O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA
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O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA
TCC I – Trabalho de Conclusão de Curso I CESNORS Departamento de Universidade Federal de Santa Maria Centro de Educação Superior Norte – RS Ciências da Comunicação – CESNORS/UFSM Curso de Comunicação Social – Jornalismo 20 de junho a 05 de julho de 2011 Centro de Educação Superior Norte- RS O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA AM E GUAÍBA AM: ESTRATÉGIAS E CARACTERÍSTICAS RICARDO JUNIOR CARLESSO Artigo científico apresentado ao Curso de Comunicação Social – Jornalismo como requisito para aprovação na Disciplina de TCC I, sob orientação da Prof.ª Dr. Debora Cristina Lopez e avaliação dos seguintes docentes: Prof.ª Dr. Debora Cristina Lopez Universidade Federal de Santa Maria Orientador Profª. Luciano Klöckner Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Prof°. Marcelo Freire Pereira de Souza Universidade Federal de Santa Maria Profª. Karen Cristina Kraemer Abreu Universidade Federal de Santa Maria (Suplente) Frederico Westphalen, 20 de junho de 2010. 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba AM: estratégias e características Ricardo Junior Carlesso 1 Debora Cristina Lopez2 RESUMO O presente trabalho busca averiguar o conteúdo da página inicial das emissoras: Gaúcha AM e Guaíba AM, contrapondo o áudio presente no site com o da antena. Logo, o objetivo é analisar as formas de adequação e as mudanças do rádio ao longo das últimas décadas e, assim, verificar quais as estratégias usadas pelas emissoras neste ambiente virtual. Como resultados principais, destacam-se: o uso do áudio como eixo central da narrativa do site da Gaúcha, em que as fontes de informação são, em sua maioria, sonoras. Na Guaíba o áudio sempre vem acompanhado de material em texto e, em alguns casos, de fotografia. Ou seja, o áudio serve mais como acessório à página. PALAVRAS-CHAVE: convergência; internet; rádio; radiojornalismo. Introdução O rádio passou por muitas transformações, nas últimas décadas. Devido ao avanço da internet o meio radiofônico necessitou, assim como grande parte dos outros meios de comunicação de massa, recompor-se e desenvolver-se para acompanhar as mudanças tecnológicas. Considerado como o primeiro meio simultâneo de comunicação, o rádio entra, nesse século, em franco desenvolvimento, num período de alterações oriundas, principalmente do seu ingresso no mundo virtual, caracterizado na pesquisa como site da emissora. Nesse contexto, não há como negar que a internet modificou a maneira “do fazer e consumir rádio”. O veículo passou a integrar a internet e vice-versa. Diferentes formas de se relacionar com o público podem ser percebidas. A interatividade, por exemplo, sempre foi característica do rádio e agora é potencializada pela internet. A interação aproxima o público, que, por sua vez, ganha mais espaço para exigir, participar e complementar as produções. O áudio se mantém como característica principal na produção radiofônica. Algumas emissoras possuem estrutura montada e profissionais capacitados para ingressar nesse mundo, em que a informação é ampliada e rapidamente disseminada pela rede. Isso faz com que o rádio deixe de ser apenas áudio para ser texto, imagem, gráfico, entre outros. 1 2 Acadêmico do 7º semestre do curso de Comunicação Social. Hab- Jornalismo da UFSM/Cesnors. Doutora, professora do Departamento de Comunicação Social da UFSM/Cesnors. 2 O mercado, de modo geral, hoje, está cada vez mais competitivo É preciso seguir a tecnologia digital ou, se possível, tentar acompanhá-la. Por isso, é de extrema importância que o rádio se desenvolva nesse processo evolutivo tecnológico. O trabalho que se apresenta, conta com dois capítulos de referencial teórico: convergência e rádio e internet. Nessa perspectiva, estuda-se a convergência num sentido mais amplo e não em sua especificidade, usa-se, principalmente, autores como Jenkins (2008) e Salaverría (2001, 2003, 2008, 2010) para discutir os aspectos que envolvem os meios de comunicação com a presença mais atuante da convergência, seja na produção ou na disseminação das informações. No capítulo de rádio e internet busca-se traçar um panorama mais atual sobre as mudanças que ainda estão ocorrendo nesse mercado que se encontra em expansão. Procura-se discutir como a comunicação radiofônica muda com a presença do rádio na internet. Para tanto, enfatizamse os estudos no conteúdo e nos áudios presentes no site das emissoras, porém, sem deixar de lado o material de antena, pois a essência do rádio continua sendo o áudio. Hoje, é necessário ingressar no mundo virtual com conteúdos multimídias e ampliar a disseminação do áudio que, até pouco tempo era preso a potência da antena, pela internet e outras plataformas. Focalizam-se os estudos em dois autores, Ferraretto (2001, 2010) e Lopez (2009, 2010) que, por sua vez, dão sustentação teórica ao trabalho, tanto do rádio convencional, quando do rádio na internet que apresenta características novas e agora é conhecido como rádio hipermidiático. Desse modo, ressalta-se que o referencial teórico traz a sustentação que se necessita para o melhor entendimento do processo de convergência que está cada vez mais presente nas redações, e não obstante, perceber quais as características do rádio na internet e as potencialidades que surgem com essa presença. Para verificar como se encontra essa transformação no mercado radiofônico acompanhou-se, de forma simultânea, os conteúdos em áudio presentes nos sites e os áudios vinculados pela antena3. Este trabalho analisa o uso do áudio no site das rádios: Gaúcha AM e Guaíba AM. Identifica as estratégias do mesmo, e se elas existem, nos sites das emissoras. Por meio disso, verificar se há ampliação do conteúdo para web ou apenas transposição do áudio e, averiguar como o veículo, através do seu site, faz uso da convergência, identificando se ela existe ou não. 3 Para um detalhamento dos procedimentos metodológicos desta pesquisa, ver Apêndice A. 3 1 Convergência Com os avanços tecnológicos, e o constante aparecimento de novos produtos os meios de comunicação modificam-se num ritmo mais acelerado, ou melhor, ampliam as suas formas de produção e estilo de conteúdo. Essas são algumas das transformações que tem ocorrido no ambiente da comunicação com a implantação da convergência. Por convergência refiro-me ao fluxo de conteúdos através de múltiplos suportes midiáticos, à cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação, que vão a quase qualquer parte em busca das experiências de entretenimento que desejam. Convergência é uma palavra que consegue definir transformações tecnológicas, mercadológicas, culturais e sociais, dependendo de quem está falando e do que imaginam estar falando (JENKINS, 2008, p.27). Nesse âmbito, a convergência tem modificado os mais diversos campos sócioculturais. A rotina das pessoas transforma-se à medida que são incentivados a procurar informações diferentes e fazer conexões com conteúdos midiáticos dispersos. Há uma remodelação na relação entre os consumidores e os produtores de mídia, potencializada pelas ferramentas digitais. Envolvidos pela disseminação da internet, os meios de comunicação fazem uso deste momento de transformações para, de alguma forma, abarcar a produção integrada, com jornalistas polivalentes e com uma narrativa multimidiática. Trata-se da convergência dos formatos das mídias tradicionais (imagem, texto e som) na narração do fato jornalístico (MIELNICZUK, 2001) e multiplataforma - informações produzidas e divulgadas através de múltiplos canais e que, cada vez mais, tendem a ajustar seus produtos de informações com as características de cada meio (SALAVERRÍA, 2003). Percebe-se que o processo de convergência ganha espaço nas redações, gerando consequências como a mudança de rotina e obrigando veículos monomídias a avançarem e investir em novos formatos. “En efecto, la digitalización está obligando a las empresas periodísticas a migrar desde un modelo de producción sumamente condicionado por el soporte de recepción, hacia otro relativamente independiente de ese factor” (SALAVERRÍA, 2010, p.33). Então, é preciso reformular algumas atividades que até pouco tempo eram consideradas suficientes para a empresa e seus profissionais. Com a introdução da digitalização, os meios necessitam de adequação já que uma mesma informação passa a ser consumida por diferentes canais e suportes. Porém, isso não significa, essencialmente, melhor qualidade na produção da notícia. 4 Nessa perspectiva, Debora Lopez (2009) afirma que surgem novas estratégias narrativas, provenientes de trocas entre os meios, de hibridizações de seus formatos, de suas ferramentas e de suas rotinas, permitindo a adoção de um jornalismo multimídia e multiplataforma. É preciso compreender a convergência jornalística como um processo em evolução contínua que modifica a estrutura de suas produções para facilitar a troca de informações e conteúdo, bem como atender a certa demanda do público. Ainda para Debora Lopez (2010), a convergência não tira a essência de cada meio de comunicação, mas sim, transforma-o para atender às necessidades do público. No caso específico do rádio, Cebrián Herreros (2001) diz que não se trata de invadir os terrenos dos demais meios e sim obter o máximo de proveito das possibilidades multimidiáticas que se pode incorporar. É preciso desenvolver-se juntamente com as novas tecnologias e saber que mesmo sendo primordial, a internet não é o único elemento que irá desencadear a convergência. Um exemplo é a telefonia móvel que, através do celular, permitiu que o radiojornalismo fosse transmitido pelo aparelho, de qualquer lugar e ainda auxiliou na produção das matérias, das coberturas de rotina em tempo real e também na aproximação com o ouvinte, refletindo no dia a dia do público ao criar um novo relacionamento com o noticiário. A troca de informação com o ouvinte aumenta a aproximação deste para com a emissora e, ao adequar o site a esse novo contexto tecnológico, o público recebe um atendimento de melhor qualidade