceto os transformadores que se destinam à partida de motores.
Os transformadores resfriados a líquidos terão de ter suas carcaças com juntas de expansão, ou com
outros meios quaisquer para acomodar a dilatação do líquido resfriador e dela própria. Além disso,
deverão existir respiradores nas carcaças.
Esses transformadores deverão, sob quaisquer condições de tempo e de navegabilidade do navio, operar
sem derramar o líquido resfriador, mesmo quando houver uma banda permanente de 15o ou um trim de 5o.
Deverão operar, igualmente, com balanços de 22o 30'. Se o transformador estiver num circuito de emergência, deverá obedecer às regras acima para uma banda permanente de 22o 30'.
As placas identificadoras dos transformadores deverão ser colocadas em locais bem visíveis e conter,
escrito de modo indelével, suas características nominais.
As características de queda de tensão de transformadores que devem operar em paralelo devem ser tais
que a corrente induzida no secundário de cada um deles não tenha uma variação maior que 10% do seu
valor nominal.
9.35 - BATERIAS
As prescrições desta regra, no que se refere a baterias, aplicam-se às baterias fixas das instalações
elétricas, e não às baterias portáteis ou pilhas secas.
Todas as baterias de um navio devem ser localizadas num compartimento próprio, destinado unicamente
para isso e para a guarda de baterias de reserva e, desde que observadas certas medidas de segurança,
quando autorizado pelo BC para a carga de baterias. Contudo, se o navio possuir, na instalação, baterias
alcalinas e ácidas, deverá dispor de dois compartimentos, um para cada tipo de bateria.
O compartimento de baterias deve ser localizado no navio, de modo que não fique exposto ao calor
irradiado ou transmitido por condução através de anteparas, pisos e conveses de praças de máquinas,
de praça de caldeiras, de cozinhas ou de lavanderias etc. Não deverão, por outro lado, ser localizadas de
modo a ficarem expostas a frios intensos, nem a condensações.
Se, pelo projeto de um navio, o compartimento de baterias for obrigado a localizar-se de maneira que
fique exposto a colisões, a incêndio ou a outro qualquer acidente, ou a seus efeitos, não deverão ser
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instaladas nesse compartimento as baterias que alimentem motores de arranque de motores Diesel de
emergência.
Nesse caso, tais baterias deverão ser localizadas em locais adequados e, se no convés ou outro lugar
exposto ao tempo, deverão ser instaladas de modo a ficarem protegidas por uma ou mais caixas especialmente fabricadas para esse fim.
Um compartimento de baterias deverá, além do que foi dito acima, satisfazer aos requisitos enumerados
abaixo:
a) Todo o interior do compartimento deverá ser pintado com tinta resistente à corrosão.
b) O compartimento deverá ter dimensões tais que permitam o acesso a pessoas habilitadas, para
conservação das baterias.
c) O sistema de ventilação do compartimento deverá ser exclusivo para a sua ventilação, com capacidade para renovação constante de ar ambiente, numa média de 40 vezes em cada hora.
d) Se o teto do compartimento puder ficar em franca comunicação com o ar livre de atmosfera, através de
dutos diretos e exclusivos, poderá ser usada ventilação natural. Nesse caso, os dutos não poderão ter
inclinação maior ou igual 45o da vertical, e seus interiores deverão ser pintados com a mesma tinta
resistente à corrosão, empregada na pintura do interior do compartimento.
e) Não deverão ser localizados num compartimento de baterias, equipamentos de quaisquer tipos e para
quaisquer fins, desde que tais equipamentos sejam capazes de provocar arco ou centelhamento.
f) Se for necessário fazer qualquer abertura em convés ou antepara de um compartimento de baterias
para um fim qualquer diferente de ventilação, deverá ser feita uma selagem com o fim de evitar a fuga
de gases emanados das baterias, para compartimentos adjacentes ou conveses.
g) As baterias deverão ser instaladas em prateleiras gradeadas, devendo essas grades ser forradas com
chumbo, se suportarem baterias ácidas. Além disso, por baixo dessas grades, sob as baterias,
deverão ser colocadas bandejas de chumbo ou de madeira forrada com chumbo, a fim de aparar
qualquer gota ou derramamento de ácido. Se as prateleiras gradeadas suportarem baterias alcalinas,
as proteções ditas acima deverão ser feitas com chapas de aço, em vez de chumbo.
h) Se for realizável, as proteções mencionadas em g poderão ser substituídas (com exceção do que foi
dito para as prateleiras) por uma forração de chumbo ou aço, sobre todo o piso do compartimento,
fazendo-se também um rodapé de 20cm de altura em todas as anteparas. O forro deverá ser estanque, bem como sua junção com o rodapé.
i) A iluminação dos compartimentos não poderá ser feita por meio de lâmpadas descobertas e o controle
da iluminação deverá ser feito de compartimento adjacente.
j) Em local bem visível, deverá existir, com dizeres gravados ou escritos com tinta indelével, uma placa de
aviso, proibindo o fumo no interior do compartimento. Nesse aviso poderá constar, também, proibição
para uso de lâmpadas descobertas.
Todas as vezes que baterias tiverem de ser localizadas, por não haver outra solução, em caixas no
convés ou em compartimentos, tais caixas deverão satisfazer aos requisitos para os compartimentos,
no que lhes diz respeito, devendo ser, tal como os compartimentos, estanques à água.
As baterias empregadas a bordo deverão ser de fabricação segura, com suas placas bem resistentes,
prevendo-se um desprendimento mínimo de materiais ativos.
Os elementos das baterias deverão ser fabricados de modo a não haver possibilidade de transbordo de
eletrólito sob quaisquer condições de navegabilidade do navio. Esses elementos, ou suas cubas, devem
ser dispostos de modo a garantir-se acessibilidade a eles, pelos topos e por um dos lados, no mínimo.
Todas as baterias e elementos serão fixados nas suas prateleiras, de modo a não poderem sofrer deslocamentos com o jogo do navio. Se preciso for, deverão ser usados calços, isolados adequadamente,
para garantir a imobilidade das baterias. Sempre que forem empregadas baterias para partidas de motores Diesel principais, deverão ser empregados grupos de 2 baterias com suficiente capacidade combinada para satisfazer ao número de partidas exigidas pelo BC. Para esse caso, a instalação deve dispor de
meios para recarregamento das baterias.
Todas as baterias deverão ser protegidas contra correntes de curto-circuito, por meio de disjuntores ou
fusíveis em cada condutor isolado, e essas proteções deverão se localizadas em compartimento adjacente ao de baterias. Excetuam-se do que foi aqui prescrito, as baterias dos grupos de partida de
motores Diesel.
Se forem instalados resistores em série para o carregamento de baterias, usando-se a tensão de linha
do sistema, deverão ser instaladas proteções contra inversão de corrente, desde que a tensão empregada seja maior que 15% da tensão de linha.
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9.36 - FOGÕES, FORNOS E APARELHOS DE AQUECIMENTO
9.36.1 - Os fogões elétricos e outros aparelhos de cozinha instalados nos navios deverão satisfazer,
além das exigências do serviço a que são destinados, às exigências que se seguem:
a) Devem ser localizados longe de materiais inflamáveis de qualquer espécie.
b) Devem ser instalados de modo que, quando operando em suas mais altas temperaturas permissíveis,
não causem aquecimento demasiado ao convés onde estão apoiados, ou que lhes cobrem, nem de
antepara a eles próxima.
c) Todas as partes destinadas ao manuseio dos cozinheiros e ajudantes deverão ser de material não
condutor de eletricidade e de calor, não inflamável e não higroscópico.
d) Devem ser construídos de modo que os pontos a serem manipulados pelos cozinheiros e ajudantes
não ultrapassem a 50oC, em operação sob qualquer regime de trabalho.
e) As partes metálicas que não fiquem energizadas deverão ser ligadas à terra.
