narota dos órgãos - Câmara Municipal de Angra do Heroísmo

Transcrição

narota dos órgãos - Câmara Municipal de Angra do Heroísmo
Concertos:
18h00: Igreja de São Francisco 
João Vaz e Isabel Albergaria, órgão a quatro mãos
19h00: Igreja do Colégio 
Olga Lysa, órgão
19h45: Igreja da Sé 
João Vaz, órgão
20h30: Igreja de São Gonçalo 
Isabel Albergaria, órgão
Jantar e Palestra:
21h00: Convento de São Gonçalo 
Isabel Albergaria
Dinarte Machado
EVEN TO SO LID Á R IO pa r a a poia r a
ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM DE ANGRA DO HEROÍSMO
NA ROTA
DO S Ó RGÃOS :
Os Órgãos na
História e na Arte
dos Açores
23 maio 2015
4 igrejas - 4 concertos
Uma experiência única
BILHETES
Só Concertos: ................................ 10 TUBOS
Concertos + Jantar + Livro (*):..... 25 TUBOS
(*) INVENTÁRIO DOS ÓRGÃOS DOS AÇORES: Dinarte Machado e Gerhard Doderer
Apoios:
ROTARY CLUBE DE ANGRA DO HEROÍSMO CIDADE PATRIMÓNIO MUNDIAL
Rotary Clube de Angra do Heroísmo
Cidade Património Mundial
Foi constituído em 13 de Outubro de 1978 e reorganizado a 5 de Abril de 2004, depois
de um período de suspensão da actividade.
Integra o movimento rotário, ou simplesmente Rotary, fundado em 1905 por Paul Harris
nos Estados Unidos da América, com o objetivo de estimular e fomentar o ideal de servir
como base de todo o empreendimento digno, promovendo e apoiando: a) o
desenvolvimento do companheirismo como elemento capaz de proporcionar
oportunidades de servir; b) o reconhecimento do mérito de toda ocupação útil e a difusão
das normas de ética profissional; c) a melhoria da comunidade pela conduta exemplar de
cada um na sua vida pública e privada e d) a aproximação dos profissionais de todo o
Mundo, visando a consolidação das boas relações, da cooperação e da paz entre as
nações.É actualmente a maior Organização Não Governamental (ONG) do mundo com
representação em 207 países e envolvendo mais de um milhão e trezentos mil membros.
Neste espírito, o rotário acredita que, através do companheirismo que procura
desenvolver entre as pessoas, contribuirá significativamente para criar novas amizades e
uma maior boa vontade entre todos para a solução dos problemas que afligem o mundo.
Por isso, em tudo o que pensa, diz ou faz, um rotário aplica A Prova Quádrupla ou seja
interroga-se sempre 1 – Se é a VERDADE, 2 – Se é JUSTO para todos os interessados? 3
– Se criará BOA VONTADE e MELHORES AMIZADES e 4 – Se será BENÉFICO para todos os
interessados?
Anualmente o Rotary Clube de Angra do Heroísmo Cidade Património Mundial realiza
jantares, palestras, conferências, um torneio de golfe e um concerto musical, que lhe
permite contribuir financeiramente para os projectos levados a cabo pela Fundação
Rotária Portuguesa e pela Fundação Rotária Internacional, e apoiar localmente pessoas e
instituições carenciadas . Dos apoios mais recentes destacam-se a atribuição anual de
duas bolsas de estudo a estudantes carenciados, a doação de 4 seringas perfusoras e
impressora multifunções para o hospital de dia do Hospital de Santo Espírito da Ilha
Terceira, doação à Associação dos Amigos dos Deficientes da Ilha Terceira de um guincho
para apoiar as crianças deficientes a montar os cavalos no Centro Equestre o Malhinha e
a doação ao Centro de Oncologia dos Açores de 500 guarda-chuvas para utilizar no
rastreio do cancro da mama,
O evento “NA ROTA DOS ÓRGÃOS: Os Órgãos na História e na Arte dos Açores” integra
este conjunto de actividades e pretende atingir dois objectivos: 1) angariar verbas para
apoiar a Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo na aquisição de modelos
de simulação da prática de cuidados de enfermagem e 2) contribuir para a divulgação do
valioso património que constitui o conjunto de órgãos de tubos existente em Angra do
Heroísmo.
