clipping saúde 2.12.2012

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clipping saúde 2.12.2012
Jornal do Commercio - PE
02/12/2012 - 08:38
Sem fôlego para lutar contra aids
São 13 mil pessoas fazendo tratamento contra o vírus e a doença, informa a
coordenação estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids da Secretaria
Estadual de Saúde
Quase 30 anos depois da descoberta do primeiro caso de aids em Pernambuco, já são
17,4 mil pessoas diagnosticadas com a doença. Embora surjam mil novos doentes a
cada ano, a descentralização da rede de assistência não ocorre no mesmo ritmo. São
poucos os serviços municipais especializados e muitos funcionam apenas com um
médico generalista. Ativistas reclamam de um retrocesso que ocorre em todo o País,
com a desvinculação de verbas garantidas especialmente para o combate à epidemia. A
dificuldade de financiamento nas ONGs que se dedicam às pessoas com HIV afeta
populações excluídas que encontram nas entidades o acolhimento dificilmente
encontrado na saúde pública. Hoje e amanhã, o JC discute como superar os passos para
trás que o Brasil e o Estado vêm dando na luta contra a aids. Os textos são de Veronica
Almeida e Cláudia Vasconcelos.
A rede de assistência médica em aids cresceu nas últimas três décadas em Pernambuco.
Além dos cinco principais hospitais de referência (Correia Picanço, Oswaldo Cruz,
Clínicas, Cisam e Imip), todos na capital, 17 serviços foram abertos na região
metropolitana e interior. Mas a oferta não acompanha a crescente demanda de mil casos
novos por ano. São 13 mil pessoas fazendo tratamento contra o vírus e a doença,
informa a coordenação estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids da
Secretaria Estadual de Saúde.
"O número de médicos é limitado nos serviços municipais, às vezes só um faz o
atendimento. Além disso, há cidades que funcionam como polo regional de saúde e
ainda não abriram atendimento especializado (SAE)", explica François Figueiroa,
coordenador estadual de DST/Aids. Goiana, Palmares e Vitória de Santo Antão (Zona
da Mata), além de Ouricuri, no Sertão, seriam exemplos de cidades que precisam da
assistência.
"Tenho que sair de casa à 1h para deixar o sítio e seguir até o Centro da minha cidade.
Se eu perder o carro da prefeitura, que sai às 3h, só consigo chegar na hora da consulta,
ao Recife, se pagar R$ 30 e vier de van", conta o aposentado J.L.M, 65 anos. Ele não vê
a hora de sua cidade, na Mata Sul, abrir um SAE. "É muito ruim do jeito que está", diz.
Sem poder distribuir melhor suas demandas, os centros de referência nos grandes
hospitais, na capital, sofrem com a superlotação. "Tentamos encaminhar novos
pacientes para serviços especializados das cidades de origem. Mas nem sempre isso é
possível", explica o infectologista Demétrius Montenegro, chefe do Isolamento de
Doenças Infecciosas do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no Recife, onde 90% da
clientela são pessoas com aids.
Ele defende a descentralização, mas explica que sempre haverá a necessidade dos
serviços de referência para os casos mais complexos. Além disso, nem sempre o doente
se sente à vontade em receber atendimento na sua cidade, pois não quer expor sua
condição de soropositivo a pessoas do seu convívio social.
A.G., 40 anos, dos quais dez como soropositivo, sabe bem o que é isso. Gostaria que ter
um serviço especializado perto de casa e, ao mesmo tempo, prefere continuar o
tratamento no Hospital Correia Picanço, na Zona Norte do Recife, onde é tratada a
maioria dos casos de aids do Estado. "Na minha cidade, as pessoas são muito atrasadas.
Por outro lado, no HCP, mesmo só fazendo duas a três consultas por ano, há
especialistas de outras áreas, o que facilita o tratamento", avalia. Um amigo dele,
também portador do HIV, buscou tratamento na rede municipal do Recife, mas tinha
dificuldade para tratar ao mesmo tempo tuberculose e aids, pois cada doença estava
subordinada a profissionais e protocolos diferentes.
O médico Francisco Leone, do Hospital Correia Picanço, explica que, nas redes
municipais, nem sempre é fácil conseguir parecer de especialistas de outras áreas.
Falta também atendimento multidisciplinar, com psicólogo nessas redes. O
fornecimento de antifúngico e antiviral contra herpes, por exemplo, não é contínuo.
