Folha Educativa 2 – Sexualidade na adolescência

Transcrição

Folha Educativa 2 – Sexualidade na adolescência
SÉRIE SAÚDE SEXUAL
Sexualidade na Adolescência
27*-4,),-
vivência positiva da sexualidade.
Normas históricas foram construídas para
determinar o nosso desejo: “isso é sujo, feio
e ruim”; “aquilo é limpo, bonito e bom”. Quem
deve decidir?
Por outro lado, deve-se ter cuidado com o outro
discurso, aparentemente moderno, mas igualmente
conservador: as pessoas devem viver tudo, com
qualquer pessoa em qualquer tempo e lugar.
É preciso questionar os valores e assim assumir
identidades mais autênticas. A descoberta da
sexualidade deve ocorrer processualmente. As
dúvidas, os medos, os valores, os tabus devem ser
discutidos respeitando os limites de cada pessoa.
O que importa é ter o direito de escolha.
Quem assume a sua sexualidade com
consciência corre menos riscos, pois fica mais
fácil se proteger. Ou seja, assume o controle,
ao invés de ser levado pelos acontecimentos
e depois dizer “aconteceu”.
Já foi visto que a adolescência é
definida como período da vida que,
além das mudanças fisiológicas, existem as transformações psicossociais
e a busca de uma identidade autônoma. É o período de transição da
infância para a fase adulta.
A puberdade ocorre quando os
corpos de meninas e meninos se
desenvolvem, transformando-se,
posteriormente, em corpos de mulheres e homens. Essa mudança
ocorre gradualmente, ao longo de
vários anos, começando em geral
aos 09-12 anos de idade e continuando até 16-18 anos. As meninas geralmente entram na puberdade um ou dois anos antes dos meninos. Algumas mudanças são visíveis e outras ocorrem internamen-
Desenho: Valdeci
arrepio de uma pena escorrendo pelas costas;
sensação do dançar colado; flutuar com a
simples lembrança de um beijo; suspirar lembrando
da pessoa amada... Quantas sensações gostosas
passamos a experimentar à medida que crescemos.
É na adolescência que esses sentimentos vão se
tornando mais intensos.
A sexualidade é um fenômeno da existência
humana, faz parte da vida de todas as pessoas e,
portanto, da vida dos(as) adolescentes. Além de
aspectos biológicos, a sexualidade contém outras
dimensões. O despertar da sexualidade carrega em
si diferentes possibilidades de satisfação. O desejo
nos liberta do campo meramente instintivo, comum
aos animais irracionais, abrindo espaço para a
fantasia, sedução, criatividade, mas também para
conflitos, medos e dúvidas.
Nem sempre a sociedade vê o prazer com bons
olhos. Mitos e tabus são responsáveis por uma série
de desencontros que acabam por prejudicar a
te. Sendo assim, adolescência e
puberdade são fases distintas, porém associadas.
No intuito de minimizar a tensão
causada pela entrada no mundo
adulto, é compreensível que os(as)
adolescentes façam uso de mecanismos psicológicos de defesa.
Usam costumeiramente a negação
(“isso não aconteceu” ou “isso não
vai acontecer comigo”) e a racionalização (tentam provar que o comportamento que tiveram é racional
e justificável, logo, digno de aprovação social ). Geralmente, eles encontram essa aprovação no grupo de
amigos(as). Nesse sentido, o relacionamento afetivo é muito importante para o desenvolvimento da autoestima e da autoconfiança.
O conceito de sexo envolve dois aspectos básicos: o instinto sexual (biológico) e a possibilidade de procriação.
A sexualidade, além dessas, envolve outras dimensões. É a parte da nossa identidade na qual estão presentes
o desejo, as fantasias, os jogos de sedução, os medos, a repressão e tudo aquilo que aguça os nossos sentidos.
Pode-se dizer, então, que a sexualidade é a vivência sexual construída, interpretada socialmente. É a complexa união entre o nosso lado humano e o instintivo, ou seja, é o sexo humanizado.
Desenhos: Internet
O
Rompendo
Mitos e Tabus
Os direitos
sexuais
Os direitos sexuais são direitos humanos universais baseados na liberdade
inerente, dignidade e igualdade para todos os seres humanos. Saúde sexual
é um direito fundamental, portanto, deve ser um direito humano básico. Para
assegurarmos que os seres humanos e a sociedade desenvolvam uma
sexualidade saudável, os seguintes direitos sexuais devem ser reconhecidos,
promovidos, respeitados e defendidos por toda sociedade de todas as
maneiras. Saúde sexual é o resultado de um ambiente que reconhece,
respeita e exercita estes direitos sexuais.
1. O DIREITO À LIBERDADE SEXUAL - Aqui
se excluem todas as formas de coerção, exploração e abuso em qualquer época ou situação da vida.
