ESTÁ VIVO NO MEIO DE NÓS!

Transcrição

ESTÁ VIVO NO MEIO DE NÓS!
ANO VIII Nº 93 Abril de 2009
Jesus Ressuscitou
ESTÁ VIVO NO MEIO DE NÓS!
- Direito de Nascer
Santa Gianna Beretta Molla,
protetora dos nascituros
PÁGINA 2
- Juventude
mensagem do papa para
Assembléia Diocesana
PÁGINAS 3 e 7
Os dois discípulos conversavam. Jesus pôs-se a caminhar com eles.
- Catequese
Celebração penitencial
preparando a Páscoa
PÁGINAS 4 e 5
- Ressurreição:
Cristo ressuscitado,
- certeza da nossa fé
PÁGINAS 8 e 9
- Cáritas: Prestando contas dos
recursos recebidos
Mons. Carlos, Dom José e Dom Angélico na missa do retiro (fevereiro 2008)
PÁGINA 12
Esperamos você e sua família para a celebração eucarística, na qual DOM JOSÉ
NEGRI tomará posse como 2º. bispo diocesano de Blumenau, a realizar-se no
próximo dia 04 de abril de 2009, às 10h00, na Catedral São Paulo Apóstolo.
2
Abril de 2009
◗ Jornal da Diocese de Blumenau
SANTO(A) DO MÊS
EDITORIAL
Santa Gianna Beretta Molla
Protetora dos pais e mães
Páscoa
C
omo imagem de capa desta edição do nosso jornal, preferimos o quadro dos discípulos de Emaús. É o evangelista Lucas
quem conta esta passagem bíblica, no último capítulo do seu
Evangelho. Pareceu-nos importante focalizar o grandioso fato da
ressurreição do Senhor. Quisemos, porém, sem minimizar acontecimento histórico daquela “noite santa”, destacar a presença de Jesus Ressuscitado como o Emanuel, o Deus companheiro das nossas
jornadas.
Homem-Deus, Ele conhece nossas estradas, nossas dores e alegrias, nossa fraqueza e nossa força. Mais: Jesus misturou-se definitivamente com a humanidade, aos seus anseios, misérias, conflitos,
projetos e sonhos.
Para cada pessoa, para a família, para a sociedade toda, ele tornou-se alegria, saúde, paz, salvação, luz. Enfim, por sua vida, suas
obras e seu ensinamento, demonstrou que é o Messias, o Filho de
Deus Encarnado.
E continua perpetuando esta sua identidade. “Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre”(Hb 13,8). A diferença é que, após sua morte e
ressurreição, Ele personifica e projeta a nossa ressurreição, a ressurreição de toda a humanidade, de todo o universo.
Como discípulas e discípulos seus, neste mundo dividido, violento, perigoso, inseguro, ameaçador, sob todos os pontos de vista,
queremos ser portadores da vital mensagem da ressurreição.
Se o Senhor manifestou-se capaz de vencer a própria morte; se
Ele foi capaz de encorajar os apóstolos amedrontados, de reuni-los
da dispersão; se Ele, primeiro como companheiro de caminhada,
depois como mestre e, em seguida como pão de vida, encontrou
uma maneira de tirar os dois discípulos de Emaús da sua decepção,
tristeza, desânimo, também será capaz de tirar-nos das nossas preocupações, dúvidas, temores, doenças, e tornar-nos felizes, plenos
de vida.
Com esta fé em nosso coração e em nossa vida, então, veremos
desertos florirem, vazios preencherem-se, mortes virando vida. Veremos, realmente, como Deus faz novas todas as coisas para a sua
glória e para a alegria dos seus filhos e filhas.
Feliz Páscoa e bom proveito do nosso trabalho, irmã/irmão
leitor!
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Matérias entregues depois do dia 12 de cada mês serão publicadas no mês seguinte.
COLABORAÇÃO DE ARTIGOS:NO MÁXIMO 30 LINHAS EM
ESPAÇO DUPLO. NOTÍCIAS, NO MÁXIMO 5 LINHAS.
D
iante da avalanche de
morte,
especialmente
dos milhões de abortos,
que testemunhamos nos nossos
dias, brilha a Vida, a Ressurreição de Jesus, numa corajosa mulher italiana, chamada Gianna
Beretta. Era médica e casou-se
com o engenheiro Pedro Molla
no dia 24 de setembro de 1954.
Na família Beretta, de Milão,
eram 13 os filhos. Morreram
dois na primeira infância e dois
da doença dita “espanhola”. Dos
oito restantes, saíram: uma pianista, dois engenheiros, quatro
médicos e uma farmacêutica.
Um dos engenheiros, José, depois, tornou-se sacerdote; e dois
dos médicos tornaram-se religiosos: Madre Virginia e Padre Alberto,
missionário.
Gianna, a penúltina dos oito, em
1949, formou-se médica cirurgiã e,
em 1952, especializou-se em pediatria. Dedicava-se com amor e fé ao
seu trabalho, dizendo: “Quem toca
o corpo de um paciente, toca o corpo de Cristo”. Esse jeito de encarar
o trabalho era fruto da robusta fé que
herdara de seus pais e que, com o
esposo, continuava alimentando na
oração, missa diária, vida eucarística.
Gianna gostava de esporte, de música, de pintura, e levava o marido,
grande empresário, sempre ocupado,
a teatros e concertos.
O casal Molla teve quatro filhos:
Pedro Luiz, Maria Rita, Laura e Gianna Emanuela. Na gravidez da caçula,
descobriu-se, no útero, um fibroma,
anomalia grave que ia mostrando
cada vez mais evidente a prospectiva
de renúncia à maternidade para não
morrer e, assim, deixar três crianças
órfãs. Mas Gianna, na sua escala de
valores, aprendera a colocar em
primeiro lugar o direito de nascer. E assim decide: ao preço
da sua vida e da dor dos seus, a
despeito de tudo, Gianna Emanuela nasce. A sua mãe consegue ainda segura-la em seus
braços antes de morrer, no dia
28 de abril de 1962. Sua morte
tornou-se mensagem luminosa.
Cada dia da sua existência tinha
sido vivido por Gianna na luz.
Trinta e dois anos depois,
no dia 24 de abril de 1994, o
saudoso Papa João Paulo II
beatificou-a, exaltando o seu
heroísmo, a sua existência toda,
o perene ensinamento da sua
vida. E no dia 16 de maio de
2004, Gianna foi proclamada
santa pelo mesmo Papa.
Assim fala por ela a filha nascida
do seu sacrifício: “Sinto em mim a
força e a coragem de viver; sinto que
a vida me sorri”. E deseja, com sua
vida, prestar homenagem à sua mãe:
“Dedicarei a minha vida ao cuidado e
assistência dos anciãos”.
O dia da sua morte, 28 de abril,
no calendário católico, foi marcado
como data da memória litúrgica de
Santa Gianna Beretta Molla, protetora e modelo dos pais e mães.
MEMÓRIA DIOCESANA
Dois primeiros encontros
N
a minha agenda do ano 2000,
encontrei a data do primeiro
encontro de Dom Angélico
com os padres da ainda futura Diocese de Blumenau. Recém-chegado,
ele, naquela 2ª. feira, 08 de maio, propusera-se encontrar o seu presbitério.
Nessa ocasião, não fiz anotações, embora as guarde de outros
encontros, palestras, homilias, desses quase dez anos de convivência
com o nosso primeiro bispo.
E, daquela histórica data, nem
tenho muitas recordações, a não ser
da fervorosa invocação ao Espírito
Santo e da bela oração final, dedicada à Mãe de Jesus e nossa, preparada e dirigida pelo Frei Pascoal. Marcou-me, porém, a alegria que nos
contagiou quando Dom Angélico
entrou naquela sala, situada no piso
superior da secretaria da Catedral.
E, após um bem soante “bom dia”,
ele foi saudando cada um pessoal-
mente. E para cada um, às vezes, ele
tinha uma jocosa observação.
Logo que fiquei sabendo da sua
nomeação, procurei o seu endereço
e enviei-lhe um exemplar do meu
livro, “Igreja, Parceira do Renascimento em Blumenau”. Ao apertar a
minha mão, ele disse-me que havia
lido o meu livro. Acredito que este
relacionamento pessoal, não só com
os padres, mas com todos, sem distinção, permanece entre nós como
testemunho de verdadeiro amor de
Dom Angélico.
Aqui, merece registro igualmente outro primeiro encontro, este,
com Dom José Negri, recém-nomeado sucessor de Dom Angélico.
Na verdade, já o conhecíamos. Em
fevereiro do ano passado (2008), ele
dirigiu o nosso retiro anual, inesquecível retiro, aliás. Na respectiva
missa de encerramento, Dom Angélico expressou o desejo de que ele se
fosse escolhido como o novo Bispo
de Blumenau.
A este desejo do nosso bispo e
também de nós, padres, “os anjos
disseram Amém”, como se escuta
dizer, e, no dia 20 de fevereiro de
2009, sexta-feira, pela primeira vez,
encontramo-nos com Dom José, no
Seminário da Itoupava Central, em
Blumenau. Presente fazia-se também
Dom Angélico. Muita fraternidade
distinguiu aquele momento. Cada
padre apresentou-se brevemente e,
depois, ouvimos o novo bispo diocesano Insistiu ele na necessidade
do trabalho conjunto. Destacou a
figura do bispo como servidor da
Igreja, dos presbíteros e do povo de
Deus, na luz de Jesus Cristo, sumo e
eterno Pastor.
Obrigado, Dom Angélico, e volta
sempre! Conta conosco, Dom José!
Pe. Raul Kestring
Jornal da Diocese de Blumenau ◗ Abril de 2009
A mensagem dos Pastores
3
A PALAVRA DO PAPA BENTO XVI
XXIV Jornada Mundial
da Juventude
Celebraremos no próximo Domingo de Ramos, a
nível diocesano, a XXIV Jornada Mundial da Juventude. Enquanto nos preparamos para esta celebração anual,
penso de novo com profunda gratidão ao Senhor no encontro que se realizou em Sidney, em julho do ano passado: encontro inesquecível, durante o qual o Espírito Santo
renovou a vida de numerosíssimos jovens que se reuniram
de todo o mundo. A alegria da festa e o entusiasmo espiritual, experimentados durante aqueles dias, foram um sinal
eloquente da presença do Espírito de Cristo.
Festa Jubilosa
“Na procissão do Domingo de Ramos associamonos à multidão dos discípulos que, em festa jubilosa,
acompanham o senhor na sua entrada em Jerusalém.
Como eles, louvamos o Senhor em coro por todos os
prodígios que vimos. Sim, também nós vimos e ainda
vemos os prodígios de Cristo: como Ele leva homens e
mulheres a renunciar aos confortos da própria vida e a
colocar-se totalmente ao serviço dos que sofrem; como
ele dá coragem a homens e mulheres de se oporem à
violência e à mentira, para dar lugar no mundo à verdade; como Ele, no segredo, induz homens e mulheres a
fazer o bem ao próximo, a suscitar a reconciliação onde
havia o ódio, a criar a paz onde reinava a inimizade.”
Tríduo Pascal
“Chegamos à vigília do Tríduo Pascal. Os próximos três dias
são comumente chamados `santos` porque nos fazem reviver o
acontecimentos central da nossa
Redenção; reconduzem-nos de
fato ao núcleo essencial da fé cristã: a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. São dias
que poderíamos considerar como
um único dia: eles constituem o
coração e o fulcro de todo o ano
litúrgico assim como da vida da
Igreja. No final do itinerário quaresmal, preparamo-nos também
nós para entrar no próprio clima
que Jesus viveu então em Jerusalém. Queremos despertar em
nós a profunda memória dos sofrimentos que o Senhor padeceu
por nós e prepararmo-nos para
celebrar com alegria, no próximo
domingo, a verdadeira Páscoa,
que o Sangue de Cristo cobriu de
glória, a Páscoa na qual a Igreja
celebra a Festa que está na origem
de todas as festas`, como diz o
Prefácio para o dia de Páscoa no
rito ambrosiano.”
