Informativo nº 44 - Abril 2011 - Instituto das irmãs Sacramentinas
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Informativo nº 44 - Abril 2011 - Instituto das irmãs Sacramentinas
Órgão Informativo das Irmãs Sacramentinas de Bérgamo • Ano X • nº 44• abril de 2011 • Louvado seja Jesus Sacramentado Fatos que marcaram o ínicio de 2011 Posse de Madre Sirlete e despe- Encontro de Educadores dida de Ir. Elza Entrada no Postulado É madrugada há um silêncio no ar por um instante, o soluço parou a tristeza dormiu e o pranto cessou! Na barra do novo dia brilha sorridente o sol da alegria. O ventre da terra contraiu-se, a natureza gemeu em santo parto reuniram-se todos os átomos da força energética da vida... O túmulo rompeu-se e a pedra rolou! Eis que de pé, vitorioso renasce Jesus! A vitória será sempre da Vida! Desejamos a todos(as) uma Feliz e Santa Páscoa e que Cristo ressuscitado seja luz em seus caminhos... Feliz Páscoa! 25 anos de VR de Ir. Antonia e Ir. Tânia Capitulo Provincial Votos Pérpetuos “A criação geme em dores de parto” C om a Quaresma, no Brasil passamos a viver também o tempo da Campanha da Fraternidade. É uma maneira dos cristãos examinarem a sua vida batismal iluminados por um aspecto social que nos atinge a todos. O tema interessa a toda humanidade – é uma ocasião propícia para olharmos a nossa vida e descobrirmos a nossa missão diante da responsabilidade desse assunto. Esse planeta é o nosso habitat. Não existe outro local, até agora conhecido, possível de habitarmos. Por isso, a Campanha da Fraternidade nos direciona para a conscientização sobre a sustentabilidade com o Reduzir, Reutilizar, Recuperar, Reciclar, Repensar. O que poderemos fazer pessoalmente e em nossas famílias com relação a essa realidade? O que e como poderemos cobrar leis e atitudes de nossos municípios, estados e nação? E nós? O que é então Vida Interior? C omo sabemos, “interior” é oposição a “exterior”, A vida possui uma dimensão exterior; é a nossa corporalidade viva, a nossa presença no mundo, na família, na comunidade e diante das pessoas. A cultura moderna inflacionou a exterioridade através de todos os meios da tecnociência e de comunicação. O mundo das pessoas foi totalmente exteriorizado e devassado. Mas, voltando ao aspecto anterior, podemos dizer que ele é aquilo que não se vê diretamente. Podemos conhecer e até nos fascinar pelo exterior de uma pessoa: sua beleza, sua inteligência, sua habilidade... Muitos se enamoram e casam considerando apenas o aspecto aparente, externo. Para conhecer melhor uma pessoa precisamos considerar o seu interior, o seu caráter e suas virtudes, o seu modo de ser, a sua visão de mundo, etc. A partir da percepção do interior podemos tomar decisões mais acertadas e proferir palavras mais adequadas e justas. Interior possui, ainda, um significado de qualidade de vida. Assim, dizemos que a vida no interior (em oposição aos centros urbanos) é mais tranquila, menos estressante, mais integradora com a comunidade e a natureza; no fundo com mais possibilidade de nos tornar felizes. É que a vida no interior não está sujeita à lógica da cidade com sua parafernália técnica e burocrática, com seu borborinho, seus ruídos e ameaças à segurança pessoal. Melhor que falar em “qualidade de vida”, prefere-se hoje a expressão “bem viver”, que supõe a integração de todas as dimensões do ser humano dentro da comunidade, no seu meio, consigo mesmo e com Deus. Por fim, interior significa a profundidade do ser humano. Então, a vida interior, o profundo emerge quando o ser humano para, quan- do faz silêncio, quando passa a olhar para dentro de si, quando pensa seriamente, quando colocase questões decisivas como: que sentido tem a minha vida? O que