edição atual - Centro Acadêmico Ruy Barbosa
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edição atual - Centro Acadêmico Ruy Barbosa
Edição: 2 Ano: 2011 Fechamento: 26 de abril de 2011, 01h Periodicidade: mensal Conselho Editorial: - Aline Erdens de Rocha - Carolina Grant Pereira - Gabriel Ferreira da Fonseca - Luã Lessa Souza - João Guilherme Magalhães Monteiro de Almeida - Victor Carvalho Design por Victor Carvalho Imunize-se(-me) se for capaz (p. 01) “Era uma casa muito engraçada...” (p. 04) 1 Elephant, Realengo e o dedo que mostra a lua (p. 05) Como matar o Direito com uma balança (p. 01) Negado Habeas Corpus a chimpanzé (p. 02) Aluno da UFBa estaria realizando matrí(p. 02) culas “Era uma casa muito engraçada...” (p. 04) Pense num absurdo... (p. 04) Dia de Morte Desejo Coisificação (p. 07) (p. 07) (p. 05) (p. 06) (p. 06) Notas do CARB Notas das Instituições 5 de abril de 2011. A Egrégia Faculdade de Direito da UFBA completa 120 anos. É o momento ideal para refletirmos sobre o que temos representado para a sociedade, o que temos acertado e como podemos melhorar as nossas ações. É uma grande responsabilidade estudar numa das mais antigas e importantes Faculdades do Brasil, pois cabe a nós manter a qualidade e o reconhecimento conquistados ao longo dessas doze décadas. Somos filhos de um passado glorioso, mas não podemos deixar de mirar o futuro. É nesse clima de comemoração e reflexão que o Conselho Editorial do Boletim do Ruy apresenta sua nova edição: uma homenagem a todos que fizeram, fazem ou farão parte desta Casa histórica. Jurídico Q uando era calouro, tive um professor que fazia uma interessante análise do judiciário. O juiz de primeiro grau era como um terceirizado dos céus. O desembargador era o empregado direto de deus. Um ministro dos Tribunais Superiores era deus. O ministro do STF tinha deus como seu empregado. Temos aí um verdadeiro panteão judiciário. Apenas deus, os banqueiros e os magistrados podem criar algo do nada. Lavoisier quando disse que na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma não conhecia o judiciário brasileiro. Afinal, Lavoisier criou a “Lei da Conserva- Como matar o Direito com uma balança ção das Massas” e esse negócio de respeitar as leis não está na moda. Lei é coisa do passado, a moda agora é, é ativismo judicial. Quando calouro, aprendi também sobre a pirâmide normativa e que em seu topo está a Constituição. Mas esqueceram de falar do faraó que comandava a construção da pirâmide e vivia em seu cume. De fato, nesse ponto, a pirâmide normativa é, tal qual a egípcia, uma tumba. Lá enterraram o Estado Democrático de Direito. Decisão contra legem. Nome bonito, não é? Pomposo. Parece até que vai solucionar meus problemas. Dá vontade de chegar ao mendigo que pede dinheiro no semáforo e falar: “não se preocupe, meu filho, eu tenho uma decisão contra legem para você”. Juristas tem esse talento de criar nomes bonitos para coisas não tão bonitas. Damos uma fundamentaçãozinha legal, citamos uns autores alemães e colocamos um nome em latim. Pronto! Está aí seu prato feito jurídico. Somos os verdadeiros cirurgiões plásticos do Direito. Mas vamos dar uma olhada nesse nome. Contra legem significa algo como “contra a lei”. Outro sinônimo para “contra a lei” é ilícito. E um sinônimo para ilícito é... ilegal. Reformulando o nome, então, decisão contra legem é uma decisão ilegal. Estranho como “ativismo judicial” começa a soar como “jeitinho brasileiro”. Eu sei que o movimento da ditadura do caso concreto ativista não se reduz a decisões contra legem, mas muitos dos seus partidários a defendem. Já dizia minha vó: casa de ferreiro, espeto de pau. E já dizia a vó do Raul Seixas, ex-estudante de nossa universi- dade: “quem não tem colírio, usa óculos escuro”. Por sinal, deveriam reduzir os cinco anos do curso de Direito a uma sessão da música “Sociedade Alternativa” do Raulzito: “faça o que quiseres, pois é tudo na lei, na lei”. Que lei, Raulzito? Que lei? Nem Dercy Gonçalves sabe. Agora eu pergunto: qual a legitimidade de 1 magistrado para criar o “direito” à revelia de 513 deputados federais e 81 senadores (sem contar os parlamentares estaduais e municipais) eleitos por 135.804.433 brasileiros votantes (segundo censo IBGE 2010)? Eu realmente gostaria de saber o que Montesquieu pensaria de toda essa (sur)realidade. Com base em Alexy, no discurso da “proporcionalidade” e em autores “concretistas” nós conseguimos transformar interpretação em criação. Concordo que toda decisão tem um grau de discricionariedade. Mas devemos tomar cuidado para não transformar