Relatório do GT de Conteúdos e Serviços Digitais do Brasil
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Relatório do GT de Conteúdos e Serviços Digitais do Brasil
Relatório do GT de Conteúdos e Serviços Digitais PNBL – 2010 Dezembro de 2010 Brasil Conectado Programa Nacional de Banda Larga Secretaria Executiva do CGPID – Área de Conteúdos e Serviços Digitais Coordenação: Cosette Castro – [email protected] Ronald Costa – [email protected] Apoio técnico: estagiário Alan Machado - [email protected] INDICE Introdução............................................................................................................................................. 04 Atividades desenvolvidas durante o semestre - 2010 .......................................................................... 04 Elaboração de propostas de ações para desenvolver a Indústria de Conteúdos, Serviços e Aplicativos Digitais .................................................................................................................................................06 Implementação de estratégias públicas de armazenamento e distribuição da produção de conteúdos digitais.................................................................................................................................................. 13 Rede de Indicadores IPEA-PNBL.........................................................................................................16 Pólos de produção de conteúdos e serviços digitais..............................................................................18 Piloto de capacitação em e-Gov das 100 cidades selecionadas pelo PNBL..........................................20 Pesquisa IPEA-Socicom Panorama da Comunicação e das Telecomunicações..................................22 Participação em Seminários, Congressos Internacionais e Conferências Interministeriais..................23 Workshop sobre Financiamento para a Industria de Conteúdos Digitais..............................................24 Missão para Europa sobre conteúdos e serviços digitais...................................................................... 29 Participação no GT de Conteúdos Digitais do Plano Estratégico de inclusão digital para Sociedade da Informação na América Latina e Caribe (eLaC).................................................................................. 31 Desafios para o futuro ...........................................................................................................................33 CGSAC .................................................................................................................................................34 Relatório do GT de Conteúdos e Serviços Digitais PNBL – 2010 Introdução O Grupo de Trabalho (GT) sobre Conteúdos, Aplicativos e Serviços digitais começou seu trabalho no final de julho de 2010. A principal atividade do GT foi trabalhar de forma unificada duas partes da cadeia produtiva das tecnologias da informação e da comunicação (TICs), desenvolvendo discussões e projetos conjuntos entre a área de aplicativos e serviços digitais (sob a responsabilidade dos Ministérios do Planejamento e da Saúde) e de conteúdos digitais (sob a responsabilidade dos Ministério da Educação e da Cultura com acompanhamento da Secretaria de Assuntos Estratégicos - SAE). Também participaram o Ministério da Ciência e Tecnologia, através da Secretaria de Inclusão Social, e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, através da Secretaria de Inovação. Pela primeira vez, os debates e projetos discutidos perpassaram o campo da tecnologia estabelecendo sua relação com as políticas públicas necessárias para o desenvolvimento de uma indústria de conteúdos digitais no país, assim como para a oferta de serviços públicos digitais gratuitos à população, através de diferentes plataformas, como computadores, TV digital, celulares, videojogos em rede e convergência de mídias. Atividades desenvolvidas durante o semestre 1. Elaboração de documento teórico do GT pelos Ministérios da Educação, Cultura, Saúde e Planejamento1 Disponível em: http://www4.planalto.gov.br/brasilconectado/forum-brasil-conectado/documentos/3ofbc/documento-base-do-programa-nacional-de-banda-larga 2. Elaboração de propostas de ações de curto, médio e longo prazo para desenvolver a indústria de conteúdos, serviços e aplicativos digitais2 no país, assim como o armazenamento dos dados digitais e a digitalização dos conteúdos e serviços analógicos, como pode ser observado abaixo: 1 2 Disponível também no documento impresso Brasil Conectado – Programa Nacional de Banda Larga, 2010. Elaborado a partir dos seguintes documentos: Plano