fashion from portugal 2008 - Associação Selectiva Moda

Transcrição

fashion from portugal 2008 - Associação Selectiva Moda
fashion
from
portugal
2008
Balanço e disseminação dos resultados
das acções externas da Selectiva Moda
com apoio do QREN em 2008
Internacionalizar é garantir o futuro
A vocação exportadora e abertura ao mundo são características e fundamentos da indústria de moda portuguesa,
em particular do seu sector têxtil e do vestuário. A sua relevância e importância, ainda hoje incontornável no
conjunto das actividades económicas nacionais, foi alcançada e sedimentada historicamente na capacidade de
superar a dimensão limitada do mercado doméstico, demasiado pequeno para tanta ambição. Ficou no ADN do
seu tecido empresarial e é factor chave para a sua resiliência e sobrevivência permanentes.
Hoje, a Têxtil e o Vestuário portuguesa já não é obviamente a mesma indústria que vendia capacidades produtivas
e produtos indiferenciados a baixo preço vinte anos atrás. Tudo mudou. O país progrediu e progressivamente se
afastou do paradigma assente em baixos salários e qualificações elementares, e o mundo foi revelando novos
“players” no negócio, agressivamente mais concorrenciais, obrigando a ITV a subir na cadeia de valor, apostando
na diferenciação dos produtos. Pela moda. Pela inovação tecnológica. Pelo serviço.
Os projectos de internacionalização, que a ASM – Associação Selectiva Moda, participada da ATP e da ANIL,
tem vindo a implementar com indiscutível sucesso, nos últimos anos, organizando a presença colectiva de empresas
têxteis e de vestuário portuguesas, em mercados tradicionais e emergentes, contribuem decisivamente para
consolidar quotas em mercados tradicionais e para penetrar em emergentes, diversificando o destino das nossas
exportações e diminuindo a exposição do Sector a conjunturas menos positivas como a que estamos a viver.
A qualidade da organização e dos serviços da Associação Selectiva, fortemente orientada para os interesses e
resultados dos seus clientes, que são afinal as empresas, tem vindo a permitir que, ano após ano, as acções previstas
nos projectos de internacionalização cresçam continuamente, consolidando e alargando mercados, revelando
bem a consistência do trabalho realizado e a justeza da estratégia definida.
A ASM congratula-se pelo trabalho desenvolvido e entende que, apesar do muito que se tem feito pela promoção
do Sector e pela internacionalização das suas empresas, muito mais há ainda a fazer, pois é um trabalho sem
descanso e sem fim mantê-las modernas, competitivas e concorrenciais, pois mais do representar orgulhosamente
uma Indústria com passado, é imperioso que se assegure que uma Indústria com futuro.
Paulo Vaz
Director-Geral da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal
Vice-Presidente da ASM – Associação Selectiva Moda
fashion from portugal 2008
o mundo
é o nosso
mercado
interno
Tornamo-nos a primeira potência global porque nunca fomos muito felizes quando nos fechamos dentro desta
pequena manta de 89 mil metros quadrados, entalada entre o mar e Espanha.
Demos novos mundos a conhecer ao Mundo e fomos prósperos sempre que tivemos mundo. Sofremos grandes
e graves crises quando o devir da História nos quis circunscrever à ocidental praia lusitana da velha Europa.
A perda de independência, em 1580, foi uma consequência directa da perda do controlo das grandes rotas
comerciais marítimas, abertas e descobertas pelos nossos navegadores.
A Independência do Brasil, que nos privou de privilégios no trato das madeiras, ouros e açúcar, mergulhou o
país em quase um século de crise em banho Maria que incluiu uma guerra civil e determinou o fim da Monarquia
a 5 de Outubro de 1910.
A incapacidade em manter as colónias africanas foi a mãe do 25 de Abril de 1974 e dos anos turbulentos que se
lhe seguiram, em que a indústria têxtil soube estar à altura das gestas dos nossos antepassados e, através de um
imenso esforço exportador, assegurou ao pais as divisas que evitaram a bancarrota .
Neste século XXI, que tem a incerteza como marca de água, a única coisa que podemos ter como certa é que o
Mundo é o nosso mercado interno e que o caminho para a retoma passa obrigatoriamente pelo aumento do
volume de exportações.
Em 2008, as 55 empresas envolvidas no projecto Fashion From Portugal, desenhado e promovido pela Associação
Selectiv Moda, deram o equivalente a cinco voltas ao Mundo para mostrar e vender os seus produtos, participando
em 13 feiras, seis missões de prospecção e uma missão comercial, com escalas em Paris, Milão, Las Vegas,
Barcelona, Cidade do México, Xangai, Barcelona, Atlanta, Amesterdão, Vilnius, Poznan, Brno e Guadalajara.
Aqui ficam registadas as razões, próximas e remotas, desta viagem, que continua este ano, bem como o diário
de bordo de 2008.
fashion from portugal 2008
deste mundo tão mudado
Nós, os portugueses, somos prósperos e felizes sempre que nos recusamos a
deixar ficar enclausurados nesta pequena manta de 89 mil metros quadrados,
a “ocidental praia lusitana” da Europa.
A geografia deu-nos, com uma mão, as mais antigas fronteiras do velho
continente, praticamente definidas desde os finais do século XIII, e, com a
outra mão, uma condição periférica, aparente fraqueza de soubemos tirar
partido em diferentes períodos da nossa História.
Com apenas dois vizinhos, a Espanha, a separar-nos do resto da Europa, e o
Atlântico, a ligar-nos ao resto do Mundo, os nossos antepassados tomaram a
sábia decisão de se virarem para o mar.
A conquista de Ceuta, em 1415, foi o tiro de partida para a fantástica aventura
da expansão portuguesa que levaria um povo de pouco mais de um milhão de
habitantes a estabelecer bases comerciais nos quatro cantos do Mundo e a
manter rotas marítimas abertas em três oceanos – Atlântico, Índico e Pacífico.
A mão portuguesa foi fundamental para o desenho do mapa do Mundo, tal
como hoje o conhecemos. A expansão e os descobrimentos portugueses puseram
um ponto final na Idade Média e lançaram as bases para um novo período de
prosperidade de uma economia em que a produção e circulação de bens se
multiplicavam exponencialmente no mercado à escala mundial, que passou a
ser o vector dominante.
Produções, vias de tráfego, pesos e medidas, preços e moedas, compra e venda
são o alfa e o ómega da moderna economia mundial, fundada na epopeia das
naus que cruzavam os oceanos com a cruz de Cristo, abastecendo-se de seda
e porcelana chinesas em Malaca, de pimenta em Samatra, prata no Japão e
madeiras no Brasil.
Este fantástico incremento no comércio mundial, que tinha como epicentro
a Casa da Índia em Lisboa, criou a modernidade ao infiltrar o número em
todos os aspectos da vida quotidiana.