estou fazendo aqui? Que significado tem esse universo de coisas, de aparelhos, de trabalhos, de prazeres, de sofrimentos, de lutas e vitórias? Qual é o meu lugar junto aos demais seres? Como assumo a interdependência de tudo com tudo e me relaciono com as energias que estão conformando o universo Terra? Quem se esconde atrás das estrelas? O que posso esperar para além desta vida, já que vejo tantos amigos próximos morrerem, às vezes, de forma absurda: no tráfego, por bala perdida, de uma doença voraz? Afinal, por que estou nesse planeta belo e maltratado? Vida interior e religião Quem oferece respostas para tantas perguntas? Geralmente as religiões sempre se ocuparam destas questões. As filosofias antigas e modernas estão sempre às voltas com tais interrogações existenciais. A sabedoria dos povos se formou tentando elaborar visões e lições a partir desses questionamentos. Mas voltamos a afirmar: Não basta frequentar um culto, aderir um caminho espiritual e se alimentar de ritos e símbolos se estes não produzem dentro de uma pessoa uma experiência de sentido, uma comoção nova, uma percepção do todo do qual somos parte e uma mudança vital. Vida interior não é monopólio das religiões e dos caminhos espirituais; estes vêm depois. Vida interior é uma dimensão do humano, por isso é universal. Dá-se em todos os tempos e em todas as cul- turas. Bem ou mal, faz-se atuante em cada pessoa humana, mesmo que o seu interior seja embotado ou recoberto das cinzas de um modo de viver absorvido pelo mundo exterior. Mas para cada um chega o momento de questionamento sobre o sentido da vida e do universo, sobre o porquê do sofrimento, sobre a possível esperança de vida para além da vida. As religiões cumprem sua missão quando suscitam e alimentam a vida interior de seus seguidores, mas elas não a substituem. A grande patologia presente em setores importantes das religiões e das igrejas é a autofinalização, ou seja, consideram-se fins em si mesmos, quando são meios e espaços a serviço da vida interior. Vida interior supõe escutar as vozes surgidas de toda a realidade, do universo sobre nossas cabeças, entendido em sua complexidade e nas ordens que culminam na vida em todas as formas. Vida interior resulta da atenção aos movimentos que vêm de dentro. Há um eu profundo, carregado de anseios, sonhos, utopias... e que assome à consciência. Há uma exigência ética que nos convida para o bem; não apenas para o nosso bem, mas também para o bem dos outros. O efeito mais imediato dessa vida interior é a paz e a serenidade. São forças que permitem enfrentar os problemas cotidianos da vida sem perder a cabeça ou estressar-se demasiadamente. É uma atmosfera de sentido que sustenta as pessoas, mesmo diante de tragédias ou grandes decepções; é aquilo que confere peso e densidade. O cultivo permanente da vida interior produz irradiação sobre as pessoas, um efeito de tranquilidade e pacificação. A vida interior representa, atualmente, a dimensão esquecida da humanidade. Importa resgatá-la, pois nela se encontra o segredo da felicidade. Ir. Luzia Divina As coincidência de Deus N o dia 27 de fevereiro de 2011, duas jovens entraram no Postulado: Amália e Zuleide. Numa celebração singela e confraternização acolhedora Madre Sirlete e as comunidades: Casa das Meninas, Madre Noemi, Noviciado e Madre Gertrudes acolheram as duas Postulantes Sacramentinas. Com certeza, também as comunidades distantes, estavam unidas a nós e dão as boas vindas e as acompanham com orações. Desde a preparação que antecedeu a entrada, a celebração e o que girava a nossa volta falavam sobre o diálogo de Jesus com a Samaritana. Esse foi um tema trabalhado no Aspirantado, e que pouco a pouco vai aprofundar-se na vida de