Julho 2015 - Associação de Amigos – Jardim Botânico

Transcrição

Julho 2015 - Associação de Amigos – Jardim Botânico
CAMINHADA DA FLORAÇÃO
Junho 2015
Associação de Amigos do Jardim Botânico
Floração por Cecília Beatriz da Veiga Soares
Fotos de João Quental
AAJB · Floração
Junho, 2015
CAMINHADA DA FLORAÇÃO
Julho 2015
Associação de Amigos do Jardim Botânico
Floração por Cecília Beatriz da Veiga Soares
Fotos de João Quental
Floração
1. Bauhinia variegata - Em frente à sede da AAJB encontra-se
a Bauhinia variegata albo lava – pata-de-vaca ou unha-devaca. Família: Fabaceae. Distribuição geográ ica Sudeste da
Ásia Sul da China Paquistão e Índia Árvore muito ornamental conhecida também como árvore de orquídeas de porte
médio com m de altura de crescimento rápido copa arredondada e larga de ramagem densa o tronco é cilíndrico com
casca rugosa pardo escura As folhas são simples levemente
coriáceas parecendo bipartidas semelhantes às patas de vaca
daí o seu nome popular Suas lores brancas perfumadas semelhantes às orquídeas atraem abelhas beija lores e outros
pássaros No Nepal são utilizadas como alimento De importância medicinal para curar úlceras e asma e os brotos e raízes
são utilizados para problemas digestivos
2. Manikara achras Antes da bilheteria encontra se o sapotizeiro que está fruti icando Muito encontrado nas regiões
Norte e Nordeste Árvore cujo porte varia de a
metros de
altura de copa frondosa e ovalada com folhas verde escuras
Tem sua origem nas terras mexicanas e nas Ilhas da América
Central Era conhecida pelos Maias e Astecas que o chamavam
de tzapoti devido ao látex extraído da árvore Este látex é
utilizado na fabricação da goma de mascar chiclete Acredita se que tenha chegado ao Brasil no inal do séc XVII ainda
no período colonial Relatam os historiadores que era o fruto
preferido de D João VI A casca do fruto é castanha ina seca e
áspera É consumido ao natural e também utilizado na produção de geleias compotas sucos e sorvetes Há um outro exemplar na entrada do Play
3. Bixa orellana No cactário um exemplar do urucum exibe
seus decorativos frutos vermelhos Família Bixaceae. Distribuição geográ ica Região amazônica encontrado em todo o
Brasil exceto no extremo sul pois não tolera geada Chamado
também de colorau, açafroeira-da-terra, açafroa ou urucu Arvoreta que pode alcançar até m de altura de rápido
crescimento e de grande efeito decorativo tanto pela beleza e
colorido de suas lores rosadas como pelos exóticos cachos de
frutos de exuberante cor vermelha Utilizado pelos indígenas
nas suas pinturas para tingir a pele e os cabelos serve para
protegê los dos raios solares e das picadas dos mosquitos É
usado igualmente para colorir objetos de cerâmica e outros
utensílios de uso doméstico Muito apreciado na culinária é conhecido como colorau na cozinha capixaba é condimento indispensável no preparo de peixes Produz um corante de larga
utilização nas indústrias alimentar popular farmacêutica cosmética de tintas e tecidos Na indústria alimentar está provada a sua e icácia na utilização como corante em derivados do
leite como queijos manteigas margarinas refrigerantes vinhos carnes em substituição aos corantes de origem mineral
Contém vitaminas A B e caroteno Na indústria de cosméticos
é empregado como bronzeador São inúmeras as indicações na
indústria farmacêutica e é também afrodisíaco Considerado a
essência do amor incondicional nos Florais de Minas é indicado para as personalidades agressivas quando essa atitude
gera somatizações que comprometem a saúde
Urucum (Bixa orellana)
4. Ainda no cactário há um Aloe sp. sem identi icação babosa Família Aloeaceae. Distribuição geográ ica África do Sul
Moçambique Zimbábue Herbácea suculenta pode chegar a
ou m de altura As folhas são carnosas longas a inando em
direção à ponta de cor verde azulada as margens são dentadas com espinhos In lorescências eretas muito duráveis com
lores vistosas alaranjadas que são atrativas para as abelhas e
beija lores
5. Euphorbia enopla - Família: Euphorbiaceae possui brácteas vermelho escuras e pode crescer até metro Distribuição geográ ica Sul ocidental da África do Sul
6. Aloe thraskii - aloe das dunas - Família: Aloeaceae. Distribuição geográ ica África do Sul nativa das zonas costeiras
Planta exótica muito rústica de crescimento rápido pode chegar a m de altura As folhas são retorcidas e as lores amarelo laranja bastante decorativas
Aloe das dunas (Aloe thraskii)
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7. Mammillaria sp. – Família: Cactaceae.Distribuição geográica México
Mammillaria sp.
