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nº 278
Cadeia Petroquímic a e do Plástico, Economia e Polític a, S ustentabilidade, Améric a Latina e Mundo • 28 de Julho de 2008• Ano 4
Cadeia Produtiva
Dow Chemical divulga resultados
A Dow Chemical registrou lucro líquido de US$ 1,703 bilhão (US$ 1,80 por ação) no primeiro semestre deste
ano, queda de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. A companhia informou seus resultados
empresariais fechados em 30 de junho e destacou que o lucro líquido foi afetado pelo encarecimento do
petróleo, elevando, assim, seus custos e ofuscando o aumento de 21% do faturamento, que alcançou US$
31,204 bilhões no primeiro semestre. No segundo trimestre, a companhia teve lucro líquido de US$ 762 milhões
(US$ 0,81 por ação), queda de 26% frente ao desempenho de um ano antes. A queda no resultado trimestral
contrastou com o aumento da receita, que avançou 23% e alcançou US$ 16,38 bilhões, cifra recorde para a
Dow Chemical, cujas vendas aumentaram com maior força na Europa e outras regiões da América do Norte. "O
avanço do preço do petróleo durante o segundo trimestre aumentou as despesas em US$ 1 bilhão, mas
reagimos com rapidez e anunciamos amplas elevações de preços", explicou o executivo-chefe da Dow
Chemical, Andrew Liveris. Durante o segundo trimestre a companhia registrou aumento superior a 10% em
suas vendas nas cinco principais áreas de negócio. Para o conjunto do ano, Liveris explicou que o aumento de
preço do petróleo, "que enfraqueceu ainda mais a economia americana, criou novas incertezas sobre a
demanda mundial", informaram O Globo e o DCI.
Oxiteno investe em nova fábrica de acetatos
A Oxiteno, do grupo Ultra, informou que investirá em uma nova unidade de produção de acetatos em Mauá, na
grande São Paulo. Segundo comunicado da empresa, a nova fábrica adicionará capacidade de produção de 40
mil toneladas por ano e o investimento previsto é de R$ 51 milhões - montante que está inserido nos R$ 650
milhões que serão investidos pela empresa entre 2008 e 2009. A previsão é que a nova unidade entre em
funcionamento no segundo semestre do próximo ano. A produção da unidade atenderá os mercados de resinas,
tintas, vernizes e tíneres, além dos setores automotivo, construção civil e embalagens. "O aumento da
capacidade de acetatos é uma das iniciativas que a Oxiteno vem conduzindo com o objetivo de ampliar sua
participação no mercado", dizia o comunicado da empresa. Além da produção de acetatos, a empresa também
planeja ampliar a capacidade de produção de eteno, etoxilados, etalominas e oleoquímicos, informou a Gazeta
Mercantil.
Brasileira Unigel investirá US$ 20 milhões na mexicana Pemex
A brasileira Unigel construirá uma planta no complexo petroquímico Morelos no estado de Veracruz, no Golfo do
México, através de um investimento de US$ 20 milhões na Petróleos Mexicanos (Pemex), informou a estatal
mexicana. A Pemex afirmou em comunicado que sua subsidiária Pemex Petroquímica e a Unigel deram o
primeiro passo para a reabilitação de uma planta de acrilonitrila no complexo Morelos, com base em um acordo
de cooperação assinado em 6 de agosto do ano passado para reativar a cadeia de produção desta substância.
