Maio, mês dos Museus

Transcrição

Maio, mês dos Museus
junho 2006
20
> Maio, mês dos Museus
– Museus cumpriram objectivos!
[ editorial ] Ao findar o primeiro semestre
Maio, mês dos Museus
de 2006, a RPM publica o seu Boletim
> Acolhimento da Delegação
do Departamento de Museus
do IPHAN
n.º 20 num período que para muitos museus
– Museus cumpriram objectivos!
sabe ainda às memórias do efervescente
Este ano consagrado ao
> PAQM 2005 – Projectos
apoiados
mês de Maio. Se tem sido crescente a ade-
tema Os Museus e os
são dos museus portugueses às datas
Jovens, o Dia Interna-
comemorativas que fazem de Maio o mês
cional dos Museus, cele-
dos museus, com especial destaque para
brado no dia 18 de
o Dia Internacional dos Museus e mais
Maio, e a Noite dos
recentemente para a Noite dos Museus,
Museus, comemorada
> Acompanhamento dos Museus
da RPM
> Visitas a Museus dos Açores
> Normas e Procedimentos de
Conservação Preventiva
Bases Orientadoras
no presente ano assumiu particular noto-
no dia 20 de Maio, cati-
> Acções de Formação RPM/2006
riedade a dimensão das iniciativas promovi-
varam muito expres-
> Participação em Encontros
das, desde logo pela quantidade e sobre-
sivamente os museus da
> A Casa de Camilo no Século
XXI, por José Manuel de Oliveira
tudo pela diversidade e pela abrangência.
RPM e uma ampla diver-
Atrevemo-nos mesmo a avançar a ideia de
sidade de públicos. As
> Musealização e Ampliação do
Tesouro Museu da Sé de Braga,
por Paulo Providência
que a visibilidade pública das manifestações
comemorações não se
culturais desenvolvidas pelos museus encon-
cingiram àquelas datas, estendendo-se por todo o mês de Maio,
trou como nunca novos canais de divulga-
com a oferta de uma multiplicidade de iniciativas, desta vez, muito
ção, com particular destaque para a aten-
marcadas por um espírito aberto à “juventude de cada idade”.
ção da comunicação social. Vale a pena a
No conjunto dos museus da RPM, mais de 85 museus aderiram às
este propósito salientar as boas alianças
referidas celebrações com um número superior a 460 iniciativas
que se estabeleceram com os meios de
programadas para o efeito, para além de alguns oferecerem entrada
comunicação, fosse no âmbito global, atra-
gratuita aos seus visitantes. É de destacar a enorme diversidade
vés dos esforços de divulgação conjunta
das iniciativas e a criatividade manifesta na abordagem do tema
efectuados pelo IPM, fosse no âmbito parti-
proposto pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM), com o
> Dissertações
cular de cada museu e da rentabilização
intuito de reforçar o diálogo com os jovens, envolvendo-os nas
> Encontros
dos seus contactos de referência. O papel
actividades através da apresentação e da organização de oficinas
> Notícias Museus RPM
> Edições de Museus RPM
> Em Agenda...
> Outras Notícias
- Encontro Terrassa LANA 2006
- Maria Emília dos Santos e Silva
Amaral Teixeira
- Domingos Francisco
- Henri Campagnolo
(cont. na página 2)
(continuação da página anterior)
desempenhado pela comunicação social na divulgação
seja a propósito das normas e procedimentos de con-
das actividades promovidas pelos museus em Maio merece
servação preventiva, cujo grupo de trabalho levou a cabo
da parte da RPM e certamente dos directores e técnicos
no mês de Junho participadas reuniões de debate e de
dos museus alguma reflexão quanto às possibilidades e
esclarecimento em Lisboa e no Porto.
às oportunidades de atingir os públicos para os quais os
São do norte do País os dois exemplos de recente quali-
museus trabalham. A par desta divulgação assistiu-se a
ficação de museus, já concluída na Casa de Camilo em
uma explosão de formas personalizadas de levar com
Famalicão e em curso no Tesouro-Museu da Sé de Braga,
ritmo frequente até à caixa de correio electrónico de
que dão azo aos dois artigos centrais deste número,
cada um (profissional, visitante, professor, amigo do
respectivamente da autoria de José Manuel Oliveira e
museu) a informação sobre a oferta de actividades que
de Paulo Providência.
cada museu engendrou para este festivo Maio.
Por uma infeliz coincidência lembram-se neste número
Se a actividade museológica esteve efusivamente voltada
três companheiros da jornada museológica que partiram:
para fora, foi este período também marcado pelo esforço
Maria Emília Amaral Teixeira, antiga directora do Museu
de documentação da própria gestão dos museus, a que
Nacional Soares dos Reis e do Museu Alberto Sampaio;
obriga a produção da documentação prescrita na Lei
Domingos Francisco, técnico do Museu Municipal de
Quadro dos Museus Portugueses. Para muitas equipas
Coruche; e Henri Campagnolo, investigador do Centre
dos museus este tem sido um tempo de produção de
National de la Recherche Scientifique e docente convidado
regulamentos, normas e procedimentos, cuja utilidade
de universidades portuguesas. Na homenagem que se
à maior eficácia das instituições museológicas é inegável.
lhes presta nestas páginas, patenteia-se o respeito por
Nesta medida têm-se multiplicado as oportunidades de
obras tão diferentes, em todas, porém, estando presentes
debate e de confronto que a produção desta documen-
a devoção aos museus e à Museologia e a qualidade de
tação implica, seja nos casos em que se constituíram
“ver mais além” ao longo do percurso da vida.
grupos regionais de trabalho, como Isabel Fernandes dá
conta a propósito do grupo de museus do norte que
Clara Camacho
periodicamente reúne e debate os documentos em curso,
Subdirectora do Instituto Português de Museus
(continuação da página anterior)
Maio, mês dos Museus
ligadas a formas de expressão que lhes são próprias,
das nos museus da RPM, na sua maior parte, com
em particular no campo da arte (ex: Graffiti), da música
o objectivo de ir ao encontro do público jovem, mui-
(ex: Bandas de Garagem) e da dança (ex: Hip Hop).
tas vezes recorrendo a parcerias com associações
Inauguração de exposições, concursos, projecção de
de juventude, o Instituto Português da Juventude,
filmes, animação de rua e desfiles, bancas de vendas,
associações culturais, grupos musicais, autarquias,
conferências, palestras e debates, jogos e acções lúdicas,
bombeiros, grupos de amigos dos museus, escolas e
lançamento de livros ou de sítios na Internet, oficinas
artistas.
pedagógicas e workshops, música e dança, concertos
É caso para reconhecer que os museus cumpriram os
e espectáculos, visitas guiadas, passeios e peddy-papers,
objectivos propostos tendo em conta a significativa
performances e instalações, dramatizações e espectá-
participação de públicos e a expressiva presença de
culos de teatro foram algumas das actividades realiza-
jovens nas actividades desenvolvidas. z
2 | Boletim Trimestral
Notícias RPM
Acolhimento da Delegação do
Departamento de Museus do IPHAN (Brasil)
Entre os dias 2 e 5 de Maio, esteve em Portugal a
Museu Nacional de Etnologia com os coordenadores
Delegação do Departamento de Museus do IPHAN
dos cursos de pós-graduação e mestrado em Museo-
(Brasil) para reuniões e visitas de trabalho no âmbito
logia das seguintes universidades: Universidade do
de uma cooperação estabelecida com o Instituto
Porto, Universidade de Coimbra, Universidade Nova
Português de Museus (IPM).
de Lisboa, Faculdade de Belas Artes de Lisboa, Univer-
No primeiro dia, o acolhimento desta delegação foi
sidade de Évora e Universidade Lusófona.
feito no Palácio Nacional da Ajuda, após o que se
Durante a tarde, foram visitados alguns dos núcleos
seguiu uma reunião com a direcção do IPM, com
que integram o Ecomuseu Municipal do Seixal (inte-
os dirigentes dos respectivos serviços e com a
grado na RPM) com a sua Directora, Dra. Graça Filipe.
Estrutura de Missão Rede Portuguesa de Museus.
No último dia, foi organizada uma visita ao Insti-
Com o acompanhamento do Director do Museu
tuto Português de Conservação e Restauro (IPCR)
Nacional de Etnologia, Doutor Joaquim Pais de Brito,
e a alguns dos seus laboratórios, seguida de uma visita
foi efectuada uma visita às respectivas exposições
ao Museu Nacional do Azulejo com o seu Director,
e às recentemente inauguradas Galerias da Amazónia
Dr. Paulo Henriques. À tarde, a Delegação do IPHAN
(reservas
ainda
visitou a Loja dos Museus do IPM instalada no Palácio
teve lugar uma visita ao Museu Nacional de Arqueo-
Foz na Praça dos Restauradores, com o acompa-
logia com a presença do seu Director, Dr. Luís Raposo.
nhamento da sua responsável, Dr.ª Inês Freitas.
No dia seguinte, a referida Delegação brasileira des-
Ao fim da tarde, a Delegação brasileira ainda teve
locou-se a Mértola para visitar o Museu (integrado
oportunidade de estar presente na inauguração da
na RPM) e os respectivos núcleos museológicos, bem
exposição “Artistas viajantes e o Brasil do século XIX
como o Campo Arqueológico de Mértola, com o
– Colecção Brasiliana” na Galeria D. Luís do Palácio
seu Director, Dr. Cláudio Torres.
Nacional da Ajuda, no âmbito das comemorações
No dia 4 de Maio, foi organizada uma reunião no
do Dia da Cultura da CPLP. z
visitáveis).
Na
mesma
tarde,
PAQM 2005 – Projectos apoiados
A cerimónia de assinatura dos acordos de colaboração
apoiadas, correspondendo a oitenta projectos e a um
entre o IPM/RPM e as entidades beneficiárias apoiadas
total de 466.420,67 Euros.
pelo Programa de Apoio à Qualificação de Museus
Na distribuição dos projectos por programa, destaca-
(PAQM), em 2005, realizou-se no dia 23 de Março
-se a sua expressiva incidência na área da comunicação
de 2006 no Museu Nacional de Etnologia. Foram trinta
(45%) seguida da conservação preventiva (31%) e da
e nove os museus cujas candidaturas ao PAQM foram
investigação (24%).
PAQM 2005 – Distribuição dos projectos apoiados
P2. Investigação e Estudo de Colecções
19
24%
P3. Conservação Preventiva
25
31%
P3.1. Aquisição de Equipamentos para Conservação Preventiva
10
12%
P3.2. Aquisição de Equipamentos para Reservas
14
18%
P3.3. Aquisição de Serviços Especializados
1
1%
P.4 Acções de Comunicação
36
45%
P4.1. Acções de Acolhimento e de Comunicação
21
26%
P4.2. Apoio a Projectos Educativos
15
19%
Total de projectos candidatados
80
100%
Rede Portuguesa de Museus | 3
Projectos Apoiados no âmbito do PAQM 2005
Programa de Apoio à Investigação e Estudo de Colecções (P2.)
Ecomuseu Municipal do Seixal: Estudo e digitalização de plantas de bens imóveis da Mundet (edifícios
da antiga fábrica.
Museu Anjos Teixeira: Reedição de obra sobre escultura de Anjos Teixeira.
Museu de Arte Contemporânea de Serralves: Continuação do estudo e inventário da colecção.
Museu de Arte Sacra e Etnologia: Estudo das Colecções de Etnologia.
Museu do Brinquedo: Continuação da execução do inventário do acervo do Museu.
Museu do Carro Eléctrico do Porto: Edição do 1º volume da colecção de fotografia do Museu; Edição
do Guia de Visita em versão inglesa.
Museu Convento dos Lóios: Estudo sobre o convento e a congregação dos Lóios e design para a respectiva
publicação.
Museu Escolar de Marrazes: Inventário e digitalização de imagens.
Museu Ferreira de Castro: Reedição de cartas de Ferreira de Castro e edição de mini-roteiro do Museu.
Museu da Fundação Cupertino de Miranda: Estudo da colecção “Gonçalo Duarte” e produção de cartaz,
catálogo e tela.
Museu Municipal de Alcochete: Estudo sobre as igrejas de Sabonha e São Francisco.
Museu Municipal de Benavente: Estudo e inventário da colecção de alfaia agrícola para um novo núcleo
e instalação de reservas visitáveis no Celeiro dos Arcos.
Museu Municipal de Faro: Estudo da Colecção do Material de Cerâmica Islâmica do Museu Municipal
de Faro.
Museu Municipal de Penafiel: Estudo da colecção da necrópole arqueológica de Monteiras; estudo da
colecção relativa ao ofício de carpinteiro.
Museu Municipal de Santiago do Cacém: Estudo da colecção de terra sigilatta africana.
Museu de Olaria: Estudo “A Louça de Prado”.
Museu de São Roque: Edição do livro “S. Francisco Xavier”.
Programa de Apoio à Conservação Preventiva (P3.)
Casa-Museu Abel Salazar: Aquisição de material de acondicionamento e de iluminação adequada.
Museu de Arqueologia e Numismática de Vila Real: Aquisição de mobiliário apropriado para reservas.
Museu Bernardino Machado: Aquisição de material de acondicionamento de bens em reserva.
Museu do Caramulo: Equipamento de conservação preventiva.
Museu do Carro Eléctrico: Equipamento de acondicionamento e de conservação para as reservas.
Museu Escolar de Marrazes: Aquisição de estantes para reservas.
Museu da Fundação Cupertino de Miranda: Mobiliário para acondicionamento da colecção Cesariny.
Museu Municipal de Alcochete: Equipamento de monitorização e controle das condições de conservação
preventiva.
Museu Municipal de Coruche: Equipamento para reservas destinado ao novo edifício do museu.
Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim: Aquisição de equipamento de conservação
preventiva; Armários arquivadores para quadros.
Museu Municipal de Faro: Acondicionamento em reserva de fotografias do fundo antigo do museu.
Museu Municipal Leonel Trindade: Aquisição de equipamento de conservação preventiva.
Museu Municipal de Moura: Equipamento de conservação preventiva para o núcleo do Lagar de Varas de Fojo.
Museu Municipal de Penafiel: Equipamento de conservação preventiva; Equipamento para reservas.
Museu Municipal de Santarém: Equipamento para reservas; Estudo para preparação do Plano de Conservação
Preventiva do Museu.
Museu Municipal de Santiago do Cacém: Aquisição de mobiliário para reservas.
Museu Municipal de Vila Franca de Xira: Material de acondicionamento de fotografias em reserva.
equipamento de monitorização para reservas.
Museu da Pólvora Negra: Equipamento de monitorização de conservação preventiva.
Museu de Vila do Conde: Aquisição de equipamento de conservação e de mobiliário para as futuras
reservas do núcleo-sede.
4 | Boletim Trimestral
Programa de Apoio a Acções de Comunicação (P.4)
Casa-Museu Guerra Junqueiro: Painel expositivo sobre a história da ourivesaria.
Casa-Museu Leal da Câmara: CD-Rom interactivo sobre os três museus da Câmara Municipal de Sintra;
acções lúdico-didácticas; edição de roteiro infantil.
Ecomuseu Municipal do Seixal: Edição de brochura e folheto bilingues; edição do catálogo Quem diz
cortiça diz Mundet, quem diz Mundet diz cortiça; edição de folheto sobre a extensão da Quinta de S. Pedro.
Museu da Água: Edição de livro em braille sobre o museu.
Museu de Arte Sacra: Catálogo da exposição “Eucaristia – Mistério da Luz”; Criação de Sítio do Museu
na Internet.
Museu do Caramulo: Edição de catálogo com legendagem em Inglês e castelhano.
Museu do Carro Eléctrico: Implementação de um sistema de auto-guia.
Museu da Cidade – Museu Romântico: Reedição de material didáctico “Bonecos de recortar”.
Museu da Fundação Cupertino de Miranda: Sítio na Internet do Museu.
Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim: acção pedagógica sobre o museu e
material de divulgação.
Museu Municipal de Faro: Criação de Sítio na Internet do museu; Jogos multimédia; Kiko e Kamica –
O Mosaico Oceano.
Museu Municipal de Loures: A Mudança nas paisagens em Loures – edição em papel e em CD-Rom;
“Aparecer para existir” – Os centros de documentação dos Museus de Loures na Internet.
Museu Municipal de Moura: Catálogo sobre o Castelo de Moura; Edição de novos folhetos sobre o Museu
e os seus núcleos.
Museu Municipal de Penafiel: Material de divulgação diverso “As Artes do ferro”.
Museu Municipal de Santarém: Construção de Sítio do Museu na Internet; Maleta pedagógica.
Museu Municipal de Vila Franca de Xira: Edição de folheto em português, inglês e braille e do catálogo
da exposição “Arte e Devoção”; Sinalética do Núcleo da Igreja do Mártir Santo; Animação musical no
museu; Teatro de Robertos.