e a emissora pode traçar novos investimentos e atuações de acordo com as respostas obtidas através de um público participativo. Como indica Jenkins, “a convergência ocorre dentro dos cérebros de consumidores individuais e em suas interações sociais com outros” (JENKINS, 2008, p.28). Na comunicação, as modificações do veículo partem, muitas vezes, pela demanda do público. Para Cebrián Herreros (2001), a convergência vai muito além da transmissão da mídia tradicional e gera formas híbridas de comunicação social, transformando as combinações anteriores e dando origem a serviços novos. Dessa forma, acontece uma metamorfose nos meios, como: uma emissora de rádio através de sua página na internet pode passar a produzir e divulgar conteúdos de vídeo, ou então, as emissoras de televisão contêm portais que envolvem áudio, texto e fotografia. Assim, a influência do veículo aumenta gradativamente perante o público, principalmente pelo poder de discutir o mesmo acontecimento através de diferentes abordagens. Roger Fidler (1997) indica que as formas estabelecidas pelos meios de comunicação devem mudar em resposta ao surgimento de novos meios e, caso eles não se transformem, a outra opção é a sua extinção. O autor cita três conceitos como fundamentais para o que chama de midiamorfose, a coevolução, a convergência e a complexidade. “Não é 5 possível fazer julgamentos razoáveis sobre tecnologias emergentes e o futuro da mídia, é preciso adquirir um conhecimento amplo e integrado de comunicação humana e os padrões históricos de mudança dentro do sistema global” (FIDLER, 1997, p. 22). Nesse sentido, com a digitalização dos conteúdos, o avanço da convergência e o aumento da interatividade mudaram as rotinas de trabalho das redes de comunicação, transformando a produção jornalística. Assim, migra-se de um sistema de uma plataforma apenas para se tornar multiplataforma, multimídia e com jornalistas polivalentes (SALAVERRÍA, 2001). Apesar das mudanças ocorridas através da inserção de novas tecnologias e novos produtos, a informação permanece como a matéria prima da comunicação. Os veículos organizam-se a partir do conteúdo e, posteriormente por meio do suporte. Essa relação indica a importância da marca nos processos de convergência e, além de facilitar a vida do público criando uma identidade, traça uma característica própria. Exemplo disso são o áudio e as características competentes de cada emissora que acabam por traçar uma identificação com o ouvinte e agora, no ambiente da convergência, não podem ser deixados de lado porque têm uma relação muito próxima de assimilação. Nesse contexto, mesmo que haja ampliação do conteúdo, a marca – formas de produção, estilos e jornalistas, peculiaridades próprias de cada veículo – não pode ser deixada de lado porque tem uma relação com o usuário. A tecnologia digital é fundamental, mas se a apuração das informações não acontecer de maneira correta, de nada adianta a facilidade para sua disseminação. Cebrián Herreros (2001) afirma que na atualidade a informação compreende três campos: as ações que dizem respeito à sociedade em geral, os dados que representam uma elaboração sobre uma realidade especifica e necessita de um tratamento mais rigoroso e por fim, os resultados obtidos através das pessoas, as quais funcionam como relatores de fatos e disseminam suas ideias e opiniões contestando o que o outro fez ou disse. Hoje o público consome simultaneamente as informações e a validade informativa ultrapassa as formas de produção, depende muito da aprovação de um público receptor que está mais exigente. Henry Jenkins (2008) acredita num comportamento migratório do público por sentir-se à vontade para procurar o que deseja, de acordo com a sua personalidade. As pessoas vão à busca de novas experiências de entretenimento e, consequentemente, com as múltiplas ofertas de conteúdos, a informação também precisa ser elaborada de tal forma que atenda os anseios da audiência. Salaverría (2003) afirma que é preciso ajustar o ritmo de transferência de informações de acordo com o tempo e os padrões preferidos pelo público. É como se a rotina 6 estivesse modificando-se de acordo com a necessidade das pessoas, que procuram mais interatividade e conteúdos audiovisuais sem deixar de lado a credibilidade informativa. Assim é perceptível que o público influencia as decisões tomadas pelos meios de comunicação. O perfil do público está em constante mutação e os jovens de hoje serão a audiência de amanhã. Exemplo disso são os websites das emissoras radiofônicas que apresentam aproximação através da participação do ouvinte em relação ao conteúdo, rejuvenescendo-se e criando uma identidade do site baseada em seu público-alvo. Para Cebrián Herreros (2001) a internet é uma fonte muito útil pela adaptação de conteúdos para as necessidades gerais e pessoais na busca pelos temas mais distintos. Hoje, encontram-se informações multimídia para mais de uma plataforma. Vive-se em um ambiente convergente em que a recepção desses conteúdos através de website e em aparelhos como o tablet e smartphone modificam a rotina de produção nos veículos de comunicação. Nesse contexto, não se pode restringir a internet como apenas um meio de comunicação, mas também, como um ambiente e espaço onde é possível disponibilizar conteúdos e transitar localizando informações, fontes e atender melhor a audiência. Ramón Salaverría (2010, p 38) diz que as empresas jornalísticas têm a necessidade de alimentar as suas publicações digitais com conteúdos textuais e audiovisuais de todo o tipo e ainda manter um ritmo de atualização. Para tanto se faz necessária uma grande demanda de matéria prima informativa que é suprida, na maioria das vezes, mediante uma coordenação multiplataforma de mídia, ou seja, é preciso de planejamento para produzir a mesma informação sob aspectos e públicos diferentes. Com as mudanças ocorrendo a todo o momento, há um desenvolvimento contínuo nos meios de comunicação. Porém Jenkins (2008) acredita que a circulação de conteúdos depende fortemente da participação ativa dos consumidores. Cada meio de comunicação possui características próprias que são adaptadas ao mundo digital, criando uma identidade específica sem perder suas peculiaridades, como: o radiojornalismo, mesmo que habite o ambiente virtual, mantém o áudio como principal formato de comunicação. Logo, observa-se a importância da aproximação entre o veículo que preserva as suas características e a audiência que vem se transformando no ambiente virtual. Henry Jenkins (2008) relata que convergência representa uma transformação cultural, à medida que consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em meio a conteúdos midiáticos dispersos. Embora lentamente, as transformações estão ocorrendo e a demanda por informações em diferentes formatos aumentando, o aprimoramento dos profissionais da área da 7 comunicação e dos jornalistas faz-se necessário para o bom desenvolvimento do serviço prestado. “Nessa nova realidade profissional, o repórter não deve mais se especializar em uma única área de cobertura para determinada mídia, mas sim, estar pronto para veicular sua apuração em diversos formatos e linguagens” (KISCHINHEVSKY, 2009, p 58). Essas transformações indicam mudanças na área profissional. Esos cambios muestran un denominador común: una creciente polivalencia. Los periodistas que acostumbraban a desempeñar una única tarea - redacción, fotografía, diseño, documentación... - para un único medio comienzan a ser una rara avis del pasado. Las empresas periodistas actuales, por el contrario, buscan periodistas capaces de asumir distintas labores en el seno de las redacciones y con versatilidad para trabajar en diferentes medios, bien de manera consecutiva o, incluso, simultánea (SALAVERRÍA, 2010, p. 36). A convergência jornalística tem lentamente inovado os modelos informativos e trazido uma nova realidade para os profissionais da área jornalística. Por isso, não é difícil ver repórteres de jornais ou revistas tirando fotos ou realizando reportagens de áudio, vídeo e texto, tudo ao mesmo tempo. Para Debora Lopez (2010), o repórter que faz a cobertura de um acontecimento para qualquer plataforma deve ter, além de rapidez e versatilidade, a capacidade de executar diversos formatos. Marcelo Kischinhevsky (2009) afirma que nessa nova realidade profissional, o repórter deve estar pronto para veicular sua apuração nos mais diversos formatos e linguagens. Pode-se considerar, portanto, um novo perfil para o profissional de comunicação, tudo isso devido às transformações tecnológicas das últimas décadas, bem como a reconstrução dos espaços de trabalho e das rotinas profissionais propiciadas pela convergência em seus diversos níveis. Nesse momento é preciso aproveitar as transformações para que não só os meios de comunicação possam se desenvolver, mas também os jornalistas, fazendo com que o nível das informações sejam cada vez mais elevado e, por meio disso, o público que é consumidor receba e faça uso de informações com qualidade e em diferentes formatos (GARCÍA AVILÉS; CARVAJAL apud LOPEZ, 2010, p.23). Ao observar a convergência, verifica-se uma perspectiva em que os meios devem se adequar mesmo que o processo se encontre em estágio de implantação. As mudanças são imprescindíveis ao pensar que a nova geração, os nativos digitais 4, estarão adaptados ao modelo virtual em que ele mesmo é quem busca o que deseja. Sem oferta, esse público tende a se encaminhar para outros meios que atendam suas necessidades. Um exemplo é o rádio, 4 “Pessoas acostumadas a receber informações muito rapidamente, gostam de processar mais de uma „coisa‟ por vez e realizar múltiplas tarefas” (PRENSKY, 2001, p.2). 8 que se aproveita da internet para ampliar a propagação de seu conteúdo que era limitado à potência da antena, pelo mundo. 