Imigrantes pressionam Congresso com novos atos pró
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INFORME OPEU – OUTUBRO 2013, n°1 07/10/2013 Imigrantes pressionam Congresso com novos atos pró-reforma Política Convocados pela New York Immigration Coalition e por outras organizações, milhares de imigrantes foram às ruas, no dia 5, em mais de 160 cidades de 40 estados dos EUA. Um grande ato no National Mall, em Washington, está programado para o dia 8. O objetivo das manifestações pró-reforma imigratória é manter o tema na agenda e aumentar a pressão sobre um Congresso dividido e paralisado pela disputa orçamentária. No que foi chamado de Dia Nacional da Dignidade e do Respeito ao Imigrante, organizadores estimam que mais de 50 mil pessoas tenham se reunido em Los Angeles, San Diego, Boston, entre outras localidades. Em Nova York, a multidão contou com o apoio do candidato à prefeitura, o democrata Bill de Blasio. Já em Springfield, vários imigrantes protestaram do lado de fora do escritório do porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH). Em paralelo aos protestos, também no dia 5, o governador da Califórnia, Jerry Brown, sancionou oito projetos que aumentam a proteção aos imigrantes no estado, incluindo aqueles em situação irregular. As novas leis proíbem, por exemplo, que policiais municipais e estaduais atuem como agentes da imigração. No dia 2, representantes democratas introduziram um projeto parecido com o texto bipartidário aprovado pelo Senado em junho e que prevê a regularização do status de cerca de 11,7 milhões de imigrantes em situação clandestina. A principal diferença é em relação ao plano de segurança da fronteira. Assistentes republicanos disseram que é improvável que o texto chegue a ser votado em plenária, servindo apenas como uma tentativa simbólica de reavivar a pauta. 07/10/2013 Líbia e Somália sofrem ação unilateral de contraterrorismo Segurança Duas operações de contraterrorismo dos EUA na Líbia e na Somália, no dia 6, tiveram como objetivo capturar líderes das organizações Al Qaeda e Al Shabab. A operação dos Navy SEALS na Líbia resultou na prisão do líbio Abu Anas al-Liby, suposto membro da Al Qaeda e acusado pelos atentados de 1998 contra as embaixadas dos EUA em Dar-es-Salaam e Nairóbi. Já a tentativa de captura do queniano Mohamed Abdulkadir, líder do Al Shabad procurado por suposta participação no recente ataque ao centro comercial no Quênia, resultou em fracasso. O envio de forças especiais em missões em solo difere da preferência do presidente Barack Obama por usar aviões não tripulados contra suspeitos de terrorismo. Desde que assumiu o governo em 2009, Obama ampliou o uso no exterior de aviões não tripulados e dotados de armas letais. A tática é considerada mais eficiente por evitar a morte de militares dos EUA e eliminar os alvos com precisão. O uso dos chamados drones é criticado pela comunidade internacional e principalmente pelos países onde são realizadas as investidas. Além de levar à morte de suspeitos sem o devido julgamento, os aviões fazem um grande número de vítimas inocentes e ferem a soberania nacional dos países de destino. Mesmo sem o uso desse tipo de equipamento, a Líbia pediu explicações pelo sequestro de um de seus cidadãos, já que a operação sequer foi previamente comunicada às autoridades líbias. O secretário de Estado John Kerry comentou publicamente, no dia 7, que a ação foi em conformidade com as leis dos EUA. O suspeito está detido em um navio militar dos EUA estacionado no Mediterrâneo. http://www.opeu.org.br/ 1 INFORME OPEU – OUTUBRO 2013, n°1 06/10/2013 Obama cancela visita à Ásia devido a fechamento do governo Economia A Casa Branca anunciou, no dia 3, que o presidente Barack Obama cancelou sua viagem à Indonésia e Brunei. A decisão foi atribuída ao fechamento parcial do governo, iniciado no dia 1o. de outubro, devido ao impasse entre republicanos e democratas em torno do orçamento federal. O cancelamento de visitas à Malásia e às Filipinas já havia sido anunciado dois dias antes. Obama era esperado na cúpula da Organização de Cooperação da Ásia-Pacífico (APEC), que acontece na próxima semana. Questões comerciais, como a retomada da rodada Doha da OMC e as negociações da Parceria Transpacífica, acordo comercial do qual participam 12 dos 21 membros da APEC, serão discutidas na reunião na Indonésia. Os EUA, que hoje exportam mais para a região da Ásia-Pacífico do que para União Europeia, querem obter mais acesso aos mercados asiáticos com a conclusão da TPP ainda este ano. Obama também participaria do encontro da Associação de Nações do Sudeste Asiático, em Brunei. Segundo o ministro das Relações Exteriores da Indonésia, Marty Natalegawa, o cancelamento não afetará as discussões já que o secretário de Estado John Kerry representará os EUA. Para analistas, no entanto, a decisão pode gerar dúvidas sobre a capacidade do país de se voltar para a região da Ásia e Pacífico e abrir espaço para o aumento da influência chinesa na região. O país asiático, que não participa da TPP, está envolvido na expansão de acordos regionais de comércio dos quais os EUA não são membros. 04/10/2013 Japão e EUA fazem revisão histórica de acordo de defesa Segurança Japão e EUA decidiram, no dia 3, revisar o acordo de cooperação em defesa. As negociações envolveram os secretários de Estado e Defesa, respectivamente John Kerry e Chuck Hagel, e suas contrapartes japonesas, Fumio Kishida e Itsunori Onodera. O acerto é histórico porque permite que o Japão realize operações de ataque. Desde1951, um arranjo entre os dois países limitava as capacidades militares japonesas a operações de autodefesa. Os dois aliados também vão aumentar a parceria através do uso de aviões não tripulados e aeronaves de vigilância dos EUA pela primeira vez em solo japonês. Outra medida definida é a construção de um sistema de mísseis antibalístico no Japão. Um ponto de tensão solucionado foi a transferência de militares dos EUA da base japonesa de Okinawa. O Japão pagará US$ 3,1 bilhões dos quase US$ 9 bilhões necessários para fechar a base e transferir cerca de 9 mil militares para Guam e Havaí, territórios dos EUA no Pacífico. A realocação era uma exigência da população local em Okinawa, mas sofria enorme resistência do Pentágono. Modernizar os termos da cooperação mútua condiz com o pivot asiático, estratégia anunciada pelo presidente Barack Obama em 2011. Esta política redireciona o foco dos EUA para a região asiática em função da ascensão chinesa. O plano requer a aproximação militar e econômica com nações no entorno e, principalmente, o fortalecimento das capacidades de defesa de aliados. A revisão do tratado deve gerar desconfiança na China e aumentar as tensões regionais sobre disputas territoriais entre Pequim e Tóquio, e quanto à questão norte-coreana. http://www.opeu.org.br/ 2 INFORME OPEU – OUTUBRO 2013, n°1 04/10/2013 EUA superam Rússia como maior produtor global de energia Energia Os EUA superaram a Rússia, em julho, como maior produtor global de gás, petróleo e combustíveis derivados. Os dados são de uma reportagem do The Wall Street Journal, publicada no dia 2, sendo baseados em informações da Agência Internacional de Energia (AIE) e projeções do governo russo. Segundo a AIE, os EUA produziram o equivalente a 22 milhões de barris diários de gás, petróleo e combustíveis derivados. As estatísticas para a produção russa no ano não estão disponíveis, mas a expectativa de Moscou para 2013 é de 21,8 milhões de barris por dia. Os números positivos nos EUA se devem à exploração das reservas de xisto. Já a Rússia estaria enfrentando estagnação da produção de petróleo e baixo crescimento da exploração de gás. Apesar de a Rússia conter uma das maiores reservas estimadas de petróleo e gás de xisto no mundo, o governo russo já declarou que não tem intenção de explorá-las nos próximos dez anos. Embora muitos digam que os recursos de xisto vão transformar a ordem energética global, há quem considere o assunto como especulação de mercado. Para o presidente da Gazprom, maior empresa de gás no mundo, o xisto nos EUA é uma bolha. Viktor Zubkov tem opinião semelhante à de Abdallah Salem el-Badri, diretor da OPEP, para quem o boom de xisto nos EUA deve acabar antes do fim da década. Além de incertezas sobre as quantidades existentes nas jazidas nos EUA, a extração nas reservas pode ser afetada por uma eventual queda nos preços mundiais. Outros fatores limitantes seriam possíveis regulações governamentais e pressão de setores internos contra a extração ou a exportação de recursos de xisto. 