Oral Fluid Testing: Promises and Pitfalls Teste do Fluido Oral
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Oral Fluid Testing: Promises and Pitfalls Teste do Fluido Oral
Clinical Chemistry Q&A Oral Fluid Testing: Promises and Pitfalls Moderator: Marilyn A. Huestis1,* Experts: Alain Verstraete , Tai C. Kwong3, Jorg Morland4, Michael J. Vincent5 and Raphael de la Torre6 2 Teste do Fluido Oral: Promessas e Armadilhas Marilyn A. Huestis1,* Alain Verstraete , Tai C. Kwong , Jorg Morland4, Michael J. Vincent5 and Raphael de la Torre6 2 3 1 Chemistry and Drug Metabolism, Intramural Research Program, National Institute on Drug Abuse, National Institutes of Health, Baltimore, MD; 2 Department of Clinical Chemistry, Microbiology and Immunology, Ghent University, Ghent, Belgium; 3 Department of Pathology and Laboratory Medicine, University of Rochester Medical Center, Rochester, NY; 4 Norwegian Institute of Public Health, Division of Forensic Toxicology and Drug Abuse, Oslo, Norway; 5 Immunalysis Corporation, Pomona, CA; 6 Human Pharmacology and Clinical Neurosciences Research Group, IMIM-Hospital del Mar Research Institute, Barcelona, Spain. Envie correspondência para esse autor para: Chemistry and Drug Metabolism, Intramural Research Program, NIDA, NIH, Biomedical Research Center, 251 Bayview Blvd., Rm. 05A721, Baltimore, MD 21224. Fax 443-740-2823; e-mail [email protected]. Fluido oral é uma nova matriz promissora para programas de testes de drogas para tratamento medicamentoso, o local de trabalho, tratamento da dor, e dirigindo sob a influência de drogas (DUID)7. Como ocorre em qualquer nova tecnologia, há forças e limitações. Nós discutimos com peritos internacionais o papel que essa nova matriz alternativa desempenhará nos diversos cenários de monitoramento da droga, pesquisa, desenvolvimento e legislação necessários para permitir que o teste do fluido oral tome seu melhor lugar no arsenal do laboratório moderno.8 Você acredita que o teste do fluido oral se tornará a matriz mais prevalente testada nesses programas e por quê? Quais são as forças e limitações do teste do fluido oral para cada tipo de programa? Alain Verstraete: Fluido oral provavelmente se tornará a matriz mais prevalente para o DUID, certamente para teste à beira da estrada. Legisladores e policiais querem reali- zar rapidamente teste de DUID à beira da estrada, eliminando o transporte para hospitais ou delegacias. Fluido oral é usado para o DUID em 5 estados Australianos, Bélgica e França e está descrito na legislação da Suíça e do Reino Unido. As principais vantagens são facilidade de coleta e uma janela geralmente mais curta de detecção da droga do que a urina, portanto tendo uma melhor correlação com a duração do dano. Limitações incluem dificuldade de coleta após recente uso da droga e o potencial para contaminação passiva. Para confirmação de DUID, atualmente apenas a Bélgica e 4 estados Australianos utilizam fluido oral; em outras jurisdições, resultados positivos de testes presuntivos do fluido oral são confirmados com testes sanguíneos. Fluido oral também pode se tornar a matriz mais prevalente para tratamento de drogas devido à fa- Clinical Chemistry cilidade da amostra, apesar da janela mais curta de detecção da droga. Nesse cenário, o custo pode desempenhar um papel mais importante. Se visitas adicionais forem necessárias para teste do fluido oral, teste de urina pode permanecer dominante. Uma forte vantagem do teste do fluido oral para tratamento de drogas é a maior detecção do 6acetilmorfina, um marcador de uso de heroína. Eu não estou certo de que fluido oral prevalecerá como a matriz mais importante para teste de drogas no local de trabalho. Embora a coleta do fluido oral seja mais simples e mais facilmente observada, para reduzir o potencial de adulteração, os custos são mais altos do que com urina, com taxas de detecção semelhantes. Tai Kwong: Em cenários clínicos, particularmente programas de tratamento de drogas e tratamento de dor, teste do fluido oral ganhará popularidade. Nessa ocasião, a preferência por fluido oral em comparação à urina é primeiramente devido às vantagens de coleta da amostra, que incluem um protocolo de coleta menos invasiva e nenhuma necessidade de instalações especiais de coleta e um coletador do mesmo sexo. A migração para o fluido