Uma das melhores linhas de laminação do mundo
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O jornal dos colaboradores, clientes e amigos do Grupo GMH 1/2015 Tecnologia de laminação garantida e moderno comando por computador: o controle da estrutura1 hoje processa-se a partir de um funcionário no modo semiautomático. Na foto: Steuermann Yuecel Yördem. Edição em Português Uma das melhores linhas de laminação do mundo GMHütte · O planejamento estratégico foi mais uma vez compensado: com a linha de laminação 6, uma das mais eficientes linhas de aço em barra comemora seu 50° aniversário. E ainda tem muitos anos de vida. E N T R E V I S TA A usina de laminação da GMHütte comemorou um jubileu bastante especial em janeiro: a linha de laminação 6 festejou seu 50° aniversário. É um grande motivo para dar uma olhada no passado. O mestre Martin Duram, há 40 anos trabalhando nesta linha de produção, relata-nos, em uma entrevista à glückauf, o que ela tem de tão especial: glückauf: Há 50 anos, qual foi o motivo pelo qual a Klöckner de Georgsmarienhütte construiu esta linha de produção, Sr. Duram? Martin Duram: Depois da construção da aciaria Siemens-Martin-Stahlwerk II nos anos 50 do século passado, houve um aumento natural da produção de aço cru, aumentando o volume de produção das cinco linhas de laminação. O que acontece é que os equipamentos, já envelhecidos, impossibilitavam um aumento de produção. Como assim envelhecidos? Onde estava o principal problema? Duram: Principalmente na linha de ferro 3 posta em funcionamento em 1911, o gargalo mais sensível da usina de laminação. E justamente neste ponto, uma demanda mais forte na faixa dimensional inter- · glück auf · 1/2015 (Edição em português)................... 5 mediária se deparava com um desempenho reduzido da laminação. Em consequência disso, decidimos fazer um grande investimento para ampliar a capacidade de laminação: no dia 8 de fevereiro de 1960, o conselho administrativo da Klöckner Werke AG Duisburg aprovou a construção de uma linha de ferro no Oeseder Feld. A atual linha de barras de aço 6 da GMHütte. Duram: Que, é claro, está bem diferente hoje e que, naquela época, no início do planejamento, ainda se chamava “Linha 3a”. ››› continua lendo na página 6 ››› continuação da página 5 O senhor poderia nos dar um breve relato sobre o equipamento na época? Duram: O investimento foi de cerca de 60 milhões de marcos alemães. Para executar as medições, orientaram-se por meio de uma análise de mercado que determinou o diâmetro com a mais alta previsão das necessidades: estava entre 20 mm e 100 mm de circunferência, que também cobriam os cortes diagonais em quadrado e planos. Nos primeiros quinze anos, eram laminados também calços e trilhos de manobras para a superestrutura ferroviária. A linha foi concebida para produzir 25000 toneladas por mês. Isso quer dizer que a maneira como a linha foi construída pelos especialistas foi algo muito especial para a época. Duram: É verdade, isso aconteceu depois de muitas consultas com renomados engenheiros de usinas de laminação. Embora o tipo de construção oferecesse vantagens técnicas para uma usina de laminação em constante funcionamento, na época optaram por um tipo de construção especial muito admirada: um equipamento de laminação com duas estruturas metálicas reversíveis duplas e duas linhas de acabamento final. Tudo foi instala- do dentro de um pavilhão de mais de 400 metros de comprimento. E por que a opção de um tipo especial de construção? Duram: Para manter em níveis baixos os tempos de parada e, assim, atingir um alto grau de funcionamento da linha. O que o senhor tem a dizer sobre os trabalhos de construção? Duram: Os primeiros preparativos no Oeseder Feld começaram em janeiro de 1961. Antes de iniciar, foi preciso aterrar a área. O Campo Oeseder, com seu rio Düte, ficava, na verdade, três metros abaixo do resto da área da usina. Para construir a linha de laminação, foi preciso desviar o Düte com um túnel. Até hoje, ele corre em diagonal por baixo da linha de laminação. Mas em 1962, a construção do complexo da Klöckner foi interrompida por quase um ano. Por quê? Duram: Por conta de uma crise econômica. Mas, em 1963, os trabalhos foram retomados e finalizados, depois de se aperfeiçoar o planejamento e modificá-lo um pouco para reduzir os custos. Até hoje, dá para perceber isso num aspecto: todas as estruturas de laminação da linha foram numeradas de 1 a Em outubro de 1964, a maioria dos trabalhos já tinha começado para que as primeiras tentativas de laminação a quente pudessem ser executadas com sucesso. Fonte: Arquivo Martin Duram 11, mas falta a estrutura 9 na pesada estiragem. Ela foi sacrificada em nome da economia. Em janeiro de 1965, finalmente a linha com o forno 61 pode ser posta em funcionamento. Sua capacidade de desempenho era de 60 toneladas por hora. Como está hoje? A linha ainda está dentro dos padrões da tecnologia atual? Duram: Com certeza. A linha de barra de aço 6 da GMHütte, na verdade, foi planejada há mais de 50 anos, mas com muita visão de futuro. Além disso, ao longo dos anos, ela tem sido modernizada constantemente. É por isso que até hoje apresenta uma grande capacidade de desempenho. Na comparação internacional também? Duram: Na comparação internacional também. Ela pode competir com qualquer uma das melhores linhas de laminação do mundo. Temos as melhores perspectivas de, no futuro, assumir a dianteira. Muito obrigado pela entrevista. Afastando o intruso do ninho Bahntechnik Brand Erbisdorf · A nova máquina Heynumat garante uma produção sem interrupções e sem fatores de risco. F inalmente, chegou janeiro: A Bahntechnik Brand-Erbisdorf (BTBED), fabricante de eixo de rodeiros, pôs uma nova Heynumat 21 em funcionamento. Ela será usada no corte inicial de diversos tipos de eixos de rodeiros da casa. No momento, está ingressando na fábrica e recebendo os ajustes precisos que são sempre necessários para que os programas de usinagem sejam adaptados de maneira otimizada. Essa máquina de usinagem com controle CNC é manejada em uma ilha de produção por um operador atuando em duas máquinas. Por fim, ela tem que produzir uma superfície que corresponda às exigências de prova para um teste automático de volume no sistema ultrassônico. Aqui, a profundidade de corte de até 5 mm é removida em uma operação de usinagem. Esta etapa é seguida de uma nova operação de acabamento, onde a superfície de teste é produzida. Assim, chega-se próximo a um contorno final do eixo pronto de até 1,5 mm. No corte de peças brutas forjadas, as máquinas têm que resistir a um grande peso proveniente das crostas de solda e das camadas de têmpera. A máquina usada anteriormente já estava em operação desde 1999 e apresentava panes permanentes, gerando custos de manutenção e risco de queda de produção. Para satisfazer as expectativas dos clientes quanto à confiança, fidelidade de prazos e qualidade, fez-se necessário substituí-la. As máquinas funcionam em quatro turnos de operação chegando até 5.250 horas por ano – sendo apenas interrompida para os trabalhos regulares de manutenção. Até o diretor, Uwe Heise, pode compro- var que o equipamento, apesar da grande sobrecarga, provou ter resistência para cumprir o seu papel. em glück auf · 1/2011 · Extraits en langue française............................ 6 · glück auf · 1/2015 (Edição em português)................... 