Disciplina de Mercado 2013 - finantipar

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Disciplina de Mercado 2013 - finantipar
Finantipar – S.G.P.S., S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
Índice
1
Introdução ..................................................................................................................................... 1
2
Declaração de Responsabilidade................................................................................................... 2
3
Âmbito de Aplicação e Políticas de Gestão de Risco ................................................................... 3
3.1 Âmbito de aplicação ................................................................................................................. 3
3.2 Integração em conglomerado financeiro ................................................................................... 5
3.3 Objectivos e políticas em matéria de gestão de risco ............................................................... 6
4
Adequação de Capitais ................................................................................................................ 10
4.1 Secção A – Informação Qualitativa ........................................................................................ 10
4.2 Secção B – Informação Quantitativa ...................................................................................... 12
5
Risco de Crédito e Risco de Crédito de Contraparte .................................................................. 14
5.1 Aspectos Gerais - Secção A – Informação Qualitativa ........................................................... 14
5.2 Aspectos Gerais - Secção B – Informação Quantitativa ......................................................... 17
5.3 Método Padrão - Secção A – Informação Qualitativa ............................................................ 20
5.4 Método Padrão - Secção B – Informação Quantitativa .......................................................... 18
6
Técnicas de Redução do Risco de Crédito .................................................................................. 22
7
Operações de Titularização ......................................................................................................... 22
7.1 Secção A – Informação Qualitativa ........................................................................................ 22
7.2 Secção B – Informação Quantitativa ...................................................................................... 25
8
Riscos de Posição, de Crédito de Contraparte e de Liquidação da Carteira de Negociação ...... 26
8.1 Secção A – Informação Qualitativa ........................................................................................ 26
8.2 Secção B – Informação Quantitativa ...................................................................................... 27
9
Riscos Cambial e de Mercadorias das Carteiras Bancária e de Negociação .............................. 28
9.1 Secção A – Informação Qualitativa ........................................................................................ 28
9.2 Secção B – Informação Quantitativa ...................................................................................... 28
10
Posições em Risco sobre Acções da Carteira Bancária .............................................................. 29
11
Risco Operacional ....................................................................................................................... 29
11.1 Secção A – Informação Qualitativa ........................................................................................ 29
11.2 Secção B – Informação Quantitativa ...................................................................................... 30
12
Análise de Sensibilidade dos Requisitos de Capital ................................................................... 31
12.1 Secção A – Informação Qualitativa ........................................................................................ 31
12.2 Secção B – Informação Quantitativa ...................................................................................... 33
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DISCIPLINA DE MERCADO 2013
1
Introdução
Em cumprimento do estabelecido no Aviso 10/2007 do Banco de Portugal sobre “Divulgação de
Informação Detalhada sobre Solvabilidade”, na sequência da transposição das Directivas nºs
2006/48/CE e 2006/49/CE, a Finantipar – SGPS, S.A. (“Finantipar”) apresenta através deste
documento a informação requerida relativa ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2013.
Este documento e a informação nele contida tem subjacente uma óptica predominantemente
prudencial.
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3
Âmbito de Aplicação e Políticas de Gestão de Risco
3.1 Âmbito de aplicação
3.1.1 Designação da instituição e perímetro de consolidação para fins prudenciais
A Finantipar – S.G.P.S., S.A. (Finantipar ou Sociedade), com sede em Portugal, na Rua General
Firmino Miguel, nº 5, em Lisboa, é uma sociedade privada, constituída em 15 de Junho de 1992.
A Sociedade tem por objecto principal a realização de todas as operações e a prestação de todos os
serviços permitidos às Instituições Bancárias, tendo-se especializado nas actividades de mercado de
capitais, mercado monetário, assessoria financeira (incluindo fusões e aquisições), operações de
crédito, operações de locação financeira, gestão de participações sociais, administração de fundos,
gestão de activos financeiros, forfaiting, aluguer de longa duração, serviços de mediação de seguros
e Financiamento Especializado.
As áreas operacionais do Grupo operam de forma integrada, encontrando-se centralizadas na sede do
Grupo (Lisboa) algumas actividades e funções, conforme descrito nos capítulos seguintes.
Em seguida apresentamos o perímetro de consolidação das participações financeiras do Grupo
Finantipar para fins prudenciais a 31 de Dezembro de 2013:
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Em 31 de Dezembro de 2013, a estrutura do Grupo apresenta-se como segue:
Ano de
Ano de
constituição
aquisição
%
Método de
Participação
consolidação
Finantipar - S.G.P.S., S.A.
1992
Gestão de Participações
-
-
Banco Finantia, S.A.
Portugal
Bancária
56.11
Integral
1997
Ilhas Cayman
Bancária
56.11
Integral
1993
2001
Espanha
Bancária
55.75
Integral
Esprin - Española de Promociones, S.L.
2000
2001
Espanha
Prestação de serviços e
detenção de
participações
56.11
Integral
Finantia Brasil, Lda.
1997
1997
Brasil
Prestação de serviços
56.11
Integral
Finantia PH Limited
2004
2004
Malta
Gestão de Participações
56.11
Integral
Finantia Securities Ltd
1993
1997
Reino Unido
Broker-Dealer
56.11
Integral
Finantia Serviços - Prestação de Serviços Empresariais, Lda.
1989
1989
Portugal
Prestação de serviços
56.11
Integral
Finantia SGFTC, S.A.
2003
2003
Portugal
Administração de
fundos
56.11
Integral
Finantia USA, Ltd.
1995
1997
E.U.A
Broker-Dealer
56.11
Integral
Finantia Emea Ltd
2004
2004
Malta
Financeira
56.11
Integral
Finantia Holding BV
2004
2004
Holanda
Gestão de Participações
56.11
Integral
Finantipar Finance, Ltd.
2004
2004
Malta
Financeira
100
Integral
LTR Finance nº6 plc
2006
2006
Irlanda
Entidade de finalidade
especial
56.11
Integral
LTR Finance nº7 plc
2009
2009
Irlanda
Entidade de finalidade
especial
56.11
Integral
Sofinloc - Instituição Financeira de Crédito, S.A.
1983
1992
Portugal
Crédito especializado
56.11
Integral
Subsidiária
Sede
Actividade
-
Portugal
1987
1987
Banco Finantia International, Ltd.
1997
Banco Finantia Sofinloc, S.A.
3.1.2 Diferenças a nível da base de consolidação para efeitos contabilísticos e prudenciais
Não aplicável à Finantipar.
3.1.3 Transferência de fundos próprios ou reembolso de passivos entre a empresa-mãe e as
suas filiais
Não aplicável à Finantipar.
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3.1.4 Filiais não incluídas no perímetro de consolidação
Não aplicável à Finantipar.
3.1.5 Não aplicação das obrigações relativas ao nível mínimo de fundos próprios e aos limites
aos grandes riscos para as filiais incluídas no perímetro de consolidação
Com excepção do Banco Finantia, S.A., da Sofinloc – IFC, S.A. e da Finantia SGFTC, S.A., todas as
filiais encontram-se excluídas das obrigações relativas ao nível mínimo de fundos próprios e aos
limites aos grandes riscos, numa base individual, nos termos do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º
104/2007, de 3 de Abril, e do n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 103/2007, de 3 de Abril.
3.2
Integração em conglomerado financeiro
Não aplicável à Finantipar.
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3.3 Objectivos e políticas em matéria de gestão de risco
3.3.1 Estratégias e processos de gestão de risco
O Comité Financeiro, que reúne mensalmente, é o órgão responsável pela avaliação e monitorização
integrada dos vários tipos de risco a que o Grupo está sujeito, analisando e propondo metodologias,
políticas e procedimentos adequados para o controlo e mitigação dos mesmos.
Risco de Crédito
O risco de crédito, o qual deriva não só da possibilidade de uma contraparte entrar em
incumprimento como da variação do valor económico de um determinado instrumento devido à
degradação da qualidade de crédito, constitui um dos riscos mais importantes para o Grupo, dada a
estrutura do seu activo.
A aprovação de qualquer exposição de crédito obedece a um conjunto de princípios e procedimentos
internos constantes das Normas de Crédito do Grupo, que definem os diferentes níveis de decisão,
tendo em conta o montante da exposição e o tipo de produto a ser financiado.
Na área do Financiamento Especializado, a avaliação do risco de crédito é efectuada mediante um
exaustivo processo de análise de risco, incluindo uma hierarquia de níveis de decisão, referências de
crédito de agências especializadas e um modelo de scoring. O primeiro nível de decisão é a decisão
automática efectuada através do sistema desenvolvido internamente pelo Grupo, o Siacc. Tal permite
à Sociedade equilibrar a rendibilidade esperada com o consumo de capital para cada operação.
Na área de Banca, todas as tomadas de posição são efectuadas dentro de limites definidos pelo
Departamento de Crédito. Todos os limites individuais são analisados por este departamento,
existindo um cap máximo para cada exposição por contraparte em função do tipo de emitente e
respectivo rating. Para além dos limites individuais, definidos em função da contraparte, a definição
de novos limites, tem também em consideração a exposição de crédito por país e sector. O
Departamento de Risco/ALM procede ao controle diário dos limites individuais aprovados de
exposição ao risco de crédito/contraparte.
O perfil de risco das carteiras de crédito é analisado mensalmente no Comité Financeiro, assim como
os créditos problemáticos, das áreas de Banca e do Financiamento Especializado (neste último caso,
apenas os créditos relativos às alçadas de decisão superiores, dada a granularidade da carteira).
Nestas reuniões, é ainda realizada a análise da evolução das exposições, incluindo a análise da
carteira de Financiamento Especializado que reflecte a revisão do crédito com imparidade, os níveis
de incumprimento e respectivos rácios de cobertura e de qualidade, assim como a alocação e
consumo de capital. Outros riscos como o risco de taxa de juro, cambial e de liquidez são também
analisados.