oral acelerará quando as seguintes questões técnicas forem resolvidas: fluido oral inconsistente e volume do tampão de eluição, recuperações variáveis das drogas, inadequadas sensibilidade e especificidade do imunoensaio do fluido oral e falta de imunoensaios homogêneos para analisadores automatizados. A janela mais curta de detecção do fluido oral após o uso de maconha é uma séria limitação para todos, exceto o teste de DUID, se o teste da droga for marcado para uma vez por semana ou menos frequentemente. Q&A Jorg Morland: Para DUID, eu suponho que teste do fluido oral se tornará prevalente em países onde a legislação está baseada em "nenhuma presença da droga em qualquer fluido corpóreo" por causa da conveniência da coleta da amostra. Em outros países onde baixas concentrações da droga no sangue constituem base legal, teste do fluido oral pode ser aplicado para testar motoristas sob suspeita, se resultados rápidos que cobrem a maioria das drogas de interesse estiverem disponíveis (por exemplo, como imunoensaios). Teste de drogas no local de trabalho talvez deva se concentrar em mais recente uso de drogas para refletir o desempenho do trabalho. Nesse sentido, fluido oral parece superior à urina e em meu pensamento pode se tornar o método mais prevalente para teste no local de trabalho. Michael Vincent: Teste do fluido oral ganhará uma substancial fatia do mercado em cada um dos segmentos acima por causa da conveniência em se obter uma amostra observada, independente do sexo e não invasiva. Para teste do tratamento da dor e DUID, fluido oral oferece importante valor de interpretação devido à sua correlação com as concentrações de plasma para a maioria das classes de drogas. Para teste de justiça criminal e de local de trabalho, o problema da "bexiga tímida" com teste urinário pode ser eliminado. Fluido oral apresenta desafios analíticos, visto que as concentrações de droga e volume são muito mais baixas do que para urina. Pode haver amostra inadequada para múltiplas confirmações de drogas. Clinical Chemistry Raphael de la Torre: Não há dúvida de que teste de droga do fluido oral (especialmente testes no local) é a matriz biológica preferida para DUID. Um achado positivo pode indicar recente consumo de droga e recomendar que se pare de dirigir. Limitações do teste no local são o reduzido número de classes de drogas que podem ser testadas simultaneamente. Em programas de tratamento de drogas ou programas de manutenção de metadona, testes do fluido oral no local podem indicar uso de droga 24 hs antes. Uma janela mais curta de detecção significa que sinais de intoxicação são bastante evidentes e que não há necessidade de teste de drogas. A principal vantagem do teste do fluido oral no local é a imediata disponibilidade dos resultados e a potencial introdução de ações corretivas por terapeutas. Para teste de drogas pré-emprego, usuários recreativos de drogas podem não ser identificados por causa da limitada janela de detecção do fluido oral. Teste de droga do fluido oral em programas de tratamento da dor pode verificar a conformidade do paciente e eliminar o consumo de drogas adicionais. Quais são em sua opinião as exigências alcançáveis e razoáveis de desempenho para os testes do fluido oral no local, para os dispositivos de coleta do fluido oral, e para o teste de confirmação? Alain Verstraete: Eu acho que os cutoffs propostos na legislação do DUID da França e Bélgica e aqueles usado no projeto “Dirigindo Sob a Influência de Drogas, Álcool e Remédios (DRUID)” são realistas (Tabela Q&A 1). Com desenvolvimento adicional, cutoffs mais baixos podem ser alcançados para 9tetrahidrocanabinol (THC), tais como o cutoff 5-µg/L agora reivindicado pelo Teste de Drogas Dräger 5000. Dispositivos de coleta do fluido oral devem fornecer boa recuperação do analito, um indicador da adequação da amostra, efeitos de matriz razoavelmente baixos na confirmação por cromatografia líquida em conjunto com espectrometria de massa (LC-MS/MS) e adequado volume de amostra. O tempo para coletar e analisar fluido oral é uma importante variável, especialmente com teste DUID. Um dispositivo que colete confiavelmente um pequeno volume de amostra (200 µL) e um método analítico para medir todos os alvos nesse pequeno volume seriam ideais e aumentaria o uso do teste do fluido oral. Teste de