8. Próximo do Cômoro está o Diallium guineense – jitaí, veludo. Família: Fabaceae Distribuição geográ ica África encontrado nas lorestas de savana densa e matas ciliares Conhecida também como veludo de tamarindo Árvore que atinge
m de altura com casca lisa e cinza As lores em cachos são
pequeninas de cor branco creme Os frutos são preto aveludados comestíveis com sabor de tamarindo Na Tailândia são
usados como alimento doce revestidos de açúcar e temperado
com chili Em Gana as folhas com gosto amargo fazem parte
de um prato especial As cascas e folhas têm propriedades medicinais antimicrobianas A madeira é densa dura e compacta
com cerne castanho avermelhado empregada na construção
de casas e pavimentação O nome especí ico signi ica da Guiné A fruta uma vez que lutua é transportada pelas correntes
marítimas podendo ocorrer a dispersão a longas distâncias
9. Erythrina speciosa - suinã - Família: Fabaceae. Distribuição
geográ ica Espírito Santo Minas Gerais Rio de Janeiro São
Paulo Santa Catarina e Paraná principalmente nas matas litorâneas Árvore de pequeno porte até
m de altura muito espinhenta e rami icada com caule de cor pardacenta Conhecida
também como mulungu, canivete e candelabro-vermelho,
quando nos meses de inverno perde todas as folhas deixando
à mostra os ramos nus erguidos em forma de candelabro De
julho a setembro cobre se de cachos de chamativas lores vermelho brilhante que atraem principalmente os beija lores e é
uma árvore excelente hospedeira para toda a classe de orquídeas Adapta se a qualquer clima e é muito resistente à estiagem prolongada assim como vegeta em terrenos úmidos Madeira leve e porosa podendo ser aproveitada para caixotaria
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da China e do Japão onde é natural dos bosques e loresce por
toda parte Nos meses de outono e inverno a azaléia perde as
folhas e cobre se totalmente de lores oferecendo um espetáculo de grande beleza Há mais de
variedades de lores
que podem ser simples ou dobradas nos mais variados matizes resultado das novas hibridações que surgem a todo o momento É chamada também de rosa-dos-alpes, azaléia-tocha
e azaléia-belga Os japoneses acreditam que Kurme uma variedade de azaléia brotou do solo sagrado do Monte Krishna
quando Ninigi desceu do céu para fundar o império japonês
No início do século XVIII o botânico E H Wilson muitas vezes chamado de Wilson o Chinês passou
anos na China à
procura de novas plantas Na volta enriqueceu os jardins da
Europa com mais de mil espécies
11. Archontophoenix alexandrae - palmeira-da-rainha. Em
frente ao cômoro há um belo conjunto de palmeiras da família
Palmaceae também conhecidas como palmeiras-australianas e palmeiras-beatriz Distribuição geográ ica Austrália
de porte elevado e elegante possuem crescimento rápido
Crescem em loresta litorânea preferindo solo úmido seu
palmito é comestível Extremamente ornamental por ocasião
das in lorescências com lores branco cremes mescladas aos
pequenos frutinhos vermelho brilhantes que fazem a festa
dos tucanos É sempre um belo espetáculo vê los se deliciando
com os pequeninos frutos
12. Clerodendron ugandense - A borboleta azul está lorida
Família: Verbenaceae Distribuição geográ ica Uganda África
Arbusto ereto rami icado de
a m de altura As folhas são
verde brilhantes e as lores delicadas tem parte azul clara e
parte azul violeta semelhantes a pequenas borboletas É planta muito visitada pelo inseto mamangava
Borboleta azul (Clerodendron ugandense)
Suinã (Erythrina speciosa)
10. Rhododendron simsii - As azaleias estão iniciando a loração - Família: Ericaceae Distribuição geográ ica originária
13/14. Nymphaea lótus - Nymphaea rubra Ornamentam o
Lago Frei Leandro com suas lindas lores as duas ninféias a
Nymphaea lótus ou lírio d´água lores brancas e a Nymphaea