Vladimir Reis, coordenador da organização não governamental Grupo de Trabalho
Posithivo (GTP+), alega que soropositivos com outras doenças crônicas, como diabete e
hipertensão, ou problemas mentais, ainda têm que disputar, com os outros usuários do
SUS, os concorridos atendimentos nessas especialidades.
Segundo ele, a situação é preocupante porque os prognósticos são negativos. "Está
havendo um retrocesso na política brasileira que já foi modelo para o mundo", denuncia.
A partir de 2014, recursos federais destinados à aids deixarão de ter essa vinculação
obrigatória, ficando livres para a saúde como um todo.
Jornal do Commercio - PE
02/12/2012 - 08:39
Crise provoca corte de recursos para entidades
Já teve terapeuta ocupacional e arte-educadores na equipe, que hoje se mantém só com
psicóloga e assistente social
"Nós morremos de angústia e os pacientes, de descaso". Alaíde Elias, do Grupo Viva
Rachid, expõe sem rodeios o cenário atual nas organizações que se dedicam a pessoas
vivendo com HIV. Entidades internacionais, cujo dinheiro facilitava o trabalho das
ONGs, são parceria cada vez mais rara, devido à crise econômica e à extinção de
projetos de combate à aids. Depender de financiamento dos governos estadual e
municipal, sem constância, é andar na corda bamba sem bastão para se equilibrar.
A crise das ONGs afeta ações em educação, prevenção e também acolhimento de
populações vulneráveis à epidemia - profissionais do sexo, LGBT, usuários de drogas,
entre outros -, pois nessas instituições reencontram a autoestima e se fortalecem para
lutar contra o preconceito.
Fundado há 18 anos, o Viva Rachid não sabe mais o que é andar com as contas em dia
para atender crianças e adolescentes com HIV, pais e responsáveis. Se em 2004 apoiava
150 famílias, hoje recebe 90 com dificuldade. Já teve terapeuta ocupacional e arteeducadores na equipe, que hoje se mantém só com psicóloga e assistente social.
"Os movimentos sociais estão enfraquecendo em todo o País, uma crise generalizada",
inquieta-se Alaíde. Mas a maior ameaça é a descontinuidade dos projetos. "Os recursos
do Plano de Ações e Metas do governo estadual, que deveriam ser repassados
anualmente, atrasam. Recebemos em 2012 após passar três anos à espera", revela.
Novos marcos legais do SUS apontam que o arrocho pode aumentar. Os decretos
7508/11, 7827/12 e a Lei Federal 141/12 foram o argumento da Comissão Intergestores
Tripartite - que congrega as esferas federal, estadual e municipal de governo - para
permitir que R$ 160 milhões não usados na política de DST/aids entre 2003 e 2011
sejam destinados também a outras patologias a partir de 2014.
Alessandra Nilo, coordenadora de políticas estratégicas da ONG Gestos, considera que
a decisão gera mais insegurança para as organizações da sociedade civil, que têm nos
editais para projetos financiados pelos governos fonte de recursos. "É preciso lembrar
que chegamos aonde o Estado não chega", ressalta.
Para manter as portas abertas, lançam mão da criatividade. No GTP+, o projeto Cozinha
Solidária garante renda fixa, embora pequena. O projeto promove a inclusão de pessoas
com HIV no mercado de trabalho e faz frente ao preconceito. A venda de 30 almoços a
cada dia útil, que rendem R$ 130 diários, além da participação em eventos, alivia a
inconstância de financiamentos.
Wilma Barbosa, do setor de recursos humanos do GTP+, frisa que o que mantém a
cozinha é o valor simbólico. "Mostramos o que representa alimentação saudável para
quem vive com HIV. Acabamos fornecendo para moradores de rua e fazemos palestras.
Mas trabalhamos com a conta pela receita."
Maria Clara de Sena, profissional do sexo voluntária do projeto, mal dorme para ajudar
a mantê-lo. "Aqui mostramos que podemos ajudar e ainda ser protagonistas de nossas
vidas."
