Novena Missionária - Congregação das Irmãs Franciscanas da
Transcrição
Novena Missionária - Congregação das Irmãs Franciscanas da
Novena Missionária Novena Missionária Campanha Missionária 2010 Pontifícias Obras Missionárias Tema: Missão e Partilha Lema: Ouvi o Clamor do Meu Povo (Ex 3,7b) Coordenação: Pe. Daniel Lagni Diretor Nacional das POM do Brasil Texto: Pe. Edson Assunção Santos Ribeiro (POM/in memoriam) N.B.: Já em fase de provas da impressão, registramos com pesar o falecimento do Pe. Edson Assunção Santos Ribeiro (*15/8/1966 – V3/5/2010), idealizador e primeiro redator desta Novena. Colaboradores: Pe. Savio Corinaldesi, SX, Pe. André Luiz de Negreiros e Pe. Elmo Heck (POM); Pe. José Altevir da Silva, CSSp (CNBB/Comissão para a Animação Missionária), Pe. Carlos Gustavo Haas (CNBB/Comissão para a Liturgia) e Ir. Maria Irene Lopes dos Santos, CMST (CNBB/Comissão para a Amazônia); Pe. Stefano Raschietti, SX (CCM/CNBB/Secretário Executivo) e Aparecida Severo da Silva (CCM/CNBB/Coordenadora dos Cursos); Pe. Jaime Carlos Patias, IMC (Revista Missões); Pe. Pedro Facci, Pime (Revista Mundo e Missão); Pe. Cireneu Kuhn, SVD (Verbo Filmes); Tatianne Lopes (Assessora de Imprensa da CNBB) Revisão: João Bosco Nogueira Fontão Diagramação: Jovailton Vagner Impressão: LGE Editora Ltda. Tiragem: 120 mil exemplares Maio de 2010 Pontifícias Obras Missionárias SGAN 905 – Conj. B – 70790-050 Brasília – DF Caixa Postal: 3.670 – 70089-970 Brasília – DF Tel.: (61) 3340-4494 – Fax: (61) 3340-8660 [email protected] – www.pom.org.br 1 Apresentação Nas reuniões de preparação do material da Campanha Missionária 2010, surgiu a ideia de substituirmos as tradicionais quatro Celebrações Missionárias por uma Novena Missionária, expressão devocional que é tradição na vida religiosa de nosso povo. Escolhidos os temas, foi feita uma primeira redação, enriquecida depois pelas colaborações dos membros da equipe organizadora. Outra novidade é que oferecemos também um DVD com testemunhos missionários, para cada um dos nove dias, que podem integrar-se muito bem às celebrações. Com alegria, colocamos em suas mãos este texto, que, esperamos, seja bem aproveitado nas comunidades deste nosso imenso país. Queira Deus, esta Novena nos ajude a abrir mais nossas consciências para a universalidade e urgência da Missão! Pe. Daniel Lagni Diretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias do Brasil 2 Esquema para Todos os Dias Preparação do ambiente Os donos da casa devem preparar cadeiras para os participantes, algum símbolo missionário, como, por exemplo: mapa-múndi ou globo terrestre, vela, imagem ou pôster dos Padroeiros das Missões, um crucifixo e uma imagem de Nossa Senhora, grãozinhos de feijão ou de milho, uma flor, um copo d’água, a Bíblia numa mesinha, enfeites para o ambiente e outros símbolos que poderão ser sugeridos cada dia. Acolhida Acolher os participantes com carinho. Caso haja alguém novo no local, apresentá-lo ao grupo. Canto missionário Escolher algum canto que tenha conteúdo missionário. Se for preciso, fazer um pequeno ensaio antes de começar o encontro. Índice dos cantos sugeridos na página 7. Abertura Com o sinal-da-cruz e a invocação do Espírito Santo. Coordenador do grupo: Sejam todos bem-vindos à casa de... Estamos reunidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém. Coordenador: Iniciemos nosso encontro invocando o Espírito Santo, para que nos ilumine. Todos: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos Vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Coordenador: Oremos. Todos: Ó Deus, que instruístes os corações dos Vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre da Sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor. Amém. 3 Introdução ao tema Breve texto, lido pelo Coordenador/a do grupo, dando uma ideia geral do assunto do dia. O Coordenador/a indica a página em que se encontra o tema do dia. Fato da vida Ler conforme está, ou colocar o DVD com o vídeo do dia. Palavra de Deus Alguém da casa lê, pausadamente, o texto bíblico escolhido para o dia. Seria bom se todos estivessem com suas bíblias. Antes da proclamação, cantar um canto de aclamação à Palavra ou um refrão que ajude a criar um clima de silêncio e de escuta da Palavra. Partilha Cada um partilha com os demais o que entendeu dos testemunhos e da leitura bíblica, procurando fazer a ligação entre um fato e outro. Como podemos pôr em prática pessoalmente e em comunidade o que ouvimos? Canto Um canto de agradecimento relacionado ao que foi lido e ouvido. Preces Rezar as preces já preparadas para cada dia da Novena, e acrescentar outras, lembrando de dar dimensão universal à sua oração pessoal. Salmo ou dezena do rosário Rezar juntos, ou em dois grupos, a oração proposta para cada dia. Oração Missionária 2010 Rezar juntos (ou em dois coros). Ó Deus, Pai de todos os povos, Vós que nos abraçais Com a ternura de uma mãe, Ouvi o clamor Das multidões da Amazônia E do mundo inteiro Desejosas de Vos conhecer E Vos amar. Ensinai-nos a Vos servir, Na partilha da Fé E dos Bens, Que Vós mesmos nos destes. Amém. 4 Pai-Nosso (e Ave-Maria) De mãos dadas ou com as mãos elevadas ou com as mãos apontadas para o mapa-múndi ou globo terrestre, rezar a oração. Avisos Lembrar onde e quando será o próximo encontro, e combinar a preparação necessária. Outros avisos de interesse local. Encerramento O Coordenador/a do grupo pede a bênção de Deus para todos. Conclui-se, entoando-se um canto missionário. Coordenador: O Senhor nos abençoe e nos guarde! Todos: Amém! Coordenador: O Senhor mostre a sua face e se compadeça de nós! Todos: Amém! Coordenador: O Senhor volva para nós o seu olhar e nos dê a sua paz! Todos: Amém! Todos: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém! Coordenador: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Todos: Para sempre seja louvado! Canto final Índice dos cantos sugeridos na página 7. 5 Temas de Cada Dia 1º dia A Campanha Missionária: origens, sentido e destinação, e sua sintonia com a Campanha da Fraternidade........................................................................................................8 2º dia A Missão nas grandes cidades (Brasil, em especial Sul e Sudeste, e mundo, em especial Ásia e Europa)...........................................................................................................14 3º dia A Missão nas periferias das grandes cidades ..................................................................18 4º dia Missão e partilha com os povos famintos (Nordeste do Brasil e África) ................22 5º dia Missão e religiosidade popular: Deus torna-se presente por meio dos símbolos do povo simples...................................................................................................................26 6º dia Missão e partilha da terra: a questão da terra, os refugiados, o êxodo rural, a questão das migrações (Centro-Oeste do Brasil e América Latina) ..................30 7º dia Missão e meio ambiente: Amazônia, ecologia, povos nativos, testes nucleares na Oceania .............................................................................................................................................34 8º dia Missão e partilha de bens: Coleta do Dia Mundial das Missões (23 e 24 de outubro – penúltimo domingo do mês) .............................................................................38 9º dia Missão e partilha de pessoas: clero, religiosos/as e missionários/as leigos............42 6 Índice dos Cantos 1. Eis-Me aqui, Senhor (D. Pedro Brito Guimarães/Fr. Fabreti, OFM).................................13 2. O Profeta (CD Festas Litúrgicas II) ................................................................................13 3. Profetas da Alegria (CD Reino sem Fronteiras).......................................................17 4. Venham Trabalhar na Vinha (D. Pedro Brito Guimarães) ................................17 5. Senhor, Fazei de Mim (CD Festas Litúrgicas) ...........................................................17 6. Vou Evangelizar (Francisco José da Silva) ...............................................................21 7. É Bonita demais (Zé Vicente) ...........................................................................................21 8. Se Calarem a Voz dos Profetas (Ir. Cecília Vaz Castilho)..................................25 9. Vinde, Espírito de Deus (J. Thomaz Filho e Fr. Fabretti, OFM).....................................25 10. Buscai Primeiro (Pe. Jonas Abib)................................................................................29 11. Eu Vim para Escutar (Pe. Zezinho) .............................................................................29 12. Queremos Ouvir .................................................................................................................29 13. Alma Missionária (CD Infância Missionária Canta)..........................................33 14. Louvado Seja o Meu Senhor (Pe. Zeca)...................................................................33 15. Os Cristãos Tinham Tudo em Comum (CF 1975)................................................33 7 1º Dia A Campanha Missionária: Origens, Sentido, Destinação, e Sua Sintonia com a Campanha da Fraternidade Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3. Se possível, colocar em destaque o cartaz da Campanha Missionária 2010. Coordenador: No dia 14 de abril de 1926, atendendo ao pedido de um grupo de seminaristas, o Papa Pio XI instituiu o Dia Mundial de orações e contribuições para a Missão universal da Igreja. Ele próprio, numa celebração em Roma, após a homilia, tirou seu solidéu (aquele gorro branco do Papa), e, fazendo-o passar entre os cardeais e bispos presentes, realizou uma Coleta para as Missões. Foi um gesto profético do Papa, que hoje repetimos todos os anos no penúltimo domingo de outubro, Dia Mundial das Missões. Leitor 1: A Campanha Missionária tem por objetivo: n n n conscientizar os católicos de que a Igreja é, por sua natureza, missionária (Decreto Conciliar Ad Gentes, nº 2); recordar a todos que “a Missão que Jesus confiou à sua Igreja está apenas no começo” (Carta Encíclica Redemptoris Missio, nº 1), visto que dois terços da população mundial ainda não sabe que Jesus é nosso Salvador; incentivar a Cooperação Missionária espiritual (por meio de orações e sacrifícios pelas Missões), material (com a Coleta Missionária anual) e pessoal (pelo surgimento de vocações e envio de missionários). Leitor 2: Nos últimos anos, dentro do possível, a Campanha Missionária tem estado em sintonia com a Campanha da Fraternidade de cada ano. Vejamos os temas anuais das duas campanhas nos últimos anos: 8 Ano 2002 2004 2005 2007 2008 2009 2010 Campanha da Fraternidade Fraternidade e Povos Indígenas Fraternidade e Água Solidariedade e Paz Fraternidade e Amazônia Fraternidade e Defesa da Vida Fraternidade e Segurança Pública Fraternidade e Economia Campanha Missionária Missão e Povos Indígenas no Mundo Dá-Me de Beber A Missão a Serviço da Paz Deus Ama sem Fronteiras: da Amazônia para o Mundo Vida para Todos os Povos Enviados para Anunciar a Boa-Nova Missão e Partilha Observe que sempre se parte da realidade local, ampliando-se os horizontes para a universalidade da Missão. Leitor 3: A Campanha Missionária é promovida e coordenada pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM), às quais todos os anos as dioceses encaminham o total das Coletas de todas as suas comunidades. Por sua vez, as POM colocam o total das Coletas do país inteiro à disposição do Fundo Universal de Solidariedade Missionária, e, dali, os recursos são distribuídos para atender às necessidades missionárias do mundo inteiro, mediante projetos que são enviados, avaliados e aprovados pela Assembleia Geral das POM, em Roma. Leitor 4: A partir deste ano, no Brasil, a Campanha Missionária será feita em conjunto com a Comissão para a Amazônia, da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), uma vez que a Assembleia Geral da CNBB aprovou, em 2009, a realização da Semana Missionária para a Amazônia na última semana de outubro. 9 Fato da vida Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 1 do DVD. De Escravo a Missionário Nomuka é uma das Ilhas Tonga, e até alguns anos atrás era pouco habitada. Sua pequena população vivia em constante sobressalto e grande medo, porque piratas desembarcavam na ilha e aprisionavam os jovens mais robustos, rapazes e moças, para vendê-los como escravos a outros povos. E esse foi o destino de Tampiko: menino corajoso, que não se deixou amedrontar depois de sofrer a escravidão. Um dia, enquanto colhia cocos, foi sequestrado e levado como escravo. Viveu como tal em Nukualofa, capital das Ilhas Tonga. Cresceu e teve a sorte de encontrar um missionário francês que lá trabalhava, o qual o resgatou, dando-lhe a possibilidade de estudar. Tampiko, porém, nunca esqueceu a sua gente. Um dia perguntou ao missionário: – Por que não vamos a Nomuka? Lá também existe gente que precisa conhecer Jesus. – Por enquanto não posso – respondeu o missionário. Esperamos que chegue mais alguém para ajudar-me. Tampiko ficou pensativo, depois acrescentou: – Padre, se o senhor quiser, eu posso ajudá-lo. Leve-me a Nomuka. Depois de algum tempo, Tampiko viu realizado seu sonho. O missionário alugou um barco e partiu com ele e outros amigos em direção a Nomuka. Chegaram lá, quando o Sol já se escondia. Foi sorte, pois os habitantes de Nomuka haviam aprendido, à própria custa, a desconfiar de todos os que se aproximavam, especialmente brancos. Tampiko levou consigo somente algumas roupas, o livro do Evangelho, figuras e imagens para ajudar os seus conterrâneos a conhecer Jesus. Antes de tomar o caminho de volta, o missionário disse a Tampiko: – Volto daqui a um mês. Adeus e boa sorte! 10 Passado um mês, o missionário cumpriu a promessa. Numa clara manhã se viu, ao longe, um barco com as velas enfunadas. Parecia que os ventos tivessem mudado de direção só para ajudá-los. Na praia, uma pequena multidão que, ao ver um barco aproximar-se, gritou em voz alta: – É um branco! É um dos que roubaram nossos filhos! Agarremo-lo e lancemo-lo ao mar! Mas, de repente, ouve-se uma voz conhecida: – Padre! O senhor cumpriu a promessa! Que bom! Enquanto isso fala à multidão alvoroçada: – Não façam nada a ele! É um missionário! Foi ele que me livrou da escravidão! Depois de acalmada a multidão, Tampiko chamou alguns homens fortes e, com água até à cintura, foram até o barco para carregar nos ombros o missionário. Quando chegaram à terra firme, Tampiko falou demoradamente, explicando a todos quem era de verdade aquele branco, e que o Jesus do qual ele havia falado a todos durante o mês que passara entre eles havia sido anunciado por aquele homem. O missionário não era um mercador interessado em enriquecer com a venda de pessoas, mas um enviado de Jesus Cristo para fazer o bem a todos. Foi assim que, graças à coragem do jovem Tampiko, o Evangelho começou a ser anunciado naquelas ilhas perdidas do Oceano Pacífico. (Sem Fronteiras, jan./fev. de 1985, p. 20 e 21) 11 Canto ou refrão de aclamação Palavra de Deus: Mt 28,16-20. n n n Partilha: Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê? De qual ponto do testemunho de Tampiko você gostou mais? Por quê? Que podemos fazer para anunciar o Evangelho a todos os povos? Canto: Alma Missionária (ou outro). Preces: Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e pelas necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos: Senhor, escutai a nossa prece! 1. Para que as pessoas que migram sejam missionários nos lugares para onde forem, rezemos ao Senhor. 2. Para que tenhamos coragem de dar testemunho de nossa fé, rezemos ao Senhor. 3. Pelos missionários do mundo inteiro, rezemos ao Senhor. Preces espontâneas. Rezemos, em dois grupos, o Salmo 126: a) Quando o SENHOR trouxe de volta os exilados de Sião, pensamos que era um sonho. b) Então nossa boca transbordava de sorrisos e nossa língua cantava de alegria. a) Então se comentava entre os povos: “O SENHOR fez por eles maravilhas.” b) Maravilhas o SENHOR fez por nós, encheu-nos de alegria. a) Trazei de volta, SENHOR, nossos exilados, como torrentes que correm no Negueb. b) Quem semeia entre lágrimas colherá com alegria. 12 Todos: Quando vai, vai chorando, levando a semente para plantar; mas, quando volta, volta alegre, trazendo seus feixes. Voltar ao Esquema para Todos os Dias, na página 4, a partir da Oração Missionária 2010, até o final. Cantos 1. Eis-Me aqui, Senhor (D. Pedro Brito Guimarães/Fr. Fabreti, OFM) Eis-me aqui, Senhor! (2x) / Pra fazer Tua vontade, pra viver no teu amor: (2x) / Eis-me aqui, Senhor! (2x) O Senhor é o Pastor que me conduz, / por caminhos nunca vistos me enviou, / sou chamado a ser fermento, sal e luz, / e por isso respondi: aqui estou! Ele pôs em minha boca uma canção, / me ungiu como profeta e trovador / da história e da vida do meu povo, / e por isso respondi: aqui estou! Ponho a minha confiança no Senhor, / da esperança sou chamado a ser sinal, / seu ouvido Se inclinou ao meu clamor, / e por isso respondi: aqui estou. 