#FÉ Por Chris Buscher

Transcrição

#FÉ Por Chris Buscher
#FÉ
Por Chris Buscher
~~~
Smashwords Edition
Título original: #Faith
Copyright © LMDM Publishing House
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser utilizada ou reproduzida por
quaisquer meios existentes sem a autorização por escrito dos editores.
Smashwords Edition, License Notes
This ebook is licensed for your personal enjoyment only. This ebook may not be re-sold or given
away to other people. If you would like to share this book with another person, please purchase an
additional copy for each recipient. If you’re reading this book and did not purchase it, or it was not
purchased for your use only, then please return to your favorite ebook retailer and purchase your
own copy. Thank you for respecting the hard work of this author.
Prólogo
Aproximadamente há três anos, eu estava ministrando ativamente no Teen Challenge Peoria. O
Teen Challenge é um programa de discipulado cristão cujo foco se dá naqueles que passam a vida
controlando vícios (drogas e/ou álcool). Apesar de nunca ter conhecido o Pastor Chris
pessoalmente, ele me foi altamente recomendado por um dos líderes. Em um passo de fé, eu o
convidei para ministrar durante uma manhã, no nosso programa.
Quando eu vi o Chris pela primeira vez, ele parecia extremamente jovem. Ele não podia nem
mesmo deixar uma barba completa crescer! Eu pensei: “Oh não, o que eu fiz?”. Contudo, a partir do
momento que ele começou a pregar, este pensamento rapidamente mudou. Naquele dia, Deus usou
o Pastor Chris para colocar um fogo em meu coração. Um fogo que se direcionava a missões
globais, mais especificamente ao Brasil. O fogo de Deus que nasceu naquele dia me consumiu até
que eu não tive outra opção, exceto me juntar a ele na sua missão.
Em 4 de Julho de 2012, Pastor Chris me saudou em Dallas, Texas, para começar uma aventura de
três semanas onde ministraríamos no Brasil. A partir do momento que entramos no avião, eu soube,
no meu espírito, que seria uma viagem inesquecível. Nós vimos muitos milagres e curas,
diariamente. Contudo, isto não foi o que prendeu a minha atenção; foi a visão dele sobre religião e
fé. Pastor Chris foi e é, até este dia, um homem de paixão que se recusa a comprometer sua fé.
Nós passamos nosso tempo no Brasil viajando a nação enquanto ministrávamos em diferentes
igrejas, todas as noites. Apesar de muitos amarem o Salvador, nós, lamentavelmente, percebemos
uma geração sem fé. Eles possuíam o evangelho, mas o enfraqueciam até que não passasse apenas
de algumas palavras sem vida: “Glória a Deus, aleluia, e está na hora da oferenda”. A resposta do
Pastor Chris para esta falta de fé inflamou a minha fé para um grande despertar da nação brasileira.
Este pequeno encontro com a realidade mudou minha vida para sempre. Eu estava insatisfeito com
a minha existência nos Estados Unidos da América e pedi ao Pastor Chris para me envolver cada
vez mais com o Lay Me Down Ministry. Eu não havia percebido, naquele momento, que eu estava
sendo preparado para, eventualmente, tornar-me o Diretor do LMDM no Brasil. Chris me colocou
sob a sua asa e me treinou para ser o homem que eu estava destinado a ser.
A partir do momento que eu dei o meu primeiro passo de fé ao convidar este improvável homem de
Deus à nossa capela, eu vi uma transformação surpreendente. Se foi a escola do nosso ministério, no
Brasil, ou nossas 52 igrejas no Quênia, todos que tiveram a oportunidade de conhecer o nosso
amado irmão Chris tiveram a mais alta admiração por ele e por sua paixão única por Jesus.
Vendo a fundação de “#Fé” nascer em Chris por aproximadamente dois anos, eu estou ansioso para
ver os frutos destas palavras. Existem eventos nas vidas das pessoas que afetam todos ao seu redor
de uma forma dramática e poderosa. Eu acredito que este livro é um destes eventos e que você não
desejará perdê-lo. Ele trará uma mudança e irá erguer a sua fé para sempre. Que sua fé cresça, que
você receba a verdade e seja transformado(a) pelo nosso senhor Jesus Cristo.
Pastor David White
Diretor da LMD Brasil
Sumário
Prólogo
Introdução
1 O verdadeiro fundamento da fé
2 A origem da palavra de Fé
3 O que exatamente é "Palavra de Fé"?
4 Ocupe-se até que eu venha
5 O evangelho da prosperidade
6 Mais amigos dos deleites do que amigos de Deus
7 Prosperidade bíblica verdadeira
8 Fazendo do Céu a sua meta
Sobre o autor
Endnotes
Introdução
Se você quiser realmente pôr sua vida aos pés de Jesus, você deve adorá-lo e colocá-lo acima de
todas as coisas. Tem que seguir a Jesus com todo seu coração, mesmo que lhe custe sua vida; mas
saiba que a salvação é totalmente grátis. Isto pode soar-lhe, de alguma maneira, estranha e você
queira perguntar, como pode algo ser grátis e custar ao mesmo tempo?
Imagine este cenário. Por exemplo, você quer muito escalar o monte Everest, mas teria que pagar
muito dinheiro por todos os equipamentos necessários para poder fazer a escalada. Se um homem
rico vier e lhe oferecer o dinheiro que necessita, e você aceita esta oferta, então deve começar
rapidamente a fazer um treinamento rigoroso e muitas outras atividades que consomem seu tempo e
sua energia para poder se preparar e atingir seu objetivo. Da mesma maneira, é o que acontece
quando você aceita Jesus em sua vida. Então você finalmente decide embarcar inteiramente na
escalada, mesmo sabendo que isso pode custar-lhe a vida. Muitos bons montanhistas especialistas
morreram ao tentar escalar esta mesma montanha. Entretanto, isto não deve detê-lo porque há uma
recompensa que o espera se escalar com sucesso a montanha. O homem rico que lhe deu todo o
dinheiro pode, até mesmo, lhe dar mais uma recompensa por ter colocado sua vida em risco ao
escalar. Você fez a todos, incluindo a si mesmo, orgulhosos da sua coragem e determinação. É a
mesma coisa com a salvação: quando entrega a sua vida a Jesus Cristo, há uma recompensa grande
que o espera no Céu. No cenário que nós vimos há pouco a respeito de escalar, você nunca soube o
que ganharia quando terminasse a escalada, mas na salvação é totalmente o contrário. Você começa
a se beneficiar das promessas numerosas do nosso Deus. Não tem nada a perder ao entregar a vida a
Jesus, na verdade, tem tudo a ganhar.
Jesus Cristo oferece livremente a água da vida a qualquer um que tem sede, porém há de se
compreender que uma vez que a recebe, já não está mais vivendo para si mesmo. Deve-se saber que
existe um custo. E é necessário considerar este custo para que possa segui-lo. Tudo isto tem que ser
levado muito a sério. Você não deve segui-lo superficialmente, como se não soubesse o que está
fazendo. Não deve perder a esperança nele durante as provações. Jesus adverte a respeito disto nas
sagradas escrituras.
A fé verdadeira é exigida para que você seja aceito por Jesus Cristo. A fé verdadeira foi descrita na
Bíblia como um fruto ou qualidade dada pelo Espírito Santo de Deus. (1 Coríntios 12:9; Gálatas
5:22). E o Espírito Santo é dado àqueles que deram suas vidas a Deus, (Atos 2:38) e também se
comprometeram a obedecer a suas leis e seus mandamentos (Atos 5:32). Nós crescemos na fé
quando nós exercitamos a fé: o conhecimento e a experiência são adquiridos quando realizamos
coisas. Quando confiamos em Deus e seguimos Suas instruções e cremos que nosso Deus é fiel, nós
nos tornaremos mais convencidos, determinados e resolutos da nossa crença.
A fé foi um dos ensinamentos básicos das escrituras sagradas (Hebreus 6:1–2). Cristãos, percebam
que sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11:6). Nosso Deus é um Deus de fé, nós não o
vemos, temos de crer e colocar a nossa fé nele, pois é isso o que ele ama. Tendo fé em Deus você
está dizendo-lhe, indiretamente, que ele pode fazer o que ele quiser; não tendo fé, ele não pode
trabalhar em sua vida. Contudo, Jesus Cristo, pensando em dias futuros, fez então uma pergunta
muito profunda aos seus discípulos: “quando o filho do homem vier, encontrará fé em alguma parte
da terra?” (Lucas 18:8).
Jesus Cristo falou repetidamente aos seus discípulos sobre pegar suas respectivas cruzes (um
instrumento de morte) e o seguir. Ele deixou bem claro que se algum homem decidisse segui-lo,
teria que negar o próprio eu. Ele quis dizer que deveriam abdicar de suas vidas espiritualmente,
simbolicamente e até fisicamente, se necessário. Sendo assim, não mais viveriam para eles mesmos.
Você deve estar pensando que isso é muito cruel, então considere o seguinte: se você sacrificasse
toda a sua vida por uma pessoa e ela quisesse lhe recompensar, imagino que você adoraria ganhar
algo que viesse do fundo de seu coração. É exatamente da mesma maneira com Jesus Cristo. Há um
requisito para que possa tornar-se um seguidor do nosso Jesus – somente o adore, com todo o amor
que há em seu coração, e entregue assim a sua vida em Suas mãos. Assim haverá festa no céu, pois
mais uma salvação para toda a eternidade acontecerá (Mateus 16:24-25; Marcos 8:34-35). Na
verdade, Jesus foi mais longe, dizendo que “qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após
mim, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:27).
Capítulo 1
O verdadeiro fundamento da fé
Nos dias de hoje, somos tentados a adorar diferentes coisas. Mas não devemos esquecer que muitas
delas não são confiáveis; na verdade, são muito perigosas. Algumas pessoas colocam sua fé em
Deus, em dinheiro, em outras pessoas. Algumas passam a confiar em sua família ou em amigos,
confiam até mesmo em líderes políticos ou nas forças armadas. Algumas pessoas ainda colocam sua
confiança na ciência, em especialistas de várias áreas, em astrologia ou em adivinhos. Eric Hoffer,
um filósofo Americano, fez um comentário irônico: “Se uma pessoa tem fé em um Deus, ela está
substituindo a fé que deveria ter em si próprio”. Ele afirmou ainda que, “Se temos tecnologia para
derrubar montanhas, então não temos necessidade de ter fé para movê-las”. Pode-se até achar
sentido nestas palavras, mas ele estava zombando das palavras usadas por Jesus Cristo, como
encontramos em Mateus 17:20:
“Ele disse: ‘por causa da vossa pouca fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé
como um grão de mostarda, direis a este monte: ‘passa daqui pra lá’ – e há de passar; e
nada vos será impossível’.” - Mateus 17:20 NVI
Temos muitas coisas nas quais podemos colocar nossa fé. No entanto, a Bíblia oferece muitas dicas
de onde nós não devemos colocá-la. Salomão escreveu: “aquele que confia em seu próprio coração
é tolo” (Provérbios 28:26). A Bíblia adverte de várias maneiras sobre a adoração a outros deuses
além do nosso verdadeiro Deus (Êxodo 20:1–6). Também nos foi dito que, quando Davi numerou
os guerreiros de Israel – confiando somente em seu poder militar –, ele pecou e cometeu um erro (2
Samuel 24:1–11). Jeremias advertiu da mesma forma e falou sobre confiar em palavras enganosas
de falsos profetas (Jeremias 7:4). Jesus alertou sobre confiar no dinheiro e no poder (Mateus 19:21–
23).
Podemos ver também que as sagradas escrituras nos encorajam: “confia no senhor com todo o teu
coração e não te estribes no teu próprio entendimento” (Provérbios 3:5–7). É por isso que é
importante entender e acreditar que Deus existe. Também devemos aprender a confiar na palavra de
Deus – a Bíblia (Salmos 119:142,160; João 17:17). Isto envolve estudar, provar e aprender a viver
por toda palavra de Deus. Não devemos somente acreditar em Jesus Cristo – que ele é filho de Deus
e veio para morrer pelos nossos pecados –, mas também mostrar fé Nele, pois ele confiou e
obedeceu as instruções de seu pai até o ponto de dizer, “não seja feita a minha vontade, mas sim a
sua” (Lucas 22:42). Devemos também demonstrar fé nas mensagens de Cristo sobre a vinda do
Reino de Deus (Marcos 1:14–15). Isso significa entendermos o propósito do reino de Deus e nosso
papel neste reino. Quanto mais essa mensagem se tornar real para nós, mais a nossa fé crescerá.
A Bíblia adverte sobre seguir falsos profetas que dizem ser ministros da palavra de Jesus Cristo
(Mateus 7:15–20; 24:4, 5, 11; 2 Coríntios 11:1–14). As sagradas escrituras também dizem aos
cristãos para seguirem e respeitarem o ministério (1 Coríntios 11:1; 1 Tessalonicenses 5:12–13).
Não coloque sua fé em um ministro até que saiba se ele está realmente ensinando a verdade. Isso
deve acontecer quando estiver no ambiente, ouvindo atentamente a tudo o que é dito, e comparar
com o que está realmente escrito nas escrituras (Isaias 8:20; 1 João 2:4). O apóstolo Paulo glorificou
os Bereianos por fazer isso (Atos 17:10–12). Por isso ele inspirou-se a escrever, “teste [faça prova,
examine cuidadosamente] todas as coisas; perceba rápido o que é bom” (1 Tessalonicenses 5:21).
Quando fazemos isso, construímos uma base firme para a nossa fé.
Por que você precisa de fé verdadeira em Jesus?
Ainda que críticos zombem da necessidade de fé verdadeira em Jesus e em sua palavra, a Bíblia
revela uma dimensão de sabedoria que está claramente perdida neste nosso mundo moderno.