Estratégico para o Desenvolvimento de Conteúdos Digitais no Brasil – 2010 a 2020, proposto sob a coordenação de Cosette Castro, da proposta para Política Nacional para Conteúdos Digitais da Secretaria do Audiovisual – MinC, e participação dos membros do GT de Conteúdos e Serviços Digitais. PROGRAMA NACIONAL DE BANDA LARGA – área de conteúdos e serviços digitais Ação macro Ações deste eixo Curto prazo Médio prazo Longo prazo IMPLEMENTAÇÃO DE Instaurar uma Estabelecer comitê de articulação e Digitalização dos conteúdos analógicos Inclusão de outros atores à ESTRATÉGIAS PÚBLICAS federação de governança para integração dos portais existentes atualmente nos acervos públicos federação DE ARMAZENAMENTO E repositórios públicos DISTRIBUIÇÃO DA de conteúdos digitais Estabelecer protocolos para a integração de repositórios públicos PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS DIGITAIS Definir padrões de metadados para a catalogação de conteúdos digitais multiplataforma Utilizar, como ponto de partida, o Portal de Domínio Público, agregando-se ao MINC e RNP para a formação da federação de portais Estruturar equipes gestoras, de diferentes níveis, para acompanhar todo o processo IMPLEMENTAÇÃO Criação de um Centro Instaurar Comissão Interministerial para estudar DE ESTRATÉGIAS Nacional de DE PESQUISA, Articulação e DESENVOLVIMENTO Estímulo a P, D&I e E INOVAÇÃO produção de conteúdos a criação do Centro Fomentar linhas de Contratar instituição de pesquisa para realizar Realizar os ajustes pesquisas voltadas levantamento da capacidade de pesquisa e que se fizerem para inovação instalada, visando colaboração de necessários nas P, D & I outros setores ações de incentivo relacionadas a esse eixo, de modo a garantir a contínua produção de conteúdos e a permanente atualização tecnológica dos mesmos, em completo alinhamento com as necessidades do país Definir um grupo de estudos junto a CAPES, CNPq, Finep, MCT, MEC, MinC: bolsas de estudo e fomento a linhas de pesquisas acadêmicas Fomentar junto às instituições de ensino superior (IES) e Institutos Federais de Tecnologia: pesquisas conjuntas, inter e transdisciplinares que promovam a internalização desses novos conceitos dentro do meio acadêmico, nas licenciaturas e pósgraduações IMPLEMENTAÇÃO Contratar instituições para realizar estudos Mapear Arranjos DE POLÍTICA DE sobre: cadeia de valor, demanda pública, Produtivos Locais (APL) a produção de conteúdos e serviços como alternativa econômica DESENVOLVIMENTO demanda privada, desenvolvimento específicos para a ECONÔMICO econômico e panorama internacional produção de conteúdos REGIONAL COM digitais ou aproveitar os FOCO EM ARRANJOS já eventualmente PRODUTIVOS existentes LOCAIS E AUTO Fomentar produção de conteúdos digitais SUSTENTABILIDADE relacionados às necessidades dos diversos DA INDÚSTRIA DE níveis de governo CONTEÚDOS Realizar os ajustes que se fizerem necessários, de modo a firmar para os indivíduos, as comunidades e o país CONTEÚDOS Incentivar que os Pontos de Cultura, Direcionar as compras emissoras de rádio e TV públicas e as IES governamentais, em se voltem para a geração de conteúdos todos os níveis de digitais, sobretudo se relacionados à governo, para que cultura local priorizem eventuais aquisições de conteúdos digitais oriundos dos APL de que trata a primeira macro-ação Privilegiar os conteúdos digitais gerados Fomentar a criação de pelos Pontos de Cultura e Núcleos de linhas de crédito para Produção Digital do MinC, dando assim estimular o visibilidade às culturais locais desenvolvimento de conteúdos digitais interativos entre micro, pequenas e medias empresas produtoras, bem como de IES interessadas Apoiar a distribuição dos conteúdos Inserir as atividades de produzidos por todo país, bem como a produção de conteúdo exportação de conteúdos digitais nos indicadores comercializáveis econômicos nacionais, de modo a medir sua influência para o desenvolvimento do país Fomentar a produção e disponibilização de conteúdos digitais pelos professores de todos os níveis de ensino DESENVOLVIMENTO Fomentar ações de Contratar pesquisa para definição de Desenvolver estudos diagnóstico sobre ofertas de mão-de-obra sobre as novas profissões PÚBLICAS DE qualificada para produção e gestão de que surgem a partir da FORMAÇÃO negócios de conteúdos digitais e centros produção de conteúdos e CONTINUADA DOS de formação passíveis de integrar uma serviços digitais e da DIFERENTES PERFIS rede de ensino e pesquisa aplicada convergência de mídias e DE ESTRATÉGIAS formação PROFISSIONAIS , sobre a necessidade de BEM COMO DA adequar a legislação POPULAÇÃO EM trabalhista GERAL NOS Realizar ações de formação de inclusão