QUALIDADE DE SOFTWARE CMMI Olá vamos focar no conceito de

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QUALIDADE DE SOFTWARE CMMI Olá vamos focar no conceito de
QUALIDADE DE SOFTWARE CMMI
Olá vamos focar no conceito de qualidade de software que tem sido muito cobrado em concursos, são 6 posts que estão condensadas aqui, ok?
PARTE I - Conceitos básicos
1 - CMMI
Origem - CMM (93) que foi o primeiro modelo de maturidade para a área de TI. SW-CMM Que deu origem a uma série de modelos:
SE - CMM - Engenharia de sistemas
SA - CMM - Aquisição de software
SECAN - S.E. Capability Assessment Model
EIA 731 - Capabily model
E finalmente às áreas ISO com normas para processos de Software, Processos de Sistema e Melhoria de processos ( ISO/IEC 12207, 15288 e 15504).
Neste constexto temos vários modelos sendo desenvolvidos, e em várias organizações. O que acontece que as organizações começaram se defrontrar com n
modelos a seguir, mas a partir do momento que eu quanto organização adoto modelos diferentes de diferentes fontes, isso acaba tornando um problema na
integração das ações. Por conta disso as organizações se viam limitadas na melhoria dos processos. Então surgiu a demanda pela Integração desses modelos.
CMMI é a integração: idéia para unificar conceitos O projeto do CMMi teve que com grande objetivo INTEGRAR (SE, SE, SA) e mais estrutura conceitual
comum construída de maneira tal para permitir a agregação de novos conteúdos,novas disciplinas, esse foi o objetivo.
Então é que o projeto CMMI foi buscar no mercado as referências:
1 - CMM for software (93) v.1
2 - CMM for software (97) v.2
3 - EIA 731 (98) engenharia de sistemas
4 - IPPD CMM (97) des. de produtos e processos de trabalho. Foram integrados dentro do CMMI versão 1.1(2002)
1.2(2007)
CMMi para aquisição (2007)
CMMi para serviços (2007)
É preciso conhecer as duas versões para concursos.
DISCIPLINAS
SW - Engenharia de software: Desenvolvimento de software (aplicativos) a engenharia de software envolve abordagem para desenvolvimento, operação e
manutenção de software. Ainda que não temos nenhum processo que foque operação.
SE - Engenharia de sistemas: abordagem sistemática aplicada a transformação da necessidade de uma organização em produtos completos
Solução completa ou sistemas que pode envolver hardware ou pode envolver software.
IPPD (desenvolvimento integrado de produto e processo) : trata da colaboração entre a equipe de desenvolvimento e a equipe de produção/operação para
garantir que ao longo do projeto elas participem do processo de desenvolvimento, e com isso garantir que as necessidades dos usuários serão atendidos.
SS ( Gestão de fornecedores) é uma abordagem mais complexa, mais abrangente, quando essas contratações são mais críticas. Dentro das disciplinas de
Engenharia de software e sistemas temos a gestão de contratos. De fato gerenciar o trabalho do fornecedor.
Essas 4 disciplinas podem ser agregadas em variáções do modelo.
Versão 1.1 - 4 conjuntos possíveis de disciplinas:
CMMI - SW
CMMI -SE/SW
CMMI-SE/SW/IPPD
CMMI-SE/SW/IPPD/SS
CADA UM em duas representações possíveis:
- CONTÍNUA
- ESTÁGIO
Versão 1.2: novo conceito - CONSTELAÇÃO: que é o CONJUNTOS DE ÁREAS relacionadas entre si,isto é, conjunto de componentes para que vou reunir em
um modelo para atender a uma necessidade específica.
O CMMI 1.1 evoluiu para CMMI 1.2 Dev: CMMI para desenvolvimento de software, o que a organização deve tratar para desenvolver software. E da versão
1.1 nasce novos modelos para tratar especificamente de aquisições e serviços:
CMMI para Aquisições (CMMI - Acq) -ótica de qum esta contratando um terceiro para desenvolver.
CMMI pra SErviços (CMMI-Svc): na verdade não é um modelo exclusivo de TI, e sim gerencia de serviço de qq natureza. Nâo é concorrencia do ITIL.
CMMI 1.2 DEV= o modelo passa ser mais consolidado. Conjuntos possíveis de disciplinas. (Eng. de software- SW, Eng. de Sistemas-SE, Gestão de
fornecedores-SS) só IPPD fica como opcional.