Num mundo em que se tornou preciso estabelecer a equivalência entre o ouro
da Mina e a roupa velha ou manufacturas de cobre alemãs por que era trocado,
bem como a relação entre o custo da obtenção de um escravo na Guiné com
o preço do ser escoamento nas Antilhas, as noções de tempo e de espaço,
medidas pelo número, alteraram-se por completo.
A generalidade dos historiadores usa a queda de Constantinopla às mãos dos
turcos, em 1453, para datar o final da Idade Média. Mas, é em documentos
portugueses, como o orçamento o custo da pimenta de 1558, que encontramos
as bases fundadoras da mentalidade quantitativista e voltada para a previsão
que caracteriza a Idade Moderna.
No orçamento para o custo da pimenta em 1558 entra-se em conta com os
preços de compra em cada um dos diferentes mercados fornecedores, os direitos
aduaneiros, corretagens, gastos de embarque e as despesas do Estado português
em feitorias e fortalezas nessas cidades.
Atende-se ainda às quebras na pesagem e aos riscos do mar (calcula-se que
uma em cada cinco naus naufraga, perdendo a carga), à despesa da estadia das
naus em Cochim e o custo da manutenção da armada de guarda da costa do
Malabar. As médias baseiam-se em séries dos anos antecedentes, no mínimo
três, mas preferencialmente oito.
“e as novas novedades
grandes aconscimentos
e desvairadas mudanças de vidas e de costumes,
tantos começos e tantos cabos,
tanto andar e desandar
tanto subir e descer.
tantas voltas más e boas,
tanto fazer, desfazer”
Garcia de Resende
fashion from portugal 2008
as feiras são santuários
“As feiras são santuários para uma intensa libertação da palavra, tagarelares ruidosos, trocas de informação,
mas também murmúrio de contestação, em que por vezes o gesto segue o verbo”
Benoit Cursent
As feiras são desde sempre os momentos de encontro centrais na história de
qualquer sociedade. O impulso de comerciar é unanimemente reconhecido
como um dos grandes motores da História – os outros são os conflitos entre
classes sociais e a necessidade de reprodução.
É natural que tenha sido sempre assim através dos tempos. Se não somos
capazes de fabricar tudo o que precisamos para viver - desde a alimentação ao
vestuário, passando por utensílios de trabalho e instrumentos de caça – temos
de os encontrar na família, nos vizinhos ou na comunidade mais próxima. E
para se obter o que precisamos convém ter algo para dar em troca…
Este princípio básico manteve-se inalterável ao longo dos séculos, apesar de
muita coisa ter mudado desde que no ano mil a Europa começou despertar da
idade das trevas através do ressurgimento e florescimento das feiras e mercados.
No princípio, era a troca directa de produtos, toma lá uma vaca, dá cá este
conjunto de arados, até que o aumento da circulação de moeda permitiu que
os negócios passassem a ser intermediados por dinheiro.
Na Idade Média, as feiras realizavam-se, por norma, em locais sagrados, como
átrios de cemitério ou nas imediações de uma igreja, onde ninguém se atreveria
a armar zaragatas - e onde, perante o espírito dos mortos, poucos ousariam
desrespeitar a honestidade dos negócios.
Hoje, as feiras realizam-se em modernos recintos especialmente construídos
para o efeito, localizados na proximidade de aeroportos, hotéis e na confluência
de vias de comunicação de grande débito.
Mas hoje, como dantes, há um calendário internacional, feiras dominantes e
feiras menores, bem como uma forte especialização temática.
A geografia mudou. A Flandres (actual Bélgica) já não é mais o grande centro de
dinamismo da indústria têxtil, onde os italianos compravam panos para tingir,
garantir os acabamentos e depois os exportarem por sua conta para todo o
Mediterrâneo. Mas a importância dos italianos no mundo da moda mantém-se.
Dantes, as cidades aperaltavam-se para acolher os mercadores visitantes.
Esmeravam-se em garantir-lhes segurança, os melhores acessos possíveis, água
em abundância para homens e animais, assim como um saneamento razoável
para evitar problemas sanitários graves durante o período da feira. Estas despesas
iriam beneficiar todos os habitantes, que lucrariam se a feira corresse bem.
Hoje, as cidades continuam a investir seriamente na oferta do máximo de
comodidade, conforto e diversão aos forasteiros que as demandam para participar
em feiras, como expositores ou compradores.
Dantes, as feiras eram um local onde, além de se adquirir um cavalo ou se
vender corantes e peles, se acertavam outros negócios, como o casamento de
uma filha, a compra de terras ou a contratação de mão-de-obra.
Hoje, as feiras são um local por excelência não só para vender directamente,
mas também para encontrar distribuidores, mostrar o produto e ver o que a
concorrência anda a fazer.
Mas hoje, como dantes, as feiras são as fundações de uma sociedade cuja
prosperidade assenta no desenvolvimento e intensificação das trocas e comércio.
fashion from portugal 2008
a primeira potência global
“Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos.
Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque
neste tempo d'agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é
graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!”
Carta do Achamento do Brasil, de Pero Vaz de Caminha
Mesmo antes de nos tornarmos a primeira potência global, nós, os portugueses,
éramos já um país de mercadores, habituados a vender vinhos, couros, azeites,
cortiça e frutas.
Está-nos no sangue o sentido apurado para o negócio, para sermos activos
agentes de trocas comerciais em todas as latitudes e latitudes, ultrapassando
facilmente barreiras como a língua, ritos e costumes.
Fino observador, Hergé, o genial inventor do Tintin, capturou com maestria
este traço constante do nosso código genético e integrou na sua rica galeria de
personagens o desempoeirado comerciante português Oliveira da Figueira.
A nossa enorme e ancestral capacidade de negociar em ambiente estranhos e
com gente de costumes diversos é ilustrada na fantástica Carta do Achamento
do Brasil, escrita por Pero Vaz de Caminha e datada de terras de Vera Cruz, a
1 de Maio de 1500.
O cronista descreve, numa linguagem saborosa e com enorme cópia de
pormenores, o primeiro encontro entre Pedro Álvares Cabral e os índios, onde,
além da curiosidade, ressalta a nossa queda para o negócio.
Cabral recebeu os índios “bem vestido, com um colar de ouro mui grande ao
pescoço”, sentado numa cadeira, em cima de uma alcatifa que fazia de estrado.
Acesas as tochas, os índios entraram, não cumprimentaram ninguém, mas
rapidamente deram sinais encorajadores à embaixada lusa.
“Um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em
direcção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia
ouro na terra. E também olhou para um castiçal de prata e assim mesmo
acenava para a terra e novamente para o castiçal, como se lá também houvesse
prata!”
Animados com esta perspectiva, os nossos antepassados da Armada de Cabral
logo trataram de tentar estabelecer boas relações com os índios - mostraram-
lhes um papagaio pardo (“acenaram para a terra, como se os houvesse ali”),
um carneiro (“não fizeram caso dele”) e uma galinha (“quase tiveram medo
dela, e não lhe queriam pôr-lhe a mão”).