2. O Profeta (CD Festas Litúrgicas II) Antes que eu te formasse dentro do seio de tua mãe, / antes que tu nascesses, te conhecia e te consagrei / para ser meu profeta entre as nações eu te escolhi: / irás onde enviar-te e o que te mando proclamarás! Tenho de gritar, tenho de arriscar: / ai de mim, se não o faço! / Como escapar de Ti, como calar, / se tua voz arde em meu peito? Não temas arriscar-te, porque contigo eu estarei; / não temas anunciarme: em tua boca eu falarei. / Entrego-te, meu povo, vai arrancar e derrubar: / para edificar, destruirás e plantarás. Deixa os teus irmãos, deixa teu pai e tua mãe; / deixa a tua casa, porque a terra gritando está. / Nada tragas contigo, pois a teu lado eu estarei: / é hora de lutar, porque meu povo sofrendo está. 13 2º Dia A Missão nas Grandes Cidades (Brasil, em especial Sul e Sudeste, e mundo, em especial Ásia e Europa) Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3. Se possível, colocar em destaque fotos, recortes de jornais e revistas mostrando grandes cidades. Coordenador: A Igreja surgiu nas grandes cidades. Com o passar do tempo, foi se espalhando para as periferias e zona rural. Hoje, com o êxodo rural e o crescimento das cidades, a evangelização nas grandes cidades tornou-se um novo desafio para a Igreja. Leitor 1: A cidade grande é um dos “aerópagos” modernos, com sua linguagem própria, com multidões, com seus condomínios e favelas, casas e prédios cercados de grades e alarmes. Leitor 2: Muitas vezes, na cidade grande, as pessoas sentem-se solitárias no meio da multidão. Vão em busca de uma vida melhor para si e suas famílias, mas muitas vezes encontram a miséria, a violência e a fome. No Brasil, cidades grandes como Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba,e outras têm alto padrão de vida, como cidades famosas da Ásia ou Europa, mas ao mesmo tempo apresentam o problema da violência, da droga, da falta de moradia, falta de saneamento básico, escola, hospitais e comida para todos. Leitor 3: Como cristãos, somos questionados por essa realidade. A má distribuição dos bens dados por Deus clama por justiça. Leitor 4: Como se não bastasse, ao chegar na cidade grande muitas vezes as pessoas perdem seu referencial comunitário e religioso. Há imensas cidades nas quais Jesus ainda é pouco ou nada conhecido e amado. São milhões e milhões os que até hoje não sabem que Jesus é o Filho de Deus que se fez homem para nos salvar. 14 Fato da vida Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 2 do DVD. Mais um Mártir “Brasileiro” “Viemos para te matar, porque incomodas!” Foram essas as palavras que o assassino do Pe. Nazareno Lanciotti disse antes de disparar uma bala em sua cabeça. Pe. Nazareno morreu dia 22 de fevereiro de 2001, depois de dez dias de agonia. Eram 16h15min do domingo 11 de fevereiro. Pe. Nazareno tinha acabado de chegar em casa, na paróquia de Jauru, MT, depois de celebrar a Eucaristia, e estava se preparando para jantar com oito dos seus colaboradores. “Dois homens armados e encapuzados entraram, um ficou de vigia na porta, e o outro começou a ameaçar os presentes, pedindo dinheiro”, contam as testemunhas que viram tudo. “Depois se aproximou do padre e lhe falou alguma coisa no ouvido. O Pe. Nazareno abaixou a cabeça, juntou as mãos em oração e o agressor disparou um tiro.” Os bandidos fugiram, enquanto os presentes tentavam socorrer o padre. “Horas depois, graças a meios improvisados, o sacerdote chegou ao hospital Sírio-Libanês de São Paulo, onde os médicos fizeram uma cirurgia de emergência, extraindo a bala que havia alcançado a coluna, deixando pouquíssimas esperanças de vida.” Nos dias seguintes, Pe. Nazareno esteve consciente, mas só conseguia mexer a cabeça. O resto do corpo estava paralisado. Antes de morrer, revelou o que o assassino lhe havia soprado no ouvido. (Sem Fronteiras, abril de 2001, p. 11) 15 Canto ou refrão de aclamação Palavra de Deus: Lc 10,1-11 n Partilha: Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê? n O que você achou mais impressionante no Fato da Vida? Por quê? n O que podemos fazer para que nós mesmos e nossa comunidade sejamos mais acolhedores? Canto: índice dos cantos sugeridos na página 7. Preces: Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e pelas necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos: Senhor, escutai a nossa prece! 1. Para que em nossa comunidade saibamos ser mais acolhedores com as pessoas que chegam ou que retornam à Igreja, rezemos. 2. Por aqueles que se afastaram da Igreja, para que encontrem o caminho de volta, rezemos. 3. Por aqueles aos quais o Evangelho ainda não foi anunciado, sobretudo na Ásia, onde vive mais da metade de todos os não cristãos do mundo, rezemos. Preces espontâneas. Rezemos juntos uma dezena do rosário missionário. Coordenador: Na Ásia, só três por cento da população é batizada. E foi lá que nasceram as grandes religiões do mundo. Rezemos agora uma dezena do rosário, pedindo a Deus que aquelas imensas populações tenham, como nós, a oportunidade de conhecer Jesus. Pai-Nosso, dez Ave-Marias, Glória-ao-Pai. Voltar ao Esquema para Todos os Dias, na página 4, a partir da Oração Missionária 2010, até o final. 16 Cantos 3. Profetas da Alegria (CD Reino sem Fronteiras) Nós somos testemunhas do que Jesus falou, / nós somos missionários do Reino que deixou. Pois é nossa Missão: profetas da alegria, / amar o nosso irmão, viver da Eucaristia. / Feliz é quem habita a casa do Senhor, / feliz é quem revive ali o seu amor! (bis). Aqui, agora, somos profetas do amanhã, / artífices da paz, vivendo a fé cristã. Nós somos os herdeiros da ressurreição, / pois Cristo é a meta da nossa vocação. Cristo, nossa páscoa, foi quem nos escolheu. / pra difundir o Reino e o amor que o Pai nos deu. 4. Venham Trabalhar na Vinha (D. Pedro Brito Guimarães) Venham trabalhar na Minha Vinha, / dilatar Meu Reino entre as nações, / convidar Meu povo ao Banquete: / quero habitar nos corações. Unidos pela força da oração, / ungidos pelo Espírito da Missão, / vamos juntos construir / uma Igreja em ação. Venham trabalhar na Minha Vinha, / espalhar na terra o Meu amor: / muitos não conhecem a Boa-Nova, / vivem como ovelhas sem pastor. Venham trabalhar na Minha Vinha, / com fervor Meu nome proclamar. / Que ninguém se queixe ao fim do dia: / “Ninguém me chamou a trabalhar.” 5. Senhor, Fazei de Mim (CD Festas Litúrgicas) Senhor, fazei de mim um instrumento de Vossa paz; / Senhor, fazei de mim um instrumento de Vosso amor. Onde há ódio, que eu leve o amor; / onde há ofensa, que eu leve o perdão; / onde há discórdia, que eu leve a união; / onde há dúvida, que eu leve a fé. Onde há erro, que eu leve a verdade; / no desespero, que eu leve a esperança; / onde há tristeza, que eu leve alegria; / onde há trevas que eu leve a luz. Mestre, fazei que eu procure menos / ser consolado que consolar, /ser compreendido que compreender / e ser amado que amar. Sim: pois é dando que se recebe, / é perdoando que se é perdoado, / e é morrendo que se vive / para a vida eterna. (bis) 17 3º Dia A Missão nas Periferias das Grandes Cidades Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3. Se possível, colocar em destaque roupas velhas e calçados usados. Coordenador: Enquanto alguns vivem uma vida boa e tranquila nas grandes cidades do Brasil e do mundo, a grande maioria das pessoas vive miseravelmente nas periferias. Toda grande cidade está cercada por um “cinturão de pobreza”. Muitas vezes grandes e luxuosos edifícios escondem milhares de casebres nas favelas, para os quais falta quase tudo. Leitor 1: Uma pequena porcentagem de pessoas acumula grandes somas de riquezas, enquanto que milhões e milhões de pessoas lutam pela sobrevivência. Enquanto sobra riqueza nos grandes centros urbanos, falta o básico nas periferias. Leitor 2: Para muitos moradores das periferias, a presença da Igreja é o único referencial que possuem. Onde há missionários, as pessoas conseguem uma oportunidade para se promover como gente. Leitor 3: O trabalho de solidariedade e caridade que a Igreja promove requer imensas somas de dinheiro, e nem sempre é possível conseguir tudo com as pessoas do lugar. Daí a necessidade de sermos generosos em nossa Coleta Missionária anual. A Coleta do Dia Mundial das Missões ajuda a Igreja a sustentar milhares de projetos sociais e de evangelização por toda parte do mundo. Porém, todos os anos, cerca de dois ou três mil projetos não podem ser concretizados, por falta de recursos. Leitor 4: Embora a Coleta anual pelas Missões esteja crescendo nos últimos anos, no Brasil ainda não chega a quatro centavos por pessoa/ano. Esta é a triste média nacional. Enquanto isto, uma empresa de TV a cabo encomendou uma pesquisa com a qual se constatou que em 2007, só no Brasil, 18 se gastou uma média de 57 dólares por pessoa/ano com pornografia. Outra pesquisa diz que, no mesmo ano, se gastou uma média de 500 reais por pessoa/ano com bebidas alcoólicas. Será que isto está certo? Será que somos mesmo “o país mais católico do mundo”? Fato da vida Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 3 do DVD. “Banco do Arroz” Ajuda a Reduzir a Pobreza Um “Banco do Arroz” para ajudar camponeses pobres a melhorar a produtividade das colheitas e melhorar seus padrões de vida: este é o objetivo da iniciativa realizada pela Cáritas do Camboja, na Província de Kandal. Para entrar no projeto, cada camponês contribui com um “capital” de 20 kg de arroz. Em troca, ele recebe do “Banco” sementes de arroz para o plantio, de acordo com suas necessidades, com o compromisso de restituir o produto em seguida. Assim, muitos cultivam ao máximo suas terras, obtêm safras abundantes, e superam a pobreza. A iniciativa também desenvolve a solidariedade, pois os camponeses são sustentados por todos os membros da comunidade, nas dificuldades. A Cáritas do Camboja atua no país desde 1992, e está engajada em programas de desenvolvimento das comunidades. A seu lado, atuam outras organizações, como a Cáritas da Austrália, que iniciou um projeto para garantir alimento e água aos camponeses, e que também ensina novas técnicas de agricultura e a diversificação de colheitas. Em três anos, mais de 63 famílias do distrito saíram da espiral da fome, e hoje vivem com dignidade, cultivando arroz, milho, trigo, soja, batata-doce, manga e outras frutas. (Mundo e Missão, jan./fev. de 2006) 19 Canto ou refrão de aclamação Palavra de Deus: Am 3,9-11 ou Hab 2,5-10 Partilha: n Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê? n Gostaram da experiência do Banco de Arroz? Por quê? n Como colocar esta experiência e o texto bíblico em prática em nossas vidas? Você conhece a Cáritas? Em sua diocese ela está presente? Procure conhecêla (peça orientações a seu pároco e acesse o site na internet: www.caritas.org.br). Canto: índice dos cantos sugeridos na página 7. Preces: Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e pelas necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos: Senhor, escutai a nossa prece! 