rubra com lores cor de rosa Família Nymphaenaceae Distribuição geográ ica Índia As ninféias são plantas aquáticas de
rara beleza apresentam uma gama de tonalidades que abrange o azul do branco puro ao vermelho passando por vários
tons de rosa Seu nome botânico Nymphaea origina se do latim nympha que signi ica ninfa das águas Supõe se que seja
também uma variante da palavra grega nympha virgem uma
vez que na Antiguidade os gregos atribuíam a esta planta propriedades afrodisíacas Estas belas plantas despertaram o in-
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teresse e a admiração do famoso pintor impressionista francês
Claude Monet que as eternizou em inúmeros dos seus quadros Em seu jardim de Giverny próximo à Paris possuía uma
bela coleção dessa espécie que pode ser apreciada até hoje
como parte de um roteiro turístico
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17. Na mesma pérgula está outra trepadeira a Solandra grandi lora – solandra. Família: Sollanaceae. Distribuição geográica Brasil México e outros países da América do Sul Conhecida também como copa-de-ouro e videira cálice-dourado
Trepadeira muito rami icada de crescimento rápido podendo alcançar até metros de altura Suas folhas coriáceas são
verdes e brilhantes Desperta a atenção pelo tamanho de suas
grandes lores em forma de sino ou funil com
a
cm de
comprimento a corola amarelo ocre tem cinco linhas de cor
púrpura na parte interna despertam um suave perfume durante o dia tornando se mais acentuado à noite o que indica
uma polinização por morcegos No México são usadas em cerimônias sagradas devido às suas propriedades alucinógenas
Ninfeia lótus (Nymphaea lotus)
15. Encontra se lorida uma das mais belas árvores do Arboreto - Duabanga grandi lora - duabanga ou lampati Família
Lithraceae Distribuição geográ ica Índia Malásia Tailândia
e Vietnã onde é encontrada em lorestas tropicais entre
e
metros de altitude Árvore alta e majestosa de
a
m de altura de crescimento rápido com tronco ereto casca parda com rami icações numerosas dispostas ao longo do
tronco Copa ornamental pelo porte com seus ramos pendentes as folhas são opostas simples coriáceas verde brilhantes
In lorescências terminais com diversas lores grandes brancas e arredondadas com seis pétalas voltadas para baixo com
numerosos estames formam belos buquês que ao se desfazerem produzem uma chuva de delicadas pétalas brancas Os
frutos são cápsulas lenhosas globosas com grande número de
sementes de cor marrom A madeira é dura resistente utilizada na construção civil
Duabanga (Duabanga grandi lora)
16. Atrás da Duabanga encontra se numa pérgula a belíssima
trepadeira Camoensia máxima - camoensia - Família: Fabaceae Distribuição Geográ ica Golfo de Guiné África Merece
ser admirada pelos seus cachos de grandes e delicadas lores
brancas e perfumadas contornadas por uma pincelada de tonalidade castanha O nome genérico foi dado em homenagem
ao poeta português Luiz de Camões Ela é encontrada também
na extensa pérgula logo após a entrada do Arboreto
Camoensia (Camoensia máxima)
Solandra (Solandra grandi lora)
18. Jaborandi arborium Próximo da Estufa das Insetívoras
está o jaborandi. Família: Rutaceae. Distribuição geográ ica
endêmica do Brasil encontrada principalmente no Ceará e na
Bahia em lorestas da Caatinga e Mata Atlântica Com várias
indicações medicinais entre outras fortalece os cabelos reduzindo a calvície Empregada também na dor de dente
19. Ao lado encontramos a Merrenia tuberosa, rosa-de-pau,
com as lores ainda em botão Família Convolvulaceae Distribuição geográ ica México e América Central Costa Rica e Guatemala vegeta bem desde o nível do mar até altura superior a
m de altitude Outros nomes lor de pau, lor de madeira, ipoméia-do-ceilão, café-de-cipó Trepadeira de crescimento rápido muito vigorosa com ramos bastante rami icados desde a base com cipós que crescem até
