curva base - Edgley Gonzaga

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SELEÇÃO DA CURVA BASE DAS LENTES PELOS LABORATÓRIOS
Fatores influenciadores no resultado final e seu impacto no resultado final
1. INTRODUÇÃO
Atualmente os laboratórios de surfaçagem seguem tabelas fornecidas pelos fabricantes de lentes semi-acabadas
( Blocos ), para a seleção da curva base adequada. Esta é a forma mais adequada, para evitar problemas de adaptação
ao usuário final. Porém, além das tabelas dos fornecedores, os técnicos precisam ficar atentos a outros aspectos que
acabam por influenciar na escolha da curva base.
A subjetividade na hora de julgar, o compromisso entre a estética e a qualidade óptica, explica a diferença entre
as bases utilizadas por técnicos e até em regiões diferentes. Pois uma curva base que, para alguns, é um ótimo
resultado entre a qualidade óptica e a estética, para outros, o resultado não parece tão óbvio.
Qualquer fórmula que tente determinar a curva base ideal deve ter em seus componentes a variante estética,
que por sua vez, terá a influência da armação.
2. CARACTERÍSTICAS DE BENS E SERVIÇOS
Ao alterarmos a curva base de uma lente, nem sempre, paramos para analisar os vários outros fatores que
automaticamente mudamos. Portanto, segue alguns pontos a serem observados pelo técnico.
2.1. Dioptria
A dioptria é o ponto inicial para toda a avaliação. Irwin Vogel definiu a escolha da curva base como:
CB= 6 + [ (De +Dc / 2) / 2 ].
De: Dioptria esférica
Dc: Dioptria cilíndrica
2.2. Índice
O Índice de Refração é um fator importante, pois altera aberrações monocromáticas, aberração cromática,
espessura e magnificação final da lente.
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2.3. Armação
Com a grande variedade de armações, de flats a curvadas, o técnico precisa ficar atendo aos detalhes da
armação. A curva da armação, somado a outros fatores como; dioptria, material da lente e o sistema de encaixe da
lente ao aro, podem implicar na troca da armação, para atingir um melhor resultado.
2.4. Magnificação
Além de corrigir a ametropia do usuário, a lente também altera o tamanho da imagem formada na retina. Esta
alteração é causada pela dioptria e a forma da lente. No caso de anisometropia, é possível trabalhar a curva base e a
espessura da lente para diminuir a diferença entre as imagens( aniseiconia ). Pesquisadores apontam como limite
aceitável um de 4% de diferença entre os tamanhos das imagens do olho direto e esquerdo.
2.5. Distorção
Como não causa perda na acuidade visual, apenas altera a forma dos objetos observados, geralmente é
desconsiderada. Lembramos apenas que as curvas mais altas apresentam menores distorções.
2.6. Espessura
Uma mesma dioptria produzida com curva base mais alta tem sua espessura ligeiramente maior que outra de
curva base menor.
2.7. Distância de vértice
Com o mesmo ajuste da armação ao rosto, a lente pode ficar mais afastada ou próxima do olho, dependendo da
dioptria da lente. A Dioptria Efetiva, assim como a magnificação, é dependente desta distância. Quanto mais alta a
dioptria, mais sensível será a alterações da distância de vértice.
2.8. Reflexos
Com curvas mais baixas, os reflexos formados na superfície da lente são maiores, dando uma sensação de mais
reflexos. O reflexo torna-se um problema quando sua vergência passa a ser igual à dioptria da lente.
2.9. Projeto da lente
Lentes que possuem projetos especiais, como lentes asféricas, progressivas ou similares, devem ter sua curva
base selecionada de acordo com as indicações do fabricante. Já que, a curva base é um componente dos cálculos para
a obtenção do projeto e, sendo assim, a quanto maior a diferença entre a seleção e a curva base indicada pelo
fabricante, maior será a diferença entre o resultado ótimo e o resultado final da lente.
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3. CONCLUSÃO
Diante de tudo que vimos, podemos concluir que a curva base é um item importante para a satisfação final do
usuário dos óculos. Podendo ter, não só, influência na qualidade visual mas também na estética final. Portanto, sendo
um recurso que pode ser muito bem utilizado pelo óptico, em busca de proporcionar conforto visual
Edgley Gonzaga
Experiência profissional
Mais de 20 anos de experiência no setor óptico, nas seguintes áreas; produção, atendimento técnico ao cliente, gestão operacional,
gestão de pessoas, excelência operacional, qualidade, gestão de projetos.
Formação Acadêmica
Pós graduando em Engenharia da Qualidade Integrada
Pós graduado em Gestão Industrial
Master of Business Administration em Logística
Master of Business Administration em Qualidade e Produtividade
Tecnólogo em Gestão de Negócios e Empreendedorismo
Formação Técnica
Técnico em Óptica com especialização em Visão Subnormal
Projetista de Ferramentas de Estampagem
Desenhista Técnico Mecânico
Cursos e Treinamentos
Diversos cursos de aperfeiçoamento e atualização como; Administração de compras, Como Reduzir Custos em Energia Elétrica,
Matemática Financeira, Logística Empresarial, Seis Sigmas, Balance Score Card, Fundamentos de Gestão de Custos, 5S
(Housekeeping), Indicadores de Desempenho, Sistemas de Gestão da Qualidade ISO /9001:2008, Mapeamento e Modelagem de
Processos e o BPM, Entendendo os Seis Sigmas, MASP – Método de Análise e Solução de Problemas, PDCA e Ferramentas da
Qualidade, Sensibilização para a Excelência em Gestão entre outros.
REFERÊNCIAS
Jalie, M. (1998). Ophthalmic Lenses and Dispensing. Butterworth-Heinemann.
Jalie, M. (1984). The Principles of Ophthalmic Lenses. ABDO College of Education.
Fannin, T., T. G. (1996). Clinical Optics. Butterworth-Heinemann.
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