Entrevista Cenário

Transcrição

Entrevista Cenário
ANO 3 - N0 9 - JAN/FEV/MAR 2012
UMA REVISTA DO SISTEMA DE COOPERATIVAS DE CRÉDITO DO BRASIL
O Rio ainda
mais lindo
Sicoob Central Rio se fortalece no Estado e ajuda a ampliar
a atuação do cooperativismo de crédito brasileiro
Cenário
Entrevista
ONU declara 2012 como o Ano
Internacional das Cooperativas
Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Casa
Civil, destaca o potencial do segmento
cooperativista no país
O SICOOB
ACREDITA QUE A
COOPERAÇÃO PODE
TRANSFORMAR
O MUNDO.
E NÃO ESTÁ SOZINHO.
w w w.sicoob.com.br
A ONU lançou um novo olhar sobre o mundo e constatou que 1 bilhão
de pessoas estão vivendo de um jeito diferente, pensando diferente e
querendo soluções diferentes. A escolha de 2012 como o Ano Internacional
das Cooperativas é o reconhecimento de que juntos podemos fazer mais,
encontrando soluções para muitos dos problemas do planeta. O Sicoob,
o maior sistema de cooperativas de crédito do país, com muito orgulho
comemora a decisão da ONU e divulga essa grande notícia. Quanto mais
pessoas conhecerem as ideias, os valores e o trabalho do cooperativismo,
mais forte o movimento ficará e mais transformador ele será.
www.ano2012.coop.br
ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012
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Fale conosco
Coordenação Geral
Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob ltda. – Sicoob
Confederação
SIG Quadra 6 – Lote 2.080 – 70.610-460 – Brasília - DF
Conselho de Administração
José Salvino de Menezes – Sicoob Goiás Central
Bento Venturim – Sicoob Central ES
Alberto Ferreira – Sicoob Central Crediminas
Jadir Girotto – Sicoob Central MT/MS
Henrique Castilhano Vilares – Sicoob Central Cocecrer
Comitê Editorial
Jadir Girotto – Diretor-presidente do Sicoob Central MT/MS
José Alves de Sena – Diretor-presidente do Sicoob Central DF
Bento Venturim - Diretor-presidente do Sicoob Central ES
Ivo Azevedo de Brito - Diretor-presidente do Sicoob Central Bahia
Abelardo Duarte de Melo Sobrinho – Diretor de Desenvolvimento
Organizacional do Sicoob Confederação
Pagamento a qualquer hora
“Empolgadíssimo com o App do @sicoob_oficial. Efetuei um pagamento dentro do carro!”
Henry Gouvea
Seguidor do Sicoob no Twitter
Sicoob dos pés a cabeça
“Meu kit personalizado do @sicoob_oficial chegou!!! #EuPensoDiferente.”
Juliana Mendes Pio
Seguidora do Sicoob no Twitter
Ricardo Antonio de Souza Batista – Diretor de Tecnologia da Informação do
Sicoob Confederação
Marco Aurélio Borges de Almada Abreu – Diretor-presidente do Bancoob
Ênio Meinen – Diretor operacional do Bancoob
Ricardo Belízio de Faria Senra – Gerente jurídico do Bancoob
Andrea Hollerbach Athayde – Gerente de Comunicação e Marketing do
Sicoob Confederação
Jussimara Zobel de Deus – Supervisora de Comunicação e Marketing do
Sicoob Confederação
Encantado
“Sou apaixonado pelo Sicoob! É tudo muito lindo. Site perfeito. Cooperativas perfeitas!”
Kaique Foresti
Seguidor do Sicoob no Twitter
Elisa Gregória Abarca Guimarães – Analista de Comunicação e Marketing do
Sicoob Confederação
Correspondentes
Renato Altino Paiva Neto – Sicoob Central BA
Emannuelle M. Ramalho – Sicoob Central NE
Lisley Geovana Gonçalves – Sicoob Central Crediminas
Celso Vicenzi – Sicoob Central SC
Cristiane Lopes Orso – Sicoob Central MT/MS
Uma ótima alternativa
“Paguem em uma das agências do @sicoob_oficial. Eu indico sem medo.”
Sandro Barbosa
Seguidor do Sicoob no Twitter
Alessandra Del Nero – Sicoob Central Cecresp
Luiz Augusto Araújo – Sicoob Goiás Central
Anderly Godinho Minetto – Sicoob Central PR
Karla Brandão Lage – Sicoob Central Cecremge
Marcelo Vieira da Silva – Sicoob Central ES
Edivaldo Alves de Oliveira – Sicoob Central DF
Edson Quevedo Soares – Sicoob Central Norte
Valdecir Manoel Affonso Palhares – Sicoob Central Amazônia
Roberta Miranda de Marco – Sicoob Central Cocecrer
Brunna Marques Duarte – Bancoob
Coordenação Editorial
Andrea Hollerbach Athayde – Sicoob Confederação
Erratas
Ao contrário do que foi publicado na Revista Sicoob, edição 8:
- Página 17: o nome correto da Cooperativa de Capelinha (MG) é Sicoob Credijequitinhonha.
- Página 19: João Feitoza Neto é presidente do Sicoob Central NE, sendo que a sigla correta para
Universidade Federal da Paraíba é UFPB.
- Página 25: o nome correto da empresa de consultoria e auditoria externa para criação de um
programa de informática para o Bancoob é Ernst & Young.
Luiz Augusto Araújo – Sicoob Goiás Central
Coordenação de Produção
Jussimara Zobel de Deus – Sicoob Confederação
Elisa Gregória Abarca Guimarães – Sicoob Confederação
Produção Editorial
Press Comunicação Empresarial
FALE CONOSCO
Jornalistas Responsáveis
Luiz Augusto Araújo / Lícia Linhares
Projeto Gráfico e Editoração
Press Comunicação Empresarial
Designers
Raquel Ayala / Luis Américo
Revisão
Cláudia Rezende
Impressão
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edição. As cartas podem ser enviadas para:
SIG Quadra 6 - Lote 2.080 - CEP 70.610-460 - Brasília - DF
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Tiragem
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Sala de Imprensa: http://www.sicoob.com.br/site/conteudo/sistema_sicoob/sala_de_imprensa/
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*Em razão do espaço destinado à coluna, a Revista Sicoob reserva-se o direito de editar as cartas.
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Entrevista
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Ministra-chefe da Casa Civil,
Gleisi Hoffmann, aborda
o modelo cooperativista
brasileiro e como o governo
pode apoiar o setor
Cooperativismo
carioca
Desde 1º. de dezembro/11,
o Sicoob Central Rio está em
funcionamento em um dos
principais centros turísticos e
econômicos do país
07 Banco Central
Lideranças do Sicoob recebem dirigentes do
Banco Central em Brasília
08 Intercâmbio
Para aprofundar o conhecimento sobre os
principais modelos cooperativistas, dirigentes
do Sicoob visitam a Europa
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Ano Cooperativo
2012 é nomeado o Ano Internacional das
Cooperativas pela ONU
15Jurídico
Cédula de crédito bancário garante, entre
outros benefícios, a segurança jurídica
16Cenário
Frencoop busca junto ao Congresso maior
acesso das cooperativas às linhas de crédito
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Ponto de Vista
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12
Para Manoel Messias, o começo de um
novo ano é propício para fazer o balanço do
passado e projetar o futuro
Recursos Humanos
Colaboradores das cooperativas Centrais e
Singulares, constroem suas carreiras dentro do
Sistema
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Comunicação
Sicoob investe em canais de
relacionamento ampliando a
comunicação com o público
28Ética
Sicoob ES promove palestra com foco na
ética no ambiente de trabalho
29Perfil
Sicoob Confederação e Bancoob
homenageiam Eruza Rodrigues
30Gestão
Gerência de Negócios se transforma em
referência no Sicoob Central Crediminas
32 Projetos Sistêmicos
Planejamento Estratégico indica objetivos
corporativos a serem alcançados pelas
cooperativas
34Produtos
Família Sicoobcard aumenta oferta de
produtos e serviços
36Integração
Sebrae e Sicoob juntos pelo desenvolvimento
das cooperativas
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Responsabilidade Social
Cooperativa de crédito de Rondônia promove
ações com foco na intercooperação
43Giro
Saiba o que acontece nas cooperativas
Centrais e Singulares pelo país
ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012
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Editorial
Crescimento cooperativo
para 2012
Sicoob Confederação
A inauguração do Sicoob Central Rio esteve entre as principais conquistas para o
Sistema em 2011. Sua atuação começará
a se refletir com mais intensidade a partir
deste ano, com mais organização e fortalecimento do cooperativismo de crédito no
Rio de Janeiro.
"A consolidação do cooperativismo de crédito em um dos estados
mais importantes da
federação impulsiona o
crescimento do Sicoob
no país e nos deixa melhor preparados para
voos mais altos."
A consolidação do cooperativismo de crédito em um dos estados mais importantes
da federação impulsiona o crescimento do
Sicoob no país e nos deixa melhor preparados para voos mais altos. Atualmente,
o Sistema é composto por quase dois mil
pontos de atendimento e mais de dois
milhões de associados. O Sicoob reúne a
6ª maior rede brasileira de atendimento financeiro. Em 2011, registrou mais de R$ 16
bilhões em operações de crédito, R$ 17,3
bilhões em depósitos totais e ativos totais
de aproximadamente R$ 30 bilhões.
Com um Sistema sólido e organizado, conseguiremos um ritmo mais acelerado de
crescimento para atingirmos, em um médio prazo, os dois dígitos de participação
no Sistema Financeiro Nacional. O Sicoob
tem experimentado uma expansão acima
da média do mercado nos últimos anos. Em
2011, registramos um crescimento de 30%,
enquanto o setor bancário cresceu em torno de 20%. Para 2012, nossa expectativa é
crescer 50% e aumentar de 45% para 50%
nossa participação no Sistema Cooperativo
de Crédito brasileiro.
O atual cenário da crise externa não interferirá no desempenho das cooperativas de
crédito do Brasil ou de qualquer parte do
mundo. Pelo contrário, em momentos de
recessão, as pessoas buscam essa opção financeira, pela segurança e pela credibilidade que ela possui. Enquanto os bancos de
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varejo dificultam a concessão de empréstimos, as cooperativas atuam como alternativa à crise, pois ofertam crédito mediante
tarifas e taxas mais atrativas.
A oferta de crédito a juros mais justos e a
participação dos cooperados nos resultados
financeiros da instituição são alguns dos diferenciais que têm atraído um número cada
vez maior de associados. Neste ano, esses
benefícios têm tido grande visibilidade
com respaldo da Organização das Nações
Unidas (ONU), que declarou 2012 como o
Ano Internacional das Cooperativas.
O crescimento do cooperativismo de crédito é movido, principalmente, pela disseminação da cultura cooperativista. Quanto
mais gente conhecer o funcionamento das
cooperativas de crédito, melhor, pois as
pessoas escolhem essas instituições financeiras quando descobrem que, nelas, não
são simplesmente clientes, são donas.
Seja em tempo de crise seja na bonança, as
cooperativas de crédito mantêm seu papel
de fomentar o desenvolvimento econômico e social do país. O Sicoob - maior sistema cooperativo de crédito brasileiro - está
mais forte com a inauguração da Central no
Rio de Janeiro. Também está mais preparado para fomentar o crescimento do cooperativismo de crédito brasileiro nos próximos
anos, levando esse modelo de instituição
financeira justa e democrática para uma
parcela maior da população.
Boa leitura!
José Salvino de Menezes
Presidente do Conselho de
Administração do Sicoob Confederação
Banco Central
Representantes do Sicoob apresentam suas reivindicações aos dirigentes do Banco Central
União de grandes forças
Dirigentes do Banco Central do Brasil visitam sede do Sicoob em Brasília. Na
ocasião, foram apresentadas reivindicações do setor cooperativista de crédito
O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) apresentou uma série de reivindicações do setor ao Banco Central
do Brasil (BC). O documento, endereçado ao presidente da instituição, Ministro Alexandre Tombini, contém propostas a respeito de temas que, a despeito dos grandes avanços dos últimos
anos, ainda necessitam de reflexões no intuito de promover
cada vez mais o aperfeiçoamento das normas e exigências vinculadas ao cooperativismo de crédito.
O documento foi entregue durante a visita dos dirigentes do BC
ao Centro Corporativo Sicoob (CCS), em Brasília (DF), no final do
ano passado. Entre os presentes, estavam o secretário-executivo
do BC, Luiz Edson Feltrim, o diretor de Fiscalização, Anthero de
Moraes Meirelles, o diretor de Regulação do Sistema Financeiro,
Luiz Awazu Pereira da Silva e o diretor de Organização do
Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural,
Sidnei Correa Marques. O encontro marcou o último dia do III
Fórum do Banco Central sobre Inclusão Financeira, evento que
reuniu representantes do governo, do setor de microfinanças,
estudiosos e fomentadores nacionais e internacionais para discutir sobre a promoção da inclusão social e financeira no país.
Durante o encontro, o presidente do Sicoob Confederação,
José Salvino de Menezes, fez a entrega oficial do documento
ao secretário-executivo da instituição, Luiz Edson Feltrim. Entre
os pontos apresentados, estavam a contribuição do cooperativismo de crédito na consolidação da inclusão financeira no
país e o papel do BC na supervisão e na regulamentação do
segmento. Em seu discurso, José Salvino destacou a necessidade da parceria entre as entidades: “O cooperativismo reconhece a importância que o Banco Central tem na evolução e no
fortalecimento do setor. Entretanto, há sempre possibilidades
de aperfeiçoamentos que, sem prejudicar os objetivos do órgão regulador, contribuam para o crescimento e melhor organização do Sistema. E um dos fatores essenciais para isto é o
diálogo, como o que pratica o Banco Central”.
Os diretores Luiz Awazu e Sidnei Marques destacaram a importância do cooperativismo de crédito para os processos de inclusão financeira e concorrencial no Sistema Financeiro Nacional,
o crescimento do setor observado nos últimos anos, como produto da evolução normativa e do grau de profissionalização. Já
o secretário-executivo Luiz Edson Feltrim, reforçou a importância do contato entre as entidades, colocando-se à disposição
para discutir os pontos apresentados pelo Sicoob. “É muito importante a busca da solução dos problemas por meio do diálogo e, com o pleito apresentado hoje, não será diferente”.
Principais pontos das reivindicações
- Homologação de processos eleitorais.
- Aplicabilidade do artigo 31 da Lei 5.764, de 1971, no
caso de diretores eleitos pelo Conselho de Administração.
- Segregação entre Conselho de Administração e Diretoria Executiva – tempo de implementação.
- Fixação da remuneração dos diretores estatutários eleitos na forma do regime previsto no artigo 5º da LC 130,
de 2009.
ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012
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Intercâmbio
Aprendizado além
das fronteiras
Em visitas à Europa, dirigentes do Sicoob têm a oportunidade de trocar
experiências com representantes do cooperativismo no “velho continente”
Estar em contato com culturas diferentes é uma chance e tanto para se adquirir aprendizado. E no cooperativismo não é diferente. Visitas de líderes e técnicos do Sicoob ao exterior são
constantes para a troca de experiência e o aperfeiçoamento da
gestão administrativa. Em 2011, membros do Sistema conheceram de perto as práticas de sucesso de cooperativas de crédito
de países da Europa.
