18ª Edição

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18ª Edição
Prêmio Santander Universidade Solidária – 18ª Edição
1. Projeto: Extrativismo do óleo de copaíba na Floresta Nacional de Carajás como
incremento socioeconômico à Cooperativa de Extrativistas da Região de Parauapebas.
IES: Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA/PA
Professora coordenadora: Andréa Siqueira Carvalho
Comunidade: trabalhadores extrativistas vinculados à COEX - Cooperativa de Extrativistas a
Floresta Nacional de Carajás
Município de atuação: Parauapebas/PA
Objetivos:
O projeto tem como prerrogativa aliar os conhecimentos dos extrativistas com os conhecimentos técnicos dos estudantes e professores que auxiliarão a cooperativa a iniciar a
exploração sustentável do óleo de copaíba, aumentar a renda de suas famílias e fortalecer
o grupo extrativista.
Sobre o projeto:
O projeto tem como objetivo principal diversificar as atividades produtivas da Cooperativa
dos Extrativistas-COEX e gerar renda através da extração do óleo de copaíba (Copaifera
spp.) na Floresta Nacional de Carajás, Parauapebas, Pará. O município e arredores são
extremamente dependentes da mineração e a COEX é atualmente o único grupo que
realizada atividade extrativista de forma sustentável na região. Em parceria com a cooperativa será realizado um estudo do potencial de produção do óleo-resina de copaíba. Os
cooperados serão capacitados quanto ao mapeamento das árvores de interesse, técnicas
de extração e beneficiamento do óleo-resina. Também serão realizados encontros de Rodas
de Cultura, metodologia de alfabetização baseada na prática de Paulo Freire, que utiliza a
realidade concreta dos participantes para iniciar o aprendizado coletivo. O resultado
esperado com o projeto é viabilizar a comercialização do óleo, melhorando a qualidade de
vida das famílias da cooperativa através dos encontros da Roda de Cultura e da geração de
renda.
2. Projeto: Colhendo bons frutos: nutrição e agroecologia
IES: Universidade Federal de Alagoas
Professora coordenadora: Maria Alice Araújo Oliveira
Comunidade: mulheres e jovens do assentamento Zubi dos Palmares
Município de atuação: Branquinha /AL
Objetivos:
Fortalecer a experiência-piloto de extensão universitária, de inclusão socioeconômica
ambiental da comunidade do Assentamento Zumbi dos Palmares através do cultivo e do
beneficiamento de produtos agroecológicos, disseminando-a nos assentamentos da
vizinhança a promoção de uma alimentação saudável na comunidade e nos campi da
universidade.
Sobre o projeto:
O Assentamento Zumbi dos Palmares (AZP) é um dos assentamentos localizados no município de Branquinha - apresenta um dos menores IDH do estado de Alagoas. Criado em 1996,
o assentamento é composto por 124 lotes, com uma média de 6 hectares cada lote, onde
habitam em torno de 1200 pessoas.
Como alternativa de renda ao grupo de mulheres Associação de Produtoras Agroecológicas
da Zona da Mata de Alagoas (APROAGRO) e jovens do assentamento a equipe do projeto irá
desenvolver as seguintes ações: oficinas e cursos de capacitação em economia solidária,
desenvolvimento sustentável, políticas públicas de fortalecimento da agricultura familiar e
agroecologia, cooperativismo, agroecologia e apicultura; estimulo à produção e diversificação de alimentos orgânicos através de investimento em irrigação e apicultura; inserção dos
conteúdos relativos à temática do projeto como temas transversais nas disciplinas do
projeto pedagógico do curso de Graduação em Nutrição, perfil socioeconômico dos agricultores do assentamento, educação alimentar e nutricional, mapeamento dos produtos da
feira de orgânicos, promoção e participação em eventos.
Espera-se com as ações previstas influenciar a realidade no assentamento, contribuindo
para a redução das desigualdades sociais, através do processo de sustentabilidade, incrementando a comercialização através das feiras orgânicas e/ou vendas.
