Setor Têxtil e do Vestuário - efinerg
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Setor Têxtil e do Vestuário - efinerg
0 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Ficha técnica Titulo Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME Setor têxtil e do vestuário Autor CITEVE – Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal Coordenação IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação LNEG - Laboratório Nacional de Energia e Geologia Edição IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação ISBN: 978-989-8644-02-2 novembro 2012 Apoio 1 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Índice 1. Enquadramento........................................................................................................... 7 2. As cadeias de valor e os stakeholders no setor ........................................................... 9 3. Caracterização energética do setor .......................................................................... 21 3.1 Número de empresas e distribuição geográfica das Indústrias Têxteis e do Vestuário ................................................................................................................... 24 3.2 Dimensão das empresas do setor incluindo número de funcionários, sazonalidade, regime de funcionamento .................................................................. 27 3.3 Estrutura de custos.............................................................................................. 33 3.4 Produtos lançados no mercado........................................................................... 36 3.4.1 Mercado Nacional/Exportações ....................................................................... 42 3.4.2 Exigências energéticas previsíveis na utilização/consumo .............................. 55 3.4.2.1 Consumos diretos de energia na utilização .................................................. 57 3.4.2.2 Implicações no consumo energético na utilização/atividade da sociedade . 62 3.5 Processos produtivos .......................................................................................... 64 3.5.1 Principais fluxos produtivos ............................................................................. 68 3.5.2 Fiação ............................................................................................................... 70 3.5.3 Tecelagem ........................................................................................................ 77 3.5.4 Tricotagem ....................................................................................................... 79 3.5.5 Enobrecimento ................................................................................................. 80 3.5.6 Confeção........................................................................................................... 82 3.5.7 Identificação de operações/grupo de operações ............................................ 83 3.5.8 Tipos de energia utilizada................................................................................. 87 3.5.9 Consumos e custos energéticos ....................................................................... 88 3.6 Identificação de boas práticas e tecnologias de eficiência energética ............... 98 3.6.1 Levantamento de boas práticas e tecnologias em termos internacionais específicas do setor e gerais que aí possam ser aplicadas ........................................ 99 3.6.1.1 Em processos produtivos ............................................................................ 105 3.6.1.2 Em produtos ................................................................................................ 108 3.6.2 Levantamento de boas práticas e tecnologias em termos nacionais, especificas do setor e gerais que aí possam ser aplicadas ...................................... 109 3.6.2.1 Em processos produtivos ............................................................................ 111 3.6.2.2 Em produtos ................................................................................................ 123 3.7 Casos de sucesso ............................................................................................... 124 2 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Índice tabelas Tabela 1 - Programa de medidas de poupança transversais .............................................. 8 Tabela 2 - Programa de medidas de poupança para os setores da Indústria Têxtil e do Vestuário ............................................................................................................................. 8 Tabela 3 – Número de empresas registadas no SGCIE........................................................ 9 Tabela 4 – Principais Distritos dos registos do SGCIE........................................................ 10 Tabela 5 - Evolução dos setores da Indústria Têxtil e do Vestuário.................................. 21 Tabela 6 - Classificação das empresas pelo Número de efetivos e pelo Volume de Negócios ............................................................................................................................ 22 Tabela 7 - Número de empresas em 2008 e 2009 nos setores da Indústria Têxtil e do Vestuário e no total da Indústria Transformadora ........................................................... 23 Tabela 8 - Total de PME e taxa de variação 2009 em relação a 2008 (2009/2008) .......... 23 Tabela 9 - Percentagem de PME da ITV (Indústria Têxtil e do Vestuário) ........................ 24 Tabela 10 - Número de empresas da Indústria Têxtil e do Vestuário e da Indústria Transformadora por regiões em 2008 .............................................................................. 25 Tabela 11 - Percentagem das Indústrias Têxtil e do Vestuário por regiões em 2008 ....... 26 Tabela 12 - Número de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço Indústria Transformadora ................................................................................................. 28 Tabela 13 – Número de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço – Fabricação de Têxteis – CAE 13 ......................................................................................... 29 Tabela 14 - Número de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço Indústria do Vestuário - CAE 14 ........................................................................................ 30 Tabela 15 - Dimensão média pelo quociente entre o nº número de pessoal ao serviço (NPS) e o nº de empresas (NPS/Nº empresas).................................................................. 31 Tabela 16 - Número de Funcionários e a percentagem em relação à Indústria Transformadora 2008 e 2009 ............................................................................................ 32 Tabela 17 - Número de trabalhadores por regime de duração de trabalho a tempo completo, segundo o escalão do período normal de trabalho semanal - Outubro 2008 . 33 Tabela 18 - Número de trabalhadores por regime de duração de trabalho a tempo parcial, segundo o escalão do período normal de trabalho semanal - Outubro 2008 ..... 33 Tabela 19 - Estrutura de custos de tecido até ao acabamento......................................... 34 Tabela 20 – Representação de custos de tecidos de Algodão e Lã/Poliéster ................... 34 Tabela 21 – Estrutura de custos de uma empresa de acabamentos ................................ 35 Tabela 22 - Produtos produzidos na Fabricação de Têxteis – 2008 [1] .............................. 37 Tabela 23 - Produtos produzidos na Fabricação de Têxteis – 2009 [2] .............................. 38 Tabela 24 - Produtos produzidos na Indústria do Vestuário – 2008 [1] ............................. 39 Tabela 25 - Produtos produzidos na Indústria do Vestuário – 2009 [2] ............................. 40 Tabela 26 – Vendas de produtos e Prestações de serviços 2008 e 2009 .......................... 42 Tabela 27 - Vendas de produtos por mercados e exportações nacionais 2008 e 2009.... 44 Tabela 28 - Valor de vendas e serviços prestados por subsetores em 2009 - Fabricação de Têxteis .......................................................................................................................... 46 3 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 29 - Subsetores com vendas superiores a 100 milhões euro (em 2009) .............. 47 Tabela 30 - Valor de vendas e prestação de serviços por subsetores em 2009 - Indústria do Vestuário ...................................................................................................................... 48 Tabela 31 - Subsetores com vendas superiores a 100 milhões de euro (em 2009).......... 48 Tabela 32 – Classificação energética das máquinas de lavar roupa ................................. 58 Tabela 33 – Classificação energética das máquinas de secar roupa ................................. 60 Tabela 34 – Classificação energética das máquinas de lavar e secar roupa ..................... 61 Tabela 35 - Consumo de energia elétrica em Portugal ..................................................... 62 Tabela 36 – Poupança de energia – Máquina de lavar roupa ........................................... 63 Tabela 37 – Poupança de energia – Máquina de secar roupa .......................................... 63 Tabela 38 – Classificação das fibras têxeis naturais .......................................................... 66 Tabela 39 – Classificação das fibras têxteis não naturais.................................................. 67 Tabela 40 – Principais etapas da Fiação ............................................................................ 75 Tabela 41 – Principais processos de fabrico de fibras não naturais ................................. 76 Tabela 42 – Principais processos de Tecelagem/ Tricotagem ........................................... 77 Tabela 43 – Principais processos de Tratamento prévio................................................... 81 Tabela 44 – Principais processos de Coloração ................................................................. 82 Tabela 45 – Principais processos de Acabamento ............................................................ 82 Tabela 46 – Principais processos de Confeção .................................................................. 83 Tabela 47 – Análise do processo de Fiação ....................................................................... 84 Tabela 48 – Análise dos processos de Tecelagem e Tricotagem ...................................... 84 Tabela 49 – Análise do processo de Tratamento Prévio ................................................... 85 Tabela 50 – Análise do processo de Tingimento ............................................................... 85 Tabela 51 – Análise do processo de Estamparia ............................................................... 86 Tabela 52 – Análise do processo de tratamento Acabamentos........................................ 86 Tabela 53 – Análise do processo de Confeção .................................................................. 87 Tabela 54 - Balanço energético na Fabricação de Têxteis 1990-2009 (tep) ..................... 88 Tabela 55 - Balanço energético nas Cogerações na Fabricação de Têxteis 1990-2009 (tep) ........................................................................................................................................... 90 Tabela 56 - Balanço energético na Indústria do Vestuário, Calçado e Curtumes 19902009 (tep) .......................................................................................................................... 92 Tabela 57 - Balanço energético da Indústria do Vestuário, Calçado e Curtumes 19902009 (tep) .......................................................................................................................... 94 Tabela 58 - Preços médios anuais de combustíveis e energia elétrica ............................. 96 Tabela 59 - Metodologia dos escalões para consumidores de Gás Natural ..................... 97 Tabela 60 - Preços médios anuais de Gás Natural por escalão (€/GJ) (sem IVA).............. 98 Índice gráficos Gráfico 1 - Evolução da Indústria Têxtil e do Vestuário .................................................... 21 Gráfico 2 - Evolução do emprego na Indústria Têxtil e do Vestuário................................ 22 Gráfico 3 - Percentagem de PME da Indústria Têxtil e do Vestuário na Indústria Transformadora................................................................................................................. 24 4 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Gráfico 4 - Percentagem de empresas da Indústria Têxtil e do Vestuário por regiões em 2008................................................................................................................................... 26 Gráfico 5 - Relação do número de empresas da Indústria Têxtil e do Vestuário na Indústria Transformadora entre 2007 e 2008 ................................................................... 27 Gráfico 6 - Percentagem de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço em 2009 - Indústria Transformadora ...................................................................................... 28 Gráfico 7 - Percentagem de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço em 2009 - Fabricação de Têxteis ............................................................................................. 29 Gráfico 8 - Percentagem de empresas por classe de dimensão de pessoal ao serviço em 2009 - Indústria do Vestuário............................................................................................ 30 Gráfico 9 - Representatividade percentual da Indústria Têxtil e do Vestuário na Indústria Transformadora por classes de dimensão de pessoal ao serviço em 2009 ...................... 31 Gráfico 10 - Relação percentual do número de funcionários na Indústria Têxtil e do Vestuário com a Indústria Transformadora ...................................................................... 32 Gráfico 11 – Vendas e prestações de serviços 2008/2009 – Fabricação de Têxteis ......... 42 Gráfico 12 - Vendas e prestação de serviços 2008/2009 - Indústria do Vestuário ........... 43 Gráfico 13 - Vendas para o mercado interno e externo 2008/2009 - Fabricação de Têxteis ........................................................................................................................................... 44 Gráfico 14 - Vendas para o mercado interno e externo 2008/2009 - Indústria do Vestuário ........................................................................................................................... 45 Gráfico 15 - Exportações nacionais na Indústria Têxtil e do Vestuário ............................. 45 Gráfico 16 - Percentagem das vendas por mercados em 2009 - Fabricação de Têxteis... 47 Gráfico 17 - Percentagem das vendas por mercados em 2009 - Indústria do Vestuário . 49 Gráfico 18 - Evolução das exportações em Portugal (Indústria Transformadora) ............ 50 Gráfico 19 - Evolução das exportações na Fabricação de Têxteis..................................... 50 Gráfico 20 - Evolução das exportações na Indústria do Vestuário ................................... 51 Gráfico 21 - Relação percentual das exportações na Fabricação de Têxteis com o total das exportações em Portugal ............................................................................................ 51 Gráfico 22 - Relação percentual das exportações da Indústria do Vestuário com o total das exportações em Portugal ............................................................................................ 52 Gráfico 23 - Exportações na ITV por escalões de Volume de Negócios (Milhares Euros). 53 Gráfico 24 - Exportações na ITV por escalões de Volume de Negócios (Nº de trabalhadores) ................................................................................................................... 53 Gráfico 25 - Exportações na ITV por escalões de nº de pessoas ao serviço (Milhares Euros) ................................................................................................................................ 54 Gráfico 26 - Exportação na ITV por escalões de nº de pessoas ao serviço (Nº de trabalhadores) ................................................................................................................... 55 Gráfico 27 - Evolução do consumo doméstico de energia elétrica em Portugal (%) ........ 63 Gráfico 28 - Evolução do balanço energético na Fabricação de Têxteis 1990-2009......... 89 Gráfico 29 - Evolução do balanço energético nas Cogerações na Fabricação de Têxteis 1990-2009 ......................................................................................................................... 91 Gráfico 30 - Evolução do balanço energético na Indústria do Vestuário, Calçado e Curtumes 1990-2009......................................................................................................... 93 5 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Gráfico 31 - Evolução do balanço energético nas Cogerações na Indústria do Vestuário, Calçado e Curtumes 1990-2009 ........................................................................................ 95 Índice Figuras Figura 1 – Cadeia de valor da ITV ...................................................................................... 10 Figura 2 - Etiqueta energética para máquinas de lavar roupa .......................................... 58 Figura 3 - Etiqueta energética para máquinas de secar roupa ......................................... 59 Figura 4 - Etiqueta energética para máquinas de lavar e secar roupa.............................. 61 Figura 5 – Esquema representativo da fileira têxtil .......................................................... 64 Figura 6 – Principais produtos do processo de transformação têxtil................................ 65 Figura 7 – Fluxo produtivo do algodão.............................................................................. 68 Figura 8 – Fluxo produtivo da lã ........................................................................................ 68 Figura 9 – Fluxo produtivo de fibras sintéticas e artificiais ............................................... 69 Figura 10 – Fluxo produtivo de confeção .......................................................................... 69 Figura 11 – Fiação.............................................................................................................. 70 Figura 12 – Sistemas de fiação de fios fiados .................................................................... 70 Figura 13 – Fios produzidos pelo sistema algodoeiro ....................................................... 71 Figura 14 – Fios produzidos pelo sistema laneiro ............................................................. 71 Figura 15 – Fotos dos principais tipos de fios (Fonte: CITEVE) ......................................... 71 Figura 16 – Fluxo de fiação de fibras curtas (sistema algodoeiro) .................................... 72 Figura 17 – Fluxo de fiação não convencional (open-end) ............................................... 73 Figura 18 – Fluxo de fiação de fibras longas (sistema laneiro) ......................................... 74 Figura 19 – Esquema representativo da formação de um tecido (Fonte: CITEVE) ........... 77 Figura 20 – Fluxo de Tecelagem ........................................................................................ 78 Figura 21 – Representação esquemática de fileiras e colunas (Fonte: CITEVE)................ 79 Figura 22 – Famílias de teares de malha trama ................................................................ 80 Figura 23 – Famílias de teares de malha teia .................................................................... 80 6 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário 1. Enquadramento A preocupação na conservação da energia pelas empresas tem vindo a ter um papel cada vez mais proponderante, procurando para isso a implementação de medidas e de procedimentos para assegurar a racionalização e promover a eficiência energética que visa a diminuição do consumo de energia através da introdução de novas tecnologias, modificação dos processos de fabrico e mudança de comportamentos, como medidas para a redução de consumo e custo de energia. Estas medidas incluem a eficiência, a utilização e a manutenção dos equipamentos, que posteriormente assegurará o seu bom desempenho energético, sem colocar em causa a qualidade da produção, levando a uma diminuição dos custos associados. O projeto EFINERG é promovido por IAPMEI e AEP, em parceria como o LNEG, o Pólo de Competitividade e Tecnologia da Energia, a ADENE, a RECET, o CTCV, o CATIM e o CITEVE, e visa estruturar estratégias setoriais indutoras da implementação de medidas de melhoria da eficiência nas PME com consumo energéticos anuais entre 250 a 500 tep (tonelada equivalente de petróleo), localizadas nas regiões Norte, Centro e Alentejo. A intervenção efetuada, tem a finalidade de consciencializar os gestores de topo para esta problemática existente na Indústria Têxtil e do Vestuário e propor melhorias para o bom desempenho energético. O presente plano setorial de melhoria energética em PME, setor Têxtil e do Vestuário, incide nos setores da Fabricação de Têxteis (CAE 13) e Indústria do Vestuário (CAE 14). Estes setores, devido à produção intensiva que os caracteriza, são grandes consumidores de energia, nomeadamente as empresas verticais com toda a fileira têxtil. No Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE), mais concretamente no Programa 7 – Sistema de Eficiência Energética na Indústria, ficou definido o Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE) e o Programa para a Energia Competitiva na Indústria. Este programa propõe medidas de poupança transversais à indústria que abrange os motores elétricos, a produção de calor e frio, a iluminação e a eficiência do processo industrial. São também propostas medidas de poupança setoriais, sendo específicas para cada um dos 12 setores abrangidos pelo programa. Com estas medidas podemos verificar a poupança energética por ano e qual a sua percentagem. Na tabela 1, apresentamos os valores estimados pelo PNAEE de poupança energética com base no consumo de energia da indústria registado no balanço energético de 2005. 7 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 1 - Programa de medidas de poupança transversais Motores Elétricos Poupança Energética Medidas e/ou tecnologias tep/ano % Otimização de motores 19.115 0,35 Sistemas de bombagem 2.294 0,04 Sistemas de ventilação 510 0,01 5.161 0,10 27.080 0,50 Sistemas de compressão Total Produção de calor e frio Poupança Energética Medidas e/ou tecnologias tep/ano % Cogeração 27.000 0,50 Sistemas de Combustão 64.043 1,18 Recuperação de calor 72.048 1,34 Frio industrial 1.338 0,02 164.429 3,04 Total Iluminação Poupança Energética Medidas e/ou tecnologias Total tep/ano % 1.911 0,04 Eficiência do processo industrial Poupança Energética Medidas e/ou tecnologias tep/ano % Monitorização e controlo 10.554 0,20 Tratamento de efluentes 2.402 0,04 Integração de processos 94.986 1,76 Manutenção de equipamentos consumidores de energia 24.871 0,46 Isolamentos térmicos 18.012 0,33 Transportes 48 0,001 Formação e sensibilização de recursos humanos 3.166 0,06 Redução da energia reativa 1.125 0,02 Total 155.164 2,87 Total das poupanças das medidas transversais 348.584 6,45 Tabela 2 - Programa de medidas de poupança para os setores da Indústria Têxtil e do Vestuário Setor Fabricação de Têxteis Indústria do Vestuário Total das poupanças das medidas setoriais Poupança Energética tep/ano % 2.296 0,0425 78 0,0015 2.374 0,044 Fonte de dados Tabela 1 e 2: “Medidas de eficiência energética aplicáveis à Indústria Portuguesa: um enquadramento tecnológico sucinto” de ADENE – Agência para a Energia, Julho de 2010. 8 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário 2. As cadeias de valor e os stakeholders no setor Introdução Em Abril de 2008 foi criado o Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE), através do Decreto-Lei 71/2008. Este tem como objetivo promover a eficiência energética e monitorizar os consumos energéticos de instalações Consumidoras Intensivas de Energia (CIE). Uma empresa considerada CIE é aquela que tem consumos anuais de energia superiores a 500 tep. Este regulamento veio substituir o antigo RGCE – Regulamento de Gestão dos Consumos de Energia, existente desde 1982. Caso uma empresa seja CIE deverá efetuar o registo da sua instalação no sítio do SGCIE, na ADENE, elaborar Auditoria Energética e Plano de Racionalização dos Consumos de Energia e submeter para aprovação. O plano após aprovado pela DGEG – Direção Geral de Energia e Geologia passa-se a designar Acordo de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE). Tendo em conta o Relatório Síntese elaborado pela ADENE, em 12 de Setembro de 2011, sobre o SGCIE, existe um total de 878 registos, incluindo Planos do RGCE ainda em curso, no sítio do SGCIE, como se pode verificar na tabela 3. Tabela 3 – Número de empresas registadas no SGCIE Data Instalações RGCE/PNALE Novos Registos Total Dez/2008 360 293 653 Dez/2009 303 506 809 Dez/2010 262 589 851 Jun/2011 215 663 878 Jul/2011 211 670 881 Set/2011 204 674 878 Fonte de dados: Relatório Síntese de 12 Set/2011, ADENE, SGCIE. www.adene.pt Verifica-se que o número de registos de empresas consumidoras intensivas de energia tem vindo a aumentar desde 2008, tendo estagnado entre Junho e Setembro de 2011. Das 878 empresas registadas, em Setembro de 2011, 34,6% tem consumos anuais de energia superiores a 500 tep e inferior a 1000 tep, tendo os restantes 65,4% consumos anuais de energia superiores ou iguais a 1000 tep. A distribuição do número de empresas pelos principais distritos é a que se representa na tabela 4. Como se pode verificar o distrito com mais empresas registadas é o de Aveiro com 120 empresas. 9 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 4 – Principais Distritos dos registos do SGCIE Distrito Nº de Registos Aveiro 120 Lisboa 102 Porto 99 Braga 87 Santarém 62 Setúbal 48 Leiria 47 Fonte de dados: Relatório Síntese de 12 Set/2011, ADENE, SGCIE A maior repartição do número de empresas pelos setores de atividade verifica-se com a Indústria Alimentar com 95 empresas, seguido da Indústria Têxtil com 77 empresas. A cadeia de valor da ITV Na figura 1 apresenta-se a cadeia de valor da ITV. Figura 1 – Cadeia de valor da ITV A fileira têxtil e do vestuário é uma fileira complexa que integra diferentes tipologias de processos e de atores, desde a matérias-primas até o produto acabado. O esquema acima ilustra as interdependências e as ligações entre os diferentes subsetores e os diferentes stakeholders que de uma forma mais ou menos direta interagem ao longo da cadeia de valor. Em suma a indústria têxtil tem por output materiais cujas caraterísticas técnicas e estéticas se orientam preferencialmente a três grandes campos de aplicação: 1) A confecção de vestuário, seja no segmento moda, seja em segmentos mais técnicos ou profissionais como é o caso do corporate wear; 2) A confecção de têxteis-lar, destinados ao mercado de consumo privado e também ao mercado de consumo profissional, como é o caso da hotelaria e restauração ou do sector hospitalar; 3) Os têxteis para aplicações técnicas como é o caso por exemplo do têxteis para integração 10 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário no setor automóvel ou na construção civil, aplicações essas onde a componente técnica se sobrepõe claramente à componente estética e onde o material têxtil tem sempre uma função específica, de forte cariz técnico, numa solução mais abrangente ou num produto mais complexo como é , por exemplo, um automóvel. Os stakeholders nos setores Os principais agentes Nacionais associados ao tema energia, são os seguintes: DGEG – Direcção Geral da Energia e Geologia “A Direcção Geral de Energia e Geologia e o órgão da Administração Pública Portuguesa que tem por missão, contribuir para a concepção, promoção e avaliação das políticas relativas à energia e aos recursos geológicos, numa óptica do desenvolvimento sustentável e de garantia da segurança do abastecimento. Na missão da DGEG inclui-se, naturalmente, a necessidade de sensibilizar os cidadãos para a importância daquelas políticas, no quadro do desenvolvimento económico e social que se deseja para o país, informando-os sobre os instrumentos disponíveis para a execução das decisões políticas e divulgando os resultados do seu acompanhamento e execução.” Fonte: http://www.dgge.pt/ ADENE – Agência para a Energia “A ADENE - Agência para a Energia tem por missão promover e realizar actividades de interesse público na área da energia e das respectivas interfaces com as demais políticas sectoriais. Os estatutos da ADENE foram publicados no Decreto-Lei nº 314/2001 de 10 de Dezembro.” Fonte: http://www.adene.pt/pt-pt/InformacaoInstitucional/QuemSomos/Paginas/QuemSomos.aspx ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos “A ERSE tem por missão a regulação dos sectores da electricidade e do gás natural, a qual deve constituir um instrumento efectivo para o funcionamento eficiente e sustentado dos respectivos mercados, assegurando a protecção dos consumidores e do ambiente com transparência e sem discriminações. No âmbito desta missão de serviço público, a ERSE recebe da lei e dos seus Estatutos um conjunto de atribuições, entre as quais se salientam a protecção dos direitos e interesses dos consumidores em relação a 11 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário preços, serviços e qualidade de serviço, a verificação do cumprimento das obrigações de serviço público e demais obrigações legais, regulamentares e outras, a garantia às empresas reguladas do equilíbrio económico - financeiro no quadro de uma gestão adequada e eficiente e a implementação da liberalização dos sectores da electricidade e do gás natural.” Fonte: http://www.erse.pt/pt/aerse/missao/Paginas/default.aspx LNEG – Laboratório Nacional de Energia e Geologia “O LNEG - Laboratório Nacional de Energia e Geologia é um organismo de investigação, demonstração e desenvolvimento tecnológico cuja missão é promover a inovação tecnológica orientando a ciência e tecnologia para o desenvolvimento da economia contribuindo para o aumento da competitividade dos agentes económicos no quadro de um progresso sustentável da economia Portuguesa. No âmbito das atribuições decorrentes da estratégia e da política de desenvolvimento económico e social do governo português, o LNEG assume-se como a interface de integração de tecnologia e resultados de I&DT junto do tecido empresarial. As diversas parcerias internacionais posicionam-no como parceiro dinamizador da internacionalização e fonte de informação privilegiada nas suas áreas de intervenção. O LNEG, enquanto instituição do Ministério da Economia e do Emprego, colabora como consultor para as políticas públicas nas áreas da energia e geologia, ambiente, sustentabilidade, metrologia, normalização, qualidade e certificação.” Fonte: http://www.lneg.pt/lneg/missao EDP – Electricidade de Portugal “A missão da empresa assenta em três vectores fundamentais: a criação de valor para o accionista, a orientação para o cliente e a aposta no potencial humano da empresa, tendo em vista ser o mais competitivo e eficiente operador de electricidade e gás da Península Ibérica. Para atingir este objectivo, a EDP assume a condução das suas actividades segundo princípios