CMMI 1.1: 4 conjuntos possíveis de disciplinas. ( CMMI - SW, CMMI -SE/SW, CMMI-SE/SW/IPPD,CMMI-SE/SW/IPPD/SS)
PARTE II
CMMI 1.2
Vamos continuar falando da estrutura do modelo:
CMMI 1.1 – CONJUNTO DE DISCIPLINAS
CMMI 1.2 – CONSTELAÇÕES
O temos aí? As áreas de processo. No CMM tínhamos as famosas KPAs, áreas chaves de processo. No CMMI temos áreas de processo ou simplesmente
processo – muito utilizado nos concursos o termo apenas processo.
Uma área de processo é um conjunto de práticas que são relacionadas entre si, no sentido de que elas satisfazem um conjunto de metas, de objetivos que
são importantes para realizar melhorias significativas na área.
Área de processo: aspecto da Engenharia de software e dentro deste aspecto que se relacionam e que deven allcançar um objetivo.
As Áreas de processos estarão vinculadas à disciplinas.
· SE/SW : 22 áreas de processos. Eng de software = software (vrs 1.1)
· Engenharia de Sistemas = o que muda em relação Engenharia de Software é apenas a abrangência do modelo. Se eu estou só com engenharia de
software o que vale é só para software, se eu agrego engenharia de sistemas, então passa a valer para software e sistemas.
· SS: 1 área de processo adicional (Gerência integrada de fornecedores), no CMMI 1.1 é opcional, se eu agregar o modelo passará a ter 23 áreas de
processos.
· IPPD: 2 áreas de processos adicionais (integração de equipes e ambiente organizacional para integração ocorra.
-->IPPD sempre opcional, em qualquer versão.
Na Versão 1.2 o modelo já inclui sistemas, software e gestão integrada de fornecedores --> 23 áreas de processos.
Então, dependendo da versão e conjunto de disciplina que estou usando o CMMI pode ter 22, 23 ou 25 áreas de processo.
A descrição dessas áreas de processos, vai ser sempre a mesma, tanto faz se estou na representação Contínua ou por Estágio, que veremos na parte III mais
detalhadamente, ok? Importante lembrar os processos são os mesmos o que muda a forma como vamos lidar com esses processos.
Temos na Versão 1.2: Constelação, Disciplinas e dentro das disciplinas áreas de processos.
Outros componentes do CMMI: Metas e Práticas (para que a área de processo serve e não tanto os detalhes, como deve ser executada.)
-->Para concurso: Área processos e as Metas das áreas de processos. Práticas entender o conceito, mas não tem sido foco em concursos, que são nosso
objetivo ok?
Metas Específicas: recebem esse nome porque são específicas de cada área de processa, ou seja, cada área de processo tem suas próprias metas específicas,
que vão dizer qual é o resultado que aquela área de processo tem que alcançar. O que define uma área de processo são exatamente suas metas específicas.
Práticas Específicas, que nos dizem que atividades eu preciso realizar para garantir que eu vou sim alcançar aquelas metas da área de processo. Foco:
Execução do Processo.
As metas definem o que é importante em cada área de processo (metas específicas) as práticas nos indicam o que é necessário fazer para alcançar essas
metas (práticas específicas).
Daí nós temos um segundo conjunto, metas genéricas e práticas genéricas:
Metas genéricas: são vinculadas aos níveis de capacidade dos processos (cada processo pode ser avaliado de forma individual em um nível de capacidade,
que nós veremos no modelo contínuo parte III). Para cada um desses níveis eu tenho uma meta genérica que diz, o que o processo tem que alcançar para
que eu possa considerar que ele está em um determinado nível de capacidade. As metas genéricas são aplicáveis indistintamente a todos os processos do
modelo.
--> Meta Específica cada processo tem o seu.
--> Meta genérica cada nível de capacidade tem o seu e vale para todos os processos.
-->As Práticas Genéricas vão me dizer como é que consigo alcançar aquelas metas genéricas, isto é, quais as atividades de gerenciamento que eu preciso ter,
para garantir que o processo chegue aquele nível de capacidade. Foco : Gerenciamento do processo.
Os elementos do CMMI podem ser classificados em 3 grandes grupos:
-Requeridos (obrigatórios, mandatórios): a organização não tem como fugir deles, quer dizer quando vai fazer uma avaliação baseada no modelo. Para
responder qual o Nível de capacidade dos meus processos, Modelo Contínuo ou qual o Nível de Maturidade da minha organização - modelo por Estágios.
--> METAS são elementos obrigatórios, a organização tem que comprovar esta alcançando as metas.
--> PRÁTICAS, são o que o modelo chama-se de esperado, no sentido de que espera-se que a organização adote determinadas práticas como forma de
alcançar as metas que ela é obrigada a alcançar.