3. Projeto: Desenvolvimento participativo da cadeia produtiva sustentável de aves no
assentamento Iraci Salete
IES: Universidade Estadual de Londrina – UEL/PR
Professora coordenadora: Ana Maria Bridi
Comunidade: agricultores do Assentamento Rural Iraci Salete
Município de atuação: Alvorada do Sul/PR
Objetivos:
Aumentar a rentabilidade dos assentados através da venda de frangos caipiras, que
possuem um valor de mercado muito acima do frango comum; Melhorar o valor nutricional
da dieta dos assentados, por meio da ingestão freqüente de carne de frango, que apresenta
proteína de alto valor biológico; Proporcionar aos docentes e discentes experiência para
futura implantação de “Estágio de Vivência Curricular” em propriedades de agricultura
familiar no Curso de Graduação em Zootecnia.
Sobre o projeto:
O Assentamento Rural Iraci Salete foi criado no ano de 1999 na cidade de Alvorada do Sul,
PR e conta com 60 famílias assentadas. O trabalho de extensão se faz necessária para que
os assentados possam desenvolver uma atividade que seja economicamente viável e
garanta a sua permanência no campo. Também, é importante para o Projeto Político Pedagógico dos cursos de graduação na área de Ciências Agrárias, a contextualização dos acadêmicos na realidade de produção sustentável em pequenas propriedades e o entendimento
das questões agrícolas e agrárias.
Objetiva-se com esse projeto articular a integração entre a Instituição de Ensino, os assentados e a comunidade externa, visando à reformulação e a geração de novos conhecimentos
para a produção de aves (frango de corte e ovos), contribuindo para a promoção do desenvolvimento sustentável (economicamente, socialmente, ecologicamente), adotando medidas baseadas no princípio da agroecologia. Deve também, orientar para novas ações de
gestão das propriedades, contribuindo para a construção da cidadania e emancipação das
famílias. Para a Instituição de ensino e para os acadêmicos, o projeto de extensão deve
contribuir para a construção do Projeto Político Pedagógico do curso e na definição de
linhas de pesquisa baseadas nas problemáticas vivenciadas, promovendo a geração de
novos conhecimentos. Para tanto, serão utilizados os métodos de extensão “Planejamento
Estratégico Participativo” e “Diagnóstico Rápido e Dialogado”.
4. Projeto: Frango caipira - desenvolvimento sustentável de comunidade quilombola na
região do cone sul do estado de Rondônia
IES: Faculdade da Amazônia – FAMA/RO
Professor coordenador: Giancarlo Dalla Costa
Comunidade / Município de atuação: Comunidade quilombola – Pimenteiras do Oeste/RO
O projeto será implantado em comunidade quilombola do município de Pimenteiras do
Oeste/RO. A avicultura dentro da comunidade é um sistema de fácil aplicação, necessita de
pouca mão de obra, tem um retorno financeiro rápido e funciona como uma fonte de
alimento para a família. Será implantado galpão para as aves com capacidade total para 400
frangos de corte. Para implantação dos piquetes para a formação da área de pastejo será
realizado análise de solo e se necessário corrigido e adubado, o que permitirá crescimento
do pasto grama-estrela (Cynodon nlemfuensis). A ração balanceada deverá ser fornecida
em comedouros instalados no interior do galinheiro e no piquete, com média de 70–120g
dia por ave. Alimentos alternativos, disponíveis na região (milheto, raízes e as folhas de
mandioca, leguminosas como feijão-guandu e a leucena, etc.), serão utilizados para complementação da alimentação. A idade de abate ou venda do animal vivo ocorre a partir de 90
dias, podendo chegar a 120 dias. Espera-se aumento na renda familiar e melhoria na qualidade de vida das comunidades quilombolas.
5. Projeto: Desenvolvimento das mulhres rendeiras da singeleza
IES: Centro Universitário CESMAC
Professora coordenadora: Adriana Guimarães Duarte
Comunidade / Município de atuação: artesãs - Paripueiras / AL
Objetivos:
O projeto visa dar suporte a uma comunidade localizada no município de Paripueira, Alagoas, para que possam produzir, desenvolver e difundir as rendas, já produzidas pela comunidade, com ênfase na confecção da Singeleza, representante significativa da tradição alagoana e já reconhecida como patrimônio pela Secretaria de Cultura do Estado de Alagoas
(SECULT), através do Registro como bem cultural de natureza imaterial. Após superado o
risco de extinção, hoje, a produção dessa renda ainda é limitada restringindo-se a alguns
grupos em Marechal Deodoro, Água Branca e Paripueira. Dessa forma, faz-se necessário o
desenvolvimento de ações que viabilizem a produção e comercialização de peças, voltadas à
capacitação técnica, empresarial e logística da comunidade, além de dotar a mesma de
equipamentos e materiais necessários para o desempenho das suas atividades.