Dinarte Machado: Organeiro, palestrante convidado e
colaborador no evento
Desde muito jovem esteve ligado à música, surgindo o primeiro
contacto com os órgãos de tubos ainda com vinte anos de idade, por
necessidade imperiosa de restauro no órgão da Igreja Matriz de S.
Jorge, no Nordeste, ilha de S. Miguel, lugar que o vira crescer. Em
1987
monta
atelier
em
Ponta
Delgada,
dedicando-se
exclusivamente ao trabalho de organaria, efetuando o seu primeiro
restauro: órgão da Igreja Matriz da Ribeira Grande, em S. Miguel. Depois vão-se
sucedendo em órgãos dos Açores, Madeira, Continente e Espanha e até à data realizou
setenta e sete restauros em órgãos históricos, na sua maioria da escola de organaria
portuguesa, da segunda metade do século XVIII, em cuja área é especialista. No campo
da construção tem feito alguns órgãos de pequena dimensão para estudo e contruiu nove
instrumentos de maior envergadura, como o que se destinou à Igreja do Colégio do
Funchal. Realizou os inventários dos órgãos dos Açores e da Madeira, cujos trabalhos já
se encontram publicados. Em 1993, trabalhou em Espanha, com o Mestre Organeiro,
Gerhard Grenzing, no restauro do órgão histórico do Palácio Real de Madrid. No Encontro
Internacional realizado em Mafra, no ano de 1994, demonstra a existência de diferenças
entre os órgãos espanhóis e portugueses a partir da segunda metade do século XVIII. Foi
responsável pelo restauro dos seis órgãos da Basílica de Mafra, construídos no reinado
de D. João VI, conjunto único no mundo e que representa o expoente da escola de
organaria portuguesa, cujo trabalho foi inaugurado em 15 de Maio de 2010. Foi este
trabalho reconhecido com o Prémio Europa Nostra em 1 de Junho de 2012. Em Julho de
2010 foi condecorado com a comenda da Ordem de Mérito, por Sua Exa. Senhor
Presidente da República. Foi-lhe atribuída a Insígnia Autonómica de Mérito Profissional,
pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, em Junho de 2014.
Recentemente foi-lhe atribuído o título de Especialista Honoris Causa, pelo Instituto
Politécnico de Lisboa.
2
Organistas
João Vaz
Natural de Lisboa, João Vaz é diplomado em Órgão pela Escola
Superior de Música de Lisboa, sob a orientação de Antoine SibertinBlanc, e pelo Conservatório Superior de Música de Aragão em
Saragoça, onde estudou com José Luis González Uriol, como bolseiro
da Fundação Calouste Gulbenkian. É doutorado em Música e
Musicologia pela Universidade de Évora, tendo defendido a tese A
obra para órgão de Fr. José Marques e Silva (1782-1837) e o fim da tradição organística
em Portugal no Antigo Regime, sob a orientação de Rui Vieira Nery, sendo também
licenciado em Arquitectura pela Universidade Técnica de Lisboa. Tem mantido uma
intensa actividade a nível internacional, quer como concertista, quer como docente em
cursos de aperfeiçoamento organístico. Efectuou mais de uma dezena de gravações
discográficas a solo, salientando-se as efectuadas em órgãos históricos portugueses. Em
1998 colaborou com o organeiro Dinarte Machado na organização do simpósio «Órgãos
dos Açores». Como executante e musicólogo tem dado especial atenção à música sacra
portuguesa, fundando em 2006 o grupo Capella Patriarchal, que dirige. O seu trabalho de
edição musical, objecto de publicação em Portugal e em Espanha, abrange obras
conservadas na Biblioteca Nacional de Portugal, Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra
e Biblioteca Pública da Universidade de Coimbra, Biblioteca Municipal do Porto, Biblioteca
Pública de Évora e Biblioteca do Paço Ducal de Vila Viçosa. As suas publicações incluem
artigos que incidem sobretudo na música de tecla portuguesa. O seu artigo «Dynamics