ACESSOS A digital para os diferentes segmentos da CONTEÚDOS E sociedade Ampliar a atualização contínua dos SERVIÇOS DIGITAIS professores para o uso didáticopedagógico das mídias digitais e a convergência tecnológica Fomentar, via SESU e SETEC/MEC, a criação de novos cursos de graduação, inclusive os tecnológicos, presenciais e à distância voltados para as mídias digitais que trabalhem de forma transdisciplinar. Fomentar a criação de novos cursos técnicos presenciais e a distância, no âmbito das redes federais (profissional, científica e tecnológica), instituições públicas e privadas e sistema S Implantar processos de formação continuada em cultura digital para implementação em diversas instâncias, partindo da experiência dos currículos desenvolvidos nos Pontos de Cultura Realizar campanhas Realizar campanha de alfabetização de alfabetização digital junto a municípios e comunidades digital carentes para que possam compreender e acessar os diferentes recursos que serão disponibilizados pelo PNBL 2.1. Implementação de Estratégias Públicas de Armazenamento e Distribuição da Produção de Conteúdos Digitais Articulação e projeto desenvolvido pela Coordenação de Cultura Digital do MinC (com participação do MCT-Ibict, RNP, Fórum Cultura Digital e apoio do GT de Conteúdos e Serviços Digitais) Encontros Técnicos - Acervos Digitais - MinC/RNP 02 e 03/12 - SP: Metadados e Protocolos de Comunicação 09 e 10/12 - RJ: Interoperabilidade e Redes de Distribuição Contexto Oportunidades para a criatividade e a inovação são estimuladas e viabilizadas pela Internet Diagnósticos evidenciam o estado de fragmentação do conteúdo publico disponibilidade, inviabilizando soluções de acesso qualificado aos acervos digitais É necessária uma instância de coordenação para os projetos de digitalização e disponibilização de acervos Para o benefício da pesquisa, educação e entretenimento, se faz necessária uma Aliança Estratégica para o Conteúdo, capaz de fomentar a inovação para o ecossistema de conteúdos on line Papel da Coordenação de Cultura Digital no MinC Rede Cultura Digital.BR: Construção Colaborativa de Políticas Públicas (processo contagiante) o Consultas abertas neste momento (MJ): 'classificação indicativa', 'dados pessoais e privacidade' Processo do Fórum da Cultura Digital (2009) - Eixo Memória do Digital o Aprofundou o diagnóstico sobre digitalização de conteúdos públicos Simpósio Internacional de Políticas Públicas para Acervos Digitais (04/2010) o Documento propõe formação de um Comitê de Digitalização e Acesso à Cultura e Conhecimento o Implementações piloto de integração com base em padrões abertos 13 Prospecção em possibilidades Domínio Público, Cinemateca Brasileira, Funarte, Biblioteca Nacional, Brasiliana USP, são possíveis parceiros em experimentos de integração Proposta desenvolvida em conversa aberta com a rede culturadigital.br o Digitalização de acervos implementada na lógica do acesso, privilegiando integração o Deve atender: (1) acervos públicos, (2) produtores independentes, (3) TV Digital + Internet o Manter autonomia das instituições na guarda de seus acervos: metadados, bases de catalogação, planos de sustentabilidade o o Acesso qualificado: Conteúdo interactivo Reprocessamento (remix) Tradução colaborativa Busca contextual Folksonomia Metadados 2.0 Aplicações de rede social para fomentar a colaboração e a participação no contexto de acesso aos acervos o Conceito 'dados abertos' (open data) para acervos culturais o Protocolo aberto e distribuído para acervos digitais Norma Atom / Protocolo XMPP / PubSub Fácil integração com os gerenciadores de colecções / publicadores / serviços e aplicações específicos Padrões abertos e software livre 14 Sintonia com o Programa Nacional de Banda Larga – PNBL GT Conteúdos - MinC e MEC (MCT-Ibict) e GT Aplicações e Serviços - MP, MS Baseado no Documento do PNBL - Anexo I - Conteúdos, Aplicações e Serviços Conclusões e Articulações Propostas dos Encontros problema = fragmentação diretrizes = padrões abertos / software livre estratégia = compartilhamento de recursos -> soluções para integração Frentes de Ação Articulação para governança de protocolos o metadados: dublin-core / atom o protocolos de comunicação: oai-pmh o infraestruturas: sistema para url persistente o licenças: creative commons, outras opções o atores preferenciais: cgi.br (w3c) / e-ping / conarq / minc / ibict / rnp Ecossistema de Acervos Digitais o protocolo xmpp para integração instituições, acervos, pessoas (Cultura Digital / MinC) o piloto de integração: MEC (Domínio Público), Cinemateca, Brasiliana USP Plataformas o DSpace para acervos públicos - estratégia de disseminação de tecnologias interoperáveis