confirmação pode ser realizado por quantificação de alta sofisticação do multi analito por LCMS/MS. Tai Kwong: Primeiro é a melhora da sensibilidade e consistência final do imunoensaio na detecção (particularmente os imunoensaios homogêneos) pelo menos nos cutoffs propostos pela Administração dos Seviços de Saúde Mental e Uso de Substância. Segundo é uma imunoespecificidade mais ampla do imunoensaio para melhorar a detecção dos opiáceos além da morfina e dos testes específicos e sensíveis para opióides não opiáceos para terapia da dor. Terceiro, é uma melhora do dispositivo de coleta para consistência no volume de amostra coletada, volume de tampão adicionado e recuperação da droga. Quarto é a disponibilidade dos testes quantitativos de confirmação por MS/MS com sensibilidade analítica compatíveis com cutoffs de testes. Tabela 1. Cutoffs de teste e de confirmação das drogas de acordo com a legislação Belga, Francesa, Australiana (Victoria) e diretrizes do teste do fluido oral propostas pela Administração dos Serviços de Saúde Mental e Uso de Substância (SAMHSA). Clinical Chemistry Q&A teste da Bélgica confirmação da Bélgica teste da França confirmação da Victoria teste da SAMHSA confirmação da SAMHSA 50 25 50 5a 50b 50c e e e 5 50 50 THC, µg/L 25 10 15 2 4 2 Cocaína/BE, µg/L 20 10 10 NA 20 8f Morfina, µg/L 10 5 10 NA 40 40 g 5 10 NA 4 4 NA NA NA NA 10 10 Anfetaminas, µg/L MDMA,d µg/L 6-AM, µg/L Fenciclidina, µg/L a Metanfetamina. Metanfetamina é o analito alvo. c Metanfetamina, anfetamina, N-metil-3,4-metilenodioxianfetamina (MDMA), 3,4-metilenodioxianfetamina, e Netil-3,4-metilenodioxianfetamina. d BE, benzoylecgonina; NA, dados não disponíveis; 6-AM, 6-acetilmorfina. e MDMA incluso no teste das anfetaminas. f Cocaína ou BE. g 6-AM incluso no teste da morfina. b Jorg Morland: Testes do fluido oral no local devem produzir resultados que possam ser lidos facilmente dentro de 1–2 min, sob condições variáveis de luz e clima. Testes devem incluir canabinóides, opiáceos, 6acetilmorfina (separadamente), anfetaminas, cocaína, e tantos opióides e benzodiazepínicos quanto possível. Dispositivos de coleta do fluido oral devem ser fáceis de manusear, inquebráveis e devem minimizar a chance de contaminar os arredores ou a pessoa que coleta a amostra. Teste de confirmação do fluido oral deve utilizar métodos específicos, tais como LC-MS/MS. Michael Vincent: Testes do fluido oral no local devem ser capazes de robustamente testar as amostras em concentrações apropriadas. Adicionalmente, controles apropriados acima e abaixo do cutoff declarado (±50%) devem ser discriminados com confiança. Atualmente, testes de drogas de urina baseados no laboratório e no local são realizados da mesma forma. Infelizmente, há uma grande diferença no desempenho entre produtos do fluido oral de laboratório e no local. Testes do fluido oral são comercializados como aqueles que detectam uso recente; se um teste no local der negativo quando um indivíduo estiver visivelmente prejudicado ou falhar em uma avaliação dos Peritos de Reconhecimento de Drogas, confiança na matriz fica grandemente diminuída. Raphael de la Torre: Testes do fluido oral no local devem fornecer resultados rápidos e confiáveis, com desempenho equivalente para todas as classes de drogas. Dispositivos do fluido oral devem coletar uma amostra reproduzível e suficiente (1 mL) que esteja estabilizada com tampões e preservativos compatíveis com imunoensaios e métodos LC-MS/MS. Atualmente, não há padronização dos dispositivos de coleta. Para que o teste do fluido oral cresça, o dispositivo deve coletar uma quantidade conhecida de amostra dentro de uma tolerância especificada de ±10% para possibilitar a determina- Clinical Chemistry ção da concentração. O fabricante do dispositivo deve documentar a eficiência da extração da droga (>70%) em torno do cutoff do teste e estabilidade do tampão de coleta. Falta de adequada extração do THC contribui para testes falso-negativos de maconha. Embora testes de drogas em outras matrizes biológicas tenham desvios "endógenos" (por exemplo, função renal no teste da urina), nenhum possui um desvio de "coleta" como visto com o fluido oral, devido à falta de padronização dos dispositivos de coleta do fluido oral. LC-MS/MS é a abordagem mais adequada para confirmação do multi analito, com exigências