9.36.2 - Os aparelhos de aquecimento deverão satisfazer às exigências que se seguem:
a) Devem ser localizados longe de materiais inflamáveis de qualquer espécie, a uma distância mínima de
1,0 metro de beliches e cortinas.
b) Devem ser instalados, como os aparelhos de cozinha, de modo que, quando operando nas suas mais
altas temperaturas permissíveis, não causem aquecimento demasiado dos conveses ou das anteparas.
c) Devem ser construídos de modo que apresentem uma constituição mecânica forte.
d) Todas as partes destinadas à manipulação devem ser de material não condutor de eletricidade e de
calor, não inflamável, não higroscópico e não podendo ultrapassar 50o C, quando ativados sob qualquer regime de trabalho.
e) As partes metálicas que não fiquem energizadas devem ser ligadas à terra.
f) Somente com autorização do BC, nos compartimentos de grande cubagem poderão ser instalados
aquecedores elétricos que não sejam do tipo de convecção.
g) Se os aquecedores tiverem de ser localizados em locais onde possam ficar sujeitos a choques
mecânicos deverão ser do tipo blindado.
9.37 - COMUNICAÇÕES INTERIORES
Os circuitos de comunicações interiores poderão ser alimentados pelo sistema de força e luz do navio,
por conversores rotativos ou estáticos, por baterias ou por pilhas, usando tensões até 220V de corrente
contínua e 250V de corrente alternada.
Quando o circuito de comunicações interiores tiver alimentação com tensões superiores a 50V de corrente alternada ou 60V de corrente contínua, ou tenha alimentação de sistemas de força e luz, terá de ter
seus acessórios e proteções (desde o quadro de distribuição) de acordo com o que prescreve esta seção
para os circuitos de força e luz.
Da mesma maneira que para os circuitos de força e luz, os cabos dos circuitos de comunicações
interiores devem ser selecionados, atendendo-se à tensão nominal, à intensidade nominal e à queda de
tensão. Por outro lado, deverão ser instalados da mesma maneira que os cabos de força e luz, mas
devem ser independentes destes, a não ser que tanto uns como outros tenham forros metálicos.
Desde que os circuitos de comunicações interiores não tenham alimentação por pilhas, deverão ter
proteção contra sobrecarga e correntes de curto-circuito, em cada pólo isolado.
Todos os aparelhos de comunicações interiores, tais como telégrafos de máquinas, alarmes de incêndio
e alarmes das praças de máquinas, deverão ter, para suas indicações visuais e sonoras, características
de tal ordem que os identifiquem, clara e individualmente, uns dos outros e de ruídos gerais.
Os navios de passageiros deverão ser dotados de alarmes gerais para chamada dos passageiros para
atendimento dos postos de salvamento. Deverão ser instalados avisos nos camarotes e em passagens,
de modo que cada passageiro tenha pleno conhecimento das características desses alarmes.
Os controles de tais alarmes devem ser localizados no passadiço.
Todos os circuitos e aparelhos de comunicações interiores deverão ser projetados e construídos de
modo que satisfaçam às exigências desta seção, no que lhes são aplicáveis, devendo, por outro lado,
dispor de marcações que tornem fácil qualquer localização de efeitos, bem como a realização de quaisquer reparos, sem causar transtornos nos demais circuitos, ou, pelo menos, reduzindo-os a um mínimo.
As proteções que devem possuir, tanto os aparelhos como os circuitos, contra choques mecânicos,
umidade, etc.., devem ser selecionadas de acordo com a localização.
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9.38 - RETIFICADORES
Os retificadores semi-condutores ou simplesmente retificadores empregados nos navios poderão ser
dos tipos de cobre, de germânio ou de selênio, montados em bancadas e selecionados de acordo com
as condições de utilização.
Na associação de células retificadoras, estas serão ligadas em série, formando um elemento retificador,
montado numa bancada que, por sua vez, será instalada no equipamento, de tal modo que, sendo
necessária sua remoção, não seja necessária a desmontagem de todo o equipamento.
As características dos retificadores deverão ser tais, que, normalmente, estejam submetidos às temperaturas máximas de 45, 65 e 70oC para as células retificadoras de cobre, germânio e selênio, respectivamente, sob a temperatura ambiente de 45oC. Além disso, conforme o caso, os retificadores devem
possuir meios para proteção contra uma elevação de tensão de corrente contínua devida a uma alimentação restabelecida. Se os retificadores forem de germânio ou de selênio, ainda se exigirá que eles
sejam capazes de suportar elevações de tensão muito altas, esporádicas e transitórias, com origem no
sistema do navio.
Todas as células retificadoras deverão ter resfriamento, tanto por circulação natural de ar como forçada.
Contudo, no caso de resfriamento por circulação forçada, a bancada deve ser construída de tal modo que
o retificador não permaneça alimentado, se cessar o resfriamento efetivo.
O resfriamento também poderá ser por imersão em óleo, sendo este resfriado, por sua vez, por meio de
circulação de água ou ar.
Os retificadores não deverão ser instalados perto de aquecedores, tubulações de vapor, ou qualquer fonte
de calor irradiante. Todavia, se for necessário fazer uma instalação nessas condições, deverão ser isolados suficientemente, para que sejam respeitados os limites de elevação de temperatura. Não se deve
usar produtos básicos de mercúrio nas proximidades de retificadores de selênio.
9.39 - APARELHOS DE CONTROLE
Todos os motores elétricos deverão ser dotados de controladores, que lhes dêem meios eficazes de
partida e parada, bem como de aceleração, quando for o caso.
Os controladores deverão estar instalados em lugar acessível e de fácil manuseio pelo condutor.
Os controladores dos motores deverão ser construídos de modo que atendam aos seguintes requisitos:
a) Elevação máxima de temperatura.
1- Contatos - 60oC; se forem de prata, 75oC;
2- Condutores nus - 45oC;
3- Conexões - 45oC;
4- Resistores - 400oC;
5- Bobinas - com isolamento da classe A- 60oC;
Bobinas - com isolamento da classe E- 75oC;
Bobinas - com isolamento da classe B- 90oC;
6- Os núcleos de ferro terão, como limites máximos de temperatura, os mesmos das bobinas. Todavia, se os núcleos não tiverem contato com as bobinas, poderão ter elevações de temperatura de
modo a não serem afetadas as partes a eles adjacentes. A mesma observação se aplica às
demais partes dos controladores.
b) Os controladores deverão ser construídos de modo que os motores de que são acessórios não partam
indevidamente, se tiverem sido parados por queda de tensão.
c) Os controladores disporão de meios para travamento na posição de desligado;
d) Os fusíveis existentes deverão estar instalados de modo que possam ser substituídos, fácil e seguramente;
e) Com exceção dos motores de máquinas de leme, os motores deverão ter meios para ficarem
desalimentados quando ocorrerem correntes excessivas devido a sobrecargas mecânicas;
f) Se os controladores pertencerem a motores de corrente alternada trifásica, disporão de meios eficazes
para evitar o funcionamento monofásico; e
g) Os controladores deverão ser construídos de modo que os circuitos de campo shunt não sejam
desconectados sem uma descarga adequada. Os controladores fabricados com “starters” para mais
de um motor, devem ter proteções para baixas tensões e correntes excessivas, de tal modo que não
sejam deficientes em relação aos controladores individuais. Se os controladores pertencerem a
utilizadores vitais, disporão de meios que permitam, fácil e rapidamente, a para a alimentação de
reserva ou de emergência.
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9.40 - ACESSÓRIOS
Todos os acessórios das instalações elétricas dos navios serão fabricados obedecendo ao que, no que
lhes concerne, prescreve esta Regra, para os equipamentos, de uma maneira geral.