Aleluia Pascal
“Queridos irmãos e irmãs, deixemos que o aleluia pascal se imprima profundamente também em nós, para que não seja apenas uma palavra em certas circunstâncias
exteriores, mas seja expressão da nossa própria vida: a existência de pessoas que convidam todos a louvar o Senhor e o fazem com o seu comportamento como `ressuscitados`. Intercede junto do Senhor por nós`, dizemos a Maria, para que Aquele que, na
ressurreição do seu Filho, deu de novo a alegria ao mundo inteiro, nos conceda gozar
de uma alegria semelhante para sempre, nesta nossa vida e na vida sem fim.”
ENCONTRO COM DOM ANGÉLICO
Que beleza! Ele está vivo no meio de nós!
Com imensa alegria, celebramos
a vitória de Jesus sobre a morte, Sua
passagem (Páscoa) da morte para a
vida! Na Páscoa, professamos com intenso júbilo, nossa fé em Jesus Cristo,
o Filho de Deus, ressuscitado, vivo no
meio de nós e certeza de nossa própria ressurreição!
Todo dia é Páscoa em nossa vida,
quando damos um passo avante, amando sempre! O Apóstolo São João, em
sua primeira carta, nos diz: “Sabemos
que já passamos da morte para a vida,
e sabemos isto porque amamos os
nossos irmãos” (1Jo 3,14).
Neste abençoado mês de abril, a
Diocese de Blumenau, conhece verdadeira Páscoa, com minha passagem
para Bispo emérito e a passagem de
nosso amado irmão D. José Negri, de
Florianópolis, para Bispo Diocesano
de Blumenau! Vida nova! Novos rumos, com Bispo novo! Bendito seja
aquele que vem em nome do Senhor!
Com a oração eucarística sobre a reconciliação, nesta Páscoa, a Diocese
de Blumenau suplica: “Dai em Cristo,
novo alento à Vossa Igreja, para que
se volte para Vós! Fazei que, sempre
mais dócil ao Espírito Santo, se coloque ao serviço de todos”. Com o
Povo de Deus, peregrino nas estradas
da vida, cantamos: A Páscoa não é só
hoje, a Páscoa é todo dia! Se levarmos o Cristo em nossa vida, tudo será
eterna alegria! Toda beleza, promessa
ou esperança, todo esforço, trabalho
e amor, tudo é Páscoa, tudo é vida,
pois, neste dia, o Senhor ressuscitou!
De todo coração, lhes desejo meus
irmãos, minhas irmãs, Santa e feliz
PÁSCOA!
4
Catequese
Abril de 2009
◗ Jornal da Diocese de Blumenau
A CATEQUESE E A CELEBRAÇÃO DA RECONCILIAÇÃO (não sacramental)
Derramarei sobre vós uma água pura, e sereis purificados; e porei o meu espírito
dentro de vós e farei com que sigais a minha lei. (Ez 36,23-28)
INTRODUÇÃO
N
esta página, estamos oferecendo um modelo de
celebração para ser realizada com os catequizandos,
catequistas, e o povo em geral,
para conscientizar e fortalecer
a vivência da Reconciliação no
dia-a-dia.
Necessitamos de uma retomada do rumo de nossa vida, em
relação à reconciliação. O ser humano, “desnorteado”, é chamado
a reencontrar-se no rumo certo,
na centralidade do Mistério Pascal, na busca do Pai Misericordioso, cheio de ternura em nos
acolher, na decisão de retomar o
caminho.
A Quaresma é o tempo próprio para buscarmos a reconciliação conosco mesmos, com os
irmãos e irmãs, com a natureza e
com Deus, nosso Pai-Mãe, cheio
de amor e de misericórdia.
Outro objetivo desta matéria
é preparar a comunidade para o
Sacramento da Penitência ou Reconciliação.
O roteiro apresentado pode
ser modificado em relação às
leituras bíblicas e ao Evangelho.
A Sagrada Congregação para o
Culto Divino oferece modelos
e normas para estas celebrações
que devem ser obedecidas. Não
podemos nivelar tudo. Esta, que
estamos, aqui, propondo é uma
celebração não sacramental. Um/
a catequista, um ministro extraordinário da comunhão, um dirigente de Grupo de Reflexão pode
presidi-la. Basta a boa vontade
de celebrá-la. Nela, o povo de
Martins
Indústria Têxtil Ltda
Grande variedade em malhas
confeccionadas nas Linhas Adulto e Infantil
Deus bebe do perdão e da libertação realizados por Jesus Cristo
que morreu e ressuscitou para a
nossa paz e salvação.
ROTEIRO DA
CELEBRAÇÃO
1
. Ambiente: Uma cruz colocada no centro, velas (05),
alguns ramos secos, algumas pedras, uma bacia com água e uma
toalha branca. (tudo preparado
com antecedência).
2
. Procissão de entrada da
equipe de liturgia;
3
4
. Canto: O Povo de Deus no
deserto andava;
5
. Presidente: Queridos irmãos e irmãs, estamos reunidos porque queremos retomar o
rumo da nossa vida, isto é, converter-nos reconciliando-nos com
Deus Pai misericordioso, conosco mesmos, com nossos irmãos e
irmãs e com todo o universo.
(Momento de silêncio)
6
. Oração (Presidente): Ó
Deus, fonte de toda compaixão, que te revelas a nós como
Pai amoroso, dá-nos um coração vigilante e reconciliado para
sempre buscar a tua face e o teu
amor. Por Cristo Nosso Senhor.
Amém.
✓ c) Aclamação ao Evangelho;
✓ d) Evangelho: Lucas 6,36-50.
8
. Breve Homilia – Ressaltar
a necessidade de vivermos
reconciliados. Fomentar o espírito de penitência na comunidade
cristã, como preparação para a
confissão, para educar em nós a
consciência do pecado e da sua
libertação por meio de Cristo.
Ele nos convida à conversão e à
renovação de nossa vida.
7 Liturgia da Palavra: 9
.
✓ a) Leitura: 2 Cor 5, 17-21;
. Saudação e sinal da cruz:
Cantado;
pessoa ou cantado (ou o Salmo 50) - Tende piedade, ó
meu Deus misericórdia!
✓ b) Salmo 36 – rezado por uma
. Exame de consciência (Convidar à atitude penitencial de ajoelhar-se, para a revisão
pessoal de vida e para o encontro
com o Deus de misericórdia. (04
ou 05 minutos).
Postos de Vendas:
Blumenau: CIC Blumenau - Fone: (0xx47) 3323-3494
Brusque: FIP - Fone: (0xx47) 3350-4158
Indaial: CCI Vitória Régia - Fone: (0xx47) 3333-2875 - Ramal: 275
Rua Dr. Blumenau,10190 - Encano - Indaial - Fone:3328-0861-Fax:3323-3494
Jornal da Diocese de Blumenau ◗ Abril de 2009
Catequese
5
ACONTECENDO NAS COMARCAS
1. A formação para catequistas está acontecendo em algumas
paróquias. Que bom! Isto é ter
consciência de que, sem formação, não poderão os catequistas
exercerem o ministério da Catequese.
Na Paróquia São José Operário todos e todas envolveram-se,
num mutirão de formação dinâmica e vibrante.
10
. A seguir, o gesto celebrativo: Erguer a cruz
voltada para a assembléia, enquanto se canta: Reconciliaivos com Deus. Depois, passar
a cruz, se for pequena, às mãos
dos participantes, ao som de
mantras ou refrões de cantos
de pedido de perdão.
12
. Ação de graças:
preces espontâneas de
agradecimento e louvor (umas
05 ou 06). A cada duas, cantar
um refrão de ação de graças.
13
. Rezar o Pai Nosso
solene (braços entendi-
dos);
11
. Momento de molhar
as mãos na água, dois
a dois, como sinal de estar
mergulhando na misericórdia
do Pai. Enquanto isso, cantar
refrões: ex.: Eu te peço desta
água que tu tens. (fazer momentos fortes de silêncio)
14
. Saudação à Mãe de
Jesus e nossa - Canto
Santa Mãe Maria;
15
. Bênção final e abraço
da paz!
Resposta do teste: Onde está o meu par (edição anterior, página 5)
2. A paróquia São Domingos
de Gusmão e o Santuário Nossa
Senhora dos Navegantes se uniram e partiram para a formação
de catequistas, juntos. Muito
bom! O encontro terminou com
a celebração Eucarística e com o
envio dos e das catequistas.
Contamos com o apoio incondicional de Padre Paulo e do
Padre Flávio, presentes neste encontro. Parabéns! Valeu! Estive
lá com a turma e procuramos dar
o melhor que pudemos aos catequistas.
3. Em navegantes também se
reuniram as coordenadoras de
catequese, (duas representantes
por paróquia) para a organização
da Comarca, em relação à Coordenação Comarcal de catequese.
Pe. Kruger e Pe. Paulo Sérgio
Marques estiveram conosco com
orientações e apoio. Nosso agradecimento muito especial a eles.
Vamos com coragem prosseguindo na caminhada. Valeu!
Equipe da coordenação comarcal de Navegantes
Encontro de formação - paróquias São Domingos de Gusmão e Santuário N. Sra. dos Navegantes
S
Creio que, a essas alturas, já estão em franca atividade
GA
I
na catequese. Deus seja louvado! Esperamos que este ano seja
de muita dedicação, estudo e compromisso com uma catequese liAM S:
E
A
bertadora,
inculturada e formadora de discípulos missionários, conS IST
O
forme
deseja
o
Documento de Aparecida e o Ano Catequético.
IG QU
M
Esta
bênção
para
todo o nosso Brasil que é o Ano Catequético, terá sua
A ATE
abertura
no
1º
Domingo
depois
da Páscoa! Participe, vibre, fique por dentro! Conte
C
conosco!
Irmã Anna Gonçalves - Coordenadora Diocesana de Catequese
Procure o PORTA ABERTA!
ACOLHIDA, ORIENTAÇÃO E ENCAMINHAMENTO
ATENDIMENTO: Terças e Quintas: das 16h às 20h.
Rua XV de Novembro, s/n (fundos da Catedral)
Fone: (47) 3322-4435
6
Ecumenismo
Abril de 2009
CARTA DE BELÉM
Encomende já o material
da Semana da Unidade
E
stá se aproximando a Semana
de Oração pela Unidade dos
Cristãos. Trata-se de iniciativa
eclesial-ecumênca muito importante.
Basta dizer que Jesus rezou ao Pai especificamente pela unidade
dos seus discípulos: “Pai, que
todos sejam um
para que o mundo
creia”(Jo 17,21).
Vamos, também nós, individualmente, em
família, em comunidades, em
conjunto com outras Igrejas e Confissões Religiosas,
orar sinceramente
pela unidade. Os
subsídios já podem, já devem ser encomendados
nas secretarias do Sínodo Vale do
Itajaí (Telefone: (47) 3322-1364)
e da Diocese (Telefone (47) 33224435). Esses subsídios constam
de: CD (R$ 10,00), livreto com
diversas celebrações (R$ 1,00) e
cartaz (R$ 1,00).
Primeiro, pedimos a unidade
dos discípulos e discípulas de Jesus, os que se dizem cristãos. Mas
a oração sacerdotal de Jesus refere-se a todos, indistintamente, além do
âmbito cristão.
A Semana da
Unidade inicia-se
dia 24 de maio e
se estende até o
dia 31.
Pedimos que
as pastoras, os
pastores, padres,
diáconas, diáconos, obreiras e
obreiros em geral, bem como
nossas leigas e
leigos, reservem
a data da Celebração Conjunta,
marcada para o dia 26 de maio de
2009, 3ª. feira, às 19h30, na Catedral São Paulo Apóstolo, em Blumenau (Centro). Os padres e diáconos devem trazer túnica e estola
branca.