- Esperados: espera-se que a organização alcance determindas práticas como forma de alcançar o que deseja alcançar. Num processo de avaliação a práticas
podem ser substituídas por outras práticas 'não padrão' para determinada área de processo, isto é, alternativas aceitáveis, para que as metas possam ser
alcançadas. Orientam a implementação de melhoria de processos e a realização de avaliações.
- Elementos Informativos: todos os demais elementos do modelo, informações complementares, apenas para explicar a área de processo. Fornecem detalhes
que ajudam a compreender as metas e as práticas e como elas podem ser realizadas.
-->Do ponto de vista de uma avaliação, a organização têm as práticas recomendadas ou práticas equivalentes? E com base na aplicação destas práticas
consegue demonstrar que alcança as práticas estabelecidas no processo?
Nas avaliações CMMI , lembre-se do conceito de Organização, sinônimo de escopo de avaliação, ou seja, não se faz uma avaliação CMMI na empresa inteira,
mas sim em uma área, uma filial, um grupo, um padrão de processo específico, delimitado. Organização diz respeito ao escopo definido para cada avaliação,
que pode ser muito pequeno ou eventualmente grande.
Vamos amarrar os conceitos até aqui:
Quanto à estrutura geral do modelo
CONSTELAÇÃO -- dentro da constelação:várias Disciplinas dentro do modelo (SW-engenharia de software, SE-Engenharia de Sistemas, SS-gestão de
fornecedores, IPPD-desenvolvimento integrado de produtos e processos)--> se destrobram em Áreas de Processo e vinculadas a cada área de processo -->
Metas específicas e por fim --> Práticas Específicas ligadas a Metas Específicas. Relação sempre de 1-N. Uma constrelação com várias disciplinas, cada
disciplina com várias Áreas de Processo, cada Área de Processo com um ou mais Metas Específicas e Cada Meta Específica, vinculada a uma ou mais Metas
Específicas e por fim Práticas Específias ligadas a essas Metas Específicas (Relação 1-N)
Constelação--<Disciplinas(SW, SE,SS,IPPD)--<Área de Processo--<Meta Específica--<Prática Específica
Em paralelo, na estrutura de Avaliação, temos os Níveis de Capacidade que será a parte de estrutura comum, conceitual do modelo. Dentro desta estrutura
temos a defininção de Metas Genéricas: Cada nível de capacidade tem a sua (relação 1 - 1), que será decomposto em Práticas Genéricas. Da mesma forma
cada Meta Genérica pode se desdobrar em uma ou mais Práticas Genéricas. (Relação 1-N)
NÍVEL DE CAPACIDADE---Meta Genérica---<Prática Genérica
Lembrando que:
·
Metas específicas cada área de processo tem a sua.
·
Metas genéricas cada nível de capacidade tem a sua. Dentro dessas metas genéricas vamos fazer a decomposição nas Práticas Genéricas.
--> Esta é a estrutura geral do CMMI. Para cada área de processo as metas específicas e vinculada a cada meta específica um conjunto de práticas especícas.
No estrutura de avaliação do CMMI:
Nível de capacidade, uma meta genérica para cada nível de capacidade (1-1) e várias práticas genéricas associadas a cada um dessas práticas genéricas.
CONCEITOS BÁSICOS ATÉ AQUI: Constelação, Disciplinas, Áreas de Processo, Práticas Específicas e Genéricas, Metas Específicas e Genéricas e por fim saber
a origem do modelo: CMM, EIA 731,IPD CMM.
Próxima parte: estruturas, representação contínua e representação por estágio. Não perca!
PARTE III
REPRESENTAÇÃO CONTÍNUA
A visão é dos processos individuais - Se o meu objetivo é tratar cada processo como uma entidade isolada. Atribuo níveis de capacidade para cada
processo.
Na representação contínua o resultado é representado sobre a forma de um gráfico de barras, considerando dois eixos (X - dimensão de processos, onde o
meu foco é na definição de quais processos são relevantes a serem avaliados, o segundo eixo Y é a dimensão de capacidade, ou seja, qual o nível de
capacidade do meu processo). Cada área de processo pode ter um nível de capacidade distinto, de acordo com a realidade da minha organização.