Museu do Papel Moeda: Projecto educativo “Douro acima”.
Museu da Pólvora Negra: Edições e ateliers diversos.
Museu da Quinta de Santiago: 10 anos do museu – livro referente ao projecto “Aprender com arte no
Jardim” e seminário internacional sobre serviços educativos.
Museu da Villa Romana do Rabaçal: Execução de um Puzzle e de um CD-Rom sobre o Museu.
Museu de São Roque: Projecto educativo “Vamos conhecer o Oriente com S. Francisco Xavier”.
Museu dos Transportes e Comunicações: Projecto de História Oral em DVD.
Acompanhamento dos Museus da RPM
Tendo em conta as exigências do novo enquadramento
da Subdirectora do IPM e de Directores de museus
legal, a Estrutura de Missão Rede Portuguesa de Museus
tutelados pelo IPM. Estando quase a finalizar o prazo
(EMRPM) tem acompanhado o processo de transição
de adequação às exigências da Lei, designadamente
dos museus da RPM para o sistema de credenciação
no que respeita à existência de documentação obri-
introduzido pela Lei Quadro dos Museus Portugueses.
gatória, a EMRPM centrará o seu trabalho, nos próxi-
Desde o princípio do ano até 15 de Junho, foram
mos meses, na visita aos museus em falta, na apreciação
efectuadas mais quarenta visitas técnicas a museus
da referida documentação e dos resultados observados
localizados em vários pontos do País (Continente e
nas visitas realizadas no âmbito da evolução qualitativa
Ilhas), algumas das quais têm beneficiado da presença
dos museus. z
Visita a Museus dos Açores
Entre os dias 28 e 31 de Março, foram realizadas pela
Machado, em Ponta Delgada (Ilha de São Miguel), e
Subdirectora do IPM e pela Dr.ª Cláudia Jorge Freire,
aos Museus de Ilha de Santa Maria e da Graciosa,
Técnica da Estrutura de Missão Rede Portuguesa de
museus integrados na RPM no âmbito da cooperação
Museus, reuniões e visitas de trabalho ao Museu Carlos
estabelecida por protocolo entre o Instituto Português
Rede Portuguesa de Museus | 5
de Museus/Rede Portuguesa de Museus e a Direcção
reuniões permitiram igualmente acompanhar o trabalho
Regional de Cultura dos Açores.
em curso de adequação aos quesitos exigidos pela Lei
Estas visitas tiveram como principais objectivos: o contacto
Quadro dos Museus Portugueses.
com os responsáveis e com os técnicos dos museus, o
Esta deslocação reforçou e aprofundou a articulação
conhecimento das suas instalações, colecções, actividades
institucional entre o IPM e a Direcção Regional de
internas e actividades dirigidas ao público, bem como
Cultura dos Açores no âmbito da boa cooperação
das suas potencialidades e carências. As visitas e as
entre ambos os organismos. z
Normas e Procedimentos de Conservação
Preventiva – Bases Orientadoras
Na sequência do que foi anunciado no Encontro dos
para participarem em sessões de esclarecimento orga-
Museus da RPM decorrido no dia 24 de Março no
nizadas no dia 19 de Junho, no Museu Nacional de
Museu Nacional de Etnologia, o grupo de trabalho,
Etnologia, em Lisboa, e no dia 21, no Museu Nacio-
constituído por elementos do IPM e do IPCR, responsável
nal de Soares dos Reis, no Porto. Nestas sessões puderam
Informações e contactos
pela elaboração de um documento orientador das
ser debatidas questões relacionadas com o teor do refe-
Grupo de Trabalho Conservação
Normas e Procedimentos de Conservação Preventiva,
rido documento, bem como questões correspondentes
finalizou uma proposta do mesmo, a qual foi de imediato
a necessidades e a práticas específicas de conservação
remetida aos museus da RPM, a par de um convite
preventiva das colecções nos museus da RPM. z
Preventiva
[email protected]
Acções de Formação RPM / 2006
Data
Tema / Coordenação
Local
22-24 Maio
Museu e acessibilidades
Coordenação: Clara Mineiro
Porto, Museu Nacional
Soares dos Reis
5-8 Junho
Programação e produção de exposições
Coordenação: María de Jesús Ávila
Faro, Museu Municipal de Faro
19-26 Junho
Atendimento e vigilância nos museus
Coordenação: Isabel Silva
Funchal, Casa-Museu
Frederico de Freitas
5-7 Julho
Concepção de sítios de Internet em museus
Coordenação/Formação: Adolfo Silveira
Lisboa, Museu Nacional
de Arqueologia
25-27 Setembro
Concepção de sítios de Internet em museus
Coordenação/Formação: Adolfo Silveira
Angra do Heroísmo, Direcção
Regional da Cultura dos Açores
(Palacete Silveira e Paulo)
16-19 Outubro
Programas educativos em museus
Coordenação: Maria Deolinda Cerqueira
Lisboa, Fundação Calouste
Gulbenkian
23-26 Outubro
Inventário do património móvel
Coordenação: Paulo Costa
Fátima, Museu de Arte Sacra
e Etnologia
Participação em Encontros
Encontro do European Museum Forum
Teve lugar no Museu da Farmácia, em Lisboa, nos
A iniciativa teve início no dia 10 de Maio com a
passados dias 10 a 13 de Maio, o encontro e a cerimónia
apresentação do projecto BRIKS, sobre Museus e
de entrega dos prémios do European Museum Forum.
Informática, a qual contou com a presença da
O museu premiado foi o Cosmo Caixa de Barcelona,
Subdirectora do Instituto Português de Museus e do
tendo sido nomeado para o prémio um museu por-
Dr. Paulo Ferreira da Costa, Director de Serviços de
tuguês, o Museu de (a) Brincar, situado em Arronches.
Inventário do IPM. z
6 | Boletim Trimestral
RPM
[email protected]
Prémio EMYA
• XIII Encontro Nacional Museologia e Autarquias
• Conferência internacional Lifelong Museum Learning
Por iniciativa da Universidade Lusófona, em parceria
A APOREM, em parceria com a Fundação Portuguesa
com o MINOM e com o Instituto Português da
das Comunicações/Museu das Comunicações, promoveu,
Qualidade, decorreu nas instalações daquele Instituto,
nos passados dias 31 de Maio a 2 de Junho, a conferência
no passado dia 26 de Maio, o XIII Encontro Nacional
Lifelong Museum Learning, uma iniciativa internacional
Museologia e Autarquias, subordinado ao tema
com objectivos de reflexão e debate sobre a temática
A Qualidade em Museus: Avaliação, Auto-avaliação,
da educação de adultos nos museus.
Ferramentas, Critérios e Normas.
A Subdirectora do IPM apresentou uma comunicação
Foram apresentados e debatidos assuntos relacionados
intitulada “Activities for Adults in Portuguese Museums”,
com a avaliação e a auto-avaliação em museus,
subordinada ao tema da educação em museus e dos
designadamente incidindo sobre as possibilidades do
projectos educativos actualmente em desenvolvimento
uso da ferramenta da Common Assessment Framework
nos museus da RPM.
(CAF), bem como com a programação e a gestão de
Destacam-se também as intervenções de Kirsten
museus.
Gibbs, representante da direcção do ENGAGE (Reino
Das intervenções ocorridas destacamos a comunicação
Unido), intitulada “Working with adults in museums
do Dr. Pierre Mayrand, a do Prof. Doutor Mário
and galleries”, de Massimo Negri, do European
Moutinho, a da Drª Isabel Victor sobre “A aplicação do
Museum Fórum, intitulada “The Museum Environment
Modelo CAF, o caso dos serviços educativos dos Museus
– welcoming for learning”, de Susana Gomes da Silva,
Municipais de Setúbal” e a do Prof. Doutor Fernando
do Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian,
António Baptista Pereira em conjunto com a Drª Ana
e ainda de Helen O’ Donoghue, do Museu de Arte
Mercedes Stoffel dedicada ao tema “A Programação e
Moderna de Dublin, intitulada “Working with the
gestão museológicas e os sistemas da qualidade”.
community – projects with young and older people”. z
Artigo
A Casa de Camilo no Século XXI
* Bibliotecário e Museólogo
José Manuel de Oliveira*
Chefe de Divisão do Património Histórico-Cultural do Departamento de Educação
Camilo Castelo Branco, que era já em 1850 um dos
bens, a casa e a quinta de S. Miguel de Seide, nos
Nova de Famalicão
mais conceituados e temidos escritores portugueses,
arredores de Vila Nova de Famalicão. É nelas que,
[email protected]
viu-se envolvido, nessa altura, num escândalo
no Inverno desse ano, Camilo vem instalar a sua
amoroso que revolucionaria a sua vida. Ana Plácido,
oficina das Letras.
uma jovem de 19 anos, casada com um abastado
A existência que o escritor aqui irá levar marcará
comerciante do burgo portuense, Pinheiro Alves,
o esgotamento da torrente de paixões avassaladoras
rende-se aos seus encantos.
a que desde a juventude se entregara, passando a
Incapaz de a demover da relação, o marido traído
viver num misto de trabalhos forçados, em que,
move-lhes um processo por crime de adultério. Ana
recolhido no seu escritório, se debruçava a escrever
e Camilo são presos na Cadeia da Relação do Porto,
sobre uma austera escrivaninha de madeira para
mas serão absolvidos.
ganhar o pão de uma família, e a viver um drama
Desgostoso com a decisão do tribunal, o marido
com a mulher, que para uns já deixara de amar,
morre em 1863, deixando em herança a Manuel
mas que para outros se tornara a sua imprescindível
Plácido, que supunha ser seu filho, entre outros
colaboradora, a companheira inseparável e a enfer-
e Cultura da Câmara Municipal de Vila
Rede Portuguesa de Museus | 7
meira física e moral da família, com um filho
criando condições para essa promoção, mediante
esquizofrénico, outro estroina e femeeiro, e o ter-
a constituição de bases de dados bibliográficos,
ceiro, a quem era devotadíssimo, mas que morreu
documentais e iconográficos, e acolhendo todos
ainda novo.
quantos quisessem desenvolvê-los ou de outro modo
A 1 de Junho de 1890, com 65 anos, vendo-se
interessar-se por eles.
completamente cego e sem esperança, suicidou-se.
O património entretanto reunido no Museu, que
Por motivos nunca de todo averiguados, será esta
compreende vários milhares de objectos, foi
casa de S. Miguel de Seide o “paradigma do assom-
acondicionado para garantir o seu manuseamento
bramento do seu génio”. Ardeu inexplicavelmente
rápido e seguro e para propiciar condições de uma
em 1915, embora não havendo quase nada no seu
adequada exploração científica. Porém, a inexistência
interior cuja perda se lamentasse; foi reedificada, e
de meios técnicos sem os quais, nos dias de hoje,
doada à autarquia famalicense, para abrir como
não é possível facultar um melhor conhecimento
Museu Camiliano, em 1922. Os interiores foram
da vida e da obra de Camilo, sobretudo quando os
totalmente apeados, na década de 40, para que o
programas são dirigidos a diversos tipos de destina-
edifício fosse restituído à traça original, e abrir,
tários definidos pelos seus níveis etários, pelos
como Casa-Museu de Camilo, em 1956. A moradia
diferentes graus de preparação cultural e pelas suas
voltaria a ser intervencionada por mais três vezes,
opções artísticas, concorreram para que se projectasse
provando que a casa sempre encontrou quem,
um edifício à sombra tutelar do museu que pudesse
vencendo obstáculos e desânimos, no-la restituísse, por
responder às exigências referidas e aos deveres
fora e por dentro, como se, a todo o momento, Camilo
culturais que a figura e a obra de Camilo impõem
ali estivesse para regressar. [Efectivamente] é um
aos responsáveis pela maior e mais significativa
milagre de boa vontade e de persistência o que se tem
parte da sua memória .
passado com a [Casa-Museu de Camilo, sobretudo]
Foi assim que surgiram as novas instalações da Casa
num país como o nosso, tão indiferente aos lugares
de Camilo, construídas em terrenos que lhe são
onde o génio viveu e operou, e tão negligente em acautelar
fronteiros, inauguradas a 1 de Junho do ano passado,
1
Casa de Camilo
– Museu (fachada posterior)
2
1
Chorão, João Bigotte – Camilo. Lisboa:
Vega, [19_ _]. pp. 76-77.
3
espólios que vêm a dispersar-se ou a perder-se .
por ocasião dos 180 anos da morte do seu patrono .
Em 1987, a Câmara Municipal de Vila Nova de
Excelente exemplar da arquitectura portuguesa
Famalicão, no desejo de materializar propósitos
contemporânea, o edifício começou a ser concebido
antigos de que a habitação de Seide, em consciente
desde o fim da Expo-98, data em que foi entregue
assunção das funções que lhe são próprias, deveria
ao Arquitecto Álvaro Siza Vieira o programa preli-
cumprir um papel mais activo e decisivo no quadro
minar, o qual estabelecia claramente o que se pre-
das instituições culturais portuguesas, que não se
tendia em termos das necessidades a satisfazer e
2
V. Aníbal Pinto de Castro – Um novo
ciclo nos Estudos Camilianos. Vila Nova de
Famalicão. Câmara Municipal: Casa de
Camilo, 2005. pp. 4-5. Brochura de inauguração do Centro de Estudos Camilianos.
3
Para melhor organização dos serviços e
para a elaboração do desenho do logóti-
limitasse a assegurar a realização de visitas guiadas,
das carências a colmatar, e deixava expressa a inten-
a conservar acervos e a fazer exposições temporárias,
ção de que a obra a realizar não descaracterizasse
ou, melhor dizendo, que a casa não se encerrasse
o museu e a quinta onde estava implantado.
- a residência do escritor, como CASA DE
num modelo museológico que presenteia o visitante
Até à conclusão das obras, que obtiveram co-finan-
CAMILO – Museu;
com uma memória petrificada ou mumificada do
ciamento através de projecto de candidatura apre-
génio que a habitou, criou o Centro de Estudos
sentado à Medida 1.2 – Modernização e Dinamização
Camilianos, vendo nisso a melhor forma de
dos Museus Nacionais do Programa Operacional da
potenciar e valorizar o património camiliano
Cultura e ao Programa Integrado Turístico de Natu-
concelhio e nacional. Procurava-se que o Centro
reza Estruturante e Base Regional (PITER I), as
fosse pólo aglutinador da investigação da temática
soluções encontradas resultaram sobretudo de um
camiliana, cabendo-lhe promover e apoiar a
excelente diálogo entre o Arquitecto Siza Vieira, a
investigação no domínio dos Estudos Camilianos,
Autarquia e a Direcção do Museu, sendo mais um
po, passou a designar-se os dois edifícios
do seguinte modo:
- e as novas instalações, como CASA DE
CAMILO – Centro de Estudos.
8 | Boletim Trimestral
Casa de Camilo – Centro de Estudos (vista aérea)
Átrio Principal
Auditório
4
V. Brochura “Casa de Camilo: Seide”
edifício de consensos do que de imposição de exigên-
se promova e apoie a investigação e o estudo da
cias de qualquer uma das partes, e onde as opções
vida e da obra de Camilo.
de arquitectura consideraram e respeitaram, no geral,
Para também reabrir ao público em Junho de 2005,
os requisitos técnicos que um Centro de Documen-
o Museu teve significativos melhoramentos. Há
tação hoje determina.
muito que vínhamos sentindo a necessidade de
Além de gabinetes de trabalho e de várias reservas
efectuar uma nova abordagem da memória do
para acondicionamento dos diferentes acervos, o
novelista e de conferir à sua residência algum bom
Centro Estudos compreende espaços públicos que
gosto, sempre passível de reparos, para ser museu
vêm contribuir para revitalizar toda a sua dinâmica
e mais verdade humana para ser casa de habitação.
didáctico-pedagógica. Permitimo-nos destacar, entre
Na prática, desejava-se que, sem deslustrar o sim-
eles:
bolismo que aquele lugar assumiu na literatura
- O Átrio principal, a partir do qual se acede a todos
portuguesa, paradigma de quem sofreu para escrever
os serviços a utilizar pelo público, e que faculta,
sofrimento, se abrissem as portas com generosa
em toda a sua extensão, diferentes ângulos de visão
largueza, a todos os visitantes que a procuram, mas
do museu;
sobretudo aos mais jovens, tirando de cada um dos
- O Auditório, apetrechado com cabinas de projecção
objectos guardados dentro daquelas paredes a marca
e de tradução simultânea, de camarins e palco, com
triste de despojos frios, fazendo deles pedras vivas de
uma capacidade para assegurar 140 lugares sentados,
uma pedagogia da nossa cultura e da memória que, ao
que está prioritariamente vocacionado para a reali-
longo dos tempos, a tem conservado e mantido de
zação de debates, conferências, colóquios, congres-
geração em geração. [Deste modo, estaríamos a fazer]
sos, acolhimento de grupos específicos, recitais de
de cada visita, não uma romagem, mas uma aposta
piano, tertúlias literárias, leituras encenadas de tex-
de esperança na perenidade [da cultura e da língua
tos, projecção de cinema e de videogramas, apre-
portuguesas] de que a obra do homem que lá viveu
sentação de diaporamas, representação de pequenas
constitui afirmação tão singular. [Tudo isto para que]
peças de teatro ou de peças em teatro de marionetas
uma visita a Seide [pudesse constituir] um convite
para as escolas, ou ainda para a preparação prévia
renovado à leitura de Camilo .
das visitas à residência do romancista.