cada uma neste tempo de discernimento e conhecimento para continuar o diálogo com Jesus e amá-lo cada vez mais abrindo espaço para que também outros possam conhecer Jesus e amá-lo. Tivemos a oportunidade, no dia seguinte de fazer a leitura da imagem impressa na folha da celebração e observar com atenção cada personagem na cena e sua posição. Por coincidência, o livro da liturgia diária do mês de março traz também na capa a imagem de Jesus com a Samaritana. Ora, ela estava mais acolhedora e aberta ao diálogo e na imagem da celebração anterior a Samaritana, demonstra ainda medo, insegurança, Jesus era alguém desconhecido. Que Jesus Mestre se faça conhecer ao longo do percurso e Nossa Senhora do Sagrado Coração de Jesus guie os passos de Amália e Zuléide por esse caminho. Ir. Terezinha Vieira “ Se conhecesses o dom de Deus” oi com esta motivação e desejo de conhecer e aproximar cada vez F E sse é o desejo de Deus para aqueles que desejam sair de si mesmos e ir ao seu encontro. É também o meu desejo de agora em diante como postulante sacramentina conhecer verdadeiramente o dom Deus, experimentar e viver a cada dia o seu amor. Foi com esse desejo que eu e Amália demos mais um passo no caminho a vida consagrada. No dia 27 de fevereiro onde fomos mais dos dons de Deus, que no dia 27 de fevereiro dei mais um passo no seguimento de Jesus Cristo na Vida Consagrada. A entrada no Postulado foi marcada pelo texto Evangélico de João 4, 10-14. Como fez com a Samaritana, Jesus se aproxima de nós a cada dia e nos convida a conhecer, viver e partilhar dos seus dons. Peço as Irmãs que me recebidas no postulantado com uma calorosa acolhida das irmãs e da Madre Sirlete que com sua reflexão me fez voltar pra dentro de mim mesma e responder a uma pergunta “onde vais”? Esta pergunta reacendeu mais o desejo de pertencer a Jesus e a responder sempre: “Senhor vou onde me enviardes”. Só tenho a louvar e agradecer a Deus por mais essa graça, por acompanhem nessa nova etapa com suas orações, para que este caminho seja feito com fidelidade e abertura à proposta de Deus. Post. Amália Chagas esta nova etapa a todas as irmãs que rezaram e rezam pela nossa fidelidade, o meu muito obrigada. Com gratidão, Post. Zuleide Pereira A Quem são os santos? o pensarmos na vida dos santos, provavelmente imaginamo-los pessoas super extraordinárias, dotados de dons fantásticos e só qualidades e nada de defeitos. Não conseguimos cogitá-los pessoas como nós que pisaram na mesma terra na qual pisamos, que tinham qualidades e defeitos como nós, que deitavam e levantavam todos os dias dentro de um ritual cotidiano de afazeres. É em nossa mente pequena os santos são: mega, super e hiper homens e mulheres. Esquecemos que esses eram pessoas como nós, somente com um grande diferencial; amavam muito a Jesus e por causa desse o dia 13 de março domingo na comunidade São José em Guaçuí, aconteceu o encontro de formação a nível paroquial com os coroinhas. Estavam presentes 65 coroinhas. Foi trabalhado com eles o tema da Campanha da Fraterni- N C amor diziam e faziam coisas que só um grande é capaz de fazer. Santa Gertrudes para nós e para todos aqueles que a conhecem certamente é um forte exemplo de amor que todos os santos devotaram a Jesus. Portanto tudo que ela fez foi motivada pelo amor ao Esposo de sua alma. Para realizar o desejo de nossa Fundadora, “Jesus amar-te e fazer-te amado”, no dia da sua glorificação(18 de Fevereiro), nossa comunidade realizou uma maratona de visita ao Santíssimo Sacramento tendo como atletas os alunos da nossa creche. A celebração eucarística veio coroar esse dia de intensas orações. Durante a homilia o Aconteceu!!! dade de 2011 - Fraternidade e vida no Planeta. Lema: “A criação