Depois ofereceram-lhes de comer: “pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel,
figos passados. Não quiseram comer daquilo quase nada; e se provavam alguma
coisa, logo a lançavam fora. Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal lhe
puseram a boca; não gostaram dele nada, nem quiseram mais. Trouxeram-lhes
água em uma albarrada, provaram cada um o seu bochecho, mas não beberam;
apenas lavaram as bocas e lançaram-na fora”.
Até que um dos índios viu umas contas de rosário, brancas, fez sinal que lhas
dessem, e “folgou muito com elas”. Enquanto as experimentava, primeiro ao
pescoço, depois à volta do braço, acenava para a terra e novamente para as
contas e para o colar do Capitão.
Esta linguagem gestual foi prontamente interpretada pelos nossos antepassados
de uma forma optimista, como significasse que os índios estavam dispostos a
dar ouro pelas contas do rosário e outra fancaria. “Isto tomávamos nós nesse
sentido, por assim o desejarmos!”, confessa Pero Vaz de Caminha.
Cansados pela experiência e tão falatório, os índios brasileiros “estiraram-se
de costas na alcatifa, a dormir sem procurarem maneiras de encobrir suas
vergonhas, as quais não eram fanadas; e as cabeleiras delas estavam bem rapadas
e feitas”.
Logo Cabral, “mandou por-lhes por baixo da cabeça de cada um seu coxim”
e deitar-lhes um manto por cima, ao que eles, “consentindo, aconchegaramse e adormeceram”. Havia que tratar com gentileza quem nos podia dar acesso
a ouro, prata e outros bens preciosos no mundo global que estávamos a
construir…
fashion from portugal 2008
as naus foram substituídas
por aviões
“O reforço da capacidade competitiva das empresas a nível internacional e o investimento nos sectores
vocacionados para a exportação tem de ser uma prioridade estratégica da política nacional”
Mensagem de Ano Novo do Presidente da República
Na delicada conjuntura que vivemos, a indústria têxtil e de vestuário sente que,
tal como aconteceu num passado não muito longínquo, pode e deve dar uma
contribuição importante para que a economia portuguesa ache o estreito
caminho para a retoma.
Nos anos que se seguiram ao 25 de Abril, foram as exportações têxteis que
fizeram afluir as divisas que impediram o país de mergulhar numa crise cambial
e de balançar à beira do abismo da bancarrota.
Nesta crise que só se vive uma vez na vida, é fundamental dar livre curso à
vocação predominantemente exportadora de um sector como o nosso, que é
um dos poucos como mantém uma balança comercial positiva e vende
anualmente fora de portas produtos num valor superior a quatro mil milhões
de euros.
Num momento em que o endividamento externo do país atinge patamares
preocupantes, é estratégica a aposta na indústria têxtil e de vestuário, para que
faça entrar mais dinheiro, diminuindo assim o peso da dívida e juros nas contas
nacionais.
Tal como no tempo dos Descobrimentos, não há outro caminho senão o de
olhar o Mundo como o nosso mercado interno.
As naus foram substituídas por aviões, mas continuamos a levar no porão as
mercadorias.
As feiras mudaram de lugar e de espírito, mas continuam a ser o local por
excelência para apresentar os nossos produtos, espreitar a concorrência, estreitar
as relações com os distribuidores, fazer nova clientela e apurar do grau de
satisfação da antiga.
Os empresários são os novos mercadores, que - tal como os seus antepassados
que descobriram o Brasil - não aceitam que rituais diferentes, uma língua
estranha ou costumes diversos atrapalhem a realização de um negócio.
Neste “mundo tão mudado”, de que nos falava Garcia Resende, as “novas
novidades e desvairadas de vidas e de costumes” obrigam a um esforço de
permanente adaptação por parte de um sector tão heterogéneo como o têxtil,
onde convivem muitas empresas distintas, em dimensão e actividade, a vários
subsectores com ritmos diferentes.
O Plano Estratégico 2007-2013 para o sector elenca três caminhos possíveis a
trilhar para as empresas sobreviverem e prosperarem: o da marca, moda e
distribuição; a opção pelos têxteis técnicos e funcionais: e, por último, a aposta
na private label, no que significa de upgrade na subcontratação através de forte
incorporação de moda, sofisticação e orientação ao cliente.
Estes três diferentes caminhos têm um chão comum (a competitividade assente
na subida na escala de valor) e obrigam à intensificação da presença nos
mercados externos já que todos desaguam num único objectivo comum: o
reforço do volume das exportações.
Felizmente, parte não negligenciável das empresas tem sabido interpretar os
sinais do tempo e, com o apoio da Associação Selectiva Moda, tém marcado
presença nas mais importantes em certames internacionais, realizados em
mercados tradicionais (mas de plataforma de tendências), e emergentes, nas
mais diversas áreas – tecidos, marcas de vestuário, acessórios, têxteis técnicos
e funcionais.
fashion from portugal 2008
cinco voltas ao mundo
em 365 dias
“São as exportações para os países fora da União
Europeia que, em larga medida, estão a sustentar
a situação económica”
Basílio Horta, presidente do AICEP
Em 2008, 55 empresas portuguesas da Fileira Moda voaram mais de 200 mil
quilómetros, - ou sejam fizeram o equivalente a cinco viagens de circumnavegação à volta da Terra comandada pelo nosso compatriota Fernão de
Magalhães – para mostrar e vender os seus produtos, com o apoio da Associação
Selectiva Moda (ASM).
Constituída em 1992, como associação sem fins lucrativos, a ASM é formada
actualmente pela ATP (Associação Têxtil e Vestuário de Portugal) e pela ANIL
(Associação Nacional Indústria de Lanifícios).
Valorizar a fileira têxtil portuguesa num contexto internacional foi, desde a
primeira hora, a grande missão da Associação Selectiva Moda, que congrega
à sua volta as mais importantes associações dos segmentos da fileira têxtil: ATP
(resultante da fusão entre a APIM e a APT) e ANIL, mas também o CITEVE
(Centro Tecnológico da Indústria Têxtil e Vestuário de Portugal) e a APPICAPS
(associação dos industriais de calçado), com quem já fez algumas experiências
no passado, ao nível do Salão Modtíssimo, e partilhou algumas das acções
internacionais.
A participação activa destas 55 empresas num calendário intenso, que
compreendeu a presença em 13 feiras, seis acções de prospecção e uma missão
comercial, em lugares diversos de três continentes (a nossa Europa, mas também
as Américas e a emergente Ásia) corporizaram o projecto Fashion From Portugal.
Desenhado e promovido pela ASM, este projecto dá uma ajuda importante à
melhoria da competitividade das empresas e ao aumento do volume das
exportações, que assume uma importância estratégica para o nosso país.
Num contexto desfavorável, marcado pela liberalização dos mercados e a
concorrência com países emergentes sem a cultura social europeia, a Fileira
Moda tem tido um papel quase surpreendentemente positivo, honrando as
melhores características do seu código, herdadas dos nossos antepassados
navegadores e comerciantes, modernos e competentes..