A Bíblia nos ensina que todos somos pecadores (Romanos 3:23). Como resultado de,
conscientemente ou inconscientemente, quebrar as leis de Deus (a definição bíblica do pecado – 1
João 3:4), nós estamos sujeitos à penalidade de morte por toda eternidade. No entanto, ao
colocarmos nossa fé em Jesus e acreditar que Ele sacrificou sua vida pelos nossos pecados, assim
podemos ser perdoados. Isso que significa ser justificado pela fé (Romanos 3:28; Gálatas 2:16). Ao
colocar sua fé em Jesus Cristo, você precisa provar que Ele realmente existiu, que Ele foi realmente
quem as sagradas escrituras dizem que Ele foi, que Ele realmente morreu e ressuscitou. Dessa forma
perceberá que a sua fé crescerá.
Um cristão deve viver também pela fé (Gálatas 3:11). Isso significa que você mudará toda sua vida
para começar a viver pelas palavras de Deus (Deuteronômio 8:2–3; Mateus 4:4) e então começará a
viver dias bons ao obedecê-lo (Levíticos 23) e ao seguir o exemplo de Jesus e de sua igreja (Lucas
4:16; Atos 17:1–2; João 7:1–10; 1 Coríntios 5:7–8). Assim que der um passo de fé, começará a
entender os planos de salvação de Deus para a humanidade e o verdadeiro princípio da vida.
A sua fé e a prática dos conceitos bíblicos te afastarão do mundo; você será diferente. Este é o
significado de ser santificado pela fé (Atos 20:32; 26:18). A Bílbia revela que somos curados pela fé
(Tiago 5:14–15), seremos salvos pela fé (Efésios 2:8) e recompensados de acordo com nossa fé
(Hebreus 11:6). A cura consiste em confiar em Deus e nas coisas que só Ele pode fazer. A salvação
significa receber vida eterna e fazer parte da família de Deus quando Cristo retornar para julgar a
humanidade (1 Coríntios 15; Romanos 8:14–17). A recompensa para aqueles que superarem os
desafios será governar como sacerdotes e reis junto a Jesus Cristo no reino de Deus que em breve
virá (Daniel 7:27; Apocalipse 2:26; 3:11–12; 5:10; 11:15–18). Quando provar a si mesmo o que as
escrituras realmente prometem, sua fé crescerá!
A Fé verdadeira e o real sentido do evangelho
A fé que os apóstolos pregavam era uma fé externa, ao invés da verdadeira mensagem de fé: a fé
que traz salvação (Romanos 10:10–11). Deus usa a fé para nos guiar até Ele, nos proporcionando a
salvação. Isso foi claramente descrito na Bíblia, a única coisa que uma pessoa precisa fazer para ser
salva é exercitar a verdadeira fé em Jesus Cristo.
A fé vem como um presente de Deus para aquele que crê. Isso não é somente algo que capacita ou
encoraja o seu ego. Se a fé fosse criada pelo próprio homem, então ele estaria em uma posição que o
permitiria ter crédito pela sua salvação. Porém tal conceito não está de acordo com as sagradas
escrituras. Paulo antecipou que os homens tenderiam a vangloriar-se por sua parte na salvação
quando ele escreveu que a fé “é um presente de Deus... que ninguém deveria se vangloriar”
(Efésios 2:8–9).
A fé vem como um resultado do trabalho do Espírito Santo. Ele instiga nossos corações a acreditar.
Ao dar um novo suspiro, isso pode ser a fé real. Dessa maneira, fé, apesar de se manifestar na ação,
é resultado do trabalho de Deus em nossas vidas. Deus nos concede fé, e a fé é a evidência de que
estamos fazendo a vontade de Deus. “Deus [já] preparou antecipadamente” nossa caminhada
(Efésios 2:10).
A Bíblia diz que se acreditarmos no nosso Senhor Jesus Cristo, teremos a salvação. No entanto, a
Bíblia não apresenta a fé como um simples acontecimento do evangelho.
A verdadeira Fé em Jesus
A fé é definida como “crença inquestionável” em Deus, religião, uma ideia, em uma pessoa ou em
uma organização. Em geral, fé significa ter uma forte convicção, uma profunda confiança, crença
ou lealdade a algo. A fé também pode se referir a uma religião ou sistema de crenças. No antigo
testamento, a palavra hebraica para fé é emuwn, que significa confiar, ou ter fé. No novo
testamento, a palavra grega para fé é pistis, que significa confiar, acreditar, ter fé ou depender de
algo. Mas estas palavras significam que nós devemos ter fé ou depender de algo ou alguém para o
qual não existe prova? Nós decidimos acreditar em algo sem fazer perguntas? Dificilmente!
A definição Bíblica para a verdadeira fé é encontrada no livro dos Hebreus. As sagradas escrituras
deixam bem claro que “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas
que não se vêem” (Hebreus 11:1). Fundamento significa segurança, realização; algo como um título
ou escritura de uma casa ou um pedaço de propriedade. Evidência exige prova. O autor de Hebreus
afirma: "Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra [comando] de Deus, de
maneira que as coisas que são vistas [a criação] não foram feitas do que é aparente" (Hebreus
11:3). Muitos cientistas hoje estão começando a perceber que o universo não poderia ter evoluído
por acaso. Os pré-requisitos para a vida são tantos e tão bem definidos que o universo teve que ser
planejado para sustentar a vida desde o início. A prova de Deus é definitivamente para aqueles que
tem visão! A verdadeira fé baseia-se em provas sólidas, não apenas sentimentos, suposições e
cobiças. A idéia moderna de que a fé não depende de prova, na verdade, mina a fé verdadeira que as
escrituras mencionam.
As Escrituras indicam que a fé real estará em falta à medida que nos aproximamos do fim dos
tempos. A parábola das dez virgens revela que cinco não estavam preparadas para a volta de Cristo
porque não tinham certas qualidades (Mateus 25: 1–13). Elas não foram convidadas para o reino de
Deus, e perderam uma recompensa incrível. À luz dessas escrituras, talvez pudéssemos ver por que
o Sr. Roderick Meredith sublinhou repetidamente a necessidade de construir uma atmosfera de fé
dentro da Igreja de Deus. Para construir a verdadeira fé, precisamos entender alguns de seus
aspectos vitais.
A verdadeira Fé envolve arrependimento
A fé verdadeira envolve o arrependimento de cada pecado e uma total confiança no trabalho de
Cristo para salvá-lo do pecado e fazê-lo justo. A fé salvadora envolve tanto a mente quanto a
vontade.
Além de nos fazer crer no Senhor Jesus Cristo, o Novo Testamento usa várias figuras de linguagem
para descrever o fundamento da fé salvadora. Talvez a mais vivida dessas referências figurativas
seja encontrada nas palavras de Jesus no Sermão da Montanha: “Bem aventurados os que tem fome
e sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mateus 5:6). Nessa passagem, Jesus compara a
verdadeira fé de fome e sede. O incrédulo, em virtude da obra regeneradora do Espírito Santo,
reconhece sua necessidade de alimento e refrigério e vem a Jesus para ser preenchido.
A fé é uma viagem; é uma série de revelações. Ela tem um começo e um fim – ouvir e obedecer a
Jesus. Ele é "o autor e consumador da fé" (Hebreus 12:2). Ao ouví-lo falar com você, Jesus te
reconhece pela sua fé, o propósito dEle é firmar sua fé na rocha: "Quem vem a mim, e ouve as
minhas palavras, e as observa [praticam, obedecem], eu vos mostrarei a quem é semelhante. É
semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem o fundo e pôs os alicerces sobre
rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa, e não a pôde abalar, porque
estava fundada sobre a rocha" (Lucas 6: 47–48).
E quando ouvir Jesus falar, e assim acreditar e obedecê-lo, a fundação da sua fé será cravada na
rocha, uma rocha tão sólida que as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Jesus fortalece sua
fé quando você reconhece que só ele pode trazer a sua salvação.
O apóstolo Pedro descreve a necessidade de fazer todos os esforços para avançar no caminho da fé:
"Por isso mesmo vós, empregando toda diligência acrescentai à vossa fé, virtude [excelência]; e à
virtude a ciência; e à ciência temperança, e à temperança paciência; e à paciência piedade; e à
piedade amor fraternal; e ao amor fraternal caridade. Portanto, irmãos, procurai cada vez mais
firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isso, nunca jamais tropeçareis". (2 Pedro 1: 5–7,
10).
Sua fé deve estar em sua experiência do poder de Deus, não em palavras ditas por homens. O poder
de Deus promete limpar-lhe [separá-lo] de seus pecados. Você é salvo pela fé e pela fé o seu
coração será purificado. Você deve batalhar pela fé, crescer na fé, construir a sua fé, aumentar sua
fé, aperfeiçoar a sua fé, combater o bom combate da fé, até a vitória, quando a sua fé for
consumada; a fé é um processo e uma jornada de obras de arrependimento e amor, cujo propósito
final é ver Cristo entregando-lhe a salvação, e assim dando-lhe a vida eterna.
Sete passos para construir a verdadeira Fé
O desafio para cada um de nós, como cristãos, é: como vamos construir a verdadeira fé? O que está
envolvido? Isso não é novidade e não se limita à nossa época atual. Mesmo no primeiro século
enquanto Cristo estava começando a Sua Igreja: "... os apóstolos disseram ao Senhor: ‘Aumenta a
nossa fé’" (Lucas 17:5). Eles sabiam que precisavam de mais fé e pediram orientação. Mais tarde
Pedro escreve que devemos dar prioridade para aumentar nossa fé (2 Pedro 11: 5–11). Mas o que
devemos fazer? Considere o seguinte:
1. Peça a Deus por mais fé.
Jesus instruiu seus discípulos a pedir, procurar e bater nas portas (Mateus 7:7–12). Tiago oferece o
mesmo conselho (Tiago 1:5). Esta é a razão pela qual os discípulos pediram a Jesus para aumentar
sua fé. Nós podemos fazer o mesmo. Ore fervorosamente. Quando você pede a Deus por fé, ele
definitivamente não irá te decepcionar.
2. Prove que você acredita.
Siga a admoestação de Paulo (1 Tessalonicenses 5:21) e prove que Deus existe, que a Bíblia é a Sua
Palavra inspirada, onde a Igreja é verdadeira e verdadeiros são os ministros de Deus. Prove o que a
Bíblia realmente diz, e se apegue o que você provar ser a verdade. Você pode reunir mais fé
quando conversa com outros sobre a sua fé; isto demonstra que você sabe em que acredita. E
isso se refletirá na sua vida de forma positiva.
3. Estude o que a Bíblia revela sobre a fé.
Leia e medite sobre os exemplos de fé descritos em Hebreus 11. Leia as contas originais do Antigo
Testamento. Determine o que lições pode tirar dessas contas. Aprender e crescer. Para realmente
aumentar sua fé, deve compreender o que realmente isso significa, clarificar este
conhecimento. Você pode clarificar à medida que aprender mais sobre as palavras de Deus.
4. Incite o Espírito de Deus.
A fé é um dom do Espírito Santo. Deus dá o Seu Espírito para aqueles que se arrependem e o
obedecem. Ore, estude, medite e jejue regularmente. Nutrir e usar o Espírito de Deus. As dúvidas
vão desaparecer enquanto nossa fé cresce (2 Timóteo 1:6–7).
5. Viva pela fé.
Coloque em prática o que você lê nas Escrituras. Confie em Deus e Sua Palavra. Se a Bíblia diz
para fazê-lo, então faça – não discuta com as Escrituras. O escritor norte-americano Ralph Waldo
Emerson disse: "Nós vivemos pela fé ou não vivemos em tudo. Ou nos aventuramos ou nós
vegetamos. Se nós nos arriscamos, fazemos isso pela fé porque não podemos saber o fim de nada
em seu início. Corremos o risco de casar ou ficamos solteiros. Nós nos preparamos para uma
profissão pela fé ou desistimos antes de começar. Com a fé movemos montanhas de oposição ou
ficamos parados por montículos."
6. Suporte as provações que surgirão à medida que se esforça para viver pelas palavras de
Deus.
Suportar e superar as provações nos ajudará a construir tanto a fé como a paciência (Tiago 1:24).
"Se desejamos aumentar a fé, devemos consentir com seus testes." Lembre-se que Deus prometeu
levar-nos através das provações (1 Coríntios 10:13) e as provações que Ele permite são para o nosso
bem supremo (Romanos 8:28). Sua habilidade de suportar as provações e tempos difíceis
provam que você possui fé na palavra de Deus.
Eu lembro de um momento da minha vida quando parecia que o mundo todo estava contra mim. Foi
realmente difícil acreditar que Deus realmente me desejava o melhor. Através de muitos conselhos e
inspiração de amigos, eu fui capaz de sair desta situação vitorioso. Desde então eu acredito
fortemente que, não importa quão difícil uma situação possa ser, Deus prometeu que eu conseguiria
sair dela.
7. Nunca comprometa ou negue a verdadeira fé.
A Bíblia adverte repetidamente sobre falsos mestres que irão minar e derrubar a fé dos outros
através da promoção de doutrinas e idéias enganosas. Também nos é dito que muitos começarão a
partir ou descartarão a verdadeira fé. No entanto, as Escrituras afirmam claramente que há uma fé e
um corpo [da Igreja], e é o trabalho do ministério promover a unidade da fé (Efésios 4:4–6, 12–13).
O papel da Igreja é manter verdadeiras doutrinas (1 Timóteo 3:15–16, veja também Atos 15). É por
isso que é tão importante saber onde a verdadeira Igreja de Deus está hoje e o que a Bíblia
realmente diz. As Escrituras não devem ser interpretadas como cada indivíduo vê e ajusta em sua
própria mente (2 Pedro 1:20). Isso só leva à confusão, o que danifica e destrói a fé. Quando nos
aproximamos do final desta época e Satanás aumenta seus ataques sobre os verdadeiros crentes,
teremos que "batalhar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (Judas 3). Para tirar
o melhor proveito da sua fé em Jesus, você tem que ter certeza que sua fé é inabalável; tem
que se apoiar nela.