Obedecerão, também, às regras aqui mencionadas:
Todos os envoltórios dos aparelhos e acessórios serão de metal (latão, ferro fundido, aço) ou de material
não propagador de chama e isolante. Se forem de metal, terão que possuir um revestimento de material
isolante, não propagador de chama e que os proteja da corrosão.
Os envoltórios, caixas ou carcaças deverão ser fabricados de modo que dêem aos equipamentos a
proteção no grau exigido. Porém, se nenhuma proteção for exigida, os envoltórios deverão dar uma
proteção mínima contra a umidade. Por outro lado, permitirão, de maneira fácil e rápida, meios para
inspeção e limpeza, e serão fabricados de modo que não permitam acúmulo de poeira.
A fabricação dos acessórios deverá prever uma montagem e instalação no sistema, de tal modo que não
possa haver esforço mecânico nos terminais, desde que não sejam os previstos e considerados como
normais.
Nos conveses expostos ao tempo ou em compartimentos onde a umidade seja de valor absoluto muito
grande, tais como praças de máquinas, cozinhas e lavanderias, os punhos e tomadas deverão ser
instalados, de tal modo que não permitam a penetração de água, isto é, devem ter proteção contra
respingos, borrifamentos e jatos d’água.
Essa proteção deve persistir sempre que, por qualquer motivo, um punho for retirado de uma tomada.
As tomadas de corrente nominal de 15A e acima, deverão ser dotadas de uma chave interruptora com
travamento, isto é, com um dispositivo que impeça a retirada do punho, quando a chave estiver na
posição de ligada.
Os punhos e tomadas terão, como limites máximo de temperatura, 30oC acima da temperatura ambiente.
Os interruptores ou comutadores de lâmpadas de iluminação deverão ser fabricados de material não
propagador de chamas e não poderão ser instalados em lugares sujeitos à possibilidade, mesmo remota, de acúmulo de gases inflamáveis.
9.41 - EXIGÊNCIAS ESPECIAIS PARA BALSAS-TANQUE
São, para os efeitos desta Regra, considerados como navios-tanque, os navios destinados ao transporte
de gasolina, álcool, óleos ou quaisquer líquidos de ponto de inflamação igual ou inferior a 65°C. Para as
balsas-tanque, somente serão adotados os sistemas de distribuição a dois fios, isolados de terra, para
corrente contínua ou alternada monofásica e, a três fios, isolados de terra, para corrente alternada
trifásica.
Nenhuma parte energizada do sistema poderá ter ligação à terra, salvo as ligações feitas através de
capacitadores ou indicadores de terra, empregados na eliminação de interferência.
Não poderão ser instalados geradores de corrente contínua, alternadores e quadros principais, fora das
praças de máquinas, a não ser em compartimentos separados dos tanques por espaços vazios ou
coferdantes. Nesse caso, os compartimentos deverão ter ventilação eficaz.
Nos navios-tanque, não serão instalados equipamentos elétricos de qualquer natureza nos tanques e
nos compartimentos vazios ou coferdames que separem tanques de carga, ou separem tanques de
carga de outros compartimentos, nas praças de bombas de carga, ou quaisquer outros compartimentos
fechados, adjacentes aos tanques de carga ou nos compartimentos onde possa haver acúmulo de
gases.Só poderão ser instalados, nos conveses ou cobertas, equipamentos elétricos de qualquer natureza, a 3 metros ou mais, de respingos ou dportas de visita ou de inspeção, ou de qualquer outra abertura
de um tanque de carga.
Para o que é prescrito no item acima, o BC poderá autorizar instalações de equipamentos elétricos a
menos de 3 metros, se forem satisfeitas as condições abaixo:
a) For imprescindível, tecnicamente;
b) O equipamento for construído de material anti-detonante (antideflagrante); e
c) O equipamento for à prova de chama ou de explosão.
Nos compartimentos adjacentes e acima dos tanques de carga, não poderão ser instalados outros
dispositivos que não os de iluminação construídos de materiais à prova de chamas, devendo seus controles ser instalados em locais seguros, dispondo de chaves com manobra local ou à distância. Esses
compartimentos deverão ser ventilados, com renovação de todo ar na base de 40 vezes, por hora.
Os acessórios do sistema de iluminação dos compartimentos mencionados no item anterior podem ser
instalados entre conveses adjacentes e acima dos tanques de carga, se houver entre o tanque e o
convés uma separação por espaço vazio ou coferdam, havendo estanqueidade a gás. Os planos da
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instalação aqui mencionados terão de ser aprovados pelo BC.
Quando os cabos elétricos estiverem contidos em dutos, estes não poderão provocar roçaduras nos
cabos. O mesmo se aplica a qualquer suporte de cabo elétrico, a entradas de caixas de junção ou a
quaisquer ligações dos cabos.
Por outro lado, as ligações dos cabos, onde quer que seja, devem ser projetadas de modo que numa
desmontagem ou substituição não possa haver avaria de qualquer espécie nos cabos.
Equipamentos de sondagem de odômetros de fundo (pirômetros), devem ser instalados em compartimentos separados dos tanques de carga por espaços vazios ou coferdames, possuindo tais compartimentos estanqueidade ao ar e gases. Esses compartimentos deverão ser localizados por ante-a-vante
dos tanques de carga.
Os compartimentos de bombas obedecerão às exigências que se seguem:
a) Devem ser subdivididos por anteparas estanques aos gases, no caso de possuírem bombas acionadas
por motores elétricos, ficando as bombas em subdivisão distinta da dos motores. Esta subdivisão dos
compartimentos também poderá ser feita por um convés estanque. Em ambos os casos deverão
existir acoplamentos adequados das bombas e de suas máquinas motrizes, submetidos à aprovação
do BC, devendo ser mantida a estanqueidade entre as duas subdivisões dos compartimentos;
b) Os acessórios ou equipamentos adicionais dos motores elétricos acionadores de bombas serão
instalados na mesma subdivisão estanque onde estiverem localizados os motores;
c) As iluminações dos compartimentos de bombas se fará por meio de lâmpadas nas anteparas ou
tetos, separadas do compartimento por vidros estanques ao gás, de grande resistência;
d) Todos os acessórios de iluminação deverão ser à prova de chama;
e) A iluminação deverá ser projetada de modo que cada ponto de iluminação seja alimentado por dois
circuitosdistintos, com cabos blindados, com forração mineral, ou com cabos armados, com forração
de chumbo ou ainda através de dutos estanques aos gases. De qualquer maneira, os cabos estarão
tão afastados quanto possível das anteparas mais próximas ao tanque de carga mais próximo. Por
outro lado, a iluminação terá controle remoto, de outros compartimentos ou de outros conveses, e o
controle disporá de chaves com fusíveis nos dois pólos. O reparo de um sub-ramal alimentador de um
ponto de iluminação terá de ser feito de modo que o outro sub-ramal continue energizado, provendo
alimentação para a iluminação do compartimento;
f) Só poderão ser usadas lâmpadas portáteis de tipo aprovado e testado pelo BC;
g) Não serão instaladas caixas de junção, de seção, etc., nos compartimentos de bombas;
h) Todo acessório elétrico autorizado pelo BC, para instalação em compartimentos de bombas, terá um
certificado gravado no envoltório ou em plaqueta a ele presa, ou presa em local adjacente, com o
seguinte dizer: “Autorizado para uso em compartimento de bombas”. Todos os espaços fechados,
adjacentes aos tanques de carga, terão iluminação igual à dos compartimentos de bombas. Todas as
carcaças e envoltórios de todos os equipamentos elétricos, instalados em navios-tanque, serão de
metal e, sempre que possível, revestidos de material isolante, não inflamável e não higroscópico. Nos
casos de iluminação e seus acessórios, admite-se a substituição do metal por material não inflamável, mediante aprovação do BC. Por outro lado, a fabricação dos equipamentos elétricos será feita de
modo que lhes dê uma estrutura de metal e mecanicamente robusta. Todos os casos não previstos
nesta Regra terão de ter aprovação do BC, para o que deverão ser remetidos planos com detalhes,
incluindo especificações de segurança.