geme em Dores de Parto”. (Rm 8,22) Desenvolvemos com eles oficinas usando materiais para reciclar. Foi uma experiência ótima as crianças saíram do encontro entusiasmadas e com vontade de ajudar sacerdote salientou que “não basta admirar quadros ou imagens dos santos, coisas estáticas e sem vida, mas sim olhar a vida desses e imitálos em seu amor a Cristo”. E como foi citado acima, sigamos o exemplo de amor que nossa Santa tanto dedicou a Jesus Sacramentado a fim de nos santificarmos. Não esqueçamos que para sermos santas seguidoras do Mestre “não ocorrem grandes coisas,mas somente virtudes comuns, humanas, simples, verdadeiras e autênticas”(Novena de S.José). Comunidade de João Lisboa o nosso planeta. “ O nosso planeta é o mais lindo de todos. Ele é o maior presente que recebemos de Deus, por isso não podemos descuidar da vida que existe em todo o ecossistema Ir. Maria do Socorro Obrigado Senhor elebramos no dia 18/02 a santa missa pelo os 54 anos de ordenação sacerdotal de monsenhor Gilson,e em honra a Santa Gertrudes Comensoli. A comunidade reuniu-se e entoou um hino de louvor e gratidão a Deus por mais uma dádiva conquistada, que: é ter consigo a presença amável e carinhosa do Monsenhor Gilson. Com muito fervor e entusiasmo celebrou os 54 anos de doação, de oferta e entrega da sua vida, do seu ser a Deus. Para nós Sacramentinas, e leigos associados foram momentos de refletirmos sobre as pegadas de Santa Gertrudes, ela que em vida expressava um grande amor e estima pelos sacerdotes. Com certeza lá do céu continua a interceder por todos os sacerdotes, para que continuem fiéis aos compromissos assumidos. Na homilia Monsenhor mensionou Santa Gertrudes como um modelo de vida eucarístca a ser seguido, através do lema Jesus amarte e fazer-te amado. Agradecendo as irmãs pela presença e o trabalho realizado na comunidade, que estimula os leigos a embeber-se do carisma e concretizá-los em suas vidas. Agradeceu sua família, fazendo memória dos pais, pela educação na fé que transmitiram com simplicidade e sabedoria,da importância do seguimento: Seguir Jesus é comprometer-se com o reino de Deus. Enfatizando assim uma catequese, levando as famílias a pensarem o compromisso que abraçaram na vida a dois, na fidelidade e educação aos filhos. Celebramos às 18hs 30m, com a presença de todas as pastorais e demais paroquianos que se fizeram presentes. Após a santa missa fizemos uma pequena homenagem acompanhada de parabéns, mensagens e um coquetel, oferecido pela paróquia e os paroquianos. Tudo isto é motivo de alegria e graça, que são momentos onde as famílias se reúnem, para trocar idéias e reforça também os laços de amizades. Ofertamos alguns símbolos, caracterizando alguns momentos da missão do Monsenhor Gilson. A cruz, sandália, bíblia, lâmpada, pão e vinho. Certamente alimentado e imbuído pela palavra de Deus ele encontra força, coragem e fé para assumir a sua cruz com responsabilidade e dando motivo do seu ser cristão. Com ternura e gratidão. Ir. Terezinha Irias O que é: Infância Missionária? T odos sabemos o que é infância. É a primeira etapa da vida de todas as pessoas. A criança é o grande tesouro que Deus confiou à humanidade porque é uma vida a ser desenvolvida. É sempre o símbolo vivo de uma nova criação. É na infância que se firmam as bases para uma juventude e vida adulta saudáveis. As necessidades do crescimento da vida em Deus e da vocação cristã missionária estão intimamente entrelaçadas com o desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social da personalidade da criança missionária. Vem de missão. Quer dizer enviado para realizar uma ação, uma tarefa. Mas, antes de ser enviada a pessoa é convidada, é chamada. Na Bíblia encontramos muitas