o Integração de publicadores - solução para acervos menores o Plataforma de disponibilização de vídeo o Redes de armazenamento distribuído o Redes de distribuição de conteúdo (CDNs) (Demanda de Financiamento) 15 3. Rede de Indicadores IPEA- PNBL 3.1. A Rede foi lançada no 2o. Fórum Brasil Conectado (FBC) no final de agosto de 2010 e pretende reunir em um único local os dados e indicadores dos órgãos públicos sobre TICs e inclusão digital. Inicialmente a Rede foi pensada para desenvolver indicadores para área de infra-estrutura, mas poderá ser ampliada para a área de conteúdos, serviços e aplicativos digitais, através do cruzamento dos estudos realizados sobre o Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil. Ação: Criar um grupo de atores articulados em rede e com capacidade suficiente para determinar a coleta, análise e divulgação de indicadores pertinentes ao PNBL, com o intuito de gerar estudos e recomendações para o Programa; – Resultado alcançado: Adesão das entidades interessadas e criação de um Fórum virtual para coordenação da rede pelo IPEA – Atividade a ser desenvolvida em 2011: ampliar e estimular a participação na Rede de Indicadores – Disponível em Fórum da Rede de Indicadores – http://forum.ipea.gov.br 16 17 4. Pólos/Clusters para produção de conteúdos e serviços digitais 4.1. Mapeamento – pela equipe do GT de Conteúdos Digitais - de potenciais pólos/clusters de produção de conteúdos, serviços e aplicações digitais através da elaboração de levantamento (ainda em fase de desenvolvimento – ver anexo) da infra-estrutura de TICs, capacidades, especialistas e faculdades existentes no país nas áreas relativas a aplicativos, serviços e conteúdos digitais. Ação: mapear as iniciativas existentes na produção de conteúdos, serviços e aplicações com o objetivo de propor a criação de pólos/ clusters de produção nas diferentes regiões do país. Resultado alcançado: levantamento de dados para criação de uma base com georreferenciamento, que contará com a ajuda técnica do Ministério do Planejamento (janeiro – 2011) O levantamento inicial contou com a colaboração de: 1. Socicom - Federação das Associações de Pesquisa em Comunicação que enviou os dados sobre as Faculdades de Comunicação existentes no Brasil (Audiovisual, Cinema, Multimídia, Design, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Videojogos, Midias Digitais); 2. Base de dados CNPq/Capes para levantamento das faculdades de Tecnologias da Informação (TI); 3. Abragames – com as informações sobre onde estão situados os desenvolvedores de aplicativos para videojogos; 4. ABTU – Associação Brasileira das TV Universitárias 5. ABPI – Associação Brasileira dos Produtores Independentes para Televisão 6. EBC – Empresa Brasil de Comunicação 7. RNP – Rede Nacional de Pesquisa 8. PNBL – 100 cidades selecionadas do PNBL 9. Ministério da Saúde – rede de Relemedicina/ UNA 10. APEX - Inclusão dos 25 pólos tecnológicos do país (já em atividade ou em construção) 11. Ministério da Cultura – pontos de cultura ( inserido a partir do georeferenciamento) 18 19 5. Piloto de Capacitação e Qualificação em e-gov das 100 cidades selecionadas pelo PNBL Ação: contribuir para ampliação das iniciativas de interação entre o governo e o cidadão por meio de e-gov, elevar o nível de qualificação em tecnologia e de uso de softwares da gestão municipal das 100 cidades. – Resultado alcançado: Envio de questionário para levantamento de dados (40 respostas) e criação de comunidade das 100 cidades dentro da proposta de colaboração, comunidade, conhecimento e compartilhamento (4CMBr), disponível no Portal do Software Público Brasileiro (em fase de análise dos dados) – A proposta deste piloto é que o modelo possa ser utilizado também em projetos de capacitação e qualificação nas áreas da saúde, educação e gestão, etc. – A página está disponível para as 100 cidades e para os integrantes do GT de Conteúdos, Serviços e Aplicações 20 A iniciativa teve origem no Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) e pretende fomentar o uso de Tecnologias e Softwares Livres nas gestão pública do município, por meio do Portal do Software Público Brasileiro (PSPB) e da Comunidade de Colaboração e Compartilhamento do Conhecimento do Municípios Brasileiros (4CMBr). A comunidade das 100 cidades, criada dentro do 4CMBr, é um canal de comunicação direta com os gestores públicos das 100 cidades e está levando informação sobre o uso de Software Livres existentes no PSPB. Uma pesquisa (elaborada em conjunto com a área de conteúdos e serviços digitais do PNBL e o Ministério do Planejamento) foi disponibilizada dentro do 4CMBr e enviada às 100 primeiras cidades que serão atendidas pelo PNBL com Banda Larga por meio da Telebrás. Este instrumento, em uma primeira fase, realiza um levantamento prévio da situação da adoção de Softwares e Tecnologia na gestão municipal. Em uma segunda fase, tendo por base os dados levantados pela pesquisa inicial, serão realizadas ações de capacitação e qualificação presenciais e a distância. Até a última semana de dezembro de 2010, cerca de 60% das cidades já tinham enviado seus dados. Tal amostra já está permitindo traçar perfis de uso de Tecnologias da Informação (TI) na gestão pública municipal destas cidades de forma a possibilitar que as ações de capacitação e qualificação atendam o perfil e as características de cada cidade. 