Risco de Mercado
O risco de mercado ou de preço define-se como a possibilidade de incorrer em perdas devido a
variações inesperadas do preço dos instrumentos ou operações financeiras resultantes, entre outros,
de variações das taxas de juro e taxas de câmbio.
No âmbito do processo de controlo e avaliação do risco de mercado a que o Grupo está sujeito, é de
realçar a existência de uma rotina diária de cálculo do VaR (value at risk) para todo o balanço
consolidado. O VaR é calculado utilizando a abordagem da simulação histórica, com base num
histórico de preços de um ano, um período de tempo de um dia e um intervalo de confiança de 99%.
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Têm sido realizados back tests ao modelo com resultados satisfatórios. Para o ano de 2013, o VaR
médio diário foi de € 5,37 milhões (uma subida em relação aos € 2,90 milhões de 2012), o que
corresponde a 1,35% dos fundos próprios de base (1,20% em 2012). O VaR médio diário relativo ao
risco cambial foi de €1,51 milhões (€ 0,42 milhões em 2012) e para o risco de taxa de juro foi de
€ 5,23 milhões (€ 2,84 milhões em 2012).
Risco de taxa de juro
O acompanhamento da exposição às variações das taxas de juro constitui um dos principais aspectos
de uma gestão de riscos adequada. O Grupo adoptou uma estratégia de minimização do risco de taxa
de juro associado aos seus activos a taxa fixa (activos do Financiamento Especializado e de Banca),
resultante da maioria dos seus passivos serem a taxa variável.
Para os activos a taxa fixa do Grupo é realizada a monitorização sistemática da distribuição dos
mesmos em buckets temporais, líquida dos correspondentes passivos a taxa fixa e instrumentos
financeiros de cobertura do risco de taxa de juro, procedendo-se regularmente à cobertura dos
mismatchs que excedam os limites definidos pelo Comité Financeiro, mediante a utilização de
instrumentos financeiros adequados, tipicamente swaps de taxa de juro. A definição dos instrumentos
de cobertura a utilizar varia ao longo do tempo em função das decisões tomadas pelo Comité
Financeiro.
Risco cambial
É norma do Grupo operar exclusivamente em activos e passivos denominados em EUR e USD. As
posições noutras divisas são pontuais e sem peso significativo no balanço e nos resultados. Tendo em
vista neutralizar o risco cambial, procede-se diariamente à monitorização não só da posição cambial à
vista como também da exposição a prazo resultante das expectativas do impacto que os activos e
passivos em USD poderão gerar no futuro.
Mensalmente, estas análises são apresentadas e discutidas no Comité Financeiro, tendo em vista a
definição ou correcção das medidas a adoptar de forma a atingir o objectivo de minimização dos
riscos cambiais incorridos.
Risco de liquidez
O risco de liquidez define-se como a possibilidade de uma instituição vir a ser incapaz de satisfazer
as responsabilidades exigidas nas datas devidas, devido a uma incapacidade de liquidar activos,
obter financiamento ou refinanciar passivos em condições adequadas.
A gestão do risco de liquidez é feita de forma global (Grupo), centralizada (Departamento de
Tesouraria e Departamento de Risco/ALM), dentro de limites pré-definidos e de acordo com duas
vertentes distintas: i) gestão de fluxos de caixa, existindo um sistema de controlo de cash-flows que
permite o apuramento e o controlo diário dos saldos de Tesouraria num horizonte temporal alargado
e a manutenção de excesso de liquidez que assegure o normal funcionamento do Grupo mesmo em
cenários mais adversos; ii) gestão de balanço, de forma a manter os principais indicadores de
liquidez dentro dos limites pré-definidos pelo Comité Financeiro.
O Departamento de Tesouraria assume o controlo da gestão dos fluxos de caixa, fazendo um reporte
diário a pelo menos um membro da Comissão Executiva. O Departamento de Risco/ALM é
responsável pela elaboração de todas as análises relativas à gestão do balanço do Grupo. O relatório
é apresentado mensalmente ao Comité Financeiro, que é responsável pela definição de toda a
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estratégia de liquidez do Grupo, bem como pela adopção de medidas de gestão correctivas sempre
que os limites estipulados não sejam cumpridos.
Na área de Banca, a estratégia definida consiste em privilegiar activos com elevada liquidez,
facilmente transaccionáveis, que possibilitem o autofinanciamento através de repos ou de outros
instrumentos de funding.
Quanto à actividade de Financiamento Especializado, tem-se optado pelo financiamento back-toback através de operações de securitização, as quais representavam no final do exercício
aproximadamente 51% do valor total desses activos.
O ano de 2013 ficou igualmente marcado pela continuação da política de diversificação das
principais fontes de financiamento da Sociedade, o que se consubstanciou numa distribuição mais
equitativa do peso relativo dos vários instrumentos passivos no total de responsabilidades do Grupo.
Para esta evolução contribuiu o crescimento dos depósitos de particulares, o incremento no número
de contrapartes activos no mercado de financiamento interbancário colateralizado e não
colateralizado, bem como o aumento das maturidades e dos volumes disponíveis para o
financiamento colateralizado.
Relativamente aos demais instrumentos de passivo utilizados, a estratégia assenta na diversificação
de fontes de financiamento, quer em termos de contrapartes, quer em termos do tipo de operações,
havendo a preocupação de respeitar determinados rácios máximos de concentração nos maiores
contrapartes.
Risco operacional
O Risco Operacional define-se como o risco de perda resultante de processos internos inadequados,
falhas humanas ou de sistemas informáticos, ou de factores externos.
A gestão do Risco Operacional tem sido desde sempre uma preocupação do Grupo, o qual tem
desenvolvido uma política de elaboração sistemática de manuais operativos e de responsabilização
dos gestores de cada área pelo cumprimento das normas e procedimentos definidos, tendo como
objectivo a mitigação deste tipo de risco. Consciente das melhores práticas de mercado, o Grupo tem
vindo a intensificar esforços no sentido da implementação de métodos de medição e controle do risco,
mais avançados e eficazes, mantendo o processo de levantamento de todos os tipos de risco a que
poderá estar sujeito (loss event register e risk control self assessment).
De uma forma global, existe uma preocupação de identificação e análise ex-ante dos problemas e
riscos, com o objectivo de actuar preventivamente no controlo e mitigação dos mesmos. Isto é
particularmente relevante na aprovação de novos produtos financeiros, que está sujeita à análise e
respectivo parecer de equipas multidisciplinares transversais aos vários departamentos, bem como a
diferentes níveis de autorização. De referir a existência de planos de contingência operacionais e de
um Disaster Recovery Plan de forma a assegurar a continuidade do negócio mesmo em situações
extremas.
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3.3.2 Estrutura e organização da função relevante de gestão de risco
Em termos funcionais, a gestão do risco é centralizada no Departamento de Risco/ALM (Assets and
Liabilities Management), tanto para a área de Banca como para a actividade de Financiamento
Especializado, como uma unidade independente dos departamentos de originação do Grupo, que
abrange os diversos tipos de risco: crédito, mercado, liquidez e operacional, com a análise de crédito
a ser efectuada pelo Departamento de Crédito. Trata-se de uma estrutura que facilita uma análise
transversal e integrada, tendo em consideração a complementaridade das análises e as correlações
entre os diferentes riscos.
3.3.3 Âmbito e natureza dos sistemas de informação e de medição do risco
A informação utilizada para medição de risco é agregada num data warehouse e extraída com a
ferramenta Business Objects. Esta informação é proveniente de diferentes sistemas, incluindo o
sistema de front office Kondor, o sistema contabilístico Midas e o sistema de crédito especializado
Lease. Para o cálculo do VaR, o Grupo utiliza um sistema proprietário desenvolvido internamente
que é alimentado com a informação extraída do Kondor.
3.3.4 Políticas de cobertura e de redução do risco
Para os activos de Financiamento especializado estabeleceu-se como princípio orientador a cobertura
do risco de taxa de juro, sendo a mesma assegurada através da contratação de swaps de taxa de juro,
que permitem o matching das maturidades e prazos de refixação médios das taxas desses activos
com os que resultam dos passivos das operações de securitização correspondentes.
Na área de Banca, é realizada a monitorização sistemática da distribuição de activos e passivos de
acordo com os seus prazos de refixação de taxa, procedendo-se regularmente à cobertura dos riscos
que excedam os limites definidos pelo Comité Financeiro, mediante a utilização de instrumentos
adequados (actualmente swaps de taxa de juro).
A posição cambial é monitorizada sistematicamente, procedendo-se regularmente à cobertura do
risco de taxa de câmbio que exceda os limites definidos pelo Comité Financeiro, mediante a
utilização de instrumentos adequados (por exemplo: spots, forwards, swaps).
3.3.5 Estratégias e processos de monitorização
O risco de mercado é monitorizado através da metodologia VaR, que permite fazer um
acompanhamento dinâmico da gestão de risco, através da previsão do impacto de variações futuras
das taxas de juro e taxas de câmbio no valor económico do Grupo. Os valores diários do VaR são
reportados semanalmente pelo Departamento de Risco/ALM.
No que respeita ao risco de taxa de juro, é igualmente efectuada uma análise do mismatch de taxa de
juro (gap analysis), metodologia usada para medir o risco resultante do mismatch temporal de
maturidades dos activos, passivos e instrumentos off-balance-sheet de taxa fixa do Grupo, através da
distribuição por buckets temporais. Esta análise é efectuada mensalmente pelo Departamento de
Risco/ALM.
Para o risco de taxa de câmbio, o Departamento de Risco/ALM efectua o cálculo diário da posição
cambial.