m de altura
As folhas são alternadas membranáceas ixadas sob pedúnculo marrom avermelhado As lores são grandes amarelas
campanuladas com pedúnculo longo Os frutos quando secos
são cápsulas esféricas rijas envolvidas pelas sépalas de cor
de madeira com o formato de uma lor daí a origem do nome
rosa de pau no centro de a sementes pretas de super ície
aveludada É muito procurado para composição de arranjos
secos Devido ao seu desenvolvimento rápido e vigoroso tornou se uma planta invasora em várias Ilhas do Pací ico
Rosa-de-pau (Merrenia tuberosa)
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20. Após a Estufa das Insetívoras está lorida a Miconia calvescens – micônia ou árvore-de-veludo Família Melastomataceae. Distribuição geográ ica Sul do México América Central
até o Sul do Brasil e Norte da Argentina encontrada em regiões
litorâneas lorestas naturais zonas ribeirinhas áreas alagadas Árvore de m de altura muito oramental com grandes
folhas de
a cm podendo atingir até m de comprimento
de coloração verde escuro na parte superior e roxo com veios
brancos na parte inferior In lorescência numa grande panícula com lores brancas e rosadas lorescem várias vezes ao
ano e podem produzir até
lores Os frutos são pequenos roxos com inúmeras sementes minúsculas que chegam a
a
por fruto Os frutos são doces muito procurados por
uma variedade de aves e outros animais As sementes podem
permanecer dormentes no solo da loresta por mais ou menos
anos Esta planta consta na relação como uma das espécies
mais invasoras do mundo Quando crescem as grandes folhas
impedem o desenvolvimento de qualquer planta nas proximidades o sistema radicular super icial facilita a erosão É uma
séria ameaça aos ecossistemas do Pací ico por causa da sua
capacidade de invadir lorestas nativas intactas Em
esta
planta foi introduzida no Havaí pela sua beleza ornamental
Atualmente é considerada câncer verde no Taiti e praga
roxa do Havaí
Micônia (Miconia calvescens)
21. Próxima da Casa dos Pilões está lorida a Dombeya wallichii - astrapéia. Família: Malvaceae. Distribuição geográ ica
Madagascar Pequena árvore com a m de altura de rápido
crescimento muito ornamental o tronco com casca pardo escura e lisa ramagem densa formando uma copa arredondada
Folhas grandes cordiformes aveludadas principalmente na
parte inferior In lorescências dispostas na extremidade dos
ramos pendentes de pedúnculos longos e numerosa lores
cor de rosa ou salmão e algumas brancas perfumadas lembrando as lores de hortência Conhecidas também como lores de abelha é considerada planta melífera por ser de grande atrativo para as abelhas
Astrapéia (Dombeya wallichii)
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22. Dombeya tiliácea - dombéia. Família: Malvaceae. Distribuição geográ ica África do Sul Espécie do gênero Dombeya,
com lores brancas semelhante à Dombeya Wallichii
Dombéia (Dombeya tiliácea)
23. Também se encontra lorida a Stifftia crysantha - rabode-cutia Família Asteraceae Distribuição geográ ica Mata
Atlântica da Bahia Rio de Janeiro até São Paulo Conhecida
também como diadema, pompom-amarelo, pincel, esponja
e lor da amizade Arvoreta de a m de altura de tronco e
caule lenhoso a madeira é leve mole de baixa durabilidade
As folhas são simples verdes e brilhantes As lores são como
pompons nas tonalidades amarelo laranja que assim permanecem durante por longo período nos meses de junho a setembro São de grande atrativo para os beija lores borboletas
e abelhas Utilizadas como lor de corte frescas e depois secas aproveitadas para arranjos decorativos
24. Beaucarnea recurvata - pata-de-elefante ou neolina a
decorativa in lorescência está terminando Família Ruscaceae
Distribuição geográ ica México Planta arborescente de a