6 O técnico de manutenção Dandy Brunn no ajuste preciso durante a instalação da Heynumat na empresa. Foto: em A nova estrutura do Grupo GMH A estrutura organizacional do Grupo GMH mudou: junto ao CEO, Dr. Michael Süß, que tem responsabilidade total pelo grupo (portfólio, estratégia, performance), e que responde por sua imagem pública, o CFO, Thomas Löhr, vai dirigir os setores de Finanças, Controlling e Compras. No setor de pessoal, o diretor de Relações Trabalhistas, Harald Schartau, tratará das questões de employer branding, formação, especialização contínua, planejamento de futuros talentos, análises especializadas e, também, da gestão de saúde, segurança do trabalho e gestão ambiental, assim como ficará responsável pela coordenação de cogestão. Os COOs, Frank Koch e Wolfgang Schmidt, ficarão responsáveis pelas atividades operacionais das novas divisões criadas, assim como por uma estreita articulação com as funções centrais da holding. As três unidades organizacionais recém-criadas “Divisão do Aço”, “Divisão de Tecnologia de Forja, Tecnologia Ferroviária, Tecnologia de Direção e Fundição” e a “Divisão de Prestação de Serviços” agrupam os setores comerciais existentes, aos quais cada empresa encontra-se subordinada. O COO, Frank Koch, fica responsável pela “Divisão do Aço”. A “Divisão de Tecnologia de Forja, Tecnologia Ferroviária, Tecnologia de Direção e Fundição” será dirigida pelo COO, Wolfgang Schmidt – com exceção da IAG MAGNUM, que ficará sob a direção do diretor de Relações Trabalhistas, Harald Schartau. Schartau também ficará responsável pela “Divisão de Prestação de Serviços” – com exceção da GMH Systems, que está subordinada ao CFO, Thomas Löhr. ikw Visão Geral do Grupo DIVISÃO DO AÇO PRODUÇÃO DE AÇO & RECICLAGEM DE MATÉRIA-PRIMA DIVISÃO DE TECNOLOGIA DE FORJA, TECNOLOGIA FERROVIÁRIA, TECNOLOGIA DE DIREÇÃO E FUNDIÇÃO” TRANSFORMAÇÃO DO AÇO TECNOLOGIA DA FORJA & ELABORAÇÃO TECNOLOGIA FERROVIÁRIA TECNOLOGIA DE DIREÇÃO PRESTADORAS DE SERVIÇOS * sob direção do Harald Schartau ** sob direção do Thomas Löhr Você sabia? CEO Chief Executive Officer. Presidente de uma diretoria ou conselho de administração. Ele dirige e responde por todas as atividades comerciais e é o porta-voz da diretoria e do conselho. CFO Chief Financial Officer. Diretor responsável pela gestão comercial. Entre suas atividades, destaca-se a supervisão de todas as atividades financeiras. COO Chief Operating Officer. Diretor responsável pelas operações de comércio e por sua expansão. Entre suas atribuições, estão, também, a gestão e organização de todos os processos de negócios, assim como o desempenho operacional. Diretor de Relações Trabalhistas Membro da direção responsável pelos recursos humanos e assuntos sociais de uma empresa de cogestão paritária. glück auf · 1/2011 · Extraits en langue française............................ 7 · glück auf · 1/2015 (Edição em português)................... 7 FUNDIÇÃO Compromisso é fundamental O que se diz tem que valer. Os primeiros cem dias sob a presidência do Dr. Michael Süß terminaram na Páscoa. Desde então, muita coisa se modificou – a direção do grupo tem uma nova marca, as mudanças estão chegando – um processo completamente normal quando a ordem geral cai em novas mãos. Michael Süß e seus quatro colegas na direção comercial da Georgsmarienhütte Holding estão, desde o início do ano, fazendo uma análise profunda do grupo e de todas suas empresas, com muita conversa, debatendo os propósitos futuros e desenvolvendo novos objetivos. A glückauf apresenta, agora, a nova equipe de direção e suas atribuições. Mas, antes, o novo presidente da diretoria quer lhes dar uma palavra. Caras funcionárias e caros funcionários do Grupo GMH, antes devo dizer que não só me alegra muito, mas também agradeço pela grande confiança depositada pela família desta sociedade em me encarregar da direção do Grupo GMH. Nos dois últimos anos, eu já fazia parte do círculo de conselheiros da Dr. Michael Süß (CEO do Grupo GMH) família e, desde julho de 2014, do conselho administrativo da Georgsmarienhütte Holding, que me deu a oportunidade de adquirir uma visão profunda do grupo. Os societários e eu estamos sempre em contato. Previamente à minha convocação, visitei algumas das grandes empresas do grupo para ter uma primeira impressão in loco de seu potencial. Nos primeiros três meses em minha função de presidente da diretoria comercial, era muito importante conhecer melhor o grupo por dentro, assim como suas operações comerciais, e também analisá-lo, discutir sobre a determinação dos limites e ações estratégicas e estabelecer novas estruturas. Minha impressão: nas empresas do Grupo GMH existe um grande potencial, onde se nota uma paixão e grande determinação para executar as tarefas. No entanto, ainda temos muito trabalho pela frente para continuar promovendo o desenvolvimento empreendedor e tecnológico do grupo, ampliando e transformando o foco no negócio central, de acordo com as determinações definidas e dispondo nossos produtos de forma alinhada com o mercado. Para tanto, nossas empresas têm que conhecer seus mercados muito bem, refletir sobre eles, lendo e interpretando corretamente as medidas de estratégia dos concorrentes. Qualquer desajuste nos custa muito dinheiro, o que não podemos e nem queremos para o nosso futuro. O Grupo GMH passou por tempos difíceis: os investimentos na indústria offshore e a aciaria na Bélgica não foram bem-sucedidos, deixando cicatrizes sensíveis no lado financeiro. Qualquer negócio que queiramos fazer futuramente tem que ser definido claramente e ser de valor, cada investimento que as empresas planejarem para o futuro, tem que, durante sua existência, aumentar seu valor e trazer rendimento. A Georgsmarienhütte Holding carrega toda a responsabilidade sobre o Grupo GMH, planeja e coordena a orientação estratégica. O que hoje ainda é bom, talvez não seja mais suficiente para amanhã. Por esse motivo, temos que nos aperfeiçoar constantemente em todos os campos, partindo da orientação de mercado, passando pelos processos de otimização técnica até a segurança de trabalho. Para conseguir tudo isso, carregamos a responsabilidade pelas pessoas que trabalham conosco. Aqui promoveremos melhorias na elaboração dos locais de trabalho, para que sejam adequados à idade e aos tempos de vida profissional que se estenderam. Para fazer jus a essas tarefas, precisamos de mais segurança de planejamento na direção da Holding. Com base no compromisso, trabalhamos juntos com as empresas do Grupo GMH. O que se diz, sempre é cuidadosamente examinado e validado. É nisso que confiamos e por onde organizamos todo o nosso planejamento. O Grupo GMH dispõe de recursos regulares e eficientes; nota-se que, nos últimos anos, foi investido muito dinheiro. Nossos negócios são, aliás, de capital intensivo. Para que no futuro se possa empregar o capital, planejado e adquirido de forma conjunta, de maneira otimizada, é necessário que sejam executados processos de otimização em todos os setores antes de se realizar os investimentos em nossas empresas, e que se prove o potencial destes. Discutiremos, então, sobre os investimentos que têm sentido econômico e estratégico, e disponibilizaremos recursos para garantir as inovações requeridas pelos mercados, que nos levem a assumir sua liderança ou que possamos ampliá-la. Temos que ganhar dinheiro para termos um futuro seguro e de crescimento do grupo. Queremos criar postos de trabalho e atuar da forma mais independente possível em relação a bancos e outros parceiros do mercado financeiro. Devemos criar esta capacidade em conjunto nos próximos meses. Para que possamos criar a maior transparência possível e traçar planos com declarações confiáveis, adaptamos o esboço aos novos limites para o trabalho conjunto e para a gestão de contratos, estabelecendo a organização e os caminhos de comunicação com maior clareza e visibilidade. Na holding, as funções do CFO, Thomas Löhr, e dos dois COOs, Frank Koch e Wolfgang Schmidt, foram redefinidas e preenchidas. O papel do diretor de Relações Trabalhistas permanece com Harald Schartau e será complementado com outras funções. Essa organização e o estabelecimento de objetivos foram discutidos a fundo por mim e pelos meus colegas da diretoria da holding nas últimas semanas, debatidos com os diretores das unidades do grupo e apresentadas durante a conferência empresarial realizada em março, da qual tomaram parte todos os diretores do Grupo GMH. Não reinventamos a roda, mas reformulamos os objetivos em todas as áreas com maior rigor, acordando compromissos e reajustando as medidas para o alcance dos objetivos. O ideal da holding encontra-se em todos os sete princípios básicos em prol desses valores empresariais. Não queremos somente falar sobre isso, queremos por tudo em prática juntos – e isso me dá grande alegria. Boa sorte! Atenciosamente, Estas são as atribuições dos COOs (Chief Operating Officers) A organização do Grupo GMH divide-se em duas divisões operacionais, nas quais se encontra agrupado o conjunto básico. A divisão do aço é dirigida por Frank Koch, a divisão de tecnologia de forja, tecnologia ferroviária, tecnologia de direção e fundição por Wolfgang Schmidt. Os dois COOs respondem pelo comércio operacional de suas divisões, desenvolvem e aprimoram continuamente todos os processos nas empresas e estão em contato direto e estreito com as diretorias. As sociedades (Leadgesellschaften, em alemão), que são as grandes empresas dentro das divisões, Esquerda Frank Koch (COO da divisão do Aço) e, à direita, Wolfgang Schmidt (COO da divisão de Tecnologia de Forja, Tecnologia Ferroviária,Tecnologia de Direção, Fundição, exceto IAG MAGNUM) glück auf · 1/2011 · Extraits en langue française............................ 8 · glück auf · 1/2015 (Edição em português)................... 