FM-Cabo Verde _Abril 2011
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FM-Cabo Verde _Abril 2011
Mercados informação global Cabo Verde Ficha de Mercado Abril 2011 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) Índice 1. O País em Ficha 03 2. Economia 04 2.1. Situação Económica e Perspectivas 04 2.2. Comércio Internacional 07 2.3. Investimento Externo 09 2.4. Turismo 10 3. Relações Económicas com Portugal 11 3.1. Comércio 11 3.2. Serviços 15 3.3. Investimento 16 3.4. Turismo 17 4. Relações Internacionais e Regionais 18 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 19 5.1. Regime Geral de Importação 19 5.2. Regime de Investimento Estrangeiro 21 5.3. Quadro Legal 24 6. Informações Úteis 26 7. Endereços Diversos 28 8. Fontes de Informação 32 8.1. Informação Online aicep Portugal Global 32 8.2. Endereços de Internet 34 2 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) 1. O País em Ficha 2 Área: 4.033 km População: 513 mil habitantes (estimativa World Gazetteer - 2010) Densidade populacional: 127,2 hab./km (estimativa 2010) Designação oficial: República de Cabo Verde Chefe do Estado: Pedro Verona Rodrigues Pires Primeiro-Ministro: José Maria Neves Data da actual Constituição: 25 de Setembro de 1992; revista em 1999 e em 2010 Principais Partidos Políticos: Governo: Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV). 2 Principal partido da oposição: Movimento para a Democracia (MPD). Outros partidos da oposição: União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID); Partido do Trabalho e da Solidariedade (PTS); Partido Democrático Cristão (PDC); Partido da Renovação Democrática (PRD) e Partido Social-Democrata (PSD). As últimas eleições legislativas tiveram lugar em Fevereiro de 2011 e as presidenciais realizaram-se em Fevereiro de 2006. As próximas eleições presidenciais deverão ter lugar em Agosto de 2011 Capital: Praia (132.042 habitantes – estimativa 2010) Outras localidades importantes: Mindelo (77.542), Santa Maria (22.937) e Pedra Badejo (10.461) Religião: Cerca de 95% da população professa a religião Católica Romana. Língua: A língua oficial é o português, utilizando-se localmente o crioulo, que difere de ilha para ilha Unidade monetária: Escudo de Cabo Verde (CVE) 1 EUR = 110,265 CVE desde 2002 (taxa indexada à moeda portuguesa pelo Acordo de Cooperação Cambial entre Portugal e Cabo Verde, desde1998) Risco de crédito: 6 (1 = risco menor; 7 = risco maior) (COSEC – Abril 2011) Grau da abertura e dimensão relativa do mercado: Exp. + Imp. / PIB = 47,5% (estimativa 2010) Imp. / PIB = 42,3% (estimativa 2010) Imp. / Imp. Mundial = 0,005% (2009) Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU) World Trade Organization (WTO); Banco de Portugal; COSEC 3 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) 2. Economia 2.1. Situação Económica e Perspectivas Cabo Verde é um país pobre em recursos naturais; as condições climáticas adversas e a natureza do solo constituem fortes limitações ao desenvolvimento de uma actividade agrícola que permita satisfazer as necessidades da população. Daí que, historicamente, tenha sido o caminho da emigração o destino de uma grande parte dos cabo-verdianos, que dessa forma procuravam outros meios de vida, designadamente nas épocas de seca mais prolongada. Estima-se que, actualmente, o número de emigrantes cabo-verdianos, sobretudo nos EUA, Portugal, Angola, França, Holanda e Senegal, 1 ultrapasse a população do país . A situação geográfica de Cabo Verde e as extensas águas territoriais contribuíram, ao longo do tempo, para minorar um pouco as dificuldades da população, já que a actividade piscatória e a prestação de serviços internacionais nas áreas ligadas aos transportes marítimos e às comunicações inter-atlânticas, desde sempre constituíram fontes de rendimento complementar ou alternativo para os cabo-verdianos e, de certa forma, moldaram o perfil económico que o país está determinado a prosseguir ainda hoje. Embora mais de 20% da população ainda viva da agricultura, este sector contribuiu apenas com cerca de 8,5% para o produto interno bruto (PIB) de Cabo Verde em 2009, quando em 1994, em conjunto com as pescas, representava cerca de 13%. Apesar de apresentar um peso relativamente reduzido no PIB do país (7,9%, juntamente com a energia), a indústria transformadora vem assumindo uma importância crescente no que se refere às exportações, sobretudo a partir de 1992, na sequência da aprovação da nova legislação do investimento estrangeiro. A maior parte destes investimentos foram realizados por empresas portuguesas, destinando-se a produção aos mercados da UE, no quadro dos benefícios decorrentes dos acordos que isentavam de direitos os produtos industriais originários dos países ACP. Contudo, vem-se assistindo a uma reorientação da economia de Cabo Verde, voltada para o sector dos serviços, nomeadamente o turismo (21% do PIB), actividade que nos últimos anos tem constituído o verdadeiro motor da economia do país. De salientar ainda o elevado peso do sector informal na economia do país (representa cerca de 18%), sendo o ramo do comércio (sobretudo de produtos alimentares) responsável por 55% das unidades de produção informal, seguido pela indústria (34%) e serviços (15%), conforme estudo do Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde. A economia cabo-verdiana tem registado uma evolução bastante positiva (taxa média anual de crescimento de 6%, no período de 2001 a 2008), o que conduziu a que em Janeiro de 2008 Cabo Verde deixasse de pertencer ao grupo dos países de baixo rendimento (na classificação adoptada pelo Banco Mundial e outras organizações internacionais) e tenha adquirido o estatuto de país de rendimento médio. 1 Estima-se que a população emigrada ascenda a cerca de 600.000. 4 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) A reduzida exposição aos factores da crise financeira internacional salvaguardou a economia caboverdiana de efeitos significativos da mesma ao longo de 2008, tendo-se verificado um abrandamento em alguns dos fluxos económicos, tais como as receitas do turismo e o investimento directo estrangeiro. Em 2009, fruto da persistência de um ambiente desfavorável, condicionado pela envolvente externa (com impacto negativo no turismo, na construção e nos fluxos de investimento directo estrangeiro), a taxa de crescimento do PIB ter-se-á situado em 3%, segundo estimativas da Economist Intelligence Unit (EIU), o que traduz uma significativa desaceleração relativamente ao ano anterior (5,9%). Com a gradual recuperação da economia mundial, conjuntamente com os efeitos das medidas de estímulos orçamentais e fiscais implementadas pelo Governo, o bom ano agrícola e num cenário de inflação baixa, as estimativas da EIU apontam para uma significativa recuperação económica em 2010, 2 com o crescimento do PIB a situar-se em 4,5% . Para 2011 e 2012 prevêem-se aumentos de 6% e 5,5%, respectivamente, em resultado do reforço do Programa de Investimento Público (PIP), por parte do Governo, bem como da evolução favorável do investimento privado (em função da retoma do turismo), da melhoria do mercado de trabalho, do crescimento do consumo privado e da maior facilidade de acesso ao crédito. Depois de um acentuado aumento da inflação em 2008 (6,8%), provocado pela subida dos preços internacionais dos bens alimentares e dos produtos petrolíferos, a boa campanha agrícola (decorrente da forte pluviosidade que se verificou) e a diminuição dos preços internacionais dos produtos mencionados, contribuíram para a inversão rápida e expressiva deste indicador que se fixou em 1% e 2,1% em 2009 e 2010, respectivamente. No entanto, o aumento dos preços dos produtos energéticos e alimentares e a retirada de subsídios aos preços de alguns bens e serviços de primeira necessidade (pão, água e electricidade), deverão provocar nova pressão inflacionista, que se irá traduzir numa taxa de inflação de 8% em 2011, segundo previsões da EIU (4,4% de acordo com o FMI). Ao longo dos últimos anos, Cabo Verde tem vindo a proceder a um esforçado processo de consolidação orçamental, permitindo que, de um défice orçamental correspondente a 20% do PIB em 2000, tenha alcançado um valor de 0,8% do PIB em 2007. Posteriormente, com a forte desaceleração da economia, o défice voltou a aumentar. Em 2010 e segundo estimativas da EIU, o saldo orçamental voltou a deteriorar3 se (-9,1% do PIB), reflectindo sobretudo o aumento das despesas de investimento (+68,4% em termos homólogos), numa altura em que as receitas fiscais cresceram a um ritmo muito inferior (+2,3%). Os défices públicos são fundamentalmente financiados por empréstimos externos, permitindo que o Governo não se afaste dos objectivos fixados no Instrumento de Apoio à Política Económica (Policy 4 Support Instrument – PSI ), assinado com o FMI para o período 2006-2010. Após a expiração do primeiro 2 O FMI/World Economic Outlook (Abril 2011) estima um crescimento de 5,4%. A necessidade de estimular a economia levou as autoridades a promover um avultado programa de investimentos públicos, financiado sobretudo externamente. 