discricionariedade em arbitrariedade. Devemos tomar cuidado também para não virarmos justiceiros. Isso deve ser deixado para os filmes do Charles Bronson, do Chuck Norris e as histórias em quadrinhos. Eu sei que sou minoria, mas como diria Nelson Rodrigues: desconfiem das unanimidades. Com a proporcionalidade, nós usamos a balança como espada e matamos o Direito. Em nome de quê? Em nome do que EU acho que é melhor para VOCÊ. É, meus amigos, que seja feita a vossa vontade, assim na Terra como no céu. Amém. Suzana Flag, de um semestre muito, muito distante Imunize-se(-me) se for capaz O artigo 53 da Constituição Federal estabelece o seguinte preceito: “Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.” É sob a ótica desta guarida constitucional, que muitos têm defendido o deputado Jair Bolsonaro, a partir do argumento de que a imunidade parlamentar lhe protege. Toda esta polêmica surgiu quando o então deputado federal equiparou os ambientes frequentados por negros a lugares promíscuos, ao conceder uma entrevista a um programa da Rede Bandeirantes de Televisão. Essa não foi a primeira vez que Bolsonaro utilizou para expor um discurso marcado por expressões preconceituosas e opressoras, tendo em vista que vê no seu mandato uma proteção para dizer o que bem pensa, sem que tenha que prestar contas a alguém. É fato que não se pode tapar olhos e ouvidos para que a injustiça e o preconceito se perpetuem, pois a inviolabilidade prevista no art. 53 da CF-88 não é absoluta, posto que limitada pelo próprio teor constitucional. Se a ponderação de princípios já tem sido feita de forma aleatória por muitos, às vezes, desnecessariamente, que esta seja efetiva, ao menos, para tornar a relação jurídica em questão adequada ao direito. A colisão de princípios constitucionais não pode 1 2 ser subterfúgio para que a justiça seja relegada a segundo plano, já que a força normativa e vinculante das constituições modernas é condição inescusável para a própria conservação do ordenamento normativo. Relevar os pronunciamentos do deputado Jair Bolsonaro é tornar letra morta a própria Carta Magna de 1988. Tal atitude ultrapassa qualquer nível de agressão a grupos sociais específicos que historicamente sempre foram alvo da marginaliza- ção, como os negros e homossexuais. Representa, sobretudo, uma violação “tête-à-tête” com os fundamentos da República e, em especial, ao princípio da dignidade da pessoa humana, verdadeira âncora do sistema jurídico brasileiro, o qual serve de alicerce para toda a juridicidade presente no texto constitucional, bem como em toda a legislação infraconstitucional. Podem cassar ou imunizar. Podem esquecer ou pressionar. Podem rir ou lamentar. Nada disso adi- antará para fazer do preconceito algo inexpressivo no território nacional. Discutir se este ou aquele princípio incidirá, não será suficiente para apagar a constante discriminação de cor, gênero, orientação sexual, crença e classe, ainda existente com força e vigor no país chamado Brasil. Bolsonaros anônimos se perpetuam em escala geométrica nas ruas, casas, escolas, UNIVERSIDADES. Mas a voz ainda existe. Existe? Imunize-se se for capaz. Imunize-me se for capaz. Luã Lessa, 4º semestre do noturno Negado Habeas Corpus a chimpanzé F oi impetrado um Habeas Corpus (HC) na 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) em favor de um chimpanzé de nome Jimmy. Em sessão realizada no último dia 19, a o HC foi negado sem resolução de mérito. A ação possui um total de 30 impetrantes, dentre Organizações NãoGovernamentais (ONGs) e entidades de proteção aos animais e pessoas físicas. Alegou-se que o chimpanzé deveria ser transferido para um santuário de primatas em São Paulo, dado o fato de que "o animal precisa de espaço e da companhia de sua espécie". Segundo afirmam os autores do Habeas Corpus, Jimmy "está vivendo isolado em u- ma pequena jaula no zoológico de Niterói". De acordo com o desembargador relator do caso, Piñeiro Filho, "a lei determina que o habeas corpus somente é cabível para seres humanos e não para animais". O relator ainda afirmou estar “sensibilizado por todos os argumentos dos impetrantes, mas tenho que me limitar ao que diz o texto constitucional”. O magistrado ainda explicitou ter pesquisado muito sobre o assunto antes de dar seu voto, de modo que embora estudos venha a concluir que “o chimpanzé é o parente mais próximo do homem, com 99,4% do DNA idênticos ao do ser humano”, ele não é pessoa, portanto, não é sujeito de direito. O desembargador relator ainda afir- mou que por previsão expressa no art. 5º da Constituição Federal, apenas