8 Mudanças na estrutura do grupo dirigem as empresas dentro delas, agregam sinergias, mantendo, contudo, a maior responsabilidade possível dentro de cada uma das empresas. Além disso, também são atribuições dos COOs tomar as decisões pessoais certas para a sua subsidiária e estabelecer uma mistura equilibrada entre motivar e exigir de seus funcionários. Além disso, acompanham a expansão das empresas conforme a estratégia da holding. Algumas empresas estavam sem perspectivas econômicas e sobrecarregavam bastante o balanço positivo do Grupo GMH. Tivemos que nos separar delas. Dois prestadores de serviços juntaram-se a nós. Estas são as atribuições do CFO (Chief Financial Officer) Novos parceiros do Grupo GMH: a RGM e a GMH Real Estate T homas Löhr é o nome do CFO. Nesta função há quatro anos, ele tem a responsabilidade sobre as finanças e garante a liquidez do grupo. Thomas Löhr dirige e acompanha o Grupo GMH na preparação, segurança e execução de todos os processos de decisão, tanto operacionais como estratégicos. Com sua equipe de controlling, cuida da transparência sobre todos os processos comerciais de relevância e assegura o “princípio dos quatro olhos”. Do lado das transações, ele é o contato para aquisição e transferência de empresas. Em suma: ele cuida dos projetos de F&A. Além disso, é de sua responsabilidade as compras de todo o grupo, e é ele que agrupa os potenciais onde as condições e disposições de mercado constituem vantagem para todos. Thomas Löhr também é COO da GMH Systems, o centro próprio de competência em TI da empresa. Thomas Löhr (CFO do Grupo GMH) O papel do diretor de Relações Trabalhistas e Recursos Humanos D entro do campo de atribuições de Harald Schartau, encontra-se toda a gestão profissional de recursos humanos. Ele organiza o banco de talentos e cuida para que no Grupo GMH não faltem recursos tanto em forças de liderança como em jovens talentos. Com sua experiência, num trabalho estreito e em sintonia com as chefias de departamento nas empresas, toma decisões pessoais quanto à ocupação de funções essenciais e garante que não só os departamentos, mas toda a empresa tenha acesso aos melhores talentos disponíveis no grupo. Harald Schartau (Diretor de Relações Ele também disponibiliza ferramentas para o Trabalhistas do planejamento de carreiras, não só nas filiais, mas Grupo GMH) em todo grupo. O contínuo aperfeiçoamento dos setores de saúde e segurança está dentro de seu âmbito de trabalho, assim como a coordenação das medidas de participação dentro dos conselhos administrativos e nas diretorias do grupo. Como diretor de Relações Trabalhistas, é responsável pela paz interna e pela cooperação amistosa entre as partes da empresa. Uma nova atribuição de Harald Schartau é a estabelecimento da Real Estate Management no setor de Prestação de Serviços. Lá serão agrupados valorosos recursos que se encontram nas plantas, nos terrenos e nos imóveis, que serão convertidos num campo de negócios próprio. Por meio da anexação da RGM Holding GmbH no Grupo GMH – uma fornecedora de serviços industriais, de propriedades e instalações – temos à disposição uma empresa profissional na gestão de terrenos, que cuidará e trará avanços para esse campo. A RGM Holding GmbH e a GMH Real Estate GmbH são novas no Grupo GMH (ambas da divisão “prestação de serviços”). A RGM é uma das empresas prestadoras de serviço líder em serviços de gestão de propriedades e instalações voltadas para o processo. Ela oferece todos os benefícios de uma gestão de edifícios integrada e de uma única fonte. A empresa, que pertence à sociedade da família do Dr. Jürgen Großmann, foi transferida para o Grupo GMH com o objetivo de, junto com a GMH Real Estate, agrupar as atividades de gestão de terrenos, edifícios e instalações. Na GMH Real Estate os negócios em relação às propriedades, edifícios e instalações serão conduzidos de forma transparente para que se possa profissionalizar, passo a passo, as ações comerciais com os imóveis. A Stahlguss Gröditz será fechada O Conselho Administrativo da GMH Guss GmbH decidiu fechar a Stahlguss Gröditz GmbH (SGG) em 2015. Depois de intensas conversas e negociações entre os representantes dos trabalhadores e a direção da SGG, foi possível entrar em acordo sobre uma proteção social garantida em contrato para todos os 72 funcionários. Alguns foram aproveitados na mesma região, outros tiveram a oportunidade de mudar para outra localidade do Grupo GMH. Com a ikw glück auf · 1/2011 · Extraits en langue française............................ 9 · glück auf · 1/2015 (Edição em português)................... 9 fundação de uma sociedade de recolocação profissional, será possível auxiliar outros funcionários nos processos de qualificação e reciclagem, de modo que tenham novas perspectivas de emprego. Alguns trabalhadores com idade avançada adiantaram suas aposentadorias. Todos os estagiários das SGG podem concluir seus cursos em Gröditz. Venda da ESB Com vigência a partir de primeiro de janeiro de 2015, a Georgsmarienhütte Holding GmbH vendeu a ESB Engineering Steel Belgium (ESB), em Seraing, a um grupo de investidores internacionais. Depois de muita reflexão e de pesar os prós e contras em todas as possibilidades de responsabilidade empresarial, encontramos o melhor comprador para a empresa. A continuidade da empresa foi garantida e os funcionários foram aproveitados. A WeserWind em processo de insolvência A direção da GMH Holding suspendeu em janeiro as subvenções à WeserWind. Depois de muita ponderação sobre todos os fatores, concluiu-se não ter mais sentido econômico nem ser sustentável continuar dando apoio financeiro à empresa. Apesar dos vastos esforços, não foi possível, nos últimos anos, sustentar de forma econômica e estável a WeserWind e sua pesada produção de aço para a indústria offshore. Consequentemente, a WeserWind entrou com um pedido de insolvência no tribunal de Bremerhaven. Um administrador de insolvência foi nomeado. Foi criada uma sociedade de recolocação profissional para os funcionários e funcionárias. ikw A cultura de dar as boas-vindas aos estagiários Não é um dever, mas uma escolha GMH · As empresas devem começar a encomendar seus kits para estagiários iniciantes. F azer com que os estagiários das empresas do Grupo GMH se sintam ou não confortáveis e motivados vai depender muito da política de boas-vindas praticada por nossas empresas. O kit para estagiários iniciantes, que voltou a estar disponível para todas as empresas na loja de fãs da GMH, funciona como um cartão de boas-vindas. Esse kit foi criado para dar a todos os novos estagiários a sensação de que são bem acolhidos dentro da empresa. O kit contém uma bolsa tiracolo, um chaveiro, um livro de notas com caneta, um mousepad, uma sanduicheira e uma camiseta de gola redonda preta. Todos os artigos têm, é claro, o logotipo vermelho da GMH: “a caldeira de fogo”. As empresas do Grupo GMH podem complementar o kit com informações importantes relativas ao início de sua carreira, assim como informações sobre a própria empresa. Se o kit padrão não servir para alguma empresa do grupo, é possível encomendar um kit personalizado. A loja de fãs da GMH também monta kits para estagiários no padrão que a empresa escolher, adaptado às exigências de cada empresa. As encomendas podem ser feitas pelo portal do Grupo GMH http://portal.gmh-group.de. Ou enviando um e-mail para: [email protected]. As encomendas feitas até 30 de abril de 2015 serão entregues até a 21ª semana do ano; também é possível negociar entregas para antes desse período. Kirsten Schmidt A imagem própria em nossa empresa familiar S erá que não existe mais espaço para as tradições nas empresas? Será que as rápidas mudanças tecnológicas, a globalização crescente e a mudança de paradigmas vão por fim fazer os conhecimentos adquiridos, as habilidades e a experiência serem considerados como “ultrapassados” e acabarem desvalorizados? Será que as tradições e os valores tradicionais só servem para as festas folclóricas, para os clubes de futebol ou para aqueles produtos que têm sua origem geográfica protegida? O filósofo Peter Sloterdijk, pelo menos em sua análise atual da cultura e da sociedade, traçou um diFoto: Paul Ripke agnóstico para esse “hiato”: a ruptura com a tradição que passa por muitos âmbitos da sociedade e põe em risco a continuidade da sucessão. As empresas familiares parecem, ainda, fugir dessa ruptura. Na Alemanha, elas não só representam um fator econômico essencial, mas também oferecem 54% (mais do que a metade) de todas as vagas de trabalho registradas e 80% das vagas de aprendiz no país. Segundo a Federação das Indústrias Alemãs, 90 % das empresas são dirigidas em família ou pelo proprietário. As empresas familiares não deixaram de funcionar como um local de valores tradicionais. São instituições nas quais as habilidades, a