ab rilde 2012
Transcrição
ab rilde 2012
ABRIL DE 2012 VELONEWS E é para tentar eternizar cada momento vivenciado neste espaço dedicado ao automobilismo que temos a pretensão de ser fonte de registro, ajudando a impulsionar carreiras de jovens promissores e iniciativas de campeonatos para todo o tipo de corridas automobilísticas. A exemplo disso, essa edição traz uma entrevista com o “Seninha”, como é conhecido Luiz Sérgio Sena, um jovem que ganhou quase todas as competições de kart e Veloce em 2011. O piloto representou, com o incentivo do Velopark, o Brasil na seletiva para o Mundial da Kart, realizada na Bélgica. Folheando as páginas, você, leitor, poderá descobrir EDITORIAL Nosso objetivo é que, além da informação você se sinta dentro do Velopark, vivenciando cada corrida, cada bateria de kart, trazendo as crianças para brincar na miniscidade ou no espaço kids. Nesta revista você poderá conferir algumas das belas fotos de Paolo Reis, fotógrafo que empresta a sua coragem e perícia profissional para que as melhores imagens fiquem registradas em nossas páginas virtuais. Uma edição elaborada pensando em você, não importa se é piloto, patrocinador, frequentador ou aspirante. ESPERAMOS QUE GOSTE. R E V I S TA V E LO N E W S Esta edição mostra como 2011 foi um ano incrível para o automobilismo brasileiro, não apenas pela estrutura das categorias ou pelo incentivo de empresas patrocinadoras desse esporte, mas principalmente pelo público, que lotou as arquibancadas fazendo uma grande festa e pela competitividade na pista, típica do nosso autódromo. No ano que passou, o Velopark recebeu a visita de mais de 400 mil pessoas, um recorde na história do Parque. Nossos cursos, treinamentos e o kartódromo nunca estiveram tão movimentados. os segredos da preparação de um veículo de corrida em uma reportagem sobre preparação esportiva com o Carlinhos Andrade e a equipe MC Tubarão. Nelas também estarão exemplos de dedicação ao esporte, como a história de Andreas Mattheis, piloto e empresário de sucesso nas pistas. Você conhecerá também o perfil do profissional Jorge Fleck, bicampeão da Fórmula Truck, pentacampeão brasileiro de Ralli de velocidade e com muitos outros títulos no currículo, ele é hoje Coordenador de Operações do Velopark. Karen Cunha REVISTA VELONEWS ESTÁ DE VOLTA. Mais moderna, com novo visual e totalmente adaptada às tecnologias do século XXI, a décima sexta edição apresenta uma seleção dos acontecimentos de 2011. Ao longo do ano recebemos importantes eventos corporativos, baterias competitivas no kartódromo, além de corridas inesquecíveis no autódromo. Quem não lembra do toque de Marcos Gomes em Cacá Bueno na última volta, da última etapa da Stock Car, quando o carioca seguia para comemorar a vitória e também o título de 2011? E na GT Brasil, em que a estreante, Mercedes SLS, deixou pra trás Ferraris, Lamborghinis e outras supermáquinas, vencendo as duas etapas na penúltima prova da temporada. 5 R E V I S TA V E LO N E W S Destino no automobilismo 6 empresário Andreas Mattheis não é apenas um piloto cheio de títulos. Dono de equipes na Stock Car e GT Brasil, o carioca de 57 anos é uma das figuras mais respeitadas nos boxes das duas principais categorias do automobilismo nacional, não apenas pelos troféus que guarda no currículo, mas por ter uma história marcada pela superação e busca incessante do sonho de guiar um carro de corrida. Proprietário das equipes A Mattheis e Red Bull Racing na Stock Car, ele é o atual bicampeão da GT Brasil. A equipe A. Mattheis conta com sede na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, uma considerável estrutura própria com área construída de 1500m2. Mais de 40 profissionais diretos fazem parte das equipes que trabalham com os carros da Red Bull Racing, na Stock Car, e A. Mattheis na GT Brasil. No final de semana dos dias 12 e 13 de novembro, Mattheis esteve no Velopark acompanhando a dupla Xandy e Xandinho Negrão, durante a penúltima etapa do GT Brasil. O automobilismo corre nas veias de Andreas. Na década de 50, o pai, também piloto, participava de competições - “Meu pai era um apaixonado por automobilismo, na época era muito perigoso e quando ele casou com a minha mãe ela pediu para que ele parasse de correr. Isso o levou a ter uma oficina em casa. Ele modificava os carros e eu sempre estava ao lado dele acompanhando e aprendendo. Minha avó contava que a primeira palavra que eu disse foi auto, carro em alemão”, lembra, referindo-se à sua origem alemã. Desinteressado por esportes que encantam o universo masculino, como o futebol, Andreas diz que quando criança não queria brincar de bola, precisava ter rodas, vivia montando e desmontando sua bicicleta. “Com 14 anos eu conversei com o meu pai e disse para ele que alguns dos meus amigos já tinham carro, e que eu também queria um. Meu pai disse: te dar um carro não posso, mas podemos construir um. Aí fiquei animado com a ideia. Com o projeto de um buggy comecei a empreitada. De buggy só a carcaça, era um protótipo com chassi tubular. Como o investimento era dele, o carro só terminou quando eu tinha 18 anos. O resultado do processo: desenvolvi um carro do nada, aprendi a serrar e montar efetivamente um carro de corrida.” ENTREVISTA Em 1995, Andreas já era chefe de equipe da Stock Car e em 98 veio a parceria com o Xandy Negrão, sucesso que dura até hoje. “Em 2007, depois de 13 anos parado, o meu amigo Xandão me convidou para correr na GT3. Voltei a ser campeão em 2007 e 2008. Depois de tanto tempo, correr nesses automóveis incríveis foi a realização que faltava na minha carreira.” Quando questionado sobre o que melhor identifica um bom chefe de equipe, Andreas não hesita: “humildade, tem que fazer tudo, dar o exemplo. Em segundo, deixar claro o valor do foco, ter em mente que a derrota é o combustível para a vitória, muita pesquisa e o principal, a liga desses elementos é o amor, é ele que faz dar certo.” Vale lembrar que: A herança segue também no filho Rodolfo Mattheis, engenheiro e chefe da equipe Mercedes SLS AMG, que na penúltima etapa da GT Brasil na temporada 2011 estreou o carro na categoria com os pilotos Sérgio Jimenez e Paulo Bonifácio. Alguns títulos de Andreas e Equipe 1988 1990 1992 1993 1996 1997 1998 1999 2000 2003 2003 2004 2005 2005 2007 2008 2008 2008 2008 2009 2010 2011 Campeão de Marcas e Pilotos Campeão de Marcas e Pilotos Campeão de Marcas e Pilotos Campeão de Marcas e Pilotos 3º Lugar - Stock Car 3º Lugar - Stock Car 3º Lugar - Stock Car Vice Campeão - Stock Car 3º Lugar - Stock Car Campeão - Mil Milhas 3º Lugar - Stock Car Campeão - Endurance Campeão - Stock Car Campeão - Mil Milhas Campeão - GT3 Campeão - Corrida do Milhão Vice Campeão - Stock Car Campeão - Stock Car Campeão - GT3 Campeão - Stock Car Vice-campeão - CFE* Campeão - Stock Car *Copa das Federações de Endurance Andreas Mattheis Andreas Mattheis Andreas Mattheis Andreas Mattheis Djalma Fogaça Paulo Gomes Xandy Negrão Xandy Negrão Xandy Negrão Xandy Negrão/I. Hofman /R. Etchenique; Guto Negrão Xandy Negrão Giuliano Losaco Xandy Negrão Xandy Negrão / Andreas Mattheis Valdeno Brito Marcos Gomes Ricardo Maurício Xandy Negrão / Andreas Mattheis Cacá Bueno Xandy/Xandinho Negrão e Andreas Mattheis Cacá Bueno R E V I S TA V E LO N E W S ENTREVISTA ANDREAS MATTHEIS Quando estava tudo pronto para colocar em prática o sonho de pai e filho, uma fatalidade muda o destino de Andreas. Ele e o pai sofrem um acidente de automóvel e o pai vem a falecer. A família tinha uma fábrica de parafusos e a necessidade de gerenciar o negócio fez com que Andreas mudasse de curso na faculdade, deixando a engenharia e começando o curso de administração. “Minha madrinha, também irmã de meu pai, percebe a minha tristeza e decide me dar um kart, que me acompanhou por duas temporadas.” Aos 38 anos, Andreas Mattheis inicia, finalmente, sua carreira profissional no automobilismo correndo sua primeira temporada no Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos. - “Corri neste campeonato durante dez anos e fui quatro vezes campeão.” Na metade da carreira, no Marcas, conseguiu montar sua própria equipe e preparar os carros. A transição para virar um dono de equipe veio naturalmente. “Quando o Campeonato de Marcas parou em 1994, me senti um pouco frustrado de não ter continuado a