02/10/2013 Obamacare abre em meio a paralisia federal e dúvida popular Política A primeira fase do Affordable Care Act entrou em funcionamento, no dia 1o., com o início do cadastro da população nos “mercados” de seguros de saúde. Dúvidas da população, assim como problemas técnicos nas centrais de atendimento e no portal, marcaram o primeiro dia do Obamacare. A incerteza foi grande em relação à elegibilidade para recebimento de subsídios. Números oficiais apontam que 2,8 milhões de pessoas visitaram o site nas primeiras 15 horas de operação, enquanto 81 mil buscaram informações por telefone. Promovida pelo presidente Barack Obama em 2010, a lei determina que os planos de saúde deem cobertura a casos de doenças pré-existentes. Além disso, todos os cidadãos serão obrigados a ter algum seguro sob pena de pagar multa. Em 2012, a Suprema Corte desconsiderou o trecho da legislação que obrigava os estados a expandir o programa Medicaid a fim de incluir qualquer pessoa abaixo da linha da pobreza. Segundo pesquisa da Henry J. Kaiser Family Foundation, pelo menos 6,4 milhões de pessoas carentes não serão beneficiadas por morarem em um dos 25 estados que não ampliaram o Medicaid ou não aderiram ao Obamacare. A enquete indica que, às vésperas do lançamento, 64% dos entrevistados não sabiam quando o programa entraria em vigor. Além da oposição agressiva dos republicanos, a desinformação sobre a lei parece ser o grande desafio para o governo. A reforma é o mais ambicioso programa social adotado no país desde 1965, quando o então presidente Lyndon Johnson sancionou a lei que estabeleceu o Medicare para os idosos e o Medicaid para a população mais pobre. Este último levou 17 anos para ser adotado nos 50 estados. http://www.opeu.org.br/ 3 INFORME OPEU – OUTUBRO 2013, n°1 02/10/2013 Comitê de Inteligência debate limites à vigilância da NSA Segurança O Comitê de Inteligência do Senado iniciou audiências, no final de setembro, para debater limites à vigilância da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês). Parte dos senadores defende a manutenção dos programas, mas demanda transparência quanto aos procedimentos para gravações de telefonemas feitos por empresas e cidadãos dos EUA. A senadora e presidente do comitê, Dianne Feinstein (D-CA), e o senador Saxby Chambliss (RGA) recomendam que os registros telefônicos sejam armazenados por dois anos apenas, contra o atual período de cinco anos. Outros senadores são muito críticos dos programas. Uma proposta bipartidária, formulada pelos senadores Ron Wyden (D-OR), Rand Paul (R-KY), Richard Blumenthal (D-CT) e Mark Udall (D-CO), pede que as operadoras de telefonia deixam de repassar à NSA os registros de ligações de seus clientes. A proposição também recomenda que autorizações para coleta de dados, solicitadas pela NSA à corte especial de vigilância, sejam submetidas à avaliação prévia de um defensor público. O objetivo é evitar invasão à privacidade e violação da Constituição. Além de unir políticos de partidos opostos, as propostas apresentadas indicam alianças políticas ideologicamente curiosas, como a cooperação de Blumenthal e Paul. Enquanto o primeiro é um dos senadores mais progressistas, Paul é famoso por suas posições libertárias e de direita. Enfrentando cada vez mais dificuldade para explicar a controversa política de vigilância, a Casa Branca disse estar disposta a aceitar limites à atuação à NSA. 02/10/2013 EUA reduzem compensação paga ao Brasil pelo caso do algodão Economia O Departamento de Agricultura cortou, em setembro, mais da metade do pagamento mensal devido ao Brasil como parte do acordo sobre o caso do algodão na OMC. A redução foi de US$ 7,35 milhões, o equivalente a 5% do total pago anualmente. O órgão alega que não tem autoridade para continuar