2. O DIREITO À AUTONOMIA SEXUAL - INTEGRIDADE SEXUAL E À SEGURANÇA
DO CORPO SEXUAL - Este direito envolve
habilidade de uma pessoa em tomar decisões autônomas sobre a própria vida sexual, num contexto de ética pessoal e social.
Também inclui o controle e o prazer de nossos corpos livres de tortura, mutilações e
violência de qualquer tipo.
3. O DIREITO À PRIVACIDADE SEXUAL O direito de decisão individual e aos comportamentos sobre intimidade, desde que
não interfiram nos direitos sexuais dos outros.
4. O DIREITO À IGUALDADE SEXUAL - Liberdade de todas as formas de discriminação, independentemente do sexo, gênero,
orientação sexual, idade, raça, classe social, religião, deficiências mentais ou físicas.
5. O DIREITO AO PRAZER SEXUAL - prazer sexual, incluindo auto-erotismo, é uma
fonte de bem-estar físico, psicológico, intelectual e espiritual.
6. O DIREITO À EXPRESSÃO SEXUAL - A
expressão sexual é mais que um prazer erótico ou atos sexuais. Cada indivíduo tem o
direito de expressar a sexualidade através
da comunicação, toques, expressão emocional e amor.
7. O DIREITO À LIVRE ASSOCIAÇÃO SEXUAL - Significa a possibilidade de casamento ou não, ao divórcio e ao estabelecimento de outros tipos de associações sexuais responsáveis.
8. O DIREITO ÀS ESCOLHAS REPRODUTIVAS LIVRES E RESPONSÁVEIS - É o
direito em decidir ter ou não filhos, o número
e o tempo entre cada um, e o direito total aos
métodos de regulação da fertilidade.
9. O DIREITO À INFORMAÇÃO BASEADA
NO CONHECIMENTO CIENTÍFICO - A informação sexual deve ser gerada através
de um processo científico e ético, e disseminado em formas apropriadas e a todos os
níveis sociais.
10. O DIREITO À EDUCAÇÃO SEXUAL
COMPREENSIVA - Este é um processo que
dura a vida toda, desde o nascimento, e deveria envolver todas as instituições sociais.
11. O DIREITO À SAÚDE SEXUAL - O cuidado com a saúde sexual deveria estar disponível para a prevenção e tratamento de todos os problemas sexuais, preocupações e
desordens.
Imagem de cliparte
Declaração aprovada durante o XV Congresso Mundial de Sexologia
ocorrido em Hong Kong (China), entre 21 e 27 de agosto de 1999, na
Assembléia Geral da WAS - World Association for Sexology.
Saiba um
pouco mais
sobre ...
Menstruação
É a saída, na forma de sangue, da camada que reveste o útero, juntamente com o óvulo não fecundado. O
ciclo menstrual, período do primeiro dia da menstruação até a menstruação seguinte, dura, em média, 28
dias. Muitas mulheres têm ciclos mais longos ou mais
curtos do que a média. Em geral, são irregulares nos
primeiros 2-4 anos da puberdade.
Ovulação e Período Fértil
A partir da puberdade, a cada mês um óvulo é amadurecido e liberado pelos ovários. Isso se chama
ovulação. O período em que o corpo está fazendo
esse processo, chamamos de período fértil.
O ato sexual
Virgindade
De acordo com o desejo, a prática sexual pode acontecer de diversas formas (as mais conhecidas são o
ato sexual vaginal, oral e anal). Da mesma maneira
pode se manifestar com orientações sexuais diversas, não se restringindo à heterossexualidade
Não existem certezas nesse campo. Nem devem
existir preconceitos ou julgamentos. A sexualidade
é o terreno do flexível, do provável, das possibilidades. Sexo é para ser celebrado, feito com alegria e
nunca por pressão. Além disso, fica muito melhor
quando é feito com segurança. Não importa se a
prática sexual escolhida é muito ou pouco comum.
Fundamental é que haja cuidado consigo e com o
outro, prazer e cumplicidade.
É incrível como na nossa cultura a questão da
virgindade ainda se restringe às mulheres. A primeira transa continua muito associada à perda.
Dificilmente pensamos em termos de acréscimo,
não imaginamos que quando a relação é feita com
maturidade e responsabilidade, ocorre um ganho para
ambos, pois adquire-se experiência de vida e direito ao prazer.
A virgindade ainda está vinculada ao rompimento
do hímen, devendo ser sempre acompanhado de
sangramento e dor. Talvez fosse melhor afirmar que
virgindade é nunca ter tido relações sexuais de nenhum modo. Quando se fez qualquer prática sexual, mesmo uma relação oral ou anal, já se ganhou
experiência e já existe o risco de contrair DSTs
caso não se previna. Por que será que essa questão ainda levanta tanta polêmica? Sabemos que com
os garotos a “cobrança” é outra: iniciar a vida sexual o mais rápido possível (mesmo que não queiram
tanto assim), não importando com quem e muito
menos se existe alguma troca de afeto.