A este desempenho não tem sido estranha a forma como a Fileira soube
interpretar os sinais do tempo e antecipar uma mudança de paradigma que
aposta na deslocação dos factores comparativos para os factores mais dinâmicos
e competitivos.
Crescer na escala de valor, pela criação de marcas próprias e pela crescente
aposta na criação e no design, são os fundamentos da estratégia.
Para continuar a ser bem sucedida, esta estratégia implica um conhecimento
detalhado da evolução não só dos mercados de referência, para onde confluem
os principais agentes económicos de todo o mundo, mas também dos mercados
emergentes (superpovoados e com um poder de compra crescente baseado nos
hábitos e cultura ocidentais), onde podemos e devemos estabelecer acordos de
associação e partenariado.
Para ser bem sucedida, esta estratégia tem de continuar, e é por isso que neste
momento em que deixamos aqui o diário de bordo referente a 2008 do projecto
Fashion From Portugal já começamos a escrever os primeiros capítulos do de
2009.
fashion from portugal 2008
diário de bordo
calendário
Participação
Bread & Butter Barcelona - 16 a 18 Janeiro
SIL – Salon International de la Lingerie /Interfilière – 24 a 27 Janeiro
The Magic Marketplace - 12 a 15 Fevereiro
Milano Unica - 12 a 15 Fevereiro
Première Vision Pluriel - 19 a 22 Fevereiro
Techtextil North America - 1 a 3 Abril
Bread & Butter Barcelona - 2 a 4 Julho
The Magic Marketplace - 25 a 27 Agosto
Mode City / Interfilière - 6 a 8 Setembro
Milano Unica - 16 a 19 Setembro
Baltic Textil & Leather - 17 a 19 Setembro
Première Vision Pluriel - 23 a 26 Setembro
Intertextile Shanghai Apparel Fabrics - 20 a 23 Outubro
Prospecção:
Intermoda – Guadalajara - México- 15 a 18 de Janeiro
Styl – Brno – República Checa - 18 a 20 de Agosto
Tex-style - Poznan – Polónia - 2 a 4 de Setembro
Exintex - México City - México - 23 a 25 de Outubro
Cinte Techtextil Shanghai – China - 20 a 22 Outubro
Mets – Amesterdão – Holanda - 18 a 20 Novembro
Missão comercial:
Missão empresarial México – 28 de Junho a 3 de Julho
fashion from portugal 2008
Bread & Butter Barcelona
Barcelona
Espanha
16 a 18 Janeiro
A Bread & Butter Barcelona (BBB) é o mais importante evento europeu de
Testemunhos
marcas para vestuário de streetwear and urbanwear, onde o design, criatividade
«O balanço foi positivo, apesar da recessão espanhola, já que foi uma
e a moda são a chave do sucesso e o factor de diferenciação em relação a outros
edição cheia de novidades, com novos contactos e com encomendas
certames.
para novos mercados» Katty Xiomara
A selecção dos participantes é rigorosa pelo que a participação das empresas
portuguesas é o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelas marcas
presentes.
Esta feira foi visitada por 89.168 de 105 países (mais 2,7% que a edição de
2007), dos quais 68,5% eram estrangeiros, provenientes da América, Europa
Leste, Ásia, América Sul.
«Foi uma edição fabulosa. Batemos todos os recordes, com mais de 700
visitas ao stand, o dobro das da edição anterior. Abriram-se novas
oportunidades e fizeram-se novos contactos» Miguel Barbosa, director
de exportação da Nobrand
«A Bread&Butter Barcelona é sempre a primeira feira da estação e talvez
a mais importante. Trata-se de um evento de moda sem igual e a afluência
de quase 100 mil visitantes em apenas três dias evidencia a sua
importância no roteiro mundial» António Alves, director de marketing
da Fly London
Empresas participantes
Katty Xiomara, Fly London (Fortunato O. Frederico & Ca Lda), Hard Hearted
Harlot (Fábrica de Calçado Meigo, SA), Nobrand (Maximo Internacional SA)
e S***R (Dashing - Consultadoria Unipessoal Lda).
fashion from portugal 2008
SIL – Salon International
de la Lingerie / Interfilière
Paris
França
24 a 27 Janeiro
Foi a primeira participação integrada de empresas portuguesas nesta feira, que
Testemunhos
nesta sua 45ª edição contou com a participação de 600 marcas e de 27. 147
«Fizemos inúmeros contactos que irão trazer bons negócios»
visitantes, dos quais 63% eram estrangeiros.
Pedro Marques Pereira, director de marketing da Mira Lingerie
A Itália assegurou o maior contingente (10,2% do total de visitantes) dos visitantes
estrangeiros, sendo ainda digno de notar o crescimento dos compradores
oriundos da Rússia e países de Leste (mais 13%) e Médio Oriente (6,5%).
Complementar à Mode City, que se realiza em Setembro, A SIL é uma feira de
nicho, do subsector de lingerie, que tem registado um enorme crescimento,
como é visível através da grande aposta de marcas internacionais nos dois
certames. Também em Paris a Interfilière apresenta-se como um salão dedicado
às matérias primas para roupa interior, banho e praia.
Os dois salões juntos representam um importante nicho de mercado. Trata-se
de um subsector com crescimento grande nos últimos anos e com uma grande
«Há um trabalho solidificado que faz com que a nossa participação seja
melhor de edição para edição. Esta edição da Interfilière foi muito
profissional e com mais negócio»
Fernanda Valente, administradora da Fernando Valente
«O evento foi extremamente importante para consolidar contactos e
receber os clientes»
Luís Pereira, administrador da JPC-Elásticos
aposta de marcas internacionais. Sendo uma das principais capitais da Moda,
Paris é o local ideal para promover marcas de roupa interior, banho e praia.
Empresas participantes
SIL: Constantino Carneiro de Sousa, Iora Lingerie (João Manuel da Costa Flores, Lda);
Interfiliére: Fernando Valente, JPC Elásticos
fashion from portugal 2008
The Magic Marketplace
Las Vegas
E.U.A.
12 a 15 Fevereiro
Os Estados Unidos são um mercado de importância incontornável por um
Testemunhos
conjunto de factores onde avultam a sua diversidade, oportunidades já detectadas,
«A nossa participação corre sempre muito bem. Desta vez fomos
poder de compra , dimensão e abertura a novas propostas de produtos e marcas.
convidados a passar modelos na Passerelle da Magic e, no final, foram
O facto de os produtos portugueses serem olhados pelos americanos como
muitos os que nos congratularam» José Armindo Ferraz, administrador
europeus, favorece a nossa imagem de qualidade.
da Inarbel
A Magic MarketPlace é o maior certame de vestuário nos EUA, especializado
em marcas internacionais de vestuário para Homem, Senhora e Criança.