A convite da Confederação Alemã de Cooperativas (DGRV), dirigentes do Sicoob visitaram, em novembro de 2011, importantes entidades do país, como os bancos cooperativos DZ Bank
(com sede em Frankfurt e abrangência nacional) e o WGZ Bank
(de caráter mais regional, estabelecido em Düsseldorf ), cujos
papéis se assemelham aos desempenhados pelo Bancoob
Executivos do Sicoob Confederação
visitam a Alemanha para aprofundar
o conhecimento sobre as práticas
cooperativistas europeias
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– banco comercial privado, sociedade anônima de capital fechado, cujo controle acionário pertence às entidades filiadas ao
Sicoob, e que opera como provedor de produtos e serviços financeiros para as cooperativas do Sistema. Outra instituição em
que eles estiveram presentes foi o Banco Central da Alemanha
(Bundesbank). Além do Sicoob, a comitiva brasileira era formada por dirigentes do Banco Central do Brasil, da Confederação
Nacional de Auditoria Cooperativa (CNAC), da Organização
das Cooperativas Brasileiras (OCB), da Unicred e do Sicredi
Participações.
Para o presidente do Sicoob, José Salvino de Menezes, o contato
com a DGRV, cuja função se aproxima à do Sicoob Confederação,
possibilitou traçar paralelos com o modelo de cooperativismo
aplicado no Brasil. “O processo de intercâmbio e conhecimento
de modelos cooperativistas é fator indutor do aperfeiçoamento,
respeitadas nossas particularidades. No caso específico, o exemplo alemão é citado como uma referência, principalmente, nos
aspectos ligados à supervisão e ao controle”, ressalta.
Em agosto de 2011, o diretor-presidente do Bancoob, Marco
Aurélio Almada, e Ênio Meinen, diretor operacional da instituição, também estiveram na Alemanha, acompanhados por
José Salvino e pelo diretor operacional do Sicoob Central Bahia,
Cérgio Tecchio.
Entre os diversos pontos que chamaram atenção no país europeu, Almada cita o modelo de organização do sistema cooperativo de crédito, o qual ele compara à estrutura vigente no
Brasil. “As entidades alinham-se em dois blocos, tendo na base
os bancos cooperativos ‘singulares’ e no topo a DGRV. Digno de
nota nesse modelo organizacional, diante da circunstância de
o vínculo entre os bancos ‘singulares’ e os ‘centrais’ ser livre, é o
índice de fidelidade no relacionamento negocial, que alcança
a expressiva marca de 99%. Tal número reflete a abrangência
e a qualidade das soluções, aliadas ao modelo de inter-relação
instituído entre as partes, que pressupõe forte participação dos
bancos na definição dos rumos e do portfólio de negócios.”
Missões pelo
“velho continente”
Ainda em 2011, representantes do Sicoob em Minas Gerais,
com o apoio da Organização e Sindicato das Cooperativas do
Estado de Minas Gerais (Ocemg), também partiram para o “velho continente” para conhecer as melhores práticas aplicadas
no secular modelo cooperativista europeu.
Em setembro, foi a vez da comitiva do Sicoob Central Cecremge
realizar o intercâmbio, que abrangeu Espanha, Portugal e Itália.
O superintendente financeiro e de desenvolvimento, Geraldo
Martins Alves, um dos 11 membros da comitiva, destaca os
pontos que mais lhe chamaram a atenção em cada país. “Em
Portugal, ressalto o estágio atual dos controles internos e auditoria, os programas de capacitação e o foco na prestação de
serviços. Na Espanha, o modelo de intercooperação, já na Itália,
o foco na cadeia produtiva.”
No mês seguinte, em outubro, os líderes do Sicoob Sistema
Crediminas desembarcaram na Europa para se aprofundarem
no modelo cooperativista aplicado em cinco países: Alemanha,
Suíça, Áustria, Itália e Portugal. “Os processos existentes nessas
regiões, no que se refere a treinamento e desenvolvimento de
pessoas; e gestão de riscos e governança, são modelos que devem ser utilizados no desenvolvimento do cooperativismo brasileiro”, analisa um dos integrantes da comitiva, o diretor-executivo do Sicoob Central Crediminas, Jésus Ferreira Carvalho.
Representantes do Sicoob em Minas Gerais, com o apoio da Ocemg, conhecem
de perto as ações e atividades aplicadas no modelo cooperativista do exterior
Um modelo para o mundo
O cooperativismo surgiu na Europa em 1844, em Rochdale,
bairro da cidade de Manchester, na Inglaterra. O cooperativismo de crédito surgiu na Alemanha pelas ideias de
Friedrich Wilhelm Raffeisen entre os anos de 1847 e 1848. As
cooperativas de crédito urbano foram idealizadas, por volta
do ano de 1849, pelo magistrado Hermann Schulze, também
naquele país, na cidade de Delizsch.
Atualmente, na Alemanha existem 1.138 bancos cooperativos singulares (equivalentes às cooperativas de crédito singulares no Brasil), que detêm uma rede de 13,5 mil pontos
de atendimento, aproximadamente 17 milhões de associados e mais 30 milhões de clientes. Somando-se os dois bancos centrais, o conjunto dos bancos cooperativos alemães
administra ativos da ordem de 1,2 trilhão de euros (ou 1,7
trilhão de dólares), o que equivale a cerca de 20% do sistema
financeiro local e 80% do Produto Interno Bruto (conjunto da
riqueza) brasileiro. Em depósitos, detêm 507 bilhões de euros
(cerca de 25% do total dos depósitos bancários do país). Os
empréstimos, por sua vez, alcançam 406 bilhões de euros.
ANO 23 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012
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ANO COOPERATIVO
Cooperativas de crédito à
frente do crescimento do setor
Organização das Nações Unidas declara 2012 como o Ano
Internacional das Cooperativas
Este ano é especial para 30 milhões de brasileiros e cerca de
1 bilhão de pessoas no mundo - total da população inserida
no cooperativismo. Com o slogan “Cooperativas constroem
um mundo melhor: contribuições para um desenvolvimento
sustentável”, lançado em Assembleia Geral da Organização das
Nações Unidas (ONU), 2012 foi eleito o Ano Internacional das
Cooperativas.
O diretor regional da Aliança Internacional das Cooperativas
para América Latina (ACI-Américas), Manuel Mariño, destaca a
necessidade da união e do esforço de todos. "O desafio agora é
trabalharmos juntos em uma ação articulada e coordenada para
transformar a celebração em um gerador de força política e em
programas que deem ainda mais visibilidade às cooperativas",
diz.
O diretor-presidente do Sicoob Confederação, José Salvino de
Menezes, concorda com o representante da ACI-Américas e afirma que o desafio do cooperativismo brasileiro é levar ao maior
número de pessoas o conhecimento sobre a importância do
papel das cooperativas, sobretudo as de crédito, na redução das
desigualdades sociais e na promoção do crescimento econômico sustentável das localidades onde atuam. “As cooperativas de
crédito devem impulsionar o crescimento do cooperativismo
mundial”, acrescenta Salvino.
Por meio da valorização do cooperativismo, as oportunidades
de negócio durante o ano serão ampliadas, como explica o gerente de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras
(OCB), Sílvio Giusti. “O cooperativismo de crédito brasileiro tem
vivido um momento de franca expansão, com indicadores cada
vez mais expressivos. De janeiro a outubro do ano passado, foram inauguradas 313 agências de cooperativas, ou Postos de
Atendimento (PACs), uma média de três a cada dois dias úteis.”
A declaração da Organização das Nações Unidas é uma iniciativa
oportuna para que as cooperativas se apresentem à sociedade
como uma alternativa socioeconômica confiável e sustentável.
Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB, aponta o cooperativismo como o caminho para o crescimento de várias nações.
10
“Agora, com o respaldo da ONU, poderemos difundir essa ideia e
ampliar as possibilidades de atuação do setor”, pontua.
Para o diretor-geral da ACI Mundial, Charles Gould, o Brasil tem
a sorte de ter fortes sistemas de crédito cooperativo neste momento importante da história. “É oportuno para as cooperativas de crédito do Sicoob e demais Sistemas, pois milhares de
pessoas no Brasil e no mundo estão procurando alternativas às
instituições financeiras tradicionais", observa.
Lançamento do ano
O anúncio de 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas
foi feito durante a 66ª Assembleia Geral da Organização das
Nações Unidas (ONU), realizada em 31 de outubro de 2011, em
Nova Iorque, Estados Unidos.
No Brasil, dirigentes do Sicoob Confederação e do Bancoob
participaram, em 14 de dezembro do ano passado, do lançamento oficial do Ano Internacional das Cooperativas, na sede da
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF).
No evento foram apresentadas as ações propostas para o ano,
e destacada a contribuição das cooperativas para o desenvolvimento socioeconômico e reconhecido seu trabalho para a redução da pobreza, a geração de emprego e a integração social.
No dia 9 de fevereiro deste ano, o Sicoob Confederação lançou
o calendário de ações em comemoração ao Ano Internacional
das Cooperativas. Durante todo o ano de 2012 serão exibidas na
fachada e no hall de entrada de sua sede corporativa em Brasília
(DF), faixas com as cores do Sicoob representando o Sistema e
o cooperativismo. A ação de comunicação é trabalhada com o
mote: “Cooperativismo. Use essa ideia”. Além das faixas em formato gigante, foi criada uma fitinha menor, que pode ser usada
de diversas maneiras (no pulso, no chaveiro, no carro etc). Junto
com a fitinha, outras peças (faixas, adesivos, placas, camisetas,
entre outras) foram desenvolvidas para dar sustentação à ação.
A ideia é que todas as cooperativas do Sicoob façam adesão a
esse calendário, desenvolvendo localmente as ações sugeridas.
Cooperativas em destaque
Para comemorar o ano, a OCB lançou o hotsite (www.ano2012.
coop.br) para divulgar histórias de cooperativas que estão construindo um mundo melhor. Ao longo deste ano, serão divulgadas ao todo 366 histórias de organizações que têm como
alicerces a união, integração e valorização do capital humano.
Nos primeiros meses de 2012, o hotsite publicou a trajetória
de algumas cooperativas de crédito do Sicoob, como: Sicoob
Credijud, do Mato Grosso; Sicoob Creditapiranga, de Santa
Catarina; Sicoob Credip, de Rondônia e do Sicoob CrediEmbrapa
e Sicoob Judiciário, ambos sediados em Brasília (DF).
Cooperativismo
no mundo
Hoje, o setor cooperativista, em todos os ramos reúne 1
bilhão de pessoas em mais de 100 países, responde pela
geração de mais de 100 milhões de empregos e está presente nos cinco continentes.
Em 2010, por exemplo, as 300 maiores cooperativas do
mundo tiveram uma movimentação econômico-financeira de US$ 1,6 trilhão. A Cooperativa de Produtores de
Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo
(Copersucar) está entre elas.
Para o diretor geral da ACI,
Charles Gould, “o Brasil tem
a sorte de ter fortes sistemas
de crédito cooperativo neste
momento importante da história”
Principais números no Brasil
6.652
É o número de cooperativas atuantes em 13
ramos de atividades econômicas.
298.182
É o total de empregos diretos gerados pelas
cooperativas em 2010.
9.016.527
É o total de associados a cooperativas filiadas
ao sistema OCB.
30
milhões
É o total estimado de brasileiros envolvidos
no cooperativismo.
US$ 4,4
bilhões
É o total das exportações das cooperativas
brasileiras em 2010.
ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012
11
entrevista
É ela quem coloca
ordem na casa
Conhecedora do cooperativismo,
a ministra-chefe da Casa Civil,
Gleisi Hoffmann, destaca a
importância das cooperativas de
crédito para o país
Foi em meio à primeira crise do governo Dilma, provocada pela demissão
do ex-ministro Antonio Palocci, em 2011, que uma outra mulher entrou
em cena para, literalmente, colocar ordem na casa. A paranaense Gleisi
Hofmann assumiu a Casa Civil em junho do ano correspondente e, desde
então, vem imprimindo o seu jeito de comandar.
Casada com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ela tem o perfil
parecido com o da presidente da República. A ministra-chefe da Casa Civil
é conhecida por ser mais técnica do que política. Advogada, Gleisi é especialista em Gestão de Organizações Públicas e Administração Financeira,
tendo sido secretária de Estado no Mato Grosso do Sul e secretária de
Gestão Pública da Prefeitura Municipal de Londrina (PR).
Ela também esteve na equipe de transição do governo Lula, em 2002.
Assumiu, logo depois, a Diretoria Financeira da Hidrelétrica de Itaipu
Binacional, cargo que ocupou até o início de 2006, sendo a primeira mulher na direção em 30 anos da usina.
Em 2010, foi eleita senadora, sendo a mais votada do estado do Paraná.
Durante os cinco meses em que esteve no Senado, foi relatora de matérias
importantes, inclusive, relacionadas ao cooperativismo. Em entrevista exclusiva à Revista Sicoob, a ministra-chefe da Casa Civil aborda, entre outros
assuntos, como o governo pode apoiar o cooperativismo de crédito.
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Foto: Paulo H. Carvalho \ Casa Civil \ PR
Quando e como a senhora entrou para a política?
Entrei para a política ao militar no movimento estudantil,
em Curitiba. Meu primeiro partido foi o PCdoB. Em 1989, conheci o PT e permaneço no partido desde então. Em 2002,
integrei a equipe de transição de governo do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e, naquele mesmo ano, assumi o cargo de diretora financeira da Itaipu Binacional. Em 2010, fui
a primeira mulher eleita para um mandato no Senado pelo
Paraná. Mais de 20 anos se passaram desde que ingressei na
política. Meus ideais e meus compromissos permanecem os
mesmos: a melhoria contínua da vida das pessoas e a busca
pela justiça social.
Antes de ganhar as últimas eleições como senadora
pelo Paraná, a senhora acumulou algumas derrotas,
dentre elas, a eleição para a prefeitura de Curitiba. O
que mais aprendeu nesses momentos?
Eu costumo dizer que perder e ganhar são lados da mesma
moeda. Tudo depende de como se escolhe lidar com essas questões. As derrotas podem nos ensinar muito. E uma
derrota eleitoral não significa necessariamente uma derrota
política. Não vou dizer que não fiquei triste quando perdi as
eleições para a prefeitura de Curitiba. Foi uma campanha
dura. Fiquei triste, sim, mas não esmoreci. Como dizia a minha avó, aquilo que não nos mata nos fortalece. Encarei a
derrota como um aprendizado e segui em frente.
O cooperativismo é bastante forte no Paraná. Nas últimas eleições, a senhora contou com o apoio maciço
dos líderes cooperativistas do seu estado. Isso foi fundamental para sua vitória para o Senado?
Sem dúvida. E aproveito aqui a oportunidade para agradecer a força e o apoio de todos que acreditaram em mim, na
minha candidatura. O Paraná é um dos pioneiros nesse segmento, uma referência na organização do cooperativismo no
Brasil. Eu espero que as ações do governo federal fortaleçam
cada vez mais as cooperativas paranaenses e, é claro, as de
todo o Brasil.
Em sua opinião, qual a importância desse segmento
para o Brasil, especialmente o Ramo Crédito - sobretudo o Sicoob?
