APONTAMENTOS HISTORICOS D`UMA FAMÍLIA

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APONTAMENTOS HISTORICOS D`UMA FAMÍLIA
APONTAMENTOS HISTORICOS D’UMA FAMÍLIA: OS DESCENDENTES
DOS MARQUESES DE VIANA E DOS VISCONDES DE MAUÁ
Descrito na página 739 na parte segunda de “Famiglie Nobili
non Iscritte negli Elenchi Ufficiali del Regno” do “Libro d´Oro della
Nobilitá Italiana” (Volume V, Collegio Araldico, Roma 1920-22), meu
bisavô D. João Manoel Rodrigues (3º Marquês de Viana) e sua filha,
minha avó D. Francisca Manoel Viana Nedehf (Condessa de Nadasdy e
Marquesa de Viana):
“...Famigli Portoghese. Residente Fortaleza (Brasile). Famiglie
storica ed antica descendente del Michele Paleologo Imperatore
di Bizantium ed conte Vimioso vice-re del´India, figlio del
primo Duc adi Braganza nel Regno del Portogallo. Il primo
marchese de Vianna primogênito del marchese de Tancos Don
João Manoel (1783-1834) capitan di fragata a condurre la
famiglia reale de Portogallo a Brasile nel 1808. Con Regio
decreto Su Majestá Fidelíssima del 2 april 1821 fu insign. Del
tittolo, per ereditá di Marchese de Vianna. Fu Grande del
Regno di Portugallo del consiglio di S. M. F. il Re, Gran Croce
del tre ordine di Cristo, S. Bento de Avis, ed Santiago e
Espada, fidalgo com exercício di S. M. I. l´Imperatore del
Brasile il Duca di Braganza. Don João Manoel per ereditá
marchese di Vianna, figlio primogênito de Donna Amélia
Manoel figlia primogênita del secondo marchese de Vianna,
figlio primogênito del primo marchese. Console de honore del
Regno d´Itália in Fortaleza nel Brasile (Regio decreto 3 dic.
1899), Com honore di Parente, Gran Croce del ordine di Cristo
(Regio decreto 4 mag. 1904), Gran Ufficiale dela Corona del
Belgio, commendatore di Maurizio e Lazaro, commendatore
dela Corona d´Italia. FIGLIA: Donna Francisca Manoel (cr. per
Breve 14 mar. 1921 di S. S. Benedeto XV) Dama di 1ª classe
del S. Sepolcro...”
Capa e primeira pagina do “Libro d´Oro dela Nobiltá Italiana” de 1922.
Página 739 com a referência a meu bisavô D. João Manoel Rodrigues, 3º Marquês de Viana (1867-1935), e a
minha avó D. Francisca Manoel Viana Nedehf, Condessa de Nadasdy e Marquesa de Viana (1901-1994).
O Almirante D. João Manuel de Menezes (1783-1834), 1º
Conde (título em uma vida a 13 de maio de 1810) e 1° Marquês de
Viana (título com júri e herdade 3 de abril de 1821), foi quem trouxe a
Família Real Portuguesa ao Brasil entre 27 de novembro de 1807 a 6 de
março de 1808, com o comando duplo da fragata “Urânia” e da Nau
“Martim de Freitas” (que depois de incorporada à Marinha Imperial
Brasileira como Nau “D. Pedro I” participou em 1823 da batalha na
Bahia). Participou o então 1° Conde de Viana das campanhas de Caiena
(1816) e da Cisplatina (1817), na primeira levando as tropas lusitanas à
colônia francesa que ocuparam com êxito, e na segunda expulsando as
tropas castelhanas e portenhas que tentaram ocupar a província
Cisplatina (depois Republica Oriental do Uruguai): deveu-se a ele
grande estratégia e perícia para tomar Montevidéu aos portenhos. Em
23 de abril de 1821, comanda a fragata “Urânia” para transportar o Rei
D. João VI e a Família Real Portuguesa para Portugal muito a contra
gosto, pois com os filhos: D. João Manoel de Menezes (1810-1890), 2º
Conde (título em uma vida) e 2º Marquês de Viana, e D. Maria
Domingas Manoel de Menezes (1812-1859) - casada em 30 de julho de
1847 com José Maria da Gama Berquó -, com suas vidas estabelecidas
no Brasil, não tinham interesse em retornar a Portugal. D. João VI que
também nutria seu desejo em não retornar a Lisboa, intencionou seu
retorno na condição do comando da fragata “Urânia” ao seu Almirante
D. João Manoel e, para convencê-lo, concedeu-lhe o título de Marquês
de Viana com júri e herdade em 3 de abril de 1821, vinte dias antes do
embarque real. E após a morte de seu amado monarca em 1826, e
discordando da política de D. Miguel, que considerava um tirano e
usurpador, e já tendo ódio publicamente declarado contra a Rainha D.