pessoas que foram chamadas e enviadas: Abraão, Moisés, Elias, Samuel, Davi, Ester, Débora, Ana, Isaias, Jeremias, Ezequiel, os profetas todos. Também os Anjos: o Anjo Gabriel foi enviado por Deus para anunciar a Maria que foi escolhida para ser mãe de Jesus. Mas o grande Missionário, o Enviado por Deus Pai, é Jesus. “Deus nos amou tanto que nos entregou o seu Filho único” (Jo 3,16).O próprio Jesus confirma: “Saí do Pai e vim ao mundo” (Jo 16,28). “Fui enviado para anunciar o Reino de Deus” (Lc 4,43). Esta missão recebida do Pai, Jesus a comunicou a todos os seus discípulos e discípulas e a todos os seus seguidores e seguidoras. Durante a sua vida e, em toda a sua plenitude, depois da sua ressurreição: “Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio” (Jo 20,21). Antes de subir ao céu disse: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que eu estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,18-20). A Pontifícia Obra da Infância Missionária foi fundada por Dom Carlos Forbin Janson, Bispo de Nancy, França, no ano de 1843. Essa atividade missionária com as crianças foi motivada pelas cartas e notícias que missionários, principalmente da China, escreviam contando a realidade triste e dura das crianças naquelas regiões: doenças, mortalidade, analfabetismo, abandono... A finalidade desta Obra é suscitar o espírito missionário universal das crianças e adolescentes, desenvolvendo seu protagonismo na solidariedade e na evangelização e, por meio delas, em todo o povo de Deus: “Ajudar as crianças por meio das crianças”, ou “criança evangeliza e ajuda criança”, foi o grande lema do Bispo fundador. Esta obra é, pois, um serviço em favor da animação, formação e comunhão missionárias das crian- ças e de seus animadores, para que cooperem na evangelização universal, especialmente das crianças de todo o mundo, e na solidariedade, partilhando os bens materiais. O nome origina-se da devoção, existente na França, à Infância do Menino Jesus. a) É uma OBRA: distingue-se de uma atividade apostólica transitória. Sua organização, a presença em todo o mundo e a experiência de mais de 150 anos testemunham sua validade e eficiência. b) É MISSIONÁRIA: não é somente um organismo de solidariedade com as crianças pobres nas missões para oferecer-lhes comida, roupas, educação e assistência sanitária. Mas é missionária porque educa as crianças na fé, na abertura universal. Pelo compromisso do batismo partilham esta fé e seus bens com todas as crianças. c) É PONTIFÍCIA: foi aprovada e assumida pelo Papa como Obra evangelizadora e colocada a serviço de toda a Igreja. d) É da INFÂNCIA: os protagonistas são as crianças e os préadolescentes que se dedicam em favor de todas as crianças da Terra, independentemente de cultura, raça ou religião. e) É da INFÂNCIA MISSIONÁRIA: é obra das crianças em favor das crianças. Elas se organizam e se formam para serem bons missionários e missionárias para a evangelização e a fraternidade universal. Ir. Mª do Socorro À Eu fui escolhida por Deus mulher sempre foi delegado o papel de coadjuvante na história, enquanto o homem protagonizava as principais conquistas da humanidade. Desde os primórdios da sociedade, homens e mulheres assumiram papéis diferentes os homens iam caçar enquanto as mulheres ficavam cuidando da família. Passaram-se muitos séculos até elas reagirem a esta subordinação, que culminou na criação do movimento feminista no século XVIII. A partir disso, elas passaram a exigir seus direitos e a lutar por eles. Aos poucos, as mulheres foram conseguindo seu espaço na sociedade. Porem, foi somente nos anos 30 que conquistaram seu reconhecimento enquanto cidadãs. Nesta época, teve inicio a Segunda Guerra Mundial e, com os