de sensibilidade muito mais altas do que para o teste de drogas de urina. LC-MS/MS permite que os laboratórios usem pequenas quantidades de amostra para um grande painel de confirmação de classe de drogas múltiplas. Critérios padronizados de desempenho da LC-MS/MS são necessários para supressão do íon, razão sinal-ruído e limites de tolerância do coeficiente dos íons. Agora que 11-nor-9-carboxi-9-tetrahidrocanabinol (THCCOOH) mostrou estar presente no fluido oral, embora em concentrações de nanogramas por litro, você acha que esse seria um biomarcador melhor do que o THC para detecção do fumo da maconha? E por que? Você acha que imunoensaios podem atingir detecção aceitável em concentrações de nanogramas por litro de THCCOOH? Ou o teste deve ser direcionado para o pai ou mãe, o THC? Alain Verstraete: THCCOOH não se tornará o biomarcador de escolha nos próximos anos, por causa das baixas concentrações. Atualmente, apenas alguns laboratórios podem detectar THCCOOH do fluido oral. Talvez em 10 anos com técnicas mais sensíveis isso se tornará mais rotineiro, mas no futuro eu vejo é que o teste THC será o padrão e que o teste THCCOOH será reserva- Q&A do para alguns casos onde o resultado seja desafiado, como, por exemplo, na detecção de enantiômeros de anfetaminas, o que não é rotineiro mas é usado em casos de controvérsia. Tai Kwong: THCCOOH é um marcador de exposição sistêmica e pode ser útil para eliminar contaminação ambiental. Um impedimento para teste geral de THCCOOH é a falta de testes com os limites necessários de detecção. Até que adequado teste rotineiro de THCCOOH e testes de confirmação estejam disponíveis, teste geral para o uso de maconha deve ser direcionado para o THC. Jorg Morland: THCCOOH é um metabólito não psicoativo do THC psicoativo. Em meu pensamento, não há razão para se medir esse metabólito para propósitos de testes no local de trabalho e DUID. Para tratamento de pacientes com dependência de maconha monitorar os objetivos terapêuticos, medição de THCCOOH no fluido oral poderia possivelmente fazer sentido, contanto que tivesse uma janela estendida de detecção. Outras abordagens para tal monitoramento seriam provavelmente melhores. Michael Vincent: THCCOOH seria um marcador melhor para detecção de maconha desde que ele não seja um subproduto da pirólise; portanto sua presença é um bom indicador do uso de maconha e não de inalação passiva. Produtos ELISA para detecção de THCCOOH no cabelo podem ser modificados para detectar THCCOOH nos fluidos orais na escala de nanogramas por litro. Foi demonstrado que um imunoensaio comercial pode testar canabinóides no fluido oral em 20 ng/L. Raphael de la Torre: Dispositivos do fluido oral no local possuem múltiplas limitações na detecção do consumo de maconha. No futuro próximo, é difícil prever detecção de THCCOOH em nanogramas por litro. Clinical Chemistry Portanto, o teste deve ser direcionado para detecção do THC. Métodos de confirmação/imunoensaios baseados em instrumentos possuem o potencial de detectar THCCOOH em nanogramas por litro. Programas de tratamento do DUID e de tratamento da dor, entre outros, necessitam de identificação de um largo espectro de compostos psicoativos. Você acha que é possível testar fluido oral para um número suficiente de compostos em concentrações baixas o suficiente para eficientemente identificar o uso da droga nessa população? Alain Verstraete: Eu não estou convencido de que o DUID para drogas medicinais tomadas em doses normais e prescritas significativamente aumente o risco de acidente. Recentemente, coeficientes de probabilidade (ORs) foram determinados para 72 685 motoristas franceses feridos em remédios classificados em 4 níveis de risco, de 0 (nenhum risco) até 3 (alto risco). Os remédios de prescrição dos motoristas no nível 2 (OR, 1.31; 95% CI, 1.24–1.40) e nível 3 (OR, 1.25; 95% CI, 1.12–1.40) estavam em risco mais alto de serem responsáveis por uma batida, contudo os ORs eram muito baixos. Entretanto, o uso ilícito de remédios (por exemplo, benzodiazepínicos) é um problema. Atualmente, o número de drogas alvo é pequeno e possível para um método LCMS/MS; entretanto, para o alto número de benzodiazepínicos disponíveis, LC-MS/MS pode não ser a técnica ideal, e um imunoensaio de triagem pode ser necessário. Tai Kwong: Testar um grande número de