4 O PSI é um instrumento não financeiro que visa apoiar países com um baixo nível de crescimento económico, que não necessitam de assistência financeira mas somente procuram concretizar e consolidar o seu desenvolvimento económico. O PSI ajuda os países na concepção de programas de crescimento e permite igualmente criar um ambiente de confiança junto de doadores, instituições financeiras e mercados financeiros internacionais. 3 5 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) Policy Support Instrument, as autoridades solicitaram ao FMI um novo programa apoiado pelo PSI, com a duração de 15 meses, que servirá como âncora macroeconómica, contribuindo para a manutenção de um baixo nível de dívida interna e para a acumulação de reservas internacionais. O défice corrente externo apresentou, em 2009, uma melhoria face ao ano anterior (8% do PIB, menos 3 pontos percentuais que em 2008), em virtude da quebra significativa das importações de bens e do crescimento das transferências correntes, com excepção das remessas de emigrantes. Estas denotaram um ligeiro decréscimo em 2009, para 8,2% do PIB (9% em 2008), resultante da quebra das remessas oriundas dos países da UE. As estimativas para 2010 indicam uma degradação expressiva do défice corrente, que deverá corresponder a 11,7% do PIB, fruto do forte incremento das importações associadas ao investimento público, prevendo-se a inversão desta tendência em 2011 e 2012. O desemprego representa um dos mais graves problemas estruturais de Cabo Verde, continuando a manter-se em níveis muito elevados, apesar do crescimento económico do país ao longo de um período bastante dilatado. No entanto, têm vindo a registar-se progressos notórios nos últimos anos, o que coloca a taxa de desemprego ligeiramente abaixo dos 11% em 2010, de acordo com dados recentemente publicados pelo INE cabo-verdiano. As ilhas de S. Vicente (14,8%) e de Santiago (11,3%), cuja população representa 67% do total, são as zonas mais afectadas, enquanto as ilhas que têm vindo a beneficiar dos projectos de desenvolvimento turístico, como o Sal e Boavista, apresentam taxas inferiores. Principais Indicadores Macroeconómicos Unidade População PIB a preços de mercado PIB a preços de mercado PIB per capita Crescimento real do PIB Taxa de inflação Saldo do sector público Balança corrente Milhares 9 10 CVE 6 10 USD USD Var. % % % do PIB 6 10 USD 2007 a 2008 a 2009 b 2010 b 2011 c 2012 c 492 499 506 513 - - 116,3 b 129,4 b 152,0 156,0 - - 1.443,5 b 1.718,9 b 1.914,6 1.873,3 - - 2.934 b 3.445 b 3.784 3.652 - - 7,8 b 5,9 b 3,0 4,5 6,0 5,5 4,4 6,8 a a 8,0 1,0 -0,8 b -5,7 -9,1 -8,2 -6,5 -205,5 -154,0 a -219,4 -214,7 -208,0 -8,0 a -11,7 -10,0 -9,6 -198,3 -1,4 1,0 2,1 Balança corrente % do PIB -13,7 -12,0 Donativos externos % do PIB 5,2 5,5 5,4 7,1 5,0 4,5 Dívida pública % do PIB 68,0 65,0 63,9 80,9 86,7 87,7 259,5 280,0 275,3 298,4 322,8 360,5 79,4 a 84,4 88,2 Reservas internacionais brutas Taxa de câmbio - média 6 10 EUR 1USD=xCVE 80,6 75,3 Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU); Fundo Monetário Internacional (FMI) Notas: (a) Valores efectivos 83,3 (b) Estimativas (c) Previsões 6 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) O novo Executivo de Cabo Verde apresentou recentemente o Programa de Governo, que pretende implementar nos próximos cinco anos, e que se insere numa estratégia de atracção de investimento interno e externo em áreas como o turismo, cultura e sector financeiro, bem como nos chamados clusters virados para o mar (pesca, transportes marítimos e pesquisa oceanográfica), céu (transporte aéreo de passageiros e carga, serviços aéreos e de manutenção) e as novas tecnologias (backoffice, call centers e parques tecnológicos). A agricultura, enquanto actividade fundamental para a criação de empregos e 5 redução da pobreza , é considerada um eixo estratégico, com um ambicioso projecto de construção de barragens e diques um pouco por todo o arquipélago. A área da energia constitui igualmente uma prioridade, abrangendo a reorganização do sector, a tracção de investimento e melhorias na transmissão e distribuição de electricidade. De salientar ainda que, no contexto africano, Cabo Verde insere-se no grupo dos países mais desenvolvidos, apresentando um PIB por habitante que corresponde sensivelmente ao dobro da média do continente. Este facto é extremamente significativo se considerarmos que Cabo Verde não conta com quaisquer recursos naturais relevantes, ao contrário da generalidade dos outros países africanos, que assentam a sua economia na exploração e exportação de matérias-primas energéticas e outros produtos minerais. 2.2. Comércio Internacional Evolução da Balança Comercial 6 (10 USD) 2006 2007 2008 2009 2010 b Exportação fob 95,7 81,8 115,7 91,0 97,7 Importação fob 559,5 745,7 830,7 720,6 791,5 -463,8 -663,9 -715,0 -629,6 -693,8 17,1 11,0 13,9 12,6 12,3 Como exportador 188ª 188ª 185ª 185ª n.d. Como importador 172ª 166ª 169ª 167ª n.d. Saldo Coeficiente de cobertura (%) Posição no “ranking” mundial Fontes: a The Economist Intelligence Unit (EIU); (a) WTO - World Trade Organization Notas: (b) Estimativa; n.d. – Não disponível A análise da evolução do comércio externo de Cabo Verde revela sempre algumas dificuldades, já que os dados estatísticos divergem bastante, conforme as fontes consultadas. Para essa disparidade concorrem principalmente os diferentes critérios utilizados relativamente aos combustíveis transaccionados nos entrepostos de reabastecimento e às operações comerciais das empresas industriais estabelecidas no país, ao abrigo do regime das empresas francas. 5 Cerca de 24% da população é pobre, mas há dez anos a pobreza atingia 48% da população. 7 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) De qualquer modo, e independentemente das fontes nacionais ou internacionais utilizadas, Cabo Verde tem uma posição pouco relevante no comércio internacional (ocupando, em 2009, a 185ª posição do ranking de exportadores e a 167ª enquanto importador) e apresenta tradicionalmente uma balança comercial fortemente deficitária. Estimativas relativas ao último ano indicam que as exportações atingiram 97,7 milhões de USD (+7,4% face a 2009) e segundo as projecções da EIU é expectável que em 2011 se verifique um acréscimo da ordem dos 17%, em virtude sobretudo do previsível aumento do preço do petróleo (as reexportações de combustíveis constituem a parte mais significativa das exportações cabo-verdianas) e da expansão das exportações não tradicionais. Relativamente às importações, que ascenderam a 791,5 milhões de USD em 2010 (+9,8% face ao ano anterior), as projecções apontam para um acréscimo de cerca de 14% em 2011, induzido pelos inputs relacionados com os investimentos nas infra-estruturas e pelo aumento dos preços das commodities. Principais Clientes 2008 Quota (% ) 2009 Posição Quota (%) 2010 Posição Quota (%) Posição Espanha 37,1 2ª 61,8 1ª 72,6 1ª Portugal 40,6 1ª 33,5 2ª 22,7 2ª EUA 0,4 6ª 1,2 4ª 1,6 3ª França 0,0 n.d. 2,9 3ª 0,6 4ª Guiné Bissau 0,2 7ª 0,0 n.d. 0,6 5ª Fonte: Direcção Geral de Alfândegas de Cabo Verde / Banco de Cabo Verde Notas: n.d. – não disponível Não estão consideradas as reexportações Principais Fornecedores 2008 Quota (%) 2009 Posição Quota (%) 2010 Posição Quota (%) Posição Portugal 50,3 1ª 48,3 1ª 51,4 1ª Países Baixos 17,0 2ª 16,7 2ª 16,8 2ª Espanha 7,3 3ª 9,8 3ª 10,6 3ª Brasil 5,7 4ª 4,5 4ª 3,7 4ª França 2,0 6ª 1,9 6ª 3,7 5ª Fontes: Direcção Geral de Alfândegas de Cabo Verde / Banco de Cabo Verde Nota: Não estão consideradas as reexportações 8 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) Os dados estatísticos de Cabo Verde indicam que Portugal tem sido o principal parceiro comercial do país, colocando-se na primeira posição enquanto fornecedor e na segunda como cliente. Contudo, na qualidade de fornecedor do mercado cabo-verdiano, a posição portuguesa revela uma maior estabilidade do que como cliente. Nesta última vertente, tem-se vindo a verificar uma redução da quota de Portugal, designadamente em favor da Espanha (através das Canárias), que ocupou nos dois últimos anos a primeira posição no ranking dos clientes. Numa análise por zonas económicas, é de sublinhar que a Europa representou, em 2009, cerca de 97% das exportações cabo-verdianas (88,5% em 2008) e 78,8% das importações (80,6% no ano anterior). Principais Produtos Transaccionados – 2010 Exportações % Total Importações % Total Conservas de peixe 41,59 Gasóleo 6,65 Peixes frescos e refrigerados 33,85 Artefactos diversos para usos eléctricos 4,77 Confecções 11,12 Ferro, aço 4,45 Partes de calçado 9,93 Cimento 3,82 Aguardentes e licores 1,57 Arroz 3,39 Lagostas frescas e congeladas 0,98 Artefactos de escritório 3,34 Fonte: Direcção Geral de Alfândegas de Cabo Verde Nota: Refere-se apenas à exportação nacional, estando excluídas as reexportações 6 O principal produto de exportação do país tem sido o que resulta da sua actividade piscatória, a qual, embora apresente uma moderada contribuição para o PIB, continua a ter um impacto significativo em termos de emprego e nas vendas ao exterior, tendo representado 75% do total das exportações em 2010. Nas posições seguintes surgem o vestuário e partes de calçado, que, no seu conjunto, representaram 21% do total exportado no mesmo ano. As importações são muito menos concentradas e constituídas por uma panóplia de produtos destinados a satisfazer as necessidades, tanto ao nível dos produtos básicos como dos bens intermédios e industriais, que a economia local não consegue suprir. 