9.42 - EXIGÊNCIAS ESPECIAIS PARA EMBARCAÇÕES DE PASSAGEIROS
As embarcações de passageiros deverão ter suas instalações elétricas projetadas de modo que fique
garantida a segurança, o funcionamento e o rendimento da instalação.
A instalação elétrica de uma embarcação de passageiros será feita com distribuição por dois quadros
principais, de modo que a embarcação mantenha sua operação eficaz, com todas as manobras possíveis com alimentação por um dos quadros, independentemente do outro. Se, todavia, o tipo de embarcação considerando-se suas dimensões, não suportar a instalação de dois quadros, a distribuição poderá
ser feita apenas por um, devendo esse único quadro ser dividido em duas partes, de modo que os
equipamentos sejam alimentados alternadamente por uma ou por outra parte, mantendo a manobra
completa e eficaz da embarcação.
Os geradores de emergência devem ter partida automática. Para isso, suas máquinas motrizes terão
motores de arranque de partida automática, com queda ou falha de tensão no sistema principal, dispondo, também, de partida manual. As máquinas motrizes serão constituídas de motores Diesel que
disporão de baterias próprias para partida de seus motores de arranque.
Se forem usados grupos de baterias de socorro, serão instalados dispositivos automáticos que permiti-
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rão às baterias alimentarem os circuitos de socorro no caso de falta de alimentação principal.
Os motores Diesel dos geradores de emergência e dos geradores de socorro terão um tanque próprio de
combustível.
O BC faculta-se ao direito de exigir outros detalhes de segurança não previstos nessas Regras.
9.43 - PROVAS DAS MÁQUINAS ELÉTRICAS ROTATIVAS
Os motores e geradores elétricos deverão ser submetidos aos testes abaixo mencionados, de preferência ainda nos respectivos fabricantes.
9.43.1 - Prova de Aquecimento - Nesta prova, as máquinas elétricas devem funcionar com suas respectivas cargas nominais, durante um período de tempo suficientemente longo para que seja alcançado o
equilíbrio térmico da máquina, no qual a temperatura da máquina se estabilizará ou subirá no máximo de
1 grau por hora. Esta temperatura de equilíbrio deve ser menor que a temperatura máxima permissível
para funcionamento do equipamento em causa.
9.43.2- Prova de Funcionamento - Durante a prova de funcionamento serão aplicadas as sobrecargas
abaixo indicadas e serão observados os comportamentos das máquinas elétricas testadas, não devendo
elas apresentar avarias ou deformações nas bobinas, nem grandes variações nas tensões e freqüências
nominais. Os geradores e motores que se destinam a serviço contínuo deverão suportar as seguintes
sobrecargas de corrente:
a) Geradores - Deverão suportar uma sobrecarga de 50%, durante um minuto, e uma sobrecarga contínua de 25%, durante um intervalo de tempo de: Uma hora, para geradores de 7,5 KW ou mais. Meia
hora, para geradores de 3 a 7,5 KW. Quinze minutos, para geradores com menos de 3 KW.
b) Motores - Deverão suportar uma sobrecarga de 50%, durante um minuto, e uma sobrecarga contínua
de 25%, durante um intervalo de tempo de: Uma hora, para motores de 10 HP ou mais. Meia hora,
para motores de 3 a 10 HP. Quinze minutos, para motores de menos de 3 HP. Não se aplicam
sobrecargas contínuas nas máquinas elétricas totalmente fechadas e nas que se destinam a serviços
de curta duração. Os comutadores com um ângulo fixo de calagem nas escovas devem funcionar
satisfatoriamente com uma sobrecarga de 20%, durante uma hora.
9.43.3 - Prova de Dielétrico - Nesta prova se aplicará às máquinas elétricas rotativas novas, depois da
prova de aquecimento, uma alta tensão alternada de freqüência compreendida entre 25 e 100 ciclos; esta
tensão será aplicada de forma progressiva até atingir o valor indicado a seguir, o qual deverá ser aplicado,
durante um minuto, entre cada enrolamento e a massa a que estão ligados os demais enrolamentos que
não estão em prova.
a) Máquina de potência menor que 3HP, KW ou KVA: se aplicará uma tensão nominal, num mínimo de
2 000V.
b) Máquina de potência superior a 3HP, KW ou KVA: se aplicará uma tensão de 1 000V + o dobro da
tensão nominal, num mínimo de 2 000V.
c) Enrolamentos de excitação e enrolamentos de excitatrizes dos geradores síncronos: se aplicará uma
tensão nominal, num mínimo de 1 500V e num máximo de 3 500V.
d) Enrolamentos de excitação dos motores síncronos e comutatrizes que arrancam como motores
assíncronos: se aplicará uma tensão de 10 vezes a tensão de excitação, num mínimo de 1 500V e
num máximo de 3 500V, quando o circuito indutor for aberto, com Y dividido; no caso do Y não ser
dividido, se aplicará uma tensão de 500 volts, quando a voltagem de excitação for de até 275 volts, e
uma tensão 8 000 volts, quando a voltagem de excitação for maior que 275V.
9.43.4 - Prova de Isolamento - Será feita com a máquina em sua temperatura normal de funcionamento,
de preferência depois da prova dielétrica. Durante a prova, se aplicará à máquina uma corrente contínua
de 500 volts. A resistência do isolamento não será menor que: Tensão Nominal / 1000 megohms
9.43.5 - Provas Abreviadas - Quando há máquinas em duplicatas, se estas forem de menos de 50KW ou
HP podem ser feitas provas abreviadas, fazendo-se apenas uma prova de funcionamento sem carga,
para observar-se o comportamento, tanto mecânico como elétrico, da máquina, e, em seguida, será feita
a prova de dielétrico e a de resistência de isolamento.
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9.44 - PROVA DE MÁQUINAS ELÉTRICAS ESTÁTICAS
As máquinas elétricas estáticas, tais como as máquinas elétricas rotativas, serão submetidas, ainda no
fabricante, na presença de um inspetor do BC, aos seguintes testes:
9.44.1 - Prova de Aquecimento - Nesta prova, as máquinas elétricas estáticas devem funcionar com as
suas respectivas cargas nominais, durante um período de tempo suficientemente longo para que seja
atingido o equilíbrio térmico, no qual a temperatura da máquina se estabilizará ou não variará mais de 10o
C, em um intervalo de tempo de 1 (uma) hora.
Esta temperatura de equilíbrio não deverá ser superior aos valores limites na tabela que se segue:
Aumento médio de temperatura em °C, medido pela variação de resistência
dos enrolamentos, conectados entre os bornes
Tipo
Seco
Submerso em Óleo
Circulação de óleo
Resfriado
Classe do Isolante
A
B
-
Ar
50oC
70oC
Natural
Ar
55oC
-
Forçada
Ar
60oC
-
Forçada
Ar
65oC
-
Para os tipos submersos em óleo, temos um aumento de temperatura de 45o C, por termômetro.
O aquecimento medido com termômetro, na superfície externa não deve ser maior que o aquecimento
permitido para os adjacentes.
Os limites de aumento de temperatura, dados na tabela anterior, são aumentos de temperatura sobre as
temperaturas do ar, para os resfriados a ar, e sobre a temperatura da água, para os resfriados a água;
considera-se como sendo as temperaturas nominais de ar e da água, 45oC e 30oC, respectivamente.