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DISCIPLINA DE MERCADO 2013
Todas as análises produzidas são enviadas a vários membros do Comité Financeiro. A informação
preparada para a reunião mensal do Comité Financeiro inclui os mapas respeitantes aos diferentes
tipos de risco.
Eficácia de cobertura é o grau segundo o qual as alterações no justo valor ou nos fluxos de caixa do
item coberto que sejam atribuíveis a um risco coberto são compensadas por alterações no justo valor
ou nos fluxos de caixa do instrumento de cobertura. De acordo com o previsto no IAS 39, a eficácia
é avaliada, no mínimo, no momento em que a entidade prepara as suas demonstrações financeiras
anuais ou intercalares.
4
Adequação de Capitais
4.1 Secção A – Informação Qualitativa
4.1.1 Principais características das diferentes rubricas e componentes dos fundos próprios
Em 31 de Dezembro de 2013, o capital social da Sociedade, no montante de € 21.075.925 (2012:
€ 21.075.925), encontra-se integralmente realizado e é representado por 4.215.185 acções de valor
nominal de € 5 cada.
Os prémios de emissão no valor de m€ 33.814 referem-se ao prémio pago pelos accionistas nos
aumentos de capital ocorridos.
Em 31 de Dezembro de 2013 o valor nominal das acções próprias era de m€ 919 (2012: m€ 852),
tendo em 2013 a Sociedade adquirido, em permuta com acções do Banco Finantia, S.A., 13.311
acções próprias (2012: 2.538 acções próprias) pelo valor total de m€ 405 (2012: m€ 75).
A rubrica de Reservas e resultados transitados inclui a reserva legal de m€ 17.892 (2012: m€ 17.518)
e outras reservas e resultados transitados no montante de m€ 111.337 (2012: m€ 105.085).
Os fundos próprios da Finantipar incluem ainda interesses minoritários elegíveis no montante de
m€ 153.178 (2012: m€ 142.507) referentes aos interesses minoritários das participações do Banco
Finantia, S.A. no Banco Finantia Sofinloc e da participação da Finantipar – SGPS, S.A. no Banco
Finantia, S.A..
Em 31 de Dezembro de 2013, o Grupo Finantipar tem três emissões de obrigações, com vencimentos
determinados em 2015, 2016 e 2017, sendo o montante elegível para fundos próprios
complementares de m€ 37.599 (2012: m€ 82.146).
A evolução dos fundos próprios verificada entre o final dos exercícios de 2013 e 2012 acompanhou a
estratégia de desalavancagem do balanço do Grupo, que se traduziu na redução dos seus activos de
risco, sendo que o rácio de solvabilidade registou um aumento no período de 16,3% para 19,7%
tendo o rácio Core Tier 1 atingido 17.7% (2012: 12.1%) acima do valor mínimo de 10% exigido
pelo Banco de Portugal.
O Regulamento (UE) n.º 575/2013 e a Directiva 2013/36/EU, ambos do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 26 de Junho, vieram estabelecer o quadro regulamentar a vigorar a partir de 1 de
Janeiro de 2014 (quadro regulamentar designado ”Basileia III”). O Aviso n.º 6/2013 do Banco de
Portugal estabelece as medidas de preservação de capital com vista a assegurar a transição até à
aplicação integral de Basileia III. A aplicação deste novo quadro regulamentar não terá um impacto
significativo nos rácios prudenciais do Grupo. Nesta base, o rácio de fundos próprios principais de
nível 1 (“CET1”) estimado em 1 de Janeiro de 2014 é de 16,8% e o rácio de fundos próprios totais é
de 18,6%, tendo em consideração a aplicação do regime transitório previsto.
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DISCIPLINA DE MERCADO 2013
4.1.2 Método utilizado pela instituição para a auto-avaliação da adequação do capital interno
A avaliação de capital interno é efectuada periodicamente, sendo os requisitos de capital interno para
risco de crédito e risco de mercado avaliados utilizando o respectivo Método Padrão utilizado para
cálculo dos requisitos regulamentares de fundos próprios. Para o controle destes riscos, existe no
Grupo um sistema de gestão de risco adequado, prevendo procedimentos diferenciados para as duas
áreas de negócio do Grupo: Financiamento especializado e Banca. Para a área de Financiamento
especializado, existe um sistema de scoring, baseado na experiência do Grupo neste negócio,
enquanto para a área de Banca existe um sistema de limites para diversos tipos de exposição,
controlados diariamente.
Os requisitos de capital interno para risco operacional são iguais aos requisitos regulamentares de
fundos próprios e calculados segundo o Método do Indicador Básico. O controle e mitigação deste
risco são conseguidos através do estabelecimento e cumprimento de políticas, processos e
procedimentos adequados em todas as áreas de actuação do Grupo.
Os requisitos de capital interno para o risco de taxa de juro da carteira bancária são calculados
através de um modelo Value-at-Risk (VaR), utilizando o método da simulação histórica. Este risco é
objecto de um controle periódico, através do cálculo do VaR e do mismatch temporal. O risco de
taxa de juro é objecto de cobertura, segundo decisão do Comité Financeiro, através de instrumentos
adequados (actualmente, swaps de taxa de juro).
4.1.3 Método utilizado pela instituição para apurar a adequação de fundos próprios ao nível
do conglomerado financeiro
Não aplicável à Finantipar.
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DISCIPLINA DE MERCADO 2013
4.2 Secção B – Informação Quantitativa
4.2.1 Adequação de Capitais – Fundos próprios
ADEQUAÇÃO DE CAPITAIS - PARTE 1
1.
31-12-2013
31-12-2012
Fundos próprios totais para efeitos de solvabilidade (=∑(1.1 a 1.5))
364,862
309,504
1.1. Fundos próprios de base (= ∑(1.1.1 a 1.1.5))
327,025
229,551
Capital elegível (= ∑(1.1.1.1 a 1.1.1.4))
53,971
54,037
1.1.1.1. Capital realizado
21,076
21,076
1.1.1.
1.1.1.2. (-) Acções próprias
1.1.1.3. Prémios de emissão
1.1.1.4. Outros instrumentos equiparáveis a capital
(919)
(852)
33,814
33,814
-
Reservas e Resultados elegíveis (= ∑(1.1.2.1 a 1.1.2.6))
306,617
286,386
1.1.2.1. Reservas
129,060
106,587
1.1.2.2. Interesses minoritários elegíveis
153,178
142,507
24,379
37,292
1.1.2.4. (-) Lucros líquidos resultantes da capitalização de receitas futuras provenientes de activos titularizados
-
-
1.1.2.5. Diferenças de reavaliação elegíveis para fundos próprios de base
-
-
1.1.3.
Fundo para riscos bancários gerais
-
-
1.1.4.
Outros elementos elegíveis para os fundos próprios de base =(1.1.4.1 + 1.1.4.2)
-
-
1.1.4.1. Impacto na transição para as NIC/NCA (impacto negativo)
-
-
1.1.4.2. Outros elementos elegiveis para os fundos próprios de base
-
-
(33,563)
(110,872)
(2,767)
(2,581)
1.1.2.
1.1.2.3. Resultados do último exercício e resultados provisórios do exercício em curso
1.1.5.
(-) Outros elementos dedutíveis aos fundos próprios de base (= ∑(1.1.5.1 a 1.1.5.3))
1.1.5.1. (-) Imobilizações incorpóreas/Activos intangíveis
1.1.5.2. (-) Excedente em relação aos limites de elegibilidade de instrumentos incluídos nos fundos próprios de base
1.1.5.3. (-) Outros elementos dedutíveis aos fundos próprios de base
1.2. Fundos próprios complementares (= ∑(1.2.1 a 1.2.3))
-
-
(30,796)
(108,292)
37,837
82,519
1.2.1.
Fundos próprios complementares - Upper Tier 2
238
373
1.2.2.
Fundos próprios complementares - Lower Tier 2
37,599
82,146
1.2.3.
(-) Deduções aos fundos próprios complementares
-
1.3. (-) Deduções aos fundos próprios de base e complementares
-
-
1.3.a.
Das quais: (-) aos fundos próprios de base
-
1.3.b.
Das quais: (-) aos fundos próprios complementares
-
-
1.4. Deduções aos fundos próprios totais
-
(2,565)
1.5. Fundos próprios suplementares totais disponiveis para cobertura de riscos de mercado
-
-
1.6. Por memória:
1.6.1
(+) Excesso / (-) Insuficiência de provisões nas posições ponderadas pelo risco através do método das Notações Internas
1.8.1.1 Montante de provisões no método das Notações Internas
1.8.1.2. (-) Perdas esperadas determinadas pelo método das Notações Internas
1.6.2.
Valor nominal dos empréstimos subordinados reconhecidos como elemento positivo dos fundos próprios
1.6.3.
Requisito mínimo de capital social (104)
1.6.4.
Fundos próprios de referência para efeito dos limites relativos aos grandes riscos (104)
364,862
Unidade:
Página 12
309,504
m Euros
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
4.2.2 Adequação de Capitais – Requisitos de fundos próprios
ADEQUAÇÃO DE CAPITAIS - PARTE 2
2.
31-12-2013
31-12-2012
Requisitos de fundos próprios (= ∑(2.1 a 2.6))
148,224
151,798
2.1. Para risco de crédito, risco de crédito de contraparte, risco de redução dos valores a receber e risco de entrega(=2.1.1+2.1.2)
134,315
139,129
Método Padrão (=2.1.1.1+2.1.1.2)
134,315
139,129
2.1.1.1.
127,607
130,834
11,874
15,432
1,526
865
2.1.1.
Classes de risco no Método Padrão, excluíndo posições de titularização
2.1.1.1.1.