de transparência, respeito pelo ambiente e cumprimento dos mais altos padrões de ética e honestidade. Em Março de 2004, o Conselho de Administração da EDP aprovou os Princípios de Desenvolvimento Sustentável do Grupo EDP, um conjunto de oito princípios que passa a orientar a procura do equilíbrio entre a vertente económica, ambiental e social das actividades do Grupo.” Fonte: http://www.edp.pt/pt/aedp/sobreaedp/principiosepoliticas/Pages/PDS.aspx 12 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Galp Energia “Oferecer soluções que facilitam a vida, em termos de mobilidade, conforto e conveniência. Soluções que, em casa e na estrada, contribuam para a qualidade de vida dos nossos clientes e para o desenvolvimento sustentável do nosso país, em termos sociais, económicos e ambientais.” Fonte:http://www.galpenergia.com/PT/agalpenergia/marcaecomunicacao/Paginas/Home.aspx REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A. “A REN tem como missão garantir o fornecimento ininterrupto de electricidade e gás natural, ao menor custo, satisfazendo critérios de qualidade e de segurança mantendo o equilíbrio entre a oferta e a procura em tempo real, assegurando os interesses legítimos dos intervenientes no mercado e conjugando as missões de operador de sistema e de operador de rede que lhe estão cometidas.” Fonte: http://www.ren.pt/vPT/GrupoREN/Missao/Pages/Missao.aspx CBE – Centro de Biomassa para a Energia “O CBE - Centro da Biomassa para a Energia tem por missão contribuir para a diversificação energética, promovendo a utilização da biomassa para a produção de energia. Os principais objectivos do CBE são: Conjugar e coordenar esforços das diversas entidades privadas e organismos públicos no aproveitamento da biomassa; Apoiar técnica e tecnologicamente as empresas na produção de energia pela utilização da biomassa; Promover a transferência tecnológica de conhecimentos e tecnologias para as empresas industriais; Realizar e dinamizar trabalhos de demonstração, de investigação e desenvolvimento, visando novas tecnologias ligadas à produção, transformação e utilização da biomassa; Promover o desenvolvimento de equipamentos adequados à recolha, preparação, transformação e utilização da biomassa; Promover a formação técnica e tecnológica especializada, contribuindo para a formação de pessoal qualificado nas empresas e instituições, nos domínios relativos à sua finalidade; Divulgar informação técnica e tecnológica na área da sua especialização.” Fonte: http://www.centrodabiomassa.pt/ 13 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário AP2H2 – Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio “A Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio –AP2H2–, fundada em 2003, surge num contexto em que o enorme potencial do hidrogénio, enquanto fonte de energia compatível com os desígnios de um desenvolvimento sustentável, afirma-se como o vector energético alternativo aos combustíveis convencionais. A AP2H2 nasce graças ao empenhamento de várias empresas e instituições que na sua actividade cobrem as principais áreas de intervenção no mundo da implementação do hidrogénio como novo vector energético, nomeadamente a produção de combustíveis e a sua utilização como fonte de energia, o desenvolvimento das tecnologias associadas, bem como a investigação e o ensino. Objectivos da AP2H2: Divulgar e informar sobre os temas relacionados com o hidrogénio, através da realização de acções (seminários e outras actividades), não só junto do núcleo científico ou do tecido empresarial, mas também da população em geral; Promover o desenvolvimento no domínio do hidrogénio através de investigação científica levada a cabo em Portugal ou em parceria com outros países; Representar os interesses dos associados junto de outras associações, entidades oficiais, etc., bem como interagir com entidades nacionais e internacionais em temas relacionados com o hidrogénio; Contribuir para criar e implementar legislação e regulamentação no quadro do hidrogénio, colaborando com as autoridades competentes.” Fonte: http://www.ap2h2.pt/missao.aspx LAFS – Laboratório de Aplicações Fotovoltaicas e Semicondutores “Bem-vindo à página do LAFS que funciona em estreita colaboração com o grupo de Energia dos Edifícios e faz parte do Centro de Sistemas Sustentáveis de Energia da Universidade de Lisboa, associado ao Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde está envolvido no Mestrado Integrado em Engenharia da Energia e do Ambiente e no programa de Doutoramentos em Sistemas de Energia Sustentáveis, no contexto do programa MIT Portugal. A investigação do LAFS concentra-se no desenvolvimento de técnicas para o crescimento de fitas de silício para aplicações fotovoltaicas, nomeadamente através dos métodos EZ Ribbon e SDS. No capítulo da formação, entre outras, o LAFS é responsável pela cadeira de energia fotovoltaica do Mestrado Integrado em Engenharia da Energia e do Ambiente. O LAFS também está envolvido no programa de Bolsas de Integração na Investigação. O LAFS desenvolve actividades de divulgação científica e consultoria na área da energia fotovoltaica, mantendo ainda um blogue com notícias sobre fotovoltaico.” Fonte: http://solar.fc.ul.pt/ 14 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário SPES – Sociedade Portuguesa de Energia Solar “A Sociedade Portuguesa de Energia Solar (SPES), associação de utilidade pública, sem fins lucrativos, secção portuguesa da ISES - 'International Solar Energy Society', tem como missão a promoção da energia solar focando os seus aspectos técnicos, económicos, sociais, ambientais, legislativos e de investigação, elaborando estudos, participando em projectos, nacionais e internacionais, em parceria com outras instituições de reconhecida idoneidade, e desenvolvendo actividades de formação e divulgação, quer através da organização de eventos (Seminários, Congressos, Concursos para as Escolas e outros), quer através da publicação de revistas da especialidade quer ainda através da disponibilização de um serviço de informação pública sobre energia solar no âmbito do seu Portal na INTERNET” Fonte: http://www.spes.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=45&Itemid=68 Wave Energy Center - Centro de Energia das Ondas “O Centro de Energia das Ondas - Wave Energy Center é uma associação sem fins lucrativos fundada em 2003, vocacionada para o desenvolvimento e promoção da utilização da energia das ondas através de suporte técnico e estratégico a empresas, instituições de I&D, entidades governamentais e autoridades locais. O WavEC procura, igualmente, colaborar com empresas e outras instituições estrangeiras que reconheçam a necessidade de cooperação internacional, em particular aqueles que procuram uma associação com empresas Portuguesas. O WavEC oferece os seus serviços a entidades e empresas interessadas no desenvolvimento da energia das ondas em Portugal e noutros países, nomeadamente em estudos de natureza estratégica, de políticas públicas e de avaliação tecnológica e ainda em áreas tecnológicas (modelação numérica e monitorização) e de formação de recursos humanos. O Centro realiza, igualmente, projectos de investigação, nacionais e europeus, para apoio ao desenvolvimento da energia das ondas, de que são exemplos o projecto de Wavetrain2, CORES, EQUIMAR, WAVEPLAM, entre outros.” Fonte: http://www.wavec.org/ Os principais agentes Nacionais associados ao Setor Têxtil e do Vestuário, são os seguintes: CITEVE – Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal “Instituição de referência nacional e europeia para a promoção da Inovação e Desenvolvimento Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário, o CITEVE – Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal é uma entidade privada, de utilidade pública e sem fins lucrativos. 15 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Em actividade há duas décadas, tem como missão o apoio ao desenvolvimento das capacidades técnicas e tecnológicas das indústrias têxtil e do vestuário (ITV), através do fomento e da difusão da inovação, da promoção da melhoria da qualidade e do suporte instrumental à definição de políticas industriais para o sector. Com instalações em Vila Nova de Famalicão e na Covilhã, e representações no Brasil e na Tunísia, o CITEVE promove serviços tecnológicos de excelência em várias áreas de intervenção: Testes e Ensaios laboratoriais, Engenharia de Produto e Processo, Certificação e Normalização de Produtos, I&D+I, Inteligência Moda, e Formação e Qualificação. O CITEVE desempenha ainda um papel importante na definição, difusão e apoio na implementação de políticas públicas orientadas ao sector, através de uma cooperação e colaboração estreita quer com as diferentes associações empresariais da ITV, quer com os mais variados organismos públicos. Dentro da mesma lógica, o CITEVE colabora regularmente com diversos serviços da Comissão Europeia, nomeadamente com a DG Enterprise & Industry e a DG Research.” Fonte: http://www.citeve.pt/default.asp ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal “A “ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal” é uma Associação Patronal, de âmbito nacional, que agrupa cerca de 600 empresas de toda a fileira têxtil e do vestuário, que, no seu conjunto, asseguram mais de 45.000 postos de trabalho e quase 3.000 milhões de euros de facturação, sendo dois terços desse valor destinado aos mercados de exportação. A “ATP” resultou da fusão da APIM (Associação Portuguesa das Indústrias de Malha e de Confecção) e da APT (Associação Portuguesa dos Têxteis e Vestuário), realizada em Julho de 2003, tornando-se a maior organização representativa do Sector Têxtil e do Vestuário português e uma das mais importantes em termos europeus, coincidindo com o destaque que a Indústria Têxtil e do Vestuário ainda tem em Portugal, já que assegura cerca de 11 % do VAB, perto de 22% do emprego na indústria transformadora e 3.448 milhões de Euros exportados, 11% do total nacional. Mais recentemente, a ATP realizou mais uma fusão, desta feita com a ANET – Associação Nacional das Empresas Têxteis (antigos Grossistas Têxteis), dando assim continuidade à sua estratégia de concentração e reforço do associativismo do Sector, garantindo assim a representatividade de todas as actividades da fileira, das actividades industriais a montante e jusante aos serviços, com especial destaque, neste caso, para a distribuição têxtil e do vestuário.” Fonte: http://www.atp.pt/gca/index.php?id=7 ANIVEC/APIV – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção “A Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção - ANIVEC/APIV representa a indústria de vestuário e confecção portuguesa junto de várias instituições a 16 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário nível nacional (Estado, CIP, Sindicatos, Imprensa) e internacional (IAF, Euratex, IFTF, Ginetex, Intercolor) associando empresas fabricantes e distribuidoras dos mais diversos produtos. Internamente a ANIVEC/APIV oferece aos seus associados um leque variado de serviços de natureza técnica, económica, jurídica, comercial, tecnológica, informativa e moda. A associação assume como missão dotar as empresas de vestuário e confecção portuguesas com todo o tipo de ferramentas que lhes permita serem mais competitivas perante os desafios que o mercado global lhes apresenta. Para isso, implementou e continua a implementar projectos na área das novas tecnologias e internet, disponibiliza aos seus associados os serviços e aconselhamento de um Centro de Moda reconhecido internacionalmente, efectua permanentemente estudos sobre os mais diversos mercados e tendências a nível global, organiza seminários e reuniões subordinados a todo o tipo de temas, procura promover a formação profissional em áreas de importância real para as empresas através do Centro de Formação Profissional da Indústria de Vestuário (CIVEC) sendo o único parceiro do estado na sua administração, do Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil (CITEX) e do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE). Na área das novas tecnologias é importante salientar o projecto www.newportex.com que é encarado como a grande ferramenta dinamizadora não só da indústria de vestuário e confecção mas de toda a fileira têxtil portuguesa” Fonte: http://www.anivec.com/?q=pt/apresentacao ANIL – Associação Nacional das Industrias de Lanifícios “A ANIL - Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios é uma estrutura de carácter sectorial que associa e representa empresas têxteis que exercem a sua actividade no âmbito do subsector dos Lanifícios em Portugal. Esta representa e defende os interesses das indústrias de lanifícios, respondendo às suas necessidades, de forma a garantir o desenvolvimento e a promoção das mesmas.” Fonte: http://www.anil.pt/ ANIT – LAR – Associação Nacional das Indústrias de Têxteis - Lar Associação que representa as empresas de têxteis lar. AICR – Associação dos Industriais de Cordoaria e Redes Associação que representa as empresas de cordoaria e redes. PME Portugal – Associação de Pequenas e Médias Empresas em Portugal “A PME-Portugal caracteriza-se como interlocutor privilegiado com as micro, pequenas e médias empresas, suas associadas ou não, na defesa e na criação de condições favoráveis ao seu desenvolvimento. Como associação generalista e de âmbito nacional, a sua acção pauta-se por uma série de medidas suportadas por múltiplas acções com 17 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário diferentes níveis de intervenção, apostando na reorganização, internacionalização, qualidade, qualificação de recursos humanos e modernização produtiva. A PME-Portugal promove programas de formação ajustados às necessidades das empresas, encaminhando os apoios, geralmente escassos e de difícil acesso pelas pequenas e micro empresas, para os empresários e suas organizações. A missão da PME-Portugal é, assim, representar as PME na defesa dos seus direitos e interesses, perante entidades oficiais, ministérios e organismos públicos, bem como assegurar o seu lugar num mercado global cada vez mais competitivo e acompanhar a sua evolução, enfrentando os desafios crescentes.” Fonte: http://www.pmeportugal.pt/PME-Portugal/Quem-Somos.aspx AEP – Associação Empresarial de Portugal, Câmara de Comércio e Indústria “O desempenho ambiental e a eficiência energética podem ser considerados, pelo facto de existirem inúmeros pontos em comum, as duas faces da mesma moeda, o desenvolvimento sustentável. Neste sentido a AEP disponibiliza um leque alargado de serviços abrangendo a componente informativa e formativa, através da realização de seminários, sessões de sensibilização e cursos de formação. Na componente técnica, através da Eurisko, a AEP apoia as empresas no processo de Certificação Ambiental, Licenciamento Ambiental (IPPC) e na adopção de soluções integradas nestes domínios.” Fonte: http://www.aeportugal.pt/ APETT – Associação Portuguesa dos Engenheiros e Técnicos Têxteis “A APETT tem por objectivo: a) Congregar esforços e desenvolver acções tendentes à defesa do prestígio e dos interesses dos técnicos da indústria têxtil, em ordem ao mais racional aproveitamento das potencialidades deste sector de actividades, tanto no domínio técnico como no científico, apoiando e promovendo o seu avanço tecnológico e o seu nível de competitividade e defendendo-o perante o desenvolvimento da concorrência internacional. b) Intervir, sempre que solicitada, no processo de reordenamento e modernização do sector têxtil e, designadamente nos domínios da implementação e organização regional do sector, do equipamento e da formação a todos os níveis de novos técnicos da especialidade e, em particular dos quadros intermédios da organização empresarial; c) Coadjuvar a Administração Pública e o Governo e até onde for possível, no processo de permanente optimização de custos no ensino da ciência e técnicos têxteis; d) Promover e incentivar a constante formação, actualização e reciclagem profissional dos seus associados; 18 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário e) Estimular e orientar o estudante jovem à opção têxtil; f) Divulgar a história técnico-científica e socioeconómica da indústria têxtil e o seu impacto e importância no desenvolvimento regional e global do País.” Fonte: http://www.apett.com.pt/conteudos/?ler=9 IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação “O IAPMEI actua sob a tutela do Ministro da Economia e do Emprego e tem como missão facilitar e assistir as PME nas suas estratégias de crescimento inovador e internacional, de aumento da produtividade e da competitividade, de reforço de competências e da capacidade de gestão e de acesso aos mercados financeiros, a par da promoção de empreendedorismo.” Fonte: http://www.iapmei.pt/iapmei-ins-01.php?tema_id=7 CIP – Confederação Empresarial de Portugal “A CIP - Confederação da Indústria Portuguesa, defende um modelo de desenvolvimento assente na economia de mercado e na livre iniciativa, sendo um parceiro económico e social reconhecido pela influência, idoneidade e coerência das suas posições. Constitui missão da CIP contribuir para o crescimento da economia, a competitividade das empresas, a inovação, a melhoria da produtividade, a eficiência da justiça e do sistema fiscal, a qualidade do ensino e formação profissional, a contenção da despesa pública – a par da intervenção em temas como a energia, o ambiente ou a responsabilidade social das empresas. A modernização da Administração Pública, a adaptação das leis do trabalho a novas realidades económicas e sociais, a legislação sobre segurança social e a consolidação da malha associativa empresarial fazem também parte da orientação da CIP, visando melhorar as condições de funcionamento dos agentes económicos. A CIP exerce a sua missão com total independência face a quaisquer poderes e grupos de pressão.” Fonte: http://www.min-economia.pt/innerPage.aspx?idCat=94&idMasterCat=48&idLang=1 CENIT – Centro de Inteligência Têxtil “O CENIT – CENTRO DE INTELIGÊNCIA TÊXTIL é uma organização sem fins lucrativos, constituído em Abril de 2007 pelas associações sectoriais ANIVEC/APIV – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção e ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal. O CENIT pretende assumir-se como um centro de competência e de excelência na sua área de intervenção no âmbito da fileira têxtil e de vestuário em Portugal, dando 19 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário continuidade e expansão aos serviços de grande utilidade e reconhecido interesse prestados anteriormente pelo extinto Cenestap. Neste quadro, o CENIT estabelece-se como uma unidade de “inteligência estratégica e de mercado” ao serviço do sector têxtil e da moda nacional, contribuindo para a orientação, dinamização e integração das acções de promoção da competitividade, harmonizando projectos privados e acções públicas, e desenvolvendo actividades de informação, formação, sensibilização e prestação e gestão de serviços e projectos.” Fonte: http://www.portugaltextil.com/default.aspx?tabid=97 20 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário 3. Caracterização energética do setor Segundo informação obtida através do sítio da Associação Têxtil Portuguesa (ATP), o setor Têxtil e do Vestuário é uma das mais importantes indústrias na economia portuguesa, sendo na sua maioria PME, localizadas na sua maioria no Norte de Portugal, representando sensivelmente: 11% do total das exportações portuguesas; 22% do emprego da Indústria Transformadora; 8% do volume de negócios da Indústria transformadora; 7% da produção da Indústria Transformadora Tabela 5 - Evolução dos setores da Indústria Têxtil e do Vestuário 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Produção (milhões €) 7.890 6.756 6.749 6.733 6.166 5.695 5.779 Volume de Negócios (milhões €) 8.145 6.993 6.931 6.980 6.409 5.763 6.120 Exportações (milhões €) 4.319 4.118 4.113 4.295 4.086 3.512 3.737 Importações (milhões €) 2.971 2.993 3.086 3.329 3.220 2.969 3.290 Emprego 209.768 201.265 186.837 180.335 175.797 164.211 157.770 Fonte de dados: http://www.atp.pt/gca/index.php?id=18 Milhões € Gráfico 1 - Evolução da Indústria Têxtil e do Vestuário 9.000 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 2004 Produção 2005 2006 Volume de Negócios 2007 2008 Exportações 2009 2010 Importações Pela análise do gráfico 1 podemos verificar que ao longo dos anos a Indústria Têxtil e do Vestuário tem vindo a diminuir quer em termos de produção quer de volume de negócios., registando-se no entanto um aumento de 2009 para 2010. Em relação às exportações e importações verifica-se uma estabilização ao longo dos anos tendo as exportações sofrido uma pequena quebra entre 2008/2009, ligeiramenterecuperada em 2010. 21 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Milhares Efectivos Gráfico 2 - Evolução do emprego na Indústria Têxtil e do Vestuário 250 200 150 100 50 0 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 No gráfico 2 verifica-se uma diminuição no emprego, número de efetivos, ao longo dos últimos anos. Definição de PME O estatuto de PME (pequenas e médias empresas) é definido de acordo com o DecretoLei nº 372/2007 de 6 de Novembro, em função dos efetivos existentes nas empresas tendo de ser inferior a 250, o volume de negócios tem de ser inferior ou igual a 50 milhões de euros e o balanço total anual ser inferior ou igual a 43 milhões de euros. Tabela 6 - Classificação das empresas pelo Número de efetivos e pelo Volume de Negócios Dimensão Nº Efetivos Volume de Negócios (VN) ou Balanço Total Anual (BTA) Micro < 10 ≤ 2 Milhões de Euros Pequena < 50 ≤ 10 Milhões de Euros < 250 ≤ 50 Milhões de Euros (VN) ≤ 43 Milhões de Euros (BTA) Média Fonte de dados: Decreto-Lei nº 372/2007 de 6 de Novembro Empresas em Portugal da Indústria Têxtil e do Vestuário Segundo os dados obtidos no sítio do INE – Instituto Nacional de Estatística, referente á publicação Indústria e Energia em Portugal 2008-2009, na Edição de 2011, o número de empresas em Portugal referentes aos setores da Indústria Transformadora em estudo nos anos de 2008 e 2009, Fabricação de Têxteis (CAE 13) e Indústria de Vestuário (CAE 14) em termos de PME (Pequenas e Médias Empresas) e GE (Grandes Empresas), são os que se apresenta na tabela seguinte. 22 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 7 - Número de empresas em 2008 e 2009 nos setores da Indústria Têxtil e do Vestuário e no total da Indústria Transformadora Setor 2008 PME GE CAE 13 3.869 28 CAE 14 11.268 22 Total CAE 13 e 14 Total Indústria transformadora 15.137 50 79.317 272 2009 Total PME GE Total 3.897 3.597 23 3.620 11.290 10.034 16 10.050 15.187 13.631 39 13.670 79.589 73.984 250 74.234 Fonte de dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=120 933113&PUBLICACOESmodo=2 (Indústria e Energia em Portugal 2008-2009 – Edição 2011) Entre 2008 e 2009, na Indústria Transformadora, verifica-se uma redução no número de empresas que, como podemos observar, na tabela 7 também foi sentida na Indústria Têxtil e do Vestuário. Tabela 8 - Total de PME e taxa de variação 2009 em relação a 2008 (2009/2008) Setor 2008 2009 Taxa de variação 2009/2008 CAE 13 3.869 3.597 - 7,0% CAE 14 11.268 10.034 - 11,0% Total CAE 13 e 14 Total da Indústria Transformadora 15.137 13.631 - 10,0% 79.317 73.984 - 6,7% Fonte de dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=120 933113&PUBLICACOESmodo=2 (Indústria e Energia em Portugal 2008-2009 – Edição 2011) Como podemos verificar, na tabela 8, o decréscimo no número de empresas, ente 2008 e 2009, na fabricação de têxteis, foi de - 7% e, na indústria do vestuário de - 11%. Outro cenário que se verifica é que as PME são o grande tecido empresarial em Portugal devido ao elevado número de empresas, em relação às grandes empresas. Entre os dois CAE definidos observa-se um domínio da Indústria do Vestuário (CAE 14) em relação à Fabricação de Têxteis (CAE 13), representando 26,5% o setor de Fabricação de Têxteis e 73,5% o setor de Vestuário, face ao número total de empresas destes setores. 23 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 9 - Percentagem de PME da ITV (Indústria Têxtil e do Vestuário) PME Setor % PME da ITV na IT 2008 2009 2008 2009 CAE 13 3.869 3.597 4,9% 4,9% CAE 14 11.268 10.034 14,2% 13,6% CAE 13 + CAE 14 15.137 13.631 19,1% 18,4% Total Indústria Transformadora (IT) 79.317 73.984 Fonte de dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=120 933113&PUBLICACOESmodo=2 (Indústria e Energia em Portugal 2008-2009 – Edição 2011) Gráfico 3 - Percentagem de PME da Indústria Têxtil e do Vestuário na Indústria Transformadora 19,1% 18,4% 20,0% 15,0% 14,2% 13,6% 10,0% CAE 13 + CAE 14 5,0% 4,9% 4,9% CAE 14 CAE 13 0,0% 2008 2009 Em Portugal, a Indústria Têxtil e de Vestuário tem alguma representatividade no setor das Indústrias Transformadoras, verificando-se que representam 4,9% e 13,6%, respetivamente, no ano de 2009, ou seja, um total de 18,4% de empresas. Apesar do decréscimo sentido nestes setores, a sua percentagem continua a representar cerca de um quinto da Indústria Transformadora. 3.1 Número de empresas e distribuição geográfica das Indústrias Têxteis e do Vestuário Na tabela seguinte está representado o número de empresas a nível nacional, da Indústria Transform adora e dos setores da Indústria Têxtil e do Vestuário (ITV). 24 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 10 - Número de empresas da Indústria Têxtil e do Vestuário e da Indústria Transformadora por regiões em 2008 Total empresas em Portugal Indústria transformadora CAE 13 CAE 14 1.096.255 79.589 3.897 11.290 1.054.373 77.432 3.801 11.204 Norte 355.991 37.872 2.802 8.734 Centro 237.534 19.341 517 1.100 Lisboa 333.774 13.345 331 1.137 Alentejo 67.502 4.749 94 145 Algarve 59.572 2.125 57 88 R. A. Açores 19.999 1.180 49 32 R. A. Madeira 21.883 977 47 54 Total Continente Fonte de dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=104 996740&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmodo=2 (Anuário Estatístico de Portugal – 2009 Edição 2010) A representatividade da Indústria Têxtil e do Vestuário é notória no Norte de Portugal onde, em 2008, existiam 2.802 empresas, de Fabricação de Têxteis (CAE 13) e 8.734 empresas, da Indústria do Vestuário (CAE 14), representando cerca de 74% no CAE 13 e 78% no CAE 14, tendo em conta as empresas existentes no Continente. Nas regiões do Alentejo, Algarve, Autónoma dos Açores e Autónoma da Madeira o número de empresas da ITV é relativamente baixo, já as regiões do Centro e de Lisboa possuem um número de empresas considerável, representando cerca de 10% do total de empresas. Na tabela 11 e gráfico 4 apresenta-se a repatição das empresas pelos CAE 13 e CAE 14 por regiões. 25 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 11 - Percentagem das Indústrias Têxtil e do Vestuário por regiões em 2008 CAE 13 (%) CAE 14 (%) Norte 71,9% 77,4% Centro 13,3% 9,7% Lisboa 8,5% 10,1% Alentejo 2,4% 1,3% Algarve 1,5% 0,8% R. A. Açores 1,3% 0,3% R. A. Madeira 1,2% 0,5% Gráfico 4 - Percentagem de empresas da Indústria Têxtil e do Vestuário por regiões em 2008 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Norte Centro Lisboa Alentejo CAE 13 Algarve Açores Madeira CAE 14 No gráfico 5, apresenta-se a relação do número de empresas da Indústria Têxtil e do Vestuário na Indústria Transformadora entre 2007 e 2008. 26 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Gráfico 5 - Relação do número de empresas da Indústria Têxtil e do Vestuário na Indústria Transformadora entre 2007 e 2008 90 000 80 000 70 000 60 000 50 000 79 589 82 294 40 000 30 000 20 000 11 290 11 671 10 000 3 897 4 074 0 2007 CAE 13 2008 CAE 14 Indústria transformadora Ao compararmos o número de empresas dos dois CAE com o restante número de empresas da Indústria Transformadora, em 2008, verificamos que os dois CAE juntos, Têxtil e Vestuário, tem uma grande representatividade na Indústria (19,4%), apesar da Fabricação de Têxteis dar um menor contributo, gráfico 5. 3.2 Dimensão das empresas do setor incluindo número de funcionários, sazonalidade, regime de funcionamento Dimensão das empresas pelo número de efetivos Na tabela 12 apresenta-se o número de empresas na Indústria Transformadora, em 2008 e 2009, por classes de dimensão de pessoal ao serviço (efetivos) e a percentagem de peso de cada uma dessas classes. 27 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 12 - Número de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço - Indústria Transformadora Efetivos PME GE 2008 2009 Peso de cada classe (%) 2008 2009 <10 65.048 60.757 81,7% 81,8% 10 – 49 11.883 11.027 14,9% 14,9% 50 – 249 2.386 2.200 3,0% 3,0% Mais de 250 272 250 0,3% 0,3% Total 79.589 74.234 100,0% 100,0% Fonte de dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=120 933113&PUBLICACOESmodo=2 (Indústria e Energia em Portugal 2008/2009 – Edição 2011) Verifica-se que, na Indústria Transformadora o maior número de empresas tem menos de 10 trabalhadores, sendo que cerca de 97% das empresas tem menos de 50 trabalhadores. No gráfico 6 apresenta-se a repartição do número de empresas, por classe de dimensão de pessoal ao serviço, em 2009, da Indústria Transformadora. Gráfico 6 - Percentagem de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço em 2009 - Indústria Transformadora 81,8% <10 14,9% 3,0% 10 – 49 50 – 249 Mais de 250 0,3% Na tabela 13 apresenta-se o número de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço, para a Fabricação de Têxteis (CAE 13), nos anos 2008 e 2009. 28 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 13 – Número de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço – Fabricação de Têxteis – CAE 13 Efetivos PME GE 2008 2009 Peso de cada classe (%) 2008 2009 <10 2.999 2.825 77,0% 78,0% 10 – 49 685 611 17,6% 16,9% 50 – 249 185 161 4,7% 4,4% Mais de 250 28 23 0,7% 0,6% Total 3.897 3.620 100,0% 100,0% Fonte de dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=120 933113&PUBLICACOESmodo=2 (Indústria e Energia em Portugal 2008/2009 – Edição 2011) Verifica-se que na Fabricação de Têxteis (CAE 13) a maioria das empresas tem menos de 50 trabalhadores (cerca de 95%), sendo que cerca de 77% tem menos de 10 trabalhadores. Estima-se que estas empresas têm consumos de energia inferior a 500 tep/ano. Gráfico 7 - Percentagem de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço em 2009 - Fabricação de Têxteis 78,0% 16,9% 4,4% 0,6% <10 10 – 49 50 – 249 Mais de 250 Em 2009, na Fabricação de Têxteis, as PME com efetivos inferior a 10, tinham uma representatividade de 78%, demonstrando que as micro empresas dominam o setor. Na tabela 14 apresenta-se o número de empresas, por classes de dimensão de pessoal ao serviço, para a Indústria do Vestuário (CAE 14), nos anos 2008 e 2009. 