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ARTIGO O PERFIL IDEAL DE LIDERANÇA PARA TREINADORES DE FUTEBOL PROFISSIONAL: UMA PERSPECTIVA SOB O PONTO DE VISTA DOS TREINADORES DO CAMPEONATO MINEIRO MÓDULO I DE 2005* Israel Teoldo da Costa1 Dietmar Martin Samulski' I ! RESUMO 1 As investigações no âmbito da liderança no esporte têm se desenvolvido a partir do pressuposto de que o comportamento do líder: treinador tem impacto relevante, de natureza negativa ou positiva, produqao do atleta elou no seu bem-estar psicológico. Assim, a j possibilidade de o treinador intervir, pontualmente, durante o intervalo e11 ou na decorrência de uma partida demanda forte relação de confiança i com o atleta, apresentando-se como um dos fatores determinantes para o sucesso. Buscando compreender algumas especificidades d a s ; manifestações de liderança do treinador de futebol, este estudo teve,I como objetivos: identificar quais fatores são importantes para o perfil de Iliderança de treinadores de futebol profissional; e verificar a existência i /de uma possível preferência dos treinadores por um aeterminado estilo 1 'de liderança. Na coleta de dados utilizou-se um questionário d e i I.lidentificaçao da amostra e a Escala de Liderança Revisada para o Esporte I i(ELRE), versão perfil ideal. Participaram deste estuao 13 treinadores do ~ a m ~ e o n a Mineiro to modulo 112005. os quais apresentaram idade média i /de 46 anos (110,04) e um envolvimento direto na função de treinador! desta modalidade de 13,69 anos (19,43). A consistência interna da ELRE i l o i de a.0.86 para este estudo. Os resultados mostraram que o s i /treinadores entrevistados consideram a autocracia e os aspectos d e i (treino-instrução os principais componentes de um perfil de liderança ideal ipara treinadores de equipes profissionais de futebol. Além disso, pode-l ,se observar que os entrevistados também consideram que os aspectosi isituacionais. de r e f ~ r ç oe de suporte social são ir~poriantesdentro d o ' /;x:ifii de liderança de Ireinadoieç de Í!~tebol. , .~ . - ~ F3a!avraç-crisive: I ~ ~ i r , i . d ~ if3leb;;i. <~:. treinador / < . 1 i ~ . . - ~ .- r,,,,,,<:: ;,Et.j[: t:p:i;f f\J/?G i~[~~ ,: ;:(;::,,4Lj~hat,<,: cjb ~ l < , ~ t ! ~ :i,, , ~?7: ~ ? i ; ? ~ í : ~ c : rr-a;,3fl.:jf? Gcutor r;:m F:;,,.,?ir:gia i!,: [!..,;iorta i: ;..>.,LEIS c;L,:vt+,t. ,.,::fg~~; c,rjc;. c:;~;icor :li: ,i\i't!$'i:i2~~tS.7 . ;.I+!JS ..: Desde que o futebol chegou ao Brasil, muitas mudanças puderam ser detectadas, principalmente na sua estrutura e organização. A mudança de maior impacto foi decorrente da sua difusão por todas as classes sociais, ocorrendo a entrada de jogadores das classes populares no mais alto nível de excelência e, como conseqüência, a profissionalização desse esporte, mesmo diante do amadorismo praticado pela maior parte dos dirigentes dos grandes clubes (LOPES, 2004). Nos últimos 15 anos os treinadores ganharam mais espaço e respeito no futebol, passando a ser uma das figuras de destaque em seus times e clubes. A modernização na administração dos clubes, das federações e das confederações, principalmente após a promulgação da Lei Pele, também contribuiu para que os dirigentes e os funcionários dos clubes modificassem suas próprias concepções de trabalho dentro dessas instituições, que passaram a ser tratadas como verdadeiras empresas, exigindo mais profissionalismo de todos. Diante desse fato, o s dirigentes p a s s a r a m a ser responsabilizados pelos gastos de sua gestão e os treinadores assumiram um papel importantíssimo dentro da estrutura dos clubes, estando diretamente ligados a "linha de produção" destes. Atualmente, a mídia, os pesquisadores e os torcedores reconhecem que o treinador, se não for a maior, é uma das figuras que exercem maior liderança no time e, em algumas ocasiões, no clube. Para observar essa realidade no futebol, basta lembrar quem foi um dos principais responsáveis pelas conquistas dos Campeonatos Brasileiros de 2003 e 2004. A importância do treinador nos jogos explica-se pelo fato da sua exposição constante ao público e aos críticos, uma vez que ele coordena as ações do seu time e analisa os pontos fortes e fracos das outras equipes, na Sntativa de obter os melhores resultados e extrair o máximo potencial dos seus atletas. A cobrança dos resultados em cima do treinador faz com que este profissional procure cada vez mais desenvolver diferentes habilidades e prover conhecimentos que o auxilie a atuar de forma mais competente e eficaz. Além do conhecimento técnico-tático, o desempenho de alto nível exige o domínio de outras dimensões do treinamento esportivo, como os aspectos psicológicos elou mentais R. Min. Educ. Fis.. Viçosa. \ . 13. n. 1, p. 16-36.7006 17 (BESWICK, 2001; DURAND-BUSH, 2001; ORLICK, 2000; SALMELA, 1996), e, no caso do futebol, os aspectos de relacionamento social (SIMÕES et al., 1998; LYLE, 2002), que influenciam diretamente os resultados da equipe. Além desses aspectos que compõem o treinamento, outros fatores importantes, como a s recentes reformulações d o s regulamentos, principalmente do Campeonato Brasileiro da série A, e as evoluçoes dos métodos de treinamento, são, hoje em dia, fatores que exigem forte e estruturada relação entre os atletas e o treinador, em que este desempenha a função de lider, buscando auxiliar o seu grupo a alcançar seus objetivos e suas metas. No âmbito da liderança no esporte, as investigações têm se desenvolvido, segundo Horn (1992) e Smith e Smoll (2005, p. 293), a partir do pressuposto de que o comportamento do Iíderltrejnador tem um impacto relevante, de natureza negativa ou positiva, na produção do atleta elou no seu bem-estar psicológico. Dessa forma, a possibilidade de o treinador intervir, pontualmente, durante o intervalo elou na decorrência de uma partida demanda forte relação de confiança com o atleta, o que pode se apresentar como um dos fatores determinantes para o sucesso (SAMULSKI et al., 1998, p. 139). Justificativa De acordo com Vilani (2004), as formas de interações entre os treinadores e os seus respectivos atletas vêm sendo tema de estudo no campo da psicologia social, abordada, principalmente, no âmbito da liderança, em que os objetivos principais, segundo Horn (1992), têm sido identificar os comportamentos de liderança mais eficazes, em situações nas quais os resultados foram bem sucedidos ou naquelas em que houve respostas psicológicas positivas. Samulski e Greco (2004, p. 275) ressaltam a importância de analisar as formas de liderança do treinador de futeboi, visto