a influência da cultura afro

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a influência da cultura afro
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DOMINGO, 22 DE SETEMBRO DE 2013
viver &
www.ovale.com.br
D HISTÓRIA
A INFLUÊNCIA DA CULTURA AFRO
Primavera dos Museus discute a formação da cultura brasileira a partir de elementos dos povos africanos
ISMAEL BRANQUINHO
ESPECIAL PARA O VALE
Com foco nos elementos
africanos incorporados à cultura brasileira, ocorre entre os
dias 23 e 29 de setembro a 7ª
Primavera dos Museus, que terá como tema “Museus, Memória e Cultura Afro-Brasileira”.
Em São José dos Campos, o
Museu do Folclore, no Parque
da Cidade, em Santana, traz
uma programação especial para o evento. Entre as atividades estão rodas de capoeira e
palestras com especialistas sobre a temática.
História. Assim que chegaram
ao Novo Mundo, no século 15,
os africanos tiveram de se adequar às condições de vida local. Para tornar a sua estadia
menos dolorosa, eles trouxeram suas músicas, danças e
elementos de sua culinária.
Mesmo dividindo espaço
com europeus e índios, a cultura negra teve grande presença
na criação das raízes da cultura brasileira.
“É essencial que o brasileiro
entenda a riqueza que a cultura
africana trouxe para nosso modo de viver e que tenha um
reconhecimento dessa influência presente em nossa culinária, crenças e danças, entre outros”, relata Angela Savastano,
presidente do Centro de Estudos da Cultura Popular.
Primavera. O objetivo desse
evento é reiterar que o brasileiro é um povo com uma origem
cultural também influenciada
pela diversidade cultural dos
povos africanos.
Uma das ideias principais é
mostrar onde estão as influências africanas em nosso cotidiano e desenvolvê-las de forma que os participantes enriqueçam o seu conhecimento
sobre sua própria cultura.
Hoje, ocorre entre às 14h e
às 17h o projeto Museu Vivo
Especial. Na terça-feira, às
WARLEY LEITE/2012/ARQUIVO O VALE
Entrada do Museu do Folclore, no Parque da Cidade, em São José; roda de capoeira e palestras com especialistas sobre folclore estão na programação desta semana
CONTRIBUIÇÃO
A preservação da
memória para a
‘musealização’ da
cultura afro é um dos
focos do evento
19h, haverá uma palestra ministrada por Nelson de Oxun, que
falará sobre as simbologias do
Candomblé.
No dia 26, quinta-feira, pela
manhã, às 9h30 e às 14h, haverá atendimento do Grupo Cativa com roda de capoeira.
Thiago Sapede dará uma palestra às 19h, com o tema “Rea-
leza e Resistência: Reis Congos de África e Brasil”, na Biblioteca Cassiano Ricardo, no
Centro.
Cidade. Em São José, projetos
culturais como o Piraquara, homenageiam a cultura africana.
Os grupos de jongo, congada e capoeira, entre outras dan-
ças afro-brasileiras também se
apresentam
com
grande
frequência na cidade.
Evolução. O benefício em ofe-
ção de modo que suas ações
sejam baseadas no conhecimento de sua origem ajuda a
combater questões relacionadas ao preconceito. l
recer a população a vivência
da cultura afro, segundo Angela, é promover mudanças na
sociedade. A ideia é ampliar os
olhares e as atitudes da popula-
comente esta reportagem
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D LITERATURA 1
D LITERATURA 2
A VIDA DO GURU MANSON
KING RETORNA
ÀS SUAS ORIGENS
Biografia traz lado obscuro do mentor da morte da atriz Sharon Tate
RODOLFO LUCENA
ANDRÉ BARCINSKI
SÃO PAULO/FOLHAPRESS
SÃO PAULO/FOLHAPRESS
Quase 45 anos depois dos
massacres que custaram a vida
de sete pessoas, incluindo a da
atriz Sharon Tate, casada com
o cineasta Roman Polanski,
continua grande o interesse pela história do mentor dos crimes, Charles Manson.
Uma prova é a grande repercussão da biografia “Manson:
The Life and Times of Charles
Manson”, de Jeff Guinn, que
saiu em agosto nos EUA.
Muitos livros já foram escritos sobre “Charlie”. O mais famoso, “Helter Skelter”, de Vincent Bugliosi e Curt Gentry, foi
o livro de crime real mais vendido de todos os tempos.
Bugliosi foi o promotor que
conseguiu a condenação da
gangue à câmara de gás. Mas
Manson não chegou a ser executado porque a Califórnia extinguiu a pena de morte antes.
Hoje, com 79 anos, ele cumpre
prisão perpétua.
DIVULGAÇÃO
Sharon Tate, atriz norte-americana assassinada aos oito meses de gravidez pela família Manson
Publicação. O livro de Guinn é
a mais profunda investigação
sobre a origem de Manson. O
autor ouviu parentes e colegas
de infância e mostra como os
crimes que ele orquestrou foram a culminação de uma vida
inteira dedicada ao mal.
Desde pequeno, Charlie já
MORTES
Charles foi o mentor
intelectual e líder de
um grupo que cometeu
vários assassinatos na
década de 1960
estava às turras com a lei. Aos
seis anos, cometia delitos e
culpava outros. Após passar
anos
preso,
chegou
à
Califórnia em 1967, no auge do
movimento hippie, e usou todo
seu carisma para juntar um
bando de renegados na gangue
“Família Manson”.
O livro de Guinn é um documento assustador e emocionante sobre os crimes que acabaram com o sonho hippie de
paz e amor. l
Com mais de 300 milhões de
livros vendidos e dezenas de
títulos publicados depois de
sua estreia, em 1974, Stephen
King continua reinventando a
sua escrita. Reverenciado como o mago do horror, o escritor vem nos últimos anos transitando por caminhos que lhe
são pouco usuais.
Fez uma fábula política travestida de ficção científica
(“Sob a Redoma”, lançado no
Brasil em 2012); mergulhou numa viagem no tempo em que o
mote é o assassinato do ex-presidente norte-americano John
F. Kennedy (“Novembro de
63”, que deve chegar ao Brasil
daqui a dois meses); e, acaba
de lançar nos EUA uma novela
policial que bebe na tradição
das histórias detetivescas de
meados do século passado.
Trata-se de “Joyland” (terra
da alegria, em tradução livre),
que tão logo saiu, ocupou o
topo da lista de mais vendidos
do “New York Times”. Para
deixar ainda mais evidente sua
inspiração, a capa traz desenho que lembra as ilustrações
de pulp fiction.
Também em nome da fidelidade ao gênero, “Joyland” sai
inicialmente apenas em brochura, pelo selo Hard Case Crimes. “Cresci lendo esse tipo de
DIVULGAÇÃO
O escritor Stephen King
livro, que eu adorava”, diz King
no material de divulgação.
A trama se passa em 1973,
quando o jovem Devin Jones
vai trabalhar em um parque de
diversões assombrado. Na Casa do Horror habita o fantasma
de uma garota que ali foi morta. Encontrar e punir o criminoso passa a ser uma obsessão.
O fato de o próprio Jones
narrar a história tira um pouco
do suspense da trama: é certo
que tudo acaba bem.
Como em outras obras de
King, porém, o que ganha o
leitor não é a solução do problema, mas o jeito com que ele
apresenta os personagens e
costura suas vidas. A trama começa lenta, mas logo ganha
ritmo e conquista. l

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