homens lutando nas trincheiras, a mão de obra feminina passou a ser uma necessidade dos países envolvidos no conflito. Em 1932, a mulher conquistou o direito ao voto, durante o governo de Getúlio Vargas. Foi neste período também que nasceu, na Cidade das Areias Brancas, a formiguense Raymunda Jacintho da Silva. Ao contrario da maioria das mulheres, Raymunda vivia em um mundo à parte da euforia identitária do movimento feminino. Ela buscava O tempo precioso da Quaresma, mais facilmente e mais imediatamente, nos leva a olhar para Aquele que nos amou e deu a sua vida por nós; nos leva a olhar “Aquele que transpassaram”; nos leva a olhar a Eucaristia que contemplamos cada dia, aquele CORAÇÃO de carne dilacerado pela lança, pelo frio, pelas atrocidades da humanidade emprego sim, mas não para provar sua condição de mulher moderna e sim para ajudar a mãe a sustentar a família. Nascida em um berço humilde, a formiguense é a quinta dos oito filhos de José Jacintho da Silva e Maria José Ribeiro da Silva. Sua vida não foi fácil. Com o falecimento do pai, ela teve de deixar as bricadeiras infantis de lado para ajudar em casa. Estudou até a quarta série na Escola Estadual Rodolfo Almeida. Aos 15 anos, a formiguense nutria um sonho diferente das meninas de sua idade. Ela queria servir a Deus como irmã de caridade. No entanto, sua vontade arrefeceu ao constatar que no Colégio Santa Teresinha só existiam irmãs brancas. Ela é negra. Com 17 anos, decidiu então se mudar para o Rio de Janeiro em busca de melhores condições de vida. Trabalhou como empregada doméstica e do que recebia destinava uma parte à família em Formiga. Dois anos depois, retornou à Cidade de Areias Brancas, mas logo voltou à capital carioca pra trabalhar em um seminário de padres. Há um ditado que diz “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos”. No seminário, ela percebeu que era possível sim uma negra seguir a carreira religiosa. Como já se sentia capacitada para se colocar a serviço de Deus e conseguir realizar o seu grande sonho em 1958, entrou para o convento. Os seus votos perpétuos foram proferidos em 1967. Naquela época, era muito comum as religiosas adotarem um novo nome. Ela passou a ser conhecida como Irmã Gabriela. A Vida da Religiosa se deu em função do próximo. Como Irmã, trabalhou em creches e desenvolveu atividades voltadas à infância e à juventude. Chegou até a ir para o Maranhão trabalhar com adolescentes grávidas. Hoje, aos 75 anos, ela vive em uma casa para irmãs idosas, em Belo Horizonte. Por telefone, Irmã Gabriela concedeu uma entrevista a revista “a Par” e contou um pouco de sua infância em Formiga, de seu trabalho e de sua história. Feliz, ela convida as jovens que desejam se dedicar a esta causa a acessar o e-mail bergamob@sacramentinasdebergamo. org.br ou site www.sacramentinasdebergamo.org.br para buscar mais informações. OBS: O texto continuará no próximo número Entrevista extraida da Revista “ a par” - Edição nº 169 - Março de 2011 Quaresma circunstante; aquele Coração que é “a fonte inesgotável do santo e perfeito amor”; aquele Coração de carne que continua a amar confiando, mesmo quando experimenta o abandono d’Aquele no qual colocou toda a sua confiança: “meu Deus, meu Deus porque me abandonaste”; aquele Coração de carne que continua a entender quem o trai, quem o renega, quem zomba dele; aquele Coração de carne que continua a doar e a perdoar. A escuta cotidiana, atenta, profunda, sincera da palavra do Senhor, nos ajudará a abrir os olhos sobre o Mistério do seu Amor, nos ajudará a reconhecê-lo presente no ‘Pão Partido’ Madre Germana Crotti 5º Encontro de Formação Sacramentina P ara alguns pensadores e educadores, o papel da Escola é simplesmente o de