experiência, a força de inovação, o status, o patrimônio e muito mais são transferidos de geração a geração. Mesmo quando algumas dessas transferências não dão certo: os valores tradicionais não são prejudicados. Segurança, confiança, continuidade, senso de responsabilidade perante a sociedade – e, principalmente, perante seus funcionários e familiares – são as características marcantes que fundamentam uma empresa familiar e seu sucesso. Garantindo o sucesso no mercado em longo prazo, atuando independentemente do mercado de capitais, agindo no mercado com sucesso, privilegiando e administrando com visão a sucessão de familiares na gestão, desta forma, construímos nossa imagem própria. Esses são valores que valem para mim e para os filhos da minha esposa, Dagmar Sikorski-Großmann: Anne-Marie, Quirin e Johanna Großmann. Todos os três seguem os passos do Grupo GMH há muitos anos – desde o início, com intensidade e grande interesse. Porém, é importante que todos os três também saibam que sua possível participação no Grupo GMH e em que medida isto se dará, depende de diversos fatores. E que não pode ser entendido como uma obrigação, mas sim como uma escolha. Fico feliz e orgulhoso de ver nossos três filhos apresentando-se nesta edição da glückauf. Atenciosamente O kit para estagiários iniciantes Foto da fábrica glück auf · 1/2011 · Extraits en langue française.......................... 10 · glück auf · 1/2015 (Edição em português)................. 10 palavra dos acionistas Caras funcionárias e caros funcionários do Grupo GMH, gostaríamos hoje de aproveitar a oportunidade da edição atual da glückauf para nos apresentar pessoalmente. Nós, Anne-Marie, Quirin e Johanna Großmann, desde 2014 somos societários da Georgsmarienhütte Holding GmbH. Ter o privilégio de ser societário e fazer parte desse grupo empresarial nos proporciona uma grande alegria. Basicamente, não escolhemos essa opção, ela nasceu dentro de nós. Crescemos juntos com as reflexões, ideias e visões sobre os objetivos dessa empresa que agora, mais do que nunca, faz parte da nossa família. As conversas e a troca de ideias sobre o Grupo GMH sempre fez parte de nossa vida em família, assim como também o debate crítico de grande responsabilidade. Embora já tenhamos adquirido uma visão parcial do grupo, a partir de visitas e estágios, nossa trajetória profissional acabou tomando rumos fora dele. Para nós, é muito importante, em primeiro lugar, reunir conhecimento e experiência em outras empresas, para que possamos adquirir bagagem profissional e um dia, talvez, fazer parte das operações do grupo. Para nós, uma família de societários, o grande objetivo é que o Grupo GMH permaneça como uma empresa familiar, com os altas exigências que estipulamos para nós mesmos, para nossos funcionários e funcionárias, nossos produtos e para a manutenção das atitudes e valores que representam o grupo. Defendemos e apoiamos o caminho traçado pelo Dr. Michael Süß, presidente da diretoria da Georgsmarienhütte, que é o de continuar crescendo com responsabilidade após passar por uma fase de consolidação, ampliar as competências centrais que já existem na indústria de processos e aumentar o valor agregado do grupo. O sucesso das operações da indústria de base na Alemanha continua valendo como um desafio crescente que nos dispomos a enfrentar. Aí se vê a grande vantagem de muitas empresas do Grupo GMH que desenvolvem soluções com competência, confiança e flexibilidade diretamente ao lado de seus clientes, entregando seus produtos à cadeia de valor agregado just in time. E você, cara funcionária e caro funcionário, é a peça mais importante nesse processo, pois é quem garante que nossos produtos se firmem no mercado. Por meio de nossas atribuições como societários e nossas gestões nos Conselhos Administrativos, mantemo-nos informados sobre o desenvolvimento atual do Grupo GMH. Além disso, aproveitamos o tempo que temos além das nossas atividades profissionais para visitar as empresas e tomar conhecimento dos processos dentro das filiais. Durante essas ocasiões, gostaríamos muito de ter a chance de conversar com vocês. Pois a motivação e as ideias de vocês são muito importantes para nossa empresa familiar. Johanna Großmann Johanna Großmann concluiu seus estudos de Economia, Biologia e Alemão na Inglaterra. Depois, concluiu sua graduação e mestrado em Administração de Empresas e Química na Universidade Técnica de Munique e na Aalto University de Helsinque. Durante seus estudos, reuniu experiência profissional na Chancelaria do Estado da Baixa Saxônia, no programa de debates televisivo Beckmann e na Dorrington Investment, em Londres. Desde 2013, Johanna é a representante da família no Conselho de Administração da RGM. Depois de terminar seu curso universitário na última primavera, irá para o Japão como trainee, onde terá a chance de conhecer a JFE (nossa parceira no Japão). Durante suas férias de inverno, Johanna gosta de praticar ski e, no verão, gosta de mergulhar. Quirin Großmann Fã declarado do Borussia-Dortmund é formado em Engenharia Mecânica pela Imperial College London, com mestrado em Engenharia Econômica na Universidade de Columbia, em Nova York. Durante e após seus estudos, reuniu experiência profissional na Usina de Laminação e na operação final da GMHütte, atuou como pesquisador de materiais na Alcoa Inc., trabalhou no banco de investimentos da J.P. Morgan Chase & Co. e na consultoria jurídica da FreshDirect e da Booz Allen Hamilton. Quirin vive desde 2013 nos Estados Unidos e trabalha, atualmente, no Vale do Silício, no norte da Califórnia, como otimizador de processos internos do San Francisco 49ers. Em suas horas vagas, é membro ativo do American Council on Germany. Anne-Marie Großmann Atenciosamente A primeira visita à GMHütte (da esquerda para a direita): Johanna Großmann, Anne-Marie Großmann e Quirin Großmann. Anne-Marie Großmann estudou Economia e Filosofia em Londres, Pequim e Berlim. O tema do seu doutorado foi sobre os aspectos microeconômicos da padronização com foco na indústria automobilística. Na Universidade Técnica de Berlim, deu cursos sobre o tema inovação e está desenvolvendo projetos de pesquisa com parceiros industriais como a Daimler AG. Além disso, Anne-Marie defende os interesses da família de acionistas no Conselho de Administração da GMH Holding. Sua experiência profissional foi adquirida atuando na consultoria de gestão da Bain & Company, no Parlamento Alemão, assim como dentro do grupo na Stahl Judenburg e na MVO. Em suas horas livres, gosta de esquiar nas montanhas e cuidar de seus dois cavalos. glück auf · 1/2011 · Extraits en langue française.......................... 11 · glück auf · 1/2015 (Edição em português)................. 11 Happy Birthday, PvH! Foto: Uwe Lewandowski Peter van Hüllen, há muitos anos CEO da Georgsmarienhütte Holding, bem como precursor e companheiro fiel do Grupo GMH, completou 65 anos de idade no dia 1° de março. Van Hüllen nasceu em 1950 na cidade de Krefeld. Após concluir o curso de Engenharia Mecânica na RWTH Aachen, teve sua trajetória profissional marcada pela presença do aço. Peter van Hüllen tem outro aniversário para comemorar em 2015: seus 20 anos de atividade no Grupo GMH. Em 1995, ele começou na Georgsmarienhütte GmbH como gerente técnico. Em 2003, passou para a diretoria do GMH Holding. A partir de meados de março, devido à idade, se desligará da empresa. O Grupo GMH aproveita para dar-lhe os parabéns e desejar-lhe felicidades, saúde e sorte em seu novo ano de vida! ikw Proudly South Africa Tecnologia ferroviária na África do Sul ∙ A filha caçula da Bochumer Verein Verkehrstechnik já deixa suas primeiras marcas: atendendo ao convite da parceira local, “Transnet”, participou, no dia 3 de março, de uma feira no Sandton Convention Centre, em Joanesburgo, onde apresentou em seu próprio estande os produtos da tecnologia ferroviária das empresas de tecnologia ferroviária da GMH da Alemanha e do Brasil. A Proudly South Africa reúne todos os anos na África do Sul fabricantes radicados no país juntamente com as organizações de compra e venda do setor ferroviário. Realizado desde 2001, este evento proporcionou aos representantes do setor ferroviário, Klaus Sauer e Rhulani Nedzamba, uma oportunidade única: com um “espaço reduzido” e em pouco tempo, foram capazes de se inteirar das necessidades da indústria ferroviária da região e explorar esse potencial. Embora o estande deles fosse pequeno, era bastante informativo e recebeu um grande número de visitantes. Com o estande, foi possível ter longas conversas com parceiros industriais do setor ferroviário no país e agendar diversas visitas. em pequena nota Middle East Rail 2015. A feira em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, contou com cerca de 200 expositores, entre os quais a Bochumer Verein Verkehrstechnik e a MWL Brasil, que também marcaram presença no setor de tecnologia ferroviária. A MWL fornece rodas para a região já há vários anos. A Bochumer Verein teve suas primeiras experiências com o fornecimento de produtos da área de informática. glück auf · 1/2011 · Extraits en langue française.......................... 