Atualmente, a planta se encontra fora de operação. Para que volte a funcionar a estatal mexicana investirá
aproximadamente US$ 7 milhões e a brasileira US$ 20 milhões na construção de uma nova instalação para
processar produtos que antes eram destruídos e que agora serão transformados em adubo e outros artigos
petroquímicos. A Pemex afirmou que com a produção desta planta se substituirão importações de cerca de 60
mil toneladas no valor de US$ 200 milhões. A estatal acrescentou que o investimento na planta de acrilonitrila,
substância usada na fabricação de plásticos, borracha sintética e fibras acrílicas, reduzirá as emissões de
óxido de carbono e eliminará as de dióxido de enxofre. O diretor da Pemex Petroquímica, Rafael Beverido,
destacou que a reativação, ampliação e implementação de novas tecnologias reduzirá as importações de
muitos produtos petroquímicos. Ele acrescentou que a colaboração de empresas privadas com a Pemex permite
a obtenção de excelentes resultados. A Pemex afirmou que o processo de reabilitação será concluído em janeiro
de 2009 e gerará mais de 500 empregos temporários para a construção da nova planta, informou a EFE.
Carbono Química espera crescer quase 20% em 2008
A executiva Vera Gabriel, presidente da Carbono Química, uma das poucas mulheres a ocupar este cargo no
setor, informa que a empresa deve fechar o ano com crescimento de quase 20% no faturamento, atingindo R$
200 milhões. Nascida no ABC Paulista, a segunda maior distribuidora de solventes do Brasil acaba de injetar
US$ 2,7 milhões na expansão da filial de Ribeirão Preto, que passou de 3 mil m2 para 17 mil m2, e num novo
software de gestão empresarial. Outra aposta da empresa é a linha de produtos mais limpos, ou menos
prejudiciais ao meio-ambiente. Em agosto, começa a distribuir os solventes sustentáveis da Total Fluidos,
subsidiária do grupo francês Total. Em outra frente, a empresa vai investir também no desenvolvimento de
produtos sustentáveis de marca própria. “A demanda por estes solventes não pára de crescer pela própria
evolução da legislação no Exterior e a autoregulação dos mercados no Brasil”, diz Vera. Com 30 anos de
existência, a Carbono Química tem sede em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, e outras duas unidades
- uma em Ribeirão Preto (SP) e outra em Campina Grande do Sul (PR). Comercializa, anualmente, 70 mil
m_/tonelada para o segmento de produtores de tintas, vernizes e os fabricantes de colas, adesivos, resinas,
defensivos agrícolas e borrachas. Tem cerca de 2.900 clientes cadastrados e um faturamento superior a R$
167 milhões, em 2007, informou o Portal Canal Executivo, do UOL.
Petrobras terá unidades produtivas de dois em dois anos no pré-sal
A Petrobras pretende instalar de dois em dois anos, a partir de 2010, uma unidade de produção definitiva em
cada um dos campos da camada pré-sal na bacia de Santos. Apenas em um dos campos, o de Tupi, serão
instaladas 11 plataformas com capacidade para produzir 100 mil barris diários de petróleo cada uma. De
acordo com o engenheiro e assistente da diretoria de Exploração e Produção da estatal, Álvaro Costa, a
estimativa é de uma produção de 1 milhão de barris diários em Tupi. Além do petróleo, Tupi também terá gás
associado, na proporção de 220 metros cúbicos para cada metro cúbico de petróleo extraído, informou, o que
daria cerca de 1 milhão de metros cúbicos diários de gás natural na primeira fase. Escolhido como primeiro
campo a ser desenvolvido, Tupi terá um Teste de Longa Duração (TLD) em março de 2009 produzindo com 30
mil barris diários. Em 2010 será instalado um plano piloto para preparar a instalação da primeira plataforma
definitiva, que provavelmente será batizada de São Vicente, marcando com o nome da primeira cidade
brasileira o início de uma nova região produtiva na história do país. Atualmente, a bacia de Campos é
responsável por 80% da produção nacional de cerca de 1,8 milhão de barris diários de petróleo. Tupi por
enquanto é o único campo da região pré-sal com reservas conhecidas, entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo
equivalentes (petróleo e gás natural), quase metade das reservas atualmente provadas no Brasil, de cerca de
14 bilhões de barris, informou O Globo Online.