Créditos ou créditos condicionais sobre administrações centrais ou sobre bancos centrais
2.1.1.1.2.
Créditos ou créditos condicionais sobre administrações regionais ou autoridades locais
2.1.1.1.3.
Créditos ou créditos condicionais sobre organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos
-
2.1.1.1.4.
Créditos ou créditos condicionais sobre bancos multilaterais de desenvolvimento
-
2.1.1.1.5.
Créditos ou créditos condicionais sobre organizações internacionais
2.1.1.1.6.
Créditos ou créditos condicionais sobre instituições
25,505
24,374
2.1.1.1.7.
Créditos ou créditos condicionais sobre empresas
72,009
63,143
2.1.1.1.8.
Créditos ou créditos condicionais sobre a carteira de retalho
8,838
14,720
2.1.1.1.9.
Créditos ou créditos condicionais sobre com garantia de bens imóveis
2.1.1.1.10.
Elementos vencidos
2.1.1.1.11.
Elementos pertencentes a categorias regulamentares de risco elevado
-
4,827
7,368
1,243
3,392
1,786
1,541
6,709
8,296
Método da Notações Internas (= ∑(2.1.2.1 a 2.1.2.5))
-
-
2.1.2.1.
-
-
2.1.1.1.12. Créditos sob a forma de obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público
2.1.1.1.13. Créditos sob a forma de organismos de investimento colectivo (OIC)
2.1.1.1.14. Outros elementos
2.1.1.2.
2.1.2.
Posições de titularização no método padrão
Quando não são utilizados estimativas próprias de LGD e/ou de factores de conversão
2.1.2.1.1
Créditos ou créditos condicionais sobre administrações centrais ou sobre bancos centrais
-
-
2.1.2.1.2
Créditos ou créditos condicionais sobre instituições
-
-
2.1.2.1.3
Créditos ou créditos condicionais sobre empresas
-
-
-
-
2.1.2.2.
Quando são utilizados estimativas próprias de LGD e/ou de factores de conversão
2.1.2.2.1.
Créditos ou créditos condicionais sobre administrações centrais ou sobre bancos centrais
-
-
2.1.2.2.2.
Créditos ou créditos condicionais sobre instituições
-
-
2.1.2.2.3.
Créditos ou créditos condicionais sobre empresas
-
-
2.1.2.2.4.
Créditos ou créditos condicionais sobre a carteira de retalho
-
-
2.1.2.3.
Créditos sobre acções
-
-
2.1.2.4.
Posições de titularização
-
-
2.1.2.5.
Outros activos que não sejam obrigações de crédito
-
-
1,217
415
1,217
415
631
415
-
-
586
-
-
-
2.2. Risco de liquidação
-
2.3. Requisitos de fundos próprios para riscos de posição, riscos cambiais e riscos sobre mercadorias (=2.3.1+2.3.2)
2.3.1.
2.3.2.
Método Padrão (= ∑(2.3.1.1 a 2.3.1.4))
2.3.1.1.
Instrumentos de divida
2.3.1.2.
Títulos de capital
2.3.1.3.
Riscos cambiais
2.3.1.4.
Riscos sobre mercadorias
Método dos Modelos Internos
2.4. Requisitos de fundos próprios para risco operacional (= ∑(2.4.1 a 2.4.3))
-
-
12,692
12,253
2.4.1.
Método do indicador básico
12,692
12,253
2.4.2.
Método Standard
-
-
2.4.3.
Métodos de Medição Avançada
-
-
2.5. Requisitos de fundos próprios - Despesas gerais fixas
-
-
2.6. Requisitos transitórios de fundos próprios e outros requisitos de fundos próprios
Unidade:
m Euros
4.2.3 Adequação de Capitais - Síntese
ADEQUAÇÃO DE CAPITAIS - PARTE 3
31-12-2013
Excesso (+) / Insuficiência (-) de fundos próprios
216,639
Rácio de solvabilidade
Adequação de fundos próprios ao nível do conglomerado financeiro
Método Padrão (=2.1.1.1+2.1.1.2)
Página 13
31-12-2012
157,706
19.7%
16.3%
134,315
139,129
Unidade:
m Euros
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
5
Risco de Crédito e Risco de Crédito de Contraparte
O risco de crédito deriva da possibilidade de uma contraparte entrar em incumprimento e da variação
do valor económico de um determinado instrumento devido à degradação da sua qualidade de
crédito.
Os instrumentos pertencentes à carteira bancária são objecto de requisitos prudenciais de capital para
risco de crédito.
O risco de crédito de contraparte decorre do risco de incumprimento de determinada contraparte de
uma operação antes da liquidação final dos respectivos fluxos financeiros.
As operações de recompra e os derivados de crédito são objecto de requisitos prudenciais de capital
para risco de crédito de contraparte.
Para estas operações a posição em risco é determinada recorrendo ao método de avaliação ao preço
de mercado (mark-to-market), definido na Parte 3 do Anexo V do Aviso BdP n.º 5/2007, que
consiste em adicionar ao valor de mercado da operação, quando positivo, o seu potencial de
valorização futuro, o qual resulta da multiplicação do nocional por um factor prudencial em função
do tipo de contrato.
A informação quantitativa referente a estes dois tipos de risco encontra-se agregada nos quadros
apresentados no ponto 5.2.
5.1 Aspectos Gerais - Secção A – Informação Qualitativa
5.1.1 Definições, para efeitos contabilísticos, de “crédito vencido”, de “crédito objecto de
imparidade” e de “crédito em incumprimento”
A Finantipar classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital e juros corridos que
continuem a ser devidos após a data do seu vencimento. Na data da rescisão dos contratos todas as
prestações de capital, vincendas ou vencidas, são consideradas vencidas.
A Finantipar avalia regularmente a existência de evidência objectiva de imparidade na sua carteira
de crédito. Um crédito, ou uma carteira de crédito concedido, definida como um conjunto de créditos
com características de risco semelhantes, encontra-se em imparidade quando: (i) exista evidência
objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento
inicial e (ii) quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável dos fluxos de
caixa futuros desse crédito, ou carteira de créditos, que possa ser estimado com razoabilidade.
O crédito em incumprimento é definido como o crédito vencido há mais de 90 dias.
A partir do exercício de 2014 serão tidos também em consideração os critérios de referência
relativos à mensuração da imparidade da carteira de crédito estabelecidos pelo Banco de Portugal na
Carta Circular n.º 02/2014/DSP, de 26 de Fevereiro.
Página 14
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
5.1.2 Descrição das abordagens e métodos adoptados para a determinação das correcções de
valor e das provisões
A Finantipar constitui provisões para a sua carteira de crédito de acordo com as normas emanadas
pelo Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, constituindo provisões para risco específico de crédito e
para riscos gerais de crédito.
As provisões para risco específico de crédito, apresentadas no activo como dedução à rubrica
Crédito a clientes, destinam-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que
apresentem prestações vencidas e não pagas, de capital ou juros. Conforme disposto na versão actual
do Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, o montante a provisionar é função do período decorrido após
o respectivo vencimento e da eventual existência de garantias, excluindo os créditos concedidos ao
Sector Público Administrativo.
A provisão para riscos gerais de crédito é de natureza genérica e destina-se a fazer face a riscos de
crédito não identificados especificamente. Encontra-se registada no passivo, na rubrica Provisões, e
corresponde tendo em conta a sua natureza, a 1% (locação) ou a 1,5% (crédito especializado) do
total do crédito não vencido concedido pelo Grupo Finantipar, incluindo o representado por aceites,
garantias e outros instrumentos de natureza análoga. À base de cálculo desta provisão são deduzidos
os créditos concedidos ao Sector Público Administrativo.
Para além das provisões acima mencionadas, a Finantipar constitui ainda imparidade para a sua
carteira de crédito, utilizando para tal um modelo interno que se encontra em conformidade com as
Normas Internacionais de Relato Financeiro. Caso a aplicação deste modelo resulte numa correcção
de valor de montante superior ao apresentado pelas provisões, deverá o mesmo sobrepor-se, com o
intuito da carteira de crédito reflectir, a cada momento, o seu valor realizável, conforme definido no
Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.
Conforme anteriormente referido, a partir do exercício de 2014 o Grupo terá também em
consideração os critérios de referência relativos à mensuração da imparidade da carteira de crédito
estabelecidos pelo Banco de Portugal na Carta Circular n.º 02/2014/DSP, de 26 de Fevereiro.
5.1.3 Descrição do tipo de correcções de valor e de provisões associadas a posições em risco
objecto de imparidade
O Grupo avalia regularmente a existência de evidência objectiva de imparidade na sua carteira de
crédito. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo
subsequentemente revertidas por resultados caso, num período posterior, o montante da perda
estimada diminua.
Um crédito concedido a clientes, ou uma carteira de crédito concedido, definida como um conjunto
de créditos com características de risco semelhantes, encontra-se em imparidade quando: (i) exista
evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu
reconhecimento inicial e (ii) quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável
dos fluxos de caixa futuros desse crédito, ou carteira de créditos, que possa ser estimado com
razoabilidade.
Página 15
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
Inicialmente, o Grupo avalia se existe individualmente para cada crédito significativo evidência
objectiva de imparidade. Para esta avaliação e na identificação dos créditos com imparidade numa
base individual, o Grupo utiliza a informação que alimenta os modelos de risco de crédito
implementados e considera, entre outros, os seguintes factores:

A exposição global ao cliente e a existência de créditos em situação de incumprimento;

A viabilidade económico-financeira do negócio do cliente e a sua capacidade de gerar meios
capazes de responder aos serviços da dívida no futuro;

A existência de credores privilegiados;

A existência, natureza e o valor estimado dos colaterais;

O envolvimento do cliente com o sector financeiro;

O montante e os prazos de recuperação estimados.