12 · glück auf · 1/2015 (Edição em português)................. 12 T E M A P R I N C I PA L : Foto: © ARochau – fotolia Re s p o n sabil idade Responsabilidade – não, obrigado? Comentário Querendo ou não: a responsabilidade está ligada à vida e ao trabalho. Confusão entre as competências A gente só se dá conta do que quer dizer responsabilidade quando alguma coisa dá errado. Quando as consequências do nosso agir voltam-se para nós, quase como um bumerangue. Quando alguém desvia a atenção de seu filho e ele atravessa a rua, causando um acidente. Quando alguém se esquece de trancar o escritório, facilitando um roubo. Quando alguém erra e coloca sal no café de um amigo, que se assusta, cai da cadeira e quebra uma perna. Uma coisa acaba ficando clara: a responsabilidade recai sobre aquele que tem o papel de assumir as consequências de uma ação ou omissão, ou seja – independentemente de quem seja – aquele que possa ser responsabilizado e que, em casos extremos, possa ser, até mesmo, levado à prisão. Mas quem é que gosta de falar em responsabilidade? Os juristas, quando se trata de esclarecer num processo de quem é a culpa. Os padres e pastores, quando pregam sobre a moral. Os políticos, quando falam em leis. E os filósofos, quando discorrem sobre questões éticas essenciais. Sem escapatória No entanto, na vida cotidiana, responsabilidade, para muitas pessoas, não passa de um termo abstrato e que está, sobretudo, bem longe. O estranho é que não podemos fugir dela. Ela faz parte da nossa vida, é como uma segunda pele. Sejam os pais, os consumidores, os que pagam impostos, os motoristas no trânsito, os trabalhadores, os atletas amadores, os eleitores ou, sim- plesmente, qualquer “indivíduo”: estamos sempre conectados com a responsabilidade. Porque tudo o que fazemos ou deixamos de fazer causa um efeito. E os efeitos (quase sempre) exercem influência sobre outras pessoas, o que, por sua vez, pode desencadear reações que nos levam a sentir expressamente quais são nossas responsabilidades: não importa se por meio de elogios, repreensão, castigo, recompensa, tapinha no ombro, queixas na delegacia, motivação, premiações ou muitas outras coisas. Consequências que vão longe Em tempos de muita coisa sistemática e globalmente conectada ››› continua lendo na página 14 · glück auf · 1/2015 (Edição em português)................. 13 Um auditor chega à máquina de fresagem e pergunta: “De quem é a competência aqui?” – Um funcionário responde: “É o colega Meier.” – O auditor: “Bem, tomara que ele também seja competente.” – O colega fica no ar – ???” --- Você também ficou confuso como o colega? Talvez a razão esteja no fato de todo mundo querer ser competente. No ambiente de trabalho, supostamente existe uma confusão na definição de termos, onde “competência” pode significar “ter habilidade em alguma coisa (competência profissional)”, ou” ter a competência (responsabilidade) sobre um setor de trabalho”. A pergunta que fica é: se alguém recebe a competência de alguma coisa, ele também fica responsável por ela …? pkm Tema Principal: Responsabilidade ››› continuação da página 13 entre si, essas consequências, na maior parte das vezes, espalham-se. Exemplos: uma pessoa que tira dinheiro de seu seguro por meios ardilosos ajuda a minar o princípio da solidariedade. Outras compram produtos baratos produzidos em condições questionáveis de trabalho em alguns países e, com isso, estão contribuindo para promover as diferenças sociais. Aquele que acha que tem que comer carne cinco vezes por semana está incentivando a criação desumana de animais. Todos têm direito de ter seus benefícios, mas mesmo que sua “participação” seja pequena, você também está sendo responsabilizado por todas essas consequências e seus desdobramentos – reconhecendo ou não que tem essa responsabilidade, refletindo ou não sobre ela. Temos que admitir: na vida privada, o controle que a sociedade faz para saber se alguém está observando suas responsabilidades ou não se processa de maneira diferente. Não recebemos um feedback para tudo o que fazemos. Nem tudo pode ser resolvido na justiça. Nem todo mundo tem que ouvir um sermão quando faz alguma coisa errada. E nem toda quebra de deveres tem consequências graves ou pode ser comprovada. Às vezes, existem até motivos justificáveis para se redimir de suas responsabi- lidades. E, naturalmente, existem até limites onde a responsabilidade termina. Responsabilidade no trabalho No entanto, no local de trabalho, onde as competências e responsabilidades geralmente são reguladas e delimitadas de maneira clara, é diferente. Na maior parte das vezes, está claramente definido o quê, para quem e quando alguma coisa tem que ser “seguida”; ou quem deve esperar o quê de quem, “de quem é a culpa do leva e traz”. Realmente, cada um fica com seu “espaço de ação”. Mas antes de tudo: os deveres (ou seja, a responsabilidade), devem ser levados a sério por aqueles trabalhadores que aceitaram assumir um emprego, já que não estão agindo num espaço sem regras. E aquele que agir com negligência, pode acabar tendo encrenca como mostra este pequeno exemplo: Vamos supor que você esteja dirigindo um veículo da firma (um carro, um caminhão etc.). Você foi muito bem instruído sobre qual tipo de combustível você deve abastecer. Daí, você esquece e coloca gasolina em vez de Diesel. Que azar. Se o seu patrão insistir, você pode ser legalmente responsabilizado pelos prejuízos gerados. Em resumo: você vai ter que pagar os custos de limpeza do tanque e do motor. 57 % É o governo que deveria assumir mais responsabilidade para garantir que todos estejam amparados, ou são as pessoas mesmas que deveriam ter mais responsabilidade própria em relação a seu sustento? Alemanha Em toda a União Europeia O mesmo caso pode acontecer em outros campos ou atividades de trabalho: quando se pode comprovar que o empregado foi devidamente instruído sobre o que é para fazer ou não, não tem misericórdia, ele pode ser legalmente responsabilizado segundo as regulamentações de trabalho ou os acordos feitos com a empresa. Aquele que trabalha de maneira negligente, descuidada e não confiável – ou seja, não leva a sério seu trabalho ou suas responsabilidades – corre o risco de ser responsabilizado legalmente. Mas chega de casos extremos. A questão agora é, onde estão esses tais de “espaços de ação” que citamos? A questão crucial Uma coisa é de se supor: trabalhar bem não depende unicamente de uma fórmula ou de suas capacidades. Ou seja, se você é capaz. Saber se seu trabalho é bom também depende de até onde você leva seu emprego a sério e se você se vê dentro das suas responsabilidades (“espaço de ação”). O que acontece quando um trabalhador não leva seu emprego a sério? Vai dar em quê? Vai doer em quem? Podemos dar a resposta a partir de um exemplo que todo mundo conhece e que faz a gente ver porque para aqueles, que são afetados pela falta de responsabilidade, é 40 % 30 % 20 % 10 % 34 % 34 % Em sua opinião, a criação de novos empregos é uma tarefa essencialmente do governo ou das empresas privadas e dos mercados? Alemanha 50 % Em toda a União Europeia 48 % 30 % 20 % elemente designagentur 10 % Sugestão de leitura “O Princípio Responsabilidade” Para aqueles interessados em se aprofundar no tema “responsabilidade”, recomendamos o livro do filósofo Hans Jonas, de 1979, cujo conteúdo permanece atual até os dias de hoje: “O Princípio Responsabilidade”. Jonas faz um estudo de como a responsabilidade modificou-se face às imposições das novas tecnologias e em relação às novas possibilidades. 44 % Culpado? Quem é responsável pelo quê? Quem deve cuidar do quê? A quem posso responsabilizar pelas consequências negativas? A pergunta de quem é a responsabilidade se estende por toda a sociedade e se estabelece também na legislação. Na política, ela, muitas vezes, determina qual partido deve ser responsabilizado pelo sucesso ou fracasso. pkm 52 % 40 % Fonte: statista, Diagramação: pkm 55 % 50 % 0 % difícil enxergar a importância do senso de responsabilidade: Todos que procuram um médico esperam, e com direito, que ele seja um bom profissional e que dê o melhor de si, ou seja, que esteja empregando um alto grau de consciência de responsabilidade. É isso que nossos clientes também esperam de nós! 35 % 0 % · glück auf · 1/2015 (Edição em português)................. 