21 6. Coleção IPEA/Socicom sobre Tendências na Comunicação e Telecomunicações no Brasil, com apoio do PNBL, lançada em CD (dez/2010) e versão impressa (jan/2011) Trata-se do primeiro estudo realizado sobre o panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil. Na pesquisa relativa à área de Comunicação, oferece levantamento das faculdades de Comunicação, cursos de graduação e pós-graduação (Audiovisual, Cinema, Multimídia, Design, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Videojogos, Mídias Digitais); levantamento do mercado nas diferentes áreas de Comunicação, mapeamento das novas profissões e tendências para o futuro; pesquisa sobre a indústria criativa e de conteúdos digitais no Brasil, assim como estudo comparativo em 11 países sobre questões relativas às TICs. A obra, com três volumes, também oferece o panorama das telecomunicações no país e as tendências do setor no mundo. Esta é a primeira vez que um estudo dessa amplitude reúne reflexões sobre comunicação e telecomunicações, pensando essas áreas como parte do setor produtivo e industrial do país. A proposta da parceria que tem apoio do PNBL é que o estudo seja atualizado anualmente, constituindo series históricas, a criação de indicadores para área de comunicação e conteúdos digitais, e a criação de um observatório (como já existe nos países europeus) que disponilibize publicamente o avanço das políticas de comunicação no país. Versão on line dos três volumes podem ser encontrados em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/Panorama_da_Comunicao_e_das_Telecomunicaes_no_Brasil__Volume_1.pdf http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/Panorama_da_Comunicao_e_das_Telecomunicaes_no_Brasil__Volume_2.pdf http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/Panorama_da_Comunicao_e_das_Telecomunicaes_no_Brasil__Volume_3.pdf 22 7. Participação em Seminários, Congressos Internacionais e Conferências Interministeriais – 2o. semestre 2010 7.1. Fórum Internacional sobre Software Livre (FISL) – Brasil – agosto (palestrante Ronald Costa) 7.2. Seminário Internacional sobre Software/RJ – Brasil – agosto (palestrante Cosette Castro) 7.3. Seminário Internacional sobre Conteúdos Digitais – Colômbia – setembro (conferencista Cosette Castro) 7.4. Reunião preparatória para a Conferência Ministerial da Sociedade da Informação – Uruguai – setembro – (Cosette Castro, delegada brasileira, como coordenadora do GT de Conteúdos Digitais do Plano eLAC 2010) 7.5. Conferencia Ministerial da Sociedade da Informação para América Latina e Caribe – Peru – novembro - (Cosette Castro, delegada brasileira, como coordenadora do GT de Conteúdos Digitais do Plano eLAC 2010) 7.6. Seminário Internacional sobre Conteúdos Digitais – Peru – novembro (palestrante Cosette Castro) 7.7. III Seminário Internacional sobre Inclusão Digital – Brasil – novembro (palestrante Cosette Castro) 7.8. Congresso Panamericano de Comunicação 2010, sobre Indústrias de Conteúdos Digitais – Brasil – dezembro (coordenadora Cosette Castro) 7.9. Fórum da Cultura Digital 2010 - São Paulo novembro 2010 - Mesa Redonda Banda Larga e Cultura Digital ( palestrante Ronald Costa) - http://culturadigital.br/forum2010/ 7.10. Encontro Técnico sobre Conteúdos e Acervos Culturais Digitais: Descrição, Integração e Ampliação do Acesso - Minc / RNP - Rio de Janeiro - dezembro 2010 - ( representante do PNBL - Ronald Costa) 23 8. Workshop de Financiamento para a Indústria de Conteúdos Digitais O Workshop sobre Financiamento para a Indústria de Conteúdos Digitais foi realizado no dia 29 de novembro do corrente ano, com a participação de 40 representantes de 18 instituições públicas, que se reuniram na sede do IPEA durante todo dia. Os trabalhos foram abertos pelo coordenador do PNBL, Cezar Alvarez, e recebeu o apoio institucional do IPEA, através do Diretor de Inovação do IPEA, Marcio Wholers. Durante a manhã foram realizadas duas mesas de debates, a primeira com Margarida Baptista, assessora da presidência