ministrar conteúdos programáticos ou quase que tão somente cumprir a carga horária e dias letivos previstos pelo MEC. Esta não é a visão das Irmãs Sacrametinas de Bérgamo que reservaram o dia 28 de janeiro de 2011 para uma reflexão sobre o assunto. Na Casa das Meninas, reuniramse educadores da Escola Madre Gertrudes, bem como grupos representativos de todas as obras das Sacramentinas da região de Minas para o 5º ENCONTRO DE FORMAÇÃO SACRAMENTINA. Logo na apresentação animada dos grupos de educadores de todas as obras, tivemos a oportunidade de visualizar a abrangência da ação educativa da Instituição nesta região, e sentir o clima que impulsiona a prática pedagógica. Em seguida, uma oração no pátio da casa preparou-nos para a importante tarefa do dia. Foi a irmã Isabel que nos ajudou a refletir sobre o tema “Como educar na perspectiva do carisma das irmãs sacramentinas” . Em sua palestra, ela sublinhou e desenvolveu o tema que pode ser sintetizado nestes dois pontos: 1- Estilo educativo sacramentino: Comunhão: perceber o outro como alguém que me pode enriquecer; Presença: ser que gera comunhão; Método: buscar a unidade – competências e habilidades devem ser as mesmas em nossas instituições; Êxodo – viver na perspectiva de mudanças sem lamentar, nem murmurar: educação é projeção para o futuro; Comunidade – viver na escola a experiência de pessoas que vão em frente caminham juntas como comunidade. 2- Atitudes: Competência, valorização do outro, encorajamento, investigação, apreço pelas normas e perfis de valores fortes; Amor; o educador sacramentino deve saber amar; o amor que nasce e cresce na experiência de Deus; amor livre que educa à liberdade; Livros e Revistas Livro: “A caminho da maturidade na experiência de Deus“ Autor: Alfonso Garcia Rubio - Editora: Paulinas O livro apresenta alguns passos básicos do processo de maturidade na experiência do cristão, em diálogo com a psicanálise profunda. O primeiro passo é aceitarmos a realidade da sombra existente em cada um e nas nossas comunidades. O segundo pas- so, indispensável, consiste em superar a realidade do nosso narcisismo radical. Igualmente indispensável é a superação das relações infantis, a partir da experiência vivida por Jesus de Nazaré. O livro aborda ainda a dimensão comunitária, que deve oferecer o clima adequado para a vivencia da relação com esse Deus que em si mesmo é Relação. É a luz e ao calor do amor de Deus que a pessoa, que vai amadurecendo na experiência de Deus cristão, vive o reconhecimento do pecado e o caminho da conversão. amor competente; amor incondicional à pessoa do educando; amor que nasce da confiança; amor que se realiza na verdade. Como se pode constatar, é uma tarefa desafiadora, principalmente nestes tempos modernos, em que se torna mais simples fazer da educação um pingue-pongue, pais responsabilizam o Estado, Estado devolve aos pais e profissionais do Ensino devolvem aos pais e/ ou culpam o mal exemplo da mídia e de políticos que não só dão show de desonestidade, como deixar de investir na educação. E assim, vamos vivendo numa ciranda que parece não ter fim. Mas os sábios, os grandes de coração, sempre têm uma saída feliz que funciona como “pílula” de ação positiva e jamais superada no tempo. Eis o que diz Santa Gertrudes, fundadora das Sacramentinas de Bérgamo: “A educação se faz com ternura e firmeza!”