בֹֽזֲע ַ ־ל ַֽא י ִת ָר ֽ ֶכָל י ִ ַתָנ ב ט ח ַקֶל יִ

Transcrição

בֹֽזֲע ַ ־ל ַֽא י ִת ָר ֽ ֶכָל י ִ ַתָנ ב ט ח ַקֶל יִ
BS “D
‫ע ֽ ֹזבּו׃‬
ֲ ַ‫ֹור ִ תי ַ ֽאל־ּת‬
ָ ‫ִּכ !י ֶל קַ ח טֹוב נ ַָת ִּתי לָ ֶכ ם ֽ ּת‬
Pois eu vos dou boa doutrina; não abandoneis a minha Torah! Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Rosh Hhodesh Shalom! Parashá Terumah – 1 de Adar I de 5771 (05/02/11) Ano-4 N-191
‫רּומה‬
ָ ‫חּו־ל&י ְּת‬
ִ
‫ל־ּבנֵ י יִ ְׂש ָר (ֵאל וְ יִ ְק‬
ְ
ֶ‫ א‬, ‫ַּדּבֵ ר‬
“Fala aos filhos de Israel que tomem para Mim uma oferta alçada [...]” (Shemot 25:2)
Sobre o versículo acima, explica o grande comentarista da Torah Rashi que a expressão “Li – para Mim”
significa “em Meu nome”. Ou seja, que todas as oferendas que o povo de Israel oferecesse para o trabalho do
Mishkán – tabernáculo, deveriam ser feitas em nome de D-us apenas, sem misturar com a doação nenhum proveito
pessoal. E isso foi feito pelo povo de Israel. E qual a conseqüência disto? Dizem nossos sábios, no Midrash, que este
santuário móvel, feito de doações de todo o coração, não sofreu domínio inimigo e, por isso, foi guardado [intacto].
Já o templo fixo, que recebeu doações com mistura de interesses, foi destruído. Daqui podemos tirar a imensa força
da Mitsvá cumprida “Le’Shem Shamá’im – em nome dos Céus”, que salvou o tabernáculo para que nunca fosse
destruído! Nossos sábios enfatizam o fato de que ter um pensamento puro, de apenas cumprir a vontade Divina e
sem misturar qualquer interesse ou proveito pessoal, não é uma tarefa simples. E assim consta no livro de Melachim
(parte 1 – 5: 16-19): “E enviou [uma mensagem] Sh’lomoh a Hirom dizendo: Bem sabes tu que David, meu pai, não
pôde edificar uma casa ao nome do Senhor seu D-us, por causa das guerras com que o cercaram, até que o Senhor
lhe pôs os inimigos debaixo dos seus pés. Agora, porém, o Senhor, meu D-us, me tem dado descanso de todos os
lados: adversário não há, nem calamidade alguma. Pretendo, pois, edificar uma casa ao nome do Senhor, meu
D-us, como falou o Senhor a David, meu pai, dizendo: Teu filho, que porei em teu lugar no teu trono, ele edificará
uma casa ao Meu Nome”. E explica o RADAK ZTK”L (Rabeinu David Kim’hhi) que, mesmo sabendo que o motivo
real pelo qual o rei David não teve mérito de construir o Templo deveu-se do fato de ele ter matado muitos nas
guerras, o rei Sh’lomoh não quis dizer ao rei Hirom o motivo real e por isso deu-lhe outro motivo. Mas fica difícil
entender por que dizer que as guerras impediram seu pai de construir o Templo, uma vez que as escrituras deixam
claro que David teve muitos dias de paz (Sh’muel 2 – 7:1-2): “Ora, estando o rei David em sua casa e tendo-lhe
dado o Senhor descanso de todos os seus inimigos ao redor, disse ele ao profeta Nathan: ‘Eis que eu moro numa
casa de cedro, enquanto que a arca de D-us mora dentro de uma tenda’”. E Sh’lomoh sabia que era possível fazer o
Templo mesmo estando em guerra. Qual a sua intenção? A explicação é que, devido às “guerras que o cercavam”,
David não teria um pensamento 100% puro em nome de D-us. Como assim? Quando inaugurou o Templo,
Sh’lomoh orou a D-us (Melachim 1 – 8:44): “Quando o teu povo sair à guerra contra os seus inimigos, seja qual for
o caminho por que os enviares, e orarem ao Senhor, voltados para a cidade que escolheste, e para a casa que
edifiquei ao Teu nome, ouve, então, do céu a sua oração e a sua súplica, e defende a sua causa”. Daqui entende-se
que, sempre que saíssem à guerra, poderiam vir ao Templo e rezar a D-us para que entregasse seus inimigos. E
assim disse o perverso Haman ao rei Ahhashverosh (Midrash Esther Rabah, Perek 7): “quando eles vão à guerra,
entram em seu Templo e fazem seus “feitiços”; e, quando saem dele, matam e destroem o mundo”. Daqui vemos
que até os que odeiam Israel sabem que o Templo não era um lugar comum, e que dele podia sair a vitória de Israel
na guerra. E, como haveria muitas guerras para o rei David [de conquista e ampliação do reino], ele teria proveito
