Figuras de linguagem Alusão: uso de uma

Figuras de linguagem
Alusão: uso de uma referência ou citação a
um fato ou pessoa (real ou fictícia),
conhecido pelo interlocutor. Faz parte
da intertextualidade, mas sua principal
diferença está na claridade. Comunicação
sutil entre os textos; leve menção de outro
texto ou a um componente seu, sem apontar
diretamente o fato em questão.
Gradação: exposição de determinadas ideias
de forma crescente (clímax) ou decrescente
(anticlímax).
Hipérbato: consiste na troca da ordem direta
dos termos da oração.
Hipérbole:
consiste
na
expressão
evidentemente exagerada de uma ideia.
Metáfora: uma palavra ou expressão usada
em sentido figurado, em uma relação de
semelhança/comparação
entre
dois
termos.
Praticando...
Identifique as figuras de linguagem em cada
um dos textos abaixo:
Há uma nuvem de lágrimas sobre meus
olhos
Dizendo pra mim que você foi embora
E que não demora meu pranto rolar
(Nuvem de lágrimas - Chitãozinho e Xororó)
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Teu olhar ilumina, abomina o cafona
Ela é purpurina, skinny e pakitona
(Eu gosto dela - Emicida)
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Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
(Roda viva – Chico Buarque)
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Mas eu preciso
Eu preciso esquecê-la
A minha grande a minha pequena
A minha imensa obsessão
A minha grande obsessão
(Vapor barato – O Rappa)
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Aqui onde estão os homens
Dum lado cana de açúcar
Do outro lado cafezal
Ao centro senhores sentados
Vendo a colheita do algodão branco
Sendo colhido por mãos negras
(Zumbi – Jorge Ben)
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Mar de gente onde eu mergulho sem receio
Mar de gente onde eu me sinto por inteiro
(Mar de gente – O Rappa)
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Quem foi que disse
que é impossível ser feliz sozinho
vivo tranquilo
a liberdade é quem me faz carinho
(Satisfeito – Marisa Monte)
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Pois aquele garoto que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro!
(Ideologia – Cazuza)
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Estou morrendo, morrendo por dentro
É tanta saudade morando em meu peito
(A dor desse amor – KLB)
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Eu aprendi
a vida é um jogo
Cada um por si
e Deus contra todos
(Homem primata – Titãs)
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Todos os dias quando acordo
Não tenho mais o tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo tempo do mundo
(Tempo perdido – Legião Urbana)
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Segura e não larga essa tal felicidade
(Segure tudo - Martinho da Vila)
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Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante
(Hino Nacional Brasileiro)
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Agora eu fiquei doce igual caramelo
(Camaro amarelo - Camargo e Mariano)
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Amor, co’a esperança já perdida
Teu soberano templo visitei
(Soneto 083 – Camões)
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Interpretação de texto
Catar feijão
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Catar feijão se limita com escrever:
Joga-se os grãos na água do alguidar
E as palavras na da folha de papel;
E depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
Água congelada, por chumbo seu verbo:
Pois para catar esse feijão, soprar nele,
E jogar fora o leve e oco, palha e eco,
3.
Em meio ao feijão, pode haver uma
pedra, “um grão imastigável, de quebrar
dente”. No plano de escrever, a “pedra” traz
as mesmas consequências?
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
O de que entre os grãos pesados entre
Um grão qualquer, pedra ou indigesto,
Um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
A pedra dá à frase seu grão mais vivo:
Obstrui a leitura fluviante, flutual,
Açula a atenção, isca-a com o risco.
(João Cabral de Melo Neto)
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Vocabulário
Alguidar: vaso cuja borda é muita mais larga
que o seu fundo
Fluviante: ____________________________
Flutual:______________________________
Açular: instigar; provocar; estimular
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4.
Que tipo de comportamento a “pedra”
visa provocar no leitor?
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1.
Como o eu lírico compreende o ato de
escrever?
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5.
O poeta atingiu esse objetivo no
poema?
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2.
A propósito da relação “catar feijão” /
“escrever”, a que corresponde, no plano de
escrever, a expressão “leve e oco, palha”?
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