Existem seis níveis de capacidade, de 0 a 5:
5
4
3
2
1
0
-
Otimizado
Gerenciado Quantitativamente;
Definido;
Gerenciado;
Executado;
Incompleto;
REPRESENTAÇÃO POR ESTÁGIOS
Um nível de maturidade é uma base evolucionária definida de melhoria de processo. Cada nível de maturidade estabiliza uma parte importante dos processos
da organização. Nos modelos CMMI com representação por estágio, existem cinco níveis de maturidade, onde cada camada inferior estabelece a fundação
para a camada superior, para permitir a continuação de uma melhoria consolidada do processo. É como seu eu tivesse fatias da organização, onde cada fatia
seria um degrau para subir para chegar a um nível maior de maturidade. Estes níveis encontram-se numerados de 1 a 5:
5 - Otimizado
4 - Gerenciado Quantitativamente
3 - Definido
2 - Gerenciado
1 – Inicial
Na representação contínua, as áreas de processo encontram-se organizadas por categoria:
Categoria
Áreas de Processo
Gestão de Processo
*
*
*
*
*
Enfoque no Processo Organizacional
Definição do Processo Organizacional
Formação Organizacional
Desempenho de Processo Organizacional
Inovação e Implementação Organizacional
Gestão de Projeto
*
*
*
*
*
*
*
*
Planeamento de Projeto
Monitorização e Controle de Projeto
Gestão de Acordo com o Fornecedor
Gestão Integrada do Projeto
Gestão de Risco
Integração de Equipes
Gestão Integrada de Fornecedores
Gestão Quantitativa do Projeto
Engenharia
*
*
*
*
*
*
Gestão de Requisitos
Desenvolvimento de Requisitos
Solução Técnica
Integração do Produto
Verificação
Validação
Suporte
*
*
*
*
*
*
Gestão de Configurações
Garantia da Qualidade do Processo e do Produto
Medição e Análise
Análise das Decisões e Resolução
Ambiente Organizacional para Integração
Análise e Resolução Causal
As áreas de processo existentes por cada nível de maturidade são as seguintes na representação por ESTÁGIOS:
Nível de Maturidade
Nível 1 - Inicial
Nível 2 - Gerenciado
Áreas de Processo
“Heróis”
*
*
*
*
Gestão de Requisitos
Planeamento de Projeto
Monitorização e Controle do Projeto
Gestão do Acordo com o Fornecedor
* Medição e Análise
* Garantia da Qualidade do Processo e do Produto
* Gestão de Configurações
Nível 3 - Definido
Nível 4 - Gerido Quantitativamente
Nível 5 - Otimizado
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
Desenvolvimento de Requisitos
Solução Técnica
Integração do Produto
Verificação
Validação
Enfoque no Processo Organizacional
Definição do Processo Organizacional
Formação Organizacional
Gestão Integrada do Projeto
Gestão de Risco
Integração de Equipes
Gestão Integrada de Fornecedores
Ambiente Organizacional para Integração
Análise das Decisões e Resolução
* Desempenho do Processo Organizacional
* Gestão Quantitativa do Projeto
* Inovação e Desenvolvimento Organizacional
* Análise e Resolução Causal
Diferenças entre as duas representações
No quadro seguinte são apresentadas de forma sucinta as principais diferenças entre a representação contínua e segmentada:
Representação Contínua
Representação por estágios
Permite a liberdade para selecionar a ordem das melhorias a implementar que
Permite que as organizações disponham de um caminho de melhoria
melhor respondem aos objetivos de negócio e que reduzem as áreas de risco
predefinido e com provas dadas (dados históricos).
da organização.
Permite maior visibilidade relativamente à capacidade alcançada em cada área Coloca o enfoque num conjunto de processos que fornecem à organização
de processo individual.
uma capacidade específica caracterizada por cada nível de maturidade.
Fornece uma ordem de níveis de capacidade que é utilizada principalmente
para a melhoria interna de uma organização e que raramente é comunicada
para o exterior.
Fornece uma ordem de níveis de maturidade que é utilizada
frequentemente na comunicação interna de gestão, nas declarações
externas e durante as aquisições como um meio de qualificar as propostas.
Permite que a melhoria de diferentes processos seja realizada a diferentes
velocidades.
Resume os resultados da melhoria dos processos de forma simples - num
único nível de maturidade.
Reflete uma nova abordagem que ainda não tem dados históricos para
demonstrar a sua ligação ao retorno do investimento (ROI).
Assenta numa história relativamente longa de utilização que inclui casos de
estudo e dados capazes de demonstrar o retorno do investimento (ROI).
Permite a migração fácil do SECM - Systems Engineering Capability Model para
Permite a migração do SW-CMM para o CMMI.
o CMMI.
Permite uma fácil comparação da melhoria de processos com a ISO/IEC 15504, Permite a comparação com a ISO/IEC 15504, mas a organização das áreas
uma vez que a organização das áreas de processo deriva desta norma.
de processo não corresponde à organização utilizada na norma.
A representação contínua disponibiliza uma abordagem flexível à melhoria dos processos. Uma organização poderá optar por melhorar o desempenho de um
único aspecto relacionado com um processo, ou poderá trabalhar em várias áreas alinhadas de forma estreita com os objectivos de negócio da organização.