A noção de direitos sexuais deve valer para homens e mulheres da mesma forma. Devem ser garantidos, mas sem se tornarem obrigação. Acima
de tudo é opção. De escolher inclusive a hora e a
forma de iniciar a vida sexual.
Masturbação
A palavra masturbação vem do latim “mano
stuprare”, que significa “sujar com as mãos”, carregando, assim, um forte significado negativo. No entanto, a masturbação pode ser a primeira maneira da
pessoa experimentar o prazer sexual ou conhecer o
seu próprio corpo.
Para reprimir o desejo tão natural do ser humano,
vários mitos foram criados: masturbação produz espinhas; faz crescer pêlos nas palmas das mãos;
vicia e leva à loucura. Porém não há nada de errado
com a masturbação. A freqüência da masturbação
varia de pessoa para pessoa. Ela só pode ser prejudicial se for compulsiva, se a pessoa não tiver outros prazeres na vida e quiser obter satisfação somente pelo seu intermédio.
“A mastubarção, seja sozinho(a) ou com um(a)
parceiro(a), é das maneiras de sentir prazer sexual
sem arriscar uma gravidez, uma DST ou a AIDS”.
Tipos de hímen
Já está comprovado que existem diferentes tipos de
hímen. Que o famoso sangramento pode não ocorrer (no caso do hímen elástico). É bom lembrar
também que a sensação de dor dificilmente tem origem física, depende mais do estado de tensão e
ansiedade.
Reconhecendo o Corpo
O nosso corpo, desde o nascimento, já contém os elementos necessários para a nossa formação.
É no decorrer do nosso desenvolvimento que alguns órgãos vão sofrendo modificações. Damos
o nome de genitais àquelas partes do corpo que estão diretamente ligadas às atividades sexuais
e reprodutoras. Tanto a mulher como o homem têm órgãos genitais externos e internos.
Uretra - canal por onde passam a urina e o sêmen.
Testículos - glândulas que produzem os espermatozóides e hormônios
masculinos.
Epidídimo - é um canal, ligado aos testículos, onde ficam armazenados
os espermatozóides até amadurecerem e serem expelidos pela
ejaculação.
Canais Deferentes - são dois canais muito finos que saem dos
testículos e servem para conduzir os espermatozóides até a próstata.
Próstata - glândula que produz grande parte do esperma e onde se
misturam os espermatozóides.
Vesículas Seminais - são duas bolsas que contribuem com fluidos
para que os espermatozóides possam nadar.
Pênis - é um membro que, quando excitado, endurece devido a dilatação
dos vasos sangüíneos aos se encherem de sangue. Tem duas funções:
urinária e reprodutora. Num relacionamento sexual, o pênis solta um
líquido chamado esperma ou sêmen, contendo espermatozóides,
responsável pela fecundação.
Pêlos Pubianos - crescem em torno do pênis após a puberdade.
Prepúcio - é a pele que cobre a ponta do pênis. Precisa ser puxada
para trás na hora do banho para evitar o acúmulo de secreção que
pode provocar irritação, infecção e mau cheiro.
Glande - conhecida também por cabeça do pênis, é muito sensível e
sua pele bem macia.
Saco Escrotal - bolsa que contém os dois testículos.
Órgãos Genitais Externos
Órgãos Genitais Internos
O CORPO DO HOMEM
O CORPO DA MULHER
Monte de Vênus - é a parte onde existe maior quantidade de pêlos.
Clitóris - é um órgão arredondado e bem pequeno que fica acima da
entrada da uretra, no encontro entre os pequenos lábios. É muito importante porque é responsável pela maior parte do prazer da mulher.
Abertura da Uretra - é a pequena abertura abaixo do clitóris pela
qual a urina é eliminada.
Abertura da Vagina - é uma abertura alongada. Por aí saem os
corrimentos, o sangue menstrual e o bebê. Essa abertura é recoberta
por uma pele chamada hímen.
Grandes Lábios - é a parte
mais externa da vulva, formada por duas dobras
de pele, recoberta por
pêlos.
Pequenos Lábios - podem ser
vistos quando
afastamos os grandes lábios. Não
têm pêlos e são
muitos sensíveis.
Órgãos Genitais Externos
Órgãos Genitais Internos
Ovários - duas glândulas, localizadas na extremidade de
cada uma das trompas, que
produzem os óvulos e os
hormônios femininos.
Trompas de Falópio dois tubos que ligam o útero aos ovários. Um óvulo é
liberado de um dos ovários
a cada mês, descendo por uma das trompas até o útero.
Útero - é o órgão do corpo
da mulher onde o feto se desenvolve durante a gravidez. Quando a mulher não está grávida,
o útero tem o tamanho de um punho fechado.