correr, embora já estivesse com 40 anos.” 7 Gerente de operações do Velopark e instrutor dos cursos de direção segura e de pilotagem do Autódromo. INDA MENINO, A ATRAÇÃO POR VEÍCULOS ERA INEGÁVEL. Aos cinco anos de idade a estréia junto ao volante, do futuro campeão de diversas categorias, foi no colo do pai Raimundo Fleck. O carro, um Ford 29. Já nesta primeira experiência, um resultado não esperado: atropelaram um cachorro. Sem traumas, Fleck seguiu seu destino e em 1971 comprava seu primeiro kart, em sociedade com o amigo Jorge Bastian. Naquele mesmo ano veio o primeiro título nessa categoria e desde então muitas vitórias. Depois do kart, 16 anos nos ralis, e em 1998 Fleck ingressou na Fórmula Truck se tornando bicampeão das temporadas de 1999 e 2000. Seu pai foi caminhoneiro e boa parte da família já esteve ligada aos automóveis. Natural de Três Passos/RS, o alemão alto, corpulento e sorridente, sempre trabalhou à frente dos negócios da familia e foi só em 1999 que passou a dedicar-se PERFIL PERFIL JORGE FLECK exclusivamente ao automobilismo. Uma curiosidade: se você já leu sobre as vitórias no rallye de Nabor José Severo ou de Antoninho Ferrari, saiba que eles são, na verdade, pseudônimos utilizados por Fleck numa época em que ele pretendia evitar a preocupação de alguns familiares mais resistentes. Na adolescência, Jorge se arriscou no futebol, chegando a jogar no Grêmio, time de coração. Também já se aventurou pelo vôlei, onde acumulou mais alguns títulos, mas era perto dos carros que se sentia bem. Irriquieto, Fleck tem como principal característica o comprometimento. Mesmo em dias de folga é comum encontrálo no Velopark acompanhando as atividades dos clientes no kartódromo e autódromo. Um homem simples, de criação alemã rígida e que odeia palavrões, recebe a todos com a mesma atenção. Jorge Fleck tem 2 filhos, Roberta e Rafael que também seguiram os passos do pai e adoram o automobilismo. Piloto Jorge Fleck Principais conquistas R E V I S TA V E LO N E W S R E V I S TA V E LO N E W S Seis títulos – Rali Velocidade Dois títulos – Rali Regularidade Dois títulos – Fórmula Truck 10 11 radicionalmente, competições de automobilismo abrem muitos espaços para patrocinadores. Normalmente são empresas e indústrias relacionadas ao setor automotivo. Na edição da Copa Petrobras de Marcas, como o próprio nome já diz, a Petrobras, através dos Postos BR e linha de combustíveis, é uma das instituições que apoiam a realização deste que é um dos principais campeonatos do Brasil. Nossa equipe esteve nos Paddocks para conferir a expectativa dos convidados em relação ao evento. Sérgio Sbabo, industrial do setor alimentício, disse que já foi convidado algumas vezes, porém esta é a primeira que as datas coincidem com sua agenda profissional. Acompanhado dos filhos Pedro (8) e Diogo (9), o empresário diz que pensará duas vezes antes de recusar um novo convite. Os filhos, muito empolgados, querem participar outras vezes. “É um pouco barulhento, mas a velocidade e as curvas são muito legais”, diz Diogo. No espaço destinado ao patrocinador Pirelli encontramos o empresário Jorge Piccolli da empresa de ônibus Nortran Transportes Coletivos. Ele é um frequentador do Velopark e das competições. “Gosto, em especial, das Arrancadas, esta é a minha primeira vez no Campeonato de Marcas. Parabéns a estrutura do Parque, o tempo bom também contribuiu para um espetáculo ainda mais bonito.” Jorge já foi competidor de Kart e agora se prepara para fazer o curso do Veloce. gaúcho é um público apaixonado por automobilismo. O estado tem o maior número de autódromos do Brasil, e isso não é por acaso. Já nas primeiras horas da manhã do dia 21 de agosto, o público se mobilizava para prestigiar a 4ª etapa da Copa Petrobras de Marcas, no Autódromo Internacional do Velopark. Gile Rian Vargas, servidor público, veio pela primeira vez assitir a competição. “O que me motivou foi ter acompanhado pelo Speed Chanel a etapa realizada em Jacarépaguá, sou um entusiasta e aproveito para conhecer o Autódromo do Velopark”, comenta Vargas. “Achei bem tranquilo os valores e a chegada ao parque, utilizei a van disponível que nos deixa dentro do autódromo.” Nas arquibancadas, impressiona a frequência do público feminino que acompanha à competição com uma vibração ainda maior. “A primeira vez que estive no Velopark foi em função de um parceria profissional. Acabei me apaixonando pelo esporte de velocidade e não deixei mais de vir” disse a ,então, executiva de contas de uma rede hoteleira, Carla Von Hofenderff. Ela participou de todas as corridas de 2010 e 2011, desde a Classic até Arrancada. “Trago para as competições amigos, parentes e colegas de trabalho”, acrescenta. Hoje Carla atua como executiva de contas do Velopark. FREQUENTADORES APAIXONADOS POR VELOCIDADE Sérgio Sbado e seus filhos Pedro e Diogo Gile Rian Vargas Jorge Piccolli Carla Von Hofenderff (centro) R E V I S TA V E LO N E W S FREQUENTADORES R E V I S TA V E LO N E W S 12 CONVIDADOS ESPECIAIS 13 PREPARAÇÃO ESPORTIVA PREPARAÇÃO ESPORTIVA MC PREPARAÇÕES 14 trabalho da equipe Mc Competições começou quando Carlinhos de Andrade comprou um Corcel 69 da Equipe Binno de São Paulo, o ano era 1979. Já nas suas primeiras competições, Carlinhos obteve duas vitórias como Estreante. Dezenas de vezes campeão nas diversas categorias pelas quais passou, seja Força Livre, Marcas, Endurance ou 12 horas, a velocidade segue no sangue da família. O filho Carlos Geison de Andrade, conhecido como NÉ, é o projetista e chefe de equipe, Geciel de Andrade, o TIÉL, é piloto e Denis Roberto de Andrade, o DENTI. é mecânico. Mas o segredo de tantas vitórias não ficou guardado a sete chaves. A família é proprietária de uma oficina especializada na preparação de veículos de competição na cidade gaúcha de Campo Bom e desenvolve veículos especiais para grandes marcas reconhecidas em nível mundial. A fama de veículos potentes e inovadores que sai da linha de montagem da MC Competições contou com o caráter inovador da empresa. Na década de noventa, a empresa MC desenvolveu o primeiro carro de corrida construído de forma artesanal. O veículo foi considerado pioneiro no Brasil por utilizar injeção eletrônica especial de competição, os chamados “MC Tubarão”. Afinal de contas, para os leigos, quais as diferenças entre estes veículos tão ágeis e velozes dos autódromos e os carros cada vez mais potentes lançados pelas montadoras anualmente? Quem responde é Né, o projetista da MC Competições. Para ele, o desafio está em construir veículos com performance cada vez melhor não só em velocidade, mas aproveitamento de todos os itens do veículo, tudo precisa funcionar de forma perfeita, mesmo em condições adversas de mudança de pista ou tempo. “A grande diferença está no conceito de construção de cada um deles. O automóvel de passeio tem como principal objetivo oferecer conforto, economia relacionada a desempenho, durabilidade e segurança a um preço condizente ao bolso do cliente. Já as equipes de corrida têm como foco dos projetos o desempenho. Não é absurdo afirmar que as peças com alto valor agregado podem ser descartadas logo após uma competição. Motor, freios, suspensão, pneus e outras partes trabalham sempre no limite da resistência e sofrem um desgaste excessivo”, comenta Né. Em linhas gerais, quando a MC vai trabalhar em um veículo, toda a parte interna de bancos, painel, forros, tudo é retirado. O projetista informa que, durante o processo, cerca de 50kg de chapas metálicas, colocadas para dar maior proteção ao motorista, são retiradas do veículo, a proteção do piloto ficará por conta do “Santo Antônio”, estrutura tubular metálica colocada no interior do veículo de competição. “Trocamos suspensão, amortecedores, balanças, inserimos freios com discos maiores e um número também superior de pistões nas pinças de freio. Capô e portas são substituídos por outros menores e desenvolvidos em fibra de carbono. As rodas são normalmente aro 17 ou 18, pneus slick, estes elementos deixam o veículo mais leve, porém mais resistente do que os que rodam nas ruas. A direção é com bomba eletrohidráulica, uma bomba hidráulica retira HPs do Motor, o painel retirado é substituído por um digital que acompanha de forma analítica a telemetria e desempenho do piloto. Esta ferramenta auxilia