Além de ser um instrumento extremamente importante de
organização social do trabalho, o cooperativismo tem tido
um papel cada vez mais significativo como forma de geração
de trabalho, renda e de inclusão social. O Sicoob exerce uma
função primordial para a consolidação dessa prática no país,
por meio de ações financeiras e de crédito.
Ao assumir a Casa Civil, a senhora afirmou que uma de
suas missões é trabalhar para continuar reduzindo as
desigualdades. O fomento ao cooperativismo é uma
ferramenta para isso?
Sem dúvida, especialmente porque o cooperativismo baseia-se em um princípio fundamental para a redução das de-
ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012
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ENTREVISTA
sigualdades, sejam econômicas, sejam sociais: a associação de
pessoas que visam não apenas a um objetivo comum como ao
bem comum, e que utilizam, para isso, os princípios da gestão
participativa e democrática. O Brasil cresceu muito nos últimos
anos e o caminho para continuarmos nessa trajetória passa,
inevitavelmente, pela união de esforços e pela cooperação.
Ainda como Senadora, a senhora foi relatora de algumas
matérias, entre elas, duas que dispõem sobre as Sociedades Cooperativas. Quais são elas e o que propõem?
São dois Projetos de Lei do Senado: o PLS 3/2007 e o PLS
153/2007, de autoria dos senadores Osmar Dias e Eduardo
Suplicy, respectivamente. As duas proposições tramitam em
conjunto e disciplinam o funcionamento das cooperativas, que
hoje são regulamentadas pela Lei 5.764, que é de 1971. Os projetos definem, por exemplo, o Sistema Cooperativista Nacional,
além de tratar da observância da legislação específica nas atividades das cooperativas de crédito; especifica características
obrigatórias da composição de cooperativas, entre outros.
A senhora como ministra-chefe da Casa Civil e conhecedora da relevância do cooperativismo, vai apoiar os
projetos citados e outros - em tramitação no Congresso
Nacional - que beneficiam o Setor?
No Senado, até peguei a relatoria desses projetos na Comissão
de Assuntos Econômicos. No governo, quero continuar sendo
uma interlocutora do cooperativismo. Acredito na importância
dessa atividade e apoio projetos que garantam melhorias e segurança para o setor.
“Além de ser
um instrumento
extremamente
importante de
organização social
do trabalho, o
cooperativismo tem
tido um papel cada vez
mais significativo como
forma de geração de
trabalho, renda e de
inclusão social.”
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Em recente entrevista à revista, a presidente Dilma Rousseff
garantiu dar continuidade às políticas de incentivo ao cooperativismo brasileiro. A Casa Civil é articuladora das ações do
Governo. Como o ministério pode facilitar a implementação
destas políticas?
A Casa Civil é articuladora e facilitadora das ações de governo. Há algum tempo o cooperativismo entrou na agenda do governo federal,
tanto por meio dos programas de incentivo às cooperativas como às
ações de capacitação profissional e de incentivo ao crédito. No governo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva houve aumento do
volume de crédito para todos os segmentos produtivos. A presidenta
Dilma mantém esse caminho, com políticas de redução de juros e de
ampliação do microcrédito, medidas essas capazes de transformar o
microcrédito em um instrumento que de fato será uma das alavancas
do crescimento econômico e da distribuição de renda no Brasil.
Quais são os seus projetos para este ano?
Meu foco é trabalhar muito para honrar a confiança em mim depositada pela presidenta Dilma. É com isso que estou comprometida,
com a missão que a presidenta me confiou.
Além do cooperativismo, quais causas são comuns a você e seu
marido, Paulo Bernardo, também ministro do governo Dilma?
Não encaramos nosso relacionamento como um fator de poder no
ministério. Aliás, ministros são servidores do país. Precisamos é trabalhar muito para apresentarmos resultados. Assim como eu, o Paulo
tem uma trajetória calcada na gestão pública e na vida política. Esse
trabalho pelo e para o bem comum é algo que sempre nos uniu, assim como a dedicação intensa a tudo que fazemos.
JURíDICO
Os benefícios da cédula
de crédito bancário
CCB permite maior segurança jurídica, o
que reflete na redução da inadimplência e
no tempo de recuperação dos empréstimos
A Cédula de Crédito Bancário (CCB), atualmente regulamentada pela Lei nº 10.931/2004, é um título de crédito emitido por
pessoa física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de
entidade a esta equiparada, representando uma promessa de
pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito,
de qualquer modalidade.
O grande impulso para a criação da CCB foi o elevado risco
decorrente da incerteza jurídica de que padeciam as operações de crédito rotativo à época, que culminou na edição da
Súmula nº 233 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), publicada
em 08/02/2000. De acordo com o entendimento sumular, “o
contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de
extrato da conta-corrente, não é título executivo”. A partir de então, os contratos de abertura de crédito rotativo, dentre os quais
se insere o conhecido e largamente utilizado “cheque especial”,
em uma eventual inadimplência do tomador, não mais poderiam ser cobrados por meio de processo de execução, restando
como alternativas ao credor a ação ordinária de cobrança ou a
ação monitória. Ambos os procedimentos, menos céleres que
o processo executivo, alongavam demasiadamente a recuperação do crédito e, por consequência, implicavam aumento do
risco e dos custos das novas operações.
Nesse contexto, não bastava, então, a concepção de um novo
instrumento jurídico em substituição ao já combalido contrato
de abertura de crédito rotativo. Era necessário que este novo
título executivo fosse dotado de características e requisitos que
lhe conferissem atributos como segurança e transparência, seja
no momento da contratação, seja na apuração do saldo devedor, garantindo, assim, a liquidez e a certeza da obrigação.
Com efeito, é possível perceber nos dispositivos da Lei nº
10.931/2004 a nítida intenção do legislador de conferir ao credor um instrumento seguro e ágil na formalização da operação
de crédito, bem como a preocupação em garantir ao devedor
o pleno conhecimento das condições contratuais, da evolução
e apuração do débito. A lei permitiu, ainda, às instituições financeiras credoras, por meio de operação de desconto, negociar as
CCBs com outras instituições financeiras, sendo, nesse particular, importante fonte de geração de liquidez.
A utilização da CCB, contudo, não está restrita à formalização
de crédito rotativo ou de utilização parcelada, prestando-se a
documentar operações de crédito de qualquer natureza, até
mesmo as operações de crédito rural.
Cabe ressaltar que, anteriormente, as operações de crédito rural
somente poderiam ser formalizadas por meio de títulos de crédito definidos pelo Decreto-Lei 167/67. No entanto, com o advento da Lei 10.931/04, a CCB passou a integrar o rol de títulos
hábeis à formalização de operações dessa modalidade, sendo
inclusive referendada pelo Banco Central do Brasil através da
edição da Carta-Circular nº 3.203/2005.
Nesse quesito, uma das vantagens da CCB em relação aos demais títulos é a possibilidade de se estabelecer garantias reais
e fidejussórias de qualquer modalidade, como são os casos da
cessão e alienação fiduciárias, inclusive quando prestadas por
terceiros, não se restringindo ao penhor e à hipoteca, como
ocorre nas cédulas de crédito rural.
Concluindo, o grande diferencial da CCB, a par de sua ampla
aplicação, é a segurança jurídica, que reflete diretamente na
redução da inadimplência e no tempo de recuperação dos empréstimos e, em decorrência, na diminuição do custo do crédito
e na sua maior disseminação.
Dr. Bruno Guimarães Rodrigues
Advogado do Bancoob
ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012
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cenário
Cenário
Uma luta justa e
importante
Frencoop trabalha no Congresso para garantir acesso das
cooperativas às linhas de crédito oferecidas pelo Governo
Em pleno ano internacional das cooperativas, as entidades
do setor intensificam a luta para melhorar o acesso dos
cooperados aos recursos da União destinados ao fomento das atividades agroindustriais. A Frente Parlamentar do
Cooperativismo (Frencoop) trabalha para que o Congresso
Nacional aprove leis que beneficiem as cooperativas, ampliando as suas linhas de crédito. Em novembro, foi vencida
a primeira batalha com a aprovação, pelo Senado, do projeto de Lei 40/11, que garante ao setor a gestão de parte dos
recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) destinados aos programas do Governo.
“Estamos atuando para que os recursos do FAT deixem de
ser uma promessa”, afirma Silvio Giusti, gerente de crédito da
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O Governo
Federal destina 40% dos recursos arrecadados pelo Fundo
a programas de desenvolvimento econômico. O projeto de
lei apresentado pela Frencoop e aprovado pelos senadores
prevê o repasse de 10% desse montante para o uso do cooperativismo de crédito rural. “Se considerarmos o orçamento
do FAT previsto para 2012, o repasse para as cooperativas seria superior a R$2 bilhões”, estima Silvio.
Agora, o texto segue para a apreciação dos parlamentares
da Câmara dos Deputados. A aprovação da matéria é, segundo Silvio, a grande prioridade do cooperativismo em 2012.
“O projeto foi aprovado de forma muito ágil pelo Senado.
Confio na capacidade da Frencoop para repetir o feito na
Câmara”, acredita o gerente.
Fundos Constitucionais
Outro projeto em processo de análise pelos deputados é o
PL 409/2011, que autoriza os bancos cooperativos e as confederações de cooperativas de crédito, a receberem recursos
dos Fundos Constitucionais de Financiamento. Hoje, esse
repasse é feito por intermédio de outras instituições, provocando um impacto negativo nos valores e no prazo de recebimento dos recursos. “No caso do Fundo Constitucional
Investimentos
Recursos do FAT previstos pelo Orçamento 2012
40% desse montante =
R$23 bilhões.
Os 10% pleiteados pelas
Cooperativas = 2,3 bilhões.
Recursos vindos do
FAT representariam
um incremento de
25% de recursos para
empréstimos.
Empréstimos realizados
pelas cooperativas de
crédito rural atualmente
= R$9 bilhões.
–> R$58 bilhões
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de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), por exemplo, o
repasse ocorre por meio do Banco do Brasil. O problema é
que a entidade financeira possui uma carteira própria de interessados no financiamento. Quando finalmente chega aos
cooperados, o recurso, muitas vezes, não é condizente com
as necessidades do nosso setor”, argumenta Silvio Giusti.
Para Amaury, o FCO gera
melhoria do quadro social e
no crescimento dos números
da cooperativa
Mesmo assim, os recursos oriundos dos Fundos
Constitucionais são de grande valia para as cooperativas das
regiões beneficiadas. “É inegável a importância que o FCO
desempenha na melhoria do nosso quadro social e no crescimento dos números da cooperativa”, afirma Amaury Silveira,
gerente de negócios do Sicoob Agrorural, de Quirinópolis
(GO). A cooperativa começou a trabalhar com os recursos do
fundo em 2008 e, desde então, já emprestou quase R$ 18 milhões , montante obtido por meio do Banco Cooperativo do
Brasil (Bancoob). “Aguardamos ansiosos pela aprovação da
Lei que tornará mais ágil e dinâmica a liberação do dinheiro.
O agricultor, por exemplo, precisa do crédito em tempo hábil para investir na colheita. Se atrasar, ele perde o momento
do plantio”, observa Amaury.
Procapcred
Criado pelo Governo Federal em 2006, o Programa de Capitalização
das Cooperativas de Crédito (Procapcred) é mais uma possibilidade de concessão de financiamentos com recursos da União. A
iniciativa busca fortalecer o patrimônio das cooperativas ao permitir que o interessado adquira cotas da instituição, por meio do
financiamento. Além dos juros mais baixos, o Procapcred permite
o pagamento do empréstimo em um número maior de parcelas.
“O fortalecimento da nossa estrutura patrimonial em razão do
Procapcred é inegável. Desde a chegada do Programa, foi possível
oferecer créditos aos associados com condições diferenciadas”, relata Marcos Leal, supervisor de produtos e serviços do Sicoob Sul
de Cachoeiro de Itapemirim (ES).
Na opinião de Emerson Ferrari, diretor-executivo do Sicoob Norte
de Londrina (PR), o Programa ajuda a fidelizar o cooperado. “A
aquisição da cota gera uma relação de cumplicidade do
associado conosco. Aderimos ao Procapcred em março
do ano passado e, desde então, já emprestamos mais
de R$13 milhões. Criamos outros benefícios como,
por exemplo, a redução dos juros do cheque especial pela metade para associados que adquirem cotas do Programa de até R$10 mil”, conta Emerson.
Um dos benefícios do
Procapcred, na visão de
Emerson, é a fidelização
do cooperado
ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012
17
CAPA
Rio de braços abertos
para o Sicoob
Sicoob Central Rio se estabelece no estado e
ajuda a fortalecer ainda mais o setor no país
O Sicoob acaba de confirmar a importância do cooperativismo de crédito em
um dos mais bonitos cartões postais do
mundo e um dos principais centros econômicos e turísticos do país. O Estado
do Rio de Janeiro agora conta com uma
Cooperativa Central de Crédito, o Sicoob
Central Rio, que começou a funcionar no
dia 1º de dezembro de 2011.
“O Sicoob Central Rio tem à frente pessoas muito sérias e comprometidas com o
desenvolvimento da organização. E esse
comprometimento, a participação local e
o apoio do Sicoob nos estimulam a trabalhar para que, finalmente, o Rio de Janeiro
ocupe um espaço no segmento de onde
jamais deveria ter saído”, informa o diretor
de Desenvolvimento Organizacional do
Sicoob Confederação, Abelardo Duarte.
A reorganização do sistema cooperativista no Rio de Janeiro exigiu muito de
18
todos. “Durante esse processo, que se
estendeu mais do que esperávamos, tivemos que cumprir várias exigências do
Banco Central do Brasil (BC) o que, de
certa forma, nos ajudou a maturar ainda
mais nossos ideais. Tudo isso, associado à
determinação do Sistema e às lideranças
locais, fez com que os obstáculos fossem
superados. Agora, o cooperativismo e
o Rio de Janeiro só têm a ganhar com a
força do Sicoob ainda mais presente no
Estado”, completa.
Em 2012, considerado como o Ano
Internacional das Cooperativas pela
Organização das Nações Unidades (ONU),
o Sicoob Central Rio passa a ser a base
fundamental para ações de divulgação e
consolidação do cooperativismo de crédito no estado. A Central já nasce com
oito cooperativas singulares, que possuem ao todo mais de 20 mil cooperados.
O crédito é o segundo ramo mais importante do cooperativismo no Rio de Janeiro, ficando atrás apenas do
Agropecuário. Ao todo são 76 cooperativas de crédito em
atividade no estado fluminense – a maioria (62) sediada
na capital, com diversos pontos de atendimento no interior. Juntas, elas geram aproximadamente mil postos de
trabalho. A predominância são as de crédito mútuo de
empregados e servidores, vindo na sequência a de atividade profissional.
De acordo com o presidente da Federação e Organização
das Cooperativas Brasileiras do Estado do Rio de Janeiro
(OCB/Sescoop-RJ), Marcos Diaz, a instalação do Sicoob
Central Rio vai propiciar a expansão do negócio no
Estado. “Temos possibilidades em muitos de nossos 92
municípios. Acredito que temos um mercado potencial
promissor para o ramo, afinal estamos entre a segunda
e a terceira maior economia do país e temos uma grande
população em atividade laboral”, diz.