Muçulmanos e protestantes dão
boas-vindas ao Papa nos Camarões
Ao chegar ao aeroporto internacional Nsimalen, de Yaoundé, Bento XVI, em sua viagem
à África, recebeu as boas-vindas
de muçulmanos e protestantes
dos Camarões. «No Alcorão, o
profeta Maomé nos recomenda
acolher bem os estrangeiros, pois
com muita frequência vêm com a
paz. Portanto, para nós, a vinda do
Papa é uma bênção», declarou o
grão-imame de Yaoundé, o xeique
Ibrahim Moussa. Durante sua estadia de três dias nos Camarões, o
Papa está recebendo em várias ocasiões as boas-vindas dos responsá-
veis da comunidade muçulmana
deste país de mais de 18 milhões
de pessoas, a segunda religião mais
numerosa depois do cristianismo
Também as comunidades protestantes deram as boas-vindas ao
Papa. «A vinda do Santo Padre ao
nosso país é uma graça que não
pode deixar um cristão indiferente», sublinhou em particular o reverendo Jean Emile Ngué, secretário-geral do Conselho das Igrejas
protestantes dos Camarões, que
considera que a vinda do Papa ao
país é «um acontecimento de elevado alcance espiritual».
“O Espírito do Senhor paira sobre as águas” (Gn 1,2).
Interpelados pelo Fórum Social
Mundial que nos desafia à construção de “um outro mundo possível”,
as Igrejas cristãs têm consciência
de sua responsabilidade pela formação dos novos sujeitos eclesiais
e sociais que contribuirão em sua
edificação. Esta é a razão pela qual
nos reunimos em Belém- PA, no
Fórum Ecumênico das Águas, no
dia 26 de janeiro de 2009.
As entidades eclesiais e movimentos sociais comprometidos
com a defesa da Água como direito fundamental da vida, querem
compartilhar com todas as pessoas, grupos e comunidades nossas
propostas de ação conjunta: Que
haja um engajamento efetivo de
todas as comunidades no conhecimento, divulgação e apoio à Declaração Ecumênica das Águas.
Que sejam formadas Redes Ecumênicas das Águas em todas as
comunidades com o objetivo de
promover a educação de base e a
defesa das águas. Que no âmbito
internacional as Igrejas cristãs e os
movimentos sociais se engajem na
promoção do direito a água e ao
saneamento para todos.
Apoiamos a gestão participativa e solidária dos recursos hídricos
transfronteiriços:
Manifestamos nossa preocu-
Bento XVI confessou a «nostalgia da plena unidade» com os
cristãos ortodoxos, perdida há
quase mil anos, em uma mensagem enviada por ocasião da entrega à Igreja Ortodoxa Russa da
igreja de São Nicolau de Bari. A
chave do templo foi entregue no
domingo, 1º de março, na cidade
de Bari, sul da Itália, pelo presidente da República Italiana, Giorgio Napolitano, ao presidente da
Federação Russa, Dimitri Med-
Jornal da Diocese
FONES: 3322-4435
9985-3672
VB
VINICIO
BORTOLATTO
MATERIAIS P/ CONSTRUÇÃO
Av. Armação, 4000 – Gravatá – 893750-000
Navegantes – SC
Gravatá – 3342 7075 – Matriz
Penha – 3347 1131 – Filial
pação com as construções do complexo hidrelétrico no Rio Madeira,
em Porto Velho - RO, por suas conseqüências para o meio ambiente e
as populações ribeirinhas.
Que seja articulada e efetivada
As entidades
eclesiais e
movimentos
sociais
comprometidos
com a defesa
da Água
como direito
fundamental
da vida
a mudança na legislação brasileira no que se refere à água mineral para que esta deixe de ser tra-
tada como minério sob tutela do
DNPM (Departamento Nacional
de Produção Mineral) e passe a
ser tratada como recurso hídrico
especial.
Que todas as comunidades
cristãs e movimentos sociais populares registrem suas experiências e
práticas em defesa da água e as encaminhem, através do CONIC e da
CNBB, à Relatoria Independente
da ONU para a Água, como forma
de contribuírem na construção de
uma convenção internacional do
Direito Humano à Água.
Congratulamo-nos com o povo
boliviano que aprovou, na Parte 4,
Título 2, Capítulo 5º de sua Constituição, a proteção da água como
direito fundamental da vida.
Convocamos todos os países
do mundo a incorporarem também em suas legislações o direito
à Água como direito universal e
bem público.
Solidários com toda a criação
que geme aguardando sua redenção
e a manifestação dos filhos de Deus,
subscrevemos esta carta na esperança de que encontrará eco em todos
os corações que amam a vida.
Belém, 26 de janeiro de 2009.
CONIC/CNBB
Papa confessa «nostalgia da plena unidade» com ortodoxos
Anuncie no
MC
◗ Jornal da Diocese de Blumenau
Fone: (47)
3342-7075
vedev, que, por sua vez, entregará
a chave ao patriarca ortodoxo de
Moscou, Sua Santidade Kirill I.
«Como não reconhecer que
esta bela igreja desperta em nós a
nostalgia da plena unidade e mantém vivo em nós o compromisso
por trabalhar pela união entre todos
os discípulos de Cristo?», perguntou o Papa na sua mensagem. A
Igreja e a residência contígua de
Bari foram construídas pela Igreja Ortodoxa Russa em 1913. Mas
foi comprada em circunstâncias
pouco claras pela prefeitura, em
1937. A prefeitura, que já havia
aberto o templo ao culto ortodoxo, respondeu com generosidade
ao pedido das igrejas Católica e
Ortodoxa para devolver a propriedade à comunidade ortodoxa russa. Dmitri Medvedev anunciou
que «em 2011 se celebrará o ano
da cultura e da língua italianas na
Rússia e da cultura e da língua
russas na Itália».
Jornal da Diocese de Blumenau  Abril de 2009
Em 04 encontros comarcais, 942 lideranças pastorais refletiram sobre a CF 2009
A
Diocese de Blumenau iniciou
a CF 2009, envolvendo agentes de pastorais, lideranças de
associações de moradores, policiais
civis e militares, agentes prisionais,
familiares de encarcerados, universitários e o clero diocesano.
Foram cinco fortes momentos de
debates, espiritualidade e reflexões
envolvendo a questão Segurança
Pública. Os assessores, Padre Célio
Ribeiro, Prof. Carlos Odilon Costa,
Dra Lenice Kelner e Dra Ivone Lixa,
da Universidade Regional de Blumenau, abordaram assuntos ligados ao
tema e ao lema da CF 2009, como
“Medo e Insegurança Pública”, Violência e Caminhos para a paz”, “Justiça Retributiva”, “Justiça Restaurativa” e “A Justiça na prática de Jesus”.
No dia 07/02 ocorreu o primeiro
momento na Comarca Pastoral de
Timbó, com a participação de 147
pessoas das oito paróquias daquela
região. O segundo foi no dia 14/02,
na Comarca Pastoral de Navegantes, região litorânea do Estado com
a participação de 328 pessoas das
oito paróquias. O terceiro foi no dia
21/02, na Comarca de Gaspar com
a participação de 123 pessoas das
seis paróquias.
No dia 25/02, na Catedral São
Paulo Apóstolo, Dom Angélico
Sândalo Bernardino presidiu a missa de Quarta-Feira de Cinzas, anunciando que “a oração, o jejum e a
caridade são atitudes cristãs que
devem despertar em cada um a vocação de discipulo-missionário para
servir os sofredores na prática da justiça social, que gera a paz”. E no dia
28, ocorreu o quinto momento com
as duas Comarcas Pastorais de Blumenau, com a participação de 344
pessoas das 16 paróquias do município. Ao todo, foram envolvidas 942
pessoas em capacitação para uma
ação pastoral a partir da CF 2009.
Propostas
Entre as propostas para o agir em âmbito paroquial,
comarcal e diocesano estão:
1. Preparar uma equipe paroquial e comarcal para animação da Campanha da Fraternidade;
2. Defender o sistema de Penas alternativas, através de
encontros e manifestos nas paróquias;
3. Conhecer o conceito de Justiça Restaurativa, preparando um evento na comunidade (Podendo ser seminário, encontro, palestra, etc);
4. Defender o limite de vagas no sistema prisional, através
de um manifesto ou ação pública;
5. Desenvolver na liturgia temas relacionados com a CF
2009;
6. Apoiar o movimento Pastoral Carcerária no Regional Sul
IV pela implantação da Defensoria Pública no Estado, prevista
no Art 5º, LXXIV e Art 134 da Constituição Federal, através de
encontros, palestras ou seminários;
7. Educar para a paz (caminhadas, romarias, seminários,
manifestações públicas, encontros, teatros, etc);
8. Proporcionar lazer e cultura para as crianças, jovens e
adultos, utilizando os espaços das Escolas e Igrejas nos finais
de semana;
9. Apoiar os desabrigados, vitimas da calamidade, partici-
pando da sua luta por Moradia digna;
10. Incentivar o Trabalho para a Juventude junto aos empresários;
11. Acolher com caridade as famílias dos presos nas igrejas ou associações;
12. Implantar Pastorais Sociais nas paróquias (Criança,
Menor, Idoso, Carcerária, Fé e Política, Cáritas, Sobriedade,
etc);
13. Propor e defender junto ao Conselho de Pastoral Paroquial o desenvolvimento de Festas sem álcool nas igrejas;
14. Desenvolver a CF 2009 na Catequese;
15. Levar CF 2009 às escolas, envolvendo professores,
direção, funcionários e pais;
16. Fortalecer e participar dos Conselhos de Saúde, Educação, Segurança, Comunidade, APP, etc.;
17. Popularizar o Estatuto da Criança e do Adolescente,
Lei de Execução Penal 7210/84, Lei Maria da Penha, através
de encontros, seminários, palestras, teatros;
18. Em parceria com a Associação de Moradores, reivindicar iluminação qualificada das ruas;
19. Campanha de desarmamento nas Igrejas e Escolas;
20. Campanha por melhores condições de trabalho e salariais para funcionários dos presídios e policiais.
7
Pastoral
PJ - “Jovens evangelizando jovens”
Em Assembléia Diocesana, Pastoral da Juventude
revigora-se com Estudo, Convivência e Projetos
Nos dias 31 de janeiro e 01 de fevereiro,
representantes da Pastoral da Juventude, provenientes de 4 Comarcas Pastorais, das 5 que
compõem a Diocese, na Paróquia São Pedro
Apóstolo, Gaspar, fizemos acontecer a Assembléia da PJ – 2009.
Estudamos a realidade do jovem na Diocese de Blumenau, buscando fatos e seus motivadores. Em pequenos Grupos, avaliamos a vida
do jovem no mundo da Economia, do Trabalho,
da Educação e do Gênero. Com tristeza, percebemos que o jovem afunda-se no consumismo,
sendo explorado, em sua maior parte, pelos têxteis; aliena-se pela mídia e o pelo sistema social
que o envolve; ao mesmo tempo, o mundo o seduz com muitas propostas de falsas liberdades.
Homens e mulheres concorrem no mesmo
mercado de trabalho, contentando-se com rápida capacitação e, assim, muitos jovens não têm
oportunidades de emprego. De outro lado, dá-se
pouco valor ao conhecimento que os guie a favor da vida. Ainda, neste momento de OLHAR
A REALIDADE, abordamos os últimos acontecimentos da região, como as enxurradas, com
o sofrimento que causaram às famílias, às comunidades. Inconformamo-nos com os desvios
sexuais, como o homossexualismo, que contradizem o ensino e a prática cristã, mas avançam
cada vez mais entre os adolescentes e jovens,
justificados como modo normal de relacionamento entre mulheres e homens. Vimos que,
infelizmente, há pouca valorização das escolas
e, na região de Blumenau, avança a Privatização
do Ensino Superior.
Nosso bispo Dom Angélico Sândalo Bernardino marcou presença entre nós, trazendo
sua palavra de luz e seu Amor; encorajandonos a sermos luz do mundo. Ele perguntou aos
jovens: “O que a PJ precisa para dar um passo
adiante?” – Pergunta, esta, que mexeu com todos nós e nos chamou fortemente para o compromisso.