Negócios para o Plástico
O ápice do plástico
Translúcida como uma lâmina de vidro e sem amarelar com os raios solares, a fibra de plástico está quase
irreconhecível no papel de etileno-tetrafluoretileno (ETFE). “As finas membranas, com espessura de até oito
fios de cabelo, são soldadas entre si e em camadas até formarem uma resina capa sob medida para o projeto”,
detalha Marcos Luciano Nunhez, gerente da fabricante DuPont – que batizou o produto como marca Tefzel.
Reciclável e maleável, o ETFE inspira profissional escalados para erguer generosas estruturas, como os 100
mil m2 do National Swmming Centre (Centro Nacional de Natação) para a Olimpíadas de Pequim, na China.
Ali, a equipe optou por usá-lo no formato de colchões inflados, protegidos externamente com Teflon,
preenchendo uma estrutura metálica. Outro formato possível são painéis retos de 55m de comprimento por
3,66m de largura. Toda essa versatilidade, no entanto, não resiste ao forte impacto de objetos pontiagudos,
porque o colchão pode mudar ou até estourar. O material poderá entrar no mercado de construções
residenciais. No Brasil, há planos para usá-lo na estrutura de um dos estágios da Copa de 2014, a ser
construído no Rio de Janeiro, informou a revista Arquitetura e Construção.
Subproduto do etanol vira componente não-fóssil para o plástico
Argila, talco, vidro, papel e até metais são normalmente acrescentados ao plástico durante o seu processo de
fabricação para aumentar sua resistência. Mas um subproduto da produção do etanol pode ser uma
alternativa mais eficiente do que todos esses materiais. A equipe do professor Kurt Rosentrater, do Laboratório
de Pesquisas Agrícolas dos Estados Unidos, descobriu que um material conhecido tecnicamente como DDGS
(Distiller's Dried Grains With Solubles), gerado durante a fabricação do bioetanol, possui um alto teor de fibras
que o torna perfeito para o uso como carga na fabricação de plásticos. Carga é o termo técnico utilizado para
designar os materiais que entram como preenchimento entre as moléculas do material principal. Comprimindo
misturas de DDGS e resina plástica fenólica, os pesquisadores descobriram que uma concentração entre 25%
e 50% de DDGS é perfeita para a utilização como uma carga não-fóssil para os plásticos. A utilização da
carga, além de aumentar a resistência do plástico, reduz a quantidade do plástico propriamente dito no
produto final. Os resultados desta pesquisa, além da aplicação direta na indústria de plásticos, representam
elementos importantes para o desenvolvimento de outros produtos manufaturados que incorporem materiais
de origem biológica ou biodegradáveis, informou o portal Inovação Tecnológica.
Movimentos da Indústria
Fiesp e CNI apostam no acordo
Enquanto o Brasil se apresenta como o líder dos países emergentes, o setor privado brasileiro se distancia das
posições das empresas dos demais países em desenvolvimento. Na última quinta-feira (24), as entidades que
representam as indústrias da África do Sul, Argentina e Índia publicaram uma declaração rejeitando um
acordo nas bases propostas. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Confederação
Nacional da Indústria (CNI) não aderiram à carta, alegando que as posições eram "extremistas". Segundo a
declaração, está nas mãos dos países ricos fazer concessões para que haja um acordo. África do Sul sofre com
um desemprego de mais de 20%, enquanto o governo argentino tem apenas o apoio da indústria para se
manter no poder. Mario Marconini, diretor de Relações Internacionais da Fiesp, confirmou que a entidade optou
por não aderir à declaração, já que tinha espaço para aceitar algumas flexibilidades, informou O Estado de S.
Paulo.