and Orchestral Effects in late Eighteenth-Century Portuguese Organ Music: The Works of
José Marques e Silva (1782-1837) and the Organs of António Xavier Machado e Cerveira
(1756-1828)», incluído em Interpreting Historical Keyboard Music, publicado em 2013
pela editora Ashgate, é o primeiro texto publicado internacionalmente que enfatiza a
identidade dos órgãos portugueses de final de setecentos. Lecciona actualmente Órgão
na Escola Superior de Música de Lisboa, tendo também exercido funções docentes no
Instituto Gregoriano de Lisboa, Universidade de Évora e Universidade Católica Portuguesa
(Escola das Artes). Fundador do Festival Internacional de Órgão de Lisboa em 1998, é
actualmente director artístico do Festival de Órgão da Madeira e das séries de concertos
que se realizam nos seis órgãos da Basílica do Palácio Nacional de Mafra (de cujo
restauro foi consultor permanente) e no órgão histórico da Igreja de São Vicente de Fora,
Isabel Albergaria
Natural de S. Miguel, Açores, iniciou os seus estudos de órgão no
Conservatório Regional de Ponta Delgada com Ana Paula Andrade,
prosseguindo-os na Escola de Música do Conservatório Nacional com
Rui Paiva. Concluiu a licenciatura em órgão na Escola Superior de
Música de Lisboa com João Vaz. Frequentou também masterclasses
orientadas por organistas de referência como Luigi Ferdinando
Tagliavini, José Luis González Uriol, Daniel Roth, Andreas Liebig e Andrea Marcon. É
mestre em Musicologia Histórica pela Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de
Ciências Sociais e Humanas, encontrando-se actualmente a concluir o doutoramento em
Musicologia Histórica com a tese A tradição organística nos Açores: a produção
autóctone na sequência da importação dos instrumentos de Joaquim António Peres
Fontanes e António Xavier Machado e Cerveira, sob a orientação de Luísa Cymbron e
Gerhard Doderer. Tem realizado concertos em diversas temporadas de órgão em Portugal
e em Espanha. Foi organista convidada para a inauguração dos seis órgãos da Basílica de
Mafra, em 2010, e desde então é organista permanente dos ciclos de concertos a seis
órgãos que ali se realizam mensalmente. Foi directora artística do Festival Órgãos dos
Açores 2012. Na qualidade de musicóloga tem desenvolvido uma intensa actividade em
torno da temática dos órgãos dos Açores: participou como conferencista no II Encontro
Ibero-Americano de Jovens Musicólogos, com a comunicação «O órgão em Portugal após
as lutas liberais: a actividade organeira nos Açores no século XIX como consequência da
importação de instrumentos de Joaquim António Peres Fontanes e António Xavier
Machado e Cerveira»; no I Seminário Nacional «A Música na Província Portuguesa da
Ordem Franciscana», com a comunicação «Os órgãos das igrejas conventuais
franciscanas dos Açores»; no IV Encontro Nacional de Investigação em Música, com a
comunicação «A revitalização do património organístico dos Açores na sequência do 25
de Abril e da criação da região autónoma»; e no III Simpósio Internacional de Música Ibero
-Americana, com a comunicação «O repertório com órgão nos Açores após as lutas
liberais: o caso das Matinas da Semana Santa do Padre Silvestre Serrão». É professora de
Órgão no Conservatório Regional de Ponta Delgada. Fundadora e coordenadora do grupo
infanto-juvenil «Os pequenos cantores de S. José» e organista titular do órgão histórico da
Igreja de São José, daquela cidade.
3
Orgãos
Igreja de São Francisco
Olga Lysa
Olga Lysa é licenciada em Piano e Órgão pelo Conservatório Superior
Estatal P. I. Tchaikovsky de Kiev. Obteve o diploma do Curso Superior
de Piano sob orientação de A.Muravsky em 1983 e diploma do Curso
Superior de Órgão sob orientação de Galina Bulybenko em 1988 com
a classificação máxima.