2 Rádio e Internet O rádio traz em sua bagagem uma história de “glamour” por ser um dos primeiros meios eletrônicos a se popularizar no Brasil. Segundo Ferraretto (2010), a primeira transmissão radiofônica foi realizada em 1922, na Feira e Exposição Mundial do Centenário da Independência, conhecida como vitrine para incentivar o comércio com outros países. Era um período em que o capitalismo buscava mercados cada vez maiores, e pendia para a internacionalização de seus interesses, um momento de expansão da economia nacional. Nos primeiros anos, o rádio caminha a passos lentos, o alto custo dos aparelhos e as poucas redes de transmissão de conteúdo tornam o rádio uma curiosidade de alto custo (PINTO, 2008). Além disso, era necessário pedir permissão junto ao Governo da época para ter acesso ao conteúdo. Com o passar dos anos o rádio se tornou mais acessível, considerado um dos primeiros meios de comunicação a popularizar-se no país. “O rádio se expandiu até ser um meio de comunicação quase universal. Percorre o mundo em ondas curtas, ligando continentes em uma fração de segundos” (MCLEISH, 2001, p.15). Hoje, o rádio se mantém como um dos principais veículos de comunicação, porém, a competitividade na oferta do conteúdo tem aumentado gradualmente. No início, com o surgimento e a posterior popularização da televisão e, nos últimos anos, pela disseminação da internet, criada para manter a comunicação nas bases militares dos Estados Unidos durante o período da Guerra Fria. Segundo Carlos Afonso (2000), não demorou muito para que as primeiras ligações com redes similares em outros países fossem ativadas - a começar da conexão entre Nova Iorque e Londres em 1973. Carlos Afonso (2000) ainda lembra que no Brasil ela começou a ganhar espaço nos anos 90 para fins de pesquisa acadêmica e em 1995, com a implantação de uma política de capitalização de serviços defendida por vários setores. Entre os quais a Rede Nacional de Pesquisa (RNP), os ministros das Comunicações e da Ciência e Tecnologia da época, o Ibase e outras entidades, começa a sua disseminação pelos quatro cantos do país. Em pouco tempo, o mundo todo passou a conhecer a internet com características e potencialidades comercias. A popularização foi uma questão de tempo. O baixo custo para o acesso à informação e a facilidade na comunicação entre povos e conteúdos diversos se comparados ao telefone fixo da época, fez com que, primeiramente, o comércio de computadores e, posteriormente a adequação de outros aparelhos como o celular, aumentassem gradativamente. Segundo a 9 Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, em 2008 se estima que mais da metade (53,8%) da população brasileira de 10 anos ou mais de idade, ou seja, cerca de 86 milhões de pessoas, tem telefone celular para uso pessoal. Conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, de 2005 para 2008, enquanto a população de 10 anos ou mais de idade cresceu 5,4%, o contingente daqueles que possuíam celulares teve aumento de 54,9%. Apesar de a pesquisa ser mais recente, as transformações tem acontecido durante a história, no caso do rádio, Cebrián Herreros (2001) afirma que começou a década de 90 sob um horizonte de profundas mudanças causadas pela inovação rápida e técnica e agora enfrenta uma enorme competitividade pela audiência. Ao perceber o avanço da telefonia móvel, TV por assinatura e da internet e as suas possíveis potencialidades, os meios de comunicação tiveram que, de alguma ou outra forma, se adaptar aos novos formatos midiáticos. No caso específico da comunicação radiofônica, Ferraretto (2010) afirma que há um movimento de aproximação e/ou adaptação do rádio aos novos meios de comunicação ou suportes tecnológicos que acontece através do envio de sinal de algumas emissoras hertzianas pela internet e pelos serviços de televisão por assinatura. O autor complementa ao dizer que isso tudo faz parte de um conjunto de possibilidades fundamentais na definição do novo conceito de rádio. “Para sobreviver e se adaptar à era de predomínio das imagens visuais, na web, o rádio acaba por fazer a remediação das outras mídias, incorporando o texto impresso e a imagem em movimento” (FERREIRA, 2009, p.8). Com os avanços tecnológicos em geral e a potencialidade da internet o rádio, com a digitalização, houve uma modificação na estrutura física - tem ganhado novos contornos. Segundo Nelia R. Del Bianco (2005), as vantagens da transmissão digital são potencialmente significativas e sugerem que essa revolução tecnológica irá revitalizar o rádio tanto no conteúdo quanto na forma de consumo, bem como a diversificação e o surgimento de novas formas de consumo como um dos principais fatores. Roger Fidler (1997) afirma que as novas mídias não nascem espontaneamente e independentes, mas surgem gradualmente a partir da metamorfose das antigas. O rádio entra nessa nova fase e evolui através da sua difusão por outras plataformas de comunicação, mas, ao mesmo tempo, é preciso cuidado para que ele não perca as suas principais características enquanto meio de comunicação. Emilio Prado (1989) assegura que se a atualidade e a rapidez da difusão são os aspectos mais importantes da informação, a simultaneidade e instantaneidade (essenciais no rádio) prestam um serviço muito importante para a informação. “Afinal, mesmo que a digitalização transforme bastante o rádio, ele 10 continuará a ser um veículo predominantemente sonoro. Então, o fim do rádio não será agora!” (ALMEIDA, MAGNONI, 2010, p.276). O rádio, enquanto aparelho permanece vivo, mas, em contrapartida, outras formas de ouvir rádio se adaptaram ou foram adaptadas para esse novo e exigente perfil de público, exemplo disso são os dispositivos móveis como o tablet e o smartphone. Há, portanto, um amplo quadro de possibilidades de miscigenação entre o que antes parecia ser definido com base em limites claros e preciso. Um exemplo: uma emissora de curto alcance hertziano, caracterizada como comunitária, pode ganhar o mundo via internet e, até mesmo, oferecer parte dos conteúdos irradiados em podcasting (MAGNONI; CARVALHO, 2010 p. 39). Cada vez mais a audiência do rádio tem recebido a possibilidade de acessar conteúdos imediatos e interativos, características estas que sempre fizeram parte da essência do rádio e agora são potencializadas na internet. Almeida e Magnoni (2010) afirmam que a interatividade e a portabilidade sempre fizeram do rádio o veículo mais próximo do ouvinte. Os autores complementam ao dizer que a digitalização antecipada pela internet continuará a provocar mudanças significativas na linguagem, nas formas de emissão e recepção, e também em toda cadeia produtiva do antigo veículo. Embora hoje se tenha vários meios para adquirir informações em tempo real o rádio precisa entrar nesse novo capítulo da Era da informação. Palacios et al (2002) indicam que o cenário começou a modificar-se por meio do surgimento de iniciativas empresariais e editorias de forma exclusiva para a internet. São os sites jornalísticos que extrapolam a ideia de uma versão para Web de um jornal impresso, formando, assim, o webjornalismo. Então a importância do website da estação. Através dele encontra-se a possibilidade de englobar vários tipos de mídia, realizando ligações em um mundo de informação ilimitado, documentado e de fácil acesso. Percebe-se assim, que a internet afeta diretamente a composição dos meios massivos, como é o caso do rádio. Exemplo disto é o uso de podcast5, ferramenta de memória da emissora, em que o público pode ter acesso a determinado conteúdo direcionado ou então, no caso de não poder acompanhar ao vivo a transmissão de antena, pode recuperar o programa inteiro e fazer download usufruindo no horário que estiver disposto. Uma das características que está bem marcada na internet é a possibilidade de interatividade que ela proporciona aos seus usuários. Segundo Mielniczuk (2001, p.4) “Diante de um computador conectado à 5 Por ser uma tecnologia relativamente nova, ainda com muitas possibilidades a serem exploradas, o seu conceito ainda se encontra muito ligado a disponibilização de programação musical dado que a definição de podcasting é resultante da soma das palavras Ipod e broadcasting. Porém esta realidade tem vindo a alterar-se dada a utilização do podcasting em várias áreas do saber, seja eles no âmbito dos negócios para disponibilizar reuniões, programas de telejornais e entretenimento, programas de caráter científico e, atualmente, utilizado na educação para transmissão de aulas e formação a distância. 11 Internet e acessando um produto jornalístico, o usuário estabelece relações: a) com a máquina; b) com a própria publicação, através do hipertexto; e c) com outras pessoas”. Isso significa que o usuário busca por meio do dispositivo novas formas de manter um relacionamento, seja com o conteúdo acessado ou com outros usuários. Para Álvaro Bufarah Junior (2003) entre os veículos de comunicação de massa tradicionais, o rádio é o que tem maior tradição na interação entre o receptor (ouvinte) e o emissor (rádio). O autor complementa ao dizer que com os conceitos de interatividade presentes na Internet, o rádio recebe maiores possibilidades de integrar sua programação às necessidades dos ouvintes, tornando os usuários mais participativos. Assim, existe a oferta de uma programação mais diversificada que vem a atender aos anseios do público em questão. Para Almeida e Magnoni (2010), essa aproximação tem acontecido simultaneamente pela disponibilização da multimidialidade, que consiste na união de vários formatos em um só canal, isso por ter a capacidade de usar a imagem, os vídeos, os textos e os sons para transmitir a mesma mensagem, assim tanto a imprensa como a televisão e o rádio podem ser encontrados na internet com ampliação de conteúdos e formatos diferentes, ou seja, o rádio deixa de ser apenas áudio e passa a agregar imagem, texto, vídeo. Com esse aumento na demanda e nos formatos da informação aparece um novo perfil de público, o qual traça o seu próprio caminho e faz buscas diretas a conteúdos que lhe sejam úteis ou mais agradáveis. Isso faz com que os conteúdos da web sejam determinados de forma que releve os interesses de nichos específicos de receptores e, dessa forma, cria-se uma identidade do público com o site. Para Esmeralda Villegas Uribe (2006) a convergência entre o rádio e a internet brinda novas estratégias integrais de comunicação, porém é preciso garantir que seus benefícios não sejam