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EDIÇÃO Nº 17 SETEMBRO 2013 INFORME SERIPA I Periódico de Prevenção NSCA 3-13 (A aviação civil brasileira tem nova norma de Segurança de Voo) Por meio da Portaria Nº 747/GC3, de 06 de maio de 2013, o Comandante da Aeronáutica aprovou a edição da Norma de Sistema do Comando da Aeronáutica (NSCA 3-13), que dispõe sobre os Protocolos de Investigação de Ocorrências Aeronáuticas da Aviação Civil conduzidas pelo Estado Brasileiro. De acordo com o seu item 1.1, esta Norma tem por finalidade estabelecer as responsabilidades e atribuições referentes às investigações de acidente aeronáutico, incidente aeronáutico grave e incidente aeronáutico, realizadas no âmbito do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER), cujo órgão central é o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), a fim de que se cumpram, com uniformidade, as normas e práticas recomendadas (Standards and Recommended Practices – SARP), estabelecidas pelo Anexo 13 à Convenção sobre Aviação Civil Internacional. Com a entrada em vigor da NSCA 3-13, o CENIPA atualiza a legislação referente à normatização da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), com o objetivo de modernizar a atividade de investigação de acidentes aeronáuticos na aviação civil brasileira. Investigadores do CENIPA, dos Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA), da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e de agentes de segurança de voo brasileiros foram consultados para a elaboração da NSCA 3-13. As alterações inseridas nos procedimentos de investigação não significam mudança na atribuição do CENIPA, todavia ficam revogadas com a aprovação da NSCA 3-13 as seguintes normas: - NSCA 3-1 Conceituação de vocábulos, expressões e símbolos de uso no SIPAER. - NSCA 3-5 Notificação e confirmação de ocorrências no âmbito do SIPAER. - NSCA 3-7 Responsabilidades dos operadores de aeronaves em caso de Acidente e de Incidente Aeronáutico e de Ocorrência de Solo. - NSCA 3-9 Recomendações de Segurança Operacional emitidas pelo SIPAER. - NSC 3-11 Formulários em uso pelo SIPAER. PÁGINA 2 INFORME SERIPA I NSCA 3-13 (A aviação civil brasileira tem nova norma de Segurança de Voo) Interessante observar, que as NSCA 3-5 e 3-7 eram normas de porte obrigatório em qualquer aeronave civil, conforme o item 91.203 (a) (3) do RBHA 91. Dessa forma, recomenda-se aos operadores e tripulantes que procedam com a substituição dessas normas em suas aeronaves, bem como atualizem as respectivas bibliotecas normativas das organizações. O SERIPA I ressalta a necessidade de que todos aqueles envolvidos na atividade aérea sempre reportem qualquer ocorrência aeronáutica. Isso poderá ser feito por meio do preenchimento da Ficha de Notificação e Confirmação de Ocorrência (FNCO), disponível na página eletrônica do CENIPA na Internet (www.cenipa.aer.mil.br). PÁGINA 3 INFORME SERIPA I Colisão com fios x operação em Linhas de transmissão Tenente Coronel Aviador Alexandre Gomes da Silva [email protected] Conforme o artigo Fly by Wire publicado pela Revista Canadense Helicopter Magazine (2013), a colisão com fios é um dos maiores riscos para a aviação de helicópteros e metade das colisões provoca a morte de, pelo menos, 01 ocupante. Segundo os dados fornecidos, 2/3 dos acidentes neste tipo de colisão destroem totalmente os helicópteros. A seriedade do assunto despertou também o interesse da Federal Aviation Adminstration (FAA). Segundo o extenso e aprofundado estudo DOT/FAA/AR-08/25 da FAA (2008), a colisão com fios representa 5% de todos os acidentes envolvendo helicópteros americanos civis e militares desde 1963 até os dias atuais. Diante dos números, a indústria aeronáutica desenvolveu estudos e disponibilizou uma série de dispositivos que hoje estão disponíveis para minimizar esta ameaça. Esses sistemas podem fornecer avisos e até mesmo um grau de proteção para o helicóptero em impactos frontais. Estes dispositivos são também conhecidos como WSPS (Wire