que, quanto mais efetiva for a liderança exercida pelo treinador sobre o seu grupo: maior será a coesão, melhor será a distribuição e compreensao das funções específicas, maior será a capacidade de superação de obstáculos, e o estabelecimento de metas comuns ficará mais claro. Nesse sentido, este estudo se torna relevante para aumentar a compreensão das situações que podem influenciar positivamente a relação entre o treinador e o atleta, além de auxiliar na formação de um corpo de conhecimento que poderá ser utilizado tanto pelos profissionais que atuam no futebol quanto para a formação de graduandos em Educação Física que pretendem começar ou seguir a carreira de treinador de futebol. As informações contidas nesta pesquisa tambem podem fornecer subsídios para uma melhor e mais adequada intervenção futura. que possa otimizar o rendimento e, principalmente, o desenvolvimento da pessoa enquanto atleta. Objetivos - Identificar quais fatores são importantes para o perfil de liderança de treinadores de futebol profissional. -Verificar a existência de uma possível preferência dos treinadores por um determinado estilo de liderança (interação e decisão). Hipóteses - H, - Não existe uma preferência, por parte dos treinadores, por um determinado estilo de liderança a ser exercido no futebol. - H: Existe uma preferência, por parte dos treinadores, por um -- determinado estilo de liderança a ser exercido no futeboi. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS Amostra Participaram deste estudo 1 3 treinadores d o s clubes participantes do Campeonato Mineiro 2005, módulo li com média de idade de 46 anos (+10,04 anos!. Estes treinadores possuíam tempo medio de envolvimento com o futebol de 26,92 anos (I11,44 anos) e tempo de experiência como treinador de 13.69 anos (+9,43 anos). Dos treinadores entrevistados, 46.20% possuíam graduação em Educação Física; 61,500/~já haviam trabalhado em campeonatos brasiieiros; e 76,90% já haviam conqiiistado pelo menos um titulo na categoria profissional Cuidados Éticos O projeto desta pesquisa foi submetido a análise do Comitê de Ética em Pesquisa (COEP) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tendo sido aprovado na íntegra por meio do parecer número ETIC 396105, sendo reconhecido como um estudo dentro das normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Saúde (1996) e pelo Tratado Etico de Helsinki (1996), envolvendo pesquisas com seres humanos. Este projeto também foi enviado a Escola Brasileira de Futebol (EBF), órgão vinculado a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), responsável pelos assuntos científicos que são desenvolvidos no futebol brasileiro. Após analise do projeto, a EBF, por meio do secretário-geral da CBF - Marco Antônio Teixeira, emitiu uma carta de apoio institucional a este trabalho. Todos os voluntários foram informados sobre os objetivos, os procedimentos metodológicos e a relevância do estudo. Um termo de consentimento foi entregue e assinado por cada um dos participantes, outorgando ao voluntário o direito de abandonar o projeto, a qualquer momento, sem nenhum constrangimento. Ainda, foram tomadas as devidas precauções no intuito de preservar a privacidade dos voluntários, visto que a saúde e o bemestar destes estavam acima de qualquer outro interesse pessoal ou científico. Procedimentos de coleta de dados Todos os clubes foram contactados pelo pesquisador responsável, com o propósito de esclarecer os objetivos da pesquisa ,iefazer o convite de participação ao treinador da equipe profissional. Após o contato e o consentimento dos treinadores quanto a participação voluntária neste estudo, o pesquisador agendava uma reunião no clube ou no hotel onde a equipe estava concentrada para o jogo do Campeonato MineiroIMódulo I. Nesta reunião, o pesquisador reforçava os objetivos da pesquisa, a relevância do estudo, solicitava a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido e entregava os questionários ao treinador. Os treinadores dispunham de tempo saficiente para registrar as suas respostas com clareza e precisão. As respostas foram recolhidas pessoalmente pelo pesquisador e, quando 7O R. Min. Educ. Fís., Viçosa. v. 13. n 2, p. 16-46.2006 o treinador não dispunha de tempo suficiente para registrar suas respostas no dia da reunião, elas eram enviadas posteriormente por correspondência. Instrumentos Na área das ciências sociais, principalmente na Psicologia do Esporte, muitas pesquisas, especificamente sobre liderança esportiva, têm sido realizadas utilizando-se questionários como fonte de obtenção de informações (SUMOSKI, 2002; BARIC; HORGA, 2003; JOWE'TT, CAROLIS, 2003; COSTA, 2003; BEAM et al., 2004; VILANI, 2004; PAPANIKOLAOU et al., 2005; MUNHOZ, 2005; FRANZEN, 2005; LOPES, 2006). Esta pesquisa, que objetivou estudar a liderança de treinadores de futebol, também utilizou os questionários como instrumentos para a coleta de dados. Assim, o documento preenchido pelos treinadores foi composto de duas partes. A primeira continha um questionário de identificação composto por nove questões com perguntas abertas e fechadas, visando obter dados acerca da formação e experiência do treinador no futebol. Na segunda parte, os treinadores responderam o questionário contendo a Escala Revisada de Liderança para o Esporte (ELRE), versão perfil ideal ou desejado. Esta versão objetiva identificar, na visão do participante, alguns fatores de um perfil de liderança ideal para treinadores de futebol. A ELRE foi desenvolvida e validada por Zhang et al. (1997) após um processo de revisão da Leadership Scale for Sports (LSS), desenvolvida por Chelladurai e Saleh (1980). A ELRE é composta por 60 questões fechadas, divididas em dois estilos e seis dimensões. O estilo de decisão é composto pelas dimensões de Comportamento Autocrático (8 questões) e de Comportamento Democrático (12 questões). O estilo de interação é composto pelos Comportamentos de Suporte Social (8 questões), Comportamentos de Reforço Positivo (12 questões), 9mportamentos de Treino e Instrução (1O questões) e Comportamento de Consideração Situacional (10 questões). Uma escala tipo Likert de 5 pontos é utilizada, e as 5 alternativas de resposta são acompanhadas das seguintes palavras: sempre (100%), frequentemente (75'/0), ocasionalmente (50%), raramente (25%) e nunca (0%). R. Min. Educ. Fis., \'iqosa, v. 14, n. 2. p. 16-46,2006 21 Na dimensão autocrática (AUT), o comportamento do treinador se caracteriza pela independência e autonomia nas tomadas de decisão de acordo com sua autoridade pessoal. Na