Carlota Joaquina, deixa Portugal e retorna ao Brasil jurando fidelidade
ao Imperador D. Pedro I do Brasil e Rei D. Pedro IV de Portugal e sua
jovem filha D. Maria da Glória, futura D. Maria II de Portugal. É ele que
em 1829 acompanha e conduz em segurança de Marselha ao Rio de
Janeiro a segunda Imperatriz do Brasil D. Amélia, e em 1831, já no
exílio, consegue capturar a fragata “Urânia” com ajuda de pescadores
da Vila de Olhão (no Algarve) e o conduz à Ilha Terceira (nos Açores)
para participar da resistência dos liberais fiéis a D. Pedro IV e à sua
Constituição Liberal, contra as ações dos Miguelistas, para futuramente
ajudar os heroicos liberais no cerco da cidade do Porto. Morreu vitimado
de “tisica” como seu Imperador-soldado D. Pedro, Duque de Bragança, a
bordo da “Urânia”, ao lado de um marinheiro brasileiro e um pescador
olhanense. Foi marinheiro e morreu marinheiro de duas nações muito
amadas por ele, a brasileira e a portuguesa.
Carta regia do título (em sua vida) de Conde de Viana passado em 13 de maio de 1810 por D. João VI ao
Almirante D. João Manoel de Menezes.
Carta regia do título de júri e herdade de Marquês de Viana, passado em 3 de abril de 1821 ao Almirante D.
João Manoel de Menezes, 20 dias antes de El Rei D. João VI e a Família Real Portuguesa embarcar no Rio
de Janeiro para Lisboa em 23 de abril de 1821.
Registos da Carta Regia do título de Marquês de Viana e uma litografia feita em Paris em 1833.
Casou o 1º Marquês de Viana na cidade de Salvador da Bahia
em 7 de fevereiro de 1808 com D. Anna de Castello Branco (1789-1856),
Marquesa viúva de Viana e Duquesa de Viana (título de uma vida por
decreto régio de 12 de março de 1856, passado por D. Maria II, título
este que mal usufruiu pois faleceu em 20 de abril do mesmo ano), filha
dos Condes de Pombeiro (título de juri e herdade), Marqueses de Bellas
(título em uma vida). O seu filho, o 2º Marquês de Viana (1810-1890),
casou-se em 27 de janeiro de 1827 (na Igreja de Nossa Senhora do
Carmo) com D. Maria do Carmo da Cunha Quintella (1814-1888), filha
dos 4º Condes da Cunha e neta dos Barões de Quintella. Deste
consórcio nasceram três filhas:
1) D. Anna da Cunha Manuel de Menezes (2 de agosto de 1829 - 8 de
junho de 1887);
2) D. Maria Manoel de Menezes (2 de dezembro de 1830 - 16 de maio de
1852);
3) D. Maria do Carmo Manoel de Menezes (27 de dezembro de 1839 - 4
de abril de 1869);
D. Maria Domingas Manoel de Menezes (9 de abril de1812 11 de agosto de 1859), casada em 30 de julho de 1847 com José da
Gama Dias Berquó, filho dos Marqueses de Cantagallo, teve com seu
esposo 4 filhos:
1) D. João Berquó Manoel de Menezes (12 de abril de 1848-1896),
casado na Igreja de Nossa Senhora da Candelária em 13 de fevereiro de
1866, com D. Amália Rodrigues da Silva do Amaral (13 de março de
1850-13 de maio de 1892);
2) D. Luiz João Berquó Manoel de Menezes (2 de julho de 1849-15 de
dezembro de1899);
3) D. Francisco José Berquó Manoel de Menezes (1850-1878), com
geração;
4) D. Pedro Luiz Berquó Manoel de Menezes (1852-1897), com geração.
D. Luiz João Berquó Manoel de Menezes (2 de julho de1849 15 de dezembro de 1899), Comendador da Ordem de Cristo (12 de
outubro de 1868), casou com sua sobrinha D. Maria Amália Rodrigues
da Silva Berquó Manoel de Menezes (1867-1910) em 20 de março de
1881. Deste casal nasceu D. João Manoel de Menezes (12 de dezembro
de 1881 - 23 de Novembro de 1935), 3º Marquês de Viana, após a morte
de seu tio-avô D. João Manoel de Menezes (2º Marquês de Viana) em 6
de fevereiro de 1890.