Strike Protection System) De acordo com o relatório da FAA, a empresa Safe Flight Instrumentation Corporation criou um detector de linhas de transmissão de redes de alta tensão. É um sistema que detecta os campos eletromagnéticos ao redor de linhas de energia e usa essa informação para alertar o piloto para a proximidade dos fios. O sistema consiste de uma unidade eletrônica montada na cabine e uma antena de chicote montados na fuselagem. A antena pode ser colocada sobre o nariz ou na cauda da aeronave. Se a rede de transmissão for detectada no trajeto do voo, o sistema dá um aviso audível ao piloto que começa de uma distância de 1.800 pés do obstáculo. O som do aviso aumenta em frequência à medida que se aproxima dos fios. Além disso, foram desenvolvidos também os cortadores de fio que são lâminas instaladas no pára-brisa, bem como na parte frontal superior e frontal inferior do helicóptero conforme Fig. 1. Fig 1. Helicóptero com dispositivo “corta-fio” instalado. (Fonte: http://helicopterflyer.blogspot.com.br, 2013) INFORME SERIPA I PÁGINA 4 Colisão com fios x operação em Linhas de transmissão Entretanto, segundo os fabricantes dos dispositivos “corta-fios”, existem condições para que o equipamento cumpra com efetividade a sua função. É necessário que a aeronave esteja a uma velocidade de deslocamento superior a 30 KT e que o ângulo da trajetória do helicóptero em relação ao cabo de alta tensão seja maior que 60°. Mesmo assim, o dispositivo é projetado para cortar um cabo de aço de 3/8 (inch) da polegada com uma resistência à ruptura de 12.000 Lbf. Operação de inspeção em linhas de transmissão Segundo Rangel, Kienitz e Brandão (2010), no Brasil há uma quantidade considerável de linhas de transmissão que já ultrapassou os 40 anos de idade. Com o envelhecimento das linhas de transmissão, a manutenção preventiva é um fator de extrema relevância para garantir o perfeito funcionamento dos sistemas. De um modo geral, as inspeções nas linhas de transmissão de alta voltagem são operações regulares feitas preventivamente e de forma visual. As inspeções buscam verificar a integridade física dos componentes das linhas, em termos de fissuras, corrosão e eventuais danos que venham a prejudicar o fornecimento de energia elétrica. Em alguns países a inspeção de linhas é feita com o deslocamento do próprio técnico sobre os cabos de alta tensão. Dentro desta realidade, o helicóptero apenas “deixa” e “retira” o técnico do local de início e fim, respectivamente, da inspeção. Porém no Brasil, a realização da inspeção neste formato torna-se inviável considerando as distâncias continentais a serem percorridas. Outra maneira de se fazer inspeção é por meio de veículos terrestres. Entretanto, esse formato também possui grandes limitações, uma vez que as linhas de transmissão estão em áreas onde a topografia torna impossível o acesso terrestre. Por tais motivos e aliados à versatilidade do helicóptero, inspeção de linhas de transmissão de alta tensão no Brasil tem sido feita regularmente neste tipo de aeronave, uma vez que este é o único formato viável. Assim, o helicóptero executa voos em baixa altitude e muito próximos das linhas de transmissão. Para realizar a inspeção, o helicóptero, muitas vezes, opera fora da área de segurança definida pelo seu fabricante no diagrama altura X velocidade, também conhecido como diagrama do homem-morto (Brandão, 1995). Conforme o diagrama do modelo BELL 206B na Figura 2, observa-se que neste gráfico, a área escura refere-se aos pontos da curva onde a altura e a velocidade correspondente devem ser evitadas. Fig 2. Diagrama altura x velocidade (Fonte: Flight Manual, BELL 206B) Novas tecnologias Diversos operadores têm buscado uma forma de se minimizar os riscos inerentes a este tipo de operação. Segundo a matéria publicada no Jornal Estado de Minas (2012), já existe um projeto em fase final de conclusão, que permitirá a utilização de Veículo aéreo não tripulado (VANT) para monitorar e vistoriar as redes de transmissão