29 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 14 - Número de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço - Indústria do Vestuário CAE 14 Efetivos 2008 2009 Peso de cada classe (%) 2008 2009 <10 8.743 7.801 77,4% 77,6% PME 10 – 49 2.094 1.851 18,5% 18,4% 50 – 249 431 382 3,8% 3,8% GE Mais de 250 22 16 0,2% 0,2% Total 11.290 10.050 100,0% 100,0% Fonte de dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=120 933113&PUBLICACOESmodo=2 (Indústria e Energia em Portugal 2008/2009 – Edição 2011) Na Indústria do Vestuário verifica-se a mesma realidade da Fabricação de Têxteis, ou seja, em 2008 e 2009 as micro empresas representavam, respetivamente, 77,4% e 77,6% do total das Indústrias do Vestuário. Estima-se que estas empresas têm consumos de energia inferior a 500 tep/ano. Gráfico 8 - Percentagem de empresas por classe de dimensão de pessoal ao serviço em 2009 - Indústria do Vestuário 77,6% 18,4% 3,8% 0,2% <10 30 10 – 49 50 – 249 Mais de 250 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Gráfico 9 - Representatividade percentual da Indústria Têxtil e do Vestuário na Indústria Transformadora por classes de dimensão de pessoal ao serviço em 2009 100% 90% 80% 17,5% 22,3% 24,7% 12,8% 16,8% 17,4% 5,5% 7,3% 15,6% 70% 60% 50% 40% 30% 6,4% 20% 10% 9,2% 4,6% 0% <10 % CAE 13 10 – 49 50 – 249 % CAE 14 Mais de 250 % CAE 13 + CAE 14 Em 2009 a Indústria Têxtil e do Vestuário representa sobre a totalidade das Indústrias Transformadoras, 17,5% nas micro empresas, 22,3% nas pequenas empresas e 24,7% nas médias empresas, gráfico 9. Dimensão de efetivos na Indústria Têxtil e do Vestuário Na tabela 15 apresenta-se a dimensão média das empresas traduzido pelo quociente entre o número de pessoal ao serviço pelo número de empresas, nos anos 2008 e 2009. Tabela 15 - Dimensão média pelo quociente entre o nº número de pessoal ao serviço (NPS) e o nº de empresas (NPS/Nº empresas) 2008 2009 CAE 13 14,02 13,32 CAE 14 9,98 9,89 Total da Indústria Transformadora 9,71 9,68 Fonte de dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=120 933113&PUBLICACOESmodo=2 (Indústria e Energia em Portugal 2008/2009 – Edição 2011) Verifica-se que no CAE 13 (Fabricação de Têxteis) o número médio de trabalhadores por empresa é de cerca de 14 e no CAE 14 (Indústria do Vestuário) é de cerca de 10, estando o valor do CAE 14 mais próximo do valor médio da Indústria Transformadora. 31 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Na tabela 16 apresenta-se o número de funcionários ao serviço em 2008 e 2009, no total da Industria Transformadora e na Fabricação de Têxteis (CAE 13) e Indústria do Vestuário (CAE 14). Tabela 16 - Número de Funcionários e a percentagem em relação à Indústria Transformadora 2008 e 2009 2008 Peso ITV 2009 Peso ITV CAE 13 54.637 7,1% 48.217 6,7% CAE 14 112.681 14,6% 99.430 13,8%% Total Indústria Transformadora 773.090 718.507 - - Fonte de dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=120 933113&PUBLICACOESmodo=2 (Indústria e Energia em Portugal 2008/2009 – Edição 2011) Gráfico 10 - Relação percentual do número de funcionários na Indústria Têxtil e do Vestuário com a Indústria Transformadora 25% 21,6% 20,5% 20% 14,6% 15% 10% 13,8% 7,1% 6,7% 5% 0% 2008 CAE 13 2009 CAE 14 CAE 13 + CAE 14 No gráfico 10, observamos que apesar do decréscimo sentido no número de funcionários, entre 2008/2009, a Indústria Têxtil e do Vestuário tem uma representatividade acentuada na Indústria Transformadora, 20,5% em 2009, o que significa uma equivalência a um quinto do número de funcionários na Indústria. Sazonalidade dos efetivos Na tabela 17 apresenta-se o número de trabalhadores por regime de duração de trabalho a tempo completo, segundo o escalão de período normal de trabalho semanal, em Outubro de 2008, para a Fabricação de Têxteis (CAE 13), Indústria de Vestuário (CAE 14) e Indústria do Couro e dos Produtos do Couro (CAE 15). 32 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 17 - Número de trabalhadores por regime de duração de trabalho a tempo completo, segundo o escalão do período normal de trabalho semanal - Outubro 2008 Número de horas CAE 13, 14 e 15 ≤30 >30 e ≤35 >35 e ≤39 6 257 7.677 Total de trabalhadores >39 e <40 =40 Desconhecidos 364 180.346 957 189.607 Fonte de dados: http://www.gep.mtss.gov.pt/estatistica/gerais/index.php#boletim (Quadros do pessoal 2008) Segundo os dados obtidos através do Ministério de Trabalho e de Solidariedade Social, em Outubro de 2008, 180.346 efetivos cumpriam o horário laboral obrigatório, 40 horas/semana, que representam 95,1% do total de trabalhadores dos CAE 13, 14 e 15. Em relação ao trabalho realizado em tempo parcial, tabela 18 (em Outubro de 2008, nos CAE 13, 14 e 15), verifica-se que, existe um maior número de efetivos a trabalhar entre 15 a 20 horas/semana (341 efetivos) e entre 25 e 30 horas/semana (320 efetivos). Verifica-se ainda algumas representatividade nos efectivos a trabalhar até 15 horas/semana (206 efetivos). Tabela 18 - Número de trabalhadores por regime de duração de trabalho a tempo parcial, segundo o escalão do período normal de trabalho semanal - Outubro 2008 Número de horas CAE 13, 14 e 15 ≤15 >15 e ≤20 >20 e ≤25 >25 e ≤30 >30 Desconhecidos 206 341 77 320 41 58 Total de trabalhadores 1.043 Fonte de dados: http://www.gep.mtss.gov.pt/estatistica/gerais/index.php#boletim (Quadros do pessoal 2008) 3.3 Estrutura de custos Segundo a “Encyclopedia of Textile Finishing” de H.K. Rouette a estrutura de custos para o tingimento de fio e tingimento de peças é a que se apresenta na tabela 19. 33 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 19 - Estrutura de custos de tecido até ao acabamento Totalidade de custos (%) Acabamento Tingimento de fio 12,7 Revista 3,0 Tecelagem 24,2 Preparação à tecelagem 6,0 Produção de fio 32,2 Matéria-prima 21,9 33,2 54,1 Acabamento Tingimento de peças 25,7 Revista 3,2 Tecelagem 25,2 Preparação à tecelagem 5,2 Produção de fio 18,0 Matéria-prima 22,9 33,6 40,9 Fonte de dados: Encyclopedia of Textile Finishing de H.K. Roette, Volume 1, de 2001. Verifica-se que a percentagem de custos com o acabamento no tingimento de peças (25,7%) é superior ao acabamento de tingimento de fio, 12,7%. De notar que nesta apresentação de resultados, no tingimento de fio, a “Produção de fio” incluí o tingimento propriamente dito do fio e no tingimento de peças o “Acabamento” incluí o tingimento e acabamento de peças. A representação dos custos de processamento de tecidos com algodão e lã/poliéster é a que se apresenta na tabela 20. O processo de produção tem um efeito nos custos de produção dependendo do tipo de fibra têxtil utilizada. Tabela 20 – Representação de custos de tecidos de Algodão e Lã/Poliéster Algodão Lã/Poliester Matéria-Prima 23% 34% Fiação 14% 38% Preparação à Tecelagem 8% Tecelagem 35% Revista 6% Tingimento e Acabamento 14% 19% 9% Fonte de dados: Encyclopedia of Textile Finishing de H.K. Rouette, Volume 1, de 2001 Numa empresa de acabamentos a estrutura de custos é a que se representa na tabela 21, não considerando os custos com a matéria-prima. 34 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 21 – Estrutura de custos de uma empresa de acabamentos Tipo de Custo % Salários 42% Energia 18% Corantes 16% Efluentes 3% Manutenção 4% Amortizações 6% Outros custos 11% Fonte de dados: Encyclopedia of Textile Finishing de H.K. Rouette, Volume 1, de 2001 Como se pode verificar os custos com os salários representa 42% seguidos dos custos com a energia com 18%. A representação dos custos de energia, face aos custos totais da empresa, caso se trate de uma empresa vertical, com toda a fileira têxtil, ou com tinturaria e acabamentos estima-se de 15% a 25%. Se for uma empresa com apenas um subsetor, estas percentagens decrescem, representando, por exemplo numa empresa com apenas confeção, valores de cerca de 1% a 6%. 35 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário 3.4 Produtos lançados no mercado Grande parte da inovação que se verifica neste setor é de cariz incremental, sendo que a inovação produto tem recentemente assumido maior importância para as empresas da ITV, do que a inovação de processos propriamente dita. Esta tipologia de inovação resulta da frequente combinação criativa de materiais, técnicas de acabamento, padrões, funcionalidades e desenhos, que em conjunto permitem diferenciar o produto, conferindo-lhe sistematicamente apontamentos inovadores. Mesmo porque, quando se verificam processos de inovação no âmbito dos processos produtivos, essas inovações são frequentemente orientadas a um objetivo último de se alcançar uma caraterística ou funcionalidade diferenciadora no produto em si, mais do que uma economia de recursos ou uma reengenharia, que do ponto de vista produtivo se possa traduzir numa vantagem competitiva do ponto de vista económico. Exceção a esta tendência são as estratégias de inovação no domínio da produção sustentável, onde para além da incorporação de fibras com menor impacto ambiental, se procura uma utilização mais eficaz de recursos como a água e a energia, muito pela via da intensificação de processos, procurando reduzir a quantidade de água, energia e químicos por kg de matéria processada. Mais do que uma estratégia de redução de custos, esta linha de inovação, procura também posicionar melhor o produto do ponto de vista das suas credenciais ambientais, reforçando os seus argumentos de venda e de aceitação num mercado global cada vez mais sensível a estas questões. Também importante, particularmente para as empresas posicionadas total ou parcialmente no retalho e na distribuição é a inovação organizacional. Seja com vista ao desenvolvimento de novas estratégias de marketing e comercialização, seja com vista à implementação de metodologias e ferramentas avançadas de gestão das operações e dos processos comerciais e logísticos, que permitam responder de forma competitiva aos cada vez mais curtos ciclos de desenvolvimento de produto e distribuição, associados aos tempos modernos. Nas tabelas 22 a 25, apresenta-se os produtos fabricados na Fabricação de Têxteis e Indústria do Vestuário em 2008 e 2009, obtidos no sítio do INE, em quantidade produzida, vendida e valor de vendas em euro. 36 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 22 - Produtos produzidos na Fabricação de Têxteis – 2008 [1] 2008 Produtos Produzidos Unid. Quantidade produzida Quantidade vendida Valor vendas (Euros) Outros tecidos de malha, n.e., exceto veludos e tecidos turcos kg 55.006.680 49.123.667 225.698.006 Roupas de cama, de algodão kg 21.500.538 21.175.508 173.015.186 Roupa de toucador e de cozinha, de tecidos turcos para toalhas ou tecidos turcos semelhantes de algodão kg 22.369.119 18.649.514 142.117.201 Tecidos de algodão, de fios de diversas cores, com peso ≤ 200 g/m², para camisas, camiseiros e blusas m² 27.684.369 25.646.732 83.868.054 Tecidos revestidos, impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados (exceto telas pneumáticos, linóleos, revestimentos para paredes e com borracha) m² 38.359.291 35.885.857 83.229.456 Cordas e cabos, de fibras sintéticas (nylon, PE/PP/PS/PA), com > 50 000 decitex (5 g/m), exceto cordéis para atadeiras ou enfardadeiras kg 23.983.485 23.136.742 68.651.999 Produtos têxteis acolchoados, em peça (exceto os bordados) m² 14.168.800 14.164.797 67.087.492 Tecidos de fibras sintéticas descontínuas combinadas com lã penteada ou pêlos finos penteados m² 15.401.642 13.504.658 60.992.927 Tecidos turcos, de algodão m² 37.643.883 14.323.755 59.043.855 Cordéis de polietileno ou polipropileno, para uso agrícola (atadeiras ou enfardadeiras) kg 34.593.647 34.112.048 55.965.845 Outros artefactos para guarnição de interiores, inclui capas para almofadas e coberturas para assentos de automóveis (exceto cortinados, sanefas, estores, roupas de cama, mesa, toucador e de cozinha) x x x 49.391.072 Telas para pneumáticos fabricadas com fios de alta tenacidade, de nylon ou de outras poliamidas, poliésteres ou de raiom de viscose m² … … … x x x 41.795.474 Tecidos de fibras sintéticas descontínuas, combinadas com outras matérias (exceto lã ou pêlos finos e algodão) m² 8.791.871 8.199.819 34.843.973 Feltros kg 8.210.566 8.226.193 32.524.454 Fios de algodão não penteados (exceto para tapetes e outros revestimentos para pavimentos), n.a.v.r., para tecelagens kg 19.612.789 15.598.503 31.332.679 Fios de filamentos sintéticos retorcidos ou retorcidos múltiplos, n.a.v.r. kg 6.403.482 6.084.605 28.613.752 Colchas nº 2.522.246 2.509.030 25.692.726 Tecidos de fios de filamentos sintéticos, n.e. m² 32.984.262 21.374.167 24.554.971 Fibras sintéticas descontínuas, cardadas, penteadas ou transformadas de outro modo para fiação kg 7.091.339 6.943.067 23.258.310 Outros produtos da atividade x x x … x x x 1.976.120.153 Bordados químicos, aéreos ou com fundo recortado em peça, em tiras ou em motivos para aplicar Total de Produtos Produzidos 37 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 23 - Produtos produzidos na Fabricação de Têxteis – 2009 [2] 2009 Produtos Produzidos Unid. Quantidade produzida Quantidade vendida Valor vendas (Euros) Outros tecidos de malha, n.e., exceto veludos e tecidos turcos kg 50.157.914 44.669.068 209.375.585 Roupas de cama, de algodão kg 18.520.638 18.935.091 159.715.984 Roupa de toucador e de cozinha, de tecidos turcos para toalhas ou tecidos turcos semelhantes de algodão kg 13.699.670 15.465.822 116.368.965 Tecidos revestidos, impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados (exceto telas pneumáticos, linóleos, revestimentos para paredes e com borracha) m² 36.983.270 34.928.814 77.845.824 Tecidos de algodão, de fios de diversas cores, com peso ≤ 200 g/m², para camisas, camiseiros e blusas m² 18.534.287 17.285.432 58.672.766 Outros artefactos para guarnição de interiores, inclui capas para almofadas e coberturas para assentos de automóveis (exceto cortinados, sanefas, estores, roupas de cama, mesa, toucador e de cozinha) x x x 52.225.950 Cordéis de polietileno ou polipropileno, para uso agrícola (atadeiras ou enfardadeiras) kg 35.144.279 32.786.322 50.802.317 Tecidos turcos, de algodão m² 29.543.206 12.085.804 50.583.174 Cordas e cabos, de fibras sintéticas (nylon, PE/PP/PS/PA), com > 50 000 decitex (5 g/m), exceto cordéis para atadeiras ou enfardadeiras kg 17.241.204 16.298.692 49.654.015 Tecidos de fibras sintéticas descontínuas combinadas com lã penteada ou pêlos finos penteados m² 11.273.261 11.183.275 47.869.203 Produtos têxteis acolchoados, em peça (exceto os bordados) m² 11.156.082 11.152.246 45.062.166 Telas para pneumáticos fabricadas com fios de alta tenacidade, de nylon ou de outras poliamidas, de poliésteres ou de raiom de viscose m² … … … Tingimento de tecidos de malha e outros tecidos (falsos tecidos) e vestuário kg 5.075.616 3.944.826 31.000.517 Feltros kg 6.628.201 6.624.895 25.299.436 Tecidos de fibras sintéticas descontínuas, combinadas com outras matérias (exceto lã ou pêlos finos e algodão) m² 5.476.609 6.105.969 24.718.374 Tapetes, carpetes e outros revestimentos para pavimentos de matérias têxteis, tecidos, (exceto os tufados e os flocados), mesmo confecionados, do tipo Kelim, Schumacks e tapetes semelhantes tecidos à mão m² 2.631.193 2.625.864 24.078.163 Fios de algodão não penteado, n.a.v.r., para tecelagens (exceto para tapetes e revestimentos para pavimentos) kg 12.994.523 11.720.922 22.288.966 Tecidos de fios de filamentos sintéticos, n.e. m² 22.802.551 22.578.020 21.843.117 Fios de algodão para costurar (exceto linhas), a.v.r. kg 14.158.576 10.596.887 21.741.854 Fibras sintéticas descontínuas, cardadas, penteadas ou transformadas de outro modo para fiação kg 5.937.344 6.333.963 21.447.726 Outros produtos da atividade x x x … x x x 1.681.972.388 Total de Produtos Produzidos 38 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 24 - Produtos produzidos na Indústria do Vestuário – 2008 [1] 2008 Produtos Produzidos Unid. Quantidade produzida Quantidade vendida Valor vendas (Euros) T-shirts e camisolas interiores, de malha nº 103.165.324 102.095.796 511.300.429 Camisas, de uso masculino (exceto de malha) nº 8.689.511 8.672.024 107.183.556 Outras meias de qualquer espécie e artefactos semelhantes, de malha, inclui as meias para varizes, artigos em forma de palmilha, ponta do pé, calçado sem sola e semelhantes (exceto meias-calças (collants) e meias com < 67 decitex, de uso feminino e unisexo) par 174.131.996 172.847.441 88.310.714 Casacos (exceto de malha e de trabalho), de uso masculino nº 2.005.159 1.976.071 68.503.741 Fatos (exceto de malha e de trabalho), de uso masculino nº 854.311 841.582 66.263.410 Coletes, fatos de treino, vestuário especial de desporto, dança ou ginástica e outro vestuário, n.e., de uso masculino (exceto fatos de esqui e de malha) nº 7.310.265 7.269.714 60.125.877 Camisas de malha, de uso masculino nº 6.272.884 6.188.261 51.234.011 Casacos (exceto de malha e de trabalho), de uso feminino e unisexo nº 1.637.689 1.564.997 48.706.641 Coletes, fatos de treino, vestuário especial de desporto, dança ou ginástica e outro vestuário, n.e., de uso feminino (exceto fatos de esqui e de malha) nº 6.592.848 6.517.495 47.376.920 Camiseiros, blusas, blusas-camiseiros (exceto de malha e de trabalho), de uso feminino e unissexo nº 3.896.986 3.847.856 44.701.145 Vestidos, de malha nº 4.917.405 4.856.949 42.707.116 Camiseiros, blusas, blusas-camiseiros de malha, de uso feminino e unisexo nº 6.487.340 6.403.116 40.087.857 Calças e bermudas de algodão, inclui veludos e pelúcias (exceto de "denim", de malha e de trabalho), de uso feminino e unissexo nº 2.195.314 2.154.348 33.744.449 Calças e bermudas de "denim" (exceto de trabalho), de uso feminino e unisexo nº 2.768.337 2.736.737 31.554.020 Vestuário e seus acessórios para bebés (crianças de tenra idade de estatura ≤ 86 cm), de malha, incluindo as camisolas interiores, fatos-macacos, cuecas, babygrows, fraldas, luvas, mitenes e artigos semelhantes nº 2.962.768 2.931.669 31.363.012 Soutiens, inclui os de cós alto nº 3.576.805 3.230.552 29.568.291 Camisolas, pulóveres, sweatshirts, coletes e cardigans de lã ou de pêlos finos (excepto camisolas e pulóveres com ≥ 50%, em peso, de lã e ≥ 600g/unid.), de uso feminino e unissexo nº 2.595.818 2.580.960 28.591.895 Calças, jardineiras, bermudas e calções (shorts) de malha, de uso feminino e unissexo nº 5.132.866 5.047.881 26.682.833 Casacos (exceto casacos compridos), de malha, de uso feminino e unisexo nº 2.748.952 2.738.129 25.962.290 Anoraques, blusões (inclui de esqui) e artigos semelhantes, de matérias têxteis (exceto de malha, de tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados com plástico ou borracha e de trabalho), de uso masculino nº 663.435 651.061 25.796.325 Outros produtos da atividade x x x 579.129.127 x x x 1.988.893.659 Total de Produtos Produzidos 39 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 25 - Produtos produzidos na Indústria do Vestuário – 2009 [2] 2009 Unid. Quantidade produzida Quantidade vendida Valor vendas (Euros) T-shirts e camisolas interiores, de malha nº 78.731.502 76.483.339 398.527.258 Camisas, de uso masculino (exceto de malha) nº 6.898.262 6.827.657 86.006.239 Outras meias de qualquer espécie e artefactos semelhantes, de malha, inclui as meias para varizes, artigos em forma de palmilha, ponta do pé, calçado sem sola e semelhantes (exceto meias-calças (collants) e meias com < 67 decitex, de uso feminino e unisexo) par 161.026.457 161.670.868 80.239.819 Fatos (excepto de malha e de trabalho), de uso masculino nº 648.963 645.152 48.401.944 Camiseiros, blusas, blusas-camiseiros (exceto de malha e de trabalho), de uso feminino e unissexo nº 4.541.227 4.498.482 46.350.067 Casacos (exceto de malha e de trabalho), de uso masculino nº 1.179.164 1.165.136 45.758.555 Vestidos, de malha nº 4.892.163 4.856.574 43.749.306 Camisas, de malha, de uso masculino nº 6.083.468 5.919.920 42.812.250 Casacos (exceto de malha e de trabalho), de uso feminino e unisexo nº 1.255.221 1.242.534 36.830.893 Coletes (exceto acolchoados), fatos de treino, vestuário especial de desporto, dança ou ginástica e outro vestuário, n.e., inclui swaetshirts, de uso masculino (exceto fatos de esqui e de malha) nº 4.432.658 4.386.276 36.273.903 Vestuário e seus acessórios para bebés (crianças de tenra idade de estatura ≤ 86 cm), de malha, inclui as camisolas interiores, fatos-macaco, cuecas, babygrows, fraldas, luvas, mitenes e artigos semelhantes x x x 33.934.351 Coletes (exceto acolchoados), fatos de treino, vestuário especial de desporto, dança ou ginástica e outro vestuário, n.e., inclui swaetshirts, de uso feminino (exceto fatos de esqui e de malha) nº 4.880.838 4.813.146 33.125.722 Camiseiros, blusas, blusas-camiseiros, de malha, de uso feminino e unissexo nº 5.050.470 4.542.830 31.481.188 Soutiens nº 4.068.962 3.755.934 31.169.734 Calças e bermudas de algodão, inclui veludos e pelúcias (exceto de "denim", de malha e de trabalho), de uso feminino e unissexo nº 2.187.626 2.165.718 27.771.898 Camisolas, pulóveres, sweatshirts, coletes e cardigans de lã ou de pêlos finos (exceto camisolas e pulóveres com ≥50%, em peso, de lã e ≥ 600g/unid.), de uso feminino e unissexo nº 1.786.408 1.819.050 25.924.849 Casacos, de malha, de uso feminino e unisexo (exceto casacos compridos) nº 2.464.879 2.445.467 23.433.097 Vestidos, exceto de malha nº 1.444.005 1.432.901 21.252.240 Calças, jardineiras, bermudas e calções, de malha, de uso feminino e unissexo nº 4.274.512 4.240.914 20.693.539 Anoraques, blusões (inclui de esqui) e artigos semelhantes, de matérias têxteis (exceto de malha, de tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados com plástico ou borracha e de trabalho), de uso masculino nº 568.110 571.791 20.573.156 Outros produtos da atividade x x x 484.731.255 x x x 1.619.041.263 Produtos Produzidos Total de Produtos Produzidos Fontes de dados: [1]http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=101366336 &PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmodo=2 (Estatísticas da Produção Industrial – 2008) [2]http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=71448057& PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmodo=2 (Estatísticas da Produção Industrial – 2009) 40 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Na fabricação de têxteis os produtos mais representativos são os “Outros tecidos de malha, n.e., exceto veludos e tecidos turcos” com 11,4% em 2008 e 12,5% em 2009. Na Indústria de Vestuário, em 2008 e 2009, os produtos mais representativos são os considerados “Outros produtos da atividade” com 29,1% e 29,9% respetivamente. 41 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário 3.4.1 Mercado Nacional/Exportações Volume de vendas (produto e serviços) Na tabela 26 apresenta-se as vendas de produtos e prestações de serviços, em 2008 e 2009, dos setores Fabricação de Têxteis e Indústria do Vestuário, em euros. Tabela 26 – Vendas de produtos e Prestações de serviços 2008 e 2009 Fabricação de Têxteis (CAE 13) Anos Venda de produtos (euro) Prestação de serviços (euro) Valor Total (euro) 2008 1.976.120.153 279.039.244 2.255.159.397 2009 1.681.972.388 257.063.548 1.939.035.936 Indústria do Vestuário (CAE 14) 2008 1.988.893.659 232.784.688 2.221.678.347 2009 1.619.041.263 201.969.001 1.821.010.264 Fonte de dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=714 48057&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmodo=2 (Estatísticas da Produção Industrial – 2009) Como se pode verificar, quer na Fabricação de Têxteis quer na Indústria do Vestuário o volume de vendas é mais representativo na venda de produtos do que na prestação de serviços, gráfico 11 e 12. Milhões € Gráfico 11 – Vendas e prestações de serviços 2008/2009 – Fabricação de Têxteis 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 2008 Valor Total 42 Venda de produtos 2009 Prestação de serviços EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Milhões € Gráfico 12 - Vendas e prestação de serviços 2008/2009 - Indústria do Vestuário 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 2008 Valor Total Venda de produtos 2009 Prestação de serviços Vendas mercado nacional e internacional Na tabela 27 apresenta-se as vendas (em milhões de euro) verificadas na produção industrial e comércio internacional, traduzido em vendas por mercado e exportações nacionais para a Fabricação de Têxteis e Indústria do Vestuário, em 2008 e 2009. 43 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 27 - Vendas de produtos por mercados e exportações nacionais 2008 e 2009 Fabricação de Têxteis (CAE 13) Produção Industrial Comércio Internacional Vendas totais (Milhões euro) Vendas para o Mercado Interno (Milhões euro) Vendas para o Mercado Externo (Milhões euro) Exportações Nacionais (Milhões euro) 2008 1.976 789 1.187 1.459 2009 1.682 690 992 1.246 Indústria do Vestuário (CAE 14) Produção Industrial Comércio Internacional Vendas totais (Milhões euro) Vendas para o Mercado Interno (Milhões euro) Vendas para o Mercado Externo (Milhões euro) Exportações Nacionais (Milhões euro) 2008 1.989 545 1.444 2.511 2009 1.619 364 1.255 2.181 Fonte de dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=714 48057&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmodo=2 (Estatísticas da Produção Industrial – 2009) Em 2009, as vendas para o Mercado Externo representaram 59% face às vendas totais, enquanto as vendas para o mercado interno representaram 41%, no setor de Fabricação de Têxteis, gráfico 13. Enquanto que, no mesmo ano (2009), as vendas para o Mercado Externo representaram 77,5%, face às vendas totais, e para o mercado interno representaram 22,5%, na Indústria do Vestuário, gráfico 14. Milhões € Gráfico 13 - Vendas para o mercado interno e externo 2008/2009 - Fabricação de Têxteis 1.500 1.000 500 0 Vendas para o Mercado Interno 2008 44 Vendas para o Mercado Externo 2009 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Milhões € Gráfico 14 - Vendas para o mercado interno e externo 2008/2009 - Indústria do Vestuário 1.600 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 0 Vendas para o Mercado Interno 2008 Vendas para o Mercado Externo 2009 No gráfico 15, apresenta-se as exportações nacionais na Indústria Têxtil e do Vestuário. Milhões € Gráfico 15 - Exportações nacionais na Indústria Têxtil e do Vestuário 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 Fabricação de Têxteis 2008 Indústria do Vestuário 2009 Vendas mercado nacional e internacional por subsetores Na tabela 28 apresenta-se o valor de vendas de produtos e serviços, em 2009, por subsetor da Fabricação de Têxteis. 45 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 28 - Valor de vendas e serviços prestados por subsetores em 2009 - Fabricação de Têxteis Valor das Vendas de Produtos (euro) CAE Rev.3 Total Mercado Nacional União Europeia Países Terceiros Serviços Prestados (euro) Designação 13100 Preparação e fiação de fibras têxteis 193.998.668 146.775.705 34.314.500 12.908.463 13.978.607 13200 Tecelagem de têxteis 295.212.089 85.760.414 170.926.346 38.525.329 4.725.052 13300 Acabamento de têxteis 73.568.646 36.391.354 35.382.438 1.794.854 205.019.486 13910 Fabricação de tecidos de malha 212.137.567 180.317.776 27.343.513 4.476.278 5.582.598 13920 Fabricação de artigos têxteis confecionados, exceto vestuário 426.329.356 98.386.617 250.921.843 77.020.896 2.088.597 13930 Fabricação de tapetes e carpetes 55.555.793 13.984.368 31.529.053 10.042.372 895.656 13941 Fabricação de cordoaria 125.549.136 7.125.412 77.969.021 40.454.703 322.455 13942 Fabricação de redes 26.120.831 2.072.455 14.194.370 9.854.006 0 13950 Fabricação de não tecidos e respetivos artigos, exceto vestuário 9.330.243 6.633.402 2.605.646 91.195 … 13961 Fabricação de passamanarias e sirgarias 23.446.540 16.442.849 5.943.920 1.059.771 … 13962 Fabricação de têxteis para uso técnico e industrial, n.e. 140.195.951 54.382.477 77.347.756 8.465.718 4.369.509 13991 Fabricação de bordados 18.422.336 15.782.207 1.865.011 775.118 14.882.288 13992 Fabricação de rendas 1.318.581 884.740 433.841 0 0 13993 Fabricação de outros têxteis diversos, n.e. 80.786.651 24.926.404 48.084.767 7.775.480 3.980.128 1.681.972.388 689.866.180 778.862.025 213.244.183 257.063.548 41% 46% 13% 13 Total Fabricação de Têxteis % de Vendas Fonte de dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=714 48057&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmodo=2 (Estatísticas da Produção Industrial – 2009) Na tabela 29 conseguimos ver quais os subsetores na Fabricação de Têxteis com maior valor de vendas, considerando apenas os que têm valores superiores a 100 milhões de euro. A Fabricação de artigos têxteis confecionados, exceto vestuário é o mais representativo com 25,3% das vendas totais. 46 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 29 - Subsetores com vendas superiores a 100 milhões euro (em 2009) CAE Total de vendas (euro) Designação (%) 13920 Fabricação de artigos têxteis confecionados, exceto vestuário 426.329.356 25,3 13200 Tecelagem de têxteis 295.212.089 17,6 13910 Fabricação de tecidos de malha 212.137.567 12,6 13100 Preparação e fiação de fibras têxteis 193.998.668 11,5 13962 Fabricação de têxteis para uso técnico e industrial, n.e. 140.195.951 8,3 13941 Fabricação de cordoaria 125.549.136 7,5 Fonte de dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=714 48057&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmodo=2 (Estatísticas da Produção Industrial – 2009) No gráfico 16 é visível que a maior percentagem das vendas na Fabricação dos Têxteis é a União Europeia (46%), seguida do mercado nacional (41%) e por último os Países Terceiros com uma percentagem mais reduzida (13%). Gráfico 16 - Percentagem das vendas por mercados em 2009 - Fabricação de Têxteis 13% 41% 46% Mercado Nacional União Europeia Países Terceiros Na tabela 30 apresenta-se o valor de vendas de produtos e serviços, em 2009, por subsetor da Indústria do Vestuário. 47 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 30 - Valor de vendas e prestação de serviços por subsetores em 2009 - Indústria do Vestuário Valor das Vendas de Produtos(Euro) CAE Rev.3 Designação Total Mercado Nacional União Europeia Países Terceiros Serviços Prestados (Euro) 14110 Confeção de vestuário em couro 2.186.221 2.167.357 … … 478.505 14120 Confeção de vestuário de trabalho 29.886.823 17.263.493 10.164.115 2.459.215 2.371.195 14130 Confeção de outro vestuário exterior (exceto vestuário de trabalho) 509.328.882 136.939.658 345.595.633 26.793.591 132.728.108 14140 Confeção de vestuário interior (inclui camisas, blusas e t-shirts) 713.576.417 102.126.379 584.000.747 27.449.291 50.881.897 14190 Confeção de outros artigos e acessórios de vestuário 154.237.739 32.011.097 110.191.796 12.034.846 4.739.000 14200 Fabricação de artigos de peles com pêlo 1.826.729 1.029.261 … … 265.687 14310 Fabricação de meias e similares de malha 114.071.153 34.184.282 74.219.450 5.667.421 5.891.971 14390 Fabricação de outro vestuário de malha 93.927.299 38.072.051 52.594.356 3.260.892 4.612.638 1.619.041.263 363.793.578 1.177.476.139 77.771.546 201.969.001 22% 73% 5% 14 Total Indústria de Vestuário % de Vendas Fonte de dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=714 48057&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmodo=2 (Estatísticas da Produção Industrial – 2009) Na tabela 31 apresenta-se os subsetores na Indústria do Vestuário com maior valor de vendas, considerando apenas os que têm vendas superiores a 100 milhões de euro. Como se pode verificar a confeção de vestuário interior é a mais representativa, com 44,1% face, às vendas totais. Tabela 31 - Subsetores com vendas superiores a 100 milhões de euro (em 2009) CAE Designação Total de vendas % 14140 Confeção de vestuário interior (inclui camisas, blusas e t-shirts) 713.576.417 44,1 14130 Confeção de outro vestuário exterior (exceto vestuário de trabalho) 509.328.882 31,5 14190 Confeção de outros artigos e acessórios de vestuário 154.237.739 9,5 14310 Fabricação de meias e similares de malha 114.071.153 7,0 Fonte de dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=714 48057&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmodo=2 (Estatísticas da Produção Industrial – 2009) 48 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário No gráfico 17 é visível que a maior percentagem das vendas na Indústria do Vestuário é o mercado da União Europeia (73%), seguida do mercado nacional (22%) e dos Países Terceiros com (5%). Gráfico 17 - Percentagem das vendas por mercados em 2009 - Indústria do Vestuário 5% 22% 73% Mercado Nacional União Europeia Países Terceiros Exportações em Portugal Pelos dados no sítio do INE, na publicação “Estatísticas do Comércio Internacional – 1993-2009”, relativos à Indústria Transformadora, verificamos que as exportações têm tido a evolução apresentada no gráfico 18. De notar que os valores de 2009 são provisórios. 