Esta representação também permite que uma organização melhore diferentes processos a velocidades variáveis. Existem, no entanto, algumas limitações no
nível das escolhas da organização, devido às dependências entre algumas áreas de processo.
A representação por estágios já não permite uma abordagem tão flexível como à representação contínua, no entanto simplifica a comparação entre as
organizações que utilizam este modelo de representação, sendo o único que permite o reconhecimento por parte do SEI - Software Engineering Institute que
uma organização se encontra num determinado nível de maturidade.
Não existe uma representação melhor do que a outra. A decisão deverá pertencer à organização, que deverá escolher o modelo que melhor satisfaça as suas
necessidades de melhoria de processo.
PARTE IV - Gerenciamento de Projetos
Já vimos os conceitos básicos e estrutura do CMMI, agora vamos ver os processos.
Dentro do CMMI os processos podem ser agrupados de duas formas:
1 - Níveis de Maturidade (2 a 5)
2 - Categorias de Processos - vamos ver aqui as categorias que pertencem aos processos de Gerenciamento de Projetos.
Teremos três processos de nível 2, quatro processos de nível 3 e um processo de nível 4. Oito processos, portanto sendo que os três primeiros do nível 2
são as Áreas Básicas do Gerenciamento de projetos, as duas últimas Áreas Avançadas.
Veja a tabela resumo:
Categoria
Maturidade
Processos
*Planejamento de
Projeto
(PP)
Objetivo
Metas Específicas
1 – Estabelecer estimativas
(escopo, tempo, custo)
Comentários
Muito parecido com o grupo de processo
de planejamento do PMBOK.
2- Desenvolver o Plano do
Estabelecer e manter planos que
projeto
definem as atividades do projeto
3 – Obter compromisso com
o projeto das partes
interessadas.
Relação com o grupo de monitoramento e
1 – Monitorar o projeto de
controle do PMBOK.
acordo com o plano
*Monitoramento e
Compreender o progresso do
Controle de Projeto projeto para que ações corretivas 2- Gerenciar ações corretivas
possam ser tomadas quando o até sua conclusão.
Áreas básicas do
desempenho se desviar do plano.
(PMC)
Gerencimento do
Ou seja comparo executado
projeto
com o planejado.
1 – Estabelecer contratos
Gestão de
com os fornecedores
Projeto
Nível 2
Nível 3
* Gestão de Acordo
2 – Satisfazer contratos com
com o Fornecedor Gerenciar a aquisição de produtos fornecedores
(Contratos)
de fornecedores dom os quais
exista um contrato formal
Não se fala no trabalho do
(SAM)
fornecedor, aqui é apenas
um foco geral, contratei e
verifico se me entregou o
produto.
- Estabelecer e gereciar o projeto 1 – Usar o processo definido Vou gerenciar meu projeto de acordo com
para o projeto
o processo que é trazido da organização
e o envolvimento das partes
interessadas de acordo com o
processo definido a partir do 2 – Colaborar com as partes - Defino a estrutura, equipes, papéis.
* Gestão Integrada
processo padrão da organização interessadas
do Projeto
- Para IPPD esse processo inclui o 3 – Usar uma visão
estabelecimento de uma estrutura compartilhada para IPPD.
de equipe e de uma visão
compartilhada para intergração 4 – Organizar equipes
integradas para IPPD.
Nível 4
1- Preparar o gerenciamento Aqui a abordagem é diferente do PMBOK,
pois aqui o foco é problema (risco
Identificar problemas potenciais de riscos
negativo), lá eram oportunidades,
antes que ocorram, para que eu
* Gestão de Risco
poderiam ser positivos.
possa mitigar esses riscos e
2- Identificar e analisar
(RSKM)
portanto reduzir seu impato no riscos
projeto
3- Mitigar riscos
Identificar fontes de produtos que 1 – Analisar e selecionar
Entra quando agregamos a disciplina de
possam ser usados para atender fontes de produtos
gerencia de fornecedores. Aplicamos
* Gestão Integrada
aos requisitos do proejto e
integralmente o conceito da gerência de
de Fornecedores
gerenciar fornecedores
2 – Coordenar trabalho com aquisições do PMBOK (planejo a
selecionados em uma relação fornecedores
contratação, seleciono os fornecedores e
cooperativa
administro o trabalho desses fornecedores.
1- Estabelecer a composição Processo opcional, só entra se eu
da equipe;
selecionar a disciplina de IPPD.
Formar e sustentar equipes
*Integração de
integradas para o
Equipes
desenvolvimento de produtos 2- Governar a operação da Lido com as pessoas diretamente,
equipe.