9.44.2 - Prova de Dielétrico - Nesta prova se aplicarão às máquinas elétricas estáticas, de preferência
logo depois da prova de aquecimento, uma alta tensão alternada, de freqüência compreendida entre 25 e
100 ciclos. Deve-se, porém, quando possível tomar a freqüência de serviço do transformador.
O valor da tensão de prova será de 1000 + 2 x Tensão de regime, entre condutores. A tensão de prova
será aplicada, durante um minuto, entre o enrolamento em prova e os outros enrolamentos ligados entre
si e à cuba ou enrolamento do transportador que será ligado à terra.
9.44.3 - Prova de Tensão Induzida - Nesta prova, será utilizada uma fonte exterior de tensão, com um
valor igual ao dobro da tensão nominal com o mesmo número de fases que o transformador em prova e
com uma freqüência, também o dobro da freqüência nominal, a fim de não sobrepassar a indução usual.
Esta prova proporciona testar o isolamento entre um enrolamento separado e os pares adjacentes, bem
como o isolamento entre espirais e bobinas.
Aplica-se alta tensão, durante um minuto. Se, porém, o valor da freqüência da fonte exterior for maior que
o dobro da freqüência nominal, a duração da prova, em segundos, será:
60 x (2 x freqüência nominal / freqüência de prova),
com uma duração mínima de 15 segundos.
9.45 - PROVAS DOS QUADROS ELÉTRICOS
Os quadros elétricos, ainda no fabricante, serão submetidos às provas dielétricas de todos os seus
circuitos e de resistência de isolamento.
9.45.1 - Prova Dielérica - Todos os circuitos de um quadro elétrico devem ser submetidos, nesta prova, a
uma alta tensão de freqüência compreendida entre 25 a 100 ciclos, cujo valor é de 100 volts + 2 x
voltagem nominal.
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A alta tensão, com o valor acima especificado será aplicada, durante um intervalo de tempo de 1 minuto,
entre cada um dos pólos de um circuito e o conjunto dos demais pólos deste circuito; entre todos os
outros pólos dos demais pólos deste circuito, e entre todos os outros pólos dos demais circuitos, unidos
entre si e a massa.
Durante a prova, estarão ligados todos os aparelhos de corte e proteção e desligados os aparelhos de
medida.
Quando a tensão nominal for de 50 volts ou menos, se aplicará uma alta tensão de 450 volts.
9.45.2 - Prova de Resistência de Isolamento - Esta prova será feita logo em seguida à prova dielétrica.
Ela será feita com as proteções automáticas e interruptores abertos; aparelhos de medida e lâmpadaspiloto, desmontados.
Nessa prova, será aplicada uma corrente contínua de 500 volts e se medirá a resistência de isolamento
entre cada barra isolada e a terra, bem como entre cada barra isolada e a barra conectada ao outro pólo
ou pólos.
As resistências de isolamento encontradas não devem ser inferiores a um megohm.
9.46 - PROVA DOS CABOS ELÉTRICOS
Os cabos elétricos devem ser submetidos, ainda nas oficinas do fabricante, às provas que se seguem na
presença de um inspetor do BC, toda vez que for julgado conveniente.
9.46.1 - Prova de Dielétrico - Nesta prova, que será feita em todo o comprimento do cabo, será aplicada,
na temperatura ambiente, uma tensão alternada de freqüência compreendida entre 25 e 100 ciclos,
durante quinze minutos, entre o fio e a água na qual o condutor deve estar mergulhado, pelo menos, uma
hora antes da prova.
Uma exceção é feita aos cabos com forro metálico, que necessitam ser submersos. Neste caso a
tensão é aplicada entre os condutores. O valor da tensão de prova tira-se da tabela que se segue:
Tensão Nominal
Tensão da Prova
250 V
1 500 V
660 V
3 000 V
1 100 V
3 500 V
3 300 V
10 000 V
6 600 V
16 000 V
Se for necessário usar na prova uma tensão contínua em vez de alternada, os valores de tensão de prova
dados acima devem ser duplicados.
9.46.2 - Medida de Resistência de Isolamento - Em seguida à prova de rigidez elétrica, deve ser feita em
todos os cabos elétricos uma prova de medida de resistência de isolamento.
Nesta prova, será aplicada ao cabo uma tensão contínua de 500 volts, da mesma forma como foi aplicada na prova anterior, durante um intervalo de tempo não menor que um minuto e, em seguida, será feita
a medida de resistência de isolamento entre os fios dos vários condutores e a água na qual estão
submersos ou a armação metálica, no caso de cabos com forro metálico.
No caso de cabos com isolamento termoplástico, a tensão deve ser aplicada, no mínimo, durante 5
minutos para obter-se melhores resultados. Os valores da resistência de isolamento encontrados devem
estar de acordo com a tabela que se segue:
Temperatura
Fator
Temperatura
Fator
10
0.77
16
1.02
11
0.81
17
1.06
12
0.85
18
1.11
13
0.89
19
1.17
14
0.94
20
1.23
15
0.97
21
1.29
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De acordo com a temperatura da água em que foi submerso o cabo durante a prova, a qual deve estar
compreendida entre 10 e 20oC, aplica-se à resistência de isolamento encontrada uma correção para
corrigi-la para a temperatura padrão de 15,6oC.
As provas dos elementos constituintes dos cabos elétricos obedecerão às normas da ABNT.
9.47 - TESTES FINAIS
Independentemente dos testes já citados, e que devem ser feitos nas oficinas dos fabricantes, toda
instalação elétrica nova ou reformada deve ser testada, cuidadosamente, pelo inspetor do BC, antes de
ser posta em operação.
O inspetor medirá a resistência de isolamento dos diferentes circuitos e equipamentos, aplicando uma
tensão de corrente contínua de 500 volts, e devem ser encontrados valores compatíveis com os dados
que se seguem.
9.47.1 - Circuito de Luz e Força - Cada circuito deve ter uma resistência de isolamento entre cada
condutor e a terra de, não menos que:
Cargas até :
5 amperes,
aterramento de :
2 megohms
Cargas até :
10 amperes,
aterramento de :
1 megohms
Cargas até :
25 amperes,
aterramento de :
0.4 megohms
Cargas até :
50 amperes,
aterramento de :
0.25 megohms
Cargas até :
100 amperes,
aterramento de :
0.1 megohms
Cargas até :
200 amperes,
aterramento de :
0.05 megohms
Cargas de mais de :
200 amperes,
aterramento de :
0.025 megohms
Se necessário para obter resistência desejada, cada um dos dispositivos ligados pode ser desligado,
subdividindo-se a instalação para a prova.
9.47.2 - Circuitos de Comunicações Interiores
a) Resistência de Isolamento - Nos circuitos com 115 volts ou mais, a resistência de isolamento encontrada entre condutores ou entre cada condutor e a terra, não deve ser menor que 1 (um) megohm. Nos
circuitos com menos de 115 volts, a resistência de isolamento encontrada entre condutores ou entre
cada condutor e a terra, deve ser, no mínimo, de 1/3 de megohm. Se necessário, pode-se, igualmente,
sub-dividir a instalação para obter-se a resistência de isolamento desejada.
b) Grupos geradores - Deve ser testada a operação do dispositivo para evitar velocidade excessiva, do
regulador de velocidade do motor, dos dispositivos sincronizadores, desconectador de inversão de
corrente ou de inversão de potência e de sobrecarga e todos os outros dispositivos de segurança.