49 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Comércio Internacional Comércio Intracomunitário 2009 (Po) 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 1993 Milhões de euros Gráfico 18 - Evolução das exportações em Portugal (Indústria Transformadora) Comércio Extracomunitário Nota: Valores de 2009, são provisórios. Comércio Extracomunitário - Exportação de mercadorias de Portugal para países terceiros; Comércio Internacional - Conjunto do comércio intracomunitário e do comércio extracomunitário, ou seja a soma das saídas de mercadorias; Comércio Intracomunitário - Expedição de mercadorias transacionadas entre Portugal e os restantes Estados-Membros da União Europeia. Face à informação do gráfico 18 pode-se concluir que o Comércio Intracomunitário tem uma representatividade elevada nas exportações, da Indústria Transformadora, em Portugal, sendo o principal meio do Comércio Internacional. Tanto o Comércio Intracomunitário como o Extracomunitário tiveram um crescimento gradual ao longo dos anos até 2008, tendo em 2009 (valores provisórios) uma queda nas exportações. Gráfico 19 - Evolução das exportações na Fabricação de Têxteis Milhões de euros 2.500 2.000 1.500 1.000 500 Comércio Internacional Comércio Intracomunitário 2009 (Po) 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 0 Comércio Extracomunitário Nota: Valores de 2009, são provisórios. Comércio Extracomunitário - Exportação de mercadorias de Portugal para países terceiros; Comércio Internacional - Conjunto do comércio intracomunitário e do comércio extracomunitário, ou seja a soma das saídas de mercadorias; Comércio Intracomunitário - Expedição de mercadorias transacionadas entre Portugal e os restantes Estados-Membros da União Europeia. 50 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Na Fabricação de Têxteis, gráfico 19, também se apurou que o Comércio Intracomunitário é o mais representativo tendo os melhores resultados entre 2011 e 2002. Comércio Internacional Comércio Intracomunitário 2009 (Po) 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 1993 Milhões de euros Gráfico 20 - Evolução das exportações na Indústria do Vestuário Comércio Extracomunitário Nota: Valores de 2009, são provisórios. Comércio Extracomunitário - Exportação de mercadorias de Portugal para países terceiros; Comércio Internacional - Conjunto do comércio intracomunitário e do comércio extracomunitário, ou seja a soma das saídas de mercadorias; Comércio Intracomunitário - Expedição de mercadorias transacionadas entre Portugal e os restantes Estados-Membros da União Europeia. Na Indústria do Vestuário, gráfico 20, o Comércio Intracomunitário também é o mais representativo, tendo neste caso um maior peso do que na Fabricação de Têxteis. Gráfico 21 - Relação percentual das exportações na Fabricação de Têxteis com o total das exportações em Portugal Comércio Internacional Comércio Intracomunitário 2009 (Po) 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% Comércio Extracomunitário Nota: Valores de 2009, são provisórios. Comércio Extracomunitário - Exportação de mercadorias de Portugal para países terceiros; Comércio Internacional - Conjunto do comércio intracomunitário e do comércio extracomunitário, ou seja a soma das saídas de mercadorias; Comércio Intracomunitário - Expedição de mercadorias transacionadas entre Portugal e os restantes Estados-Membros da União Europeia. 51 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário O peso das Exportações da Fabricação de Têxteis, em relação às Exportações de Portugal, é genericamente maior no Comércio Intracomunitário. A partir de 1999 verifica-se uma queda quer do Comércio Extracomunitário quer Intracomunitário atingindo a partir de 2008 valores idênticos entre os dois comércios, gráfico 21. Gráfico 22 - Relação percentual das exportações da Indústria do Vestuário com o total das exportações em Portugal 25% 20% 15% 10% 5% Comércio Internacional Comércio Intracomunitário 2009 (Po) 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 0% Comércio Extracomunitário Nota: Valores de 2009, são provisórios. Comércio Extracomunitário - Exportação de mercadorias de Portugal para países terceiros; Comércio Internacional - Conjunto do comércio intracomunitário e do comércio extracomunitário, ou seja a soma das saídas de mercadorias; Comércio Intracomunitário - Expedição de mercadorias transacionadas entre Portugal e os restantes Estados-Membros da União Europeia. Na Indústria do Vestuário verifica-se o inverso, gráfico 22, ou seja, o seu peso das Exportações, em relação ao total das Exportações de Portugal é maior no Comércio Intracomunitário. Para uma melhor compreensão dos dados das exportações nos setores da Indústria Têxtil e do Vestuário, apresentamos de seguida alguns gráficos, tendo em conta escalões, por volume de negócios e pelo número de pessoas ao serviço. Os dados foram retirados do sítio do INE. Fonte de dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=102 798929&PUBLICACOEStema=55448&PUBLICACOESmodo=2 (Estatísticas do Comércio Internacional – 1993-2009) 52 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário 1 2 3 DESCONHECIDO 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 1993 Milhares Euro Gráfico 23 - Exportações na ITV por escalões de Volume de Negócios (Milhares Euros) TOTAL Nota: Escalões de volume de negócios: 1 – Menos de 5.000.000 €; 2 – Entre 5.000.000 € e 24.999.999 €; 3 – Superior a 25.000.000 € Entre o ano de 2000 e 2001 as exportações na Indústria Têxtil e do Vestuário sofreram uma reviravolta e isso pode-se constatar através do gráfico 23 assim como nos seguintes gráficos. Enquanto as empresas que possuíam um volume de negócios do escalão 1 (menos de 5.000.000 euro) e 2 (entre 5.000.000 euro e 24.999.999 euro) cresceram no valor de vendas, para exportação, as empresas do escalão 3 (superior a 25.000.000 euro) tiveram uma queda no valor das vendas, de exportação. Os valores em euros das exportações nos anos seguintes praticamente mantiveram-se. Gráfico 24 - Exportações na ITV por escalões de Volume de Negócios (Nº de trabalhadores) 2.000 1.800 1.600 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 1 2 3 DESCONHECIDO 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 0 TOTAL Nota: Escalões de volume de negócios: 1 – Menos de 5.000.000 €; 2 – Entre 5.000.000 € e 24.999.999 €; 3 – Superior a 25.000.000 € 53 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário No gráfico 24, verifica-se que entre o ano 2000 e 2001 o número de trabalhadores aumentou nas empresas em que o volume de negócios pertence ao escalão 1, todavia as empresas pertencentes ao escalão 2 e 3 teve uma queda no número de trabalhadores. Milhares Euro Gráfico 25 - Exportações na ITV por escalões de nº de pessoas ao serviço (Milhares Euros) 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 1 2 3 4 5 DESCONHECIDO 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1993 1994 0 TOTAL Nota: Escalões de número de pessoas ao serviço: 1 – Menos de 10 pessoas ao serviço; 2 – Entre 10 e 19 pessoas ao serviço; 3 – Entre 20 a 49 pessoas ao serviço; 4 – Entre 50 a 249 pessoas ao serviço; 5 – Mais de 250 pessoas ao serviço Este gráfico demonstra que no mesmo período (2000/2001), as empresas do escalão 5 (mais de 250 pessoas ao serviço) tiveram uma quebra no número de vendas de exportações enquanto, que nas empresas do escalão 4 (entre 50 a 249 pessoas ao serviço) subiu. Em relação às empresas de escalão 3 (entre 20 a 49 pessoas ao serviço) tiveram um pequeno aumento nas vendas e os restantes escalões praticamente mantiveram o mesmo volume de vendas. 54 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Gráfico 26 - Exportação na ITV por escalões de nº de pessoas ao serviço (Nº de trabalhadores) 2.500 2.000 1.500 1.000 500 1 2 3 4 5 DESCONHECIDO 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 0 TOTAL Nota: Escalões de número de pessoas ao serviço: 1 – Menos de 10 pessoas ao serviço; 2 – Entre 10 e 19 pessoas ao serviço; 3 – Entre 20 a 49 pessoas ao serviço; 4 – Entre 50 a 249 pessoas ao serviço; 5 – Mais de 250 pessoas ao serviço No gráfico 26, verifica-se a mesma situação, as exportações tiveram uma quebra nas empresas do escalão 5 (mais de 250 pessoas ao serviço), no período de 2000/2001 e os restantes escalões tiveram ligeiros crescimentos a partir deste período. 3.4.2 Exigências energéticas previsíveis na utilização/consumo As exigências energéticas, na utilização dos produtos lançados no mercado, pela Indústria Têxtil e do Vestuário, são essencialmente o consumo de energia elétrica na lavagem, secagem e engomagem dos artigos têxteis (vestuário, roupa de cama, atoalhados, toalhas de mesa, etc.). Existe legislação europeia no que diz respeito à rotulagem energética de aparelhos domésticos (Diretiva do Conselho nº 92/75/CEE, de 22 de Setembro, relativa à indicação do consumo de energia dos aparelhos domésticos por meio de etiquetagem e de outras indicações uniformes relativas aos produtos), legislação já transposta para legislação nacional. A etiqueta energética permite informar os consumidores sobre os consumos de energia elétrica dos aparelhos domésticos. Assim, permitem, aos consumidores, comparar a eficiência energética dos vários aparelhos constantes no mercado de modo a adquirirem os mais eficientes. O Parlamento Europeu e do Conselho da União Europeia, devido à necessidade de novas alterações por razões de clareza revogou esta Diretiva pela Diretiva nº 2010/30/UE, de 19 de Maio e transporta para direito nacional pelo Decreto-Lei nº 63/2011, de 9 de 55 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Maio. Esta Diretiva, permite mais poupanças de energia e benefícios ambientais, pois há a necessidade de aumentar a eficiência energética na União, a fim de atingir o objetivo de reduzir em 20% o consumo de energia da União até 2020, o desenvolvimento das energias renováveis a nível da UE e a redução das emissões de gases com efeito de estufa. A Diretiva 2010/30/UE, leva à existência de uma informação rigorosa, adequada e comparável sobre o consumo específico de energia dos produtos relacionados com a energia e deverá orientar a escolha do utilizador final em benefício dos produtos que consumam, ou indiretamente, levem a consumir menos energia. Desde 1995 que os consumidores conhecem a Etiqueta Energética nos aparelhos eletrodomésticos, o que lhes tem permitido fazer uma escolha informada quando compram um produto. Em 2003, o sucesso do sistema de etiquetagem levou a União Europeia à introdução de mais duas novas classes na etiqueta dos frigoríficos, A + e A ++. Com estas novas classes, colocadas no topo da classe A, procurou-se resposta para um mercado de procura cada vez mais orientada para produtos amigos do ambiente, ao mesmo tempo que se procurou incentivar os fabricantes para o desenvolvimento de produtos ainda mais eficientes nesta categoria de aparelhos. A nova Diretiva entrou em vigor a 19 de Maio de 2010 e introduziu um novo layout para a etiqueta energética. Nesta nova configuração permanecem porém as características de design simples que já lhe eram conhecidas e agora de modo uniforme em todas as categorias de produtos. Os elementos básicos da etiqueta, que a tornam facilmente reconhecível, mantêm-se neste novo layout: A escala de classificação; As sete classes de energia; As cores: do verde escuro (alta eficiência energética) ao vermelho (baixa eficiência energética). Para além desses elementos foram agora acrescentados outros, comuns a todas as categorias de produtos, para continuar a incentivar o progresso técnico dando destaque aos produtos mais eficientes: À escala atual de classificação de A a G podem ser adicionadas até mais três classes: A +, A ++ e A +++; A nova etiqueta é uniforme em todos os Estados-Membros da UE27; A nova etiqueta é neutral quanto ao idioma. Os textos serão substituídos por pictogramas que informam os consumidores sobre as características e o desempenho de um determinado produto; Cada produto traz a sua própria etiqueta completa. Em Portugal era comum a “faixa estreita” ir com o produto e a “base da etiqueta” ser fornecida em 56 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário separado. Essa prática vai acabar. Com a nova etiqueta passará a ser fornecida uma etiqueta completa com cada unidade de produto; A declaração de ruído será obrigatória para os produtos onde o ruído é um critério relevante; Há novas obrigações quanto à publicidade e ao material promocional. A etiqueta tem sido um fator de dinamização do progresso tecnológico aplicado aos produtos. De tal modo que os ganhos de eficiência já obtidos na conceção dos produtos obrigaram à atualização da etiqueta. Só com a atualização da etiqueta é possível continuar a transmitir informação relevante ao consumidor com a necessária clareza e transparência e, ao mesmo tempo, continuar a estimular os processos de inovação dos fabricantes com consequentes ganhos na eficiência energética dos aparelhos. A Diretiva é complementada por uma série de Regulamentos delegados da Comissão, que fornecem informações específicas para cada uma das categorias de produtos abrangidas pela Legislação Europeia. Um Regulamento delegado para cada categoria de produtos. 3.4.2.1 Consumos diretos de energia na utilização Neste ponto serão analisados os consumos diretos de energia durante o período de utilização dos produtos da ITV, mais concretamente decorrentes da sua utilização em máquinas de lavar roupa, secar roupa, máquinas combinadas de lavar e secar roupa e ferros de engomar. Máquinas de lavar roupa O consumo de energia elétrica das máquinas de lavar roupa representa cerca de 5% do consumo total de energia elétrica de uma casa. Sendo que, 80 a 90% do consumo, corresponde ao processamento de aquecimento da água, nos casos de lavagens com temperatura elevada, através de resistências elétricas. A etiqueta energética é a que se apresenta na figura 2. 57 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Figura 2 - Etiqueta energética para máquinas de lavar roupa Fonte: http://www.newenergylabel.com/pt/conteudoetiqueta/washers A classificação energética das máquinas de lavar roupa, que está representada na tabela 32, baseia-se em lavagens a 60ºC. A classificação mais eficiente é a classe A+++ sendo a D a menos eficiente. Estes dados estão de acordo com o Regulamento Delegado nº 1061/2010 de 28 de Setembro de 2010 que complementa a Diretiva 2010/30/EU do Parlamento Europeu e do Conselho e de acordo com o Decreto-Lei nº 63/2011, em vigor desde 20 de Dezembro de 2011. Tabela 32 – Classificação energética das máquinas de lavar roupa Classe de eficiência energética Índice de Eficiência Energética A+++ EEI < 46 A++ 46 ≤ EEI < 52 A+ 52 ≤ EEI < 59 A 59 ≤ EEI < 68 B 68 ≤ EEI < 77 C 77 ≤ EEI < 87 D EEI ≥ 87 Fonte de dados: Regulamento Delegado nº 1061/2010 de 28 de Setembro de 2010 De acordo com o Decreto-Lei nº 63/2011, as Portarias 117/96, de 15 de Abril e 1095/97, de 3 de Novembro, referentes à obrigatoriedade de etiquetagem energética de 58 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário máquinas de secar roupa e máquinas combinadas de lavar e secar roupa, respetivamente, serão revogadas e apenas produzirá efeitos quando por acto delegado da Comissão Europeia, for emitido um Regulamento ao abrigo da Diretiva 2010/30/EU, de 19 de Maio. Máquinas de secar roupa As máquinas de secar roupa apresentam consumos superiores às máquinas de lavar roupa, facto justificável pelo processo de aquecimento do ar, para a secagem propriamente dita. Existem dois tipos de máquinas de secagem de roupa, extração do ar húmido para o exterior e condensação. Nas máquinas de condensação, o ar quente e húmido da secagem é utilizado num circuito de condensação que elimina a água da roupa e recolhe-a num depósito. A etiqueta energética é a que se apresenta na figura 3. Figura 3 - Etiqueta energética para máquinas de secar roupa Fonte de dados: “Guia da eficiência energética”, Adene – Agência para a Energia, Maio de 2010 A classificação energética das máquinas de secar roupa está representada na tabela 33 e baseia-se num ciclo de carga máxima de algodão. A classificação mais eficiente é a classe A sendo a G a menos eficiente. 59 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 33 – Classificação energética das máquinas de secar roupa Classe de eficiência energética Máquina de secar por extração Consumo de energia (C) (kWh/kg) Diferença de consumos Máquina de secar por condensação Consumo de energia (C) (kWh/kg) Diferença de consumos A C ≤ 0,51 X C ≤ 0,55 X B 0,51 < C ≤ 0,59 X + 16% 0,55 < C ≤ 0,64 X + 16% C 0,59 < C ≤0,67 X + 32% 0,64 < C ≤0,73 X + 33% D 0,67 < C ≤0,75 X + 47% 0,73 < C ≤0,82 X + 49% E 0,75 < C ≤0,83 X + 63% 0,82 < C ≤0,91 X + 65% F 0,83 < C ≤ 0,91 X + 78% 0,91 < C ≤ 1 X + 82% G C > 0,91 > X + 78% C>1 > X + 82% Fonte de dados: Eficiência energética em equipamentos e sistemas elétricos no setor residencial, DGGE / IP-3E, Abril de 2004 Máquinas de lavar e secar roupa A maior vantagem de utilizar uma mesma máquina que lava e seca roupa tem a ver com a disponibilidade de espaço na habitação, pois substitui 2 máquinas numa só. Neste tipo de equipamento a função da secagem é por condensação. Normalmente, neste tipo de máquina pode-se secar metade da roupa que se pode lavar. A etiqueta energética é a que se apresenta na figura 4. 60 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Figura 4 - Etiqueta energética para máquinas de lavar e secar roupa Fonte de dados: “Guia da eficiência energética”, Adene – Agência para a Energia, Maio de 2010 A classificação energética das máquinas de lavar e secar roupa está representada na tabela 34 e baseia-se no mesmo princípio utilizado nas máquinas de lavar roupa. A classificação mais eficiente é a classe A sendo a G a menos eficiente. Tabela 34 – Classificação energética das máquinas de lavar e secar roupa Classe de eficiência energética Consumo de energia (C) (kWh/kg) Diferença de consumos A C ≤ 0,68 X B 0,68 < C ≤ 0,81 X + 19% C 0,81 < C ≤0,93 X + 37% D 0,93 < C ≤1,05 X + 54% E 1,05 < C ≤1,17 X + 72% F 1,17 < C ≤ 1,29 X + 90% G C > 1,29 > X + 90% Fonte de dados: Eficiência energética em equipamentos e sistemas elétricos no setor residencial, DGGE / IP-3E, Abril de 2004 Ferros de engomar Este tipo de aparelho ainda não possuí etiquetagem energética. Como é um equipamento que tem por função primeira a produção de calor, normalmente tem 61 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário potências superiores a outros tipo de equipamentos domésticos como sejam, batedeiras, faca elétrica, varinha mágica, etc.. 3.4.2.2 Implicações no consumo energético na utilização/atividade da sociedade Com a revolução industrial e a evolução da sociedade. cada vez mais se utilizam aparelhos domésticos, em detrimento do trabalho manual, o que implica um aumento dos consumos de energia elétrica ao longo dos anos, tabela 35. Tabela 35 - Consumo de energia elétrica em Portugal Total Doméstico (kWh) (kWh) Doméstico (%) 1994 27.751.311.565 7.350.104.713 26,5% 1995 29.237.207.073 7.588.342.008 26,0% 1996 30.793.680.351 8.164.227.460 26,5% 1997 34.410.979.269 8.422.850.630 24,5% 1998 34.410.979.269 8.784.151.478 25,5% 1999 36.741.116.273 9.523.451.113 25,9% 2000 38.939.469.070 10.056.118.861 25,8% 2001 40.540.701.913 10.624.533.591 26,2% 2002 42.116.729.684 11.381.968.792 27,0% 2003 43.802.993.542 11.835.470.870 27,0% 2004 45.498.596.452 12.432.290.454 27,3% 2005 47.028.809.174 13.242.117.759 28,2% 2006 48.545.712.359 13.406.261.524 27,6% 2007 49.676.037.009 13.863.085.380 27,9% 2008 49.186.865.934 13.443.517.549 27,3% Fonte de dados: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=104 996740&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmodo=2 (Anuário Estatístico de Portugal – 2009 Edição 2010) 62 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Gráfico 27 - Evolução do consumo doméstico de energia elétrica em Portugal (%) 29% 28% 27% 26% 25% 24% 23% 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 22% Assim, cada vez mais deve-se racionalizar os consumos de energia, quer na utilização dos equipamentos/eletrodomésticos quer no ato da compra do mesmo, optando pelos mais eficientes. Nas tabelas 36 e 37 apresenta-se a poupança de energia que se pode obter, ao longo da sua vida útil, com uma máquina de lavar roupa e secar roupa de Classe A face a outra de classe inferior. Tabela 36 – Poupança de energia – Máquina de lavar roupa Classe de eficiência energética Consumo de energia em 10 anos (kWh) Custo económico em 10 anos (euro) Poupança na substituição por um produto de classe A (euro) A 2.508 276 - B 2.964 326 50 C 3.762 414 138 D 4.560 502 226 E 4.788 527 251 F 5.358 589 314 G 5.700 627 351 Fonte de dados: Guia da Eficiência Energética, ADENE, Maio de 2010 Tabela 37 – Poupança de energia – Máquina de secar roupa Classe de eficiência energética Consumo de energia em 10 anos (kWh) Custo económico em 10 anos (euro) Poupança na substituição por um produto de classe A (euro) A 1.672 184 - B 1.976 217 33 C 2.508 276 92 D 3.040 334 150 E 3.192 351 167 F 3.572 393 209 G 3.800 418 234 Fonte de dados: Guia da Eficiência Energética, ADENE, Maio de 2010 63 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário 3.5 Processos produtivos O setor Têxtil e do Vestuário compreende o processamento de diversos tipos de matérias-primas (naturais e não naturais) como por exemplo: algodão, lã, poliéster, poliamida, acrílica, etc.. O processo de transformação destas fibras pode ser efetuado de forma singela (uma só fibra) e na forma de misturas. O processamento de cada matériaprima é específico da mesma, no entanto as várias operações podem organizar-se em: fiação, tecelagem e/ou tricotagem, enobrecimento (tinturaria, estamparia e acabamento) e confeção, segundo o esquema a seguir apresentado: FIBRAS TÊXTEIS FIAÇÃO TECELAGEM TRICOTAGEM ENOBRECIMENTO CONFEÇÃO Figura 5 – Esquema representativo da fileira têxtil Genericamente: => Fiação: etapa de obtenção do fio, a partir das fibras têxteis, que pode ser enviado para o enobrecimento ou diretamente para a tecelagem ou para a tricotagem; 64 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário => Tecelagem e/ou Tricotagem: etapas de fabrico de tecido plano, tecidos de malha circular ou retilínea, a partir dos fios têxteis (em crú ou já previamente submetidos ao enobrecimento); => Enobrecimento: etapa de tratamento prévio (também denominada de preparação), tingimento, estamparia e acabamento de fibra, fio, tecidos, malhas ou artigos confecionados; => Confeções: etapa de união de painéis para dar origem a peças finais. •Tecido •Malha PEÇA CONFECCIONADA •Penteado •Cardado ESTRUTURA TÊXTIL •Naturais •Não naturais FIO FIBRAS Os principais produtos resultantes do processo de transformação têxtil são: •Vestuários •Têxtil lar •Outras aplicações Figura 6 – Principais produtos do processo de transformação têxtil Segundo a Diretiva 96/74/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro de 1996 “Fibra é um elemento caracterizado pela sua flexibilidade, finura e grande comprimento relativamente à dimensão transversal máxima, que o tornam apto para fins têxteis”. O quadro apresentado a seguir divide as fibras em dois grupos denominados de Fibras Naturais e Fibras Não Naturais (também usualmente denominadas de químicas, manufaturadas, etc.), conforme o TECHNICAL REPORT ISO/TR 11827:2011(E). As fibras têxteis naturais são aquelas que a natureza proporciona ao homem e que este aproveita como tal. As fibras têxteis não-naturais são todas as fibras produzidas por processos químicos, a partir de polímeros naturais ou a partir de polímeros obtidos por síntese química (sinteticamente) ou mesmo de origem inorgânica. 65 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 38 – Classificação das fibras têxeis naturais Caule Linho Juta Ramie Cânhamo Kenaf Giesta Outras Folhas Sisal Abacá Alfa Henequen Maguey Outras Semente Algodão Sumaúma Outras Fruto Coco Outras Pêlos Lã Mohair Caxemira Lama Alpaca Vicunha Camelo Coelho angorá Coelho comum Castor Lontra Boi Vison Cavalo Outras Secreções Seda Outras Naturais Vegetais Animais Minerais 66 Amianto Asbestos Outras EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 39 – Classificação das fibras têxteis não naturais Artificiais Não Naturais Orgânicas Sintéticas Inorgânicas 67 Viscose Acetato Triacetato Celulósicas Lyocel Cupro Modal Outras Alginato Protéica Outras Elastodieno (latex) Outras Acrílica Modacrílica Fluorofibra Poliamida Poliéster Aramidas Polimidas Polietileno Polipropileno Poliácidos Elastano Elastodieno Elastolefina Melamina Policarbomida Trivinil Elastomultiester Outras Vidro Carbono Boro Silício Metálicas Metalizadas Cerâmicas Outas EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário 3.5.1 Principais fluxos produtivos Os esquemas seguintes apresentam os fluxos produtivos de algumas fibras. Processo produtivo do algodão Figura 7 – Fluxo produtivo do algodão Processo produtivo da lã Figura 8 – Fluxo produtivo da lã 68 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Processo produtivo de fibras sintéticas e artificiais Figura 9 – Fluxo produtivo de fibras sintéticas e artificiais O esquema seguinte apresenta o fluxo produtivo da confeção. Processo produtivo de confeção Figura 10 – Fluxo produtivo de confeção 69 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário 3.5.2 Fiação A fiação é um conjunto de operações mecânicas necessárias à transformação das fibras, que, na maioria dos casos, se apresentam de uma forma desordenada, entrelaçadas e carregadas de impurezas, em fios de secção o mais circular possível, cujas fibras se encontram individualizadas, com um certo grau de paralelismo e com uma coesão que lhes é conferida por operações como a torção, a vaporização, a retorção, etc. MATÉRIA-PRIMA FIAÇÃO Figura 11 – Fiação Geralmente, as fiações de fios fiados são classificadas em função da natureza das fibras e do comprimento das fibras. De acordo com o esquema a seguir, a fibra curta, por excelência, é o algodão e a fibra longa é a lã. As fibras artificiais e sintéticas são classificadas como fibra curta ou fibra longa de acordo com o comprimento com que forem cortadas. FIAÇÃO FIOS FIADOS FIAÇÃO DE FIBRAS FIAÇÃO DE FIBRAS CURTAS (SISTEM A ALGODOEIRO) (SISTEM A LANEIRO) LONGAS Figura 12 – Sistemas de fiação de fios fiados A fiação de fios fiados, também designada por fiação convencional ou fiação de anel, dá origem a diversos tipos de fios, consoante o sistema de fiação utilizado, nomeadamente, 70 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário sistema de fiação de fibras curtas (algodoeiro) ou sistema de fiação de fibras longas (laneiro). Assim, no caso da fiação de algodão existem dois tipos de fios que podemos produzir a partir de um processo de fiação convencional ou de anel: Fiação de fibras curtas (Sistema algodoeiro) Fios cardados 100% algodão Mistura de fibras Fios penteados Mistura de cores 100% algodão Mistura de fibras Mistura de cores Figura 13 – Fios produzidos pelo sistema algodoeiro No caso da fiação de lanifícios, podemos obter três tipos de fios: Fiação de fibras longas (Sistema laneiro) Fios cardados 100% lã Mistura de fibras Fios semipenteados Mistura de cores 100% lã Mistura de fibras Fios penteados Mistura de cores 100% lã Mistura de fibras Mistura de cores Figura 14 – Fios produzidos pelo sistema laneiro Fio cardado Fio penteado Fio Open-End Figura 15 – Fotos dos principais tipos de fios (Fonte: CITEVE) 71 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Na fiação de fibras curtas (sistema algodoeiro) existem dois processos de fiação convencional para produzir um fio, designadamente: processo de fio cardado e processo de fio penteado, de acordo com o esquema a seguir: Matéria- prima em fardos Abertura Cardaç ão Fita Fita Cardado Penteado Paralelizaç ão e homogeneizaç ão Paralelizaç ão e homogenizaç ão Fita Fita Preparaç ão para a penteaç ão Manta Penteaç ão Fita Ac abamento de penteaç ão Fita Preparaç ão para fiaç ão propriamente dita Preparaç ão para a fiaç ão propriamente dita Mecha Mecha Fiaç ão propriamente dita (Fiaç ão de anel) Fio em canelas Figura 16 – Fluxo de fiação de fibras curtas (sistema algodoeiro) Devido às limitações apresentadas pelo processo de fiação convencional (velocidade do viajantes e dos fusos, tamanho de canelas, limitações da estiragem, etc.), houve a necessidade de desenvolver novas técnicas de fiação, designadas por não convencionais, das quais se destacam a fiação open-end ou por rotor e a fiação por jacto de ar. O processo utilizado apresenta-se a seguir: 72 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Matéria- prima em fardos Abertura Cardaç ão Fita Open-end Paralelizaç ão e homogeneizaç ão das fitas Fita Fiaç ão propriamente dita (c ontínuo open-end) Fio em bobinas Figura 17 – Fluxo de fiação não convencional (open-end) Na fiação de fibras longas (sistema laneiro) existem três processos de fiação convencional para produzir um fio, processo de fio cardado, processo de fio semipenteado e processo de fio penteado. Cada um dos processos engloba mais ou menos operações consoante o tipo de fio que se pretende produzir, de acordo com o esquema a seguir apresentado. 73 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Lavagem Abertura Mistura Matéria- prima em fardos Cardaç ão Mecha Fita Cardado Fita Semipenteado Penteado Preparaç ão para a penteaç ão (Desfeltragem) Fita Penteaç ão Fita Ac abamento de penteaç ão Fita Mistura Fita Repenteaç ão Fita Baixa preparaç ão para a fiaç ão Fita Fita Alta preparaç ão para a fiaç ão Mecha Baixa preparaç ão para a fiaç ão Fita Alta preparaç ão para a fiaç ão Mecha Fiaç ão propriamente dita (Fiaç ão de anel) Fio em canelas Figura 18 – Fluxo de fiação de fibras longas (sistema laneiro) Na tabela seguinte são apresentadas as principais etapas de produção e a sua finalidade básica. 