dimensão democrática (DEM) o comportamento do treinador favorece uma maior participação dos atletas nas decisões relativas aos objetivos do grupo, aos métodos de trabalho e as táticas e estratégias de jogo. Estas duas dimensões compõem os estilos de decisão do treinador. Na dimensão treino-instrução (TI), o comportamento do treinador objetiva melhorar o rendimento dos atletas, com ênfase em um treinamento duro e exigente. As principais responsabilidades do treinador são: instruir os atletas na aquisição de habilidades técnicas e táticas da modalidade; e explicar a relação entre os membros do grupo, estruturando e coordenando as atividades. A dimensão suporte social (SS) é caracterizada pela preocupação com o bem-estar individual dos atletas, com o relacionamento pessoal com os atletas e com uma atmosfera positiva dentro do grupo. O treinador auxilia os atletas com problemas pessoais e tenta fazer com que o esporte também represente uma parte da vida deles. Na dimensão de reforço positivo o u reforço ( R E F ) , o comportamento do treinador cria u m "fortalecimento" psicológico do atleta, encorajando-o quando ele comete um erro, reconhecendo e recompensando os bons desempenhos. Na dimensão situacional (SIT), o treinador leva em consideração situações específicas e a forma de lidar com elas, considerando o tempo, o indivíduo, o ambiente, o time e o jogo. Aborda também o estabelecimento de metas individuais e de formas para alcançá-las, a diferenciaçao de métodos de treinamento em diferentes estágios de maturação e níveis de habilidade, assim como a determinação do posicionamento correto do atleta durante o jogo. Análise Estatística dos dados Foram adotados os seguintes critérios para inclusão dos questionários e suas respostas na análise dos dados: (1) todas as questões deveriam estar preenchidas adequadamente pelos participantes e (2) os instrumentos par? verificação da liderança não poderiam apresentar um índice superior a 10% de respostas em branco. Dessa forma, todos os questionários que não satisfizeram esses critérios foram descartados deste estudo. ?1 - L R . Min. Educ. Fis.. V i ~ o s aL;.. 14. ri. 2. p. 16-46.7006 Os procedimentos de análise de dados foram realizados pelo pacote estatístico SPSSB (Statiscal Package for Social Science) for WindowsB, versão 11.O. Os dados relativos a caracterização da amostra foram analisados de forma descritiva (média e desvio-padrão) para dados contínuos e por distribuição de freqüência (percentual) para dados categóricos ou nominais. Para verificação da validade da ELRE utilizou-se a consistência interna (Reability Test). A consistência interna de um instrumento é, fundamentalmente, uma questão empírica que emerge a sua capacidade efetiva de medir as variáveis para as quais foi criado, pressupondo as mesmas interpretações em várias experiéncias. Segundo Pasquali (1999), as técnicas mais utilizadas para avaliar a consistência interna são: duas metades, Kuder-Richardson e alpha de Cronbach. Neste trabalho utilizou-se o coeficiente de alpha de Cronbach para verificar a validade dos dados do questionário supramencionado. A escolha deste teste foi devido aos trabalhos anteriores de Zhang et al. (1997) e Lopes (2006), que utilizaram o mesmo coeficiente para indicar a consistência interna dos dados. O coeficiente alpha de Cronbach correlaciona os itens de cada escala de um grupo de respostas e, a partir dessa correlação, chegase a um índice que varia entre O e 1. Pasquali (1999) e a literatura internacional (MORGAN; GRIEGO, 1998; NUNNALLY; BERNSTEIN, 1994) sugerem um índice alpha de Cronbach acima de 0,70 como sendo preciso e confiável quanto a variável em que se pretende mensurar. Contudo, este estudo considerou os valores de 0,60 a 0,70 como limites inferiores da aceitabilidade, conforme sugerido por Nunnaly (1978) e Hair et al. (2005). Foram realizadas análises d e variâncias (AIVOVA) para comparar as médias entre as dimensões nos estilos de interação e decisao que compõem o perfil d e liderança. O objetivo deste procedimento era verificar se havia preferências por estilos de liderança (interação e decisao) por parte dos treinadores em relação ao perfil ideal ou desejado. Para localizar as possíveis diferenças entre as dimensões, foi realizado o teste de comparações múltiplas de Duncan. R. Min. tduc. F is., Viqi,s,i. L. 14. n. 2. p. 16-46.2006 23 RESULTADOS Consistência Interna do Instrumento Com o objetivo de verificar a consistência interna da ELRE, foi aplicado o indice alpha de Cronbach, buscando analisar a compreensão geral dos entrevistados sobre o instrumento e as respectivas dimensões que o compõem. Em relação a confiabilidade geral da ELRE versão perfil ideal ou desejado, os resultados apresentaram um indice alpha de Cronbach de 0,86. Na Tabela 1, a seguir, podem ser verificados os resultados do indice de alpha de Cronbach das dimensões que compõem este instrumento. - Tabela 1 Resultados dos indices de alpha de Cronbach, por dimensão Versão da ELRE PERFIL IDEAL OU DESEJADO ( Indice alpha de Cronbach por dimensões TI AUT SS SIT REF DEM 0.45 0.35 0.72 0.47 0.79 0.86 Com base na Tabela 1, observa-se que os resultados encontrados nas dimensões treino-instrução (a = 0,45), autocrático (a = 0,35) e situacional (a = 0,47) da versão perfil ideal ou desejado da ELRE apresentaram baixos indices de confiabilidade, de acordo com aqueles recomendados pela literatura (MORGAIV; GRIEGO, 1998; NUbINALLY; BERNSTEIN, 1994; IVUIVIVALY, 1978; HAIR et al., 2005). As limitações encontradas em algumas dimensões deste estudo também foram detectadas em outras pesquisas nacionais e internacionais que utilizaram a ELRE (ZHANG et al., 1997; ANDREW, 2004; LOPES, 2006; JANIBOR; ZHANG, 1997; COSIA, 2006). De acordo com Chelladura~(1993), embora algumas dimensões não apresentem alta confiabilidade, ou não alcancem a exigência de serem maiores que = 0,70, isso não quer dizer que não se pode desenvolver análises diante dos dados encontrados. Entretanto, o autor chama a atenção para o fato de que, sempre que alguma dimensão estiver abaixo desse nível de exigência, os pesquisadores e os leitores devem tomar cuidado com a interpretação dos dados, para não sustentarem categoricamente algumas conclusões que podem estar inconsistentes diante dos prováveis equívocos da compreensão do instrumento. 23 R.