Indústria brasileira pode perder entre 10% e 12% dos postos de trabalho
A liberalização do setor industrial prevista na Rodada Doha poderia resultar na perda de entre 10% e 12% dos
postos de trabalho na indústria brasileira, estima o Instituto Observatório Social (IOS), uma organização
pertencente à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Segundo Felipe Saboya, coordenador de pesquisa do
instituto, a conclusão se baseia em dados compilados entre 1989 e 1994, período em que o Brasil reduziu em
cerca de 70% suas tarifas de importação sobre produtos industriais e, como conseqüência, cerca de 1,3
milhões de pessoas perderam seus empregos. A proposta da rodada exigiria do Brasil uma redução de 57,25%
nas tarifas industriais. "O mais afetado seria o setor automotivo, que teria que enfrentar uma forte
concorrência da China, por exemplo. Se essa indústria não puder ser protegida, que é o que a União Européia
quer, calculamos que cerca de 15% dos postos de trabalho (nas montadoras) vão desaparecer", afirma
Saboya. Sob insistência das indústrias química e automotiva alemãs, a UE pressiona o Brasil a aceitar a
incorporação de cláusulas anticoncentração ao capítulo industrial do acordo, o que impediria o país de
proteger todo um setor do corte geral de tarifas. O IOS defende que a proteção é fundamental para preservar
o emprego e garantir a continuidade de seu desenvolvimento industrial. "Foi graças a uma forte política
interna industrial que a Argentina conseguiu se recuperar da crise de 2001 e passar de uma taxa de
desemprego de 25% para 7%", defende o pesquisador, informou a BBC.
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Sustentabilidade
Indústria do Plástico firma parceria para coleta e reciclagem de Isopor®
A indústria do plástico irá firmar, na próxima terça-feira (29), uma parceria para a coleta e reciclagem de
Isopor® (poliestireno expandido - EPS), material plástico 100% reciclável. O Acordo de Cooperação Mútua
para coleta e reciclagem do Isopor® será assinado pela Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos –
através do Projeto Repensar -, Instituto Tamboré, Cooperativa Avemare e Instituto de Projetos e Pesquisas
Sócioambientais (Ipesa). A parceria visa a coleta e reciclagem de Isopor® de todo o município de Santana de
Parnaíba (SP) incluindo os condomínios residenciais de Tamboré e Alphaville. A expectativa é de que sejam
coletadas e recicladas mais de 5 toneladas por ano deste material que pode ser transformado em vários
produtos, como molduras de quadros, rodapés e réguas para uso escolar. A expectativa é de dobrar esse
volume de material reciclado nos próximos dois anos, informou o Portal Rede Energia.
Estrela aposta em marketing e brinquedos de plástico a partir do etanol
A expectativa da Estrela é fechar o ano com o faturamento entre R$ 130 milhões e R$ 140 milhões, avanço de
até 40% ante 2007. A empresa investiu R$ 15 milhões, em 2008, em novos produtos e estratégias de
marketing. “O nosso foco, neste ano, foi ter uma gama de produtos que atendesse a todos os segmentos de
faixa etária e de renda”, diz Carlos Tilkian, presidente da Estrela. Entre as apostas, está o licenciamento do
personagem Batman e a reformulação da linha de jogos. O Banco Imobiliário Brasil ganhou uma versão com
pontos turísticos do país, escolhidos por internautas no site da empresa, e outra batizada de Banco Imobiliário
Sustentável, com peças plásticas feitas a partir do etanol, informou a coluna Mercado Aberto, da Folha de S.
Paulo.