Jornal do Commercio - PE
02/12/2012 - 08:40
Teste rápido para as gestantes
Em 2010, pelo menos 28 casos novos da doença foram diagnosticados em crianças e
adolescentes com menos de 13 anos, sendo um indicador da chamada transmissão
vertical
Postos de saúde da rede SUS em Pernambuco devem oferecer às gestantes teste rápido
para HIV a partir de 2013. A iniciativa, conforme o coordenador estadual de DST e
Aids, François Figueiroa, é evitar a transmissão mãe-filho que ainda persiste, apesar de
há mais de uma década ter entrado na rotina a triagem convencional no pré-natal e o
teste rápido na hora do parto.
Em 2010, pelo menos 28 casos novos da doença foram diagnosticados em crianças e
adolescentes com menos de 13 anos, sendo um indicador da chamada transmissão
vertical. No ano passado, o levantamento parcial indicou 20 infectados no Estado.
Desde o início da epidemia, a Secretaria Estadual de Saúde contabilizou 504 crianças
vítimas da aids. A partir de 1995, os casos nessa faixa etária passaram a ser atribuídos
unicamente à soropositividade da mãe. A exposição seria na gestação, parto e
amamentação, uma vez que tornou-se nula a possibilidade de transmissão por
transfusões de sangue, em razão da testagem prévia obrigatória.
Conforme François Figueiroa, a oferta de teste rápido em unidades básicas de saúde está
atrelada à Rede Cegonha, programa do Ministério da Saúde voltado à melhoria da
assistência na gestação e parto. O exame possibilita saber em minutos se a pessoa está
infectada. No modo convencional, a gestante esperava meses pelo resultado. Algumas
chegavam na hora do parto sem a resposta e tinham que se submeter na hora ao exame.
Quando descoberta a condição da mãe durante a gravidez, o tratamento para barrar a
transmissão é iniciando antes do parto, aumentando as chances de sucesso.
O teste rápido para aids também já é oferecido em centros de assistência à mulheres
vítima de violência sexual e tornou-se comum em grandes eventos e campanhas
voltadas ao público que não frequenta os centros de testagem durante o horário diurno.
Folha de Pernambuco - PE
02/12/2012 - 08:02
Editorial
Dia Mundial contra a Aids II
Há mais de 25 anos a Fiocruz contabiliza uma série de significativas contribuições para
o programa brasileiro de Aids. A produção do Atazanavir reforça este papel
diferenciado da instituição e o compromisso social da Fundação.O Sulfato de
Atazanavir é um antirretroviral da classe dos inibidores de protease e constitui uma
importante droga na composição de esquemas terapêuticos para o tratamento de
pacientes com infecção por HIV/Aids.
Ressalte-se que, atualmente, ele é indicado para início de terapia antirretroviral como
um dos medicamentos preferenciais pelas diretrizes internacionais do Departamento de
Saúde dos Estados Unidos (DHHS, na sigla em inglês), da Sociedade Internacional de
Aids (IAS, na sigla em inglês) e da Sociedade Clínica Europeia de Aids (EACS, na
sigla em inglês), e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Pode-se dizer que o acordo para a produção nacional do Atazanavir foi firmado em
dezembro de 2011. A parceria inclui a transferência da tecnologia, a fabricação e a
distribuição pelo período de cinco anos. Durante esse tempo, o laboratório internacional
irá transferir a tecnologia do insumo ativo ao laboratório privado Nortec e do
medicamento a Farmanguinhos, que passará a fabricá-lo. Como contrapartida, o
governo garantirá exclusividade ao laboratório na compra do antirretroviral durante o
processo da transferência.
Vale acrescentar ainda que o Brasil é referência mundial no enfrentamento ao
HIV/Aids. Há 16 anos, o SUS garante acesso universal a todos os medicamentos
necessários para o combate ao vírus HIV, além de exames e acompanhamento médico,
que beneficiam 217 mil brasileiros. Além disso, o SUS oferece tratamento
antirretroviral a 97% dos brasileiros diagnosticados com Aids.
Folha de Pernambuco - PE
02/12/2012 - 07:57
Filtros solares têm sua eficácia contestada
Algumas marcas possuem metade do FPS indicado, diz Proteste
Débora Mismetti
Entre dez marcas de filtros solares de uso adulto à venda no País, duas têm menos da
metade do Fator de Proteção Solar (FPS) declarado no rótulo, segundo teste laboratorial
encomendado pela Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor). A
avaliação incluiu produtos das marcas L’Oreal, La Roche-Posay, O Boticário,
Coppertone, Cenoura&Bronze, Sundown, Avon, Nivea, Banana Boat e Red Apple,
todos com FPS 30.