do BNDES, e Luciane Gorgulho, Diretora do programa Pro-Cult do mesmo banco, que debateram sobre os passos necessários para financiar uma indústria de conteúdos e serviços digitais no país. A segunda mesa foi coordenada pelo Secretario de Inovação do MDIC, Francelino Grando, e seu assessor, Rafael Correa, que trataram sobre os desafios de buscar recursos no orçamento da União para uma nova indústria. A partir dos debates realizados durante a manhã, no período da tarde os participantes se reuniram em quatro GTs e definiram indicativos para desenvolver uma indústria de conteúdos digitais no Brasil: 8.1. GT 1 - Capacitação e Formação 8.2. GT 2 - Políticas de Fomento 8.3. GT 4 - Modelos de Negócios e Comercialização 8.4. GT 3 – Produção e Distribuição de Conteúdos para Multiplataformas Indicativos dos Grupos de Trabalhos GT 1, Capacitação e Formação - coordenado pelo MEC – Cinco instituições participaram do GT - MEC (2), MP (2) e Minicom (1) Indicativos: 1. Capacitação para uso (capacidade de fomentar o conhecimento: ensinar a usar), para produção e para pesquisa em tecnologias da informação e da comunicação (TICs); 24 2. Propostas intragovernamentais - simplificação de tramites burocráticos para captação de recursos internacionais; 3. Proposta finalísticas - governos podem propiciar para políticas públicas (uso de espaço - telecentro é um dos vetores para TICs), compartilhamento dos espaços existentes dentro de escolas para comunidades; 4. Articular ações com mercado, para capacitação, incentivo a pesquisa e inovação tecnológica que deverão fazer parte da política de incentivos fiscais como contra partida (política industrial) 5. Fomento a cooperativas e empreendedorismo (uso – fomento a demanda, produção - fomento a oferta - e pesquisa) 6. Capacitação de gestores locais para formação em TICs (uso de software livre, ex: e-cidade) 7. Criação de cursos de curta duração ministrados em telecentros, lan houses e pontos de cultura voltados para formação de desenvolvedores de TICs e produtores de conteúdos digitais 8. Oferta de bolsas para abertura de cursos técnicos para desenvolvedores de TICs e produtores de conteúdos envolvendo o Sistema S – (Sugestão do GT3 aprovada pelos presentes) Os GT 2 - políticas de fomento - e GT 4 - modelos de negócios – foram reunidos em um único Grupo de Trabalho e coordenado pelo Ministério do Planejamento (MP). Participaram sete instituições: MP, Finep, Casa Civil, SAE, IPEA, Ancine e Ministério da Saúde GT 2 - Políticas de Fomento Indicativos 1. Simplificação dos instrumentos de financiamento, entre elas linguagem mais acessível e inverter o foco do produto para a empresa; 2. Criação de um fundo garantidor de crédito para reduzir as dificuldade quanto as garantias; 3. Elaboração de um programa nacional de elaboração de conteúdos/aplicações / PL 29 / PLC 116; 4. Convergência de recursos do orçamento entre conteúdo e infraestrutura - convergência de redes e equipamentos- infra-estrutura pública e residencial; 5. Tornar a TV pública indutora de conteúdos públicos interativos 6. Obrigatoriedade do uso do middleware Ginga 25 7. Obrigatoriedade das emissoras abertas a gerar conteúdo/aplicações interativos em parte do tempo de sua programação (parte seja adquirido de produtora independente e /ou conteúdo regional / local) 8. Obrigatoriedade de compatibilizar o middleware das TVs pagas com o Ginga, para a geração de conteúdo interativo 9. Política de reciclagem de equipamentos para o uso de capacitação e formação profissional GT 4 - Modelos de Negócios e Comercialização Indicativos 1. Oferta de serviços G2G (serviços de governo para governo) voltada a eficiência operacional do governo federal / melhoria da gestão nos municípios. 2. Modelagem para pequenos provedores que passarão a prover infraestrutura e gerar / catalização do conteúdo local e regional 3. Fomento às associações e cooperativas de conteúdo local/regional para ganhar alcance nacional 4. Fomento da cadeia/segmentos e não produtos / obras GT 3 - Produção e Distribuição de Conteúdos para Multiplataformas, coordenado pelo Minc, com participação de sete instituições: MDIC, Dataprev, Minc, EBC (02), BB e MP. Indicativos: 1. Instauração de uma federação de repositórios públicos de conteúdos digitais (criação de um comitê nacional) 2. Revisão da política de direitos autorais para desembaraçar os acervos atuais 3. Criação de um pacote de serviços e vídeo, dados e voz de acesso popular que possa distribuir a produção de conteúdos audiovisuais nacional (people play) que poderia ser ofertado pela Telebrás ou pelos ISP 4. Propor a construção de lei que garanta uma participação com percentuais nos fundos e no orçamento para