Cada grupo gerador deve ser posto em funcionamento e mantido em sua carga nominal até que seja
alcançada uma temperatura de equilíbrio, na qual a temperatura do gerador se mantém constante ou
varia, no máximo, de 1oC em uma hora. Esta temperatura de equilíbrio deve ser menor que a temperatura máxima permissível para o gerador em uso. O gerador deve funcionar continuamente, pelo menos, durante 4 horas. Em seguida, mede-se a resistência de isolamento do gerador, não sendo
aceitável um valor menor que: Tensão nominal / 1000 megohms. Deve ser observado, igualmente, o
funcionamento em paralelo dos geradores e a repartição da carga.
c) Motores - Todos os motores, com seus equipamentos de controle associados, devem ser postos em
funcionamento em condições normais de operação, durante um espaço de tempo suficiente, que
permita que se verifique o alinhamento correto, instalação, capacidade, velocidade, sentido de rotação
e temperatura de funcionamento, a qual não deve ser maior que a máxima permissível para o motor em
causa. Em seguida, será medida a resistência de isolamento do motor, a qual não deve ser menor
que: Tensão nominal / 1000 megohms. Motores que acionam bombas, ventiladores e cargas semelhantes, devem ser postos em funcionamento em condições as mais próximas possíveis das condições de funcionamento individuais. Motores para guinchos de carga devem ser testados levantando e
abaixando suas cargas especificadas. Circuito de iluminação - Devem ser testados todos os circuitos
de iluminação, para que se verifique que todas as tomadas e outros dispositivos para a iluminação
estão em perfeitas condições. Deve igualmente ser testado o sistema de iluminação de emergência.
d) Sistema de comunicações - Todos os sistemas de comunicações devem ser testados cuidadosamente para que verificadas suas perfeitas condições de funcionamento. Especial cuidado deve ser dado
aos sistemas vitais, elétricos ou mecânicos.
e) Prova de terra em cabos armados - Quando usamos cabos armados ou forrados de chumbo, o forro
metálico deve estar convenientemente ligado à terra, devendo esta ligação ser verificada por vistoriador
do BC.
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f) Utilizadores essenciais - Deverão ser testados, durante um tempo suficiente para comprovação de
suas características, sob todas as condições de serviço, incluindo seus acessórios de controle e
segurança.
g) Gerais - Deverão ser verificadas as temperaturas, sob os diversos regimes de carga ou de serviço, das
junções, conexões, disjuntores fusíveis, bem como a continuidade dos condutores de ligação com a
terra, quando for o caso.
h) Queda da tensão - A fim de comprovar as quedas de tensão exigidas por estas Regras, devem ser
medidas as quedas de tensões impostas pelos cabos, resistores, aparelhos etc.
9.48 - SOBRESSALENTES
A relação de sobressalentes deve estar de acordo com o prescrito pelo fabricante.
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Tabela 9.1
Área e diâmetros para fios de cobre
AWG
mm
107.2
85.03
67.43
53.48
42.41
33.63
26.67
21.15
16.77
13.30
10.55
8.366
6.634
5.261
4.172
3.309
2.624
2.081
1.650
1.309
1.038
0.8231
0.6527
0.5176
0.4105
0.3255
0.2582
0.2047
0.1624
0.1288
0.1021
0.08098
0.06422
0.05093
0.04039
0.03203
0.02540
0.02014
0.01597
0.01267
0.01005
0.007967
0.006318
0.005010
2
0000
000
00
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
ÁREA
Circular Mils
211.600.000
167.800.000
133.100.000
105.500.000
83.694.000
66.370.000
52.630.000
41.740.000
33.100.000
26.250.000
20.820.000
16.510.000
13.090.000
10.380.000
8.230.000
6.530.000
5.170.000
4.107.000
3.257.000
2.583.000
2.048.000
1.624.000
1.288.000
1.022.000
810.000
642.400
509.500
404.000
320.400
254.100
201.500
159.800
126.700
100.500
79.700
63.210
50.130
39.750
31.520
25.000
19.830
15.720
12.470
9.888
DIÂMETRO NOMINAL
mm
polegada
11.68
0.46
10.40
0.409
9.266
0.3648
8.252
0.3249
7.348
0.2896
6.544
0.2570
5.827
0.2291
5.189
0.2043
4.621
0.1819
4.115
0.162
3.665
0.1443
3.264
0.1286
2.906
0.1144
2.588
0.1019
2.305
0.09074
2.053
0.08081
1.828
0.07190
1.628
0.06488
1.450
0.0570
1.291
0.050
1.150
0.04526
1.024
0.04030
0.9116
0.03589
0.8118
0.03196
0.7230
0.02846
0.6438
0.02535
0.5733
0.02257
0.5106
0.02010
0.4547
0.01790
0.4049
0.01594
0.3606
0.01420
0.3211
0.01264
0.2859
0.01126
0.2546
0.01003
0.2268
0.00892
0.2019
0.00795
0.1798
0.00708
0.1601
0.00630
0.1426
0.00561
0.1270
0.005
0.1131
0.00445
0.1007
0.00396
0.08969
0.00353
0.07987
0.00314
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Tabela 9.2
Correntes nominais para condutores, no ar livre
(em Amperes, para a temperatura de 30 oC)
AWG
14
12
10
8
6
4
3
2
1
0
00
000
0000
250
300
350
400
500
600
700
750
800
900
1000
1250
1500
1750
2000
40
45
50
55
60
70
75
80
90
100
120
140
R, RW, RU,
T, TW
20
25
40
55
80
105
120
140
165
195
225
260
300
340
375
420
455
515
575
630
655
680
730
780
890
980
1070
1155
0.82
0.71
0.58
0.41
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
RH
20
25
40
65
95
125
145
170
195
230
265
310
360
405
445
505
545
620
690
755
785
815
870
935
1065
1175
1280
1385
0.88
0.82
0.75
0.67
0.58
0.35
.....
.....
.....
.....
.....
.....
CABOS COM ISOLAMENTO DE :
TA, V, AVB AVA, AVL
AI, AIA
30
40
55
70
100
135
155
180
210
245
285
330
385
425
480
530
575
660
740
815
845
880
940
1000
1130
1260
1370
1470
0.90
0.85
0.80
0.74
0.67
0.52
0.43
0.30
.....
.....
.....
.....
40
50
65
85
120
160
180
210
245
285
330
385
445
495
555
610
665
765
855
940
980
1020
.....
1165
.....
1450
.....
1715
0.94
0.90
0.87
0.83
0.79
0.71
0.66
0.61
0.50
.....
.....
.....
40
50
70
90
125
170
195
225
265
305
355
410
475
530
590
655
710
815
910
1005
1045
1085
.....
1240
.....
.....
.....
.....
0.95
0.92
0.89
0.86
0.83
0.76
0.72
0.69
0.61
0.51
.....
.....
A, AA
45
55
75
100
135
180
210
240
280
325
370
430
510
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
0.91
0.87
0.86
0.84
0.80
0.77
0.69
0.59
SB, WP,
SPW
30
40
55
70
100
130
150
175
205
235
275
320
370
410
460
510
555
630
710
780
810
845
905
965
....
1215
.....
1405
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
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Tabela 9.3
Correntes nominais para cabos com 3 (três) condutores, no máximo
(em Amperes, para a temperatura ambiente de 30oC)
AWG
14
12
10
8
6
4
3
2
1
0
00
000
0000
250
300
350
400
500
600
700
750
800
900
1000
1250
1500
1750
2000
40
45
50
55
60
70
75
80
90
100
120
140
R, RW, RU,
T, TW
15
20
30
40
55
70
80
95
110
125
145
165
195
215
240
260
280
320
355
285
400
410
435
455
495
520
545
560
0.82
0.71
0.58
0.41
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
RH
15
20
30
45
65
85
100
115
130
150
175
200
230
255
285
310
335
380
420
460
475
490
520
545
590
625
650
665
0.88
0.82
0.75
0.67
0.58
0.35
.....
.....
.....
.....
.....
.....