74 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 40 – Principais etapas da Fiação Principais Processos FIAÇÃO DE FIBRAS CURTAS Limpeza e depuração -Abertura (equipamentos utilizados: Abridor de fardos, Separador multifuncional de partículas estranhas, Misturador, Limpador / abridor, Separador de corpos estranhos) -Cardação (Carda) Ppreparação para a Fiação -Paralelização e homogeneização (Laminador) -Preparação para a penteação (reunideira de fitas); Penteação; Acabamento de penteação (Laminador autorregulador)* -Preparação para a fiação propriamente dita (Torce) Fiação (Contínuo de fiação) Acabamento de fiação -Bobinagem (Bobinadeira – conicadeira) -Vaporização (Vaporizador) -Retorção (Retorcedor) * apenas para fios penteados ** no caso de fiação não convencional (open end, air jet) o material em processamento passa diretamente da paralelização e homogeneização para o acabamento de fiação constituído pelo contínuo de fiação. FIAÇÃO DE FIBRAS LONGAS Lavagem, abertura e mistura - Escolha - Abertura e limpeza (lobas) -Lavagem e secagem (lavadouros) Cardação (cardas) 1) Cardado -Fiação (contínuo de fiação) 2) Semipenteado Preparação para a fiação -Baixa preparação para a fiação (intersecting) -Alta preparação para a fiação (friccionadores, banco de fusos) -FIAÇÃO 3) Penteados Preparação para a fiação -Preparação para a penteação (intersecting) -Penteação (penteadeira) -Acabamento de penteação (intersecting) -Mistura (misturador) -Repenteação (intersecting) -Baixa preparação para a fiação (intersecting) -Alta preparação para a fiação (friccionadores, banco de fusos) -Fiação Acabamento de fiação - Bobinagem (Bobinadeira – conicadeira) - Vaporização (Vaporizador) - Retorção (Retorcedor) * apenas para fios penteados FIBRAS SINTÉTICAS /ARTIFICIAIS - Chips (polímero) - Extrusão (por via húmida ou seca) - Bobinagem - Estiragem - Bobinagem - Texturização * o circuito de fabrico varia em função da dimensão da tipologia e diversidade de cada empresa 75 Finalidade Básica Estes processos consistem basicamente em: -Remover impurezas da fibra -Separar fibras curtas -Paralelizar, estirar e torcer as fibras para obtenção do fio -Juntar e torcer para a formação de fios retorcidos -Enrolar os fios em suportes adequados ao seu processamento nas operações seguintes -Estabilizar dimensionalmente as características físicas do fio por efeito térmico (calor/vapor) Estes processos consistem basicamente em: -Remover impurezas da fibra (sujidades, gorduras, ceras, etc.) -Separar fibras curtas -Paralelizar, estirar e torcer as fibras para obtenção do fio -Juntar e torcer para a formação de fios retorcidos -Enrolar os fios em suportes adequados ao seu processamento nas operações seguintes - Estabilizar dimensionalmente as características físicas do fio por efeito térmico (calor/vapor) Estes processos consistem basicamente em: -Obtenção de filamentos contínuos constituintes dos fios -Estirar os filamentos por forma a estabilizar dimensionalmente as suas características físicas -Enrolar os fios em suportes adequados ao seu processamento nas operações seguintes - Alterar as características dimensionais dos filamentos por forma a adquirir elasticidade e volume EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário As fibras não naturais são obtidas a partir da dissolução (em solvente adequado) ou da fusão de um polímero. No seu processo produtivo obtêm-se: filamentos contínuos, fibra cortada e filamentos texturizados. O processo de fabrico do filamento designa-se por extrusão, podendo ser considerados vários tipos de extrusão (via húmida, via seca e via de fusão), de acordo com a tabela 41. Tabela 41 – Principais processos de fabrico de fibras não naturais Fibra Polímero base Extrusão Viscose Celulose Via húmida Cupro Celulose Via seca Modal Celusose Via húmida Acetato Celulose Via seca Triacetato Celulose Via seca Caseína Caseína do leite Via húmida Alginato de cálcio Ácido algínico Via húmida Poliéster Poliamida 6.6 Politereftalato Poli(hexametilenoadipamida) Via de fusão Via de fusão Polimida 6 Policapromida Via de fusão Aramidas Poliamidas aromáticas Via de fusão Acrílicas Poliacrilonitrilo (pelo menos Via seca ou via 85% de acrilonitrilo) húmida Poliacrilonitrilo (de 50 a 85% Via seca ou via de acrilonitrilo) húmida Policroleto de vinilo Via seca ou via Modacrílicas Policloreto de vinilo Fibra húmida Policloreto de Policloreto de vinilideno Via de fusão Politetrafluoroetileno Politetrafluoroetileno Via húmida Polietileno Polietileno Via de fusão Polipropileno Polipropileno Via de fusão Poliuretano (elastano) Poliuretano vinilideno 76 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário 3.5.3 Tecelagem A tecelagem é a operação de cruzamento ortogonal de dois sistemas de fios de modo a produzir um tecido e realiza-se em máquinas denominadas por teares ou, mais modernamente, por máquinas de tecer. Por tecido entende-se um corpo têxtil laminar mais ou menos elástico, resistente e flexível, produzido pelo cruzamento dos dois sistemas de fios: um longitudinal – teia – e o outro transversal – trama. TRAMA TEIA Figura 19 – Esquema representativo da formação de um tecido (Fonte: CITEVE) No quadro seguinte são apresentadas as principais etapas de produção e a sua finalidade básica. Tabela 42 – Principais processos de Tecelagem/ Tricotagem Principais Processos Preparação tecelagem: Bobinagem Urdissagem Encolagem Atar teias Montagem de lamelas Remetido Picar o pente Montagem automática Tecelagem: Abertura da cala Inserção de trama Revista 77 Finalidade básica Estes processos consistem basicamente em preparar as teias e efetuar a sua montagem no tear através de: -seleção dos fios apropriados e a sua preparação para a tecelagem - enrolar uma parte ou a totalidade dos fios de teia a tecer, no órgão do tear, na forma de camadas sucessivas, com uma tensão tão uniforme quanto possível e mantendo os fios em posição paralela entre si -aplicar uma encolagem de tal modo que se envolva cada fio com uma película de matéria encolante para que as fibras adiram entre si, formando um corpo compacto -atar teias, proceder à montagem de lamelas, remeter liços (empeirar liços), introduzir os fios de teia nas puas do pente -através da montagem automática consegue-se realizar, numa só fase, as operações de montar lamelas, remeter liços e picar o pente. -fabrico de tecido plano (teares de pinça, de ar ou de água, etc.), fazendo passar um fio de trama, através da cala, de um lado ao outro do tear. -inspeção do tecido onde se procede à identificação, classificação e rastreabilidade dos defeitos. EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Em termos de fluxo produtivo o processo de tecelagem organiza-se da seguinte forma: BOBINAGEM EventualmenteC A N E L A G E M URDISSAGEM ENCOLAGEM EventualmenteE N S I M A G E M MONTAR LAMELAS REMETER / EMPEIRAR REMETER / EMPEIRAR PICAR PENTE PICAR PENTE MONTAR LAMELAS MONTAGEM NO TEAR ATAR TEIAS Montagem de todo o conjunto no tear TECELAGEM Figura 20 – Fluxo de Tecelagem Do esquema constata-se que, após a encolagem, duas situações podem surgir: => O tecido a produzir no tear possui as mesmas características técnicas do anteriormente tecido e, assim, limitamo-nos a efetuar uma operação de atar as duas teias; => O tecido a produzir no tear é diferente do anterior e, então, há que montar lamelas, remeter a teia nos liços dos quadros e picar o pente. A importância de cada uma das operações de preparação é indiscutível, pois a qualidade final do artigo será o somatório dos níveis de qualidade utilizados nas várias fases do processo. O aumento no consumo de fibras sintéticas, sobretudo em misturas com fibras naturais, veio acrescer a importância das operações de preparação. As operações de preparação à tecelagem deverão rodear-se dos maiores cuidados e rigor, pois possuem uma importância crítica na qualidade do produto final. 78 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário 3.5.4 Tricotagem O processo de tricotagem consiste na produção de malhas (malhas de trama ou malhas de teia) através do entrelaçamento de fios utilizando técnicas de formação de laçadas. Muitas laçadas juntas compõem fileiras (linha horizontal de laçadas produzida por agulhas adjacentes) e colunas (linha vertical de laçadas produzida pela mesma agulha). Fileira Coluna Figura 21 – Representação esquemática de fileiras e colunas (Fonte: CITEVE) As secções fundamentais de um tear são: => Sistema de alimentação – tem como função fazer o transporte do fio até às agulhas. É entre outros elementos constituído por guias e tensores; => Sistema de formação da malha - constituído pelos diversos elementos intervenientes na produção das laçadas. Os principais elementos são agulhas, platinas, jacks, cames e transferidores; => Sistema de tiragem da malha - tem como função tensionar a malha de forma a ajudar a agulha a fazer a descarga das laçadas velhas, sem que estas subam, quando a agulha sobe para agarrar o fio da nova laçada, e ainda acomodar a malha, de forma a ser mais fácil retira-la do tear. Este sistema inclui elementos de tensionamento e enrolamento ou acomodação da malha. Principais famílias de teares: 79 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Figura 22 – Famílias de teares de malha trama Figura 23 – Famílias de teares de malha teia 3.5.5 Enobrecimento O processo de enobrecimento ou de ultimação têxtil é um conjunto de operações às quais se submete um substrato têxtil após o seu fabrico. As principais etapas deste processo são: Tratamento prévio, Tingimento, Estamparia e Acabamentos. Uma vez que é possível efetuar este processo em quase todos os estados de transformação, desde o início do processo (rama), até ao seu estado de transformação mais avançado (peça confecionada), o seu posicionamento não é fixo, podendo aparecer ao longo de todo o processo produtivo. 80 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 43 – Principais processos de Tratamento prévio Operações da enobrecimento Principais Processos Gasagem (Chamuscagem) Desencolagem/ desensimagem Fervura Tratamento prévio ou preparação Mercerização e Caustificação 81 Finalidade básica Eliminar fibrilas da superfície do material têxtil, por meio de queima de forma a melhorar a regularidade da superfície do fio ou do tecido; Eliminar os agentes encolantes introduzidos nos fios da teia ou os produtos de ensimagem que são aplicados nos fios; Remover materiais oleosos e impurezas através de reações de saponificação, emulsão e dissolução de forma a tornar os artigos hidrófilos Tratamento alcalino do material têxtil com objetivo de melhorar propriedades físico-químicas da fibra (brilho, aumento da afinidade tintorial, estabilidade dimensional etc.) Nota: a diferença básica entre a mercerização e caustificação é que a primeira é efetuada com maior concentração de álcali, sob tensão, à temperatura ambiente e em equipamento específico (mercerizadeira). Braqueamento (químico e óptico) Remover coloração amarelada (natural) do material têxtil através da oxidação dos seus pigmentos amarelados, bem como, eliminar as restantes impurezas vegetais. Termofixação Estabilizar as tensões internas das fibras sintéticas, evitando que nas operações posteriores a molhado não ocorram deformações dimensionais, encolhimentos e enrugamentos. EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 44 – Principais processos de Coloração Operações da enobrecimento Principais Processos Preparação de receitas Tingimento propriamente dito Tingimento Lavagens e enxaguamentos Preparação de pastas Estamparia propriamente dita Estamparia Secagem, fixação e lavagem Finalidade básica Conferir ao substrato têxtil uma cor uniforme em toda a sua extensão, dando aos têxteis um aspeto mais agradável (valorizando os artigos) e dar resposta às necessidades da moda ou da tradição. Conferir coloração ao substrato têxtil de forma localizada (tipo tingimento localizado) a uma ou várias cores, através da transferência de uma pasta colorida para o artigo têxtil, utilizando para tal um intermediário (quadro plano ou rotativo). Tabela 45 – Principais processos de Acabamento Operações da enobrecimento Principais Processos Finalidade básica Secagem Remover a água existente na matéria, através de processos de processos mecânicos (expressão, centrifugação, sucção) seguidos de processos de evaporação. Cardação, esmerilagem, laminagem, decatissagem, calandragem, compactação, termofixação, outros Aumentar de volume e melhoria das suas propriedades de isolamento térmico, toque, regularidade, estabilidade dimensional, eliminar ou aumentar o brilho, e outros efeitos especiais (moiré, gofragem, etc.). Químicos (amaciamento enzimático, oleófugo, impremeabilização, anti nódoas, neutralização de odores, proteção ao fogo, aos micróbios, aos raios UV, aos mosquitos, etc.) Eliminar as substâncias estranhas ao tecido; Desenvolver as características do artigo nas componentes toque e aspeto, funcionalidade e estética; Conferir ao artigo propriedades que assegurem um bom comportamento na confeção e durante o uso. Acabamento Mecânico Acabamento Químico 3.5.6 Confeção O objetivo da Indústria da Confeção é transformar materiais têxteis planos em artigos de vestuário, têxteis-lar ou outros. A grande maioria das empresas têxteis não têm o ciclo completo das etapas de produção o que obriga muitas vezes a subcontratar algumas das etapas do processo a outras empresas. Este sistema de trabalho por subcontratação é ainda mais frequente nas indústrias de confeção. 82 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário As principais fases de fabricação são o corte, a costura e o acabamento, de acordo com a seguinte tabela. Tabela 46 – Principais processos de Confeção Principais Processos Modelagem Estendimento Corte Costura Acabamento Embalagem/Expedição Finalidade básica -elaborar os moldes base a partir do esboço idealizado pelo estilista e os respetivos escalados para os diferentes tamanhos da peça. Este processo pode ser efetuado em papel ou recorrendo a sistemas computadorizados. -empilhar folhas de tecido ou outro material numa mesa, corretamente alinhadas à largura e comprimento e sem tensão, formando o colchão, de forma a que possam ser cortadas simultaneamente em componentes para processamento posterior. Os principais equipamentos e ferramentas são as mesas, os sistemas de estender e as ferramentas de controlo do tecido. O objetivo da estendida é preparar os materiais para o corte, formando o colchão com as folhas. -cortar as matérias-primas nos componentes requeridos. O corte pode ser efetuado basicamente por duas formas: em blocos ou em moldes. O corte em moldes origina componentes com o perfil exato para utilizar no processo seguinte, enquanto que o corte em blocos secciona o colchão, sendo depois necessário o recorte em moldes. Os principais equipamentos e ferramentas são as ferramentas de corte que podem ser de comando manual (tesoura de lâmina circular ou vertical e serra de fita) ou automático (máquina de corte automático). -unir os diferentes componentes de uma peça de vestuário pela formação de uma costura, utilizando técnicas mecânicas (costura), físicas (solda ou termofixação), ou química (por meio de resinas). -remate das peças (sistema manual), a revista para verificação da qualidade da costura, limpeza (no caso de peças com sujidades) a passagem a ferro e/ou prensagem e eventualmente a lavandaria de peças (peças lavadas após confeção). -dobra, etiquetagem e embalagem das peças utilizando saco plástico, papel, caixa de papelão, etc. 3.5.7 Identificação de operações/grupo de operações Nas tabelas a seguir são identificadas as principais fontes de energia associadas às operações produtivas. Fiação Na tabela 47 estão identificadas as fontes de energia para cada etapa do processo de fiação. 83 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 47 – Análise do processo de Fiação Fontes de energia - Energia elétrica - Ar comprimido (principalmente, bobinadeiras/conicadeiras) - Vapor - Energia elétrica - Vapor (utilizado nas operações de texturização e outras) - Ar comprimido (principalmente, bobinadeiras/conicadeiras) - Ar (sistema de climatização) Processo Com Fibras Naturais - Abertura - Carda - Laminador - Reunideira de fitas - Penteadeira - Torce - Contínuo de fiação - Bobinadeira - Retorcedor - Vaporizador Com Fibras Sintéticas Artificiais - Chips (polímero) - Extrusão (por via húmida ou seca) - Bobinagem - Estiragem - Bobinagem - Texturização Fabrico de estruturas têxteis (Tecelagem/Tricotagem) Na tabela 48 estão identificadas as fontes de energia associadas a cada etapa do processo de tecimento. Tabela 48 – Análise dos processos de Tecelagem e Tricotagem Fontes de energia - Energia eléctrica - Energia eléctrica - Vapor - Ar comprimido (cilindros espremedores da encoladeira) - Energia elétrica - Ar comprimido (tear a jacto de ar) - Vapor (sistema de climatização) - Energia elétrica - Ar comprimido (teares) - Vapor (sistema de climatização) 84 Processo Urdissagem Encolagem Tecelagem (Tecido) Tricotagem (malha) EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Processo de Enobrecimento Tratamento prévio Na tabela 49 estão identificadas as fontes de energia para cada etapa do processo de tratamento prévio. Tabela 49 – Análise do processo de Tratamento Prévio Fontes de Energia - Energia elétrica - Vapor (cilindros) - Gás natural ou GPL - Energia elétrica - Vapor (cilindros) - Ar comprimido (cilindros espremedores) - Energia elétrica - Vapor - Energia elétrica - Vapor - Energia elétrica - Vapor - Ar comprimido (cilindros espremedores) Processo Gasagem / Chamuscagem Desencolagem (tecidos) Fervura Branqueamento Mercerização e Caustificação (operações individuais) Processo de Tingimento No caso do tingimento são apresentadas as fontes de energia para o processo de tingimento, tabela 50. Tabela 50 – Análise do processo de Tingimento Fontes de energia - Energia elétrica; - Vapor - Ar comprimido (cilindros espremedores) Processo Tingimento Processo de Estamparia Na tabela 51 são apresentadas as fontes de energia para o processo de estamparia. 85 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 51 – Análise do processo de Estamparia Fontes de energia - Energia elétrica - Ar comprimido - Vapor - Fluído térmico - Gás Natural ou GPL Processo Estamparia Processo de Acabamentos Na tabela 52 são apresentadas as fontes de energia para o processo de acabamentos. Tabela 52 – Análise do processo de tratamento Acabamentos Fontes de energia - Energia elétrica - Gás natural ou GPL (secadeiras, râmulas, etc.) e/ou vapor, óleo térmico - Ar comprimido - Energia elétrica - Vapor, óleo térmico - Energia elétrica - Vapor, óleo térmico - Ar comprimido - Energia elétrica - Ar comprimido - Energia elétrica - Ar comprimido - Energia elétrica - Ar comprimido - Energia elétrica - Vapor - Energia elétrica - Gás natural ou GPL (râmulas, etc.) e/ou vapor, óleo térmico - Ar comprimido Processo Secagem Compactação Calandragem Cardação (Perchagem) Laminagem (Tesouragem) Esmerilagem Amaciamento Acabamentos Químicos, técnicos e funcionais Confeção A seguir, estão identificados as fontes de energia do processo de confeção. 86 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 53 – Análise do processo de Confeção Fontes de energia - Energia elétrica - Vapor - Gás Natural/ GPL - Ar comprimido Processo Confeção 3.5.8 Tipos de energia utilizada Com base no conhecimento do Citeve, os tipos de energia utilizados nos sectores da Indústria Têxtil e do Vestuário são: energia eléctrica para geração de força motriz e iluminação, combustíveis (fuelóleo pesado, gás natural e gás propano) para produção de vapor, aquecimento de óleo térmico ou utilizado directamente em máquinas produtivas. Na frota de transporte é ainda utilizado gás propano, gasóleo e/ou gasolina. Com base nos balanços energéticos existentes no sítio da DGEG (http://www.dgge.pt/), nos setores da Indústria Têxtil e do Vestuário são utilizados vários tipos de energia, quer no processo produtivo e nas instalações, quer nas Cogerações. Nas tabelas e gráficos apresentados nos pontos seguintes, apresenta-se o balanço energético e a sua evolução de 1990 a 2009, nos sectores da Indústria Têxtil e do Vestuário assim como nas Cogerações inseridas nestes sectores. Dados retirados dos Balanços Energéticos do sítio da DGEG (Fonte de dados: http://www.dgge.pt/ (Estatísticas e preços – Balanços e Indicadores Energéticos – Balanços Energéticos). 87 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário 3.5.9 Consumos e custos energéticos Tabela 54 - Balanço energético na Fabricação de Têxteis 1990-2009 (tep) Balanço Energético (tep) Têxteis Tipos de energia Total de petróleo energético Total de petróleo não energético Total de Petróleo Gás Natural Total de Electricidade Calor Renováveis sem Hídrica 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 (Provisório) 218186 203748 199706 170090 164766 147754 164897 220660 180056 131426 138758 106745 106000 102739 99299 92608 91331 37657 17742 13438 3587 3669 3232 2734 2122 2006 3258 597 572 878 1582 1273 763 758 681 520 324 274 811 524 221773 207417 202938 172824 166888 149760 168155 221257 180628 132304 140340 108018 106763 103497 99980 93128 91655 37931 18553 13962 0 0 0 0 0 0 0 0 376 14963 97808 119435 139475 145833 150138 124618 125705 108262 121373 92437 162751 157869 155043 145626 151239 152564 149038 154972 160304 158928 159564 151323 160742 139310 126499 119648 111131 114053 103010 85028 41798 15290 7848 5538 8317 10205 14134 16674 18790 22882 20754 36342 36835 36722 33343 40052 38935 50932 50203 46893 8008 21995 19438 20212 20924 20707 22286 24157 27398 48591 49222 49222 49222 51147 52174 53201 53989 55662 55662 55662 Total geral 430743 398902 382035 341466 345246 331230 350355 416463 386924 376790 466106 463067 492274 475751 461453 430127 421091 366566 347990 293458 Nota: No processo produtivo e nas instalações - Petróleo Energético (GPL, Gasolina, Petróleo, Gasóleo, Fuelóleo); Petróleo Não Energético (Lubrificantes, Asfaltos, Parafinas, Solventes); Gás Natural; Eletricidade; Calor; Renováveis sem hídrica (Lenhas e resíduos vegetais). Nas Cogerações: Petróleo Energético (Gasóleo, Fuelóleo); Gás Natural; Eletricidade; Renováveis sem hídrica (Lenhas e resíduos vegetais) 88 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Gráfico 28 - Evolução do balanço energético na Fabricação de Têxteis 1990-2009 Consumo de energia (tep) 250000 200000 150000 Total de Petróleo 100000 Gás Natural 50000 0 Total de Electricidade Calor Renováveis sem Hídrica Como se verifica no gráfico 28, o consumo de petróleo na Fabricação de Têxteis diminui ao longo dos anos ao invés do gás natural que subiu o seu consumo desde a sua introdução no mercado. 89 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 55 - Balanço energético nas Cogerações na Fabricação de Têxteis 1990-2009 (tep) Tipos de energia Total de Petróleo Energético Total de Petróleo não Energético Total de Petróleo Gás Natural Total de Electricidade Calor Renováveis sem Hídrica Balanço Energético (tep) Têxteis - Cogeração 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 (Provisório) 36806 15919 4053 15129 44970 75531 120602 147128 177112 168090 149346 129965 128705 97860 87274 96521 93564 94266 94266 87784 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 36806 15919 4053 15129 44970 75531 120602 147128 177112 168090 149346 129965 128705 97860 87274 96521 93564 94266 94266 87784 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2417 28221 49886 55011 55770 65971 72384 95985 95985 94652 -1466 -580 -828 -6885 -19233 -31983 -46577 -60765 -72071 -74999 -64224 -63860 -69566 -60425 -55771 -63689 -65431 -72232 -72232 -68822 -41798 -15290 -7848 -5538 -8317 -10205 -14134 -16674 -18790 -22882 -20754 -36342 -36835 -36722 -33343 -40052 -38935 -50203 -50203 -46893 19156 4694 6849 5549 4837 5054 5054 3183 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Total Geral 12698 4743 2226 8255 22257 38397 64945 72872 86251 70209 66785 57984 72190 55724 53930 58751 61582 67816 67816 Nota: No processo produtivo e nas instalações - Petróleo Energético (GPL, Gasolina, Petróleo, Gasóleo, Fuelóleo); Petróleo Não Energético (Lubrificantes, Asfaltos, Parafinas, Solventes); Gás Natural; Eletricidade; Calor; Renováveis sem hídrica (Lenhas e resíduos vegetais). Nas Cogerações: Petróleo Energético (Gasóleo, Fuelóleo); Gás Natural; Eletricidade; Renováveis sem hídrica (Lenhas e resíduos vegetais) 90 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário 66721 Gráfico 29 - Evolução do balanço energético nas Cogerações na Fabricação de Têxteis 1990-2009 200000 Consumo total de energia (tep) 150000 100000 50000 0 -50000 -100000 Total de Petróleo Gás Natural Total de Electricidade Calor Renováveis sem Hídrica Nas Cogerações existentes nas instalações do setor da Fabricação de Têxteis também se verifica o mesmo. Aumentou o consumo do gás natural e diminui o consumo do petróleo estando nos últimos anos o consumo de ambos os tipos de energia é equivalente. 91 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 56 - Balanço energético na Indústria do Vestuário, Calçado e Curtumes 1990-2009 (tep) Tipos de energia Total de petróleo energético Total de petróleo não energético Total de Petróleo Gás Natural Total de Electricidade Calor Renováveis sem Hídrica Total geral Balanço Energético (tep) Vestuário, Calçado e Curtumes 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 (Provisório) 21023 24522 35566 43774 32106 17094 20266 16468 15275 12911 7468 8963 9936 8276 7502 6556 5830 4834 6919 5131 165 163 191 288 325 189 243 650 942 839 540 2699 936 1377 1374 234 5 10 15 26 21188 0 24685 0 35757 0 44062 0 32431 0 17283 0 20509 0 17118 0 16217 184 13750 805 8008 3549 11662 5041 10872 6202 9653 8669 8876 6790 5835 4844 6934 5157 10525 10230 10926 12226 13893 13478 28996 31309 33091 33200 34373 34744 37324 38786 39818 40764 40721 41084 39797 39323 37218 31910 33840 31945 29259 27618 0 0 169 350 383 485 565 452 1421 1544 1078 3136 2222 1468 2090 1303 1489 1634 1815 3753 6691 6574 6475 6346 6345 6345 6730 6730 6744 6750 6755 6755 6755 0 0 0 0 0 0 0 56710 62405 75301 83670 73207 58668 64885 62436 63442 62774 59571 64979 64912 57736 57335 49999 52085 50639 51886 49980 Nota: No processo produtivo e nas instalações - Petróleo Energético (GPL, Gasolina, Petróleo, Gasóleo, Fuelóleo); Petróleo Não Energético (Lubrificantes, Asfaltos, Parafinas, Solventes); Gás Natural; Eletricidade; Calor; Renováveis sem hídrica (Lenhas e resíduos vegetais). Nas Cogerações: Petróleo Energético (Gasóleo, Fuelóleo); Gás Natural; Eletricidade; Renováveis sem hídrica (Lenhas e resíduos vegetais) 92 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Consumo total de energia (tep) Gráfico 30 - Evolução do balanço energético na Indústria do Vestuário, Calçado e Curtumes 1990-2009 50000 45000 40000 35000 30000 25000 20000 15000 10000 5000 0 Total de Petróleo Gás Natural Total de Electricidade Calor Renováveis sem Hídrica Na Indústria do Vestuário, Calçado e Curtumes verificamos que são grandes consumidores de eletricidade em relação aos restantes tipos de energia. Observamos também que o consumo do petróleo desceu desde o aparecimento do gás natural. 93 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 57 - Balanço energético da Indústria do Vestuário, Calçado e Curtumes 1990-2009 (tep) Tipos de energia Total de Petróleo Energético Total de Petróleo não Energético Total de Petróleo Gás Natural Total de Electricidade Calor Renováveis sem Hídrica Total Geral Balanço Energético (tep) Vestuário, Calçado e Curtumes - Cogeração 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 (Provisório) 0 0 2979 6107 6557 6727 7286 10716 10832 11082 7104 8580 9070 6546 6593 5302 5506 4423 4423 8587 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2979 6107 6557 6727 7286 10716 10832 11082 7104 8580 9070 6546 6593 5302 5506 4423 4423 8587 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4523 0 916 901 1036 1227 1982 1982 4279 0 0 -1233 -2540 -2708 -2749 -2977 -4361 -4395 -4520 -2847 -5091 -3981 -2950 -3233 -2492 -2723 -2075 -2075 -4809 0 0 -169 -350 -383 -485 -565 -452 -1421 -1544 -1078 -3136 -2222 -1468 -2090 -1303 -1489 -1815 -1815 -3753 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1577 3217 3466 3493 3744 5903 5016 5018 3179 4876 2867 3044 2171 2543 2521 2515 2515 4304 Nota: No processo produtivo e nas instalações - Petróleo Energético (GPL, Gasolina, Petróleo, Gasóleo, Fuelóleo); Petróleo Não Energético (Lubrificantes, Asfaltos, Parafinas, Solventes); Gás Natural; Eletricidade; Calor; Renováveis sem hídrica (Lenhas e resíduos vegetais). Nas Cogerações: Petróleo Energético (Gasóleo, Fuelóleo); Gás Natural; Eletricidade; Renováveis sem hídrica (Lenhas e resíduos vegetais) 94 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Consumo total de energia (tep) Gráfico 31 - Evolução do balanço energético nas Cogerações na Indústria do Vestuário, Calçado e Curtumes 1990-2009 12000 10000 8000 6000 4000 2000 0 -2000 -4000 -6000 Total de Petróleo Gás Natural Total de Electricidade Calor Renováveis sem Hídrica Nas Cogerações existentes no setor da Indústria do Vestuário, Calçado e Curtumes, o consumo de energia é maioritariamente de petróleo mas observa-se um decréscimo no seu consumo desde a introdução do gás natural, que tem aumentado gradualmente o seu consumo. 