cumprindo com o acordado após o dia 1o. de outubro, quando teve início o ano fiscal de 2014. Como o orçamento para o período não foi aprovado pelo Congresso, seria preciso obter autorização legislativa extraordinária. A decisão do Departamento pode levar à retaliação comercial pelo Brasil. Isto porque o fim das compensações fere um acerto temporário firmado, em 2010, após o Brasil vencer a disputa na OMC cinco anos antes contra subsídios dados pelos EUA a produtores domésticos de algodão. A organização autorizou o Brasil a retaliar, mas os dois países optaram por resolver a questão através do pagamento anual de US$ 147 milhões pelos EUA ao Instituto Brasileiro do Algodão. O arranjo seria mantido até que o Congresso dos EUA alterasse a lei agrícola que favorece a prática de subsídio. Essa legislação expirou, no dia 30, após divergências entre a Câmara e o Senado impedirem a sua renovação. Associações agrícolas e industriais dos EUA, que defendem a manutenção dos pagamentos, afirmam que o Executivo tem autonomia para autorizar a verba. O corte seria, portanto, uma estratégia da administração para pressionar os congressistas a concluir a Farm Bill. Membros do lobby agrícola acham que o plano não surtirá efeito, duvidando que o risco de retaliação brasileira tenha grande influência no Congresso. http://www.opeu.org.br/ 4 INFORME OPEU – OUTUBRO 2013, n°1 01/10/2013 Paralisação afeta desigualmente setores federais de energia Energia O fechamento parcial do governo dos EUA, no dia 1o. de outubro, produziu impactos desiguais em agências e departamentos federais. A Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) foi a segunda mais afetada, perdendo somente para a NASA. A EPA paralisou quase totalmente suas atividades, com 94% dos seus 16.205 funcionários entrando em licença não remunerada. Serão mantidas atividades ligadas a questões de saúde pública e de segurança, como a manipulação de materiais perigosos, proteção de equipamentos e centros de pesquisa, e assistência no caso de emergências. O processo de elaboração e aprovação de novas regulações será paralisado, assim como a concessão de licenças ambientais, o que pode atrasar projetos importantes. O Departamento de Energia, por sua vez, deverá continuar operando normalmente, já que a maior parte dos seus projetos tem financiamento para mais de um ano. Caso a paralisação federal se estenda por muito tempo, 69% dos seus 13.814 funcionários também entrarão em licença. Nesse caso, serão mantidos aqueles responsáveis pela segurança do arsenal nuclear. Outros que continuarão em atividade serão os encarregados pela administração e supervisão da rede de energia e transmissão do país. O departamento também manteve provisoriamente o processo de análise e aprovação de projetos de exportação de gás natural. Já a concessão de licenças para projetos de energia renovável e exploração de recursos fósseis em terras federais, que dependem do Departamento do Interior, foi suspensa desde o início da paralisação. 01/10/2013 Governo para por falta de acordo orçamentário no Congresso Política O governo dos EUA paralisa, a partir do dia 1o. de outubro, suas funções não essenciais. Tratase da primeira paralisação federal desde 1996, quando os serviços ficaram suspensos por 21 dias na administração Clinton. Houve risco de fechamento em vários momentos desde então, inclusive no primeiro mandato de Obama, mas o Congresso sempre conseguiu chegar a um acordo no último instante. Desta vez, o impasse sobre o orçamento não foi superado a tempo. No dia 30, a Câmara aprovou o financiamento do governo até o dia 15 de dezembro, mas vinculou a medida ao adiamento por um ano da obrigatoriedade da adoção de plano de saúde pela população. O texto acabou mais uma vez rejeitado pelo Senado, que é contrário a qualquer provisão que altere a plena implantação do Affordable Care Act. Parques nacionais e museus fecharão as portas ao público, pagamentos a fornecedores e transferência de recursos a estados e municípios serão suspensos, e 800 mil funcionários federais entrarão em licença não remunerada. Militares em serviço, principalmente