D. João Rodrigues Manoel de Menezes (3º Marquês de Viana)
foi Comendador da Ordem de Cristo em setembro de 1890, com honras
de Parente da Casa Real Portuguesa em 30 de dezembro de 1899,
Grande Oficial da Ordem da Coroa do Estado Independente do Congo
depois da Bélgica (com honras de sucessão) em 25 de dezembro de
1899, Grã-Cruz da Ordem de Cristo em 29 de maio de 1904, Consul
honorário da Itália na cidade de Fortaleza em 10 de janeiro de 1908,
Comendador das Ordens da Coroa da Itália e de São Maurício e Lazaro
em 1920, um dos fundadores da Praça do Comercio nas cidades de
Fortaleza e Natal em 1916, Sócio representante da Sociedade de
Seguros “A Equitativa” em 20 de março de 1906, fundador do Banco
Mercantil Caixeiral do Ceará em 5 de janeiro de 1907. Morreu
assassinado após passar em frente da Loja Maçônica de Fortaleza que
sofria um intenso fogo cruzado entre revoltosos comunistas e as tropas
legalistas por ocasião da Intentona Comunista ocorrida nas cidades de
Fortaleza, Natal e Rio de Janeiro em 23 de novembro de 1935. Era
casado 6 de julho de 1900 com D. Maria Georgina Antonietta Maierú
(1885-1964), Marquesa viúva de Viana, nascida em Paludi na Província
da Cocenza, e faleceu na cidade de Salvador, no Estado da Bahia.
Deste casal foi sua única filha D. Francisca Manoel de
Menezes Vianna Nedehf (29 de março de 1901 - 19 de dezembro de
1992), casada em 4 de maio de 1928 com o Coronel Miguel Nedehf (8 de
novembro de 1890 - 23 de novembro de 1935), 12° Conde de Nadasdy,
engenheiro militar do Exército Austro-Húngaro, filho dos Condes de
Nadasdy, Mihaly Jacob, Senhor de Sarvar (1850-1948), casado em 12
de julho de 1885 com D. Yelene Graff Zarlout Nedehf, Condessa de
Nadasdy (1870-1969), nascida na cidade de Postdan na Alemanha e
falecida na cidade de Fortaleza. Deste casal são 6 filhos (duas mulheres
e quatro homens, todos com geração), o 7º filho que era o primogênito
faleceu em 1929 com seis meses, passa a varonia para o segundo irmão
Jorge Vianna Nedehf (13º Conde de Nadasdy e 4º Marquês de Vianna),
nascido a 2 de junho de 1930 e falecido a 15 de novembro de 2004.
Comendador da Ordem Militar de Cristo (1954), Grande Oficial da Real
Ordem da Coroa da Bélgica por sucessão (confirmado em 1959),
Cavaleiro de Honra e Devoção da Ordem de Malta (1953), Comendador
da Real Ordem da Coroa da Itália (1936), medalha Imperatriz
Leopoldina do I.H.G. de São Paulo (1955), medalha Rádio Roquete Pinto
Jubileu de Prata da Prefeitura do Distrito Federal (1959), Oficial da
Imperial Ordem de Menelik I da Etiópia (1962), Medalha Imperador Ailé
Sélassié Grau-Ouro da Etiópia (1968), Comendador da Real Ordem da
Fênix do Reino da Grécia (1964), Fundador da Rádio Yracema de
Fortaleza em 1948, trabalhou nas Radio Nacional (1949-1958), Radio
Tupy (1949-1982), Tv Tupy (1950-1978), Radio Jornal do Brasil (19581991), Radio Televisão Portuguesa (1949-1960), com os Programas
Comandos Musicais (1948-1959), Eccos Portugueses (1949-1962) e JB
em Notícias com Jorge Vianna Nedehf (1959-1991). Casou em 20 de
janeiro de 1959 com D. Francisca Chaves Nedehf, Marquesa de Vianna
(27 de dezembro de 1933), medalha Grande Benemérita da Academia
Internacional de Música (2007), Moção da Câmara Municipal do Rio de
Janeiro (2009), medalha Teófilo Ottoni da Associação dos Engenheiros
Ferroviários do Brasil do Ministério dos Transportes (2013). Filha de
Nemézio Guerreiro Chaves (1898-1991) e de D. Anna Laurindo da Silva
Freire Chaves (1906-1994), neta paterna de D. Maria de São José Maia
Chaves (filha dos Viscondes de Santa Victória) e do Comendador
Antônio Alves de Souza Guerreiro (neto dos Viscondes de Andarahy),
neta materna do Coronel José Laurindo da Silva Freire Chaves (filho
dos Barões de Mamanguape, Senador Flavio Clementino da Silva Freire
e D. Maria do Carmo Rodrigues Chaves, filha dos Viscondes de Santa
Victória, e de D. Maria dos Santos Oliveira Guerra de Souza, filha do
Comendador Henrique Irineo de Souza, filho dos Viscondes de Mauá, e
de D. Maria Luiza Guerra de Souza, filha do Comendador Antônio Luiz
Tavares Guerra e de D. Maria José Oliveira Chaves).