Este processo é o que vai gerenciar o
1 - Gerenciar
* Gestão
projeto, pois baseado nas análises
quantitativamente
o
projeto
Gerenciar quantitativamente o
Quantitativa do
estatísticas as medidas de
processo definido para o projeto
Projeto
alcançar metas estabelecidas de 2- Gerenciar estatísticamente acompanhamento serão tomadas.
qualidade e desemplenho
o desempenho de
(QPM)
subprocessos.
O que é importante guardar na área de Gerenciamento de Projetos?
•
•
•
•
quais são os processos
a que nível de maturidade cada processo pertence
que categoria pertencem
quais são seus objetivos.
Faremos abordagem semelhante para a próxima categoria: Gerenciamento de Processos. Até lá!
PARTE V
No post anterior a parte IV vimos o Gerenciamento de PROJETOS, vamos iniciar agora com o
Gerenciamento de PROCESSOS
Gerenciamento de Processos só aparece no CMMI só no Nível 3:
•
•
•
Foco no Processo Organizacional
Definição do Processo Organizacional
Treinamento Organizacional
Vamos detalhá-los, sempre pelos objetivos e metas específicas de cada um, vamos lá:
1 – Foco no processo organizacional
Objetivo: estabelecer a capacidade de melhoria de processos, baseada na compreensão de pontos fortes e pontos fracos do processo padrão.
META 1 – Determinar as oportunidades de melhoria de processo
META 2 – Planejar e implementar as atividades de melhoria de processos.
2 – Definição do Processo Organizacional (Onde de fato eu construo o meu padrão)
Objetivo: Estabelecer e manter um conjunto útil de ativos dos processos organizacionais. O que são Ativos de Processos? São os artefatos
relacionados à descrição, implementação e melhoria de processos (políticias, indicadores, descrições, ferramentas, etc.)
META1 – Estabelecer ativos de processos organizacionais
3 – Treinamento Organizacional
Objetivo: Desenvolver habilidades e conhecimentos das pessoas para que elas desempenhem seus papéis de forma eficiente e efetiva.
META 1 – Estabelecer a capacidade de treinamento, montar a estrutura de treinamento.
META 2 - Prover o treinamento necessário, o conhecimento certo para cada um exercer o seu papel.
Vou evoluir para o Nível 4, preciso conhecer esse processo em termos quantitativos temos então teremos o
4 - Desempenho do Processo Organizacional
Objetivo: Estabelecer e manter compreensão quantitativa do desempenho do processo padrão da organização e suportar a definição de objetivos
quantitativos de desempenho e qualidade para o gerenciamento quantitativo dos projetos.
GQP = onde eu vou ver onde o projeto esta ou não alcançando as suas metas.
META 1 – Estabelecer modelos e linhs de base de desempenho do processo, os meus parâmetros que retratam o desempenho.
Evoluo para o Nível 5:
5 - Inovação e Implantação Organizacional
Objetivo: Selecionar e implementar melhorias incrementais e inovações que melhorem de forma mensurável os processos e tecnologias da
organização, em suporte aos objetivos do negócio.
META 1 – Selecionar melhorias
META 2 – Implementar melhorias
Quando se fala em gerencia de processos, temos uma área bem reduzida, mas com grandes desafios.
É importante entender a finalidade de cada processo então fica mais tranquilo compreender como ele se relaciona, OK? Lembram-se da tabela que postei
na parte IV? Separação por nível, objetivos e metas. Faça a sua também para este processo!
Próxima categoria: PROCESSOS DE ENGENHARIA
Apenas um processo nível 2 e todos os outros o nível 3
Aqui sim temos os processos para engenharia de software de Sistemas, porque o conceito básico do CMMI é que só se alcança maturidade via GESTÃO, por
isso no nível 2 temos apenas Gerencia de Requisitos que é o próprio Escopo. No nível 3 é que aparecem os demais requisitos de Engenharia.
A lógica é, Engenharia só é requisito em um processo quando eu for definir um padrão.
Enquanto eu estiver no nível 2 o foco é gerenciar projetos individuais então o processo que eu estou utilizando de Engenharia não é tão importante. O
importante é capacidade de gerenciar cada processo dentro de cada projeto. Já no nível 3 quando eu vou criar um padrão aí sim esse padrão tem que ser
mais robusto e se incluem os requisitos da área de Engenharia. OK?
Vamos ver quais são e entendê-los:
1- Gerenciamento de Requisitos
Objetivo: Gerenciar os requisitos de produtos e componentes de produtos e identificar inconsistências entre esses requisitos e os planos de
produtos do projeto. Isto é, garantir que o trabalho que eu faço está corente com os requisitos, ao escopo definido.