Mãos à obra
O primeiro objetivo do Sicoob Central Rio, segundo Luiz
Antônio Ferreira de Araújo, diretor-presidente da instituição, é resgatar a credibilidade do cooperativismo de crédito no Estado. “E para isso, temos muitos desafios pela
frente. Precisamos fortalecer as cooperativas já existentes
e aproveitar as oportunidades para criação de novas entidades”, explica.
A ideia, segundo o diretor-presidente, é trabalhar, inicialmente, com três frentes de ação: fortalecer as cooperativas singulares que já são filiadas à Central; modernizar a
gestão das cooperativas de crédito existentes no Estado,
para que elas se tornem filiadas no futuro; e criar novas
cooperativas. “Nesse processo pode ser que haja muitas
cooperativas se fundindo ou se incorporando para tornarem-se mais fortes. O nosso intuito é ter cooperativas
grandes e sólidas e criar novas, em especial, de pequenos
e microempresários e de livre admissão, o que antes não
era possível devido à inexistência de uma central”, destaca
Luiz Antônio.
Para Mary Northrup, diretora administrativa do Sicoob
Central Rio, oportunidade de crescimento é o que não falta. “O Rio de Janeiro voltou a ser um pólo econômico com
diversas vocações. Temos atividades voltadas para o petróleo, agricultura, pecuária, indústria têxtil e automotiva,
dentre outras, além de sermos sede de diversas multinacionais e entidades públicas. E, como as cooperativas buscam viabilidade econômica sem abrir mão da responsabilidade social, por ser um modelo de negócio que preza
a sustentabilidade, estamos com muitas perspectivas de
sucesso no fomento do cooperativismo aqui”, comenta.
Retenção de talentos
A constituição de uma nova Cooperativa Central exigiu esforços conjugados do Sicoob Confederação
e da NK Consultoria, parceira do Sistema que, durante o período de ausência de uma Central no estado, supriu as principais necessidades das cooperativas no Rio de Janeiro. Os seis profissionais da NK
que estão, até então, empenhados no processo, serão, em breve, incorporados à equipe do Sicoob
Central Rio, na medida em que a estrutura física da instituição se estabelecer.
ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012
19
CAPA
Caminho a trilhar
A indústria de óleo e gás, em especial, segundo Mary, traz
diversas possibilidades para o setor. “O grande boom do
pré-sal está movimentando a economia do Rio de Janeiro e
trazendo oportunidades de desenvolvimento para diversos
setores, como o de serviços e indústrias de suporte, além de
empregar muita gente. O cooperativismo de crédito pode e
vai contribuir para a organização econômica nessas áreas.”
O grande desafio, segundo Zoliah Duarte de Moraes Martins,
diretor operacional do Sicoob Central Rio, é oferecer de forma centralizada algumas atividades de apoio às cooperativas
singulares, conciliando com isso uma alternativa de sustentação
financeira para a Central com a racionalização pela economia de
escala e escopo“. A ideia é reunir no Bancoob todas as aplicações
das cooperativas. Com volumes maiores de aplicações, nos colocaremos em melhores condições no mercado”, diz. “Pretendemos,
também, realizar a centralização administrativa para as cooperativas singulares, sendo a contabilidade a primeira área a ser trabalhada. Com isso, teremos mais eficiência nos processos, uma melhor gestão dos controles e redução dos custos administrativos,
contribuindo assim para um melhor resultado nas cooperativas
singulares do RJ”, enfatiza.
Baú de expectativas
“A Central vai ajudar as cooperativas do Estado a se desenvolverem, implementando políticas de governança cooperativa e de controle sistêmicos, sempre alinhados aos parâmetros do Sicoob, reduzindo o custo dos processos, com
ganhos em escala.”
Francisco Carlos Bezerra da Silva – presidente da
Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos
Empregados de Furnas e das Demais Empresas do
Sistema Eletrobrás (Cecremef)
“Esperamos, em primeiro lugar, que a Central atenda aos
preceitos da governança corporativa como transparência,
honestidade e democracia. E, em segundo, que atenda às
cooperativas do Rio de forma prática e filosófica, nos orientando quanto às regras e leis dos serviços financeiros, dentre
outros aspectos.”
Nilton Manoel Honório – presidente da Cooperativa de
Crédito Mútuo dos Integrantes da Defensoria Pública
do Estado do Rio de Janeiro (Coodperj)
“A Central poderá disponibilizar às singulares ferramentas
tecnológicas para o adequado atendimento dos associados, reduzindo os custos em todas as áreas, inclusive, em
equipamentos, gerando competitividade econômica e
tecnológica.”
Benino Manuel Alonso Lorenzo, diretor-presidente
da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos
Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de
Janeiro (Coopjustiça)
20
“Estamos certos de que, em um futuro próximo, nossa Central
contribuirá para que outras cooperativas do estado se organizem e possam participar, junto conosco, desse importante
projeto, para que o Rio tenha seu lugar de destaque no cenário
nacional.”
Angelo Galatoli - presidente do Conselho de Administração
e da Diretoria Executiva da Cooperativa de Economia e
Crédito Mútuo dos Empregados do Grupo Vale (Coopvale)
“A Central dará às cooperativas não apenas mais credibilidade, mas a possibilidade efetiva de ampliação da carteira de
serviços e benefícios, além do crescimento do número de
associados.”
Neilton Ribeiro – diretor-presidente da Cooperativa de
Economia e Crédito Mútuo dos Profissionais da Educação
do Norte e Noroeste Fluminense e Região dos Lagos (Cred
Rio Norte)
“Contamos com o suporte e logística da Central para fortalecer os nossos métodos e processos, de forma a alavancar os
nossos resultados, por meio da sinergia.” Marcio Nami – presidente da Cooperativa de Crédito de Mendes (Cremendes)
“Com a Central esperamos maior representatividade do cooperativismo fluminense em âmbito nacional, além do apoio
operacional junto às cooperativas singulares.”
Celso Arantes – diretor-presidente da Cooperativa de
Economia e Crédito Mútuo dos Profissionais de Informática
da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (Infocrerj)
Interesse comunitário
A chegada do Sicoob Central Rio também vai possibilitar a inserção das cooperativas de crédito do
Estado nas discussões sobre economia sustentável, a fim de promover o desenvolvimento e a valorização do setor. A instituição já está de olho na
agenda da Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável Rio + 20, grande
evento que será realizado no Rio de Janeiro marcando o 20º aniversário da Conferência das Nações
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
(Conhecida como Eco 92).
Marcos importantes:
• 12 de abril de 2011:
o Banco Central
aprovou o projeto de
constituição do Sicoob
Central Rio.
• 31 de maio de
2011: aconteceu a
Assembleia Geral de
Consituição (AGC) do
Sicoob Central Rio.
• 30 de setembro de
2011: tomou posse a
Diretoria Executiva.
• 6 de setembro de
2011: o BC aprovou os
atos constitutivos e os
nomes dos membros
do Conselho Fiscal e da
Diretoria Executiva.
Com a presença de Chefes de Estado e de Governo, dentre
outros representantes, a expectativa é de que do encontro
resulte a produção de um documento político focado no
desenvolvimento sustentável mundial, em que o cooperativismo esteja presente como uma alternativa econômica
e socialmente viável. Para Zoliah, “o cooperativismo abre
um espaço muito grande para que as pessoas se unam e
se desenvolvam, pensando na ideia de que, juntos, somos
mais fortes. Com certeza, vamos trabalhar em conjunto em
prol do desenvolvimento sustentável do nosso Estado e,
porque não dizer, do país e do mundo”.
Sicoob Central Rio
Endereço: Av. Rio Branco, 277. Sala 1501.
Centro. Rio de Janeiro – RJ 9 (sede temporária)
Telefone: (21) 2544-0761
Email: [email protected]
• 1º de dezembro
de 2011: o Sicoob
Central Rio iniciou a sua
operação.
ANO 32 - No 98 - JAN
OUT//FEV
NOV/ MAR
/ DEZ//2012
2011
21
capa
Diretoria Executiva
Conselho de Administração
Luiz Antônio Ferreira Araújo (diretor-presidente)
Procurador do Ministério Público, está à frente da
Diretoria da Comperj cuja liderança acumula com a
de, presidente do Sicoob Central Rio.
Luiz Antônio Ferreira de Araújo - Coomperj (Presidente)
Mary Virginia Northrup (diretora administrativa)
Também procuradora do Ministério Público, com
formação em Direito e Administração, é conselheira
fiscal da Comperj e tem ampla vivência e experiência
em cooperativas de crédito.
Carlos Maurício Lisbôa Nascimento – Credrionorte
(Conselheiro)
Zoliah Duarte de Moraes Martins (diretor
operacional)
Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade
Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Zoliah tem toda a
sua carreira profissional intimamente ligada ao sistema bancário e financeiro, tendo também acumulado
larga experiência na área de negócios.
Francisco Carlos Bezerra da Silva – Cecremef (Vice-presidente)
Benino Manoel Alonso Lorenzo – Coopjustiça (Conselheiro)
Conselho Fiscal
José Roberto Menegardo – Conselheiro Fiscal Efetivo
Eduardo Diniz Arantes Pereira – Conselheiro Fiscal Efetivo
Paulo Vinícius Cozzolino Abrahão – Conselheiro Fiscal Efetivo
Marcos Machado de Almeida – Conselheiro Fiscal Suplente
Plínio de Sá Martins – Conselheiro Fiscal Suplente
Carlos Ney Mello de Uliana – Conselheiro Fiscal Suplente
22
Ponto de Vista
Estamos preparados
Isso porque, nos últimos anos, as cooperativas se prepararam, principalmente no
que diz respeito à tecnologia. É chegado
o momento de colher os frutos de tais
investimentos, que possibilitaram uma
maior integração do Sistema. Graças à
implantação de sistemas de processamento online, novas ferramentas garantiram que os serviços pudessem ser resolvidos no ambiente virtual e não mais
exclusivamente nas cooperativas. Novos
Postos de Atendimento (PAC´s) puderam
ser criados, o que resultou, como consequência, no aumento do número de
associados.
Exemplo de tais tecnologias é o SISBR.
Este sistema tecnológico abriu, para o
associado, uma gama de serviços - como
TED e transferências on-line - colocando
as cooperativas de crédito usuárias do
SISBR e o Bancoob, nosso agente financeiro no mesmo patamar de competitividade que os principais bancos do mercado.
Mas isso não é tudo. Vale destacar também o plano de comunicação e marketing integrado que vem sendo implantado no Sicoob. Com um maior alcance de
nossas mídias e a divulgação de nossas
ações ao público, novos sócios virão e a
imagem do Sicoob ficará ainda mais forte
perante a sociedade.
Preparados por estas e outras ações, estaremos prontos para encarar os desafios
que também virão neste ano de 2012. Um
deles é o aperfeiçoamento da governança nas cooperativas de crédito. Nesse contexto, é preciso que a confiança que os
associados depositam em suas cooperativas passem a advir, prioritariamente, da
adequada governança corporativa e não
apenas da imagem de seus dirigentes. É
claro que a reputação das pessoas que
estão à frente da instituição é de extrema
importância para os resultados, mas o associado deve confiar, acima de tudo, na
governança da entidade. Em nossas mãos
está o desafio de transmitir esses valores.
Sicoob Central Cecresp
O começo de um novo ano representa a
oportunidade para se fazer um balanço
do trajeto percorrido até aqui e vislumbrar os desafios que virão pela frente.
Em nosso caso, do cooperativismo de
crédito, certamente a bagagem para
2012 vem carregada de bons resultados,
aperfeiçoamento das práticas e perspectivas satisfatórias para os próximos
anos. Mesmo com a crise que acomete a
Europa – cujos reflexos, tal qual a crise de
2008, estão chegando, de alguma forma,
ao Brasil – podemos dizer que o Sicoob
se encontra em uma situação confortável
e bem preparado para absorver possíveis
impactos.
Manoel Messias da Silva, presidente
do Conselho de Administração do
Sicoob Central Cecresp, é bacharel em
Administração de Empresas, Ciências
Contábeis e Ciências Econômicas.
Ocupa a presidência da Cecresp há
14 anos e é presidente-fundador
do Sicoob Coopercredi-SP e da
Crediprodam, entidade na qual, atualmente, atua como gerente consultor.
Em sua trajetória no cooperativismo,
Messias também já esteve à frente da presidência da Confederação
Brasileira das Cooperativas de Crédito
(Confebras), além de ser coordenador
do Conselho Especializado de Crédito
da OCB e do grupo de trabalho do
Banco Central do Brasil.
Por Manoel Messias da Silva
Presidente do Conselho de
Administração do Sicoob
Central Cecresp-SP
ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012
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Recursos Humanos
Capacitação como estratégia
Confederação e Centrais oferecem oportunidades de desenvolvimento profissional
Para aprimorar o conhecimento e alcançar novos postos
dentro da estrutura organizacional, o Sicoob e as cooperativas oferecerem aos seus colaboradores oportunidades de
capacitação e treinamento. O intuito é preparar as equipes
de acordo com os valores e os objetivos do Sistema, tornando-as multiplicadoras do cooperativismo de crédito.
O primeiro passo é incluir no quadro funcional pessoas em
início de carreira para que consigam evoluir em conjunto
com a entidade. “Temos vários casos de gerentes e diretores
que entraram como estagiários na área técnica e se desenvolveram no Sistema, o que demonstra que nossa intenção de
investir na capacitação dos jovens talentos está correta”, avalia Tatiana Matos Rodrigues, gerente de Gestão Estratégica de
Pessoas (Gepes) do Sicoob Confederação.
A abertura de vagas também significa a criação de oportunidades para os atuais empregados e a assertividade no direcionamento das contratações. “Com o recrutamento, temos
a oportunidade de direcionar as vagas ao público interno.
Isso nos traz benefícios de clima e as pessoas se sentem valorizadas, aumentando a produtividade. Além disso, os erros de
seleção são menores, pois já conhecemos os profissionais”,
afirma Tatiana.
A maioria das cooperativas também conta com menores
aprendizes, cujo programa tem o objetivo de oferecer aos
participantes a oportunidade de vivenciar o cooperativismo
de crédito e capacitá-los para o mercado de trabalho.
Visão ampla é o segredo
Cristiane Machado
Há quase dez anos, quando Cristiane Machado ingressou,
como estagiária de Ciências Contábeis, no Sicoob Transcredi,
de Concórdia (SC), o cooperativismo era, até então, um assunto pouco conhecido em sua vida. O tempo foi passando,
o envolvimento se tornou cada vez maior e, com ele, surgiu
uma verdadeira paixão pelo sistema. Atual gerente administrativa e contadora do PAC em Concórdia (SC), ela associa a
evolução de sua carreira à busca incessante por conhecimento. Foram 24 cursos realizados dentro e fora do Sistema, além
de MBA em Gestão Financeira, Auditoria e Controladoria.
Aprendizado contínuo
A relação de Meire Pereira de Castro com o Sicoob CrediRural, sediado em Rio Verde (GO), começou em 1999. Então
estudante de Ciências Contábeis, ela entrou para o time na
área de atendimento e 12 anos depois, ocupa a Supervisão
de Planejamento e Fomento da cooperativa.
24
Para Meire, o apoio em sua capacitação foi vital para atingir a
atual função e realizar o sonho pessoal de levar o cooperativismo de crédito a vários cantos do Estado. “Passei por várias
áreas, aproveitei muito os treinamentos oferecidos pela cooperativa, e estou terminando agora um MBA. Além disso, ganhei muito pessoalmente ao ajudar a fortalecer o segmento
na região”, comenta.