-Mjn.Ediic. Fis.. Viqosa. v. 13. n. 3. p. 16-16.3006 Perfil Ideal de Liderariça O aspecto rnais interessante ao se analisar o perfil ideal LI desejadi; de lideraiiça, nc; visão do treinador, é a capacidade que esta análise fornece para averiguar alguns fatores que são essenciais na funçio de treinador enquanto lider de um grupo. Dessa forma, o foco principal desse q~iestionamentoé verificar se, na visão dos próprios eritrevisiados, existe uma dimensão que se sobreponha as demais dentro do perfil ideal ou desejado de treinador. Para aicançar este objetivo, as 60 situações presentes na ELRE forarn analisadas de forma agrupada dentro de suas respectivas cfiinensões. Por meio da a n i l i s e descritiva dos dados, foram encc;iitradas as ziédias das dimensões, as quais estão representadas no Gráfico 1. Autocratica Treino- Demcratica Reforço Situac ional Suporte Instruçáo Social Gráfico 1- Análise descritiva geral das dimensões da ELRE versão perfil ideal ou desejado. O Gráfico 1 mostra as médias das respostas dos treinadores para cada uma das dimensões da ELRE versão perfil ideal ou desejado, ou seja, como os entrevistados visualizam um modelo ideal de treinador. Nc geral, observa-se que o treinador ideal, na visão dos pr6pi-ios profissionais é aquele com estilo de liderança autccráticc? e que está voltadc para 2s qi~el-,tÕesde treino-instrução da sua equipe. E irnportan;c- resc;ál~ai. q:... os outros estilos de interação tambér.:~ apresentarac-i(r&:?:?:a:tss, ri.i~strando ~ I J F ; .ÍIG perfil iciea: de fidíirança g ç treil.ia$:,:-ç tj..,;r;si~.. !iaver:? es!h- áte:-;t::i:i & s ques:oes sitiiócior;a!s. i-íii(;iy; e ,:;esi.,p;,-'v s;.i;:ai. .A, Procurando fazer urna analise mais detalhada dos res~~ltacios apresentados no Gráfico 1, serao apresetitados a segui: os resultados de cada dimerisáo, iniciando-se pelas dimensões qce compõem o estilo de decisão do treinador. Dimensão Autocrática Antes de apresentar os resultados desta dimensão, é importante ressaltar que, devido ao seu baixo índice de alpha de Cronbach, os dados relativos a ela serão analisados cuidadosamente, conforme as recomendações feitas na literatura por Chelladurai (1 993). 0 s resultados encontrados nesta dimensão mostram uma tendência dos treinadores em perceber o tretnador ideal com sendo mais autocrático, uma vez que a frequência de respostas dos entrevistados foi maior nas categorias frequentemente e sempre (Tabela 2). Isso mostra que os participantes consideram este estilo de decisão muito importante para se comandar eqiiipes de fctebol. Tabela 2 - Frequência de resposta dos treinadores ila d ~ m e ~ i s ã o autocrática da ELRE versão perfil ideal ou desejado Respostas N "10 Nunca Raramente Ocasionalmente Frequentemente Sempre Total O Gráfico 2, a seguir, mostra a freqüência das respostas dos treinadores em cada uma das questões que compõem a dimensáo autocrática. As situações avaliadas e m que o s treinadores entrevistados mostraram que se deve exercer uiria liderança mais autocrática são, por ordem de importância: "30-explica claramente as suas atitudes", "28-faz o planejamento para o time, relativamente independente dos atietas", "21-se recusa a abrir mão de algumas coisas em determinado ponto","34-determina os procedimentos a serem seguidos" e "46-impõe suas idéias". 26 R. h4in. Educ.. Fis.. Viqosa. \'. 14.11.2. p. 16-3h.2006 Gráfico 2 - Freqüência das respostas dos treinadores em cada situação que compõe a dimensão autocrática da ELRE versão perfil ideal ou desejado. Dimensão Democrática Como a dimensão democrática é antagônica a dimensão autocrática, esperava-se, devido aos resultados encontrados na dimensão autocrática, que os treinadores entrevistados considerassem que o comportamento democrático deveria ser menos utilizado que o autocrático. Essa conclusão pode ser extraída dos resultados apresentados na Tabela 3, onde somente 8,33e 17,95% das respostas emitidas pelos treinadores indicam, respectivamente, que o comportamento democrático deve ser usado em 100% das vezes (sernpre) ou enr 75% delas (frequentemente). Essa correlação entre a frequência do comportamento do treinador (O a 10O0/0) e os dados categóricos (nunca a sempre) foi mencionada no cabeçalho dos instrumentos, para que o treinador se orientasse melhor durante a emissão de suas respostas. Tabela 3 - Freqüência de resposta dos treinadores na dimensão democrática da ELRE versão perfil ideal ou desejado -- Reposas Nunca Raramer~te Oi,usio~almer;to Freq~enten-iente Sempre Total -- N 26,O 36,O 53,O 28,O 13,O 155.0 R. Miri Educ, Fís., Vi<;os,i,v. 14, n. 2 , p. 16-46,2006 16,67 23,OB 33,97 17.95 8,33 1i\O.OO ,,-, L Yo Gráfico 3,verifica-se as quatro sit~iac;5esnas aciaiç os ~ritrevistadosconsideram que os treinadores devern se ccrnportar de forma mais democrática: "51-obtém informações dos atletas em reuniões do time", "30-obtém a aprovação d ~ atletas s em assuntos importantes antes de seguir em frente, "14-valoriza as idéias dos atletas mesmo quando essas são diferentes das suas" e "09-estimula os atletas a darem sugestões de formas de treinamento". A análise dessas respostas pode mostrar a importância do tratamento de respeito que o treinador deve ter com os seus atletas, de forma a contribuir positivamente no exercício da liderança sobre o grupo. ,---- -.. ~- ~ nunca E raianente O ocasionalmente . - - frequentemente H sempre ~ Gráfico 3 . Freqirencia das respostas cos tr21nadoresem cada s::r?aqão que compõe a dimensão dt-:r?ocrStica cla ELRE versao perfil ideal ou desejado. Dimensão Treino-Instrução Esta dimensão também será anaiisada cor71 cuidado, seguindo as recomendações feitas por Chelladurai (199.3). 1 . j r r j 2 vez que riesta versão do perfil ideal ou desejado, ela aprese!;to~ :ric]ic,e Ue slpha cle Cronbach igual a 0,45. De acordo com os dados aprssentac~o:~ na %bela "4;obserdase que parece haver uma tendência dos tre,!?aciores en.?dchat- ~ ; u eo modelo ideal de profissional é aquele voltado para os aspectos de treinoinstrução durante as sessões de treinamento e durante as competições. Infelizmente, como o índice de confiabilidade desta dirnensao foi abaixo daqueles recomendados pela literatura, não se pode afirmar corn absoluta certeza que os entrevistados ccnsideram que o treinador ideai é aquele mais voltado para o estilo de interação treirio-instrução. mas - r L8 R . blin. Educ. F i k . L'iqosa. v 14. ri. 7. p . 