muito na identificação de possíveis defeitos no veículo e má utilização do piloto. O câmbio colocado normalmente é sequencial e de seis marchas, não necessitando de embreagem, salvo nas reduções . O banco é adaptado e colocado um cinto de seis pontas para oferecer mais segurança ao piloto”, acrescenta. O item segurança é uma preocupação permanente nos carros de corrida. Os carros preparados pela MC saem com um extintor de acionamento elétrico de 4kg, o líquido é canalizado para diversos pontos do carro, o extintor pode ser acionado pelo piloto e uma espuma é distribuída por quase a totalidade do carro e, em especial, onde está o piloto. A MC Competições também prepara a BMW M3 GTR e o Volvo C30 na categoria 4 do Campeonato Brasileiro de Endurance, ambos do Grupo Eurobike. A preparação dos veículos deu origem ao projeto Advanced Driving School, escola de pilotagem para a formação de pilotos que queiram participar de provas de automobilismo ou apenas apaixonados por carros que queiram sentir o prazer de pilotar um carro de competição. Em 2012, a escola passa a dar origem a um novo Campeonato que deve movimentar os autódromos do Brasil. R E V I S TA V E LO N E W S R E V I S TA V E LO N E W S Uma história de mais de 30 anos dedicada ao automobilismo marca a trajetória da família Andrade. 15 BRASILEIRO DE MARCAS R E V I S TA V E LO N E W S invade o Velopark 16 terceira etapa do Gaúcho de Marcas e a quarta etapa do brasileiro encheram os boxes do Velopark com um grid de 100 pilotos. Às treze horas do domingo, 21 de agosto, a Rede TV abriu a transmissão para todo o Brasil com a primeira corrida gravada e a segunda ao vivo do Campeonato Brasileiro de Marcas. “Esta é uma das competições mais fortes da Copa Petrobras de Marcas desde a década do 90. O Brasileiro foi clássico na década de 80, anos de ouro das competições do automobilismo de turismo”, comentou Fabrício de Lima, assessor de comunicação da Vicar, organizadora do evento. A retomada trouxe para as pistas importantes nomes como: Átila Abreu, piloto do veículo Astra, número 51. Ele, que corre desde 1996 quando iniciou menino no kart, hoje contabiliza o bicampeonato brasileiro, podium no Europeu, ainda é campeão da Copa Brasil e do Sulbrasileiro. Átila diz ter um carinho especial pelo Estado Gaúcho. “Temos um público fiel no RS, além disso, gosto bastante das característas de frenagem da pista do Velopark, um circuito travado que exige bastante atenção e técnica do piloto e equipe”. Thiago Camilo, com Astra de número 21, valorizou cada etapa do campeonato. “São 50 pontos em jogo, no Rio de Janeiro, estava na liderança, um problema no carro fez com que não participasse da segunda prova”, comenta. Para ele o circuito curto EVENTOS Átila Abreu Thiago Camilo Wilson Pinheiro R E V I S TA V E LO N E W S EVENTOS Mais forte em 2011 do Velopark e as chicane diferenciadas desta pista oferecem ainda mais emoção aos pilotos e ao público. “A idéia é o público conferir o desempenho dos carros que estão rodando nas ruas das cidades, um conceito dferente que aproxima o consumidor do esporte de velocidade”, acrescenta Thiago. “Quero ver no Complexo do Velopark competições internacionais, esta estrutura não vemos em nenhum lugar do Brasil, este povo gosta tanto de automobilismo que é o Estado onde há o maior número de autódromos”, diz Camilo, que foi em 2011 ganhador da corrida do milhão da Stock Car, prêmio dividido com a equipe. “Ganhar não depende só do piloto, 50% é de responsabilidade da equipe”, acrecenta. Wilson Pinheiro participa da etapa gaúcha com o veículo Celta e do brasileiro com o Honda Civic. O piloto e médico anestesista conta que pensou em abandonar a medicina para se dedicar ao esporte de pilotagem. Começou a correr maduro, aos 36 anos. Lembra que seu melhor torneio foi o TC 1600, quando foi vice-campeão. “Eram duas mil pessoas nos assistindo, muita emoção”, lembra Pinheiro. O piloto se destaca pela superação, além de ter começado a carreira mais tarde, um acidente na época de faculdade lhe rendeu o encurtamento em uma das pernas, gerando um esforço maior para guiar. “Sou filho de militar, quando me formei meu pai me deu um relógio de ouro que vendi para pagar o curso de pilotagem”, lembra. Wilson é casado com Caren Castro e com ela tem dois filhos; Karen de nove anos e o pequeno Pedro, que aos cinco anos já corre de kart no Velopark. Não diz quando aconteceu!!! 17 EVENTOS Carlos Krey GAÚCHOS BEM REPRESENTADOS NO GT BRASIL R E V I S TA V E LO N E W S EVENTOS R E V I S TA V E LO N E W S 18 inal de semana de calor no Velopark marcou a penúltima etapa do GT Brasil. O público viu na pista carros dos sonhos, que correm pela segunda vez na pista do Velopark. Presentes os modelos mais cobiçados do mundo preparados para competição, como Ferraris, Mercedes, Lamborghinis, Corvettes, Astons e Maseratis. Cinquenta e três pilotos que participam do campeonato GT3 e GT4 na temporada 2011 e entre eles nove gaúchos: Cláudio Ricci, Felipe Roso, Pierre Ventura, Juliano Moro, Fernando Poeta, Vitor Genz, Anderson Toso, Carlos Kray e Matheus Stumpf. “É sempre um prazer muito grande correr em casa, em uma pista onde já andei tanto e conheço tão bem, sem falar no apoio dos amigos, da família. Mas é claro que isso também traz uma pressão extra”, conta Matheus Stumpf, que ao lado de Valdeno Brito ganhou as duas corridas disputadas no Velopark em 2010. Outro gaúcho que merece destaque é Claudio Ricci. O piloto conhece bem a pista do Velopark, este ano venceu em outra categoria o Brasileiro de Marcas. Pelo GT Brasil, Ricci corre pela primeira vez em Nova Santa Rita. Carlos Kray e Andersom Toso, mais dois pilotos conhecidos das pistas, também marcam presença na etapa. Estreantes na competição, a dupla 100% gaúcha decidiu unir forças e participam do campeonato com um modelo italiano Lamborghini. “Há algum tempo estamos estudando nossa entrada no GT Brasil, um campeonato interessante e competitivo. Sem contar que é sempre um grande prazer correr com uma máquina que é a Lamborghini, um carro dos sonhos dotado de tecnologia de ponta”, comenta Kray. “Estamos muito felizes em termos conseguido confirmar nossa participação no Velopark, pois somos todos gaúchos e é sempre bom correr em casa. Vamos usar as etapas finais de 2011 para nos adaptarmos, conhecer melhor o carro e estipular metas maiores para o próximo campeonato”, completa Toso. 19 EVENTOS EVENTOS se manter à frente, fez a primeira curva em sexto e completou a primeira volta na quinta colocação. A partir daí, o futuro tetracampeão passou a administrar a prova, conservando os pneus, sempre sendo avisado pela equipe sobre a posição de Max Wilson, que era o único que poderia evitar o título. Com o adversário longe da briga, o segundo maior vencedor da história da Stock Car partiu em busca da vitória. Com uma ultrapassagem na última volta em cima de Marcos Gomes, Cacá seguiria livre para a vitória, mas ao tentar recuperar a posição o piloto paulista tocou o carro de Cacá, tirando-o da prova. O acidente deixou óleo na pista, causando um acidente com vários carros. “Larguei muito muito mal. O carro falhou e perdi muitas posições. A partir daí, decidi fazer uma corrida controlando o Max (Wilson) e sem gastar os pneus. Fui fazendo isso até que me falaram que o Max estava com um problema, com a roda pegando fogo e ele foi perdendo posições, então decidi lutar pela vitória. No fim, quando estava atrás do Marquinhos (Gomes), comecei a ver que me aproximava dele e, usando o push (to pass), ultrapassei ele na última volta. Fiz a curva na frente dele e ele se jogou em cima de mim e fez com que eu rodasse. Com a batida, ele jogou óleo na pista e causou um acidente muito grave. Queria muito ter fechado com chave de ouro, mas a gente fechou, sim, com chave de ouro, com a vitória do Daniel (Serra). Conquistar um tetracampeonato, me igualando a um grande piloto como Paulo Gomes e, com 35 anos, já ser o segundo maior campeão da Stock Car, empatado com o Paulão, mostra que estamos no VELOPARK INOVA NA STOCK CAR caminho certo”, acrescentou. “Claro que sempre quero ganhar corrida e me frustro quando não ganho, mas quero agradecer ao trabalho da equipe. Depois de algumas falhas no começo do ano, mudamos alguns conceitos e vieram quatro poles seguidas e seriam quatro pódios nas últimas quatro corridas. Só tenho a agradecer este grupo maravlhoso. É um tetracampeonato suado, comemorado, que agora vou curtir com os amigos”. “Vou ter de ouvir meu pai gritando ‘É tetra!’ no telefone. Vai ser terrível (risos). A felicidade... vocês não têm ideia. A felicidade que eu estou sentindo e o alívio que estou sentindo por tudo ter dado certo é realmente uma sensação maravilhosa”. Com a confusão e os acidentes, Daniel Serra ganhou quatro posições na última volta e venceu a prova. R E V I S TA V E LO N E W S R E V I S TA V E LO N E W S 20 disputa entre Cacá Bueno e Max Wilson pelo título da temporada em 2011 foi acompanhada por 30 mil pessoas nas arquibancadas do Velopark. Para que o público pudesse acompanhar cada curva da disputa pelo título 2011, o Velopark instalou dois painéis de led com 20m de área, cada, onde a prova foi transmitida ao vivo. Mais uma vez a estrutura do Velopark impressionou pilotos e a organização da Stock Car, mas para Felipe Johannpeter essa qualidade de infraestrutura e serviços é normal para quem visita o complexo de Nova Santa Rita com frequência: “em 2011 o Velopark recebeu duas etapas dessa que é a principal categoria do automobilismo nacional. Na primeira, em maio, recebemos o segundo maior público do ano e a última prova não ficou atrás, as arquibancadas lotadas renderam ao parque um público recorde na Stock Car”, comenta Felipe. Foram 24 meses entre a conquista do tri, em 2009, até a bandeira quadriculada que sacramentou o quarto título do carioca na principal categoria do automobilismo nacional. Com a conquista, o piloto da Red Bull Racing, Cacá Bueno, se igualou a Paulo Gomes como o segundo maior vencedor da categoria, com quatro campeonatos. A conquista da temporada 2011 da Stock Car foi o oitavo título de Cacá no automobilismo: Stock Car Light (1997); Campeonato Sul-Americano de Superturismo (1999); Trofeo Linea (2010 e 2011); e o tetra da Stock Car (2006, 2007, 2009 e 2011). Largando na ponta, Cacá não conseguiu 21 R E V I S TA V E LO N E W S R E V I S TA V E LO N E W S 22 23 EVENTOS EVENTOS EVENTOS EVENTOS 24 as primeiras puxadas do sábado decisivo para a temporada 2011 do Campeonato Brasileiro de Arrancadas, o Opala de Curinga e Chacal entrou na pista do Velopark para o treino livre e teve problemas com o motor. Seis meses de trabalho perdidos antes da grande final. Este seria o pensamento mais lógico, mas não foi o que aconteceu. A equipe trabalhou toda a tarde no veículo e constatou que o motor não tinha recuperação. O que fazer; desistir, ir pra casa e pensar nas competições do próximo ano? Nada disso. Toda a equipe voltou para Caxias do Sul, onde trabalharam madrugada adentro. Remontaram a parte de baixo do motor e às seis horas da manhã de domingo estavam novamente no Velopark para disputar a última etapa do Campeonato. Logo que abriram a pista, para os treinos Curinga, Chacal e equipe. de acerto do veículo, o Opala café com leite, com um brilho impecável, não decepcionou. Bateram seu próprio recorde com o tempo de 00:00:10.300 segundos . Este ano é especial para a dupla Joacir Canagnoli (Curinga) e Fabiano Hofmann (Chacal). No segundo trimestre do ano os dois decidiram unir forças e fecharam uma parceria profissional. Fabiano é proprietário da D&C Chacal Preparações, há 18 anos no mercado e há seis anos atuando somente com preparação de veículos de competição para diversas categorias. Os amigos se conheceram no início da década de 90, Curinga já era piloto com vários títulos e Chacal iniciava nas competições com um Gol da categoria Standard. Ambos moradores de Caxias do Sul, já haviam se cruzado nos “pegas” realizados nas ruas desertas da cidade. “Sempre gostei de automobilismo, em especial da parte mecânica. Montei minha primeira oficina aos 16 anos, me considero um entusiasta do setor. A maioria de nós não tem formação acadêmica e estamos no negócio por algo que eu chamo de dom”, comenta Chacal. Título é o que não falta para Curinga, logo que iniciou sua carreira foi o terceiro colocado na Copa Skol. Na sua trajetória contabiliza vários prêmios. Foi campeão brasileiro em 2004 e 2008, por 20 vezes campeão gaúcho, 18 vezes levou o título da Copa sul, dois Sulbrasileiros, seis vezes campeão da Copa Serra, ou seja, líder em todas as edições do Campeonato. Ainda possui título no Metropolitano e no Serrano. Em 2012, Curinga deve atingir a marca de 1.000 troféus, informação interessante para o Guinness Book, no segmento do automobilismo. Este ano o Curinga, que nunca sofreu acidentes, bateu seu próprio recorde 15 vezes, e acrescenta. “O piloto não vence sozinho, é a equipe que vence, sua dedicação e comprometimento é que definem o êxito”. Curinga valoriza o apoio da família que sempre esteve ao seu lado. Nesta edição a esposa Fernanda não pode estar presente, pois o filho Rafael de dois meses ainda precisa de uma atenção especial. Mas promete: “em breve estarão comigo nas arrancadas”. Na foto, da esquerda para direita de pé, a super equipe: Mauro (cunhado), Rodrigo (Talhan), Luiz (Barp), Marcos (Primo), Neimar (Paquito), Tiago (Nervosinho). Agachados Coringa e Chacal. Ainda contam com o apoio do homem do Motorhome, o Artur (Tutu). R E V I S TA V E LO N E W S R E V I S TA V E LO N E W S DEDICAÇÃO SEM LIMITES NA ARRANCADA 25 EVENTOS EVENTOS ARRANCADA 2012 26 om o objetivo de fortalecer a Arrancada no Brasil, a Força Livre Motorsport, a Spid e o Velopark anunciaram, na segunda-feira, 30 de janeiro, que irão organizar, a partir deste ano, um Campeonato Interestadual de Arrancada. Os organizadores das três principais pistas do esporte no País se unem, a partir de agora, e criam um grupo denominado de G3. Entre as novidades estão a utilização de um regulamento único para todos os eventos promovidos pelo G3 e o formato de eliminatórias. Segundo o G3, o regulamento, que terá como base o do Brasileiro 2011, será encaminhado para homologação da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), por intermédio da presidente da Comissão Nacional de Arrancada, Carlos de Deus, e será divulgado nos próximos dias. A competição interestadual organizada pelo G3 terá seis etapas, sendo duas em cada praça, e, caso não exista a liberação da pista Spid, em Itatiba/ SP, as etapas serão realizadas no Autódromo de Curitiba, em Pinhais/PR, e no Velopark, em Nova Santa Rita/RS. O campeonato interestadual será em conjunto com os regionais de cada praça. O calendário será anunciado em breve, mas o G3 informa que as datas já divulgadas pela Força Livre irão permanecer as mesmas. O grupo também já adiantou que a premiação será somente para os três primeiros colocados de cada categoria, dando ênfase para o primeiro colocado, e que haverá bônus crescente por participação nas etapas até o fim do campeonato. Também foi criada uma comissão com representantes da Força Livre, da Spid e do Velopark para tratar do regulamento técnico. O G3 diz ainda que dará grande importância a desclassificações por alterações técnicas e será instituída uma penalização para os pilotos que sujarem a pista, por meio de óleo, água, cooler e bandejão sujo, sendo a primeira vez o valor de R$ 100; a segunda R$ 500; e a terceira a exclusão. O grupo formado pela Força Livre, Spid e Velopark informa também que a partir do dia 1º de fevereiro estará disponível o e-mail g3arrancada@ forcalivre.com.br para sanar dúvidas de pilotos e preparadores e que, por enquanto, este será o único canal oficial de comunicação do G3. R E V I S TA V E LO N E W S R E V I S TA V E LO N E W S Força Livre, Spid e Velopark anunciam Campeonato Interestadual de Arrancada 2012 27 Veloce Cup revela novo talento da pilotagem no Estado TREINAMENTOS R E V I S TA V E LO N E W S TREINAMENTOS R E V I S TA V E LO N E W S 28 VELOCE Velopark conta com o curso de pilotagem nos protótipos Veloce, veículos exclusivos do parque. Desenvolvidos em parceria com a Metalmoro e Fiat, o veículo faz parte da categoria escola do Autódromo, sendo uma oportunidade de pessoas comuns terem um primeiro contato com um carro de corrida. Um projeto inovador para as pistas de velocidade, pois se trata de um veículo compacto, seguro, rápido, acessível para guiar. “A idéia é oportunizar a qualquer pessoa a possibilidade de pilotar um carro de corrida. A equipe de técnicos e preparadores é toda