2.3. Investimento Externo Cabo Verde é ainda um país pouco relevante, em termos mundiais, no que se refere aos fluxos de investimento directo estrangeiro (IDE). Contudo, a evolução que se tem registado nos últimos anos e as perspectivas apresentadas, apontam para uma importância cada vez maior do país, designadamente na sua qualidade de receptor de investimento. 6 Não se consideram as reexportações. 9 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) Investimento Directo 6 (10 USD) 2005 Investimento estrangeiro em Cabo Verde 2006 2007 2008 2009 82 131 190 212 120 0 0 0 -3 0 Como receptor 143ª 144ª 149ª 141ª 148ª Como emissor 136ª 139ª 134ª 194ª 184ª Investimento de Cabo Verde no estrangeiro Posição no ranking mundial Fonte: UNCTAD (United Nations Conference on Trade and Development) - World Investment Report 2010 De acordo com o World Investment Report publicado pela UNCTAD em 2010, constata-se que os fluxos de IDE registaram um forte aumento nos últimos anos, tendo passado de 13 milhões de USD em 2001 para 212 milhões em 2008. A crise de liquidez nos mercados financeiros internacionais tem condicionado a recente evolução do investimento directo estrangeiro em Cabo Verde, tendo-se verificado uma descida acentuada em 2009 (-43% face ao ano anterior). No final de 2009 o IDE acumulado atingia perto de 1,1 mil milhões de USD, o que correspondia a mais de dez vezes o valor alcançado no final da década anterior. O IDE tem-se concentrado fortemente no sector do turismo e hotelaria, com particular destaque nas ilhas do Sal, Boavista e São Vicente. A indústria, que há alguns anos atrás conseguiu captar vários investimentos significativos, vem perdendo progressivamente a posição que detinha, representando cerca de 2% no total do IDE. Portugal, Itália, Irlanda, Espanha e Reino Unido destacam-se como principais mercados emissores de investimento directo estrangeiro. 2.4. Turismo O sector do turismo vem assumindo uma importância crescente nas actividades económicas de Cabo Verde e tem constituído, nos últimos anos, o verdadeiro motor do desenvolvimento do país, quer em termos da sua contribuição para as receitas correntes da balança de pagamentos e para a diminuição do desemprego, quer pelos capitais estrangeiros que atrai, como ainda pelo impulso que vem dando a diversos outros sectores de actividade (construção, comércio, serviços, transportes e comunicações, entre outros). O contributo do sector do turismo para o PIB não ultrapassava os 7,5% em 2000 mas actualmente situase em cerca de 21%, tendo registado um crescimento médio anual de 17%. Segundo dados publicados pela Organização Mundial de Turismo (OMT), verifica-se um aumento contínuo do número de turistas que visitaram o país ao longo dos últimos anos, tendo atingido 287.183 em 2009 (último ano disponível), o que representou um ligeiro acréscimo relativamente ao ano anterior (+0,72%). 10 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) Indicadores do Turismo 2005 3 Turistas (10 ) a 3 Dormidas (10 ) 6 Receitas (10 USD) Fonte: Organização Mundial de Turismo (OMT) Nota: (a) Inclui apenas as dormidas na hotelaria global 2006 2007 2008 2009 198 242 267 285 287 850 1.261 1.308 1.712 1.898 177 280 375 432 355 Portugal, que até 2008 representava o principal emissor de turistas, com cerca de 20,3% do total, foi 7 ultrapassado pelo Reino Unido em 2009 (19,9%) , ocupando nesse ano a segunda posição (17,8%). Seguem-se a Itália (14,8%), a Alemanha (14,0%), a França (7,9 %) e a Bélgica (7,7%). A Europa representa cerca de 85% dos turistas que visitam Cabo Verde. Os destinos mais procurados são as ilhas do Sal, Santiago, São Vicente e Boavista. Dados relativos a 2009 indicam que a ilha do Sal foi responsável por 44,8% das entradas de turistas, seguida da Boavista (25%), Santiago (16,3%), São Vicente (7,1%), Santo Antão (3,9%), Fogo (2,3%), Maio (0,2%), São Nicolau (0,4%) e Brava (0,0%). O expectável aparecimento de novas unidades hoteleiras e circuitos turísticos na Boavista, Santiago, São Vicente, São Nicolau e Fogo permitirá criar a massa crítica necessária para, também nestas ilhas, surgirem os investimentos necessários a um equilibrado desenvolvimento do turismo no arquipélago. Os objectivos apontados por Cabo Verde, e que constam do seu Plano Estratégico de Turismo, é atingir 500 mil turistas a médio prazo (1 milhão até 2020) atraindo-os de novos mercados como os países nórdicos (Suécia, Dinamarca e Noruega) e Leste europeu (Polónia, República Checa e Rússia). As autoridades visam alcançar, até 2015 e comparativamente ao ano de 2009, um aumento do emprego directo em 175%, do número de estabelecimentos hoteleiros em 183% (de 173 para 318 unidades hoteleiras) e do número de camas em 153% (de 11.720 para 18.000). 3. Relações Económicas com Portugal 3.1. Comércio Cabo Verde, apesar da pequena dimensão da sua economia, é um importante parceiro comercial de Portugal, designadamente enquanto destino das exportações portuguesas (17º cliente em 2010), já que no que se refere à origem das importações a sua posição é bastante modesta (101º fornecedor). A evolução registada nos últimos anos traduz um reforço gradual da sua quota enquanto destino das exportações portuguesas, que se situou em 0,72% em 2010. 7 Até 2006 o R. Unido apresentava valores marginais, mas a partir de 2007 tornou-se o segundo mercado emissor de turistas para Cabo Verde, remetendo a Itália para a 3ª posição. 11 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) No contexto dos países africanos de língua oficial portuguesa, Cabo Verde surge, em 2010, como 2º cliente, a seguir a Angola e como 3º fornecedor, depois de Angola e Moçambique. No contexto do comércio externo cabo-verdiano, e de acordo com os dados divulgados pela Direcção Geral da Alfândegas de Cabo Verde, verifica-se que Portugal mantém o primeiro lugar enquanto fornecedor, representando 51,4% das importações em 2010 (45% em 2007). Enquanto cliente, Portugal detém a segunda posição (até 2008 posicionava-se em 1º lugar), a seguir a Espanha, com uma quota de 22,7%. Evolução da Importância de Cabo Verde nos Fluxos Comerciais de Portugal 2006 2007 2008 19ª 2009 18ª 2010 Posição 19ª 15ª 17ª % Saídas 0,53 0,60 0,66 0,70 0,72 Posição 103ª 103ª 99ª 104ª 101ª % Chegadas 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 Como cliente Como fornecedor Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística As transacções comerciais entre os dois países são amplamente favoráveis a Portugal, com as exportações portuguesas a apresentarem, no período 2006-2010, um crescimento médio anual de 9,5%, enquanto que as importações registaram um aumento de 2,3%. No último ano, as exportações portuguesas para o mercado cabo-verdiano atingiram cerca de 263,5 milhões de euros, representando um aumento de 18,3% face a 2009 (que compara com uma taxa de crescimento de 15,8% do total das exportações portuguesas), verificando-se igualmente um acréscimo das importações (+3,2%), que alcançaram aproximadamente 7,5 milhões de euros. Nos primeiros dois meses de 2011, o montante das exportações portuguesas para Cabo Verde teve um aumento de 26,2% em termos homólogos e as importações registaram igual tendência (+13,6%). Evolução da Balança Comercial Bilateral 3 (10 EUR) 2006 2007 2008 2009 2010 a Var. % b 2010 2011 Var. % Jan/Fev Jan/Fev 10/11 Exportações 189.713 227.951 257.539 222.707 263.477 9,5 32.050 40.461 26,2 Importações 7.123 7.271 8.964 7.241 7.476 2,3 1.359 1.544 13,6 182.590 220.680 248.575 215.466 256.001 -- 30.691 38.916 -- 2663,5% 3134,9% 2873,0% 3075,5% 3524,3% -- 2358,2% 2620,1% -- Saldo Coef. Cobertura Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2006-2010 (b) Taxa de variação homóloga 12 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) De um padrão de especialização sectorial das exportações assente, principalmente, em produtos industriais transformados (cerca de 95%), o grupo das máquinas e aparelhos tem sido dominante nas exportações portuguesas para Cabo Verde (26,6% do total em 2010) e registou, no último ano, um crescimento de aproximadamente 75% face a 2009. O grupo dos produtos alimentares ocupa a segunda posição no ranking das exportações (12,1% do total em 2010), seguindo-se os metais comuns, os minerais e minérios, os produtos