Deste casal é filho Eduardo André Chaves Nedehf, 14º Conde
de Nadasdy e 5º Marquês de Vianna (14 de novembro de 1968),
Comendador da Ordem Militar de Cristo (1974), Historiador pela PUC
do Rio de Janeiro (1991), Grande Oficial da Real Ordem da Coroa da
Bélgica por sucessão (2004), Grã-Cruz da Ordem Nacional
Empreendedor Visconde de Mauá (Município de Mauá, SP), medalha da
Constituição Portuguesa da Assembleia da República Portuguesa
(2010), medalha “Impérial Service Medal” da Grã-Bretanha (2012),
medalha do Real Gabinete Português de Leitura (Conselheiro desde
1988), medalha Miguel Torga (2008), medalha da Maria da Fontinha
(2008), medalha dos 200 Anos da Vila de Olhão (cidadão honorário de
Olhão em 2008), medalha de Acadêmico Grande Benemérito da
Academia Internacional de Música (2007), Colar de Acadêmico da
Academia Cearense de Letras, Ciências e Artes do Rio de Janeiro (2008),
Caríssimo Irmão da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do
Outeiro (2001), Diploma de Honra do Lions Club do Rio de Janeiro
(2008), Moção de Honra da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (2009),
Sócio do Elos Club no Município de Niterói (2008), medalha Teófilo
Ottoni da Sociedade de Engenheiros Ferroviários do Brasil, do
Ministério dos Transportes (2013), Diploma de Conferencista da PósGraduação da Universidade Federal Fluminense de 12 de dezembro de
2013.
DOCUMENTOS DO ACERVO FAMILIAR:
Passaporte do 1º Marquês de Viana de 1821
Diploma de Irmão da Irmandade de N. S. da Candelária do Rio de Janeiro do 3º Marquês de Viana de 1898.
Carta de Nomeação de Consul honorário na Cidade de Fortaleza do 3º Marquês de Viana.
Carta Regia nomeando o 3º Marquês de Viana Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo passada em 1904.
Diploma da Ordem Militar de Cristo do 4º Marquês de Viana passada em 1954.
Diploma da Ordem Militar de Cristo do 5º Marquês de Viana passado em 1974.
Aviso régio da Real Ordem da Coroa da Itália da Comenda para o 4º Marquês de Viana em 1935.
Carta Regia da Real Ordem da Coroa da Itália da Comenda do 4º Marquês de Viana em 1935.
Carta Regia concedendo bolsa de estudos ao jovem Marquês de Vianna, Jorge Nedehf, por ser neto do 3º
Marquês de Vianna, Consul Honorário da Itália na cidade de Fortaleza, que fora assassinado por comunistas por ocasião da
Intentona Comunista de 23 de novembro de 1935.
Meu pai, o 4º Marquês de Viana, nunca aceitou a bolsa de estudos, pois o diploma enviado pelo Rei Victório Emanoel III, era
referêndado por Benito Mussolini. Aceitou, no entanto, a bolsa de estudos do Governo Português, que sua Madrinha de batismo, a
Rainha D. Amélia de Portugal, pediu ao Ministro Antônio de Oliveira Salazar.
Certidão de Nascimento passada no Consulado da Republica Portuguesa em Fortaleza registando Jorge Vianna Nedehf, o futuro 4º
Marquês de Viana, em 2 de julho de 1930. Vai assinado o documento pelo vice-consul Francisco José da Ponte e Horta, D. Manoel
Arcebispo Metropolitano de Fortaleza que representou a madrinha Rainha D. Amélia no exílio na França, o Barão de Studart,
padrinho e amigo da família, e o avô 3º Marquês de Viana.