1. Para que saibamos colocar nossos bens em comum, a fim de que todos tenham o necessário para viver, rezemos ao Senhor. 2. Para que as iniciativas de promoção humana encontrem apoio entre nós, rezemos ao Senhor. 3. Por aqueles que, no mundo todo, se dedicam amorosamente ao próximo, como ensinou Jesus, a fim de que nunca se desanimem, rezemos ao Senhor. Preces espontâneas. Rezemos, em dois grupos, o Salmo 23/22: Todos: O SENHOR é o meu pastor, nada me falta! 1. Ele me faz descansar em verdes prados, a águas tranquilas me conduz. Restaura minhas forças, guia-me pelo caminho certo, por amor do seu nome. 20 b) Se eu tiver de andar por vale escuro, não temerei nenhum mal , pois comigo estás. O teu bastão e teu cajado me dão segurança. c) Diante de mim preparas uma mesa aos olhos de meus inimigos; unges com óleo minha cabeça, meu cálice transborda. d) Felicidade e graça vão me acompanhar todos os dias da minha vida, e vou morar na casa do Senhor por muitíssimos anos. Todos: O SENHOR é o meu pastor, nada me falta. Voltar ao Esquema para Todos os Dias, na página 4, a partir da Oração Missionária 2010, até o final. Cantos 6. Vou Evangelizar (Francisco José da Silva) Senhor, eu quero Te agradecer / de todos os dias a gente poder conversar. / Senhor, o mundo precisa Te conhecer, / mas eu Te prometo que vou evangelizar. Eu quero te dizer agora / que eu já vou embora / evangelizar. (bis) Senhor, às vezes me ponho a rezar, / e peço o fim da violência e da fome do irmão. / Senhor, que cheguem a todos os povos / a graça, o perdão, o anúncio da Salvação. Senhor, às vezes me ponho a rezar, / e peço a Ti pra que fiques mais perto de mim. / Senhor, às vezes me ponho a chorar, / e não compreendo por que o mundo sofre sem fim. 7. É Bonita demais (Zé Vicente) É bonita demais, é bonita demais, / a mão de quem conduz a bandeira da paz. É a paz verdadeira que vem da justiça, irmão; / é a paz da esperança que nasce de dentro do coração. É a paz da verdade, da pura irmandade do amor; / paz da comunidade que busca igualdade, ô, ô, ô. Paz é a graça presente na vida da gente de fé; / paz do Onipotente, Deus à nossa frente, Javé. 21 4º Dia Missão e Partilha com os Povos Famintos (Nordeste do Brasil e África) Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3. Se possível, colocar em destaque um prato ou panela vazia, grãos de arroz ou milho. Coordenador: Um dos dramas que afligem nosso mundo é a fome. Estima-se que a cada três minutos morre uma criança por causas ligadas à fome. Enquanto nos países mais ricos se joga fora comida, em muitas partes do mundo as pessoas têm menos de um dólar por dia para sobreviver. Leitor 1: Há quem diga que no Brasil se desperdiça cerca da metade da comida produzida (desde o produtor até a mesa do consumidor). Em nosso país muita gente passa fome ou é mal-alimentada. Várias cidades de nosso Nordeste, por exemplo, têm um índice de pobreza igual a muitos países da África, continente com a maior porcentagem de pobres no mundo. Leitor 2: A comida que sobra em nossas mesas faz falta na mesa dos pobres. Hoje é um grave pecado social jogar comida fora, encher o prato para desperdiçar. O fato de termos dinheiro para comprar nossos alimentos não nos dá o direito de esbanjar. Ao contrário: torna-nos responsáveis pela partilha dos bens. Leitor 3: Enquanto alguns querem apenas enriquecer-se, cada vez mais, acumulando bens, somos convidados a partilhar o que temos, ainda que seja pouco, com quem tem menos que nós, ou até mesmo nada tem. Leitor 4: Ao lado da fome material, também são milhões os que têm fome do Deus verdadeiro. Milhões de pessoas ainda não sabem que Deus é Pai, que Jesus veio ao mundo para nos trazer a Salvação; que, apesar de todas as misérias do mundo, Deus nos ama com amor infinito e pessoal. Também, contra essa fome, somos chamados a partilhar a riqueza de nossa fé. Fazendo isto, também nós crescemos, pois “a fé se fortalece, quando é doada” (Carta Encíclica Redemptoris Missio, nº 2). 22 Fato da vida Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 4 do DVD. Primeiros Passos de Lucia Bolognesi, Vita Russo, Amabile Didoné e Marie Chantal Já se passaram 11 meses do dia em que chegamos nesta nova Missão de Serrano do Maranhão, uma pequena cidade rural. Não tem periferia, pois a sede forma um único conjunto com 4.500 habitantes e 6.400 habitantes na zona rural. A área em que vivemos é chamada de Baixada Maranhense. Dizem que é a mais pobre do Estado. A economia é movida pela lavoura de subsistência: pesca, pequenos rebanhos, trabalho na roça, queimadas e plantio, que vêm gerando degradação do solo e improdutividade. Nenhum trabalho aqui é mecanizado. Tudo é manual. A população sobrevive, em muitos casos, dos programas sociais do Governo Federal. Os serviços públicos como saúde, educação, assistência social, transporte entre as comunidades, e outros, funcionam precariamente. A população adulta é, na maioria, analfabeta. Os jovens, em particular, são as primeiras vítimas dessa situação desagradável e precária; a juventude, geralmente, procura uma saída na prostituição, no alcoolismo, nas drogas, ou vão embora. A maioria dos habitantes é afrodescendente. Por isto muitas comunidades são “quilombolas”, mas, infelizmente, nem todas são reconhecidas como tais. Então poucos são donos da terra em que trabalham. O povo acolheu-nos com muito carinho, manifestando a alegria pela nossa presença em seu meio, com gestos concretos de partilha dos frutos da terra: verdura, farinha, frutas; também peixe, ovos, carne. Além disso, quase todos têm o desejo de que as irmãs possam ter logo uma casa própria, pelo fato de, até agora, morarmos “de aluguel”. Quantos gestos bonitos de generosidade da parte das pessoas para a construção da casa! Tudo isto nos deixa sem palavras, nos comove profundamente e nos faz lembrar a moedinha da viúva do Evangelho, que Jesus elogiou e apresentou como exemplo. É verdade! Os pobres são exemplo e ensinam-nos muitas coisas. É por isso que nós também sentimos a mesma alegria de partilhar com eles a vida. Estamos ainda no começo, tentando organizar o nosso serviço no meio desse povo. Somos pequenas, e o trabalho não é fácil, mas é possível, porque 23 Deus está sempre conosco. Agradecemos e louvamos a Deus por sua bondade para conosco e pedimos que nos dê a força de sermos sempre fiéis a Ele e ao povo que nos confiou. (Família Xaveriana, setembro de 2009) Canto ou refrão de aclamação Palavra de Deus: At 2,42-45 n Partilha: Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê? n De qual fato do testemunho das Irmãs você mais gostou? Por quê? n Em nossa comunidade existe alguma situação parecida? Que podemos fazer para mudá-la? Canto: índice dos cantos sugeridos na página 7. Preces: Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e pelas necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos: Senhor, escutai a nossa prece! 1. Por aquelas pessoas que correm risco de morrer por falta de comida, para que encontrem a nossa solidariedade, rezemos ao Senhor. 2. Pelos milhões de pessoas que têm fome do Deus verdadeiro, para que tenham a oportunidade de conhecê-lo por meio de nossos missionários, rezemos ao Senhor 3. Por todos os que doam suas vidas a serviço da Missão, rezemos ao Senhor. Preces espontâneas. Coordenador: Louvemos todos o Senhor com o Salmo 100/99. Aclamai ao SENHOR, terra inteira, servi ao SENHOR com alegria, ide a ele gritando de alegria. 