A comunidade em questão é composta por mulheres rendeiras, donas de casa e que trabalham de maneira individualizada, sem organização, com dificuldade de comercialização e de
divulgação e por isso mesmo, com pouco retorno financeiro. O projeto visa criar novas
oportunidades de geração de renda para essas mulheres, ao mesmo tempo em que propõe
atividade que contribui com a preservação do patrimônio cultural de Alagoas e do Brasil
6. Projeto: Valorização da produção da agricultura familiar com a comercialização de frutas
desidratadas e barras energéticas a partir de produtos locais e com tecnologias inovadoras e
sustentáveis.
IES: Universidade Católica Dom Bosco – UCDB/MS
Professora coordenadora: Marney Pascoli Cereda
Município de atuação: Associaçãoes de pequenos produtores /Campo Grande e
Terenos/MS
O projeto visa ampliar escala de tecnologias já estabelecidas, para apoiar o desenvolvimento de duas associações, Broto Frutos Culinária do Cerrado, em Campo Grande e a Cooperana, no assentamento Nova Aliança, em Terenos. O produto selecionado foi barras energéticas doces e salgadas desenvolvidas no CeTeAgro, onde os cereais são substituídos por
farinha de mandioca. As frutas e hortaliças serão estabilizadas por desidratação osmótica
(DO), que permite também a produção de vinagre e aguardente. A adaptação da tecnologia
rendeu aos proponentes o premio FINEP 2005 em inovação social. Além de simples e
barato, é de fácil transferência. As barrinhas são nutricionalmente equilibradas e usam
produtos locais: mel, frutas, hortaliças, castanhas, o que favorece os produtores rurais. O
projeto propõe alcançar a meta de 40.000 barrinhas por mês no final do segundo ano.
7. Projeto: Pesca Sustentável e Geração de renda nas comunidades de Pedra Grande
IES: Universidade Potiguar
Professora coordenadora: Neuma Caroline Santos Pereira
Comunidade / Município de atuação: comunidade pesqueira / Pedra Grande / RN
Esta proposta de apoio à pesca sustentável e geração de renda na comunidade de Pedra
Grande tem como estratégia de desenvolvimento a concretização de uma cooperativa
envolvendo os pescadores de Porto do Mangue/RN com as Secretarias de Agricultura/Pesca, Saúde, Educação e Gerência de Meio Ambiente e a Universidade Potiguar. O objetivo
deste projeto é a estruturação da construção de uma cooperativa para organizar a atividade
econômica relacionada a pesca destas comunidades. Para o acompanhamento das ações
desenvolvidas será usado o modelo PDCA. Todo o processo de formação de preço até a
composição formal da cooperativa serão acompanhadas pela equipe formada entre professores e alunos de diversos cursos da UnP. Espera-se promover o empreendedorismo social,
já que serão desenvolvidas ações relacionadas à geração de renda. As ações do projeto
serão desenvolvidas em locais da própria comunidade, inicialmente nos ranchos de pescadores, para as orientações iniciais com pretensão de expandir a ação a todas as comunidades circunvizinhas.
8. Projeto: Cooperativa de catadores: articulação entre geração de renda, reciclagem e
gestão ambiental
IES: Faculdade Pitagoras – Poços de Caldas/MG
Professora coordenadora: Yula de Lima Merola
Comunidade/Município de atuação: catadores / Poços de Caldas/MG
O projeto busca a interação do catador com a comunidade onde está inserida, uma vez que
a coleta realizada pelo Poder Público é ineficiente, sem educação ambiental e sem responsabilidade da comunidade. Através da aquisição dos equipamentos de coleta e acondicionamento os cooperados poderão ser reconhecidos como agentes ambientais de transformação, incentivando, sensibilizando e educando ambientalmente a comunidade, garantindo
assim maior recuperação ambiental, dignidade e renda para membros da Cooperativa,
tornando a comunidade responsável por seus resíduos e propagadores dos conhecimentos
adquiridos. Mas quando se fala em dignidade alguns itens de melhoria física no local de
trabalho precisam ser adequados, sendo assim o projeto busca de maneira não menos
importante sanar essas condições garantindo um ambiente propício às atividades laborais.