pessoal do Templo para ser vitorioso e, por isso, não teria um pensamento 100% para D-us. Sh’lomoh, em sua carta
a Hirom, menciona 3 vezes a expressão “em nome dos Céus” e este, entendendo a mensagem, disse: “Bendito
[D-us] Que deu a David um filho sábio”. Hirom viu que Sh’lomoh captou a verdadeira intenção de algo feito
exclusivamente para D-us e, por isso, teria se impressionado. Devemos, em cada mandamento que cumprimos, nos
esforçar a fazê-lo apenas pela vontade Divina, sem interesses. E ensinam os sábios da Kaballah que uma pessoa que
cumpre uma Mitsvá e ostenta a realização dela a um próximo causa um grande impacto negativo nas conseqüências
espirituais daquele mandamento cumprido. E assim também o é no estudo da Torah. Somente pensando
exclusivamente em cumprir a vontade Divina e se esforçando em ter a intenção correta é que podemos virar
santuários Divinos nos quais D-us faz pairar Sua Divina presença.
Adaptado do discurso do Rabbi David Shaltiel Shlit”a para o HalachaYomit.co.il Por Jaime Boukai
Resumo da Parashá – Terumah (Livro de Shemot – Êxodo 25:1 – 27:19)
Hashem ordena Moshê a dizer ao povo para trazerem contribuições voluntárias de 15 materiais necessários à
construção do Mishkán, o santuário portátil, e seus utensílios. No pico do Monte Sinai, Moshê recebe instruções
detalhadas sobre como construí-lo para que ele possa ser rapidamente desmontado, transportado e montado à medida
que o povo viajava pelo deserto. O Mishkán serviria como ‘a residência Divina’ entre o povo. D-us começa a
descrição do Mishkán pela Arca que abrigaria as Tábuas do Pacto e sua cobertura com dois querubins (anjos com
rosto de crianças) um frente ao outro. Em seguida, D-us descreve a Moshê o Shulchan (mesa sagrada), sobre o qual
Gratuito! Contém termos de Torah, trate com respeito! Não transporte em Shabat e Yom Tob! Visite o site www.lekachtob.xpg.com.br!
BS “D
os Lehhem Hapanim (Pães da Proposição) serão colocados toda semana. Segue-se com a descrição da Menorah de
ouro puro, que deveria ser feita de um único pedaço grande de ouro. D-us descreve a estrutura do Mishkán,
detalhando a cobertura tecida e bordada, as cortinas, as divisões e as paredes externas móveis. A porção conclui com
as instruções para o altar de cobre e o grande pátio externo do Mishkán.
Adaptado do Meor HaShabat Fax-5767, Parashá em uma Casca de Noz e de chabad.org.br por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana:
“Nas Argolas da Arca devem as Varas Permanecer”
Nesta Parashá, a Torah escreve sobre a Arca Sagrada (Aron Hakodesh) que ficava no interior do
Tabernáculo (Mishkán), a qual guardava as segundas Luhhot (Tábuas da Lei), as primeiras Luhhot quebradas e um
Sefer Torah. Ao nos dar as instruções para a construção do Aron, a Torah nos ordena montar argolas nos dois lados
da Arca, onde seriam inseridas as duas varas usadas para carregá-la. Com relação a estas varas, a Torah escreve que
“nas argolas da Arca devem as varas permanecer; elas não serão removidas de lá” (Shemot 25:15). Pelo senso
comum, uma vez que a Arca estivesse estabelecida em seu lugar após o transporte, as varas deveriam ser removidas
das argolas; contudo, a Torah vem nos orientar no sentido contrário... Por que isto? Nossos Hhachamim derivaram
uma grande lição deste preceito. As varas que sustentam a Arca, e que nunca deviam ser removidas, estão
relacionadas às pessoas que dão suporte à Torah. Aqueles que financiam Yeshivot e que ajudam as instituições de
Torah são ligados eternamente àquilo que sustentam... Deste modo, os doadores e os benfeitores estão a par com os
Talmidê Hhachamim que estudam nestas instituições, sendo merecedores da mesma posição que os estudiosos no
Olam Habá. A Torah nos ordena manter as varas inseridas nas argolas da Arca para lembrar os mantenedores de
instituições de Torah sobre o grande benefício que terão não apenas neste Mundo mas também no Mundo Vindouro.
(Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
O Que Aprendemos Do Fato Que A Menorah Foi Talhada De Um Bloco Sólido?
Toda a Menorah, inclusive os braços e adornos, era talhada de um grande bloco de ouro. Isto nos sugere que
todas as explicações da Torah, dadas por todos os sábios de todas as gerações, estão contidas na Torah que D-us
ensinou a Moshê. Não há qualquer explicação transmitida pelos sábios posteriores que não esteja, de alguma forma,
sugerida na Torah. Os sábios posteriores apenas revelaram o que se encontra na Torah. Para nos ensinar este
conceito, D-us ordenou que todos os detalhes da Menorah fossem talhados no mesmo bloco de ouro. Mais ainda, a
exigência de que a tão intricada Menorah seja moldada de uma única pepita de ouro simbolizava a indivisibilidade
da Torah. A vida judaica deve ser construída sobre um conjunto de valores. Não pode ser uma miscelânea de
componentes e peças separadas, enxertadas juntas para servir à conveniência de qualquer um. Todas as áreas da vida
devem derivar do mesmo conjunto de valores. (Chabad.org.br)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Pérolas da Parashá:
Nesta Parashá, aprendemos sobre a construção dos utensílios do Mishkán (Tabernáculo), que era o “Templo
móvel” no deserto. Dentre os utensílios mais conhecidos está o Aron Hakodesh, a Arca Sagrada, onde se guardavam
as tábuas que Moshê Rabeinu recebeu no monte Sinai. O Aron Hakodesh era revestido de ouro por fora e por dentro.
Facilmente podemos entender por que era revestido de ouro por fora. Um objeto tão sagrado e importante tem que
ser feito com o material mais precioso. Mas para que o revestimento interno de ouro? Nossos sábios explicam que
isso vem nos ensinar que nosso interior deve estar em harmonia como o nosso exterior. Há aqui uma grande lição.
Estamos acostumados a pensar que, se não possuímos um sentimento no coração, não podemos fazer qualquer ato
relacionado àquele assunto, por mais importante que seja. E aí, vem a Torah e nos ensina que, atrás das ações, vêm
os sentimentos. Isso vale para inúmeras áreas de nossas vidas, seja no âmbito afetivo, profissional e por aí vai. No
aspecto espiritual, significa que, se nos sentimos afastados do modo de vida da Torah, não conhecemos realmente
nossa religião e não entendemos as leis, o que devemos fazer é estudar e procurar cumprir Mitsvot, pois, assim,
traremos o sentimento de prazer espiritual e proximidade de D-us de forma intensa para dentro de nós.
(Baseado nos ensinamentos do Hhumash).
Por Hazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)
“É melhor ser um tolo que em tudo crê, que um cético que em nada crê – nem mesmo na verdade”.
(Rebbe Nahhman de Breslev, Rebbe Nachman’s Wisdom #103, Breslov Research Institute, 1973).
“Por sermos falhos, a verdade e a vitória nem sempre andam juntas. Assim sendo, se você quer
vencer sempre, você não conseguirá ser sempre verdadeiro” (Rebbe Nahhman de Breslev, Likutei
Moharan I:122, Chasidei Breslov).
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David Cagy ben Messodi e Sh’muel ben Nehhama.
Em memória e elevação das almas de Diamantina Duek Ajooz Bat Saráh, Elias Simão Salomão Ben Farida, Karaz Esses Ajooz Bat
Zaquie, Moysés Beniste Ben Jamile e Menaché Mair Nigri Ben Sara.
Agradecemos ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

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׃ בֹֽזֲע ַ ־לֽ י ִ֗ת ָר ֽ֝ םֶ֑כָל י ִ ַ֣תָנ ב ֭ט חַקֶ֣ל יִ֤ ׃ ָ ְב ָֽתָ ר֥ cumpria o serviço Divino. Ao rezar, pedia a D-us que os ajudasse e os abençoasse. (Chabad.org) Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)

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