24 Ficai sabendo que o SENHOR é Deus, ele nos fez e nós somos seus, seu povo e rebanho do seu pasto. Entrai por suas portas com hinos de graças, pelos seus átrios com cantos de louvor, louvai-o, bendizei seu nome; pois o SENHOR é bom, eterno é seu amor, e sua fidelidade se estende a todas as gerações. Voltar ao Esquema para Todos os Dias, na página 4, a partir da Oração Missionária 2010, até o final. Cantos 8. Se Calarem a Voz dos Profetas (Ir. Cecília Vaz Castilho) Se calarem a voz dos profetas, / as pedras falarão; / Se fecharem uns poucos caminhos, / mil trilhas nascerão... Muito tempo não dura a Verdade / nestas margens estreitas demais: / Deus criou o infinito pra vida ser sempre mais! O Espírito é vento incessante, / que nada há de prender; / ele sopra até no absurdo, / que a gente não quer ver... O poder tem raízes na areia, / o tempo faz cair; união é a rocha que o povo / usou pra construir... Toda luta verá o seu dia / nascer da escuridão: / ensaiamos a festa e a alegria, / fazendo comunhão... É Jesus este pão da igualdade: / viemos pra comungar / com a luta sofrida do povo, / quer ter voz, ter vez, lugar... Comungar é tornar-se um perigo: / viemos pra incomodar. / Com a fé e a união, / nossos passos, um dia, vão chegar. 9. Vinde, Espírito de Deus (J. Thomaz Filho e Fr. Fabretti, OFM) Vinde, Espírito de Deus, / e enchei os corações dos fiéis com Vossos dons. / Acendei neles o amor com um fogo abrasador, / vos pedimos, ó Senhor. E cantaremos: aleluia! / E Vossa terra renovada ficará, / se o Vosso Espírito, Senhor, nos enviais. Vós unistes tantas gentes, / tantas línguas diferentes, numa fé na unidade. / pra buscar sempre a verdade / e servir o Vosso Reino com a mesma caridade. 25 5º Dia Missão e Religiosidade Popular: Deus Torna-Se Presente por Meio dos Símbolos do Povo Simples Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3. Se possível, colocar em destaque um balde, um chapéu, um rosário ou uma imagem de Maria ou de algum santo. Coordenador: Nosso povo, sobretudo no interior do país, sempre teve formas especiais de expressar sua fé. São muito comuns, por exemplo, as romarias, as procissões, as devoções, as novenas, rosários nas casas, congadas, folia de Reis, etc. Leitor 1: Todas estas formas de religiosidade popular são legítimas e aprovadas pela Igreja, desde que sejam purificadas de elementos que são estranhos á fé católica, que não confundam a Igreja de Jesus com outras crenças. Leitor 2: Nossos bispos, reunidos em Aparecida, disseram que “em nossa cultura latino-americana e caribenha conhecemos o papel tão nobre e orientador que a religiosidade popular desempenha, especialmente a devoção mariana, que contribuiu para nos tornar mais conscientes de nossa comum condição de filhos de Deus, e de nossa comum dignidade perante seus olhos, não obstante as diferenças sociais, étnicas ou de qualquer outro tipo” (DAp, nº 38). Leitor 3: Os cristãos da África também têm sua maneira toda própria de expressar sua fé. As liturgias são bem animadas, com muita música, danças e cores. Saber aproveitar bem os elementos de determinada cultura, descobrindo neles a presença de Deus e, portanto, valorizando-os, chama-se inculturação. Leitor 4: Todas as culturas têm seus valores. Como cristãos, precisamos aprender a identificá-las e cristianizá-las, isto é, mostrar que Deus está ali presente, ainda que tenha permanecido silencioso durante muito tempo. 26 Fato da vida Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 5 do DVD. Missionários entre os Índios Ticunas no Amazonas Fr. Paulo Maria Braghini, 34 anos, italiano de Sesona, Província de Varese, é missionário na Aldeia Indígena Ticuna Belém do Solimões, em Tabatinga, AM, Missão dos Frades Menores Capuchinhos da Província do Amazonas. Diz ele: “Até os meus dezenove anos de idade, eu levava uma vida comum, tinha namorada, pensava em me casar, estudar Medicina. Mas naquela época comecei a sentir um forte e insistente apelo de Cristo. Em contato com os missionários do Pime, eu pensava que devesse ir para a Missão na Índia ou na África. Mas certo dia, de repente, senti o desejo de visitar Assis, cidade de São Francisco. Fui sem nenhuma programação, sem nem saber aonde ir... Chegando lá, um jovem, que encontrei no trem, acompanhou-me ao convento dos capuchinhos, que iniciavam um encontro vocacional. O responsável era um frade que trabalhava no Amazonas. E descobri a minha vocação. Formei-me em Assis mesmo, até que fui enviado para o Amazonas, e, como primeiro destino, fui morar entre os índios ticunas. Estou aqui desde 2006, em uma aldeia ticuna, com outros dois frades brasileiros, um baiano e um paraense. Tem sido uma experiência maravilhosa, com muitas dificuldades, muita pobreza, mas com a alegria de percebermos o quando cresceu a confiança recíproca, como somos de verdade uma família com eles. Assumimos o desafio da luta contra o alcoolismo, a violência e o suicídio, que tanto atingem a juventude indígena. Visitamos continuamente cerca de 60 aldeias: 50 ticunas, dez cocamas e uma canamari. As dificuldades para estas visitas são grandes: só de canoa e barco, podendo a viagem levar 12 horas ou mais... Trabalhar pelo resgate da cultura indígena é um dos nossos desafios. Pensando nisto, promovemos um festival de cultura indígena, com música, cantos, instrumentos musicais, danças, pinturas corporais, roupas e mitos, tudo integrado. Em geral, só os adultos homens conhecem o português. O ticuna é uma língua isolada, bastante difícil para nós... Somos ajudados por tradutores. Quanto á 27 evangelização, os índios foram cristianizados, mas só em nível sacramental, sem a compreensão real do Evangelho. Por isto investimos na formação de catequistas índios, que passam a evangelizá-los na língua e cultura deles. A Bíblia ainda não foi bem traduzida para o contexto dos ticunas brasileiros. A tradução que existe, feita para os ticunas da Colômbia, não é bem compreensível pelos daqui. Quanto à liturgia, temos parte dela em ticuna, mas de forma bastante simplificada... (SIM, n°1 de 2010) Canto ou refrão de aclamação Palavra de Deus: At 17,22-31 Partilha: n Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê? n Qual ponto do testemunho lido você mais gostou? Por quê? n Quais valores de nossa comunidade local precisamos valorizar mais? Como aproveitá-los em nossa vida cristã? Canto: índice dos cantos sugeridos na página 7. Preces: Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e pelas necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos: Senhor, escutai a nossa prece! 1. Para que tenhamos a coragem e a disponibilidade de enviar muitos missionários a todos os povos que ainda não conhecem Jesus como Salvador, rezemos ao Senhor. 2. Para que a Igreja no Brasil se torne decididamente missionária, dentro e fora de nossas fronteiras, rezemos ao Senhor. 3. Pelos missionários espalhados por todo o mundo, para que consigam descobrir e valorizar os sinais da presença de Deus em cada cultura, rezemos ao Senhor. Preces espontâneas. 28 Coordenador: Na África existe uma diversidade grande de povos e culturas. Muitos desses povos já conhecem o Evangelho, mas mais da metade ainda não. Rezemos por eles uma dezena do rosário missionário. Pai-Nosso, dez Ave-Marias, Glória-ao-Pai. Voltar ao Esquema para Todos os Dias, na página 4, a partir da Oração Missionária 2010, até o final. Cantos 10. Buscai Primeiro (Pe. Jonas Abib) Buscai primeiro o Reino de Deus / e a sua Justiça, / e tudo o mais vos será acrescentado. / Aleluia! Aleluia! Não só de pão o homem viverá, / mas de toda Palavra / que procede da boca de Deus. / Aleluia! Aleluia! Se vos perseguem por causa de mim, / não esqueçais o porquê: / não é o servo maior que o Senhor. Aleluia! (4x) 11. Eu Vim para Escutar (Pe. Zezinho) Eu vim para escutar / tua Palavra (3x) de amor. Eu gosto de escutar / tua Palavra (3x) de amor. Eu quero entender melhor / tua Palavra (3x) de amor. 12. Queremos Ouvir Queremos ouvir a Palavra de Deus, / queremos ouvir a Palavra. / Pedimos que alguém nos ensine / as coisas que disse Jesus. Queremos seguir a Palavra de Deus, / queremos seguir a Palavra. / pedimos que alguém nos repita / as coisas que disse Jesus. 29 6º Dia Missão e Partilha da Terra: A Questão da Terra, os Refugiados, o Êxodo Rural, a Questão das Migrações (Centro-Oeste do Brasil e América Latina) Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3. Se possível, colocar em destaque uma bacia com terra, ou uma bolsa ou uma mala. Coordenador: Quando Deus criou o mundo, mandou que o homem povoasse a terra e a submetesse. Quis dar ao homem o controle sobre toda a Criação. Quando libertou o povo da escravidão do Egito e o fez entrar na Terra Prometida, dividiu igualmente a terra entre as tribos de Israel. Não quis que ninguém ficasse sem nada. Todos receberam o necessário para viver dignamente. Leitor 1: Porém a cobiça humana leva algumas pessoas a acumularem muitas terras, forçando seus moradores a abandonarem a parte que lhes cabia. Vendemnas (quando não lhes são tomadas) por preços ridículos, e vão para as cidades grandes em busca de “melhor oportunidade”. Muitos se mudam até de país. Leitor 2: Muitos destes migrantes entram clandestinamente em outros países e, como não têm documentos, são migrantes ilegais e, por isso, explorados ou expulsos. Não têm nenhum direito garantido, vivem com medo de tudo e de todos, sujeitando-se aos piores serviços, que as pessoas do lugar não querem fazer. Leitor 3: Há também a questão dos refugiados de guerra, que são milhões em todo o mundo. Vivem em acampamentos cheios de poeira e sujeira, sem nenhuma condição sanitária. A maioria são mulheres e crianças que perderam seus maridos ou pais nas guerras. Para eles falta tudo: pão, água potável, roupas, escola, dignidade, esperança... Leitor 4: Também são seres humanos como nós, com os mesmos direitos que temos. Como discípulos-missionários de Jesus, temos de nos preocupar com eles, e fazer alguma coisa para diminuir seus sofrimentos. Também com eles devemos partilhar nossos bens e nossa fé, pois eles também clamam por ajuda e justiça. 