. Depois de uma calorosa reflexão, só podíamos nos abraçar e entrelaçar nossas idéias e convicções para uma ação mais efetiva em prol da educação, pois só assim seremos construtores de uma verdadeira cidadania. Foi numa mesa de refeição que Jesus consolidou com seus discípulos o pacto de amar sem medida o seu povo e lutar para sua redenção. Em comunhão, descontraídos nos despedimos saboreando um delicioso lanche. Lucia - Escola Madre Gertrudes Falecimento Pai- Ir. Antonia F. de Almeida (Madre Noemi) Irmã - Ir. Maria das Graças Oliveira (João LIsboa) Irmã - Ir. Célia Cruz (Madre Noemi) “ Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, jamais morrerá”. (Jo.11,25) Grão de Incenso A gravação do CD Grão de Incenso, foi um trabalho muito bonito e empenhativo, realizado na Província do Brasil. O CD traz 10 músicas mais a faixa interativa, onde retrata muito bem a vida de Santa Gertrudes Comensoli. Realmente foi um trabalho maravilhoso, vale a pena adquirí-lo. O CD “Grão de Incenso” - vem nos mostrar a importância do encontro com Cristo Eucaristia. Essa é uma experiência pessoal e íntima que supõe o encontro pleno de dois que se amam. Deus conhece os corações dos homens e neles confia. Entretanto, faz-se necessário F que o homem deixe transparecer em sua vida à semelhança da fumaça do incenso a transcendência do encontro íntimo com o Amado. O diferencial daquele que faz a experiência do Amor na intimidade com o Amado é a capacidade de amar a todos e ser presença para o irmão deixando sempre um aroma especial. Á semelhança do grão de incenso, este CD tem o objetivo de ser um instrumento de evangelização, para fazer Cristo mais conhecido, amado e adorado por todas as gentes. Parabéns Ir. Elza Dias pelo seu empenho incansável e corajoso! Tenho certeza que o CD “Grão de Incenso’, será um instrumento maravilhoso para o nosso trabalho apostólico, junto ao povo de Deus, devotos de Santa Gertrudes, bem como para nós suas filhas. Parabéns queridas Irmãs “can- toras”! Obrigada pela contribuição e colaboração! Obrigada a você querida Irmã que de uma forma ou de outra contribuiu para o bom êxito desse trabalho. A família cresce e enriquece cada vez mais quando nos doamos, colocamos os nossos dons e talentos a serviço do bem comum, quando oferecemos nossas possibilidades, quando acolhemos o diferente e valorizarmos o que é nosso. Que nossa Santa Madre Gertrudes continue intercedendo por cada uma de nós, a fim de que sejamos em nossas comunidades, escolas, paróquias, onde estamos, este grão de incenso que perfuma, que exala a bondade, o amor, a misericórdia e muita serenidade. Ir. Roneide Nomeado novo bispo auxiliar de BH oi ordenado no dia 19 de março, por Dom Walmor de Oliveira Azevedo , o novo auxiliar para a diocese de BH, Dom Luiz Gonzaga Fechio. Disse Dom Luiz antes do encerramento da celebração: “A graça que recebi não é um ponto de chegada, não é para que eu a guarde comigo, é para que o Senhor me use para distribuir muitas graças, principalmente ao pequeno”. Que Nossa Senhora, que hoje lembro como Nossa Senhora da Piedade, Padroeira de Minas Gerais, me carregue em seu colo”. Parabéns, querida Irmã Maio Ir. Franciza Garcia da Silva - 03 Abril Ir. Tâmara Ramos Teixeria - 05 Ir. Pâmela P. S. Lourenço - 03 Ir. Maria Aparecida de Souza - 07 Ir. Maria Flor de Maio Pimenta - 10 Ir. Eliamar Florência da Silva - 10 Junho Ir. Eunice Vieira da Costa - 09 Ir. Ir. Telma Gomes Crisanto - 11 Ir. Sandra Maria Alves da Silva - 11 Ir.Fabiane de Sá Coutinho - 15 Ir. Luzia Divina da Silva - 01 Ir. Iraci Miranda da Silva - 13 Ir. Maria Rodrigues Santana - 18 Ir. Maria Amélia Garcia - 06 Ir. Luzia Alves - 20 Ir.Maria de Lourdes Campos - 09 Ir. Maria das Graças Nunes - 21 Ir.Maria das Graças Lima - 10 Ir. Liberalina Ribeiro - 17 Ir. Antonia F.de Almeida - 24 Ir. Cecilia Maria Coelho - 23 Ir. Maria Margarida de Jesus - 29 Ir. Fatima Aparecida da Silva - 12 Ir. Maria das Graças Rocha - 23 Ir.Terezinha Jesus G.Caldas - 30 Ir. Maria Elza da Silva - 28 Ir. Antonia Rodrigues -13 Ir. Maria de Fátima Grigio - 28 Ir. Miraci Pereira da Silva - 14