limitados pela fenda tecnológica e que a qualidade seja fator determinante nesse espaço. O rádio se caracterizou pelo imediatismo informacional e simultaneidade na transmissão, agora, através dos canais de comunicação digital, o emissor tende a segurar o usuário à sua página, proporcionando informações continuas e multimídia. Dessa maneira a rotina da produção está se modificando e a forma de trabalho tem ganhado novas características ao ampliar a maneira como é feita a apuração dos fatos, valorizando, cada vez mais, o planejamento multimídia e o profissionalismo dos jornalistas. Entretanto, como afirma Ramón Salaverría (2001), muitas vezes a qualidade tem sido deixada de lado pelo excesso na quantidade de informações. Mielniczuk (2001) assegura que durante a história do jornalismo na Web é possível identificar três fases distintas. Num primeiro momento, chamado de transpositivo, os 12 conteúdos oferecidos eram, em grande maioria, cópias de grandes jornais impressos e atualizados a cada 24h, dependendo do fechamento do jornal. A segunda fase é identificada quando a internet estava se aperfeiçoando e desenvolvendo sua estrutura técnica, chamada de metáfora, em que mesmo conectado ao jornalismo impresso, os produtos começam a apresentar novas experiências na tentativa de explorar as características oferecidas pela rede. Começam a surgir links com chamadas para notícias de fatos que acontecem no período entre as edições e o e-mail passa a ser utilizado como uma possibilidade de comunicação entre jornalista e leitor ou entre os leitores. Apesar dos avanços, as fases não são excludentes, hoje em dia encontram-se sites que são de primeira geração, ou seja, são meras transposições do áudio de antena através do streaming ao vivo. Observa-se a presença de segunda geração com postagens de áudios editados, exploração de memória, mas, ainda sem a criação de uma identidade própria do rádio na internet. A terceira fase apresenta-se através de conteúdos multimídia, explorando mais o áudio e o conteúdo do site como complementação da antena. O cenário começa a modificar-se com o surgimento de iniciativas tanto empresariais quanto editoriais destinadas exclusivamente para a Internet. São sites jornalísticos que extrapolam a idéia de uma simples versão para a Web de um jornal impresso e passam a explorar de forma melhor as potencialidades oferecidas pela rede. Tem-se, então, o webjornalismo. (MIELNICZUK, 2001, p.2) O webjornalismo é a terceira fase e, a atual, corresponde a um estágio avançado de toda uma estrutura técnica relativa às redes telemáticas e aos microcomputadores pessoais, permitindo a transmissão mais rápida de sons e imagens. Essas fases se evidenciam em inúmeros casos, como: os sites de emissoras radiofônicas que começam pela simples cópia e postagem de conteúdos, muitas vezes da rede que integram ou agências, nas páginas, logo após tem-se as tentativas de novas experiências, entre elas o aumento da interatividade e participação do usuário e, no momento atual, em que se percebe um uso maior do áudio, de conteúdos multimídia e produção multiplataforma. Para Lopez (2010, p 35) “O jornalismo se rendeu à crescente participação do internauta e reconfigurou, gradualmente o seu conteúdo para uma maior interatividade em todas as etapas da produção jornalística.” É preciso entender o público como participante ativo da comunicação, envolvendo a produção e as formas de disseminação da informação. Mielniczuk (2001) relata que na Web os produtos jornalísticos podem ser atualizados constantemente e o espaço que a informação ocupa não é problema, o custo é baixo se comparado com outros meios. Apesar de fazer parte do mesmo meio, a transmissão do rádio na web não caracteriza uma garantia de produção de webjornalismo. São coisas diferentes. 13 O radiojornalismo, caracterizado pela interatividade e a instantaneidade, encontra na Web um potencial para ampliar suas formas de produção, sem deixar de lado sua característica sonora. Ao pensar no rádio contemporâneo faz-se necessário abarcar as produções integradas, desenvolvendo e atendendo melhor ao público que está cada vez mais exigente, através de informações multimídia e multiplataforma e acompanhando a crescente interatividade. As novas tecnologias que afetam a produção, transmissão e o consumo de conteúdo radiofônico, levam os jornalistas a uma nova condição: repensar e rediscutir o radiojornalismo, seus fazeres e sua linguagem. São processos que não devem ser considerados de maneira isolada, e que prescindem dessa relação por se afetarem mutuamente. “É tempo de pensar o radiojornalismo para além de sua concepção tradicional, considerando as especificidades de suporte que criam uma nova estrutura narrativa para o rádio” (LOPEZ, 2010, p.37). Entre as novas estruturas narrativas encontram-se, talvez seja a mais importante, a caracterização do rádio hipermidiático. Segundo Lopez (2010), inserido no contexto de convergência de mídias, o rádio hipermidiático tem uma construção narrativa multimídia fundamentada em uma base sonora que pretende garantir a eficácia comunicacional e é complementada pelo conteúdo multimídia de transmissão multiplataforma. “[...] o rádio hipermidiático insere-se no contexto da tecnologização das informações, sofrendo influências principalmente do rádio digital e da entrada deste meio na internet.” (LOPEZ, 2010, p.9). Através desses novos conceitos, muitos deles envolvidos pela internet, o rádio, por meio de sua página na Web, se torna mais atual e transforma sua narrativa que até pouco tempo era basicamente sonora, proporcionando uma melhor e mais completa informação, atendendo aos anseios do público. 3 Análise 3.1 Rádio Gaúcha Na Rádio Gaúcha6 o sinal é amplificado via Rede Gaúcha Sat e internet. São 24 horas de Jornalismo no ar, seja na transmissão de antena ou pelo site da emissora. Este que pode ser trabalhado aliado ao jornalismo multimídia, com iniciativas de uso de recursos digitais que abordam textos, produções em audiovisual como vídeo e paisagem sonora, também faz uso de fotografia, infográficos, memória e blog. Os conteúdos sonoros são bastante usados no site. A 6 A Rádio Gaúcha foi criada em 1927, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A emissora integra o Grupo RBS, uma das maiores empresas de comunicação multimídia do Brasil. Através de emissoras de rádio e televisão, jornais, portais de internet e iniciativas no meio digital, o grupo produz e distribui informações jornalísticas, de entretenimento e de serviços. Como o site do grupo (www.rbs.com.br) informa a Rede Brasil Sul - RBS é líder nos mercados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul em todos os segmentos que atua. 14 quantidade de áudios encontrados na página inicial durante o período de análise foi de 96 arquivos, mais de 10 por dia e com média de duração que gira em torno de 05 minutos (Apêndice B). O streaming conta com 01 link ao vivo, todos os dias, gerando um resultado total de 05 e o áudio sob demanda é a maioria considerável, contabilizando 91 arquivos. Isso indica que a principal característica do site é a sua relação com conteúdos sonoros. Outro fator importante é a organização dos arquivos presentes na página, que se traduzem em facilidade de acessibilidade ao procurar e acessar determinado conteúdo. A coordenadora de Projetos Digitais da RBS e ex-editora do site da Rádio Gaúcha, Gabrieli Chanas (2011), afirma que o site existe aproximadamente há seis anos, mas na forma como ele está hoje, mais completo, há dois anos. “A gente criou uma organização muito bacana de pastinhas. A gente vai lá e tem uma central de áudios. Tu podes procurar por programas, palavras-chave, time, enfim, tu podes procurar de várias formas” (CHANAS, 2011). Então se observou a importância do uso de tags – espécie de marcação através de palavras-chave – que promovem a organização da memória da emissora através da classificação e organização do material. Isso acaba por facilitar a vida dos usuários que buscam por conteúdos direcionados. O site (Anexo 01) é dividido em 04 colunas e trabalha, na maior parte, com conteúdos dinâmicos7, porém, o espaço em que se encontra o institucional é estático. Em sua estrutura na barra lateral esquerda ficam os links de conteúdos multimídia, programas, interatividade e institucional, na barra superior e lateral direita encontra-se o espaço comercial e seus anunciantes. Nas duas barras do meio encontram-se os destaques da programação, em sua maioria, acompanha uma foto e as atualizações são feitas, no turno diurno, a cada 15 e 30 minutos. Ou seja, a área central do site apresenta conteúdos em áudio, o que reitera a valorização do áudio pela emissora. A estrutura da equipe do site conta com uma editora, uma jornalista e dois estagiários, sendo atualizado somente no período diurno. Micheli Raphaelli (2011), editora do site, acredita que o público do rádio é o mesmo que o do site. “Na verdade, o site é baseado em áudio. Se você procurar ali, ele tem pequenos textos, mas o objetivo dele é reproduzir o que foi divulgado no rádio e quem perdeu pode ir lá e recuperar” (RAPHAELLI, 2011). Alguns links como o Sala de Redação disponibilizam, diariamente, o programa completo para download, outros como o Polêmica e Nosso Mundo Sustentável, informações sobre a Previsão do Tempo e blog, permanecem na página inicial diariamente e recebem 7 Documentos estáticos são páginas cujo conteúdo nunca é alterado. Documentos dinâmicos, por outro lado, sofrem alterações baseados em diversas condições, tais como solicitações do usuário. Exemplos de conteúdo dinâmico incluem sites de busca e de notícias. (SILVA, O. online) 15 atualização de acordo com a execução de cada programa. Assim que acaba de ir ao ar, e até mesmo durante a transmissão caso não esteja acompanhando ao vivo, o público pode ter acesso também pelo site. Durante a análise não foi observado o uso de podcast – ferramenta em que o usuário pode montar uma programação personalizada e específica -, embora se tem encontrado arquivos de áudio produzidos , especialmente para o site, não os foi considerado como ferramenta de podcasting, pois o público não tem