Não se conhece nenhuma reprodução fotográfica
- A Sala de Exposições, espaço amplo para possibilitar
do interior da casa antes do incêndio, à excepção
a realização de exposições temporárias sobre Camilo
da que foi feita por Emílio Biel, em 1890, na qual
e outros temas, de grande impacto para a nossa
se vê o caixão com os restos mortais de Camilo na
intervenção cultural, uma vez que representam uma
sala de visitas. É certo que na reconstrução de 1956,
das mais consistentes formas de comunicação e de
foram preciosas as indicações da nora de Camilo
captação de públicos, e porque, através delas, se
que, tendo vivido na casa no tempo do escritor,
procederá à divulgação das colecções da Casa de
pôde orientar os trabalhos de forma a que a recons-
Camilo e de outros acervos camilianos ou afins.
trução fosse o mais fidedigna possível e que a
- A Sala de Leitura, espaço privilegiado de pesquisa
distribuição do mobiliário não desvirtuasse aquilo
e de consulta do nosso acervo, dado que a Casa de
que se julgava ser a “verdade histórica”. Porém, do
Camilo é detentora de um vasto património com-
mesmo modo que se foi alterando por fora a fisio-
posto por várias dezenas de milhar de documentos,
nomia da casa com as sucessivas obras de construção
nomeadamente, monografias, periódicos, recortes
civil, também no seu interior, o mobiliário e os
de imprensa, cartas de e para o escritor, pinturas,
objectos do escritor e da sua família nuclear, quase
esculturas, gravuras e desenhos. Temos vindo a reali-
todos recuperados, foram sendo aleatoriamente
zar o inventário dos diversos acervos camilianos,
arrumados, sem obedecer a uma lógica coerente e
criando, assim, as condições necessárias para que
compreensível, mas respeitando, no essencial, a
- Edição da Câmara Municipal de Vila
Nova de Famalicão, 2002.
Sala de Exposições
4
Rede Portuguesa de Museus | 9
funcionalidade de cada espaço. Foi nesta perspectiva
importantes para consolidar a relação do museu
que procurámos trabalhar:
com os estabelecimentos de ensino secundário e
- por um lado, e considerando também o fim a
universitário. O programa dessas acções tem
que se destinavam as divisões interiores, manti-
estabelecidas linhas orientadoras da futura acção
vemos nelas o mobiliário que mais lhes estava
pedagógica, cultural e científica, que foram defi-
associado, redistribuindo outro existente na casa,
nidas, atenta a circunstância invulgar de a Casa-
de modo a valorizar o ambiente familiar e, sobre-
-Museu estar dotada de valências estruturais, raras
tudo, a fazer com que a casa parecesse mais
noutras casas de escritores, as quais determinam
humanizada e, consequentemente, mais habitável.
a diversificação da actuação destes serviços para
Eis, pois, um exemplo do resultado obtido no
uma eficaz captação de públicos diferenciados,
escritório de Camilo.
nomeadamente nos domínios da documentação
- por outro lado, e independentemente dos progra-
e da informação, nos campos da museografia, da
mas adequados a públicos específicos, urgia
investigação e da acção cultural, bem como no
conceber um percurso mais inteligível para as
âmbito da promoção turística.
visitas guiadas. Impunha-se sistematizá-lo melhor,
Entendemos que o projecto camiliano de Seide
proporcionando que o visitante interiorizasse uma
reúne todas as condições para se tornar num
ideia mais organizada e estruturada do pulsar da
projecto de referência do que se pode fazer pela
residência no tempo do escritor, e apreendesse os
preservação e divulgação da vida e da obra de
matizes biográficos das principais personagens
um escritor, e o mesmo é dizer da língua portu-
dos “dramas” que ali tiveram lugar, recortes
guesa. Não basta, por vezes, sermos guardiães de
perfeitos das melhores páginas da ficção camiliana.
acervos magníficos, ou termos na nossa posse
O percurso da visita, agora definido, começa por
“espólios” que são páginas fundamentais da
realçar a figura de Ana Plácido como escritora,
história literária do país, se toda essa riqueza não
dona de casa e mãe extremosa, provando o quanto
for entendida como um património colectivo,
a sua firmeza de carácter e a sua sensatez foram
que tem de estar à disposição do conhecimento
determinantes para nivelar, dentro daquelas quatro
humano em prol do seu pleno usufruto cultural
paredes, temperamentos tão difíceis. Apresentam-
e científico. A Câmara Municipal de Vila Nova
-se, de seguida, os filhos do casal, herdeiros de
de Famalicão e a Casa de Camilo – Museu. Centro
alguns dos piores traços de personalidade dos seus
de Estudos tudo têm feito para ir ao encontro
antepassados, onde os desvarios têm, quase sempre,
destes princípios. Para isso conseguiram constituir
foros de normalidade. Por último, e antes de descer
a Associação das Terras Camilianas, composta por
à galeria, as pessoas são convidadas a percorrer
doze municípios portugueses directamente ligados
os espaços onde Camilo escrevia, se recolhia para
à vida e à obra do escritor e com importantes
repousar e poria termo à vida, focalizando a
acervos com ele relacionados, para que em
atenção nas coordenadas que melhor concorrem
conjunto melhor possam trabalhar na preservação
para resumir a sua atribulada existência e definir
e na divulgação dos patrimónios literários e
o seu génio criador.
arquitectónicos camilianos. Porque se os objectos
As acções a levar a cabo no Museu ou no Centro
pertencem por direito próprio aos particulares e
de Estudos têm um programa específico em ordem
às instituições, os seus conteúdos integram a
à divulgação da vida, da obra e da época de
memória colectiva do Povo Português e devem
Camilo Castelo Branco, bem como ao conhe-
estar ao seu serviço sempre que possam contribuir
cimento de outros autores cuja produção está
para a fruição cultural e a formação de todos os
directa ou indirectamente relacionada com o
cidadãos. z
Romantismo e o Realismo, ou que se revelem
10 | Boletim Trimestral
Escritório de Camilo (1933)
Escritório de Camilo (1992)
Escritório de Camilo (2005)
Musealização e Ampliação
do Tesouro Museu da Sé de Braga
*Arquitecto
Paulo Providência*
[email protected]
1.
urbano ocupado pelo Conjunto Monumental da Sé
O Tesouro Museu da Sé de Braga encontra-se num
de Braga, e serão talvez testemunho de uma ocu-
processo de reestruturação alargada; essa reestru-
pação exterior à muralha romana que delimitava a
turação processa-se em duas fases, estando neste
norte a Sé Catedral.
momento concluída a primeira. Tratando-se de uma
A estratégia de expansão passou em primeiro lugar
área de expansão que encerra maior complexidade
pela definição programática e funcional das áreas
de funcionamento, onde se concentram os serviços
consignadas, a que não foi indiferente a necessidade
técnicos, reservas, serviços educativos, loja e salas
de preservação das fachadas, das paredes divisórias
de exposição do têxtil e ourivesaria, vamos resumida-
de lote e das dimensões dos compartimentos dessas
mente descrever as intenções e objectivos de
habitações (fig. 0); por outro lado, tratava-se de
musealização, assim como as previsões de funciona-
inserir os programas e percursos numa lógica de
mento daí decorrentes.
continuidade espacial com o Edifício e Salas do
O Tesouro Museu tem funcionado em duas salas
Cabido pré-existentes.
do edifício do cabido da Sé de Braga; a sua origem
Considerando que a nova missão do Tesouro Museu
histórica assim como a sua função não são muito
é de estudo e conservação do seu património, de
diferentes de parte dos Museus regionais criados
clarificação das estratégias expositivas e formação
no início do século XX; decorrente de uma ideia
de públicos, definiu-se como funções prioritárias
de preservação dos bens históricos e da sua aces-
para a expansão o conjunto de actividades que pelas
sibilidade aos cidadãos, como forma de instrução
suas exigências técnicas (de conservação) ou visi-
e identidade cultural, localiza-se no Edifício do
bilidade pública fossem exponenciadas pela carac-
cabido da Sé de Braga, inserido no seu Conjunto
terização morfológica do edificado; quer isto dizer
Monumental. A exposição permanente, disposta
que todas as funções que exigissem forte infra-
em duas salas, apresenta duas temáticas: representa-
-estruturação de aclimatação (como é o caso das
ções da piedade católica cristã através das colecções
reservas de têxtil, serviços técnicos do Museu, etc.),
de ourivesaria e marfins; representações do culto e
ou tirassem partido da rua D. Diogo de Sousa como
do bispado através de paramentaria e doações dos
presença, contacto e visibilidade urbana (como por
bispos de Braga. O acesso ao Museu é realizado
exemplo a sala de actividades dos serviços educati-
através do Claustro anexo à Sé Primacial; o acesso
vos) fossem aí localizadas; assim, o programa
Sobre a relação entre o Museu e o Con-
ao Museu inclui-se num percurso de visita ao
considera como funções principais a localizar na
junto Monumental, actual ou previsível,
Conjunto Monumental que inclui também visita
expansão:
ao coro alto, às capelas da Glória, Santo Amaro,
• os serviços técnicos, em relação de proximidade
Fig. 0
1
ver os nossos relatórios produzidos para
a CCRN: “Tesouro Museu da Sé Catedral
de Braga, Estudo de Condicionantes e
dos Reis, da Piedade, etc.
1
e acessibilidade quer às reservas, aos serviços
Apoio à Elaboração do Programa Prelimi-
A área de expansão, em continuidade com o limite
educativos, ou ainda às salas de exposição que
nar de Intervenção – Relatório Preliminar,
norte do Edifício do Cabido, caracteriza-se por um
necessitem de maior rotatividade de peças (caso
conjunto de casas de pequena dimensão adquiri-
do têxtil);
Março de 2005”; “Tesouro Museu da Sé
Catedral de Braga, Estudo de Condicio-
das para esse efeito e com acesso directo pela rua
• as reservas, com acessos mecânicos, dedicadas às
Preliminar de Intervenção – Relatório Final,
D. Diogo de Sousa; este conjunto de casas é um
colecções de maior exigência de conservação
Dezembro de 2005”.
elemento importante na configuração do quarteirão
(têxtil, pintura);
nantes e Apoio à Elaboração do Programa
Rede Portuguesa de Museus | 11
• os serviços educativos, com acessibilidade e visi-
pelos lotes urbanos. Não sendo possível, nem
bilidade pública, não perturbando o funciona-
desejável, estruturar estas salas com a amplidão das
mento religioso e turístico do conjunto;
Salas Grandes do Cabido, optou-se por uma
• as salas de exposição de ourivesaria e têxtil, que
estratégia inversa: caracterizá-las como salas de
funcionarão numa estratégia de visita ao Tesouro
pequena dimensão onde se dispõem núcleos do
Museu como salas temáticas específicas, libertando
Tesouro Museu, reforçando no contraste de escalas
as salas maiores do edifício do cabido para exposi-
o carácter precioso e intimista; esta caracterização
ções mais abrangentes e de natureza propriamente
é feita socorrendo-se das variações de pé-direito e
religiosa.
materiais de acabamento.
A definição programática da área de expansão não
A Sala de Exposição de Ourivesaria (figs. 1, 2) é
descaracteriza o pequeno núcleo de casario, adequa-
um espaço que comporta duas vitrinas para a
-se à pequena dimensão do edificado, e valoriza
exposição permanente de núcleos da colecção de
uma presença urbana alternativa à do funcio-
ourivesaria: estas vitrinas ocupam uma parede
namento mais turístico e religioso do restante
completa e dispõem de ambiente de iluminação
Conjunto Monumental.
difusa e constante; o espaço onde o público circula
é de pé-direito mais elevado, induzindo uma
2.
leitura das vitrinas como espaços côncavos; a
A articulação entre as áreas de expansão e as áreas
continuidade do material de revestimento em
existentes é feita através das novas salas para as
nogueira americana propicia vitrinas em perfeita
colecções de têxtil e ourivesaria; estas salas fun-
continuidade com tecto e pavimento. Essa con-
cionarão em continuidade com as exposições a
tinuidade é acentuada pela invisibilidade do vidro
realizar nas salas actualmente existentes e ainda
de protecção. A cor castanha escura e veio aceti-
num conjunto de salas disponibilizadas através da
nado da madeira provocam contraste com o
libertação do actual piso de reservas do Museu (já
dourado das peças em ouro e prata dourada, forta-
que foram criadas novas reservas dedicadas ao têxtil,
lecendo a sua presença.
ourivesaria, pintura, talha, azulejaria, escultura e
Esta sala tem ainda uma terceira vitrina, precisa-
mobiliário). Exceptuando as reservas de ourivesaria,
mente no ponto de pé-direito baixo que separa os
o conjunto de reservas poderá ser inserido num
dois núcleos de ourivesaria; este espaço “passagem”
circuito de visita, divulgando a natureza das opera-
permite a instalação de painéis de vidro que poderão
ções de restauro, classificação e organização de
ser utilizados de diferentes formas: ora como cor-
conteúdos do Museu; as reservas de escultura, que
redor de informação sobre conteúdos específicos de
serão localizadas numa sala do Edifício do Cabido
uma montagem criando um labirinto dentro da sala
em continuidade com a Exposição Permanente
de exposição de ourivesaria, ora como vitrinas
poderá permitir não só a sua visita integrada com
complementares para montagem de peças em des-
a exposição, mas poderá também funcionar como
taque da colecção. Este dispositivo mantém activa a
espaço de apoio à montagem de exposições nos
montagem da exposição permanente de ourivesaria,
espaços e pisos contíguos. O Tesouro Museu orga-
através da produção de conteúdos específicos
niza-se com autonomia entre serviços técnicos,
decorrentes do período litúrgico (destaque de uma
reservas e espaços de exposição, podendo segregar
peça de conteúdo simbólico especial na Páscoa, Natal)
ou incluir espaços nos seus percursos de visita,
ou através da colocação de uma peça que mereça
conforme as temáticas e objectivos de exposição,
destaque por ter sido recentemente restaurada. Trata-
o tipo de visitantes, ou o tempo de visita disponível.
-se de um dispositivo que permite alguma flexibilidade
As Salas de Exposição da ampliação tiram partido
de organização da sala, mantendo estabilidade dos
da forte condicionante de dimensionamento imposto
seus elementos fundamentais de caracterização.
12 | Boletim Trimestral
Fig. 1
Fig. 2
Fig. 3
Fig. 4
A Sala de Exposição de Têxtil (figs. 3, 4) organiza-
Os Serviços Educativos (fig. 7) ocupam um espaço
-se através de um pé-direito elevado e de dois espaços
de dimensões generosas, com iluminação natural
anexos sobrepostos com vitrinas para a colocação
e forte visibilidade urbana; a sua colocação junto
de peças de menores dimensões. O espaço de pé-
da entrada da Loja do Tesouro Museu (que funciona
-direito elevado permite a colocação de peças de
no percursos de visita ao Museu como espaço final
têxtil de grandes dimensões, tais como umbrela,
de chegada), sobre a rua D. Diogo de Sousa, permite
pálio, etc. As superfícies de fundo quer das paredes,
uma forte visibilidade urbana. A caracterização geral
quer das vitrinas são estucadas em estuque veneziano
da sala é de grande informalidade: as paredes estão
cinzento, reforçando a coloração dos paramentos,
forradas com materiais que permitem a afixação de
assim como as técnicas e materiais de execução do
trabalhos gráficos; o mobiliário é de tons claros, e
têxtil (fio de ouro e outros materiais). Neste caso,
as mesas têm tampo em fórmica cinzenta. A ilu-
a selecção da cor de fundo permite montagens onde
minação artificial da Sala de Actividades dos Serviços
a variação cromática das peças em exposição poderá
Educativos é realizada por plafoniers redondos em
sair reforçada.
vidro plano que permitem difusão e homogeneidade
O núcleo dos Serviços Técnicos funciona em dois
de iluminação. O bengaleiro desta sala de actividades
lotes e alberga as funções de direcção do Museu,
pode também ser utilizado por grupos de visitantes
área de apoio aos serviços educativos, área de
escolares, que tenham acesso directo ao Tesouro
estudo de colecções (para os técnicos do museu e
Museu pela rua D. Diogo de Sousa. O acesso da Sala
investigadores externos) e área de programação
de Actividades ao Museu é realizado através de
do Museu. Este núcleo de serviços tem acesso
elevador ou escadas, num sentido de percurso
autónomo, independente do acesso de público à
inverso ao dos visitantes e turistas.
loja e Sala de Actividades dos Serviços Educativos.