oferecida pelo autódromo do Velopark, o que facilita e reduz consideravelmente os custos do piloto”, comenta Felipe Johannpeter, idealizador do Veloce. Com este espírito inovador, a competição tem se fortalecido como conceito e, recentemente, recebeu a homologação da Federação Brasileira de Automobilismo para realização de campeonato. No dia 18 de setembro foram realizadas duas baterias nos intervalos das etapas do Campeonato Gaúcho de Marcas, com 15 voltas cada. Na ocasião, ambas foram lideradas por Maurício Pereira, que fez o melhor tempo de 1:07,334\1, a velocidade média do piloto foi de 118 km\h. Subiram no pódium na segunda colocação, Edilvano Paes, em terceiro, Adriano Carboni, em quarto, Daniel Kieling e, em quinto, Leandro Argenta. Maurício Pereira, líder no evento, especialista em odonto geriatria, mestrando em prótese, o paulista natural de Presidente Prudente faz questão de lembrar a sorte dos gaúchos por contarem com uma estrutura como a do Velopark. “Comecei tarde porque onde eu vivia não haviam espaços como este. Minhas mãos e meu corpo são fundamentais para o meu trabalho, aqui vou tranquilo para as pistas porque sei que tem toda uma estrutura de segurança e saúde garantindo a minha integridade”, diz Maurício, que em dias de corridas não almoça, opta por uma dieta leve para não prejudicar seu desempenho. “Banana é o meu segredo”, brinca. 29 TREINAMENTOS R E V I S TA V E LO N E W S TREINAMENTOS R E V I S TA V E LO N E W S 30 Nos bastidores, Pereira carrega o codinome Dr. Veloce. Maurício contabiliza vários prêmios nos protótipos e diz que tudo o que faz é o legado para o casal de filhos Malú e Maurício Jr. Os pequenos o acompanham nos treinos e nas provas. “Meu filho menor deixa de assistir desenho para ver corrida comigo, para ele todo e qualquer objeto vira um carrinho acelerando”, comenta Maurício. Vale lembrar que, com um motor de Fiat 1.4, aspirado, de 8 válvulas, o protótipo pesa cerca de 400 kg, um veículo leve que atinge uma velocidade de até 180 km\h. Com design moderno, o Veloce tem o motor gerenciado por uma injeção programável RacePRO-1Fi. Além disso, o carro conta com pneus slicks e rodas TSW, o que oferece uma estabilidade importante na pista do autódromo. Como primeira experiência com o protótipo, o Velopark oferece o Veloce Experience. As aulas estão disponíveis para pessoas com Carteira de Habilitação ou pilotos federados com carteira CBA. 31 Formação das futuras gerações TREINAMENTOS R E V I S TA V E LO N E W S TREINAMENTOS R E V I S TA V E LO N E W S 32 PILOTAGEM PARA CRIANÇAS automobilismo é o esporte mais coletivo que existe, mesmo com o piloto estando sozinho no interior do veículo. Isso acontece nas fórmulas, automóveis ou mesmo no kart. A questão é que as relações de respeito, ética e boa conduta são fundamentais para se praticar o esporte. O piloto, consciente do poder que possui ao estar conduzindo um veículo potente, sabe que conhecer as regras, os limites de cada pista e a confiança nos concorrentes garante o sucesso para cada prova. O Velopark, sempre à frente das inovações relacionadas ao automobilismo, desenvolveu nas dependências do parque a Escola de Pilotagem Kart for Kids, um curso para a formação das futuras gerações de pilotos de corrida. Os alunos podem ter de seis a quinze anos para realizar o curso que é ministrado pelo instrutor e piloto Lucas Rodrigues. Com aulas teóricas e práticas, os aspirantes recebem as informações necessárias para o bom andamento do esporte. Entre os temas abordados, Lucas faz questão de salientar as regras do esporte, a importância em conhecer o traçado da pista, as diferenças em pilotar em dias de chuva, o funcionamento do kart e, principalmente, o respeito ao adversário no esporte. Lucas foi Campeão Brasileiro, Gaúcho, Citadino, Velocup, 500 milhas da Granja Viana e sabe que está lidando com jovens que ainda não têm bem claro as noções de limites e este é o papel fundamental da formação. “Procuro me colocar no lugar deles, de uma forma divertida procuro fazer com que estes jovens não se motivem só com a velocidade, ou a liderança na prova, mas com o aprendizado e o retorno que o esporte pode oferecer a eles”, comenta Lucas. Na edição de outubro do curso, Angelo Pires trouxe seu filho Gabriel, de sete anos, para fazer as aulas. Ângelo é piloto de avião e diz ser importantes a habilitação para um esporte. “Estou oferecendo para meu filho a oportunidade de fazer escolhas, fiquei surpreso com a reação dele depois do primeiro dia de curso. Ele estava preocupado com os colegas, 33 Angelo e Gabriel Mais informações: [email protected] TREINAMENTOS R E V I S TA V E LO N E W S TREINAMENTOS R E V I S TA V E LO N E W S 34 questionava se todos estariam atentos para não prejudicar uns aos outros”, comenta. Para Gabriel, um dos destaques foram as bandeiras. “Gravei os significados, até apresentei uma delas”. Quando questionado sobre as aulas práticas, o menino sai na frente. “Sou cuidadoso, não vou acelerar muito na pista, vou prestar atenção”, acrescenta Gabriel. O pai de Pedro Roberto Peres, antes de entrar na pista, orientava o filho sobre a aula prática. Pedro também contou com a torcida da mãe e do avo materno. A família comenta que a intenção é oportunizar uma gama diversa de atividades. Os pais acreditam que o automobilismo trará ao jovem Pedro mais confiança, atenção e facilidade para saber lidar com os outros. Após o curso, o formado poderá participar das categorias CADETE, JÚNIOR MENOR e JÚNIOR - sempre obedecendo a NORMA REGULAMENTAR DA CBA Confederação Brasileira de Automobilismo, que regula a IDADE do piloto e a categoria na qual pretende competir. 35 Curso Itinerante de motovelocidadeno Velopark TREINAMENTOS R E V I S TA V E LO N E W S TREINAMENTOS R E V I S TA V E LO N E W S 36 MOTO SCHOOL curso de pilotagem da Moto School realizado no Autódromo do Velopark nos dias três e quatro de dezembro, contou com uma equipe de seis instrutores, três mecânicos e ainda um operacional. A estrutura foi montada para atender os 20 alunos participantes do curso e outros 14 ex-alunos que participam do Track Day no Autódromo. Com início em 2005, o programa é dividido em oito horas teóricas e outras oito de prática. Nos boxes, uma sala de aula com infraestrutura de imagem adequada para atender os mais exigentes pilotos. A dinâmica do curso é do aprendizado teórico permeado pelo prático, a informação é oferecida e logo o grupo vai para testá-la na pista. O foco do curso é o melhor desempenho de pilotos e máquinas, sempre de forma segura para que o aluno tenha o maior controle e domínio de sua moto. Participando do curso, pessoas que fazem o uso da motocicleta de forma urbana ou mesmo quem queira competir profissionalmente. “Muitos dos alunos adquirem uma moto esportiva e se aventuram nas estradas colocando suas vidas em risco”, diz Wander Calabrês, responsável pela operacionalização do curso. “O Bruno quis aprimorar e entender a pilotagem de uma moto, foi para fora do país, participou de cursos nos Estados Unidos e Europa e implementou o curso com padrões internacionais no Brasil”, acrescenta Wander. Para o administrador, entre os diferenciais do curso a carga de confiança depositada por empresas do segmento como concessionárias, lojas de acessórios e oficinas que divulgam o trabalho da escola. Mais de cinco mil alunos já passaram pelo curso que tem base no Autódromo de Interlagos, mas conta com cursos itinerantes nas cidades de Londrina, Curitiba, Brasília, Campo Grande, Rio de Janeiro, Santa Cruz do Sul e no Velopark, em Nova Santa Rita. Flávio Arbex, natural de São Paulo 37 TREINAMENTOS TREINAMENTOS 38 e administrador de empresas na área de novos negócios, está fazendo o curso pela segunda vez. Flávio sempre gostou de motocicletas, mesmo antes de tirar a carteira de motorista já pilotava em sítios e locais de pouco movimento. Há quatro anos comprou uma Harley Davidson de 1.600 cilidradas. “Logo nas primeiras andadas já percebi que precisava fazer o curso para não me matar”, comenta Flávio. Porém, em função de sua atividade profissional, Flávio esteve fora do Brasil por quase dois anos para uma especialização e, como a cidade escolhida era Boston, o clima frio da cidade não estimulava o piloto a utilizar o veículo de duas rodas. De volta ao Brasil e morando na