agrícolas e os produtos químicos. O conjunto formado por estes seis principais grupos de produtos representa 76% das exportações portuguesas para Cabo Verde (70% em 2009). Dados relativos a 2009 indicam que 34,7% das exportações para Cabo Verde de produtos industriais transformados incidiram em produtos classificados como de baixa tecnologia. Seguem-se os produtos de média-baixa intensidade tecnológica (28,8%), de média-alta tecnologia (26,9%) e de alta intensidade tecnológica (9,6%). Principais Exportações por Grupos de Produtos 3 % Tot. 2006 Var % 09/10 Máquinas e aparelhos 45.015 23,7 40.233 18,1 70.199 26,6 74,5 Produtos alimentares 26.851 14,2 29.215 13,1 31.782 12,1 8,8 Metais comuns 18.325 9,7 22.133 9,9 26.385 10,0 19,2 Minerais e minérios 14.287 7,5 24.086 10,8 25.441 9,7 5,6 Produtos agrícolas 16.726 8,8 21.360 9,6 25.097 9,5 17,5 Produtos químicos 15.370 8,1 18.864 8,5 21.001 8,0 11,3 8.771 4,6 13.047 5,9 15.336 5,8 17,5 11.259 5,9 13.695 6,1 9.723 3,7 -29,0 Pastas celulósicas e papel 5.883 3,1 6.879 3,1 7.576 2,9 10,1 Madeira e cortiça 4.061 2,1 4.663 2,1 5.301 2,0 13,7 Instrumentos de óptica e precisão 2.730 1,4 3.151 1,4 4.088 1,6 29,7 Matérias têxteis 3.954 2,1 3.956 1,8 3.343 1,3 -15,5 Combustíveis minerais 1.801 0,9 3.592 1,6 2.583 1,0 -28,1 Vestuário 2.037 1,1 2.439 1,1 2.507 1,0 2,8 Peles e couros 1.188 0,6 1.520 0,7 1.992 0,8 31,1 879 0,5 690 0,3 425 0,2 -38,4 10.177 5,4 13.009 5,8 10.444 4,0 -19,7 397 0,2 175 0,1 253 0,1 44,8 189.713 100,0 222.707 100,0 263.477 100,0 18,3 Veículos e outro mat. transporte Calçado Outros produtos Valores confidenciais Total Fonte: 2010 % Tot. 2010 2006 Plásticos e borracha 2009 % Tot. 2009 (10 EUR) INE – Instituto Nacional de Estatística 13 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) As importações originárias de Cabo Verde são claramente mais concentradas do que as exportações portuguesas para o mercado, com o calçado e o vestuário (produtos essencialmente fabricados pelas empresas portuguesas instaladas em Cabo Verde, ao abrigo do regime das Empresas Francas) a representarem, em conjunto, 76% do total importado em 2010 (70% no ano anterior). Se considerarmos ainda as máquinas e aparelhos (9,4%), os produtos alimentares (4,5%) e agrícolas (3,0%) e os veículos e outro material de transporte (4,2%), significa que apenas cinco grupos de produtos são responsáveis por 93% das importações totais. Cerca de 92% das importações portuguesas de produtos industriais transformados provenientes de Cabo Verde (que representam 95% das importações totais) corresponde a produtos de baixa intensidade tecnológica. Principais Importações por Grupos de Produtos 3 (10 EUR) % Tot. 2006 2006 % Tot. 2009 2009 % Tot. 2010 2010 Var % 09/10 Calçado 2.540 35,7 2.892 39,9 3.321 44,4 14,9 Vestuário 2.489 34,9 2.161 29,8 2.364 31,6 9,4 Máquinas e aparelhos 408 5,7 204 2,8 701 9,4 243,3 Produtos alimentares 229 3,2 1.161 16,0 335 4,5 -71,1 Produtos agrícolas 913 12,8 352 4,9 227 3,0 -35,4 Produtos químicos 1 0,0 17 0,2 130 1,7 678,5 Metais comuns 155 2,2 40 0,6 116 1,6 188,8 Veículos e outro mat. transporte 169 2,4 306 4,2 100 1,3 -67,2 6 0,1 0 0,0 82 1,1 § Instrumentos de óptica e precisão 63 0,9 40 0,6 71 0,9 75,7 Matérias têxteis 19 0,3 6 0,1 11 0,1 65,8 Plásticos e borracha 43 0,6 4 0,1 6 0,1 64,6 Minerais e minérios 0 0,0 3 0,0 5 0,1 64,3 Pastas celulósicas e papel 4 0,1 21 0,3 2 0,0 -89,7 Madeira e cortiça 0 0,0 1 0,0 0 0,0 -82,4 Combustíveis minerais 1 0,0 0 0,0 0 0,0 -100,0 Outros produtos 6 0,1 21 0,3 3 0,0 -83,9 77 1,1 11 0,2 0 0,0 -100,0 7.123 100,0 7.241 100,0 7.476 100,0 3,2 Peles e couros Valores confidenciais Total Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística Nota: § - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero no período anterior 14 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) Ao longo dos últimos anos e até 2008, registou-se um aumento contínuo do número de empresas portuguesas que exportaram produtos para Cabo Verde (2.633 em 2004 que compara com 3.698 em 2008). No entanto, em 2009 (último ano disponível), houve uma queda significativa, não indo além das 2.785 empresas exportadoras. Por outro lado, o número de empresas portuguesas que adquiriram produtos no mercado cabo-verdiano desceu de 111 em 2005, para 91 em 2009. 3.2. Serviços Segundo dados do Banco de Portugal, constata-se que as trocas de serviços entre Portugal e Cabo Verde assumem uma posição relativamente modesta, já que correspondem a quotas que se têm situado em torno de 0,4% e 0,5%, qualquer que seja o fluxo considerado. Importância de Cabo Verde nos Fluxos do Comércio de Serviços de Portugal 2006 2007 2008 2009 2010 Posição 21ª 21ª 22ª 22ª 24ª % Export. 0,46 0,43 0,48 0,46 0,36 Posição 19ª 19ª 17ª 19ª 18ª % Import. 0,48 0,54 0,53 0,45 0,49 Como cliente Como fornecedor Fonte: Banco de Portugal Ao contrário do que sucede com a sua balança global de serviços, Cabo Verde, nas relações bilaterais com Portugal, regista um saldo desfavorável neste sector. Contudo, este desequilíbrio na balança de serviços é muito menos significativo do que aquele que se verifica no comércio de mercadorias e situouse perto de 9,7 milhões de euros em 2010. A balança de serviços entre os dois países registou, em 2010, movimentos opostos no que diz respeito às exportações e às importações. As exportações de serviços portugueses para Cabo Verde decresceram cerca de 15% em termos homólogos, num ano de recuperação dos fluxos de comércio internacional, enquanto as importações registaram um aumento de 16%. Balança de Serviços Bilateral 3 (10 EUR) 2006 2007 2008 2009 2010 Var. % 06/10 a Exportações 67.153 73.165 85.015 74.593 63.096 -0,6 Importações 46.265 56.533 60.219 46.073 53.436 5,3 Saldo 20.888 16.632 24.796 28.520 9.660 -- 145,1% 129,4% 141,2% 161,9% 118,1% -- Coef. Cobertura (%) Fonte: Banco de Portugal Nota: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2006-2010 15 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) Na generalidade das principais componentes deste sector, o saldo é favorável a Portugal. No entanto, na área do turismo, a situação é oposta, com Cabo Verde a ocupar uma posição importante como mercado receptor e a assumir um lugar bastante secundário enquanto emissor de turistas para Portugal. 3.3. Investimento As relações de investimento situam-se em níveis relativamente modestos, apesar do peso que Portugal tem no total do investimento estrangeiro em Cabo Verde. De facto, em 2010, Cabo Verde representou apenas 0,54% do investimento directo português no exterior (IDPE), o que correspondeu à 20ª posição enquanto país receptor de IDPE, a nível mundial. Na qualidade de emissor de investimento directo para Portugal, tem-se registado uma evolução positiva ainda que pouco relevante (24ª em 2010). Importância de Cabo Verde nos Fluxos de Investimento para Portugal 2006 Posição b 2007 2008 2009 2010 47ª 43ª 38ª 29ª 24ª 0,00 0,00 0,00 0,01 0,02 15ª 23ª 22ª 23ª 20ª 0,57 0,14 0,25 0,14 0,54 Portugal como receptor (IDE) % a Posição b Portugal como emissor (IDPE) % Fonte: Banco de Portugal Notas: (a) Com base no investimento bruto a (b) Posição do mercado enquanto origem do IDE bruto total e destino do IDPE bruto total, num conjunto de 55 mercados O investimento português em Cabo Verde tem apresentado uma evolução bastante irregular ao longo do tempo, tendo-se mesmo assistido a importantes fluxos de desinvestimento, o que conduziu, designadamente, a valores de investimento líquido negativos nos últimos quatro anos. A esta situação não serão estranhas as operações de desinvestimento efectuadas pelo agrupamento EDP/ADP na empresa cabo-verdiana de electricidade e água ELECTRA, assim como operações noutras áreas, designadamente no sector financeiro. Em 2010, o investimento directo de Portugal em Cabo Verde registou um valor bruto próximo de 31 milhões de euros, ligeiramente inferior ao valor do desinvestimento (31,3 milhões de euros). O sector de actividade que absorveu o maior valor de investimento foi o da construção, que representou 43,5% do total. Em termos de tipo de operação, a rubrica “capital de empresas” (constituição de empresas, aumento de capital e aquisição de quotas/acções) foi responsável por cerca de 80% do investimento directo bruto. De qualquer modo, na sequência da instalação de unidades industriais e de uma participação activa no processo de privatizações, Portugal ocupa um lugar cimeiro entre os investidores estrangeiros em Cabo Verde. A presença portuguesa abrange praticamente todos os sectores da economia, mas com especial relevância nas áreas da construção, banca e seguros, turismo e hotelaria, comunicações, consultoria, indústria transformadora e comércio. 