Os resultados das participações das empresas portuguesas na Magic são positivos
e comprovam o interesse dos visitantes da feira nos nossos produtos e justificam
a aposta neste mercado de destino.
A participação nesta feira é importante para as empresas portuguesas que
«Embora em termos de encomendas não tenha sido muito relevante, o
principal objectivo, que era divulgar a marca, foi atingido e fizemos
alguns contactos interessantes» Ricardo Ramalho, director comercial
da Harlot
pretendam exportar para os Estados Unidos, dado ser um excelente espaço
para testar a aceitação do produto, estabelecer contactos com agentes e
distribuidores e potenciais clientes directos.
Empresas participantes
Inarbel, Orfama, Porteuropa, Portocouro (Atlanta Mocassin), Harlot Shoes
(Fábrica de Calçado Meigo, SA) , Coxx, Longratex
fashion from portugal 2008
Milano Única
Milão
Itália
12 a 15 Fevereiro
A Milano Única foi criada para juntar vários certames que se realizavam em
Testemunhos
Itália na área dos tecidos e acessórios para vestuário, e encerra em si espaços
«Conseguimos estabelecer bastantes contactos» Rosa Maria, responsável
- Moda In, Shirt Avenue, Ideiabiella, Idea Como, Prato Expo – onde as empresas
de vendas da Adalberto Estampados
europeias apresentam as suas colecções a nível internacional.
A presença das empresas portuguesas é essencial para o prestígio da nossa
indústria têxtil e de vestuário, dado o papel de referência que a Itália tem na
promoção de marcas e produtos de qualidade, dado o reconhecimento
internacional do design, qualidade e inovação dos produtos.
Devemos regojizar-nos por termos, na área dos tecidos, empresas que pela
qualidade do produto e serviço são reconhecidas internacionalmente e concorrem
«Mais uma vez estabelecemos contactos que nos parecem muito
importantes e interessantes para futuros negócios. Temos obrigatoriamente de estar presentes nesta feira porque é uma das montras mundiais
do nosso sector e, por esse motivo, pretendemos continuar a apostar na
Milano Unica» Sérgio Penetra, responsável comercial da Arco Têxteis
com as empresas italianas, consideradas a referência mundial.
Este certame contribui para a internacionalização do sector e tem um impacto
internacional muito forte, o que torna fundamental a aposta que as empresas
portuguesas fazem nesta feira, que tem igualmente um carácter internacional
importante. Nesta edição contou com 30.300 visitantes, representando 16.750
empresas (5.121 estrangeiras). Verificou-se nesta edição uma redução de
visitantes do Japão e EUA, talvez devido a queda do dólar e do yen. Contudo
esse decréscimo foi claramente compensado por visitantes oriundos dos países
emergentes: China, Índia e Europa de Leste: Bielorussa e Polónia. Com um
total de 659 expositores, 551 italianos e 148 de outros países europeus: França,
Espanha, Inglaterra, Alemanha e Portugal.
Empresas participantes
Moda In: A. Sampaio, Albano Morgado, Beiralã, Fareleiros, Gierlings Velpor,
Idepa, Lemar, Paulo de Oliveira, Penteadora, Riopele, Texwool.
Shirt Avenue: Adalberto Estampados, Arco Têxteis, Somelos Tecidos, TMG.
Ideabiella: Paulo de Oliveira
fashion from portugal 2008
Première Vision Pluriel
Paris
França
19 a 22 Fevereiro
Sob a designação "Première Vison Pluriel" realizam-se no mesmo espaço e nas
Testemunhos
mesmas datas cinco certames dedicados a matérias-primas para vestuário:
«Tivemos a oportunidade de apresentar em primeira mão a colecção
Première Vision – tecidos; Expofil – Fios e fibras; Modamont – acessórios; Le
para o Verão 2009 e a reacção por parte dos visitantes foi muito boa»
Cuir a Paris – peles e Índigo - denin.
Rosa Maria, responsável de vendas da Adalberto Estampados
Reconhecida internacionalmente como a plataforma por excelência de
apresentação de tendências na área dos fios, tecidos e acessórios para vestuário,
a “Première Vision” contou com a presença de amostras das empresas portuguesas
em todos os fóruns de tendências – o que demonstra a qualidade, design e
inovação dos nossos produtos.
Uma das acções realizadas pela Associação Selectiva Moda neste evento consiste
na apresentação de painéis de tendências, elaborados pela Unidade de Tendências
do CITEVE, com base em amostras de empresas expositoras.
Empresas participantes
Gierlings Velpor - Veludo Português S.A., Riopele Têxteis S.A., Somelos Tecidos
S.A., Paulo de Oliveira S.A., Penteadora-Soc. Ind de Penteação e Fiação de Lãs
S.A., TMG - Tecidos para Vestuário e Decoração S.A., Arco Têxteis S.A.,
Estamparia Têxtil Adalberto Pinto da Silva, Lda., Albano Morgado, S.A., A.
Sampaio & Filhos Têxteis, Fareleiros, Beiralã Lanifícios S.A., Idepa.
fashion from portugal 2008
Techtextil North America
Atlanta
E.U.A.
1 a 3 Abril
Os Estados Unidos são provavelmente o país com maior potencial de procura
Testemunhos
e desenvolvimento de novos produtos, com recurso a matérias-primas diversas
«Pretendíamos dar a conhecer os nossos produtos, estamos a abrir
das usuais ou produtos reciclados, lançando mão dos mais evoluídos processos
mercado neste momento e com esta participação conseguimos estabelecer
de fabrico, apoiados num sistema de alta investigação científica que privilegia
contactos interessantes nos EUA, Áustria, Bélgica, México e Canadá»
os aspectos práticos da sua utilização.
Luís Meireles, Biodevices
A Techtextil North America do maior e mais abrangente certame mundial de
têxteis técnicos e não-tecidos, Trata-se do único certame que conjuga, de uma
forma integradora, todos os aspectos da indústria: Investigação e
Desenvolvimento materiais, processos de produção, tecnologias, etc...
Mas a par da componente exposição, merece também destaque o TechtextilSymposium North América, que engloba um conjunto de conferências
abrangendo diversas áreas de aplicação, desde os têxteis para automóvel e o
vestuário de protecção até às investigações mais recentes e tecnologias emergentes
Esta edição da Techtextil North America levou a Atlanta 310 expositores e
3.711 visitantes de 40 países.
Empresas participantes
Biodevices, Coltec –Neves & Cª, Cordex, Fallsafe on line
fashion from portugal 2008
Bread & Butter Barcelona
Barcelona
Espanha
2 a 4 Julho
A Bread & Butter Barcelona (BBB) é o mais importante evento europeu de
Testemunhos
marcas para vestuário de streetwear and urbanwear, onde o design, criatividade
«O objectivo da participação na feira era a construção de uma rede de
e a moda são a chave do sucesso e o factor de diferenciação em relação a outros
distribuição europeia que permitisse à marca crescer rapidamente neste
certames.
mercado e este objectivo foi amplamente conseguido, com muito interesse
Esta edição teve como novidade a estreia do espaço The Source destinado a
manifestado por distribuidores, agentes comerciais e lojistas de todo o
matérias primas e acessórias para marcas de vestuário streetwear e urbanwear,
que contou com 56 expositores de tecidos, acessórios, acabamentos e outros.