CABOS COM ISOLAMENTO DE
Papel, TA,
AVA, AVL
V, AVB
25
30
30
35
40
45
50
60
70
80
90
105
105
120
120
135
140
160
155
190
185
215
210
245
235
275
270
315
300
345
325
390
360
420
405
470
455
525
490
560
500
580
515
600
555
.....
585
680
645
.....
700
785
735
.....
775
840
0.90
0.94
0.85
0.90
0.80
0.87
0.74
0.83
0.67
0.79
0.52
0.71
0.43
0.66
0.30
0.61
.....
0.50
.....
.....
.....
.....
.....
.....
AI, AIA
A, AA
30
40
50
65
85
115
130
145
170
200
230
265
310
335
380
420
450
500
545
606
620
640
.....
730
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
0.91
0.87
0.86
0.84
0.80
0.77
0.69
0.59
30
40
55
70
95
120
145
165
190
225
250
285
340
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
....
.....
.....
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Tabela 9.4
Tipos de isolamentos usados nas Tabelas 9.2 e 9.3
Nome Comercial
Code ( Código )
Sigla
R
Isolamento
Borracha
Encapamento
Resistente à umidade
Aplicações
Uso geral
não propagador de chama,
encapamento fibroso
Resistente à umidade
RW
Borracha resistente
Como R
à umidade
Resistente ao Calor
RH
Borracha resistente
úmidos
Como R
ao calor
Isolamento de látex
RU
Borracha 90% pulverizada
Uso Geral
Como R
sem granulagem
Isolamento
T
termoplástico
Termoplástico
Composto Termoplastico não
Resistente à umidade
Termoplastico resistente à
Sem encapamento
Uso geral dos nos.
Sem encapamento
Uso Geral e em locais
14 a 0000 AWG
umidade e a propagação
úmidos dos nos.
de chama
Termoplástico e amianto
TA
Termoplástico e amianto
Cambraia envernizada
V
Cambraia envernizada
Uso geral (de preferência
em construções civis)
propagador de chama
TW
Uso geral em locais
14 a 0000 AWG
Cadarço de algodão não
Nos quadros elétricos
propagador de chama
somente
Encapamento fibroso em
Locais secos a não ser
forro de chumbo
os de forro de chumbo.
Menores que no.
6 AWG só com
permissão especial
Cambraia envernizada
AVA
Amianto impregnado e
AVA cadarço de amianto.
- Locais secos somente
e amianto
AVL
cambraia envernizada
AVL cadarço de amianto
- Locais úmidos.
com forro de chumbo
Amianto e cambraia
AVB
envernizada
Amianto impregnado e
Cadarço de algodão
cambraia envernizada
resistente à propagação
Locais secos somente
de chama (quadros elétricos)
Amianto
A
Amianto
Sem cadarço de amianto
Locais secos somente p/
aparelhos de tensão
nominal de 300V
Amianto
AA
Amianto
Com cadarço de amianto
Para fios exteriores,
Amianto
AI
Amianto impregnado
Sem cadarço de amianto
Como em A
Amianto
AIA
Amianto impregnado
Com cadarço de amianto
Como em AA
Queima lenta
SB
três cadarços impregnados
Capa externa com acabamento P/uso somente em local
de fio de algodão, retarda
liso e duro
da igual a A
onde a temperatura
ambiente exceda os valores
permitidos p/ condutores
de encapamento de
borracha ou cambraia
envernizada
Queima lenta
Resistente a variações
de temperatura
SBW
WP
Duas camadas impregnadas
Cobertura externa
P/ uso somente em locais
de fio de algodão
retardadora de fogo
secos e fiação exterior
No mínimo 3 camadas
Pode ser usado para fração
de cadarços de algodão
interior somente com
impregnado ou equivalente
permissão especial
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ELÉTRICAS ............................................................... SEÇÃO 9
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Tabela 9.5
Corrente Alternada
(para valores dados em Amperes, para tensões de até 600 Volts)
NOTA: Para cabos até 700.000 circular mil, os valores nominais para corrente alternada são os mesmos
que para corrente contínua.
Área em
circular mils
Isolado com
borracha
2.000.000
1.750.000
1.500.000
1.250.000
1.000.000
950.000
900.000
850.000
800.000
750.000
700.000
933
857
770
682
588
568
548
527
506
485
463
Isolado com
cambraia
envernizada
1020
950
890
790
705
681
657
633
607
582
555
Condutores anulares
isolados com cambraia
envernizada
1280
1160
1050
900
770
.....
703
.....
635
600
.....
OBS.: Para tensões maiores que 600 volts, os valores nominais devem decrescer de 2%, para cada
1.000 volts do aumento sobre 600 volts..
Tabela 9.6
Fator de Serviço de motores normais
Potência ( CV )
1/20
1/12
1/8
1/6
1/4
1/3
1/2
3/4
1
1 1/2
2
3 e maiores
Fator de Serviço
1.40
1.40
1.40
1.35
1.35
1.35
1.25 x
1.25 x
1.25 x
1.20 x
1.20 x
1.15 x
OBSERVAÇÕES:
1- Os fatores de serviço assinalados com um (x) não se aplicam - quando se tratar de motores de gaiola
de esquilo polifásicos de média potência - aos motores de escorregamento alto (deslizamento alto);
2- Deve esperar uma pequena diferença entre o funcionamento com carga nominal e o funcionamento
com a carga permissível indicada pelo fator de serviço.
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Tabela 9.7
Código de cores para identificação de condutores, adotada pela AIEE.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
COR BASE
Preto
Branco
Vermelho
Verde
Laranja
Azul
Branco
Vermelho
Verde
Laranja
Azul
Preto
Vermelho
Verde
Azul
Preto
Branco
Laranja
Azul
Vermelho
Laranja
Preto
Branco
Vermelho
Verde
Laranja
Azul
Preto
Branco
Vermelho
Verde
Laranja
Azul
Preto
Branco
Laranja
Branco
Marrom
Marrom
Marrom
Marrom
Marrom
Marrom
Marrom
COR DO TRAÇO
COR DO TRAÇO
Preto
Preto
Preto
Preto
Preto
Branco
Branco
Branco
Branco
Vermelho
Vermelho
Vermelho
Vermelho
Verde
Verde
Branco
Preto
Preto
Preto
Preto
Preto
Vermelho
Vermelho
Preto
Preto
Preto
Branco
Branco
Vermelho
Branco
Vermelho
Vermelho
Vermelho
Branco
Branco
Branco
Branco
Verde
Verde
Verde
Laranja
Verde
Laranja
Laranja
Laranja
Azul
Azul
Preto
Branco
Vermelho
Verde
Laranja
Azul
NOTA: O terceiro condutor (usado para ligação à terra) deverá ser verde, em lugar de vermelho, quando
for usado o cordão flexível num círculo de corrente alternada ou de corrente contínua.
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Tabela 9.8
Fatores de correção para agrupamentos de cabos
Quantidade de Cabos
3
6
9
12
Ao Ar Livre
1.0
0.9
0.82
0.78
Em Espaço Confinado
0.85
0.75
0.67
0.60
OBS.: Os valores dos fatores dados por esta tabela são aproximados. O espaçamento entre os cabos considerados deve ser, no mínimo, igual ao diâmetro dos referidos cabos.
Tabela 9.9
Tempo de funcionamento para Geradores de Emergência
Tempo Mínimo ( Horas )
Navios de Passageiros
Navios Cargueiros
Navios de Longo curso ou Cabotagem
de 100 até 1600 TPB.