14 Tema Principal: Responsabilidade Ter confiança é bom, mas ter controle é melhor, não é? Assumir ou delegar responsabilidades? Nada funciona sem (auto) confiança! E N T R E V I S TA Ralph Driever tem trabalhado, há trinta anos, como autônomo no treinamento de lideranças em diversas empresas e instituições. Em entrevista à glückauf, ele nos explica porque não é todo mundo que entende o que seja responsabilidade – e como as lideranças podem contribuir para que seus funcionários a assumam. glückauf Como devemos entender a responsabilidade, Sr. Driever? Ralph Driever: Responsabilidade quer dizer: uma pessoa é responsável por alguém ou por alguma coisa. É a última instância a quem tenho que justificar minhas decisões e ações. Geralmente, recai sobre os superiores diretos e, no fim da cadeia, sobre a direção da empresa. E qual é a razão para o fato de que alguns funcionários lidam melhor com a responsabilidade que outros? Driever: Psicologicamente, não se deve nunca deixar de atentar para um fato: existe uma ligação inseparável entre disposição para assumir responsabilidades e confiança. Se quisermos falar sobre responsabilidade, então temos que falar sobre confiança também. O senhor se refere a que confiança? Driever: Confiança em si mesmo. Pois minha disposição em assumir ou passar para alguém uma responsabilidade depende de minha autoconfiança. E se eu, com base nessa autoconfiança, posso assumir a responsabilidade sobre mim também. Quem não aprendeu isso, ou aqueles, para quem isso é muito difícil de entender, pode vir a ser um profissional bem qualificado e de valor para uma empresa, mas nunca será adequado para uma posição de liderança. Pois aqueles que não confiam em si mesmos, nunca conseguem ter confiança em outras pessoas. Que grau de confiança um trabalhador necessita para que possa assumir uma responsabilidade? Driever: A disposição para a res- Dr. Ralph Driever, Foto: particular Nasceu em 1955. Estudou Filosofia, História e Sociologia em Bochum e Frankfurt. Há 30 anos, trabalha como autônomo na especialização de profissionais, em particular aqueles ligados à liderança em diversas empresas e instituições. Desde 1992, principalmente em administrações públicas e instituições de poupança. ponsabilidade, na verdade, só existe quando ligada a um nível de confiança. Um funcionário só pode considerar a oferta de assumir mais responsabilidade como algo animador, desafiador e para levar a sério quando seu superior sinaliza isso para ele: “Você tem minha confiança, você está pronto para esta responsabilidade!” Isso tem um grande significado para a motivação psicológica. Não só o saber e querer de um(a) funcionário(a) tem grande importância, mas ter a permissão de fazer também. A responsabilidade só é reconhecida quando a empresa me trata como alguém que atua com responsabilidade. Nesse ponto, muitas empresas ainda têm muito que melhorar. Com toda essa confiança, não se faz valer o princípio: “Ter confiança é bom, mas ter controle é melhor”? Driever: Decididamente não! Esta famosa frase joga a confiança contra o controle, o que eu considero errado, pelo lado psicológico e organizacional, além de achar isso perigoso. O que se sinaliza com isso, não verdade, é o contrário, ou seja, a desconfiança. Em determinadas situações, e a nível pessoal, isso pode até ser adequado. Mas se os executivos, independente das pessoas e das ações, reconhecem isso como uma parcela de desconfiança perante seus funcionários, o que surge daí é um tipo de controle vigilante e pedante. Isso quer dizer que não há espaço para o controle? Driever: Conheço muitas pessoas que prefeririam abolir o controle. Naturalmente, não se deve exagerar. O que seria mais adequado aos objetivos? Como liderar sem controlar demais? Driever: Estilo de controle é, na verdade, sempre um estilo de liderança. Há muito tempo que venho defendendo a ideia de se entender controle como nada mais que um monitoramento voltado para os objetivos dos processos empresariais. Ou seja, um “sim” para o controle no sentido de monitoramento, um “não” para um estilo de controle e liderança com desconfiança. Não são poucas as lideranças que afirmam haver muitos empregados que não querem assumir nenhuma responsabilidade porque têm medo. Driever: O que se tem a dizer antes de tudo: eu vejo como um problema que a referência a estes funcionários seja muitas vezes utilizada pelas lideranças como um argumento contra o estabelecimento de uma cultura de confiança. Mas eu naturalmente não contesto o fato de que, muito provavelmente, existam essas pessoas em todos os setores e empresas. Todos nós temos que aprender a ter confiança e responsabilidade próprias a partir de uma experiência positiva e de uma integração bem-sucedida. Mas também existem pessoas para quem isso não deu muito certo. E elas também estão trabalhando nas empresas. O que uma liderança deve fazer? Driever: A primeira coisa a entender é que elas também merecem respeito. Considero uma das tarefas das lideranças cuidarem para que elas também possam contribuir para o sucesso da empresa – mesmo quando não apresentam um alto desempenho. A maioria desses funcionários e funcionários não nasceu tendo medo da responsabilidade. · glück auf · 1/2015 (Edição em português)................. 15 Mas ...? Driever: Infelizmente temos que informar: a falta de disposição para a responsabilidade, na maior parte das vezes, é o resultado de um estilo de liderança desmotivador. Geralmente, é praticado por lideranças cheias de desconfiança e com baixa auto-estima, que costumam intervir quase sempre de maneira desnecessária e tratam os funcionários como crianças. No final, o que se consegue é diminuir sistematicamente as forças da autoconfiança e da responsabilidade própria. Esses funcionários e funcionárias não são adequados para esses cargos de liderança porque, visto do ponto psicológico da motivação, podem causar um grande dano. Vale a pena “treiná-los”? Driever: Há motivos para se ter esperança: podemos mudar os conceitos e, em seguida, o comportamento das lideranças – quando se tem a experiência de que os funcionários ou funcionários estão respondendo à oferta de responsabilidade com um comportamento de comprometimento, quando a empresa vai bem e quando isso lhes traz um alívio. Como tornar a responsabilidade atraente para meus empregados? Driever: Uma troca de informações clara e transparente é o ponto decisivo. Sugiro para as lideranças o seguinte lema para com seus funcionários e funcionárias: “Estou partindo do princípio de que você cumpre o seu trabalho com responsabilidade. Se houver problemas, também vou partir do princípio que você venha a mim voluntariamente e me informe, de maneira que possamos resolver os problemas juntos.” Nesse sentido, as lideranças e os empregados têm que juntos chegar a acordos de como vão se processar o controle e o fluxo de informações. Assim, vejo boas chances de que cresçam a disposição para a responsabilidade e a confiança. Isso significa que as lideranças não devem se esconder. Driever: Exatamente. Sou eu, como liderança, que tenho a responsabilidade total. É por isso que preciso estar informado sobre o andar do trabalho. Aquele que se fecha com certeza vai se deparar com a desconfiança. Muito obrigado pela entrevista. Tema Principal: Responsabilidade Não é da sua conta? Quando mudamos as perspectivas, o mundo quase sempre parece ficar diferente: sobre o aborrecimento que se tem quando os outros não levam suas responsabilidades a sério. I magine você comprando um carro novo. Há anos, você vem sonhando com o dia de tornar esse sonho uma realidade: um carro novinho em folha. Nada de carro usado, um carro estilizado por você mesmo. Talvez um cabriolé: esportivo, elegante e rápido. Você economizou e talvez tenha até feito um pequeno empréstimo. É claro que houve muita negociação com o vendedor, afinal, você não queria pagar nenhum centavo a mais. Finalmente, chega o dia em que você pode ir buscar o carro novo pelo qual você esperou durante tanto tempo. Você esperou ansiosamente por esse dia e trabalhou muito para ele chegar. Mas acontece um imprevisto: o carro tem um pequeno defeito. Uma coisinha qualquer, o erro nem precisa ser tão grande. Apenas um pequeno arranhão. O carro anda absolutamente sem problemas, tudo nele funciona perfeitamente, mas ele não está do jeito que você tinha pedido a seu vendedor de confiança. E pelo qual você pagou um dinheirão. O que você sente nesse momento? Uma grande decepção, aborrecimento? Com toda razão, não é mesmo? Pois você encomendou um produto que deveria estar em perfeito