e distribuição da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG). INFORME SERIPA I PÁGINA 5 Colisão com fios x operação em Linhas de transmissão Seguindo também esta tendência, a empresa austríaca Schiebel desenvolveu o CAMCOPTER S-100, um helicóptero não tripulado de emprego múltiplo, aprovado inclusive para inspeções de redes elétricas conforme Fig.3 e matéria publicada na UAS Vision (2011). Acredita-se que esta seja uma evolução natural para o emprego do helicóptero, especialmente nas operações próximas de obstáculos como as inspeções de linhas de transmissão, pois os riscos de colisões não implicam em perdas de vidas humanas. Fig 3. Camcopter S-100 em inspeção de rede (Fonte: Schiebel corporation) Conclusão A operação dos helicópteros próximos a obstáculos são uma realidade que dificilmente deixarão de existir, pois as aeronaves de asas rotativas possuem características de voo únicas se comparadas às aeronaves de asas fixas. A verificação de linhas de transmissão é, certamente, uma das operações de mais elevado risco no emprego de helicópteros, especialmente quando se considera a proximidade dos obstáculos existentes. Diante desta particularidade inerente a esta operação, não há dúvidas também que o desenvolvimento de novas tecnologias possibilitará a utilização de veículos aéreos não-tripulados (VANT) em versões de asas rotativas que substituirão o emprego atual dos helicópteros, a fim de mitigar os riscos associados desta atividade. Os fios continuarão a ser um obstáculo permanente e invisível aos tripulantes de helicópteros em operações a baixa altura. Entretanto, o conhecimento, o planejamento e a consciência situacional continuarão a ser a melhor ferramenta para balizar um voo seguro. Referências Brandão, M. P., 1995, “Uma Perspectiva Elementar da Engenharia do Helicóptero”, ITA Engenharia 2 (3), 35-42, São José dos Campos, SP, Brasil. Federal Aviation Administration (FAA)., 2008, Safety Study of Wire Strike devices installed on civil and military helicopters, DOT/FAA/AR-08/25. Department of Transportation. Federal Aviation Administration , Air Traffic Organization Operations Planning Office of Aviation Research and Development. September 2008, Washington D.C., USA. Disponível em: <http://www.tc.faa.gov/its/worldpac/techrpt/ar0825.pdf >. Acesso em: 24/07/2013. Helicopter Magazine, 2013. Fly by wire. Disponível em: <http://www.helicoptersmagazine.com/content/view/125/>. Acesso em: 24/07/2013. Jornal Estado de Minas, 2012. Veículo aéreo não tripulado vai inspecionar redes de transmissão e distribuição da Cemig. Publicado em 26/10/2012 Disponível em: <http://www.em.com.br/app/noticia/especiais/energiaparaocrescimento/ noticia/2012/10/26/noticias_internas_energia_para_o_crescimento,325721/veiculo-aereo-nao-tripulado-vai-inspecionar-redes-detransmissao-e-distribuicao-da-cemig.shtml>. Acesso em: 26/07/2013. Rangel, R. K., Kienitz, K. H., Brandão M.P., 2009, “Sistema de Inspeção de Linhas de Transmissão deenergia elétrica utilizando veículos aéreos não-tripulados”, 3rd CTA-DLR Workshop on Data Analysis & Flight Control ocorrido entre 14-16 de setembro, 2009, São José dos Campos, SP, Brazil. Schiebel Corporation , 2013. Disponível em: <http://www.schiebel.net/default.aspx>. Acesso em: 26/07/2013. UAS VISION, 2011. Camcopter Monitors Power Cables in Austria. Publicado em 29/06/ 2011 by The Editor. Disponível em: <http://www.uasvision.com/2011/06/29/camcopter-monitors-power-cables-in-austria/>. Acesso em: 26/07/2013. INFORME SERIPA I PÁGINA 6 Cuidados com combustíveis e lubrificantes na aviação Tecnicamente o combustível de aviação é um líquido contendo energia química, que por meio de sua combustão desprende energia térmica. A energia é, então, convertida em energia mecânica pelo motor. Esse fenômeno físico de transformação de energia é usado para produzir a força necessária que movimenta o avião. Principais combustíveis de aviação: 1 - Gasolina de Aviação (AvGas) Mistura de hidrocarbonetos, destilada entre 30º e 