Realizou pós-graduações com organistas como: Leopoldis Digris
(Lituânia), Ferdinand Klinda (Eslováquia), A. Sacetti (Itália), Leo Kremer (Alemanha),
Gaston Arel (Canadá) e Prof. José Luís Gonzáles Uriol (Espanha).
Desde 1980 iniciou a carreira de concertista tendo-se apresentado como solista. Como
organista tem colaborado com diversos conjuntos instrumentais e vocais. Olga Lysa foi
solista de Órgão no “National House of Organ and Chamber Music" de Kiev e
acompanhante do Coro Masculino Nacional Revutsky da Ucrânia. Durante este período
leccionou ainda no Instituto Superior Estatal de Cultura na Cátedra de Direcção Coral.
Participou ainda em diversos festivais de música contemporânea nas repúblicas da Ex
União Soviética e na Europa.
Construtor
António Xavier Machado e Cerveira, op. 22, 1788
Funcionamento
Mecânica do teclado suspensa, tração dos registos mecânica
Extensão . Registos
Dó1-Dó3 //Dó#3-Mi5 ; 11 registos ME e 11 registos MD
Pisantes . Pedais
Pisante (anulador cheios*); 2 Pisantes (Tambores Dó, Fá)
Fole
2 Foles em cunha suspensos, gerador de vento elétrico, colocado em 2011
Diapasão . Vento . Temperamento
430 Hz; pressão do ar 68mm; temperamento desigual
Registação
Mão esquerda
Mão direita
Trompa
Clarim (horiz.)
Recímbala *
Corneta, 5v *
Símbala *
Resímbala *
Compostas de Vintedozena, 5v *
Símbala *
Compostas de 19ª, 3v *
Compostas de 19ª, 4v *
No ano de 2000 deslocou-se para o Continente onde exerceu o cargo de professora na
Escola Luís António Maldonado Rodrigues em Torres Vedras e no Instituto Gregoriano em
Lisboa.
Dozena *
Voz Humana
Quinzena *
Flauta em 12
Flautado em 6 tapado
Flautim
Reside em Angra desde o ano de 2001 onde lecciona Piano e Órgão no Conservatório
Regional de Angra do Heroísmo. De 2005 até 2012 foi organista da Sé Catedral de Angra
do Heroísmo.
Flautado em 6 aberto
Oitava real e 12ª
Flautado de 12 tapado
Flautado de 12 tapado
Flautado de 12 aberto
Flautado de 12 aberto
Desde Janeiro de 1995 até Setembro de 2000 foi professora convidada de Órgão no
Conservatório Regional da Horta e organista titular da Igreja Matriz desde a inauguração
oficial do seu Órgão (11 de Maio de 1996).
Ao longo dos anos de serviço lectivo nos Conservatórios como professora, já apresentouse como solista em diversos tipos de conjunto em concertos e outros eventos culturais.
Observação: A caixa do instrumento apresenta-se como móvel policromado, com a fachada
marcada por três campos e por tubos palhetados em posição horizontal. Encontra-se
colocado numa tribuna ao lado do Coro alto, do lado do Evangelho. Originalmente munido
de três foles, o sistema de produção de vento estava situado na nave lateral, por detrás do
instrumento e à altura da tribuna do órgão, tendo sofrido algumas modificações ainda no
Século XIX. No decorrer do restauro, terminado por Dinarte Machado em 2011, dois dos
foles originais foram instalados novamente na própria tribuna do órgão, mas dentro da
caixa do mesmo.
4
Registação atual
Órgão da Igreja do Colégio
Construtor
António Xavier Machado e Cerveira, op.56, 1798
Funcionamento
.
Mão esquerda
Mão direita
Trompa de batalha (horiz.)
Clarim (horiz.)