16-46, L006 se pede observa: que há uma tenakricia papaTçse c a ~ i i n i 9PVT; . cS:er r6çpvs;ds concl~sivassobre esta ciinecsao, seria n e c e s s i : : ~u n 9 d 1 r 3 estudo, se possívei com uma amostra maior, em que fosse possive, reaplicar esse instrumento para confirmar ou não esses resultados. - Tabela 4 Freqúência de resposta dos treinadores na dimensão treinoinstrução da ELRE versão perfil ideal ou desejado Respostas N YO 0,O 0,OO Nunca 2,O I,54 Raramente Ocasionalmente 2,O I,54 Frequentemente 46,O 35,38 80,O 61,54 Sempre 130,O 100,OO Total Por meio do Gráfico 3 , observa-se essa tendência da preferência dos treinadores em considerar c: 5still:j :i-e!no-iristrução importante para o t;.einador ideai. Nele (Gráficc -lj, i ; ~ t ~ - qi;e s e as si!i_iaçÓes que apresetitaram respostas na cátegocia ':ararr:e;?te" forsni: 'C.3-faz com que :arefas mais complexas f~quem!-nais faceis ae entendeí e aprender" e "23-aá ênfase ao aprimoramento das principais nabiiicsdes". Esses resultados podem ser explicados juntamente com a preferência dos treinadores pelo estilo de liderança autocrático, uma vez que, em determinadas situações e m que o treinador se focaliza no cumprimento da tarefa e opta por não explicar as técnicas e táticas aos atletas, demonstra uma decisão unilateral característica deste estilo de liderança. ~ p . ~riurica - ~ ~raramente ~ ..--- - p ~ . ..---. ~ O ocas*oiia!merile O frequentemente Ei sempre -- -- -- - - -~ ~ - - Gráfico 4 Frequência das respostas dos treinadores em cada situação que compõe a dimensão treino-instrução da ELRE versão perfil ideal ou desejado R. Min. Educ. Fis.. Vicosa. v. 14,n.2. p. 16-36.2006 29 Dimensão Reforço Es:a di:nensao foi tan.ibéin considerada pcios entrevistados como importante para um perfil ae liderança ideal do treinador de futebol na categoria profissional. Por meio dos dados mostrados na Tabela 5, observa--se que os treinadores entrevistados consideram que a dirrlensão reforço é muito importante dentro do perfil ideal de liderança. Os entrevistados consideram que em 46,79% das situações os treinadores devem reforçar os membros da sua equipe. Esse número, quando somado ao da categoria frequentemente, corresponde a 83,97OlO das respostas, mostrando que realmente este é um fator de destaque na concepção dos participantes. Tabela 5 - Freqüência de resposta dos treinadores na dimensão reforço da ELRE versão perfil ideal ou desejado Respostas Nunca Raramente Ocasionalmente Frequentemente Sempre Total N 2,o 5,o 18,O 58 ,O 73 ,O 156,O O/O 1,28 3,2 1 11,54 37,18 46,79 100,OO No Gráfico 5, observa-se que as situações nas quais os entrevistados julgam mais importante exercer a liderança de reforço são: "45-reconhece as contribuiqões individuais para o sucesso em cada competição", "20-parabeniza um atleta após uma boa jogada", "52-aplaude quando um atleta tem um bom desempenho, "41 -incentiva o atleta mesmo quando este comete erros em seu desempenho, "29comunica o atleta quando ele obteve um bom desempenho" e "31expressa satisfação quando um atleta obtém um bom desempenho". Ainda. neste gráfico constata-se que as situações que tiveram menor associação dos treinadores em relação ao reforço estão ligadas& situações que envolvem o poder de recompensa, como: "56recompensa o atleta quando ele se esforça", "42-parabeniza o bom desempenho dos atletas mesm:, após perder unia competição", "49cumprirr~entaum atleta pelo seu bom desempenho na frente de outros companheiros de time" e "18-cumprimenta o atleta pelo seu bom desempenho". 30 R . Min. Educ. Fís., Vic;osa, v. 14. n. 2, p. 16-46,2006 - Gráfico 5 Freqüência das respostas dos treinadores em cada sitbaçao que compõe a dimensão reforço da ELRE versão perfil ideal ou desejado. Dimensáo Situacional Como o indice de alpha de Cronbacn desta dimensão foi de á = 0,47 (Tabela I ) , os resultados relativos a esta serao analisados com cuidado, conforme as recomendaçoes feitas na Iiterat~rapor Chellaaurai (1 993) A dimensão situacional foi a segunda, dentro do estilo de interação que apresentou maior preferência dos treinadores, o que mostra que esta é uma dimensão muito importante para se liderar um grupo. Verifica-se, por meio dos dados apresentados na Tabela 6, que esta aimensão apresentou altos índices de respostas nas categorias "sempre" e "frequentemente". Outros dados que mostram a importância da dimensso situacional no perfil de liderança dos treinadores são os valores de 0,77% de respostas, apreseritado na opção "nunca", e 1,54%,apresentado na opção "raramente". Isso é mais um itidicio de observada e controlada que esta dimensao deve ser c~~idadosamente peios treinadores. Tabela 6 - F?equência de resposta dos treinadores na dimensao sit~aciona!da ELRE versão perfil iaeai ot, desejado Respostas Nunca Raramente Ocasionalmente Frec;uentemenle Sempre Total N 1 .O 2.0 20.0 41.0 66.0 --- -_ 0,77 1,54 15.38 31 -54 50,77 o'O - --.L?!u--AB2!_ Por meio do Gráfico 6 . observa-se que as situações "32-escala os atietas ae forma correta" e "08-explica para os atletas quais sào as nietaç da equipe e como fazer para alcançá-las" foram consideradas peios entrevistados as mais importantes dentro da dimertsão situacional de liderança do treinador ideal. No entanto, uma análise mais criteriosa destas situaçoes pode induzir indícios da liderança autoritária. uma vez que o estilo autocrático possui características que suportam esse tipo de conclusao. Esses resultados também ressaltam a necessidade de o treinador dominar e controlar o seu comportamento, tendo sempre presente quais os objetivos da sua intervenção junto aos atletas, tentando, em qualquer situação, adaptar da melhor forma possível o seu comportamento (JORGE, 1998, p 26). Ir iirira i,irarrie,itr - - - - CJ ~ ~ a s i o n a l r rni cw U frrqurnternente a sernprp - Gráfico 6 Freqüência das respostas dos treinadores em cada situação que compõe a dimensão situacional da ELRE versão perfil ideal ou desejado Dimensão Suporte Social Das dimensões que avaliam o comportamento de interação do treinador, a de suporte social foi aquela qc;e apresentou a menor média (Gráfico 1). Apesar de ter sido eleita a de menor importância pelos entrevistados, esta dimensão apresentou uma média relativamente alta (3,75), o que mostra a sua importância dentro do perfil de liderança do treinador. De acordo com os eritGvistados, em 43,27% das situações o treinador deve liderar a sua equipe, atribuindo valores relacionados ao campo social (Tabela 7 ; . Este resultado mostra que, apesar de esc;oIhid;i a liderai~çaauloritária para agir com o g r ~ i p cde atletas, o treinacor lari;Derr-~deve =ibst?rvaraspectos reiaciuflados à parte social destes i s s ~é coínpreensivel. visto que cada vez mais niuitos treinadores terri se preccu?ado com vida do ailera "fora das quarro linhas". - Tabela 7 Freqtiericia cle resposta aos ti-einadores ria ciiriensao su;;on;. social dc. ELRE versao gerfil ideai ou desej2i;c; N 5.0 17,O 