Esforço recompensado
Ao olhar para trás, o diretor-administrativo financeiro do
Sicoob Cocred (SP) Márcio Meloni, percebe que o esforço
valeu a pena em sua carreira profissional. Com 35 anos de
dedicação ao cooperativismo, deu seus primeiros passos no
segmento como office boy. “Naquela época nada era digital,
não tinha computador e o trabalho externo era feito a pé ou
de bicicleta.” Com o passar dos anos, ficou claro para Márcio
que aquele era o ramo em que ele queria crescer e, para tal,
aproveitou todas as oportunidades para aperfeiçoar seus conhecimentos. Foi aí que ele compreendeu porque seu pai,
que até hoje é produtor rural e cooperado do Sicoob Cocred,
fazia tantos elogios ao Sistema. Desde março de 2011, Márcio
ocupa o cargo de diretor do Sicoob Cocred, uma das maiores
cooperativas de crédito da América Latina.
Coragem para crescer
A idade era pouca, mas a vontade de crescer era grande.
Com 18 anos, o atual superintendente executivo do Sicoob
Central NE, Neilson Santos Oliveira, deu o ponta pé inicial
de sua história no cooperativismo. Foi em 1994, na cidade
de Alfredo Chaves (ES), que o caminho começou a ser traçado. Nessa época, ele ocupava o cargo de auxiliar contábil
da então Cooperativa de Crédito Rural de Alfredo Chaves
- atualmente Sicoob Sul-Litorâneo. Passados apenas dez
meses de trabalho, Neilson encarou o desafio de assumir a
sub-gerência da singular. Sua postura, ações e resultados, inevitavelmente, chamaram a atenção da Central que, em 1997,
após a criação do Bancoob, colocou em suas mãos mais uma
proposta desafiadora: assumir o cargo gerencial na entidade.
Meire Pereira de Castro
Conhecimento que
engrandece
O comprometimento e o interesse mostrados, no dia a dia,
pela hoje superintendente administrativa do Sicoob Blucredi,
de Blumenau (SC), Márcia Bonfante, tornaram-na digna de
confiança ao longo de sua carreira de 11 anos no Sistema.
O primeiro cargo ocupado por ela na cooperativa foi o de
caixa. Com o passar dos anos, Márcia assumiu novas responsabilidades que a levaram à posição que ocupa atualmente.
Focada em seus objetivos profissionais, investiu na formação e graduou-se em Administração com habilitação em
Marketing, fez MBA em Recursos Humanos e, no momento,
cursa Direito e o MBA em Gestão de Cooperativa de Crédito
- curso in company – promovido pela cooperativa. Quando
pensa em sua trajetória, Márcia admite que não imaginava
que a cooperativa teria um crescimento tão rápido e sente-se
feliz por ter participado dessa evolução.
Márcio Meloni
ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012
25
Recursos Humanos
Márcia Bonfante
Seu desempenho, mais uma vez, se destacou e motivou outras
propostas. Em 2000, foi chamado para atuar como executivo na
então Central das Cooperativas de Crédito do NE – atualmente
Sicoob Central NE.
Subida rápida de degraus
Hugo Alexandre, atual diretor financeiro e operacional da filial
Sicoob Juriscred - Teresina (PI), iniciou sua carreira no Sistema
em 2004, quando recebeu a proposta de assumir o cargo de caixa executivo da cooperativa. O vasto aprendizado adquirido em
10 anos de atuação na Associação Nacional de Bancos ASBACE/
ATP fez com que se destacasse logo nos três primeiros meses
de trabalho. Como reconhecimento de seus resultados, recebeu proposta para assumir os Controles Internos. O ano nem
havia terminado e Hugo subiu mais um degrau, ocupando o
cargo de analista comercial. Logo no início de 2005, foi indicado
à Gerência Geral, posição que ocupou até 2010, quando assumiu um novo desafio: se tornar diretor financeiro e operacional
de uma das filiadas de maior destaque da região Nordeste.
Engajamento ao ideal
cooperativista
A vontade era se tornar agrônomo, mas Olavo Lazzarotto, gerente do Sicoob Central SC, acabou cursando a segunda opção, Administração. Graças a essa escolha, descobriu o cooperativismo e se identificou com os ideais do Sistema no qual
atua desde 1982. Naquele ano, ainda estudante, ingressou na
Cooperalfa, uma cooperativa voltada para a produção, para
Neilson Santos Oliveira
atuar no setor contábil. Três anos depois, a entidade criou a
cooperativa de crédito Credialfa, que teve Olavo como seu
primeiro funcionário. Desde então, sua carreira deslanchou.
Em 1991, assumiu a função de inspetor; em 1993, ocupou
a gerência de outra cooperativa; em 1999, regressou para
a Central como inspetor para, em 2009, assumir a Gerência
da Central. “Os treinamentos oferecidos pela entidade são
muito importantes, pois fazem com que o colaborador aperfeiçoe seus conhecimentos e desempenhe sua função com
maior comprometimento.”
Correndo atrás do
conhecimento
Quando se pensa nas facilidades oferecidas pelo mundo
atual, é quase impossível imaginar que, há alguns anos,
26
Hugo Alexandre
as pessoas viviam sem elas. O responsável pela área de TI do
Sicoob Creditapiranga (SC), Norberto Lengert, por exemplo,
se recorda da época em que os procedimentos da instituição
eram todos manuais. “Quando entrei na cooperativa, como
estagiário, uma de minhas funções era fazer a atualização dos
títulos da poupança.” O tempo passou, os avanços tecnológicos chegaram e, com eles, uma grande oportunidade de crescimento. De estagiário – cargo que ocupava quando tinha 18
anos e fazia o curso técnico em Contabilidade – ele foi contratado para trabalhar como caixa, passou para o setor de Carteira
de Crédito e participou da implantação da área de TI, que está
sob sua responsabilidade há 14 anos. E para se preparar para
esta importante função, ele investiu em sua capacitação, com
graduação superior em Ciências Contábeis, pós-graduação
em Contabilidade e Auditoria e MBA em Cooperativismo de
Crédito.
Olavo Lazzarotto
Exemplo a ser seguido
A história profissional do diretor operacional do Bancoob,
Ênio Meinen, representa, para muitos, um exemplo de como
o interesse pelo aprendizado pode abrir portas e gerar oportunidades. Quem não conhece sua trajetória nem imagina que
sua relação com o cooperativismo começou quando ele tinha
apenas 18 anos. Naquela época, Ênio teve seu primeiro contato
com o sistema, prestando serviços à Cocecrer - RS, em Porto
Alegre, hoje Central Sicredi Sul, que contava com apenas 15
colaboradores. Lá, o diretor desempenhava trabalhos de office
Ênio Meinen
Noberto Lengert
boy, dando suporte, ainda, como auxiliar de personalização
de formulários de cheques. Um ano depois, ele teve a oportunidade de ingressar no setor de crédito, onde atuou como escriturário e, posteriormente, chegou a chefe de setor. Já aluno
da Faculdade de Direito da PUC-RS, Ênio assumiu a gerência
da área de normas da Central e, após certo tempo, foi indicado para gerente da área jurídica.
Entre 2000 e 2008, ele assumiu a vice-presidência executiva
do Sicredi, sendo que, nesse mesmo período, tornou-se membro do grupo técnico do Conselho Consultivo de Crédito da
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). No início de
2009, Ênio foi convidado por Marco Aurélio Almada, recém-indicado diretor-presidente do Banco Cooperativo do Brasil
(Bancoob), para compor a nova diretoria da entidade.
Para Ênio, cuja carreira no cooperativismo de crédito completa 28 anos, “O segredo é aproveitar todas as oportunidades:
acreditar, assumir compromissos e correr atrás”.
ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012
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Ética
Cooperativas do Espírito
Santo investem em ética
Palestra debate a importância de valores e de posturas éticas com cerca de
mil dirigentes e colaboradores no Estado
Furar fila de banco, comprar produtos piratas, negar nota
fiscal ao consumidor. Não faltam exemplos da falta de ética
no cumprimento de regras e leis. Agora imagine se todos
resolvessem dar o seu jeitinho, se o interesse individual fosse
priorizado ao invés das normas que regem o convívio em
sociedade?
O Sicoob Central ES decidiu reforçar com sua equipe a importância de valores e de atitudes éticas nas ações do dia
a dia para a construção de um ambiente corporativo justo,
transparente e sadio. Para isso, promoveu a palestra “Escolhas
que levam ao sucesso”, em todas as cooperativas do Sistema
no Estado.
Código de Ética
Os encontros, realizados entre 20 de agosto e 22 de outubro, foram idealizados de forma a seguir os padrões éticos
para a condução de relações internas e externas, previstos
no Código de Ética do Sicoob.
Cerca de mil pessoas, entre dirigentes e colaboradores das
cooperativas filiadas ao Sicoob Central ES, participaram do
evento. “Escolher o que é certo é difícil, mas a resposta é
decidir claramente o que queremos ser e que história queremos construir para nossa vida. Mais do que saber o que
é ético, é preciso ter força moral para decidir”, destacou o
palestrante, o administrador e mestre em Teologia, Usiel
Carneiro de Souza.
Ética no ambiente de trabalho
Segundo a superintendente do Sicoob ES, Sandra Helena
Rosa Kwak, os encontros ressaltaram a responsabilidade pessoal diante da vida e os fundamentos que dão suporte a uma
vida ética e de qualidade também no trabalho. “Em uma instituição financeira, ética significa, entre outros objetivos, cuidar do dinheiro de terceiros como se fosse o seu. Isso exige
transparência e confiabilidade”, completa.
28
Cerca de mil pessoas, entre dirigentes e colaboradores, assistem à palestra
no Sicoob Central ES
A gerente de administração da Central, Jaqueline Timm
Domingos, participou de uma das palestras. “A ética garante
um ambiente saudável de trabalho, uma preocupação frequente do Sicoob. Se a sua conduta é correta diante do associado, do seu colega de trabalho, todo mundo sai ganhando.
A falta de ética provoca vários prejuízos, e isso ficou evidente
nos casos práticos apresentados durante o evento”, afirmou.
Números preocupantes
Dados do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial mostram que o comércio ilegal movimenta R$ 850 bilhões por
ano no Brasil. Na indústria fonográfica, esse prejuízo tem
tamanho definido: o equivalente a 47,4 mil quilômetros de
CDs e DVDs piratas comprados entre 2006 e 2009, segundo
a Associação de Combate à Falsificação (se as mídias fossem
postas lado a lado).
PERFIL
“A vida é feita de ciclos”
Foi com essa frase que, há um ano atrás, Eruza Rodrigues iniciava sua
mensagem de despedida enviada aos amigos do Bancoob
Suas contribuições para a Revista foram
decisivas e estratégicas. Ela colaborou
como correspondente da primeira à
sexta edição, além de ter representado
o Bancoob nas reuniões do Comitê de
Marketing do Sicoob, participando ativamente das melhorias da comunicação
e do marketing sistêmico. O informativo
Radar, (instrumento de comunicação interna do Bancoob publicado às segundas-feiras), por exemplo, surgiu de sua
iniciativa e hoje já ultrapassa 200 edições.
Não demorou e seu talento logo foi reconhecido pelo mercado. A convite da
Organização das Cooperativas Brasileiras
(OCB), Eruza assumiu a Gerência de
Comunicação e Marketing da entidade.
Com apoio e entusiasmo de seus gestores e colegas de trabalho, aceitou o
convite e, desde abril do ano passado,
vinha cumprindo com brilhantismo os
desafios da nova função.
Mas, infelizmente, sua promissora carreira foi subitamente interrompida
em fevereiro deste ano. Os amigos do
Bancoob receberam a triste notícia do
falecimento prematuro de Eruza e logo
prestaram suas homenagens. Para o
diretor-presidente do Bancoob, Marco
Aurélio Almada, “de forma tão precoce
perdemos uma pessoa muito especial,
que deixou sua marca nas instituições
por onde passou, por seu talento, alegria
e companheirismo”
Segundo o superintendente de Gestão
Estratégica do Bancoob, Cláudio Halley,
Eruza era dotada de inúmeras qualidades. “Ela sempre se mostrou uma pessoa madura, determinada a enfrentar e
vencer os desafios que surgiam. Na convivência diária, predominava o bom humor, contagiando positivamente toda a
equipe”, enaltece Halley, com a autoridade de quem conviveu profissionalmente
com a Eruza por quase dois anos.
“Os momentos especiais estão guardados e eu só posso dizer: muito obrigada”,
agradeceu Eruza, no encerramento de
sua última mensagem aos amigos do
Bancoob.
Arquivo Pessoal
Autêntica, perspicaz, sorridente, firme e
franca. Essas eram algumas das virtudes
de Eruza Rodrigues que, durante quase
quatro anos e meio, encantaram seus
colegas de trabalho no Bancoob. De
outubro de 2006 a março de 2011, trabalhou de forma impecável a comunicação do Banco e o relacionamento com
a imprensa, tendo sido protagonista de
importantes iniciativas, como a que deu
origem à Revista Sicoob.
Bacharel em Comunicação Social e especialista em Gestão da Comunicação
pela Universidade Católica de Brasília,
Eruza trabalhou na Gerência de
Marketing e Comunicação (Gemac)
do Bancoob. Com a dissolução da
gerência, passou a atuar na Unidade
de
Relacionamento
Institucional
da Superintendência de Gestão
Estratégica (Suest), área diretamente
ligada à Diretoria do Banco. Em seguida, aceitou a proposta da OCB para
assumir a Gerência de Comunicação
e Marketing da Instituição. Eruza
Rodrigues faleceu no dia 16 de fevereiro deste ano, aos 32 anos.
ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012
29
gestão
A fórmula do crescimento
Em apenas três anos, Gerência de Negócios se transforma no principal trunfo para
impulsionar resultados e indicadores do Sicoob Sistema Crediminas
Ao se comparar o desempenho das centrais de crédito, não é
difícil notar que o Sicoob Sistema Crediminas tem cadeira cativa nas primeiras posições de qualquer ranking relacionado aos
negócios do Sicoob. A boa performance não é por acaso e também não é efeito de passes de mágica. É, na verdade, reflexo de
muito trabalho,sendo um dos segredos a Gerência de Negócios
(Geden) que, em apenas três anos, mostrou que é possível conciliar os ideais cooperativistas com as leis que regem o mundo
dos negócios.
performance dentre as cooperativas do Sistema Crediminas.
“Não é tão complicado chegar em primeiro. Difícil é se manter
lá. Provamos que o trabalho, se seguido a risca, gera resultados”,
enaltece o gerente de Negócios do Sicoob Central Crediminas,
Sérgio Teixeira. Em seu portfólio, a Geden coleciona outras
conquistas, como a emissão em massa de cartões, a migração
e a disseminação do Cabal Vale e o crescimento da Poupança
Sicoob de R$ 110 milhões, em 2008, para R$ 450 milhões em
2011.
A partir do desenvolvimento de produtos, serviços e softwares
e da implantação de cursos de capacitação para estimular a comercialização, a Geden tem conseguido aumentar a eficiência
das cooperativas na captação de negócios. O caso do Sicoob
Carmocredi, da cidade de Carmo do Cajuru (MG), é emblemático.