m de altura semi lenhosa e ereta muito ornamental com
aspecto escultural e imponente O tronco é dilatado na base
o que lhe dá o nome popular de pata de elefante e também
armazena água nos locais desérticos onde ela é escassa As
folhas são muito belas com aspecto de cabeleira dispostas
em densos tufos nas extremidades dos ramos In lorescências
eretas grandes formadas com numerosas pequenas lores
branco creme
25. Logo a seguir encontramos a Dianella tasmanica - dianela
Família: Xanthorrhoeaceae Distribuição geográ ica Austrália
Tasmânia e Oceania Planta perene de pequeno porte forma
touceiras As lores são azuis mas despertam mais atenção os
frutinhos em forma de bagas redondos brilhantes na cor azul
cobalto
Dianela (Dianella tasmanica)
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26. No caminho para o Orquidário ao lado da extensa pérgula
no Jardim dos Beija lores há uma árvore alta completamente
lorida com lores brancas sem identi icação
27. Junto ao Bromeliário Iniciou a loração que permanece
durante um mês às vezes mais Cochlospermum vitifolium poro-poro Família Bixaceae. Distribuição geográ ica México América Central América do Sul e Brasil onde é mais frequente na Caatinga Outros nomes botão-de-ouro, algodão
do mato ou algodão-de-travesseiro É uma árvore alta que
perde todas as suas folhas nos meses de julho e agosto e se
veste de grandes lores vistosas de cor amarelo dourado brilhante durante mais de um mês As sementes são envoltas por
ibras brancas e sedosas semelhantes ao algodão utilizadas
como enchimento de travesseiros e colchões É de signi icante
importância medicinal foi empregada principalmente pelos
Maias Muitas vezes é confundida com os ipês no entanto suas
lores são maiores e a loração se estende por muito mais tempo É também conhecida como Brazilian rose
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Rio de Janeiro região costeira e no norte de São Paulo Arbusto
de a m de altura as folhas são espessas lisas e brilhantes suas lores de textura a de uma lor de cera e suas lores
brancas com centro avermelhado atraem pássaros abelhas
e borboletas Permanece lorida grande parte do ano O látex
de algumas espécies de clusia é utilizado na medicina popular
como cicatrizante de feridas no tratamento de pele entre outros e é analgésico
30. Os ipês roxos, continuam decorando e alegrando o arboreto - Handroanthus heptaphyllus. Família: Bignoniaceae Distribuição geográ ica Sul da Bahia Minas Gerais ao Rio de Janeiro até Paraná e Santa Catarina na loresta pluvial Atlântica
e também ocorre em outros países da América do Sul Outros
nomes como é conhecido ipê-uva, ipê-rosa, ipê-piranga,
ipê-roxo Nome especí ico Heptaphylla signi ica sete folhas
Ipê roxo (Handroanthus heptaphyllus)
Poro-poro (Cochlospermum vitifolium)
28. No jardim do Bromeliário nos deparamos com as delicadas e singelas lores cor de rosa da pequena orquídea Pseudolaelia Cresce em áreas muito ensolaradas e mais secas não
raro a pleno sol frequentemente crescendo emaranhadas a
espécies de Vellozia ou vicejando sobre rochas que recebem
sol indireto e onde há maior acúmulo de umidade estando sujeitas com isso à grande amplitude térmica que ocorre entre
o dia e a noite; originárias do sudeste brasileiro, a maioria de
Minas Gerais Rio de Janeiro ou Espírito Santo chegando até o
sul da Bahia
31. Saraca thaipigensis Encontramos após a guarita da Entrada da rua Pacheco Leão uma das mais belas árvores do
Arboreto a saraca-amarela ou saraca-tangerina. Família:
Fabaceae. Distribuição geográ ica Tailândia Malásia e Ilha de
Java na Indonésia Árvore de até m de altura de tronco com
casca rugosa de cor pardo acinzentada com copa pequena e
aberta Torna se realmente deslumbrante por ocasião da loração com grandes buquês com magní icas lores amarelas