30 Fato da vida Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 6 do DVD. Um Lápis nas Mãos de Deus Resumir trinta e um anos vividos na Índia, Estado de Andra Pradesh, como missionário leigo do Pime, é um trabalho insano. Mas o Ir. Enrico Meregalli, italiano, 57 anos, sem desperdiçar uma palavra, sintetiza: “Estou na Índia para testemunhar Cristo com o meu trabalho...” Suas mãos falam mais que a boca. São as mãos de quem começou a trabalhar, desde menino, com ferro e, depois, com madeira, e nunca mais parou: “Eu fazia bijuterias em minha terra natal. Mas minha vocação era outra. Depois da minha formação para irmão no seminário na Itália, em 1974 parti para a Índia, na condição de missionário leigo. Acho mesmo que fui o último missionário a entrar no país, antes das restrições impostas pelo governo.” “Com outro irmão, Francesco Sartori, vimo-nos rapidamente trabalhando na escola criada pelo Ir. Carlo Bertoli, dedicada a São Francisco Xavier. Havia cinquenta rapazes que aprendiam a usar as ferramentas de mecânicos e marceneiros. Começamos a fazer camas, bancadas, portas, a ocuparmo-nos com instalações elétricas, carrocerias, entalhes e escultura. Hoje temos cento e vinte rapazes, e somos reconhecidos como um Instituto profissionalizante, um dos maiores da região. E somos a única escola de entalhes em um raio de 300 quilômetros. Em trinta anos, vi passar por ela pelo menos dois mil alunos. Os nossos rapazes encontram trabalho rapidamente, e podem manter suas famílias. Alguns também se tornam empreendedores, e ajudam os estudantes que chegaram depois deles.” “A oração define toda a sua jornada indiana, junto com o ruído e o cansaço do trabalho: Doar-me ao Senhor dá uma alegria imensa. Sinto-a por meio dos jovens estudantes, dos pobres, dos doentes. Às vezes, a fila de pobres que nos procuram para ter um pouco de água chega a cem metros. E encontram refúgio sob o nosso teto, na estação dos tufões. Resumindo, a escola é o refúgio de todos. Na Europa se esbanja muita água. Em vinte anos, abri aqui na Índia sessenta poços. Cada novo poço é uma festa, porque o povo do lugar não precisa mais andar quilômetros para ter água. Ficam felizes com o poço e dizem: ‘Ah, se não fosse você!’ Mas sou apenas um lápis nas 31 mãos de Deus, como dizia Madre Teresa. O arquiteto é Ele, é Deus. Rezem, digo ao povo, apesar de não conhecerem Aquele que me mandou.” (Mundo e Missão, jan./fev. de 2006, p. 5) Canto ou refrão de aclamação Palavra de Deus: Ex 3,7-10. Partilha: n Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê? n De qual ponto do testemunho de Enrico você mais gostou? Por quê? n Que podemos fazer para anunciar Jesus a quem também teve de sair de sua terra? Canto: índice dos cantos sugeridos na página 7. Preces: Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e pelas necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos: Senhor, escutai a nossa prece! 1. Pelos migrantes, para que encontrem em nós, cristãos, seus irmãos de fé e de caminhada, rezemos ao Senhor. 2. Por aqueles que são obrigados a deixar suas terras, para que não desanimem e tenham sempre a coragem de recomeçar, rezemos ao Senhor. 3. Pela conversão dos que exploram o pobre, rezemos ao Senhor. Preces espontâneas. Coordenador: A Europa tem conhecido bem de perto o fenômeno da migração e imigração (muitas vezes ilegal). Vamos rezar uma dezena do rosário missionário, para que os europeus saibam acolher e evangelizar as pessoas que chegam lá, e, assim, possam fortalecer sua própria fé, ao partilhá-la. Pai-Nosso, dez Ave-Marias, Glória-ao-Pai. Voltar ao Esquema para Todos os Dias, na página 4, a partir da Oração Missionária 2010, até o final. 32 Cantos 13. Alma Missionária (CD Infância Missionária Canta) Senhor, toma minha vida nova, / antes que a espera desgaste anos de mim. / Estou disposto ao que queiras, / não importa o que seja, me chamas a servir. Leva-me aonde as pessoas necessitem Tuas palavras, / necessitem sentido de viver. / Onde falte a esperança, onde tudo seja triste, / simplesmente por não saber de Ti. Te dou meu coração sincero, / para gritar, sem medo, formoso é Teu amor. Senhor, tenho ardor missionário, / conduze-me à terra que tenha sede de Ti. E, assim, em marcha irei cantando, / por povos pregando Tua grandeza, Senhor. / Terei meus braços sem cansaço, / tua história em meus lábios / e a força da oração. Llévame donde los niños necesiten Tus palabras, / necesiten mis ganas de vivir. / Donde falte la esperanza, donde todo sea triste, / simplemente por no saber de Ti. 14. Louvado Seja o Meu Senhor (Pe. Zeca) Louvado seja o meu Senhor! (4) Por todas as suas criaturas, / pelo Sol e pela Lua, / pelas estrelas do firmamento, / pela água e pelo fogo. Por aqueles que agora são felizes, / por aqueles que agora choram, / por aqueles que agora nascem, / por aqueles que agora morrem. O que dá sentido à vida / é amar-Te e louvar-Te, / para que a nossa vida, / seja sempre uma canção. 15. Os Cristãos Tinham Tudo em Comum (CF 1975) Os cristãos tinham tudo em comum, / dividiam seus bens com alegria: / Deus espera que os dons de cada um / se repartam com amor no dia a dia. (bis) Deus criou este mundo para todos, / quem tem mais é chamado a repartir / com os outros o pão, a instrução / e o progresso: fazer o irmão sorrir. Mas, acima de alguém que tem riquezas, / está a pessoa que cresce em seu valor, / e, liberta, caminha para Deus, / repartindo com todos o amor. No desejo de sempre repartirmos / nossos bens, elevemos nossa voz, / ao trazer pão e vinho para o altar, / em que Deus vai Se dar a todos nós. 33 7º Dia Missão e Meio Ambiente: Amazônia, Ecologia, Povos Nativos, Testes Nucleares na Oceania Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3. Se possível, colocar em destaque uma plantinha ou jarra com água. Coordenador: Felizmente, nos últimos anos a humanidade está tomando consciência de que é preciso preservar a natureza, pois seus recursos não são inesgotáveis. A sobrevivência do planeta (e nossa) depende hoje de nós. A preocupação ecológica é hoje uma realidade para quase todos os habitantes do planeta. Leitor 1: Muitos pensam assim, mas ainda existe muita gente que só pensa em aumentar seus lucros, não se importando com a destruição da natureza e da própria vida humana. Muitas áreas de floresta já desapareceram quase por completo, como o caso da nossa Mata Atlântica e do Cerrado, e grande parte de nossa Floresta Amazônica, considerada um dos pulmões do mundo. Leitor 2: O continente da Oceania também sofre pelo descaso com a natureza, pois lá já foram realizados muitos testes nucleares por países ricos da Europa. Não se preocupam se estão destruindo uma parte do planeta, desde que estejam longe de suas casas. Porém o planeta é um só. O que afeta uma parte dele compromete a ele todo. Leitor 3: Juntamente com a destruição das riquezas naturais, ocorre também a destruição de muitas culturas nativas, que são uma riqueza para a humanidade. No Brasil muitos povos indígenas estão quase extintos, assim como também em outras partes do mundo, tudo em nome do “progresso”. Leitor 4: Desde 2009, a última semana de outubro é dedicada à Missão na Amazônia. Devemos rezar pelos missionários que lá estão, defendendo os povos indígenas, as populações ribeirinhas, os pobres que vivem nas periferias das cidades, e também os bens naturais que Deus nos deu. 34 Fato da vida Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 7 do DVD. Um Amazônida em Missão na África Eu sou Pe. José Altevir da Silva, CSSp, membro da Congregação do Espírito Santo. Sou natural de Guajará, AM, às margens do Rio Juruá. Foi lá, em meio à pobreza, simplicidade, que descobri minha vocação missionária. Os padres espiritanos, que lá atuavam, eram missionários vindos da Alemanha, homens dedicados inteiramente à evangelização, que partiram de seu país com o intuito de se lançarem inteiramente no terreno da Missão, marchando em direção ao coração das pessoas, espaço predileto da Missão. Em 1980, quando dei os primeiros passos em direção à formação presbiteral, morei na casa dos padres espiritanos, enquanto me preparava para, no ano seguinte, dar início à construção do Seminário Espiritano em Cruzeiro do Sul, AC. Percebia, pouco a pouco, que a Missão além-fronteiras impregnava todo o meu processo formativo. Em 1990 fiz uma riquíssima experiência missionária na Nigéria, morei um bom tempo em Makurdi, mas a maior parte do tempo morei em Yola, norte da Nigéria, onde se concentra a maioria dos mulçumanos daquele país. Foi naquele contexto culturalmente muito diversificado, que fiz minha experiência missionária, num país que tem 250 línguas tribais, uma riqueza cultural muito grande. Por isso, quando se fala sobre a África, deve-se dizer o país, pois não só existem muitos países na África, mas são muitas Áfricas dentro de cada país. Ao ser enviado para a Nigéria, fiz o curso “Ad Gentes” no Centro Cultural Missionário/CNBB, em Brasília, e quem me enviou foi D. Luciano Mendes de Almeida, na capela da CNBB. Ele me disse: “Você está sendo enviado em nome da Igreja, leve a nossa alegria...” E ali ele disse uma de suas frases que eu jamais esqueci: “Onde há povo, há Missão; onde há Missão, há razão pra ser feliz.” De fato, lá encontrei um povo sofrido, mas alegre. E o que muito me animou, foi perceber que a Igreja no Brasil nunca esperou ter um número grande de missionários para poder enviar: ela oferece de sua própria pobreza... 