Caso, para determinado crédito, não exista evidência objectiva de imparidade numa óptica
individual, esse crédito é incluído num grupo de créditos com características de risco de crédito
semelhantes (carteira de crédito), o qual é avaliado colectivamente – análise da imparidade numa
base colectiva. Os créditos que são avaliados individualmente e para os quais é identificada uma
perda por imparidade não são incluídos na avaliação colectiva.
Caso seja identificada uma perda de imparidade numa base individual, o montante da perda a
reconhecer corresponde à diferença entre o valor contabilístico do crédito e o valor actual dos fluxos
de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro
efectiva original do contrato. O crédito concedido é apresentado no balanço líquido da imparidade
reconhecida. Caso estejamos perante um crédito com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto a
utilizar para a determinação da respectiva perda de imparidade é a taxa de juro efectiva actual,
determinada com base nas regras de cada contrato.
O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados de um crédito garantido reflecte os
fluxos de caixa que possam resultar da recuperação e venda do colateral, deduzido dos custos
inerentes com a sua recuperação e venda.
No âmbito da análise da imparidade numa base colectiva, os créditos são agrupados com base em
características semelhantes de risco de crédito, em função da avaliação de risco definida pelo Grupo.
Os fluxos de caixa futuros para uma carteira de créditos, cuja imparidade é avaliada colectivamente,
são estimados com base nos fluxos de caixa contratuais e na experiência histórica de perdas. A
metodologia e os pressupostos utilizados para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos
regularmente pelo Grupo de forma a monitorizar as diferenças entre as estimativas de perdas e as
perdas reais.
Adicionalmente, embora sem evidência objectiva de imparidade, é ainda avaliada a existência de
imparidade para os créditos analisados em base colectiva, considerando a probabilidade de os
créditos entrarem numa situação de incumprimento durante um período de emergência, período esse
que decorre entre a ocorrência de um evento originador de perda e o momento em que a existência
desse evento é percepcionada.
Quando os activos financeiros do Grupo estão com imparidade por perdas de crédito, após terem
sido tomadas todas as diligências de cobrança e recuperação dos créditos de acordo com as políticas
do Grupo e quando as expectativas de recuperação desses créditos são muito reduzidas, os valores
dos créditos considerados irrecuperáveis são desreconhecidos do balanço mediante a utilização das
respectivas provisões para perdas por imparidade. Recuperações subsequentes de quantias
Página 16
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
anteriormente desreconhecidas são registadas em resultados pela diminuição do montante das perdas
por imparidade do período.
5.1.4 Indicação das correcções de valor e dos montantes recuperados registados directamente
na demonstração de resultados, relativa ao exercício de referência e ao exercício anterior
As recuperações de créditos anteriormente abatidos ao activo são reconhecidas em resultados pela
diminuição do montante das perdas por imparidade do período. Durante o exercício de 2013 o Grupo
recuperou m€ 1.642 (2012: m€ 1.152) relativo a créditos previamente abatidos ao activo.
5.1.5 Relativamente ao risco de concentração
Para analisar a gestão do risco de concentração no Grupo Finantipar teremos que dividir a carteira de
crédito em duas partes: a carteira de retalho (financiamento especializado) e a carteira da área de
Banca.
No que respeita à carteira de retalho, dada a natureza da actividade e a dimensão das exposições que
lhe estão subjacentes, a questão do risco de concentração não se coloca.
No que se refere à carteira da área de Banca, o risco de concentração é tido em conta no processo de
aprovação de limites de exposição a um grupo de contrapartes, existindo valores máximos para estes
limites, com base no tipo de contraparte e no seu rating.
O controle da exposição por país e por sector é efectuado pelo Departamento de Tesouraria e
Departamento de Risco/ALM com uma periodicidade no mínimo mensal, sendo os resultados
reportados ao Comité Financeiro.
5.2 Aspectos Gerais - Secção B – Informação Quantitativa
5.2.1 Posições em Risco
POSIÇÕES EM RISCO
Classes de Risco
Posição em risco original
(média ao longo do período)
Posição em risco original
31-12-2013
31-12-2012
31-12-2013
31-12-2012
Classe de Risco:
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
911,315
919,003
912,429
824,160
95,364
54,036
87,079
45,356
-
589
-
604
CL VI - Instituições
799,166
808,202
666,725
886,913
CL VII - Empresas
923,258
791,429
883,348
866,494
CL VIII - Carteira de retalho
148,585
247,355
168,100
282,222
CL X - Elementos vencidos
67,314
160,391
109,352
171,964
CL XI - Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público
31,082
84,790
51,924
69,120
CL XIII - Outros elementos
22,662
20,005
24,371
20,963
2,998,746
3,085,799
2,903,329
3,167,796
Unidade:
m Euros
CL II - Administrações regionais ou autoridades locais
CL IV - Bancos multilaterais de desenvolvimento
TOTAL
Página 17
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
5.2.2 Distribuição Geográfica das Posições em Risco
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS POSIÇÕES EM RISCO
( em % da posição em risco original)
Classes de Risco
OCDE
Não-OCDE
(Investment
grade )
Outros
OCDE
Não-OCDE
(Investment
grade )
Outros
31-12-2013
31-12-2013
31-12-2013
31-12-2012
31-12-2012
31-12-2012
Classe de Risco:
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
795,613
17,376
98,326
819,250
7,579
95,364
-
-
54,036
-
-
-
-
-
-
-
589
CL VI - Instituições
679,788
107,932
11,446
697,497
104,777
5,928
CL VII - Empresas
538,477
149,530
235,251
586,062
94,908
110,460
CL VIII - Carteira de retalho
148,585
-
-
247,355
-
-
CL X - Elementos vencidos
66,819
495
-
150,498
9,893
-
CL XI - Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público
31,082
-
-
84,790
-
-
CL XIII - Outros elementos
22,662
-
-
10,420
-
9,584
79.31%
9.18%
11.51%
85.87%
CL II - Administrações regionais ou autoridades locais
CL IV - Bancos multilaterais de desenvolvimento
% do total da posição em risco original
92,175
7.04%
7.09%
Unidade:
m Euros
5.2.3 Distribuição Sectorial das Posições em Risco
DISTRIBUIÇÃO SECTORIAL DAS POSIÇÕES EM RISCO
( em % da posição em risco original)
Soberanos
Classes de Risco
31-12-2013
Empresas Financeiras
31-12-2012
31-12-2013
Outras Empresas
31-12-2012
31-12-2013
Particulares e ENI
31-12-2012
31-12-2013
Outros
31-12-2012
31-12-2013
31-12-2012
Classe de Risco:
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
911,315
919,003
-
-
-
-
-
-
-
-
95,364
54,036
-
-
-
-
-
-
-
-
CL IV - Bancos multilaterais de desenvolvimento
-
-
-
589
-
-
-
-
-
-
CL VI - Instituições
-
-
799,165
808,202
-
-
-
-
-
-
CL VII - Empresas
-
-
-
247,968
923,258
543,462
-
-
-
-
CL VIII - Carteira de retalho
-
-
-
-
11,164
20,411
137,421
226,944
-
-
CL X - Elementos vencidos
-
-
495
75,562
13,997
17,077
52,822
67,751
-
CL XI - Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público
-
-
31,082
84,790
-
-
-
-
-
-
CL XIII - Outros elementos
-
-
-
-
22,494
19,265
-
-
168
739
1,006,679
973,039
830,742
1,217,111
970,914
600,215
190,243
294,695
168
739
33.57%
31.53%
27.70%
39.44%
32.38%
19.45%
6.34%
9.55%
0.01%
0.02%
Unidade:
m Euros
CL II - Administrações regionais ou autoridades locais
TOTAL
% do total da posição em risco original
-
5.2.4 Repartição das Posições em Risco Vencidas e Objecto de Imparidade
REPARTIÇÃO DAS POSIÇÕES EM RISCO VENCIDAS E OBJECTO DE IMPARIDADE
Posições em risco objecto de
imparidade
Posições em risco vencidas
31-12-2013
Total das posições
31-12-2012
67,314
31-12-2013
160,391
Correcções de valor e Provisões
31-12-2012
241,921
31-12-2013
433,635
31-12-2012
28,815
88,636
Decomposição pelos
principais Sectores
Soberanos
Economicos:
Empresas Financeiras
-
-
-
-
-
-
495
75,562
7,014
94,558
5,684
70725
Outras Empresas
13,997
17,077
31,276
46,169
11,218
4646
Particulares e ENI
52,822
67,751
203,730
292,908
11,913
13265
-
-
-
-
-
-
66,819
150,498
234,907
423,153
23,131
79144
495
9,893
7,014
9,893
5,684
8988
-
-
-
589
-
504
1.97%
4.70%
7.09%
12.71%
Outros
Decomposição pelas
principais Zonas
Zonas Geográficas:
Geográficas:
- OECD
OCDE
- Investment
Não-OCDE Grade
(Investment
countries
grade
(non-OECD)
)
- Emerging
Outros countries
% do total da posição em risco original
Posições em risco vencidas e objecto de imparidade: posições em risco originais
Página 18
0.84%
2.60%
Unidade:
m Euros
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
5.2.5 Correcções de Valor e Provisões
CORRECÇÕES DE VALOR E PROVISÕES
31-12-2013
Saldo Inicial
31-12-2012
114,561
126,764
Dotações líquidas de reposições
47,986
61,665
Utilizações
72,715
69,831
Outros ajustamentos:
(4,791)
(4,037)
- Ajustamentos por diferenças cambiais
(4,791)
(4,037)
- Transferências de provisões
-
-
- Combinações de actividades
-
-
- Aquisições e alienações de filiais
-
-
- Outros
-
-
85,040
114,561
Unidade:
m Euros
Saldo final
5.2.6 Modelo “Prazo de Vencimento Residual”
PRAZO DE VENCIMENTO RESIDUAL
(em % da posição em risco original)
VR < 1 ano
1 ano < VR < 5 anos
5 anos < VR < 10 anos
VR > 10 anos
Classes de Risco
31-12-2013
31-12-2012
31-12-2013
31-12-2012
31-12-2013
31-12-2012
31-12-2013
31-12-2012
Classe de Risco:
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
CL II - Administrações regionais ou autoridades locais
CL IV - Bancos multilaterais de desenvolvimento
CL VI - Instituições
91,312
482,926
74,303
10,768
278
520,414
148,602
30,852
208,752
212,661
21,512
311
212,516
534,488
64,512
99,245
586,227
21,755
73,115
136,913
8,242
45,812
2,157
CL VII - Empresas
89,490
130,850
528,541
525,004
280,887
116,251
24,340
19,324
CL VIII - Carteira de retalho
19,216
23,856
121,351
201,346
7,986
22,152
33
-
CL X - Elementos vencidos
67,314
160,391
-
-
-
-
-
-
-
13,423
15,111
63,496
15,971
7,870
-
-
22,662
20,004
-
-
-
-
-
-
TOTAL
772,919
954,287
1,053,210
1,236,848
1,003,089
827,371
169,528
67,293
em % do total da posição em risco original
25.77%
30.93%
35.12%
40.08%
33.45%
26.81%
CL XI - Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o
sector público
CL XIII - Outros elementos
VR: Vencimento residual
Página 19
5.65%
2.18%
Unidade:
m Euros
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
5.3 Método Padrão - Secção A – Informação Qualitativa
5.3.1 Identificação das agências de notação externa (ECAI1) e das agências de crédito à
exportação (ECA2) utilizadas
O risco de crédito consiste na probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou
no capital, devido à incapacidade de uma contraparte cumprir os seus compromissos financeiros
perante o Grupo, incluindo possíveis restrições à transferência de pagamentos do exterior.