A fé é importante para Deus. A fidelidade é tão importante na nossa vida física, como é para nossa
vida eterna. Como o apóstolo Paulo viu o fim de sua vida se aproximando, ele concluiu: "Combati o
bom combate, terminei a corrida, guardei a fé" (2 Timóteo 4:7–8). Ele sabia, ele tinha fé e total
confiança, que a sua recompensa o aguardava. O Deus deste universo tem grandes coisas guardadas
para toda a humanidade, especialmente para aqueles que Ele está chamando para serem seus
primeiros frutos, aqueles que aprendem, agora, a confiar nEle. Vamos fazer um esforço diligente
para crescer na fé. Vamos nos apoiar fielmente na Verdade que Deus revelou à Sua Igreja. Vamos
nos esforçar para construir uma atmosfera de fé na Igreja Viva de Deus, para que quando Jesus
Cristo voltar, Ele possa encontrar a verdadeira fé naqueles que Ele chamou.
A falta da Fé verdadeira nos dias de hoje
Acredite ou não, a falta de fé em nosso mundo moderno foi profetizada há quase 2.000 anos. O
apóstolo Pedro previu que virão escarnecedores nos últimos dias, fazendo todo tipo de coisas,
andando de acordo com sua lascívia. E eles dirão: “Onde está a promessa da sua vinda?" (2 Pedro
3:3–4). Nestes dias, encontramos muitas pessoas que perderam a fé na volta de Jesus Cristo. O
apóstolo Paulo predisse que as pessoas seriam enganadas e apostatarão da fé (1 Timóteo 4:1),
negarão e rejeitarão a fé (1 Timóteo 5:8), e que a fé de alguns seria derrubada por idéias e
argumentos enganosos (2 Timóteo 2:18; 3:8). Paulo indica que essas atividades, que floresceram no
primeiro século, também iriam prevalecer nos últimos dias (2 Timóteo 3:1–9). Mas como Paulo
sabia que isso iria acontecer? Como Deus poderia inspirar profecias tão precisas?
A Bíblia revela que a tendência para duvidar é uma tendência da natureza humana. Pedro duvidou
mesmo quando Jesus convidou-o a andar sobre a água (Mateus 14:31). Jesus repreendeu seus
próprios discípulos por sua falta de fé no fato de que Ele havia sido ressuscitado (Lucas 24:38).
Tomás duvidou até que ele realmente viu determinadas provas (João 20: 24-29). Nós não somos tão
diferentes dos discípulos. Nós, também, vamos duvidar até que provemos o contrário de algo. Com
a prova, não há espaço para dúvidas!
Também nos é dito nas Escrituras que Satanás irá plantar dúvidas para minar a fé verdadeira em
Deus. Ele fez isso com Adão e Eva, ao sugerir que Deus não estava dizendo a eles toda a verdade
(Gênesis 3:1–4). Satanás tentou minar a fé de Jesus Cristo em Deus ao citar erroneamente as
Escrituras (Mateus 4:1–11). Pedro advertiu que a prática continuaria e minaria a fé e confiança de
alguns (2 Pedro 3:14–18). Esta prática ainda continua hoje – por isso temos de ter cuidado! Paulo
também se refere à mente carnal, influenciada por Satanás, que, na verdade, se ressente de confiar
em Deus e resiste às instruções que Deus revelou em Sua Palavra (Romanos 8:5–9). Esta é uma
batalha que todos nós temos que lutar, exatamente como Paulo teve que fazer (Romanos 7: 14–25).
À medida que nós confiamos e obedecemos a Deus, resistindo e vencendo esta tendência negativa,
vamos crescer na fé.
Uma das maiores razões para a falta de fé, hoje, é que a dúvida e o ceticismo sobre a fé religiosa
permeiam nossa cultura. Deus é quem nos permite colher o que foi semeado ao longo dos séculos
da civilização ocidental (Jeremias 2:8,19; Oséias 4:9). Dúvidas sobre Deus são um excelente
exemplo. Eurípides, um poeta grego do século 5 a.C., escreveu: "Será que nós, acreditando que os
deuses existem, iludimo-nos com sonhos insubstanciais e mentiras, enquanto a oportunidade
descuidada e aleatória controla o mundo sozinha?".
"Olhando para Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe estava
proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à destra do trono de
Deus." - Heb 12:2 KJV
Capítulo 2
A origem da palavra de Fé
O movimento “Palavra de Fé” inicialmente cresceu a partir dos compromissos pentecostais no final
do século 20. Suas idéias fundamentais não foram cultivadas a partir da Bíblia ou da História da
Igreja. Poderia-se supor que qualquer doutrina cristã, ou, pelo menos, um ensino cristão, teria suas
raízes primárias dentro da ideologia cristã fundamental. No entanto, este não é o caso. “Palavra de
Fé” nasceu com seu foco central sobre o poder da mente.
Quando um homem chamado E.W. Kenyon estava estudando o Movimento Novo Pensamento, de
Phineas Quimby, uma semente começou a se enraizar. Ele tornou-se plenamente convencido de que
o cérebro humano tinha a capacidade de acreditar e tornar possível cada pensamento imaginado.
Muitos cientistas proeminentes estudaram essas idéias e, posteriormente, referiam-se a esta arte
como Ciência da Mente. Sr. Kenyon simplesmente levou estes princípios aprendidos um pouco
mais longe e logo a frase foi inventada: “Nomeie e reinvindique”.
Dentro de poucos anos este Movimento Novo Pensamento lentamente mistou-se com o já popular
sistema de crença Pentecostal. Desde sua origem, o pentecostalismo foi uma mistura peculiar de
cristianismo ortodoxo e misticismo da nova era[1]. Isto provou-se ser o terreno perfeito para
experimentos científicos do Sr. Kenyon.
Como este novo ensino começou a tomar chão e ganhar aceitação, um homem com o nome de
Kenneth Hagin entrou em cena. Hagin, ou papai Hagin como seus seguidores negligentemente se
referem a ele, começou a estudar sob a autoridade do E.W. Kenyon. Juntos, eles se tornaram os
precursores deste movimento e estruturaram o que muitos têm se referido hoje como a "Palavra de
Fé".
Embora este novo ensino tenha surgido de formas que Sr. Kenyon nunca teria imaginado possíveis,
não foi até 1973 que isto mudou o mundo. 1973 foi grande ano para o homem moderno; foi o ano
do microondas, foi o ano de Reggie Jackson e o Oakland A’s venceu a World Series[2], foi o ano que
a Trinity Broadcasting Network foi fundada.
Trinity Broadcasting Network, ou TBN, é a maior rede de televisão cristã do mundo. Tem sua sede
em Santa Ana, Califórnia, e possui uma variedade de programação cristã em todo o mundo. Desde
sua concepção ele abraçou publicamente os ensinamentos da "Palavra de Fé" e deu-lhes o impulso
necessário para entrar em cada casa e em todas as mentes, em todo o globo.
Trinity Broadcasting Network é transmitida em mais de 5.000 estações de TV, em 33 satélites
internacionais, na Internet e nos sistemas de cabos por toda a criação. Todos os dias, a TBN faz
Palavra da Fé avançar em vários locais, como: Estados Unidos, Europa, Rússia, Oriente Médio,
África, Austrália, Nova Zelândia, Pacífico Sul, Índia, Indonésia, Sudeste Asiático e América do Sul.
Em continentes como a África, Palavra da Fé está dominando cada país e deixando suas vítimas
sem raiz, sem estabilidade, e, às vezes, sem recursos. Christianity Today[3], uma autoridade bem
conhecida, estima que mais de 147 milhões de 890 milhões de pessoas na África são
renovacionistas. A Igreja Renovacionista é simplesmente uma Pentecostal ou Carismática, que
segue fielmente a "Palavra de Fé".
Nos Estados Unidos, o movimento "Palavra de Fé" se espalhou como fogo, em especial na
comunidade Afro-Americano com precursores bem-falantes, tais como: T.D. Jakes, Creflo Dollar,
Frederick K.C. Price e inúmeros outros. Muitos destes homens são pastores de megaigrejas e,
diariamente, incitam seus rebanhos a pensar de forma a ter as suas necessidades monetárias e de
saúde atendidas.
É verdade que muitos têm dedicado suas vidas para espalhar esta doença, mas alguns desses
homens se destacam mais que outros. Homens tais como:
Evangelista E.W. Kenyon (1867-1948), fundador da Palavra de Fé. Ele começou sua carreira
como um pastor metodista, mas mais tarde mudou-se para o pentecostalismo. Kenyon foi
influenciado pelo gnosticismo e crenças new age. Ele viveu e morreu defendendo a idéia de que
Deus concederia saúde e sucesso a qualquer um que acreditasse o suficiente para recebê-los.
Kenneth Hagin Sr. (1917-2003), foi fundamental para o sucesso do Sr. Kenyon, muitas vezes
chamado de papai, ou mesmo vovô. Ele também viveu e morreu proclamando que é sempre a
vontade de Deus que os crentes tenham boa saúde, sucesso financeiro e sejam estranhamente
felizes.
Oral Roberts (1918-2009), um evangelista de TV, fundador do Global Ministry e da Universidade
de Tulsa, em Oklahoma. Seu ministério de cura cunhou a frase que comumente ouvimos hoje como
“Semente de Fé”. Notoriamente, ele disse: “Tem uma necessidade? Plante uma semente”. Mais
tarde, estas “sementes“ não eram nada mais do que doações em dinheiro para organização de
Roberts.
Kenneth Copeland, descaradamente admite estar fortemente influenciado por Hagin. Ele começou
sua carreira ao trabalhar brevemente como um co-piloto para o evangelista de TV Oral Roberts. De
tanto ouvir aos ensinamentos públicos de Hagin, é perfeitamente claro para todos que o seu
incentivo para deixar a carreira de piloto e partir para o “sacerdócio” foi o sucesso financeiro e bens
materiais. Copeland e sua esposa, Gloria, fundaram a Kenneth Copeland Ministries, em 1967, com
sede em Fort Worth, Texas.
O evangelho bíblico verdadeiro
O verdadeiro evangelho é a boa notícia de que Deus salva os pecadores. O homem é, por natureza,
pecaminoso e separado de Deus, sem esperança de reparar esta situação. Mas Deus, pelo seu poder,
forneceu os meios de redenção para o homem através da morte, sepultamento e ressurreição do
Salvador, Jesus Cristo.
A palavra “evangelho” significa, literalmente, “boa notícia”. Mas para realmente compreender
como boa esta notícia é, devemos primeiro compreender as más notícias. Como resultado da queda
do homem do Jardim do Éden (Gênesis 3:6), cada parte do homem – sua mente, sua vontade, suas
emoções e sua carne – foi corrompida pelo pecado. Por causa da natureza pecaminosa do homem,
ele não pode e não busca a Deus. Ele não tem nenhum desejo de vir a Deus e, de fato, sua mente é
hostil para com Deus (Romanos 8:7). Deus declarou que o pecado do homem condena-o a uma
eternidade no Inferno, separado Dele. É no Inferno que o homem paga a pena do pecado contra um
Deus santo e justo. Esta seria uma má notícia, de fato, se não houvesse remédio.
Mas no evangelho, Deus, em sua misericórdia, forneceu o remédio, um substituto para nós; Jesus
Cristo, que veio para pagar a pena pelos nossos pecados, pelo Seu sacrifício na cruz. Em 1 Coríntios
15:2–4, Paulo explica os três elementos do evangelho: a morte, o sepultamento e a ressurreição de
Cristo em nosso favor. Nossa velha natureza morreu com Cristo na cruz e foi sepultada com Ele.
Em seguida, fomos ressuscitados com Ele para uma nova vida (Romanos 6:4–8). Paulo nos diz para
“apoiar-nos firmemente” a este verdadeiro evangelho, o único que salva. Acreditar em qualquer
outro evangelho é crer em vão. Em Romanos 1:16–17, Paulo também declara que o verdadeiro
evangelho é o “poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”, pelo qual ele quer dizer que
a salvação não é alcançada pelos esforços do homem, mas pela graça de Deus, através do dom da fé
(Efésios 2:8–9).
Por causa do evangelho, através do poder de Deus, aqueles que crêem em Cristo (Romanos 10:9)
são não apenas salvos do inferno. Na verdade, nos é dada uma natureza completamente nova (2
Coríntios 5:17) com um coração transformado e um novo desejo, vontade e atitude que se
manifestam em boas obras. Este é o fruto que o Espírito Santo produz em nós pelo seu poder. As
obras nunca são os meios de salvação, mas elas são a prova disso (Efésios 2:10). Aqueles que são
salvos pelo poder de Deus sempre irão mostrar a prova da salvação através de uma vida
transformada. Isto é o que o verdadeiro evangelho realmente fala.
Movimento Palavra de Fé e a escritura
A ensino da Palavra de Fé é contrário à Bíblia. Só Deus é o Soberano Criador do Universo "E disse
Deus: haja luz; e houve luz." (Gênesis 1:3, NVI). “A qual Deus fará se cumprir no devido tempo.
Ele é o bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores" (1 Timóteo 6:15, KJV) e
não precisa fé – Ele é o objeto da fé. "E Jesus, respondendo, disse-lhes, Tenha fé em Deus" (Marcos
11:22 KJV). "Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de modo que
aquilo que se vê não foi feito do que é aparente" (Hebreus 11:3, NVI). Deus é espírito e não tem um
corpo físico (João 4:24) e o homem foi criado à imagem de Deus (Gênesis 1:26, 27; 9:6), mas isso
não faz dele um pequeno deus ou dinvindade. Somente Deus tem a natureza divina (Gálatas 4:8;
Isaías 1:6–11, 43:10, 44:6; Ezequiel 28:2; Salmo 8:6–8). Cristo é eterno, o Filho Unigênito, e a
única encarnação de Deus (João 1:1, 2, 14, 15, 18; 03:16; 1 João 4:1). Nele habitou a plenitude da
divindade (Colossenses 2:9). Ao tornar-se um homem, Jesus abdicou da glória do céu, mas não da
Sua divindade (Filipenses 2:6–7), embora Ele tenha optado por não divulgar o seu poder enquanto
caminhava na terra como homem.