pessoa humana pode ser beneficiada pela via do Habeas Corpus. Contudo, Piñeiro Filho acredita na possibilidade de os animais vierem a ter proteção jurídica: “a hipótese de fatos e argumentos vertidas nos autos teria que vir em uma ação civil pública, por exemplo -, porque aí sim se poderia fazer um juízo de cognição, se poderia até questionar eventualmente a inconstitucionalidade da legislação”. Segundo o desembargador José Augusto de Araújo Neto, conceder o HC ao chimpanzé seria um modo de o juiz vir a driblar a lei, o que não é sua missão. Victor Carvalho, 9º semestre do diurno Aluno da UFBa estaria realizando matrícula U m determinado aluno do quinto semestre da Faculdade de Psicologia da Universidade Federal da Bahia (UFBa) estaria ilegalmente realizando matrículas de estudantes no colegiado da instituição. O discente em questão estaria há dois anos participando do processo de matrícula, muitas vezes sem qualquer supervisão. A denúncia foi feita por outro aluno da Universidade: Pedro Augusto, este do terceiro semestre. Houve ainda informação de que o aluno que realizava as matrículas tentara por várias vezes persuadir outros estudantes a desistir de matérias que ele ou amigos seus detinham interesse em cursar. Pedro Augusto ainda explicitou que recebera ligação informando erroneamente que duas de suas disciplinas possuíam pré-requisito. Logo em seguida, tais matérias foram retiradas de sua grade, de forma que o aluno detentor da senha do colegiado foi capaz de se matricular ainda que desrespeitando a ordem de score (critério oficial de alocação, média de notas dos componentes curriculares cursados). Pedro Augusto informou que sofreu críticas e humilhação em razão de sua atitude combativa. Após várias tentativas do estudante prejudicado, este apenas conseguiu que o colegiado permitisse sua matrícula fora do prazo, além de uma ad- vertência verbal ao discente que praticou o ato ilegal. Foi informado ainda que o colegiado da Faculdade considerou tão somente irregular o ato do estudante em se matricular, explicando que as “informações privilegiadas” eram somente em razão do fato de este fazer parte da representação estudantil. Outros estudantes prejudicados também não teriam sido ouvidos, bem como teriam sido impedidos de participar da reunião e de saber o que nela foi decidido. Pedro Augusto enviou uma denúncia ao Ministério Público Federal para que o caso venha a ser apurado. Aldebaran Taurus de Aurum, 2º semestre do diurno Jurídico FDUFBa 1 5 de abril de 1891. Essa foi a data da fundação da faculdade de direito da Bahia, à época, chamada “Faculdade Livre de Direito”, pois, até o fim do período imperial, as escolas somente podiam ser oficiais, criadas pelo Estado, estando sujeitas à autoridade direta do Governo do Império, que lhes ditava até mesmo os Estatutos. Só, então, na metade do século XX, foi, enfim, federalizada pela Lei 3.038/56, unindo-se à Escola Politécnica e à Faculdade de Medicina da Bahia, formando a UFBA. 120 anos se passaram, o ensino superior evoluiu, a faculdade de direito enfrentou grandes dificuldades - ainda que algumas permaneçam até hoje -, mas graças a todos que participaram desta obra, podemos hoje fazer parte desta história. É tempo de relembrar o papel importante que desempenhou, e desempenha, a faculdade no cenário político, jurídico e social. Interessante, nesse passo, voltar os olhos para o passado e ver o que vislumbravam mestres e alunos, há tanto tempo atrás, em FDUFBa: 120 anos de história relação à faculdade de Direito, quando completava 70 anos. Remeto-me, para tanto, às palavras de Antonio Gidi, em sua obra “Anotações para uma história da Faculdade de Direito da Bahia”, disponível na biblioteca: “Com efeito, em 1961, viemos para o atual prédio, situado entre os bairros da Graça e do Canela, na Rua da Paz. (...) Segundo o professor ORLANDO GOMES, „a obra prevista destina-se a abrigar a Faculdade na perspectiva do futuro. Terá o novo prédio cinco pavimentos (...). Os auditórios para as aulas terão capacidade para 200 alunos. A Biblioteca comportará 80.000 volumes. Os professores terão escritórios privativos. Com capacidade para 600 pessoas, será construída a Aula Magna. A Congregação, o Conselho Departamental, o Diretório Acadêmico, a Associação Atlética e a Associação dos Antigos Alunos serão instalados em compartimentos próprios. Dois amplos gabinetes, um dos quais para o ensino prático de Medicina Legal estão previstos no Projeto. Enfim, o edifício está planejado para satisfazer completamente às necessidades da Faculdade, proporcionando a mestres e alunos um ambiente confortável, no rigor da técnica moderna‟. (...) Referindo-se à sede nova em tom de profecia, declarou:...