As Reservas do Museu localizam-se em cave e têm
Os serviços organizam-se em dois pisos, estando
acesso pela escada de serviço dos Serviços Técnicos.
colocado no primeiro a direcção e a área dos técni-
As reservas organizam-se a partir de um espaço de
cos dos serviços educativos (que assim ficam mais
recepção com acesso directo ao monta-cargas; esse
próximos da sala de actividades). No segundo piso,
espaço está equipado com banca, pia e armário. O
funcionam os espaços para os técnicos de estudo
espaço propriamente de reservas organiza-se em
das colecções (fig. 5), assim como uma sala que
dois núcleos: um dedicado à talha, pintura e
serve de apoio logístico aos investigadores e
azulejaria, e outro dedicado exclusivamente ao têxtil.
também de biblioteca técnica do Tesouro Museu
Esses dois núcleos estão instalados em sistema de
(fig. 6); este piso tem comunicação por monta-
armários compactos permitindo armazenar completa-
-cargas com as reservas do Museu, permitindo o
mente as suas colecções. O sistema de armazena-
acesso das peças às salas de exposição e serviços
mento de pintura, talha e azulejaria consiste num
técnicos (o acesso por elevador às reservas não foi
conjunto de grades com sistemas de redes para
possível dado que a presença de indícios arqueoló-
suspensão de peças; estas grades deslizam permitindo
gicos não permitiu a instalação do poço de elevador
compactação.
necessário à sua instalação).
As Reservas de Têxtil estão organizadas também em
O acesso entre os Serviços Técnicos e as áreas
sistemas compactos, constituídos por conjuntos de
expositivas é realizado através do elevador de dupla
armários que optimizam, pelas suas dimensões, o
entrada (parando de nível nos meios pisos dos
armazenamento das colecções.
lotes), que permite não só o acesso de deficientes
Na generalidade, os armários estão organizados com
aos pisos de exposição do Museu, mas também o
sistemas de gavetões, de grandes dimensões até à
acesso dos Serviços Técnicos às Salas de Exposição
altura de 1,52 m; esta altura foi considerada como
e Sala de Actividades dos Serviços Educativos.
altura máxima para manuseamento e verificação
Fig. 5
Fig. 6
Fig. 7
Rede Portuguesa de Museus | 13
de conteúdos de cada gavetão sem recurso a escada
observação e o estudo das peças possam ser reali-
complementar; desta altura até à altura máxima do
zados em espaço complementar; este sistema, de
armário (2,25 m), foram colocadas gavetas que
grande flexibilidade de utilização, está aplicado
permitem o armazenamento de peças de menor
também quer nos armários de casulas (fig. 11), quer
dimensão, tais como estolas, manípulos, véus de
nas gavetas pequenas para outras peças; o estudo
cálice, etc..
e o transporte para outro local das peças de têxtil
Os armários para Pluviais (fig. 8) consistem num
(montagem de uma exposição, serviços técnicos
sistema de gavetas em meia-lua rotativas que
do Museu, sala de investigadores) podem ser
permitem a visualização da peça inteira; foi consi-
realizados sem retirar a peça da sua plataforma de
derado o número de gavetas necessário, ficando
suporte.
Fig. 8
Fig. 9
cada pluvial na sua gaveta própria; este sistema de
armário, que obriga à movimentação de uma gaveta
3.
com uma frente de 3,5 m e 1,8 m de profundidade,
Para além dos programas, o desenho das relações
não permite a sua translação, sendo portanto
espaciais de um Museu (estrutura e carácter dos
armário fixo colocado nas extremidades da reserva
espaços) pode permitir flexibilidade de montagens
de têxtil.
e utilizações; ao propor relações espaciais específicas,
As duas outras tipologias de armários, transladáveis,
está-se a potenciar ou a dificultar funcionamentos;
têm profundidades de 1,80 m e de 1,00 m; os armários
para isso é necessário fazer escolhas estratégicas das
com a profundidade de 1,80 m estão consignados
relações espaciais de acordo com a vocação e as
para o armazenamento de Dalmáticas (figs. 9,
colecções do Museu e prever formas de funciona-
10); neste caso consideraram-se duas dalmáticas
mento que correspondam àquilo que hoje em dia
por gavetão; os gavetões, com as dimensões de
um Museu pode ser: “artefacto de interface cultural,
1,70 x 1,70 m, permitem a extracção do fundo,
espaço de integração da realidade, e instrumento
realizado em policarbonato alveolar para que a
operativo de cultura” . z
Fig. 10
Fig. 11
2
Notícias Museus RPM*
2
Derrick Kerckhove
* Notícias exclusivamente
baseadas em informações enviadas
Regulamentos precisam-se!
A Rede Portuguesa de Museus pediu aos museus que
ao qual foram aderindo outros colegas que no norte
a integram que produzam quatro regulamentos impres-
trabalham. Não se trata de um grupo separatista, uma
cindíveis na vida de qualquer museu – Regulamento
qualquer espécie de cisão entre o norte e o sul. Não,
Interno; Política de incorporação; Normas e procedi-
trata-se apenas de laços de proximidade geográfica,
mentos de conservação preventiva; Plano de segurança.
de laços entre colegas da mesma profissão com neces-
Em terras do Norte, alguns de nós que trabalhamos em
sidades comuns – produzir regulamentos que tanta
museus – sejam eles museus dependentes da administra-
falta fazem aos museus portugueses.
ção central, das autarquias ou de instituições privadas –,
Nestas reuniões em conjunto aproveitamos também
sentimos que talvez fosse vantajoso discutir os regula-
para conhecer os diversos museus, trocar opiniões
mentos em conjunto. Costuma dizer-se que a união faz
sobre assuntos que a todos interessam e conhecer as
a força, mas neste caso, será mais correcto dizer que
diferentes realidades. Tem sido divertido, didáctico e
as dúvidas eram muitas e mais vantajoso seria tentar
um sinal de união entre profissionais de museus.
supri-las em conjunto.
Este grupo de museus do norte, que de regulamentos
E, deste modo informal, nasceu um grupo informal
trata, é constituído por:
14 | Boletim Trimestral
pelos Museus integrados na RPM
Reunião na Casa de Camilo – Museu. Centro de
Estudos
Casa de Camilo – Museu. Centro de Estudos (Seide)
Almeida; Museu de Alberto Sampaio (Guimarães) /
/ Câmara Municipal de Famalicão / José Manuel
Instituto Português de Museus / Isabel Maria Fernandes;
Oliveira; Museu do Papel Moeda (Porto) / Fundação
Maria José Meireles; Patrícia Moscoso; Museu de Olaria
Dr. António Cupertino de Miranda / Maria Amélia
(Barcelos) / Câmara Municipal de Barcelos / Cláudia
Cupertino de Miranda; Museu Agrícola de Entre-
Milhazes; Patrícia Remegaldo; Museu de Vila do Conde
Douro-e-Minho (Vila do Conde) / D. R. A. de Entre-
(Vila do Conde) / Câmara Municipal de Vila do Conde
Douro-e-Minho / Ministério da Agricultura, Desenvolvi-
/ António Manuel Torres da Ponte; Museu Nogueira
mento Rural e das Pescas / Rui Miguel Almeida Maia;
da Silva (Braga) / Universidade do Minho / Carolina
Museu Bernardino Machado (V. N. Famalicão) /
Leite; Tesouro Museu da Sé de Braga (Braga) / Cabido
Rua Alfredo Guimarães
Câmara Municipal de Famalicão / Paula Lamego;
da Sé de Braga / Fernanda Barbosa.
Museu de Alberto Sampaio
Museu Municipal de Esposende – Museu d’ Arte
E, de reunião em reunião, de regulamento em regula-
(Fão) / Câmara Municipal de Esposende / Lurdes
mento, vamos contribuindo para a melhoria dos museus
Fax: 253 423 919
Rufino; Museu da Quinta de Santiago (Matosinhos)
portugueses e para uma sã discussão entre colegas. z
[email protected]
/ Câmara Municipal de Matosinhos / Joel Cleto; Cláudia
Isabel Maria Fernandes. Directora do Museu de Alberto Sampaio
Informações e contactos
Museu de Alberto Sampaio
4810-251 Guimarães
Tel.: 253 423 910
Museu da Casa Grande de Freixo de Numão
– Semana dos Museus 2006 – Acções de divulgação científica e pedagógica
A programação do Museu da Casa Grande de Freixo
na noite de 20 de Maio (noite dos Museus), do
de Numão no mês de Maio de 2006 seguiu uma
programa Oficinas de Arqueologia e Música experimental.
política de missão que visa conjugar o impulso de
Na tentativa de reconstituir um ambiente paleolítico,
investigação arqueológica com a dinamização comuni-
o Núcleo museológico de pré-história recebeu um
tária e a sensibilização de novos públicos. Foi neste
vasto público em idade escolar interessado em aprender
contexto de intervenção que, conjuntamente com o
a tecnologia inerente ao fabrico e talhe de instrumentos
Parque Arqueológico do Vale do Côa e a Câmara
líticos, sob a orientação dos arqueológos do Parque
Municipal de Vila Nova de Foz Côa, foi organizado o
Arqueológico do Vale do Côa. Paralelamente, pro-
III Congresso de Arqueologia de Trás-os-Montes, Alto
moveu-se um atelier de experimentação e inovação
Douro e Beira Interior – Debates no Vale do Côa,
musical, onde a utilização de instrumentos rudimentares
decorrido entre os dias 15 e 20 de Maio.
originou uma panóplia sonora inspirada na natureza
Durante seis dias consecutivos, os municípios de Vila
e evocativa dos primórdios da humanidade.
Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo e Pinhel
A vasta participação do público, tanto no domínio
receberam alguns dos mais conceituados investigadores
científico como pedagógico, alicerçam a indelével
com trabalhos em curso na região. De entre os seis
acção do museu na comunicação educativa do patri-
painéis temáticos propostos, o de dia 19 de Maio foi
mónio arqueológico, vertente usualmente negli-
dedicado ao tema “Musealizar em Arqueologia:
genciada nos territórios de interior, abrindo novos
Experiências, horizontes, públicos”, onde foram deba-
horizontes para a articulação em rede das insti-
tidos projectos de musealização e de interpretação
tuições culturais operantes na região dos Vales do
arqueológica nas vertentes de programação, gestão
Douro e Côa. z
de museus e sítios, produção de conteúdos museo-
Maria da Graça Pereira Araújo. Museu da Casa Grande de Freixo de Numão
gráficos e pedagogia educativa.
Informações e contactos
As inúmeras actividades de animação associadas ao
Museu da Casa Grande de Freixo de Numão
evento, que incluíram percursos de interpretação
Rua direita
ambiental e visitas temáticas a sítios arqueológicos,
conheceram o seu momento alto com a realização,
5155 Freixo de Numão
Tel/Fax: 279789573
[email protected]
Rede Portuguesa de Museus | 15
Museu de Évora
– Projecto de instalação de núcleo provisório recebe Menção Honrosa
Teve lugar no dia 17 de Março, no Museu da Electrici-
com potencial turístico, tornando o espaço mais
dade, em Lisboa, a gala de atribuição de prémios,
apelativo a todos os que o visitam. Tratou-se também
nas categorias “Serviço” e “Obra” da primeira edição
de estimular o incremento de boas práticas sociais
do “Prémio Turismo – Valorização do Espaço Público”
e ambientais, que importa não apenas aos profis-
– promovido pelo Instituto de Turismo de Portugal
sionais do sector do Turismo mas a todos, enquanto
(ITP).
cidadãos.
O Instituto Português de Museus recebeu uma
Quanto ao projecto da Instalação do Núcleo pro-
Menção Honrosa na categoria “Obra” com a
visório do Museu de Évora, trata-se da montagem
apresentação do projecto da Instalação do Núcleo
de uma exposição na Igreja do Convento de Santa
provisório do Museu de Évora, de autoria da
Clara, em Évora, que pretende perpetuar o contacto
Arquitecta Maria Manuela Fernandes. As candi-
entre o Museu de Évora e o público visitante durante
daturas foram avaliadas pelo júri presidido por André
o encerramento do edifício do museu no âmbito da
Jordan e constituído por Orlando Carrasco, Pre-
respectiva obra de remodelação.
sidente do ITP; Cristina Siza Vieira, Directora-Geral
Neste Núcleo encontra-se exposto um conjunto de
de Turismo; Atílio Forte, Presidente da Confederação
peças essenciais da colecção do museu, seleccionadas
Serviços Técnicos e Administrativos
do Turismo Português e Frederico Valsassina,
pelo seu valor e compatíveis com o significado do
Igreja das Mercês
Arquitecto.
espaço que as recebe, como local de culto religioso.
Rua do Raimundo,
A categoria “Obra” pretendeu destacar intervenções
Na concepção, foram objectivos criar um espaço de
físicas que valorizassem o aproveitamento turístico
protecção e de enquadramento das peças e, em
de recursos naturais e patrimoniais, a criação de
simultâneo, permitir vislumbrar o próprio espaço da
novos pólos de atracção ou a requalificação de zonas
igreja. z
Informações e contactos
Museu de Évora
7000-661 Évora
Tel.: 266 702 604
Fax: 266 708 094
[email protected]
www.ipmuseus.pt
Museu de Francisco Tavares Proença Júnior
– 30 anos da Oficina-Escola de Bordados Regionais
A Oficina-Escola de Bordados Regionais foi criada em
produz Bordado de Castelo Branco de reconhecida
1976, com a publicação do decreto-lei n.º 805/76,
excelência ao nível da técnica, da estética e da
de 8 de Novembro, com o objectivo de produzir,
simbólica, tendo contribuído para o reconhecimento
conservar, restaurar e divulgar os tecidos bordados
do valor patrimonial do Bordado Tradicional de Castelo
regionais.
Branco e para a sua preservação e futura certificação.
Ao longo destes trinta anos de existência, a Oficina-
Para comemorar o aniversário, o Museu de Francisco
-Escola tem cumprido os objectivos para os quais foi
Tavares Proença Júnior apresenta a partir de 21 de
criada. A produção da oficina tem sido intensa e
Julho e até 3 de Setembro, na Galeria de Exposições
contínua e a divulgação tem sido assegurada através
Temporárias, a exposição 30 anos da Oficina-Escola de
Proença Júnior
da realização e participação em inúmeras exposições.