estado. E agora? A tão sonhada volta para casa com seu tesouro tem que ser adiada, o carro acaba ficando na concessionária. A não ser que você não se importe com este pequeno defeito. Mas é isso mesmo que você quer? Aí vêm as reclamações, os telefonemas, os tempos de espera que fazem você gastar seu tempo. E a indignação toma conta de você: “Como isso é possível? Quem é que não prestou atenção? É para isso que a gente paga um dinheirão?” A esta altura, você deve estar se perguntando: o que isso tudo tem a ver com responsabilidade? Tudo, pois na maior parte das vezes, isso não acontece só com um carro novo. Acontece com qualquer outra coisa que compramos. E se é assim, é porque tem muito a ver com o fato de que todas as pessoas ligadas aos processos de produção deveriam estar conscientes da responsabilidade que cada uma delas tem para que as coisas deem certo. Tudo isso já começa na hora de anotar os pedidos, e vai se estendendo, passando pelos escritórios e pelas fábricas de produção, até chegar à entrega! Até os departamentos de assistência técnica, que não estão diretamente ligados à produção, também têm sua quota de responsabilidade. E se alguém disser: “Ah, que legal, essa história todo mundo conhece. Mas a verdade é que ninguém trabalha cem por cento bem. No fim, todo mundo comete erros!” Sim, é verdade. Nobody is perfect. Mas dentro de uma empresa formamos uma equipe. Portanto, ganhamos muito se cada um estiver consciente de suas respon- Como pode isso? Quem foi que dormiu no “ponto? Foi para isso que eu paguei um dinheirão? “ sabilidades, ajudando a pensar e contribuindo pessoalmente para que apenas as boas mercadorias saiam das fábricas. Afinal de contas, toda colaboração é importante. Não importa de onde venha. Mesmo que o Grupo GMH não fabrique carros, nós também fazemos parte desse processo com nossos produtos. Assim como de outros bens de consumo. E se algo estiver errado com a nossa qualidade, isso provocará efeitos até chegar no produto final. É por esse motivo que nossos clientes passaram a observar com atenção nossos produtos. Pois, a verdade é que eles precisam vender um produto de primeira qualidade. E no fim da cadeia de produção estão os clientes exigentes: Nós! mha Foto da fábrica GMHütte · glück auf · 1/2015 (Edição em português)................. 16 Foto da usina O lado humano Corporate Social Responsibility: a responsabilidade das empresas. “A propriedade obriga”, assim está no artigo 14, parágrafo 2, da constituição da Alemanha. Seu uso também deve servir ao bem público. “Da mesma forma, todas as empresas têm uma responsabilidade particular: perante seus funcionários, sua região e o meio ambiente.” O termo Corporate Social Responsability (CSR) ou, também, responsabilidade social das empresas, abrange a contribuição voluntária da economia para o desenvolvimento sustentável que vai além das exigências legais. CSR também significa agir com responsabilidade empresarial dentro de sua própria atividade econômica, passando por aspectos ecológicos até chegar às relações com os funcionários e ao intercâmbio com grupos parceiros e de trabalho relevantes. O Grupo GMH também leva em consideração essa responsabilidade de diversas formas. É por esse motivo que ele nunca se entendeu como uma associação econômica focada meramente na maximização do lucro. Ele reconhece a responsabilidade que tem não só para com seus funcionários, mas também para com o meio ambiente e a sociedade em geral. Por esta razão, o Grupo GMH está bastante engajado nas questões de segurança do trabalho e gestão da saúde, assim como nos assuntos do âmbito da proteção ambiental. Para o Grupo GMH é evidente incluir a importância de se pensar nos aspectos ambientais desde o início de todas as reflexões da empresa. A própria visão corporativa estabelece uma forma responsável de lidar com os recursos e de garantir a proteção do meio ambiente: ações que saem do papel e constituem uma tarefa integrada das operações empresariais. Todas as empresas do Grupo GMH foram auditadas e certificadas ambientalmente de acordo com o DIN ISO 14001. Mesmo assim, nunca deixará de ser importante saber: a economia e a ecologia estão intimamente interligadas. Só com o sucesso econômico é que se pode promover o progresso em questões de preservação ambiental, assim como as ações empresariais sustentáveis. E vice-versa. As empresas do grupo são empresas industriais que prezam pela segurança do trabalho e pela preservação da saúde de seus colaboradores. Mas a segurança do trabalho tem que ser um fato vivido todos os dias e em todas as partes! Pensando nisso, o Grupo GMH está sempre investindo em medidas de segurança no trabalho, controles, profissionais preparados, treinamentos, entre outros. A gestão da saúde é um projeto iniciado no ano de 2008 abrangendo todas as empresas do grupo. Ele age como complemento da segurança do trabalho, indo muito além de uma mera proteção da saúde. Esse projeto é aplicado individualmente em cada empresa do grupo, oferecendo, gratuitamente, por exemplo, consultas de prevenção, vacinação contra a gripe e ações de promoção da saúde. A instituição “Stiftung Stahlwerk Georgsmarienhütte” também é um exemplo da consciência dessa responsabilidade social por parte do grupo. Ela tem a missão de perpetuar e fortalecer o engajamento social e político, bem como o compromisso cultural e social das empresas e da sociedade. Essa tarefa é executada de diversas · glück auf · 1/2015 (Edição em português)................. 17 formas. Além disso, a instituição fornece bolsas de estudos a alunos de graduação. E não podemos diminuir a importância do compromisso local das empresas do grupo. Em larga escala, elas executam projetos sociais, culturais e esportivos nas localidades onde se encontram. As iniciativas são promovidas, muitas vezes, pelos próprios trabalhadores. mw Você sabia? CSR ”CSR é a abreviatura de” Corporate Social Responsibility”, que significa a responsabilidade social que as empresas têm perante a sociedade. Mais informações podem ser encontradas em http://de.wikipedia.org/wiki/ Corporate_Social_Responsibility Tema Principal: Responsabilidade “ É muito bom saber que meu patrão está cuidando da minha saúde. Mas será que é ele quem tem que fazer isso? “ Foto da fábrica Mannstaedt Assumir ou deixar que alguém assuma? Quando se trata de nossas próprias responsabilidades, muitos tratam logo de jogá-las sobre outras pessoas. “S erei eu o protetor de meu irmão?”, assim está na Bíblia, embora de forma um pouco diferente, a contra-pergunta de Caim a Deus quando este lhe perguntou onde estava Abel, seu irmão. Nós costumamos fazer a pergunta: o quanto de responsabilidade devo ter para com os outros e o quanto eles devem ter por eles mesmos? E vice-versa: o quanto de responsabilidade os outros devem ter para comigo e o quanto eu devo ter por mim mesmo? Em nossa sociedade, vivemos com nossas responsabilidades próprias: somos responsáveis pela orientação e estruturação de nossas vidas, de nossos pensamentos e ações, e temos que responder por nossos atos. Em muitos setores da vida, podemos até assumir responsabilidades no lugar de outros, talvez porque eles não sejam capazes. Assim fazem, por exemplo, os pais pelos filhos, e os filhos pelos pais envelhecidos. Tem vezes que também gostamos de deixar alguém assumir nossas responsabilidades. Justamente por acharmos que alguém pode decidir melhor que nós ou, simplesmente, porque assim fica mais confortável para a gente. A responsabilidade própria causa até um mal-estar em certas pessoas. Elas sentem um grande peso nas costas e pressionadas, sentindo-se até profundamente fracassadas por não terem sido muito bem-sucedidas em termos de realização pessoal e satisfação. O perigo da responsabilidade alheia é tão grande que as pessoas acabam se acomodando. “Não sou eu o responsável por isso, é outra pessoa!” Também fica mais fácil porque podem até descarregar as responsabilidades nos outros: “Tem gente aqui que teria feito bem melhor que eu!” Ambas as responsabilidades, a própria e a alheia, estão presentes em toda nossa jornada dentro de uma empresa: É bom ter meu patrão cuidando da minha saúde, providenciando um jeito de eu ter consultas médicas de prevenção na empresa, de ter a oportunidade de praticar esportes e de me dar a orientação de como me alimentar de maneira mais saudável. Mas sejamos francos: isso tudo é obrigação dele? Uma coisa é certa: ele tem que oferecer um local de trabalho sadio, de modo que as tarefas nas máquinas, ou o trabalho com substâncias e materiais não me façam ficar doente. Ele tem que garantir que os cabos do guindaste não arrebentem, e que eu tenha, à minha disposição, equipamentos de segurança. Em suma, ele é o responsável pela minha segurança no trabalho. Mas de que serve isso tudo se eu mesmo não assumir minhas responsabilidades, se eu não comunicar avarias, se eu não cuidar para manter o local de trabalho limpo e arrumado, ou seja, se eu não fizer minha parte? Eu também não tenho que cuidar da minha própria saúde? Afinal de contas, eu bem sei o quanto o cigarro é prejudicial à saúde, assim como sei que comer muita comida gordurosa e não fazer exercícios causam obesidade. E que as consultas de check-up ajudam a manter minha saúde. Até onde vai nossa responsabilidade própria e onde começa a responsabilidade dos outros? Difícil de dizer. Mas talvez justamente por isso tenhamos o dever de assumir mais responsabilidades. mw · glück auf · 1/2015 (Edição em português)................. 