„o local de estacionamento de veículos por ficar acanhado em menos de dez anos....‟. Arrematou dizendo „... É como fiéis dessa vocação que nos despedimos desta Casa. Na verdade, deixamos apenas as suas paredes. A sua tradição, o seu espírito, os seus numes tutelares levamos conosco (...). Trocamos de casa, não trocamos de ideais‟. (...) Em 26 de maio de 1961, no dia da inauguração da nova sede, discursou o diretor, o Prof. ORLANDO GOMES. Representando os quase 500 alunos da Faculdade, discursou o presidente do Centro Acadêmico Ruy Barbosa, o acadêmico EDVALDO BRITO. Eis alguns fragmentos selecionados do discurso do Prof. ORLANDO GOMES: Do velho sobrado colonial da Ladeira da Praça a este monumento da arquitetura moderna, setenta anos de vida fecunda e gloriosa já fluíram na constância de uma vocação persistente... Símbolo precursor novo na velha Bahia, a Faculdade nova não haverá de ser uma nova arquitetura, vazia de ânimo renovador. Mas seu espírito, intransigente fiel aos desígnios de sua matriz, continuará a preservar, acima de tudo, a liberdade, cultivando-a como um valor fundamental da dignidade humana. Mais do que nunca, precisará doravante defendê-la, e propagá-la, para que as inteligências imaturas, atraídas pelas falsas promessas da servidão, não substituam o diálogo pela polêmica, não troquem o argumento pelo insulto, não abandonem a persuasão pela intimidação sectária. Mudando de casa, não muda de voz a Faculdade... Neste momento, entrego à faculdade a seus legítimos usufrutuários – os estudantes de Direito -. Para que a desfrutem. Para que a conservem. Para que a engrandeçam”. Há 120 anos o poeta Alexandre Fernandes recitava o soneto “À nova congregação” na solenidade de instalação da Faculdade Livre de Direito da Bahia, no velho sobrado colonial da Ladeira da Praça, n. 19. O poeta exaltava o templo da ciência que ali nascia, a gloria do passado, a promessa do futuro e, sobretudo a liberdade, tão cara ao conhecimento. O Prof. Diretor Orlando Gomes, por sua vez, em seu discurso de inauguração da sede atual, apontava para a vocação persistente que possibilitou 70 anos de vida fecunda e gloriosa, confirmando o que o poeta (como sempre à frente!) anunciara há sete décadas. Mais uma vez, exaltava-se a liberdade: “seu espírito continuará a preservar, acima de tudo, a liberdade, cultivando-a como um valor fundamental da dignidade humana”. E, assim, defendendo a faculdade como espaço de diálogo, de argumentação, o Prof. Orlando Gomes entregava a nova Faculdade aos seus legítimos usufrutuários – os estudantes de direito – para que a desfrutem, conservem e engrandeçam. Nosso bendito templo, em que o livro é 3 4 o altar, completa hoje, 15 de abril de 2011, doze décadas. Nossa casa, cuja história infelizmente nem sempre foi de liberdade e de diálogo, hoje vive um momento ímpar. Novo turno, duplicação do número de vagas do vestibular, diversos concursos para professores: renovação do quadro discente e docente. A Faculdade pulsa (é persistente!). Desenvolve-se ensino, pesquisa e extensão. Há FDUFBA para todos os gostos (desfrutem!). Claro que há problemas. A nossa Faculdade está em crise. Passa por mudanças estruturais e humanas. Cresce um tanto quanto desordenadamente. Reflexo de uma máquina pública “doente”. Em crise também está o ensino jurídico (e a educação em geral) do nosso país, e a nossa Faculdade não está à margem deste problema. Mas, somos persistentes. Como disse Antonio Gidi, "Somos um gigante, 'umas das jóias mais caras do patrimônio cultural do país.' Temos um passado a zelar, temos um passado para nos orgulhar; Mas, acima de tudo, temos um futuro a construir." Gabriel Fonseca, 5º semestre diurno e Maria Eloy, 10º semestre diurno “Era uma casa muito engraçada...” Q ual será a explicação biopsico-sociológica para que uma obra prevista para terminar em dezembro de 2010, tenha concluído apenas a sua primeira fase agora em abril? Isso se considerarmos a primeira fase realmente concluída, já que o que vemos por toda a faculdade são pessoas reclamando das maquiagens ou dos trabalhos mal feitos. Os banheiros, ditos prontos, estão para cair sobre as nossas cabeças. Seja devido às divisórias de mármore caídas, às infiltrações que tomam conta do teto, ou às portas que não fecham por completo, o fato é que as condições dos banheiros não condizem com princípios bási- cos da prestação de serviços à administração pública, para não dizer da própria engenharia. Mas, ainda que tivéssemos banheiros