16 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) Investimento Directo de Portugal em Cabo Verde a 3 (10 EUR) 2006 2007 2008 2009 Var. % 06/10 2010 Investimento bruto 56.345 21.310 28.068 10.856 30.920 23,3 Desinvestimento 46.236 113.885 28.076 20.777 31.280 23,9 Investimento líquido 10.109 -92.575 -8 -9.921 -360 -- Fonte: Banco de Portugal Nota: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2006-2010 Os investimentos cabo-verdianos em Portugal têm sido praticamente irrelevantes, embora nos últimos dois anos, particularmente em 2010, tenham registado um salto significativo, em comparação com os valores dos anos anteriores. Contudo, são também assinaláveis os desinvestimentos realizados, cujos valores se apresentam, aliás, superiores aos dos investimentos efectuados entre 2005 e 2008. Investimento Directo de Cabo Verde em Portugal a 3 (10 EUR) 2006 2007 Investimento bruto Desinvestimento Investimento líquido 2008 2009 Var. % 06/10 2010 2 192 877 1.640 8.510 2590,7 230 1.177 1.925 198 96 83,5 -228 -985 -1.048 1.442 8.414 -- Fonte: Banco de Portugal Nota: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2006-2010 3.4. Turismo Relativamente ao turismo de Cabo Verde em Portugal e com base nas receitas geradas na hotelaria global (único indicador disponível) verificou-se um decréscimo médio anual de 10,9% entre 2006 e 2010, devido à queda acentuada nos últimos dois anos (-52,6% e -34% em 2009 e 2010, respectivamente). Neste contexto, o mercado cabo-verdiano ocupou, em 2010, a 37ª posição no ranking das receitas provenientes dos países emissores de turistas para Portugal, com um montante de aproximadamente 4,7 milhões de euros. Turismo de Cabo Verde em Portugal 2006 b 3 Receitas (10 EUR) 2007 2008 2009 2010 Var. a 10.099 11.596 14.838 7.057 4.658 -10,9 c 0,15 0,16 0,20 0,10 0,06 -- Posição 28 30 29 31 37 -- % total Fonte: Banco de Portugal Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2006-2010 (b) Inclui apenas a hotelaria global (c) Refere-se ao total de estrangeiros 17 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) Portugal, que até 2008 representava o principal emissor de turistas para Cabo Verde, com cerca de 20,3% do total, foi ultrapassado pelo Reino Unido em 2009 (19,9%) ocupando nesse ano a segunda posição (17,8%). 4. Relações Internacionais e Regionais A República de Cabo Verde é membro, nomeadamente, do Banco Africano de Desenvolvimento (BAfD), da União Africana (UA) e da Organização das Nações Unidas (ONU), assim como da maioria das suas agências especializadas, de entre as quais se destaca o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Integra a Organização Mundial do Comércio (OMC) desde Julho de 2008. A nível regional, Cabo Verde é membro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental – CEDEAO – (Economic Community of West African States - ECOWAS) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A CEDEAO (http://www.comm.ecowas.int/sec/index.php?id=about_a&lang=en), instituída em 1975 por quinze países da África Ocidental, tem como principal objectivo o estabelecimento de uma união aduaneira e de um mercado comum, no sentido de promover a livre circulação de mercadorias e de pessoas nos países-membros. Cabo Verde aderiu em 1977 a esta organização. A CPLP (http://www.cplp.org/), criada a 17 de Julho de 1996, em Lisboa, integra, para além de Cabo Verde, os seguintes países: Angola; Brasil; Guiné-Bissau; Moçambique; Portugal; São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Apresenta como objectivos gerais a concertação político-diplomática em matéria de relações internacionais, nomeadamente na defesa e promoção de interesses comuns ou questões específicas, a cooperação, particularmente nos domínios económico, social, cultural, jurídico e técnicocientífico, e a materialização de projectos de promoção e difusão da língua portuguesa. De referir que as relações de Cabo Verde com a União Europeia se processam no âmbito do Acordo Cotonou, o qual entrou em vigor a 1 de Abril de 2003, e que vem substituir as Convenções de Lomé que durante décadas enquadraram as relações de cooperação entre os Estados-membros da UE e os países de África, Caraíbas e Pacífico (ACP). Com um período de vigência de 20 anos, este Acordo estabelece um novo quadro jurídico regulador da cooperação entre as partes, cujo principal objectivo consiste na redução da pobreza e, a longo prazo, a sua erradicação, o desenvolvimento sustentável e a integração progressiva e faseada dos países ACP (atendendo às especificidades de cada um) na economia mundial. No âmbito da parceria UE/Países ACP as partes acordaram em concluir novos convénios comerciais compatíveis com as regras da OMC (Acordos de Parceria Económica - APE) eliminando progressivamente os obstáculos às trocas comerciais e reforçando a cooperação em domínios conexos 18 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) como a normalização, a certificação e o controlo da qualidade, a política da concorrência, a política do consumidor, entre outros. Os novos regimes comerciais deviam ser introduzidos de forma gradual e pragmática, tendo sido estabelecido um período preparatório (temporário) que terminou em 31 de Dezembro de 2007. Dadas as dificuldades que acompanharam o processo de negociação entre as partes (apenas alguns Acordos transitórios foram assinados) houve necessidade de continuar o diálogo com vista a alcançar uma maior abertura no futuro. Actualmente, a UE e a CEDEAO estão em negociações para a celebração de um APE para implantação de uma Zona de Comércio Livre, tendo em conta as diferenças de desenvolvimento económico existentes entre os vários Estados-membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental. Os interessados podem consultar informação sobre o Acordo Cotonou no Portal Europa, em: http://europa.eu/legislation_summaries/development/african_caribbean_pacific_states/r12101_pt.htm e sobre a evolução das negociações entre a UE e a CEDEAO, com vista à celebração do respectivo APE, na página ACP-EU Trade: http://www.acp-eu-trade.org/index.php?loc=epa/ (seleccionar, na coluna do lado esquerdo, o capítulo West Africa/Afrique de l’ Ouest). No que respeita ao relacionamento bilateral entre a União Europeia e Cabo Verde o Site da Comissão Europeia, no tema Development / Regions and Countries, disponibiliza informação actualizada – http://eeas.europa.eu/cape_verde/index_en.htm 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 5.1. Regime Geral de Importação A liberalização do comércio externo em Cabo Verde tem vindo a ser executada de forma gradual e progressiva, quer através da simplificação dos procedimentos legais, quer da adopção de medidas de descontingentação das operações de importação. Em Fevereiro de 1999, foi abolido o regime de licenciamento prévio da importação de mercadorias, bem como o respectivo instrumento de suporte, o Boletim de Registo Prévio de Importação (BRPI). Naquele ano foram, igualmente, desafectadas da competência do Estado determinadas actividades de natureza comercial, nomeadamente a importação de alguns produtos alimentares. Com o objectivo de efectuar uma aproximação às normas da OMC em matéria de simplificação dos procedimentos e circuitos de registo e licenciamento das operações de comércio externo, foi publicado o Decreto n.º 68/2005, que revê o regime legal em vigor nesta matéria, revogando o Decreto-Lei n.º 51/2003. 19 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) Com esta reforma, é definido um quadro liberal em matéria de comércio externo, ou seja, as operações de importação e exportação são livres para os importadores e exportadores devidamente credenciados nos termos da lei. No que respeita ao licenciamento das importações, o sistema administrativo compreende três modalidades: • Importações dispensadas de licenciamento; • Importações sujeitas a licenciamento automático; • Importações sujeitas a licenciamento não automático. Entre as mercadorias dispensadas de licenciamento encontram-se: aquelas sem valor comercial (definidas por lei); as operações de aperfeiçoamento activo e passivo, de importação temporária, reimportação no Estado, reexportação e de trânsito; e as importações sujeitas a regimes aduaneiros especiais. Como princípio geral, todas as mercadorias estão sujeitas ao licenciamento automático, salvo as que estão submetidas a controlos sanitários, fitossanitários e de segurança e as mercadorias objecto de restrições (obrigatoriamente definidas por lei). O licenciamento automático será efectivado mediante a apresentação da declaração aduaneira na Alfândega, cuja emissão é da competência do Ministério responsável pela área do comércio. Quando se tratar de licenciamento não automático, os operadores económicos necessitam de obter autorização prévia junto das autoridades competentes. Não obstante a introdução pela Direcção-Geral das Alfândegas (DGA) de novos mecanismos de facilitação e agilização dos despachos aduaneiros que permitirão aos utentes acompanharem o andamento dos respectivos despachos, (http://www.alfandegas.cv/index.php?option=com_content&task=view&id=166), importa referir que as Alfandegas em Cabo Verde passaram a ser mais rigorosas (desde Março de 2011) quanto ao controlo dos despachos relativamente às mercadorias importadas, exigindo com muito mais frequência a apresentação do despacho alfandegário das Alfandegas de Portugal. Apesar desta exigência estar dentro dos direitos normais das autoridades alfandegárias, a mesma não era praticada com carácter usual. A Pauta Aduaneira de Cabo Verde baseia-se no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias, correspondente à Nomenclatura Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), de que Cabo Verde é membro. Aprovada em 2002, esta pauta contempla direitos aduaneiros ad-valorem, variando as respectivas taxas entre 0% e 50% (ex.: cacau; águas e refrigerantes; cervejas; vinhos e bebidas espirituosas; tabaco; sabões; peles em pêlo em bruto, curtidas ou acabadas; tractores usados com mais de 10 anos; móveis de metal, madeira ou plástico; obras de marfim). A Pauta Aduaneira pode ser consultada no site das Alfândegas de Cabo Verde – http://www.alfandegas.cv/index.php?option=com_docman&task=cat_view&Itemid=127&gid=22&orderby= dmdate_published. 