Elena Casagrande, Secretária Regional
das PJ’s do Regional Sul IV da CNBB trouxenos grande apoio e orientação para construir a
caminhada Diocesana da PJ. Ela explicou-nos
o que é a Pastoral da Juventude, as etapas de
Plano de ação para 2009
 Formação: Escola de formação para lideranças Jovens em
três etapas;
 Missionariedade: Uma
camiseta comum para os Jovens,
assim como a realização do Fecan
(Festival da Canção) e a celebração do DNJ ( Dia Nacional da Juventude);
 Assessoria/Acompanhamento: Encontro de Assessores
em duas etapas;
 Articulação/Comunicação:
Endereço eletrônico e publicidade
mensal no jornal.
crescimento de um Grupo de Jovens, a
importância de trabalhar sempre contemplando 5 dimensões fundamentais: mística
e teológica, capacitação técnica, integridade, personalização e consciência política.
A representante das PJs Regionais destacou a importância da função do Assessor.
Enfim, ela nos fez compreender e retomar
os modos de os jovens evangelizarem os
Jovens.
Em vista de nossa missão, olhamos
para nossa organização e optamos por um
novo tipo de Coordenação Diocesana,
composta por 2 representantes de cada
Comarca. Uma Equipe Executiva sairá da
Coordenação Diocesana. Aclamamos Ana
Claudia Maba como Articuladora Diocesana.
Reafirmamos ainda a importância
de um padre assessor que se identifique
com a juventude e com o trabalho da PJ,
e acompanhe permanentemente nossa
caminhada. Posteriormente, em carta,
pedimos ao nosso bispo, com urgência, a
liberação de um/a jovem para o trabalho
da PJ na Diocese.
Formação para jovens na Paróquia Santa Terezinha, Timbó, 14 de fevereiro
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Abril de 2009
 Jornal da Diocese de Blumenau
Abril de 2009
Cristo Ressuscitou e caminha conosco, ALELUIA!
P
ovo de Deus, a ressurreição de
Cristo abre para seus seguidores a esperança que, de um
lado é confiança de receber e, de outro,
é força para o homem agir no mundo,
cumprindo sua vocação de cooperador
da salvação humana em todas as suas
dimensões. Assim, faz parte da atitude
cristã fundamental, desde o NT, as virtudes da fé, da esperança e da caridade.
“Anunciamo-vos a Boa Nova de
que a Promessa feita aos pais, Deus a
cumpriu em nós, os filhos, ao ressuscitar Jesus” (At 13,32-33). A ressurreição
de Jesus é a verdade culminante de nossa fé em Cristo, crida e vivida pela primeira comunidade cristã como verdade
central, transmitida como fundamental
pela Tradição, estabelecida nos documentos do novo Testamento, anunciada
como parte essencial do Mistério Pascal, ao mesmo tempo que a Cruz é sinal da vitória sobre as forças da morte:
Cristo ressuscitou dentre os mortos.
Vencedor da morte
A morte de Jesus tem também o
sentido de que a maldição se transformou em bênção divina através da ressurreição, lugar e momento de inauguração do Reino de Deus na Pessoa de
Jesus Cristo. Com efeito, o crucificado
é o ressuscitado. Com sua morte, venceu a morte. “Aos mortos deu a vida”.
Ele é o vencedor da morte, precisamente, porque nesse mundo age como quer:
“Ele mesmo se apresentou como vivo
(At 1,3).
O mistério da ressurreição de Cristo
é um acontecimento real que teve manifestações historicamente comprovadas
como o testifica o Novo Testamento.
Já  São Paulo, no ano 56, pôde escrever
aos Coríntios: “Porque vos transmiti,
em primeiro lugar, o que por minha vez
recebi: que Cristo morreu por nossos
pecados, segundo as Escrituras; que foi
sepultado e que ressuscitou ao terceiro
dia, segundo as Escrituras; que  apareceu a Cefas e depois aos Doze” (1Cor
15,3-4). O apóstolo fala aqui da tradição viva da Ressurreição que recebeu
depois de sua conversão às portas de
Damasco (ver At 9,3-18). Neste sentido, a mentalidade cristã primitiva e até
hoje, vê uma relação íntima da cruzressurreição, como um nexo, que está
baseado em fideísmos empiristas, mas
a razão está na união do objeto da ressurreição e a elevação de Jesus a Deus
e o sujeito como sinal da experiência
de fé, que a Sagrada Escritura expressa
nas narrativas das aparições do ressuscitado.
de Jesus ressuscitado, os discípulos
ainda duvidam do seu gesto de amor.
Crêem ver um espírito. “Não acabam
de acreditar por causa da alegria e estavam assustados” (Lc 24,41). Tomé
conhecerá a mesma prova da dúvida
e, na  última aparição, na Galiléia, referida por Mateus, “alguns entretanto
duvidaram” (Mt 28, 17). Por isto a 
hipótese segundo a qual a ressurreição teria sido um ‘produto’ da fé (ou
da credulidade) dos apóstolos não tem
consistência. Pelo contrário, sua fé na
Ressurreição nasceu sob a ação da
graça divina - da experiência direta da
realidade de Jesus ressuscitado.”
O sepulcro vazio,
sinal essencial
“Por que buscar entre os mortos
Aquele que está entre os vivos? Não
está aqui, ressuscitou (Lc 24,5-6). No
marco dos acontecimentos da Páscoa,
o primeiro elemento que  que é encontrado é o sepulcro vazio. Não é em si
uma prova direta, A ausência do corpo
de Cristo no sepulcro poderia ser explicada de outro modo (ver Jo 10,13;
Mt 28,11-15). Apesar disso, o sepulcro
vazio constituiu para todos um sinal
essencial. Seu descobrimento pelos
discípulos foi o primeiro passo para o
reconhecimento do fato da Ressurreição. No caso, em primeiro lugar, das
santas mulheres (ver Lc 24,3.22-23),
depois de Pedro (ver Lc 24,12). “O
discípulo que Jesus amava” (Jo 20,2)
afirma que, ao entrar no sepulcro vazio
e ao descobrir  “as vendas no chão”
(Jo 20,6) “viu e acreditou” (Jo 20,8).
Maria Madalena e as outras mulheres,
que iam embalsamar o corpo de Jesus,
enterrado às pressas na tarde da Sexta-feira pela chegada do Sábado (ver
Jo 19,31.42), foram as primeiras a encontrar o Ressuscitado. Assim as mulheres foram as primeiras mensageiras
da Ressurreição de Cristo para os próprios apóstolos (ver Lc 24,9-10). Jesus 
apareceu em seguida a eles, primeiro a
Pedro, depois aos  Doze. Pedro, chamado a confirmar na fé seus irmãos,
vê, portanto,  o Ressuscitado antes dos
demais e sobre seu testemunho se apóia
a comunidade quando exclama: “É verdade! O Senhor ressuscitou e  apareceu
a Simão”(Lc, 24,34)! Esta ressurreição
está baseada na fé pascal, que pressu-
Acontecimento
histórico e sinal da
fidelidade de Deus
põe novo ato de Deus, com referência
a Jesus na cruz. Deus, na ressurreição
de Jesus dá o seu selo de conformidade
às ações de Jesus, é a compreensão de
Deus pregada por Jesus e testemunhada
pelas mulheres na tumba vazia.
Testemunhas da
ressurreição, pedras
vivas da Igreja
Tudo o que aconteceu nestas jornadas pascais compromete cada um dos
apóstolos - e Pedro, em particular - na
construção da nova era que começou na
manhã de Páscoa. Como testemunhas
do  Ressuscitado, os apóstolos são as
pedras de fundação de sua Igreja. A  fé
da primeira comunidade de fiéis se funda no testemunho de homens concretos,
conhecidos dos cristãos e, para a maioria, vivendo entre eles ainda. Estes “testemunhas da Ressurreição de Cristo”
(ver At 1,22) são principalmente Pedro
CEMITÉRIO?
3322-3950
Informar-se é Prevenção
Prevenção = Atendimento Digno + Redução dos Custos
[email protected]
e os Doze, mas não somente eles. Paulo também fala claramente de mais de
quinhentas pessoas, às quais Jesus apareceu de uma só vez, além de Tiago e de
todos os apóstolos (ver 1Cor 15,4-8).
Diante destes testemunhos, é impossível interpretar a Ressurreição de
Cristo fora da ordem física, e não reconhecê-lo como um fato histórico. Sabemos pelos fatos que a fé dos discípulos
foi submetida à prova radical da paixão
e da morte na cruz de seu Mestre, anunciada por Ele de antemão (ver Lc 22,3132). A sacudida provocada pela paixão
foi tão grande que (pelo menos, alguns
deles) não acreditaram, em seguida, na
notícia da ressurreição. Os evangelhos,
longe de nos mostrar uma comunidade
acometida por uma exaltação mística,
nos apresentam os discípulos abatidos
e assustados. Por isso, não acreditaram
nas mulheres que voltavam do sepulcro
e “suas palavras  pareciam desatinos”
(Lc 24,11). Quando Jesus se manifesta
aos onze na tarde de Páscoa, “recrimi-
nou-lhes a sua incredulidade e a sua
dureza de cabeça por não terem acreditado nos que o  tinham visto  ressuscitado” (Mc 16,14). A cruz entra, então,
dentro da história do amor, daquilo que
ele pode como capacidade de solidariedade. A essência deste amor concretizase e revela-se na forma mais sublime do
amor, a perda de sua vida. Sendo assim,
a essência desta entrega e ressurreição
se realiza em poder estar com o outro
enquanto outro, no totalmente outro.
Amar o inimigo, poder estar nele, assumi-lo, isso é obra do amor. Aqui está
sua essência. A cruz, assumida por
amor, e este amor suplanta a morte com
a ressurreição, vida gasta por amor.
A fé no Cristo
ressuscitado firmou-se
progressivamente
Tão impossível lhes parece que, até
mesmo colocados diante da realidade
9
 Jornal da Diocese de Blumenau
“Que noite tão ditosa - canta um
dos mais antigos e mais belos hinos
pascais, o «Exultet» -, só ela conheceu
o momento em que Cristo ressuscitou
dentre os mortos!” Com efeito, ninguém foi testemunha ocular do acontecimento da Ressurreição e nenhum
evangelista o descreve. Ninguém pode
dizer  como aconteceu fisicamente.
Menos ainda, sua essência mais íntima, a passagem à outra vida, foi perceptível aos sentidos. Acontecimento
histórico demonstrável pelo sinal do
sepulcro vazio e pela realidade dos
encontros dos apóstolos com Cristo
ressuscitado, entretanto não por isso a
Ressurreição seja alheia ao centro do
Mistério da fé naquilo que transcende
e sobrepassa a história. Por isso, Cristo
ressuscitado não se manifesta ao mundo senão a seus discípulos, “aos que
haviam subido com ele da Galiléia a
Jerusalém e que agora são suas  testemunhas perante o povo” (Hb 13,31).
“Se Cristo não ressuscitou, vã é
nossa pregação, vã também a vossa fé”
(1Cor 15,14). A Ressurreição constitui-se principalmente na confirmação
de tudo o que Cristo fez e ensinou.