A cooperativa, indicada para receber o projeto piloto da Geden,
ocupava a 17º posição no ranking da Central em 2007. Com o
apoio firme da Gerência, o Sicoob Carmocredi galgou posições
até alcançar o topo em 2009.
A receita
A intervenção da Geden foi tão bem sucedida que, durante todo
o ano de 2010, a cooperativa continuou a ostentar a melhor
Criada em 2008, a Geden contava com uma equipe modesta de
quatro analistas, que definiram a missão da nova área e padronizaram as atividades, como o pacote de tarifas e as linhas de
crédito. Em seguida, a estrutura interna foi repensada e a Geden
passou a ser formada por nove profissionais com experiência no
mercado financeiro divididos em quatro áreas, além da Gerência.
O próximo passo consistia em aplicar treinamentos para gerentes e dirigentes de cooperativas singulares. Para tanto, foram
criados cursos com foco nos produtos e serviços do Sistema
Estrutura Interna
Desenvolvimento e
Assessoria Comercial
Gerência
Gerente de
Negócios
Gestão Produtos e Serviços
Consórcios
Sicoob
Sicoobcard
SicoobPrevi
Consignados
Mesa de Negócios
Campanhas
Comerciais
Agentes de Negócios
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Núcleo de Marketing
Estratégias
Comerciais
Crediminas. Dentre eles, está o Workshop de Negócios, que
consiste na visita de técnicos da Geden às regionais para indicar quais são os principais produtos da época, suas características, pontos fortes e estratégias de comunicação.
Com as lideranças devidamente treinadas, era chegado o momento de desenvolver softwares que auxiliassem na mensuração dos resultados. O Gestão Comercial chegou em 2008
e permitia a avaliação da reciprocidade do associado com a
cooperativa. Seu sucessor, a Plataforma de Negócios, está rodando desde meados de 2011. A nova ferramenta congrega
os principais números do Sistema Crediminas, inclusive com
comparativos às metas do Projeto Empresarial. “Conseguimos,
ainda, identificar os pontos de defasagem e quais cooperativas ou pontos de atendimento estão com maiores dificuldades. Com isso, é possível realizar ações localizadas e ajudá-los a atingir as metas estabelecidas”, esclarece o Analista de
Desenvolvimento da Geden, Orlando Cézar.
Carta na manga
O Sistema Crediminas conta com 83 cooperativas filiadas e
488 pontos de atendimento. Diante disso, seria impraticável
atender todas as cooperativas se não fossem os agentes de
negócios. Ao todo, são sete profissionais que realizam o trabalho
de assessoria comercial in-loco. O primeiro contato das cooperativas com a Central é feito através deles, que têm a incumbência de disseminar a cultura comercial por meio de planos de
negócios, treinamentos e visitas, além de assessorá-las na definição das metas do Projeto Empresarial. “Nós também reservamos
boa parte do nosso tempo para visitar as cooperativas. Com isso,
conhecemos de perto a realidade de cada singular e ajudamos
os agentes a desenvolver um melhor planejamento comercial”,
destaca Orlando Cézar.
Coopmix
Realizado a cada dois anos, o Encontro Estratégico de Negócios
do Sicoob Sistema Crediminas (Sicoob Coopmix) resume todo o
clima vivenciado pela Geden e pelo Sistema nos últimos anos.
O evento é uma verdadeira e produtiva imersão no mundo dos
negócios. A última edição, cujo slogan foi: “Um jeito diferente
de fazer negócios”, foi realizada em novembro de 2011 e esteve
voltada para a implementação da cultura de vendas. “Queremos
nos tornar uma alternativa de destaque dentro do sistema financeiro, melhorar a qualidade dos nossos produtos e serviços
e fazer frente à concorrência”, esclarece Sérgio Texeira.
Os mais de 600 convidados, representantes de 81 cooperativas, participaram de palestras e gincanas que testavam o conhecimento dos participantes sobre os produtos e serviços do
Sistema. A novidade ficou por conta da Feira de Negócios. Com
minipalestras nos estandes do Sicoob Central Crediminas e parceiros, foi o palco perfeito para se criar um ambiente interativo e
de aprendizado para um grande público de participantes.
Da esq. à dir.: Heli Penido, Cícero Filogônio,
Ricardo Antônio, Luiz Gonzaga, Alberto Ferreira,
Vitor Hugo, Almada e Élson Justino durante a
última edição do Coopmix
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Projetos sistêmicos
Integração de Projetos
Projetos Sistêmicos regem as diretrizes de cada área para as atividades e metas a serem
adotadas pelo Sistema
O ano de 2010 foi marcado pelo início da implantação do
Planejamento Estratégico do Sicoob. Desde então, todas as cooperativas de crédito, centrais, Sicoob Confederação e Bancoob
passaram a orientar-se pelos mesmos objetivos corporativos,
visão, missão e valores. Com isso, o Sistema ganhou mais força,
unidade, representatividade e credibilidade perante o mercado
financeiro nacional.
dos investimentos, exige o trabalho e a coordenação conjunta
de todas as entidades do Sistema. Desta forma, foram criados os
Projetos Estratégicos: Afirnarh, Cobrança, Comunicar, Acreditar,
Monitorar, Projeto Empresarial, Peti e Otimizar Negócios, sendo
que cada um deles foi construído respeitando as particularidades das entidades que compõem o Sicoob, contendo, detalhadamente, metas e ações específicas.
Os objetivos estratégicos do Sicoob estão voltados ao alinhamento sistêmico e a realização de grandes projetos, cujo vulto
O sucesso de cada projeto está diretamente ligado aos resultados positivos do Planejamento Estratégico.
Conheça cada um dos Projetos Sistêmicos:
AfinaRH
Comunicar
O Fórum de Recursos Humanos do Sicoob (Afinarh) foi criado para atender a perspectiva “Aprendizado e Crescimento
do Planejamento Estratégico” e a diretriz “Desenvolver e
Implementar Política de Gestão de Pessoas para o Sistema”.
Foram desenvolvidos cinco Projetos de Gestão de Pessoas:
Plano de Cargos e Carreiras, Política de Recrutamento e Seleção,
Programa de Educação, Programa de Humanização e Política de
Gestão de Desempenho. A coordenação geral do projeto é de
responsabilidade da Gerência Estratégica de Pessoas do Sicoob
Confederação (Gepes).
O Projeto Comunicar, estabelece as políticas e estratégias de marketing e comunicação para o Sistema Sicoob, ordenando papéis
e responsabilidades entre as entidades do Sistema, com projetos
e ações específicas para as atividades de gestão da marca, marketing, relações públicas, imprensa, publicidade e representação institucional, objetivando o posicionamento estratégico no
mercado e valor à marca. O Projeto Comunicar está sob a coordenação da Gerência de Comunicação e Marketing do Sicoob
Confederação (Gecom).
PETI
Cobrança
O Projeto Cobrança tem como objetivo desenvolver soluções em
cobrança bancária de forma sistêmica para operação em larga
escala em rede, posicionando os serviços entre os cinco melhores do mercado brasileiro. O projeto está sob a coordenação da
Superintendência de Gestão Estratégica do Bancoob (Suest).
Monitorar
A finalidade do projeto é implantar e manter dinâmico processo
de discussão da estrutura centralizada para a gestão dos riscos
de crédito, mercado, liquidez e operacional, do controle interno
e do monitoramento no Sicoob. Sua gestão é dirigida de forma
compartilhada entre o Sicoob Confederação e o Bancoob.
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O Planejamento Estratégico de TI tem como objetivo orientar as
ações da Diretoria de Tecnologia da Informação (Ditec) para que,
alinhadas ao Plano Estratégico do Sicoob Confederação, possam
dar suporte às estratégias de negócios da organização e propiciar seu desenvolvimento e crescimento.
Otimizar Negócios
Com a finalidade de proporcionar ganhos de modernização, padronização sistêmica e desenvolvimento de soluções analíticas
no Sistema de Informática do Sicoob (Sisbr), o projeto é responsável pela coordenação da implantação de soluções de apoio a
decisão para todas as entidades do Sicoob.
Alinhado com o que há de mais moderno em termos de
inteligência negocial, conta com consultoria da IBM, empresa que
é referencia mundial na implantação de sistemas analíticos. Assim
o objetivo do projeto é conferir maior competitividade, agilidade
e segurança na gestão das cooperativas.
A primeira entrega do Otimizar foi a Plataforma de Apoio à Decisão
(PAD). Lançada em janeiro desse ano, a PAD é uma ferramenta de
gestão que disponibiliza informações para suporte à tomada de
decisão relativas ao retorno e ao risco incorrido pelas cooperativas
do Sicoob. Desta forma, a PAD agrega informações relativas aos
produtos captados e emprestados, prestação de serviços, despesas administrativas, taxas praticadas, bem como, acompanhamento de risco de lavagem de dinheiro, liquidez e mercado.
Acreditar
O projeto Acreditar é um verdadeiro Programa em razão de sua
abrangência e tem a finalidade de aprimorar o processo de crédito
em busca do aumento da competitividade nessa área, conferindo
maior agilidade, segurança, modernização, padronização e automatização às diferentes rotinas operacionais. A iniciativa, considerando o modelo de governança que pressupõe ampla participação das entidades do Sistema, é inovadora no Sicoob e serve de
referência a um conjunto de outros projetos corporativos sob a
responsabilidade do Sicoob Confederação e Bancoob.
Projeto Empresarial
As propostas de aprimoramento têm origem no grupo de trabalho (GT) composto por técnicos dos quadros do Banco e da
Confederação, sendo submetidas à apreciação de foro técnico
(Comitê Técnico) que reúne executivos das duas empresas e de
todas as Centrais do Sicoob. Vencido esse segundo estágio, as
proposições são submetidas ao Comitê Patrocinador, que envolve
dirigentes do Banco e da Confederação. Em última instância, dependendo da extensão, as matérias são ainda levadas à apreciação
dos Conselhos de Administração das entidades.
Busca modernizar a gestão e obter ganhos de sinergia entre as
entidades do Sistema: singulares, centrais, Sicoob Confederação,
Bancoob e empresas de apoio, proporcionando melhorias de resultados e aumento da competitividade. A gestão do projeto é realizada em parceria entre o Sicoob Confederação e Bancoob, com
apoio do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG)
Deflagrado oficialmente em 2010, o Projeto já promoveu inúmeras entregas beneficiando as cooperativas do Sistema (confira
no quadro). Quanto aos desafios para 2012, o objetivo é concluir
a unificação das bases de cadastro criando o Capes (Cadastro
de Pessoas do Sicoob) e as novas Plataformas de Crédito para
Parametrização de linha, Proposta e Liberação de crédito.
Em breve, as cooperativas contarão também com acompanhamento de desempenho dos Postos de Atendimento Cooperativo
(PACs), associados e produtos, solução de CRM (Sistema de
Relacionamento com o Associado) e outros acompanhamentos
de risco.
Balanço do Acreditar
Principais entregas
O que vem por aí...
. Política Institucional de Risco de Crédito do Sicoob e Política de
Cadastro do Sicoob.
. Cadastro Único (Cadastro de Pessoas do
Sicoob).
. Manual de Instruções Gerais – Cadastro e Manual de Instruções Gerais
– Crédito.
. Nova plataforma de crédito (automatização
de todas as fases do crédito – criação de linha,
análise, decisão, formalização e liberação).
. Indicadores para medir a qualidade do crédito do Sicoob: INAD15 e
INAD90.
. Novas metodologias e sistemas para classificar o risco do tomador e da operação.
. GRC (Sistema para o Gerenciamento de Risco de Crédito).
. Melhorias no sistema de cadastro e no relatório perfil de associados/
clientes.
. Nova Central de Riscos (Documento 3040).
. Automação da transferência de operações para prejuízo.
. Cobrança de operações inadimplentes e
recuperação de crédito.
. Diversas funcionalidades para melhoria
do ambiente de condução e controle das
operações de crédito (controle de garantias,
renegociação, prejuízo, estorno etc).
. Diversas funcionalidades para melhoria do ambiente atual (mecanismos de arrasto, liberação de operações por TED etc).
ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012
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PRODUTOS
Crédito e
conveniência
Família Sicoobcard cresce, agregando segurança
e facilidades aos associados
Depois da reformulação do design dos cartões e a implantação de chip,
que os tornaram mais modernos e seguros, a família Sicoobcard tem agora
mais motivos para comemorar: o lançamento de novos cartões, que trarão
ainda mais facilidades para os cooperados.
Durante o 2º Pense Sicoob, evento realizado em setembro de 2011 e que
celebrou o 15º aniversário do Sicoob, foram apresentadas as novidades: os
cartões Sicoobcard MasterCard Platinum e Sicoobcard Cabal Gold, voltados para pessoas físicas, e o Sicoobcard Cabal Empresarial, para atender às
pessoas jurídicas.
Mais facilidades
Segundo Ênio Meinen, diretor operacional do Bancoob, o lançamento dos
novos cartões vem incrementar o portfólio dos produtos oferecidos pelas
cooperativas, ampliando o atendimento às necessidades dos associados.
“A vantagem de nossos cartões está na possibilidade de ofertar o produto
com anuidade e taxas de juros mais atrativas do que as disponíveis no mercado, pois estas são definidas pela própria cooperativa, que tem autonomia
para oferecer as melhores condições aos cooperados”, explica.
Para Ênio, além de representar o que há de mais moderno em meios de pagamento, os cartões Sicoobcard incrementam as receitas das cooperativas,
beneficiando duplamente os cooperados. “No Sicoob, o cooperado ganha
por usufruir de produtos competitivos e tem mais resultados por também
ser dono do negócio”, finaliza.
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Para todos os gostos
Sicoobcard MasterCard Platinum
Sicoobcard Cabal Gold
O Sicoobcard MasterCard
Platinum é o cartão exclusivo dos associados do
Sicoob. Ele tem benefícios e
facilidades especiais, como:
até 40 dias para pagar, sem
juros, dependendo da data da compra, e dois limites, um
para compras à vista e outro para compras parceladas.
Conheça as principais características e facilidades desse
produto, que é aceito no Brasil e no exterior, e ainda tem
pontuação especial no programa de prêmios.
Esse é o cartão que facilita o
dia a dia e oferece mais comodidade ao portador: disponibilidade de até 40 dias para pagar, sem juros, e participação
no programa de recompensas,
que permite a troca de pontos por centenas de produtos,
crédito na fatura, assinaturas de diversas revistas e milhas
aéreas. A cada U$ 1 gasto em compras, o portador ganha 1
ponto no Sicoobcard Prêmios.
Concierge:
serviço que oferece dicas sobre atrações das cidades visitadas, faz reservas em restaurantes, providencia a compra
de presentes e ingressos para shows.
MasterCard Surpreenda:
todas as compras com o cartão Platinum valem 1 ponto
neste programa da MasterCard. A partir de 5 pontos, o
portador compra um produto e leva outro, gratuitamente.
Sicoobcard Prêmios:
Sicoobcard Cabal Empresarial
Um cartão de crédito especial
para as empresas associadas às
cooperativas do Sicoob. Com
ele, o portador garante maior
controle dos gastos, facilita os
pagamentos, separa as despesas pessoais das empresariais e conta com benefícios especiais, que podem ser estendidos aos sócios e executivos da
empresa.