De acordo com os resultados obtidos pela Proteste, os produtos Nivea Sun e Banana
Boat foram os piores no quesito FPS. Os produtos têm fator de proteção 13 e dez,
respectivamente, em vez de 30, de acordo com a análise. Os mais bem avaliados nesse
item foram o L‘Oreal Solar Expertise, o La Roche-Posay Anthelios Hélioblock e o
Cenoura&Bronze.
As fabricantes contestaram o resultado e questionaram a metodologia empregada. Os
produtos foram submetidos a uma análise in vitro para checar o fator de proteção, além
de passarem por testes de irritabilidade da pele, fotoestabilidade, hidratação, rotulagem
e desperdício causado pela embalagem.
A medição é feita em placas (cuja rugosidade simula à da pele humana), submetidas à
radiação ultravioleta, de acordo com a Proteste. Segundo o médico Sérgio Schalka,
membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e especialista em
fotoproteção, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exige testes feitos in
vivo, em pessoas, para determinar o FPS. A pesquisadora médica da Proteste, Ana
Palieraqui, afirma que o método in vitro foi preferido justamente por não usar
voluntários humanos.
O médico lembra que, se a pessoa usar o produto em pouca quantidade, a proteção
contra a radiação cai muito. “Uma dica fácil é aplicar meia colher de chá do filtro no
rosto e meia em cada braço, uma colher de chá em cada perna, uma no peito e barria e
uma nas costas. Para uma criança de seis anos, metade disso é suficiente”, ensina.
UVA
A proteção contra raios UVA também foi medida. A partir de 2014, os filtros solares à
venda no Brasil deverão ter proteção UVA no valor de um terço da do UVB. Assim, um
filtro 30 terá de apresentar uma proteção UVA de 10. Os raios UVB causam
queimaduras solares, câncer de pele e são mais fortes no verão. Já os UVA são
constantes durante o ano e levam ao envelhecimento da pele e ao bronzeamento.
Cenoura&Bronze e Red Apple tiveram os piores resultados em proteção UVA.
Folha de Pernambuco - PE
02/12/2012 - 07:59
Fabricantes refutam avaliação
Nivea afirmou que seus produtos são testados na Alemanha seguindo protocolos
internacionais de qualidade
A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos
(Abihpec) afirmou, em nota, que “refuta mais uma vez os dados sensacionalistas
divulgados pela Proteste”. Em 2009, a entidade havia publicado um teste semelhante.
Ainda segundo a nota, a avaliação é “pífia” e usa métodos não reconhecidos. Segundo a
associação, a publicação é um ataque ao setor de cosméticos do Brasil.
A Energizer, a Cenoura&Bronze e a Kimberly-Clark Brasil, que detém a marca Huggies
Turma da Mônica, informaram seguir os padrões exigidos pela Anvisa. A Nivea
afirmou que seus produtos são testados na Alemanha seguindo protocolos internacionais
de qualidade.
A La Roche-Posay disse que todos os dados contidos no rótulo de seu filtro solar foram
comprovados em testes feitos com metodologias aprovadas pela Anvisa. O Boticário
declarou cumprir todos os requisitos da legislação vigente.
A Avon afirmou que garante a segurança e a eficácia de todos os seus produtos,
realizando os testes aprovados pelas entidades reguladoras. O laboratório Schering
Plough, detentor da marca Coppertone no Brasil, declarou que todos os produtos são
aprovados com rigor científico.
A Sundown, da Johnson &Johnson, declarou que seus produtos passam por testes em
instituições idôneas. A Red Apple e a L’Oreal foram procuradas, mas não se
pronunciaram.
Folha de Pernambuco - PE
02/12/2012 - 08:27
Anvisa quer solicitar 600 vagas
Agência espera aval para 247 postos efetivos e pode haver também oportunidades
temporárias
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estuda pedir autorização ao
Ministério do Planejamento para, além do concurso para 247 vagas efetivas, o
preenchimento de outras 353 oportunidades temporárias. A informação é do presidente
da Associação dos Servidores da Anvisa (Univisa), Alessandro Belisário. Segundo ele,
o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, comunicou ao Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão sua intenção de solicitar autorização para as oportunidades
temporárias, porém, ainda não teria sido feito o pedido oficial.