Política e Economia
Inflação desacelera em julho no Brasil
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de julho confirmou a expectativa de um cenário mais
favorável para a inflação no segundo semestre. Os alimentos ainda foram a principal fonte de pressão,
respondendo por 63% da variação de 0,63% do IPCA-15, mas a alta desses produtos perdeu força. Com a
expectativa de que as commodities agrícolas vão se acomodar num nível inferior ao da primeira metade do ano,
os alimentos devem subir a uma velocidade mais moderada daqui para frente. Ainda assim, os analistas apontam
para um IPCA, o indicador que baliza o regime de metas de inflação, na casa de 6,5% ou mais neste ano - acima
do teto da banda de tolerância (de 6,5%). Os preços administrados (como tarifas públicas) terão um segundo
semestre pior do que o primeiro. Uma das boas notícias do IPCA-15 foi a menor disseminação das pressões
inflacionárias, como nota a economista Marcela Prada, da Tendências Consultoria Integrada. O índice de difusão,
que mostra o percentual de itens do indicador que registraram alta, ficou em 62,8% em julho, abaixo dos 70,6%
de junho, quando o IPCA-15 subiu 0,9%. No ano, o índice aumenta 4,33% e em 12 meses, 6,3%. Para o economista
Luís Fernando Azevedo, da Rosenberg & Associados, a alta mais fraca dos alimentos ainda não se deve à queda
recente das commodities no mercado internacional. O impacto do recuo das commodities, caso os produtos de fato
se acomodem num nível mais baixo, deve se sentir nos próximos meses, informou o Valor Econômico.
Bancos estrangeiros reduzem oferta de crédito à exportação
A crise no sistema financeiro nos Estados Unidos e Europa reduziu a disponibilidade de crédito à exportação ao
país, tornou as linhas mais caras e encurtou prazos de vencimento. Bancos estrangeiros deixaram de operar no
mercado, pois passam por uma crise de liquidez e solvência. Chegam a pagar prêmios maiores em suas próprias
captações do que os retornos oferecidos pelas empresas brasileiras nesse tipo de crédito de menor risco e ganho.
O Banco do Brasil (BB), o líder do mercado, chegou a notar falta de linhas de prazo de vencimento acima de 90
dias. Com a oferta menor de linhas, o total de câmbio para exportação financiado no primeiro semestre deste ano
foi de US$ 5,6 bilhões, queda de 70% na comparação com os US$ 18,96 bilhões nos primeiros seis meses do ano
passado, segundo os dados do Banco Central. Foi considerada a diferença entre o câmbio contratado e o total
embarcado. Os dados do BB mostram a mesma tendência. O volume de linhas de vencimento até um ano Adiantamento de Contrato de Câmbio (pré-embarque) e Adiantamento sobre Cambiais Entregues (pós-embarque)
- caiu 50% no primeiro semestre em comparação ao mesmo período do ano passado. É importante notar que nos
números do BB está incluída toda a produção de ACC e ACE - diferentemente do que acontece nos dados do BC,
quando uma linha é renovada, ela é contada novamente, informou o Valor Econômico.
América Latina
Mercosul deve perder relevância (Doha)
O Mercosul pode perder relevância e o projeto brasileiro de integração da América do Sul sairá arranhado com o
racha entre Brasil e Argentina na Rodada Doha, estima Alfredo Valladão, professor da cátedra Mercosul do Instituto
de Estudos Políticos de Paris. O Brasil aceitou um acordo de liberalização industrial na Organização Mundial do
Comércio (OMC) que a Argentina recusa. Se Buenos Aires obtiver uma exceção específica para sua indústria, a
primeira vítima será a Tarifa Externa Comum (TEC), dizem técnicos do bloco. Ao contrário de analistas mais céticos,
Valladão acha que o Mercosul vai continuar, até pela capacidade de jeitinho dos sócios, "mas é capaz de perder
relevância para definir políticas comuns em termos comerciais, e se limitar a administrar o 'acquis' (acervo)". A
divergência na OMC, contudo, terá impacto político maior sobre a integração regional. A relação do Brasil com a
Argentina é politicamente estratégica. É dela que depende toda a integração desejada pelo governo Lula. Sem o
eixo Brasília-Buenos Aires, não haverá integração sul-americana, porque foi a condição que existiu para se passar
de uma situação de competição para de cooperação entre os dois sócios. "Nada vai funcionar na integração se
voltar a competição entre Brasil e Argentina", afirma. Informou o Valor Econômico.