Todas as verdades, inclusive as mais
inacessíveis ao espírito humano, encontram sua justificativa se  Cristo, ao
pascal: por sua morte nos liberta do
pecado; por sua Ressurreição nos abre
o acesso a uma nova vida. Esta é, em
primeiro lugar, a justificativa que nos
devolve à graça de Deus “afim de que,
assim como Cristo  ressuscitou dentre
os mortos... assim, também nós vivamos uma nova vida” (Rm 6,4). Consiste na vitória sobre a morte e o pecado
e na nova participação na graça. Realiza a adoção filial porque os homens
se convertem em irmãos de Cristo,
como Jesus mesmo chama seus discípulos depois de sua Ressurreição: “Ide,
avisai a meus irmãos” (Mt 28,10; Jo
20,17). Irmãos  não por natureza, mas
por dom da graça, porque esta filiação
ressuscitar, deu a prova definitiva de sua adotiva confere uma participação real
autoridade divina, segundo havia pro- na vida do Filho único, a que revelou
metido. A ressurreição é a superação do plenamente em sua Ressurreição.
poder da morte por meio do renascimento de Cristo, e o derramamento do Espí- Prenúncio do
rito Divino sobre “toda a carne”. Como
diz Leonardo Boff, a Paixão de Cristo é mundo futuro
sem dúvida um gesto de solidariedade e
de amor para com os crucificados, mas,
Por último, a Ressurreição de Crissobretudo, na vitória de Cristo sobre a to – e o  próprio Cristo ressuscitado- é
morte, temos presente o gesto salvador princípio e fonte de nossa ressurreição
do amor do Pai para com o gênero hu- futura: “Cristo ressuscitou dentre os
mano, onde Ele morre e ressuscita por mortos como primícia dos que dormiamor aos outros.
ram... do mesmo modo que em Adão
A Ressurreição de Cristo é cumpri- morrem  todos, assim também todos
mento das promessas do Antigo Testa- reviverão em Cristo” (1Cor 15, 20-22).
mento e do próprio Jesus durante sua Na espera de que isto se realize, Cristo
vida terrena. A expressão “segundo as ressuscitado vive no coração de seus
Escrituras” (ver 1 Cor 15,3-4 e o Símbo- fiéis. Nele os cristãos “saboreiam os
lo Niceno-Constantinopolitano) indicam prodígios do mundo futuro” (Hb 6,5)
que a Ressurreição de Cristo cumpriu es- e sua vida é elevada por Cristo ao seio
tas pregações. É este poder da ressurrei- da vida divina “para que já  não vivam
ção de Cristo que provê o conteúdo divi- para si os que vivem, mas para aquele
no, na vida da criatura humana renascida que morreu e ressuscitou por eles”. Em
e que preenche a vacuidade que a morte tudo isso já resplandece a luz da Pásda cruz suscita, mas esta vacuidade é coa. Na realidade, é impossível pensar
suplantada, pois Cristo vive, vive por na cruz e tentar penetrar no seu mistéobra de Deus, vive para sempre, é sinal rio sem, ao mesmo tempo, olhar para
de esperança e compromisso: “Deus o a ressurreição, que somente é perceptíressuscitou dentre os mortos, dando-lhe vel na fé, na qual o que era sexta-feira
santa se manifesta no pleno fulgor do
crédito diante de todos” At 17, 31)d
ressuscitado, ou seja, no corpo novo,
Libertação do pecado e pneumático: corpo de glória (Cf. 1Cor
14, 44; Cl 1,24).
acesso à nova vida
Há  um duplo aspecto no mistério
Pe. José Carlos de Lima
Paróquia Santo Antônio - Blumenau,15
Informe da R.C.C.
A Renovação Carismática não é um
movimento uniforme; mas, como dizia
o cardeal Suenens e diz o padre Raniero Cantalamessa, “é uma corrente de
graça para toda a Igreja Católica.” Ela
não é um simples movimento a mais da
Igreja; é a própria Igreja em movimento
pelo poder do Espírito Santo. Todos os
cristãos de todos os movimentos precisam ser renovados no Espírito Santo; e esta é a missão da RCC.
Vale a pena ler o testemunho pessoal do Pe. Raniero Cantalamessa
que, desde 1978, é o Pregador da Casa Pontifícia, em entrevista concedida à Agencia Zenit em Castel Gandolfo, no dia 25 de setembro de
2003: “O batismo no Espírito não é uma invenção humana, é uma
invenção divina. É uma renovação do Batismo e de toda a vida cristã,
de todos os sacramentos. Para mim – ele disse - foi também uma renovação de minha profissão religiosa, de minha confirmação, de minha
ordenação sacerdotal. Todo o organismo espiritual se reaviva como
quando o vento sopra sobre uma chama. Por que o Senhor decidiu atuar neste tempo desta maneira tão forte? Não sabemos. É a graça de um
novo Pentecostes… É uma vinda do Espírito Santo que se traduz em
arrependimento dos pecados, que faz ver a vida de uma maneira nova,
que revela Jesus como o Senhor vivo - não como um personagem do
passado - e a Bíblia se converte em uma palavra viva. A verdade é
que não se pode explicar. Para mim, tudo o que passou desde 1977 é
um fruto de meu batismo no Espírito. Era professor na Universidade.
Dedicava-me à pesquisa científica na história das origens cristãs. E
quando aceitei, não sem resistência, esta experiência, depois, tive o
chamado de deixar tudo e colocar-me à disposição da pregação, e também a nomeação como pregador da Casa Pontifícia chegou depois que
tinha experimentado esta «ressurreição». Vejo isso como uma grande
graça. Depois de minha vocação religiosa, a Renovação Carismática
foi a graça mais assinalada de minha vida… Quero dizer aos fiéis, aos
bispos, aos sacerdotes, que não tenham medo. Desconheço por que há
medo. Talvez em alguma medida porque esta experiência começou
entre outras confissões cristãs, como pentecostais e protestantes. Contudo, o Papa não tem medo. Falou dos movimentos eclesiais, inclusive
da Renovação Carismática, como de sinais de uma nova primavera da
Igreja e, com muita freqüência, faz referência à importância disso. E
Paulo VI afirmou que era uma oportunidade para a Igreja. Não há que
ter medo.”
Todas essas palavras dos papas e do Pregador da Casa Pontifícia
mostram a grande importância da RCC para a Igreja.
Fonte: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/category/rcc
Ouça todos os sábados, na Rádio Blumenau AM (1.260), o programa “Fonte de Água Viva”, das 12h às 13h, com oração, música
e louvor.
Visite o site da RCC de nossa Diocese: http://www.rccblumenau.com
Participe do Grupo de Oração da sua comunidade.
Fiquem com Deus,
Zimauro Zimmermann
Equipe MCS – RCC Diocese de Blumenau
E-mail:[email protected] --www.onedamoveis.com.br
www.onedamoveis.com.br
E-mail:[email protected]
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Fé e Política
Abril de 2009
 Jornal da Diocese de Blumenau
Desafios do sistema penitenciário no
Estado de Santa Catarina e a CF 2009
Superlotação nos
Presídios do Estado
O Estado desconsidera integralmente o art 88, b da LEP7210/84,
que limita a 6m² para cada preso
cumprir pena. Além disso, é comum
serem encontrados presos provisórios em regime fechado com presos
condenados, confirmando a infração
do art 84 da mesma lei. Segundo a
Pastoral Carcerária da CNBB, Regional Sul IV, em Santa Catarina, a
superlotação nos presídios do Estado dá conta de que os presos estão
lá porque infringiram a lei. Mas
permitir que a superlotação ultrapasse seu limite, também viola a lei.
Superlotação é violação de direitos
humanos e dos direitos previstos na
Lei de Execução Penal 7210/84. O
argumento de que não há vagas para
transferências é verdadeiro, mas, por
outro lado, confirma que a Secretaria
de Segurança Pública não tem planejamento para o Sistema Prisional
Catarinense, gerando insegurança
à população. A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso XLIX,
assegura aos presos o respeito à sua
dignidade física e moral.
Dúvida não resta, portanto, de
que é do Estado o dever de manter
condições minimamente aceitáveis
de encarceramento, obrigação, essa,
que não vem sendo respeitada em
Santa Catarina.
CAMPANHA FICHA LIMPA
AGORA É PRA VALER!
T
odas as paróquias da
DIOCESE estão mobilizadas e engajadas com o
objetivo de alcançarmos 20.000
assinaturas da campanha que
se, pretende levar ao Congresso Nacional o projeto de lei de
iniciativa popular sobre a vida
pregressa dos candidatos. Esse
Projeto de Lei (PL) introduz
novos critérios para permitir
candidaturas de políticos. São
necessárias 1.300.000 assinaturas, 1% do eleitorado. A ementa é a seguinte: “Altera a Lei
Complementar nº 64, de 18 de
maio de 1990, que estabelece,
de acordo com o art. 14, § 9º da
Constituição Federal, casos de
inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses
de inelegibilidade que visam
proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato”.
O texto completo do projeto
de lei pode ser conferido no site:
www.lei9840.0rg.br/iniciativapopular.htm
O PL pretende:
1 - Aumentar as situações que impeçam o registro de uma candidatura, incluindo os seguintes pontos:
 Pessoas condenadas em primeira ou única instância ou com
denúncia recebida por tribunal em virtude de crimes como: racismo,
homicídio, estupro, tráfico de drogas e desvio de verbas públicas. Essas pessoas devem ser preventivamente afastadas das eleições, até que
resolvam seus problemas com a Justiça;
 Parlamentares que renunciaram ao cargo para evitar a abertura
de processo por quebra de decoro parlamentar ou por desrespeito à
Constituição;
 Pessoas condenadas em representações por compra de votos ou
uso eleitoral da máquina administrativa.
Urgência da
Defensoria Pública
2 - Estender o período que impede a candidatura, que passaria
a ser mais de 8 anos.
Santa Catarina é o único Estado
no Brasil que ainda não implantou
a Defensoria Pública. Torna-se justo e necessário romper com a sistemática da Defensoria Dativa, que
nada faz diante do descaso da superlotação nas Unidades Prisionais.
Permitir tal situação é negar direitos
inalienáveis aos encarcerados.
A Defensoria Pública é uma
das instituições jurídicas garantidas
pela Constituição Federal de 1988.
3 – Tornar mais rápidos os processos judiciais sobre abuso de
poder nas eleições, fazendo com que as decisões sejam executadas
imediatamente, mesmo que ainda caibam recursos no processo.
Histórico da Lei 9840/99
Esta primeira lei de iniciativa popular do país surgiu a partir de uma
grande mobilização nacional, iniciada em 1998, que coletou 1.039.175
assinaturas. Desde que a lei entrou em vigor, mais de 600 políticos acusados de corrupção eleitoral foram cassados.
Luiz Eduvirges de Souza Neto - Coordenador Movimento Fé e Política
Anuncie no
Jornal da Diocese
FONES: 3322-4435
9985-3672
Sua função vai além de prestar assistência judicial aos encarcerados.
A Defensoria Pública atua de forma
conciliadora, auxiliando a reduzir
demandas desnecessárias ao judiciário. Com o Ministério Público e
a Advocacia Pública, é considerada
essencial à Justiça, devendo orientar e defender, em todos os níveis
e situações, os menos favorecidos,
conforme dispõe o art 134 da Constituição Federal.
Diferente da Defensoria Dativa,
em que o Estado disponibiliza o advogado para acompanhar o cidadão
durante o processo, na Defensoria
Pública este acompanhamento
acontece desde o princípio da questão, de modo preventivo e também
na busca pelos direitos do cidadão.
Além disso, a Defensoria Pública
deve ser um órgão empenhado em
promover programas de cidadania
e educação de direitos. Equivocadamente, a Constituição do Estado
de Santa Catarina regulou a Defensoria Pública como sendo aquela
exercida pela advocacia dativa (Advogados gratuitos da OAB/SC) e
assistência judiciária, conforme
seu artigo 104. Na Defensoria Pública, os profissionais envolvidos
deverão ser compromissados com
a proteção e promoção dos direitos
fundamentais do cidadão, como
educação, moradia, saúde, justiça, etc. Os defensores, habilitados,
concursados e com dedicação integral, poderão defender os interesses
difusos e coletivos das pessoas;
assessorar grupos e entidades não
governamentais que estão a serviço
da defesa dos direitos da criança,
do adolescente, das mulheres, dos
idosos, encarcerados e menos favorecidos. Este é um assunto complexo, mas que a Pastoral Carcerária,
em âmbito estadual, assume como
meta a ser atingida e fruto a ser gestado a partir da Campanha da Fraternidade 2009.
Pe. Célio Ribeiro –
Coordenador Regional da Pastoral Carcerária
Pastoral
Jornal da Diocese de Blumenau  Abril de 2009
11
EXPERIÊNCIA PASCAL, RAIZ PROFUNDA DA MISSÃO
Forte testemunho de um missionário idoso, Pe. José Moschetta
D
a Costa Rica, na Ámérica
Central, recebi, nestes dias,
o emocionante testemunho de
um irmão missionário, denomindado
Pe. José Moschetta. Com 73 anos de
idade, e com o coração na mão, comunica-me a sua experiência missionária. Ao mesmo tempo, enquanto vai
relatando sua história, revisa a sua
caminhada espiritual.
Assim começa a contar-me Pe.