Carta regia assinada em 1899 pelo rei D. Carlos I concedendo as honras de Parente e concedendo permissão
do uso das insígnias da Real Ordem da Coroa da Bélgica (ainda Estado Independente do Congo) ao 3º
Marquês de Vianna (meu bisavô) e a seus sucessores... .recaindo o direito de sucessão a meu pai em 1935 e
depois a mim em 2004.
Registo do documento de 30 de dezembro de 1899.
Visita oficial do meu bisavô D. João Manoel (3º Marquês de Viana), Consul Honorário da Itália, e de sua
filha, minha avó, D. Francisca Manoel (Marquesa de Viana), e do genro, meu avô, Miguel Nedehf (12° Conde
de Nadasdy), Vice-consul da Hungria, ao monumento do Cristo Redentor em 1931, em companhia do
Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal D. Sebastião Leme Coelho Cintra, do Presidente do Governo Provisório,
Dr. Getúlio Dornelles Vargas, e da Primeira Dama Srª Darcy Dornelles Vargas.
Apólice do Banco Mercantil Caixeiral do Ceará fundado por meu bisavô D. João Manoel (3º Marquês de
Viana) em 5 de janeiro de 1907. Esta apólice foi passada em 17 de agosto de 1935, três meses e seis dias
antes de ser assassinado por ocasião da Intentona Comunista em 23 de novembro de 1935.
Carta do Cardeal D. Manoel, Patriarca de Lisboa, à minha avó, que questionava a demora da bolsa de
estudos concedida por Salazar a pedido da Rainha D. Amélia a meu pai... mas D. Manoel a acalma dizendo
que corria tudo bem, e de fato no mesmo ano papai foi matriculado no Liceu Cearense em 1940. O que
minha avó e a Rainha D. Amélia sabiam do D. Manoel para ser tão atencioso...??? (Risos)
Recebeu meu pai esta carta regia do Regente Almirante Miklos Horthy concedendo-lhe a medalha de Vitez
(Cavaleiro Herói) da Hungria, com direito a sucessão, como reconciliação da Família desde que em 1920
meu avô Mihaly Nedehf (12° Conde de Nadasdy), sobrinho da esposa do Regente, participou do Golpe
frustrado para recolocar o Imperador Carlos da Áustria novamente no trono da Hungria... O Regente
sufocou o golpe e mandou prender a meu avô e à Família Imperial no antigo castelo da família Nedehf em
Sarvar, hoje Universidade Estatal de Sarvar. Em carta datada de 25 de março de 1989, papai e eu
renunciamos gratuitamente nossos direitos de propriedade e doamos o castelo para a Universidade de
Sarvar.
Tíquete de embarque de minha bisavó Yelene Graff Zarlout Nedehf (Condessa de Nadasdy), embarcando no
ultimo vôo, para o Rio de Janeiro do Graff Zeppelin em 1936. Ela reconciliou-se com o Regente Horthy e
mais tarde ainda conseguiu que o velho Almirante exilasse na Ilha da Madeira em Portugal depois da queda
de Budapeste nas mãos dos nazistas em 1944.
Passaporte prussiano de meu avô Miguel Nedehf (12° Conde de Nadasdy). Minha bisavó Yelene Graff Zarlout
nascida em Postdan no Reino da Prussia, foi Condessa de Nadasdy por casamento com o Consul da AustriaHungria em Berlin, Conde de Nadasdy... .mais tarde possibilitou a fuga de seu filho da Hungria via
Alemanha em 1921, para o Brasil.
Carta Imperial da Imperial Ordem da Rosa concedida a meu bisavô homônimo de meu avô, Miguel Nedehf
(11° Conde de Nadasdy), Embaixador Austro-Hungaro em Paris no ano de 1873.
Diploma da Ordem da Cruz de Ferro alemã que meu avô Miguel Nedehf (12° Conde de Nadasdy) recebeu em
1916.
Carta Imperial do Kaiser Guilherme II concedendo a cruz “Pour le Mérite” a meu avô Miguel Nedehf (12°
Conde de Nadasdy), então Consul honorário em Berlim em 1908 por ocasião das comemorações de 60 anos
de reinado do Kaiser Francisco José I do Império Austro-Húngaro... medalha esta concedida com direitos
hereditários, conforme os Estatutos das Ordens Prussianas.
Diploma da Ordem de Malta no grau de Cavaleiro de honra e devoção de meu pai recebido em 1953.