95 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Custos energéticos Nas tabelas seguintes, apresentamos os preços médios anuais dos tipos de energia, combustíveis, eletricidade e gás natural. Tabela 58 - Preços médios anuais de combustíveis e energia elétrica Gasolina [1] (€/L) Gasóleo [1] (€/L) GPL [1] (€/L) Fuelóleo [1] (€/kg) Petróleo [2] ($/L) Eletricidade (Cêntimos do [3] €/KWh) 1990 --- --- --- --- 92,00 8,24 1991 0,69 0,50 --- 0,14 91,20 9,23 1992 0,68 0,50 --- 0,14 91,20 9,73 1993 0,70 0,51 --- 0,14 90,00 9,73 1994 0,77 0,52 --- 0,13 --- 9,61 1995 0,77 0,52 --- 0,13 --- 9,10 1996 0,79 0,56 --- 0,14 --- 8,62 1997 0,81 0,57 --- 0,16 --- 8,52 1998 0,84 0,56 --- 0,14 --- 8,42 1999 0,84 0,56 0,372 0,17 --- 7,58 2000 0,87 0,68 0,439 0,27 --- 7,54 2001 0,91 0,68 0,485 0,26 --- 7,65 2002 0,92 0,67 0,459 0,26 --- 7,24 2003 0,97 0,71 0,474 0,29 --- 7,38 2004 1,033 0,789 0,500 0,268 --- 7,59 2005 1,149 0,939 0,550 0,352 --- 8,20 2006 1,279 1,044 0,592 0,411 --- 8,73 2007 1,322 1,081 0,597 0,435 --- 9,13 2008 1,386 1,260 0,668 0,548 --- 9,37 2009 1,235 1,003 0,572 0,446 --- 9,93 2010 1,373 1,153 0,677 0,589 --- 10,25 Fonte de dados: [1] http://www.dgge.pt/ (Estatísticas e preços – Preços e fiscalidade – Preços de combustíveis – Preços médios anuais de combustíveis líquidos e gasosos em Portugal Continental (1991 a 2010)) [2] http://www.dgge.pt/ (Estatísticas e preços – Preços e fiscalidade – Preços de combustíveis – Preços de combustíveis líquidos em Portugal Continental (1960 a 2003) - Petróleos) [3] http://www.dgge.pt/ (Estatísticas e preços – Preços e fiscalidade – Tarifas e preços de energia eléctrica – Tarifas da rede eléctrica Nacional) 96 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 59 - Metodologia dos escalões para consumidores de Gás Natural Até 1º semestre de 2007 Consumidor - Tipo Consumo anual em GJ Fator de carga I1 418,6 I2 4.186 200 dias I3-1 41.860 200 dias, 1.600h I3-2 41.860 250 dias, 4.000h I4-1 418.600 250 dias, 4.000h I4-2 418.600 330 dias, 8.000h I5 4.186.000 330 dias, 8.000h A partir do 2º semestre de 2007 Bandas de consumo Consumo anual em GJ I1 <1.000 I2 De 1.000 a <10.000 I3 De 10.000 a <100.000 I4 De 100.000 a <1.000.000 I5 De 1.000.000 a ≤4.000.000 Fonte de dados: http://www.dgge.pt/ (Estatísticas e preços – Preços e fiscalidade - Tarifas de gás natural – Tarifas de gás natural na Indústria, em Portugal Continental e na União Europeia) 97 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Tabela 60 - Preços médios anuais de Gás Natural por escalão (€/GJ) (sem IVA) Escalões I1 I2 I3 I3-1 I3-2 I4 I4-1 I4-2 I5 2000 [1] 9,000 6,725 --- 4,800 4,315 --- 4,100 4,140 --- 2001 [1] 12,145 9,235 --- 6,850 6,825 --- 5,705 4,550 --- 2002 [1] 10,200 7,880 --- 6,215 6,015 --- 4,300 4,160 --- 2003 [1] 10,445 7,910 --- 6,080 6,030 --- 3,875 3,745 --- 2004 [1] 10,110 7,740 --- 5,745 5,700 --- 3,865 3,655 --- 2005 [2] 9,580 8,200 --- 6,030 5,970 --- 4,150 4,040 --- 2006 [2] 11,480 9,970 --- 7,630 7,580 --- 5,720 5,610 --- 2007 [2] 11,630 10,160 --- 7,760 7,720 --- 5,920 5,820 --- 2008 [2] 14,586 11,079 8,690 --- --- 6,594 --- --- 6,323 2009 [2] 14,251 11,477 9,422 --- --- 7,099 --- --- 8,549 2010 [2] 11,799 8,961 7,620 --- --- 7,215 --- --- 7,022 2011 [2] 14,930 12,090 9,400 --- --- 8,000 --- --- 7,290 Fonte de dados: [1] http://www.dgge.pt/ (Publicações – Preços de energia – Publicação 214, Preços de energia (trimestral) nº 47, Lisboa 2004)) [2] http://www.dgge.pt/ (Estatísticas e preços – Preços e fiscalidade - Tarifas de gás natural – Tarifas de gás natural na Indústria, em Portugal Continental e na União Europeia) Face ao número de empresas têxtil e do vestuário apresentado nas tabelas 13 e 14 e tendo em conta o número de empresas registadas no SGCIE (Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia), bem como, as empresas abrangidas pelo PNALE (Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão) estimamos que cerca de 95% das empresas do setor têxtil e vestuário têm consumos de energia inferiores a 250 tep (tonelada equivalente de petróleo). Estimamos que cerca de 1% das empresas do setor têxtil e vestuário têm consumos de energia entre os 250 e 500 tep, sendo que o restante número de empresas terá consumos superiores a 500 tep. 3.6 Identificação de boas práticas e tecnologias de eficiência energética O objetivo da Diretiva IPPC (Intregrated Pollution Prevention Control) é a prevenção e controlo integrados da poluição (PCIP), resultando num elevado nível de proteção do ambiente no seu todo, incluindo a eficiência energética e uma utilização prudente dos recursos naturais. A Diretiva prevê um sistema de licenciamento para determinadas categorias de instalações industriais, que implica que os operadores e as entidades reguladoras procedam a uma análise integrada e global do potencial poluente e de consumo da instalação. O objetivo geral deve consistir na melhoria da conceção, construção, gestão e controlo de processos industriais, para assegurar um elevado nível de proteção do ambiente no seu todo. O princípio geral é que todos os operadores 98 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário devem tomar todas as medidas preventivas apropriadas contra a poluição que lhes permitam melhorar o seu desempenho ambiental, nomeadamente em termos de eficiência energética, através da aplicação de MTD (Melhores Técnicas Disponíveis). Ao determinar as MTD e fixar as condições de licenciamento, deve-se ter sempre em conta o objetivo global de alcançar um elevado nível de proteção do ambiente no seu todo, nomeadamente em termos de eficiência energética. Está previsto que as novas instalações possam ser concebidas de modo a terem um desempenho igual ou mesmo melhor do que os níveis das MTD apresentadas. As instalações existentes poderão evoluir no sentido de que os níveis geralmente associados às MTD sejam alcançados ou mesmo ultrapassados e a situação económica e técnica da sua modernização sejam considerados viáveis. Fonte:http://circa.europa.eu/Public/irc/env/ippc_brefs/library?l=/bref_efficiency&vm=detailed&s b=Title – BREF Energy efficiency 3.6.1 Levantamento de boas práticas e tecnologias em termos internacionais específicas do setor e gerais que aí possam ser aplicadas Em termos internacionais, foi publicado um BREF (documento de referência sobre as MTD – Melhores Técnicas Disponíveis) para a eficiência energética na indústria e outros BREF para cada setor industrial. Estes BREF foram efetuados nos termos do nº 2 do artigo 17º da Diretiva 2008/1/CE (Diretiva IPPC ou PCIP). O BREF da eficiência energética contém diferentes e pormenorizadas técnicas específicas para a eficiência energética. Este documento é muito abrangente podendo estas técnicas serem aplicadas a determinados setores, mas não incluí informação específica sobre os processos e as atividades. A primeira prioridade deste BREF é a utilização eficiente da energia. MTD genéricas Fonte:http://circa.europa.eu/Public/irc/env/ippc_brefs/library?l=/bref_efficiency&vm=detailed&s b=Title – BREF Energy efficiency Gestão da eficiência energética Aplicar e respeitar um sistema de gestão de eficiência energética que inclua os seguintes elementos: o Empenho dos quadros superiores; o Definição de uma política de eficiência energética para a instalação; o Planeamento e definição de objetivos e metas; 99 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário o Desenvolvimento e aplicação de procedimentos, com particular atenção para: a estrutura e responsabilidades do pessoal; a formação, sensibilização e competências; a comunicação; a participação dos trabalhadores; a documentação; um controlo eficaz dos processos; os programas de manutenção; a prevenção e capacidade de resposta a emergências; a salvaguarda da conformidade com a legislação e com os acordos no domínio da eficiência energética; o Parâmetros de referência (análise comparativa); o Verificação dos desempenhos e adoção de medidas corretivas, com particular atenção para: a monitorização e medição; medidas de correção e prevenção; conservação de registos; auditorias internas, quando possível independentes, que permitam determinar se o sistema de gestão da eficiência energética é ou não conforme com os mecanismos previstos e se está a ser corretamente aplicado e mantido; o Revisão, por parte dos quadros superiores, do sistema de gestão e da respetiva sustentabilidade, adequação e eficácia permanentes; o Aquando da conceção de uma nova unidade, tomar em consideração o impacte ambiental da futura fase de desmantelamento da mesma; o Desenvolvimento de tecnologias eficientes em termos energéticos e o acompanhamento da evolução das técnicas de eficiência energética. Preparação e publicação periódica de um documento relativo à eficiência energética, de modo a possibilitar a comparação de ano para ano em função dos objetivos e metas definidos; Análise e validação externas do sistema de gestão e dos procedimentos de auditoria; Aplicação e cumprimento de um sistema voluntário de gestão da eficiência energética que mereça aceitação a nível nacional ou internacional. Melhoria constante do ambiente Minimizar de forma constante o impacte ambiental de uma instalação através da programação das ações e dos investimentos de maneira integrada e a curto, médio e longo prazo, tendo em conta os custos e benefícios e também os respetivos efeitos transversais. Identificação dos aspetos relacionados com a eficiência energética de uma instalação e de oportunidades de poupança de energia Efetuar uma auditoria para identificar os aspetos que influenciam a eficiência energética de uma determinada instalação. A auditoria poderá ser interna ou externa; Garantir a identificação dos seguintes aspetos: o Consumo e tipo de energia da instalação e dos respetivos componentes e processos; o Equipamento consumidor de energia e tipo e quantidade de energia utilizada na instalação; 100 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário o Possibilidades de diminuição do consumo de energia, como por exemplo: controlo/redução do tempo de operação, nomeadamente desligando os sistemas quando não estiverem a ser utilizados; otimização do isolamento; otimização das redes de abastecimento e dos sistemas e processos que lhes estejam associados; o Possibilidades de utilização de fontes alternativas ou de utilização mais eficiente da energia, nomeadamente aproveitando a energia excedente de outros processos e/ou sistemas; o Possibilidades de aplicação da energia excedente e outros processos e/ou sistemas; o Possibilidades de aumento da qualidade do calor. Utilizar instrumentos e metodologias apropriadas para assistir à identificação e quantificação da otimização energética, como por exemplo: o Modelos, bases de dados e balanços energéticos; o Técnicas como a metodologia de constrição (pinch), a análise da entalpia ou a termoeconomia; o Estimativas e cálculos. Identificar as possibilidades de otimização da recuperação de energia da instalação no seu todo. Uma abordagem de sistema da gestão energética Otimizar a eficiência energética adotando uma abordagem de sistema da gestão energética da instalação. Os sistemas a tomar em consideração para a otimização do todo são, por exemplo: o Unidades de processo; o Sistemas de aquecimento, por exemplo: vapor, água quente; o Arrefecimento e vácuo; o Sistemas motorizados, por exemplo: ar comprimido, bombagem; o Iluminação; o Secagem, separação e concentração. Estabelecimento e revisão dos objetivos e indicadores de eficiência energética Definir indicadores adequados da eficiência energética através da aplicação de todas ou algumas das seguintes medidas: o Identificação de indicadores adequados da eficiência energética da instalação e, quando necessário, de determinados processos, sistemas e/ou unidades, bem como medição da sua evolução ao longo do tempo ou após a aplicação de medidas de eficiência energética; o Identificação e registo de limites adequados associados aos indicadores; o Identificação e registo dos fatores que fazem variar a eficiência energética dos processos, sistemas e/ou unidades correspondentes. 101 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Avaliação comparativa Proceder a comparações sistemáticas e regulares com valores de referência setoriais, nacionais ou regionais, sempre que existam dados validados. Integração da eficiência energética na fase de projeto Otimizar a eficiência energética aquando do projeto de uma nova instalação, unidade ou sistema ou de uma modernização significativa dos mesmos, tomando em consideração todos os seguintes elementos: o A integração da eficiência energética na fase de projeto deve ser iniciada logo nas primeiras etapas da fase de projeto conceptual/projeto de base, mesmo que os investimentos planeados possam não estar ainda bem definidos, e deverá ser tomada em consideração nos concursos realizados; o Desenvolvimento e/ou escolha de tecnologias com boa eficiência energética; o Poderá ser necessário recolher dados adicionais, quer no quadro da elaboração do projeto quer de forma separada, de modo a complementar os dados existentes ou a preencher lacunas no conhecimento; o O trabalho deverá ser efetuado por um perito em energia; o A discriminação inicial do consumo de energia deverá também verificar quais são as partes envolvidas na organização do projeto que influenciam o futuro consumo de energia e otimizar a futura instalação em conjunto com essas partes. É o caso, por exemplo, do pessoal da instalação existente que seja responsável pela especificação dos parâmetros operacionais. Aumento da integração dos processos Otimizar a utilização de energia entre os diversos processos ou sistemas, no interior da instalação ou com o envolvimento de terceiros. Manter a dinâmica das iniciativas no domínio da eficiência energética Manter a dinâmica do programa de eficiência energética através de diversas técnicas, como por exemplo: o Aplicação de um sistema específico de gestão da energia; o Contabilização da energia com base em valores reais (medidos), transferindo as obrigações e as vantagens da eficiência energética para o utilizador/consumidor pagante; o Criação de centros de lucro financeiro para a eficiência energética; o Avaliação comparativa; o Um novo olhar sobre os sistemas de gestão existentes; o Utilização de técnicas de gestão da evolução organizativa. o 102 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Conservação das competências Conservar as competências em eficiência energética e em sistemas consumidores de energia através de técnicas como: o Recrutamento de pessoal especializado e/ou formação do pessoal. A formação poderá ser prestada por pessoal interno ou por peritos externos, através de cursos ou de auto-formação/desenvolvimento pessoal; o Partilha dos recursos internos da instalação entre os diferentes locais da mesma; o Recurso a consultores com as competências necessárias em investigações de duração determinada; o Contratação externa de sistemas e/ou funções especializados. Controlo efetivo dos processos Garantir um controlo efetivo dos processos através da aplicação de técnicas como: o A implantação de sistemas que garantam que os procedimentos sejam conhecidos, entendidos e cumpridos; o A garantia da identificação, da otimização em termos de eficiência energética e do seguimento dos principais parâmetros de desempenho dos processos; o A documentação ou o registo desses parâmetros. Manutenção Proceder à manutenção das instalações de modo a otimizar a sua eficiência energética, aplicando todos os seguintes instrumentos: o Atribuição clara das responsabilidades pelo planeamento e execução das ações de monitorização; o Estabelecimento de um programa estruturado de manutenção, com base na descrição técnica dos equipamentos, normas, etc., bem como nas eventuais falhas dos equipamentos e nas respetivas consequências. Poderá ser preferível programar determinadas atividades de manutenção para os períodos de paragem da instalação; o Apoio do programa de manutenção através de sistemas de conservação de registos e de ensaios de diagnóstico adequados; o Identificação, nas operações de manutenção de rotina, avarias e/ou anomalias de funcionamento, de eventuais perdas de eficiência energética ou de situações em que a mesma possa ser melhorada; o Deteção de fugas, equipamentos avariados, rolamentos gastos, etc., que possam condicionar o consumo de energia e retificação tão rápida quanto possível dessas situações. 103 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Seguimento e medição Estabelecer e manter procedimentos documentados para o seguimento e medição regulares das principais características das operações e atividades que possam ter impacto significativo na eficiência energética. MTD para garantir a eficiência energética em sistemas, processos, atividades ou equipamentos consumidores de energia, na ITV Fonte:http://circa.europa.eu/Public/irc/env/ippc_brefs/library?l=/bref_efficiency&vm=detailed&s b=Title – BREF Energy efficiency Gerais Otimizar a combustão e os sistemas de vapor; Otimizar os seguintes auxiliares: o Sistemas de ar comprimido; o Sistemas de bombagem; o Sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado; o Iluminação; o Processos de secagem. Procurar possibilidades de utilização de extração mecânica juntamente com processos térmicos. Recuperação de calor Manter a eficiência dos permutadores de calor através: o Do seguimento periódico do mesmo; o Da prevenção ou remoção dos resíduos acumulados. Cogeração Procurar possibilidades de cogeração. Abastecimento de energia elétrica Aumentar o fator de potência em conformidade com os requisitos do distribuidor local de energia elétrica, em função da respetiva viabilidade; Verificar o fornecimento de energia elétrica para procurar eventuais harmónicos e se necessário aplicar filtros; Otimizar a eficiência do fornecimento de energia elétrica, em função da respetiva viabilidade. Subsistemas que utilizam motores elétricos Substituição por motores elétricos eficientes com variadores de velocidade Otimizar os motores elétricos na seguinte ordem: o Otimizar todo o sistema em que o motor está integrado; 104 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário o o Otimizar o motor presente no sistema de acordo com os requisitos de carga assim definidos, aplicando uma ou mais das técnicas descritas, em função da respetiva viabilidade; Otimizar os restantes motores de acordo com as técnicas descritas e critérios como: substituição prioritária dos motores que estejam em funcionamento mais de 2.000 h/ano; em relação aos motores elétricos com carga variável que funcionem a menos de 50% da capacidade motriz durante mais de 20% do seu tempo de funcionamento e que estejam em funcionamento mais de 2.000 h/ano, ponderação da possibilidade de se utilizarem variadores de velocidade. 3.6.1.1 Em processos produtivos Segundo a Fonte: http://circa.europa.eu/Public/irc/env/ippc_brefs/library?l=/translation_executive_2&v m=detailed&sb=Title – BREF Textile, para o setor têxtil foi publicado um BREF destinado a dar informações para orientação na Indústria Têxtil sobre como alcançar um melhor desempenho ambiental e energético utilizando técnicas específicas nos processos. Neste consideramos essencialmente as MTD relativas à energia, além das MTD genéricas. MTD’s Genéricas Gestão Educação e formação do pessoal; Definição de procedimentos documentados, como: Manutenção do equipamento, armazenamento, manuseamento, dosagem e utilização de produtos químicos; Bom conhecimento de todo o processo (entradas e saídas) o Entradas (matérias-primas, produtos químicos, calor, energia e água); o Saídas (produto, águas residuais, emissões para a atmosfera, lamas, resíduos sólidos e sub-produtos); Monitorização das entradas e saídas o Identificar as opções e as prioridades; o Melhorar o desempenho ambiental e económico; Melhoria das práticas laborais; Redução da relação de banho no processamento descontínuo; Aumento da eficiência da lavagem; Combinação de processos (p. ex., fervura e desencolagem); Reutilização/reciclagem da água (utilizada para aquecer banhos de processo); Otimização da utilização de energia (p. ex.: isolamento térmico de tubagens, válvulas, tanques e máquinas; separação de águas residuais quentes e frias e recuperação de calor das águas residuais quentes). 105 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Gestão da água e da energia Monitorizar o consumo da energia nos vários processos; Instalar dispositivos de controlo de fluxos e válvulas de paragem automática em máquinas contínuas; Estabelecer procedimentos de produção bem documentados a fim de evitar desperdício de recursos de práticas de trabalho inapropriadas; Otimizar horários na produção e ajustar processos no pré-tratamento para requisitos de qualidade em processos a jusante; Investigar a possibilidade de combinar diferentes tratamentos numa única etapa; Instalar máquinas de relações de banho baixas e muito baixas nos processos descontínuos; Melhorar a eficiência da lavagem em ambos os processos descontínuos e contínuos; Reutilizar água de arrefecimento como água do processo (também permite recuperação de calor); Investigar possibilidades para reutilização e reciclagem de água por uma sistemática caracterização da qualidade e volume dos vários fluxos do processo a fim de identificar processos para os quais as substâncias contidas nos vários fluxos são ainda válidos e/ou não interferem com a qualidade do produto. Para fins de reciclagem nos processos descontínuos é conveniente instalar maquinas com aspetos de construção que facilite a recuperação e reutilização de fluxos residuais; Montar exaustores e coberturas assegurando o fecho total das máquinas que podem dar origem a perdas de vapor; Isolar tubos, válvulas, tanques, máquinas para minimizar perdas de calor; Otimizar a casa das caldeiras através da aplicação da reutilização de condensados, pré-aquecimento do fornecimento de ar, recuperação de calor dos gases de combustão; Segregar fluxos de águas residuais quentes e frias antes da recuperação de calor e recuperar calor do fluxo quente; Instalar sistemas de recuperação de calor para efluentes gasosos; Instalar motores elétricos de frequência controlada. MTD no processo de lavagem de lã Lavagem de lã com água Reduzir consumo de energia para 4 – 4,5 MJ/kg de lã em bruto processada, é composto aproximadamente de 3,5 MJ/kg para energia térmica e 1 MJ/kg para energia elétrica por uma adequada combinação das seguintes técnicas (além do ciclo de recuperação de gordura mencionado acima): 106 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário o Montagem de coberturas nas caixas de lavagem para prevenir perdas de calor; o Otimizar o desempenho da pressão de aperto final a fim de melhorar a remoção mecânica de água antes do processo de secagem; o Trabalhar com a última caixa com temperaturas relativamente altas. A temperatura ótima rinda os 65°C, exceto quando o branqueamento por o peróxido é realizado na última caixa. Neste caso a temperatura ótima do branqueamento é 48°C; o Controlar automaticamente a humidade no secador por sensores que medem a humidade da atmosfera do secador ou da própria lã; o Instalação de unidades de recuperação de calor para secadores. MTD no processo de acabamentos Remoção de lubrificantes na tricotagem do tecido Realizar a etapa de termofixação antes da lavagem. Ao realizar a termofixação, controlar no quadro da râmula, as emissões do ar gerados por um sistema de electrofiltração seca que permite recuperação de energia e recolha separada do óleo. Desencolagem Combinar desencolagem/fervura e branqueamento em uma única etapa. Processo de tingimento em descontínuo Utilizar máquinas equipadas com: controladores automáticos do volume de enchimento, temperatura e outros parâmetros do ciclo de tingimento, sistemas indiretos de aquecimento e arrefecimento, coberturas e portas para minimizar perdas de vapor; Escolher a maquinaria que mais se adequa ao tamanho do lote a ser processado para permitir as suas operações na faixa da relação de banho nominal para o qual foi desenvolvido. Máquinas modernas podem ser operadas na relação de banho aproximadamente constante enquanto está a ser carregada até um nível baixo de 60% da sua capacidade nominal (ou até 30% da sua capacidade nominal com máquinas de tingimento de fio); Selecionar novas máquinas de: o Relação de banho baixa ou ultra-baixa; o Separação em processo do banho do substrato; o Separação interna do processo do banho de lavagem; o Extração mecânica do banho para reduzir o arrastamento e melhorar a eficiência da lavagem; o Reduzir a duração do ciclo. Substituir o método de enxaguamento por transbordo por métodos de drenagem e enchimento ou outros (enxaguamento inteligente para tecidos). 107 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Processo de tingimento em descontínuo com corantes reativos Evitar a utilização de detergentes e de agentes complexantes nas etapas de enxaguamento e neutralização após o tingimento através da aplicação de enxaguamento a quente integrado com um sistema de recuperação da energia térmica do efluente de enxaguamento. Acabamento Minimizar o consumo de energia nas râmolas através da: o Utilização de equipamento de remoção mecânica da água para reduzir o teor de água do tecido à entrada; o Otimização do fluxo de exaustão de ar através da estufa, mantendo automaticamente a humidade entre 0,1 e 0,15 kg de água/kg de ar seco, tendo em consideração o período de tempo necessário para atingir condições de equilíbrio; o Instalação de sistemas de recuperação de calor; o Instalação de sistemas de isolamento; o Assegurar uma manutenção otimizada dos queimadores nas râmolas de aquecimento direto. Lavagem Substituir a lavagem/enxaguamento por transbordamento por métodos de drenagem/enchimento ou técnicas de “lavagem inteligente”; Reduzir o consumo de água e de energia nos processos contínuos mediante: o Instalação de máquinas de lavar de alta eficiência; o Introdução de equipamento de recuperação de calor. 3.6.1.2 Em produtos Como foi referido no ponto 3.4.2 existe legislação sobre a etiquetagem energética. As exisgências nas novas etiquetas são a seguir apresentadas. Máquinas de Lavar Roupa Para as máquinas de lavar roupa, o Parlamento Europeu e do Conselho, adotou o Regulamento Delegado nº 1061/2010, de 28 de Setembro, que complementa a Diretiva 2010/30/EU, no que respeita à rotulagem energética das máquinas de lavar roupa para uso doméstico, com efeitos a partir de 20 de Dezembro de 2011. As exigências nas novas etiquetas são as seguintes: Etiqueta uniforme em todos os Estados-Membros da UE27; 7 classes no máximo: de A+++ a D; 108 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário São usadas setas coloridas para diferenciar os produtos mais eficientes dos menos eficientes energeticamente: verde escuro indica um produto altamente eficiente e o vermelho um produto de baixa eficiência; Todas as máquinas de lavar roupa com capacidade nominal > 3 kg que venham a ser colocadas no mercado a partir de 1 Dezembro 2011 deverão ser classe A na eficiência de lavagem. É por isso que a eficiência de lavagem deixa de fazer parte das informações a transmitir com a etiqueta; Os pictogramas referem-se a informação sobre: o A classe de Eficiência de Centrifugação; o Capacidade em quilogramas; o Consumo anual de água em litros; o O consumo anual de energia em kWh; o As emissões de ruído em decibéis; O consumo anual de energia e de água e a classe de eficiência da centrifugação indicada na etiqueta são calculadas com base em: o Programa de algodão a 60º, com carga total e parcial; o Programa de algodão a 40 º em carga parcial; o Estado inativo (left-on mode) e desligado (off-mode); Os valores para o consumo anual de água e a classe de eficiência de centrifugação são baseados no mesmo conjunto de ciclos de lavagem do que os dados do consumo de energia. Para as máquinas de secar roupa e as máquinas combinadas de lavar e secar roupa, só produzirá efeito a Diretiva 2010/30/UE, quando, por ato delegado da Comissão Europeia do Parlamento Europeu, produza efeitos de revogação das Diretivas 95/13/CE e 96/60/CE, respetivamente, relativas à indicação do consumo de energia elétrica por meio de etiquetagem. Fonte de dados: http://www.agefe.pt/index.php?content=97 (Guia AGEFE – CECED na Internet) 3.6.2 Levantamento de boas práticas e tecnologias em termos nacionais, especificas do setor e gerais que aí possam ser aplicadas Em termos nacionais, foi aprovado na Resolução de Conselho de Ministros nº 80/2008 de 20 de Abril, o Plano Nacional Ação Eficiência Energética (PNAEE), em articulação com o Plano Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC), onde ficou definido um conjunto de medidas e programas denominado por “Portugal Eficiência 2015”, para alcançar os objetivos fixados pela Diretiva nº 2006/32/CE de 5 de Abril, do Parlamento Europeu e do Conselho, referente à Eficiência na utilização final de energia e serviços energéticos. Estes programas têm como principal objetivo o incentivo à utilização das novas tecnologias, à melhoria de processos organizativos e à mudança de comportamentos e de valores que conduzam a hábitos de consumo mais sustentáveis. 109 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário O programa “Portugal Eficiência 2015” é o seguinte: 1º. Renove Carro 2º. Mobilidade urbana 3º. Sistema de eficiência energética nos transportes 4º. Renove casa e escritório 5º. Sistema de eficiência energética nos edifícios 6º. Renováveis na hora 7º. Sistema de eficiência energética na Indústria 8º. Eficiência energética no Estado (E3) 9º. Programa mais 10º. Operação E 11º. Fiscalidade verde 12º. Fundo de eficiência energética O 7º programa – Sistema de eficiência energética na Indústria, é o programa correspondente ao setor em estudo, Indústria têxtil e do Vestuário. Este programa tem como principais medidas e objetivos: Acordo com a Indústria Transformadora para a redução de 8% do consumo energético. Criação do sistema de Gestão de consumos Intensivos de Energia com alargamento às médias empresas (>500 tep/ano) e incentivos à implementação das medidas identificadas. Já criado, SGCIE. As entidades responsáveis pelo acompanhamento da implementação das medidas são a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) e a Direção Geral pelas Atividades Económicas (DGAE). A Monitorização/Mapas de Seguimento é da responsabilidade da Agência para a Energia (ADENE). O PNAEE é obrigatório para as instalações abrangidas pelo Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE) com um consumo energético superior a 500 tep/ano, Decreto-Lei nº 71/2008 de 15 de Abril. As instalações com um consumo inferior a 500 tep/ano podem aderir voluntariamente ao SGCIE podendo adotar as medidas estipuladas no PNAEE. Para a elaboração do PNAEE e de acordo com a realidade Portuguesa, analisou-se e selecionou-se um número de medidas de atuação para os setores da Indústria Transformadora para uma maior eficiência energética, tendo como referência documentos referentes às MTD – Melhores Técnicas Disponíveis, da Comissão Europeia e dos países Espanha, Holanda e EUA e documentos publicados pela Agência Internacional da Energia. No programa para a Energia Competitiva na Indústria definiram-se quatro áreas de atuação prioritária: 110 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Dinamização das medidas de poupança transversais e de medidas de poupança específicas em 12 subsetores. Apoio a operadores com Acordos de Racionalização dos Consumos de Energia do SGCIE. Promoção da instalação ou reconversão de sistemas de cogeração. Medidas de apoio à eficiência no âmbito do QREN. 3.6.2.1 Em processos produtivos Neste ponto será definido quais as medidas adotadas nos processos produtivos dos setores da Indústria Têxtil e do Vestuário., tendo em conta os referenciais seguintes: Medidas de Eficiência Energética Aplicáveis à Indústria Portuguesa: Um Enquadramento Tecnológico Sucinto, ADENE, Julho de 2010 (http://efinerg.aeportugal.pt/Areas/Projecto/Documentos/Publica%C3%A7%C3%A3oMe didasEfici%C3%AAnciaEnerg%C3%A9ticaInd%C3%BAstria-SGCIE.pdf); Guia de boas práticas de medidas de Utilização Racional de Energia (URE) e Energias Renováveis (ER), Projeto Renovare no âmbito do programa Interreg IIIA, RECET, CITEVE, CTCV, CTIC e Fundación CARTIF, 2007 Resolução Conselho Ministros nº 80/2008 de 20 de Abril Manual de gestão de energia – Projeto EMS Textile no âmbito do programa Energia Inteligente, SIGMA, CITEVE, SEPEE, AITEX, BSREC e BAATPE. Medidas e/ou tecnologias de Poupança Transversais Otimização de motores eléctricos Substituir os motores elétricos convencionais avariados ou em fim de vida por motores mais eficientes; Avaliar o potencial de utilização de variadores eletrónicos de velocidade para ajustar a velocidade do motor de acordo com a carga; Utilizar arrancadores suaves para evitar picos de corrente durante o arranque; Garantir a manutenção adequada dos motores; Evitar o sobredimensionamento dos motores e desligar os mesmos quando estes não estão a ser utilizados. Comprovar que operam com fator de carga entre os 65% e os 100%; Desligar os motores nos momentos de stand-by; Evitar o arranque e a operação simultânea de motores. Realizar o arranque de forma sequencial e planificada; Verificar as horas de funcionamento anuais de cada motor, analisar a eficiência e identificar aqueles que possam ser substituídos; 111 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Verificar a existência de variações de tensão e o correto dimensionamento dos cabos. Verificar o desequilíbrio entre fases; Verificar o dimensionamento dos motores, evitando que este seja superior aos 5%, recomendando-se que seja inferior a 1%; Retificar o fator de potência e verificar a necessidade de instalar baterias de compensação de energia reativa; Verificar a existência de possíveis perdas por más ligações ou na distribuição de energia; Retificar o correto alinhamento do motor com a carga da alimentação, evitando possíveis perdas por atritos desnecessários; Verificar o número de arranques do motor. Em caso de serem excessivos, analisar a possibilidade de instalar motores de arranque de tensão reduzidas; Instalar equipamentos de controlo de temperatura do óleo de lubrificação dos rolamentos dos motores de grande capacidade a fim de minimizar as perdas por fricção e elevar a eficiência; Retificar a correta ventilação dos motores. Motores eléctricos - Sistemas de bombagem Avaliar todos os sistemas de bombagem e identificar aqueles que necessitam de ser rapidamente melhorados; Analisar detalhadamente os sistemas identificados; Desligar bombas desnecessárias ou usar interruptores de pressão de modo a controlar o número de bombas em funcionamento; Repor as folgas internas da bomba; Substituir ou modificar as bombas sobredimensionadas; Instalar variadores eletrónicos de velocidade ou usar arranjos com múltiplas bombas para garantir uma variação do caudal sem recorrer ao uso de um dispositivo de estrangulamento; Substituir os motores elétricos convencionais por motores de alta eficiência; Reparar fugas e válvulas deficientes e eventualmente conservar ou modificar os impulsadores das bombas; Estabelecer um programa de manutenção periódico. Motores eléctricos - Sistemas de ventilação Selecionar o tipo adequado de motor para o ventilador; Determinar a velocidade do ar como parte do projeto de dimensionamento; Minimizar a perda de pressão através da tubagem de distribuição; Selecionar o ventilador mais adequado para a aplicação particular em questão; Efetuar uma instalação correta; 112 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Efetuar uma manutenção regular com limpeza periódica dos filtros, verificar o correto funcionamento das válvulas e dos ventiladores, verificar se existem tubagens mal isoladas; Efetuar uma revisão anual; Quando se realiza a extração de ar quente nas zonas de trabalho, analisar a possibilidade de recuperar este calor; Analisar a possibilidade de substituição os ventiladores monofásicos por trifásicos pois consomem menos eletricidade, entre 40% a 45%; Ajustar os variadores dos ventiladores à velocidade adequada; Analisar a possibilidade de incorporação do sistema de recirculação de ar; Desligar os ventiladores de extração quando não são necessários; Analisar se a chaminé está bem estruturada em relação ao ar extraído. Motores eléctricos - Sistemas de Compressão Produção de Ar Comprimido Otimização da utilização do sistema: ajuste dos controlos e regulação da pressão, desligar quando não utilizado; Otimização do nível de pressão do ar comprimido do sistema em função das necessidades dos dispositivos de utilização final; Redução da temperatura do ar de admissão, mantendo uma ótima filtragem na tomada de ar; Melhoramento do sistema de controlo do compressor; Otimização das mudanças de filtros (em função da queda de pressão); Filtragem e secagem do ar até aos requisitos mínimos do sistema (possivelmente mediante instalação de filtros/secadores pontuais para necessidades especificas); Recuperação e utilização do calor desperdiçado através dos sistemas de arrefecimento dos compressores; Aumento da capacidade do reservatório principal de ar comprimido; Utilização de variadores eletrónicos de velocidade; Possível utilização de um sistema de múltiplas pressões, com a utilização de sobrepressores (boosters) para aumentar a pressão em determinados locais; Substituição dos motores elétricos convencionais avariados ou em fim de vida por motores de alto rendimento; Substituição de compressores exageradamente sobredimensionados por outros com menores consumos específicos de energia e ajustados às necessidades do sistema. 