pacata cidade de Joinville, o desejo de andar novamente levou o administrador a retornar aos autódromos e fazer novamente o curso. “Quero andar de moto no meu dia a dia, quando acontecerem os track days eu vou aproveitar e testar meus limites e da moto”, acrescenta. Rafael Gomide, jornalista em São Paulo, começou a andar de moto aos 21 anos, sua primeira motocicleta foi um modelo trail, mas um assalto violento a mão aramada fez com que ele deixasse de lado seu interesse pela motocicleta, por cerca de 10 anos. Refeito do trauma, Gomide decidiu investir novamente e adquiriu uma Ducati Speed. Andava nas estradas, serras, participava de rachas, o que gerou novos sustos ao jornalista. Em novembro de 2009, Rafael participou de uma palestra de Bruno Corano pelo Superbike Series e a identificação foi instantânea. A solução foi participar do curso, logo passou a competir profissionalmente e se dividir entre uma carreira e outra. No início, pouco tempo para dormir para não prejudicar sua atuação na emissora de TV onde trabalha e treinar o suficiente para garantir destaque nas corridas. Sempre no revezamento entre Luciene Carvalho a pista e a redação, hoje Rafael é piloto na categoria pró-ligth da Desodorante Gillette Kawasaki. Pela segunda vez no Velopark, diz em tom de brincadeira que gostaria de alterar a estrutura do mapa e aproximar o Estado gaúcho de São Paulo para poder usufruir mais vezes do Autódromo em Nova Santa Rita. Nesta edição do evento, Rafael veio para atuar como um dos instrutores do curso. A única mulher a participar do curso é Luciene Carvalho, conhecida como Lu Hayabusa, título que recebeu em função de sua primeira moto de velocidade, a jovem participa de seu terceiro curso de pilotagem com a Moto School. Lú é natural de São João da Boa Vista. No seu cotidiano, atua como gerente administrativa de uma clínica dentária. Pela primeira vez no Velopark, a representante da ala feminina pilota uma Honda CBR e lembra que começou a andar de moto aos 14 anos. “Sempre gostei de velocidade, o que me move é a adrenalina e andar em autódromos nos dá segurança.” Flávio Arbex e Rafael Gomide R E V I S TA V E LO N E W S R E V I S TA V E LO N E W S Bruno 39 Curso de pilotagem de motos Penélope e Moto Day Velopark Mais informações: (51) 3479-4700 TREINAMENTOS R E V I S TA V E LO N E W S TREINAMENTOS R E V I S TA V E LO N E W S 40 PENÉLOPE o mês de dezembro, quando todos os olhos estavam voltados para o Endurance de Kart Indoor, a pista do autódromo internacional do Velopark recebia mais uma edição do curso de pilotagem esportiva de motos Penélope Racing. Ao todo, onze pilotos participaram das aulas teóricas na noite de sexta-feira e vieram curtir o sábado botando os ensinamentos em prática, com acompanhamento do instrutor Alexandre Kracik Rosa Júnior. As aulas têm como objetivo dar aos apaixonados por motocicletas uma chance de aumentar o seu domínio sobre o veículo. “O curso tem esse intuito, o de fazer com que o piloto consiga aproveitar ao máximo o potencial da moto, trazendo ele para acelerar no lugar certo, que é a pista”,explica Alexandre. As motos de altas cilindradas vêm ganhando cada vez mais adeptos no Brasil, com aumento das opções no mercado ficou muito mais fácil comprar uma motocicleta potente. Advogados, engenheiros e outros tantos profissionais encontraram nas duas rodas uma opção de lazer. É o caso de Bruno do Nascimento, empresário que usa a moto para seus passeios de finais de semana: “É o meu hobby. Eu sempre gostei de pegar a estrada, optei por fazer o curso por uma questão de segurança e agora pretendo vir curtir mais finais de semana aqui no Velopark”, conta ele. Elder Cabreira é advogado e já havia feito o curso, veio ao Velopark apenas para participar do Moto Day, que estava sendo realizado no mesmo dia. Segundo ele, o que se aprende nas aulas não é usado apenas para direção esportiva, mas também colabora no dia a dia do trânsito, e ele afirma: “o legal do curso é desenvolver a sua habilidade com a moto. Você aprende muita coisa que pode te ajudar em uma hora de aperto na rua”. O curso de pilotagem Penélope Racing acontece em média uma vez por mês no Velopark. 41 Luis Sergio Sena de Vargas DESTAQUE NAS PISTAS Um ano para comemorar uma conquista, dessa vez o Endurance Velopark de Kart Indoor - “...foi uma prova muito difícil. Eu peguei o kart na última perna com uma diferença de 24 segundos para o líder da prova e vim tirando, uma média de meio segundos por volta. Faltando duas voltas pra acabar consegui a ultrapassagem e felizmente mais uma vitória. O nosso kart estava muito bom, a equipe está de parabéns e agora é só comemorar mais essa.” Apelidado de “Mister Velopark”, o jovem de 28 anos acredita que o complexo de Nova Santa Rita é o melhor local do Brasil em estrutura e treinamento para atender os pilotos. Seninha se diz um apaixonado, e pratica o esporte porque gosta. Seus patrocinadores são familiares e amigos. R E V I S TA V E LO N E W S DESTAQUE NAS PISTAS R E V I S TA V E LO N E W S 42 SENINHA uando 2011 começou, o caçapavano radicado em Caxias do Sul, Luiz Sergio Sena de Vargas, não podia imaginar o reconhecimento que teria após ganhar as três principais competições de Kart organizadas pelo Velopark no ano. No último dia 10 de dezembro, ele, o irmão e um amigo levaram pra serra o troféu de campeões do Endurance Velopark de Kart Indoor, a última prova da temporada. A paixão pelo automobilismo começou há três anos nas pistas de terra, pilotando um gol. Com o passar do tempo ele descobriu no kart uma forma de praticar, se divertir e também ganhar títulos. A primeira conquista do ano foi em junho, a seletiva para o Mundial de Kart Indoor, disputado na Bélgica. O prêmio foi uma viagem com tudo pago para representar o Brasil no campeonato internacional. Foram nove dias de competição, uma corrida por dia de seis horas. A equipe brasileira, formada por Luiz Sergio e outros três pilotos, terminou na 22° colocação entre 40 equipes. Esta foi a sua primeira vez em um mundial. Durante a viagem, conheceu o kartódromo de Michael Schumacher e andou na pista mais longa do mundo, Spa-Francorchamps, de Mini Cooper. A segunda conquista de Seninha veio em setembro, ao vencer o GP Velopark. Essa competição reuniu 225 pilotos e ele mais uma vez foi o mais rápido. O prêmio: ir com tudo pago para o GP do Brasil de F1, passagens, hospedagem, translados, ingressos para o treino e corrida no domingo, kit torcedor, além de um plano de assistência de viagem da Travel Ace. “Vencer o GP Velopark foi incrível. Além de superar vários pilotos de muita qualidade, o prêmio foi fantástico, ver a Fórmula-1 no Brasil não tem preço. Este ano tive a oportunidade de participar de outra etapa da Fórmula-1 em Nurburgring, na Bélgica, durante a participação no Mundial de Kart. A diferença entre os paises é gigantesca, aqui o público vibra, comemora quando os carros passam, algo que não ocorre lá”, comenta Luiz Sergio. Pra fechar o ano com chave de ouro, mais 43 SHOW ROOM SHOW ROOM OS 10 CARROS MAIS CAROS DO MUNDO Um sedan de luxo e nove super esportivos compõem a lista 44 A lista, que só esta ao alcance dos mais “endinheirados” traz em segundo lugar uma máquina com motor 6.3 litros V12 que supera os 750hp aos 7000 giros. A Ferrari 599xx, modelo mais caro da montadora italiana, não pode rodar nas ruas. Todos seus traços, as características mecânicas e a preparação foram elaboradas para o melhor desempenho nas pistas. A 599xx acelera de 0 à 100km/h em apenas 2,9 segundos a tinge a velocidade máxima de 300 km/h. O preço, US$ 2 milhões. R E V I S TA V E LO N E W S R E V I S TA V E LO N E W S A revista norte-americana “Forbes” publicou, na sua edição de dezembro, uma lista com os 10 modelos mais caros do mundo automotivo. Em primeiro lugar, custando mais de US$ 2,6 milhões, está o franco-italiano Bugatti Veyron Supersport. Com motor de 16 cilindros e 1200 cavalos de potencia o Veyron acelera de 0 à 100km/h e 2,4s e atinge os 434 km/h. 45 SHOW ROOM SHOW ROOM O dinamarquês Zenvo ST1 é o terceiro carro de maior valor. O motor supercharger turbo, V8, 16 válvulas é capaz de produzir 1.104hp o que empurra esse esportivo aos 375 km/h, velocidade controlada eletronicamente. Cheio de equipamentos de segurança tem direção assistida, controle de tração permanente, ABS de alta performance e, atuando com um câmbio de seis velocidades, acelera de 0 à 100km/h em 3 segundos. O preço no mercado norte-americano é de US$ 1,8 milhão. O Aston Martin One-77 tem motor V12 de 7.3 litros e 48 válvulas. O sistema de transmissão seis velocidades manual com caixa automatizada. São 750 cavalos de potência, que permitem a este britânico acelerar de 0 à 100 km/h em 3,7 segundos e atingir a velocidade máxima de 354km/h. O preço é de US$ 1,4 milhão. R E V I S TA V E LO N E W S R E V I S TA V E LO N E W S Na quarta posição um sueco. O Koenigsegg Agera R tem propulsor 5.0 litros, twinturbo, V8 com 4 válvulas por cilindro. O câmbio de 7 velocidades permite a troca de marchas pelo sistema puddleshift, as borboletas atrás do volante. Às 6900 rpm o modelo atinge a potência máxima de 1.115 hp. Com belos traços e um estilo próprio o Agera R custa US$ 1,7 milhão. 