Milagre econômico faz do Peru o 'novo' Chile
Peru é o país que mais cresce na América do Sul, 9% em 2007, com previsão de 8% este ano. Sua inflação foi a
mais baixa no ano passado, 1,8%, e ainda agora está abaixo da média da região. O governo tem superávit fiscal,
mesmo com uma carga fiscal de apenas 19% do PIB (contra cerca de 37% no Brasil). Beneficiado pelo boom de
commodities, as exportações dispararam, e o comércio exterior é amplamente superavitário. O país obteve o grau
de investimento em abril, um pouco antes do Brasil. O investimento direto estrangeiro, de US$ 5,3 bilhões em 2007,
foi quase igual ao recebido pela Argentina, a segunda maior economia da região. Esse crescimento é fruto de vários
fatores: uma política econômica pró-negócios, com forte abertura comercial e de investimentos, que vem de mais
de dez anos, mantida já por quatro governos consecutivos; relativa estabilidade política e jurídica; alta dos preços
das commodities; e, desde o ano passado, um forte aumento da demanda interna, informou o Valor Econômico.
Mexichen em alta
O Mexichem, conglomerado mexicano de químicos, divulgou lucro de US$ 73,1 milhões no segundo trimestre, alta
de 54,1% ante um ano atrás. A companhia atribuiu o resultado a uma expansão que incluiu várias aquisições,
inclusive no Brasil, informou o Dow Jones.
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Mundo
Petroquímica da Índia planeja vender xileno misto
Mangalore Refinery & Petrochemicals Limited (MRPL, sigla em inglês), petroquímica com sede na Índia e
controlada pela Oil and Natural Gas Corporation Limited (ONGC, sigla em inglês), maior produtora de petróleo
da Índia, anunciou que planeja vender 10.000 toneladas métricas de xileno misto. O composto é utilizado na
fabricação de garrafas de plástico, fibras sintéticas e solventes, entre outros produtos, informou o InvestNews.
Petróleo nos EUA
A Câmara dos Representantes nos Estados Unidos rejeitou projeto de lei que obrigaria o governo do país a
vender petróleo de suas reservas estratégicas. O projeto teve 268 votos a favor e 157 contra, mas não alcançou
os dois terços de aprovação que eram necessários. Esse procedimento de votação impedia que o Partido
Republicano apresentasse emendas ao projeto. Os republicanos queriam introduzir emenda que abriria os
litorais da Flórida e da Califórnia à exploração de petróleo. Faltando apenas oito dias até o começo do recesso
de verão, o Congresso está parado no que se refere ao setor de petróleo, informou O Estado de S. Paulo.
Exportações já começam a cair na Ásia
As exportações asiáticas estão diminuindo, num momento em que a demanda dos EUA está em queda e as
perspectivas econômicas da Europa se deterioram. Os dados são um revés para os que advogam a teoria do
"descolamento", que defende que o aumento da demanda nos países da Ásia, do Oriente Médio e na Rússia
compensaria a desaceleração da economia americana. As exportações japonesas em junho caíram pela
primeira vez em quase cinco anos. A retração foi de 1,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, sendo
que isso aumenta a possibilidade de que o Japão registre uma contração econômica no segundo trimestre. As
exportações de Hong Kong caíram pela primeira vez em mais de dois anos, com a diminuição de embarques
para a China continental, para o Japão e para os EUA. A queda de 0,6% em junho, quando comparado ao
mesmo mês do ano passado, se seguiu ao crescimento de 10,3% registrado em maio. Para o Japão, o resultado
das exportações foi especialmente dramático. Os embarques para os EUA, país que recebe cerca de 20% de
todas as exportações japonesas, caíram 15% em junho e quase 10% no primeiro semestre. Os embarques para
a Europa caíram 10,3%. Para Masamichi Adachi, economista do JPMorgan, a maioria da Ásia já havia sido
afetada pela desaceleração nas principais economias mundiais, ou seja, "o Japão agora está se deteriorando
em linha com as tendências globais", informou o Valor Econômico.