Bordados Regionais que, além de trabalhos produzidos,
Largo da Misericórdia
A conservação e o restauro estão assegurados pelo
procura mostrar a face humana da Oficina-Escola,
Laboratório de Restauro de Têxteis do Museu,
através do recurso a documentação e fotografias
especializado em intervenções em têxteis bordados.
ilustrativas do pulsar deste serviço, verdadeiro
Actualmente a Oficina-Escola de Bordados Regionais
microcosmos dentro do Museu. z
Informações e contactos
Museu de Francisco Tavares
6000-462 Castelo Branco
Tel.: 272 344 277
16 | Boletim Trimestral
Fax: 272 347 880
[email protected]
www.ipmuseus.pt
Museu de Lanifícios
da Universidade da Beira Interior
– Projecto comunitário Rota da Lã
Informações e contactos
O Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior
Interior (Portugal) e a Extremadura (Espanha). Polari-
(Covilhã) encontra-se a coordenar, desde Maio de 2003,
zado por dois museus (Museu de Lanifícios da Universi-
como chefe de fila, o projecto comunitário Rota da Lã
dade da Beira Interior e Museo Vostell Malpartida de
– TRANSLANA II, co-financiado pelo INTERREG III-A –
Cáceres), este Projecto tem ainda por finalidade
Cooperação Transfronteiriça Portugal-Espanha.
financiar as intervenções de musealização em curso
Este projecto tem por objectivo dar continuidade
em ambos os museus.
aos eixos estruturantes do projecto Rota da Lã –
No âmbito deste Projecto foi editado um desdobrável
TRANSLANA I, que visava aprofundar e articular a
trilingue intitulado Fios da Rota da Lã. Trata-se de um ro-
investigação transfronteiriça sobre as rotas peninsulares
teiro sobre as vias da transumância e o património industrial
da lã e sobre as vias da transumância (ensaiando uma
da área de estudo abarcada por este projecto: Beira Interior
abordagem antropológica das mesmas), para além
(Portugal) e Comarca Tajo-Salor-Almonte-TAGUS (Espanha)
de identificar as evidências de campo arqueológico-
constituindo o mesmo um primeiro resultado das acti-
-industriais existentes e na área de intervenção, a Beira
vidades de investigação financiadas por este Projecto. z
Museu de Lanifícios da Universidade da
Beira Interior
Rua Marquês D’ Ávila e Bolama
6201-001 Covilhã
Tel.: 275 319 712/275 319 700 (ext. 3126)
Fax: 275 319 712
[email protected]
http://museu.ms.ubi.pt
Museu Municipal de Coruche
– Embalagens para acondicionamento de colecções
Informações e contactos
Museu Municipal de Coruche
Com o apoio da Rede Portuguesa de Museus, no
e peças que faltam do Fundo Margarida Ribeiro
âmbito do Programa de Apoio à Qualificação de
(recortes de jornais, postais, cartas, fotografias, meda-
Museus, chegaram ao Museu Municipal de Coruche
lhas, assim como outros objectos de pequenas
diversos tipos e quantidades de embalagens, assim
dimensão) e os 200.000 negativos do Fundo Foto-
como armários para o acondicionamento de algu-
-Cine. Os armários vão permitir um acondiciona-
mas das colecções. São embalagens, cujos materiais
mento mais seguro e organizado, depois das peças
não danificam a longo prazo as peças, em poliéster,
estarem devidamente protegidas com as embala-
polietileno e cartão acid-free, e vão servir, essencial-
gens, permitindo um melhor isolamento das mes-
mente, para embalar e acondicionar os documentos
mas. z
Rua Júlio Maria de Sousa
2100-192 Coruche
Tel.: 243 610 823; Fax: 243 610 821
[email protected]
www.museu-coruche.org
Museu Municipal de Penafiel
– Moinho da Ponte de Novelas
O Museu Municipal de Penafiel comemorou o Dia
culturais e de lazer, foram recuperados, dotados de
Internacional dos Museus abrindo ao público um
infra-estruturas de acolhimento ao visitante e
novo núcleo, designado Moinho da Ponte de Novelas,
incluídos na programação cultural do município.
situado no lugar da Ponte, freguesia de Novelas,
O visitante pode ver o moinho em funcionamento,
junto ao rio Sousa. Compõem este núcleo museoló-
observar a moagem do grão e compreender o
gico uma vetusta unidade moageira, existente neste
mecanismo hidráulico que o move. No decurso das
local há pelo menos três séculos, que funcionou até
visitas em grupo procurar-se-á enquadrar esta
ser parcialmente destruída pela cheia do Inverno de
unidade de moagem no seu contexto sócio-econó-
2001, e o lameiro contíguo, ambos adquiridos pela
mico e tecnológico, recordando o diversificado
Câmara Municipal de Penafiel. Destinados a fins
conjunto de equipamentos hidráulicos outrora
Rede Portuguesa de Museus | 17
existente no rio, como engenhos de elevar água de
ribeirinho. Neste sentido já se plantaram neste
rega, serrações de madeira, engenhos de maçar
lameiro as árvores que tradicionalmente bordejavam
linho e as rodas para propulsão de máquinas indus-
as margens do Sousa, como o amieiro e o lodão,
triais. Por outro lado, uma variada programação
tantas vezes suporte das uveiras, forma secular de sus-
chamará a atenção para a importância do ambiente
tentação das videiras, que queremos reconstituir. z
Informações e contactos
Museu Municipal de Penafiel
Rua Conde de Ferreira
4560-483 Penafiel
Tel.: 255 712 760
Fax: 255 711 066
[email protected]
Museu Municipal de Vila Franca de Xira
– Sítio na Internet
Apoiado pelos programas de apoio da Rede Portu-
e, na maior parte dos casos, em débil estado de conser-
guesa de Museus, o Museu Municipal de Vila Franca de
vação.
Xira lançou o seu Sítio na Internet, que pode ser acedido
Aqui podem ser vistas obras singulares da colecção do
no seguinte endereço: www.museumunicipalvfxira.org.
MMVFX, como é o caso da escultura tardo-gótica da
O Design e a Programação foram da autoria da Barents
Apresentação do Calvário do antigo Palácio de Vilafrancada,
Informática e os conteúdos são da responsabilidade
e ainda uma selecção de obras de arte das paróquias de
do Museu Municipal de Vila Franca de Xira.
Alhandra, Cachoeiras e Vila Franca de Xira.
Fernão Gomes (?), “A Ressurreição
de Cristo”, final século XVI-início século
XVII, Igreja Matriz de Alhandra. Limpeza
superficial da camada pictórica.
poderá aceder através de hiperligações às seguintes
– A protecção e valorização do
Foto: Amélia Gonçalves, 2005.
páginas e respectivos conteúdos:
património artístico concelhio
História do Museu Municipal, Estrutura Orgânica,
A opção por dar a conhecer ao público uma amostra
Objectivos, Núcleos Museológicos, Exposições, Patri-
de obras de arte pertencente às paróquias do concelho
mónio Museológico, Serviço Educativo, Agenda, Centro
é bem o reflexo da política camarária de protecção e
de Documentação e Loja.
valorização do património artístico concelhio e da
O utilizador ainda poderá aceder, através da parte inferior
abrangência territorial do próprio museu.
do menu de acesso, a outras áreas informativas, como
No laboratório de Conservação e Restauro do MMVFX,
Destaques e Novidades, Contactos, Faqs., Mapa do site,
e por vezes em colaboração com empresas da área da
Mailing list, Ficha técnica e outros Links, com destaque
salvaguarda do património cultural, são então desen-
para Sítios Culturais, como por exemplo: IPM, RPM,
volvidos tratamentos que garantem uma boa conser-
APOM, ICOM e outros museus nacionais e estrangeiros.
vação do espólio, devolvendo a cada objecto a sua inte-
Através do menu de entrada deste sítio, o utilizador
Fernão Gomes (?), “A Ressurreição
de Cristo”, final século XVI-início século
XVII, Igreja Matriz de Alhandra.
Intervenção realizada no laboratório
de Conservação e Restauro.
Foto: Amélia Gonçalves, 2005.
gridade estética, o seu carácter devocional e a sua
– Estudo, Conservação e Divulgação
dignidade artística.
de Património
Paralelamente, realizam-se estudos na área da História
A rotatividade anual de peças
da Arte, contribuindo assim para o conhecimento e a
na exposição Arte e Devoção – Formas e
valorização do património histórico-artístico da região.
Olhares
Acresce a organização de actividades de sensibilização
A exposição Arte e Devoção – Formas e Olhares, patente
para a salvaguarda da herança cultural comum, pensadas
no Núcleo do Mártir Santo – Museu Municipal de Vila
para público escolar e para grupos adultos. z
Franca de Xira (MMVFX), ganhou novo fôlego no dia 28
Informações e contactos
de Junho de 2006, Dia da Cidade, com a entrada de
Museu Municipal de Vila Franca de Xira
Núcleo Sede
novos bens de arte sacra e com a alternância de bens
arqueológicos provenientes de escavação in situ levada a
cabo entre 1999-2000. Esta exposição, assente no conceito
Rua Serpa Pinto, nº 65
2600-263 Vila Franca de Xira
Tel.: 263 280 350; Fax: 263 280 358
www.museumunicipalvfxira.org
[email protected]
[email protected]
da rotatividade anual de colecções, possibilita ao público
a fruição de uma diversidade de bens remanescentes que,
de outra forma, estariam afastados dos olhares públicos
18 | Boletim Trimestral
Núcleo do Mártir Santo
Rua Dr. Miguel Bombarda
2600 Vila Franca de Xira
Tel.: 263 285 620/621
[email protected]
“Apresentação do Menino”, Paróquia
de Vila Franca de Xira. Dois
momentos do processo de limpeza.
Foto: Amélia Gonçalves, 2005.
Museu da Pedra
– Prémio Geoconservação
Informações e contactos
Museu da Pedra
Largo Cândido dos Reis nº 4
O Museu da Pedra do Município de Cantanhede venceu
desenvolvido a partir da sua abertura ao público, em 20
a edição deste ano do Prémio Geoconservação, galardão
de Outubro de 2001.
criado pelo Grupo Português da ProGEO (Associação
O Museu da Pedra é um espaço de referência identitária
Europeia para a Conservação do Património Geológico),
e um lugar privilegiado de aprendizagem, que promove
com o objectivo de premiar uma autarquia que se dis-
várias actividades destinadas a públicos de origens
tinga na implementação de estratégias de conservação
culturais diferenciadas.
e de valorização do Património Geológico do seu concelho.
No âmbito do planeamento e da execução de acções
Presidido por José Brilha, representante da ProGEO-
regulares e continuadas nas áreas da sensibilização para
-Portugal, o júri integrou Fernando Noronha, Presidente
a preservação e valorização do património cultural e
da Associação Portuguesa de Geólogos, Helena Fonseca,
ambiental, as da área da geoconservação constituem
em representação do Instituto de Conservação da Natu-
uma valência com vista ao exercício de uma cidadania
reza, Mário Cachão, representante da ProGEO-Portugal,
interventiva. De facto, através das suas acções educa-
Gonçalo Pereira, em representação da National Geogra-
tivas, o museu estimula os visitantes a adoptarem atitu-
phic-Portugal, e Jorge Pulido Valente, Presidente da
des responsáveis na gestão do património paleontoló-
Câmara Municipal de Mértola, em representação da
gico, desempenhando um papel-chave na implementação
Associação Nacional de Municípios Portugueses.
da Década da Educação para o Desenvolvimento
Conforme refere o regulamento, o prémio pretende dis-
Sustentável (2005-2014), proclamada pelas Nações
tinguir os melhores exemplos de conservação do Patri-
Unidas em 1 de Março de 2005.
mónio Geológico promovidos por autarquias, estimular
O Prémio de Geoconservação foi entregue no passado
uma reflexão crítica sobre a necessidade de conservar
dia 22 de Abril no Museu da Pedra, numa cerimónia
esse património e incentivar as autarquias a adoptar
que contou com a participação do Prof. Doutor José
estratégias e procedimentos nesse sentido. Pretende
Brilha, Presidente do Grupo Português da ProGEO,
ainda divulgar e sensibilizar o público em geral para o
da Dr.ª Clara Camacho, em representação da Ministra
reconhecimento do seu valor como parte integrante do
da Cultura, da Dr.ª Elizabeth Silva, representante da
Património Natural e motivar os órgãos de comunicação
Comissão Nacional da UNESCO, do Prof. Doutor
social para o debate sobre o papel da Geologia na socie-
Galopim de Carvalho e da Prof. Doutora Helena
dade contemporânea.
Henriques, geólogos subscritores da candidatura
Nesse sentido, a atribuição do Prémio Geoconservação
“Museu da Pedra do Município de Cantanhede e a
ao Museu da Pedra do Município de Cantanhede constitui
Educação para a Geoconservação”. z
3060-174 Cantanhede
Tel.: 231 423 730
Fax: 231 423 732
[email protected]
www.cantanhedeonline.pt
um importante reconhecimento da actividade que tem
Maria Carlos. Museu da Pedra
Museu de São Roque
– Obras de remodelação/ampliação
O Museu de São Roque encerrou ao público, no dia 31
exposição permanente. Do mesmo modo, propor-
de Março de 2006, para obras de remodelação/ampliação,
cionará uma melhoria das condições de acolhimento,
estando prevista a sua reabertura para finais de 2007.
através da criação de novos acessos e de novas
Este projecto tem como objectivo melhorar e actualizar
estruturas de apoio, nomeadamente com a instalação,
as condições de apresentação das suas colecções,
no átrio, de serviços de loja e cafetaria. Desta obra
colocando ao usufruto do público novos espaços de
resultará beneficiada parte do edifício, através da
Rede Portuguesa de Museus | 19
recuperação da traça arquitectónica de origem do claustro
guo ao Gabinete de Relações Públicas da Secretaria-Geral
seiscentista da antiga Casa Professa de São Roque, espaço
da Santa Casa (Largo Trindade Coelho, 1200-470–Lisboa).
que poderá ser usufruído na área da cafetaria.
Os serviços técnicos do Museu de São Roque per-
Durante o período de encerramento, as publicações do
manecerão em funcionamento, mantendo-se a actividade
Tel.: 213 235 065 / 213 235 380/81
Museu de São Roque continuarão disponíveis para venda,
do Serviço Educativo, com novos projectos. Como
Fax: 213 23 5060
podendo ser adquiridas no Edifício-Sede da Santa Casa
habitualmente, serão acolhidas visitas de estudo à Igreja
da Misericórdia de Lisboa, no “Espaço Misericórdia”, contí-
de São Roque, que continuará aberta ao público. z
Informações e contactos
Museu de São Roque
[email protected]
[email protected]
www.scml.pt
Museu dos Transportes e Comunicações
– Abertura de nova exposição
– “Viajar com o Museu”: exposição itinerante
permanente
O Museu dos Transportes e Comunicações. Alfândega
A abertura da nova exposição permanente “Metamorfose
do Porto apresenta a exposição “Viajar com o Museu”
de um Lugar” e Biblioteca da Alfândega marcaram a
com o objectivo de contactar com públicos que, por
comemoração do 18 de Maio do Museu dos Transportes
diversas razões, estão afastados de certas práticas
e Comunicações. O objectivo da exposição é ilustrar o
culturais. Hospitais, Prisões, J. de Freguesia, Bibliotecas
processo de metamorfose do Edifício de Alfândega Nova
e Escolas são locais visitados e a visitar por períodos
do Porto em Museu dos Transportes e Comunicações.
nunca inferiores a 2/3 semanas.
A história da instituição alfandegária é contada através
Numa área de 20m2 dispõem-se 5 painéis/módulos,
de documentos diversos, fotografias, fardamentos,
1 móvel em forma de sinal de trânsito com expositor
máquinas de escrever, carimbos, selos brancos, ins-
para miniaturas automóveis e 1 móvel em forma de
trumentos de laboratório, mobiliário diverso... Esquissos
automóvel com computador inserido o qual permite
Museu dos Transportes e
do arquitecto Souto de Moura e folhetos diversos
pesquisar uma aplicação com visita virtual ao Museu.
Comunicações
relatam o processo de renovação arquitectónica e a
Um “Jogo da Glória”, elaborado a pensar em temáticas
actividade cultural de 14 anos de vida da AMTC.
dedicadas aos transportes, comunicações e alfândega,
Informações e contactos
Edifício da Alfândega - Rua Nova
está disponível para a dinamização de jogos durante
as estadias da exposição. z
Edições de Museus da RPM
Museu Municipal de Faro – Revista MUSEAL
A Revista MUSEAL é uma iniciativa do Museu Municipal de Faro, a qual terá uma periodicidade anual (Maio
– Comemorações do Dia Internacional dos Museus).
O primeiro número da MUSEAL é dedicado ao tema A Realidade museológica do Algarve: perspectivas para o século
XXI e a investigadora convidada e co-responsável pela edição é a Dr.ª Clara Frayão Camacho. A estrutura da
revista divide-se em três áreas principais: textos de enquadramento e de síntese sobre o tema de capa – “O
Panorama Museológico do Algarve e a Rede Portuguesa de Museus”, de Clara Frayão Camacho e “Que Redes
para o Algarve? Reflexão Crítica”, de Isabel Soares; estudos de caso onde se apresentam sete museus da região
algarvia (Faro, Portimão, Silves, Lagos, S. Brás de Alportel, Paderne/ Barrocal e Tavira) e recensões bibliográficas.
A MUSEAL tem como missão divulgar reflexões e práticas na área da Museologia, com o intuito de contribuir
para a criação de competências e para o incentivo à troca de informação entre os profissionais ligados a museus.
Os objectivos da MUSEAL são: Divulgar a prática museológica regional e/ou nacional; Contribuir para a
20 | Boletim Trimestral
Alfândega 4050-430 Porto
Tel.: 223 403 000 / 223 403 058
Fax: 223 403 098
[email protected]
www.amtc.pt
concretização de uma rede regional de museus; Reflectir sobre aspectos da Museologia contemporânea;
Dinamizar grupos de reflexão sobre questões da museologia; Contribuir para uma melhor prática profissional;
Criar um instrumento de troca de experiências entre profissionais.
O primeiro número da revista foi lançado no passado dia 12 de Maio no auditório do museu, contando com
a participação da Dr.ª Clara Frayão Camacho e do Prof. Doutor José d’Encarnação (membro do conselho
científico da revista).
Nas palavras do Prof. Doutor José d’Encarnação:
«Tendencialmente dedicada aos museus do Algarve – e isso se pretende indicar com o nome: Muse, de museus,
al, de Algarve – pretende vir a ser, de início com periodicidade anual, um espaço onde se discuta a problemática
da Museologia em Portugal, complementando (se não é ousada ‘presunção’) a regular e preciosa informação que
é veiculada pelo Boletim da Rede Portuguesa de Museus e, também, entre outras, pelas publicações da APOM
(Associação Portuguesa de Museologia).
É ‘algarvio’ este primeiro volume, porquanto dá conta, monograficamente, da realidade museológica do Algarve:
em Tavira, Lagos, Silves, S. Brás de Alportel, Faro, Portimão, no Barrocal (Paderne, Albufeira); e traça igualmente,
em dois textos, uma panorâmica sobre essa realidade, discutindo-se a criação de redes museológicas convergentes.