Colo do Útero - é a parte inferior do útero e tem um orifício por
onde vai passar a menstruação. Num parto normal, esse orifício aumenta para dar passagem ao bebê.
Vagina - é um canal que começa na vulva e vai até o colo do
útero normalmente com 8 cm de comprimento. Por dentro, é
feita de um tecido semelhante à parte interna da boca, só que
cheia de preguinhas que permitem que ela estique na hora da
relação sexual ou para que o bebê passe na hora do parto.
O PAPEL DA MÍDIA
Qual o grau de influência da programação das
emissoras de TV e rádio nas nossas vidas? Quantas
vezes compramos um determinado produto ou roupa
só porque foi anunciado por algum astro ou estrela
da TV? Pois bem, isso nos faz pensar até que ponto
os meios de comunicação prejudicam ou favorecem
para a tomada de atitudes preventivas.
A mídia pode ser uma importante aliada na quebra
de antigos valores e tabus. No entanto, cada vez
mais o seu discurso acaba por criar e recriar, com
raras exceções, a lógica da padronização dos
comportamentos desiguais e erotização explícita.
O papel da mídia é estimular e facilitar um diálogo
sobre a sexualidade numa linguagem própria, sem
parecer falsa ou moralista, e isto não vemos nas
programações.
É importante saber que assim como os grandes
meios de comunicação, o jornal escolar e estudantil
precisa ter claro o seu papel ético e social, bem
como o seu compromisso com a informação e,
sobretudo, com o leitor.
Deve-se sempre pesquisar os dados, e, no caso de
Como trabalhar
Sexualidade em
sala de aula
Pede-se que os alunos(as)
digam o que é sexo, as
respostas devem ser anotadas
na lousa. Depois, pede-se que
digam o que é sexualidade.
Da mesma forma,
deve-se anotar na lousa.
A partir do que foi dito pelos
alunos(as), inicia-se um
debate sobre a diferença
entre o que é sexo, o que é
sexualidade. No debate,
deve-se abordar como os(as)
adolescentes estão vivendo a
sua sexualidade; quais são os
principais mitos e tabus sobre
o tema; falar sobre a
interferência da mídia, etc.
EXPEDIENTE
Redação: Cícera Andrade e
Elisangela Albuquerque
Tiragem: 13.000 exemplares
Impressão: Comunicação e Cultura
Outras informações: (85) 3231.6092
www.comcultura.org.br
[email protected]
entrevistas, procurar pessoas que tenham um
conhecimento técnico sobre a sexualidade e a
capacidade de contextualizá-la. Vale a pena
também investir na divulgação de serviços que
ajudem as pessoas a viverem sua sexualidade de
forma mais segura, e denunciar quando esse
direito não estiver sendo cumprido. É importante
abordar os temas de interesse dos jovens, dando
visibilidade às opiniões desse público.
Agir desse modo diz respeito não só ao exercício
do papel real da imprensa mas ao compromisso
dos(das) adolescentes com a necessidade de
intervir na sociedade. É uma questão de cidadania
e ousadia, de consciência política e protagonismo.
Sugestão de pauta
1 - Os alunos(as) podem fazer uma enquete com outros alunos(as) pedindo para eles(elas)
colocarem o nome do órgão no canto certo do desenho. Na apresentação do resultado em
sala de aula, deve-se fazer uma tabulação dos resultados de acertos e erros, e publicar
uma matéria divulgando os dados sobre como os(as) adolescentes conhecem o corpo
reprodutivo.
2- Os alunos(as) podem fazer uma enquete junto aos outros alunos(as) perguntando com
quem eles(elas) se sentem mais à vontade para falar sobre sexo. Com base nos resultados, pode-se abrir um debate sobre as instituições que estão abertas para conversar
com os(as) adolescentes, orientando para os cuidados na adolescência com relação a
sua vida sexual. Um texto coletivo pode ser publicado no jornal, apontando o resultado
da pesquisa e comentando o debate da turma.
3 - Ainda falando sobre o papel das instituições que trabalham com jovens, os alunos(as)
podem entrevistar a direção da escola ou de um centro de saúde para perguntar sobre que
ações são desenvolvidas para os(as) jovens sobre a vivência saudável da sexualidade.
4 - Os alunos(as) podem fazer uma pesquisa sobre os melhores sites de informação sobre
sexualidade na adolescência e publicar no jornal.
5 - Os alunos(as) podem publicar artigos sobre a abordagem da mídia no campo sexual (novelas, comerciais, músicas, programas de auditório) mostrando os bons e maus exemplos.
6 - Os alunos(as) podem redigir artigos orientando os(as) leitores(as) sobre a importância
de conhecer o seu corpo, até mesmo como forma de prevenção de doenças.
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