O objectivo foi juntar num só espaço todos os intervenientes da fileira têxtil
com grande enfoque na área dos jeans - denin – uma das maiores áreas da feira.
mundo. A B&B é uma feira obrigatória no panorama de streetwear e
active sportswear internacional»
Margarida Nascimento, directora de negócio da Lightning Bolt
Empresas participantes
Katty Xiomara, Fly London (Fortunato O. Frederico & Ca), Hard Hearted
Harlot (Fábrica de Calçado Meigo), Nobrand (Máximo Internacional), S***R
(Dashing - Consultadoria Unipessoal), Runner Bean (Alberto Sousa Lda),
Lightning Bolt (TMG), Arco Têxteis
fashion from portugal 2008
The Magic Marketplace
Las Vegas
E.U.A.
25 a 27 Agosto
Nesta edição os resultados das participações das empresas portuguesas são
Testemunhos
positivos e continuam a despertar o interesse dos visitantes da feira. Uma das
«Esta nossa primeira participação foi bastante positiva. Fizemos muitos
principais mais valias registadas foi a capacidade estabelecer contactos com
contactos com os EUA, México, Caraíbas e Porto Rico»
agentes e distribuidores e potenciais clientes directos num evento que reúne
Eunice Hebil, directora comercial da Beppi
as principais referencias e marcas internacionais de vestuário para Homem,
Senhora e Criança.
Os Estados Unidos são um mercado de importância incontornável por um
conjunto de factores onde avultam a sua diversidade, oportunidades já detectadas,
poder de compra , dimensão e abertura a novas propostas de produtos e marcas.
O facto de os produtos portugueses serem olhados pelos americanos como
«Trata-se de uma das maiores feiras mundiais. Além disso, este é um
bom certame para alargarmos o mercado, não só dos EUA mas também
da América Latina, como o México, Argentina e Colômbia»
José Armindo Ferraz, administrador da Inarbel
europeus, favorece a nossa imagem de qualidade.
«Esta é uma participação sempre importante, porque permite encontrar
os clientes habituais, desenvolver novos contactos e manter o negócio»
António Cunha, director comercial da Orfama
«Estou satisfeito com esta participação. Permitiu o encontro com clientes
já estabelecidos mas também, e até um pouco surpreendentemente, com
novos clientes, bastante promissores»
Manuel Rodrigues, António Amorim
Empresas participantes
Inarbel, Orfama, Porteuropa, Coxx, Planitoi-Beppy, Harlot Shoes (Fábrica de Calçado Meigo, SA)
fashion from portugal 2008
Mode City / Interfilière
Paris
França
6 a 8 Setembro
Estas feiras promovem a divulgação de produtos de subsectores têxteis
Testemunhos
importantes que se dirigem a nichos de grande valor e registam bons níveis de
«É uma feira claramente internacional, a mais conceituada para roupa
crescimento, onde as empresas portuguesas têm realizado negócios significativos
interior» Fernando Sousa, comercial da Jacinto
e de relevância crescente: lingerie e beachwear.
Nesta edição a Mode City contou com 700 marcas expositoras e 25.040 visitantes,
um crescimento de 24,8% face a 2007, dos quais 60% foram internacionais,
vindos de 113 países, sendo de registar o forte crescimento dos contingentes
«As empresas que querem evoluir têm que estar onde as coisas acontecem
– onde estão os clientes e…os concorrentes. E isso acontece aqui»
Fernanda Valente, administradora da Fernando Valente
alemão e inglês.
«Os visitantes vêm para fazer negócio»
Lídia Aguiar, administradora da JPC
Empresas participantes
Mode city: Iora Lingerie, Jacinto e Katty Xiomara Intimo
Interfilière: Edor, Fernando Valente, Gulbena, JPC Elásticos, Rendibor
fashion from portugal 2008
Milano Única
Milão
Itália
16 a 19 Setembro
A sétima edição da Milano Única recebeu 31.500 visitantes, com destaque para
Testemunhos
vindos da China, Hong Kong e América do Sul.
«Conseguimos estabelecer bastantes contactos» Rosa Maria, responsável
Dos 666 expositores, a esmagadora maioria (518) eram italianos, sendo que os
de vendas da Adalberto Estampados
restantes 148 europeus eram do resto da Europa. Países como a Franca, Espanha,
Inglaterra, Portugal e Alemanha representaram cerca de 25% indústria têxtil
presente neste certame, que ocupou mais de 27 mil metros quadrados.
De realçar a entrada da empresa Paulo de Oliveira na feira Ideiabiella, certame
exclusivo para lanifícios de topo de gama.
«Mais uma vez estabelecemos contactos que nos parecem muito
importantes e interessantes para futuros negócios. Temos obrigatoriamente de estar presentes nesta feira porque é uma das montras mundiais
do nosso sector e, por esse motivo, pretendemos continuar a apostar na
Milano Unica» Sérgio Penetra, responsável comercial da Arco Têxteis
Empresas participantes
Moda In: Albano Morgado / Beiralã / Fareleiros / Gierlings Velpor / Idepa /
Lemar / Penteadora / Riopele / Texwool
Shirt Avenue: Adalberto Estampados / Arco Têxteis / Somelos Tecidos / Tmg
Ideabiella: Paulo Oliveira
fashion from portugal 2008
Baltic Textil & Leather
Vilnius
Lituânia
17 a 19 Setembro
A Lituânia é um forte centro de confecção na Europa, trabalhando na base da
Testemunhos
subcontratação para muitas marcas, importando grande parte das matérias-
«Os mercados bálticos podem constituir um bom nicho para o nosso
primas, nomeadamente fios e acessórios.
produto. Ainda estão em fase de crescimento, mas o potencial parece-
A Baltic apresenta excelentes oportunidades de negócio para as empresas
nos interessante e esta feira é a única porta de entrada.»
portuguesas destes subsectores, constituindo igualmente, uma porta de entrada
Sofia Silva, Longratex
na Rússia e nos países escandinavos.
A presença das empresas portuguesas contribuiu para um maior conhecimento
do mercado, e as expectativas para o desenvolvimento do negócio são positivas.
Nesta edição, a Baltic contou com a presença de 172 empresas, de 21 países,
e 7550 visitantes, de 26 países.