Em reunião em 22 de novembro com o presidente da agência, Dirceu Barbano, a
Univisa se posicionou contra a admissão dos servidores temporários. “Não temos
concurso para efetivo há oito anos. O recurso que é gasto com a seleção e a capacitação
para um profissional que ficará por apenas dois anos, ou que seja quatro, se houver a
prorrogação do contrato, não compensa. Também nos preocupamos com a questão da
legalidade porque esses novos servidores seriam especialistas para a área de registro de
equipamentos e registros médicos, área que constitui atividade fim da Anvisa”,
explicou. O dirigente ainda observou que a contratação dos servidores temporários tem
o objetivo de sanar a demanda de registro de medicamentos e equipamentos, mas uma
vez que os contratos expirassem, novo acúmulo de serviço ocorreria.
Belisário propõe que novas vagas efetivas sejam criadas para o órgão por meio de um
projeto de lei, enviado em caráter de urgência ao Congresso, ou via medida provisória.
“O pedido anterior para abertura das cerca de 250 vagas é independente deste outro que
começa a ser discutido agora. A associação defende que é melhor ter concurso público
porque, como diz a Constituição, é um processo amplo, definitivo e que dá igualdade de
condições para que as pessoas que querem entrar no setor público possam construir uma
carreira”, declarou Belisário.
A assessoria de Imprensa da agência informou que o órgão, após reunião com os
sindicalistas, decidiu dar prioridade ao concurso público, mas não descartou a realização
de processo seletivo para vagas temporárias.
PEDIDO
A maioria das oportunidades previstas será para candidatos com formação de nível
superior: sendo 153 para especialista em regulação e vigilância sanitária e 29 para
analistas administrativos. Outras 50 vagas estão previstas para técnico em regulação e
15 para técnicos administrativos, ambas carreiras que requerem escolaridade mínima de
nível médio.
Os salários iniciais hoje, segundo a última edição da tabela de remuneração dos
servidores federais, é de R$ 10.019,20 para especialista; de R$ 7.285,87 para analista
administrativo; de R$ 4.984,98 para técnico em regulação e vigilância sanitária; e de R$
4.760,18 para técnico administrativo. Vale destacar que, segundo a assessoria de
Imprensa do órgão, todos os postos devem ser para a sede da agência em Brasília (DF).
Folha de Pernambuco - PE
02/12/2012 - 07:34
Dependente precisa dar um passo de cada vez
Curiosidade pelo mundo das drogas começou cedo. Com apenas 12 anos Paula Victor
experimentava loló. Hoje com 32 anos, ela já passou por inúmeras internações para
tratamento da dependência química
Bárbara Franco
Admitir problemas com drogas é o início de um longo caminho de progresso até a
recuperação. Chama-se de adicto aquele que tem dependência química e essa doença só
pode ser identificada quando aceita pela própria pessoa. Segundo a irmandade de caráter
mundial dos Narcóticos Anônimos (NA), o adicto perde o orgulho, a autoestima e, até
mesmo, o desejo de viver. Esses sentimentos ficam escondidos e por vezes esquecidos
num “inferno” particular que só tende a aumentar e tornar mais profundo. A fé e a
crença em uma força superior muitas vezes se transformam num estepe na busca
incansável pelo controle da dependência. A situação é mais complicada no caso em que
as vítimas das drogas são mulheres por conta da ligação direta com a prostituição,
aumentando ainda os riscos de contaminação por doenças venéreas. A vontade de
consumir droga anula qualquer outra coisa. Normalmente, em casos em que a família
não abandona o adicto, ele é levado para clínicas de reabilitação ou até para
comunidades terapêuticas na expectativa de que consigam retomar à vida.
A curiosidade pelo mundo das drogas começou cedo. Com apenas 12 anos Paula Victor
experimentava loló. Hoje com 32 anos, ela já passou por inúmeras internações para
tratamento da dependência química. Maconha, cocaína e crack foram as drogas mais
frequentes. “Muitos morrem por conta das drogas, me considero um milagre”. E foi
agarrada na expectativa de recuperação que Paula, em parceria com o pai, Paulo Victor,
abriram a Comunidade Terapêutica Reviver. Em um casarão, localizado próximo à orla
de Paulista, essa entidade é específica para tratamento de mulheres. Lá, assim como em
várias instituições do mundo, é utilizada a metodologia Minnesota, que é baseada na
teoria dos 12 passos, assim como é feito no NA e AA. Essa programação está
diretamente à espiritualidade que, neste caso, acontece independente de religião.