20 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) Importa referir, a este propósito, que depois da adesão à OMC em 2008, após sete anos de negociações, o país concordou numa consolidação tarifária com taxas a variar de 0% a 55%, envolvendo algumas das condições a redução progressiva dos direitos aduaneiros até 2018, o que determinará uma taxa máxima média de 15%. Quanto aos produtos agrícolas, Cabo Verde concordou numa consolidação tarifária nos 19%. Ainda neste contexto, e para fazer face aos compromissos da OMC, está em curso o projecto “Reforma Aduaneira” que visa apoiar e facilitar a participação activa do país no sistema multilateral de comércio, aumentando o grau de aplicação do regime aduaneiro. Além dos direitos de importação, existe ainda um conjunto de direitos específicos que incidem sobre certos produtos. • Taxa Comunitária – decorre do Tratado da CEDEAO, com a finalidade de gerar recursos para financiar as actividades da Comunidade. A base tributária de aplicação desta taxa é constituída pelo valor das mercadorias importadas para consumo no espaço da CEDEAO, provenientes de países terceiros, havendo, no entanto, algumas situações de isenção. A taxa base deste imposto é de 0,5%. • Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) – introduzido em Janeiro de 2004, estabelece uma taxa geral no valor de 15% e uma de 6% para os serviços de hotelaria e restauração. Alguns bens (considerados essenciais no consumo) estão isentos (taxa 0%). • Imposto de Consumos Especiais – aplicável aos bens supérfluos, de luxo ou indesejáveis, por razões de política económica, social ou ambiental (ex.: bebidas espirituosas, os vinhos, os espumantes, a cerveja de malte e o tabaco). A taxa base é de 10%, havendo alguns produtos com taxas mais elevadas de 40%, 100% ou mesmo 150% (ex.: tractores usados com mais de 10 anos). Com a introdução do IVA foram abolidos o Imposto de Turismo e os Emolumentos Gerais Aduaneiros. Em 1998, foi autorizada a criação de Zonas Francas Comerciais – ZFC que viabilizam a concessão de uma série de isenções, ao nível aduaneiro e fiscal, na importação de um conjunto de mercadorias, como sejam: materiais de construção; máquinas, aparelhos, instrumentos, móveis e utensílios; material de carga e transporte de mercadorias para utilização exclusiva do concessionário ou do operador. Em 2001, foi criada a Zona Franca Comercial de S. Vicente. Em nome do incentivo à actividade económica, reconhecem-se isenções e reduções dos direitos aduaneiros e impostos sobre mercadorias importadas. A respectiva lista pode ser consultada na página na Internet das Alfândegas de Cabo Verde – http://www.alfandegas.cv/. 5.2. Regime de Investimento Estrangeiro Com vista a potenciar e a incentivar o desenvolvimento de Cabo Verde, o Governo tem vindo a implementar um programa de liberalização da economia, que visa, entre outros objectivos, a captação do investimento privado, não apenas nacional, mas também estrangeiro. 21 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) A legislação cabo-verdiana é não discriminatória, concedendo ao investidor estrangeiro o mesmo tratamento que ao nacional. Garante, ainda, tratamento justo e equitativo, segurança e protecção de bens e direitos, transferência de divisas de todos os montantes a que legalmente o investidor tenha direito, estabelecimento de contas em divisas para realização de operações e a aplicação de um regime de recrutamento de trabalhadores estrangeiros, incluindo os respectivos direitos e garantias. Como princípio geral, o acesso de estrangeiros ou nacionais à actividade económica não é objecto de restrições, estando consagrada a liberdade de estabelecimento em todos os sectores de actividade, não se encontrando, salvo disposição constitucional em contrário, nenhum sector vedado à iniciativa privada. No entanto, quando a exploração do domínio público não é efectuada directamente pelos respectivos titulares, a gestão por particulares só poderá ocorrer em regime de concessão ou outro que não envolva a transmissão da propriedade dos bens a explorar. Aos projectos de investimento submetidos a aprovação, exige-se que possam trazer vantagens concretas para o desenvolvimento do país, designadamente no que respeita à transferência de know how e ao aumento do valor acrescentado bruto, e que apresentem sempre um vector exportador. Em termos de formalidades a cumprir, o investidor deverá solicitar uma autorização prévia para concessão do Estatuto de Investidor Externo. O pedido poderá ser efectuado através da agência Cabo Verde Investimentos (CI) – http://www.ci.cv/, a quem cabe a promoção activa de condições propícias à realização de investimento estrangeiro (assim como o nacional). A resposta será transmitida ao potencial investidor num prazo máximo de trinta dias, sendo que se tal não ocorrer naquele prazo, o pedido é considerado deferido. Na sequência do deferimento do pedido, é emitido o Certificado de Investidor Externo, o qual permitirá ao investidor ter acesso aos incentivos previstos na Lei do Investimento Externo (Lei n.º 90/IV/93, de 15 de Dezembro). De referir que o Certificado expira se o investimento não for realizado no prazo de seis meses. As operações de investimento externo estão sujeitas ao registo no Banco de Cabo Verde e, antes do início da actividade, o empreendimento deverá estar devidamente inscrito no departamento estatal competente, sendo inspeccionado no prazo de trinta dias a contar da data do pedido de inspecção. O Site E-Regulations Cabo Verde disponibiliza informação sobre a tramitação e os procedimentos que envolvem a realização de operações de investimento externo no país, nomeadamente relativa à criação de sociedade, sucursal de empresa estrangeira e escritório de representação – http://caboverde.eregulations.org/show-list.asp?l=pt&mid=1. Importa ainda fazer referência à Convenção de Estabelecimento. Trata-se de uma forma especial de investimento externo, sendo celebrada, por iniciativa do Governo, entre o Estado e o investidor estrangeiro, com vista ao exercício de uma determinada actividade económica no país. Tendo em conta o regime excepcional previsto numa Convenção de Estabelecimento, esta só pode ser celebrada relativamente a actividades que, pela sua dimensão, natureza, implicações económicas, sociais, 22 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) ecológicas ou tecnológicas, ou por outras circunstâncias, sejam consideradas de interesse relevante no quadro da estratégia de desenvolvimento nacional, ou recomendem a adopção de cláusulas, garantias ou condições especiais não incluídas no regime geral vigente. Em termos de incentivos, a legislação prevê: • Lei do Investimento Externo – isenções e reduções fiscais, protecção de bens e direitos, dedução de impostos sobre lucros reinvestidos, transferência para o exterior de dividendos e lucros, abertura de contas em divisas e sua livre movimentação; • Incentivos às Exportações e Reexportações de Bens e Serviços – isenções e facilidades aduaneiras, isenções e reduções fiscais, livre exportação de produtos; • Possibilidade de obtenção do Estatuto de Empresa Franca, o qual é atribuído apenas às empresas produtoras de bens e serviços que se destinem exclusivamente à exportação ou à venda a outras empresas francas em Cabo Verde. Também é possível obter instalações industriais de renda mínima ou opção de compra, financiamento de programas de formação de trabalhadores cabo-verdianos e financiamento de assistência técnica, além de incentivos específicos sectoriais, incluídos na legislação que regulamenta os respectivos sectores de actividade, nomeadamente a indústria e o turismo. Os interessados podem consultar mais informação sobre incentivos ao investimento externo na página da agência Cabo Verde Incentivos (CI), sobre a matéria, em: http://www.ci.cv/index.php?option=com_content&view=article&id=96&Itemid=61&lang=pt, assim como no Guia do Investidor – http://www.ci.cv/documentos/Guia_do_Investidor_pt.pdf. Os bens produzidos em Cabo Verde dispõem, igualmente, de condições de acesso preferencial aos mercados da União Europeia (Acordo de Cotonou), aos EUA (Sistema de Preferências Generalizadas e AGOA-African Growth Opportunity Act – http://www.agoa.gov/), à China e à CEDEAO. Relativamente à contratação pública importa referir que a Lei n.