Moschetta:“ Nos anos da minha formação de base, não se falava de encontro vivencial com o Senhor. Apesar disso, sinto que os anos de estudo
de teologia marcaram o meu primeiro
encontro com a pessoa de Jesus. Não
ocorreu pelo programa de estudo e
nem pelos livros e textos que devia
estudar. Uma “ Vida de Cristo” que
aprofundei, e o descobrimento da vida
e teologia de Paulo proporcionaramme esta imensa graça. Abriram-me
um horizonte novo diante do currículo
acadêmico; apresentaram-me um Jesus Cristo vivo. Apaixonei-me, então,
por Ele e, daí, nasceu a minha vocação
missionária: Se Jesus é o Salvador de
todos e somente nele o homem encontra a sua plena realização, por que
não assumir eu a tarefa de anunciá-lo a
tantos que não o conhecem?”
Pe. Carlos: E, então, você decidiu ser
missionário?
Pe. José: Apesar de certas dúvidas interiores, (como por exemplo:
“Estaria eu capacitado para asssumir
os desafios da vida missionária?”),
aceitei a ordenação sacerdotal na minha Diocese de Vitório Vêneto, Itália.
Depois, a interrogação que me fazia,
obrigou-me a dar um salto: da Igreja
diocesana daquele tempo para o mundo desconhecido da missão. Depois
de um ano de ministério sacerdotal,
entrei na Congregação dos Padres
Combonianos.
Pe. Carlos: E, assim, tornou-se um
missionário?
Pe. José: Na realidade, a minha
vida missionária inspirou-se numa
circunstância especial que aconteceu
que partilhavam sua vivência cristã
através dos livros.
Mais do que” beber do próprio
poço”, bebi de outros poços, bem
cheios, da água fresca, saborosa da
sua espiritualidade. Isso fez-me e continua fazendo-me muito bem. Poderia
enumerar vários desses escritores.
Cito somente um: o Cardeal Martini.
Há mais de 30 anos, os textos de seus
exercícios espirituais guiaram-me ao
encontro vivo com a Palavra de Deus.
na minha vida, alguns anos mais tarde.
Por ocasião de um Cursilho da Cristandade, aprendi duas coisas:
Primeiro, uma nova maneira de
apresentar a vida cristã: como uma
vivência, uma experiência, um encontro, mais do que doutrina bem estruturada.
Segundo, entendi que este anúncio
era eficaz: e tornava as pessoas realmente novas. “Encontrei Jesus Cristo
e me comprometi com Ele” - era o comentário habitual e sincero de muitos
dos que participavam daqueles dias de
aprofundamento espiritual.
Pe. Carlos: A partir daí, sua missão
consistiria em comunicar esta experiência?
Pe. José: Meus superiores destinaram-me para La Paz, na Baixa Califórnia, México. Ali, transcorreram os
anos do meu primeiro trabalho missionário. De fato, eu comuniquei esta
experiência. A partir dela, surgiram
outras experiências de fé: com os jovens, casais, com homens e mulheres
de diferentes situações. Todas tinham
um comum denominador: o anúncio
alegre de Jesus Cristo, a partir da sua
palavra e do testemunho de vida, que
chamava à conversão, à aceitação de
Jesus, à incorporação à sua Igreja e ao
compromisso. Eu vi a graça de Deus
agir e vi pessoas permanecendo fiéis a
Jesus Cristo.
Pe. Carlos: Trabalhava muito?
Pe. José: O trabalho aumentava
cada vez mais e eu reconheço que
isso, dentro de mim, produziu um certo desequilíbrio.
Preocupado em doar-me cada
vez mais e, sem dúvida, acariciando
também o meu protagonismo, fui cansando e esvaziando-me interiormente.
Estava convencido do que fazia, mas a
minha fonte interior ia secando.
Pe. Carlos: E como você reagiu e saiu
desta situação?
Pe. José: A MISERICORDIA
de Deus me tirou do trabalho pastoral
e me levou a uma casa de formação,
junto a jovens que pediam para ser
missionários. No início, não gostei
e me opus, com certas resistências;
depois,compreendi que a mudança era
providencial.
O trabalho formativo me obrigou
a um encontro mais profundo com a
Palavra e isso me renovou interiormente. Ao final de seis anos, voltei ao
trabalho pastoral e me propus manter o equilíbrio entre vida espiritual
e trabalho pastoral. Com o passar do
tempo, de fato, consegui adquirir certo
equilíbrio, mas os anos de trabalho em
Porto Limão foram maravilhosos.
A unidade da equipe missionária,
a clareza nos objetivos e a constância no trabalho, com uma atitude de
pobreza alegre, tornaram-se os ingredientes humanos desta experiência missionária. O resto, a Graça de
Deus fez e nós fomos testemunhas da
sua eficácia. Organizaram-se muitas
comunidades de fé e vida. Somos testemunhas de que a maioria dos que
receberam o primeiro anúncio, continua perseverando ao longo dos anos,
apesar das mudanças e dos métodos
pastorais.
Pe. Carlos: Como era o povo de Porto
Limão?
Pe. José: A maioria da população
era composta de “batizados não evangelizados”. A única ocasião, em que
se aproximavam da Igreja era quando
chegava o sacerdote para batizar.
Propusemos a todos fazermos
uma experiência de fé, organizados
conforme o ambiente, a cultura e a
idade das pessoas.
Pe. Carlos: Quer dizer que a sua vida
missionária dependeu também muito da
Comunidade, do trabalho em equipe?
Pe. José: Ninguém caminha sozinho. Agradeço a Deus pela vida comunitária. Acredito que não poderia
viver sem ela. Dentre as mediações,
das quais Deus se serviu e que marcoram a minha vida, porém, quero sublinhar uma. No meu caso particular, foi
importante o encontro com pessoas
Pe. Carlos: E, agora, com 73 anos
nas costas, que balanço faz de sua vida
missionária?
Pe. José: Encontro-me, sem dúvida, na etapa final da minha vida missionária. Olhando para trás, porém,
posso afirmar: “Não me arrependo!
Sei em quem pus a minha confiança”.
Não cheguei, ainda, à meta. Não sou,
ainda, perfeito, mas hoje posso olhar
com humor até os meus defeitos, porque não vou ganhar a minha salvação
com a “minha justiça”, aquela que
vem do cumprimento da lei. Receberei a salvação que vem de Deus, pela
fé em Jesus Cristo”.
Não tenho vontade de aposentarme. Peço ao Senhor para viver com
alegria e radicalidade estes momentos
finais, na esperança de que se manifeste em plenitude o Kerigma evangélico: a Vida em Jesus Cristo.”
Agradeço ao Pe. José Moschetta,
que continua a sua vida missionária
em São José de Costa Rica com muita alegria. O seu testemunho ilumina
a nossa caminhada, pois confirma a
regra geral de que toda vida cristã se
torna missionária na medida em que
faz a experiência de Deus e, necessariamente contagia os outros, comunicando Deus.
É a história de todos os missionários: de São Paulo, de Tereza de
Calcutá, de Oscar Romero, de Helder
Câmara... E deve ser também a nossa
história.
Pe. Carlo Faggion – COMIDI - Blumenau
[email protected]
12
Notícias diocesanas
Abril de 2009
 Jornal da Diocese de Blumenau
CÁRITAS PRESTANDO CONTAS
S
egundo a equipe da Cáritas,
a primeira etapa de compras
e entregas de donativos foi
concluída. Eis os números: Quase 1.000 famílias beneficiadas;
um total de R$ 836.927,30, da
conta da Cáritas/Diocese, mais
R$ 450.000,00, vindos da Cáritas
e do governo alemão, gastos em
compras e distribuições.
Estão
disponíveis
R$1.442.708,28 (valores em
28/02/09), a serem empregados
na segunda etapa, cujos cadastros
já foram concluídos. Dos valores
recebidos em banco – vinculados, R$200.000,00, doados pela
Arquidiocese de Florianópolis
(ASA) e Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (R$100.000,00
cada), destinados à Casa Santa
Ana. R$207.830,00 foram recebidos de entidades, dioceses,
e serão destinados às paróquias
atingidas diretamente pelos desmoronamentos.
Cáritas Diocesana de Blumenau realizou entregas de donativos aos flagelados de nossas paróquias
A Equipe Cáritas da nossa Diocese de Blumenau esteve em diversas paróquias, realizando entrega
de donativos aos atingidos pela tragédia de novembro do ano passado.
Cada cadastro foi preenchido conforme a realidade da família necessitada. De um modo geral, foram
entregues: para cozinha: pia inox de
lavar louça, geladeira, fogão, mesa
e cadeiras, armário, panelas, jogo
de jantar e talheres; para quarto:
gurada-roupas (4 portas), cômoda,
cama, colchão, lençóis para casados e solteiros, travesseiro, toalhas
de banho e rosto. Faziam parte da
entrega também kits limpeza (14
itens) e kits higiene (4 itens).
Na Paróquia de Ilhota, 124 fa-
mílias receberam donativos; na
Paróquia São Domingos, Navegantes, 70 famílias; na Paróquia
Santo Antonio, Piçarras, 40 famílias; na Paróquia da Ponta Aguda
(Blumenau), 60 famílias; Paróquia
São José Operário (Itoupava Central), 126 famílias; na Paroquia da
Catedral, 09 famílias; na Paróquia
São Francisco (Fortaleza), 64 famílias; na Paróquia do Santuário
N. Sra. Aparecida (Blumenau), 59
famílias; na Paróquia Santa Isabel
(Garcia), 30 famílias; na Paróquia
do Baú, Ilhota, 45 famílias.
Parabéns à Equipe Cáritas e
Deus recompense todos os doadores de Blumenau, do Brasil e de
outros países.
Em Piçarras na
Paróquia Santo
Antônio
Entrega na na
Paróquia São
Domingos,
Navegantes
Na igreja paroquial do Baú, primeiro a oração, como em todas as entregas
Notícias diocesanas
Jornal da Diocese de Blumenau  Abril de 2009
13
Dom Angélico permanece em nossa No dia 04 de abril, tomará posse o
história e em nosso coração
2º bispo diocesano de Blumenau,
Dom José Negri
Celebração Eucarística
de ação de graças
A foto, acima, focaliza
a santa missa, presidida por
dom Angélico e concelebrada por todos os padres Diocese, encerrando a reunião
geral do clero do dia 10 de
março de 2009. Na Diocese
de Blumenau, foi a última
reunião do presbitério que
Dom Angélico, já como Administrador Apostólico, presidiu e animou. Nesses quase
dez anos à frente da evangelização, nesta Igreja Particular,
ele orientou, com certeza, em
torno de cem desses encontros. Este, o último sob a sua
guia, distinguiu-se, não por
homenagens e saudades, mas
ainda pelo vigor, pela alegria,
esperança, discernimento,
espírito de colegialidade.
Renovada declaração
de amor
Em muitas reuniões, nós,
padres e leigos, tivemos oportunidade de ver nosso bispo
externando zelo, preocupação, tristeza, diante de obstáculos, demoras, e porque não
dizer: de irresponsabilidades
pastorais.
Naquela reunião, no ambiente do Seminário Menor
da Mãe de Jesus, que ele viu
iniciar-se desde a primeira
pedra, Dom Angélico manifestava-se feliz, esperançoso.
Reconheceu desafios de fraternidade entre os padres, sim.
Mas fez transparecer muito
mais o empenho, a dedicação
de cada um em caminhar na
unidade, fruto de perdão recíproco. Numa palavra, ele
disse a todos nós: “Coragem,
vão adiante, de esperança em
esperança.”
Consulta do coração
No dia 16 de março, em
Florianópolis, houve a reunião do Conselho Regional
(Sul IV da CNBB) de Pastoral. Lá, a despedida de Dom
Angélico foi muito simbólica,
carinhosa, poder-se-ia dizer.
Dirigiu-se à frente dos bispos,
padres, diáconos, religiosas,
leigos, membros do Conse-
Quem é Dom José Negri?
No seu último encontro com o clero, Dom Angélico presidiu celebração eucarística
Dom Angélico, agradecido pela homenagem, entrega à
comentarista da Missa, em Navegantes, uma flor
lho, e começou dizendo que já
era enfartado. Por esses dias,
fora fazer consulta no cardiologista. “Sabem o que revelou
o eletro? – perguntou ele aos
presentes, deixando-os quase
preocupados. E continuou: “O
eletrocardiograma estampou a
imagem de Santa Catarina em
meu coração”. Mais comoção
do que risos manifestou aquela
assembléia.