Nos anos de 2013 e 2012, o Grupo Finantipar utilizou o método padrão para o cálculo dos requisitos
de fundos próprios para cobertura de risco de crédito.
Os montantes das posições ponderadas pelo risco são determinados com base em coeficientes de
ponderação definidos no Aviso nº 5/2007 do Banco de Portugal. A aplicação desses coeficientes de
ponderação baseia-se na classe a que a posição em risco for afecta e na sua qualidade de crédito. A
qualidade de crédito pode ser determinada com base nas avaliações de crédito de agências de
notação externa (ECAI), ou nas avaliações de crédito de agências de crédito à exportação (ECA).
No que respeita à carteira bancária, o Grupo Finantipar utiliza as notações das agências Standard &
Poor ’s`Rating Services e Fitch Ratings.
5.3.2 Descrição do processo utilizado para afectar as avaliações de risco dos emitentes ou das
emissões aos elementos incluídos na carteira bancária
O Grupo Finantipar afecta as avaliações de risco dos emitentes ou das emissões aos elementos
incluídos na carteira bancária em consonância com as directrizes emanadas na Parte 4 do Anexo III
Aviso nº 5/2007 do Banco de Portugal.
Página 20
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
5.4 Método Padrão - Secção B – Informação Quantitativa
O modelo abrange os riscos de crédito, de crédito de contraparte e de entrega.
5.4.1 Método Padrão
MÉTODO PADRÃO
Ponderadores de Risco
0%
10%
20%
50%
75%
100%
150%
Outros
ponderadores
TOTAL
1.Posição em risco original por classe de risco
Classe de Risco:
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
CL II - Administrações regionais ou autoridades locais
CL IV - Bancos multilaterais de desenvolvimento
CL VI - Instituições
CL VII - Empresas
CL VIII - Carteira de retalho
CL X - Elementos vencidos
CL XI - Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público
CL XIII - Outros elementos
TOTAL posições em risco original:
2.Posição em risco por classe de risco (base de
incidência dos ponderadores)
Classe de Risco:
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
CL II - Administrações regionais ou autoridades locais
CL IV - Bancos multilaterais de desenvolvimento
CL VI - Instituições
CL VII - Empresas
CL VIII - Carteira de retalho
CL X - Elementos vencidos
CL XI - Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público
CL XIII - Outros elementos
TOTAL posições em risco original:
3.TOTAL posições ponderadas pelo risco (=∑ (-2."x"ponderadores de risco)
Posição em risco deduzida aos fundos
próprios por classe de risco
Classe de Risco:
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
CL II - Administrações regionais ou autoridades locais
CL IV - Bancos multilaterais de desenvolvimento
CL VI - Instituições
CL VII - Empresas
CL VIII - Carteira de retalho
CL X - Elementos vencidos
CL XI - Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público
CL XIII - Outros elementos
TOTAL posições em risco deduzidas aos fundos próprios
718,660
146
718,806
3,446
3,446
95,364
569,660
27,322
22
692,369
89,518
42,251
31,082
162,851
148,585
148,585
102,090
229,505
756,327
57,150
22,494
1,167,566
1,047
78,673
10,164
89,884
15,239
15,239
911,315
95,364
799,166
923,258
148,585
67,314
31,082
22,662
2,998,746
718,660
146
3,446
-
95,364
474,927
27,322
22
89,518
42,251
31,082
-
147,292
-
102,090
223,821
755,170
45,342
22,322
1,047
78,673
9,994
-
6,709
-
911,315
95,364
698,748
913,571
147,292
55,336
31,082
22,490
718,806
-
3,446
345
597,636
119,527
162,851
81,425
147,292
110,469
1,148,745
1,148,745
89,714
134,571
6,709
83,859
2,875,198
1,678,941
Unidade:
Data de referência:
Página 21
m Euros
31-12-2013
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
6
Técnicas de Redução do Risco de Crédito
TÉCNICAS DE REDUÇÃO DO RISCO DE CRÉDITO - MÉTODO PADRÃO
Técnicas de redução do risco de crédito
com efeito no montante da posição em
risco: protecção real de crédito (a)
Técnicas de redução do risco de crédito com efeito de substituíção na
posição em risco liquida
Proteção pessoal de crédito:
valor da protecção totalmente
ajustado (GA)
Posição em
risco líquida
Garantias
1
Total das Posições
2
Protecção real de crédito
Derivados de
Crédito
Método
Simples Cauções
financeiras
Outras formas
de protecção
real de crédito
3
4
5
Efeito de
Caução financeira:
substituíção
valor ajustado pela
Ajustamento de
na posição
volatilidade e por
volatilidade ao
em risco
qualquer
valor da posição
(líquido de
desfasamento entre
em risco
saída e
prazos de vencimento
entradas)
(Cvam)
6
7
8
2,998,746
-
-
94,733
-
94,733
911,315
-
-
-
-
-
-
-
95,364
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Decomposição do total CL VI - Instituições
das posições por
CL VII - Empresas
classe de risco:
CL VIII - Carteira de retalho
799,166
-
-
94,733
-
94,733
-
-
923,258
-
-
-
-
-
-
-
148,585
-
-
-
-
-
-
-
CL X - Elementos vencidos
67,314
-
-
-
-
-
-
-
CL XI - Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público
31,082
-
-
-
-
-
-
-
CL XIII - Outros elementos
22,662
-
-
-
-
-
-
Classe de Risco
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
CL II - Administrações regionais ou autoridades locais
CL IV - Bancos multilaterais de desenvolvimento
7
-
Unidade:
mEuros
Data de referência:
31-12-2013
Operações de Titularização
7.1 Secção A – Informação Qualitativa
7.1.1 Identificação das operações de titularização em que a instituição se encontra envolvida,
descrevendo o objectivo, a forma e o grau de envolvimento no respectivo processo, a natureza
de outros riscos (incluindo o risco de liquidez inerente aos activos titularizados), bem como a
existência, ou não, de uma transferência significativa do risco de crédito
Em 31 de Dezembro de 2013, o Grupo Finantipar encontra-se envolvido, na qualidade de cedente
em duas operações de titularização que de seguida se identificam:
- LTR Finance nº 6 plc
- LTR Finance nº 7 plc
Todas estas operações são titularizações tradicionais de activos originados pela actividade do
financiamento especializado, tendo como principal objectivo o financiamento destas operações de
crédito.
Uma vez que não existe uma transferência significativa do risco de crédito todas estas operações são
incluídas nas contas consolidadas do Grupo.
Página 22
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
7.1.2 Elementos de informação sobre cada operação em que a instituição se encontra
envolvida como cedente, conforme modelo seguinte:
OPERAÇÕES DE TITULARIZAÇÃO
Titularização Tradicional
LTR nº 6
LTR nº 7
Instituições Cedentes
Sofinloc
Sofinloc
HSBC Bank
HSBC Bank
Data de ínicio
25-set-06
03-fev-09
Maturidade legal
24-nov-18
20-fev-23
Instituíções Patrocinadoras
Informação sobre as operações:
Cláusula de step-up (data)
n.a.
n.a.
Revolving (anos)
3 anos
1 ano
Activos titularizados (em milhões de euros)
947.6
146.9
Valor em dívida (em milhões de euros)
34.8
38.5
n.a.
n.a.
55.3%
8.6%
-
-
Informação sobre o envolvimento das instituíções cedentes
Existência de situações de "apoio implicito"
Activos cedidos (por Instituíção)/Activos titularizados (total) (%)
Sofinloc
Mais-valia inicial/Valor das posições de primeira perda readquiridas
7.1.3 Métodos de cálculo dos montantes das posições ponderadas pelo risco que a instituição
aplica relativamente às suas actividades de titularização, por tipo de posições de titularização
O Grupo Finantipar calcula o montante das posições ponderadas pelo risco relativamente às suas
actividades de titularização de acordo com as directrizes estabelecidas no Aviso nº 7/2007 do Banco
de Portugal.