Símbala, 4v
Compostas de 22ª, 4v
Vintedozena, 4v
Símbala, 3v
Dezanovena e 22ª
Flautim
Quinzena
Corneta real, 5v Oitava
Mecânica do teclado suspensa, tração dos registos mecânica
Flautado de 6 tapado
Extensão . Registos
Clarão, 5v
Voz humana
Dó1-Dó3 //Dó#3-Fá5 ; 10 registos ME e 10 registos MD
Flautado de 12 tapado
Flauta travessa
Flautado de 6 aberto
Flauta em 12
Flautado de 12 aberto
Flautado de 12 aberto
Pisantes . Pedais
Pisantes em balancete (anulador de cheios*), pisantes em balancete (anulador
palhetas) 2 Tambores (Dó, Fá)
Oitava real e 15ª, 5v
Registação original
Fole
Fole em cunha, não original, gerador de vento elétrico, colocado nos anos de 1980
Diapasão . Vento . Temperamento
442 Hz; pressão do ar 71 mm; temperamento desigual
.
Mão esquerda
Mão direita
Trompa de batalha (horiz.)
Clarim (horiz.)
Símbala, 4v
Compostas de 22ª, 4v
Vintedozena, 4v
Símbala, 3v
Dezanovena e 22ª
Flautim
Quinzena
Corneta real, 5v Oitava
Flautado de 6 tapado
Oitava real e 15ª, 5v
Clarão, 5v
Voz humana
Flautado de 12 tapado
Flauta travessa
Flautado de 6 aberto
Flauta em 12
Flautado de 12 aberto
Flautado de 12 aberto
Observação: Proveniente, provavelmente, do antigo Convento da Graça, o uso de
madeiras preciosas do Brasil e a renúncia à policromia do instrumento documentam,
de uma maneira significante, os princípios estruturais e ornamentais das caixas já
tardias do organeiro real de Lisboa. Colocado no centro do coro alto, o órgão sofreu,
por parte de Luís Esteves Pereira, uma intervenção com profundas modificações no
plano sonoro. Apesar de bem documentadas, não foi possível refazer estas alterações
no âmbito de uma posterior revisão, realizada por Dinarte Machado em 1994.
5
Órgão da Sé
POSITIVO DE COSTAS (I Teclado)
Mão esquerda
Construtor
Mão direita
Flautado de 24 tapado
Flautado de 24 aberto
Dinarte Machado, Nº1, 1993
Flautado de 12 aberto
Flautado de 12 aberto
Funcionamento
Flautado de 12 tapado
Flautado de 12 tapado
Mecânica do teclado suspensa, tração dos registos elétrica
Flautado em 6 tapado
Flautado em 6 tapado
Flautim
Oitava real
Oitava real
Voz humana
Quinzena *
Quinzena *
Dezanovena*
Compostas de Dozena e 19ª, 2v*
Símbala, 2v*
Cheio, 2v*
Resímbala, 2v*
Símbala, 2v*
Acoplamentos III-II, I-P, II-P, III-P; Rouxinol; dispositivo para ativação “registos inteiros”
Clarão, 3v*
Corneta, 4v*
Fole
Trompa real*
Trompa real*
1 primeiro fole paralelo, 4 foles em cunha (Man.), 2 foles paralelos (Ped.), 1 pequeno fole
de caixa em linha (Pos. Costas), gerador de vento elétrico
Trompa de batalha (horiz)**
Clarineta (horiz)**
Fagote (horiz)**
Clarim (horiz)**
Extensão . Registos
3 Teclados Dó1-Dó3 //Dó#3-Fá5; Ped. Dó1-Fá2; 25 registos ME e 26 registos MD, 7
registos do pedal
Anuladores . Acoplamentos . Registos Auxiliares
Anulador cheios II*, anulador palhetas horiz. II**;
Diapasão . Vento . Temperamento
ÓRGÃO PRINCIPAL (II Teclado)
440 Hz; pressão do ar 80 mm (Ped.) 78/75 mm (Órgão Principal ME/MD), 74 mm (Órgão
Pos.), 72 mm (Pos. Costas); temperamento igual
Registação:
Mão esquerda
Mão direita
Flautado de 12 tapado
Flauta travessa
Flautado em 6 tapado
Pífano
Quinzena
Quinzena
Corn Inglês
Cornetilha
Trémolo
Corn Inglês
Mão esquerda
Mão direita
Flautado de 12 tapado
Flauta travessa
Flautado em 6 tapado
Pífano
Quinzena
Quinzena
Corn Inglês
Cornetilha
Trémolo
Corn Inglês
ÓRGÃO DO PEDAL
Flautado de 24 aberto
Flautado de 24 tapado
Flautado violão
Flautado de 12 aberto
Flautado de 6 aberto
Bombarda em 24
Trombeta em 12
6
Órgão do Recolhimento de São Gonçalo
Observação: Até 1982 existiram na Sé Catedral de Angra dois instrumentos: órgão
grande, colocado do Lado da Epístola sob o segundo arco lateral da nave e um mais
pequeno, ou seja, o órgão do Padre Serrão, instalado do Lado do Evangelho, sob o
arco lateral da nave desse lado. Na mencionada data, os dois órgãos foram devorados
por um violento incêndio, apenas dois anos depois de terem sido parcialmente
afetados pelo sismo ocorrido em 1980.