A mesma imagem, todos
nós, diocesanos e diocesanas
de Blumenau, sem dúvida,
vamos guardar do nosso
amado primeiro bispo dio-
cesano: um profeta-pastorsacerdote-apóstolo que,
depois de quase dez anos
caminhando conosco, não
leva rancor, decepção, desilusões. Talvez um pouco
disso também ele leve. É
um ser humano. Tem um
sistema neurológico. Tem
limitações também. E
de nós, quem é perfeiro?
Mas, como bispo emérito
de Blumenau, à imagem
do Coração de Jesus ele
continua a nos dizer, com
sua vida e suas palavras:
“Deus é Amor”.
Dom Angélico em São Paulo
Novo endereço a partir de 07.04.09
Rua Vicente Soares da Costa, 269
CEP 02755.000 – Jardim Primavera
Caixa Postal 14.199 (CEP 02731.970)
SÃO PAULO - SP
Email: [email protected]
Telefone: (011) 3936-2414
Nascido em Milão, Itália, no dia 18 de setembro de
1959, formou-se em Magistério em Milão (1974-1978);
estudou Filosofia em Monza
(Milão), no Seminário do
PIME (Pontifício Instituto
Missionário para o Estrangeiro), de 1980 a 1982; cursou
Teologia em Milão, no “Studentato Teológico PIME”,
afiliado à Universidade Urbaniana (1993-1986); Licenciou-se em Psicologia na
Universidade Gregoriana de
Roma, Itália (1995- 1999).
Ingressou no Pontifício
Instituto das Missões em
1980. Fez a Promessa inicial
em maio de 1983 em Monza.
Emitiu Promessa Definitiva de agregação ao Instituto
PIME no dia 07 de dezembro
de 1985 em Milão, Itália. Foi
ordenado sacerdote na Catedral de Milão em 07 de junho
de 1986 pelo Cardeal Carlo
Maria Martini, arcebispo de
Milão. No dia 25 de janeiro
de 1987 chegou ao Brasil
como sua primeira missão.
Exerceu diversos encargos, iniciando, no Brasil,
como vigário na Paróquia
Nossa Senhora do Carmo,
em Frutal (MG); depois, entre outros, foi Diretor Espiritual de Seminário, Reitor, Pároco, Conselheiro do Instituto
no Brasil e na Itália (2000 a
2002), Professor do Curso
de Pós-graduação de “Aconselhamento formativo”, em
São Paulo (SP), Vice-Provincial do Instituto PIME na
Região Sul do Brasil.
No dia 14 de dezembro
de 2005, o Papa Bento XVI
nomeou-o bispo e deu-lhe o
encargo de bispo auxiliar da
Arquidiocese de Florianópolis, de onde, no dia 18 de
fevereiro de 2009, o mesmo
Pontífice chamou-o para
ser o 2º. Bispo diocesano
de Blumenau. Dom José foi
ordenado bispo em Brusque,
no dia 05 de março de 2005.
Dom José é acolhido no seu primeiro encontro com os Padres
Bispo de Blumenau,
Dom José declarou:
“Desde o dia em que
fui consagrado Bispo,
prometi na minha vida
seguir o exemplo de
santidade de Cristo, o
Bom Pastor, que “não
veio para ser servido,
mas para servir”(Mt
20,28). É sob essa ótica que desejo desenvolver a minha nolva
missão. Que Deus me
Pe. Almir, em nome dos Padres
ajude!”
agradece Dom José, no final do
Em sua primeira
retiro (fevereiro 2008)
mensagem aos dioSeu lema espiscopal: cesanos e diocesanas de
“Basta-te a minha graça”(2Cor Blumenau, Dom Negri
12,9).
mostrou seu perfil proMentalidade aberta, ecu- fundamente missionário:
mênica, manifestou Dom José “Jesus me enviou como fez
na entrevista que deu ao Jor- com os primeiros apóstolos,
nal de Santa Catarina (edição para “anunciar a luz da boa
de 19.02.2009):” “Jesus pediu nova a toda criatura”. É à
para que todos sejam um e é luz dessas palavras que sinisso que buscamos. Com diá- to no meu coração o desejo
logo, principalmente com os de poder levar a todos esse
luteranos, que são muitos em anúncio, com entusiasmo e
Blumenau, devemos procurar com alegria, como frisou a
o que nos une para construir- Conferência de Aparecida”
(Cf. Jornal da Diocese de
mos o Reino de Deus.”
Ao Jornal da Arquidio- Blumenau edição de março
cese, logo que foi nomeado 2009, pág. 12).
Jornal da Arquidiocese - Na Arquidiocese o senhor é conhecido pelo seu estilo acolhedor, amigo e de estar próximo dos fiéis. Que estilo pretende adotar no trabalho em Blumenau?
Dom José - Desde o dia em que fui consagrado Bispo,
prometi na minha vida seguir o exemplo de santidade
de Cristo, o Bom Pastor, que “não veio para ser servido,
mas para servir” (Mt 20,28). É sob essa ótica que desejo
desenvolver a minha nova missão. Que Deus me ajude!
Fone/ Fax:
(047) 3323 3339
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Anacleto Dagnoni e Isolde B. Dagnoni
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14
Opinião
Abril de 2009
 Jornal da Diocese de Blumenau
Paróquias de Blumenau ajudam
Prelazia de São Félix do Araguaia
Palavras que não passam
Videntes iluminados
Teríamos que negar a Bíblia, se negássemos que o céu se
comunica com a terra. Nem poderíamos festejar o Natal, nem a
Epifania, nem nada que se refere a Jesus e aos santos. Sim, nós
cremos que existiram e podem existir ainda hoje visões e aparições. O papa não iria a Fátima e Lurdes se a Igreja não aceitasse
os videntes. Só não devemos é acreditar em todo mundo que diz
ver Deus, ou Maria, ou algum anjo. A Igreja nos dá essa advertência e este direito. Nenhum católico é obrigado a crer no que eles
dizem a não ser que a Igreja oficialmente assuma tais aparições.
Ainda assim, não somos obrigados a crer que Maria ou algum anjo tenha aparecido em determinado lugar. O Catecismo é
claro a esse respeito. No número 67, após dizer que não haverá
novas revelações até a segunda vinda de Cristo, a Igreja aceitou
algumas revelações privadas, que não pertencem ao depósito da
fé. A função delas é melhorar e completar a Revelação definitiva
de Cristo.
A Igreja pede discernimento. Devemos, pois, questionar
quem se apresenta como portador de alguma revelação, sobretudo os que dizem no rádio e na televisão: Jesus está me dizendo
neste momento... Talvez não esteja. Temos o direito de lhe fazer
perguntas. Pior para ele se não gostar. Jesus manda questionálos, em Mt 24,23-28. Ele próprio manda duvidar de quem diz
que viu, que sabe e que tem a resposta! Temos que aprender a
distinguir o falso santo e o falso profeta do verdadeiro pregador
da verdade.
Em muitos casos está claro que o vidente sofre de problemas
pessoais e mentais, noutros percebe-se um jogo sutil de humildade e piedade que esconde o desejo de poder sobre os outros. Noutros casos o comportamento da pessoa é tão sereno e cristalino
que convém ouvi-la. A Igreja diz que quem crê na palavra de um
irmão vidente pode crescer com isso se souber relacionar com a
Palavra de Deus e a doutrina da Igreja. Há videntes fiéis à Bíblia
e à Igreja e há os que misturam alhos com bugalhos.
Quem crê em qualquer um que diz que viu pode se enganar
terrivelmente. Quem ouve, mas questiona, nem por isso deixa
de ser um bom católico, desde que saiba discordar de maneira
respeitosa dos irmãos que dizem ver alguma coisa. Em resumo:
videntes e revelados? Existem, mas terão que provar que não estão delirando!
Máximas
para uma
civilização
do amor
Gentileza no falar cria confiança.
Gentileza no doar cria amor.
Saúda afavelmente os humildes, aqueles que se sentem abandonados ou rejeitados.
Cala quando te aperceberes que alguém se enganou para não feri-lo com
humilhação.
Sorri na monotonia do dever cotidiano,
para não entristecer quem vive ao teu lado.
Fala com doçura aos impacientes e
importunos.
Aperta cordialmente a mão de quem
está preocupado ou triste.
Olha com afeto quem esconde uma
dor e talvez esteja mais nervoso que de
costume.
Reconhece humildemente a tua culpa
e pede perdão se ofendeste alguém. Põe-te
a serviço de quem é teu subalterno.
O cristão empenha-se numa conduta
exemplar, sobretudo nas estradas, dirigindo o próprio veículo com diligência, com
paciência, com prudência e cortesia, por
amor de Cristo que nos redimiu, em reparação das ofensas que Ele recebe dos usuários da estrada e para evitar ao próximo
todo incômodo.
Faz tudo de tal modo que Deus, no teu
irmão/ã, esteja sempre contente contigo!
(Oreste Volpato)
Pare! Medite!
“Estejam alertas, fiquem firmes na fé, sejam corajosos, sejam fortes. Que tudo o que vocês fizerem seja feito
com amor”. (S. Paulo, 1 Cor 16,13-14)
“Senhor, fizeste-nos para Ti e nosso coração estará inquieto enquanto não repousar em Ti”.
(Santo Agostinho)
“Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização”.
(Martin Luther King)
“Altíssimo, onipotente, bom Senhor, teus são os louvores, a glória e a honra e todas as bênçãos”.
(S. Francisco de Assis)
“ Aquele que se esquece da misericórdia recebida, não se compadece de ninguém.”
(Santo Antônio de Pádua)
O Bispo da Prelazia de São Felix
do Araguaia, Dom Leonardo Steiner
pregou o retiro para os padres e diáconos permanentes da nossa Diocese
durante os dias 9 a 13 de fevereiro
último. Dom Leonardo é natural de
Forquilhinha, SC, e foi ordenado bispo na Catedral de Blumenau.
Ao final do retiro, ele pediu aos
padres que colaborassem para a
construção de uma casa paroquial
na sua Prelazia. A colaboração de
cada paróquia está anotada na tabela
abaixo. Alguns padres entregaram a
oferta diretamente a D. Leonardo o
e não consta a quantia da respectiva
Paróquia.
Sem dúvida, constitui-se num
gesto de solidariedade eclesial
e presbiteral com aquela Igreja
Particular, com muito maiores
dificuldades econômicas do que
a nossa Diocese de Blumenau.
Com certeza, esta generosa oferta
atrairá as bênçãos divinas sobre os
doadores.
D. Leonardo Bispo de S. Felix do Araguaia, MT, no retiro que pregou aos Padres (fev. 2009)
Notícias da Igreja
Jornal da Diocese de Blumenau  Abril de 2009
Igreja no Brasil
Igreja no Mundo
Dia Mundial das Comunicações
Bispos reúnem-se em Itaici
“Novas tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de
respeito, de diálogo, de amizade.” Este é o tema escolhido pelo
papa Bento XVI para o XLIII Dia Mundial das Comunicações 2009, que será celebrado no dia 24 de maio.
O anúncio foi feito pelo arcebispo Cláudio Maria Celli,
presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações
Sociais.
“O Papa nos põe diante de um autêntico programa de
trabalho”, disse o arcebispo. É um “compêndio dos compromissos e das responsabilidades que a comunicação e
as profissões da comunicação são chamadas a assumir em
primeira pessoa, em um tempo tão fortemente caracterizado pelo desenvolvimento das novas tecnologias que, de
fato, criam um novo ambiente e uma nova cultura.”
Nos próximos dias 22 a 30 de abril, acontece em Itaici, a Assembléia geral da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB). O tema
central deste importante evento está assim enunciado: “ a formação
presbiteral na Igreja no Brasil – Diretrizes Básicas.”