46 47 SHOW ROOM O Hennessey Venom GT, é uma receita norte-americana. O motor é V8 com bloco de alumínio, turbinado de 6.2 litros. São três opções de potência, 800, 1000 ou 1200 cavalos. Com transmissão manual de seis velocidades o Venom GT acelera de zero a 100 km/h em 2,5 segundos e o preço nos Estados Unidos é de aproximadamente US$ 1 milhão. R E V I S TA V E LO N E W S SHOW ROOM R E V I S TA V E LO N E W S 48 Outro com o mesmo preço é o Maybach Landaulet, único entre os 10 mais caros que não é esportivo. A limusine alemã traz embarcado uma lista completa com equipamentos de conforto e sofisticação, no melhor estilo Maybach. O propulsor, desenvolvido pela esportiva AMG para os modelos 57s e 62s, é twinturbo de 12 válvulas, capaz de produzir 620hp e empurrar o luxuoso veículo de zero a 100 km/h em apenas 5 segundos. Sétimo colocado na lista da Forbes, o italiano Pagani Huayra tem preço estimado de US$ 1,3 milhão. O valor impressiona tanto quanto suas linhas, ousadas e fluidas. O Huayra parece mais uma obra de arte à um carro, combinando traços que remetem ao passado, se fundem com o presente em uma perfeita representação de design futurista. O motor é Mercedes-Benz AMG, V12, 5.9 litros que produz mais de 700 cavalos. 49 SHOW ROOM R E V I S TA V E LO N E W S SHOW ROOM R E V I S TA V E LO N E W S Outro norte-americano ocupa a nona posição na lista dos 10 carros mais caros do mundo. O SSC Tuatara tem motor V8, 6.8 litros capaz de gerar 1.350 cavalos de potência. Com câmbio manual de 7 velocidades e sistema de transmissão puddle-shift o Tuatara acelera de zero à 100km/h em 2,5 segundos e tem preço de US$ 970 mil. 50 51 SHOW ROOM R E V I S TA V E LO N E W S SHOW ROOM R E V I S TA V E LO N E W S Na lista dos mais caros a “barganha” fica por conta da tradicional marca esportiva alemã Porsche. O modelo 918 Spyder é um híbrido com motor V8 de 500 cavalos. São três propulsores elétricos de 218hp que empurram o Spyder de zero a 100 km/h em apenas 3,1 segundos. O preço estimado é de US$ 845 mil. 52 53 Almoço comemorativo Fernando Michetti COMEMORAÇÃO DE PESO Mercedes-Benz, empresa líder no segmento de caminhões leves e pesados no sul do país, realizou seu encontro de final de ano no Velopark. O Brasil é o segundo melhor mercado para a marca alemã e as lideranças têm muito a comemorar, principalmente no estado gaúcho onde o setor cresceu em ritmo superior à média nacional. A escolha pelo Velopark veio em função da sintonia entre as atividades do complexo com o setor de veículos. No ano que vem, certamente outros eventos acontecerão, já que a companhia aposta num mercado em 2012 de 150 mil unidades. O grupo composto de executivos e seus familiares participou de baterias de kart seguido de um almoço comemorativo. Fernando Michetti, gerente regional, valorizou o bom momento da montadora e do mercado brasileiro. “Estamos comemorando e integrando as equipes que atuam nos três Estados do Sul. Reunimos no Velopark áreas de vendas, pós-vendas, financiamentos e banco da montadora”, comenta Michetti. O ano de 2011 foi bastante competitivo para o setor de caminhões. Conforme informações da Anfavea, associação representativa da indústria, até novembro foram produzidos 197.929 novos caminhões, crescimento de 13,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo com um mercado em alta nos últimos anos, a crescente melhora em tecnologia e valor agregado nos veículos abre um importante leque de ofertas para o cliente. Este último, deixou de dirigir um veículo rígido, literalmente pesado e marchas difíceis, migrando para uma unidade recheada de recursos tecnológicos e conforto dos veículos de passeio. O setor de caminhões transporta o movimento da economia e, enquanto o PIB se mantiver positivo, o setor estará crescendo. Referente aos reflexos da crise internacional em 2011 as medidas tomadas pela equipe econômica do governo mantiveram os níveis de comercialização com índices saudáveis. O País é citado com animosidade pelas lideranças do setor como o grande porto investimentos. Michetti projeta um 2012 sustentável, com números de comercialização semelhantes a 2011, e vê com bons olhos algumas medidas como as novas tecnologias em motores Euro5 e em especial a operação da Mercedes-benz em Juiz de Fora. Presente no evento, o gerente comercial regional do banco Mercedez-Benz, Alfredo Tucunduva, se mostrou satisfeito em ver uma equipe que atua de forma remota reunida em um local como o Velopark. “Para nós do Banco Mercedes-Benz, a Confraternização EVENTOS EMPRESARIAIS Dilma COMEMORANDO OS BONS RESULTADOS R E V I S TA V E LO N E W S EVENTOS EMPRESARIAIS R E V I S TA V E LO N E W S 54 No mês de dezembro, corporações de vários segmentos confraternizaram com colegas de trabalho em eventos de final de ano no Velopark. Entre as comemorações, o setor de gestão de cadastros do Grupo Gerdau comemorou o sucesso do departamento acompanhados de seus familiares. A Gerdau é líder na produção de aços longos nas Américas e uma das maiores fornecedoras de aços longos especiais no mundo. Possui mais de 40 mil colaboradores e presença industrial em 14 países, com operações nas Américas, na Europa e na Ásia. A Companhia também é a maior recicladora da América Latina e, do mundo, transforma anualmente milhões de toneladas de sucata em aço. O encontro contou com baterias de kart e almoço especial ao ar livre para o público interno do setor. Lucas Oliveira Lohmann, analista de cadastros, foi um dos organizadores da festa e lembrou que todos os anos a equipe se reúne não só para festejar datas especiais, mas para comemorar conquistas do departamento. “Este ano em especial estamos comemorando nossas metas atingidas e estamos super satisfeitos pois, nossa unidade, irá assumir o cadastro mundial da Gerdau, o que nos traz muito orgulho”, comenta Lohmann. O setor é responsável pela geração de informações fundamentais para o andamento dos processos. -“Administramos os dados mestres da organização, as informações de fornecedores, clientes e materiais passam por nós, precisamos ter um gerenciamento impecável para não ocasionar problemas e distorções nos resultados”, acrescenta o analista. Outra empresa que comemorou o trabalho de 2011, no Velopark, foi a Makro Tools. A empresa é distribuidora de ferramentas coreanas para a usinagem, com a marca Taegutec. No mercado há 13 anos, a Makro Tools atende a região sul do Estado e levou para o kartódromo o setor administrativo e comercial da empresa, acompanhados de seus familiares. Esta foi a primeira vez que a empresa realizou evento no Velopark, o objetivo primeiro era promover um encontro mais descontraído junto a natureza e o parque temático foi a escolha ideal. A organização ficou por conta das lideranças, que tem administração familiar de Dilma, Jorge e Daniele Tedesco. Além do churrasco especial, o evento contou com baterias de kart e premiação em troféus e presentes especiais da Makro Tools. comemoração tem um sabor especial. O ano foi muito bom, estamos contabilizando crescimento de 20% nas operações, se comparado ao ano passado”, afirma Tucunduva. Vale lembrar que a rede Mercedes conta com 45 concessionárias de caminhões e outras nove unidades de automóveis, na região sul. 55 BROZAUTO NA PISTA TEST DRIVE TEST DRIVE ADVANCED DRIVING SCHOOL 56 riada para permitir as pessoas que gostam de carros de alta performance possam experimentar a sensação de guiar esportivamente, o