META 1 – Gerenciar requistos
Indo para o nível 3 teremos:
2 – Desenvolvimentos de Requisitos
Cuidado com esta diferença entre os nomes (Gerenciamento e Desenvolvimento) e os níveis de cada um. Como vamos guardar? Nível 2 o foco é
Gerenciar e só no nível 3 teremos o Desenvolvimento porque as atividades e Engenharia só aparecem no nível 3.
Objetivo: Produzir e analisar requisitos de cliente, produto e componente de produto. O processo é sistemático para as metas serem alcançadas.
META 1 – Desenvolver requisitos de cliente
META 2 - Desenvolver requisitos de produto
Meta 3 – Analisar e validar requisitos, para garantir que estejam completos.
Muito bem, terminei a Engenharia de Requisitos, o CMMI coloca que o próximo processo é SOLUÇÃO TÉCNICA, que seráno item 3.
3- Solução Técnica
A Análise, Projeto e Desenvolvimento tá tudo aqui dentro.
Objetivo: Desenhar, Desenvolver e implementar as soluções (produtos, componentes e processos para atender os requisitos estabelecidos).
META 1 – Selecionar soluções de componentes do produto.
META 2 – Desenvolver o desenho.
E por fim
4 – Integração de Protudos
Objetivo: montar o produto a partir dos componenetes, garantir que o produto integrado funciona adequadamente e entregar o produto para o
cliente. É o final da cadeia.
META 1 – preparar a integração de produto
META 2 – Assegurar a compatibilidade de interfaces. Como um quebra cabeça, uma vez que vários componentes foram desenvolvidos, precisam
agora se juntar.
META 3 – Montar os componentes do produto e entregar o produto.
Além desses que formam por assim dizer a cadeia produtiva de Engenharia de Sistemas temos dois outros processos que também são do nível 3 que vão
focar na Qualidade.
5 – Verificação
Objetivo: assegurar que os produtos atendem aos requisitos especificados, ou seja, podemos fazer uma associação com o conceito de Teste.
META 1 – Preparar a verificação
META 2 – Realizar revisão por pares (um faz o outro revisa)
META 3 – Verificar produtos selecionados (componentes que precisam ser testados, não precisa ser todos).
6 - Validação
Objetivo: demonstrar que o produto ou componente atende ao seu objetivo esperado quando colocado no ambiente esperado é que
tradicionamente chamamos de homologação.
META 1 – preparar a validação
META 2- Validar produtos ou componentes.
Lembram-se da prova da APEX/2009 estes dois conceitos foram cobrados, assim mesmo, apenas a diferença entre Validar e Verificar com uma ‘sopa de
letrinhas’.
Muito bem, podemos dizer que esses processos de Engenharia eles funcionam num fluxo, diferentemente dos demais, ou seja:
GERENCIAMENTO DE REQUISITOS É aqui o início para Desenvolvimento de Requisitos Solução Técnica (construir componentes a partir dos
requisitos) Integração de Produtos e por fim dando sustenção os dois processos: Verificação e Validação.
Então até temos aqui os 6 processos da categoria de Engenharia. No próximo post teremos o último que é Processo de Suporte e fecharemos o assunto
CMMI, ok?
GERENCIAMENTO DE REQUISITOS
Desenvolvimento de Requisitos Solução Técnica (construir componentes a partir dos requisitos) Integração de Produtos
Verificação e Validação
PARTE VI
Vamos ver a última categoria de processos que está faltando do CMMI para fecharmos este assunto, que á categoria de SUPORTE. São aqueles que vão dar
apoio aos processos de Gerente de Processos, Gerencia de Projeto e Engenharia. Por isso recebem este nome processos de SUPORTE, são processos
absolutamente acessórios aos demais.
Temos dois processos nível 2, mais dois processos nível 3 e um processo nível 5:
Processo do Nível 2
•
•
•
Gerenciamento de Configuração
Garantia de Qualidade de Processo e Produto
Medição e Análise
Processo do Nivel 3
•
•
Análise e Solução de Decisões
Ambiente Organizacional para Integração
Processo do Nível 5
•
Análise e Solução de Causas
Vamos entedente em detalhes:
1 - Gerenciamento de Configuração
No PMBOK dentro os processos controle integrado de mudanças no PMBOK, tínhamos a exigência de um sistema de gerencia de configuração. Aqui no
CMMI a lógica se inverte o CMMI, define o processo Gerencia de Configuração e diz como meta da gerencia de configuração eu vou rastrear e controlar
mudanças. Na prática quer dizer eu vou controlar mudanças e eu preciso fazer gestão de configuração.