drogas/metabólitos num limitado volume de fluido oral é tecnicamente desafiador; entretanto, testes recentemente publicados para detectar um amplo espectro de drogas em baixas concentrações são promissores. Será interessante ver a inevitável adaptação da LC-MS-TOF ao teste do fluido oral. Q&A Jorg Morland: Para essas populações, é difícil ver que os imunoensaios produziriam resultados com as necessárias sensibilidade e especificidade. Portanto, teste em tais casos seria difícil. Confirmação por LCMS/MS produziria resultados aceitáveis, contudo estimar as doses e os efeitos resultantes das drogas (que requerem concentrações de droga no sangue) não seria possível. Michael Vincent: Programas de tratamento da dor e do DUID querem evitar resultados falso-negativos. Atuais imunoensaios comerciais e métodos de confirmação podem utilizar cutoffs mais baixos para demonstrar possibilidade. Correlações com amostras de sangue coletadas simultaneamente podem ser altas para a maioria das classes das drogas. Grande cuidado deve ser tomado na análise de compostos com baixos coeficientes de saliva para plasma, tais como benzodiazepínicos, para garantir que cutoffs de testes e reatividades cruzadas dos imunoensaios sejam relevantes para as concentrações da droga do fluido oral. Raphael de la Torre: O número de classes de drogas testadas numa única execução limita o teste de drogas no local. Em muitas situações, teste adequado pode ser realizado. Alternativamente, fluido oral pode ser coletado e analisado por métodos baseados em instrumentos para um painel de drogas maior. Existe um afastamento da triagem do imunoensaio para um grande número de drogas/classes de drogas para multianalito LC-MS/MS. Qual você acha que seja a melhor e mais analiticamente sensível abordagem para testar drogas no fluido oral? Pode LC-MS/MS lidar com o volume de testes necessários a um custo razoável. A tecnologia do arranjo de biochips oferece vantagens para o teste do fluido oral devido ao baixo volume requerido e análise simultânea de múltiplas classes de drogas? Clinical Chemistry Alain Verstraete: No DRUID, LC-MS/MS (ou GC-MS) foi usado, embora no levantamento de beira de estrada americano, uma triagem do imunoensaio foi realizada primeiro demonstrando que ambas as estratégias são possíveis. Uma desvantagem do teste LC-MS/MS é que ele foi baseado no teste multialvo; desse modo, nem todas as benzodiazepínicos ou opiáceos foram detectados. No estudo do DRUID em nosso laboratório, o custo para análise de 1 amostra de fluido oral foi de aproximadamente 50 (aproximadamente $70), com a capacidade de analisar apenas cerca de 80 amostras por dia por técnico. Tecnologia do biochip poderia ser útil para testes de altos volumes se o processo fosse totalmente automatizado. No futuro, métodos LC-TOF poderão oferecer testes de drogas do fluido oral de amplo espectro. Tai Kwong: Teste para compatibilidade e o uso de medicações não prescritas e drogas ilícitas em programas de tratamento da dor e tratamento de drogas pode requerer identificação do analito em baixas concentrações, o que não pode ser alcançado por imunoensaios. Do ponto de vista de um laboratório clínico, teste sensível do multianalito por LCMS/MS é mais eficiente do que imunoensaios. Contudo LC-MS/MS é muito caro e tecnologicamente proibitivo para a maioria dos laboratórios clínicos, e ele pode não ter a capacidade e produtividade necessárias para substituir os imunoensaios como o primeiro modo de teste. Entre os imunoensaios atuais, testes ELISA são mais analiticamente sensíveis, mas eles não podem ser integrados eficiente e rentavelmente a existente instrumentação automatizada nos laboratórios clínicos, como seria possível com os imunoensaios homogêneos. Arranjo de biochips é uma nova tecnologia com a potencial vantagem de reduzir as exigências de volume de amostra e aumentar a produtividade, contu- Q&A do ele deve seguir identificação específica de opióides estruturalmente semelhantes. Jorg Morland: Abordagens de multi analitos por LC-MS/MS possuem a vantagem de incluir muitas drogas psicoativas presentes em baixas concentrações que não podem ser adequadamente testadas por imunoensaios. Nossa experiência é que isso seja possível contanto que o volume de amostras submetidas para análise seja limitado. Robôs e automação juntamente com