Dados biográficos de Maria Eunice

Transcrição

Dados biográficos de Maria Eunice
Dados biográficos de Maria Eunice
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Primeiro setênio (0 a 7 anos):
Passou a infância no interior, foi a segunda filha do casal e viviam em condição
de pobreza. Os primos moravam próximos e ela brincava bastante. O pai
trabalhava em uma fábrica de cerâmica e estava sempre ausente. A mãe tinha
ciúmes dela, pois era muito bonita e o pai a protegia. Como Maria Eunice
enfrentava a mãe, apanhou bastante.
Quando tinha 2 anos, nasceu uma irmã, que morreu logo após. Aos 4 anos,
nasceu outro irmão.
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Segundo setênio (7 a 14 anos):
Aos 7 anos, foi para a escola, sendo alfabetizada aos 8 anos. Não gostava de
estudar. Tinha habilidades manuais.
Aos 9 anos, nasceu outra irmã. Maria Eunice se sentia abandonada pelos pais.
Aos 11 anos, aprendeu a costurar e a bordar com uma tia de quem gostava
muito.
Aos 12 anos, já ajudava a tia a fazer bordados para costureiras de grife da
capital.
Aos 13 anos, menstruou pela primeira vez.
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Terceiro setênio (14 a 21 anos):
Aos 14 anos, iniciaram os conflitos com o pai, que não aceitava que ela
namorasse e nem que se arrumasse. Gostava de se maquiar, mas o pai não
permitia.
Aos 18 anos, em virtude de desavenças com o pai, foi para a capital trabalhar
como doméstica. Gostava de sair e começava a namorar.
Aos 19 anos, ficou grávida, e o namorado não assumiu. Maria Eunice fez um
aborto por medo do pai.
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Quarto setênio (21 a 28 anos):
Aos 21 anos, passou a namorar sério um pedreiro, mestre de obras, dez anos
mais velho que ela.
Aos 22 anos, Maria Eunice se casou. Deixou de trabalhar, pois o marido não
queria.
Começaram os conflitos com o marido ciumento. Ele não gostava que ela se
arrumasse, se maquiasse. Ela “batia de frente” com ele.
Aos 23 anos, nasceu o seu primeiro filho. Sentia-se realizada como mãe.
Aos 24 anos, decidiu costurar em casa sob encomenda. Gostava muito dessa
atividade.
Aos 25 anos, ficou grávida do segundo filho sem planejar.
Aos 26 anos, nasceu o segundo filho com muitos problemas de saúde. Deixou
de costurar.
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Quinto setênio (28 a 35 anos):
Aos 28 anos, retomou a costura e arranjou emprego numa confecção. O
marido não concordava, mas ela o enfrentava. Recomeçaram os
desentendimentos com o marido por ciúmes, ocasião em que ele começou a
beber.
Aos 30 anos, foi contratada como bordadeira e o salário melhorou. Moravam de
aluguel, compraram um lote, iniciaram a construção da casa. Ela ajudou
financeiramente.
Aos 32 anos, a casa ficou pronta.
Aos 33 anos, o marido adoeceu gravemente (pancreatite), foi internado, quase
morreu. Desistiu do trabalho na confecção para cuidar dele. Costurava muito e
bordava em casa.
Aos 34 anos, teve nova proposta de emprego em uma confecção e retomou o
trabalho.
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Sexto setênio (35 a 42 anos):
Aos 35 anos, acentuaram-se as brigas com o marido, que não aceitava que
trabalhasse fora de casa. Separou-se do marido.
Aos 36 anos, o ex-marido foi morar em São Paulo.
Aos 37 anos, fez amizades no trabalho, começou a sair, a dançar e a se
divertir. Fez curso de maquiagem.
Aos 38 anos, começou a namorar novamente e estava feliz.
Aos 39 anos, o filho mais velho passou a usar drogas e abandonou os estudos.
O pai do garoto não se importava. Ela sentia-se só. Começou uma
peregrinação para ajudar o filho: igreja, psicólogo, médicos, grupos de apoio.
Aos 40 anos, terminou o namoro. Começou a sentir dores em todo o corpo.
Deixou o emprego e voltou a trabalhar em casa.
Aos 41 anos, o filho retomou os estudos.
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Sétimo setênio (42 a 49 anos):
Aos 42 anos, a mãe adoeceu devido a um câncer. Saiu do interior para morar
na casa dela. Cuidou da mãe. O pai veio também. Era menos autoritário com
ela, mas não aceitava a separação do marido nem que ela namorasse. Ela se
aproximou mais da religião. O filho estava bem, fazia curso técnico.
Aos 43 anos, a mãe dela morreu. O pai voltou para o interior.
Aos 44 anos, voltou a trabalhar como costureira numa confecção. O ritmo de
trabalho era intenso, mas gostava dele, se sentia realizada. As dores iam e
vinham. Saía sempre que podia para dançar, namorava sem compromisso.
Aos 45 anos, o pai dela começou a namorar uma mulher 30 anos mais nova
que ele. Ela era a única que o apoiava.
Aos 48 anos, o filho mais velho foi morar em São Paulo a convite do pai.
Sentia-se perdida, desolada... Começaram os sintomas da menopausa,
pioraram as dores.
Aos 49 anos, a namorada do filho engravidou.
Aos 50 anos, o filho passou a morar com a namorada na casa da sogra.
Nasceu o primeiro netinho.

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