brilhantes e perfumadas distribuídas em grande quantidade
pelo tronco pelos ramos lenhosos e na extremidade dos galhos Muito procurada por vários pássaros e abelhas
Saraca-amarela (Saraca thaipigensis)
Pseudolaelia
29. Atrás do Bromeliário está a Clusia lanceolata - cebolada-mata, cebola-da-restinga ou ceboleiro-da-praia Família: Clusiaceae Distribuição geográ ica áreas de restinga do
32. Calycophyllum spruceanum - pau mulato. Família: Rubiaceae Distribuição geográ ica Região amazônica em matas
periodicamente inundadas às margens dos rios Conhecido
também como mulateiro-da-várzea ou escorrega-macaco Árvore de
a m de altura com crescimento lento de
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porte altaneiro elegantíssimo com troncos lisos retilíneos
esguio que apresenta diversas colorações e texturas à medida que troca a casca no decorrer das estações O tronco nasce
verde oliva e nos meses de julho agosto reveste se de casca
de cor bronze dourado de rara beleza que se desprende do
tronco e lentamente adquire a cor castanho escuro parecendo que foi lustrado o que lhe deu o nome de pau mulato É
rami icado apenas na ponta de folhas cartáceas de forma oblonga que formam uma copa bastante delicada As lores de
cor branco esverdeadas aromáticas estão reunidas nas extremidades dos ramos A madeira é moderadamente pesada
dura compacta fácil de trabalhar resistente ao apodrecimento pode fornecer
de celulose para papel é empregada em
marcenaria esquadrias cabos de ferramentas artigos torneados e raquetes de tênis e ping pong É considerado também árvore da juventude sua casca tem poderes rejuvenescedores
elimina as rugas tem efeito luminescente e clareia as manchas
da pele É usada pelos indígenas aplicada como emplastro para
cicatrização é repelente e inseticida
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34. No caminho para o lago do Pescador está fruti icando a
Grias neuberthii – manguá. Família: Lecythidaceae. Distribuição geográ ica Equador Colômbia Peru e Região Amazônica
principalmente em vegetação de terra irme desde o nível do
mar até
m de altitude Árvores altas e esguias chegam
a atingir
m de altura despertam a atenção pela extraordinária beleza dos troncos de cor marrom escuro literalmente
revestidos de vistosas lores amarelas reunidas em grupos de
ou mais unidades desde bem próximo ao solo até o topo de
maneira semelhante à árvore conhecida com abricó de macaco Couroupita guianenses As lores são de grande atrativo
para as aves borboletas e abelhas As folhas lustrosas muito
grandes podem medir até um metro de comprimento de consistência coriácea e forma oblongo lanceolada Os frutos são
comestíveis lenhosos compridos amarronzados grandes e
pesados medindo
cm de comprimento por
cm de largura contendo dezenas de sementes arredondadas Logo abaixo
da casca a polpa que envolve as sementes é branca e adocicada muito saborosa lembrando o sabor da amêndoa apreciada
pelos povos nativos A árvore é conhecida com o nome de sachá-manguá manga da loresta selvagem que signi ica parecida com manga No Equador é considerada sagrada pelos
índios Quichuas por servir de alimento para o espírito da loresta Sacha Ruma Possui inúmeras propriedades medicinais
35. Hernandia sonora - ventosa ou chocalho - Família: Hernandiaceae. Distribuição geográ ica México Costa Rica Antilhas Colômbia e Equador Árvore de
a
m de altura
dotada de sapopema raízes com escora na base o tronco de
casca ina é longo e acinzentado Folhas alternas ovaladas a
ovaladas alongadas e arredondadas na base In lorescências
com lores masculinas e femininas de cor cinza esverdeada
Ventosa (Hernandia sonora)
Pau-mulato (Calycophyllum spruceanum)
33. Encontramos com muitos frutos o Anacardium giganteum
- caju-bravo, caju-da-mata, cajuí. Família: Anacardiaceae.