no Afeganistão, tiveram seus pagamentos garantidos por uma lei aprovada e sancionada no dia 30. A Câmara de Comércio e outras 235 organizações empresariais enviaram uma carta ao Congresso, alertando que a situação pode ter consequências devastadoras para o crescimento econômico. De acordo com a última pesquisa New York Times/CBS News, oito em cada dez entrevistados consideram inaceitável paralisar o governo por disputas políticas. Congressistas republicanos são vistos como mais inflexíveis. Apenas um em quatro entrevistados diz que os republicanos cooperam para resolver o impasse. http://www.opeu.org.br/ 5 INFORME OPEU – OUTUBRO 2013, n°1 30/09/2013 Corte federal inicia nova fase de julgamento contra a BP Energia Teve início, no dia 30, a segunda fase do julgamento civil contra a BP pelo acidente no Golfo do México em 2010. O juiz vai decidir sobre a quantidade de petróleo despejada: a empresa alega que foram 2,45 milhões de barris, enquanto o governo acredita em 4,2 milhões. O magistrado também vai definir se a firma foi negligente na prevenção do acidente e na contenção do vazamento. Dependendo do veredito, a BP poderá ser penalizada em até U$18 bilhões, quase a metade dos US$ 42 bilhões já gastos com multas, indenizações, reparo e limpeza. Segundo relatório feito por uma comissão especial para o presidente Barack Obama, não resta dúvida sobre a responsabilidade da BP e de outras operadoras envolvidas. O documento aponta que a exploração em alto-mar envolve riscos para os quais indústrias e setor público não estão preparados. Outro problema é a resistência das corporações em aceitar normas governamentais, embora estas ainda sejam insuficientes contra um desastre de grande proporção. Segundo analistas, as empresas sofrem pressão mais eficaz das seguradoras, que passaram a ser mais rígidas na avaliação de riscos e no cálculo de prêmios. Três anos depois do vazamento, já é possível notar mudanças nos procedimentos de segurança em alto mar. As companhias também estão investindo em instalações mais modernas e contratando profissionais de saúde, segurança e meio ambiente. A repercussão do caso da BP acaba favorecendo gigantes do setor em detrimento de operadoras independentes de pequeno porte. Estas tem mais dificuldade em acompanhar as exigências tecnológicas e securitárias da atividade. 30/09/2013 Agência estende prazo para ajuste à reforma de derivativos Economia A Commodity Futures Trading Commission estendeu, no dia 27, o prazo de ajuste a novas regras com transações de derivativos. A agência reguladora determinou que, a partir de 2 de outubro, contratos desse tipo serão negociados nas plataformas eletrônicas conhecidas como Swap Execution Facilities (SEFs). Os derivativos costumavam ser negociados por telefone, prática considerada difícil de controlar. Com a criação das SEFs, as transações serão registradas em um sistema aberto, embora a negociação por telefone ainda seja permitida desde que mais de um banco seja consultado sobre os preços. Os derivativos são produtos financeiros complexos usados como proteção contra riscos, mas também muito contratados para especulação. As novas medidas, exigidas pelo Ato Dodd-Frank de reforma do sistema financeiro em 2010, têm o objetivo de aumentar a transparência e a concorrência em um mercado de trilhões de dólares. Operações com derivativos são apontadas como um dos fatores que intensificaram a crise financeira de 2007. Devido à pressão do setor financeiro, que alega dificuldades para implementar os procedimentos, o órgão adiou parte dos prazos concedidos para que as corretoras responsáveis pelas SEFs notifiquem transações e apresentem documentos. Outro problema apontado pelo setor é o dispositivo que exige o cumprimento das normas por plataformas de outros países no caso de transações que envolvam uma contraparte dos EUA. Os negociadores europeus pedem a isenção das plataformas estrangeiras, argumentando que a exigência contraria um acordo sobre regulamentação de derivativos, recentemente firmado entre EUA e UE. http://www.opeu.org.br/ 6
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