170ºC, aproximadamente, atendendo a requisitos estabelecidos em rígida especificação nacional e internacional. Uma característica relevante é que o alto valor do número de octanas permite ao motor de alta compressão fornecer a máxima potência sem detonação prematura. Atualmente, existem dois tipos principais de Gasolina de Aviação (Avgas 100LL e Avgas 100) comercializados internacionalmente. Com intuito de facilitar a identificação essas duas versões, estes combustíveis contêm um corante artificial. Com a adição desse corante o Avgas 100LL torna-se azul e o Avgas 100 apresenta-se na cor verde. Vale ressaltar, que os resíduos da evaporação da AvGas, originam a “goma” e pode provocar entupimento dos filtros e bicos injetores contribuindo para falha do motor em voo. 2 - Querosene de Aviação (QAv) De acordo com especificações brasileiras existem dois tipos de querosene (QAv-1 e QAv-4), constituído de hidrocarbonetos obtidos do petróleo, destilado entre 150 e 300ºC. Alguns inibidores podem ser adicionados para reduzir a corrosão e oxidação durante o uso continuado. Da mesma forma, são adicionados aditivos anti gelo para evitar o congelamento do combustível, durante a operação. Lubrificantes de aviação Os lubrificantes são as substâncias que, interpostas a duas superfícies, em deslocamento relativo, diminuem a resistência ao movimento. A principal função desse componente é evitar o contato metálico entre as peças, reduzir o atrito e, consequentemente o desgaste, bem como refrigerar o sistema. Os principais fatores que exercem influência na lubrificação são: Velocidade, Temperatura e Pressão. INFORME SERIPA I PÁGINA 7 Cuidados com combustíveis e lubrificantes na aviação Tipos de Lubrificantes: - Líquidos - São os lubrificantes mais usados por seu poder de penetração e principalmente porque atuam como agente removedor de calor. Compreende os óleos minerais, óleos graxos e água. Aproximadamente, 95% dos lubrificantes são líquidos. - Pastosos - São as graxas comuns e também as composições betuminosas. Sua principal característica é promover vedação e não escorrer. Participam com 3 a 5% do mercado. As graxas homologadas para uso aeronáutico são utilizadas nos rolamentos, articulações e controles de aeronaves. Elas podem ser à base de sabão, sódio, cálcio ou lítio e óleo mineral. As graxas de aviação distinguem-se das graxas automotivas e industriais em vários aspectos. As principais diferenças entre elas são: - granulometria dos materiais sólidos empregados; - isenção de sílica; - acidez livre; e - microfiltração. O processo produtivo dessa graxa deve atender as especificações aeronáuticas e não são substituíveis, nem tampouco miscíveis, com as graxas automotivas e as industriais. Durante o consumo desse componente, deve-se ter o extremo cuidado de manter sempre bem fechadas as latas, evitando sua contaminação em contato com o ar. Outro item que exige a atenção das empresas e dos operadores de aviação, quanto aos cuidados relacionados com o manuseio e controle, é o óleo lubrificante para motores. De uma maneira geral, os seguintes aspectos devem ser observados na utilização de óleo lubrificante e graxa de aviação: - usar a viscosidade recomendada pelo fabricante do motor, para a faixa de temperatura prevista; - nunca usar aditivos estranhos ao óleo, pois estes já contêm os necessários, na proporção correta; - cuidados com as latas abertas. Elas podem causar contaminação. - estrita aplicação nos motores do óleo e da graxa especificados nos manuais; - cumprimento da carta de lubrificação da aeronave; - armazenamento em ambiente seco e com temperatura controlada; - uso de EPI durante a manipulação desses materiais. INFORME SERIPA I PÁGINA 8 Cuidados com combustíveis e lubrificantes na aviação No processo de investigação de algumas ocorrências aeronáuticas conduzidas pelo SIPAER, frequentemente identificam-se como fator contribuinte os combustíveis e lubrificantes de aviação pelos mais variados motivos. Combustível normal Combustível encontrado no