Distribuição geográ ica loresta de terra irme na Amazônia e
também na Bahia e Minas Gerais É uma árvore de copa densa
e de grande porte chegando a atingir cerca de
metros de
altura e diâmetro superior a um metro
Cahu-bravo (Anacardium giganteum)
Os frutos são ovoides duros pardacentos dispostos soltos no
interior de uma cúpula globosa in lada de cor amarela contendo um único fruto ao serem balançados o conjunto lembra
bastante guizo ou sino Os frutos maduros no habitat natural
desprendem se sobre a água lutuam dispersam se e germinam nas margens Ótima árvore de sombra principalmente no
entorno de lagos cursos d água ou terrenos muito úmidos
36. Eranthemum nervosum – camarão-azul Família Acanthaceae Distribuição geográ ica Índia sendo encontrada também na China Arbusto perene muito rami icado de
a m
de altura De bonito efeito ornamental com grandes folhas verde escuro sulcadas pela nervação que fazem contraste com
as lores de uma belíssima tonalidade azul brilhante Atraem
abelhas borboletas e várias aves Florescem nos meses de outono e inverno
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Camarão azul (Eranthemum nervosum)
37. Theobroma cacao Os cacaueiros estão fruti icando
pertencem à família Sterculiaceae Distribuição geográ ica
América Central e América do Sul ocorre em toda a região
amazônica crescem nos sub bosques das lorestas tropicais
úmidas As árvores atingem a altura de m Suas lores de um
branco amarelado e os frutos nascem diretamente dos galhos
e dos ramos laterais na maturação têm a cor vermelho amarronzada Podem ser comestíveis em natura e com sua polpa
saborosa são preparados pratos açucarados e uma bebida aromática doce O principal valor está nas castanhas sementes
transformadas industrialmente no chocolate A manteiga de
cacau é usada para fabricar chocolate em pó chocolates em
geral e empregada para ins farmacêuticos e cosméticos O
consumo do cacau é tão antigo que não se tem ideia de quando começou O nome genérico theobroma vem do grego theos
signi ica deus e broma signi ica alimento Os Maias os Astecas e os Incas preparavam o néctar dos deuses No reino de
Montezuma a amêndoa do cacau era a base do sistema monetário Consta que no tempo de Cortês mil sementes valiam três
ducados de ouro
38. No Jardim Japonês encontra se a Brownea ariza – solda-mata Família Fabaceae Distribuição geográ ica Colômbia Equador Venezuela e Peru cresce em lorestas úmidas em
baixas altitudes Árvore de pequeno porte a m de altura
crescimento lento, de tronco e casca rugosa, com coloração
cinza escura Ramagem tortuosa e curta de copa densa e baixa cujos galhos tendem a tocar no solo Folhas são alternas
compostas brilhantes na face superior de cor verde escuro
A beleza da brotação das folhas novas é semelhante às das outras Browneas As in lorescências são penduradas nas extremidades dos ramos com lores vistosas e muito ornamentais
de coloração vermelha ou róseo avermelhada Os frutos são
vagens achatadas marron claras contendo sementes de cor
marrom Própria para climas mais quentes não se adapta a
regiões de alta temperatura não suportando geadas
Sol-da-mata (Brownea ariza)
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39/40. Camellia japônica - Logo a seguir decorando o Jardim
Japonês estão as camélias brancas e vermelhas Família
Theaceae. Distribuição geográ ica China Japão e Coréia Arbustos ou pequenas árvores de
a m de altura lenhosas
rami icadas de folhagem densa escura e lustrosa As folhas
são elípticas coriáceas denteadas e cerosas As lores são solitárias grandes podem ser simples ou dobradas nas cores