a possibilidade de personalizar a sua programação e foi observado também a ausência de assinaturas RSS, fundamental para o podcast. Porém, ao acessar o site, é possível ter acesso a arquivos de reportagens, boletins, sistema de buscas, etc., resultando na exploração da memória que acaba por potencializar a relação entre público e emissora. Os espaços de interação como o “Fale conosco” e as redes sociais facebook, twitter e Comunidade Gaúcha8, também mantém um link constante na página. Enquanto no twitter o ouvinte pode seguir a emissora e postar o link do áudio na rede social, o facebook disponibiliza ao usuário que acompanhe a emissora através de postagens de material jornalístico pela rede. O usuário tem a disponibilidade de compartilhá-los com outras pessoas, aumentando ainda mais a disseminação das informações no ambiente virtual. Já a Comunidade Gaúcha surgiu em 2009, período do boom do Orkut e, conforme Chanas (2011), usa a plataforma privada conhecida como Ning. O acesso é gratuito e acontece através de um link presente no site que dá acesso a vários programas, local em que sucede a interação entre os apresentadores e o público. “Ao participar da comunidade do programa as pessoas podem bater um papo com o apresentador ou o produtor, sanar dúvidas, enviar criticas, tudo diretamente ou em grupo” (CHANAS, 2011). Embora tenha sido mais utilizada pelas pessoas que fazem parte da produção e apresentação dos programas, a Comunidade Gaúcha é referenciada, às vezes, durante a programação de antena e ainda, na página específica de cada programa encontra-se um link para que o público tenha acesso a essa rede social. Quando há algum acontecimento extraordinário, como: o casamento do Príncipe Willian, a parte superior da página, que fica logo abaixo do espaço comercial, abre um ambiente especial pra cobertura do evento, com link‟s dos programas que trataram do assunto no dia ou também as coberturas ao vivo. Aliás, o áudio foi o principal formato encontrado na home durante o período de análise. Durante a semana foram 96, a maioria acompanhada de uma fotografia (apenas na página inicial) e de um pequeno comentário em texto. 8 Espaço dentro do site da emissora aonde se encontra ouvintes e profissionais através de uma rede social. 16 A principal fonte de informação usada é sonora, 81, ou seja, o áudio é bastante valorizado pela emissora, tanto no site quanto no conteúdo emitido pela antena (ver Apêndice C). A fonte documental pôde ser observada 10 vezes e principalmente em coberturas especiais como o caso do casamento do príncipe da Inglaterra, ou outras informações que exijam dados com maior precisão e momentaneidade. Tanto na programação da rádio transmitida pela antena, como através do site, o público se torna participante ativo. Segundo Raphaelli (2011), em Porto Alegre, a rádio recebe muita informação via twitter. “A interação acontece, por enquanto, através das respostas que estão sendo transmitidas pelo áudio de antena” (RAPHAELLI, 2011), a emissora conta com mais de 32 mil seguidores pela rede social, e as atualizações acontecem, em média, a cada 60 minutos ou menos. Pelo facebook mais de 890 pessoas curtem a página da emissora em que as atualizações são feitas, em média, a cada 03 horas. Embora seja apenas em formato textual, através do espaço ouvinte-repórter presente no site, o público tem a sua disposição uma ferramenta de contato direto com o programa preferido, podendo encaminhar comentários, dúvidas, perguntas, sugestões e ainda pedir informações técnicas. Os usuários encontram a possibilidade de expor sua opinião e trazer informações de sua localidade ou que venha a complementar outra existente, através de telefone ou internet. Outro ponto forte do site em relação a sua programação são as enquetes disponibilizadas para votação via telefone e site em que os resultados vão ao ar pela antena e, também, podem ser acompanhados pelo site quase que simultaneamente, tornando o ouvinte cada vez mais atuante e causando uma aproximação com a rádio por ser chamado durante a programação para participar dando a sua opinião, seja pelas enquetes disponíveis, através de torpedos ou ligações e pelo próprio site. Observa-se que há uma potencialização do caráter interativo do rádio através de ferramentas que usam a internet para relacionar o público com a emissora. Com isso o ouvinte, por sua vez, passa a ser mais ativo gerando uma aproximação entre veículo e usuário e vice-versa. A interatividade sempre foi característica do rádio e agora é potencializada pela internet, fazendo com que os leitores passem a ser ao mesmo tempo consumidores e produtores da informação, pois eles interagem com a notícia. É preciso atender ao público de maneira que se sinta confortável nesse ambiente de fácil acesso e informatizado que o site proporciona e assim crie uma identificação pelo conteúdo encontrado e pelas características da página. Embora algumas informações encontradas no site, principalmente as fotografias, em grande parte, sejam produzidas por outros meios de comunicação do grupo RBS, percebe-se através dos áudios fornecidos pela 17 página inicial uma reedição do conteúdo trabalhado no áudio de antena. Como mostra o apêndice D, de 96 áudios totais na página inicial, 91 são sobreposições de conteúdo, bem como uma reedição do áudio vinculado pela antena. Exemplo disso são os destaques/principais informações de cada programa. Mesmo que ocorra apenas a reedição e não a complementação do que foi ao ar, ao proporcionar esse conteúdo para consumo ou download, compreende-se uma preocupação por parte da emissora em disponibilizar informação ao público nesse ambiente virtual. Chanas (2011) diz que é muito comum o apresentador acabar de falar uma notícia no ar e o ouvinte ligar para o produtor e dizer: “vai pro site?”, porque ele quer ouvir de novo. “Então é a nossa forma de disponibilizar de novo. A gente se preocupa em disponibilizar, dividir, colocar categorias, facilitar a busca dele porque virou referência” (CHANAS, 2011). Mesmo que a maior parte do conteúdo disponível no site seja uma reedição, a memória da emissora apresenta aos usuários mais facilidade para encontrar o áudio desejado. Encontra-se, também, neste ambiente a recuperação do material mais antigo, que foi ao ar há alguns anos atrás e aos poucos vem sendo digitalizado e postado. Essas iniciativas de recuperação e digitalização fazem parte dessa nova configuração do rádio, onde é preciso manter as características históricas do veículo, embora seja preciso desenvolvê-las, como é o caso da memória da rádio sendo disponibilizada virtualmente. Durante a semana de análise foi encontrado para download na página inicial, diariamente, o programa Gaúcha 25 horas que vai ao ar no horário da Voz do Brasil e é transmitido apenas pela internet e plataformas como o iPhone. Também se encontra disponível para download, com link permanente na página inicial, o arquivo completo do Sala de Redação, um dos programas de maior destaque na grade de programação da Gaúcha. Vai ao ar semanalmente às 13h, discute o esporte e, às vezes, política. Conta com um seleto grupo de apresentadores e ouvintes onde, muitos deles, pautam suas rotinas por meio do programa. Cada programa tem sua própria página, fazendo com que a página principal seja composta pelas principais informações do momento, sendo atualizada constantemente. Chanas (2011) afirma que a equipe não tem um horário fixo para atualização. Mas acredita que ela é atualizada, no total, trocando conteúdo, umas dez vezes por dia. Observou-se que o site não é atualizado no período noturno. Os áudios da Gaúcha são postados e organizados na midiateca do Clicrbs, veículo do grupo em que a Gaúcha faz parte. Nesse local encontra-se uma biblioteca informatizada composta de arquivos produzidos pelo grupo. O midiacenter como é conhecido, apresenta problemas de navegabilidade, pois para usufruir do arquivo presente no site o público é 18 deslocado para uma nova página em que encontra dificuldade em retornar para a página de origem. Contudo, mesmo que mantenha a sua identidade ao usufruir de um link de outro veículo, a Rádio Gaúcha privilegia os seus ouvintes mais fiéis e dificulta os que estão apenas de passagem. Só encontra facilidade quem conhece a página de mídias. Sendo assim, acreditase que para a emissora quem consome o material do site é o ouvinte internauta que tem por característica acessar a página constantemente. Outro fator importante são as referências feitas ao site e seu conteúdo durante a programação de antena. Ações como os convites feitos ao público para acompanhar as redes sociais também somam para que a rádio seja lembrada no ambiente virtual. De maneira geral, o áudio encontrado na página inicial da Rádio Gaúcha não vem acompanhado de texto e tem como gênero principal o jornalismo e o esporte. O áudio representa o eixo central da narrativa do site em que as fontes de informação são, em sua maioria, sonoras. O perfil de uso conta com a presença do apresentador e dos entrevistados como fonte. Portanto, o site apenas retrata o que foi ao ar pela antena e a ampliação só foi observada em produções especificas para o site. 3.2 Rádio Guaíba A Rádio Guaíba AM está no ar desde 1957. Inicialmente, fazia parte da Empresa Jornalística Caldas Jr., e em 2007 foi adquirida pelo Grupo Record de Comunicação. Segundo o site da emissora, desde então vem implementando inovações em todos os seus setores. Em sua programação, a Guaíba trabalha com jornalismo em geral e com o esportivo em específico, também fornece prestação de serviços e interatividade. Segundo o site (www.radioguaiba.com.br), a interatividade é palavra-chave nesse novo conceito de transformações que a rádio vem passando com a nova gestão da Record, que realizou mudanças na estrutura física e tecnológica, isso sem comprometer a tradição de levar informação com qualidade para o público, uma das marcas registradas da Rádio Guaíba AM e Guaíba FM9. Pode-se citar o site da emissora como umas das principais mudanças. Através dele, a emissora insere-se, cada vez mais, no mercado virtual. Porém, a tradição do conteúdo é mantida, a ênfase no esporte