35 Para mim, ficou a constatação, da Amazônia à Nigéria, de que somos todos missionários, e a Missão é universal, como universal é o coração de nosso Deus. Canto ou refrão de aclamação Palavra de Deus: Gn 1, 1-31. n Partilha: Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê? n De qual ponto do testemunho visto (ou lido) você mais gostou? Por quê? n Qual é a frase que se repete várias vezes no texto bíblico? Por que ela está tão repetida? Como podemos preservar a natureza e ajudar a salvar nosso planeta? Canto: Louvado Seja o Meu Senhor (ou outro). Preces: Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e pelas necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos: Fazei-nos, Senhor, por Vossa graça, discípulos e missionários! 1. Para que reconheçamos o valor e a dignidade de todas as pessoas, em especial, do povo amazônida, e, mediante o anúncio da Boa-Nova de Jesus, possamos despertar nelas a consciência da filiação divina e do Reino ao qual são destinadas, rezemos... 2. Para que, como Zaqueu, nos convertamos, a fim de que nossas vidas sejam coerentes com o Evangelho que ouvimos e anunciamos, de modo que sejamos sempre testemunhas das verdades ensinadas por Jesus, rezemos... 3. Para que a força transformadora do Evangelho se manifeste na ação de 36 todos os cristãos, principalmente na superação da fome, da miséria, da ignorância, da violência e da exclusão social, possibilitando a conquista do bem comum, e revelando que Deus é Pai e ama a todos nós, rezemos... 4. Para que nossa oração, nosso sacrifício pessoal, nossa participação na Missão da Igreja e nossa doação material contribuam cada vez mais para a Ação Missionária da Igreja, rezemos... 5. Para que sejamos capazes de olhar com mais amor e carinho para os lugares mais carentes e remotos do nosso país – em especial, a Amazônia – e do mundo, dando nossa contribuição para que o Evangelho chegue a todos os povos, rezemos... Preces espontâneas. Voltar ao Esquema para Todos os Dias, na página 4, a partir da Oração Missionária 2010, até o final. 37 8º Dia Missão e Partilha de Bens: Coleta do Dia Mundial das Missões (23 e 24 de Outubro – Penúltimo Domingo do Mês) Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3. Se possível, colocar em destaque o envelope da Campanha Missionária, o cartaz, o cofrinho. Coordenador: Este ano a Campanha da Fraternidade lembrava-nos que “não podemos servir a Deus e ao dinheiro”, isto é, não podemos viver em função do dinheiro, mas de Deus. O dinheiro é um acréscimo, embora seja um acréscimo necessário. Leitor 1: Na estrutura do mundo de hoje, todos precisam ter alguns recursos materiais. Também a Igreja precisa desses recursos para evangelizar. E esses recursos devem vir da partilha de bens dos fiéis, dos discípulos-missionários de Jesus. Na região Nordeste e, sobretudo, na região Norte do Brasil, a evangelização custa muito mais caro que no restante do país, pois moram lá as pessoas mais pobres, e as distâncias são maiores. Leitor 2: Na Amazônia, às vezes uma única paróquia tem 150 ou mais comunidades e o missionário gasta vários dias para chegar da matriz até suas comunidades mais distantes e, a muitos lugares, só de barco. As viagens são demoradas e caras, e as comunidades locais nem sempre têm condições de financiá-las. Leitor 3: Igualmente os cursos de formação para os leigos. Eles também fazem viagens longas para poder receber sua formação cristã, e nem sempre têm condições de custear os cursos. Precisam contar com a ajuda dos irmãos de outras comunidades, dioceses, regiões e países. Leitor 4: O mesmo se pode dizer de muitos países da África, da Ásia, e 38 mesmo de nossas Américas. Em muitos desses lugares os cristãos são minoria absoluta, não chegando a 0,5% dos habitantes (como em algumas regiões da Ásia, por exemplo). Não têm recursos próprios para manter os missionários que estão lá. Leitor 1: E, geralmente, onde estão os missionários, muitas obras de promoção humana e assistência social são construídas, e precisam ser mantidas, para o bem daqueles povos. Em vários países é a Igreja, são os missionários que mantêm e cuidam de hospitais, creches, escolas, asilos, etc. Leitor 2: De onde vêm, então, os recursos? Da partilha de bens que estivermos dispostos a fazer. E a Igreja pede isto a nós apenas uma vez por ano, no penúltimo domingo de outubro. Pede que a oferta que fizermos não seja uma sobra, mas fruto de nosso sacrifício, como, por exemplo, que deixemos de beber uma cerveja ou um refrigerante, que deixemos de comprar uma roupa ou um cartão de celular, que deixemos de fazer um passeio ou de ir ao cinema, e ofertemos esta quantia para ajudar as Missões. E isto, apenas uma vez por ano. Claro que, quem quiser, pode fazer mais vezes. Leitor 3: As ofertas que fazemos nas celebrações do penúltimo fim de semana de outubro devem ser todas entregues à sede da paróquia, que deve encaminhá-las, integralmente, à diocese, que, por sua vez, as encaminha, também integralmente, às Pontifícias Obras Missionárias, o organismo da Santa Sé encarregado, dentre outras coisas, de distribuir os recursos para as necessidades missionárias mais urgentes no mundo todo. Portanto, no penúltimo domingo de outubro, Dia Mundial das Missões, sejamos generosos! 39 Fato da vida Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 8 do DVD. Quando os Números São mais que Números Você sabe qual é a contribuição financeira do povo brasileiro para a evangelização do mundo? Vamos começar com uma boa notícia. Nos últimos dez anos, as ofertas do Dia Mundial das Missões no Brasil passaram de R$ 2.053.055,77, no ano de 2000, para R$ 5.703.099,26, em 2009. Isto significa um crescimento de 277,79%, em dez anos. Mesmo assim, essa contribuição não chega a 5 (cinco) centavos por pessoa por ano (calculando apenas os cento e vinte milhões de brasileiros e brasileiras que se declaram católicos). Muito já recebemos, é chegada a hora de “dar de nossa pobreza” (Puebla, 368). Os Papas sempre incentivaram a colaboração, inclusive financeira, do povo cristão para o trabalho de seus missionários. Se as paróquias e dioceses católicas decidissem obedecer e repassar para o trabalho missionário 1% das ofertas recebidas durante o ano, deveriam contribuir com R$ 81.665.474,40, em lugar dos atuais cinco milhões. De fato, estamos dando cerca de um real, de cada dois mil arrecadados. Canto ou refrão de aclamação Palavra de Deus: Rm 15,26-33. n n Partilha: Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê? Você conhecia os dados sobre a Coleta para as Missões? Em nossa comunidade, a oferta do Dia Mundial das Missões é generosa? Existe um incentivo, para que neste dia os fiéis colaborem um pouquinho mais? Com quanto sua comunidade colaborou no ano passado para a Missão universal da Igreja? É feita a prestação de contas? Que podemos fazer para que tudo isto melhore? 40 Canto: Os Cristãos Tinham Tudo em Comum (ou outro). Preces: Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e pelas necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos: Senhor, escutai a nossa prece! 1. Para que nossa consciência missionária possa crescer cada dia e, com ela, nossa cooperação com as Missões, rezemos ao Senhor. 2. Para que todos os projetos missionários possam ser realizados de acordo com a vontade Deus e com a nossa colaboração, rezemos ao Senhor. 3. Por todos os benfeitores e amigos das Missões, rezemos ao Senhor. Preces espontâneas. Coordenador: A América é vista como a esperança missionária da Igreja, pois aqui vive mais de metade dos católicos de todo o mundo. A fim de que possamos aumentar nossa oferta em dinheiro e em pessoas para a Missão universal, rezemos uma dezena do rosário missionário por nosso continente. Pai-Nosso, dez Ave-Marias, Glória-ao-Pai. Voltar ao Esquema para Todos os Dias, na página 4, a partir da Oração Missionária 2010, até o final. 