aptos para o uso humano, outra coisa curiosa dessa nossa “casa engraçada” é que, muitas vezes, não é possível sair para ir ao toalete, já que diversas salas estão sem maçaneta, o que, eventualmente, deixa turmas inteiras presas pelo lado de dentro, aguardando que alguém, do lado de fora, possa abrir a porta. Além disso, muitas salas de aula estão parecendo verdadeiras saunas (só lhes falta o cheiro de eucalipto!): foram-se os antigos ar condicionados e vieram os novos, mas, funcionar, que é bom? Por outro lado, há as salas que estão sem vidros na janela, contribuindo, assim, para que, ainda que o ar condicionado funcione, sintamos saudade da época dos ventiladores de teto. Mas, a operação “tapa buracos” já começou: Sr. Roniel, um dos funcionários mais proativos da Faculdade, providenciou os plásticos e os grampos para vedar tais janelas e tornar, assim, as salas um pouco mais habitáveis. Vale ressaltar a importância da contribuição do Prof. Doutor Jonhson Meira Santos que, com o habitual cuidado dedicado à Faculdade e aos estudantes, contribuiu financeiramente para o projeto. “Mas, era feita com muito esmero, na rua dos bobos”, s/n. Aline Erdens, 4º semestre diurno e Gabriel Fonseca, 5º semestre diurno Pense num Absurdo... J á faz um mês desde o último boletim do Ruy e quase dois meses desde o começo do semestre. E escrevo hoje para defender que temos que discutir a transposição das águas! Não aquelas do Rio São Francisco tanto debatidas por alguns membros do movimento estudantil, mas a transposição das águas dos andares superiores para os andares inferiores do prédio da Faculdade de Direito. Tem água caindo em todo local e apesar de não ser especialista em engenharia creio que isto não seja um bom sinal. Durante a primeira semana de aulas a porta do banheiro masculino caiu quebrando uma bela pedra de granito, e os responsáveis pela obra botaram a culpa no mau uso por parte dos estudantes da FDUFBA, que provavelmente malharam muito nas férias para conseguir descolar uma pedra de granito em apenas uma semana. Agora, qualquer um que entrar no banheiro masculino do 2º andar visualizará uma infiltração com limo, a qual já provocou a perda de parte do forro, agora resta saber se desta vez os responsáveis pela obra colocarão a culpa em São Pedro que não soube utilizar a chuva. Ah esses banheiros... Os banheiros da Faculdade de direito parece os banheiros da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, criaturas estranhas o habitam e frequentemente estão interditados e tirando calouro Harry Potter isso choca a todos! E um triste e corriqueiro episódio volta a ocorrer bem na frente dos nossos olhos: Dinheiro público indo para o ralo. E tome obra... Porque o que parece é que estão “obrando” para os estudantes. Essa obra na FDUFBA ainda vai render muitos textos e resenhas, estamos presenciando uma plástica no velho prédio da Faculdade de Direito, meu medo é que no final o resultado seja “na pegada” Elza Soares. E só teve isso? Não! Ficamos sem água. A média abaixou, voltou, subiu e pasmem parece que teremos duas médias! O departamento de direito público aprovou as 3 avaliações, simplificando a prova final mudou de nome e a média aumentou para 7,5. Já o departamento de direito privado aprovou que quem manda é a UFBA e obedece quem tem juízo, serão duas avaliações e a média é 5. Teve também assembléia geral para se discutir as questões da Xerox e da Cantina, teve concurso para professor de penal... opa! Mas esse está sob sigilo (não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe). E você acha que acaba por aqui? Daqui até o final do semestre tem muita coisa pra acontecer. Porque pense num absurdo! Pensou? Na FDUFBA ele está em todo lugar. Ruan Passos, 6º semestre diurno FDUFBa Cultural E screvo para não matar. A princípio não entendi a força dessa frase, ou melhor: a força desse pensamento. Li-o em um escrito da jornalista Eliane Brum. Afirmara ela que já havia entrevistado muitos escritores e que vários disseram isso quando perguntados sobre o motivo de escrever. O texto? Era sobre um velho (sim, velho... não nos escondamos em eufemismos, por favor) que tentava atravessar um corredor do shopping enquanto pessoas riam de sua situação. Interessante como não somos capazes de perceber que fazemos vítimas todos os dias, que matamos pessoas todos os dias. Teoria do caos. O bater de asas de uma borboleta no Brasil pode causar um tufão no Ori- Elephant, Realengo e o dedo que mostra a lua ente. Por que ir tão longe? Uma simples ofensa pode causar um dos mais lamentáveis massacres da história brasileira. Ação