º 17/VII/2007 procedeu a uma reforma do sistema de aquisições do Estado, por forma a assegurar a máxima transparência dos processos e permitir que as compras públicas sejam efectuadas nas condições mais vantajosas para o Estado. Por sua vez, o Decreto-Lei n.º 1/2009, procura regular os procedimentos que envolvem a realização das referidas despesas. Ainda neste contexto, foi apresentado, em Junho de 2010, o Programa de Compras Públicas Electrónicas (PCPE), cuja gestão é da responsabilidade da Agência Reguladora das Aquisições Públicas, e que visa melhorar e simplificar os procedimentos de compras públicas de bens e serviços do Estado. O Site do Ministério referenciado disponibiliza informação pormenorizada sobre a matéria (Manual da Contratação Pública) – http://www.minfin.gov.cv/WebManual/apresentacao.html. 23 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) Finalmente, por forma a promover e a reforçar o desenvolvimento das relações de investimento entre os dois países, foram assinados entre Portugal e Cabo Verde o Acordo sobre Promoção e Protecção de Investimentos e a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, ambos em vigor. 5.3. Quadro Legal Regime de Importação • Decreto-Lei n.º 25/2009, de 20 de Julho – Aprova as normas gerais de higiene a que estão sujeitos os géneros alimentícios, bem como as modalidades do cumprimento das mesmas. • Decreto-Lei n.º 24/2009, de 20 de Julho – Aprova as normas de rotulagem dos géneros alimentícios destinados a serem fornecidos directamente ao consumidor final, bem como as que regulam determinados aspectos da sua apresentação e publicidade. • Decreto-Legislativo n.º 4/2010, de 3 de Julho – Aprova o Código Aduaneiro. • Ordem de Serviço n.º 04/2009/00.10.01, de 13 de Fevereiro – Estabelece a obrigatoriedade da declaração do NIF (Número de Identificação Fiscal) nas operações aduaneiras. • Decreto n.º 68/2005, de 31 de Outubro – Revê o Regime Jurídico do Comércio Externo. • Lei n.º 14/VI/2002, de 19 de Setembro – Aprova a Pauta Aduaneira Cabo-verdiana, baseada no Sistema Harmonizado. Regime de Investimento Estrangeiro • Decreto-Legislativo n.º 13/2010, de 8 de Novembro – Aprova a Lei da Actividade Industrial. • Decreto n.º 22/2010, de 8 de Novembro – Aprova o Protocolo em Matéria de Troca de Informações e Assistência Mútua Administrativa em Impostos sobre o Rendimento, conforme previsto no artigo 26.º da Convenção para Evitar a Dupla Tributação entre Cabo Verde e Portugal. • Decreto n.º 45/2010, de 11 de Outubro – Estabelece o regime jurídico aplicável ao exercício da Actividade de Construção. • Decreto-Legislativo n.º 5/2010, de 16 de Junho – Altera o Decreto-Legislativo n.º 5/2007, de 16 de Outubro, que aprova o Código Laboral. 24 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) • Decreto-Lei n.º 04/2010, de 8 de Março – Aprova o Regulamento que estabelece o processo de criação, funcionamento e a composição das Unidades da Gestão de Aquisições (UGA) e da Unidade da Gestão das Aquisições Centralizadas (UGAG). • Decreto-Regulamentar n.º 12/2009, de 20 de Julho – Aprova os Estatutos da Cabo Verde Investimentos – CI (Agência Cabo-verdiana da Promoção de Investimentos e Exportação). • Decreto-Lei n.º 30/2009, de 17 de Agosto – Estabelece o novo regime para a realização de vistorias a estabelecimentos comerciais. • Decreto-Lei n.º 20/2009, de 22 de Junho – Altera o Regime do Registo de Firmas estatuído pelo Decreto-Lei n.º 59/99, de 27 de Setembro. • Decreto-Lei n.º 01/2009, de 5 de Janeiro – Regulamenta a Lei das Aquisições Públicas. • Lei n.º 33/VII/2008, de 8 de Dezembro – Aprova o novo Código de Imposto do Selo (em vigor a 01.01.2009). • Decreto-Lei n.º 15/2008, de 8 de Maio – Cria a Autoridade Reguladora das Aquisições Públicas (ARAP) e aprova os respectivos estatutos. • Decreto-Legislativo n.º 5/2007, de 16 de Outubro – Aprova o Código Laboral. • Decreto-Legislativo n.º 4/2007, de 20 de Agosto – Aprova o Código da Propriedade Industrial. • Lei n.º 17/VII/2007, de 10 de Setembro – Aprova o Regime Jurídico das Aquisições Públicas. • Lei n.º 55/VI/2005, de 10 de Janeiro – Estabelece o Regime de Estatuto de Utilidade Turística. • Lei n.º 46/VI/2004, de 12 de Julho – Cria a Taxa Ecológica. • Lei n.º 22/VI/2003, de 14 de Julho – Aprova o Regulamento do Imposto sobre Consumos Especiais. • Lei n.º 21/VI/2003, de 14 de Julho – Aprova o Regulamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado. • Decreto-Lei n.º 1/96, de 15 de Janeiro – Regulamenta o Imposto Único sobre Rendimentos. • Lei n.º 127/IV/95, de 26 de Junho – Estabelece o Imposto Único sobre Rendimentos. • Decreto Regulamentar n.º 1/94, de 3 de Janeiro – Disciplina os processos de autorização para a realização de investimentos externos e para a organização do respectivo registo, previstos na Lei n.º 90/IV/93. 25 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) • Lei n.º 99/IV/93, de 31 de Dezembro – Define o Estatuto de Empresa Franca. • Lei n.º 90/IV/93, de 15 de Dezembro – Estabelece as condições gerais da realização de investimentos externos em Cabo Verde, bem como os direitos, garantias e incentivos atribuídos neste contexto. Acordos Relevantes • Resolução da Assembleia da República n.º 63/2000, de 12 de Julho – Aprova a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, entre Portugal e Cabo Verde. • Decreto n.º 32/91, de 26 de Abril – Aprova o Acordo de Promoção e Protecção Recíproca de Investimentos, entre Portugal e Cabo Verde. 6. Informações Úteis Formalidades na Entrada Passaporte: Exigido a todos os visitantes. Visto: É necessário. Vacinas: Não existe obrigatoriedade, mas é aconselhável a vacinação contra a febre-amarela. Riscos de Crédito e Caução e do Investimento Nacional no Estrangeiro A COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. gere, por conta do Estado português, a garantia de cobertura de riscos de crédito e caução e do investimento nacional no estrangeiro, originados por factos de natureza política, monetária e catastrófica. No contexto das Políticas de Cobertura para Mercados de Destino das Exportações Portuguesas, apólice individual, a cobertura para o mercado de Cabo Verde é a seguinte (Abril 2011): Curto prazo – Aberta sem condições restritivas. Médio/Longo prazo – Eventual exigência de garantia bancária ou de garantia soberana (decisão casuística). Indicações mais pormenorizadas sobre políticas e condições de cobertura podem ser obtidas junto da Direcção Internacional da COSEC. 26 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) Hora Local Corresponde ao UTC menos uma hora. Em relação a Portugal, Cabo Verde tem menos uma hora no horário de Inverno e menos duas horas no horário de Verão. Horários de Funcionamento Serviços Públicos: 8h00-12h00/14h00-18h00 (segunda a sexta-feira) Comércio: 8h00-12h30/15h00-19h00 (segunda a sexta-feira) 9h00-13h00 (sábado) Bancos: 8h15-15h00 (segunda a sexta-feira) Feriados 1 de Janeiro – Dia de Ano Novo 20 de Janeiro – Dia dos Heróis Nacionais 1 de Maio – Dia do Trabalhador 5 de Julho – Dia da Independência 15 de Agosto – Dia da Assunção 1 de Novembro – Dia de Todos-os-Santos 25 de Dezembro – Dia de Natal Existem feriados locais, designadamente: 22 de Janeiro – Dia do Município do Mindelo 19 de Maio – Dia do Município da Praia 15 de Agosto – Nossa Senhora da Graça, na Praia Nota: É concedida tolerância de ponto aos trabalhadores da Administração Pública no 2º período de trabalho do dia 24 de Dezembro e no 2º período de Quinta-feira Santa, sendo feriado todo o dia de Sexta-feira Santa. Na Praia, é concedida tolerância de ponto no 2º período de Terça-feira de Carnaval e todo o dia de Quarta-feira de Cinzas. No Mindelo, é concedida tolerância de ponto todo o dia de Terça-feira de Carnaval e no 1º período de Quarta-feira de Cinzas. 27 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) Corrente Eléctrica 220/380 volts AC, 50Hz. Pesos e Medidas É utilizado o sistema métrico decimal. 7. Endereços Diversos Em Portugal Embaixada da República de Cabo Verde Av. do Restelo, 33 1449-025 Lisboa - Portugal Tel.: (+351) 213 041 440 | Fax.: (+351) 213 041 466 E-mail: [email protected] | http://www.embcv.pt/ aicep Portugal Global Sede: O’ Porto Bessa Leite Complex Rua António Bessa Leite, 1430, 2.