continua sendo mantido na produção do áudio de antena. O ex chefe de Jornalismo da Rádio Guaíba, Ataídes Miranda (2011), cita a internet como uma ferramenta importante porque proporciona ao público que não consegue o sinal através do 9 A Rádio Guaíba FM foi fundada em 1980, inicialmente, tinha uma programação própria voltada a musicalidade. Em 2010, a FM abandona a programação musical e passa a veicular integralmente a programação da Rádio Guaíba AM. 19 rádio, ouvir a programação ao vivo pelo site, e também por estar presente na apuração das noticias. “A internet é um braço direito de todo o pessoal da produção. A reportagem não tanto porque se preocupa mais com a „coisa‟ local, mas para coordenadores e produtores a internet é um grande aliado” (MIRANDA, 2011). A emissora conta ainda com a potencialização do seu áudio de antena através da Rede Guaíba Sat que disponibiliza a programação 24 horas por dia para mais de cinco estados. O site (Anexo 02) da emissora apresenta uma mescla entre conteúdo dinâmico e estático e varia entre três e quatro colunas. Na barra lateral esquerda encontram-se as principais informações, os destaques do dia e ao se aproximar do final da página existe um link com o canal do ouvinte onde são disponibilizados telefone, email e número para envio de torpedo. Na barra lateral direita o espaço fica restrito à interatividade através de enquetes onde o público pode opinar votando e, logo abaixo, um espaço comercial. A interatividade aparece em todos os conteúdos disponibilizados pelo site, através dos espaços para comentário, fale com a redação e na opção de enviar pra algum contato. Na coluna do meio e principal, encontra-se o plantão “Últimas Notícias” e o plantão “Esporte”, sempre com as 10 últimas informações de cada editoria. Esses materiais se repetem em outros espaços da página e, durante a análise, observou-se que no plantão “Esporte”, em alguns dias, não aconteceu mais de 10 atualizações, resultando na repetição das informações de um dia para o outro. Entretanto, no plantão de notícias, são mais de 10 atualizações diárias. Observou-se que, sem fazer rolagem de tela, apenas na sexta-feira, 06 de maio de 2011, não foi observada a presença de, ao menos, um áudio na página inicial da emissora. Na página principal encontram-se, também, os blogs, ferramenta usada com frequência pelos apresentadores e produtores que, além de ser um espaço de opinião e disseminação do conteúdo, aumenta a interação com o público no ambiente virtual. Nos blogs o público pode tecer comentários ou enviar a postagem para algum amigo. Nesse ambiente verificou-se também a presença de materiais em áudio. Exemplo disso é o blog do programa “Carreira e Sucesso”, em que o texto serve como uma breve chamada para que o ouvinte ouça o programa que foi ao ar pela antena e está apenas liberado para consumo e não para download. Ainda na página inicial existe um menu chamado de Reportagens Especiais em que o conteúdo é encontrado em vídeo, com pequenos trechos de texto e, principalmente, em áudio. Funciona como um canal multimídia de baixíssima atualização, visto que a produção mais recente aconteceu no dia 16 de março. Embora seja o site da emissora a maioria dos conteúdos encontrados é de material em texto. No segundo dia de análise, 04 de maio de 2011, das 20 notícias presentes na página 20 inicial, apenas uma continha áudio disponível, as outras 19 apenas texto. Muitos deles oriundos de outros veículos do grupo em que faz parte, como Correio do Povo e Portal R7. Verificou-se, também, material em texto de agências de notícias, objeto não identificado na página da Rádio Gaúcha. Miranda (2011) afirma que a Guaíba trabalha com conteúdo integrado a outros veículos, principalmente na parte editorial. “Quando tem uma viagem destas internacional ou nacional o repórter vai e faz matéria pra rádio, pro jornal, pro site da rádio e do Correio. Então a gente trabalha bastante integrado. E até com jornais e TVs que nem são do nosso grupo” (MIRANDA, 2011). Como aponta Miranda (2011) o compartilhamento de informações dentro do grupo em que faz parte é cotidiano. Em alguns casos os textos produzidos por outros veículos do grupo são tratados em áudio na antena, sempre referenciados. São perceptíveis investimentos, através do site da Guaíba, maiores na marca do grupo do que na marca da própria rádio. Ressalta-se que o meio de comunicação imediato e atual é o rádio – embora a internet também tenha esses elementos – e se, por exemplo, se pauta pelo Correio do Povo acaba por deixar essas características de lado. A página da emissora não tem um perfil sonoro e não faz menção a nenhuma rede social. Na página inicial há uma subdivisão por editorias, são links que remetem a uma página própria em que se encontram conteúdos específicos de cada uma. A página principal não apresenta e nem explora as possibilidades da web como: a personalização. A memória só apresenta opções de filtragem, parecendo mais um banco de dados com todos os materiais que foram postados no site. A ausência de mais áudios, apenas sete sob demanda, fotografias e produções em audiovisual deixam de ser um atrativo para o visitante que busca no site uma ampliação ou complementação do conteúdo que foi ao ar pela antena, ou então, vai diretamente a página em busca de informações. É indispensável que, mesmo com a presença da rádio na internet, ela não perca a sua principal característica que é a produção em áudio. A ausência de imagens e principalmente o baixo número de áudios encontrados na página principal fazem com que o site da emissora deixe a desejar do ponto de vista informacional. Conforme o apêndice E, durante os cinco dias de análise foram encontrados apenas 12 arquivos de áudio, a média de duração ficou em torno de 1‟e 12”, números baixos se comparados, por exemplo, à Rádio Gaúcha que apresentou 96 áudios. Sente-se que essa falta de arquivos em áudio, talvez seja motivada pela falta de um editor específico para o site, já que as iniciativas de atualização partem dos próprios repórteres. Segundo Miranda (2011), o repórter digita, coloca a foto, o áudio e envia pra um redator. “O redator dá uma lida antes. Ele “deixa em “pendentes” e depois revisa e pública” 21 (MIRANDA, 2011). Mesmo que o site não represente ter no áudio seu principal suporte de informação, Miranda (2011) complementa ao dizer que a orientação da direção é pra usar muito áudio. Contudo, isso não se evidencia na realidade. Conforme podemos observar através do apêndice E/F, a quantidade de áudios sob demanda é pequena, são apenas sete, e fica restrita pela sobreposição do mesmo conteúdo oriundo do material de antena, apenas com um adicional, a reedição. Ao analisar o site da Rádio Guaíba observou-se o baixo uso de conteúdos sonoros. Ainda que os textos e as fotos encontradas constituam a multimidialidade, a Rádio Guaíba apresenta poucas características de inserção no ambiente de convergência. Talvez isso venha a ocorrer pela falta de produção específica para o site, seja ela de novos conteúdos ou da própria reedição do áudio. Miranda (2011) acredita que o público do site não é o mesmo público da rádio, ou pelo menos a sua grande maioria. “Tem muito internauta que não é ouvinte da rádio, ele busca ali uma informação rápida, acredito que ele não está ouvindo rádio” (MIRANDA, 2011). Durante o período de análise observou-se poucas vezes a referência ao site durante a programação de antena da Guaíba. A ausência de marketing feito pelo site direcionado as redes sociais dificulta a popularização da rádio nesse ambiente virtual. Exemplo disso é o perfil da emissora no twitter com mais de 1.500 seguidores, com atualização, em média, a cada 60 minutos, que poderia ser mais bem explorado se, ao menos, tivesse um link na página principal da emissora que remetesse a essa ou outras redes sociais. Por conseguinte, ficou demonstrado através da análise que o áudio presente na página inicial da Guaíba vem sempre acompanhado de material em texto e, em alguns casos, de fotografia. Ou seja, o áudio serve mais como um acessório à página. E deveria ser, na verdade, a essência dela. O perfil do áudio da emissora nesse ambiente virtual conta com a presença de entrevistados como principal fonte10. Assim, a emissora apenas retrata o conteúdo que foi ao ar pela antena e a ampliação só ocorre em produções em texto que, muitas vezes, são realizadas por outros veículos do grupo e são especificas para o site. Considerações Finais Ao iniciar a pesquisa a hipótese era de que o áudio fosse o principal material encontrado nas páginas principais da Rádio Gaúcha e Rádio Guaíba. Acompanhando as transformações tecnológicas e o surgimento de novos meios e formatos, verificou-se como acontecia o uso do áudio por parte das emissoras e as estratégias usadas para atender ao 10 Em reportagens especiais verificou-se a presença do apresentador como fonte. 