E os produtos ainda dispõem de:
as compras no crédito também valem pontos. Esses podem ser trocados por diversos produtos, como assinaturas de revistas, crédito na fatura e milhas aéreas. A cada
U$ 1 gasto, o portador ganha 1,5 ponto no Sicoobcard
Prêmios.
• acesso gratuito ao Sicoobcard Prêmios: a cada U$ 1 gasto em compras, o portador ganha 1 ponto no Sicoobcard
Prêmios. Esses podem ser trocados por centenas de produtos, assinaturas de revistas e milhas aéreas;
MasterCard ShowPass:
• até 40 dias sem juros para pagamento;
facilita a compra de ingressos para shows, além de dar ao
portador direito de acesso exclusivo ao evento . Outras
vantagens: seguro de acidente em viagens; assistência
com gastos médicos hospitalares ou odontológicos em
situações emergenciais; seguro para o aluguel de automóveis e apoio emergencial, 24h por dia, 7 dias por
semana.
• dois limites de crédito, uma para compras à vista e outro
para compras parceladas.
Acesse www.sicoob.com.br e confira mais novidades.
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Integração
Parceria de
sucesso
Sicoob e Sebrae são parceiros no desenvolvimento
e apoio à micro e pequenos empresários
Quem é empresário sabe que para crescer é preciso investir.
Para isso, a cooperativa de crédito é a melhor opção na hora de
conseguir empréstimos com juros mais baixos e de forma simplificada. Sabendo de sua importância no mercado financeiro
e das possibilidades de investimentos no segmento empresarial, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae) apoia o Sicoob.
A instituição oferece capacitação para as singulares, que conhecem o mercado e as melhores formas de atender ao segmento “Pessoa Jurídica” (PJ). Para Alessandro Chaves, gerente da
Unidade de Acesso a Serviços Financeiros (Uasf ) do Sebrae-MG,
a entidade trabalha nesse caminho, “mostrando para as cooperativas como elas podem atender com qualidade às micro
e pequenas empresas, garantir a satisfação do seu público-alvo
e oferecer de maneira diferenciada a diversidade de produtos”,
ressalta. Por outro lado, também orienta micro e pequenos
empresários sobre os benefícios do cooperativismo de crédito.
“Incentivamos a empresa a crescer, seja investindo em tecnologia ou abrindo uma nova unidade e para isso orientamos sobre
formas de financiamento”, esclarece.
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Alessandro Chaves, gerente da Unidade
de Acesso a Serviços Financeiros (Uasf ) do
Sebrae-MG, e João Leite, Presidente do Sicoob
Saromcredi, comemoram o sucesso do trabalho
desenvolvido em conjunto pelas instituições
Primeiros frutos
Um exemplo de cooperativa que conta com o apoio do Sebrae é
o Sicoob Saromcredi, localizado na cidade de São Roque de Minas
(MG). Em 2006, a cooperativa conheceu, por meio da instituição,
um projeto de empreendimento coletivo do Banco Nacional do
Desenvolvimento (BNDES) para financiamento de sua nova sede.
Dois anos depois, o BNDES autorizou as cooperativas de crédito singular a acessar recursos para fazer aplicações e operações de microcrédito para pequenos produtores e micro empresários. Com essa
oportunidade, a cooperativa de São Roque de Minas contou com a
ajuda do Sebrae (que também apoiou outras cinco cooperativas do
Sicoob em Minas Gerais) para escrever o projeto e captar os recursos do BNDES.
De acordo com João Carlos Leite, presidente do Sicoob Saromcredi,
"a parceria com o Sebrae é importante pela capacitação, organização de cadeias produtivas, desenvolvimentos de projetos de educação nas escolas – onde crianças a partir de 3 anos já aprendem a
visão do empreendedorismo – e mudança de cultura dos micro e
pequenos empresários da região, que, por meio de palestras e consultorias, aprendem a desenvolver seus negócios”.
Quem aprendeu bem a lição e tornou-se o primeiro micro
empresário a conseguir crédito na cidade foi José Antônio
da Costa, torneiro mecânico, que precisava de R$ 10 mil para
comprar uma máquina de sorvete italiano. Hoje, o faturamento de sua sorveteria é de R$54 mil por ano. “Sem essa
parceria, seria difícil conseguir montar meu negócio, pois a
cidade era considerada ‘parada no tempo’, porque antes da
Saromcredi não tínhamos nem como realizar transações financeiras”, comenta.
Outras histórias de sucesso são a da loja de eletrodomésticos
Roldão Eletrogally, que foi aberta com o apoio da cooperativa e já nos dez primeiros meses teve o faturamento de R$ 1
milhão de reais, e a do produtor rural, João Batista, que com
o financiamento da cooperativa conseguiu investir em seu
cafezal e hoje tem mais de 300 mil pés de café. João sempre recomenda: “quem pensa em crescer, deve fazer parceria
com uma cooperativa”.
práticos da série de apostilas sobre empreendimentos coletivos
desenvolvidos pelos Sebrae e que em março deste ano serão
reprisados pela Rede Globo.
Um dos programas teve como referência o cooperativismo de crédito, onde contou a história da cooperativa Sicoob
Saromcredi, também já descrita pela Revista Sicoob (edição 3),
que reergueu a cidade por meio dos serviços de transações
financeiras em São Roque de Minas. Entre eles, a cooperativa
propicia aos produtores rurais e pequenos empresários, subsídios para incrementarem seu negócio, como financiamentos e
empréstimos.
Apostila que virou
programa de TV
Os associados João e José são dois exemplos de sucesso,
que conquistaram seu negócio graças à ajuda da sua cooperativa. Eles também foram destaque das gravações da série
“Juntos Somos Fortes – Agronegócio”, realizadas em junho
de 2011, que foi ao ar durante os meses de outubro e dezembro de 2011 no Canal Futura. Os vídeos são exemplos
Confira!
Mais informações sobre o programa
nos endereços www.futura.org.br e
www.sebrae.com.br.
José Antônio da Costa garantiu
sua renda com o financiamento de
sua sorveteria pela cooperativa de
credito Sicoob Saromcredi
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comunicação
Relacionamento em
primeiro lugar
Sicoob investe em canais de diálogo e oferece ferramentas para
ampliar integração com cooperativas e associados
Com o crescimento alcançado recentemente, o espaço para o
relacionamento entre Centrais, Singulares e associados se tornou um assunto ainda mais importante para o Sicoob. Por meio
de canais específicos e cada vez mais difundidos, as cooperativas têm a chance de comunicar-se entre si e sanar possíveis
dúvidas que surgem nos trabalhos realizados junto ao Sicoob
Confederação.
Segundo a gerente de Relacionamento e Negócios da
Confederação, Sylvia Sarabion, os atuais canais apresentados pelo Sicoob estão em excelente patamar, em melhores
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condições ou no mesmo nível das principais instituições
financeiras do Brasil. “As ferramentas que disponibilizamos não nos deixa atrás de nenhuma grande instituição
financeira do país. Pelo contrário, temos importantes
diferenciais: apresentamos o 0800 regulamentado, a
Ouvidoria, a possibilidade de fazer operações via celular,
Internet Banking, entre outros canais efetivos”, pontua. “A
nossa visibilidade no país atualmente é muito maior e o
potencial de atendimento cooperativo cresceu significativamente”, completa a gerente.
Além dos associados, as ferramentas disponíveis oferecem também apoio a futuros cooperados e ao público
externo em geral. A atuação das diferentes redes de contato leva cada vez mais pessoas a buscar informações sobre os serviços e produtos oferecidos pelo Sicoob. “Muitas
delas não sabiam da grandeza do Sistema e não tinham
noção do seu significado. Com a campanha publicitária
nacional, realizada no segundo semestre de 2011, houve
um expressivo aumento na busca de informações sobre
o Sicoob e o resultado só foi satisfatório, porque estávamos preparados para atender a esta demanda com qualidade, precisão e informação”, conta Sylvia.
Principais canais de relacionamento do Sicoob:
Site
O site do Sicoob foi desenvolvido de forma que as informações institucionais, de produtos, serviços e relacionamento, fossem encontradas facilmente pelos visitantes. De acordo com
Andrea Hollerbach, gerente de Comunicação e Marketing do Sicoob Confederação,
o site oferece agilidade na navegação e na obtenção de detalhes institucionais e
comerciais. “Disponibilizamos a consulta de produtos e serviços, além de mostrar
quais são os demais canais de relacionamento. A aceitação dos usuários é satisfatória, visto o número de acessos e transações financeiras realizadas através dele
pelos associados do Sicoob”, diz.
Apesar do bom desempenho do site do Sicoob, Andréa informa que a
Confederação está com um projeto ainda maior, a criação do portal Sicoob. “Já
temos um projeto ousado para 2012 em andamento, cuja proposta é a criação do
portal que, como um grande guarda-chuva, poderá hospedar os sites individuais
das cooperativas, garantindo a padronização da comunicação sistêmica e ampliando
a visão dos associados a respeito da dimensão do Sicoob”, analisa.
Confira: www.sicoob.com.br
Associe-se
Criado no segundo semestre de 2011 para atender à demanda de novos associados, o canal
Associe-se tem obtido um importante retorno. O intuito da nova ferramenta é fazer com que
os possíveis interessados em tornar-se cooperados tenham o caminho encurtado para chegar até à cooperativa. Logo na primeira avaliação, um mês e meio após o lançamento, o
Associe-se apresentou a marca de 2.500 registros. “Anteriormente, o interessado em
aderir a uma cooperativa, ao ver as campanhas publicitárias sobre o Sicoob, levantava dúvidas sobre como se associar. Com este novo canal, o interessado liga para
o 0800, ou acessa o site, e o nosso atendimento indica qual a cooperativa mais
próxima a sua localidade. Além disso, o cadastro realizado vai para a Central,
onde é feita a análise de qual cooperativa atende melhor às suas necessidades e
demandas”, explica Sylvia Serabion.
Confira: www.sicoob.com.br/site/conteudo/associe_se/
Internet Banking
O Internet Banking do Sicoob foi criado para facilitar a vida do cooperado, seja ele pessoa
física, por meio do SicoobNet Pessoal, ou pessoa jurídica, pelo SicoobNet Empresarial, com
o intuito de proporcionar mais rapidez e comodidade no acesso aos produtos e serviços da
cooperativa pela internet em qualquer lugar do mundo, a qualquer hora do dia e da noite. O
SicoobNet disponibiliza cerca de 60 modalidades de transações financeiras, como consultas
de saldos e extratos, pagamentos, transferências, empréstimos, investimentos, cartões, previdência, entre outras interações.
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Cenário
Presença forte nas redes sociais
O Sicoob alcançou a marca de 21 mil acessos à conta corrente pelo Facebook. A ferramenta possibilita
que o cooperado faça consultas financeiras, visualização de saldos, últimos lançamentos e lançamentos futuros da conta corrente. As informações das consultas não são publicadas no mural do usuário,
mantendo o sigilo e garantindo a segurança dos associados.
O aplicativo, lançado e disponibilizado desde julho de 2011, segue as tendências de inovações tecnológicas, proporcionando aos cooperados uma forma pioneira de acesso às
informações bancárias com economia e praticidade. “A integração com as redes sociais
é um dos grandes diferencias do Internet Banking do Sicoob e a perspectiva é que
esse serviço ganhe novas funcionalidades em breve”, afirma o gerente de Canais de
Atendimento do Sicoob, Luiz Cândido Severino Junior.
Confira: Internet Bankig: www.sicoobnet.com.br/
Facebook -https://apps.facebook.com/sicoobnet/
Aplicativo para celular
SicoobNet Celular é o canal de autoatendimento destinado aos associados do Sicoob, que permite o acesso a conta corrente de pessoa física ou pessoa jurídica, para a realização de transações
financeiras, por meio de celular (ou dispositivo móvel), conectado à internet.
“Com a evolução das tecnologias móveis, da infraestrutura de conexão das operadoras telefônicas e
maior aceitação por parte dos usuários, existe uma tendência de adoção cada vez maior dos aplicativos
nos celulares. Neste caso, o conceito de conforto e comodidade é potencializado”, expõe Luiz. Ainda de
acordo com o gerente, essa solução conta ainda com um recurso diferenciado por meio de transação
específica para leitura do código de barras. Através dessa transação, o aplicativo Sicoob permite a captura automática de código de barras de títulos e convênios a partir da câmera fotográfica do aparelho,
eliminando a digitação do código, e, por consequência, simplifica o processo para pagamento dos
boletos bancários e das contas de água, luz, telefone e fás. A funcionalidade está disponível
para os aparelhos equipados com câmera fotográfica cuja resolução seja igual ou superior a
1 megapixel e compatíveis com as plataformas Apple iOS e Google Android. No mês de
novembro de 2011, foram realizadas mais de 400 mil transações por meio do SicoobNet
Celular.
Ouvidoria
A Ouvidoria Sicoob é o canal para atender às demandas não solucionadas na Central de
Atendimento e na Central de Atendimento Cartões Sicoobcard. Segundo a ouvidora do
Sistema, Ana Kamimura, os questionamentos levantados pelo público são prontamente direcionados à administração do Sicoob. “Trabalhamos as informações levantadas e revestimos
em proposições ao Conselho de Administração. Isso ajuda a modificar processos, serviços, produtos e aprimorar as formas de atendimento”, explica.
O sistema é composto por dois canais prioritários: a Ouvidoria Sicoob, que recebe demandas originadas
das cooperativas singulares, e a Ouvidoria Bancoob, que trata de questionamentos dos cooperados e
de usuários de seus produtos e serviços.
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Confira: www.ouvidoriasicoob.com.br /
0800 725 0996
responsabilidade social
Giovanna Kamilly, Gabrielly
Marie e Victória Reis são
uns dos 170 filhos de
cooperados do Sicoob
Credisul contemplados com
o programa de educação
Parceria é o
nosso negócio
Cooperativa de crédito de Rondônia promove ações de intercooperação
em prol da melhoria da economia e educação local
Em Vilhena, município da região Sul de Rondônia, o Sicoob Credisul
dá exemplo de responsabilidade social e intercooperação. A cooperativa de crédito teve uma atuação crucial para viabilizar a
construção de uma fábrica de ração animal da Cooperativa Mista
Agroindustrial de Vilhena, conhecida como Coopervil, e no fomento à educação na parceria com uma cooperativa educacional do
município.
Para a unidade fabril, o Sicoob Credisul criou uma linha de crédito
exclusiva para que os cooperados pudessem financiar novas cotas
da Coopervil e financiarem o projeto da primeira fábrica de ração
do segmento cooperativo no sul do Estado de Rondônia, que será
inaugurada em março deste ano.
A expectativa é que a unidade produza 2.000 toneladas de ração
para gado de corte e leite e proporcione ao cooperado uma economia de 30% nos seus investimentos no produto. Além de gerar
economia e propiciar a melhoria do rebanho, a fábrica de ração
contribuirá também para a produção agrícola, uma vez que garantirá a compra da safra de cereais dos produtores de Vilhena e região.
De acordo com o secretário executivo do Sicoob Credisul, Vilmar
Saúgo, a parceria consistiu em disponibilizar os recursos necessários para que a Coopervil pudesse operar no menor tempo possível,
agregando valor e melhorando a receita dos produtores cooperados. "Além disso, o produto final irá proporcionar indiretamente um
custo menor na produção de carne e leite”, ressalta.