produção, distribuição e armazenamento de conteúdos e serviços digitais 26 5. Desenvolvimento de políticas de financiamento que passem a premiar o associativismo entre as empresas tanto para crédito como para fundos de governo, induzindo o trabalho em consórcio 6. Estimular a criação de pólos/clusters criativos de forma complementaria as cidades digitais fomentando a produção de conteúdos e serviços em múltiplas plataformas e estratégias transmídias Instituições Participantes (19) e representantes de instituições (40): Presidência da República, Casa Civil, SAE, MEC, MINC, Ministério da Saúde, Ministério do Planejamento, Minicom, MDIC, Dataprev, CEF, Banco do Brasil, BNDES, SEBRAE, IPEA, FINEP, CNPq, EBC e Ancine. *Não puderam participar os representantes do Banco Central, APEX, ABDI, Funtel/Minicom e MCT que se colocaram a disposição para participar das próximas atividades para pensar o Financiamento para a Indústria de Conteúdos Digitais. Workshop sobre Financiamento para Indústria de Conteúdos Digitais – debate durante a manhã 27 Palestra da Dra. Margarida Baptista (BNDES) sobre Financiamento para uma Nova Indústria 28 10. Missão para Europa sobre Conteúdos e Serviços Digitais A Missão de uma semana foi organizada pela Secretaria de Inovação do MDIC, através de parceria com o Grupo de Trabalhos sobre Conteúdos Digitais do Plano eLAC para Sociedade da Informação na América Latina e Caribe – seção Brasil, com apoio da área de conteúdos e serviços digitais do PNBL. Participaram 20 convidados, representantes do governo federal, de empresas de produção de aplicativos e conteúdos digitais para TV digital, computadores, videojogos e celulares, representantes de associações (ABDI, ABTU, Abragames, ABTI, Campus Party), de instituições de pesquisa (como CESAR - PE e Fundação Certi- SC) e pesquisadores nas áreas supra citadas. Trata-se da primeira Missão realizada no país por um grupo transdisciplinar, seja pela formação dos participantes: Comunicação, Tecnologias da Informação, Economia, Administração e Engenharia, como pelo perfil profissional: profissionais liberais, empresários, pesquisadores, gestores e funcionários públicos) que diariamente discutiam sobre os projetos desenvolvidos na Espanha (Valencia e Barcelona) e Inglaterra (Londres), trazendo propostas para desenvolver também no país. Três projetos já foram apresentados (ou estão em estudo) depois da realização da Missão em outubro de 2010: - Desenvolvimento de conteúdos interativos para o personagem Peixonauta, animação brasileira que já foi vendida para 68 países; - Projeto de capacitação para TV digital interativa profissionais do mercado com participação da ABTU e a ABPI- TV; - Programa de Clusters de Animação e Jogos Eletrônicos voltados aos Arranjos Produtivos Locais 29 Também se encontra em estudo, a parceria entre empresas desenvolvedoras de aplicativos e empresas produtoras de conteúdos digitais, para computadores, videojogos, celulares e TV digital. Além disso, será instalado oficialmente o Grupo de Trabalho de Conteúdos Digitais ligado ao Fórum de Competitividade de TI, da Secretaria de Inovação do MDIC, em reunião a ser realizada durante a Campus Party 2011, em São Paulo, que conta com apoio da área de Conteúdos e Serviços Digitais do PNBL. 30 11. Participação do GT de Conteúdos e Serviços Digitais no Plano Estratégico eLaC de Inclusão Digital para a Sociedade da Informação e do Conhecimento na América Latina e Caribe Plano eLaC 2015 de Inclusão Digital para Sociedade da Informação e do Conhecimento na América Latina e Caribe Desde 2008, o Brasil coordena o Grupo de Trabalho de Conteúdos Digitais e Industrias Criativas do Plano eLaC, cujas estratégias de inclusão digital vem sendo desenvolvidas no sentido de sensibilizar os 28 países da Região que participam do plano estratégico sobre a importância de desenvolver uma indústria de conteúdos e serviços digitais interativos e gratuitos à população como espaço de inclusão social e digital. O eLaC é uma estratégia regional para a América Latina e Caribe, de acordo com os Objetivos do Milênio e da Conferência Mundial sobre a Sociedade da Informação (CSMI) com visão de longo prazo – até o ano de 2015 – que propõe que as TICs sejam instrumentos do desenvolvimento econômico e da inclusão social. A Comissão Econômica da América Latina e Carice (CEPAL), órgão das Nações Unidas, atua como secretaria técnica do Plano Regional. Em sua primeira etapa o Plano eLaC2007 – 2005 a 2007- teve 30 metas; na segunda etapa, eLaC 2010 – 2008 a 2010 – teve 83 metas e recentemente, em novembro de 2010, foi aprovado um novo plano, na Conferência de Lima, com menos de 30 metas para serem alcançadas até 2015 pelo países participantes. 