O movimento Palavra de Fé tem enganado, e ainda está enganando, inúmeras pessoas, levando-os a
agarrar-se a um modo de vida e de fé que não é bíblico. Na sua essência, é a mesma mentira que
Satanás vem dizendo desde o Jardim: "Sereis como Deus" (Gênesis 3:5). Infelizmente, aqueles que
se convertem ao movimento da Palavra de Fé ainda estão escutando. Nossa esperança está no
Senhor, não em nossas próprias palavras, nem mesmo em nossa própria fé (Salmo 33:20–22). Nossa
fé vem de Deus em primeiro lugar (Efésios 2:8; Hebreus 12:2) e não é algo que criamos para nós
mesmos. Então, cuidado com o movimento Palavra de Fé e qualquer igreja que se alinhe com os
seus ensinamentos.
A verdadeira mensagem bíblica do evangelho
A verdadeira mensagem do evangelho é que a salvação se dá pela graça da fé (Rom. 6:23). A
verdadeira salvação é receber Cristo (João 1:12), estar no corpo de Cristo, e ser redimido pelo
sangue do Cordeiro. Não existe relação com a fortuna, riquezas ou com prosperidade material.
O verdadeiro evangelho é definido por Paulo, em 1 Coríntios 15:1–4, como o que nos salva:
"Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também
recebestes, e no qual também permaneceis. Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal
como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão. Porque primeiramente vos
entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as
Escrituras, E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras."
(NVI)
"Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos,
amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os
ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a
obra de um evangelista, cumpre o teu ministério." - 2 Timóteo 4:3–5 NVI
Capítulo 3
O que exatamente é "Palavra de Fé"?
Cada precursor da Palavra da Fé usa uma variedade de diferentes ideias, pensamentos e exemplos
ao proclamar sua filosofia. Ao contrário da corrente principal do Cristianismo, não há um guia ou
doutrina para estas falsificações seguirem. No que diz respeito ao falecido Sr. Haggin, nos últimos
anos de sua vida, ele percebeu este problema crescente dentro da Palavra de Fé e tentou solucionálo.
Tendo convocado os líderes de destaque, tais como Roberts, Copeland, sua própria equipe, e muitos
outros, ele começou a explicar seus temores de uma maneira que ele esperava que pudessem
respeitar e entender. Ele presenteou cada um com seu último livro, que coincidentemente é o menos
popular, e discutiu o seu conteúdo. “Chegamos a um ponto, em nosso ministério, onde o foco
mudou da cura para a prosperidade financeira”, afirmou ao pedir a cada um deles para repensar suas
posições sobre muitas questões.
Do fundo do seu coração, ele acreditava na cura, ele acreditava em prosperidade, e de muitas
maneiras, ele ainda acreditava no Deus da Bíblia, sem compromisso. No entanto, em algum
momento em seu ministério e no ministério daqueles que fielmente propagaram sua mensagem,
uma má semente germinou e estava prestes a destruir tudo.
Quatro ensinamentos fundamentais da Palavra de Fé fazem com que o movimento se separe da
corrente principal do Cristianismo. Sem estas quatro crenças a Palavra de Fé não poderia operar.
Estas são as heresias fundacionais que cada precursor da Palavra da Fé decreta firmemente:
1. Deus está obrigado a obedecer às palavras do povo da sua aliança
"Por isso vos digo, tudo o que pedirdes na oração, crede que recebestes, e será assim
convosco."- Marcos 11:24 (ESV)
A passagem acima mostra as próprias palavras de Jesus, enquanto ensinava a seus discípulos, logo
após a sua entrada triunfal em Jerusalém. Jesus estava mostrando o poder de suas orações, e
olhando para o contexto completo desta escritura, Jesus também está ilustrando como nossas
orações podem ser eficazes. Ele diz que alguns elementos-chave são cruciais para que suas orações
sejam ouvidas por Deus.
Primeiro Jesus diz que não devemos duvidar, mas acreditar. Ele diz que, se guardamos rancor no
coração, devemos primeiro perdoar antes que possamos receber. As frases e ideias que está usando
aqui não são incomuns. Muitas vezes o vemos tentando ensinar aos seus discípulos lentamente estas
verdades. Mesmo ao longo das escrituras, Jesus é visto afirmando claramente isto ou pelo menos
apontando para este fato. Na verdade, em toda a História da Igreja e na doutrina da corrente
principal do Cristianismo acreditamos nisso.
Onde nos afastamos das nossas crenças está descrito neste versículo comumente utilizado pelos
próprios pregadores da Palavra de Fé, Marcos 11:24. Ao enfatizar este versículo e negligenciar o
contexto, nós podemos ser facilmente levados a acreditar: "Tudo o que eu peço, tudo o que eu
desejo, pode ser meu; tudo que eu preciso fazer é falar e acreditar!"
Levando isso um passo adiante, eles constantemente reforçam a ideia que “suas palavras têm
poder”. Na verdade, o objetivo principal de qualquer pregador da Palavra da Fé é levá-lo a aceitar a
ideia de que cada palavra que você fala tem efeitos no jeito que você acredita e, finalmente, isso
afeta o resultado de suas orações.
Em nosso mundo moderno, cheio de palestrantes motivacionais talentosos, temos pregadores da
Palavra de Fé e inúmeros livros sobre o poder de suas palavras. É fácil aceitar esses conceitos. A
maioria das pessoas vive a vida sem nunca questionar de onde essas idéias vêm ou se a Palavra de
Deus as apóia. É importante afirmar que a Bíblia Sagrada não apóia!
Enquanto a Palavra de Fé e o Homem Moderno afirmam que nossas palavras regulam o nosso
resultado, as escrituras afirmam claramente que é a vontade de Deus que vai determinar as
respostas às nossas orações.
"E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o
que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos
inexperimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele
que segundo Deus intercede pelos santos." - Romanos 8:26–27
O Deus da Bíblia é o nosso Pai celestial amoroso. Ele sabe o que é melhor para nós e é o único
capaz de determinar isso. Desde a queda do homem, quando o pecado e doença começaram a se
espalhar por toda a criação, a humanidade tem sido diretamente afetada por escolher a nossa
vontade sobre a vontade de Deus. Este pecado de Adão foi carregado de geração em geração e é
claramente visível na mensagem da Palavra de Fé.
Eles usam propagandas como "Sua cura está apenas a uma oração de distância" e, em seguida,
transformam o Evangelho da verdade em um circo de entretenimento para fins egoístas. Ao fazer
afirmações ousadas, incluindo que é sempre a vontade de Deus que você seja curado e que as suas
palavras podem forçar Deus a agir, vemos blasfêmias completas. Não só é blasfêmia, como é
contrário ao seu estilo de vida pessoal. Quantos destes pregadores da Palavra de Fé você vê usando
óculos ou indo a um dentista ou um médico?
Mesmo enquanto você lê estas palavras, incontáveis cristãos fiéis estão orando para a cura de uma
doença ou deficiência, ainda que muitos deles venham a permanecer doentes. Será que é porque eles
duvidam? Será que é porque eles não queriam a cura? Não. Eu não sei qual a vontade de Deus para
a sua vida, mas eu sei que Deus tem um plano para tudo e Seus propósitos são muito maiores do que
os nossos.
2. Favores de Deus resultam em riquezas
"Dai e vos será dado a você. Em boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, será
colocado em seu colo. Pois, com a medida que você usá-lo será medido de volta para você." Lucas 6:38
Se você já gastou mais do que alguns momentos escutando a mensagem da Palavra de Fé, é
evidente que a abundância financeira é o único foco por trás do púlpito. É por isso que muitos têm
se referido à Palavra de Fé como o “Evangelho da Prosperidade” ou “Evangelho da Riqueza e da
Saúde”. Eles casualmente citam versos como Malaquias 3:10 e Lucas 6:38, acrescentando
reivindicações estranhas, tais como: “Deus está ansioso para banhar seus adoradores com dinheiro,
promoções na carreira, grandes casas, e carros novos”.
Depois que o pico motivacional é entregue e cuidadosamente misturado com a quantidade correta
de escrituras fora de contexto, é então a hora de recolher o dízimo ou passar a máquina de cartão de
crédito. Normalmente vemos essa escritura do Antigo Testamento ser apresentada, sem qualquer
explicação de sua finalidade.
"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e
depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do
céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a
recolherdes". - Malaquias 3:10
A título de curiosidade, o dízimo é um termo do Antigo Testamento que geralmente significa dar
um décimo ou 10% de volta para o Senhor. Está claramente demonstrado como uma prática do
Antigo Testamento e muitos poucos contestam este fato. No entanto, não é mostrado o mesmo
caminho no Novo Testamento ou na História da Igreja. O conceito de dar de volta para o Senhor é o
mesmo, mas o método de que eles fazem isso é radicalmente diferente.
Após o sacrifício e ressurreição de nosso salvador Jesus Cristo, a antiga Igreja e aqueles que
testemunharam a interminável misericórdia de Deus se sentiram compelidos a serem diferentes. Em
vez de simplesmente oferecer 10% de tudo o que tinham, vemos inúmeros exemplos de seguidores
que oferecem tudo o que tinham ao Senhor. Muitos venderiam os seus bens, e até mesmo suas
casas, e colocariam-se diante dos pés dos apóstolos. Fariam até mais, eles iriam oferecer a própria
vida ao serviço do Reino e ministrariam o Evangelho.
Agora, eu não estou insinuando que todos que estão lendo este livro precisam vender suas fazendas,
empresas e casas para seguir Jesus. O que eu estou querendo dizer é que a atitude da antiga Igreja
era radicalmente diferente das atitudes daqueles que seguem a Palavra de Fé. A antiga Igreja dava
por amor ao evangelho, enquanto aqueles que estão envolvidos com a Palavra de Fé tendem a dar
porque eles sentem que vão receber mais de Deus. É como se realmente acreditassem que Deus é
simplesmente uma conta poupança no céu e quanto mais acrescentam a esta conta poupança, mais
eles recebem quando é hora de fazer uma retirada.
Felizmente Jesus, os apóstolos e os primeiros líderes da Igreja viram este problema e nos
forneceram instruções e advertências por toda a Bíblia Sagrada. Uma mensagem muito comum nas
escrituras é um alerta para aqueles que buscam as coisas temporais, tais como dinheiro, em vez de
Deus.
"Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências
loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro
é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se
traspassaram a si mesmos com muitas dores." - 1 Timóteo 6:9–10
E até mesmo o escritor de Hebreus nos adverte para não estarmos sempre querendo mais e mais.
"Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse:
Não te deixarei, nem te desampararei." - Hebreus 13:5
Neste mundo temporal, vemos constantemente traficantes, empresários corruptos, pornógrafos e
todas as outras formas de criminosos ganhando riqueza e segurança terrena. Por outro lado, milhões
de trabalhadores, cristãos honestos, são pobres e lutam diariamente para sobreviver. Pense nisso e
julgue por si mesmo.
A questão é que a riqueza e bens materiais não são sinais de que receberam o favor de Deus. Você
pode ser rico e ainda ser um cristão? Claro que sim! Você pode ser pobre aos olhos dos outros, mas
ser abençoado e altamente favorecido por Jesus? Sem dúvida!
3. Humanos são pequenos deuses.
"Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois deuses?" - João 10:34
Uma das maiores heresias que flutuam em torno dessas igrejas, hoje, é esta aqui: alguns pregadores
da Palavra da Fé afirmam que os seres humanos, por serem criados à imagem de Deus, são, na
verdade, “pequenos deuses”. Assim como Paulo descreve o nosso Criador como o Deus que chama
à existência as coisas que não são, apesar de serem, estes blasfemos sugerem que as pessoas são
capazes de controlar a “força da fé” e têm o poder de transformar os seus desejos em realidade.
Servimos ao Criador que realmente chama as coisas à existência; só Ele é o criador todo-poderoso.
Toda vez que ouço este ensinamento da Palavra de Fé, e eu o ouvi de muitos deles em muitas
formas diferentes, eu sou lembrado pelo Espírito Santo de alguém que ensinou esta mesma
mensagem. Em Gênesis 3, vemos a serpente plantando esses mesmos pensamentos sobre a mente de
Eva; "Sereis como Deus".
Em vez de usar uma fruta de uma árvore para tentar a Igreja, estes pregadores estão usando palavras
sedutoras de Jesus, mais uma vez fora de contexto e fora de proporção. Eles transformaram uma
escritura pura e santa em uma doutrina literária de demônios sendo vendidos a um dólar de cada
vez.
Entenda que em João 10:34, Jesus estava apenas citando o Salmo 82, que se refere aos juízes como
“deuses”. Jesus estava afirmando que ele estava acima de juízes como o Filho de Deus. A Bíblia nos
ensina que há apenas um Deus. Os crentes são habitados pelo Espírito Santo, mas não são pequenos
deuses. Deus é o criador; os seres humanos são suas criações. Atribuir qualquer tipo de poder divino
aos seres humanos é simplesmente anti-bíblico.
4. Prosperidade se baseia apenas na doação.
Uma das principais falhas do movimento Palavra de Fé é que ele só instila um lado da prosperidade.
É verdade que a Bíblia ensina que nós colhemos o que semeamos e o que se dá, será dado de volta
para nós (Lucas 6:38), mas este é apenas um princípio, não a idéia completa. Que bem seria feito ao
Reino, se Deus realmente te abençoasse com prosperidade financeira, e você não fosse
espiritualmente maduro para administrá-la corretamente?
Nosso objetivo como uma igreja é começar a gerenciar, com sucesso, o que o Senhor nos deu
corretamente, a fim de que possamos abençoar outras pessoas com o que o Senhor nos concedeu.
Cada vez que nós auxiliamos no aperfeiçoamento dos santos, nós avançamos no Reino de Jesus
para cumprir a grande missão. Nosso foco sempre deveria ser este e não simplesmente o ganho
pessoal.