41 9º Dia Missão e Partilha de Pessoas: Clero, Religiosos/as e Missionários/as Leigos Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3. Se possível, colocar em destaque a Bíblia, livro de orações, rosário ou sandálias. Coordenador: Além da cooperação espiritual e da cooperação material, uma das formas privilegiadas de cooperação missionária é a cooperação pessoal, isto é, o envio de pessoas para a Missão. A Igreja precisa de homens e mulheres, sacerdotes, religiosos/as e leigos/as que se disponham a deixar o conforto de suas casas e culturas, para irem ao encontro daqueles que ainda pouco ou nada conhecem a respeito de Jesus Cristo. São os missionários e missionárias propriamente ditos. Leitor 1: Durante 500 anos o Brasil se acostumou a receber missionários e missionárias vindos de fora. Pessoas generosas, que foram capazes de deixar tudo, para se tornar sinal da presença de Deus entre nós, trabalhando nas mais diversas situações de evangelização. Porém, já “chegou a hora de darmos de nossa pobreza” (Puebla 368). Leitor 2: Hoje existem menos de dois mil brasileiros em Missão noutros países do mundo, 81% dos quais são Irmãs. Às vezes ocorre que um rapaz ou moça queira se consagrar a Deus como missionário/a, e encontram oposição até da família e da comunidade de origem. Deveria ser o contrário. Leitor 3: Os pais deveriam sentir-se privilegiados por terem um(a) filho/a escolhido por Deus para ser seu “cartão de visita” entre aqueles que ainda não O conhecem. A vocação à consagração, em especial para a consagração à Missão, é um dom riquíssimo de Deus, que não pode ser desprezado nem boicotado. Leitor 4: Outro problema que precisa ser enfrentado é o da melhor dis- 42 tribuição (partilha) do clero. A maioria de nossos padres no Brasil está nas regiões mais ricas (Sul e Sudeste), sobretudo no litoral. Muitas paróquias têm apenas sua matriz, com várias missas, enquanto que no Norte e Nordeste do país, sobretudo na Região Amazônica, os padres têm de se desdobrar para atender dezenas de comunidades, com uma única missa anual. Leitor 1: É urgente sensibilizar o coração de bispos, padres e fiéis de nossas comunidades para que “emprestem”, ainda que por tempo limitado, como dom de fé (“fidei donum”) sacerdotes para as regiões carentes. O mesmo se diga das nações mais ricas, que ainda têm grande concentração de clero, em prejuízo de países inteiros (sobretudo na África e Ásia) onde há grande escassez. Leitor 2: Igualmente, é necessário trabalharmos e rezarmos, para que surjam muitas vocações missionárias leigas: médicos/as, enfermeiros/as, professores/as, etc., que se disponham a entrar nos países nos quais é proibido o ingresso de padres e irmãs. Leitor 4: Também devemos aprender a partilhar nossos melhores leigos com as pessoas de tais lugares, que, por falta deles, ainda não sabem que temos em Cristo Jesus um nome salvador. Para a Missão, temos de enviar nossos melhores agentes. Não temos o direito de retê-los egoisticamente só para nós. 43 Fato da vida Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 9 do DVD. Um Apelo para a Amazônia e para o Mundo Na região amazônica brasileira, muitos bispos, padres, religiosos e leigos vivem como verdadeiros heróis, acompanhando dezenas, às vezes centenas, de comunidades ribeirinhas, comendo e dormindo em barco, enfrentando os desafios diários de rios e doenças. Pessoas abnegadas, que tiveram a coragem de aceitar o chamado de Deus, e servem a comunidades muito pobres, renunciando muitas vezes ao conforto de seus lugares de origem, a plano de saúde... Os próprios bispos da região muitas vezes pedem esmolas, para conseguir um curso de atualização para seus padres e agentes de pastoral. O Papa Paulo VI já pedia aos bispos que despertassem as consciências dos fiéis, a fim de garantir o mínimo necessário, para que padres e agentes de pastoral pudessem sobreviver nos imensos campos da Missão. D. Antonio Possamai, Bispo emérito de Ji-Paraná, RO, é otimista, quando fala de comunidades que têm três ou quatro missas por ano, pois há outras que nunca tiveram missa nenhuma. Diz ele: “Carências de recursos humanos e econômicos: estes são os dois maiores desafios a serem vencidos pela evangelização na Amazônia. Há lugares em que a maioria dos seringueiros não sabe o que é missa. Eles têm e sabem o que é o batismo, mas não a missa. (...) Em Ji-Paraná, onde fui bispo, havia paróquias com 150 a 170 Comunidades Eclesiais de Base que tinham três a quatro missas por ano.” D. Possamai falou aos padres reunidos em Itaici (Indaiatuba, SP), no 13º Encontro Nacional de Presbíteros, em fevereiro de 2010. Canto ou refrão de aclamação Palavra de Deus: At 13,1-3. n Partilha: Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê? n De qual ponto do testemunho visto você mais gostou? Por quê? 44 n Por que, quando um sacerdote ou irmã estão realizando um bom serviço em nossa comunidade e precisa ser transferido para “ir também a outras cidades e aldeias”, muita gente reage tão negativamente? É certo querermos o melhor só para nós? Por quê? Canto: Eis-Me aqui, Senhor (ou outro). Preces: Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e pelas necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos: Senhor, enviai mais missionários para tua Igreja! 1. Para que nossas dioceses se solidarizem com a difícil situação das Igrejas na Amazônia e se disponham a partilhar até mesmo de sua pobreza em solidariedade com essa região de nosso país, rezemos ao Senhor. 2. Para que aprendamos a partilhar o melhor de nossos recursos com a causa da evangelização do Brasil e do mundo, rezemos ao Senhor. 3. Para que em nosso país surjam muitas vocações sacerdotais, religiosas e leigas para a Missão universal, rezemos ao Senhor. Preces espontâneas. Coordenador: Rezemos uma dezena do rosário pela Europa e Oceania, para que sejam continentes mais missionários, e a Europa retorne seu coração para Cristo. Pai-Nosso, dez Ave-Marias, Glória-ao-Pai. Voltar ao Esquema para Todos os Dias, na página 4, a partir da Oração Missionária 2010, até o final. 45 Dia Mundial das Missões 23 e 24 de outubro A Coleta do Dia Mundial das Missões (23 e 24 de outubro), feita em todas as comunidades e instituições católicas, deve ser integralmente enviada para a Missão universal. A ninguém é lícito dar destinação particular a este fundo, por mais importante que julgue o fim. O Cartaz da Campanha Missionária 2010 A Campanha Missionária, promovida e coordenada pelas Pontifícias Obras Missionárias, propõe para este ano de 2010 o tema Missão e Partilha, e, como lema, Ouvi o Clamor do Meu Povo (cf. Ex 3,7b). O tema Missão e Partilha remete à Campanha da Fraternidade deste ano, a qual todo ano buscamos resgatar, com enfoque e dimensão missionária. O lema Ouvi o Clamor do Meu Povo remete ao Êxodo do povo de Israel, e aos muitos “êxodos” dos povos atuais. Também nos remete ao tema da migração, mobilidade humana, do ser peregrinos, lembrando-nos permanentemente que o horizonte da Missão é o mundo, a humanidade no seu todo. O cartaz traz um fundo verde, sinal de esperança. A Missão alimenta, fortalece nossa fé, esperança e caridade, mantêm-nos no caminho da fidelidade a Deus e à humanidade, Povo de Deus (LG 2). A água remete ao valor e à dignidade da vida como elemento vital para o planeta, onde vive a humanidade. Aqui, especificamente, remete-nos à realidade amazônica, com sua rica biodiversidade. Lembramos que a última semana do outubro, dedicada à Amazônia, vem inserida no contexto do Mês das Missões. O barco remete à figura bíblica da Igreja peregrina, que “navega” pelos mares da história da humanidade. Nela se destaca a figura de Jesus Cristo. É Ele quem dá segurança: “Não tenham medo... Avancem para águas mais profundas!” (cf. Lc 5,4). Ao mesmo tempo, aponta para o horizonte amplo e universal da Missão, que é o mundo, a humanidade. A Missão não tem fronteiras! Destaca-se ainda a figura dos índios, etnias vivas e presentes na realidade amazônica, do Brasil e de outros países. Povos que nos acolheram, abrindo-se à Boa-Nova do Evangelho, e que precisam ser respeitados e valorizados como portadores de valores evangélicos já presentes, quais “sementes do Verbo Encarnado” que estabeleceu morada definitiva entre os seres humanos, mas que desde sempre havia marcado Sua presença em toda parte, e que, portanto, chegara lá muito antes que o missionário. Contudo, este poderá, sim, ajudar no processo de explicitação da Verdade e Pessoa de Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, já atuante, portanto, e presente na história salvífica da humanidade. www.pom.org.br
Documentos relacionados
Confira aqui a edição de Março de 2014.
No próximo dia 9 de março, o missionário, Pe. Dilton Maria Pinto, da diocese de Guanhães, Regional Leste 2, estará embarcando para Moçambique para atuar na diocese de Lichinga, na paróquia de Entre...
Leia maisClique aqui para baixar a Novena
Missionária em 2016. Com esta novena, queremos fazer do cuidado com o planeta a nossa missão até os confins do mundo. Ao narrar a obra da criação, o livro do Gênesis afirma: “Deus viu que tudo era ...
Leia mais