22,O 15,O 45,O 104.3 Respostas Nunca Raramente Ocasionalmente Frequentemente Sempre Tota! -- $o' 4,81 16,35 21,15 14,42 43,27 100 .O0 No Gráfico 7, observa-se qLie as situações "33-estimula os atletas a confiarem nele", "1 7-se interessa pelo bem-estar pessoal dos atletzs" e "26-supervisiona o bem-estar pessoal aos atletas" confirmam esse interesse do treinador pelo lado social do jogador. Entretanto, tambkn se observa que essa preocupaçao possui alguns limites quanio &o envolvimento do treinador na vida social dos atletas. Essa limitação pode ser vista no gráfico através das situações "58-visita os paisíresponsáveis pelos atletas" e "48-faz favores pessoais para os atletas", que obtiveram as menores frequências de comportamento do treinador, mostrando que esta relação treinador-atleta está mais presente no campo profissional, não se estendendo aos aspectos familiares do jogador. r -. - -- - - - - -- - -. -- nuncd O raramente O ocasiorianientc O frequentemente - -7 a sempre - Gráfico 7 Freq~iênc~a das resposras dos rreinadcres em caca situaçdíl que cornpõe 2 a~mensãcsupor?e social da ELRE versàv perfil ideal ou desejado PREFERÊNCIA POR UM ESTILO DE LilDERANÇA O segundo cbjetivo deste estudo é verificar se existe um í~s!iir; de liderança preíerencial por parte dos treinadores. Para averiyiiar essa possivel prefe:&risia, os ciaaos foram analisados separadamente cerrtro dos estilos de dec~sãoe interação; assim, serão apresentados n 2 seqüência. R . klin. tduc. Fis.. L'i~osa,v. 14. ii. 2, p. 16-46, 2006 33 Perfil Ideal de Liderança Ao analisar o perfil ideal ou desejado de liderança, observa-se que os treinadores são mais voltados para os aspectos da autocracia e de treino-instrução. A partir dos itens subseqüentes, serão observadas quais dimensões são realmente diferentes. Para facilitar a compreensão, serão apresentados os resultados das dimensões, de acordo com o estilo ao qual elas pertencem. Estilo de Decisão Ao analisar o estilo de decisão no periil ideal ou desejado de liderança, observa-se que os entrevistados consideram ideal aquele que treinador apresenta um estilo de liderança mais voltado para a autocracia. Assim, buscou-se verificar se os estilos autoritário e democrático eram de fato diferentes estatisticamente. Por meio dos resultados extraídos da análise de variância e mostrados na Tabela 8, conclui-se que realmente o autocrático é diferente do estilo democrático (p = 0,033). Isso quer dizer qae os treinadores, corisideram que o treinador autocrático é mais eficiente do que o democrático na condução de urna equipe de futebol profissional. Tabela 8 - Resultados da análise de variância entre os estilos de decisão da ELRE versão perfil ideal oli desejado - Entregrupos Dentro dos !Jrupos Soma dos Graus de Média do Estatística quadrados Liberdade quadrado do teste F 1,263 1 1,263 5,914 24 0,246 5,125 Sig. 0,033 Estilo de Interação Dentro do perfil ideal ou desejado de liderança para o treinador indicado pelos participantes, a dimensão treino-instrução foi a que obteve a maior média. Contudo, para saber se esta media 6 rea!menl.e prioritária em relação as demais, foi realizada a análise de variância entre as dimensões que compõem os estilos de interação de liderança do treinador. Por meio desta análise, identificou-se que as médias obtidas nas dimensões do estilo de interaçao são realmente diferentes, conforme valores apresentados na Tabela 9. R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 14,n. 3, p. 16-46,2006 Tabela 9 - Resdi:ados da analise de variáncia entre os estilos de iriteraçao da ELRE versão perfil ideal ou desejado Soma dos quadrados ---Entre grupo5 4.505 Dentro dos grupos 7,654 Total 12,159 Graus de Liberdade 3 48 51 Media do quadrado 1,502 0,159 Estatística do teste F 9,416 Sig. -. 0,000 Além de saber se existia a real diferença eritre as médias aprese~tadasem cada dimensão, havia a necessidade de saber onde essas diferenças se encontravam. Para isso, foi realizado o teste de comparações múltiplas de Duncan, o qual teste mostrou que a média obtida na dimensão suporte social é diferente estatisticamente das médias apresentadas nas demais dimensões. Observou-se também que as médias das dimensões situacional. reforço e treino-instrução nao apresentaram diferenças estatisticas entre elas (Tabela 10). - Tabela 10 Resultados dc teste de comparações múltiplas dos estilos de interação da ELRE versão perfil ideal ou desejado POST HOC SUBSISTEMA para a=0,05 1 2 3,75 DIMENSÕES SUPORTE SOCIAL-TI DUNCAN REFORÇO-TI SITUACIONAL-TI Perfil Ideal de Liderança De acordo com Beam et al. (2004), a utilização da ELRE em pesquisas é muito recente; por esse motivo, torna-se difícil a cornparação dos resultados do presente estudo com os de outras investigações que utilizaram a ELRE. Outro fator que também dificulta a discussão dos dados do perfil ideal ou desejado de liderança é a existê~ciade poucas pesquisas que investigaram essa versão sob o po~to de vista dos treiradores. No entanto, com o intuito de enriquecer a discussão dos resultados eBcon:rados nesta pesquisa, serao apresentados resultados de outras p e ç q ~ i s ~que i s estcidaraín a iiderznqa no esporte ~~!;lirando outros ir2.jt!'i~!n:~nr:-iç CC!!-~~C;z L.S.5. L';'OIJ 3 ~ i eiivei'zrii a u;?io>;tra (;orn;jos[a por c;i;irc;.j profi~s;o;la~:; d(. sçpofle, 7 46 a.;,?iiir o es!i!n ideal d e decisãc? c i ~ st ! - e ! n 3 d o r e ~os , jc?í].; : - ~ ? ~ : ; t r ~!.ir?r ~ ia, tenr-eicia r en; feri; i j c;:jtllc! autoc"átic,(: do ciemocratico 9 s reçiii:ados er=,o~;frõ(i~r,s r ~ r > ç (~~ LaI ~~U :;!i~:epç~es ,;;r-;jcJrl 7; sartc dai, *3srudos $6: (3~,~,':j:j:j;~, e Cdr;z:-.; : ? S j $ ; c; R p 3 , ? 1p:: a! (2304;. cile [ l \ j ? c q l r ; :;c>;-:;.i ..zi%;ic~i:.7 s'ieta~ E s ç ç c ., v;. ,:ijr:,ç q:o-;rr:?,-3r(:I.J~ 0s ai!elaç n;~s;uiir:~:r .-:.rfc. -,:;F: 2 eç:;ic +!: ' - , .L ~ , ,.. z n ; : 3, ~ ; ~ * , ; ~ : i ~ ; ~ : i ~ .-â:~ljem ~ , :>c: r y ~ , . , í : â , l ~ : : ,;-.l.lra ? ~ ~ Q L " c ; I - . -. ,at~::rarar,?:: ;+ç!;jdc dt-;C O S2,2f]c ~ ~ !, q ~ Ie gj f c ~ j i ;;,i~ , i?';.~ mt.smc;r; -:-,:dt?c -jcstc v:;:L:,?c. 5 C C ; ~:re,r?aYsres .te 2 ~ ~ ; ; y i : : . 'í,l:eSpl qlle : . : : : = ~ ~ t ~ ?7r ';s!;;peorato am Braii::c;rc;,?C(lS.Er-:; ; ~ ! ; , ~ , í . , :3j e:,:e ~ o j ~ : c j ~ z , .2 .; , ., v. - _ .,.= :., . :2-,-:jnlraass por ,..:osta (2J$E)qu:;ii~\ se:';;e:Panteç ct.jp ,js :-;i~r;norc.s ~eçc!ji~.:.,dos lamber;: :c!?-,?~-ef~:&ni,~a de 'lr!erin;r? í;:liocratica <-;\i.;;!a~;ciq . -:ji;a{-i(jc> -, ,.. ~ . - ; it.c,i~l(; ) > a/ jl.:;!!-n[.3!iio ;- !2a(;(3.