Carta da Ordem de Malta informando que meu pai mais Assis Chateaubriand e Jaime Leal Costa, os três
dos Diários Associados, eram agraciados pela Ordem.
O Passaporte de minha bisavó paterna, Vovó Georgina, Marquesa de Viana, nascida Maria Giorgina
Antonieta Salatino Maierú, natural da cidade de Paludi, na Provincia de Cocenza. Casada com meu bisavô
D. João Manoel de Menezes, 3° Marquês de Viana e Consul Honorário do Reino da Itália na cidade de
Fortaleza no Estado do Ceará em 1908, e um dos representantes do Estado do Ceará da Comissão da
Exposição Nacional do Rio de Janeiro de 1908. Por ocasião do assassinato de seu marido e seu genro em 23
de novembro de 1935, encontrava-se na Itália e aguardou a sogra de sua filha e minha avó paterna D.
Francisca Manuel Nedehf, Condessa de Nadasdy e Marquesa de Viana, (minha bisavó paterna) D. Helena
Zarlout Graff Nedehf (Condessa de Nadasdy) que seguia para a Itália para encontrar sua Irmã Magnolda
Horthy, esposa do Almirante Miklos Horthy, Regente da Hungria, fazer a reconciliação da família desde a
tentativa de contra-golpe em 1921 quando seu filho, meu avô Miguel Nedehf (12° Conde de Nadasdy),
apoiou alguns nobres e clérigos que tentaram reconduzir o ex-Imperador da Áustria-Húngria ao trono
Magiar. Golpe este sufocado pelo Regente Horthy... Escapou meu avô da prisão graças a seu casamento com
minha avó que era cidadã portuguesa, e minha bisavó nascida Helena Zarlout Graff, que era prussiana de
Postdan. Com passaporte prussiano exilou-se no Brasil via Portugal. Em Roma, na presença do Rei Victório
Emanuel III e da Família Real da Itália, reconciliou-se com o cunhado, o Regente da Húngria... desta
reunião conseguiu para o neto as bolsas de Estudos do Regente Horthy e do Rei da Itália. Mas preferiu meu
pai abandonar a bolsa italiana, pois, sua madrinha de baptismo a Rainha D. Amélia de Portugal conseguira
uma bolsa do Governo Português.
Diploma de meu pai tendo cursado dois anos na antiga Escola D. Maria Pia de Saboia, foi transferido para o
Liceu Nacional de Fortaleza já com a bolsa do Governo Português em 1939.
Aviso do Barão do Rio Branco, Ministro de Estado dos Negócios das Relações Exteriores, concedendo a
permissão da Nomeação de meu bisavô 3° Marquês de Viana como Consul honorário do Reino da Itália na
cidade de Fortaleza no Estado do Ceará em 10 de janeiro de 1908.
Verso da transcrição oficial feita em 1959 da Carta Regia do Rei Victório Emanuel III reconhecendo meu pai
como 4° Marquês de Viana e concedendo-lhe cidadania italiana e bolsa de estudos por seu avô que era
Consul honorário da Itália em Fortaleza assassinado em 23 de novembro de 1935.
Reverso do documento transcrito do original em língua italiana por um tradutor oficial em 1959.
Carta Regia passada em 4 de janeiro de 1964 pelo Rei Paulo I da Grécia concedendo a meu pai a comenda
da Real Ordem do Fênix.
Carta Imperial de 6 de dezembro de 1898 passada pelo Kaiser Francisco José I do Império Austro-Húngaro
concedendo a meu avô Miguel Nedehf, 12° Conde de Nadasdy, a cruz de primeira classe da Imperial Ordem
de Francisco José I.
Carta Patente passada pelo Presidente Dr. Getúlio Dornelles Vargas reconhecendo o casamento civil dos
Duques de Bragança em território nacional em 22 de outubro de 1942, sendo minha avó paterna D.
Francisca Manoel (Marquesa de Viana), reconhecida como procuradora bastante para em seu nome
testemunhar o casamento religioso e o casamento civil na então Embaixada de Portugal no Rio de Janeiro.