Na teoria dos 12 passos, os dependentes químicos são colocados à prova com a meta de
24 horas sem usar droga. A diretora da Reviver, Paula Victor, complementa informando
que a metodologia caracteriza a recuperação como um dia de cada vez. “Nosso lema é
que ‘Só por hoje, não vou usar drogas’. E, então, esperamos as próximas 24 horas para
renovar esse lema”. Na Comunidade Reviver, o trabalho é realizado com uma equipe
multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, além dos conselheiros
terapêuticos e monitores que são pessoas que também são adictos em recuperação. “Nós
conhecemos cada dor, cada angústia. Assim, estamos em casa um com os outros”. Paula
afirmou ainda que somente um adicto em recuperação pode, de fato, ajudar outro adicto.
“Não falamos de um Deus específico, mas em ter fé. É preciso que as pessoas acreditem
em uma força maior para retornar à sanidade”, explicou a conselheira terapêutica
Bianca Breuel Gonçalves, 31 anos. A Comunidade Reviver conta com seis residentes
com idades entre 13 e 60 anos. “Elas entram na programação, reaprendem a ter
responsabilidades como arrumar o quarto e cozinha e também voltam a ter fé num poder
maior para nos apoiar e viver um dia de cada vez”.
Retornar ao convívio social, especialmente ao da família, não é fácil. A bióloga Roberta
dos Prazeres, de 34 anos, sabe das dificuldades. “Após a internação, tive a fé
reascendida, eu queria me tratar”. O primeiro porre dela foi aos 6 anos, motivado pela
curiosidade. “Aos 12 experimentei drogas mais fortes, mas o crack foi meu fundo do
poço”. Depois de passar nove meses internada na comunidade Reviver e de conhecer a
metodologia dos 12 passos, ela teve o resgate da fé. “Cavei meu espaço nas artes e estou
construindo meu futuro. Acredito que isso ajuda mais e mais na minha ressocialização”.
SERVIÇO:
Comunidade Terapêutica Reviver (81) 3436-2587 / (81) 9829-8210
www.comunidadeterapeuticareviver.com
Folha de Pernambuco - PE
02/12/2012 - 08:12
Pele bonita para todas as idades
Procidementos, do básico ao mais revolucionário, garantem saúde e beleza da cútis
Não há como escapar: a pele viçosa e firme, típica da juventude, será apenas uma vaga
lembrança quando a velhice chegar. Mas enquanto ela não vem, a dermatologia oferece
um arsenal de procedimentos que caem como uma luva para cada fase da nossa vida.
Assim, é possível salvar a beleza feminina de agressões externas e prevenir os sinais do
envelhecimento precoce, quando se faz o tratamento adequado, de acordo com a sua
idade. Professor da Universidade de Pernambuco (UPE), o dermatologista Emmanuel
França aponta do mais simples ao mais revolucionário procedimento, o Ulthera, que
acaba de chegar a Pernambuco. O aparelho combate a flacidez da pele e pode até
mesmo substituir uma cirurgia plástica.
Além de fatores genéticos, existem vários hábitos que levam ao desgaste cutâneo:
estresse, má alimentação e o cigarro contribuem em muito para o surgimento de
manchas, aspereza, crostas, rugas e tantos outros danos. Já a exposição solar pode
causar o fotoenvelhecimento. De acordo com Emmanuel França, o sol que você tomou
até os 18 anos de idade já definiu em 84% o grau de fotoenvelhecimento que você terá
na pele quando estiver madura - daí a importância do uso de filtro solar desde a
infância.
Outro fator que piora o aspecto da derme é a perda de colágeno, que leva à temida
flacidez. Segundo o especialista, o corpo sofre uma perda gradual de 1% de colágeno a
cada ano. Mas isso não significa que reparos não possam ser feitos. Para isso, França
aconselha que os cuidados comecem já a partir dos 18 ou 20 anos. Nessa essa etapa, o
especialista indica o uso de cremes tópicos, a exemplo de ácido retinóico ou retinol,
além do uso de antioxidantes, presentes na vitamina C e no pycnogenol, entre outros.