$ er-~:7ntracj~)s ~ 3 5 1 9e~p~;i:;a 3 :cntra("izerr-i ..-:..:;-oc;í.s;i~Oo-, .-eiiizauos ,t..,iiEt.:,.AClURF\i. '9(9-1-' TERF7.Y. ? 984: , irrLi..fii',iiRAi ;APi\;ùTT I l i j 1 5 . $(-:i-ii!ESiS/iAN, 1987 VERPP. 7990; w:,:Mi=q. T-:)c>x .'::^ip VuF\/lOs,ui ZTiCi, !.:ÇT,A Z ~ I C ,\l\/gRE!fi/, )~. ' ,! <, v - , ,L-. , L., J e [ai,, 2003; BEAi1/?e; 2fi-4: 'C)L!V-E~R,~ rt ai,, ii3(!4; ':,G.?jFQALC;4EhI 2905. LQPEs, 2Gofji Do; e s : a d ~ r;;t'3ijos, sz:gente de C::sta :29C;Sj foi r e a l i z a d ~r o n i treir?sdorei; verificaqdo a +rr.cjrtancia do ? ~ t i ! ode decis3o no perfil ideal d e iideíanca Os otitras t.::ii.dos forcirn realizados ievanúo-se eu; consiaera~ãca visão dos at+tas schre u!: perfii de lideranqa :de& ?ara !reinadores. Em reiaqâo !liverc;ênc~ados resultados de pesqcrisas sob 3 ótica de átieta e do "zi~,~,iddor. Costa <261)2p 1 3 l ) afirma qiie "pesquisas des:a natcrreza 'z,.ie envoivem ;i percepçàc dos atleta5 sobra r esliio Ce 'ideranqa ~ceccit ,. ,,.;,.treiriatlor. !:;-:::~jzem a r e s ~ l f a < i l c d e i)es~::jsaç ::~:r;ciço~, F ~ ~ , - I T : >',,:(j~l :.aPEs -. bf~:rr~erites q-!ar:c!o c c r n ~ a r a d ~ac :z.:it?-;~erwe?;So , a:, t;ei::ador3 Eni rel:;);a~ ac: estilo c!c. i::teração. ~ b s e r v o k - . s e que esta r.:?rjoi~:ça rnl,stro~,, I,ir.:ici ter~dênciacaf-a 1-3 ~reCer~;ir,ia 3 %ezLji:: ~ d e treinr,,~:,,r!.ir,ãci ,. .+ se.~!iic!~? %=l9 si!uacio?ai r?iircc :c $ u p ~ f l e.;~ci%! A~revi!e c ?I ; ! p r e ~ i ? ~ i i ~( i- !j ~ ~C , C I J Ç ~ 40.; ~ : > y-~-.;!ljados ?iie ~.~jn~j,:<r: c c : ~este e;.,!ii;>. F: jrnper.lante iembrar qLie a i!n~er'çcic,31[1,:2~i(;i?3! C ~ ? C ; O ~ ( T % - - Ç ~ ::;;r::en:F: i-1'3 .gi..gE T ; ~ v f inesi:n " I C ; ~ ; ~ S ~ ~ r~8~~, t;; - ; : ! . ~ q ~2;jt:c~ m ;:e , >~ . . :~,;i-jfi~ ij:ii,~;r:i<q !,-S.: :et-z ij!Cle~?~:i~j r):, r(.?? ,,'::;-.:r;qd i s t e .,. r-,..:.. .,. ..., ::-ao ; [<I+? , ~ r ; : j . - . ~ y s , ; ~ ! - .e;?: : ; - :e/,?i;Cjc 2 ~s;!;!<:,: *--,-.st:-a,.;?fi: .-; : j ; i - : j r i s , a ~r í e i ~ g - ~ r m ~o ; ~ r 3- w ~ ~~ ; impr-+a;:te a i ~ j ~ r ; .-I. -:i-?:,r-i?3; . r,,,treiilador i3 erltrevisrôdoc, :,@j -: -i(:5 ~;ari'~r;~!.;-im 1 2 r:>iice~qai,:!n,$, dos estudos er:ro?fraaos -:a ji-leratciru (VHELI-AD\JRAI: ' y " K " ' . , *(I'^ . . L L , ,cb, ;E. ' 5 b 4 , ';E,$RY, !98.4: &iEr\i';ER,"'r:Y('JN -, , ,.,i:., , z , - : E R ~ ~ <?[ ~ ISI., , ~ ~23083,i.C;.>Lss?a { . Lg()>. . ("il'ulEIKA 3! c, ,.uu.,.?, ,< ,c,,L: ,rr-]A, I'GigG, COPES 2906,C.,C,jTF\., 2206).;lg~~fiç: $ e ç t e ~ ~ . : s r ~ : d:,[caos c,~ Tr;:ln realizados cc;r-il :jr!e:aç t. c,eGs ri;c,i2itacjos .yií;y~r:.:r3r~: ;j 31-c3.f:erênr,ia20: :!i.: ,:t:e?rr;i;:ndr: :)~!I.~~,):'[J;TIC!?[O :';6:-aní;z 2.5 ire!r?ador que iarnt>ei;i ;,ii,.riza a dirnt-rlsaí: 7 5 i e f ~ r ~ o , ; c s < i ~i(v3ELLADURAI; \~o SACEH, ': 372. L3PES e i a , . ,2003,RlEMER. -,-.- 7 , v C h . 2i35"; SEFil,4, 1990. SHERhlAIU +t a! , 2000;TLRRY; HOWE. .jgz "-r:r*??y', i 9 t 4 ; OL13iE!RAe! ai.. 2Q04;LOPES. L)J(!ti. CCSTA, ,. ~'3í!6i %?r,fes eçr::c!os os indices cv r e s p ~ s l a ç;ia dimefisào ae reforr,c ':r,ar:?r;; e-ire os ::ir:iç niais nit:;s cios eST;if>S d e intera-Sc, u ..:;,e ?ao ~ C O ~ xTs :~eL t3s:::dcl. ~ 3 evh:do de tzat-s !2OL12) t a i v ~ e r rcor?si;i:oi: i a ..-~T~~T;I~Ic;;:;jf:c.izç duas i j l r y ) e ; l ~ c e . < ;~ci.&::) ~ j r ? ;a s der.^^ . i . , t ~ r [ ~ ~ j ã . ~ :;rir:;eirc! r e t c r ~ oc uepois treine-:ris~!'~i:Ac; .4 ,jirnens2o sii:,iacicnai. .;on:cc:-r:?; ~~ic:ncir,nc!cir>ántcriorri-\ente, prdse::te ço:nenie-ha E i R E ~-~-:ev~cc.i ,,a t+c;szfatc: e a t?sc.assezrje c.,sti.iaos que utiiizuram a E . i R E , e;;cvr;trar3irr!--.;i? apenas quatro ~ e s q ~ ~ scom a s as quais se poae r*.er-reiacioriai. cis resuitados enccntrados. No que se refere a esta u'irnensjo, afirma-se que, embora este estudo a t e ~ r i aapresentado conio a çeg~indadin-iensão de maior i ~ p o A á f i c i aa. tese de doutcradç «e Andrew (20C4i, que avaiiou esta ci.xensAo er?tre tenistas, m o s t r c ~que ela foi a mais iniportante para o :;ri cle iiderança do treinacor. O trabalho ae Beam et a!. (2004) tambein constatoc; que as atletas demonstraram aranae prefergricia por essa i:i.rriTa 3e :;=mpcrtamento bo treinador : ' estudo «e i o p e s (20061, .- ,.,i-<:a ,- ... . ~ . ."C: ler sidc realizado com atletas. apresentou resiiitados ?srecic!us --:orr ,.c, desta pesqi~isa.zn? que se ver:ficoci cue esta . -,ei.,... . r.;! , ;:vr!s;derada a 3eGl;rii;a ,Ti,zis ,rrir';ort;-nle ;:a ::IÇ&O ~.,;; ! "5 , * --4 c iTlOslrOU p*'éfiaii??efJ,* , - ; :e c t ; ,-L;. . . - i , . ., , , i i i , ~ ~ ! ~ ; r : ~ 1 . E::,se 3 . ~ t f i i ..-.-\-. , \ , i , : , r c ,,-jce , ~ ie513 , ~ j ~ : ' ; e ?t:i a ~a~ ,e-..,:t,vv-;;j (z;rT-(c; .,- v < i.,,,enc;(;es - : i : , ?si!io <;e ,,~::es,-~@c. ...?F:T~~:;J i:(:s I, r ..,.-;, ,-.,.<C; ;r:. . . c .'-. c. C rOT;BS131:;3! f i , . .--e8ac'3io ~ & rjime;lsao ije :i,L;C,i:r;C S O ( ' ; , ~ />çGe.-se . .jC~e,-~\ld; -.:;ec::S -(><-. -,.>:;;:adcrue o~lir;.ç SS:UC~C)S!IV?FS et i l i LIJCI.,. " w - 2 . R!EMEp,: :?';ii!:;3dos " -> -, . .,..~ . ' , '.",~. i.. V - ' " ~ .-s -' . A '! i L . d ~ . ! ,"irsi,-... c-,, 3 .i * - ; -.'-:~i . ! -C-. '7(\'-; ? . . SEWPA.; ANTUNEC " 389.COSTA, 9 6 3 : SERPA zr ai. .,2: sb-!Efi;IMAs \j[ a\., 290c- v:;?E:s., L(S0fj: C[')STA, iOCG) lan;beg (i?\ . .. , ... , apresentdrarn esta d i r ~ e n s a occrno sendo a ae n;rrrior preferencia aentro do comportaniento de inieraçao do treir:ador.. Preferência por um Estilo de Liderança Observou-se que, em relação ao perfil ideal ou desejado de Iiderançâ para o treinador, os entrevistados considerarn que o melhor perfil de liderança para o profissional é aquele que concilia um estilo de decisão autocrático e um estilo de interaçao mais voltado, em ordem de iniportância, para treino-instrução, situacional, reforço e suporte social. Os dados encontrados em relação ao estilo de decisao do perfii de treir~ado: ideal se ssssmelham aos observados em outras pesquisas (CHELLADURAI; CArtRGN, 1983; BEAM et ai., 2004; COSTA 2036) porém são diferentes se con?pnrados aos resultados de outras pesçuiras (CHELLADLJRAI, 3984; TERRY, 1984; CHELLADURAIARbiOTT, ? 985; SCHLIESMAN, 1987i SERPA, 1990; RIEMER; TOON, 2001; SUMOSKI, 2002; COSTA, 2003; ANDREW, 2004; LOPES et a!., 2003, OLIVEIRAet al., 2004; VAIVFRAECHEM, 2005; LOPES, 2006). Eni relação ao estilo de interação, verifica-se que a ordem de prioridades encontradas neste estudo também foi observada no de Lopes (2006); contudo, em outros estudos com a ELRE não foi verificada essa mesma ordem de importância em relaçao as dimensões que compõem o estilo de iriteração do treinador (ANDREW, 2004.; COSTA. 