22 público no ambiente virtual que é indispensável para que o rádio continue sendo um dos principais meio de comunicação de massa. Com os resultados da análise, a hipótese foi parcialmente confirmada e se passou a analisar as características do áudio utilizado nas páginas das emissoras. O áudio de antena também foi levado em consideração, para que se pudesse contrapor um com o outro e verificar se havia produção, complementação ou apenas uma reedição exclusiva ao conteúdo disponibilizado pela página. Então se observou que a produção do áudio presente no site é a mesma veiculada em antena, apenas com adicionais de reedição. Quanto a caracterização do rádio no ambiente da convergência constatou-se a presença, principalmente, de material oriundo da integração de veículos que fazem parte do mesmo grupo, de uma lado a RBS e de outro o grupo Record. Através da pesquisa bibliográfica conseguiu-se compreender melhor como a convergência tem afetado os meios de comunicação, pelo seu processo decorrente do avanço e aperfeiçoamento das tecnologias. Evidencia-se que na Rádio Gaúcha esse processo pode ser observado, entre outros exemplos, pela participação do público através de SMS, redes sociais e na disponibilização do conteúdo através do iPhone. Na Guaíba existe a falta de divulgação dos perfis em redes sociais, porém o público participa da programação enviando torpedos SMS e fazendo conexões via telefone. Com a teoria, foi possível entender melhor os aspectos do rádio na internet, seu modelo e novos formatos, ou seja, a potencialização que acontece pela sua presença na web. Baseando-se nos conceitos de Mielniczuk (2001) quando assegura que durante a história do jornalismo na Web é possível identificar três fases distintas. Logo, percebeu-se que o site da Rádio Guaíba encontra-se na segunda fase, pois, apesar do texto ser uma característica multimídia, há muito conteúdo nesse formato. Assim constatou-se que a página da emissora apresenta uma identidade de site e não de site de rádio. Porém se evidenciaram iniciativas na apresentação de experiências com o uso do áudio, pois há presença, mas não predominância. Também foi possível observar a exploração de características como a multimidialidade, isto é, existem iniciativas dentro da terceira fase. Já o site da Rádio Gaúcha encontra-se na terceira fase porque apresenta conteúdos multimídia em quantidades significativas, explora mais o áudio e o conteúdo do site serve como complementação do que foi ao ar pela antena, mesmo que isso não seja uma produção em áudio. Ao acompanhar a Rádio Gaúcha, notou-se que o site da emissora recebe atualização constante, mesmo que não siga uma regra de atualização e a maior parte dos arquivos 23 encontrados seja em áudio. Na Rádio Guaíba a atualização ocorre conforme os acontecimentos do dia, e a maior parte do material é textual. Entretanto, verificou-se que a Gaúcha conta com uma equipe específica para a produção e adequação do conteúdo ao site, a Guaíba não. Fator determinante para a confirmação das diferenças encontradas de uma à outra. Os jornalistas, por sua vez, ingressam nesse ambiente de convergência proporcionado pela atuação do rádio na internet, configurado nesse caso, como a página da emissora, e transformam sua rotina. A redação deixou de pensar apenas na informação monomídia, quer dizer, apenas no áudio de antena, agora tende a pensar mais na multimidialidade e na importância da oferta de conteúdo via internet. Os consumidores passam a criar uma identificação com a emissora nesse ambiente virtual. Por isso, investimentos devem ser feitos para que o público possa ser atendido de maneira satisfatória, tanto na transmissão de antena, quanto aos conteúdos disponibilizados pelo site. A hipótese inicial dessa pesquisa foi confirmada parcialmente, pois mesmo que ainda faltem investimentos em novas linguagens e em variedade de conteúdo multimídia, a Gaúcha usa o áudio como base de sustentação informacional do site. A Guaíba apresenta menor quantidade de áudios disponíveis, sendo que o conteúdo predominante na página deriva de material em texto. A Rádio Guaíba deveria buscar novas estratégias para usar mais o áudio, pois, é a essência do rádio hertziano e isso precisa ser levado em consideração pela emissora através do site. Enfim, a página da Rádio Gaúcha oferece as características de uma emissora de rádio na web. Apresenta como característica principal, o áudio. Na Rádio Guaíba fica demonstrada pela análise, a falta de um laiautte de página que explore melhor o conteúdo que faz parte do site. Embora os áudios sejam poucos, eles não recebem o destaque que deveriam, até por ser o site da emissora, que acaba por criar uma identificação com o público consumidor daquele material. Portanto, é preciso investir no aprimoramento dos profissionais para que possam conduzir as informações por meio de suas múltiplas habilidades, resultando em conteúdos multimídia com uma disseminação multiplataforma. Sem ofertas, ou sem ofertas visíveis o público tende a movimentar-se em busca de outra fonte para adquirir informação. 24 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO AFONSO, C. Internet no Brasil: o acesso para todos é possível?. Disponível em: http://reseau.crdi.ca/uploads/user-S/10245206800panlacafoant.pdf. Acesso em: 05 de abr. 2011. ALMEIDA, A.; MAGNONI, A. Rádio e internet: recursos proporcionados pela web ao radiojornalismo. In: MAGNONI, A.; CARVALHO, J. (org) O novo rádio: cenários da radiofusão na era digital. São Paulo: Senac, 2010. BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2002. BAUER, M.W. ;GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com Texto, Imagem e Som. Tradução de Pedrinho A, Guareschi. Petrópolis: Editora Vozes, 2002. BUFARAH J. A. Rádio na Internet: convergência de possibilidades. Disponível em: http://galaxy.intercom.org.br:8180/dspace/bitstream/1904/3111/1/NP6BUFARAH.pdf. Acesso em: 27 mai. 2011. CEBRIÁN HERREROS, M. 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Os horários de captação foram alternados entre: 6 às 7:30, 7:30 às 9, 9 às 10:30, 10:30 às 12h e 12h às 13:30, a maior parte no turno matutino, período de maior fluxo de informação do rádio. As 14h foi analisada a página principal da emissora. É neste período que foi constatado o maior nível de atualização dos sites. Os sons são registrados a fim de se obter um traço material. A fim de facilitar a análise, este registro necessita ser transcrito em um sistema de símbolos que realce certas características dos eventos, enquanto outras são excluídas. Em última análise, esses eventos sonoros têm lugar no contexto de um sistema social, cujas operações nós queremos compreender, através do exame da sua produção e recepção sonoras. (BAUER; GASKELL, 2002, p. 367) Além do áudio de antena, foram coletados, através do site, os áudios disponíveis para download e os que não se encontravam liberados foram capturados através de programa de edição de áudio. Também foi realizado o acompanhamento das atualizações através de “print screen” da página. Esse material coletado será analisado de acordo com a perspectiva teórica metodológica da análise de conteúdo. Segundo Herscovitz, (2007), altamente empregada nos vários ramos das ciências sociais empíricas, a análise de conteúdo revela-se como um método de grande utilidade na pesquisa jornalística Para facilitar a compreensão dos áudios encontrados na página principal, foi desenvolvida uma tabela com informações que auxiliassem a análise durante a fase de captação do áudio. Baseada no método de Laurence Bardin (2002), a organização da análise deu-se em três etapas. Segundo o autor a mesma coisa acontece com o levantamento sociológico ou experiência, as diferentes fases da análise de conteúdo estão organizadas em torno de três pólos cronológicos: 27 1) Pré análise: A fase de organização tem como objetivo a operacionalização e a sistematização das ideias que tivemos durante a produção da tabela. Tudo isso, com o propósito de criar um sistema preciso e flexível para, se necessário, introduzir novos procedimentos durante a análise. Basicamente são três finalidades: Eleição de documentos que serão submetidos para análise, formulação de hipóteses e os objetivos. Exemplos: desenvolvimento do projeto de pesquisa, revisão bibliográfica e um pré acompanhamento do áudio e do site. 2) Exploração do material: Ao executar corretamente a pré análise, essa fase fica com a responsabilidade de administrar as decisões tomadas e os resultados obtidos até o momento. Consiste da decomposição ou enumeração dos dados obtidos de acordo com a pré análise. Exemplo: Além da pré observação da analise esse momento auxilia a formatar e/ou redesenhar os resultados obtidos através da tabela e da tabulação dos dados. 3) Tratamento e interpretação dos resultados obtidos: Os resultados, mesmo que sejam brutos, são tratados de uma maneira que possam ser considerados significativos e válidos. Para maior rigor os dados são empenhados em estatísticas e testes de validez. Desta forma, tendo em mãos resultados significativos e confiáveis, podemos levantar diversas interpretações de acordo com os objetivos previstos e, consequentemente, aos imprevistos. Exemplo: Análise e cruzamento dos dados, análise do site e comparação com áudio de antena. Cruzar os resultados da análise com os resultado das entrevistas disponíveis. Para que pudéssemos obter uma compreensão melhor sobre a as variáveis que agem sobre os resultados, a análise foi realizada de forma individual, com a mesma tabela, nos mesmos horários, mas em semanas diferentes. Assim foi possível se aproximar e, mesmo que por pouco tempo, verificar de perto como é a produção de cada emissora, principalmente no que diz respeito aos seus respectivos sites e o conteúdo nele disponibilizado. Não obstante, buscamos verificar as diferenças, sejam elas existentes ou não, na produção para o áudio de antena e o encontrado nos sites. 28 APÊNDICE B Página Inicial Segunda 25 Terça 26 Quarta 27 Quinta de abril 28 21 11 Sexta 29 19 Quantidade de 22 23 áudios na home Duração média dos 4’ 7’ 3’40 2’20 10’45” áudios Streaming Ao vivo 1 1 1 1 1 Sob demanda 21 22 20 10 18 Gaúcha: Tabela com dados sobre a quantidade e duração média dos áudios. E opções de streaming. Total 96 27’05” 5 91 29 APÊNDICE C Fonte de informação S T Q Q S Total Documental 2 3 2 1 2 10 Sonora 19 19 18 10 15 81 Gaúcha: Tabela sobre a principal fonte de informação. 30 APÊNDICE D Tipo de audio Programas exclusivos Gaúcha 25 Gaúcha em áudio horas 25 horas Complementação de conteúdo Sobreposição de 20 21 conteúdo Produção em áudio Conteúdo exclusivo para Gaúcha 25 Gaúcha o site horas 25 horas Reedição do conteúdo 20 21 de antena Conteúdo produzido por outros veículos do grupo Conteúdos produzidos por outros veículos de fora do grupo Conteúdo produzido por ouvintes Conteúdo de redes sociais e servidores externos de áudio Gaúcha: Tabela tipo do áudio e características. Gaúcha 25 horas Gaúcha 25 horas Gaúcha 25 horas 5 19 09 17 86 Gaúcha 25 horas 19 Gaúcha 25 horas 09 Gaúcha 25 horas 17 5 86 Não Não Não Não 31 APÊNDICE E Página Inicial MAIO Quantidade de áudios na home Duração média dos áudios Segunda 2 5 45’’ Terça 3 2 1’30” Quarta 4 2 56” Quinta 5 2 1’24” Sexta 6 1 Ao vivo Total Streaming Ao vivo Sob demanda 1 4 1 1 1 1 1 1 1 0 5 7 Guaíba: Tabela quantidade e duração de áudios, e opção de streaming. 