Empresas participantes
Gierlings Velpor, Distriposição, Oberndorfer, Gulbena, Texwool e Longratex.
fashion from portugal 2008
Première Vision Pluriel
Paris
França
23 a 26 Setembro
Na edição de Setembro, juntou-se a Zoom by Fatex, um novo certame de
Testemunhos
confecção/subcontratação da zona Euro-Med, aos cinco que sob a designação
«Surpreendentemente foi uma feira que correu bem. A Arco Têxteis
Première Vison Pluriel se realizavam habitualmente no mesmo espaço e datas:
recebeu sensivelmente as mesmas visitas que nas edições precedentes,
Première Vision (tecidos), Expofil (fios e fibras), Modamont (acessórios), Le
com a vantagem que, de facto, achamos que os visitantes se mostraram
Cuir a Paris (peles e Índigo – denin)
mais interessados e com uma visão um pouco mais positiva em relação
Cerca de 45 mil visitantes, dos quais 73% estrangeiros, estiveram nesta
ao negócio» António Amorim, administrador da Arco Têxteis
edição, sendo de destacar o aumento de 32% dos compradores russos e a
importância dos contingentes da América do Norte (2.800 pessoas), Japão
(1.710) e Coreia (900).
Em parceria com o CITEVE, a Selectiva Moda organizou, nas duas edições da
Premiére Vision Pluriel (Fevereiro e Setembro), um stand de tendências
construído a partir de amostras de empresas presentes na feira.
Empresas participantes
Beiralã Lanifícios S.A., Fareleiros, Paulo de Oliveira S.A., Penteadora - Soc. Ind
de Penteação e Fiação de Lãs S.A., Riopele Têxteis S.A., Albano Morgado, S.A.,
Somelos Tecidos S.A., A. Sampaio & Filhos Têxteis, Arco Têxteis S.A., TMG Tecidos para Vestuário e Decoração S.A., Gierlings Velpor - Veludo Português
S.A., Estamparia Têxtil Adalberto Pinto da Silva, Lda., Idepa
fashion from portugal 2008
Intertextile Shanghai
Apparel Fabrics
Shangai
China
20 a 23 Outubro
A Intertextile Shanghai Apparel Fabrics, com periodicidade anual, é o maior
Testemunhos
certame da Ásia na área dos tecidos e acessórios para vestuário. Nesta edição
«Esta feira é uma excelente porta de entrada para este mercado»
de 2008 tornou-se o maior certame em área ocupada e número de expositores
João Teixeira Duarte, director comercial da Gierlings Velpor
de todo o mundo na área têxtil.
Dando continuidade às acções realizadas anteriormente, a participação nesta
feira teve por objectivo reforçar a presença das empresas no mercado.
«Esta feira serviu como uma alavanca dos nossos negócios»
Manuel Silva, director de marketing e vendas da TMG
Com uma área de ocupação que tem vindo a crescer significativamente pela
presença cada vez maior de empresas asiáticas, contou em 2008 com 115.000
m2, 2559 expositores de 31 países e regiões, 49.896 visitantes de 85 países e
regiões.
De destacar a participação de empresas europeias através da presença em
pavilhões nacionais, nomeadamente Itália, Alemanha e Portugal.
A Intertextile Shanghai Apparel Fabric é a melhor plataforma para divulgar,
promover e realizar negócios com a China, constituindo ainda uma excelente
porta de entrada também para outros países asiáticos.
Empresas participantes
Gierlings Velpor, A Penteadora, Paulo de Oliveira e TMG -Tecidos para Vestuário e Decoração.
fashion from portugal 2008
Intermoda
A Intermoda é uma das mais importantes feiras do sector têxtil e da confecção
Por outro lado, o perfil da feira, a sua imagem global, a organização e a
da América Latina. No âmbito desta feira realizam-se diversas apresentações
generalidade dos expositores e do produto, não está conforme com os níveis
de moda, desfiles e conferências. As palestras tratam de temas como as condições
de exigência das empresas nacionais que participam nos certames internacionais,
de acesso ao mercado, tendências de moda, novas tecnologias e materiais entre
nomeadamente na Europa e nos Estados Unidos, onde os padrões são
outros temas.
significativamente superiores.
Na primeira edição do ano, realizamos uma visita de prospecção de mercado.
As empresas que já têm um representante no México justificam a sua presença
A Intermoda não oferece grande interesse para uma participação colectiva das
na Intermoda com a opção do agente nessa participação, tendo em conta que
empresas de vestuário portuguesas.
aquela feira é dirigida ao mercado interno e aos clientes que já têm conhecimento
Em primeiro lugar, pela data (a feira de Primavera-Verão 2008 foi em Janeiro
local da marca.
de 2008!), impossibilitando as empresas nacionais de trabalharem com este
Curiosamente, a participação destas empresas, por via do agente, não tem como
objectivo. Mas também pela distância geográfica e o impossível “lead time”
objectivo a satisfação de encomendas de curto-prazo, na lógica do pronto moda
produtivo a que seriam obrigadas.
atrás aludido, mas a apresentação de colecções para a estação seguinte, mesmo
A Intermoda é uma feira de “pronto moda” para o mercado interno e
que aparentemente deslocadas do objectivo daquele certame.
especialmente para os produtores mexicanos, que assim colocam imediatamente
Empresas participantes
satisfazer uma procura interna muito específica.
TRL – Têxteis em Rede, lda
Guadalajara
México
15 a 18 de Janeiro
prospecção
a sua estrutura produtiva ao serviço de pedidos muito em cima da hora e para
Styl- International Fashion
and Textile Fair
Tex-style
A Styl é um evento internacional que se realiza em simultâneo com a Kabo e
O mercado polaco do têxtil e do vestuário está em grande ebulição, pelo que
promove a indústria têxtil, acessórios, vestuário, calçado, artigos desportivos,
se recomenda que seja acompanhado de perto.
entre outros.
Com uma dimensão aproximada da Espanha, em área e número de habitantes,
Na visita de prospecção que efectuamos na edição de Agosto foi para nós muito
a Polónia é o maior e mais importante mercado dos países do alargamento, o
claro que mercado da Europa Central está particularmente activo, pelo que
que justifica a forte presença de grupos portugueses de diversas áreas: banca
não podemos deixar de estar muito atentos a este fenómeno.
(Millennium), distribuição (a Jerónimo Martins lidera o segmento discount
O forte impacto da International Fashion anda Textile Fair de Brno não se
através da cadeia Biedronka) e construção civil e obras públicas (Mota-Engil
limita à República Checa, mas estende-se ainda a dois importantes mercados
Polska).
vizinhos: o eslovaco e o húngaro.
A Tex-style de Poznan engloba pavilhões para indústria de tecidos, vestuário
O facto da Styl estar a ser muito procurada por compradores alemães e austríacos
e acessórios, onde marcam presença os principais compradores polacos bem
leva-nos a ponderar futuras presenças nesta feira.
como dos países vizinhos.