No outro lado da moeda, quando nós só ensinamos aos santos como dar, limitamos a quantidade de
criatividade e bençãos que algumas pessoas podem experimentar. Se investirmos os nossos esforços
para o ensino do trabalho duro, criatividade, gestão financeira, eu, pessoalmente, acredito que nós
podemos começar a ver uma diminuição dos ciclos de pobreza em todas as nações.
Em países pobres, em que a única solução apresentada ao povo para quebrar a pobreza é “dar à
Igreja”, a única pessoa que se torna próspero é o pregador. No reino de Deus, a Igreja é chamada a
ter uma abordagem mais holística e empoderada em relação à prosperidade, quebrando ciclos de
pobreza. De muitas maneiras, o velho ditado é verdadeiro e confiável quando o escritor diz: "Só
Deus pode abençoar na proporção da nossa capacidade de gerir o que Ele nos dá!"
Capítulo 4
Ocupe-se até que eu venha
Eu finalmente percebi que existe um grande abismo entre a palavra “ocupar” e a pregação
“imaginação e ilusão de uma vida melhor agora”. Neste contexto, se ocupar significa participar
ativamente nos assuntos do mundo, ser um doador de vidas, aqui na Terra. A ideia é garantir que,
em tudo o que fazemos, nós devemos nos esforçar para transformar e fazer melhorias no mundo.
Você está empregado e é encorajado a, também, preparar o caminho para a geração que vem depois
de você, assim como replicar o céu na terra antes do retorno do nosso senhor e salvador, Jesus
Cristo.
Isto significa que nós não estamos sugerindo que você deve viver a vida segundo o evangelho, que
seculariza a fé e que de forma alguma tenta assegurar harmonia e reconhecimento de outras
religiões e outros grupos de pessoas. O objetivo de Deus, que é evangelizar o mundo e trazer o
universo na Sua palma, deve ser alcançado, à medida que nós fazemos esforços para viver
pacificamente com todas as criaturas de forma que a glória de Deus seja elevada.
É uma coisa boa saber que todo crente genuíno, que professa a necessidade de Cristo, deve possuir
uma base firme e sólida, que significa ter uma fé realmente forte em Deus e no Seu filho, Jesus.
Nosso dever, aqui na Terra, como peregrinos, é evangelizar o mundo e converter o universo. Não
devemos ir atrás de coisas materiais ou riquezas, estas não duram para sempre, e jamais poderão se
igualar à alma de um homem – a marca da grande comissão.
Tudo se resume a uma questão: quem ou o quê você está servindo? A Bíblia deixa claro que nós
não podemos servir a dois mestres ao mesmo tempo. E, como um soldado, sempre há uma batalha a
ser travada. Isto significa que não é possível estar em dois lados opostos ao mesmo tempo. Aquele
que você opta por seguir é, sem dúvida, seu mestre e seu senhor.
No Evangelho de Mateus, somos informados que Jesus disse: "Vocês não podem servir a Deus e ao
dinheiro" e "É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no
reino de Deus." (Mateus 6:24, 19:24). Verdadeiros cristãos estão à procura de um novo Céu e de
uma nova Terra, em que habita a justiça. Espera-se que sejamos purificados porque percebemos que
Deus liquidará todas as contas com justiça. "E todo aquele que tem nele purifica-se a si mesmo,
assim como ele é puro" (1 João 3:3, NVI). Esta é a escatologia final, mas não sabemos quando virá
o fim.
No entanto, do lado negativo, o movimento Palavra de Fé e os pregadores do evangelho da
prosperidade são menos propensos a investir nas estruturas sociais e instituições do mundo atual. O
corpo de Cristo deve ser o sal e a luz na educação e no governo, ou estaremos lutando uma batalha
perdida e entregando nossos filhos, ainda não nascidos, nas mãos do arqui-inimigo da Igreja – o
demônio. Eu acredito que esta é a razão pela qual Jesus disse ocupe-se até que eu venha. “E,
chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas, e disse-lhes: Negociai até que eu venha.” (Lucas
19:13, KJV).
A Bíblia alerta contra a visão dos pregadores do evangelho da prosperidade. Aqueles que acreditam
que o milenarismo é o simbolismo da Igreja para construção do reino de Deus na Terra também
estão errados. O reino de Deus não virá em sua plenitude, nem a Igreja construirá um estado
glorioso na Terra, até que Cristo retorne.
Nós podemos decidir e escolher seguir Jesus Cristo
Alguns anos atrás, eu me encontrei com um homem que me contou uma história de como ele
aprendeu a seguir Jesus Cristo. Aqui está esta história:
"Durante minha adolescência um pequeno livro intitulado ‘O que Jesus faria?’ veio parar em
minhas mãos. A questão colocada sintetizava o desejo que eu tinha desde a minha infância.
Inúmeras vezes, quando enfrentava desafios e tempos difíceis, me perguntava ‘O que Jesus
faria...?’. Enquanto refletia sobre estas palavras, também me dediquei às escrituras em busca de
respostas. Então, finalmente, encontrei as respostas, claras e certas. De acordo com o evangelho de
João, Jesus sempre fez a vontade de seu Pai.
“‘E aquele que me enviou está comigo: o Pai não me tem deixado só; porque eu faço sempre o que
lhe agrada.’ (João 07:15, 16, 18; 08:26, 28, 29; 10:30). Tendo aprendido que Jesus sempre fazia a
vontade de seu Pai, meu próximo objetivo era descobrir o que Jesus fazia para averiguar a vontade
de seu Pai. Pesquisando nas escrituras, descobri que uma coisa que ele fez: familiarizar-se
completamente com o que seu pai havia declarado ser Sua vontade, como registrado no Antigo
Testamento.
“Finalmente, eu percebi que a vontade de Deus pode ser sempre determinada e manifestada através
de orações fervorosas e súplicas. Para ter direção e clareza no caminho em relação a qualquer coisa
referente ao seu destino ou à sua vida, devemos procurar a face de Deus enquanto jejuamos e
oramos. (Mateus 4:2; Lucas 4:2, 6:12–13; Mateus 26:39; Lucas 22:42,44).
“À medida que aprendia sobre as escrituras, eu tomei uma decisão. Para mim, a melhor abordagem
para a solução de problemas e de resolução de questões seria a de proceder como Jesus procedia.
Promover um sincero desejo de fazer a vontade do Senhor; familiarizar-me com o que o Senhor tem
revelado; orar com diligência e fé para ter compreensão de Sua vontade e ter a coragem necessária.
“As soluções mais satisfatórias para os problemas e as melhores respostas para as perguntas, eu
encontrei da seguinte forma:
“1. Desde a minha juventude eu tenho procurado as escrituras.
“2. Tentei encarar honestamente o desafio ou pergunta apresentados, com um sincero desejo de
resolvê-lo como Jesus iria resolvê-lo.
“3. Tenho, por meio do estudo diligente e oração, procurado ponderar alternativas à luz do que eu
sabia sobre os princípios do evangelho.
“4. Eu tomei uma decisão na minha própria mente.
“5. Então levo o assunto ao Senhor, conto-lhe o problema, digo a ele que eu queria fazer o que era
certo em Sua opinião, e peço-lhe para me dar paz de espírito se eu tiver tomado a decisão certa.”
Seguindo o exemplo de Jesus
Para ser bem-sucedido em nosso chamado como povo de Deus, temos de continuar a crescer e
seguir o exemplo de Jesus Cristo, como gravado na Bíblia. Esta é a razão pela qual Deus, o Pai, o
enviou para ser o Salvador do mundo e dar o exemplo de como devemos viver nossas vidas.
Jesus disse aos seus discípulos: “Porque eu vos dei o exemplo de que você deve fazer como eu fiz
com você”, e acrescentou: “Se você sabe estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes” (João
13:15, 17). Pedro escreveu: “Para isto mesmo fostes chamados, pois Cristo sofreu por vós,
deixando-vos exemplo, para que sigais os seus passos” (1 Pedro 2:21). E João acrescentou: “Aquele
que diz que permanece nEle, deve viver como Jesus viveu” (1 João 2:6). Paulo entendeu isso e disse:
“Siga-me como eu também seguir a Cristo” (1 Coríntios 11:1). Vejamos o exemplo que Jesus Cristo
nos deixou. E lembre-se: não podemos fazer isso com nossa própria força, precisamos de Cristo na
nossa vida para nos ajudar a viver esta vida, pelo poder do Espírito Santo.
O exemplo do divino amor de Jesus
Nas escrituras, Jesus disse: “Amem-se uns aos outros como eu vos amei. Ninguém tem maior amor
do que este: dar a vida pelos próprios amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos
mando” (João 15:12–14). Ele não só amou seus amigos, mas também os seus inimigos: “Mas eu vos
digo, amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que sejais filhos do vosso Pai
que está nos céus. Ele faz com que o seu sol se levante sobre maus e bons, e faz chover sobre os
justos e injustos” (Mateus 5:44–45). Esta é a forma que o amor, real e genuíno, deve ser praticado.
Seu amor é tão grande que Ele morreu por amigos e inimigos. Que possamos seguir esse exemplo.
O exemplo de humildade de Jesus
Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, o Filho não pode fazer nada por si mesmo; Ele só pode fazer
o que vê o Pai fazer, porque tudo o que o Pai faz, o Filho faz igualmente ... Por mim mesmo que
posso fazer nada; Eu julgo apenas como ouço, e o meu julgamento é justo, porque não procuro
agradar a mim mesmo, mas aquele que me enviou" (João 5:19, 30). Cristo estava totalmente
entregue à vontade de Seu Pai.
Em nossas relações com as pessoas e atitude para com os outros, é esperado de nós possuir o
mesmo caráter de Cristo quando ele estava na Terra. De acordo com Filipenses 2:5–8, Jesus, o filho
de Deus, considera uma usurpação equipará-lo a Deus, mesmo que ele tenha sido Um com seu Pai.
Esta mentalidade é o que o fez tomar a forma de um homem e de um servo. Ele humilhou-se ao ser
obediente à morte. Eu peço a Deus para nos ajudar a seguir este exemplo.
O exemplo de Jesus ao servir aos outros
Jesus disse de si mesmo: "O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a
sua vida em resgate de muitos" (Mateus 20:28). E isso é exatamente o que Ele fez, serviu aos outros
e deu a Sua vida por eles. É por isso que, na Conferência Geral de Maio, escolheu-se o tema "Servir
como Cristo serve." Nós, no ministério, queremos nos tornar melhores servos, seguindo o exemplo
de Cristo. Por favor, orem por nós!
Deus vai nos ajudar a terminar a obra que Ele nos deu, se seguirmos o exemplo de Cristo – do
amor, da humildade e do serviço!
Capítulo 5
O evangelho da prosperidade
O evangelho da prosperidade é um dos termos para o movimento Palavra de Fé. Ele está explodindo
em popularidade em todo o mundo. Mas a questão aqui é: a ênfase na prosperidade está relacionada
a Jesus Cristo ou a você mesmo? Onde é que está centrada?
O Evangelho da Prosperidade promete a seus seguidores saúde, riqueza e felicidade. Os pregadores
da prosperidade afirmam que a riqueza deve ser usada para patrocinar programas de evangelismo e
da Igreja. Mas os ministros do evangelho que pregam tais coisas, no entanto, não conseguem resistir
a gastar as doações consigo mesmos (jatos particulares, mansões, roupas personalizadas...).
Evangelho da Prosperidade tornou-se motivado pela ganância
“E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não
consiste na abundância do que possui.” - Lucas 12:15, NVI
Jesus Cristo foi claro sobre a ganância e egoísmo – ambas as atitudes são pecados. Ele criticou
mestres religiosos que usavam a Bíblia para enriquecer. Referindo-se às suas motivações internas,
ele disse: "Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês limpam o exterior do copo e do
prato, mas por dentro estão cheios de ganância e auto-indulgência." (Mateus 23:25, NVI)
Enquanto o evangelho da prosperidade ensina que os cristãos devem corajosamente pedir a Deus
por carros novos, uma casa maior, e roupas bonitas, Jesus advertiu: "E disse-lhes: Acautelai-vos e
guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui"
(Lucas 12:15, NVI).
Pregadores do evangelho da prosperidade também argumentam que a riqueza é um sinal do favor de
Deus. Mantêm o seu próprio ganho material como prova de que eles têm aproveitado das riquezas
de Deus. Contudo, Jesus sempre pregou o contrário.
Confiamos em Deus para nos ajudar e nos fornecer a força necessária para servi-lo na verdade e
espírito, se aceitarmos seguir o exemplo de Cristo no amor, humildade e serviço. “Pois que adianta
ao homem ganhar o mundo inteiro e perder-se ou destruir a si mesmo?” (Lucas 9:25, NVI).
Mensagem do “nomeie e reinvindique”
A mensagem “nomeie e reinvindique”, proclamada pelos pregadores do evangelho da prosperidade,
é contrária à mensagem do evangelho verdadeiro e ensinamentos da Bíblia. Este ensinamento vem
de uma má interpretação e incompreensão de algumas Escrituras, e, na pior das hipóteses, é um
ensinamento totalmente herético e que tem as características de doutrina cultual.
As raízes do movimento Palavra da Fé e a mensagem “nomeie e reinvindique” têm mais em comum
com a metafísica da nova era do que com o cristianismo bíblico. No entanto, em vez de criarmos a
nossa realidade com nossos pensamentos, como os defensores da nova era aconselham, os
professores do “nomeie e reinvindique” nos dizem que podemos usar o “poder da fé” para criar a
nossa própria realidade ou conseguir o que queremos. Em essência, a fé foi redefinida de “uma
relação de confiança em um Deus santo e soberano, apesar das nossas circunstâncias” para “uma
forma de controlar a Deus para dar-nos o que queremos”. A fé torna-se uma força que nos faz
conseguir o que queremos, em vez de uma confiança em Deus, mesmo em momentos de provações
e sofrimentos.
Os pregadores da Palavra de Fé ensinam que o homem foi criado em termos de igualdade com
Deus, e que o homem está na mesma classe que Ele está. Esses ensinamentos são considerados
heréticos e é um completo desvio da verdade. As afirmações contradizem os princípios mais básicos
do cristianismo bíblico. Por esta razão, os proponentes da Palavra de Fé devem ser considerados
cultistas e não verdadeiros cristãos.