Uma secção de «recensões» pretende dar relevo a iniciativas editoriais de âmbito museológico, nomeadamente
catálogos de exposições temporárias ou permanentes (neste caso, são abordadas as do Museu de Coruche, que
Museu Municipal de Faro
ganhou o prémio de Museu do Ano em 2005, e do Museu de Silves, sobre a arte em madeira de Marrocos) e
Praça D. Afonso III
trabalhos elaborados no âmbito dos cursos de Museologia.
8000-167 Faro
Tel.: 289 897 400/1/2
[email protected]
Sem que, de imediato, se apontem para números temáticos, acordou-se, desde já, que o próximo volume será
dedicado à conservação e ao restauro.»
Direcção Regional da Cultura dos Açores / Roteiro dos museus dos Açores
Editado pela Direcção Regional da Cultura dos Açores, esta obra dá a conhecer os Museus Carlos Machado,
de Angra do Heroísmo, da Horta, do Pico, de Santa Maria, de S. Jorge, da Graciosa e das Flores, num
trabalho de divulgação da cultura e do património açoriano à guarda dos museus tutelados pela Direcção
Regional. Cada um dos museus apresenta uma breve nota sobre a sua história e sobre os edifícios onde
estão instalados, descrevendo de seguida as suas colecções, os serviços e as actividades que desenvolve.
Casa de Camilo – Museu. Centro de Estudos / Estudos para O romance de Camilo por Aquilino Ribeiro
Catálogo da exposição organizada aquando da inauguração do edifício do Centro de Estudos Camilianos,
projectado por Siza Vieira. Esta exposição mostrou um conjunto de cerca de 140 desenhos da autoria de
Júlio Pomar. Os desenhos fazem parte do trabalho preparatório do autor para a ilustração do livro de
Aquilino Ribeiro, publicado pela Editora Fólio em 1957.
Linha, ponto e vírgula
Catálogo da exposição organizada pelo Centro de Estudos Camilianos da Casa de Camilo, patente ao público
até 18 de Junho. A exposição integrava oitenta caricaturas de escritores portugueses e estrangeiros da autoria
de André Carrilho. As caricaturas, publicadas, na sua maioria, em jornais e revistas nacionais e internacionais,
incluem alguns inéditos nos quais se inclui a caricatura de Camilo Castelo Branco.
Casa-Museu de Leal da Câmara / Roteiro Casa-Museu de Leal da Câmara
Editado pela Câmara Municipal de Sintra com o apoio do IPM/RPM, no âmbito do Programa de Apoio
à Qualificação de Museus, o Roteiro da Casa-Museu de Leal da Câmara guia o visitante através dos seus
vários espaços, percorrendo as salas, atelier e jardins da Casa-Museu e os espaços do Núcleo dos Saloios.
Do Roteiro consta um capítulo com a vida e obra de Leal da Câmara e bibliografia de referência para o
estudo do artista e da Casa-Museu.
Rede Portuguesa de Museus | 21
Ecomuseu Municipal do Seixal / Ecomuseu Informação nº 39
O tema em destaque neste número do Boletim trimestral do Ecomuseu Municipal do Seixal incide sobre
«Os museus e os jovens», tema proposto este ano pelo ICOM para o Dia Internacional dos Museus. O
Boletim contém ainda vários textos informativos sobre o património cultural do concelho do Seixal e as
actividades do Ecomuseu para os seus públicos. O Boletim está disponível em www.cm-seixal.pt/ecomuseu.
A pé pelo concelho do Seixal: Arrentela e Seixal
O Ecomuseu Municipal do Seixal lançou o terceiro número da colecção de Dossiês Didácticos, que dá
continuidade à edição de materiais didácticos e pedagógicos do Serviço Educativo. Esta edição, da autoria
Serviço Educativo – “ A Pé Pelo
de Ana Apolinário, Carla Costa, Fátima Afonso, Luís Filipe Santos e Madalena Campos, contou com o
Concelho do Seixal: Arrentela e
Seixal.”
apoio da RPM ao abrigo do Programa de Apoio à Qualificação de Museus.
Crédito fotográfico: Ecomuseu Municipal
do Seixal/ /CDI – Alcina Boleta, 2005.
Museu de Alberto Sampaio / D. João I e Guimarães
Editado pelo IPM/Museu de Alberto Sampaio, com o apoio do Instituto Português da Juventude, esta
obra é dirigida ao público infantil. Dividido em duas partes, o livro esboça o percurso biográfico do
Rei D. João I e a sua ligação a Guimarães, incluindo um glossário, bibliografia e índice de imagens,
na primeira parte, e, na segunda parte, propõe um conjunto de fichas de exploração com base nas
informações fornecidas.
Bordado de Guimarães: renovar a tradição
No dia 14 de Junho, no Museu de Alberto Sampaio, foi lançado este livro editado pela Editora Campo das
Letras. Esta publicação é o culminar do processo de certificação do Bordado de Guimarães, promovido pela
«Oficina», com a colaboração do Museu e apoiado pelo Programa Operacional da Região Norte.
Museu do Carro Eléctrico / Carro Eléctrico 104 – Um Romance Fotográfico de John Goto
No ano de 2005 surgiu a 1ª edição dos cadernos “Fotografia em Linha” do Museu do Carro Eléctrico, projecto
que se concretizará anualmente. O seu autor, John Goto, concebeu o Carro Eléctrico 104 – Um Romance
Fotográfico como um percurso desencadeador de um romance inspirado em imagens antigas da cidade do
Porto para contar uma história de amor entre uma passageira e um guarda-freio e onde a actualidade é
reflectida em cenários com uma estética elegante. Nesta edição pretende-se cativar os amantes da cidade e
dos carros eléctricos sensibilizando curiosos e coleccionadores para o crescimento do seu Arquivo Fotográfico.
Carla Dias. Museu do Carro Eléctrico
Museu da Casa Grande de Freixo de Numão / Guia do Visitante: Museu da Casa Grande
Guia do Visitante: Circuito Arqueológico de Freixo de Numão
No âmbito de um projecto de divulgação turística e patrimonial de Freixo de Numão apoiado pelo PIC
LEADER +, a Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Freixo de Numão editou os dois Guias do
Visitante referidos. Não alheios ao incremento do turismo cultural na região, textos e imagens apelativos
destinam-se a fornecer ao público elementos orientadores para a visita ao museu e contexto interpretativo
das colecções expostas, bem como do circuito arqueológico com elas correlacionado, central à investigação
científica dinamizada na envolvente.
Museu de Cerâmica de Sacavém / 150 anos, 150 peças – Fábrica de Loiça de Sacavém
Catálogo da exposição que estará aberta ao público até Novembro de 2006 no Museu de Cerâmica de
Sacavém. A exposição percorre 150 anos de produção cerâmica da Fábrica de Louça de Sacavém, comemorando
o aniversário da sua fundação, em 1856. Para além das peças dispostas ao longo dos dois pisos do Museu
(algumas para serem tocadas), a exposição inclui ainda uma apresentação multimédia, de imagens e sons.
22 | Boletim Trimestral
Museu da Guarda / Manifesto de uma paixão
Catálogo da exposição de fotografias de António Correia, fotógrafo da cidade da Guarda, onde viveu a partir
dos anos 20 até à sua morte, em 1957. As fotografias, expostas ao público até Outubro de 2006, distribuem-se por três grupos: “Neve”, “Cidade” e “Povo, Natureza, Cultura”, onde é possível encontrar a técnica e o
sentido estético do Autor e seu o olhar sobre a cidade da Guarda, a Natureza, o trabalho no campo e as pessoas.
Museu Municipal de Tavira / Espírito e poder: Tavira nos tempos da modernidade
Catálogo da exposição dedicada à história local de Tavira nos séculos XVII e XVIII, cuja edição contou
com o apoio do Instituto Português de Museus/ Rede Portuguesa de Museus, no âmbito do Programa
de Apoio à Qualificação de Museus. Da obra, com prefácios de José Macário Correia, Presidente da Câmara
Municipal de Tavira, e de Clara Frayão Camacho, Subdirectora do Instituto Português de Museus, consta
o catálogo das peças expostas no Pavilhão Medieval do Palácio da Galeria e os estudos levados a cabo
por vários especialistas nacionais, que constituem a base programática da exposição.
Moedas do Museu Municipal de Tavira
Com o apoio do Instituto Português de Museus/ Rede Portuguesa de Museus, no âmbito do Programa
de Apoio à Qualificação de Museus, foi publicado o estudo da colecção de numismática do Museu
Municipal de Tavira, da autoria de Maria Conceição Lopes. Após um texto introdutório de Clara
Frayão Camacho, a obra compreende a contextualização histórica da colecção, a descrição dos
procedimentos de conservação efectuados e o catálogo das moedas hispânicas, romanas e portuguesas
da colecção.
Museu Municipal de Vila Franca de Xira / Vila Franca de Xira, tempos do rio, ecos da terra
Catálogo da exposição do Museu Municipal de Vila Franca de Xira organizada para a inauguração do
respectivo Núcleo-Sede. Descreve o percurso histórico do museu e das suas colecções, a programação
museológica e os métodos e procedimentos de conservação e restauro adoptados, apresentando, de
seguida, os estudos desenvolvidos em torno das temáticas da exposição e o catálogo das peças.
Museu de São Roque / A Lenda de S. Francisco Xavier pelo Pintor André Reinoso
No âmbito das Comemorações do V Centenário do Nascimento de S. Francisco Xavier (2005-2006), o
Museu de S. Roque procedeu à reedição desta obra da autoria de Vítor Serrão, trabalho publicado em
1993 pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e Quetzal Editores, já há muito esgotado. A presente
reedição, agora totalmente ilustrada a cores e com tradução para língua inglesa, é editada pela Bertrand
Editora e resulta de uma parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Património Arquitectónico da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Com o apoio do IPM/RPM, no âmbito do Programa de Apoio à Qualificação de Museus, o Museu de São Roque
editou ainda outra obra que destaca um valioso e diversificado conjunto patrimonial que, pela primeira vez, é
objecto de um estudo sistemático. Neste primeiro volume da publicação, dedicado à Arquitectura religiosa e
civil erudita, especialistas das áreas da História, da História da Arte e da Arquitectura desenvolvem estudos em
torno de um conjunto de sete imóveis de reconhecido valor histórico e artístico, entre os quais a Igreja e a
antiga Casa Professa de São Roque, o Convento de São Pedro de Alcântara e o Palácio dos Marqueses das
Minas.
Rede Portuguesa de Museus | 23
Em Agenda
A Minha Escola Adopta um Museu
Museu Nacional de Soares dos Reis
O concurso “A minha escola adopta um Museu” foi uma iniciativa promovida conjuntamente pela Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC) e pelo Instituto Português de Museus (IPM), na
sequência de um Protocolo de colaboração assinado em 30 de Junho de 2005.
Este concurso dirigiu-se a alunos do ensino básico e secundário e consistiu na elaboração de trabalhos criativos
a partir de testemunhos dos acervos dos museus da Rede Portuguesa de Museus. Foram aceites trabalhos nas
áreas da produção escrita, artes visuais, artes performativas, fotografia, vídeo e multimédia.
Esta iniciativa teve por objectivo estimular o conhecimento da realidade museológica nacional através de uma
colaboração entre as escolas e os museus e consequentemente sensibilizar os jovens para a conservação,
protecção e valorização do património cultural.
A originalidade, a criatividade, o domínio da técnica utilizada, a qualidade de apresentação e as formas de articulação
com os conteúdos curriculares constituíram alguns dos critérios de apreciação dos trabalhos apresentados.
O Júri do Concurso foi composto por elementos da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular
e do Instituto Português de Museus/Rede Portuguesa de Museus e por personalidades de diversas áreas
artísticas: Lídia Jorge, Luísa Costa Gomes e Paulo Teixeira (Texto); Graça Morais, Francisco Simões e Cecília
Guimarães (Artes Plásticas); Teresa André (Artes Performativas); José Morais, Ana Sepúlveda e Isabel Espinheira
(Multimédia e Fotografia).
Os prémios foram atribuídos a cada uma das áreas artísticas dentro de cada um dos níveis de ensino (1º Ciclo,
2º Ciclo, 3º Ciclo do Ensino Básico e Secundário). Para cada um dos quatro níveis de ensino foi atribuído um
prémio ao grupo de alunos, ao professor e à escola participante.
A
inauguração da exposição dos trabalhos e a entrega dos prémios teve lugar no Museu Nacional Soares
dos Reis (Porto), no dia 18 de Maio, Dia Internacional dos Museus, e estará patente até ao dia 2 de Julho.
Os trabalhos premiados e os intervenientes podem ser conhecidos nesta exposição e através dos sítios na
Internet da DGIDC (www.dgidc.min-edu.pt), do IPM (www.ipmuseus.pt) e da RPM (www.rpmuseus-pt.org).
Palácio dos Carrancas I, Rua D. Manuel II, 4050-342 Porto, Tel.: Tel. 223 393 770, [email protected], www.ipmuseus.pt
percurso Quem diz cortiça diz Mundet, quem diz
IPM/IPPAR
Exposição
Casa-Museu Dr. Anastácio
Gonçalves
Artistas Viajantes e o Brasil no século XIX –
Exposição
Descobertas matemáticas na Mundet (público escolar
Colecção Brasiliana
Colecção Dr. Anastácio Gonçalves. Obras em
– ensino básico)
Organização: IPM
reserva: Pintura, Aguarela e Desenho
Ao encontro da cortiça (público juvenil e adulto/famílias)
Até 16 de Julho de 2006
Até 30 Setembro de 2006
Mundet diz cortiça
Serviço educativo
Núcleo Naval
Galeria de Pintura do Rei D. Luís
1050-055 Lisboa
Exposição
Palácio Nacional da Ajuda
Avenida 5 de Outubro, 6-8
1349-021 Lisboa
Tel.: 213 540 823/09 23; Fax: 213 548 754
Barcos, memórias do Tejo
Tel.: 21 361 43 42 /21 361 43 46
[email protected]
Serviço educativo
Fax: 21 362 56 41
www.cmag-ipmuseus.pt
Estaleiro de brincadeiras
(público escolar – ensino pré-escolar e dos 1º e 2º ciclos
[email protected]
do ensino básico)
www.ippar.pt
24 | Boletim Trimestral
Ecomuseu Municipal do
Seixal/Núcleo da Mundet
Dança dos barcos
Núcleo da Mundet
do ensino básico)
Exposição
De vento em popa, construindo cataventos
A cortiça na fábrica: a preparação – inserida no
(público juvenil e adulto/famílias)
(público escolar – ensino pré-escolar e dos 1º e 2º ciclos
Victor Almeida.
Oficina
Inauguração no âmbito da celebração do 126º
“o preto...o branco... e outras cores”
aniversário do museu (10 de Junho)
Reinvenção das imagens a preto e branco através
Até final de Agosto de 2006
da utilização de tintas, papéis, pastas de
modelação e outros materiais.
Tripular uma embarcação
Ecomuseu Municipal do Seixal/CDI – Foto: João Martins, 1999
Convento de Sto. André
Público-alvo: Escolar e Famílias
Rua João da Moreira
Imagens entre famílias
9500-075 Ponta Delgada
Passeios pela cidade da Guarda a partir das fotografias
Tel.: 296 283 814/285 532; Fax: 296 629 504
de António Correia
[email protected]
Público-alvo: Famílias
www.museucarlosmachado.pt
Rua General Alves Roçadas, 30
Bote de fragata Baía do Seixal
6300-663 Guarda
Serviço educativo
Museu Escolar de Marrazes
Tel.: 271 213 460
Descobertas matemáticas no bote de fragata
Comemoração do Dia do Idoso
Fax: 271 223 221
Nós e o rio
A Marta e o Zé visitam os velhinhos
www.ipmuseus.pt
(público escolar – ensino básico)
As personagens eleitas como mascotes
[email protected]
Tripular uma embarcação
do museu visitam os idosos da freguesia
De barco, do Seixal a Vila Franca de Xira
de Marrazes
De barco, do Seixal a Belém
2 de Outubro de 2006
Museu Gulbenkian
50º aniversário da Fundação Calouste
(público juvenil e adulto/famílias)
Largo da Feira dos 18, Marrazes
Gulbenkian Homenagem ao Coleccionador
Núcleos Urbanos Antigos
2400-380 Leiria
Exposições
Serviço educativo/ visita temáticas
Tel.: 244 812 701; Fax: 244 855 387
O Gosto do Coleccionador: Calouste S. Gulbenkian
A pé pelo Seixal
[email protected]
(1869-1955)
A pé pela Arrentela
www.museuescolar.pt
A partir de 18 Julho de 2006
(público escolar – ensino básico)
De Paris a Tóquio. Arte do Livro na Colecção
Museu Francisco Tavares
Proença Júnior
Gulbenkian
Tel.: 21 0976 112 (às 2as e 3as feiras); Fax: 21 0976 113
Exposições
reunidas entre 1899 e a data da sua morte
[email protected]
Arqueologia, Colecções de Francisco Tavares
A partir de 18 de Julho de 2006
www.cm-seixal.pt/ecomuseu
Proença
Serviço Educativo
Praça 1º de Maio, nº 1
2840-485 Seixal
Obras-primas da biblioteca de Calouste Gulbenkian
Até Dezembro de 2006
30 anos da Oficina-Escola de Bordados Regionais
Museu de Alberto Sampaio
Até 17 Setembro de 2006
Exposições
Brincadeiras, Brinquedos e Outros Segredos
Momentos, de Paulo Neves
Até 9 de Julho de 2006
Até 3 de Setembro de 2006
Variações sobre um fruto
Meninos Gordos: contar uma história através da
– fotografias de Valter Vinagre
faiança
Olhar prospectivo sobre o ciclo de cereja do Fundão
Até 1 Outubro de 2006
14 de Julho a 3 de Setembro de 2006
1.º e 3.º Domingo de cada mês, 15h30m às 17h30m
Verão 2006
Exploração da exposição e do caderno editado
Ateliê Férias no Museu
para o efeito. Pintura de prato
10 de Julho a 15 Setembro de 2006
em faiança.