Empresas participantes
Empresas participantes
Júlio Torcato, Inarbel, Paula Borges, Mactrading, Raith
Lma-Alitecno, Gulbena, Américo Tavar, Tucha Malhas e Confecções,
Poznan
Polónia
2 a 4 de Setembro
prospecção
Brno
República Checa
18 a 20 de Agosto
prospecção
J Moreira –Felmini.
fashion from portugal 2008
Exintex
Cinte Techtextil
Organizada pela Messe Frankfurt no México, a Exintex apesar de ser considerado
A Cinte é feira especializada em têxteis técnicos e funcionais, organizada pela
o certame mais importante da indústria têxtil do México, não se nos afigura
Messe Frankfurt. Na edição de 2007 contou com a presença de representantes
que seja o instrumento mais adequado para as empresas portugueses
de 59 países. Em 2008, estiveram 301 expositores, de 18 países e regiões, e
ultrapassarem as tradicionais dificuldades de penetração neste mercado.
12.800 visitantes, de 47 países e regiões.
A nuclear importância do trepidante mercado chinês, que mantém um
Empresas participantes
impressionante ritmo de crescimento, justifica amplamente participações futuras
LMA - Alitecno
na Cinte das empresas portuguesas que actuam neste segmento inovador.
Empresas participantes
Shanghai
China
20 a 22 Outubro
prospecção
México City
México
23 a 25 de Outubro
prospecção
António & Manuel Coelho. ERT, Idepa e Multicol-Multifilamentos Coelhos.
Mets-Marine Equipment
Trade Show
Missão empresarial México
O Mets é o maior evento mundial da área náutica, nomeadamente vestuário,
O mercado mexicano apresenta grande interesse em determinados segmentos
calçado e acessórios. A par da feira decorrem concursos de criadores e de
de consumo de moda, bem expresso pela proliferação de grandes armazéns de
designers, havendo cerca de 20 países com pavilhões nacionais próprios.
modelo internacional, alguns bastante luxuosos, onde é possível encontrar
Trata-se, sem sombra de dúvida, de um certame a que as empresas portuguesas
grandes marcas globais e locais, a níveis de preço perfeitamente compatíveis
que produzem para este segmento devem dedicar uma especial atenção.
com os custos de produção nacionais, custos administrativos da exportação e
A importância do Marine Equipment Trade Show justifica plenamente que
transporte e ainda margens de comercialização interessantes.
Amesterdão faça parte das agenda dos fabricantes de roupa, calçado e acessórios
O mercado mexicano é fortemente solicitante de produtos de design e marcas
para uso náutico.
europeias e o “made in Portugal” é sinónimo de qualidade e prestígio, tal como
qualquer outro da Europa Ocidental.
Esta boa imagem dos nossos produtos pode e deve ser aproveitada pelas nossas
Velas Pires de Lima e Mactrading
empresas.
Amesterdão
Holanda
18 a 20 Novembro
prospecção
Empresas participantes
Empresas participantes
TRL-Têxteis em Rede e Orfama.
México City
México
28 de Junho a 3 de Julho
fashion from portugal 2008
indicadores de avaliação
do projecto
O seguinte conjunto de indicadores apenas serve para aferir e avaliar outros
aspectos do projecto, não mensuráveis de forma quantitativa, pelo que não
deverá influenciar o método de avaliação das empresas.
1. Indicadores de acompanhamento
Grau de satisfação das empresas participantes no projecto, medido por
Atendendo à qualidade com que as empresas se apresentaram nos diferentes
inquéritos:
mercados, é pena que a conjuntura internacional não seja a mais favorável para
Os inquéritos feitos para apurar o grau da satisfação das empresas permitiram
a expansão das actividades, senão os resultados alcançados seriam certamente
avaliar se foram alcançados, de uma forma eficiente, os objectivos estruturantes
ainda mais expressivos.
do projecto - no que diz respeito aos efeitos positivos para as empresas
Certamente existem algumas correcções a fazer, mas que serão essencialmente
participantes.
pontuais.
O resultado apurado revela um elevado grau de satisfação das empresas, que
realçaram o contributo operacional dado pela Selectiva Moda, assim como
Cumprimento das acções previstas:
todo o auxilio prestado durante o projecto, no que se refere a informação
A definição de acções e de empresas participantes é estruturada tendo em vista
disponibilizada e à colaboração de todos os envolvidos.
acções futuras e como tal a sua concretização está dependente de factores
Muitas empresas realçam mesmo o facto de que, sem este projecto, não teria
intrínsecos que apenas se concretizam em determinado período de tempo.
sido provável que desenvolvem-se as acções de internacionalização e se
Na generalidade, as acções são bem definidas e daí resultou um elevado grau
apresentassem com tanta qualidade nos mercados externos.
de cumprimento, já que na sua esmagadora maioria foram bem sucedidas.
Qualidade do trabalho efectuado pelas empresas nas acções, medido pela
Associação Selectiva Moda:
Esta avaliação baseia-se na observação do desempenho das empresas em cada
acção que participa, um método subjectivo que se apoia no sofisticado knowhow específico da equipa da Selectiva Moda .
Através de observação in loco, bem como do contacto com os participantes no
projecto, os media e os clientes, conclui-se que trabalho efectuado pelas
empresas nas acções foi na, sua generalidade, de boa qualidade, e até, em
diversos casos, de qualidade excepcional.
A Selectiva Moda não pode, por isso, deixar de dar parabéns a todas as empresas
participantes e agradecer-lhes o seu esforço e dedicação, que foram fundamentais
para o sucesso das acções desenvolvidas.
fashion from portugal 2008
2. Indicadores de resultados
3. Indicadores de impacto
Número de empresas participantes que entraram em novos mercados
Número de empresas com alterações na política comercial/logística
no ano pós-projecto:
no ano pós-projecto:
Como o projecto tem como objectivo a promoção internacional do nosso sector
A competitividade global exige melhorias ao nível das competências e
têxtil, um dos resultados primordiais que se pretende obter é o aumento do
desempenho das empresas. Vender no mercado internacional é muito mais
sucesso externo das empresas participantes.
difícil e exigente do que trabalhar apenas para o mercado interno.
Apesar deste sucesso não depender apenas do bom desempenho e da participação
Para consolidar a expansão internacional das empresas participantes neste
nas Feiras, o elevado número de empresas que conseguiram entrar em novos
projecto há que proceder a algumas mudanças na política comercial e logística.
países após a sua participação no projecto leva-nos a concluir que ele
Para manter os contactos, as encomendas e a posição conquistadas é necessário
efectivamente as ajuda a equiparem-se com factores extra de competitividade
mudar as políticas comerciais e de logística e este é um factor para o qual a
e as torna mais capazes a concorrerem nos mercados internacionais.
Selectiva Moda tem alertado as empresas, sendo já visível que, na sua maioria,
elas já estão a incorporar novos métodos, em especial numa focalização
progressiva nos mercados externos, e não apenas no mercado interno.
Índice de satisfação/fidelização medido pelo número de empresas participantes que mostrem intenção de voltar a participar no projecto em 2009:
Como resultado do elevado sucesso das acções realizadas, surge um elevado
índice de satisfação/fidelização das empresas participantes.
A grande maioria das empresas participantes manifestou a intenção de intenção
de participar em novas acções e voltar a ser parte integrante do projecto em 2009.

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