“Essa é uma das formas mais comuns de diminuir as lesões que ocorrem nas
membranas celulares em decorrência dos fatores ambientais”.
Dos 30 aos 40 anos, os procedimentos indicados não são mais os preventivos, mas para
reversivos. “Aqui, a melhor solução são aparelhos de luz intensa pulsada, que assim
como nos aparelhos de laser, combatem lesões superficiais e profundas e estimulam a
produção do colágeno, deixando a pele mais limpa, viçosa e com menos rugas”. Já o
laser fracionado não-ablativo oferece os mesmos resultados, no entanto, ao contrário do
que acontece com o tratamento tradicional, não exige um período de recuperação, já que
não provoca a remoção da pele. “O ideal é que os peelings que utilizam essas técnicas
sejam feitos a cada um ou três meses”, aponta o médico.
ADEUS, PLÁSTICA!
Para melhorar o nível de flacidez, um novo aparelho com tecnologia de ultrassom, o
Ulthera, é a última invenção da dermatologia e promete substituir a plástica em diversos
casos. Com tecnologia baseada em ultrassom microfocado, o aparelho está sendo
utilizado nos pacientes para estimular as camadas profundas da pele (até 4,5mm) sem
afetar a sua superfície, mas chegando no lugar onde a formação de colágeno precisa ser
estimulada. Segundo Emmanuel França, isso ajuda a retardar a flacidez e melhorar a
elasticidade da pele. “Enquanto os lasers penetram a pele de fora para dentro, o Ulthera
não atinge a superfície e age especificamente nos tecidos profundos”. O tratamento
custa de R$ 5 mil a R$ 10 mil e dura, em média, um ano.
Folha de Pernambuco - PE
02/12/2012 - 08:11
Número de mortes pode crescer
Duas pessoas supostamente contagiadas são parentes de outros dois residentes da
Arábia Saudita, um deles falecido, cujos contágios foram confirmados em laboratório e
anunciados na última semana pela agência sanitária das Nações Unidas
A Organização Mundial da Saúde (OMS) espera os resultados de laboratório para
confirmar uma nova morte na Arábia Saudita causada pelo coronavírus detectado no
último mês de setembro, o que elevaria para três o número de infectados falecidos.
“Estamos à espera que se confirmem dois novos casos, dos quais um resultou em morte.
Apesar de, a princípio, a pessoa que se recuperou ter testado negativo para o
coronavírus, o resultado não é confiável e estamos à espera de uma segunda
comprovação”, disse o porta-voz da OMS, Gregory Härt.
As duas pessoas supostamente contagiadas são parentes de outros dois residentes da
Arábia Saudita, um deles falecido, cujos contágios foram confirmados em laboratório e
anunciados na última semana pela agência sanitária das Nações Unidas. No total, a
OMS informou ontem quatro novos casos, três na Arábia Saudita e outro no Catar, o
que eleva para seis o número de infectados até o momento pelo novo coronavírus, que
se manifesta nos pacientes como uma síndrome respiratória e renal. O primeiro caso
desta nova modalidade de coronavírus foi detectado e confirmado pelo Centro Médico
da Universidade Erasmus, na Holanda, no começo do ano em um homem de 60 anos da
Arábia Saudita, que faleceu após ser hospitalizado.
O segundo caso foi o de um catariano que antes de adoecer viajou à Arábia Saudita e
que se recuperou em um hospital britânico. Em ambos casos os pacientes sofreram
insuficiência renal, algo que surpreendeu os médicos, porque normalmente não se
relaciona com uma síndrome pulmonar, razão pela qual começaram a investigar. O
porta-voz da OMS, Fadela Chaib, esclareceu que as duas mortes registradas até o
momento “não estão relacionadas”. O novo vírus foi classificado como um coronavírus,
a família à qual também pertencem a gripe estacional e a síndrome respiratória aguda
severa conhecida como Sars.
Folha de Pernambuco - PE
02/12/2012 - 07:46
Foco
Tipo exportação
O empresário Paulo Magnus, presidente da MV, entrou com a empresa pernambucana
no mercado mexicano. A MV fechou contrato com o hospital Bite Médica, da cidade
de Santa Fé. O centro, que conta com todos os serviços e equipamentos de uma unidade
de saúde de alta complexidade, será inaugurado na primeira semana de 2013, já com o
sistema de gestão hospitalar Soul MV.