e reação. Em sete de abril de 2011 um país aprendeu sobre a terceira lei de Newton fora das salas de aula. Ou deveria ter aprendido. Em razão do massacre, todo mundo recomeçou a discutir a questão do desarmamento. Por que quanto mais nos apontam a lua, mais nós olhamos para o dedo? Dessa vez olhamos para o dedo que apertou o gatilho. Mas não percebemos que o verdadeiro dedo que atira é o nosso. O meu, o seu, o de todos nós. Você mata quando trata mal o porteiro do seu prédio. Você mata quando ignora a existência de um pedinte na rua (negue o dinheiro, mas nunca, nunca o ignore). Você mata quando ri do velhinho que tenta atravessar o corredor do shopping. Você mata quando xinga, ri, exclui, deprecia e apelida um colega de escola, faculdade ou trabalho. O garoto que dá um tapa na cara do coleguinha hoje é o que bate em um homossexual no metrô mais tarde. O garoto que chuta o colega gordo é o que queima o mendigo mais tarde. Infelizmente, o garoto que sofre também pode ser o garoto que faz sofrer. É o desejo do oprimido de virar opressor. É como o escravo que vira senhorio em Memórias Póstumas de Brás Cubas. Columbine, Estados Unidos, 1999. Longe, não é? Tanto no espaço quanto no tempo. Nesse dia, 12 pessoas também morreram. Doze, assim como em Realengo, no Brasil, em 2011. Doze? Não, não foram doze que morreram naquele dia. Por que não contamos com a morte de Wellington? Talvez seja porque saibamos que, no fundo, nós já o havíamos matado, assim como já havíamos matado aqueles dois garotos que causaram o massacre em Columbine. Há 8 anos, em 2003, com o belíssimo filme Elefante (Elephant), Gus Van Sant tentou nos Matheus Cotrim, 12º semestre do diurno mostrar a lua. Mas ignoramos seu aviso, continuamos a olhar para o dedo. Pensamos que aquilo era coisa de americano, maluco. E continuamos nosso massacre do dia-a-dia. Demorou para a borboleta causar um tufão, mas aconteceu. Não entendo porque culpamos tanto as armas, porque colocamos essa culpa em um fator externo. Não entendo se somos cínicos, cegos ou covardes mesmo. Covardes porque não queremos carregar tantas mortes em nossos ombros. As mortes das crianças de Columbine, as mortes das crianças de Realengo, as mortes diárias que fazemos sem perceber. Um copo só pode encher até o limite em que transborda. Não adianta proibirmos a venda de armas. Não adianta também criarmos uma super política de segurança pública. Nada disso adianta se não mudarmos. Quando vamos perceber que nunca iremos parar um tufão por cortar as asas de uma borboleta? “E a vida já não é mais vida. E no caos ninguém é cidadão. As promessas foram esquecidas. Não há estado, não há mais nação. Perdido em números de guerra. Rezando por dias de paz”. É, meu caro Hebert Viana, não canso de dizer que temos muito ainda a aprender com os poetas, os músicos, os artistas. São eles que nos mostram a lua. Tão próxima e ao mesmo tempo tão longe. Agora eu entendo porque escrevo. Escrevo para não matar. Escrevo para canalizar a raiva que sinto das injustiças. Escrevo para não cometer uma injustiça. Escrevo para evitar que o copo transborde. Escrevo para impedir o tufão. Escrevo para tentar ver a lua. Escrevo para não morrer. Escrevo para não matar. E você, o que faz para não matar? Victor Souza de Carvalho, 9º semestre do diurno 5 6 ERRATA: O Conselho Editorial pede desculpas pela omissão na autoria da bela gravura da edição anterior. A imagem, publicada na Seção Cultura, é de autoria da aluna Gabriela Muniz, do 7º semestre do diurno. Dia de Morte A água fria batia na parte posterior do pescoço causando uma sensação incômoda. O olhar firme na parede refletia uma mensagem fixa: É hoje. Hoje é dia da minha morte. Não se sabe o porquê daquela certeza ter surgido numa manhã ensolarada de forma tão repentina. Por que hoje, por qual diabos hoje? A água batia e batia ainda gela- da. A razão não se revelava e ele continuava a procurá-la ali dentre as fendas cheias de limo dos azulejos. Teria sido por causa do café preto de mais? Dos cigarros esporádicos? Da esmola negada ou do xingamento proferido contra os céus na noite anterior? Será que suas semelhanças de caráter com o pai provocaram a ira do Senhor Deus Todo Poderoso, pois negam a evolução de espírito que há de existir entre as gerações, será essa a razão da sua morte? Faz até sentido: se é tão parecido com o pai, se tem os mesmos defeitos e vícios, é uma alma inútil e repetida, perdida no meio do espaço. Por esse prisma, justa era a idéia do fim. Cansou-se de tentar desvendar e aceitou. Pois então, como um bolero, o de Ravel, aquela idéia mórbida