Jim Jones - Revista do Tatuapé
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Jim Jones - Revista do Tatuapé
HISTÓRIAS INCRIVEIS HISTORIAS INCRÍVEIS Jim Jones o pastor do diabo Um dos maiores suicídios coletivos da História J Por Pedro Abarca James Warren Jones ou “Jim Jones”, nasceu em 13 de maio de 1931 em Indiana, EUA. Viveu nesse local até 1948, quando seus pais se separaram. Seguiu sua mãe para Richmond, ainda em Indiana. Já na época demonstrava tendências místicas e políticas. Lutava contra a segregação e discriminação raciais e era contra a guerra da Coréia. Em 1949, casou-se com Marceline Baldwin. Em 1954, criou sua própria igreja. Após ter diversas denominações, em 1959 a entidade recebia o nome de Peoples Temple Christian Church Full Divulgação Gospel ou Templo dos Povos. Com apoio político, a entidade de Jones acabou com a segregação racial em órgãos públicos, restaurantes e hospitais. Adeptos das mesmas ideias, ele e Marceline criaram a família arco-íris, uma facção do Templo dos Povos, que estimulava a adoção de crianças de raças diferentes pelos membros da igreja. Em face dessa política, Jim Jones sofreu vários ataques de racistas brancos. O casal chegou a morar no Brasil entre 1961 e 1963, em Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Em 1965, temendo uma guerra nuclear, Jones começou a transferir sua igreja para Ukiah, vale das sequoias, na Califórnia. Em 1970, a igreja se instalou em mais dois estados: São Francisco e Los Angeles. Em 1974, Jones adquiriu terras na Guiana Inglesa. Ali, fundou a colônia agrícola Jonestown, que em meados de 1978 já contava com mais de 900 pessoas. Nessa época, surgiu uma série de denúncias: sequestros de crianças, ameaças físicas, morais e psicológicas aos membros da seita, exigência de entrega de propriedades etc. O congresso americano enviou o senador Leo Ryan à Guiana para averiguação. Apuradas as denúncias, quando o senador e comitiva já se retiravam em direção aos Estados Unidos, foram atacados pela guarda de segurança de Jones. O senador, três repórteres e uma mulher foram mortos. Temendo as consequências, Jones pôs em prática o suicídio em massa de toda sua comunidade, que já havia sido treinado em reuniões chamadas de “noites brancas”. Em 18 de novembro de 1978, os membros da seita foram induzidos a beber um líquido contendo Pedro Abarca é escritor, membro do Instituto potássio, cloreto de cianeto e substâncias sedativas. A cifra final Geográfico de São Paulo e da União Brasileira de mortos chegou a 918, entre eles 270 crianças. de Escritores. www.abarcasite.com.br 26 Revista do Tatuapé \\ Outubro 2011