Ambos os cultos, metafísica da nova era e o ensino da Palavra de Fé, distorcem a verdade e
abraçam o ensino falso de que nossos pensamentos controlam a realidade. Se é o poder do
pensamento positivo ou o evangelho da prosperidade, a premissa é a mesma: o que você pensa ou
acha que vai acontecer é, em última análise, o que controla o que vai acontecer. Se você tem
pensamentos negativos ou falta de fé, você irá sofrer ou não obterá o que deseja. Mas, por outro
lado, se você tiver pensamentos positivos ou apenas tiver “fé suficiente”, então terá saúde, riqueza e
felicidade. Este falso ensino apela a um dos instintos mais básicos do homem, razão pela qual é
amplamente aceito.
O problema com a mensagem da Palavra de Fé
A mensagem da Palavra de Fé é atraente ao homem pecador. Em vez de reconhecer o poder
soberano e absoluto de Deus, revelado na Bíblia, os seguidores da Palavra de Fé abraçam um falso
deus que não pode operar além da sua fé. Eles apresentam uma falsa visão de Deus, ensinando que
Ele quer lhe abençoar com saúde, riqueza e felicidade, mas não pode fazê-lo a menos que você
tenha fé suficiente. A implicação disto é que o homem dita o que acontece, mas aprendemos nas
escrituras como Deus cura e abençoa pessoas independentemente da fé.
Outro problema com o ensino da Palavra de Fé é que ele deixa de reconhecer que o próprio Jesus é
o tesouro supremo pelo qual vale a pena sacrificar tudo (Mateus 13:44), e, em vez disso, vê Jesus
como pouco mais do que uma maneira de conseguir o que queremos. A mensagem de Jesus é:
“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo,
tome sobre si a sua cruz, e siga-me; Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e
quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o
mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?”
(Mateus 16:24–26). Contraste isso com a mensagem do evangelho da prosperidade. Ao invés de ser
uma mensagem de auto-negação, o evangelho da prosperidade é de auto-satisfação.
A Bíblia ensina que "todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos"
(2 Timóteo 3:12), mas a mensagem da Palavra da Fé é que qualquer sofrimento é simplesmente o
resultado de uma falta de fé. O evangelho da prosperidade encoraja a focar em conseguir as coisas
que o mundo tem a oferecer, mas 1 João 2:15 nos diz que não devemos "amar o mundo e as coisas
do mundo".
Foi Jesus rico ou pobre?
Tentando legitimar o evangelho da prosperidade, vários pregadores da prosperidade afirmam que
Jesus de Nazaré era rico e possuidor de bênçãos materiais, mas os notáveis estudiosos da Bíblia
dizem que esta teoria contradiz os fatos.
Bruce W. Longenecker, professor de religião na Universidade de Baylor, em Waco, Texas,
especializado em estudar os pobres no tempo da antiga Grécia e Roma, disse que cerca de 90% das
pessoas no tempo de Jesus, incluindo o próprio Jesus, viveu na pobreza. Eric Meyer, professor da
Universidade de Duke, Durham, Carolina do Norte, também concorda com este fato. Ele baseia seu
conhecimento no fato de ter sido um dos arqueólogos que escavaram Nazaré, a pequena aldeia em
Israel, onde Jesus passou a maior parte de sua vida. Meyer lembra que Jesus não tinha nenhum lugar
próprio para seu enterro e foi colocado em um túmulo que lhe foi dado por José de Arimatéia.
Riquezas não nos fazem corretos perante Deus
Riqueza pode fazer os homens perceptíveis aos outros homens, mas perante os olhos de Deus,
significam nada. Na Bíblia, Jesus mencionou um homem a quem ele pediu que vendesse todas as
suas posses e o seguisse. O homem olhou para Jesus e o ignorou. Jesus então disse: “Como é difícil
para o rico entrar no reino de Deus!” (Lucas 18:24, NVI). O problema que Jesus percebeu é que as
pessoas ricas prestam tanta atenção ao seu dinheiro e suas posses, que negligenciam a Deus. Ao
longo do tempo, eles podem até vir a depender do seu dinheiro, em vez de Deus.
"Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino, e se regalava esplendidamente
todos os dias: E há também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia ao seu portão,
coberto de chagas, E desejava alimentar-se com a migalhas que caíam da mesa do rico; além
disso, os cães vinham lamber-lhe as chagas E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado
pelos anjos ao seio de Abraão: o homem rico também morreu, e foi sepultado; E. no inferno,
ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E,
clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe a
ponta de seu dedo na água e refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama." Lucas 16:19–24 KJV
Ao invés de adquirir riquezas, o Apóstolo Paulo aconselha a se contentar e viver com o que você
possui: “Mas é grande ganho a piedade com contentamento”. Ele prosseguiu no livro de 1 Timóteo
6:6–9, dizendo: “Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar
dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que
querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que
submergem os homens na perdição e ruína.”
Como o evangelho da prosperidade difere da Bíblia
No evangelho da prosperidade, o crente é dito para usar a Deus, ao passo que a verdade do
cristianismo bíblico é justamente o oposto; Deus usa o crente. O evangelho da prosperidade vê o
Espírito Santo como um poder a ser colocado em uso para o que o crente deseja. Mas a Bíblia
ensina que o Espírito Santo é uma entidade que capacita o crente a fazer a vontade de Deus.
O movimento do evangelho da prosperidade se assemelha a algumas das seitas de ganância que se
infiltraram na antiga Igreja. Paulo e os outros apóstolos não foram gentis ou se conciliaram com os
falsos mestres que se propagavam tal heresia. Eles os identificaram como perigosos e alertaram aos
cristãos para evitá-los.
Como verdadeiros filhos de Deus, precisamos entender que a busca pela riqueza é um caminho
perigoso. Paulo advertiu Timóteo sobre estes homens com mentes corruptas em 1 Timóteo 6:5, 9–
11. A suposta piedade era um meio de ganho e seu desejo por riquezas era uma armadilha que os
levaram à “ruína e perdição” (v. 9). Algumas pessoas, ávidas por dinheiro, se desviaram da fé e se
atormentaram com muitas dores. Se as riquezas eram uma meta razoável para o divino, Jesus a teria
perseguido ele mesmo. Mas Ele não o fez, preferindo apenas ter um lugar para descançar a cabeça
(Mateus 8:20) e ensinando seus discípulos a fazer o mesmo. Também deve ser lembrado que o
único discípulo preocupado com a riqueza era Judas.
Na Bíblia, foram descritas tantas pessoas que esperaram pacientemente por Deus, e Deus cumpriu
Sua promessa em suas vidas. Um bom exemplo é Abrãao que esperou pelo filho prometido, Isaac.
José viveu a experiência de ser vendido como escravo pela mão de seus próprios irmãos. Daniel era
um israelita devoto que possuía a tudo, menos uma vida confortável. O chamado para que Moisés
libertasse Israel levou anos de privação e testes. Israel apenas atravessou o Rio Jordão depois de 40
anos no deserto (Moisés nunca cruzou o rio). Davi era o protótipo de um Rei-Messias, mas sofreu
anos de espera, problemas familiares e um filho que se perdeu por falta de lealdade. Jeremias
passou a maioria dos seus dias em lágrimas.
E sobre os santos do Novo Testamento? Vamos começar com a história de Jesus: um homem
inocente que foi cruelmente crucificado e deixou para trás uma mãe, a quem tinha sido prometido
que seu filho seria o rei de Israel (Lucas 1:46–55). Pedro primeiro confessou Jesus como o Messias,
mas teve grande dificuldade para compreender um Messias que tinha de ser crucificado. A tradição
nos diz que ele foi martirizado. E sobre o apóstolo Paulo? Aqui está o que ele disse em sua própria
carta aos Coríntios:
"E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na
carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.
Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha
graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me
gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto
prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por
amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte." - 2 Cor. 12:7–10
O evangelho da prosperidade e o evangelho da cruz
Jesus disse a seus seguidores para tomar a cruz todos os dias e isso significava que deveriam estar
prontos para sofrer (Lucas 9:23). Jesus foi crucificado por nós e somos chamados, não a procurar
nossa própria felicidade, mas procurar a glória de Deus ao nos entregar a Ele e aos outros. O
problema com o evangelho da prosperidade é que ele incide sobre “conseguir o que queremos”. O
evangelho da cruz se concentra em “entregar a nós mesmos”. O amor a Deus significa viver para
Deus; amor a si mesmo significa morrer para si mesmo, para que possamos amar a Deus e aos
outros; amor aos outros significa morrer para si mesmo, para que possamos servir aos outros.
O evangelho da prosperidade é uma completa heresia. O Deus da Bíblia é bom; o Deus da Bíblia
realmente abençoa. Mas o Deus da Bíblia é o Deus que nos ajudará a vencer, independentemente
das circunstâncias. Às vezes, Deus abençoa e nós levantamos nossas mãos em agradecimento. Mas
outras vezes não estamos experimentando a bênção de Deus (ou pelo menos pensamos que não), e o
que devemos aprender é que Deus está ali, observando e esperando que nós confiemos nEle, que
nós obedeçamos a Ele, e que nós aprendamos que, ao amá-Lo, teremos a mais profunda benção. Ele
está conosco, nos bons e maus momentos.
Confissão Positiva
Um dos termos favoritos do evangelho da prosperidade é “confissão positiva”. Isto se refere ao
ensino de que as nossas palavras têm poder criativo. O que você diz determina tudo o que lhe
acontece. Suas confissões, especialmente os favores que você exige de Deus, todos devem ser
afirmados positivamente e sem vacilar. Então, Deus é obrigado a responder (como se o homem
pudesse exigir algo de Deus!). Assim, a capacidade de Deus para nos abençoar supostamente paira
sobre a nossa fé. Tiago 4:13–16 claramente contradiz esse ensinamento: “Ouçam agora, vocês que
dizem: ‘Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos
negócios e ganharemos dinheiro’. Vocês nem sabem o que acontecerá amanhã! Que é a sua vida?
Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa. Em vez disso,
deveriam dizer: ‘Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo’. Agora, porém, vocês se
vangloriam das suas pretensões. Toda vanglória como essa é maligna.”
Confissão positiva, por vezes, é enganosa e leva ao cristianismo superficial. Existem tantos cristãos
que têm medo de ser honestos e não admitem que estão lutando ou enfrentando dificuldades com
sua fé; ao invés disso, fazem confissões positivas para disfarçar as dificuldades. Isso é diferente do
que Tiago 5:16 nos diz, quando ele exorta os crentes a confessar os seus pecados uns aos outros.
Contudo, eu creio em falar a Palavra de Deus, mesmo com nossas circunstâncias desafiadoras, ao
invés de ceder à conversa negativa.
Você não pode servir a Deus e ao dinheiro
As contradições irreconciliáveis entre o ensino da prosperidade e do evangelho de nosso Senhor
Jesus Cristo são melhor resumidas nas palavras de Jesus, em Mateus 6:24: “Vocês não podem servir
a Deus e ao dinheiro”.
Em vez de salientar a importância da riqueza, a Bíblia adverte contra persegui-la. Os crentes,
especialmente os líderes da igreja (1 Timóteo 3:3), devem estar livres do amor ao dinheiro (Hebreus
13:5). O amor ao dinheiro leva a todos os tipos de males (1 Timóteo 6:10). Jesus advertiu:
"Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um homem não consiste
na abundância dos seus bens" (Lucas 12:15).
Capítulo 6
Mais amigos dos deleites do que amigos de Deus
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá
homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a
pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores,
incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais
amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a
eficácia dela. Destes afasta-te.” - 2 Timóteo 3:1–5
Estas palavras descrevem um personagem que pode ser encontrado entre os promotores do
evangelho da prosperidade. A Bíblia chama de “amigos dos deleites do que amigos de Deus”.
É óbvio que o apóstolo Paulo franziu a testa para tal caráter e comportamento. Os amantes de
prazeres, mais do que amantes de Deus, incluem todos aqueles cujo gosto por prazer leva-os a
violar os mandamentos de Deus. É evidente que os homens nunca estão dispostos a ofender uma
pessoa a quem amam, para o bem de alguém que eles não amam. Igualmente certo é que quando os
homens são obrigados a desistir de uma de duas coisas, eles sempre desistirão daquelas as quais têm
amor mínimo. Sendo este o caso, é inegável a evidência de que todos os que provocam, ou pecam
contra Deus, para o bem de qualquer prazer ou anseio, amam mais ao prazer do que a Deus.
Quando amamos uma pessoa supremamente, temos de ter o cuidado de evitar, não apenas aquelas
coisas que sabemos que irão desagradá-lo, mas também o que suspeitamos que pode fazê-lo, e isto
inclui o evangelho da prosperidade. Todos aqueles que se entregam aos prazeres que suspeitam
estarem errados; todos cujas consciências os condenam no silêncio da noite, depois de voltar de
uma festa de prazer; todos os que são obrigados a utilizar muitos esforços para acalmar suas
consciências, e para convencer-se de que não há nada de errado em sua conduta e mensagem; todos
esses, certamente, buscam o prazer de uma forma pecaminosa, e são, portanto, mais amigos dos
deleites do que amigos de Deus. Aqueles que forem culpados disso são idólatras, no pior sentido do
termo. A idolatria é uma violação do primeiro e grande mandamento: “Não terás outros deuses
diante de mim. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e alma, e mente, e força.” (Ex.
20:3; Deut. 6:5).