31 O trabalho do Brasil começou em 2005, com a organização da Conferência da sociedade da informação pré-Tunis no Rio de Janeiro, teve continuidade na Conferência de El Salvador, em 2008, quando foi criado o grupo de Conteúdos Digitais e o Brasil seguiu com a coordenação do GT de software (MDIC). Em 2008, durante a Conferência de El Salvador, a meta 83 do Plano eLaC2010 estabeleceu como uma das atividades do Grupo de Conteúdos Digitais a criação de Centros Nacionais de Produção de Conteúdos Digitais Interativos e Interoperáveis, para posteriormente ser construído o Centro Regional que englobe e otimize as ações dos países para pesquisa, capacitação e produção de conteúdos e serviços interativos para computadores com internet, TV digital, celulares, videojogos, rádio e cinema digital. Passados dois anos, a meta de criação dos Centros Nacionais foi alcançada por dois países: Argentina, que criou em 2010, nove (09) centros estaduais para produção de conteúdos digitais e Colômbia, que criou cinco (05) centros estaduais para produção de conteúdos digitais, atualmente em fase de organização. Nestes dois anos de atividades (2008-2010), o GT de Conteúdos Digitais tem estimulado a realização de seminários, congressos, mesas redondas, cursos de formação e capacitação para compreender a passagem do mundo analógico para o digital, assim como as possibilidades de empregabilidade e sustentabilidade dos países que desenvolvem estratégias para construir uma indústria de conteúdos e serviços digitais, que pode ser estimulada em uma ou diferentes plataformas, como computadores, TV digital, celulares, videojogos em rede, rádio e cinema digital e para convergência tecnológica. Atualmente 17 países participam do GT de Conteúdos Digitais do Plano eLaC2015, que aprovou novas metas na Conferencia Regional realizada em novembro, em Lima, Peru. Mais uma vez o Brasil foi escolhido como país coordenador do GT de Conteúdos Digitais. Trata-se do primeiro GT a aceitar representantes da academia e sociedade civil, além da representação oficial dos países. Mais informações sobre o Plano eLaC2015, suas metas e a participação brasileira em 1. http://www.eclac.org/elac2015/ 2.http://www.eclac.org/cgibin/getProd.asp?xml=/socinfo/noticias/documentosdetrabajo/0/41770/P41770.xml&xsl=/socinfo/tpl/ p38f.xsl&base=/socinfo/tpl/top-bottom.xsl 32 Desafios para o Futuro - 2011 – Rearticular o GT de Conteúdos e Serviços Digitais a partir do novo governo; – Dar institucionalidade ao GT Conteúdos e Serviços Digitais no novo governo; – Realizar no primeiro semestre 03 seminários com os representantes GT de Conteúdos e Serviços Digitais para articular a nova dimensão do projeto no Ministério das Comunicações; – Desenvolver estudos para criar o Comitê Gestor para Políticas Públicas de Serviços, Aplicativos e Conteúdos Digitais (CGPSAC), para trabalhar de forma articulada e em parceria com o CGPID; – Implementar estratégias públicas de produção, armazenamento e distribuição de conteúdos digitais em articulação com os projetos já existentes ou em andamento nos diferentes ministérios e instituições públicas; – Implementar estratégias de pesquisa, desenvolvimento e inovação para conteúdos e serviços digitais; – Implementar política de desenvolvimento econômico regional com foco em arranjos produtivos locais e auto-sustentabilidade da indústria de conteúdos digitais 33 PROPOSTA PARA O CGSAC – 2011 No 3o. Fórum Brasil Conectado, realizado em dezembro de 2010, foi aprovado o indicativo de que o setor de Conteúdos, Aplicativos e Serviços Digitais amplie sua área de atuação para dar conta do desafio de estimular o desenvolvimento da indústria de conteúdos e serviços digitais interativos (ver página 04 em diante), com metas de curto, médio e longo prazo, que inclua o Brasil no panorama competitivo internacional, sem perder de vista as metas de inclusão digital e social. Neste sentido, a área de Conteúdos e Serviços Digitais do PNBL elaborou – em conjunto com os ministérios responsáveis – uma proposta de ampliação do Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital (CGPID), agregando no comitê o Programa de Políticas Públicas para Serviços, Aplicativos e Conteúdos Digitais. Este grupo trabalhará conjuntamente com o CGPID, ampliando os grupos de trabalho existentes (04) para nove grupos, incluindo ações transversais comuns a área de telecomunicações e conteúdos e serviços digitais (ver mapa na página 30). A presente proposta inclui ainda a ampliação dos participantes do Fórum Brasil Conectado e a realização de seminários de preparação e amadurecimento da proposta durante os seis primeiros meses de 2011. 34 Estrutura Atual Proposta 35