Ateliê PIMPAMPUM
Museu aberto à noite!
(do pré-escolar ao 2.º ciclo)
Julho e Agosto
Até 31 Julho de 2006
Histoire de la Princesse Boudour
Conte des mille nuits et une nuit
Tradução de J.-C. Mardrus
Paris: François-Louis Schmied, 1926
© Fundação Calouste Gulbenkian
Foto: Margarida Ramalho
Das 10h às 24 horas (excepto
Largo da Misericórdia
Av. de Berna, 45-A
6000-462 Castelo Branco
1067-001 Lisboa Codex
Rua Alfredo Guimarães
Tel.: 272 344 277
Tel.: 21 782 30 00 ; Fax.: 21 782 30 32
4810-251 Guimarães
Fax: 272 347 880
www.museu.gulbenkian.pt
Tel.: 253 423 910
[email protected]
[email protected]
Fax: 253 423 919
www.ipmuseus.pt
segunda-feira)
[email protected]
Museu da Guarda
Museu Municipal de Vila
Franca de Xira
Museu Carlos Machado
Exposição
Exposições
Exposição colectiva
Manifesto de uma Paixão
Núcleo-Sede
Mare Magnum, trabalhos de Filipe Franco, Maria
– António Correia, fotógrafo
Vila Franca de Xira. Tempos do Rio – Ecos da Terra
José Cavaco, Nina Medeiros, Paula Mota, Urbano e
Até 15 Outubro de 2006
Rede Portuguesa de Museus | 25
Atelier de Construção de Instrumento Musical
Rua da Madre de Deus, 4
(dos 6 aos 15 anos)
1900-312 Lisboa
Tel.: 21 810 03 40
Estação do Metropolitano Alto dos Moinhos
Rua João de Freitas Branco
[email protected]
1500-359 Lisboa
Tel.: 21 771 09 90; Fax: 21 771 09 99
[email protected]
Museu Nacional de Etnologia
www.museudamusica-ipmuseus.pt
Exposições
Através dos Panos
Até Dezembro de 2006
Museu Nacional
de Arqueologia
Visitas guiadas: 3ªs feiras, das 14h às 17h; 4ªs feiras, das
Colecção de Artes Plásticas do Museu Municipal –
Exposições
Visitas guiadas + ateliê (desenho, colagem, estampagem
Gravura. 4 Técnicas
Mosaicos Romanos nas colecções
e pintura): 4ªs feiras, das 10h às 12h30 e das 14h às 17h.
Até Outubro de 2006
do Museu Nacional de Arqueologia
Reservas Visitáveis
10h às 12h30 e das 14h às 17h.
Até 1 Outubro de 2006
Rua Serpa Pinto, n.º 65
2600-263 Vila Franca de Xira
Tel.: 263 280 350; Fax: 263 280 358
Religiões da Lusitânia: Loquuntur Saxa
Até 1 Dezembro de 2006
www.museumunicipalvfxira.org
[email protected]
Praça do Império
[email protected]
1400-206 Lisboa
Tel.: 21 362 00 00
Fax: 21 362 00 16
[email protected]
www.mnarqueologia-ipmuseus.pt
Galerias da Amazónia
Museu Nacional de Arte Antiga
Galerias da Vida Rural
Exposição
Coisas de pastor...
Grandes Mestres da Pintura.
Visita pelo sector de reserva Galerias da Vida Rural
Núcleo do Mártir Santo
De Fra Angelico a Bonnard.
destacando o pastoreio nos meados do século
Arte e Devoção – Formas e Olhares
Obras-primas da Colecção Rau
passado em Portugal
Obras do século XV ao XVIII:
Visita guiada + atelier de expressão plástica
Núcleo do Mártir Santo
escolas italiana, flamenga,
(dos 3 aos 12 anos)
Rua Dr. Miguel Bombarda 2600 Vila Franca de Xira
holandesa, alemã, francesa,
Até 7 de Julho (3.ª feira, às 14h; 4.ª a 6.ª feira, às 10h e às 14h)
Tel.: 263 285 620/621
espanhola e britânica – Fra
11 de Julho a 31 de Agosto (3.ª feira, às 14h; 4.ª feira, às 14h)
[email protected]
Angélico, Bernardino Luini,
António Solário, Guido Renni,
Canaletto, Cranach, El Greco.
Bernardino Luini
(c. 1485-1532),
Retrato de jovem
mulher, c. 1525.
Óleo sobre madeira.
Avenida Ilha da Madeira
1400-203 Lisboa
Museu de Lanifícios da
Universidade da Beira Interior
Obras dos séculos XIX e XX:
Exposições
Degas, Monet, Renoir, Pissarro,
[email protected]
Postais de Portugal moderno,
Sisley, Lautrec, Bonnard.
www.mnetnologia-ipmuseus.pt
fotografia de Marcin Górski
Até 17 de Setembro de 2006
Corot, Courbet, Cézanne, Manet,
Foto: © Pertencente
à Colecção Rau, s/A,
Cologne.
Tel.: 21 304 11 60; Fax: 21 301 39 94
[email protected]
Até 16 de Julho de 2006
Rua das Janelas Verdes
Museu Nacional dos Coches
1249-017 Lisboa Codex
Exposição
Tel./ Fax: 275 319 712
Tel.: 21 391 28 00; Fax: 21 397 37 03
D. Amélia, uma Rainha, um Museu
[email protected]
[email protected]
Até 31 de Dezembro de 2006
http://museu.ms.ubi.pt
www.mnarteantiga-ipmuseus.pt
Serviço Educativo
Rua Marquês D’ Ávila e Bolama
6201-001 Covilhã
Visitas guiada, animada, com representação
Peddy-paper (dos 8 aos 12 anos)
Museu da Música
Museu Nacional do Azulejo
Ateliê de Pintura (dos 4 aos 10 anos)
Serviços educativos
Serviço educativo
Ateliê de Douramento (dos 6 aos 12 anos)
De ouvidos bem abertos
Vamos Pintar um Azulejo
Caça ao Tesouro (dos 8 aos 12 anos)
Exploração dos instrumentos musicais da orquestra a
Pintura em Majólica
Jogo da Glória “Uma viagem atribulada...
partir da peça musical de Prokofiev “Pedro e o Lobo”
Oficina de Modelação
no séc. XIX” (dos 10 aos 12 anos)
(dos 7 aos 12 anos)
Modelação em barro, azulejos relevados
Aspectos e Instrumentos da Música Barroca
Acções de Formação para professores
Praça Afonso Albuquerque
Animação audiovisual e visita destacando instrumentos
Noções de História do Azulejo.
Tel.: 21 361 08 50; Fax: 21 363 25 03
e alguns compositores de música barroca
Iniciação à Manufactura do Azulejo
[email protected]
(a partir dos 13 anos)
26 | Boletim Trimestral
1300-004 Lisboa
www.museudoscoches-ipmuseus.pt
Outras histórias da Arte (dos 6 aos 12 anos)
Museu Nacional da Imprensa
3ªs feiras, Julho, das 14h às 16h
Exposições
5ªs feiras, Julho, das 10h às 12h
Museu do Trabalho Michel
Giacometti
Memórias Vivas da Imprensa
Famílias nos Museus
Exposições
Permanente
Projecto promovido pela Câmara Municipal do
Festa de Nª Senhora do Rosário de Tróia - A vários
Porto com o objectivo de incentivar pais, avós,
tempos, entre muitas estórias…
primos… a relacionarem-se, tendo como ponto de
8 Julho a 30 Setembro de 2006
partida as colecções dos museus da cidade.
Tema para 2006: “O Porto”
Nós Trabalhamos com as Máquinas
No Museu Nacional de Soares dos Reis: Sessões
– A cadeia operatória do Fabrico de Ferragens para
em torno do mote “Fabricado no Porto”: Visita ao
Dossiês
núcleo da Cerâmica para observar peças
Organização
provenientes de fábricas do Porto, com actividades
Museu do Trabalho Michel Giacometti – estudo e
ou com oficinas.
divulgação do acervo e de memórias ligadas ao programa
4.º Sábado de cada mês
ocupacional de trabalho com deficientes realizado pela
Oficina do Centro de Actividades Ocupacionais 1 do
PortoCartoon: O Riso do Mundo
Palácio dos Carrancas I
A.P.P.A.C.D.M – Delegação de Setúbal.
Permanente
Rua D. Manuel II
Local: Centro de Actividades Ocupacionais 1/ A.P.P.A.C.D.M
4050-342 Porto
Tel.: 223 393 770
E.N. 108 n.º 206
– Rua Vale Cerejeiras, n.º 26 – 2910 Setúbal
[email protected]
4300-316 Porto (Freixo)
www.ipmuseus.pt
Tel.: 225 304 966; Fax: 225 301 071
[email protected]
Museu Nacional do Traje
www.imultimedia.pt/museuvirtpress
Exposições
Sala dos Teares
Museu Nacional de Machado
de Castro
Permanente
Exposição
– Exposição de Esculturas de José Aurélio
Os Alqueires bem Medidos
Até 19 de Julho de 2006
Até Setembro de 2006
200 anos de Vestidos de Baptizado
Pás-de-Vento, Ventos-de-Paz
Até 11 Novembro de 2006
Rua António José de Almeida, 208
3000-042 Coimbra
Trajes para D. Inês
Tel.: 239 482 001; Fax: 239 482 469
Até 11 Novembro de 2006
Tarde intercultural
[email protected]
Evolução do Traje do Século XIX
Festas de Marítimos
Até Dezembro de 2006
30 de Setembro de 2006, 15h-18h
Brinquedos do início de século XX
Museu Nacional de Soares
dos Reis
Até 31 Dezembro de 2006
Oficinas
Largo Júlio de Castilho, Lumiar 1600-483 Lisboa
Tel.: 265 53 78 80
Bichinho de Ver (dos 6 aos 10 anos)
Tel.: 21 758 85 37
Fax: 265 57 38 89
4ªs feiras, Julho, das 10h às 12h
[email protected]
[email protected]
Largo dos Defensores da República
2910-470 Setúbal
www.museudotraje-ipmuseus.pt
Outras Notícias
Encontro Terrassa LANA 2006
A Association ATELIER, França, o Centre Tècnic de
estratégia tendo em linha de conta os seguintes
Filatura – UPC, o Centre de Documentatió i Museu
princípios orientadores:
Informações e contactos
Téxtil, de Terrassa, Espanha e o Museu de Lanífícios
– Difusão de boas práticas do processo de produção
Museu de Lanifícios da Universidade
da Universidade da Beira Interior, Portugal, associaram-
da Beira Interior
das lãs.
-se para promover um encontro internacional entre
– Planeamento e criação de um Sistema de Identi-
6201-001 Covilhã
organismos, associações e entidades que têm por
ficação Geográfica Protegida, de âmbito ibérico
Tel.: 275 319 712/275 319 700
finalidade dinamizar a fileira lã e revalorizar esta
e/ou mediterrânico.
Rua Marquês D’ Ávila e Bolama
(ext. 3126)
fibra enquanto matéria natural renovável.
– Formação como eixo de intervenção primordial.
Nas conclusões do Encontro, que decorreu nos dias
– Investigação nos diversos domínios que envolvem
Fax: 275 319 712
[email protected]
http://museu.ms.ubi.pt
31 de Março e 1 de Abril, foi possível definir-se uma
a lã.
Rede Portuguesa de Museus | 27
– Promoção com base na cooperação.
peninsulares e como exemplo de coordenação dos
– Conservação futura do património laneiro.
diferentes agentes envolvidos na fileira lã.
– Trabalho realizado, há mais de 10 anos, pelo European
Wool Group, como via a seguir para valorizar as lãs
– Colocação em rede dos diferentes agentes e estabelecimento de um ponto de encontro. z
M. Emília dos Santos e Silva Amaral Teixeira
In memoriam
Faleceu recentemente uma grande senhora dos museus
válidos à distância de quase cinquenta anos. Não
portugueses, a Dr.ª Maria Emília dos Santos e Silva
esqueceu o serviço educativo, acompanhando ela
Amaral Teixeira. Talvez o seu nome pouco diga às novas
própria os jovens visitantes. E inaugurou uma sala para
gerações. Não assim para quem acompanhou o seu
conferências e um espaço para exposições temporárias.
percurso profissional, primeiro a sua passagem pelo
Tudo isto foi feito em condições hoje impensáveis,
Instituto de Alta Cultura, pelo Museu Nacional de Arte
sem o concurso de arquitectos nem de designers, nem
Antiga, pelo Museu dos Coches, pela Biblioteca Nacional
de outros especialistas, sem pessoal técnico e sem
de Lisboa; mas sobretudo o seu trabalho enquanto
meios tecnológicos. Mas só lhe custou a incompreensão
Directora do Museu de Alberto Sampaio, em Guimarães,
de uma certa imprensa local, provinciana, limitada e
entre 30 de Novembro de 1955 e 30 de Dezembro de
resistente à mudança.
1966, e, a partir dessa data até à sua aposentação, em
No Museu Nacional Soares dos Reis dedicou-se à
2 de Junho de 1986, como Directora do Museu Nacional
instalação de infra-estruturas: reservas e arquivos. De
Soares dos Reis. Quem com ela privou, considera
1967 a 1973 foi também conservadora dos Museus
inteiramente merecido o louvor que a Secretária de
da Câmara Municipal do Porto, em regime de acu-
Estado da Cultura então lhe dirigiu “por ter demonstrado,
mulação. A autarquia portuense atribuiu-lhe, pos-
no decurso da carreira de conservadora de museu e no
teriormente, a medalha de mérito, de ouro, realçando
exercício de funções de direcção (…) um elevado grau
o seu papel fundamental na instalação do Museu
de competência, zelo e dedicação”.
Romântico da Quinta da Macieirinha. Prestou ainda
No Museu de Guimarães, coube-lhe a tarefa de acom-
apoio a outros museus da região norte.
panhar grandes obras de ampliação e a responsabilidade
A convite do governo da República Federal da
de montar sozinha a nova configuração museográfica.
Alemanha, integrou uma visita de conservadores de
Com grande sensibilidade, a Dr.ª Maria Emília soube
museus de todo o mundo àquele território. Membro
valorizar cada um dos objectos expostos, concedendo-
do ICOM, participou em reuniões internacionais em
-lhe espaço para ser fruído, de acordo com critérios de
Leninegrado e na Suécia.
selectividade e de sobriedade, que constituíram então
A Dr.ª Maria Emília Amaral Teixeira era uma pessoa
uma nova tendência.
activa, determinada, exigente, rigorosa, habituada a
Dedicou-se também à inventariação das colecções.
cortar a direito, viajada, culta, afável e delicada para
Preocupou-se com a conservação. Acompanhou pes-
com os subordinados e os mais novos, generosa com
soalmente, no Instituto de Restauro de Lisboa, a
os outros na partilha do saber. Pode dizer-se que
reintegração de uma peça emblemática do Museu, o
esteve à frente do seu tempo e que manteve com a
loudel de D. João I, sendo uma das autoras da
instituição museal uma relação afectiva muito forte.
monografia a que esse restauro deu origem. Fez
Foi uma figura pioneira e marcante na vida dos nossos
investigação histórica com seriedade e prudência,
museus, que evoco com saudade e respeito.
publicando diversos estudos. Sublinho, em especial,
Guimarães, 2006.05.09
os seus artigos sobre o tríptico de prata do século XIV
Manuela de Alcântara Santos
e sobre alguns aspectos do claustro, que continuam
Antiga directora do Museu de Alberto Sampaio (1993-1999)
28 | Boletim Trimestral
Domingos Francisco
Domingos Francisco, Mestre em Estética e Filosofia
contexto natural, partindo do global (Universo) para o
da Arte, Técnico do Museu Municipal de Coruche,
particular (Coruche) e deste novamente para o global
faleceu no passado dia 6 de Abril.