Acima de 1600 TPB
Lacustres ou Navios que naveguem mais
de 3 milhas da costa
Navios que navegam a menos de 3 milhas da costa
Barcas de travessia acima de 1 hora
Barcas de travessia até 1 hora
Embarcações fluviais ou para navegação em
estreitos e baias:
- Barcas de travessia acima de 1 hora
- Barcas de travessia até 1 hora
- Outras embarcações
12
36
(x)
12
8
3
2
1
8
3
-
2
1
3
3
OBS.: (x) - Lanternas de segurança aprovadas pelo BC poderão ser usadas para iluminação de
emergência.
Tabela 9.10
Limites de elevação de temperatura para geradores de Corrente Contínua
Isolamento Classe A
Temperatura ambiente à 50oC
Contínua
No fim de 2 horas
de sobrecarga
1)Todos os enrolamentos isolados,
exceto os do item seguinte.
2)Enrolamentos de campo de
simples camada com superfícies
isoladas expostas e
enrolamentos de cobre nu.
3)Núcleos e partes mecânicas
em contato ou adjacentes
a isolamento.
4)Comutadores e anéis coletores.
5)Prata germânio ou “grade
shunt” nos enrolamentos de
campo série.
6)Mancais
Isolamento Classe B
Temperatura ambiente à 50oC
Contínua
no fim de 2 hs
de sobrecarga
40
55
60
75
50
65
70
85
40
55
55
65
60
75
75
85
175
35
175
40
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Tabela 9.11
Limites de elevação de temperatura para alternadores
(temperatura ambiente de 50oC)
Determi-
Geradores de Pólos
nado
Salientes
por
Geradores Tipo
Turbina
Isolamento Isolamento IsolamentoIsolamento
Classe A
Classe B
40
60
Classe A
Classe B
40
60
50
70
1) Enrolamentos de armadura de
geradores de 1500 KVA e menos
Termômetro
2) Idem para geradores de 750 KVA
e menos
Termômetro
3) Enrolamentos de armadura com
2 lados de bobina por ranhura no
Detector
estator dos geradores de 1500 KVA
Embutido
4) Idem, dos geradores acima de
Detector
750 KVA
Embutido
50
20
5) Enrolamentos de campos isolados
Resistência
50
70
80
6) Anéis Coletores
Termômetro
55
contato ou adjacentes a isolamento
Termômetro
40
60
40
60
8) Mancais
Termômetro
35
40
35
40
7) Núcleo e partes mecânicas em
Obs.: Para geradores podendo operar durante 2 horas
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Tabela 9.12
Limites de elevação de temperatura para motores
de Corrente Contínua (Método do termômetro)
Parte do Motor
Tipo de Invólucro
Limite de Observação
Isolamento Classe A
Isolamento Classe B
40 C de
50 C de
40°C de
50°C de
Temp.
Temp.
Temp.
Temp.
ambiente
ambiente
ambiente
ambiente
o
o
Todos os enrolamentos
isolados, menos item
Aberto e
seguinte
Semi-fechado
50
40
70
60
Totalmente fechado
55
45
80
65
com superfície isolada e
Aberto e Semi-fechado
60
50
80
70
enrolamentos de cobre nú
Totalmente fechado
65
55
85
75
com ou sem
Aberto e Semi-fechado
50
40
70
60
adjacentes à isolamento
Totalmente fechado
55
45
75
65
comutador ou a ele adjacente
Todos os Tipos
65
55
85
75
Mancais
Aberto e semi-fechado
40
35
45
40
Totalmente fechado
45
40
50
45
Enrolamento de campo
de simples camada,
Núcleos e partes
mecânicas em contato
Comutadores e anéis
coletores. A classe de
isolamento se refere a
isolamento afetado pelo
calor do comutador, qual
isolamento é empregado
na construção do
NOTA: Quando for empregado isolamento da classe H os limites de elevação de temperatura são de
40oC a mais do que os valores dados para a classe B. As temperaturas dadas para isolamento da Classe
H são baseadas unicamente considerando-se este tipo de isolamento. Sucessivas operações das máquinas nessas temperaturas requerem considerações especiais para mancais, buchas, lubrificação,
etc., com 25% de sobrecarga, a temperatura no fim deste período de sobrecarga, não pode exceder de
mais de 15oC dos valores, exceto para anéis coletores.
Quando for empregado isolamento da Classe H os limites de elevação de temperatura são de 40oC a
mais que os dados para a Classe B. As temperaturas dadas para isolamento da Classe H são baseadas
unicamente considerando-se este tipo de isolamento.
Sucessivas operações das máquinas nessas temperaturas requerem considerações especiais para
mancais, buchas, lubrificação, etc...
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Tabela 9.13
Limites de elevação de temperatura para motores de
Corrente alternada (Método do termômetro)
Parte do Motor
Tipo de invólucro
Limite de Observação oC
Isolamento
Isolamento
Classe A
Classe B
40oC de
50°C
40°C
50°C
temp.
temp.
temp.
temp.
ambiente ambiente ambiente ambiente
Enrolamentos esferas,
núcleos e partes mecânicas Todos, exceto
em contato com ou sem
totalmente fechado
adjacente e isolamento
Totalmente fechado
Anéis coletores, comutadores.
A classe de isolamento se
refere a isolamento afetado
pelo calor do comutador
qual isolamento é empregado
na construção do
comutador ou a ele
adjacente
Todos
Mancais
Aberto e Semi-aberto
Totalmente Fechado
50
55
40
45
70
75
60
65
65
40
45
55
35
40
85
45
50
75
40
45
NOTA:
- Enrolamentos de gaiola de esquilo e partes mecânicas não em contato com ou adjacente a isolamento
pode atingir tais temperaturas que não sejam lesados de maneira alguma.
- Quando for empregado isolamento da classe H os limites de elevação de temperatura são de 40oC a
mais do que os valores dados para a classe B. As temperaturas dadas para isolamento da classe H
são baseadas unicamente considerando-se este tipo de isolamento. Sucessivas operações as máquinas nessas temperaturas requerem considerações especiais para mancais, buchas, lubrificação, etc.
Tabela 9.14
Dimensões de barras horizontais para várias correntes
Dimensões (pol) Amperes Amperes / pol2
1 x 1/4
433
1732
1 ¼ x 1/4
530
1696
1 ½ x 1/4
626
1669
1 ¾ x 1/4
725
1657
1 ¼ x 3/8
676
1442
1 ½ x 3/8
798
1418
1 ¾ x 3/8
916
1395
2 x 3/8
1035
1380
2 ¼ x 3/8
1154
1367
Dimensões (pol)
2 ½ x 1/2
2 ½ x 5/8
2 x 1/2
0000 AWG
½ de circunferência
5/8 de circunferência
¾ de circunferência1
1 de circunferência
Amperes
1500
1715
1222
267
305
426
560
861
Amperes / pol2
1200
1097
1222
1606
1552
1388
1267
1097
Obs.:
a) Quando os valores de correntes forem maiores que os da Tabela, devem ser montadas barras laminadas
constituídas de barras delgadas, separadas uma das outras para dar uma maior superfície radiante.
b) As correntes nominais foram calculadas na base de 50% do fator de carga para densidades nas quais,
sob condições médias de radiação, dariam 10o C de elevação de temperatura. Com fator de carga de
100%, as densidades de corrente devem ser divididas por 2.
c) Para barras verticais os valores de corrente devem ser reduzidos de 15 a 20%.
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TOMO III - SOLDAGEM ............................................. SEÇÃO 10
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SEÇÃO 10
SOLDAGEM
Será usada nestas Regras a terminologia de soldagem elétrica da norma ABNT NBR 5874 – “Soldagem
elétrica – Terminologia”.
10.1 - SOLDAS DE TOPO
As dimensões e formas das bordas a serem unidas deverão ser de forma a assegurar fusão completa e
penetração total na base da emenda. Nas soldas de topo com soldagem dupla, o metal é depositado em
ambos os lados, quer a emenda seja do tipo simples ou d