Mutirão de Comunicação
Uzbequistão: minoria católica entre maioria muçulmana
Uma Igreja de minoria em um país de
maioria muçulmana, dedica-se de maneira
particular à assistência aos pobres através de
obras que não têm nenhum reconhecimento
público, e mais ainda, deve trabalhar quase na
clandestinidade. O Uzbequistão é o país mais
povoado da Ásia Central (mais de 27 milhões
de habitantes) e um dos mais pobres da an-
Encontro
Mundial das
Famílias
O 7º Encontro Mundial das Famílias terá lugar na cidade de Milão, na Itália, em 2012, com o tema
“A Família, o trabalho e a festa”.
15
tiga União Soviética, da qual conseguiu sua
independência em 1991. A nação conta com
88% de população muçulmana sunita e 9% de
cristãos ortodoxos. Os católicos são cerca de
5 mil. Há algumas ocasiões de diálogo, como
o encontro com os turistas que visitam a catedral de Samarcanda ou os concertos de órgão
que se realizam na Igreja.
Autorizada a exposição pública
do Santo Sudário em 2010
O Papa Bento XVI autorizou
exposição pública em Turim (norte
da Itália), em 2010, do “Santo Sudário”, o sudário no qual segundo
a tradição foi envolto o corpo de
Cristo após a crucifixão.
“A exposição solene do Santo
sudário será organizada em 2010,
para dar aos participantes uma
oportunidade de contemplar esse
rosto misterioso que fala silenciosamente ao coração dos humanos,
convidando-os a reconhecer a fisionomia de Deus”, anunciou o Papa ao receber no Vaticano um
grupo de peregrinos provenientes de Turim.
O sudário de Turim é um lenço de linho retangular, de 436 cm
de comprimento e 110 cm de largura. Sobre um mesmo lado da tela
estão impressas as marcas frontais e dorsais de um homem morto
depois de ter sido crucificado.
O Mutirão de Comunicação América latina e Caribe, será realizado, de 12 a 17 de julho de 2009, em Porto Alegre, com o tema
“Processos de Comunicação e Cultura Solidária”. O evento, organizado pelos Bispos e equipes de comunicação das 18 dioceses do
Rio Grande do Sul, terá representantes de 36 países, além do Brasil.
O objetivo geral do Mutirão é promover espaços de diálogo sobre os
processos de comunicação à luz da cultura solidária, na construção
de uma sociedade comprometida com a justiça, liberdade e paz.
O evento tem cinco objetivos específicos: promover e gerar iniciativas de diálogo sobre o trabalho de comunicação nos países da
América Latina (nos processos culturais, econômicos e políticos);
partilhar e construir propostas teóricas, práticas e metodológicas
sobre os processos de comunicação que construam um mundo mais
justo e solidário; incentivar e criar redes de diálogo para favorecer o
intercâmbio e a colaboração entre as pessoas e instituições no âmbito da cultura e da comunicação; identificar e estimular estratégias
de democratização da comunicação; e refletir sobre os desafios da
comunicação na ação evangelizadora.
Congresso Eucarístico Nacional
O 16º Congresso Eucarístico Nacional vai acontecer em Brasília,
de 13 a 16 de maio de 2010. O tema: “Eucaristia, pão da unidade dos
discípulos missionários” e o lema: “Fica conosco, Senhor” serão
aprofundados, meditados em todo Brasil.
SONORIZAÇÃO DE IGREJAS E EM GERAL.
16
História das Comunidades
Abril de 2009
 Jornal da Diocese de Blumenau
Comunidade Eclesial Nossa Senhora do Rosário - Navegantes
O
casal Emanuel de Oliveira e
Odília Cunha dos Santos, com
Sr. Pedro (in memoriam) e
Sr. Antonio, foram, de certa forma, a
alma da Comunidade Nossa Senhora
do Rosário, no Porto das Balsas, Navegantes.
Emanuel, conhecido por “Maguila”, trabalhava como operador de
máquinas pesadas na construção da
BR 101. Sua esposa Odila, conhecida
por “Dila”, era cozinheira em Itajaí.
Ambos, da raça negra, do outro lado
do Rio Itajaí, no dia 15 de janeiro de
1998, viram sua casa incendiada. Os
moradores dali, do casal, não tinham
conceito bom. Mesmo policiais, chamados no momento do incêndio, expressaram a falsa idéia, corrente pelos
arredores. Seria este o motivo para
destruir aquela casa?
N
O casal não desanimou. Pelo contrário, resolveu dedicar-se mais à comunidade. Negociaram outra casa e
um “fusca” velho. Começaram a dar
atenção às crianças, dar-lhes balas,
brinquedos, fazendo-se de “papainoel”. Através delas, visitavam as famílias, os doentes e prestavam ajuda
que podiam a quem necessitasse.
Com Sr. Pedro, Sr. Antonio e sua
esposa, conhecida por Tina, ia amadurecendo o projeto de uma comunidade
católica. No ano de 1999, Pe. Idonizete
Krüger, então pároco em Navegantes,
ali, na casa do Sr. Pedro, presidiu a primeira missa. Eram tempos de missões
em toda a Paróquia/Santuáro de Navegantes. Missionários da Comunidade
Nossa Senhora das Graças foram fazer missão no Porto das Balsas. Na
casa do Sr. Antonio Fantino, reunia-se
um Grupos de Reflexão.
Próximo à escola, havia um “banhadão”. Mesmo assim, podia ser
pensado como sede da futura capela.
O Prefeito Luiz Geyer e o seu Vice,
Domingos Regis resolveram doa-lo
à nascente comunidade. Iniciaram-se
campanhas de doações. Mais de 200
(duzentas) caçambadas de barro preencheram o alagado. Sr. Romildo Tomaz Correia, morador do bairro, pôs
à disposição uma casa de madeira. Inteira, ela foi levada para o aterro.
Encontros e celebrações começa-
ram a ser realizados na improvisada
igreja. Afinal, Jesus não nascera num
estábulo? Depois de 2 (dois) anos,
a comunidade ganhou outra casa,
maior, medindo 17m de comprimento
por 12m de largura. A propriedade da
Igreja, de Deus, foi murada.
Da. Néia (apelido) e Aline assumiram a catequese das crianças. Sr.
Airton veio animar os cantos com seu
violão. Pouco depois, ele juntou-se à
Sra. Odila Cunha de Almeida, também como ministro extraordinário da
comunhão. Pe. Paulo Luciani sucedeu
Pe. Krüger no atendimento à capela.
Só Deus sabe quantas famílias,
pessoas, tanto do lugar como de fora,
ajudaram nesta caminhada. Como a
Mãe de Jesus, aquelas famílias católicas cantam as maravilhas que, pela fé,
Deus, entre eles, vai realizando.
Comunidade Eclesial Santa Luzia - Catedral - Blumenau
o início da década de 1950,
aproximadamente 20 (vinte famílias) residiam nas imediações
da Rua Araranguá, cidade de Blumenau.
No início da década de 1960, começou
a funcionar a escola municipal, cuja professora era Da. Laura, esposa do Sr. José
Bento.
Neste início da pequena vila que se ia
formando, a prefeitura da cidade resolveu
relocar pessoas pobres de áreas centrais
da cidade para a Rua Araranguá. Eram
em torno de 20 (vinte) famílias que, de
repente, chegavam para fazer parte da comunidade.
A vida religiosa das famílias também
das que iam engrossando o povoado, encontrava sua fonte na Matriz São Paulo
Apóstolo. Na escola, como todos os alunos eram católicos, faziam-se as orações
costumeiras. Um altar, doado por piedosa
senhora, foi colocado na área coberta da
construção, que servia também de pátio
para as crianças brincarem, especialmente
nos dias chuvosos. Nos meses dedicados
à Mãe de Jesus, diante de uma imagem
de Nossa Senhora Aparecida, as crianças
traziam-lhe flores e rendiam-lhe homenagens.
Por volta de 1963, deu-se o início da
comunidade católica, com as santas missões, pregadas pelos padres redentoristas,
cujos nomes as pessoas mais idosas guardam como Pe. Pedro e Pe. Anselmo. Pe.
Pedro hospedou-se na família do Sr. Antonio Curtipassi e Pe. Anselmo, na casa do
Sr. Inácio Busnardo.
Depois das missões, o pároco Frei
Brás Reuter começou a rezar missas na
escola, servindo-se do altar já preparado.
Outros freis que trabalhavam na Matriz
São Paulo Apóstolo vinham igualmente
presidir as celebrações. Encontros de casais eram promovidos. Funcionava uma
associação assistencial, chamada Associação Social Paroquial (ASP), que distribuía
aos carentes mantimentos e roupas doados
pelos católicos alemães.
A população aumentava significativamente, fazendo surgir a necessidade de
uma escola mais espaçosa. Renato Viana,
então prefeito municipal, encaminhou o
funcionamento de uma escola básica. Para
isso adquiriu área de terra do proprietário,
Sr. Ricardo Lupnow, cujo terreno situavase no morro, vizinho à primeira escola. Ao
lado desta escola, havia uma casa que as
famílias achavam apropriada para as celebrações e atividades religiosas. Pediram-na
ao Sr. Prefeito e ele cedeu-a. Ali, passaram
a ser celebradas as missas, ministrados
treinamentos de lideranças, catequese,
dízimo, etc. As crianças celebravam a Primeira Comunhão na igreja-matriz. Eram
solicitadas pelas catequistas da matriz para
fazerem a cerimônia da coroação de Nossa
Senhora, celebrarem o dia das mães, dos
pais, para encenações sobre paz, etc.
Com o crescimento da comunidade e
o ambiente mais propício para os encontros, o padre, agora, visitava a comunidade
mais frequentemente. De quinze em quinze dias havia missa.
No ano de 1978, foi iniciada a construção da capela. Incentivo especial, as
famílias sentiam do Frei Dalvino e do
Frei Feliciano. Este último fazia muitas
fotografias, que enviava para a Alemanha,
mostrando o início das obras e a necessidade de ajudar a comunidade que, na sua
grande maioria, era constituída de famílias
pobres.
Dos moradores da vila, ninguém
deixava de apoiar e ajudar as obras. Mas
alguns casais são lembrados como mais
dedicados: Leandro e Adélia Lazarini,
Sebastião e Alzirina Pereira, Roque e
Otilia Lombardi, José e Rosa Lombardi,
Pedro e Neli Wagner, Saul e Hilda da Silva, José e Laura Bento, Abdon e Marta
Florêncio, Gertrudes da Silva (embora o
marido fosse doente), Manuelina, Reinaldo e Cecília de Amorim, Altino e Celia
Xavier, Nisiomar e Oracélia dos Santos,
Jair e Nilda da Silva, José e Ione Nau,
Manoel e Luzia Jacinto, Osni e Araci
Gonçalves, Saul Bento.
No dia 12 de outubro de 1991, foi celebrada a primeira missa na nova capela.
Ainda não havia piso. Bancos, eram utili-
zados os da escola velha. Frei Brás presidiu a solene e comovente liturgia.
A padroeira Santa Luzia não foi escolhida por acaso. Uma senhora muito
devota da comunidade estava com grave
enfermidade nos olhos. Sabendo que, na
piedade católica, Santa Luzia é protetora
contra as doenças dos olhos, ele fez promessa à santa. Se ficasse curada, doaria a
sua imagem à nova igreja. Testemunham
os moradores que, apesar da gravidade da
doença, a mulher restabeleceu-se e, com
alegria e ação de graças a Deus, doou a
linda imagem à capela.
Da. Laura, a primeira professora do
lugar, tornou-se a primeira catequista,
ajudada, pouco depois, por Ir. Elza, Maria
Busnardo e Ione Nau. A professora e catequista Laura, igualmente foi a primeira
ministra extraordinária da comunhão, seguindo-lhe Celina, Gertrudes da Silva e
manuelina.
Nas pegadas de fé, de amor e de esperança dos pioneiros e pioneiras, hoje,
a comunidade católica Santa Luzia prossegue celebrando sua vida, sua luta, suas
dores e alegrias. Ao mesmo tempo, como
fermento de paz e salvação, atua em frentes de desenvolvimento social, de justiça,
numa cidade marcada pelos desafios da
exclusão, das doenças, da drogadição, da
corrupção.
Especializada em
Sonorização para Igrejas

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