•
•
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Objetivo: Estabelecer e manter a integridade de produtos por meio da identificação, controle e auditora da configuração. Então lá no PMBOK temos
Controle Integrado de mudanças, no CMMI é a Gerencia de Configuração, no processo nível 2, enfase em gerencia de projetos.
Meta 1- Estabelecer linhas de base
Meta 2- Rastrear e controlar mudanças
Meta 3 – Estabelecer integridade
2 – Garantia de Qualidade de Processo e Produto
O nome não poderia ser mais claro, quer dizer eu vou querer verificar a qualidade do Processo que eu estou utilizando e a qualidade dos produtos que estão
sendo gereados.
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Objetivo: Prover a gerencia com visão objetiva sobre os processos e produtos associados.
Meta 1 – Avaliar objetivamente processos e produtos
Meta 2 – Prover visão objetiva
3 – Medição e Análise
Processo que vai se preocupar em estabelecer minha capacidade de mensuaração, capacidade de coletar informações sobre os processos e entregá-las a
quem precisa desta informação, para subsidiar a gestão.
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Objetivo: desenvolver e sustentar capacidade de mensuração usada para suportar as necessidades de informações gerenciais.
Meta 1 – Alinhar atividades de mensuração e análise
Meta 2 – Prover resultados das medições
Agora nós temos mais outros dois processos de Nìvel 3:
1 - Análise e Solução de Decisões
Esse junto com o gerenciamento de riscos é o responsável pela proatividade no nível 3, não é para apagar incêndio, pois existem critérios para se tomar
decisão.
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Objetivo: Analisar possíveis decisões usando um processo formal de avaliação com critérios estaelecidos.
Meta 1 – Avaliar alternativas
2 – Ambiente Organizacional para Integração
Este é o processo que estava faltando de IPPD, o foco é dar a infraestrutura e dar a gestão necessária para que eu consiga de fato integrar as equipes.
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Objetivo: Prover a infraestrutura para a integração de pessoas no desenvolvimento integrado de produto e processo (IPPD).
Meta 1 – Prover infraestrutura de IPPD
Meta 2 – Gerenciar pessoas para integração
Por fim nosso último processo, agora no nível 5:
1 – Análise e Solução de Causas
O que se quer neste nível é melhoria sistemática de processos e produtos. Identificar e agir para que não ocorram novamente.
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Objetivo: Identificar causas de defeitos e outros problemas e tomar ações para prevenir sua recorrência.
Meta 1 – Determinar causas e defeitos
Meta 2 – Endereçar causas de defeitos
Vamos resumir? No quadro abaixo temos um quadro onde nas colunas temos o nível de maturidade, nas linhas categoria de processos e nas células qual
área de processo pertence a cada nível e maturidae e cada categoria de processos.
Depois de estudar este material, você precisa ter absorvido os conceitos básicos: disicplina, área de processos, metas e práticas e as estruturas da
representação contínua e por estágios. Além desses conceitos básicos, esse ‘quadrinho‘ deve ser totalmente internalizado, de tal forma que você consiga
fazer outro sem olhar. Vamos tentar?
Pense assim para começar seu estudo?
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Quais os níveis? Coloque nas colunas (azul)
Quais as categorias? Coloque nas linhas (verde)
E quais são os 25 processos e onde eles entram em cada células (cinza)
Tendo esse quadro na cabeça e conceitos básicos de CMMI é fato que até hoje, 90% das questões de provas perguntam ou os conceitos, ou que área de
processos pertence a qual categoria, ou qual é a finalidade ou objetivo de uma determinada área deprocesso. Enão é disso é o que precisamos para as
provas!
Vejam o quadro:
Engenharia
Nível 2
Nível 3
Gerenciamento de
requisitos
Desenvolvimento de
requisitos
Solução técnica
Integração do produto
Verificação
Validação
Nível 4
Nível 5
Ger. Projetos
Planejamento do projeto
Controle e
monitoramento do
projeto
Contratação e gestão de
fornecedores
Ger. Processos
Suporte
Medição e análise
Garantia de qualidade
de processo e produto
Gerenciamento de
configuração
Sucesso servidor(a)!!!!
Helen Queiroz
Gerenciamento
integrado do projeto
Gerenciamento
integrado de
fornecedores (SS)
Integração de equipes
(IPPD)
Gerenciamento de
riscos
Gerenciamento
quantitativo do
projeto
Foco no processo
organizacional
Definição do processo
organizacional
Treinamento
organizacional
Desempenho do
processo
organizacional
Análise de decisão e
resolução
Ambiente
organizacional para
integração (IPPD)
Inovação e
implantação
organizacional
Análise e resolução
de causas

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