Cotação
Cotação atinge menor nível em sete semanas
Os preços do petróleo fecharam o pregão de sexta-feira (25) da bolsa de Nova York em queda - atingindo o menor
nível em sete semanas -, com o dólar se fortalecendo após a divulgação de dados econômicos e a previsão de uma
consultoria de que a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) irá elevar sua produção. Na bolsa novaiorquina, o contrato do petróleo WTI para entrega em setembro caiu US$ 2,23, ou 1,78 %, e fechou a US$ 123,26
por barril. A commodity foi negociada entre US$ 122,50 e US$ 126,51 durante o pregão de sexta-feira (25). Na bolsa
de Londres, o contrato para setembro do petróleo tipo Brent recuou US$ 1,92 na sexta-feira (25), ou 1,52%, para
US$ 124,52 por barril, sendo negociado entre US$ 123,39 e US$ 127,52. Informaram agências internacionais.
Agenda
Seminário sobre Sustentabilidade e Impacto nas Edificações
No dia 12 de agosto, o Milenium Centro de Convenções, em São Paulo, será palco do Seminário
Sustentabilidade e Impacto nas Edificações que terá início às 8h00 e será promovido pela Nalco Brasil. O
evento contará com a participação de Francisco Carlos Moraes, Industry Technical Consultant da Nalco que
discorrerá sobre Fontes alternativas de água: Reúso e Reciclo - Impacto na utilização da água de reúso em
sistema de resfriamento; Tecnologia 3DTrasar: novo conceito em tratamento de água; e Inovação em química,
serviço e automação. Marcelo Gurgel, Account Coordinator Manager – EHS da Nalco, também ministrará
palestra abordando questões de higiene ambiental e conservação de energia. Para as inscrições é necessário
entrar em contato com Danielle Steigert pelo telefone (11) 56446516 ou enviar e-mail para o endereço
[email protected].
Sindicalismo no mundo
O Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para fins Industriais e da Petroquímica do Estado de São
Paulo (Sinproquim) promove uma palestra com o tema: O futuro sindicalismo no mundo, no dia 1º de agosto,
o palestrante, professor Dr. Teodosio Palomino, Presidente de la Asociación Iberoamericana de Derecho del
Trabajo y de la Seguridad Social “Guillermo Cabanellas”, Professor Universitário de Cursos de Graduação e PósGraduação em Direito do Trabalho do Mercosul. O palestrante vai mostrar um estudo profundo em virtude dos
avanços da ciência e da tecnologia, da globalização da economia e da nova cultura laboral. As inscrições
deverão ser efetuadas até o dia 28 de julho. A palestra é direcionada às empresas sindicalizadas, associadas
e entidades do seguimento químico, é necessário fazer a inscrição antecipadamente na secretaria. Os
participantes serão recepcionados com um café da manhã a partir das 8h30 no Sinproquim - Rua Rodrigo
Cláudio, 185 - Bairro Aclimação, São Paulo. Informações: (11) 3287-0455 ou e-mail:
[email protected].
Sacolas Plásticas
A Plastivida mostra esta semana os primeiros resultados da campanha de consumo consciente de sacolas
plásticas. Os resultados, que segundo o presidente da Plastivida, Francisco de Assis Esmeraldo, são muito
positivos, serão mostrados nesta quarta-feira (30), em evento na Associação Brasileira de Supermercado s
(Abras), informou a redação do Leia!.
Expediente
O Leia! é produzido com base em leituras de jornais, revistas, agências e
sites de notícias, boletins corporativos dos principais setores ligados à
petroquímica, reuniões e eventos realizados na Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo (Fiesp).
Comitê editorial
Presidente: Vítor Mallmann
Rosana Paulis e Eduardo Sene - Assuntos Fiesp/Siresp
Marcio Freitas - Editor
Natasha Lima, Isabela Barbosa e Sandro Almeida - Redação
David Freitas – Diretor de arte
Roberta Provatti - Jornalista responsável - MTB-24197/SP
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