º 4150-074 Porto – Portugal Tel.: (+351) 226 055 300 | Fax.: (+351) 226 055 399 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt aicep Portugal Global Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 217 909 500 | Fax.: (+351) 217 909 581 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt CPLP – Comunidade de Países de Língua Portuguesa R. de S. Caetano, 32 1200-829 LISBOA – Portugal Tel.: (+351) 213 928 560 | Fax: (+351) 213 928 588 E-mail: [email protected] | http://www.cplp.org/ 28 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal – Cabo Verde Rua D. Filipa de Vilhena, 6 – 1º Esqº 1000-135 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 216 060 009 | Tlm.: (+351) 968 024 017 E-mail: [email protected] | http://www.portugalcaboverde.com Consulado de Cabo Verde em Portugal Rua da Boavista, 17 4050-107 Porto – Portugal Tel.: (+351) 222 031 077 | Fax: (+351) 222 088 346 E-mail: [email protected] COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, SA Direcção Internacional Av. da República, 58 1069-057 Lisboa - Portugal Tel.: (+351) 217 913 821 | Fax: (+351) 217 913 839 E-mail: [email protected] | http://www.cosec.pt Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento Instituição Financeira de Crédito, S.A. – SOFID Av. Casal Ribeiro, 14 – 4º 1000-092 Lisboa - Portugal Tel.: (+351) 21 313 77 60 I Fax: (+351) 21 313 77 79 E-mail: [email protected] I http://www.sofid.pt/ Em Cabo Verde Embaixada de Portugal na Cidade da Praia Avenida OUA Achada de Santo António CP 160 Cidade da Praia – Ilha de Santiago Cabo Verde Tel.: (+238) 262 60 97/39 25 | Fax: (+238) 262 32 22 E-mail: [email protected] 29 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) aicep Portugal Global – Praia Rua Largo da Europa, nº 8 – 2º Andar Dtº. Caixa Postal 215 Achada de Stº. António Cidade da Praia – Ilha de Santiago Cabo Verde Tel.: (+238) 262 14 74 | Fax: (+238) 262 14 75 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt Ministério das Finanças Av. Amílcar Cabral C.P. 30 Cidade da Praia – Ilha de Santiago Cabo Verde Tel.: (+238) 260 75 07 | Fax: (+238) 261 77 64 (DGCI) E-mail: [email protected] | http://www.minfin.gov.cv Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades Palácio das Comunidades C.P. 60 Achada Sto António Cidade da Praia – Ilha de Santiago Cabo Verde Tel.: (+238) 260 78 53 | Fax: (+238) 261 92 70 http://www.governo.cv/ Ministério do Turismo, Indústria e Energia Rua Cidade de Funchal, nº 2, 1º Dto C.P. 15 Cidade da Praia – Ilha de Santiago Cabo Verde Tel.: (+238) 260 48 00 I Fax: (+238) 262 31 54 http://www.mecc.gov.cv/ Câmara de Comércio, Indústria e Serviços do Barlavento (CCISB) Rua Boa Vista, Bloco A., N.º 45 Esq. C.P. 728 Mindelo – Ilha de S. Vicente Cabo Verde Tel.: (+238) 2328495 I Fax: (+238) 2328496 E-mail: [email protected] 30 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) Câmara de Comércio, Indústria e Serviços do Sotavento (CCISS) Avenida OUA nº 39 Achada de Santo António Cidade da Praia – Ilha de Santiago Cabo Verde Tel.: (+238) 261 5352 / 981 7273 I Fax: (+238) 261 7234 http://www.faroldacciss.org Cabo Verde Investimentos Rotunda da Cruz do Papa – Nº 5 Achada de Santo António C.P. 89-C Cidade da Praia – Ilha de Santiago Cabo Verde Tel.: (+238) 260 41 10/11/12; 262 14 88 | Fax: (+238) 262 26 57 E-mail: [email protected] I http://www.ci.cv/ Banco de Cabo Verde Av. Amílcar Cabral C.P. 101 Cidade da Praia – Ilha de Santiago Cabo Verde Tel.: (+238) 260 70 00 | Fax: (+238) 261 19 14 www.bcv.cv/ Banco Cabo-verdiano de Negócios Rua Justino Lopes nº1, C. P. N.º 593 Cidade da Praia – Ilha de Santiago Cabo Verde Tel.: (+238) 261 66 62/26 65/26 09/46 21 I Fax: (+238) 261 40 06/46 12 E-mail: [email protected] I www.bcncv.com/ Banco Comercial do Atlântico Avenida Amílcar Cabral, C.P. N.º 474, Cidade da Praia – Ilha de Santiago Cabo Verde Tel.: (+238) 260 09 00 I Fax: (+238) 261 32 35 E-mail: [email protected] 31 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) Outras Entidades Bolsa de Valores de Cabo Verde Achada de Santo António n.º 16 C.P. 115/A Cidade da Praia – Ilha de Santiago Cabo Verde Tel.: (+238) 260 30 30/31/32 I Fax: (+238) 260 30 38 E-mail: [email protected] I http://www.bvc.cv Direcção Geral das Alfândegas de Cabo Verde 63, Av. Amílcar Cabral C.P. 98 Platô Cidade da Praia – Ilha de Santiago Cabo Verde Tel.: (+238) 261 77 58 I Fax: (+238) 261 77 64 E-mail: [email protected] I www.alfandegas.cv/ Instituto Nacional de Estatística Av. Amilcar Cabral, 115 C.P. 116, Plateau Cidade da Praia – Ilha de Santiago Cabo Verde Tel.: (+238) 261 38 27 I Fax: (+238) 261 16 56 E-mail: [email protected] I http://www.ine.cv 8. Fontes de Informação 8.1. Informação Online aicep Portugal Global Documentos Específicos sobre Cabo Verde • Título: “Cabo Verde – Relações Económicas Bilaterais com Cabo Verde 2006-2011” Edição: 04/2011 • Título: “Cabo Verde – Dossier de Mercado” Edição: 06/2010 • Título: “Cabo Verde – Condições Legais de Acesso ao Mercado” Edição: 06/2010 32 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) • Título: “Cabo Verde – Informações e Endereços Úteis” Edição: 05/2009 • Título: “Cabo Verde – Acordos Bilaterais Portugal/Palop” Edição: 03/2010 • Título: “Cabo Verde – Convenção para Evitar a Dupla Tributação” Edição: 08/2009 • Título: “Cabo Verde – Acordo de Promoção e Protecção Recíproca de Investimentos” Edição: 06/2005 • Título: “Cabo Verde – Regime Legal de Investimento Estrangeiro” Edição: 10/2004 • Título: “Cabo Verde – Estabelecimento de Empresas” Edição: 10/2004 • Título: “Cabo Verde – Sistema Laboral e de Segurança Social” Edição: 10/2004 • Título: “Cabo Verde – Sistema Fiscal” Edição: 10/2004 • Título: “Cabo Verde – Incentivos ao Investimento e à Exportação” Edição: 10/2004 Documentos de Natureza Geral • Título: “Apoios Financeiros à Internacionalização – Guia Prático” Edição: 09/2010 • Título: “Acordos Bilaterais Celebrados por Portugal” Edição: 03/2010 • Título: “Marcas e Desenhos ou Modelos – Regimes de Protecção” Edição: 02/2009 • Título: “Normalização e Certificação” Edição: 11/2008 33 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) • Título: “Como Participar em Feiras nos Mercados Externos” Edição: 08/2008 • Título: “Seguros de Créditos à Exportação” Edição: 06/2008 • Título: “Seguro de Investimento Directo Português no Estrangeiro” Edição: 06/2008 • Título: “Guia do Exportador” Edição: 02/2008 • Título: “Aspectos a Acautelar num Processo de IDPE” Edição: 09/2006 A Informação On-line pode ser consultada no site da aicep Portugal Global, na Livraria Digital em – http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx 8.2. Endereços de Internet • Alfândegas de Cabo Verde – http://www.alfandegas.cv/ • Alfândega de Cabo Verde (pauta aduaneira 2010) – http://www.alfandegas.cv/index.php?option=com_docman&task=cat_view&Itemid=127&gid=22&or derby=dmdate_published • Assembleia Nacional de Cabo Verde – http://www.parlamento.cv/ • Banco de Cabo Verde – http://www.bcv.cv/ • Bolsa de Valores de Cabo Verde – http://www.bvc.cv/ • Cabo Verde Digital – http://portoncv.gov.cv:7778/portal/page?_pageid=118,190644&_dad=portal&_schema=PORTAL • Cabo Verde – Empresas, Marcas e Instituições (Anuário 2010/2011) – http://www.caboverdepages.com/home.htm • Cabo Verde Investimentos (CI) – http://www.ci.cv/ • Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento – http://www.faroldacciss.org/ 34 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) • Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde – http://www.portugalcaboverde.com/main.php • Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) – http://www.cplp.org/ • Doing Business in Cape Verde (World Bank) – http://www.legis-palop.org/bd • Economic Community of West African States (ECOWAS) – http://www.comm.ecowas.int/sec/index.php?id=about_a&lang=en • E-Regulations Cabo Verde – http://caboverde.e-regulations.org/ • Governo de Cabo Verde – http://www.governo.cv/ • Instituto Nacional de Estatística (Portal) – http://www.ine.cv/ • Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) – http://www.inps.cv/ • Jornal on-line “A Semana” – http://www.asemana.publ.cv/ • Jornal on-line “Expresso das Ilhas” – http://www.expressodasilhas.sapo.cv/ • Jornal on-line “Liberal Cabo Verde” – http://liberal.sapo.cv/ • Jornal on-line “Visão News” – http://www.visaonews.com/ • Legis Palop – http://www.legis-palop.org/bd • Ministério da Economia, Crescimento e Competitividade – http://www.mecc.gov.cv/ • Ministério da Justiça – http://www.mj.gov.cv/ • Ministério das Finanças – http://www.minfin.gov.cv/ • Ministério do Trabalho, Família e Solidariedade Social – http://www.mtfs.gov.cv/ • Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades – http://www.mnecc.gov.cv/ 35 aicep Portugal Global Cabo Verde – Ficha de Mercado (Abril 2011) • Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSI) – http://www.nosi.cv/ • Portal das Comunidades Portuguesas – http://www.secomunidades.pt/web/guest/PostosConsulares • Portal de Busca de Cabo Verde – http://www.caboverde24.com/ • Presidência da República – http://www.presidenciarepublica.cv/ • Unidade de Coordenação da Reforma do Estado (UCRE) – http://www.reformadoestado.gov.cv/ 36 Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt Capital Social – 110 milhões de Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120