O órgão grande foi cedido pela rainha D. Maria II à Sé de Angra do Heroísmo; a nau
que iria levar o instrumento a Macau ficou sujeita a uma série de reparações com a
consequente descarga dos bens transportados. Após vários anos depositado em terra
firme, sempre com as indicações do seu construtor, Joaquim António Peres Fontanes,
o Bispo de então, solicitou à Rainha a cedência do instrumento.
O já acima mencionado órgão do padre Serrão foi construído por ele próprio em 1841,
aquando da sua transferência do Continente para a Ilha Terceira.
Ainda antes do incêndio de 1982, os dois instrumentos deviam ter sido removidos
pelo organeiro Luís Esteves Pereira, de Vila Nova de Famalicão, com a finalidade de
libertar aquele espaço, enquanto se procedia ao seu restauro. A desmontagem foi
efetuada e, tendo sido na altura retirados apenas os tubos dos dois órgãos, tanto os
foles como os someiros dos dois instrumentos ficaram totalmente reduzidos a cinzas.
Logo a seguir ao incêndio surgiu a ideia de se construir um novo órgão, a colocar no
mesmo local. Foi incumbido de o fazer o próprio Luís Esteves Pereira que, na altura,
seguia com o restauro do órgão da Igreja de Nossa Senhora do Carmo (Colégio) de
Angra do Heroísmo. O Inesperado falecimento de Luís Esteves Pereira, em 1992, não
permitiu a realização do projeto proposto.
Ficou então, encarregado o organeiro Dinarte Machado de tratar da construção de um
novo órgão para a Sé Catedral. Este decidiu, para a realização de um projeto
completamente novo, aproveitar todos os elementos que se conservaram do anterior
órgão da autoria de Joaquim António Peres Fontanes; foi principalmente na
planificação tonal que se procurou respeitar os conceitos técnicos e estéticos daquele
organeiro. Atualmente, trata-se do órgão de maiores dimensões existente nas ilhas
dos Açores.
Construtor
Joaquim António Peres Fontanes, 1793
Funcionamento
Mecânica do teclado suspensa, tração dos registos mecânica
Extensão . Registos
Teclado Dó1-Dó3 //Dó#3-Ré3 ; 8 registos ME e 10 registos MD, 2 registos inteiros
Pisantes . Pedais
2 pisantes em balancete (anulador de cheios*)
Fole
Fole em cunha com bombeador no interior da caixa, gerador de vento elétrico
colocado em 1996
Diapasão . Vento . Temperamento
428,2 Hz; pressão do ar 68 mm; temperamento desigual
Mão esquerda
Mão direita
Oitava real *
Oitava real *
Dozena *
Dozena *
Flautado de 6 tapado *
Flautado de 6 tapado *
Quinzena *
Quinzena *
Dezanovena e 22ª *
Dezanovena *
Flautado de 6 tapado
Oitava real *
Mistura, 4v (reg. int.) *
Vintedozena *
Símbala, 3v (reg. int.) *
Flautado de 12 tapado
Flautado de 12 tapado
Voz humana
Flautado de 12 aberto
Flautado de 12 aberto
Fagote (horiz.)