vinha emergindo, crescendo, tornando-se consistente, alta, volumosa, precisa e calma. É certo. A morte chegou e a água nem era mais tão fria assim. Ele desligou o chuveiro sabendo de sua finitude. ver com o “professor-Narciso”, que apenas enxerga, valoriza e reconhece o aluno que reflete o seu próprio espelho. Assim, podemos falar na “morte da Educação” como o fenecimento de uma relação narcísica de aprendizado, na qual a Educação Formal subsume toda a questão axiológica por intermédio da meritocracia da nota, sob juízo inquestionável do professor. Uma vez que os alunos reproduzem e refletem a própria imagem do “professor-Narciso”, ou seja, não há espaço para questionamentos, os critérios são dados previamente e o papel do professor finda no cumprimento do conteúdo programático da disciplina. Qual seria a solução? De acordo com os trâmites atuais da sociedade de controle, salvar esse modelo educacional é impossível. Desse modo, seria o caso de propormos outro modelo educacional, pautado mais no sentido do que no imediatismo. Faz-se mister ressaltar, porém, que o sentido (ou Acontecimento) precisa ser afirmativo ao ponto de demonstrar pragmatismo filosófico. Por ocasião do massacre dos centauros, Quíron, um centauro muito sábio, conhecedor de música, artes, caça, moral e medicina, instrutor de vários heróis gregos, estava ao lado de seu amigo Hércules, quando recebeu, acidentalmente, uma das flechadas envenenadas do herói. Sentia tanta dor que desejava morrer, mas era imortal. Justo por sentir o peso da dor, adquiriu uma profunda compreensão do sofrimento alheio. Por isso, desenvolveu o dom da cura. Ao contrário do professorNarciso, o professor-Quíron afirma o Acontecimento do aprender e do ensinar, porque permite que o outro aprenda numa relação de cumplicidade, respeitando o trajeto do professor e a vontade de aprender do aluno, mais do que a necessidade de controlar o saber por intermédio do monitoramento do aluno – evento simbolizado na caneta que risca a caderneta – e, também, mais do que simplesmente cumprir formalmente os protótipos da disciplina. Em sentido material, o professorQuíron motiva o aluno pela dúvida constante que expõe, e não pela necessidade de afirmar o conhecimento produzido. Nesse sentido, outra Educação insurge e apela para um lugar diferente do excesso de racionalidade sem valor do homem hodierno. O potencial de realização criativa diferencia o mestre do professor tradicional, no tocante à provocação de emoções e sentimentos que conduzem os alunos a uma visão mais ampla: uma ligação entre o conhecimento e a Vida, diferentemente de um apoio tácito ao Sistema Capitalista e as desigualdades que este produz e gerencia. Pedro Victor Vilas Boas, 5º semestre do noturno Mito e Educação A Educação, parâmetro importante para uma sociedade justa e civilizada, parece ter decretado seu falecimento. Enquanto os ritos de iniciação dos povos primitivos tratavam de uma Educação que, se não era perfeita, ao menos era marcante, atualmente, numa sociedade capitalista de educação eternamente continuada, os educadores e estudantes observam, pouco a pouco, a morte da Educação, posto que o foco principal do seu objeto – a relação professor-aluno – vem se deteriorando dia após dia. Diz o mito de Narciso (que em sua raiz etimológica quer dizer “entorpecimento”) que Liríope, a mãe, perguntou ao sábio Tirésias se o filho teria vida longa, obtendo a seguinte resposta: “Si non se viderit!” Ao longo de sua jornada, Narciso seguiu rejeitando belas ninfas, até que, cansado de uma caçada, debruçou-se para beber água, vendo, em seqüência, o reflexo da sua própria imagem. E assim quebrou o “si non se viderit!”, morrendo embevecido por sua própria imagem. Onde reside, pois, o equívoco de Narciso? Ora, Narciso não errou exatamente pelo seu excesso de beleza, visto que esse atributo independia de si próprio, errou, sim, na canalização da energia erótica. Ao invés de dirigir-se ao outro, Narciso ficou preso à própria imagem. O que tem a ver, então, Narciso e a Educação? Tem a Isac Fernandes Forte Neto, 4º semestre do noturno Desejo Coisificação O bem que te acomete O uso da força bruta O peso leve de sua semente O ardor calado de sua luta Sua saúde doente Sua sai justa Ah! Sua sai justa... Rita foi Órfã amparada Por madrasta, Sob a condição de ter Responsabilidade Respeito, Resignação, Restrição. Rone Clei Amaral, 7º semestre do diurno Ritinha foi Despida de si mesma, Obrigada a viver em prol De terceiro. Impossibilitada de Manter e criar Ligações sociais. Diminuída, Alienada. Ri tinha agora Pouco tempo Para seu ser