12 3’55” 32 APÊNDICE F Tipo de audio Programas exclusivos em áudio Complementação de conteúdo Sobreposição de conteúdo Produção em áudio Conteúdo exclusivo para o site Reedição do conteúdo de antena Conteúdo produzido por outros veículos do grupo Conteúdos produzidos por outros veículos de fora do grupo Conteúdo produzido por ouvintes Conteúdo de redes sociais e servidores externos de áudio Guaíba: Tabela tipo e produção de áudio S T Q Q S Total Não Não 1 1 1 1 7 1 1 1 1 Não 7 Não Não Não Não 33 APÊNDICE G Tabela utilizada para analisar os áudios presentes nos sites das emissoras Emissora: Gaúcha AM Dia: 25 a 29 de abril. Obs: Somente será analisada a página principal. Página Inicial Terça 26 Quarta Quinta 27 de 28 abril Sexta 29 Total Quantidade de áudios na 22 home - 23 21 11 19 96 dos 4’ 7’ 3’40 2’20 10’45” 27’05” Duração áudios média Segunda 25 Streaming Ao vivo 1 1 1 1 1 5 Sob demanda 21 22 20 10 18 91 Gaúcha 25 horas Gaúcha 25 horas Gaúcha 25 horas 5 Tipo de audio Programas exclusivos em Gaúcha áudio horas Comentários 25 Gaúcha 25 horas Gaúcha 25 horas é um programa extra e apenas transmitido pela internet e demais plataformas. Vai ao ar no horário da “Voz do Brasil”. Complementação conteúdo de Sobreposição conteúdo de 20 21 19 09 17 86 Gaúcha 25 horas Gaúcha 25 horas Gaúcha 25 horas 5 19 09 17 86 Produção em áudio Conteúdo exclusivo para Gaúcha o site horas Reedição do conteúdo de 20 antena 25 Gaúcha 25 horas 21 Conteúdo produzido por outros veículos do grupo Não Conteúdos produzidos por outros veículos de Não 34 fora do grupo Conteúdo produzido por ouvintes Não No site encontra-se o menu “Ouvinte-Repórter”, além de fazer parte da “Interatividade” da emissora, o ouvinte só pode postar mensagem de texto. Comentários Conteúdo de redes sociais e servidores externos de áudio Não Hospedagem dos áudios Servidor próprio Sim Sim Sim Sim Sim Sim Rede de gerenciamento e hospedagem de áudio gratuita (p.e. ODEO) Não Rede de hospedagem de áudio paga Não Compartilhamento áudios de Compartilhamento em Sim redes sociais. Quais? Sim Sim Sim Sim Código Embed Enviar a um (recomendar) Sim Não amigo Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Enviar por twitter Facebook Nâo Validação e valoração do áudio N Comentários O Facebook aparece na página inicial, porém apenas para seguir a Rádio na rede social, não foi encontrado compartilhamento dos áudios por esta rede. Editoria / Seção Geral Cultura 7 5 2 3 17 4 4 35 Política 5 Economia 1 Policia 1 5 1 4 15 1 4 1 2 8 Tecnologia Esportes - Gols 2 - Resumos da rodada / partida 2 2 - Debates 1 3 Programas completos ou parte deles 1 2 - Entrevistas Coletivas 3 3 20 21 Áudio com ícone 1 Programa completo 1 Comentário Gaúcha 25 horas 2 1 2 7 1 1 9 1 1 8 19 9 17 86 1 1 1 1 5 1 1 1 1 5 4 - Outro. Qual? Saúde Apresentação Incrustados Como imagem linkada Como link de texto 36 Sobre os áudios jornalísticos Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Total Entrevista 8 14 10 4 6 42 Boletim 8 5 5 4 9 31 Nota 5 3 5 1 2 16 Comentários: Entrevista, em alguns casos, são partes de programas editados e postados no site, algumas são depoimentos... Não necessariamente pergunta e resposta. Reportagem Estrutura Som ambiente e trilha : áudio slide show e infográfia de base sonora Sim Sim Comentários Foi observado o uso do som ambiente nas produções de “campo”, como coletivas, entrevistas em eventos, etc. Trilha de abertura, encerramento e, em alguns casos, de complementação de transmissões. Infográfia foi observada no “Saiba quem são os destaques das quartas de final do Camp. Gaúcho. Conta com trabalho de pósprodução/edição Não Comentário Já colocado no em Produção do áudio/Reedição de conteúdo de antena. Break (comercial) durante os áudios Não Não Não não não Não Matéria bruta (sem Não edição) Não Não Não não Não Realiza sonorizações estúdio Sim Sim Sim Sim Sim Não Som Não sim não sim Não Sim Não Som (indicar predomínio ou presença) Sim em 37 Comentário Explora ambientação fato Em entrevistas, trechos de programas, etc. Às vezes Às vezes Às vezes Às vezes do Às vezes Às vezes Comentário Colocamos “às vezes”, pois não é em todos os áudios, mas, todos os dias e principalmente nas produções de campo e em programas de debates a ambientação é bastante explorada. Outro fator determinante foi o casamento que aconteceu na sexta-feira e teve trechos transmitidos ao vivo pela antena e site. Utiliza trilhas Não Comentário Consideramos o “Não” por ser usada trilha apenas em programas específicos como o “Gaúcha 25 horas” e em programas completos disponíveis para download. A grande maioria dos áudios presentes no site não usa trilhas. Explora silêncio Não Não Não não Não Não Documental 2 3 2 1 2 10 Sonora 19 19 18 10 15 81 Fonte informação Não Não Não Não Não de 38 APÊNDICE H Tabela utilizada para analisar os áudios presentes nos sites das emissoras Emissora: Guaíba Dia: 2 a 6 de maio Obs: Somente será analisada a página principal Página MAIO Inicial Segunda 2 Terça 3 Quarta 4 Quinta 5 Sexta 6 Total Quantidade de áudios na home - 5 2 2 2 1 12 Duração média dos áudios 45’’ 1’30” 56” 1’24” Ao vivo 3’55” Ao vivo 1 1 1 1 1 5 Sob demanda 4 1 1 1 0 7 Streaming Tipo de audio Programas exclusivos em áudio Não Complementação de conteúdo Não Sobreposição de conteúdo 4 1 1 1 7 Produção em áudio Conteúdo exclusivo para o site Não Reedição do conteúdo de antena 4 1 1 1 7 Conteúdo produzido por outros veículos do grupo Não Conteúdos produzidos por veículos de fora do grupo Não outros Conteúdo produzido por ouvintes Não Conteúdo de redes sociais e servidores externos de áudio Não Hospedagem dos áudios 39 Servidor próprio Sim Sim Sim Sim Sim Sim Rede de gerenciamento e hospedagem de áudio gratuita (p.e. ODEL) Não Rede de hospedagem de áudio paga Não Compartilhamento de áudios Compartilhamento em redes sociais. Quais? Não Não Não Não Não Não Código Embed Não Enviar a um amigo Sim Enviar por twitter Não Facebook Não Validação e valoração do áudio Não Editoria / Seção Geral Cultura Política 2 1 1 1 1 4 Economia Policia Tecnologia Esportes - Gols - Resumos da rodada / partida - Debates - Programas completos ou parte deles - Entrevistas Coletivas 1 1 - Outro. Qual? Saúde Apresentação 1 1 40 Incrustados 4 1 1 1 0 7 1 1 1 1 1 5 Sexta Como imagem linkada Áudio com ícone Programa completo „ Como link de texto Sobre os áudios jornalísticos Segunda Terça Quarta Quinta Total Entrevista 4 1 1 1 Comentário A semana em que foi realizada a análise foram encontrados apenas sete áudios e todos eles com entrevistas editadas e reduzidas do conteúdo que foi ao ar pela antena. Reportagem 7 Boletim Nota Estrutura Som ambiente e trilha : áudio Sim slide show e infográfia de base sonora Comentário Foi observada a utilização de som ambiente em uma oportunidade, produção de campo/ entrevista coletiva. Conta com trabalho de pós- Não produção/edição Não Não Não Não Não Já colocado no em Produção do áudio/Reedição de conteúdo de antena. Comentário Break(comercial) os áudios 1 vez Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não em Não Não Não Não Não Não Às Às vezes Às vezes Às Às durante Som (indicar predomínio ou presença) Matéria bruta (sem edição) Realiza estúdio sonorizações Explora ambientação do fato Às vezes 41 vezes vezes vezes Comentário Em entrevista coletiva e em produção de campo Utiliza trilhas Não Não Não Não Não Não Explora silêncio Não Não Não Não Não Não Fonte de informação Documental Sonora 0 4 1 1 1 7 42 APÊNDICE I Tabela utilizada para analisar os áudios presentes nos sites das emissoras Emissoras: Gaúcha e Guaíba Obs: Somente será analisada a página principal das emissoras Gaúcha AM e Guaíba AM COMPARATIVA Página Inicial Gaúcha – Abril 25 a 29 Guaíba-Maio de 2 a 6 Quantidade de áudios na home - 96 12 Duração média dos áudios 27’05” 3’55” Streaming Ao vivo 5 5 Sob demanda 91 7 Programas exclusivos em áudio 5 – Gaúcha 25 horas 0 Complementação de conteúdo 0 0 Sobreposição de conteúdo 86 7 Conteúdo exclusivo para o site 5 – Gaúcha 25 horas 0 Reedição do conteúdo de antena 91 4 Conteúdo produzido por outros veículos do grupo Não Não Conteúdos produzidos por outros veículos de fora do Não grupo Não Conteúdo produzido por ouvintes Não Não Conteúdo de redes sociais e servidores externos de Não áudio Não Tipo de audio Produção Hospedagem dos áudios Servidor próprio Sim Sim Rede de gerenciamento e hospedagem de áudio Não gratuita (p.e. ODEL) Não 43 Rede de hospedagem de áudio paga Não Não Compartilhamento em redes sociais. Quais? Sim Não Código Embed Não Não Enviar a um amigo (recomendar) Sim Sim Enviar por twitter Sim Não Facebook Não Não Validação e valoração do áudio Não Não Compartilhamento de áudios Conteúde de Esportes - Gols 2 - Resumos da rodada / partida 2 - Debates 7 - Programas completos ou parte deles 9 - Entrevistas Coletivas 8 1 86 7 Áudio com ícone 5 5 Programa completo 5 - Outro. Qual? Apresentação Incrustados Como imagem linkada „ Como link de texto Sobre os áudios jornalísticos Gaúcha Guaíba Entrevista 42 7 Boletim 31 Nota 16 Reportagem 44 Estrutura Som ambiente e trilha : áudio slide show e Sim infográfia de base sonora Sim Conta com trabalho de pós-produção/edição Não Não Break(comercial) durante os áudios Não Não Matéria bruta (sem edição) Não Não Realiza sonorizações em estúdio Sim Não Explora ambientação do fato Ás vezes As vezes Utiliza trilhas Não Não Explora silêncio Não Não Documental 10 0 Sonora 81 7 Som (indicar predomínio ou presença) Fonte de informação 45 ANEXO 01 Home page da Rádio Gaúcha 46 Anexo 02 Home page da Rádio Guaíba 47 ANEXO 03 Home page da Gaúcha – 25 de abril 48 Anexo 04 Home page da Gaúcha – 26 de abril 49 ANEXO 05 Home page da Gaúcha – 27 de abril 50 ANEXO 06 Home page da Gaúcha – 28 de abril 51 ANEXO 07 Home page da Gaúcha – 29 de abril 52 ANEXO 08 Home page da Guaíba – 2 de maio 53 ANEXO 09 Home page da Guaíba – 3 de maio 54 ANEXO 10 Home page da Guaíba – 4 de maio 55 ANEXO 11 Home page da Guaíba – 5 de maio 56 ANEXO 12 Home page da Guaíba – 6 de maio 57 ANEXO 13 Áudio disponível na Gaúcha 58 ANEXO 14 Áudio disponível na Gaúcha 59 ANEXO 15 Matéria com áudio disponível na Guaíba 60 ANEXO 16 Áudio disponível Guaíba 61 ANEXO 17 DVD com os áudios captados da antena