Advanced Driving School completou em 2011 sua 14a edição no Autódromo Internacional do Velopark. No curso completo são três módulos, sempre sobre a tutela da equipe MC Tubarão, uma das mais experientes do país em preparação esportiva. A partir do segundo módulo o aluno já pode fazer uma avaliação e tirar carteira de piloto. No conteúdo do curso, algumas horas teóricas e muito exercício de pista. O modelo utilizado pela Advanced Driving School é o compacto sueco Volvo C30, preparado para competição. Com motor 2.0 de 4 cilindros e câmbio de 5 velocidades, na pista do Velopark o modelo atinge a velocidade máxima de aproximadamente 220 km/h. Mas o grande destaque dos finais de semana do curso tem ficado por conta das primeiras edições do Track Day Advanced Driving School. Oito super máquinas aceleraram forte na pista do Autódromo Internacional, entre eles Porsches, Aston Martin, Mercedes C63 e outros – “Neste ano realizamos as primeiras edições deste evento e já conseguimos reunir carros modernos, cheios de tecnologia e com excelentes desempenhos. A idéia nasce bem, a gente sabe que muita gente esconde super máquinas na garagem e que poderão se juntar a nós nas próximas.” – reforça Fabio Bernardes. velocidade, a potência, o luxo e a dinâmica de carros como o Camaro, Cruze e o novo Ômega foram conferidos pelos convidados da Brozauto, na manhã do dia 18 de novembro, na pista do autódromo do Velopark. Momento em que a concessionária disponibilizou modelos destes carros para os seus clientes realizarem teste drive na pista. A concessionária também expôs os modelos durante o final de semana da Final do Campeonato Brasileiro de Arrancada. R E V I S TA V E LO N E W S R E V I S TA V E LO N E W S Comemoração dos 2 anos de curso 57 R E V I S TA V E LO N E W S Para carros 58 ngane-se quem pensa que performance e desempenho não são os atributos mais valorizados pelos clientes das revendas de veículos. Os modelos emblemáticos que figuram nos sonhos do povo brasileiro são porsches, ferraris e outras potentes máquinas produtoras de ruídos de motores em alta velocidade capazes de percorrer em poucos segundos grandes distâncias. Pensando nesses apaixonados pela velocidade, o Velopark, maior parque automobilístico da América Latina, promoveu em outubro o primeiro Track Day para automóveis na pista do autódromo. Os participantes testaram e aproveitaram o desempenho de seus veículos como em uma competição. O aparato utilizado, foi o mesmo dos eventos oficiais com plataformas, ambulâncias e paramédicos, além de ter todo o suporte com bandeiras de sinalização, direção de pista e segurança nos mesmos padrões das corridas oficiais Os aspirantes a pilotos por um dia, receberam todas as informações de traçado, regras e condutas para acelerar na pista do Velopark. O sistema de cronometragem oficial com transmissão live-timing foi disponibilizado nos boxes, o recurso forneceu o tempo de volta de cada participante. TEST DRIVE Para motociclistas romovido pelo parque em parceria com a Escola de Pilotagem Penélope Racing, o primeiro Track Day de Motocicletas aconteceu no mês de setembro. O autódromo foi dedicado à motociclista que quiserem acelerar suas motos nas pistas. O Track Day é um evento que oferece sazonalmente e é a oportunidade para qualquer motorista e sua moto de rua andar um dia num autódromo. Num evento deste tipo, motoristas habilitados podem desfrutar de um dia inteiro de pista para se divertir e conhecer melhor suas habilidades, as reações e limites de suas motos, em um ambiente controlado. R E V I S TA V E LO N E W S TEST DRIVE TRACK DAY 59 OBJETIVO COMUM, SALVAR VIDAS MASTER POWER Velopark, Sindimoto e Detran estão trabalhando juntos para colocar em prática o curso de formação para condutores de motocicletas. Com foco na redução dos altos índices de acidentes ocorridos no trânsito do Rio Grande do Sul. As necessidades do poder público, a experiência e relação do sindicato serão postos em prática no Velopark, o espaço físico ideal para promover a formação em segurança, para os usuários do veículo de duas rodas. A Master Power é hoje uma das principais indústrias de turbo compressores do país. A empresa nasceu no ano de 1966, mas foi só em 1970 que o foco se direcionou às turbinas. Com a conquista de novos mercados e a criação da marca Master Power, a capacidade produtiva teve que se expandir. Hoje a marca oferece alta tecnologia em turbos para as linhas automotiva, industrial e marítima, além de suporte técnico em projetos especiais. R E V I S TA V E LO N E W S REFORMA NA PISTA DE ARRANCADA 60 Uma das principais apoiadoras da O Velopark aproveitou o periodo sem provas no calendário de arrancadas para reformar a reta de 802 metros. Apesar de ser uma das três melhores pistas do esporte no país a reta está em processo de renovação, com tratamento específico. Para a realização do serviço, o Velopark trouxe um moderno equipamento de fora do Estado que trabalhará até a metade de fevereiro, com custo de locação de 60 mil reais por mês. Aproveitando o momento positivo do mercado financeiro e do automobilismo no Brasil. modalidade de Arrancada no Brasil, a Master VELOPARK ANUNCIA PATROCINADORES DA TEMPORADA 2012 para conquistar os gaúchos mais apaixonados O Velopark confirmou em dezembro de 2011 a extensão dos patrocínios com a FIAT, JBL Selenium, Ipiranga, Beta e Master Power Turbinas para o ano de 2012. conhecer toda a força dos propulsores FTP 1.4 Power mantém sua sede na cidade de São Marcos, importante pólo automotivo da região serrana do Rio Grande do Sul. FIAT Líder do mercado de automóveis no Brasil há 10 anos consecutivos, a Fiat aposta no Velopark por uma linha arrojada de veículos. Quem quiser da marca italiana podem se aventurar no Veloce, protótipo exclusivo equipado com a linha esportiva dos motores. PATROCINADORES DA TEMPORADA 2012 RÁPIDAS Fundada em 1958 na cidade de Canoas, a JBL Selenium é a líder nacional em equipamentos de som. Em 2011 fechou uma importante parceria com a alemã HARMAN, líder mundial do segmento, com o objetivo que ampliar mercados e trocar tecnologias. Com o slogan “Seu som não tem fronteiras” a JBL Selenium é marca responsável pelo novo sistema de som do Velopark. IPIRANGA A distribuidora de combustíveis IPIRANGA é mais uma parceira do Velopark em 2012. A empresa responde pelo abastecimento de todos os karts, veloces e também do carro utilizado no curso de pilotagem esportiva. O ano de 2012 é o quarto consecutivo da parceria, que promete ser longa. Com o programa de fidelidade KM de Vantagens os visitantes ganham uma série de benefícios e descontos ao utilizar a estrutura do Velopark. Criada em 1937, com uma pequena refinaria de petróleo, a marca cresceu e ganhou o Brasil. Em 2008, com a compra de ações da empresa pelo conglomerado privado Ultrapar, a rede Ipiranga conquistou novos mercados, adquiriu a rede TEXACO e hoje conta com mais de 5,9 mil pontos de distribuição de combustível em todo o território nacional. Beta Trazida ao Brasil pela Costa & Garcia do Brasil Comércio de Máquinas e Ferramentas Ltda, as ferramentas Beta conquistaram o mercado europeu e agora equipam também as oficinas do Velopark. Com mais 30 anos de experiência em Portugal, a empresa tem à sua disposição todos os meios necessários para prestar o melhor e mais eficiente serviço que a economia atual exige. R E V I S TA V E LO N E W S RÁPIDAS RÁPIDAS DO VELOPARK JBL SELENIUM 61 PRÉVIA PRÉVIA CALENDÁRIO VELOPARK ABRIL MAIO 5 e 6 - Stock Car / Copa Montana 12 - Veloce Day 13 - Moto Day / Track Day 19 e 20 - Super Carros 26 e 27 - Advanced Driving Cup e Advanced Driving School R E V I S TA V E LO N E W S JUNHO 62 2 e 3 - Campeonato Interestadual de Arrancada 29 e 30 - Advanced Driving Cup e Advanced Driving School VELONEWS EXPEDIENTE: Editor: Rafael Batista [email protected] Fotos: Paolo Reis [email protected] Produção: Karen Cunha [email protected] Marketing: Sofia Costa [email protected] Projeto gráfico e diagramação: Agência Purple [email protected] Revisão: André Martins [email protected] R E V I S TA V E LO N E W S 8 - Recesso de Páscoa 14 e 15 - Curso de Formação de Pilotos Velopark 20, 21 e 22 - Advanced Driving Cup e Advanced Driving School 28 e 29 - Campeonato Gaúcho e Metropolitano de Arrancada / Open Day 29 - Moto Day / Track Day 63