Oboé (horiz.)
Observação: Móvel que mantém todas as características estruturais e ornamentais,
tasl como conhecidas pelos trabalhos do organeiro lisboeta: três planos da fachada
com registos palhetados em posição horizontal. O instrumento encontra-se, hoje em
dia, no coro alto do antigo convento, encostado à parede norte. Restaurado por
Dinarte Machado em 1996.
7
Programa
18h00: Igreja de São Francisco (Isabel Albergaria e João Vaz, órgão)
Georg Friedrich Haendel (1685-1755)
The Grand Hallelujah in the Messiah (arranjo para órgão a 4 mãos
de John Marsh, 1783)
Samuel Wesley (1766-1837)
Duetto 3 (Three Duets for Eliza)
Ramón Ferreñac (1763-1832)
Sonata de clarines en Sol mayor para órgano a cuatro manos
19h00: Igreja do Colégio (Olga Lysa, órgão)
Pedro de Araujo : BATALHA DE 6º TOM
Bernardo Pasquini (1637 - 1710): PARTITE SOPRA LA ARIA DELLA
FOLIA DA ESPAGNA
Diogo da Conceição (17. jahrhunderr): TENTO DE MEIO REGISTO ALTO
DE 2º TOM
Anónimo (17. jahrhunderr): ESPAÑHOLETA
19h45: Igreja da Sé (João Vaz, órgão)
Johann Sebastian Bach (Alemanha, 1685-1750)
Tocata e Fuga em ré menor «dórica», BWV 538
François Couperin (França, 1668-1733)
Cromorne en taille (Messe des Couvents, ca. 1690)
Marcos Portugal (Portugal, 1762-1830)
Sonata para órgão
20h30: Igreja de São Gonçalo (Isabel Albergaria, órgão)
Baldassare Galuppi (Itália, 1706-1785)
Sonata em ré menor
Andante
Allegro
Largo
Allegro e spiritoso
Carlos Seixas (Portugal, 1704-1742)
Sonata para órgão em lá menor (Fuga para órgão)
21h00: Convento de São Gonçalo
Jantar e palestra subordinada ao tema “PROBLEMÁTICA DA
CONSERVAÇÃO DOS ÓRGÃOS HISTÓRICOS NOS AÇORES (Dinarte
Machado) E UM TESTEMUNHO MUSICAL (Isabel Albergaria).
Informações práticas
Cada concerto terá a duração de 22 minutos e será antecedido por uma
nota explicativa de cerca de 3 minutos sobre o programa musical.
O evento termina no Convento de São Gonçalo com um jantar, durante o
qual será proferida uma palestra pelo Organeiro Dinarte Machado e pela
Organista Isabel Albergaria e subordinada ao tema “PROBLEMÁTICA DA
CONSERVAÇÃO DOS ORGÃOS HISTÓRICOS NOS AÇORES (Dinarte
Machado) E UM TESTEMUNHO MUSICAL (Isabel Albergaria)”.
Os bilhetes para este evento tem um custo de:
10 euros - incluindo apenas os 4 concertos;
25 euros - incluindo os concertos, o jantar e a oferta do livro
“INVENTÁRIO DOS ÓRGÃOS DOS AÇORES”, de Dinarte
Machado e Gerhard Doderer e editado pela
Direcção Regional da Cultura;
Os bilhetes podem ser adquiridos através dos contactos abaixo
indicados. Os bilhetes que incluem o jantar (com número limitado
de lugares) tem que ser adquiridos até ao dia 17 de maio.
 José Eduardo Machado Soares | 966851186 | [email protected]
 Paulo Caetano Ferreira | 963044019 | [email protected]
 Miguel Cunha | 912655330 | [email protected]
 Maurício Nunes | 962594515 | [email protected]
 João Pedro Freitas | 962524145 | [email protected]
 António Menezes | 962524096 | [email protected]
4 igrejas, 4 concertos
Uma experiência única
8

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