Contando o custo do discipulado
“Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e
irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não
levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo. Pois qual de vós,
querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver
se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e
não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, Dizendo: Este
homem começou a edificar e não pôde acabar. Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar
contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao
encontro do que vem contra ele com vinte mil? De outra maneira, estando o outro ainda
longe, manda embaixadores, e pede condições de paz. Assim, pois, qualquer de vós, que não
renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” - Lucas 14:26–33
Contar o custo do discipulado significa reconhecer e concordar com alguns termos e condições que
o acompanham. Você não pode segui-Lo ao mesmo tempo que escolhe seguir o caminho do mundo
(Mateus 7:13–14). Segui-Lo pode significar que você irá perder relacionamentos, sonhos, coisas
materiais ou, até mesmo, a sua vida. Aqueles que seguem a Jesus por razões egoístas não
aguentarão lutar contra os desafios e contra as tentações. Nos ministérios terrenos de Jesus, chegou
o tempo que a comida gratuita não mais existe e a opinião pública se distorceu. As multidões
alegres tornaram-se multidões de zombaria. E Jesus soube antecipadamente que isto aconteceria.
Jesus terminou Sua descrição do custo do discipulado ao dizer: “Qualquer um de vocês que não
renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:33). Quando você se torna um
dos seus, você não pode continuar a pertencer a este mundo (1 João 2:15–17). Você deve fazer uma
escolha, porque você não pode servir a Deus e a Mamom (Mateus 6:24). O jovem rico, quando
confrontado com esta escolha, virou as costas para Jesus (Lucas 18: 18-25). Muitas pessoas adoram
a ideia de vida eterna, escapar do inferno, e ter Jesus disponível para ouvir seus chamados. Mas eles
não estão dispostos a deixar a vida que agora vivem. Seus desejos, estilo de vida e hábitos
pecaminosos são preciosos demais.
Você não pode ganhar a salvação pela mudança de estilo de vida ou qualquer outra boa ação
(Efésios 2:8–9). Mas, quando você optar por colocar sua vida aos pés de Jesus e segui-Lo, você está
entregando o controle da sua vida a Ele. Quando Jesus está no controle, tudo resultará na justiça (1
João 3:4–10; 2 Coríntios 5:17).
Os três custos de ser um bom discípulo
Jesus primeiro estabelece dois dos custos de ser um discípulo (Lucas 14:26–27); então, Ele narra
duas parábolas (Lucas 14:28–32) que ressaltam o mesmo ponto, ou seja, que uma pessoa deve
analisar com cuidado o custo antes de, precipitadamente, aceitá-lo. Em seguida, ele informa o
terceiro custo de ser um discípulo (Lucas 14:33).
Antes de identificar os três custos de ser um discípulo de Jesus, vamos refletir por um momento
sobre as frases, “sentar e calcular o custo”, referindo-se ao homem que edificou a torre (Lucas
14:28); e, “sentar e tomar conselho," referindo-se ao rei pensando em ir para a guerra (Lucas 14:31).
Ambas referem-se ao pensamento cuidadoso, detalhado, racional em que se considera todos os
aspectos da situação antes de assumir o compromisso. Tal pensamento cuidadoso se opõe a uma
decisão impulsiva feita em um momento de intensa emoção, sem pensar muito sobre as
conseqüências. Adiante está listada a natureza do custo que deve-se considerar antes de se tornar
um discípulo.
Deve odiar sua família e você
"Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e
irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo" - Lucas 14:26[4]
A Bíblia não diz que você deve amar os seus familiares? Não lhe diz que nenhum homem jamais
odiou a própria carne? Jesus está contradizendo a Bíblia? Claro que não! Mas ele coloca nesses
termos para levá-lo a parar e pensar sobre a demanda rigorosa que Ele está fazendo. Ele quer dizer
que a sua lealdade e amor por Ele devem ser tão grandes que, por comparação, o seu amor para seus
familiares e até mesmo para a sua própria vida se pareça com ódio.
Normalmente, não há conflito entre amar Cristo e seus familiares. Mas às vezes um cabo de guerra
se desenvolve, onde um membro da sua família coloca pressão para que abandone o seu amor por
Cristo. Nessas situações difíceis, você não ama a Cristo ou o membro da família, se você aderir à
pressão. Você não ama o membro da família, porque se você curvar-se à pressão, está dizendo que
Cristo não é digno de ser seguido acima de todos os outros, e impede o membro da família de
considerar seriamente as reivindicações de Cristo. Por isso é extremamente importante
considerarmos os custos envolvidos.
A quem você deve obedecer?
O teólogo Francis Schaeffer, cuja vida e livros têm impactado milhares por Cristo, foi criado em um
lar não-cristão. Depois que tornou-se cristão, seu pai não queria que ele fosse para a faculdade e não
queria que ele se tornasse um ministro do evangelho, o que o jovem Francis se sentiu chamado a
ser. Quando o momento finalmente chegou, onde teve que tomar a decisão de fazer o que achava
que Deus queria ou se submeter à vontade de seu pai, Francis pediu com a voz tensa "Pop, dê-me
alguns minutos para ir ao porão e rezar”. Com medo e incerteza, ele foi e chorou lágrimas quentes
de tristeza por seu pai.
Então, em um ato de fé desesperada e simples, ele fez algo que ele nunca aconselharia alguém a
fazer, mas o que ele sentia que era certo para ele no momento: ele orou: “Oh, Deus, por favor, me
mostre”. Ele pegou uma moeda e disse: “Cara, eu vou, apesar dos desejos do meu pai”. Cara. Ainda
chorando, gritou: "Deus, seja paciente comigo. Se for coroa desta vez, eu vou”. Coroa. Na terceira
vez, implorou: "Uma vez, mais, Deus. Eu não quero cometer um erro com o meu pai. Por favor,
agora, que seja cara novamente". Cara. Então, ele subiu as escadas e disse a seu pai que tinha que ir.
Como um jovem cristão
Como um jovem cristão, você deve procurar ser obediente a seus pais em todas as coisas; a menos
que estejam pedindo para você ir contra o que Deus quer que você faça. Você deve recorrer a eles
de forma submissa. Mas se vier a tratar-se de fazer uma escolha: obedecer a seus pais e desobedecer
a Cristo ou obedecer a Cristo e desobedecer a seus pais, você deve seguir a Cristo.
Como cônjuge cristão
Como um cônjuge cristão, você pode ter um marido ou mulher descrente que diz: “Eu não quero
que você vá a Igreja”. Enquanto deve buscar ser o cônjuge mais amoroso e agradável que possa ser,
você deve também explicar a seu marido ou esposa que seguir Jesus Cristo é mais importante do
que o seu relacionamento com alguém nesta terra.
Quando Jesus diz que deve odiar mesmo a sua própria vida, de novo trata-se de comparar este amor
com o seu amor por Ele. Normalmente, quando você segue a Cristo, Ele amorosamente dá-lhe os
desejos de seus corações (Salmos 37:4). Ele lhe inunda com alegria e prazer verdadeiro (Salmos
16:11). Mas há momentos em que é fácil ceder à gratificação imediata da carne e é difícil obedecer
a Cristo.
Você tem que levar sua própria cruz
A cruz era um instrumento de morte vergonhosa e dolorosa. Jesus falou várias vezes aos seus
discípulos sobre tomar a sua cruz e segui-Lo. Ele deixou claro que, se algum iria segui-Lo, eles
deveriam negar a si mesmos, o que significa abrir mão de suas vidas espiritualmente,
simbolicamente, e até mesmo fisicamente, se necessário. De fato, Jesus foi tão longe a ponto de
dizer que aqueles que não estão dispostos a sacrificar suas vidas para Ele, não podem ser Seus
discípulos (Lucas 14:27). Este foi um pré-requisito para ser um seguidor de Cristo, que proclamou
que a tentativa de salvar as nossas vidas terrenas resultaria na perda das nossas vidas no reino. Mas
aqueles que desistiram de suas vidas por amor a Ele, iriam encontrar a vida eterna (Mateus 16:24–
25; Marcos 8:34–35). A cruz não foi um implemento de irritação ou inconveniência – era um
instrumento de morte lenta e tortuosa. Jesus está a olhar para o processo de morte diária de desejos
egoístas e para a disposição de arcar com a repreensão devido ao amor ao seu nome. O nosso
Salvador sofreu a rejeição e a agonia da cruz, se você seguir após Ele, deve estar preparado para o
mesmo tratamento. Se as pessoas lhe insultam por ser um cristão, deve abençoá-las em troca
(Romanos 12:14). Nunca faça algo que provoque a perseguição, mas se sofrer por causa da justiça,
confie sua alma ao fiel Criador para fazer o que é certo (1 Pedro 4:19). Este é um processo que lhe
permite crescer. Se você o estraga, deve confessar ao Senhor e procurar ser obediente da próxima
vez que tiver oportunidade de sofrer por Ele. Mas se você não está envolvido no processo de levar a
sua própria cruz, não está no caminho do discípulo de Jesus Cristo.
Você deve renunciar a todas as suas posses
Existem dois possíveis senhores para o coração humano. Eles são Jesus e Mamom. Estes dois
mestres estão sempre em contraste um com o outro. Jesus já deixou claro que não é possível servir
aos dois, ao mesmo tempo. Nós devemos amar um e odiar o outro. “Assim, pois, qualquer de vós
que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” Será que Jesus quis dizer isso
literalmente, que você deve se livrar de tudo que você possui, a fim de ser um cristão? Claro que
não! A maioria de nós acredita que podemos servir a Deus e a Mamom ao mesmo tempo, com Deus
tomando a dianteira: “Eu servirei a Deus na maior parte do tempo, mas eu também gosto de servir
ao dinheiro”. Jesus afirmou que esse pensamento não funciona: “Você não pode servir a Deus e a
Mamom” (Lucas 16:13). Em outras palavras, não é possível adicionar Jesus a uma vida materialista
como uma forma de atender às suas necessidades espirituais. Ser Cristão significa que você não
pertence mais a você (1 Coríntios 6:19–20). Nada que possui é apenas seu. Você se torna um servo
de Jesus Cristo e Ele possui toda a sua vida.
Gosto da maneira como Juan Carlos Ortiz conta a história da pérola de grande valor. Um homem vê
esta pérola e diz para o comerciante “Eu quero esta pérola. “Quanto custa?”, o vendedor diz: “É
muito caro.” “Quanto?” “Um monte!” “Bem, você acha que eu poderia comprá-la?”, pergunta o
homem. “Oh, sim”, diz o comerciante, “todo mundo pode comprá-la.” “Mas eu pensei que você
tivesse dito que era muito cara.” “Eu disse.” “Bem, quanto?” “Tudo o que você tem”, diz o
vendedor. “Tudo bem, eu vou comprá-la.” “Tudo bem, o que você tem?” “Bem, eu tenho $10.000
no banco.” “Bom, $10.000. O que mais?” “Isso é tudo que eu tenho.” “Nada mais?” “Bem, eu tenho
alguns dólares no meu bolso.” “Quanto?” “Vamos ver... $100.” “Isso é meu também”, diz o
vendedor. “O que mais você tem?” “Isso é tudo, nada mais.” “Onde você mora?”, pergunta o
vendedor. “Na minha casa. Sim, tenho uma casa.” O vendedor escreve, “casa”. “É minha também.”
“Onde você espera que eu durma – no meu camper[5]?” “Oh, você tem um camper, não é? Isso
também é meu. O que mais?” “Eu tenho que dormir no meu carro?” “Oh, você tem um carro?”
“Sim, eu possuo dois deles.” “Eles são meus agora.” “Olha, você tomou o meu dinheiro, minha
casa, meu camper, e os meus carros. Onde a minha família vai viver?” “Então, você tem uma
família?” “Sim, eu tenho uma esposa e três filhos.” “Eles são meus agora.”
De repente, o vendedor exclama: “Oh, eu quase esqueci! Você mesmo, também! Tudo se torna
meu, a esposa, filhos, casa, dinheiro, carros, e você também.” Então, ele continua, “Agora, escute,
vou permitir que você use todas essas coisas por enquanto. Mas não se esqueça que elas são todas
minhas, assim como você o é. E sempre que eu precisar de qualquer uma delas, você deve dar-me,
porque eu sou agora o proprietário.”
Isso é o que Jesus quer dizer quando diz que devemos desistir de todas as nossas posses, a fim de
ser Seu discípulo. Ele não é apenas Senhor de um décimo; Ele é o Senhor de tudo e todos. Nós
somos apenas administradores. É claro que, em troca, ganhamos todas as riquezas do céu por toda a
eternidade. Mas, ainda assim, precisamos sentar e determinar se estamos dispostos a seguir Jesus
como Senhor de tudo, de nossas famílias, de nossos bens, de nossas próprias vidas.
Capítulo 7
Prosperidade bíblica verdadeira
O que a Bíblia diz sobre prosperidade
Deus quer abençoar e prosperar cada um de Seu povo. A Palavra de Deus ensina a prosperidade,
mas não ensina a busca pelo dinheiro. Muitos dos ministros da prosperidade, hoje, ensinam que é
preciso adquirir dinheiro para sermos prósperos.
A definição de prosperidade do mundo
Como filhos de Deus, é imperativo que saibamos que a definição do mundo para prosperidade é
diferente da visão de Deus. Pregadores do evangelho da prosperidade têm feito muitos acreditarem
que a prosperidade bíblica significa a obtenção de grande riqueza financeira. Agora, os cristãos
estão tentando se tornar milionários em vez de se contentar e buscar as verdadeiras riquezas
espirituais. São estas as verdadeiras riquezas que a Bíblia fala que precisamos buscar.
A definição de prosperidade da Bíblia
Qual é a definição da Bíblia para prosperidade? Não possui relação com dinheiro, nem com
acumulação de bens materiais. Para alguns, o dinheiro pode até ser uma manifestação bíblica de
prosperidade, mas certamente não se aplica a todos os casos. Deus não é contra o enriquecimento de
cristãos, mas a questão do enriquecimento refere-se à maturidade espiritual. Ela que determinará
como Ele irá lhe abençoar. Muitas pessoas abençoadas podem ficar histéricas e se distanciar dos
caminhos de Deus, caso se encontrem no controle de riquezas e bens. Esta é a razão pela qual Deus
não necessariamente deseja sucesso financeiro: pela possibilidade de destruir a relação com Ele.
O que a Bíblia ensina sobre riquezas
Provérbios 13:7 KJV "Há quem se faça rico, não tendo nada: há quem se faça pobre, tendo
grande riqueza."