Reverso da Carta Patente com as chancelas do Ministério das Relações Exteriores e do Diário Oficial para
reconhecimento da Duquesa de Bragança como cidadã portuguesa como foi requisitado pelo Jornalista
Francisco Assis Chateaubriand Bandeira de Mello ao Presidente Getúlio Vargas. Garantindo assim a
cidadania portuguesa ao marido Duque de Bragança, que nascido em 23 de setembro de 1907 na cidade de
Seebenstein na Áustria, então sob domínio da Alemanha nazista, fazia a veneranda Rainha D. Amélia um
favor a minha família o pedido para conseguir a cidadania portuguesa ao futuro esposo da jovem Princesa
D. Maria Francisca de Orleans e Bragança, filha dos Príncipes do Grão-Pará. Seria uma tentativa da última
rainha consorte de Portugal para restaurar a monarquia portuguesa de forma pacífica com o casamento dos
dois ramos Bragantinos... mas o Dr. Antônio d´Oliveira Salazar, que não gostou nada de conhecer o sr. D.
Duarte Nuno, tinha outra opinião...!!! (... e lá nave vá...!!!)
DOCUMENTOS REFERENTES A MINHA LINHAGEM MATERNA:
Carta Patente Regia de 4 de abril de 1658 por El Rey D. Afonso VI concedendo a comenda da Ordem de
Cristo a meu 8º avô D. Jeronimo Manoel com soldo de são Miguel de Linhares. Esta é a carta mais antiga da
família com referencia a Ordem Militar de Cristo de Portugal.
Carta Imperial do titulo de Barão de meu tetravô Visconde de Mauá passado em 30 de abril de 1854 por
ocasião da inauguração da primeira Estrada de Ferro do Brasil.
Carta Imperial passada e também assinada por D. Pedro II elevando meu tetravô ao título de Visconde com
honras de grandeza de Mauá em 28 de junho de 1874, por ter construído e inaugurado o cabo submarino
que ligava o Brasil a Europa, aos Estados Unidos e ao resto do Mundo.
Carta Imperial concedendo o título de Barão passada a meu tetravô Visconde de Santa Victória em 5 de
setembro de 1874.
Carta Imperial do titulo de Visconde de Santa Victória passado em 20 de julho de 1886 de meu tetravô
materno.
Carta Imperial do título passada por D. Pedro II em 22 de julho de 1889 elevando meu tetravô a Visconde
com honras de grandeza de Santa Victória pela construção do Pavilhão Brasileiro na Exposição de Paris em
1889.
Diploma passado em 2 de dezembro de 1874 de Irmã Benemérita da Imperial Irmandade de Nossa Senhora
da Gloria do Outeiro desde 1853.
Diploma de Irmão Benemérito do Visconde de Mauá passado em 2 de dezembro de 1874, Irmão desde 1853.
Diploma de Irmã Benemérita Viscondessa de Mauá a que o Visconde de Mauá, Irmão desde 1828 da
Irmandade de Nossa Senhora da Candelária do Rio de Janeiro.
Meu Diploma de Irmão da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória de 26 de setembro de 2001.
Diplomas de Irmão de meu tetravõ Visconde de Mauá na Real Irmandade de Nossa Senhora do Rosário em
Angra do Heroísmo no Arquipélago dos Açores passado em 8 de agosto de 1842 e da Real Irmandade de
Nossa Senhora da Glória do Pilar de 25 de julho de 1845.
Carta do Título de Acionista do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro passado em 22 de
julho de 1874 para meu tetravô Visconde de Mauá, ele foi feito benemérito em 1885.
Diploma de Sócio de meu tetravô Visconde de Mauá da Caixa de Socorros de D. Pedro V do Rio de Janeiro
passado em 26 de janeiro de 1867. Foi feito benemérito em 1885.
Título de Sócio Honorário do Jóquei Clube do Rio de Janeiro de meu tetravô Visconde de Mauá de 1880.
Carta Imperial do titulo de Barão de meu trisavô, o Senador abolicionista Barão com honras de Grandeza de
Mamanguape, passada em 14 de março de 1860.
Carta Régia passada por El Rey D. Carlos I em 20 de abril de 1893 concedendo o titulo de Barão de
Camocim de meu trisavô Geminiano Maia, construtor da Estrada de Ferro de Sobral a Camocim.
Carta Regia passada em 20 de setembro de 1890 por El Rey D. Carlos I concedendo-lhe e a seus
descendentes e sucessores a comenda da Real Ordem de Cristo de Portugal a meu bisavô D. João Manoel de
Menezes, então Consul honorário da cidade de Fortaleza Estado do Ceará, depois Marquês de Viana.
Carta Regia passada em 25 de dezembro de 1897 pelo Rei dos Belgas Leopoldo II como soberano do Estado
Independente do Congo, a Cruz de Grande Oficial da Real Ordem da Coroa a meu tetravô Visconde de Santa
Victória e a seus descendentes e sucessores. Meu saudoso pai usou e eu ainda uso destas insígnias.