113 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Rede de distribuição de ar comprimido Instituição de um programa regular para a verificação de fugas de ar comprimido; Redução de fugas com a utilização de adaptadores de fugas reduzidas, uniões rápidas de elevada qualidade, etc.; Divisão do sistema em zonas, com reguladores de pressão apropriados ou válvulas de corte. Fecho de linhas que estão fora de serviço; Utilização de purgas de condensados do tipo “sem perdas de ar”; Dimensionar adequadamente as capacidades de armazenamento (permitindo que os compressores funcionem com um rendimento otimizado e evitando arranques e paragens bruscas); Instalação de reservatórios suplementares de ar comprimido próximos de cargas variáveis; Diminuir a extensão da rede e criar rede em anel; Otimizar o diâmetro da tubagem; Limitar o número de cotovelos, de mudanças de direção e de mudanças de secção. Dispositivos de utilização final Eliminação de utilizações não apropriadas ao ar comprimido; Reparação ou substituição de equipamentos com fugas de ar comprimido; Desligar o ar comprimido quando o dispositivo não está em operação; Verificação e otimização da necessidade de dispositivos específicos de regulação de pressão, filtros e secadores; Para limpeza, usar preferencialmente aspiradores elétricos. Estes consomem menos energia que os aparelhos insufladores de ar (bicos de sopro ou pistolas de ar). Produção de calor - Cogeração Aproveitamento da energia térmica, normalmente perdida nas centrais termoelétricas convencionais; Analisar a possibilidade da utilização de outros tipos de combustível (biomassa, gás natural, etc); Utilização da energia térmica para aquecimento ambiente do edifício entre outras aplicações; Recuperação do calor dos circuitos de refrigeração para produzir água quente; Substituição das unidades com potências elétricas menores que 1 MW por microturbinas que geram potências elétricas entre 25 e 200 kW. 114 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Produção de calor - Sistemas de Combustão - Diminuição das perdas térmicas num sistema de combustão Redução da temperatura de saída dos gases de combustão o O aumento da área ou da taxa de transferência de calor; o A integração energética de modo a alimentar processos que necessitem de calor; o O pré-aquecimento do ar de entrada com os gases de saída da combustão; o A limpeza e manutenção das superfícies de transferência de calor de modo a evitar a deposição de resíduos sólidos e a manter elevadas taxas de transferência; Diminuição do caudal mássico dos gases de combustão; Uso de isolamentos térmicos mais eficazes e substituição de isolamentos danificados. - Aumento da eficiência energética de caldeiras, fornos e secadores. Caldeiras o Melhorar o armazenamento, a preparação e a distribuição do fuelóleo e de combustíveis sólidos; o Inspecionar e proceder à manutenção da caldeira e dos queimadores; o Controlar as condições de combustão através da análise dos gases de combustão (regulação do excesso de ar); o Adequar a produção da caldeira às necessidades do processo; o Limpar os tubos de fumos; o Instalar isolamentos térmicos e inspecioná-los regularmente; o Evitar perdas de calor em stand-by; o Tratar as águas e efetuar purgas adequadas; o Investigar o potencial de recuperação de calor; o Instalar sistemas de controlo automático; o Avaliar a possibilidade de substituir a caldeira ou o combustível. Secadores o Controlar a humidade do produto a secar; o Usar pré-secagem mecânica antes da secagem térmica; o Não secar os produtos mais do que o necessário; o Controlar as condições de humidade do ar de secagem; o Efetuar a manutenção dos isolamentos em bom estado, evitando fugas de ar quente e/ou entradas de ar parasita; o Estudar a recuperação de calor residual; o Otimizar os regimes de carga. Tecnologia de combustão com ar a alta temperatura. o Recuperadores ou permutadores de calor; o Regeneradores ou queimadores regenerativos. Aumentar a eficiência na geração e distribuição de vapor 115 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário o Utilização de permutadores de calor (economizadores) para pré-aquecer a água de alimentação à caldeira; o Remoção de depósitos de calcário e/ou de fuligens das superfícies de transferência de calor; o Minimização de purgas da caldeira; o Recuperação de calor das purgas; o Recolha e reutilização dos condensados na caldeira; o Reutilização do vapor de flash (p.ex. vapor gerado por expansão de condensados); o Programa de controlo e manutenção dos purgadores; o Isolamento das tubagens, válvulas e flanges; o Eliminação de fugas de vapor e de condensados; o Melhoramentos no lay-out da rede de distribuição. Aumentar a eficiência da combustão o Ajuste das condições de combustão; o Instalação de um pré-aquecedor de ar de combustão através dos gases de combustão; o Instalação de um controlador de teor de oxigénio nos gases de combustão (ajuste em tempo real do excesso de ar). Controlo e manutenção o Manutenção da caldeira; o Atualização do sistema de controlo de funcionamento da caldeira; o Minimização das perdas em ciclos curtos de funcionamento; o Instalação de controladores automáticos do total d sólidos dissolvidos na água do interior da caldeira; o Substituição de caldeiras em fim de vida. - Utilização de economizadores para pré-aquecimento da água de alimentação da caldeira; - Remoção preventiva de depósitos nas superfícies de transferência de calor; - Minimização de purgas das caldeiras; - Recuperação de calor nas correntes de purga; - Implementação de programas de controlo, reparação e substituição de purgadores; - Recolha de condensados para reutilização na caldeira; - Utilização de vapor flash; - Isolamento térmico das tubagens de distribuição de vapor e de retorno de condensado e de válvulas e flanges; - Instalação de um pré-aquecedor de ar; - Minimização de perdas em ciclos curtos de funcionamento das caldeiras. 116 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Produção de calor – Recuperação de calor - Recuperação da energia térmica através de: Gases de combustão; Efluentes quentes ou frios; Ar de exaustão; Produtos quentes ou frios ou restos de produção; Água de arrefecimento e óleo hidráulico; Fontes termais naturais; Painéis solares; Calor de sobreaquecimento e calor de condensação rejeitado dos processos de refrigeração; Outras fontes. - Permutadores de calor para fazer uso direto do calor no mesmo estado em que se encontra; - Bombas de calor e recompressão de vapor, que transformam o calor de modo a gerar trabalho mais útil do que se este se encontrasse à sua temperatura inicial; - Operações multi-estágio, tais como evaporadores multi-efeito, expansão de vapor e combinações das técnicas acima mencionadas. Iluminação Dar prioridade à iluminação natural, mantendo limpa as áreas de entrada de luz; Dimensionar corretamente os níveis de iluminação necessários para os diferentes postos de trabalho; Optar pelo tipo de iluminação mais adequada para cada local e para as tarefas a executar; Utilizar sempre equipamentos de rendimento elevado (lâmpadas, luminárias e acessórios); Utilizar sistemas de controlo e comando automático nas instalações de iluminação; Utilizar sempre que possível luminárias que permitam uma integração com o ar condicionado; Proceder a operações de limpeza regulares e manutenção das instalações, de acordo com um plano estabelecido; Definir corretamente os períodos de substituição das lâmpadas e optar sempre pela substituição em grupos. 117 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Eficiência do processo Industrial – Monitorização e controlo Realização de um diagnóstico energético às instalações; Avaliar a necessidade de colocação de aparelhos de medida nas instalações e proceder à sua instalação; Estabelecer metas de redução do consumo energético; Implementação de medidas para o aumento da eficiência energética; Monitorização periódica dos consumos de energia e da produção e proceder a uma atualização das metas sempre que se justifique. Eficiência do processo Industrial - Tratamento de efluentes Tratamento anaeróbio de águas residuais; Tratamento de águas residuais com tecnologia de membranas; Eficiência do processo Industrial – Integração de processos Recolha de dados/caraterísticas sobre o processo e o sistema de utilidades; Determinação dos objetivos a alcançar de modo a maximizar o desempenho em vários aspetos; Construção de uma rede de permutadores de calor; Simplificação da rede proposta para diferentes cenários económicos. Eficiência do processo Industrial – Manutenção de equipamentos consumidores de energia - Manutenção nos equipamentos em geral Alocar de forma clara a responsabilidade pelo planeamento e execução da manutenção; Estabelecer um programa de manutenção estruturado com base nas normas e nas descrições técnicas dos equipamentos, bem como em qualquer avaria nos equipamentos e respetivas consequências; Suportar o programa de manutenção pela adoção de sistemas de registo de dados apropriados e por testes de diagnóstico; Identificar, através da manutenção de rotina, avarias, anormalidades em eficiência energética ou identificar áreas onde a eficiência energética pode ser melhorada; Identificar e retificar rapidamente qualquer fuga ou equipamento em falha que afete ou controle a utilização da energia. 118 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário - Manutenção de caldeiras A produção de vapor na caldeira deve ser medida, direta ou indiretamente, medindo-se o total da água de alimentação e calculando as quantidades perdidas nas descargas de fundo da caldeira. A relação vapor/combustível é a melhor medida de eficiência da caldeira e deve ser mantida a um nível elevado; Deve-se manter um registo permanente da eficiência da caldeira de modo que os sinais de mau funcionamento possam ser detetados com antecedência; Deve-se examinar periodicamente os contadores de vapor, pois deterioram-se com o tempo. Se a pressão de operação for alterada, o contador deverá ser recalibrado ou, alternativamente, as leituras realizadas devem ser corrigidas; Deve-se vistoriar com regularidade o sistema de tubagem; As tubagens fora de uso devem ser isoladas ou retiradas se redundantes; O cálculo do consumo e do fornecimento de energia à casa das caldeiras deve ser o mais realista possível; A manutenção da casa das caldeiras deve ser revista, principalmente no que diz respeito ao equipamento de combustão, aos controlos e aos instrumentos. Deve adotar-se uma rotina de verificação regular; Limpeza periódica das superfícies de transferência de calor ou dos tubos de fumo; O estado dos isolamentos térmicos e do sistema de exaustão das caldeiras deve ser verificado periodicamente; Em instalações de caldeiras mais antigas, as canalizações subterrâneas de exaustão devem ser inspecionadas com vista a possíveis infiltrações de água; As fugas de vapor devem ser prontamente reparadas de modo a se evitarem desperdícios de energia e potenciais acidentes. - Manutenção de permutadores de calor Limpeza (química ou mecânica) das superfícies de transferência de calor. - Manutenção de sistemas de iluminação Operações de limpeza e de manutenção de acordo com um plano préestabelecido. - Outros equipamentos Manutenção a efetuar aos equipamentos consumidores de energia de acordo com o mencionado anteriormente em cada equipamento. 119 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Eficiência do processo Industrial – Isolamentos térmicos - Para evitar perdas deve-se isolar termicamente: Tubagens de vapor; Tubagens de água quente; Tubagens de termofluído; Tubagens de condensados. - Inspeção periódica do isolamento térmico das tubagens e das válvulas; - Evitar o sobredimensionamento da espessura do isolamento. Eficiência do processo Industrial – Transportes - Efetuar uma análise à otimização das cargas e dos motores elétricos; - Implementar um sistema de gestão de combustível; - Monitorizar a gestão do combustível através de: Registo regular dos consumos; Relacionar o consumo com o trabalho efetuado; Identificar padrões a atingir e informar os condutores do seu desempenho; Tomar ações para reduzir o consumo de combustível; - Motivar e formar os condutores. Eficiência do processo Industrial – Formação e sensibilização de recursos humanos - Realizar ações de sensibilização e formação sobre os seguintes temas: Os impactos ambientais da utilização da energia; Os benefícios da economia de energia; A dependência energética da empresa e o que esta pode fazer para economizar energia; Qual a atitude cívica individual para economizar energia. Eficiência do processo Industrial – Redução da energia reactiva - Instalar bancos de condensadores adicionais e melhorar a distribuição dos bancos de condensadores já instalados; - Evitar a operação de motores sem carga ou com cargas muito abaixo do ótimo; 120 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário - Substituir motores convencionais por motores de alta eficiência energética e manter estes a operar perto da sua capacidade (carga) ótima. Medidas e/ou tecnologias de Poupança Setoriais – Indústrias da Têxtil e do Vestuário Otimização do funcionamento dos banhos - Adoção de máquinas de tingimento com relações de banho reduzidas; - Otimização de processos de tingimento e acabamento em processos descontínuos, por eliminação de algumas etapas ou banhos; - Utilização de substratos (produtos químicos, corantes, produtos auxiliares têxteis, enzimas, etc.) que promovam uma maior eficiência para se obter os mesmos resultados com menores temperaturas, quantidades de água e tempos de processo. Pré-secagem mecânica/Infravermelhos (IV) - Pré-secagem por painéis radiantes cerâmicos. A combustão de uma pré-mistura de gás, ao contactar com a superfície em cerâmica porosa provoca radiação na frequência dos infravermelhos. A gama de funcionamento varia entre 70% e 100% da potência instalada. Durante a fase de arranque e paragem, os painéis são ocultados por uma película de fibra cerâmica. Aplicação na pré-secagem de tecidos e papel. Capacidade de evaporação: 50% da água contida no tecido; Alargamento da produção; Baixo custo de exploração; Limitação da migração dos corantes graças à homogeneidade de temperaturas em ambas as faces; Diminuição da sujidade acumulada nos rolos do “Hot Flue”; Consumo específico de secagem: 1,3 kWh/kg de água evaporada. - Pré-secagem por painéis radiantes fibrosos A combustão de uma pré-mistura a gás efectua-se à superfície de um painel fibroso, que irradia no espectro dos infravermelhos, sendo a superfície de emissão infravermelha ajustada em função do plano de desfiamento do tecido. Os painéis radiantes fibrosos permitem uma boa homogeneidade de temperaturas emitidas, o que faz com que a água existente nos tecidos seja colocada à temperatura ideal antes da entrada nos secadores. As vantagens deste equipamento são as seguintes: Excelente qualidade de impressão: a radiação infravermelha limita a difusão dos colorantes das fibras; Ganhos de produção introduzidos pelo conjunto da linha: 20% a 40%; Rápido aumento de temperatura: 85°C em 5 segundos na temperatura da superfície do emissor infravermelho; 121 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Sem qualquer inércia à extinção da chama; Adaptabilidade dos painéis a todas as superfícies; Potência da superfície elevada: 140 kWh/m2 (PCI). Fonte de dados: http://www.edpgassu.pt/index.php?id=365 Aquecimento de águas por painéis solares A água quente utilizada em todo o processo têxtil pode ser aquecida através de painéis solares que se baseia na utilização de geradores elétricos convencionais em que a energia térmica necessária para fazer circular o fluído ao longo das lâminas da turbina é produzida pela energia solar que é concentrada para atingir as temperaturas exigidas pelo processo. Otimização dos processos de produção têxtil - Utilização de tecnologias emergentes, p. ex., tecnologia plasma, tecnologia de ozono, tingimento por ultrassons, preparação enzimática, branqueamento catalítico, tecnologia jacto de tinta (estamparia digital), aplicação de nanotecnologias, polimerização por ultravioletas, fluidos dióxido de carbono – supercrítico (CO2) para tingimento sem água. - Utilização de novas tecnologias para produção de estruturas filiformes (fiação, extrusão e retorcedura) e para a produção de estruturas têxteis (tecidos, malhas, não tecidos, entrançados e híbridos) mais eficientes. Melhoria em limpeza/banhos - Redução do consumo de água e energia em banhos de tingimento; - Otimização energética do processo de secagem pós-tingimento. Tecnologias de corte e de união de peças - Utilização de novas tecnologias de corte (p. ex., laser e ultrassons); - Utilização de novas tecnologias de união de peças (p. ex., substituição de costura de linhas por costuras seladas e colagem através de entretela com temperatura e pressão). Aquecimento de águas por painéis solares A água quente utilizada em todo o processo têxtil pode ser aquecida através de painéis solares que se baseia na utilização de geradores elétricos convencionais em que a energia térmica necessária para fazer circular o fluído ao longo das lâminas da turbina é produzida pela energia solar que é concentrada para atingir as temperaturas exigidas pelo processo. 122 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário 3.6.2.2 Em produtos A utilização e manutenção dos produtos têxteis (vestuário, roupa de cama, toalhas de mesa, etc.) obriga ao consumo de energia, assim, neste ponto apresenta-se boas práticas de redução do consumo de energia nos equipamentos de utilização doméstica. Máquinas de Lavar roupa - Utilizar a máquina na sua capacidade máxima, ou seja, com carga completa; - Escolher programas de baixa temperatura ou mesmo a frio; - Colocar produtos anticalcário nas lavagens e limpar regularmente o filtro da máquina; - Utilizar a máquina de noite, caso a habitação tenha tarifário bi-horário no contrato de energia elétrica; - Comprar máquinas com classificação energética classe A+++; - Adequar a temperatura e os programas de lavagem ao tipo de roupa e ao seu grau de sujidade; - Separar a roupa consoante o tipo de tecido e adequar a quantidade de detergente em função da sujidade da roupa; - Evitar a utilização de pré lavagens exceto se a roupa estiver muito suja; - Colocar as máquinas em locais secos e ventilados. Máquinas de Secar roupa - Secar a roupa ao sol em vez de utilizar máquina de secar roupa; - Centrifugar bem a roupa na máquina de lavar, antes de a secar; - Utilizar a máquina na sua capacidade máxima; - Separar a roupa, antes de secar, em função das fibras utilizadas e em função da gramagem da roupa; - Limpar regularmente o filtro da máquina e verificar a saída de ventilação, de modo a não estar obstruída; - Não secar excessivamente a roupa; - No ato da compra, adquirir máquinas com classificação energética A+++. Ferros de engomar - Ao utilizar o ferro de engomar desligar um pouco antes de acabar de passar a totalidade da roupa; - Não deixar o ferro ligado, caso tenha de interromper a tarefa; - Passar grandes quantidades de roupa em vez de engomar pequenas quantidades, várias vezes; - Adequar a temperatura de passagem em função do tipo de fibra do vestuário. 123 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário 3.7 Casos de sucesso De seguida apresentam-se casos de sucesso, de empresas do STV (Setor Têxtil e de Vestuário), a nível de eficiência energética, redução dos consumos e custos de energia, contemplando medidas já implementadas e algumas a implementar prevista no âmbito das auditorias realizadas no âmbito do RGCE – Regulamento de Gestão dos Consumos de Energia e SGCIE – Sistemas de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia. PAULO DE OLIVEIRA, S.A. A Paulo de Oliveira, S.A., é uma unidade vertical, que se dedica à fiação, tecelagem tinturaria e acabamento de lãs e mistos. Está localizada em Boidobra, Covilhã e é a maior empresa produtora de tecidos de lã da Península Ibérica, fazendo parte de um grupo (Paulo de Oliveira), que é um dos maiores da Europa, neste setor. Tem capacidade de produção 8.000.000 m² de tecido por ano (a capacidade de produção do grupo é de 16.000.000 m² por ano). A empresa tem um horário de produção 24 horas por dia e 5 dias por semana. Em estudos efetuados pela revista "EXAME", em colaboração com a Arthur Andersen e com a Dun & Bradstreet foi considerada a melhor Empresa Têxtil Portuguesa durante quatro anos consecutivos. Em termos de ultimação a empresa tem operações desde crabing, lavagem/batanagem, râmulas para secagem e termofixação, tesouragem, decatissagem e vaporização. A empresa já implementou medidas de racionalização dos consumos de energia, bem como tem previsto a implementação de medidas no atual Acordo de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como: Redução e controlo das fugas de ar comprimido que irão permitir uma redução de 0,2% dos consumos totais de energia da empresa; Instalação de lâmpadas eficientes com balastro electrónico e sistema Dali, nos locais ainda não existentes, que irão permitir uma redução dos consumos totais de energia de 1,8%. De realçar que a empresa já tem instalados estes sistemas em alguma zonas da fábrica; Alteração da captação de ar na caldeira de vapor. Com a presente medida propõe-se captar o ar na parte superior da sala das caldeiras, de modo a permitir que a temperatura do ar de entrada das caldeiras seja superior ao valor atual. Com esta alteração a empresa economiza 0,2% dos consumos totais da empresa; A empresa já tem instalados Variadores Eletrónicos de Velocidade (VEV) em muitos motores, no entanto pretende instalar, outros, em todos os ventiladores existentes , quer de extração de ar, quer das centrais de humidificação. Com 124 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário esta medida a empresa economizará cerca de 1,7% face aos consumos totais da Paulo de Oliveira; Com a redução da pressão de ar comprimido da central geral de ar comprimido a Paulo de Oliveira economizou 13% do consumo total de energia utilizada nesta central; Na caldeira de vapor, a gás natural, a empresa tem instalado um economizador nos gases de exaustão da caldeira, permitindo assim aquecer a água de entrada da mesma; A empresa possuí uma râmula a gás natural com um permutador ar/ar na conduta de exaustão da máquina. Permitindo assim pré-aquecer o ar de entrada da râmula; As centrais de ar comprimido estão equipadas com compressores com variação de velocidade; As tubagens de vapor e condensados estão devidamente isoladas. Para além destas medidas a empresa está já a implementar outras soluções de economia de energia que lhe permitirão ir além do preconizado no plano de racionalização como são a instalação de inverters nas bombas de captação de água e em todos os contínuos da Fiação (substituição dos sistemas de regulação de velocidade existentes nos 20 continuos Zinser por inverters de ultima geração, esta instalação permitirá uma redução de mais de 35% no consumo de cada máquina), substituição de alguma iluminação fluorescente por iluminação com leds. FILOCORA – TINTURARIA E ACABAMENTOS TÊXTEIS, S.A. Localizada em Lordelo – Guimarães, a Filocora dedica-se à tinturaria de fio de algodão e de fibras mistas, tinturaria e acabamento de tecidos de algodão e de fibras mistas. Normalmente funciona 24 horas por dia, e cinco dias por semana. Os processos de tingimentos são efetuados em Jet e autoclaves respetivamente para o tingimento de tecidos e fios. Sendo que no caso dos fios são secos em secador rápido ou num secador por alta frequência. Juntamente com uma empresa do grupo, a Neiper, o grupo fica com um processo vertical, desde urdissagem, tecelagem, tinturaria, acabamentos e confeção. A empresa já implementou medidas de racionalização dos consumos de energia, bem como tem previsto a implementação de medidas no atual Acordo de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como: Instalação de inverter num hidro e VEV nos ventiladores de uma râmula. Com esta medida a empresa irá obter uma economia de 0,3% nos consumos totais de 125 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário energia. De referir que a Filocora já tem instalados outros VEV nas máquinas produtivas bem como auxiliares; Substituição dos transformadores por uns de maior potência. Para além da maior disponibilidade de potência, estima-se uma poupança de 0,2% sobre o valor total dos consumos de energia da Filocora; A empresa já recupera o calor dos efluentes da tinturaria, para aquecer a água de entrada. No entanto, pretende aumentar a capacidade de recuperação dos existente, bem como, a instalação de um novo permutador. Com esta medida a empresa irá obter uma economia de 2,6% face ao consumo total de energia da empresa; Instalação de sistema de controlo de potência e oxigénio na caldeira de vapor. Com esta medida estima-se uma economia de 3% do consumo de gás natural na caldeira; Otimização da central de ar comprimido. A empresa irá instalar um compressor com variador de velocidade, bem como, adquirir um secador de ar mais eficiente. Com esta medida a empresa irá obter uma economia de energia elétrica de 1,8%; A empresa recupera o calor de exaustão das 2 râmulas existente através de um permutador de calor ar/ar. Nesta medida pretende-se interligar o ar de exaustão do Tumbler no permutador de calor existente, permitindo assim recuperar também o calor do ar de exaustão deste equipamento. Com esta medida estima-se uma economia de 2,4% sobre os consumos totais da empresa; As tubagens de vapor e condensados estão devidamente isoladas; A empresa tem uma cogeração (central combinada de calor e energia elétrica) independente, Filocora Energia, Lda., sendo que o vapor e a água quente provenientes são utilizados no processo produtivo da Filocora, propriamente dita; Para além da energia térmica utilizada, resultante da cogeração, a Filocora utiliza o gás natural nos equipamentos de queima. BASTOS VIEGAS, S.A. A Bastos Viegas dedica-se à produção de uma larga variedade de dispositivos médicos e de outros produtos descartáveis para os mercados interno e externo, entre outros, pensos, sacos e manga, toucas e capas, ligaduras elásticas, compressas americanas, compressas em não tecido, compressas operatórias, bolas com elástico, etc.. Além disso, a Bastos Viegas representa em Portugal diversos produtores estrangeiros, para a distribuição dos seus produtos no mercado nacional. Está localizada em Guilhufe – Penafiel, tem um regime de trabalho que funciona normalmente em 1 ou 2 turnos por dia, cinco dias por semana, dependendo dos setores. 126 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário As fases de produção comportam a preparação e conversão de gaze, tecelagem e conversão de tecidos tubulares e de tecidos elásticos e também de conversão de muitas matérias-primas como tecido não tecido, papel, plásticos, filmes, celuloses, etc. Existe igualmente uma grande capacidade instalada para empacotamento e esterilização, por vapor e óxido de etileno, de todos os diferentes artigos. A empresa conta ao seu serviço com 3 armazéns automáticos, com uma capacidade total de 18.000 paletes/contentores plásticos, onde armazena componentes de produção e artigos acabados. lsto permite uma grande eficiência na distribuição e no serviço de vendas. Todos os produtos considerados dispositivos médicos estão registados e autorizados para a aposição da marca CE. A empresa já implementou medidas de racionalização dos consumos de energia, bem como tem previsto a implementação de medidas no atual Acordo de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como: Redução e controlo do caudal de fugas na rede de ar comprimido. Com esta medida a empresa economizará 1% do consumo total de energia; Otimização da central de ar comprimido. Com a instalação de um compressor novo com variação de velocidade a empresa economizou 4,2% do consumo total de energia elétrica consumida na fábrica; Instalação de balastros eletrónicos nas lâmpadas fluorescentes. Com a presente medida a empresa economizará cerca de 2,4% nos consumos totais de energia elétrica; Alteração da captação de ar das caldeiras de vapor. Com a presente medida propõe-se captar o ar na parte superior da sala das caldeiras, de modo a permitir que a temperatura do ar de entrada das caldeiras seja superior ao valor atual. Com a presente medida a Bastos Viegas economizará 0,2% do consumo total de energia; Instalação de variadores de velocidade. A empresa já tem instalados variadores de velocidade em algumas máquinas. Com a instalação de variador de velocidade no grupo de bombagem de água, a empresa economizou 0,4% do consumo total de energia elétrica da fábrica. SAMOFIL - TÊXTEIS, LDA A Samofil, na unidade industrial localizada em Pousada de Saramagos – Vila Nova de Famalicão, dedica-se à tinturaria, estamparia e acabamentos de malhas de algodão e de fibras mistas. A empresa em Novais tem ainda processos de tecelagem e confeção, sendo assim a Samofil uma empresa vertical. 