18 Tema Principal: Responsabilidade “É importante que eu mereça o que recebo” Pesquisa realizada com os funcionários · Como as colegas e os colegas lidam com a responsabilidade no local de trabalho. M ais uma vez a glückauf fez uma consulta às colegas e aos colegas do Grupo GMH quanto a uma questão importante. Dessa vez, tratava-se de “responsabilidade” no local de trabalho. Quando se trata de avaliar as respostas, deve-se deixar bem claro: elas vão se diferenciar de empresa para empresa, de local de trabalho para local de trabalho, porque cada empresa, cada local de trabalho tem suas próprias regras. Além disso, deve-se levar em conta: estas enquetes não podem ser representativas nem para cada uma das empresas, nem para todo o Grupo GMH. Mesmo assim, é possível depreender alguns sinais de como este “senso de responsabilidade” se encontra dentro do grupo. Em primeiro lugar, as respostas das colegas e dos colegas deixam uma coisa bem clara: para eles, “responsabilidade” não é um tema abstrato que não representa nenhum papel em sua rotina de trabalho. Responsabilidade e senso de responsabilidade são obviamente coisas que praticamente os acompanham no dia a dia do trabalho. São conceitos nos quais já pararam para pensar algum dia. Uma segunda característica marcante: a maneira aberta (mas de modo algum simples) de lidar com os erros. Praticamente todos os funcionários e funcionárias que Foto da fábrica GMHütte foram perguntados tinham consciência de que quase sempre o risco de cometer erros também faz parte da responsabilidade. E que os erros, às vezes, simplesmente acontecem. Mas que, apesar de tudo, o ponto Perguntas & Respostas Você encontra todas as respostas e declarações das/dos colegas em nosso website: www. glueckauf-online.de decisivo é como lidar com eles. Ou como Marc Walkenhorst, do setor de vendas da GMHütte, expressa com certa veemência e, por isso, de forma bem explicada: “Aí você diz para você mesmo, ‘fiz uma M.’, e tenta corrigir o erro com a ajuda dos colegas.” (veja na edição de 2/2014 da glückauf o artigo sobre “erro”). Outra pergunta foi: “Será que os colegas gostariam de assumir mais responsabilidade, ou será que já basta a quota que eles têm que carregar?” Nesse ponto, as respostas são bem distintas: enquanto alguns concordam abertamente em assumir outras funções, outros se veem bem sobrecarregados com as tarefas que têm. Não há dúvida de que essas respostas são muito marcadas pela situação de cada um no trabalho e por suas ideias pessoais – o que as torna mais difíceis de avaliar (leia a entrevista “Ter confiança é bom, mas ter controle é melhor – ou não?”). No entanto, dois colegas da GMHütte abriram com suas respostas uma boa perspectiva de como podemos lidar com a responsabilidade em nosso local de trabalho. Andreas Rahe (líder da equipe de planejamento de trabalho na operação final) ilustra o aspecto individual da responsabilidade: “A meu ver, é importante que se tenha um conhecimento saudável de si próprio para saber se é capaz de realizar as tarefas de responsabilidade.” Pesquisa E Markus Schulte to Bühne (tecnólogo da operação final) aponta, com razão, para o fato de que não é sempre que uma pessoa tem que carregar a responsabilidade sozinha: “Para mim, responsabilidade também quer dizer incluir outros colegas de trabalho no processo e distribuir as tarefas entre eles também.” Mesmo com as avaliações positivas no trato com as responsabilidades dentro do Grupo GMH tendo um peso maior: também não devemos ignorar os comentários críticos e construtivos feitos pelos colegas. Mas devemos ter em foco, principalmente, uma coisa: esses comentários falam do espaço de decisão que os superiores ou outros departamentos costumam reduzir. Os empregados desejam receber de seus superiores mais liberdade de decisão e mais confiança no conhecimento que eles têm. A declaração de um funcionário da Mannstaedt mostra que, no final, é a responsabilidade de cada um que une todos os funcionários do grupo: “Eu carrego a responsabilidade do sucesso da empresa. É esse sucesso que, entre outras coisas, forma a base da segurança social dos funcionários – e, de uma maneira ou de outra, indiretamente, também de suas famílias.” Outro funcionário enfatiza o dever perante seu empregador: “Todo funcionário de uma empresa tem uma função e a responsabilidade de ser digno dela. É assim que entendo responsabilidade no trabalho. É o mínimo que posso fazer para merecer o salário que a empresa me paga. E ter essa convicção é muito importante para me sentir satisfeito.” pkm · glück auf · 1/2015 (Edição em português)................. 19 Coisas da responsabilidade As citações governam o mundo da mídia. Algumas são lançadas conscientemente, outras são criadas por acaso; muitas deveríamos conhecer, outras, não ter medo de esquecer. Leiam em seguida algumas daquelas que vão fazer você pensar em nosso tema “ responsabilidade”: “Somos responsáveis não só pelo que fazemos, mas pelo que também deixamos de fazer.“ Lao Tsé Filósofo “Quando há dois responsáveis, ninguém é responsável.“ Provérbio português “Liberdade significa responsabilidade.“ George Bernard Shaw Escritor “Ser homem é ser responsável.“ Antoine de Saint-Exupéry Autor “Poder e responsabilidade são inseparáveis.“ Konrad Adenauer Ex-chanceler da Alemanha Tema em destaque em 2/2015: modelos Foto: © panthermedia.net/XiXinXingPremium glück auf na estrada adivinhação? Tire uma foto segurando um exemplar glückauf. O fundo deve conter um número de detalhes característicos que levem as pessoas a adivinhar onde, ou melhor, em que cidade a foto foi tirada. Mande sua foto para o e-mail [email protected]. S eu pr êmio !? Seeler! um autógrafo de Uwe mento ipa equ um har Desta vez, você pode gan e uma ça cal a um do ten con de esporte completo de toalha ido tec cachecol de camisa de corrida, um ortiesp ola sac a é: sa pre & sacola esportiva. A sur ário end leg rafo original do va vem com um autóg faz só si r po e qu O e Seeler! jogador de futebol Uw rada.” est na auf ück “gl do valer a pena participar Incluindo Foto: privado Adivinhe! Com sua glückauf nas mãos, em qual cidade às margens do Neckar foi parar Sandra Moers (Mannstaedt), natural de Troisdorf? Nesta cidade surgiu uma das principais correntes do romantismo alemão. E não é de se admirar que aqueles que param na cidade correm o risco de perder algo muito valioso, principalmente numa noite morna de verão. O que eles ameaçam perder? O coração, apaixonando-se intensamente. Ao fundo, podemos ver o castelo da cidade, famoso no mundo inteiro. Envie sua resposta para m.krych@ rro-gmbh.de , ou num cartão postal para Matthias Krych, Rohstoff Recycling Osnabrück GmbH, Rheinstraße 90, 49090 Osnabrück. O prazo termina em 15 de maio de 2015. Haverá sorteio no caso de várias respostas corretas. O prêmio será enviado diretamente ao vencedor ou vencedora. E onde está sua foto? Você também quer enviar uma foto para o jogo de Desejamos muito sucess o! Você sabia? Desta vez temos que admitir que foi fácil adivinhar: a equipe de redação da glückauf foi até o extremo norte de Hamburgo, não muito longe da plataforma das barcas de “Teufelsbrück”, para se esconder atrás de uma revista glückauf. Entre as respostas corretas (obrigado por participarem), Armin Schröder (Rohstoff Recycling Osnabrück) foi o sorteado. (Decisão final sem direito a recurso judicial.) Nossos parabéns! Foto: ikw Expediente Editor: Georgsmarienhütte Holding GmbH Neue Hüttenstraße 1 49124 Georgsmarienhütte www.gmh-holding.de Responsável de acordo com a Lei de Imprensa: Iris-Kathrin Wilckens Tradução: D-LANG SOLUÇÕES LINGUÍSTICAS Jaú-SP-Brasil Projeto Gráfico: elemente designagentur, Münster glück auf · 1/2011 · Extraits en langue française.......................... 20 · glück auf · 1/2015 (Edição em português)................. 20
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