Carta Imperial do Imperador Ailé Sélassié passada em 11 de fevereiro de 1962, concedendo a comenda no
grau de oficial da Imperial Ordem de Menelik I a meu pai por ocasião de sua rápida visita oficial ao Brasil
em 1960, (foi papai que deu notícias do golpe de Estado na Etiópia no escritório do Jornal de Brasil
embarcando logo em seguida para debelar o golpe em Abdis Abbeba)... mesma condecoração foi concedida a
meu tetravô Visconde de Mauá por ter construído lá a primeira Estrada de Ferro da Ethiopia em 1878,
inaugurada pela Viscondessa de Mauá em 1896.
Medalha de Mérito Militar da Hungria de meu avô paterno 12° Conde de Nadasdy que passava os direitos de
uso a meu pai, passada em 18 de novembro de 1929, por seu tio o Regente Almirante Miklos Horthy...
sendo a data de 1929, a briga da família (feita as pazes somente em 1935) não impediu a nomeação para a
condecoração e para nomeação de Consul honorário na cidade de Fortaleza no Estado do Ceará.
Minha condecoração e correspondência por ocasião dos 60 anos de reinado da Rainha Elizabeth II da Grã
Bretanha em 2012.
Benção Apostólica concedida a meu pai em 4 de setembro de 1959 pelo Papa João XIII.
Benção Apostólica concedida a mim pelo Papa Bento XVI por ocasião de Sua Visita ao Brasil em 2007.
Antigo documento do Consulado Português do Rio de Janeiro de papai. Foi como Jornalista que papai
começou a trabalhar no Brasil.
Carta de Brasão de Armas e Fidalguia passada em 28 de dezembro de 1855 para meu tetravô Visconde de
Mauá e a seus sucessores...
Minha carteirinha de aluno do Colégio Pedro II do Rio de Janeiro
Meu diploma de Historiador da PUC Rio
Meus diplomas do Serviço de Documentação da marinha, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da
Associação Comercial do Rio de Janeiro, da Estrada de Ferro do Corcovado (financiado pelo Visconde de
Mauá em 1884), e meu Diploma de Acadêmico da Academia Cearense de Letras.
Meu Diploma do Lions Club do Rio de Janeiro.
Moção de Reconhecimento da Câmara Municipal do Rio de Janeiro a Mim e a Minha Mãe e a Sociedade
Memorial Visconde de Mauá fundada por mim em 1997 para preservar o acervo de minha família.
Uma Benção apostólica de meu pai de Pio XII
Passaporte de meu bisavô Marquês de Viana
Últimos passaportes de meu bisavô no regime monárquico e no inicio da república.
Meu Diploma da Associação de Preservação de Olhão no Algarves em Portugal.
Por ocasião das comemorações da Escola Militar.
Em solidariedade à Família Imperial e ao povo do Japão.
Carta Régia passada no Rio de Janeiro ao primeiro Marquês de Viana em 1810 e registado no cartório da
Nobreza Brasileira em 20 de novembro de 1885 por meu bisavô D. João Manoel Marquês de Viana. Em
seguida a primeira página da Carta de Brasão de Armas e Fidalguia e Nobreza do Capitão Mor João d´Ávila,
avô do Visconde de Mauá. Passado em 1727.
Brasão de Armas de Nobreza e Fidalguia do Capitão Mor João d´Ávila (1719-1822), avô de meu tetravô
Visconde de Mauá, passada pelo Rey de Armas de Espanha em 1727. Se o Visconde de Mauá não tivesse
escolhido homenagear o progresso do Brasil industrial em seu brasão poderia ter optado por este
complicado brasão familiar com as Armas dos Rodrigues, Avila, Gonçalves, Oyos e Fernandes da família
d´Ávila de Santander que migrou para a Ilha terceira dos Açores.
Brasão de Armas de Nobreza e Fidalguia da Família Nedehf passada em 1474 para Thomas, Conde de
Nadasdy, Senhor de Fogáras, Vice-Rei da Croácia, Condestável e Regente da Hungria e seus sucessores.
Meu avô Miguel Nedehf foi o último Vice-Rei da Croácia nomeado pelo Imperador Carlos da Áustria-Hungria
em 1916, indo seu governo até o colapso do Império austro-húngaro ao fim da primeira guerra em 1918.

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