– questionando o futuro do Planeta Terra, absolutamente
Recentemente, a equipa da RPM esteve a visitar o
dependente da responsável e atenta acção do Homem.
museu no âmbito do acompanhamento do processo
Do texto que publicou no catálogo desta exposição
de transição do museu para o novo sistema de
retiramos a seguinte mensagem, agradecendo-a
credenciação criado pela Lei Quadro dos Museus
profundamente pelo que nos faz pensar:
Portugueses. A reunião de trabalho e a visita técnica
“Educar para a Natureza quererá dizer, então, levar as
então efectuadas contaram com a sua participação
crianças e os jovens a compreender o valor que a natureza
empenhada, tendo a visita às instalações do museu,
tem em si mesma. E se educar não pode ser algo que
e em particular às exposições patentes, sido muito
afaste as atitudes e os valores, então, quando falamos
estimulante pelo seu entusiasmo e envolvimento.
de educação ambiental estamos a falar de atitudes e
Em sua homenagem destacamos a sua importante
valores a ter com a Natureza. Que o mesmo é dizer que
participação na programação das actividades do Museu
se a educação é o acto civilizacional por excelência, a
Municipal de Coruche, no pendor educativo e
aposta numa educação deste tipo levará necessariamente
pedagógico original que lhes imprimiu, na concepção
a uma civilização diferente, porque de um homem
das respectivas exposições, evidenciando em particular
diferente se tratará. Certamente mais desenvolvido. Mais
a exposição permanente O Homem e o Trabalho – A
humano.” (“Natureza e Futuro – Algumas Consi-
Magia da Mão, cujos textos apresentados em cada
derações” in O Homem e o Trabalho. A Magia da Mão,
núcleo temático são de sua autoria, verdadeiros
Câmara Municipal de Coruche/Museu Municipal de
poemas, plenos de sentidos, sublinhando uma
Coruche, 2003)
mensagem profunda de inserção do Homem no seu
CJF/ Equipa da RPM
Henri Campagnolo
No dia 27 de Maio teve lugar no cemitério de Alcobaça
para além das colecções à sua guarda, uma “rede de
uma cerimónia em homenagem a Henri Campagnolo
sítios museológicos”, na perspectiva da sua investigação,
que reuniu familiares, amigos e antigos alunos do
documentação, interpretação, valorização, preservação
Professor.
e divulgação aos públicos para sua fruição.
Investigador do Centre National de la Recherche
A conjugação de várias áreas disciplinares (Matemática,
Scientifique (CNRS) desde 1967, Henri Campagnolo,
Antropologia e Linguística) na formação de Henri
juntamente com Maria Olímpia Lameiras-Campagnolo,
Campagnolo muito contribuiu para marcar significati-
sua companheira e também investigadora do CNRS,
vamente a singularidade dos seus contributos científicos
deu aulas de Semiologia das Técnicas e Museologia e de
e, por conseguinte, das suas lições.
Programação Museológica nos Mestrados em Museologia
Importa destacar alguns eixos de investigação levados
da Universidade Nova de Lisboa e da Faculdade de
a cabo por Henri Campagnolo: várias missões lin-
Belas Artes de Lisboa. Das lições de ambos ressaltamos:
guísticas, em articulação com os domínios antropo-
a transmissão de conceitos operativos da disciplina e
lógico e tecnológico, em Timor Oriental e junto dos
a sua aplicação no terreno do museu; múltiplos processos
Timorenses refugiados na Austrália e em Portugal
de codificação inerentes à linguagem museal; a
(entre finais dos anos 60 e meados de 70); importante
parametrização das etapas de programação e de gestão
e significativo estudo sobre o pedagogo português
de uma entidade museológica, que poderá abranger,
João de Deus; pesquisas no domínio das linguagens
Rede Portuguesa de Museus | 29
verbais e não-verbais, privilegiando a linguagem
e antropólogos de formação «mista», para os quais
do museu enquanto instrumento específico de
investigação é antes do mais acolhimento selectivo e
comunicação.
criativo da pluralidade”. Na cerimónia em homenagem
No campo da Museologia, merece referência particular
a Henri, Benjamim Pereira exaltou esta experiência de
um trabalho realizado pelos dois investigadores, que
trabalho com os dois investigadores como muito
compreendeu a já mencionada pesquisa de campo
estimulante e enriquecedora, evidenciando a exigência
em Timor Oriental, a recolha no terreno de objectos,
e o rigor científico das questões levantadas e o espírito
de fotografias, de outra documentação e de teste-
de verdadeira e genuína solidariedade familiar então
munhos das populações timorenses (justificada e
sentido com o profundo envolvimento de todos os
rigorosamente incluídos nas fichas de inventário das
elementos da família Lameiras-Campagnolo naquele
colecções recolhidas e seleccionadas com a participa-
importante projecto expositivo.
ção das mesmas populações) e, finalmente, a sua
Para o projecto de criação e de desenvolvimento da
divulgação através de uma exposição – Povos de Timor,
Rede Portuguesa de Museus, a colaboração dos dois
Povo de Timor. Vida. Aliança. Morte – organizada no
investigadores foi essencial, materializando-se os seus
Museu de Etnologia em Dezembro de 1989, com
significativos contributos em inúmeras conversas atentas
Ernesto Veiga de Oliveira, Benjamim Pereira, José Carlos
à evolução do próprio projecto e, muito em particular,
Gomes da Silva e Georges Condóminas, e da edição
no artigo “O conceito de «Rede»: incidências sobre
do respectivo catálogo.
o enquadramento e a coordenação das unidades
Como é salientado no referido catálogo, esta exposição,
museológicas portuguesas” publicado nas Actas do
assumindo “claramente a diferença das codificações da
Fórum Internacional Redes de Museus (2002), o qual
sociedade de origem e da sociedade de recepção”,
contou com a sua viva e envolvida participação.
“é fruto de uma afectuosa colaboração entre museólogos
CJF / Equipa da RPM
No Centro de Documentação da RPM
– Henri Campagnolo
LAMEIRAS-CAMPAGNOLO, Maria Olímpia; CAMPAGNOLO, Henri – O conceito de “Rede”: incidências sobre o enquadramento
e a coordenação das unidades museológicas portuguesas
IN FÓRUM INTERNACIONAL REDES DE MUSEUS, Lisboa, 2001 – Fórum Internacional Redes de Museus: actas. [Lisboa]: RPM, 2002.
Apresentado no Fórum Internacional Rede de Museus, organizado pelo Instituto Português de Museus/ Rede Portuguesa de
Museus, o artigo, partindo da apreciação das linhas programáticas da RPM, procede à exploração do conceito de “rede” e
sua relação com o conceito de “sistema”, à apresentação de uma proposta tipológica quanto à estrutura de enquadramento
e coordenação e à análise da sua incidência.
LAMEIRAS-CAMPAGNOLO, Maria Olímpia; CAMPAGNOLO, Henri [et al.] – Marcas e sinais de Cister
IN ACTAS DO COLÓQUIO INTERNACIONAL, Alcobaça, 16-20 Junho 1998 – Cister II: espaços, territórios, paisagens. Lisboa:
IPPAR, 2000. pp. 575-594.
Acessível on line em: http://www.rpmuseuspt.org/Pt/cont/marcascister.html.
Continuando a proposta de uma rede de núcleos museológicos para o território da Abadia de Santa Maria de Alcobaça, o artigo
visa sistematizar a caracterização, no âmbito plástico e semântico, de seis sítios contemporâneos da Abadia e aprofundar as relações
destes com a Abadia, apresentando a proposta de rede museológica integrada na zona da Abadia Cisterciense de Alcobaça.
LAMEIRAS-CAMPAGNOLO, Maria Olímpia; CAMPAGNOLO, Henri – Um exemplo de “linguagem mista”: a linguagem museal
IN ENCONTRO NACIONAL MUSEOLOGIA E AUTARQUIAS, 4, Tondela, 29-31 de Outubro de 1993 – Actas do IV Encontro
Nacional Museologia e Autarquias. Tondela: Câmara Municipal de Tondela, 1999. pp. 47-52.
Situado entre a área da museologia, da antropologia, da linguística e da semiótica, o artigo sistematiza a caracterização da
linguagem museal e das suas propriedades, “linguagem mista” enquanto ponte entre as palavras e as coisas, o verbal e o
não verbal, “linguagem mista artificial” já que simula uma situação espacial ou temporal afastada do receptor e que se liberta
da situação envolvente.
LAMEIRAS-CAMPAGNOLO, Maria Olímpia; CAMPAGNOLO, Henri – Uma forma renovada de entidade museal: uma rede
de núcleos na área dos Coutos Cistercienses de Alcobaça
IN Actas do Colóquio O Património da Região Oeste. Caldas da Rainha: Património Histórico, 1996.
30 | Boletim Trimestral
A proposta de criação de uma rede de núcleos museais em articulação com o Museu dos Coutos de Alcobaça é explorada
na dimensão teórica e prática das suas potencialidades e limitações, sendo apresentadas três propostas de enquadramento
tipológico e uma caracterização da rede no plano da partilha de competências.
LAMEIRAS-CAMPAGNOLO, Maria Olímpia; CAMPAGNOLO, Henri [et al.] – Continuar Cister: conhecer, memorizar, compartilhar
os valores patrimoniais dos Coutos Cistercienses
IN Espaços. Alcobaça: ADEPA, 1996.
Com o contributo de Henri Campagnolo para os aspectos teóricos da semiologia, neste artigo é enunciada a proposta de
uma rede de núcleos museais na área dos Coutos Cistercienses, estruturas directa ou indirectamente relacionadas à Abadia,
num modelo de entidade que prolongaria a “expressão territorial e conceptual da Abadia”.
LAMEIRAS-CAMPAGNOLO, Maria Olímpia; CAMPAGNOLO, Henri – Dois modos de pescar na enseada da Nazaré (a “xávega”
e o “candil”): devir técnico, devir turístico
IN Jornadas sobre cultura marítima. Nazaré: [s.n.], 1995. pp. 175-198.
Após a descrição dos instrumentos conceptuais de apresentação das técnicas da arte xávega e da pesca do candil e da análise
desses dois modos de pescar na enseada da Nazaré, são apresentadas quatro opções de valorização patrimonial e turística:
revitalizar, reconstituir, musealizar e documentar.
LAMEIRAS-CAMPAGNOLO, Maria Olímpia; CAMPAGNOLO, Henri, org. [et al.] – Povos de Timor, Povo de Timor: Vida.
Aliança. Morte [Lisboa]: Fundação Oriente, D.L. 1992.
“Lição de museologia, mas sobretudo lição de humanidade”, nas palavras de Hugues de Varine, a exposição Povos de Timor,
Povo de Timor: Vida. Aliança. Morte – concebida em ligação com o colóquio internacional Antropologia timorense: produção,
linguagem, que se reuniu no Museu de Etnologia, em Dezembro de 1989 – trouxe a público a cultura dos povos da zona
oriental de Timor, as suas singularidades, mas principalmente as suas coesões e solidariedades na dimensão linguística, social,
religiosa e tecno-económica. Fruto de um longo trabalho de investigação e da estreita colaboração entre museólogos e
antropólogos, a exposição organizava-se em três pólos – vida/morte, masculino/feminino, dentro/fora da aliança – distribuídos
em duas séries de painéis que se estruturavam, por sua vez, em diferentes níveis informativos: objecto; legenda do objecto;
fotografia de campo; texto-condutor. O catálogo, servindo de informação adicional, segue a organização da exposição, mas
encontra-se assente, sobretudo, em fotografias de campo e em textos “tratados como entidades gráficas plenas”, de modo
a cobrir a ausência do objecto e a formar, em conjunto com a exposição e as actas do colóquio, uma unidade informativa
coesa e complementar.
LAMEIRAS-CAMPAGNOLO, Maria Olímpia; CAMPAGNOLO, Henri – Linguagem museológica: que contributo à investigação
e ao ensino na área da museologia
IN Ethnologia: revista do Departamento de Antropologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/UNL. N.º 6 (Julho-Dezembro
1991), p. 175-184.
No artigo, são caracterizadas as propriedades da linguagem museológica – modularidade, tradutibilidade e redutibilidade –
e o contributo da sua conceptualização para a investigação e para o ensino da museologia.
Dissertações
• Na Universidade Lusófona de Humanidades e
Mestre em Museologia e Património Cultural mediante
Tecnologias, em 2005, Luís Manuel de Oliveira Neves
a apresentação da dissertação A indústria portuguesa
obteve o grau de Mestre em Museologia mediante a
de moldes para plásticos. História, património e sua
apresentação da dissertação O Programa Operacional
musealização.
da Cultura na Modernização e Dinamização dos Museus
• Na Universidade de Évora, em 2006, Maria de
Portugueses.
Fátima Carvalho Afonso obteve o grau de Mestre
• Na Universidade de Coimbra, em 23 de Novembro
em Museologia mediante a apresentação da dis-
de 2005, Adelaide Manuela da Costa Duarte, obteve
sertação Museus e métodos de investigação e docu-
o grau de Mestre em Museologia e Património Cultural
mentação de Património Industrial em Portugal (1974-
mediante a apresentação da dissertação O Museu
-2004).
Nacional de Ciência e de Técnica no Contexto da Evolução
• Na Universidade de Évora, em 2006, Marta Luísa
da Museologia das Ciências. Da Ideia do Museu à sua
Lourenço Antunes da Gama Mendes obteve o grau
Oficialização (1971-1976).
de Mestre em Museologia mediante a apresentação
• Na Universidade de Coimbra, a 24 de Fevereiro de
da dissertação Concepções de reserva: Os museus da
2006, Nuno Miguel Duarte Gomes obteve o grau de
cidade de Coimbra. z
Rede Portuguesa de Museus | 31
Estrutura de Missão Rede Portuguesa de Museus
Calçada da Memória, 14 • 1300-396 Lisboa
Tel: 351. 21 361 74 90
Fax: 351. 21 361 74 99
[email protected]
www.rpmuseus-pt.org
DESIGN Artlandia
IMPRESSÃO Facsimile
3000 Exemplares
DEPÓSITO LEGAL
Turno da Noite. Museu do Papel, em Santa Maria da Feira, na Noite dos Museus
ISSN 1645-2186
– 20 de Maio de 2006.
Encontros
II Congresso Internacional sobre
Temas
Organização
Etnografia
Núcleos museológicos – problemática e enqua-
ADELS – Association pour la démocratie et
7 e 8 de Julho de 2006
dramento; sustentabilidade; programação e
l’éducation locale et sociale
actividades de dinamização
Tema
Montemor-o-Novo
Informações e contactos
Projectos de território
Organização
Museu Municipal de Faro
Informações e contactos
AGIR – Associação para a Investigação e Desen-
Praça D. Afonso III
Association pour la démocratie et l’éducation
volvimento Sócio-cultural
8000-167 Faro
locale et sociale (ADELS)
Temas
Tel.: 289 897 400/1/2
108-110 rue St Maur
Trabalho de campo; património material/
[email protected]
75011 Paris
Auditório
da
Biblioteca
Municipal
de
/imaterial; Lusofonia; gestão, intervenção e
[email protected]
acompanhamento nas instituições; ensino da
Seminário Towards a European Network
Etnografia; Etnografia na Educação e da Saúde;
of Ecomuseums / Workshop/06
Etnografia no Urbanismo; Desenvolvimento
10 a 15 de Outubro de 2006
2.ª Conferência
Rural; Projectos de investigação; Narrativas
Ludvika, Suécia
Internacional de Arquivos
visuais/digitais
Organização
Informações e contactos
The European network of ecomuseums
– fontes para a história económica
AGIR – Associação para a Investigação
Temas
e empresarial
e Desenvolvimento Sócio-cultural
Paisagem cultural e comunicação com a
26 e 27 de Outubro de 2006
Apartado 304
comunidade local.
Auditório Municipal – Fórum Cultural do Seixal
4490 Póvoa de Varzim
Informações e contactos
Organização
[email protected]
http://www.retilunghe.net/WS06/ENG/bergslag
Núcleo de Estudos de História Empresarial e
[email protected]
en.asp?vis=d&id=1&pag=1
CMS/Ecomuseu Municipal do Seixal
[email protected]
Informações e contactos
[email protected]
Ecomuseu Municipal do Seixal
Núcleos museológicos:
que sustentabilidade?
www.adels.org
Empresariais
Praça 1º de Maio, nº1
21 e 22 de Setembro de 2006
X Colóquio Rencontres
2840-485 Seixal
Museu Municipal de Faro
de la démocratie locale
Tel.: 210 976 112
Organização
18 a 20 de Outubro de 2006
Fax: 210 976 113
Museu Municipal de Faro
Dijon, França
[email protected]

Documentos relacionados