LC-MS/MS poderia (esperançosamene) aumentar a produtividade substancialmente, mas nós ainda não estamos lá. Nós até agora não temos experiência com a tecnologia de arranjo de biochips. Michael Vincent: Metodologia ELISA possui uma produtividade mais rápida e é muito mais sensível do que os atuais testes LCMS/MS comercialmente disponíveis. Entretanto, cuidado deve ser tomado para garantir que reatividade cruzada e cutoffs apropriados sejam empregadas. Carga de trabalho é importante para selecionar o teste primário apropriado. LC-MS/MS requer alto investimento e altos custos operacionais devido à necessidade de operadores altamente qualificados, contratos de serviço, colunas e solventes. No mercado comercial americano, se um laboratório encontrar algumas amostras, o teste é realizado por LC-MS/MS. Contudo, à medida que o número de amostras aumenta triagem do imunoensaio seguida por confirmação por LC-MS/MS se torna necessária. Tecnologia de arranjo de biochips requer menores quantidades de amostras do que o teste convencional ELISA. Entretanto, análise de confirmação é atualmente o principal fator limitador da produtividade. Raphael de la Torre: Instrumentos de LCMS/MS de nova geração possuem o potencial para analisar grandes painéis de drogas com adequadas sensibilidade e especificidade. Custos de equipamento estão diminuindo Clinical Chemistry e custos por rodada são competitivos se o número de amostras for grande. Adicionalmente, LC-MS/MS é sensível à análise de alta produtividade, e o tempo da rodada por amostra é semelhante aos imunoensaios automatizados (excluindo preparação da amostra). Abordagens alternativas, tais como testes ELISA ou arranjos de biochips, são fracos nessa identificação adicional e confirmação é necessária. O que é necessário para se melhorar a interpretação dos resultados dos testes de drogas do fluido oral? Alain Verstraete: Pesquisa adicional em: (1) fumo passivo e contaminação externa; (2) adulteração e lavagem do THC da boca; (3) desenvolvimento de dispositivos no local com um pequeno volume de amostra (como o DrugWipe) e resultados em <5 min (o DrugWipe na Bélgica requer 12 min, mas 5 min na Austrália para apenas 2 analitos e com menor sensibilidade do THC); (4) reprodutibilidade de múltiplas amostras; (5) achar um marcador para normalização da concentração, semelhante às medições da creatinina na urina; (6) mais estudos toxicocinéticos de administração controlada para fornecer dados do tempo da concentração e janelas de detecção (concentrações são dependentes da amostragem, com resultados de um método de amostragem não necessariamente representativos para outro método); e (7) mais estudos sobre o relacionamento entre concentrações de drogas do fluido oral e dano, ou risco de batida. Tai Kwong: Nossa capacidade de interpretar resultados dos testes de drogas da urina está baseada em estudos publicados de administração de drogas controladas. Nós precisamos de estudos similares sobre fluido oral antes que nós possamos interpretar resultados dos testes de drogas do fluido oral adequadamente. Q&A Jorg Morland: Um teste do fluido oral nos diz que uma droga específica foi recentemente usada, mas nenhuma interpretação das concentrações no sangue e cérebro pode ser feita. pH do fluido oral e taxa de secreção marcantemente influenciam as concentrações de drogas. Uma substância de referência (semelhante à creatinina na urina) para normalização dos resultados do fluido oral é necessária. Isso pode pelo menos ser útil quando amostras em série de um único indivíduo são avaliadas durante um tempo para detectar nova ingestão de droga. Michael Vincent: Atualmente, a maioria dos trabalhos focou o desenvolvimento do método analítico, em vez da interpretação do resultado. Teste de tratamento da dor e do DUID são áreas onde concentrações de drogas e metabólitos podem fornecer informação valiosa. Pesquisa adicional é necessária para correlações das concentrações de fluido oral e sangue e para correlações com dano na capacidade motora e na atividade cerebral. Outra área de preocupação com a interpretação é a presença de múltiplas drogas em numerosos casos. A maioria das pesquisas envolve administração de droga única num ambiente controlado, tornando difícil prever os efeitos quando múltiplas drogas estão presentes com e sem álcool. Raphael de