Educação
O trabalho de responsabilidade social e intercooperação da
cooperativa também abrange a educação do ensino médio
e fundamental do município. O Sicoob Credisul mantém uma
parceria com a Cooperativa Educacional de Vilhena (Coopevi),
para a qual destina parte de seus recursos do Fundo de
Assistência Técnica Educacional e Social (Fates), advinda do
resultado financeiro (sobras) para financiar bolsas parciais de
estudos aos filhos de seus cooperados.
Em contrapartida, a escola da cooperativa educacional se
compromete em manter disciplinas ligadas ao cooperativismo em sua grade curricular. Atualmente, mais de 170 filhos
de cooperados do Sicoob Credisul são contemplados com
a bolsa, o que representa quase a metade dos 381 alunos. A
Coopevi possui 42 professores e é uma das melhores instituições de ensino de Rondônia (RO). A escola obteve a primeira
colocação no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
no município e ficou em quarto lugar no ranking do Estado.
O Sicoob Credisul também investe na educação de seus empregados. A cooperativa é um exemplo pelo investimento em
seu capital humano com incentivos na capacitação dos seus
profissionais.
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responsabilidade social
Crédito
Com o apoio financeiro da cooperativa de crédito, a cooperativa
agroindustrial Coopervil investiu mais de R$ 2 milhões na construção do espaço físico da fábrica e na aquisição de equipamentos
de última geração. “A realização deste projeto somente foi possível
com o apoio do Sicoob Credisul”, revela o presidente da Coopervil,
Eduardo Sartor.
As alianças entre cooperativas é uma forma de fortalecer o setor e
todos saírem ganhando. Ao promover a intercooperação, o Sicoob
Credisul também se beneficiou com o aumento das operações financeiras de seus cooperados e atraindo novos sócios para a cooperativa de crédito que buscaram a linha de crédito para viabilizar a
participação na fábrica de ração.
A parceria do Sicoob Credisul e Coopervil estende-se a outros projetos de suma importância para o desenvolvimento social e econômico de Rondônia como, entre outros, o laboratório de fertilização
in vitro, que visa o melhoramento genético do gado de corte e de
leite de Vilhena e região.
Sicoob Credisul atua nos setores
agroindustrial, pesqueiro e extrativista
no município de Vilhena e região
Inauguração da primeira fábrica de ração do segmento cooperativo
no Sul de Rondônia teve o apoio do Sicoob Credisul
História
Há 12 anos surgia o Sicoob Credisul voltado aos setores agroindustrial, pesqueiro e extrativista. Em 2007, a cooperativa se transformou
em livre admissão e passou a atender a todos os setores e perfis profissionais do município de Vilhena e região. A cooperativa possui um
caixa avançado no Parque Shopping Vilhena e mais quatro unidades
de atendimento nas seguintes cidades: Cerejeiras, Cabixi, Corumbiara
e Colorado do Oeste, totalizando mais 3.000 cooperados.
Em 2011, o Sicoob Credisul registrou um crescimento de quase 70%
em seu total de ativos. O volume de operações de crédito cresceu
93%, saltando de R$ 49,5 milhões, em 2010, para R$ 95,6 milhões
em 2011. Neste período, os depósitos totais cresceram 60%, subiram
de R$ 42 milhões para R$ 68 milhões e as sobras quase dobraram,
saíram de R$ 6,6 milhões para R$ 11,3 milhões.
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giro
Presença na 7º edição do
Prêmio Relatório Bancário
Aumento do valor da
garantia do FGS
A cobertura dos depósitos por CPF/CNPJ dos cooperados Sicoob passa de R$ 60 mil para R$ 70 mil, igualando-se ao valor de bancos de varejo. A decisão foi tomada em
Assembleia Geral do Fundo Garantidor do Sicoob (FGS),
realizada no dia 10 de outubro, no Centro Corporativo
Sicoob, em Brasília (DF), e da qual participaram 12 representantes de centrais e singulares.
O Sicoob e a Stefanini IT Solutions receberam, no dia 1º de
dezembro, o Prêmio Relatório Bancário 2011 (categoria de
Destaque), como a melhor em digitalização de documentos,
com o case “Solução para verificação automática da qualidade da imagem de cheques”. Mais de 250 projetos de soluções
adotados pelo sistema financeiro, em 2011, foram inscritos e
analisados pelo júri.
A festa de homenagem aos premiados aconteceu no Museu
da Casa Brasileira, em São Paulo (SP). Ao todo, foram entregues
40 prêmios em quatro categorias diferentes: Banco do Ano,
Personalidades Financeiras, Excelência e Destaques. Os vencedores tiveram seus cases apresentados em uma publicação
especial do Relatório Bancário, lançada no mês de dezembro.
O presidente do Sicoob Fundo Garantidor, Bento Venturim,
avalia a deliberação como positiva. “Este é um mecanismo
de proteção muito efetivo e que propicia elevado nível de
segurança aos associados Sicoob. Atualmente, cerca de
900 mil cooperados, de 297 cooperativas vinculadas, têm
seus recursos cobertos pelo Fundo Garantidor”, explica.
Destaque para o
Nordeste
Três novos Postos de Atendimento Cooperativo (PACs) foram inaugurados no Nordeste em dezembro, nas cidades de
Campina Grande (PB), Cajazeiras (PB) e Formosa (MA). A expansão é fruto do trabalho do Sicoob Central NE, que busca
expandir seu campo de atuação na região. Também está prevista a abertura de novos PACs em Parelhas (RN) e Teresina (PI).
Pâmella Oliveira leva medalha de bronze no Pan
A brasileira Pâmella Oliveira, patrocinada pelo Sicoob Espírito
Santo, conquistou, no dia 23 de outubro, a medalha de bronze
no triatlo dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Pâmella
fez a transição do ciclismo para a corrida na liderança, mas foi
superada pela norte-americana Sarah Haskins (medalha de
ouro) e pela chilena Barbara Riveros, que ultrapassou a brasileira na última volta da corrida.
O próximo objetivo da brasileira é conquistar a vaga para a
Olimpíada de 2012. "Preciso pontuar nas provas do Circuito
Mundial para garantir a minha vaga. No momento, estou fora
da zona de classificação, mas ainda há muitas etapas”, explica.
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GIRO
Sicoob Central MT/MS recebe Top of Mind
Pelo terceiro ano consecutivo a Diretoria do Sicoob Central MT/MS recebeu
o Prêmio Top of Mind, na categoria “Cooperativas de Crédito”, concedido pela
Revista RDM no estado do Mato Grosso. O prêmio é dado às empresas e marcas mais lembradas pelo consumidor mato-grossense.
“Há três anos começamos a realizar um forte trabalho de divulgação da marca,
que logo rendeu frutos. Receber o Prêmio Top of Mind pelo terceiro ano seguido é uma imensa alegria para nós, mas também uma responsabilidade muito
grande”, disse o presidente da Central Jadir Girotto na ocasião.
Para 2012, Girotto promete novidades. “Até abril deste ano pretendemos
inaugurar nossa nova sede, que será muito maior do que a atual e bastante
confortável. Temos certeza que estamos no caminho correto e pretendemos
continuar conquistando a cabeça e o coração da população matogrossense”,
finalizou.
Novos conselheiros de administração
do Bancoob tomam posse
Quatro novos conselheiros de administração do Bancoob tomaram posse em solenidade realizada no dia 6 de dezembro,
no Centro Corporativo Sicoob, em Brasília (DF). Os dirigentes
cumprem mandato até 2013. Além de Luiz Cezar Loureiro de
Azeredo e Marco Aurélio Borges de Almada Abreu, reeleitos,
foram empossados Biramar Nunes de Lima, David Andrade,
Ednea de Fátima Cabral Ramos e Oswaldo Pitol. O colegiado conta, ainda, com os conselheiros Antonio Carlos Girelli
Gomez e Ciro José Buldrini Filogonio.
44
No mesmo dia, os acionistas reuniram-se em Assembleia
Extraordinária para eleger o novo integrante do Conselho.
Alberto Ferreira, representante indicado pelo Sicoob Central
Crediminas, foi o escolhido para ocupar o lugar deixado pelo
conselheiro Luiz Paulo Lima e Silva, que faleceu em novembro do ano passado. Alberto tomou posse no dia 9 de janeiro
de 2012.
Gol de placa
Foto: Jogos Perdidos
O Sicoob esteve presente no jogo amistoso entre Ajax
(Holanda) x Palmeiras, que aconteceu no dia 14 de janeiro, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP). O
espaço foi oferecido ao Bancoob pela MongeralAegon,
uma das patrocinadoras do evento e também parceira
do Sicoob nos produtos oferecidos pela instituição.
O produto foi divulgado nas placas de LED localizadas
no campo de futebol do jogo que teve transmissão nacional pela emissora Bandeirantes. De acordo com a supervisora de Comunicação e Marketing de Produtos e
Serviços do Sicoob Confederação, Ryvanne Alessandra
Pires, a ação teve o objetivo de aumentar a captação da
poupança, um produto estratégico para o Sicoob.
“A partir do momento em que aumentamos o volume
captado de poupança, temos a possibilidade de oferecer mais recursos para os associados atendendo às suas
necessidades de crédito rural”, afirma Ryvanne.
Novos canais de comunicação
O Sicoob, sempre atento ao mercado onde atua, lança dois novos canais de comunicação.
O primeiro é a Sala de Imprensa, lançada com o objetivo de divulgar notícias e informações
importantes do cooperativismo de crédito, do Sistema, suas cooperativas filiadas e empresas coligadas. O novo espaço facilita o acesso da imprensa a releases, fotos, informações,
notícias, números, além de informar o contato da assessoria de imprensa. Oferece também
a possibilidade de um cadastro simples e rápido dos jornalistas que desejarem receber notícias e comunicados em tempo real.
A segunda novidade é o Blog do Sicoob, com notícias, curiosidades, informações sobre o
mercado financeiro, o setor cooperativista e as entidades que compõem o Sistema. Para a
supervisora de Comunicação e Marketing Institucional do Sicoob Confederação, Jussimara
Zobel, os dois novos canais de comunicação inauguram um novo momento na comunicação do Sicoob, que já mantém forte atuação nas redes sociais com perfis no Facebook,
Twitter e YouTube. Além disso, o layout do Blog foi pensado para facilitar a navegação dos
leitores e faz parte da estratégia de comunicação 2.0 do Sicoob.
Acesse os novos canais de comunicação do Sicoob:
Sala de Imprensa: www.sicoob.com.br/site/conteudo/sistema_sicoob/sala_de_imprensa
Blog do Sicoob: www.sicoob.com.br/blog
15 anos de
sucesso
O
Sicoob
Cooprev,
Cooperativa dos Servidores
do INSS da Paraíba, comemorou 15 anos no final de
2011. Para comemorar esse
momento histórico, foi realizada uma grande festa no dia
11 de novembro. Estiveram
presentes no evento cerca de
400 convidados, entre cooperados, representantes do
Sicoob Central NE e de outras
cooperativas.
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GIRO
Conselheiro Luiz Paulo
é homenageado pelo
Bancoob
Diretores e conselheiros de administração do Sicoob
Confederação e do Bancoob reuniram-se no dia 6 de
dezembro para prestar homenagem ao conselheiro
Luiz Paulo Lima e Silva, que faleceu em novembro de
2011. A cerimônia, realizada no Salão Nobre do Centro
Corporativo Sicoob, em Brasília (DF), contou com a participação da esposa do homenageado, Ilder Geralda Lima e
Silva, e de seu filho, Luiz Paulo Lima e Silva Júnior.
A homenagem à Luiz Paulo teve início com a exibição de
um vídeo de mensagens e fotos. Na sequência, seu trabalho e sua dedicação foram evidenciados no discurso dos
participantes, que destacaram seu profissionalismo, sua
alegria e bom humor. A esposa do conselheiro recebeu
uma placa de homenagem em nome da família e retribuiu com gratidão. “Estou muito lisonjeada. O Luiz Paulo
sempre se sentiu muito feliz exercendo suas funções no
Bancoob. Vocês perderam um grande líder cooperativista,
eu perdi o amor da minha vida”, disse emocionada.
Sicoob Consórcios é
lançado no ES
No dia 5 de novembro aconteceu o lançamento do
Sicoob Consórcios para as cooperativas do Sicoob Central
ES. O novo produto foi apresentado pelo diretor-presidente do Bancoob, Marco Aurélio Almada, marcando o início
da operação-piloto no Sicoob Espírito. Após três meses o
Sicoob já comercializou mais de R$ 50 milhões em cartas
de crédito de imóveis e veículos.
O Sicoob Consórcios é resultado da aquisição da Ponta
Administradora de Consórcios Ltda (Consórcio Ponta) pelo
Bancoob, em julho de 2011. A meta é posicionar o Sicoob
Consórcios entre os dez maiores do ranking nacional.
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Sicoob amplia oferta
de serviços
O Sicoob passou a arrecadar, desde 2 de janeiro deste ano,
Tributos Federais através do Documento de Arrecadação do
Simples Nacional (DAS), por meio da implantação de funcionalidades no Sisbr/Módulo Convênio. A Lei Complementar nº.
123, de 14 de dezembro de 2006, instituiu o Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
– Simples Nacional, que oferece tratamento diferenciado e
favorecido a essas empresas.
No momento, as arrecadações no Sicoob foram liberadas
apenas no caixa da cooperativa, tanto para associados quanto não associados, seguindo as orientações da Portaria SRF
nº 2.609, de 20 de setembro de 2001, que disciplina as atividades da Rede Arrecadadora de Receitas Federais. Em breve,
assim que for aprovada a solicitação feita à Receita Federal,
os canais de autoatendimento do Sistema também serão habilitados para arrecadação do DAS.
www.sicoob.com.br
PORTABILIDADE SALARIAL
Servidor Público, faça sua portabilidade salarial e
conheça as vantagens de ser um associado Sicoob.
Servidores públicos federais, estaduais e municipais, podem
optar por transferir, sem custo, seus vencimentos para a
instituição financeira de sua preferência.
O Sicoob disponibiliza produtos e serviços financeiros com
qualidade e segurança. Os mesmos que os bancos ofertam,
mas com vantagens que só a cooperativa de crédito oferece.
Venha e compare. Faça já sua
portabilidade para o Sicoob.
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É mais fácil realizar um sonho quando
você conta com a ajuda de outras pessoas.
Chegou o
Sicoob Consórcios.
Ter o seu veículo novo ou usado ou
realizar o sonho da casa própria agora
ficou muito mais fácil. Isso porque
o Sicoob acaba de adquirir a Ponta
Administradora de Consórcios Ltda.,
uma empresa líder no segmento,
com 40 anos de experiência.
É o cooperativismo e a tradição juntos
numa só marca – Sicoob Consórcios.
Uma união que vai trazer segurança,
liberdade de escolha e as melhores taxas
para ajudar você a realizar o seu sonho.
Para saber mais, procure uma
cooperativa do Sicoob
ou acesse www.sicoob.com.br
Ouvidoria Ponta Administradora: 0800 722 6555.
O Sicoob Consórcios é administrado pela Ponta Administradora de Consórcios Ltda.

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