tanque decantador. As fotos anteriores ilustram esse fato. Durante as investigações da ocorrência, contatou-se que a aeronave apresentou falha de motor em voo e o combustível abastecido encontrava contaminado. Comparando-se a amostra drenada da aeronave em relação à gasolina normal, percebe-se que o combustível utilizado apresentava características que não atendiam as especificações previstas para a AVGAS. Pressupõe-se que os combustíveis e lubrificantes para a aviação são produzidos dentro de normas rígidas e que as verificações de controle de qualidade atendem aos requisitos aeronáuticos exigidos. Considerando essa premissa verdadeira, os eventuais fatores contribuintes de acidentes, estarão sempre restritos aos setores de manutenção e operação das empresas aéreas. Nesse sentido, a análise de acidentes recentes mostra o uso de combustíveis não homologados como um dos mais importantes fatores em ocorrências relacionadas a combustíveis e falha de motores. Os acidentes que estejam direta ou indiretamente relacionados com os combustíveis e lubrificantes; são causados por erros cometidos durante a estocagem, transporte, manuseio, reabastecimentos e utilização operacional. A fim de reduzir o nível de risco associado às tarefas de manuseio, controle e procedimentos para combustíveis e lubrificantes o SERIPA I recomenta as empresa e operadores da aviação civil que adotem as seguintes precauções: Procedimentos para o abastecimento - Acionar a empresa contratada para abastecimento de combustível da aeronave; o - Garantir que os motores da aeronave estejam desligados; - Garantir que existe, pelo menos, um extintor de incêndio, adequado, em posição de rápido uso, com pessoa postada e habilitada para seu uso; - Garantir que não há pessoa fumando ou qualquer outro tipo de ocorrência que possa produzir faíscas; INFORME SERIPA I PÁGINA 9 Cuidados com combustíveis e lubrificantes na aviação - Garantir que não haja rádios ligados ou outros equipamentos que possam produzir faíscas; - Manter um caminho livre, sempre seja mantido observar desobstruído, para permitir uma rápida evacuação do carro de abastecimento em caso de emergência; - Observar que o carro de abastecimento e a aeronave estejam, adequadamente, conectados ao “terra”, de modo a descarregar a eletricidade estática e se evitar faísca; - Garantir que os equipamentos elétricos não sejam operados durante o abastecimento; - Verificar por meio de teste apropriados, fornecidos obrigatoriamente pelas empresas abastecedoras, a presença de água em suspensão no combustível. - Ter certeza que a quantidade abastecida é aquela estabelecida para a etapa; - Acompanhar a remoção mangueira de abastecimento; da - Conferir, assinar e receber o recibo de abastecimento; - Garantir que as tampas dos tanques de abastecimento da aeronave estejam adequadamente fechadas e travadas; - Acionar as autoridades aeroportuárias e o Corpo de Bombeiros em caso de emergência; Se durante o abastecimento for detectado vazamento de combustível recomenta-se o cumprimento das seguintes medidas corretivas: - Interromper imediatamente o reabastecimento; - Afastar as pessoas da área próxima do local de reabastecimento e evitar que objetos que produzam faíscas sejam utilizados no local; - Preparar os extintores de incêndio; - Caso seja possível, afastar a aeronave do local, com os motores desligados; - Acionar o sistema de emergência aeroportuária informando o ocorrido; e - Aguardar que a área seja descontaminada para continuar o abastecimento. Em dias de chuva, se o abastecimento for estritamente necessário, alguns cuidados especiais se fazem necessários. Preferencialmente, deve-se esperar a chuva passar, solicitar o teste de água no combustível, bem como, na medida possível, o filtro de camurça para o abastecimento. O uso de telefone celular e o fumo são proibidos durante o abastecimento. PÁGINA 10 INFORME SERIPA I VIII Seminário de Segurança de Voo - Semana da Asa – Belém/PA Participe do próximo evento de prevenção do SERIPA I.