la Torre: Teste de drogas do fluido oral foi abordado como o teste de drogas da urina, com algumas mudanças cosméticas. A maioria das companhias esqueceu que existe forte ciência e experiência por detrás do teste de drogas da urina. Nesse contexto, tem sido possível ao longo do tempo definir novos biomarcadores alvo e mudar concentrações de cutoffs baseadas em evidência científica. No caso do teste do fluido oral, nós precisamos seguir a mesma abordagem. Fabricantes desenvolveram dispositivos analíticos do fluido oral (particularmente para análise no local) sem conhecer Clinical Chemistry Q&A as exigências de sensibilidade e desempenho. Visto que o mercado ainda não estava maduro, muitas iniciativas foram interrompidas. Há uma necessidade de estudos clínicos controlados e bem projetados para guiar a seleção de biomarcadores alvo e concentrações de cutoffs (no contexto de uma dada aplicação). Isso é relevante não apenas para companhias diagnósticas, mas também para autoridades que aplicam a lei e clínicos. Interpretação dos resultados está em um estágio inicial. Revelações dos Autores de Potenciais Conflitos de Interesse: Na submissão do manuscrito, todos os autores completaram o formulário de Revelações de Potenciais Conflitos de Interesse. Potenciais conflitos de interesse: Notas de Rodapé Honorários: Nada a declarar. 7 Abreviações não padronizadas:DUID, dirigir sob influência de drogas; DRUID, Dirigir Sob a Influência de Drogas, Álcool e Remádios; THC, 9-tetrahidrocanabinol; LCMS/MS, cromatografia líquida em conjunto com espectrometria de massa; THCCOOH, 11-nor-9-carboxi-9-tetrahidrocanabinol; OR, coeficiente de probabilidades. 8 Referências sugeridas sobre esse tópico estão incluídas no Suplemento de Dados que acompanha a versão online dessa Q&A em http://www.clinchem.org/content/vol57/issu e6. Contribuições dos Autores: Todos os autores confirmaram que eles contribuíram para o conteúdo intelectual desse paper e satisfizeram os 3 seguintes requisitos: (a) contribuições significantes para a concepção e design, aquisição de dados, ou análise e interpretação dos dados; (b) rascunhando ou revisando o artigo para conteúdo intelectual; e (c) aprovação final do artigo publicado. Emprego ou Liderança: M.J. Vincent, Diagnostixx of California Corporation. Consultor ou Papel Consultivo: Nada a declarar. Posse dos Valores: Nada a declarar. Fundo de Pesquisas: Nada a declarar. Testemunho Hábil: Nada a declarar. Papel do Patrocinador: As organizações patrocinadoras não desempenharam papel algum no design do estudo, escolha dos pacientes inscritos, revisão e interpretação dos dados, ou preparação ou aprovação do manuscrito. 1 Chemistry and Drug Metabolism, Intramural Research Program, National Institute on Drug Abuse, National Institutes of Health, Baltimore, MD; 2 Department of Clinical Chemistry, Microbiology and Immunology, Ghent University, Ghent, Belgium; 3 Department of Pathology and Laboratory Medicine, University of Rochester Medical Center, Rochester, NY; 4 Norwegian Institute of Public Health, Division of Forensic Toxicology and Drug Abuse, Oslo, Norway; 5 Immunalysis Corporation, Pomona, CA; 6 Human Pharmacology and Clinical Neurosciences Research Group, IMIM-Hospital del Mar Research Institute, Barcelona, Spain. Recebido para publicação em 6 de Janeiro de 2011. Aceito para publicação em 17 de Janeiro de 2011. “This article has been translated with the permission of AACC. AACC is not responsible for the accuracy of the translation. The views presented are those of the authors and not necessarily those of the AACC or the Journal. Reprinted from Clin Chem, 2011; 57 no. 6 805-810, by permission of AACC. Original copyright © 2011 American Association for Clinical Chemistry, Inc. When citing this article, please refer to the original English publication source in the journal, Clinical Chemistry.” “Este artigo foi traduzido com a permissão da AACC. AACC não é responsável pela acurácia da tradução. Os pontos de vista apresentados são aqueles dos autores e não necessariamente os da AACC ou do Jornal. Reimpresso da ClinChem, 2011; 57 no. 6 805-810, por permissão da AACC. Cópia original © 2011 American Association for Clinical Chemistry, Inc. Quando citar este artigo, por favor refira-se à fonte de publicação original em inglês na revista,Clinical Chemistry.”