Uma vez que não existe transferência significativa do risco de crédito a nível consolidado, o cálculo
de requisitos é efectuado como se as operações não se tivessem realizado, sendo a carteira de crédito
ponderada conforme definido no Aviso nº 5/2007 do Banco de Portugal para a carteira de retalho.
7.1.4 Síntese das políticas contabilísticas da instituição, nomeadamente quanto ao tratamento
das operações, ao reconhecimento de proveitos nas vendas, aos pressupostos de base da
avaliação dos juros retidos e ao tratamento das titularizações sintéticas
O Grupo consolida pelo método integral as entidades de finalidade especial, constituídas
especificamente para o cumprimento de um objectivo bem definido, quando a substância da relação
com tais entidades indicia que o Grupo exerce controlo sobre as suas actividades,
independentemente da percentagem que detém sobre os seus capitais próprios, de acordo com a SIC
12 – Consolidação de Entidades de Finalidade Especial.
Todas as operações de titularização são incluídas nas contas consolidadas do Grupo, por via da
consolidação integral das respectivas entidades de finalidade especial. O Grupo não tem operações
de titularização sintéticas.
Página 23
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
7.1.5 Designação das ECAI utilizadas no âmbito das operações de titularização, por tipo de
posições em risco
Não aplicável ao Grupo Finantipar.
7.1.6 Indicação do valor em dívida agregado das posições em risco renováveis titularizadas,
repartido pelo interesse do cedente e pelo interesse dos investidores
Não aplicável ao Grupo Finantipar.
7.1.7 Tipo de risco, em termos de grau de subordinação das posições de titularização
subjacentes, e dos respectivos activos subjacentes, relativamente às posições de retitularização
assumidas ou retidas
Não aplicável ao Grupo Finantipar.
7.1.8 Descrição dos procedimentos destinados a acompanhar as variações no risco de crédito
e de mercado das posições de titularização, incluindo o modo como essas posições são afectadas
pela evolução dos activos subjacentes, identificado em que medida esses processos diferem no
que diz respeito às posições de retitularização
Não aplicável ao Grupo Finantipar.
7.1.9 Descrição da política da instituição em matéria de utilização de operações de cobertura
e de protecção pessoal de crédito com vista a reduzir o risco das posições de titularização ou de
retitularização retidas, incluindo a identificação das principais contrapartes por tipos de risco
relevantes
Não aplicável ao Grupo Finantipar.
7.1.10 Descrição, separadamente para posições relevadas no activo e para posições
extrapatrimoniais, dos tipos de EOET que a instituição, enquanto patrocinadora, utiliza para
titularizar posições em risco de terceiros, incluindo o modo e em que medida a instituição está
exposta a essas EOET;
Não aplicável ao Grupo Finantipar.
7.1.11 Indicação das entidades que a instituição gere ou presta consultoria e que investem em
posições de titularização emitidas pela instituição ou em EOET por ela patrocinadas
Não aplicável ao Grupo Finantipar.
Página 24
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
7.1.12 Quando aplicável, descrição do Método de Avaliação Interna definido no Anexo IV do
Aviso do Banco de Portugal n.º 672007, incluindo a estrutura do processo de avaliação interna
e a relação entre a avaliação interna e as notações externas, a utilização da avaliação interna
para fins distintos do cálculo dos requisitos de fundos próprios e os mecanismos de controlo do
processo de avaliação interna. Nestes últimos indica-se as questões relativas à independência,
responsabilidade e processo de análise da avaliação interna, os tipos de posição em risco aos
quais é aplicado o processo de avaliação interna e os factores de esforço considerados para
determinar os níveis de melhoria do risco de crédito, por tipo de posição em risco
Não aplicável ao Grupo Finantipar.
7.2 Secção B – Informação Quantitativa
7.2.1 Risco de Crédito – Operações de Titularização: Análise de Perdas
Não aplicável ao Grupo Finantipar.
7.2.2 Risco de Crédito – Operações de Titularização: Método Padrão
Não aplicável ao Grupo Finantipar.
7.2.3 Risco de Crédito – Operações de Titularização: Síntese de actividades
Não aplicável ao Grupo Finantipar.
Página 25
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
8
Riscos de Posição, de Crédito de Contraparte e de Liquidação da Carteira de
Negociação
8.1 Secção A – Informação Qualitativa
8.1.1 Indicação das subcarteiras da carteira de negociação que se encontram cobertas pelo
“método Padrão sobre a carteira de negociação” e pelo “método de Modelos Internos sobre a
carteira de negociação”
O Grupo Finantipar apenas utiliza o método padrão sobre a carteira de negociação, não tendo
qualquer subcarteira da carteira de negociação a ser coberta pelo método dos Modelos Internos.
8.1.2 Descrição das metodologias de avaliação dos riscos da carteira de negociação, para cada
subcarteira, relativamente às instituições que apliquem o “método Padrão sobre a carteira de
negociação”
Os riscos da carteira de negociação são avaliados de acordo com o disposto no Aviso do Banco de
Portugal nº 8/2007.
8.1.3 Descrição das metodologias de avaliação dos riscos da carteira de negociação para as
instituições que apliquem o “método de Modelos Internos sobre a carteira de negociação”
Não aplicável à Finantipar.
Página 26
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
8.2 Secção B – Informação Quantitativa
8.2.1 Requisitos de Fundos Próprios (Carteira de Negociação)
REQUISITOS DE FUNDOS PRÓPRIOS ( CARTEIRA DE NEGOCIAÇÃO)
Riscos da Carteira de Negociação
Requisitos de Fundos Próprios
31-12-2013
31-12-2012
TOTAL Riscos da Carteira de Negociação (=∑(1. a 3.))
631
415
1.Risco de Posição (1.1. + 1.2)
631
415
631
415
1.1.1. Instrumentos de Dívida
631
415
1.1.1.1. Risco Específico
453
309
1.1.1.2. Risco Geral
178
106
1.1.2. Títulos de Capital
-
-
1.1.2.1. Risco Específico
-
-
1.1.2.2. Risco Geral
-
-
1.1.3. Organismos de Investimento Colectivo (OIC):
-
-
1.1.4. Futuros e Opções negociados em bolsa:
-
-
1.1.5. Futuros e Opções do mercado de balcão - OTC:
-
-
1.1.6. Outros
-
-
1.1. Método Padrão sobre a Carteira de Negociação (=∑(1.1.1 a 1.1.6.))
1.2. Método de Modelos internos sobre a Carteira de Negociação
-
-
-
-
2.1. Vendas/compras com acordo de recompra/revenda, concessão/contração de empréstimos de
valores mobiliáriosou de mercadorias, operações de empréstimo com imposição de margem e
operações de liquidação longa
-
-
2.2. Instrumentos Derivados
-
-
2.3. Contratos de compensação multiprodutos
-
-
2.Risco de Crédito de Contraparte (=∑(2.1. a 2.3.))
3. Risco de Liquidação
Página 27
-
-
Unidade:
m Euros
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
9
Riscos Cambial e de Mercadorias das Carteiras Bancária e de Negociação
9.1 Secção A – Informação Qualitativa
9.1.1 Indicação do método (Padrão ou de Modelos Internos) adoptado pela instituição para
calcular os requisitos mínimos de fundos próprios para cobertura dos riscos cambial e de
mercadorias
O Grupo Finantipar utiliza o método Padrão para calcular os requisitos mínimos de fundos próprios
para cobertura do risco cambial, não sendo aplicável à sua actividade o cálculo de requisitos
mínimos para mercadorias.
9.1.2 Para instituições que apliquem o método Padrão para avaliar o riscos de mercadorias,
apresentação da metodologia adoptada – método da Escala de Prazos de Vencimento ou
método Simplificado
Não aplicável à Finantipar.
9.1.3 As instituições que apliquem o método de Modelos Internos devem divulgar as
informações referidas no ponto 1.3 do Anexo VIII deste Aviso, considerando as adaptações
necessárias para efeitos do presente Anexo
Não aplicável à Finantipar.
9.2
Secção B – Informação Quantitativa
9.2.1 Requisitos de Fundos Próprios - Riscos Cambial e de Mercadorias
REQUISITOS DE FUNDOS PRÓPRIOS - RISCOS CAMBIAL E DE MERCADORIAS
Requisitos de
Requisitos de
Fundos Próprios Fundos Próprios
Riscos Cambial e de Mercadorias
31-12-2013
1. Risco Cambial (=1.1. + 1.2.)
1.1. Método Padrão
1.2. Método de Modelos internos
2.Risco de Crédito de Contraparte (=∑(2.1. a 2.2.))
2.1. Método Padrão (=∑(2.1.1. a 2.1.4.))
31-12-2012
586
-
586
-
-
-
-
-
-
-
2.1.1. Método da Escala de Prazos de Vencimento ou Método Simplificado
-
-
2.1.2. Futuros e Opções sobre mercadorias negociadas em bolsa
-
-
2.1.3. Futuros e Opções sobre mercadorias do mercado de balcão - OTC
-
-
2.1.4. Outros
-
-
2.1. Método dos Modelos Internos
Unidade:
Página 28
m Euros
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
10 Posições em Risco sobre Acções da Carteira Bancária
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o Grupo Finantipar detém uma posição imaterial em acções da
carteira bancária.
11 Risco Operacional
11.1 Secção A – Informação Qualitativa
11.1.1 Descrição da metodologia de cálculo dos requisitos de fundos próprios
A Finantipar calcula os requisitos de fundos próprios para o risco operacional utilizando o método
do indicador básico, através da metodologia descrita no Artigo 26º do Decreto-Lei nº 104/2007 de 3
de Abril.