brancas vermelhas róseas ou bicolores formadas no outono inverno Era a favorita dos mandarins e monges chineses
Um padre jesuíta Georg Kamel deu origem ao nome desta
planta nascido na Morávia em
foi trabalhar na China
como missionário encantado pela lor cultivada pelos chineses passou a divulgá la Muito respeitado no círculo botânico
com inúmeros trabalhos publicados somente trinta anos após
a sua morte foi homenageado a lor que tornara conhecida
recebeu o seu nome Como o latim não tem a letra K ela foi
substituída pelo C dando origem a Camellus Assim surgiu a
palavra Camellia A planta foi introduzida na Inglaterra em
por Lord Petre renomado botânico e amante das plantas
exóticas No início do século XIX a lor já era bastante conhecida e admirada na Europa quando Alexandre Dumas imortalizou a no seu célebre romance A dama das camélias por
volta de
elegendo a a predileta de sua heroína Dizem
que a camélia seria a rainha das lores se tivesse perfume no
entanto nos relata que Marguerite a dama das camélias não
tolerava lores perfumadas e recusava as mais belas corbeilles
dos seus ardentes admiradores alegando que estas a fazia
tossir deixando a enferma A camélia tornou se um símbolo
do abolicionismo O pesquisador Eduardo Silva relata no seu
livro As Camélias do Leblon e a Abolição da Escravatura sobre o comerciante português José de Seixas que abrigou na sua
propriedade no Leblon hoje é o Clube Federal um Quilombo
onde eram plantadas mudas de camélias Esta lor era exibida
na lapela de todos os partidários do abolicionismo Consta que
de todos os inúmeros presentes recebidos pela princesa Izabel
o que mais a emocionou foi um buquê de belas camélias colhidas no Quilombo
Camélia (Camellia japônica)
Camélia (Camellia japônica)
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41. Calliandra harrsii - caliandra, esponjinha. Família: Fabaceae. Distribuição geográ ica Brasil Pequeno arbusto com
altura de
a m In lorescências compostas por muitas pequenas lores de cor vermelho escuro com inúmeros estames
longos e inos
42. Kopsia fruticosa No arboreto atrás da Biblioteca encontra-se a vinca arbustiva. Família: Apocinaceae. Distribuiição
geográ ica Índia Misnmar Tailândia Indonésia e Filipinas
Arbusto que atinge de a m de altura perene semi lenhoso com folhas elípticas coriáceas verde brilhantes As lores
são delicadas cor de rosa ou brancas com cinco pétalas com
o centro vermelho que lembram as lores do pequeno arbusto Catharanthus roseos conhecido como vinca-rosa Os frutos
são drupas com cerca de
cm de comprimento São apreciadas como planta ornamental e por suas propriedades medicinais utilizadas na medicina popular Este arbusto Kopsia foi
nomeado em homenagem a Jan Kops
botânico
inglês fundador da revista Flora Batava em
43. Calliandra calothyrsus – caliandra. Família: Fabaceae. Distribuição geográ ica América Central e México Arbusto de a
m de altura com crescimento rápido Encontrada em altitude
de
a
metros
Caliandra (Calliandra calothyrsus)
44. Após a entrada do Arboreto as duas Parmentiera cereifera
– árvore-da-vela estão loridas Família Bignoniaceae Distribuição geográ ica México Panamá América Central Árvore
de a m de altura com tronco muito rami icado copa densa
Suas lores abundantes brancas campanuladas são dispostas
ao longo do tronco e dos ramos quando caem formam sob a
sua copa um tapete branco muito decorativo os frutos são longos cilíndricos branco amarelados cerosos dependurados
diretamente dos ramos com aspecto semelhantes a uma vela
contêm polpa na qual estão embutidas as sementes pequenas
e achatadas
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