2006; BEAM et al., 2004). Esses resultados, se comparados aos de outros em que se utilizou a LSS para analisar o perfil de liderança ideal do treinador, mostran que a seqüência de prioridades encontradas neste estudo, com exceçao da dimensão situacional, foi semelhante a de alguns estudos (CHELLADURAI; SALEH, 1978; 'TERRY; HOWE, 1983; TERRY, '984; RIEMER; TOON, 2001; SHERMAN et al., 2000; LOPES et al.. 2003; COSTA, 2003; OLIVEIRA et al., 2004) e divergente de outros (SERPA, 1990. SERPA et ai., 1989). Ao longo da apresentação e da discussão dos resultados, ríiyiirnas c ~ r i c i ~ s õ ejás forarri apr5::;entcidâs a respeito 30 perfil ideal de liderança dos treiriadores de iu!eboi profissionaÍ Entretanto, nestc item as C O ~ C I U S O ~mais S in~portantesdeste estudo esta9 eçtrutciiadas em tópicos. conforme os objetivos propostos. para facilitar 2 compreensão do assunto pesquisado. Dessa forma, cor17 base nos resultados apresentados e discutidos, conclui-se que: 1- Em relação ao perfil ideal do treinador de futebol profissional Os resultados mostraram que, na percepção dos entrevistados, o perfil ideal de /!derança para um treinador comandar uma equioe de futebol profissional é o de liderança com estilo de decisão autocrático e que seja voltado para os aspectos de treino-instrução da equipe Além disso, percebe-se que os aspectos situacionais, de reforço e de suporte social também sao citados como importantes dentro do processo de comando de uma equipe profissional de futebol. 2- Quanto a preferência dos treinadores por Lim estilo de liderança Por meio dos resultados ericontrados no perfil ideal de iiderariça do treinador para o estiio de deciçâo ip=0:033) e para o estilo de interaçao ip=0,000), conclui-se c ~ i eexiste preferência. por parte dos treinadores entrevistados, por Lini est;io ae decisãi~e pur iim estiio de .!rlterayão Essas preferên'tias es;c;P reiacionabaç c c r ! a autocracia e com os aspecros de treino-instruçao. Assirn, o:; trei8?adores eritrevistados acreditam que o pertii de iider-ariça !deal dos treiriadores que atuam em equipes profissionsis de futebol no Brasil deve ser, na maioria das vezes, mais autocrático e rriais preocupado com os aspectos insti-utivos das técnicas e taticas do esporte. Em relação as hipóteses apresentadas para este tópico, observou-se que os valores de probabilidade encontrados na análise de variância do perfil ideal de lideranca fizeram que H, fosse rejeitado e H, fosse aceito. Dessa forma, constatou-se a existência de preferências dos treinadores por um determinado estilo de liderança. - Realizar mais estudos que objetivem analisar. na visão do treinador, os perfis de liderança mais adequados para os treinadores de futebol, como forma de produzir mais conhecimentos para averiguar se o perfil de liderança dos treinadores se :riodifica com o passar dos anos ou se estes profissionais sentem alguma necessidade de mudança. R. hlin. tcliic Fis.. \'ir;o~a. \ . 14.11.7 . p 16-46. l i ) i ) h iO q u u objetivem analisar; na visão do treinaaor o perfil real e o perfil ideal de liderança de treinadores que frabalnarr; nas categorias de base. nos campeonatos regionais e rios Campeonatos Brasileiros das séries B e C, com o objetivo de connecer estes estilos de liderança e averiguar quais deles são diferentes do estilo de liderança exercido pelos treinadores que trabalham na principal competição de futebol do país. - Realizar pesquisas interculturais que envolvem a participaçao dos treinadores que atuam no Campeonato Brasileiro série A e treinadores que atuam nos principais campeonatos ae seus países. com o intuito de conhecer as principais diferenças entre os perfis de comando desses profissionais. - Por últimoj realizar estudos que também objetivem analisar a liderança do treinador de futebol, na visao dos atletas, tanto para o perfii reai quanto par2 o ideal, com o objetivo de averiguar a satisfação dos atletas quanto ao estilo de comando dos treinadores e a congruência das percepções desses profissionais. - Deseiivolver mais estudos ABSTRACT THE IDEAL LEADERSHIP PROFILE FOR PROFESSIONAL SOCCER TRAINERS: A PERSPECTIVE THROUGH THE VIEW OF MODULE I MINER CHAMPIONSHIP 2005 TRAINERS Inveçtigations of the leadership scope on sport has beeii developed starting on the pretext that the behavior of the ieadedlrcii:ier has relevant impact, on a positive or negative way, in the productivity andior psychological well-being of the athlete. So, the p o s s i t i t i i ~cí the coach to interfere during the half time andior duririg ti-ie garrie iieri~and strong reiation of trust with the athiete, appearirig as oiie oT the determinant factors for success. Searchinç to cnderstand s o v e çpecific manifestatroris 3; ieadeísh;p of t i e soccer coacri, tkiç sfudy fiad the objective to: rdentify which faciors are imporiant to the leadersriip píafile of pr=ifessior!al soccer trair:erv; verify the existente o i ci pc;ssiSle preferecce of tne coaches for one uetermined type of leadersi-iip ~ i y l e . On the gathering of data was used a questiorinaire of sample identification and the Reviewed ieadership Scale for Sport (ELRE), ideal 40 K.Min Educ F i 3 . Viyoza. 14.11 I . p 16-46.2í10h profile version. Farticipated on this stady 13 coaches of the PbJineí Championship 2C95 moauie I. with ages around 46 years old arirl a direct erivolve~ieritir, the coach function in the modality for arouna 13.69 years. The internai consistente of the ELRE was a=0,86 for tiiis s t ~ u ) . The resuits showed that the interviewed trainers consider autocracy and the training-instruction aspects the main components of ari ideal leadership profile for professional soccer coaches. Beyond that, it js poss~bleto observe that the coacl7es interviewed alço consider that the situational açpects of reinforcement and social support are important for the leadership profile of soccer trainers. Keywords: leadership, soccer, coach. ANDREW, D.P.S. The effect of congruence of leadership behaviors on motivation, commitment and satisfaction of college tennis players. 2004. 176 f.Tese (Doutorado em Filosofia) - University of Louisville, EUA, 2004. BARIC, R.; HORGA, S. Leadership of coaches - self perceptions \JS. perception of their male and female basketball trainees. In: EUROPEAN CONGRESS OF SPORT SPYCHWOGY, 11., 2003. Copenhagen. Book of abstracts ... Copenhagen: Reinhard Stelter., 2003. p. 28. 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