11.1.2 Elementos contabilísticos considerados para cálculo do indicador relevante (Método do
indicador básico)
O indicador relevante para o cálculo dos requisitos de fundos próprios para o risco operacional é a
soma da margem financeira com os proveitos operacionais, à qual é aplicada a percentagem prevista
na legislação em vigor.
As rubricas contabilísticas da demonstração dos resultados que são parte integrante do indicador
relevante são apresentadas no quadro abaixo:
+
+
+
+
+
Juros e rendimentos similares
Juros e encargos similares
Rendimentos de instrumentos de capital
Rendimentos de serviços e comissões
Encargos com serviços e comissões
Resultado de operações financeiras
Outros proveitos de exploração
11.1.3 Elementos contabilísticos considerados para cálculo do indicador relevante (Método
standard)
Não aplicável à Finantipar.
11.1.4 Elementos contabilísticos considerados para cálculo do indicador relevante (Método de
medição avançada)
Não aplicável à Finantipar.
Página 29
FINANTIPAR – SGPS, S.A.
DISCIPLINA DE MERCADO 2013
11.1.5 Elementos contabilísticos considerados para cálculo do indicador relevante
(Combinação de métodos)
Não aplicável à Finantipar.
11.2 Secção B – Informação Quantitativa
11.2.1 Risco Operacional
RISCO OPERACIONAL
Por memória: método de Medição
Avançada-Redução de requisitos de fundos
próprios (Ano 0)
Indicador Relevante
Actividades
1. Método do Indicador Básico
2011
2012
2013
60,719
93,635
99,482
Perdas esperadas
consideradas no
quadro das
práticas internas
Mecanismos de
trasnferência de risco
Unidade:
m Euros
Financiamento das empresas - corporate finance
2.Método Standard
Negociação e vendas
Intermediação relativa à carteira de retalho
Banca comercial
Banca de retalho
Pagamento e liquidação
Serviços de agência
Gestão de activos
Método de Medição Avançada (a)
(a) Base de incidência, em termos de indicador relevante, das actividades sujeitas ao método de Medição Avançada
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DISCIPLINA DE MERCADO 2013
12 Análise de Sensibilidade dos Requisitos de Capital
12.1 Secção A – Informação Qualitativa
12.1.1 As instituições devem prestar as seguintes informações de natureza qualitativa
relativamente ao risco de taxa de juro da carteira bancária
12.1.1.1 Identificação da natureza do risco de taxa de juro da carteira bancária
O risco de taxa de juro da carteira bancária advém de diferenças entre os activos e passivos
da carteira bancária em termos de natureza da taxa de juro (fixa ou variável), maturidade e
prazos de refixação das taxas de juro, consubstanciando-se na possibilidade de se registarem
perdas resultantes de variações da taxa de juro em função destas diferenças.
12.1.1.2 Breve descrição das características do(s) modelo(s) interno(s) de medição e avaliação do
risco de taxa de juro da carteira bancária e da frequência da medição do risco de taxa de
juro. Caso a instituição não possua modelo(s) interno(s) para avaliação do risco de taxa
de juro deve mencionar essa situação
O risco de taxa de juro é medido utilizando mapas de análise do mismatch temporal de
maturidades dos activos, passivos e instrumentos extrapatrimoniais de taxa fixa, através da
distribuição por buckets temporais. Estes mapas são elaborados mensalmente. Sobre os
referidos mismatch no mínimo quatro vezes ao ano aplicam-se medidas de sensibilidade a
variações das taxas de juro de mercado.
12.1.1.3 Descrição dos pressupostos fundamentais utilizados para o cálculo do risco de taxa de
juro (incluindo os pressupostos relativos ao accionamento de cláusulas de reembolso
antecipado de empréstimos e a evolução da maturidade efectiva dos depósitos sem prazo
de vencimento)
Para a carteira de Financiamento especializado, são utilizados pressupostos relativos ao
nível de pré-pagamentos, atrasos de pagamento e situações de não pagamento. Para os
restantes instrumentos são utilizadas as maturidades e prazos de refixação contratuais, não
sendo considerados potenciais reembolsos antecipados ou renovações.
O risco de taxa de juro da carteira bancária é calculado através de um modelo Value-at-Risk
(VaR), utilizando o método da simulação histórica. Este risco é objecto de um controle
periódico, através do cálculo do VaR e do mismatch temporal. O risco de taxa de juro é
objecto de cobertura, segundo decisão do Comité Financeiro, através de instrumentos
adequados (actualmente, swaps de taxa de juro).
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DISCIPLINA DE MERCADO 2013
12.1.1.3.1 Identificação das correlações materiais entre o risco de taxa de juro na carteira
bancária e outros tipos de risco
Cada risco é analisado de forma independente em relação aos outros riscos, não sendo
considerada qualquer mitigação de risco por correlação imperfeita entre os diferentes tipos
de risco.
12.1.2 As instituições devem prestar as seguintes informações de natureza qualitativa sobre os
testes de esforço realizados
12.1.2.1 Âmbito de aplicação e incidência (tipo de risco)
Os testes de esforço efectuados abrangem o risco de crédito, o risco de taxa de juro, o risco
de mercado e o risco operacional. Tendo em conta que a carteira de negociação do Grupo é
constituída por instrumentos de rendimento fixo, o risco de mercado a que se encontra
sujeita pode decompor-se em risco de crédito e risco de taxa de juro.
12.1.2.2 Descrição, objectivos e frequência de realização
Os testes de esforço visam um melhor entendimento do perfil de risco do Grupo, permitem
avaliar o capital interno e a capacidade para absorver choques, e facilitam a detecção de
vulnerabilidades na exposição do Grupo aos diferentes tipos de risco.
São realizados dois tipos de testes de esforço:

As análises de sensibilidade consistem na avaliação do impacto na condição
financeira do Grupo da variação de um único factor de risco. São efectuadas
semestralmente.

Os testes de cenário consistem na avaliação do impacto conjunto de vários factores
de risco na condição financeira do Grupo. São efectuados anualmente.
12.1.2.3 Descrição das hipóteses assumidas, cenários subjacentes, factores de risco considerados e
choques introduzidos para simular acontecimentos adversos
A análise de sensibilidade para o risco de crédito da área de Financiamento especializado é
efectuada com o objectivo de simular a deterioração das condições macro-económicas nos
mercados onde o Grupo opera, através da variação da PD e da LGD. De forma a simular os
acontecimentos adversos, é introduzido um choque de 100% na PD e de 20% na LGD para
toda a carteira.
A análise de sensibilidade para o risco de crédito da área de Banca é efectuada com base
nos ratings atribuídos às entidades de risco (emitentes e contrapartes) pelas agências de
rating internacionais. A análise efectuada, consistiu na aplicação de um choque negativo de
1 notch no rating das entidades que compõem a carteira de Banca. Além dos ratings, é
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DISCIPLINA DE MERCADO 2013
também efetuada uma análise de sensibilidade aplicando um choque de 100% nas PDs
associadas às entidades da carteira.
A análise de sensibilidade para o risco de taxa de juro é efectuada através de variações
paralelas e de alteração da inclinação das curvas de taxa de juro do euro e do dólar norteamericano, as duas moedas em que o Grupo possui posições significativas. Em linha com as
recomendações do Banco de Portugal previstas na Instrução nº 4/2011, as variações
paralelas aplicadas foram de +100bp e -100bp. A alteração da inclinação das curvas de
rendimento resultou do deslocamento de +100bp e -50bp da taxa de juro a 10 anos
mantendo constante a taxa de juro a 3 meses.
O teste de cenário efectuado tem por base um cenário de crise com epicentro num país
emergente e posterior contágio a outros mercados emergentes. Este cenário estende-se ao
longo de três anos conjugando diversos impactos ao nível do risco de crédito, incluindo
variações de spreads, desvalorizações/valorizações de dívida emitida e downgrades de
rating, e o contágio a outros mercados.
Adicionalmente o Grupo efectua anualmente o exercício de Reverse Stress Tests (RST). O
objectivo dos RST é permitir identificar circunstâncias que, embora de rara ocorrência,
possam ter um impacto significativo na conjuntura económica e resultar na perda de
equilíbrio financeiro podendo originar uma eventual falha do modelo de negócio das áreas
do Grupo.
Os RST permitem centrar-se nas características peculiares do Grupo para analisar
aprofundadamente aspectos dos planos de negócios, provocando uma discussão sobre o
modelo de negócio, motivando assim a expressão de opiniões a seu respeito.
Adicionalmente, os RST permitem superar análises quantitativas apresentadas em relatórios
regulares de reporte, ao introduzir a ponderação de riscos latentes, como por exemplo o
risco de reputação.
Do ponto de vista operacional os RST tornam-se numa parte integrante dos testes de esforço
que já vêm sendo efectuados periodicamente na instituição, completando-os de forma mais
abrangente e aperfeiçoando assim a gestão dos riscos no Grupo.
12.2 Secção B – Informação Quantitativa
12.2.1 Risco de Taxa de Juro (Carteira Bancária)
RISCO DE TAXA DE JURO (CARTEIRA BANCÁRIA)
Impacto
31-12-2013
Valor
Efeito na Situação Líquida de um choque de
200 p.b. na taxa de juro:
% da Situação Liquída
"+ 200" = Choque na taxa de juro de 200 p.b., no sentido ascendente
"- 200" = Choque na taxa de juro de 200 p.b., no sentido descendente
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31-12-2012
+ 200
-2 346
-10 853
- 200
+13 857
+18 374
+ 200
-0.66%
-3.06%
- 200
3.89%
5.18%
Unidade:
m Euros