127 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Nos acabamentos a empresa tem operações de ramulagem, calandragem, compactação, laminagem, tumbler e secadores. Na estamparia a empresa tem 2 máquinas de estampar, uma plana e outra de rolos, até 8 cores por desenho. A empresa normalmente funciona 24 horas por dia e cinco dias por semana. A empresa já implementou medidas de racionalização dos consumos de energia, bem como tem previsto a implementação de medidas no atual Acordo de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como: Redução e controlo do caudal de fugas na rede de ar comprimido. Com esta medida a empresa economizará 2,4% do consumo total de energia elétrica; Isolamento térmico de válvulas de vapor e tanques de água quente, o que irá permitir uma economia de 4,6% sobre o valor total de energia consumida; Substituição de equipamentos produtivos por outros mais eficientes, nomeadamente barcas por jet. A empresa substituiu 3 equipamentos de tingimento do tipo barca aberta por equipamentos mais eficientes do tipo jet. A melhoria na eficiência energética é resultado da menor razão de banho e do reduzido tempo de tratamento. Com esta medida a Samofil economizou 1% do consumo total de energia; Instalação de balastros eletrónicos nas lâmpadas fluorescentes. Com esta medida a empresa irá economizar cerca de 0,9% do consumo de energia elétrica da empresa; Instalação de compressor de ar comprimido com VEV que irá permitir uma economia de 1,8% do consumo total de energia elétrica da Samofil. MARPEI – ESTAMPARIA TÊXTIL, S.A. A Marpei, é uma unidade vertical, que se dedica à tinturaria, acabamento e estamparia de malhas e tecidos. Localizada em São João da Ponte – Guimarães, trabalha 24 horas por dia e cinco dias por semana nas secções de tinturaria, acabamento e estamparia. Nos acabamentos a empresa tem operações de ramulagem, calandragem, compactação, laminagem, cardação, tumbler e secadores. Na estamparia a empresa tem 2 máquinas de estampar, uma plana e outra de rolos. A Marpei tem ainda uma cogeração independente, Beligáz – Empresa de Cogeração a Gás Natural, Lda, sendo que o vapor e a água quente resultantes são utilizados no processo produtivo da empresa. A empresa já implementou medidas de racionalização dos consumos de energia, bem como tem previsto a implementação de medidas no atual Acordo de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como: 128 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Isolamento térmico de válvulas e tubagem de vapor. Com esta medida a empresa economizará 2% do consumo total de energia; Redução e controlo do caudal de fugas na rede de ar comprimido, o que irá permitir uma economia de 3,4% sobre o valor total de energia elétrica consumida; Instalação de compressor de ar comprimido com VEV para substituição de um dos existentes. Esta instalação irá permitir uma poupança de energia elétrica de 0,4% sobre o consumo total de energia; Instalação de balastros eletrónicos. Com a substituição dos balastros convencionais por balastros eletrónicos em parte das luminárias a empresa irá economizar 0,7% do consumo total de energia elétrica; Aplicação de chapa de cobertura opalina e limpeza da existente para iluminação natural. A limpeza e instalação de translúcidos na cobertura da Marpei irá permitir um maior aproveitamento da luz solar diminuindo assim o número de horas de consumo de energia da iluminação artificial. Estima-se uma economia, com esta medida, de 0,2% sobre o consumo total de energia; Instalação de recuperador de calor ar/ar na exaustão numa das râmulas. Com esta medida a empresa economizará 2,9% do consumo total de energia. MABERA – ACABAMENTOS TÊXTEIS, S.A. A empresa Mabera, dedica-se ao tingimento e acabamento de malhas. Normalmente labora 24 horas por dia, 5 dias por semana. A empresa fica localizada em Mogege – Vila Nova de Famalicão. O processo de acabamento pode compreender diferentes operações, que vão desde a simples secagem da malha que sai húmida do processo de tingimento, até à combinação de diferentes processos que adequam as características físicas da malha às necessidades funcionais solicitadas pelos clientes. A empresa tem nas suas instalações uma central de cogeração a gás natural, sendo que a energia elétrica gerada é consumida na empresa, sendo o excedente vendido à rede. A água quente e o vapor provenientes da central são utilizados, na sua totalidade, no processo produtivo da empresa. A empresa tem ainda 2 caldeiras de geração de vapor, sendo que uma consome gás natural e a outra briquetes de madeira (biomassa), sendo que esta última trabalha como adjuvante da cogeração e a de gás natural se encontra de reserva. Para o aquecimento de termofluído utilizado nas máquinas dos acabamentos a empresa tem ainda 2 caldeiras desta fonte de energia a gás natural, sendo que a de maior capacidade se encontra desligada, só entrando em funcionamento em caso de avaria da outra. 129 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário A empresa tem implementado medidas de racionalização dos consumos de energia, tais como: Recuperação do calor dos gases de exaustão de uma râmula. Permutação ar/ar, esta medida permite à empresa uma economia de 16% do consumo total de gás natural desta râmula; Recuperação do calor de outras râmulas, permutar ar/água; Instalação de contadores de energia elétrica, que permitiram controlar os consumos dos grandes consumidores de energia e das várias secções; Redução e controlo do caudal de fugas na rede de ar comprimido. Com esta medida a empresa economizou 0,3% do consumo total de energia; Instalação de sistema de controlo da combustão na caldeira de briquetes, que permitirá à empresa economizar 0,3% do consumo total de energia na empresa; Instalação de reguladores de fluxo luminoso nas lâmpadas de vapor de mercúrio. Esta medida origina reduções em manutenção e permite o aumento da eficiência e da vida útil das lâmpadas. Esta medida permitirá uma economia de 0,35% dos consumos de energia elétrica da empresa. A empresa tem instalado variadores de velocidade nos motores onde se justifica a sua instalação, ou seja, funcionamento variável. FÁBRICA DE TECIDOS DE VIÚVA DE CARLOS DA SILVA AREIAS & Cª S.A. (FELPOS BOMDIA) A empresa Felpos Bomdia, dedica-se à tecelagem, tinturaria de fios e felpos, acabamento de felpos e confeção de artigos em algodão e fibras mistas. A Felpos Bomdia, localizada em Vizela, tem um regime de trabalho que funciona normalmente 2 ou 3 turnos por dia, cinco dias por semana, dependendo das secções. Tem uma capacidade de produção de 2.500.000 kgs de felpo de algodão, abrangendo produtos cada vez mais variados. A felpos Bomdia tem diversas marcas, tais como, Bomdia Prestige® (toalhas de alta qualidade), Bomdia Classic® (toalhas “boutique” – artigos de cozinha), Bomdia Discount® (toalhas de uso diário), Bomdia Mini® (artigos para criança e bébé), Bomdia Sport® (toalhas de praia e desporto). O aquecimento de banhos é efetuado através de permutadores de calor utilizando vapor saturado. As caldeiras para a produção de vapor utilizam o gás natural como combustível. Existe uma instalação de recuperação de energia de água quente. Os processos de acabamentos consistem somente em tratamentos físicos, não existem tratamentos químicos. A secagem é efetuada nas râmulas e tumbler. Estes equipamentos têm queima direta de gás natural como fonte de energia térmica. 130 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário A empresa já implementou medidas de racionalização dos consumos de energia, bem como tem previsto a implementação de medidas no atual Acordo de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como: Redução e controlo do caudal de fugas na rede de ar comprimido, o que irá permitir uma economia de 1,3% sobre o valor total de energia elétrica consumida; Instalação de balastros eletrónicos. Com esta medida a empresa irá economizar 0,7% do consumo total de energia; Isolamento de depósito de condensados e tubagens. Com este isolamento a empresa economiza 1,7% do consumo total de gás natural; Instalação de economizador numa caldeira. Com esta medida a empresa economizou 3% do consumo total de energia da empresa; Alteração da captação de ar nas caldeiras. Com esta alteração a empresa economiza 2% do consumo total de gás natural; A empresa isolou a casa das caldeiras, permitindo assim aumentar a temperatura ambiente e consequentemente o ar de entrada das caldeiras, aumentando a eficiência das mesma; Instalação de redutores de pressão nas linhas de vapor, de 10 bar para 6,5 bar, o que permitiu uma redução de 7% do consumo total de gás natural. HABIDECOR – INDÚSTRIA TÊXTIL PARA A HABITAÇÃO, S.A. A empresa Habidecor, dedica-se à confeção de obras têxteis para uso doméstico produção de tapetes para casa de banho em acrílico, algodão, linho e seda e ao fabrico de lençóis. A empresa tem um regime de trabalho que funciona normalmente 1 a 3 turnos por dia, cinco dias por semana, dependendo das secções. Trata-se de uma unidade técnica de produção implantada num terreno com área aproximada de 37.713 m², sendo 19.247 m² de área coberta, localizada na Zona Industrial de Mundão (Viseu). Iniciou a sua laboração em Julho de 1977 com 10 funcionários. Emprega, presentemente 133 trabalhadores. É uma unidade equipada com moderna tecnologia e informatizada, não obstante a atividade crítica do processo de fabrico («tufting») ser de mão-de-obra intensiva, dado o produto final ter características semi-artesanais. Para o processo de fabrico de tapetes, a empresa tem fases de produção desde tufting, tinturaria de algodão, tecelagem e embalagem. No processo dos lençóis a empresa tem as fases de produção, tecelagem, confeção, tingimento e acabamento. 131 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário A empresa tem ainda nas suas instalações uma piscina, com capacidade 162 m 2, para utilização de funcionários e familiares e dois campos de jogos, um de ténis e um polivalente. A empresa já implementou medidas de racionalização dos consumos de energia, bem como tem previsto a implementação de medidas no atual Acordo de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como: Redução e controlo do caudal de fugas na rede de ar comprimido, o que irá permitir uma economia de 3,6% sobre o valor total de energia elétrica consumida; Redução da pressão de ar comprimido produzida. Com esta redução a empresa economizou 1,1% do consumo total de energia da empresa; Isolamento térmicos. Com o isolamento térmico de válvulas, coletor de condensados a empresa economizou 7% do consumo total de energia da empresa; Alteração da relação de transmissão nos motores da ETAR. Esta medida permitiu economizar 1% do consumo total de energia elétrica da fábrica; Recuperação da exaustão da bomba de condensados e condensados propriamente ditos através de permutador como objetivo de aquecer águas quentes sanitárias. Permitiu uma economia de 0,5% dos consumos totais da empresa. TMG – ACABAMENTOS TÊXTEIS, S.A. A Empresa TMG – Acabamentos Têxteis S.A., está sediada em Ronfe – Guimarães, tendo como atividade o branqueamento e Tingimento de Tecidos e Malhas. Está classificada na CAE – 13301. A empresa dedica-se à preparação, tingimento e acabamento de tecidos (divisão de Tecidos) e dedica-se também ao tingimento e acabamento de malhas (divisão de Malhas). A empresa utiliza essencialmente energia elétrica e gás natural como fontes de energia. O gás natural é utilizado na central de caldeiras para produção de vapor e aquecimento de fluido térmico e em queima direta em algumas máquinas do processo. A central térmica está equipada com 4 caldeiras para Vapor com uma capacidade instalada total de 47 ton/h e duas caldeiras a fluido térmico com capacidade instalada de 4500 Mcal/h. O consumo de energia anual da empresa é superior a 5000 tep/ano. 132 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário A empresa nos últimos anos implementou as seguintes medidas de racionalização: Substituição dos queimadores das Caldeiras de Fuel para Gás Natural, com uma redução de 8% do consumo de energia; Redução de fugas de ar comprimido, com uma redução de 1,5% do consumo de energia elétrica; Instalação de um sistema de gestão de energia com recolha de dados de contadores de energia, permitindo uma melhor análise do real consumo de energia e posterior identificação e contabilização de novas medidas de racionalização; Otimização da programação da produção, permitindo a concentração de produção e consequente redução de consumo especifico; Instalação de um Permutador de Calor “Ar- Agua” para aproveitamento do calor dos gases de exaustão da chaminé principal da central de caldeiras, com o objetivo de obter água quente a 60 ºC, com uma redução do consumo da energia térmica em 10 %; Substituição de bomba de captação de água adequada às reais necessidades e com motor de melhor eficiência energética (EFF1), com uma redução de 0,8% do consumo de energia elétrica; Redução do consumo de Água no processo, contribuindo pra uma redução do consumo de energia elétrica tanto na captação e transporte da água e como no processo de tratamento de efluentes líquidos. FITOR – COMPANHIA PORTUGUESA DE TÊXTEIS, S.A. A empresa FITOR dedica-se à texturização de filamentos sintéticos e artificiais, torcedura, tingimento e bobinagem de fios de filamento contínuo sintéticos e artificiais. Localizada em Avidos – Vila Nova de Famalicão, a Fitor labora 5 dias por semana. Fitor iniciou suas atividades em 1964 e é uma das maiores empresas na Europa nas áreas de texturização e tingimento, tanto de Poliamida (PA 6.6 e PA 6) como de Poliéster (PES). A Fitor cria e desenvolve misturas inovadoras de fibras texturizadas e investe no desenvolvimento de soluções personalizadas nas mais diversas áreas do ramo têxtil, nomeadamente: meias, artigos de desporto, vestuário, artigos de decoração, tecelagem estreita, rendas, seamless,etc. Alguns destes desenvolvimentos incluem acabamentos como: antibacterianos, anti-UV, neutralizador de odor, retardante de chama, hidrofilidade, alta resistência à lavagem, proteção da água salgada, fluorescentes, fibras com aromas (aloe vera, lavanda, limão, ginseng, etc) sensação de frescura e calor, cuidados de saúde, etc.. Algumas das inovações são aplicadas diretamente na fibra, algumas no processo de acabamento e outras através da utilização da tecnologia de microcápsulas. 133 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Têm uma capacidade total de 200 toneladas/mês e têm mais de 9000 cores reproduzidas. A empresa tem implementado ou irá implementar medidas de racionalização dos consumos de energia, tais como: Redução e controlo do caudal de fugas na rede de ar comprimido. Permitiu à empresa economizar 1% do consumo total de energia; Recuperação de calor dos gases de exaustão das caldeiras de vapor, através de economizador. Com esta instalação a empresa irá economizar 1,5% dos consumos totais da empresa; Instalação de balastros eletrónicos nas lâmpadas fluorescentes. Com esta medida a empresa economizou 1,6% do consumo total de energia elétrica. FIOFIBRA – COMPANHIA PRODUTORA DE FIBRAS SINTÉTICAS, LDA A Fiofibra, dedica-se à texturização de filamentos sintéticos e artificiais, torcedura, tingimento e bobinagem de fios de filamento contínuo sintéticos e artificiais. A Fiofibra tem um regime de trabalho que funciona normalmente 3 turnos por dia, cinco dias por semana. A empresa está localizada em Esmeriz – Vila Nova de Famalicão. A empresa já implementou medidas de racionalização dos consumos de energia, bem como tem previsto a implementação de medidas no atual Acordo de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como: Redução e controlo do caudal de fugas na rede de ar comprimido. Com esta medida a empresa economizou 2,2% do consumo total de energia elétrica; Isolamentos térmico. A presente medida consiste em isolar termicamente, depósitos, tubagem e válvulas o que irá permitir uma economia de 16,2% do consumo total de combustível utilizado na empresa; Instalação de balastros eletrónicos nas iluminarias fluorescentes. Com esta instalação a empresa economizou 0,4% do consumo total de energia elétrica da Fiofibra. 134 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário TÊXTIL ANTÓNIO FALCÃO, S.A. A Têxtil António Falcão, SA pertence ao Grupo Falcão dedicando-se à produção de Meias e Collants de Senhora e à Texturização de fio poliamida. Fica localizada em Arcozelo – Barcelos e funciona normalmente 1 ou 3 turnos por dia, cinco dias por semana, dependendo dos setores. A Têxtil António Falcão na produção Meias e Collants de senhora fabrica collants propriamente ditos, mini meias, soquete e meia liga. Dentro do fio texturizado poliamida a empresa produz fio cru, recoberto, fio cores, tinto em massa etc. Estes fios podem ser utilizados nas seguintes aplicações: meias e collants, passamanarias, bordados/rendas, etiquetas, tecidos de malha, têxtil lar, vestuário, etc. A empresa comercializa em meias as seguintes marcas próprias: Nana, Maggiolly e Can Can. É também agente da Meryl Fiber em Portugal de fios Poliamida. A empresa já implementou medidas de racionalização dos consumos de energia, bem como tem previsto a implementação de medidas no atual Acordo de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como: Redução e controlo do caudal de fugas na rede de ar comprimido. Com esta medida a empresa economizou 3,8% do consumo total de energia elétrica; Instalação de balastros eletrónicos nas lâmpadas fluorescentes o que permite uma economia de 0,4% face ao consumo total de energia elétrica; Substituição de motores de corrente contínua por motor com variador em alguns teares o que permitirá uma economia de 1% sobre o consumo total de energia elétrica. FITEXAR - FIBRAS TÊXTEIS ARTIFICIAIS, S.A. Pertencente ao Grupo Falcão, a Fitexar dedica-se à produção de Fio POY (fio parcialmente orientado) – Filamento contínuo e à Texturização de Fio Poliéster (processamento de fio POY em fio texturizado). Localizada em Arcozelo – Barcelos tem um regime de laboração na secção de filamento contínuo de 24 horas por dia, sete dias por semana, e na secção de Texturização de Fio Poliéster labora 24 horas por dia, cinco dias por semana, ou 7 dias dependendo das necessidades do mercado. O fio Poliéster pode ser utilizado nas seguintes aplicações: indústria automóvel (tecidos técnicos, estofos, bagageiras e tecidos resistentes à abrasão, rasgão e toque), vestuário técnico (bombeiros, polícia e outros técnicos; resistência à chama; anti bacteriano) e 135 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário outras aplicações (passamanarias; bordados/rendas; etiquetas; tecidos de malhas; têxteis lar; vestuário; decoração e tecidos não malhas). A empresa tem instalado variadores de velocidade em todos os motores passíveis de instalação. Com a instalação de balastros eletrónicos nas lâmpadas fluorescentes (medida de racionalização de energia) a empresa irá economizar 0,2% do consumo total de energia. De seguida apresentam-se casos de sucesso, de empresas do STV (Setor Têxtil e de Vestuário), a nível de eficiência energética, redução dos consumos e custos de energia, contemplando medidas já implementadas e algumas a implementar previstas no âmbito dos diagnósticos flash do EFINERG. GUERNER & IRMÃOS, S.A. A Guerner & Irmãos, S.A., é uma unidade, que se dedica à fabricação de redes, que inclui extrusão, tecelagem e confecção. Localiza-se em Perosinho, Carvalhos. A empresa já implementou algumas medidas de racionalização dos consumos de energia e no âmbito do EFINERG foram propostas outras medidas: O contrato para fornecimento de energia elétrica é revisto periodicamente face às alternativas oferecidas pelo mercado; A empresa tem uma analisador de redes elétricas que permite a análise dos consumos de energia dos consumidores de energia elétrica; Foi proposto avaliar a possibilidade de utilização de energia solar térmica para aquecer água para os banhos das extrusoras; Foi sugerido instalar variadores de velocidade nos teares. RICON INDUSTRIAL – PRODUÇÃO DE VESTUÁRIO, S.A. A Ricon Industrial – Produção de Vestuário, S.A. dedica-se à produção de vestuário exterior em série e está localizada em Ribeirão, Vila Nova de Famalicão. A empresa já implementou algumas medidas de racionalização dos consumos de energia e no âmbito do EFINERG foram propostas outras medidas: Têm um compressor de ar comprimido com variação de velocidade; Os compressores de ar comprimido são desligados no final do turno e ao fim de semana; Verificam diariamente as fugas de ar comprimido; O arranque das máquinas é faseado; Foi proposto substituir os balastros convencionais por balastros eletrónicos, nas lâmpadas fluorescentes, tendo já efetuada a substituição em cerca de 30% das lâmpadas. 136 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário P.A. & C.O. – Design Têxtil, Lda A P.A.& C.O. – Design Têxtil, Lda, dedica-se à confecção de vestuário exterior. Está localizada na Vila Frescaínha S. Pedro, Barcelos. A empresa já implementou algumas medidas de racionalização dos consumos de energia e no âmbito do EFINERG foram propostas outras medidas: A empresa está atenta no que diz respeito à renegociação de contratos de fornecimento de energia elétrica, de forma a terem o o contrato mais vantajoso para a empresa; Foi proposto desligar as máquinas quando estas não estão a trabalhar; Foi sugerido verificar se têm encargos com a energia reativa, de uma forma sistemática. COINDU – COMPONENTES PARA A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL, S.A. A Coindu – Componentes para a Indústria Automóvel, S.A., tem duas instalações, em Portugal, localizadas em Mogege/Joane (Vila Nova de Famalicão) e em Arcos de Valdevez. Dedica-se à produção de capas para assentos para a indústria automóvel, bem como outro tipo de acessórios (apoio de braços, enconsto de cabeça e painéis). A empresa já implementou algumas medidas de racionalização dos consumos de energia e no âmbito do EFINERG foram propostas outras medidas: Têm contadores de energia elétrica, cujos consumos são monitorizados através de um Sistema de Gestão de Energia Elétrica Centralizado; Existem sensores de presença e luminosidade em corredores e balneários; Foram colocados balastros eletrónicos nas lâmpadas fluorescentes; Existem variadores de velocidade em todas as máquinas de corte, compressores de ar comprimido e bombas de água; Têm paínéis solares térmicos para aquecimento de águas sanitárias; O calor residual dos compressores é utilizado para aquecer corredores da empresa; Têm uma bomba de calor para climatização; Foi proposto a redução e controlo das fugas de ar comprimido; Foi sugerido a redução de 1 bar na produção de ar comprimido. 137 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário DELOS – FRADELOS CONFECÇÕES, LDA A DELOS – Fradelos Confecções, Lda pertence ao grupo da Ricon. Dedica-se à produção de vestuário exterior em série e está localizada Fradelos, Vila Nova de Famalicão. A empresa já implementou algumas medidas de racionalização dos consumos de energia e no âmbito do EFINERG foram propostas outras medidas: Utilizam transmissão mecânica do tipo trapezoidal dentado; Substituiram o motor da aspiração que estava sobredimensionado; Foi proposto instalar baterias de condensadores de forma a não haver encargos com a energia reativa; Foi sugerido desligar as máquinas quando estas não estão a trabalhar; Foi aconselhado reduzir as fugas de ar comprimido; Foi proposto substituir um compressor de ar comprimido por um com variação de velocidade; Foi sugerido instalar balastros eletrónicos nas lâmpadas. DELCON – INDÚSTRIA DE CONFECÇÕES, LDA A Delcon – Indústria de Confecções, Lda pertence ao grupo da Ricon. Dedica-se à produção de vestuário exterior em série e está localizada Fradelos, Vila Nova de Famalicão. A empresa já implementou algumas medidas de racionalização dos consumos de energia e no âmbito do EFINERG foram propostas outras medidas: Têm instalado baterias de condensadores, para compensação do fator de potência; A empresa aproveita os condensados da caldeira a vapor para aquecer o armazém de produto acabado; Foi sugerido desligar as máquinas quando estas não estão a trabalhar; Foi proposto susbtituir um compressor por um com variação de velocidade; Foi sugerido substituir as lâmpadas fluorescentes por lâmpadas mais eficientes e ou substituir os balastros convencionais por balastros eletrónicos; Foi proposto isolar o corpo da caldeira, depósito de condensados, colector e válvulas. INARBEL – INDÚSTRIA DE MALHAS E CONFECÇÕES, S.A. A INARBEL – Indústria de Malhas e Confecções, S.A. dedica-se à fabricação de vestuário de malha. Localiza-se em Vila Boa de Quires, Marco de Canavezes. A empresa já implementou algumas medidas de racionalização dos consumos de energia e no âmbito do EFINERG foram propostas outras medidas: 138 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário As faturas das fontes de energia são analisadas periodicamente, bem como a análise de contratos; A empresa tem instalado baterias de condensadores para a compensação do fator de potência; A empresa tem instalado variadores de frequência/arrancadores suaves na central de aspiração, prensas e máquinas de tricotar; Foi proposto reduzir e controlar as fugas de ar comprimido; Foi sugerido susbtituir um compressor de ar comprimido por um com variação de velocidade; Foi proposto substituir as lâmpadas fluorescentes por lâmpadas mais eficientes e/ou substituir os balastros convencionais por eletrónicos. FABRICA DE TECIDOS INVICTA, LDA A Fabrica de Tecidos Invicta, Lda dedica-se ao fabrico de passamanarias e está localizada na Rua D. João IV, no Porto. A empresa já implementou algumas medidas de racionalização dos consumos de energia e no âmbito do EFINERG foram propostas outras medidas: As faturas das fontes de energia são analisadas periodicamente; Foi sugerido substituir as lâmpadas fluorescentes por lâmpadas mais eficientes e/ou substituir os balastros convencionais por eletrónicos; Foi proposto colocar refletores espelhados nas armaduras das lâmpadas fluorescentes de modo, a eventualmente, diminuir a quantidade de luminárias Foi sugerido proceder a melhorias na envolvente do edifício, isto é, isolamento de paredes, tetos e calafetação de portas e janelas. COSTAMPA – ESTAMPARIA, LDA A Costampa – Estamparia, Lda dedica-se à estampagem peça a peça. Localiza-se em Infías, Vizela. A empresa já implementou algumas medidas de racionalização dos consumos de energia e no âmbito do EFINERG foram propostas outras medidas: A empresa tem contadores de energia elétrica para medição dos escritórios, produção I e II; A empresa sempre que possível concentra a produção no mesmo equipamento, evitando assim o funcionamento desnecessário de outras máquinas; A empresa aproveita o ar de arrefecimento dos compressores e os gases de combustão das estufas para secagem dos utensílios da produção; A empresa tenta minimizar a utilização de energia eléctrica nas horas de ponta; Foi sugerido reduzir e controlar as fugas de ar comprimido; 139 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Foi proposto reduzir a temperatura do ar de admissão para os compressores de ar comprimido; Foi sugerido aplicar refletores espelhados nas armaduras. ANTÓNIO DA COSTA GUIMARÃES, Fº & Cª, S.A. A empresa António da Costa Guimarães (Castanheiro) dedica-se à tecelagem e confecção de atoalhados, na unidade fabril localizada em Urgeses, Guimarães. A empresa tem ainda uma unidade, em Campelos, Guimarães, que se dedica ao tingimento e acabamento dos atoalhados. A empresa já implementou algumas medidas de racionalização dos consumos de energia e no âmbito do EFINERG foram propostas outras medidas: A empresa analisa periódicamente os contratos de energia; A central de ar comprimido tem já um compressor com variação de velocidade; Foi sugerido verificar periodicamente o estado e escalonamento das baterias de condensadores de modo a não haver encargos com a energia reativa; Foi sugerido desligar, sempre que possível, os equipamentos que não estejam a produzir; Foi proposto reduzir as fugas de ar comprimido; Foi sugerido substituir as lâmpadas fluorescentes por lâmpadas mais eficientes e/ou substituir os balastros convencionais por eletrónicos. NEIPER HOME, S.A. A Neiper Home, S.A., dedica-se à tecelagem e confecção de atoalhados. Está localizada em Guardizela, Guimarães. A empresa já implementou algumas medidas de racionalização dos consumos de energia e no âmbito do EFINERG foram propostas outras medidas: A empresa analisa periódicamente os contratos de energia; A empresa tem instalados balastros eletrónicos nas lâmpadas fluorescentes; Existe variador de velocidade na bomba hidráulica do ar condicionado da tecelagem; Foi sugerido reduzir e controlar as fugas de ar comprimido; Foi proposto reduzir a pressão de ar comprimido produzida. IRMÃOS RODRIGUES – CONFECÇÕES, S.A. A Irmãos Rodrigues – Confecções, S.A., dedica-se à confecção de vestuário exterior em série. Localiza-se em Gilmonde, Barcelos. 140 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário A empresa já implementou algumas medidas de racionalização dos consumos de energia e no âmbito do EFINERG foram propostas outras medidas: A empresa substituiu lâmpadas de descarga por lâmpadas mais eficientes; A empresa tem instalado um variador de velocidade na máquina de corte; Foi proposto reduzir e controlar as fugas de ar comprimido; Foi sugerido substituir um compressor de ar comprimido por um com variação de velocidade. PEDROSA & RODRIGUES, S.A. A Pedrosa & Rodrigues, S.A., dedica-se à confecção de vestuário exterior em série. Localiza-se em Gilmonde, Barcelos. A empresa já implementou algumas medidas de racionalização dos consumos de energia e no âmbito do EFINERG foram propostas outras medidas: A empresa substituiu as lâmpadas fluorescentes T8 por lâmpadas mais eficientes T5, na área produtiva; A empresa tem instalado um variador de velocidade na máquina de corte; A empresa tem instalado um variador de velocidade na aspiração de resíduos; Foi sugerido reduzir e controlar as fugas de ar comprimido; Foi proposto substituírem um compressor de ar comprimido por um com variação de velocidade. RAITH – EXPORTAÇÃO DE TÊXTEIS, S.A. A Raith – Exportação de Têxteis, S.A., dedica-se à confecção de vestuário para criança e bébé. Localiza-se em Túias, Marco de Canavezes. Foi proposto no âmbito do EFINERG medidas de racionalização de energia, entre outras: Reduzir e controlar as fugas de ar comprimido; Desligar as máquinas quando estas não estão a trabalhar; Instalar balastros eletrónicos nas lâmpadas fluoresentes. MALHINTER – CONFECÇÕES, LDA A Malhinter – Confecções, Lda, dedica-se à confecção de vestuário interior. Está localizada em Cabeçudos, Vila Nova de Famalicão. A empresa já implementou algumas medidas de racionalização dos consumos de energia e no âmbito do EFINERG foram propostas outras medidas: A empresa tem instalado um compressor com variação de velocidade; Foi sugerido desligar máquinas quando estas não estão a trabalhar; 141 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário Foi proposto reduzir e controlar as fugas de ar comprimido; Foi sugerido desligar a central de ar comprimido à noite e ao fim de semana. TÊXTEIS TEXDIA, S.A. A Têxteis Texdia, S.A., dedica-se à confecção de vestuário interior para homem. Está localizada em Riba de Ave, Vila Nova de Famalicão. A empresa já implementou algumas medidas de racionalização dos consumos de energia e no âmbito do EFINERG foram propostas outras medidas: A empresa tem a preocupação de desligar a iluminação não necessária; A empresa tem instalado variadores de velocidade na máquina de corte automática, na central de aspiração de resíduos e em alguns teares; A empresa aproveita o ar de exaustão dos compressores para aquecer a área fabril; Foi proposto reduzir e controlar as fugas de ar comprimido; Foi sugerido susbtituir um compressor de ar comprimido por um com variação de velocidade. 142 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário 143 EFINERG – Plano setorial de melhoria da eficiência energética em PME – Setor Têxtil e do Vestuário