Provérbios 28:20 (ESV) "O homem fiel será coberto de bênçãos, mas o que se apressa a
enriquecer não ficará impune."
Provérbios 28:22 (AMP) "Quem tem um olho mau e ganancioso se apressa a enriquecer e não
sabe que falta virá sobre ele."
Eclesiastes 5:10–14 KJV "Quem ama o dinheiro não se fartará de dinheiro; nem o que ama a
abundância com aumento: também isso é vaidade."
Eclesiastes 10:6 KJV "Estultícia está posta em grande dignidade, e os ricos estão assentados em
lugar baixo."
Considerando estas escrituras, está perfeitamente claro que Deus não deseja que todos os Seus
filhos tornem-se ricos ou milionários. Os pregadores da prosperidade utilizam as escrituras, fora de
contexto, para propagar os seus pontos de vistas e suas opiniões. Um excelente exemplo trata-se de
2 Coríntios 8:9 “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor
de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis.” Eles afirmam categoricamente que
Jesus foi pobre para que pudéssemos ser ricos, mas quando argumentam que Jesus nunca foi
financeiramente pobre, por que, afinal, se Jesus foi financeiramente pobre e fazia a vontade de
Deus, como poderíamos acreditar que Deus nos faria ricos? A palavra “pobre” se refere à
espiritualidade, o que está correto, mas quando os pregadores da prosperidade se utilizam da palavra
“rico”, referida neste versículo, tomam o sentido de “financeiramente rico”, o que está fora do
contexto original.
As palavras “pobre” e “rico”, neste contexto, tem absolutamente nada a ver com dinheiro. Referemse a Jesus se tornar espiritualmente pobre, deixando de lado sua antiga glória, para que pudéssemos
nos tornar espiritualmente ricos. Afirmar que “pobre” é um termo usado para referenciar o lado
espiritual, mas “rico” refere-se à riqueza financeira é simplesmente uma interpretação horrível.
O efeito negativo da definição equivocada de prosperidade bíblica
Muitos cristãos foram levados a acreditar que, se não possuem milhares ou milhões de dólares nas
suas contas bancárias, então não são prósperos. Isto é um engano provocado pelo demônio. O
demônio levou as pessoas a valorizar os bens deste mundo de tal forma que elas ignoram as bênçãos
que vêm da sociedade com Deus. Não existe nada que possa ser mais recompensador do que uma
relação om nosso criador, e desta relação podem surgir várias bênçãos, e algumas delas podem, até
mesmo, incluir finanças.
Em Lucas 9:1–3, nós vemos que Jesus não disse aos seus discípulos para serem milionários. Deles
foi pedido que pregassem as boas novas sobre o reino. Jesus disse que não fossem atrás de qualquer
coisa material ou de dinheiro; eles então partiram com a fé de que suas necessidades seriam
aplacadas. Esta é a consciência que os crentes deveriam absorver.
“Reunindo os Doze, Jesus deu-lhes poder e autoridade para expulsar todos os demônios e
curar doenças, e os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos. E disse-lhes:
‘Não levem nada pelo caminho: nem bordão, nem saco de viagem, nem pão, nem dinheiro,
nem túnica extra.’” - Lucas 9:1–3 AMP
O artifício do enriquecimento
Por mais que Deus deseje que seus filhos sejam prósperos, é necessário saber que Deus não dará o
provilégio de ser financeiramente próspero a todos, nem garantirá que habitem em excessiva
abundância. A razão atribuída é que Deus sabe que muitos cristãos entrariam em estado de histeria
caso se tornassem ricos. Faria com que perdessem a salvação e seu amor por Ele. Também é
importante saber que Deus, no Céu, valoriza mais a relação que você tem com ele do que o sucesso
financeiro ou a prosperidade que um cristão possa desejar.
Procure a Deus em primeiro lugar
O objetivo de qualquer filho de Deus deveria ser buscar a Deus em primeiro lugar. Se nos
disciplinarmos para primeiro procurar a Ele, nossos corações se tornarão fortes, então se ele optasse
por nos abençoar financeiramente, poderíamos lidar com o fato. Por mais que eu acredite em
prosperidade espiritual, eu também acredito em prosperidade financeira. Neste artigo eu não
pretendo ir contra a ideia das mensagens de prosperidade, eu apenas desejo iluminar, com as
palavras de Deus, os ensinamentos extremos que são fornecidos e que garantem um mal nome à
Palavra de Fé. Meu desejo é que você receberá essa mensagem e verá que o nosso foco deve ser
nEle e apenas nEle. Deixemos todas as outras coisas de lado e coloquemos Deus em primeiro lugar.
“E Deus é poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda a graça, para que em todas
as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa
obra.” - 2 Coríntios 9:8 NVI
Deus te criou com um propósito
“Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto, e assim sereis meus discípulos.” - João
15:8
Toda criança de Deus foi criada com um propósito específico. E isto é o que precisamos descobrir
através da nossa relação com o Espírito Santo, então Deus poderá direcionar e guiar nossa vida, de
acordo com este propósito. Todos desejam que Deus os use, mas poucos estão prontos para viver a
vida que Deus lhes definiu, neste mundo. A Bíblia não tem registro do que alguns chamam de
manhã religiosa de domingo. Isto significa que o único momento que Deus pode participar das
vidas destas passoas é quando vão à Igreja, numa manhã de domingo. Quando alguém recebe
Cristo, existe uma mudança positiva em sua vida. Todas as coisas tonram-se novas, “Assim que, se
alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” 2
Coríntios 5:17. É importante saber que se tornar um filho de Deus não é apenas ser mais um
membro da Igreja; trata-se de se tornar um discípulo devoto e comprometido que entrega tudo ao
serviço do Seu mestre.
Morrer para si mesmo
A filosofia do mundo é bastante simples: viva para você, enquanto a palavra de Deus diz: morra
para si mesmo. Alguém que morreu para si mesmo torna-se desinteressado nos assuntos e
preocupações deste mundo. Morrer para si é a essência da mensagem sobre a cruz: significa
carregar a sua cruz e a seguir a Jesus. Quando alguém morre para si, o antigo Eu morre. Trata-se do
resultado da Justiça que agora domina a sua vida. Estar morto para si nunca foi algo tratado como
opcional, na Bíblia; é uma condição que deve ser aceita pelo filho de Deus.
Paulo explica para os Gálatas que o processo de morrer para si é como se ele tivesse sido
“crucificado com Jesus”, e agora, Paulo não mais vive, mas Jesus vive nele. A antiga vida de Paulo,
com propensão ao pecado e a tendência a adotar os caminhos do mundo, agora está morta, e o novo
Paulo é o local onde Cristo habita. Isto não significa que quando “morremos para nós mesmos” nos
tornamos inativos ou insensíveis ou nos sentimos mortos. Morrer para si significa que as coisas da
vida antiga morreram, mais especificamente os hábitos pecaminosos e estilos de vida que antes
adotávamos.
Morrer para si mesmo vs. valor própio
Ser aceito na família de Deus deve fazer com que agradeçamos a Ele por Sua glória. Em Efésios
1:5–6, temos: “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o
beneplácito de sua vontade, Para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si
no Amado”. Portanto, é errado assumirmos que somos dignos de receber favor imerecido (graça) de
Cristo.
Morrer para si mesmo vs. amor próprio
Na Biblia, não é possível encontrar nenhuma passagem que afirme que você deve amar a si próprio.
“Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas
forças” (Deuteronômio 6:5). “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti
mesmo.” (Mateus 22:39). Este comando é desnecessário, visto que os homens naturalmente amam a
si mesmos.
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá
homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a
pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores,
incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais
amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a
eficácia dela. Destes afasta-te.” - 2 Timóteo 3:1–5
Morrer para si mesmo vs. autoconfiança
Está claro na palavra de Deus que não podemos fazer nada sozinhos. Não devemos confiar em nós
mesmos, mas confiar em Deus e depender dele para tudo que precisarmos em nossa vida. Nós
somos encorajados a viver com fé, não fé em nós mesmos, mas fé em Cristo. “Porque todo o que é
nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé.” (1 João 5:4).
Morrer para si mesmo vs. auto-exaltação
Exaltar a nós mesmos perante os outros é um pecado ante Deus. Como crianças de Deus, não somos
esperados a agir desta forma. Aqueles que exaltam a si mesmos serão humilhados. “E o que a si
mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mateus 23:12).
Capítulo 8
Fazendo do Céu a sua meta
O objetivo de todo verdadeiro filho de Deus deve ser chegar ao Céu, ao final da sua vida, e reinar
junto com Jesus pela eternidade. Contudo, viver uma vida cristã e manter suas prioridades alinhadas
com ela não é uma tarefa fácil, por isso Jesus disse que apenas alguns eventualmente conseguiriam.
Nenhum cristão racional rezaria para passar a eternidade com o demônio e seus anjos (Mateus
25:41).
Atualmente, é fácil se distrair do seu objetivo (chegar ao Céu) devido a uma sociedade conduzida
pela busca pelo dinheiro e bens materiais. Jesus disse: “E o que foi semeado entre espinhos é o que
ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica
infrutífera” (Mateus 13:22).
No entanto, eu lhe encorajo a fazer do Céu o seu objetivo, então lute a boa luta da fé (1 Timóteo
6:12) e obedeça aos comandos de Deus. Jesus disse: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!
entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (Mateus
7:21). Você sempre deve lembrar que Deus deve ser o primeiro em sua vida (Mateus 10:37–38), e
que deve manter seus pensamentos no Céu (Colossenses 3:2). O Céu é um lugar preparado para
receber pessoas preparadas (João 14:2–3). O conforto e a beleza do Céu não podem ser descritos
por meras palavras, são mais majestosos do que pode-se imaginar (1 Coríntios 2:9).
Como alguém pode ir para o céu?
Precisamos ter consciência que o Céu é um local preparado para pessoas preparadas. Se esta
afirmação é verdadeira, então existem certos passos que nós precisamos seguir para garantir que
somos qualificados para a gloriosa casa que Deus preparou para o Seu povo. Muitos acreditam que,
apenas fazendo mais coisas “boas” que coisas “más”, Deus os permitirá entrar no reino dos céus.
Tal mentalidade já lhe reservou um lugar no Inferno. À medida que as pessoas aspiram ir para o
Céu, é bom ressaltar que não existe uma quantidade de “coisas boas” que devem ser feitas para
compensar os pecados cometidos. Pecado é desobedecer os mandamentos de Deus. Não é possível
apagar o que foi feito, prometer ser bom e evitar a punição, é necessário que se pague pelos erros.
Portanto, para sermos salvos, precisamos nos arrepender dos nossos hábitos antigos, acreditar em
Jesus e aceitar a reparação que Ele fez ao ser crucificado. Enquanto lutamos para obedecer a Sua
palavra em nossa vida, Ele nos dá força para seguir em frente. Para ser salvo e ir para o Céu,
existem passos que nos ajudam a alcançar tal objetivo. Estes passos estão listados a seguir:
Você deve se arrepender dos seus pecados; promover uma mudança na sua mente e seguir na
direção contrária dos seus velhos hábitos.
Você deve acreditar no Senhor Jesus Cristo, na Sua morte, Seu enterro e Sua ressurreição.
Você deve obedecer a palavra de Deus (a Bíblia).
Sempre aprenda e discipline a você mesmo para estudar a Bíblia e seguir os ensinamentos de Jesus.
A palavra de Deus lavará e purificará sua mente, e seus desejos sofrerão mudanças à medida que
você obedece e aplica as palavras que lê.
Deseja receber seu próximo eBook de Chris Buscher completamente de graça?
Nos visite em www.laymedown.org e faça a assinatura do nosso blog. Todos os assinantes do nosso
blog recebem as publicações da LMDM de graça!
Sobre o autor
Após uma infância tumultuada e anos de busca, Chris Buscher, o co-fundador e CEO do Lay Me
Down Ministry, finalmente encontrou a redenção. Jesus Cristo tornou-se mais do que apenas
palavras para ele. Chris encontrou amor, piedade e compaixão através do poder da mensagem do
evangelho. Tendo sido completamente curado e libertado, ele agora possui uma nova vida; uma
vida com propósito!
Enquanto estudante na Bible College[6], o Espírito Santo deu a Chris um sonho profético que alterou
sua vida para sempre. Deus o estava chamando para servir à Igreja estabelecendo (laying down) sua
vida para encontrar o significado da cruz. Ele vendeu tudo que possuía e procedeu a dizer adeus a
sua família, então começou a viajar o mundo pregando a Fé em Jesus.
Chris ministrou o evangelho em inúmeras nações e, hoje, o LMDM opera em três continentes e
consiste de mais de 120 pastores e 65 igrejas, todos unidos com um objetivo em comum – criar a
nova geração de cristãos.
Através da dor e dificuldades do Pastor Chris Buscher, surgiu o que conhecemos hoje como Lay
Me Down Ministry. LMDM está pregando o evangelho em numerosas nações, incluindo 50 igrejas
no Quênia, África; 23 igrejas no Paquistão e uma escola de Treinamento de Discípulos em São
Paulo, Brasil. Para cooperar com centenas de Pastores localizados em várias nações, contacte-nos
através da nossa página no Facebook.
www.facebook.com/LMDM.usa
Endnotes
[1]
Misticismo new age
[2]
Série final do campeonato de basebol da Major League Baseball. É disputada pelos campeões da
Liga Nacional e da Liga Americana.
[3]
Periódico cristão evangélico.
[4]
Em inglês, a passagem equivalente diz: “If any man come to me, and hate not his father, and
mother, and wife, and children, and brethren, and sisters, yea, and his own life also, he cannot be
my disciple”. A palavra “ódio” (hate) foi mantida, no lugar de “aborrecer”, para não alterar o
contexto do texto original.
[5]
[6]
Veículo grande utilizado em acampamentos, com cozinha e cama
Bible College são instituições que oferecem pós-graduações com foco em teologia, estudos
bíblicos e treinamento prático do ministério.