Resignificar. Restava-lhe Apenas resquício de Rita. Mércia Silva Abreu, 10º semestre do diurno Cultural CARB I Torneio FDUFBA de Pôquer Boletim do Ruy: Como Participar? CARB está se preparando para a organização do I Torneio FDUFBA de Pôquer - Texas Hold'Em - e, para isso, está abrindo uma comissão pública para os graduandos da Faculdade que tenham interesse de integrá-la. Esta comissão cuidará de todos os detalhes da organização, como preço, data, premiação e etc. Os interessados em integrar a comissão deverão enviar um e-mail para [email protected], demonstrando interesse. partir da segunda edição de 2011, o Conselho Editorial do Boletim do Ruy espera a contribuição do público discente da FDUFBa. Para ter seu texto (jurídico ou literário) ou ilustração publicados na próxima edição, envie-os para o e-mail [email protected], junto com seu nome, turno e semestre. Os textos não devem exceder uma página e meia, na fonte arial 10, e devem ser enviados até o dia 15 de maio. Plantões do CARB Contatos do CARB Na última edição do Ruy divulgamos que, já em abril, realizaríamos plantões na sala provisória do CARB, que fica no segundo andar, em frente ao CEPEJ. Entretanto, em decorrência de problemas técnicos na sala, os plantões só terão início em maio. Pedimos desculpas por qualquer transtorno, mas os plantões terão início em breve. Informem-se no Mural do CARB! E-mail: [email protected] Blog: gestaoagora.blogspot.com Twitter: www.twitter.com/gestaoagora Boletim: [email protected] O Compromisso, Ação, Transformação Social, Visão Crítica do Dreito, Inclusão, Emancipação, Amizade, Extensão Popular, Coletividades, MSTB, Participação, Contraponto, Efetividade, Consciência, Concretude, Unidade, Superação, Sujeitos de Direito, Educação Popular, AJUP, Aprendizado, Força, Luta, Vitórias, Sonhos, Utopias, Estrelas – SAJU. Essas são algumas das palavras que nos definem e que representam o momento que vivemos nesse final de semana (dia 16 e 17 de abril) em mais uma CAPACITAÇÃO. Que novos projetos surjam, e que essa história, certamente inesquecível para tod@s nós, seja só uma prévia do caminho que trilharemos – juntos – nessa nova jornada! Sejam bem vind@s Nov@s Sajuan@s! Olá estudantes da FDUFBA! O CEPEJ vem mais uma vez falar das novidades que estão acontecendo aqui na Faculdade. Já começaram as inscrições para a Revista do CEPEJ e para o SEMIP e vale lembrar que qualquer dúvida é só nos procurar na sala 51. Além disso, teremos o Seminário Quintas Fundamentais todas as últimas quintas-feiras de cada mês: fiquem atentos aos nossos murais. Aconteceu dia 15/04 o Seminário Tutela Processual Coletiva do Consumidor. E atenção: a Profª. Joseane Suzart comentou que pretende continuar o trabalho com outro grupo de estudos, fiquem ligados! Vem aí o Lançamento da Revista Ângulos e quem quiser realizar apresentações artísticas (música, recital, fotos, peças...) vai ter a oportunidade, os convites serão divulgados nos murais e no site do CEPEJ – cepej.wordpress.com. A A versão virtual do Boletim será disponibilizada no blog e, em breve, no site do CARB. Você está a Um Passo da Eternidade, não querendo ir para o Inferno em Chamas, mas achando que O céu Pode Esperar? Porque pensar nesse assunto, se você está Curtindo a Vida Adoidado? Pois, afinal, Assim Caminha a Humanidade e você é Jovem Demais para Morrer! Mas se você é um daqueles Caçadores de Emoções cuidado: Você não é um Superman! Lembre-se: existe Uma Janela para o Céu que continua aberta, e só quem tem JESUS entra por ela. Se O Vento Levou seu conhecimento dessa verdade, ainda há tempo de voltar-se para Deus. Pois um dia tal janela vai se fechar e depois não vai adiantar gritar: “Senhor Esqueceram de mim”. Participe da Aliança Bíblica Universitária, reuniões às quartas-feiras, 12:20h, sala 30. VERGONHA...“FALTA DE JUSTIÇA, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito...A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem... De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto[...]”Rui Barbosa/1914. Deseja participar de reflexões como esta, compareça às reuniões da ABU, às quartasfeiras, 12:20 h, sala 30. “No dia 16/04 foi celebrado o aniversário de 04 anos da ADV Junior Consultoria Jurídica. Reunindo novos, atuais e antigos membros da empresa, uma grande festa serviu para relembrar de tudo que já aconteceu dentro da ADV, todas as dificuldades superadas e amizades forjadas. Neste dia ocorreu também a recepção dos novos trainees da ADV, com apresentação da estrutura da empresa, clientes e modo de trabalho. Boas vindas aos novos trainees à família ADV Junior! 7